Luta Bancária 27 DE 2018

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Básica

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bancária Publicacao do RN ´ , ~ do Sindicato dos Bancarios Ano XXXIII

Nº 27 10 a 16 de setembro de 2018

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ão bastasse o Acordo Coletivo péssimo, o Banco do Brasil quer surrupiar a Cassi! E vem investindo pesado para conseguir convencer os funcionários de que este é o único caminho. Neste dia 10 de setembro, o diretor de Administração e Finanças da Cassi, Dênis Corrêa, esteve no Sebrae, em Natal, em reunião com toda a gerência média e gerentes gerais. Há menos de um mês já esteve em Natal o diretor de Saúde e Rede de Atendimento, que deveria ser representante dos empregados, Luiz Satoru defendendo a proposta que interessa ao Banco. Não à toa o BB está investindo na vinda dos ‘‘gurões’’ da Cassi para convencer os bancários. A proposta de mudança no estatuto é extremamente prejudicial aos bancários e irá passar o controle total da

Cassi ao Banco. As mudanças pretendem implantar o voto de minerva na diretoria, a favor do Banco; anuência prévia do Banco para fazer consulta aos associados; criar outro plano de saúde para inscrever os futuros concursados; criar plano de saúde sem custeio do BB para os aposentados; reduzir a idade dos dependentes de 24 para 21 anos; alterar a atribuição das diretorias para restringir o atendimento aos associados; cobrar por dependentes, sem custeio do BB para dependentes de aposentados; e cobrar por dependente sem observar percentual sobre salário, favorecendo quem ganha mais e penalizando quem ganha menos. A consulta aos usuários ocorrerá de 24 de setembro a 5 de outubro, em todos os canais disponíveis para tentar aprovar esse absurdo! Não abra mão do nosso patrimônio!

Veja também

LIVRO

SUPERLOTAÇÃO

Bancária e escritora, Jania Souza lança novo livro dia 12.

Com agência três em um, bancários e clientes sofrem na ZN.

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humor e Reflexão

editorial

TEMPOS OBSCUROS

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ão há dúvidas de que o Brasil vive uma das maiores crises políticas de sua história. E também não defendemos que as eleições sejam o caminho da mudança. Entretanto, elas fazem parte da chamada ‘ ‘d e m o c r a c i a’ ’ e m q u e vivemos e, de uma forma ou de outra, atinge diretamente nossas vidas. Um congresso formado por fantoches do grande capital (incluindo banqueiros, empresários, especuladores e representantes do agronegócio) é que irá gerir o país nos próximos quatro anos, mas a gura do executivo ainda habita o imaginário dos brasileiros. Divididos entre a esperança e a razão, como vem sugerindo vários memes (peças de humor) da internet, o brasileiro vai sendo levado

por discursos de ódio, ideias fascistas ou de uma utopia inexistente, narrados por uma imprensa de rabo preso e julgados por um judiciário que pouco ou nada tem de imparcial. Em meio a tudo isso, golpes midiáticos têm sido dados, de ambos os lados, tentando capitular os indecisos e desiludidos. Não acreditemos em salvadores da pátria ou lendas pacicadoras. Já dizia o grande jornalista que revolucionou o jornalismo investigativo no mundo, Joseph Pulitzer: ‘‘Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público tão vil como ela mesma’’. Que as facadas atuais não sirvam de estratégia de marketing para falsos profetas...

fábula

A GUERRA DOS LOBOS E DOS CÃES

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m dia, o ódio lançou os lobos e os cães uns contra os outros. Os cães escolheram um general grego. Este estava demorando a iniciar o combate, apesar das violentas ameaças dos lobos, a quem ele disse: —Saibam por que estou ganhando tempo: é bom pensar antes de agir. Vocês lobos formam uma só raça e são todos da mesma cor. Nossos soldados, no entanto, são de hábitos bem diferentes: cada um vem de uma região da qual se orgulham. E eles diferem também na cor: uns são negros, outros ruivos, outros brancos ou cinzentos. Como posso, então, comandar soldados tão diferentes e pouco afeitos uns aos outros? As armas da vitória: uma só vontade, um só pensamento. Fonte: Fábulas de Esopo (2013), Coleção L&PM POCKET, vol. 68.

BANCÁRIA LANÇARÁ LIVRO NO AUDITÓRIO DO SEEB RN

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bancária aposentada Jania Souza lançará na próxima quarta-feira, 12 de setembro, a partir das 18h, no auditório do S i n d i c a t o d o s B a n c á r i o s ( a v. Deodoro, 419, Petrópolis) seu décimo terceiro livro: O jovem lenhador e o violão. A obra, destinada ao público infantil, conta com 25 ilustrações em aquarela da artista Socorro Evangelista que fará exposição das obras durante o lançamento do livro. Além da exposição quem prestigiar o evento também será brindado com uma bela apresentação de música instrumental e do coral da UFRN ‘‘Sinta Amor’’. Jania, que já possui sete livros de poesia, um de contos e crõnicas e

NOTA DE PESAR

outros cinco infantis publicados, contou com a arte de Bruno Silva da Editora B3S na capa e diagramação da obra. Ela explica que trata-se de um livro que aborda a preservação da natureza, mas também sua utilidade e a sustentabilidade. com extremo pesar que os bancários se solidarizam com os companheiros e familiares do colega João Maria dos Santos, coordenador-geral interino do Sintest RN. Santos foi vítima de um acidente automobilístico na tarde de domingo, 9 de setembro, na altura do município de São Tomé, interior do RN. Sempre presente nas lutas da classe trabalhadora, independente da categoria, Santos parte deixando um exemplo classista de luta, ética e companheirismo para todos.

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BANCÁRIOS SOFREM PARA DAR CONTA DA DEMANDA NA ZN

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nsuportável. Essa é a única palavra capaz de denir a situação da agência Nordestão do Banco do Brasil, Zona Norte de Natal. O local está atendendo toda a demanda da região que, após problemas em duas das três agências que a atendiam, está concentrando todo o atendimento.

A agência de São Gonçalo do Amarante foi explodida por assaltantes na madrugada de 16 de maio. Desde então os funcionários estavam atendendo na agência Igapó. Entretanto, o BB já havia sido noticado desde 2017 que deveria

desapropriar o imóvel devido às obras do Complexo Viário do Gancho, mas não tomou uma providência em tempo hábil. Uma decisão judicial exigiu a desocupação imediata do imóvel e fez com que todos fossem obrigados a migrar para a agência Nordestão. Os diretores do SEEB RN Gilberto Monteiro e Juvêncio Hemetério se reuniram com o superintendente do BB, Ronaldo Barbosa, na semana passada, e cobraram uma posição do Banco, pois a situação está levando a sobrecarga de trabalho e adoecimento dos bancários. O Banco informou que dentro de 45 dias irá inaugurar uma sala de autoatendimento no antigo prédio da Coteminas, onde deverá funcionar a nova agência, e que dentro de seis meses o problema será integralmente resolvido. No dia 6 de setembro, véspera de feriado, que coincidiu com dia de pagamentos, as las bateram todos os recordes e as reclamações vinham de todos os lados. Tanto de clientes que perderam o dia todo na agência, quanto de bancários que sentiram-se exauridos e sobrecarregados.

QUINTA CULTURAL REÚNE DODORA CARDOSO E ZÉ MARTINS

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a cena musical do Rio Grande do Norte há 40 anos, Dodora Cardoso ganhou notoriedade nas tradicionais bandas de baile nos anos 70, 80 e 90, onde já apresentava versatilidade, interpretando canções consagradas. Com voz marcante e muito carisma, logo conquistou todos os tipos de públicos. Natalense de registro, caicoense de coração, Dodora voltou à capital potiguar há pouco mais de 10 anos, e tem se destacado em grandes projetos: participou de três edições do Festival Forraço (produzido pela InterTV Cabugi, aliada da Rede Globo no estado), Projeto Seis e Meia, Prêmio Hangar de Música Potiguar, entre outros. Também esteve ao lado de grandes nomes da nossa música como Milton Nascimento, Benito di Paula, Fafá de Belém, Chico César e Tânia Alves. Com cinco discos e duas coletâneas na bagagem (alguns com direção do renomado músico potiguar Jubileu Filho), decidiu, nos últimos anos, se dedicar ao registro de canções de autores e poetas do nosso estado - o que acabou se tornando sua marca registrada. O show "60 Vividos, 40 Cantados" traz canções de amigos e compositores como Khrystal Saraiva, Valéria Oliveira, Yrahn Barreto, Mariano Tavares, entre outros. É o resultado de seu último disco, homônimo, lançado no nal de 2017 de forma independente, e que comemora sua trajetória nos palcos, exaltando a poesia potiguar.

Zé Martins, professor de nível médio e superior, poeta, compositor, cantor, escritor e Engenheiro Mecânico. Nasceu no Bairro das Rocas, na cidade de Natal, onde começou seus estudos numa escola remanescente do projeto “De Pé No Chão Também Se Aprende a Ler”, tendo ali o primeiro contato com a poesia, a ciência, a tecnologia e a música contemporânea universal, interpretado por gênios musicais, tais como, Waldick Soriano, Chico Buarque de Holanda, Led Zeppelin, Coroné Ludugero. Gilberto Gil, Pink Floyd, Milton Nascimento, Luiz Gonzaga, Trio Nordestino, entre outros. Zé Martins é poeta e sua obra literária é intitulada “Tecnorural Nordestino Universal” (TECNOVERSAL), onde prevalece a fusão poética musical do tradicional com o contemporâneo, trazendo as manifestações cultural de raiz para o moderno contemporâneo futurista. Esse encontro poderá ser presenciado no próximo dia 20 de setembro, a partir das 19h, no auditório do Sindicato dos Bancários do RN (av. Deodoro, 419, Petrópolis) com entrada gratuita.

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Demonstrativo Financeiro Exercício 2018 DISCRIMINAÇÃO RECEITAS Mensalidades Bancárias Aluguéis de Imóveis Renda de Capital CREDITO SISTEMA CDA / CCV Reforço Sindical / Ações Judiciais Contribuição CSP CONLUTAS Mensalidades

Abril 2018 231.551,01 179.448,25 2.125,00 40.793,99 18.285,39 (9.101,62)

Maio 2018 219.430,16 179.191,04 3.060,00 40.169,36 4.560,00 1.551,38 (9.101,62)

Junho ABR / MAI / JUN 2018 2018 ACUM. 234.118,85 685.100,02 178.538,48 537.177,77 3.060,00 8.245,00 39.880,09 120.843,44 1.140,00 5.700,00 20.601,90 40.438,67 (9.101,62) (27.304,86)

DESPESAS Pessoal Água / Luz / GLP Telecomunicações Segurança Patrimonial Combustíveis Máquina Xérox Honorários Contábeis Material de Expediente Tarifas Bancárias Despesas Subsede de Caicó Taxi Cantina Material de Limpeza Despesas c/ Postagem Desp. da Área de Lazer / Manutenção / Construção Prestadores de Serviços ( Área de Lazer ) Honorários Advocatícios Custas - Processo Manutenção e Cons. do Prédio / Equipamentos Manutenção e Reparos / Veículos / Seguros Manutenção e Reparos / Informática / Compras Luta Bancária Estacionamento Movimentos Sociais / Doações / Atos Públicos Promoções e Eventos Congressos / Encontros e Eleições Campanha Salarial Outras Publicações Comissão Nacional BNB DIAP Condomínio Residencial Luna Park Condomínio Mendes Carlos Viagens Intermunicipais e Interestaduais Campeonato dos Bancários Despesas Tributárias / Impostos Depreciações/Amortizações

255.168,10 109.576,01 5.231,13 2.729,43 340,10 2.327,32 586,96 4.036,47 767,88 239,00 960,00 20,00 1.384,22 951,69 1.054,10 34.948,64 5.098,80 12.141,21 5.608,67 1.440,87 1.243,08 4.909,80 3.130,00 122,00 28.841,80 10.311,60 3.866,70 230,00 592,28 389,01 1.893,14 10.196,19

237.903,93 63.993,20 4.506,41 2.865,99 340,10 2.322,38 580,96 4.036,47 275,08 239,08 780,00 70,00 1.184,38 597,77 2.682,30 22.340,41 3.620,00 12.141,21 6.450,56 14.282,55 265,00 5.925,23 5.870,00 132,00 21.905,77 19.932,56 27.294,46 300,00 230,00 285,25 420,00 407,00 1.276,66 10.351,15

155.120,04 55.726,29 5.192,41 2.744,93 343,63 1.347,17 580,96 4.036,47 274,02 468,37 937,60 90,00 939,54 61,61 3.395,95 7.177,21 2.477,00 12.141,21 9.609,82 1.974,23 3.690,67 4.530,00 170,00 5.498,30 7.215,16 10.773,41 381,00 230,00 314,00 420,00 89,40 90,75 460,00 1.919,00 9.819,93

231.551,01 255.168,10 (23.617,09)

219.430,16 237.903,93 (18.473,77)

234.118,85 155.120,04 78.998,81

RESUMO Receitas Despesas SUPERÁVIT / DÉFICIT

648.192,07 229.295,50 14.929,95 8.340,35 1.023,83 5.996,87 1.748,88 12.109,41 1.316,98 946,45 2.677,60 180,00 3.508,14 1.611,07 7.132,35 64.466,26 11.195,80 36.423,63 12.059,23 25.333,24 3.482,31 14.525,70 13.530,00 424,00 56.245,87 37.459,32 41.934,57 381,00 300,00 690,00 314,00 705,25 1.101,68 479,76 867,00 5.088,80 30.367,27 685.100,02 648.192,07 36.907,95

Notas: algumas despesas relevantes nesse trimestre: Pessoal: Pagamentos de Rescisão de contrato de trabalho Desp. da Área de Lazer / Manutenção / Construção: Benfeitorias para construção do Muro e Calçada www.bancariosrn.com.br

% 100,00 78,41 1,20 17,64 0,83 5,90 (3,99) 94,61 33,47 2,18 1,22 0,15 0,88 0,26 1,77 0,19 0,14 0,39 0,03 0,51 0,24 1,04 9,41 1,63 5,32 1,76 3,70 0,51 2,12 1,97 0,06 8,21 5,47 6,12 0,06 0,04 0,10 0,05 0,10 0,16 0,07 0,13 0,74 4,43 100,00 94,61 5,39


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LEGAL

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onvidamos os colegas do BB, ativos, aposentados e pensionistas, para a palestra a ser proferida pelo colega Fernando Amaral Baptista Filho, conselheiro deliberativo da ANABB, que será realizada no salão cristal da AABB-NATAL, no dia 13 de setembro de 2018, a partir das 18h. Participem todos, esclareçam suas dúvidas. A Cassi pede urgência. CASSI EM DEBATE Cordialmente, Damião Casado de Rezende DIREG ANABB RN

BANCÁRIA DENUNCIA AO MPT DESCONTO INDEVIDO DA CONTRAF CUT

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bancária da Caixa Econômica Federal Aline Pereira Gurgel esteve no Ministério Público do Trabalho, em 5 de setembro, denunciando a Fenaban e a Contraf CUT pelo desconto assistencial compulsório que está sendo imposto aos bancários. o Sindicato dos bancários do RN é litis consorti na ação. Caso a denúncia não seja acatada, faremos a devolução do valor devido. Aline explica que o SEEB RN faz a devolução do imposto sindical desde 2011e que foi praticamente chantageado a assinar o acordo contendo a cláusula. Veja parte da denúncia: ‘‘(...) no dia 31 de agosto, para surpresa dos representantes do SEEB-RN, a FENABAN informou que não assinaria o acordo caso a cláusula de obrigação de pagamento de contribuição negocial, que tem a mesma natureza da contribuição sindical, não fosse assinada. Desse modo, a FENABAN quer impor aos trabalhadores o pagamento de contribuição sindical, o que é vedado por lei, devendo a cláusula que proíbe a devolução pelas entidades sindicais ou a não cobrança, ser considerada nula de pleno direito’’ O SEEB RN repudia o posicionamento da Contraf CUT e da Fenaban de não acatar a decisão da assembleia.

INCORPORAÇÃO DE FUNÇÃO E A REFORMA TRABALHISTA

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tema relacionado à incorporação de função é uma das modicações trazidas pela reforma trabalhista que não estava prevista expressamente na Lei, decorreu de entendimento jurisprudencial que foi consolidado pela edição da Súmula nº 372 do TST garantindo ao empregado que exercia cargo comissionado por 10 (dez) anos ou mais a incorporação do valor ao salário mensal, se a retirada da função fosse sem justa causa. Através desse entendimento, o Tribunal Superior do Trabalho garantiu ao trabalhador o direito à manutenção de sua estabilidade nanceira decorrente da percepção, por lapso temporal considerável de uma contraprestação pecuniária. A Lei da Reforma Trabalhista introduziu o § 2º ao art. 468 da CLT para vedar qualquer possibilidade dessa parcela incorporar ao salário quando o empregado deixar de exercer o cargo de conança, independentemente do tempo de serviço na função. Trata-se do retorno do empregado ao seu posto efetivo, em virtude da destituição do exercício de função de conança. Com efeito, a função de conança possui natureza de transitoriedade e, por isso, não gera direito adquirido para o empregado. Em discussão no TST, sob este prisma, a jurisprudência, mesmo após a vigência da Reforma Trabalhista, manteve a aplicação da estabilidade nanceira armando que os contratos contraídos anteriormente à reforma trabalhista não serão atingidos, portanto, atingirão apenas os contratos originados após a Reforma, ou, em última análise, aqueles que não tenham adquirido o direito antes da referida vigência. No caso, a aplicação de uma nova norma que reita de forma negativa nas vantagens do trabalhador só poderia atingir contratos originados após a vigência da Reforma, entendimento já trazido na redação da Súmula 51 do TST. Tratando-se de necessária ponderação da irretroatividade de norma prejudicial ao empregado em observância à segurança jurídica e o direito adquirido, nos termos da redação da Constituição Federal em seu Art. 5º, inc. XXXVI Desse modo, os trabalhadores, nessa condição, podem exigir a incorporação da função, mesmo após a “reforma trabalhista”.

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SETEMBRO AMARELO: UM CHAMADO À ESCUTA E EMPATIA

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etembro Amarelo é uma campanha brasileira de prevenção ao suicídio, iniciada em 2015 em Brasília. É uma iniciativa do Centro de Valorização da Vida (CVV), do Conselho Federal de Medicina (CFM) e da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP). O mês de setembro foi escolhido para a campanha porque internacionalmente o dia 10 de setembro é o Dia Mundial de Prevenção do Suicídio por iniciativa da International Association for Suicide Prevention. A ideia é promover eventos que abram espaço para debates sobre suicídio e divulgar o tema alertando a população sobre a importância de sua discussão. No Brasil, o suicídio é considerado um problema de saúde pública e sua ocorrência tem aumentado entre jovens. Segundo a organização Mundial da saúde, o suicídio é considerado um problema de saúde pública. O ato é apontado como a segunda principal causa de morte mundial entre jovens com idades entre 15 e 29 anos. De acordo com o último levantamento do Ministério da Saúde, a taxa mundial de suicídios, em 2015, foi de 10,7 casos por 100 mil habitantes no mundo. No Brasil, essa taxa foi de 6,3 por 100 mil habitantes. Na área bancária a última pesquisa é de 2009. Pesquisa inédita da Universidade de Brasília (UnB) revelou que, entre 1996 e 2005, 181 bancários cometeram suicídio. Uma média de um suicídio a cada 20 dias, segundo informações reunidas pelo Ministério da Saúde. Dados obtidos junto a um grande banco mostraram que, entre 1995 e 2008, 32% dos afastamentos de bancários decorreram de doenças do tecido músculoesquelético, como as Ler/Dorts, transtornos diretamente correlacionados com problemas da organização do trabalho. Outros 23% apresentaram transtornos mentais. Hoje em dia os problemas psíquicos superaram e muito as doenças físicas o que pode ter tornado o quadro ainda pior. Outro estudo, encomendado por entidades de classe dos bancários em 2006, demonstrou que aproximadamente 18 mil prossionais do país sofriam, à época, ideação suicida (vontade de tirar a própria vida).

Pegadinhas

da língua portuguesa

Por João Bezerra de Castro

SUBSTANTIVOS SÓ USADOS NO SINGULAR

No texto anterior, discorremos sobre o emprego dos vocábulos pluralícios, expressão adotada por Eduardo Sabbag em referência aos substan vos só usados no plural (pluralia tantum). Neste, trataremos dos substan vos que só se empregam no singular, chamados por alguns gramá cos de singularia tantum. Entre os substan vos que, habitualmente, só se usam no singular estão: -> os que designam doutrina, ideologia, religião, sistema polí co: capitalismo, comunismo, cris anismo, fascismo, nazismo, protestan smo, socialismo, etc. -> os designadores de massa ou matéria, de quan dades con nuas: água, brisa, cana, carvão, cobre, estanho, ferro, fumaça, gente, leite, lenha, neve, nitrogênio, ouro, oxigênio, plebe, prata, sangue, vinho, etc. -> os que exprimem noções abstratas, vícios e virtudes: bem, bondade, caridade, esperança, falsidade, fé, fome, liberdade, preguiça, sede, sensatez, sinceridade, etc. Eventuais plurais desses substan vos implicam mudança de significado. Exemplos: .“Os bens deixados pelo pai não lhe trouxeram o bem.” (bens: propriedades, valores; bem: felicidade) .O médico teve a bondade de me atender naquele momento di cil. (=boa ação) .“Tudo foi obra das suas bondades.” (= atos de bondade; favores) .Não convém tomar liberdades com nossos mestres. (= maneira petulante de agir). .“O homem foi man do a ferros.” (=prisão) Observações: 1. Os substan vos terminados em “x” /cs/ são invariáveis: o(s) ônix; o(s) tórax. Com relação a fax, o VOLP aceita a forma faxes. Os terminados em “x” com valor de “ce” fazem o plural normalmente em “ces”: cálix (ou cálice) -> cálices. 2. Os nomes sigmá cos, isto é, aqueles que, no singular, já terminam em “s”, são uniformes: a(s) cú s; o(s) ônibus; o(s) ônus; o(s) vírus. Quando são oxítonos, formam o plural mediante o acréscimo de -es: país -> países; rês –> reses. Cós serve para os dois números e ainda possui o plural: coses. Cais e xis são invariáveis. 3. Usa-se avôs como plural de avô homem. 4. Há falantes, não necessariamente analfabetos, que ignoram o plural de nossa moeda e falam, por exemplo, *vinte real. O real não se inclui entre os substan vos só usados no singular. 5. O substan vo munição, segundo o Aulete, é qualquer material bélico usado para prover as tropas. Nesse sen do, tal palavra deve ser empregada no singular, porque abrange balas de revólver e de canhão, cartuchos, pólvora, mísseis, granadas, explosivos, etc. 6. O plural da palavra material é, obviamente, materiais. Porém, quando usada no sen do de conjunto de ferramentas, utensílios, implementos, ar gos, instrumentos, etc., não há necessidade de usá-la no plural, já que o próprio termo exprime, por si só, pluralidade. Material de construção, por exemplo, engloba areia, cimento, jolos, telhas, madeira, azulejos, pregos, parafusos, etc. Material escolar engloba cadernos, lápis, livros, canetas, etc.

EXPEDIENTE Luta Bancária é uma publicação do Sindicato dos Bancários do RN

SEDE/NATAL: Av. Deodoro da Fonseca, 419 - Petrópolis - Natal (RN) - CEP 59020-025 FONES: (84) 3213-0394 // FAX: (84) 3213-5256 Conselho Editorial Eduardo Xavier Marcos Tinôco Matheus Crespo

Jornalista Responsável Ana Paula Costa (1235 JP/RN) Estagiária Vanessa Islany Ilustração Brum Impressão Unigráfica Tiragem 4 mil exemplares

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(84) 99828-3663 @bancariosrn Sindicato dos Bancários do RN Independente e de luta

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