Luta Bancária 34 de 2017

Básica

Filiado à

Luta BANCÁRIA Publicação do Sindicato dos Bancários do RN

Ano XXXII

Nº 34

16 a 22 de outubro de 2017

Congresso CSP Conlutas se firma como Central Sindical Popular e Independente.

págs. 04 e 05

A

Caixa Econômica Federal está sofrendo um ataque brusco e a ameaça de privatização tem se tornado cada dia mais real. Já no Governo Dilma, a abertura de capital da empresa havia sido anunciada. Em seguida, Meireles e Occhi passaram a discutir uma nova estrutura para a Caixa como a transformação em S.A. para ‘‘melhorar a governança’’.

Funcionários da C a i x a v i v e m apreensivos com as notícias de venda da Empresa visto que a sobrecarga de trabalho já é uma realidade, e sabemos que precarizar os serviços oferecidos é algo muito usado pelo poder público para justificar suas privatizações.

Além do problema n a t u r a l d a

privatização da Caixa que seria a perda do patrimônio público nacional, ainda podemos destacar dois absurdos que deveriam i m p e d i r t a l despautério: o objetivo é entregá-la a o s b a n c o s estrangeiros (como fizeram com a venda do Banespa ao Santander); e ainda corre um sério risco de acabar com o papel social da CEF, tendo em vista que será colocado nas mãos do capital privado o FGTS, saneamento, FIES, Bolsa Família, loterias, entre outros programas.

Há um grupo que acredita que a defesa da CEF deve ser feita através do PLS 555, projeto de lei do senado que deverá estabelecer normas de g o v e r n a n ç a corporativa e regras para compras e

licitações que atendam às especificidades de empresas públicas e sociedades de economia mista.

Vender a Caixa Econômica Federal não é desculpa para equilibrar as contas Câmara de Natal nega apoio públicas, é possível ao MPT após ataques do Grupo Guararapes. t a x a r g r a n d e s fortunas, cobrar dívidas das grandes empresas e suspender o pagamento dos juros da pág. 06 dívida pública são algumas alternativas para sair da crise, mas eles preferem cobrar dos que menos possuem e vender o patrimônio do povo brasileiro. Isso nós não iremos aceitar!

Toda a população brasileira precisa ser esclarecida sobre o que está para a c o n t e c e r , e o s Conheça a história da bancária venceu o câncer e hoje batalha trabalhadores da Caixa que pela conscientização. devem se preparar para encabeçar essa dura pág. 08 batalha.

MPT

Campanha

2

Editorial

Quem poderá nos defender?

O

senador Aécio Neves (PSDB-MG) vem travando uma verdadeira epopeia na tentativa de se manter como senador. Afastado do cargo duas vezes desde 18 de maio, quando foi deflagrada a Operação Patmos, desdobramento da Lava-Jato, Aécio foi beneficiado com a decisão do Supremo de devolver aoSenado o poder de afastá-lo ou não.

O judiciário brasileiro tem se igualado em manobras ao Congresso Nacional e deixado a população brasileira sem respostas claras de combate à

corrupção. A mensagem clara que é passada ao brasileiro comum é que vale a pena ser corrupto neste país, desde que seja rico, branco e nascido em berço de ouro, ou ainda ocupe um cargo público.

Aécio Neves foi denunciado por corrupção passiva por receber R$ 2 milhões em dinheiro vivo do empresário Joesley Batista, da JBS, que gravou conversa da solicitação de recursos e a entrega que foi filmada pela Polícia Federal. Nem assim ele foi preso.

Em 26 de setembro, a 1ª Turma do tribunal

afastou o tucano do mandato e determinou que ele ficasse em casa no período da noite e aos finais de semana. Em represália, os senadores ameaçaram votar se c o n fi r m a r i a m o afastamento de Aécio. A votação foi marcada para 3 de outubro, mas adiada ao longo do dia à espera de uma solução com o Supremo - o que aconteceu apenas em 11 de outubro.

Solução esta que beneficiou o uso da troca p o l í t i c a c o m o alternativa para a punição.

A quem recorrer agora? Ao Papa?

A GRALHA E OS CORVOS

U

ma gralha de tamanho descomunal olhava seus semelhantes com desdém. Partiu então em busca dos corvos para morar com eles. Mas os corvos, que nunca a tinham visto, expulsaram-na sem piedade. Rejeitada por eles, a gralha voltou para os seus. Mas estes não lhe perdoavam o orgulho: não a aceitaram de volta. E ela não pôde viver nem com uns nem com outros.

Não troques tua terra por uma outra: nesta serás rejeitado por ser estrangeiro e naquela o teu desprezo será devolvido em ódio.

Fonte: Fábulas de Esopo (2013), Coleção L&PM POCKET, vol. 68.

EXPEDIENTE

Humor

Luta Bancária é uma publicação do Sindicato dos Bancários do RN

SEDE/NATAL: Av. Deodoro da Fonseca, 419 - Petrópolis - Natal (RN) - CEP: 59020-025 FONES: (84) 3213-0394 // FAX: (84) 3213-5256 Conselho Editorial Eduardo Xavier Gilberto Monteiro Matheus Crespo Jornalista Responsável Ana Paula Costa (1235 JP/RN) Ilustração Brum e Luiz Renato Almeida Assistente de Comunicação Juliana Cortês Impressão Unigráfica Tiragem 4 mil exemplares

@bancariosrn Sindicato dos Bancários do RN Independente e de luta

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ELEIÇÕES COOPERFORTE

N

o período de 11 a 31 de outubro de 2017, a C O O P E R F O R T E realizará eleições para a escolha dos Delegados Seccionais em todo o país.

A votação iniciará às 9h do dia 11 e encerrará às 17h do dia 31/10/17.

Para a Seccional PB/RN, o Sindicato dos Bancários recomenda o voto em RONALDO ANTUNES DE OLIVEIRA, funcionário aposentado do Banco do Brasil e associado deste Sindicato.

O voto será feito p e l o s i t e : www.cooperforte.coop.br/e leição ou pelo telefone 0800-6012017.

Os cooperados com direito a voto receberão, via Correios, uma correspondência com os números dos candidatos.

O número de RONALDO ANTUNES é 25.748.

P r e s t i g i e a COOPERFORTE participando do pleito.

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A importância da luta na conquista dos sonhos

P

assar anos estudando para um concurso, ser aprovado e administrar a ansiedade de ser convocado. Ainda assim ter que lutar na Justiça para ter seu direito reconhecido.

Foi isso que ocorreu com um grupo de 19 concursados do Banco do Brasil.

O Luta Bancária resolveu conhecer um pouco mais dessa história e conversou com quatro dos 19 concursados que fizeram parte de um acordo com o BB, isso depois de já terem ganho em duas instâncias.

Para Patrícia Azevedo, a iminência do fim da validade do

concurso foi o que mais motivou o grupo a se unir nessa luta.

Douglas Angellis conta que recebeu o r i e n t a ç ã o d o Sindicato que indicou sua assessoria jurídica para seguir com o processo, mas como eles ainda não eram bancários, o processo foi tocado de forma independente.

I d a l i n a Fernandes reconhece a importância do grupo e do Sindicato, mas r e s s a l t a a intervenção divina. ‘‘Eu nem achava que tinha direito, mas fui para a reunião para saber do que se tratava e o apoio da minha mãe foi fundamental para

obter êxito’’, narrou.

Robson Freire destaca a importância da luta em todas as frentes da vida. ‘‘É precisou lutar sempre, pelo seu crescimento, pelo crescimento da empresa em que você trabalha e também contra as injustiças que possam ocorrer’’, disse.

Idalina conta ainda que realizou um sonho de trabalhar no BB após passar nove anos estudando. ‘‘Muitos fazem o concurso porque estão estudando, mas eu sempre quis trabalhar lá, você não imagina minha felicidade’’, contou.

Robson conta que a luta do grupo está servindo de estímulo para que outras pessoas procurem seus direitos. ‘‘Uma pessoa que soube da nossa conquista já me procurou para ter uma orientação de como

proceder, e a gente incentiva que as pessoas procurem seus direitos’’, falou.

A entrada via judicial não afetou em n a d a a v i d a profissional dos bancários. Todos contam que foram bem recebidos e se mostram empolgados com a carreira bancária.

Eles contam ainda que se sentem motivados a permanecer na luta.

F o i o reconhecimento da importância da luta que, inclusive, levou Douglas a se tornar delegado sindical. ‘‘Sabemos que a partir de novembro teremos uma dura batalha para enfrentar com a entrada em vigor da Reforma Trabalhista, mas já que tivemos uma vitória tão suada, acho que temos motivos em dobro para permanecer da luta’’, analisou.

Um ‘‘canto apologético às belezas e valores sertanejos’’

O

b a n c á r i o aposentado da Caixa Econômica Federal Astrogildo Cruz estará lançando no próximo dia 26 de outubro, no Teatro de Cultura Popular Chico

Daniel (TCP), o CD ‘‘Opereta das Flores’’, uma homenagem à cidade seridoense de Florânia.

Astrogildo é o produtor do CD e autor da maioria das músicas. Ele conta que passou três anos entre a concepção e o lançamento do CD que foi feito totalmente de forma artesanal, gravado em um pequeno estúdio em sua casa em Natal e também em Florânia. Todos os a r t i s t a s q u e participaram do projeto têm alguma ligação com a cidade, com destaque especial

para Terezinha de Jesus, cantora potiguar de destaque no cenário nacional na década de 70 que interpreta quatro músicas no CD. O p e r e t a é justamente uma história musicada que, com diálogos entre as músicas, conta um pouco da história da cidade. A capa também merece destaque pois traz imagens de Florânia do início da século 20, do tempo em que a cidade ainda se chamava Flores.

Para convidar as pessoas ao lançamento um clipe foi lançado no Youtube e já conta com

www.bancariosrn.com.br

quase duas mil visualizações (você pode acessar através do nosso site).

O lançamento do CD ocorre no dia 26 com um show. A entrada custa R$ 20 já incluído o CD que está sendo vendido em sete pontos em Natal.

Serviço: Lançamento do CD ‘ ‘ O p e r e t a d a s Flores’’, produzido p e l o b a n c á r i o Astrogildo Cruz Onde: TCP (Rua Jundiaí, 641, Tirol) Quando: 26 de outubro Hora: 20h Entrada: R$ 20 (dá direito ao CD)

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Congresso da CSP Conlutas aponta construção de Dia Nacional de Lutas

O

SEEB RN levou uma delegação de onze bancários ao 3º Congresso Nacional da CSP Conlutas, Central Sindical a qual o Sindicato é filiado. A plenária final ocorreu no dia 15 e encerrou com importantes votações pelos cerca de 2 mil delegados e delegadas. Foram a voto propostas de resoluções sobre B a l a n ç o e Reorganização, Estatuto e Estrutura sindical.

A resolução aprovada sobre Balanço e Reorganização de n° 43 (Fortalecer a CSPConlutas e estimular a

reorganização da classe trabalhadora) reivindica o acerto na construção da Central e as lutas ao longo de sua história. “A nossa Central nasceu com vocação de luta e independência em relação a governos e patrões, contra a conciliação de c l a s s e s , internacionalista e com uma estratégia socialista”, diz trecho do texto.

Outros temas como a garantia de paridade na participação de mulheres na Secretaria Executiva Nacional da C e n t r a l , o posicionamento contra

o Imposto Sindical e em d e f e s a d a autossustentação dos trabalhadores, sem intervenção do Estado, foram discutidos.

O tema ‘‘Imposto Sindical’’ foi inclusive defendido em plenário pelo diretor do SEEB RN, Juvêncio Hemetério. ‘‘Há uma necessidade de acabar com o imposto sindical, pois atrela os sindicatos aos governos e patrões e p r e j u d i c a o enfrentamento da Conlutas com outras centrais em disputas sindicais. O fim do imposto diminui o p r o c e s s o d e financiamento do estado. Somos contra a c r i a ç ã o d a s c o n t r i b u i ç õ e s compulsórias’’, defendeu.

A plenária também aprovou diversas moções de apoio a lutas, greves, repúdio a perseguições, entre vários temas, e também encaminhou que todos os relatórios e p r o p o s t a s d e resoluções discutidas nos setoriais serão debatidos na primeira reunião da Coordenação Nacional da CSPConlutas a ser realizada em breve.

Ao final, a C o m i s s ã o d e Organização ressaltou que o 3° Congresso encerra vitorioso, com a participação de quase 2.600 pessoas durante quatro dias, com resoluções que garantem o perfil de independência, classismo sindical e popular da CSPConlutas.

Plano de Lutas Nacional

A

o longo das exposições foi unanimidade a construção de um forte dia nacional de paralisações e greves no dia 10/11, para fortalecer a unidade dos trabalhadores e todos os setores explorados.

A tarefa imediata da Central no próximo período é impulsionar e fortalecer a construção do dia 10/11 – Dia Nacional de Paralisações e Greves, e lutar para recolocar na ordem do dia a realização de uma nova Greve Geral no país.

O calendário de lutas inclui ainda outras datas de mobilização como no dia 19/10 de luta em defesa da educação e 27/10, dia de luta em defesa do serviço público. www.bancariosrn.com.br

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A luta dos trabalhadores é internacional

A

delegação internacional que participou do Congresso, formada por 130 ativistas de 18 p a í s e s , f o i apresentada ao plenário durante o segundo dia de discussões.

N o p a l c o , bandeiras, faixas de sindicatos e cartazes d e p r o t e s t o

e x p r e s s a v a m a diversidade nas lutas e na resistência ao redor do mundo.

A abertura foi conduzida com a mediação de Flavia Bischain, professora da rede estadual, Magda Furtado, servidora pública e da Secretaria Executiva da Central, e o membro do Setorial Internacional da

Central, Herbert Claros.

Herbert, um dos dirigentes que conduziu a mesa, iniciou a apresentação dizendo que “o internacionalismo é o único caminho para a emancipação da classe trabalhadora”.

Representantes de três das cerca de 60 entidades presentes

Indígenas na luta

>> Painel das opressões. Negros, índios, quilombolas, camponeses, mulheres, sem-teto e LGBTQs. www.bancariosrn.com.br

tiveram um momento para c o m p a r t i l h a r experiências das mobilizações locais e falar da necessidade de fortalecer a unidade e a s a ç õ e s internacionais.

P a r t e d a delegação da África, Ndaitavela Ndahafa Hamupembe, vicepresidente da Central Sindical da Namíbia (TUCNA, em inglês), destacou que as investidas do governo e dos patrões contra os trabalhadores na N a m í b i a s ã o semelhantes às que seguem em curso em diversos outros países.

A delegação espanhola não pôde estar presente, por estarem engajados na l u t a p e l a independência da Catalunha. Uma faixa em solidariedade ao povo catalão foi estendida em frente ao palco ao fim da apresentação.

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Vereadores se negam a prestar apoio ao mpt

N

o dia 5 de outubro de 2017 os vereadores de Natal recusaram emitir uma nota de apoio ao Ministério Público do Trabalho. Com apenas q u a t r o v o t o s favoráveis, oito negativos e três abstenções, os edis natalenses se abstiveram de emitir apoio à importante

Instituição que vem sendo agredida pelo Grupo Guararapes Confecções S.A. devido ao apoio que está sendo dado aos trabalhadores em defesa de seus direitos.

A propositura de apoio foi feita pelo vereador Sandro Pimentel (PSOL) e obteve o voto de Fernando Lucena (PT),

Edital O Sindicato dos Trabalhadores em Instituições Financeiras do Estado do Rio Grande do Norte, inscrito no CNPJ/MF sob o nº 08.344.822.0001-00, registro sindical nº DNT 10275 de 1941, por seu Coordenador-Geral, abaixo assinado, convoca todos os empregados bancários, associados ou não, do Banco Pan S.A., na base terrirorial deste sindicato, para assembleia extraordinária geral específica que se realizará no dia 19 /10/2017, às 17h, em primeira convocação, e às 18h, em Segunda convocação, no endereço sito à Av. Deodoro, 419, Petrópolis, Natal/RN, para discussõ e deliberação a cerca da seguinte pauta: Aprovação do Acordo Coletivo de Trabalho sobre Programa de Participação nos Resultados do Banco Pan S.A. do exercício 2017/2018.

Natal-RN, 16 de outubro de 2017.

Gilberto Monteiro Coordenador-Geral

Franklin Capistrano (PSB) e Luiz Almir (PR).

Entre os que votaram contra estão: Eriko Jácome (PODE), Dickson Junior (PSDB), Fulvio Salvio (SD), Kleber Fernandes (PDT), Nina Souza (PEN), Paulinho Freire (SD), Ubaldo Fernandes (PMDB) e ainda Felipe Alves (PMDB). Este último merece um destaque importante pois em sua fala defendeu que devemos ‘ ‘ a p o i a r o s empreendedores’’, deixando claro de que lado está. Engraçado é que nas eleições esses políticos rapidamente lembram e correm atrás dos votos dos trabalhadores.

O Sindicato dos Bancários do RN reafirma seu apoio ao

MPT. Entenda o caso O MPT, em especial a procuradora Ileana Neiva Mousinho, passou a ser atacado pelo Grupo Guararapes Confecções S.A. após ser denunciado e cobrado de uma multa no valor de R$ 37 milhões (10% de seu lucro em 2016) por usar mão de obra superexplorada em 12 cidades do interior do RN. O Grupo ainda é chamado a ser responsável pelos direitos trabalhistas dos funcionários das pequenas fábricas, que vêm sendo chamadas de facções, que fazem os mesmos serviços dos funcionários da fábrica, mas não possuem garantias trabalhistas.

Ele não cansa de atacar direitos

D

epois de relatar a Reforma Trabalhista, se orgulhar de retirar direitos históricos da classe trabalhadora, e atacar o MPT no caso de denúncia do Grupo Guararapes, o deputado federal potiguar Rogério Marinho (PSDB) mira sua metralhadora na direção dos idosos e aposentados. Ele agora será o relator do projeto que pretende mudar vários pontos da lei dos planos de saúde e já anunciou as principais mudanças que pretende apresentar.

Ele afirmou que deve mexer em dois estatutos considerados por muitos como www.bancariosrn.com.br

“sagrados” para os beneficiários da saúde suplementar: pretende proibir a aplicação do CDC em contratos de planos de saúde, com o objetivo de diminuir a judicialização do tema; e ainda liberar o reajuste dos planos para maiores de 60 anos, o que hoje é probido pelo Estatuto do Idoso.

Na prática, isso fará com que, na hora em que mais precisa de planos de saúde, o idoso não consiga mais arcar com os custos e, por conseguinte, seja expulso por falta de condições de pagamento.

A ideia “brilhante” do deputado é escalonar os aumentos, como se isso fosse coibir os abusos.

Rogério Marinho não se cansa de atacar pobres e trabalhadores, é preciso que em 2018 os potiguares lembrem-se disso e deem o troco, não o reelegendo.

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Portaria de Temer dificulta libertação dos escravos

Q

uando a Reforma Trabalhista era discutida e v o t a d a n o Congresso era muito comum ver “memes” na internet que diziam que com mais um pouco se revogaria a Lei Áurea, pois parece que chegamos lá. Como forma de pagar a bancada ruralista e livrá-lo de mais uma denúncia de corrupção que será votada pelo C o n g r e s s o , o presidente Michel Temer, através do ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, editou uma portaria que, na prática, dificulta a fiscalização e p u n i ç ã o d e empregadores flagrados cometendo trabalho escravo.

A portaria determina que a "lista suja", que traz os nomes dos empregadores autuados pela prática do crime, só será divulgada "por determinação expressa"

dele ou de quem estiver como titular da pasta.

Antes, essa atribuição era da área técnica.

A portaria trouxe ainda novos conceitos de práticas ligadas ao trabalho análogo à escravidão. Para que sejam caracterizadas a jornada excessiva ou a condição degradante, por exemplo, agora terá que haver a restrição de liberdade do trabalhador.

Tal enunciado contraria entendimento firmado há mais de 10 anos de que o cerceamento ostensivo do direito de ir e vir não está vinculado obrigatoriamente à jornada exaustiva e ao trabalho degradante.

Mas apenas ao trabalho forçado e à servidão por dívidas, outras condições ligadas ao delito de redução à condição análoga à de escravo previsto no Código Penal.

Uma série de procedimentos criados

na nova portaria retira a autonomia dos auditores fiscais nas inspeções. Eles terão agora que atuar sempre com um policial, que precisará lavrar um boletim de ocorrência do auto de flagrante.

Sem esse documento, a fiscalização será considerada inválida, e o empregador ficará isento de eventuais penalidades e de ser incluído na lista suja.

O resgate de trabalhadores em condição análoga à de

escravo, trabalho que hoje é feito pelas equipes técnicas, também poderá ficar prejudicado com os novos conceitos e exigências.

O trabalho de fiscalização das equipes técnicas já v i n h a s e n d o prejudicado pelos cortes no orçamento impostos pelo Governo que tem dificultado até mesmo a aquisição de gasolina para as d i l i g ê n c i a s .

RN: estado de insegurança E

n q u a n t o o g o v e r n a d o r Robinson Faria anuncia em suas redes sociais, diretamente de Roma, que o RN estaria ‘‘doando’’ 30 novos santos ao mundo, os potiguares se apegam a todos os santos no intuito de se salvar da violência que assola o RN. Em abril, uma pesquisa colocou Natal como a cidade mais violenta do país e a 10ª do mundo, em um ranking em que estão países em guerra civil.

E é essa sensação

que a população do RN vem sentindo: guerra civil. Recentemente um bancário foi feito refém, juntamente com sua família, em uma tentativa frustrada de assalto ao BB de Igapó. É a violência batendo a nossa porta e de nossos empregos.

As explosões de bancos e ataques à carros-fortes já fazem parte do dia a dia e ocorre à luz do dia fazendo vítimas pessoas inocentes, bem diferente do que alega o Governo, de que só está morrendo bandidos envolvidos com a

guerras das facções PCC e Sindicato do Crime.

Enquanto o Governo do RN atrasa salários, sucateia a

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segurança e anuncia ‘‘doação’’ de santos para o mundo, o potiguar reza para não ser o próximo.

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A importância do amor no processo de cura

O

médico chegou a i n d i c a r a m a m o g r a fi a algumas vezes, mas por não ter histórico familiar e não apresentar alterações nas ultrassonografias, Rosane Márcia, bancária da Caixa Econômica Federal, nunca se importou muito com o exame.

Entretanto, após enfrentar uma batalha contra a depressão, em abril de 2009, desencadeada pela perda do pai, ela optou por solicitar o exame.

E foi assim, em abril de 2010, que aos 45 anos, Rosane foi diagnosticada com câncer de mama.

Sua indicação foi retirada total da mama, com reconstrução imediata, e após 15 dias da cirurgia ela já reassumia seu cargo no banco. Na época, também à frente da APCEF, Rosane chegou a fazer uma viagem a Brasília entre o diagnóstico e o início do tratamento. “A viagem foi importante porque encontrei uma amiga que já tinha tido câncer e quando eu disse pra ela que tinha dado Birads 4, ela me orientou a procurar o tratamento com urgência”, contou.

Rosane explica que, para ela, tinha dado uma pequena alteração no exame, mas que na verdade o Birads 4 já atesta a presença do câncer, sendo que Birads 5 já é indício de metástase.

Ao voltar a Natal ela procurou dois médicos para ter certeza do diagnóstico. “Eu não queria aceitar que fosse câncer, e o segundo médico deu o

mesmo diagnóstico e que precisava fazer a biópsia”, relatou.

Ela não precisou fazer a quimioterapia que tanto assusta as mulheres pela perda de

n o v a m e n t e a mastectomia parcial.

“Para minha segurança eu preferi tirar completamente, fiz a reconstrução, mas essa acabou dando mais

cabelos, mas até hoje s e s u b m e t e a hormonioterapia, em que, a cada 28 dias, recebe duas dosagens de medicação.

Geralmente os pacientes de câncer precisam passar cinco anos em tratamento p a r a s e r e m considerados curados.

Todavia, Rosane resolveu, em 2012, fazer uma cirurgia de simetrização das mamas, foi quando, para sua surpresa, ela já estava com Birads 3, considerado um précâncer e foi orientada

trabalho. Nos últimos cinco anos tive que fazer 11 cirurgias devido à rejeição à prótese”, conta.

As medicações a c a b a r a m p o r desencadear outros problemas. Ela teve suspeita de câncer de fígado, ocasionado pela medicação e intensificada pela existência de câncer de fígado no histórico familiar. Por isso chegou a retirar parte do órgão, mas a doença foi descartada e ela permanecerá em tratamento até

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completar 10 anos da descoberta do primeiro tumor.

Ela acredita que tudo tem seu tempo, pois, talvez se tivesse feito a mamografia quando indicada a primeira vez por seu médico, ela ainda não tivesse detectado a doença que, quando foi descoberta, ainda estava em estágio inicial. “Aconselho toda mulher a fazer os exames e se cuidar, mas também acredito que as coisas acontecem no tempo de Deus. Não importa se você tem histórico familiar, eu fui a primeira e se Deus quiser serei a última da minha família”, afirmou.

“Eu não tenho orgulho de ter tido o câncer, mas de dizer que hoje eu sou curada e ele não me fez ser pior ou melhor do que ninguém. Eu quero é que as pessoas se previnam, conheci pessoas que pude ajudar.

50% do tratamento tá na nossa cabeça, a gente precisa aceitar e lutar e cada dia é uma vitória na minha v i d a ” , r e l a t a emocionada a bancária.

Para Rosane o apoio da família e dos amigos foi muito importante. “A dosagem melhor e maior do que a medicação é o amor e o carinho que a gente recebe”, disse.

Os familiares passaram a valorizar ainda mais os momentos que passam juntos, e todos os anos se unem na distribuição de lacinhos cor-de-rosa para contribuir com a conscientização do Outubro Rosa.

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solidariedade F

uncionários do Banco do Brasil se reuniram em solidariedade em prol dos moradores do Loteamento 8 de Março. Somente no dia 6 de outubro, os bancários abriram mão do café da manhã e conseguiram arrecadar o leite que foi distribuído entre os moradores na parte da tarde.

A ação foi coordenada pelo bancário Klebinho funcionário aposentado do BB. O Sindicato dos Bancários também fez sua parte e doou R$ 3 mil em alimentos e produtos de higiene e limpeza às famílias atingidas.

Entenda 108 famílias tiveram suas casas queimadas no dia 4 de outubro quando um incêndio, que pode ter sido causado pela explosão de um botijão de gás (mas aguarda perícia)queimou os ‘‘barracos’’ da comunidade. As famílias que tiveram as moradias atingidas pelo incêndio foram alojadas no Caic Cidade Satélite, na Zona Sul, onde estão divididas em salas. Cada um dos cômodos abriga em média 12 pessoas.

Pirulito que bate-bate metas uando a gente

Q

pensa que já viu de tudo, aparece um Banco e mostra que ainda é possível explorar mais seus funcionários. Foi o caso do Banco do Brasil. Um superintendente regional do sudeste afirmou, em vídeo, que recompensará com pirulitos os bancários que cumprirem meta, fazendo alusão ao Dia das Crianças, comemorado em 12 de outubro.

A proposta do gestor é que os primeiros bancários que alcançarem a meta de R$ 500 em Resultado de Seguridade – incluindo capitalização, previdência ou seguro de vida – ganham um pirulito grande. Para os demais, um doce um pouco menor.

A “gincana” também dará um cupom aos participantes, para o sorteio de um pirulito gigante, “para adoçar a semana das crianças”, como afirma o gestor no vídeo.

Para o Banco: lucros astronômicos. Para os bancários: um pirulito. Tsc, tsc, tsc...

MULHERES RETRATAM MULHERES

O

resgate da autoestima e a beleza de cada uma das 23 m u l h e r e s fotografadas durante e póstratamento do Câncer de Mama é o t e m a d e s s a e x p o s i ç ã o i t i n e r a n t e produzida por seis fotógrafas.

Juntas em voluntariado, as fotógrafas tiveram a oportunidade de registrar esse momento da vida dessas mulheres, que lutam com fé e

coragem pela vida, retirando da dor e do sofrimento toda força e beleza.

A mensagem que se quer passar para o público da exposição é de o t i m i s m o e superação, além de esclarecer sobre a questão do câncer de mama que, ao ser dignosticado precocemente, tem cura.

A s fotógrafas Ana C l á u d i a A l b u q u e r q u e (bancária da Caixa), Eleonora

Marques, Katherine Carvalho, Rose Medeiros, Sonia Regina e Verônica B a r r e t o perceberam, ao fi n a l , q u e realmente a beleza está dentro de c a d a u m a , independentemente dos efeitos do tratamento.

O resultado desse trabalho pode ser visto na e x p o s i ç ã o i t i n e r a n t e MULHERES BONITAS, com a seguinte programação:

www.bancariosrn.com.br

SHOPPING VIA DIRETA 16 a 20/10 das 10h às 22h

PARTAGE NORTE SHOPPING 25 a 29/10 das 10h às 22h OAB/RN 30 a 31/10 das 9h às 18h

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A poesia de uma criança promete alegrar o Quinta cultural de outubro

O

projeto Quinta Cultural, uma parceria do S i n d i c a t o d o s Bancários do RN com os produtores culturais João Barra e Nando

Poeta, vem se consoli dando no cenário natalense e chega a s u a sétima edição e m outubro .

A mistura dessa vez traz o ritmo d e Mazinho Viana e Regina Casaforte com a poesia precoce do mossoroense Filipe Borges.

Mazinho Viana, músico instrumentista,

cantor e compositor.

Vem trilhando os caminhos da música desde 1988, se mantendo ativo, com trabalhos com banda bailes, barzinhos e t e a t r o s , s e apresentando em carreira solo e grupos.

No Brasil, já circulou em São Paulo, Bahia, Ceará e Pernambuco. Fora do país, duas vezes na Alemanha, a segunda em 2016, Chile, Paraguai sempre com shows e apresentações.

Ao longo de todas estas experiências, gravou seis CDs, quatro com grupos e dois solos.

Ele promete um grande show especial

Pegadinhas

da língua portuguesa

para o Quinta Cultural intitulado Um Moi de Som, onde mostrará músicas autorais, e p a r t i c i p a ç õ e s especiais da cantora e percursionista Regina Casaforte, e do Pianista e também compositor Oswin Lohss.

Filipe Borges tem 11 anos de idade, é poeta, declamador e ator nato. Lançou seu primeiro livreto, NATUREZA EM VERSOS, e desde então tem se apresentado em vários eventos culturais e em escolas. Se declara defensor da natureza e demonstra grande facilidade ao lidar com o público, interagindo com ele em suas declamações.

TRAVESSÃO

Por João Bezerra de Castro Quem escreve precisa entender que o hífen e o travessão são caracteres bem diferentes. O

filosofia e a arte.” (Gilberto Amado)

hífen é um sinal ortográfico que fica restrito ao interior do vocábulo e é empregado para unir os

4. Dis nguir os comentários do narrador nas falas das pessoas que figuram nas obras literárias. Exemplo:

elementos que formam uma palavra composta (sexta-feira, contra-aviso, livre-arbítrio), o

.“— Porque poderia não ter simpa zado comigo. Simpa a não se impõe — empregava um tom de

pronome enclí co ao verbo (diga-nos) e para separar as sílabas na translineação (par ção de

humildade — e eu respeito muito este sen mento secreto e humaníssimo.” (M. Rebelo)

palavras no fim de linha). Já o travessão é um sinal de pontuação (traço horizontal maior que o Observações: 1. Segundo norma do novo Acordo Ortográfico (Base XV, 7º), emprega-se hífen e não

hífen) usado para: 1. Indicar, nos diálogos, a fala ou a mudança de interlocutor, com ou sem aspas. Nesse caso, usa-

travessão para ligar duas ou mais palavras que ocasionalmente se combinam, formando, não propriamente vocábulos, mas encadeamentos vocabulares ( po: a divisa Liberdade-Igualdade-

se o travessão simples (—). Exemplo:

Fraternidade, a ponte Rio-Niterói, o percurso Lisboa-Coimbra-Porto, a ligação Angola-Moçambique), e

— O que você faz aí, garoto?

bem assim nas combinações históricas ou ocasionais de topônimos ( po: Áustria-Hungria, Alsácia-

— Espero a passagem da caravana.

2. Introduzir um segmento que detalhe ou explique melhor a ideia que acaba de ser apresentada. Nesse

Lorena, Angola-Brasil, Tóquio-Rio de Janeiro, etc.). Antes do Acordo, o uso do hífen, nesses exemplos, caracterizava impropriedade. 2. Pode haver vírgula antes e depois de travessão: Mara, aluna inteligente

caso, subs tui o dois-pontos. Exemplo:

— não só inteligente, mas também esforçada —, fez o teste e foi aprovada. / “Vinha triste, — triste e

.“Agora o inspetor sabia muito bem quem nha come do o crime — o professor.”

3. Pôr em evidência palavras, frases e expressões. Nesse caso, o travessão duplo (— —) é usado como

calado.” (Machado de Assis) Maneiras de digitar o travessão no Word:

subs tuto da dupla vírgula, dos parênteses ou dos colchetes. Exemplos: .“Na Holanda, os veículos movidos à gasolina vão sendo subs tuídos por outros transportes —

1ª. Pressionar simultaneamente as teclas Ctrl + Alt e o sinal de menos (-) que fica na extremidade direita do teclado (em cima da tecla +).

principalmente bicicletas — em razão da carência de combus vel.” (Sacconi) .“Acresce que chovia — peneirava — uma chuvinha miúda, triste e constante...” (M. de Assis) Obs.: É comum o emprego do travessão simples para destacar, enfa camente, a parte final de um enunciado. Ex.: “Um povo é tanto mais elevado quanto mais se interessa pelas coisas inúteis — a

2ª. Apertar o botão do mouse em Inserir, selecionar Símbolo, depois Caracteres Especiais, em seguida Travessão, clicar no botão Inserir e depois em Fechar.

Obs.: No correio eletrônico (e-mails), o travessão é ob do digitando-se 0151 no teclado numérico com a tecla Alt pressionada.

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