Básica
Filiado à
Luta BANCÁRIA Publicação do Sindicato dos Bancários do RN
Ano XXXII
Nº 40
11 a 17 de dezembro de 2017
Nas ruas contra a reforma da previdência!
alterações Fique atento à alteração nos plantões jurídicos devido ao recesso judiciário.
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Superlotação
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pesar da desmobilização de última hora causada por algumas Centrais Sindicais que, em conluio com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, desmarcaram a Greve Geral que deveria ter ocorrido no dia 5 de dezembro, os trabalhadores foram às ruas. A manifestação, em Natal, ocorreu em frente ao prédio do INSS e contou com a participação de diversas categorias e movimentos sociais. O acordo feito entre as Centrais e o Congresso tirou da pauta do dia 6 a votação da Reforma da Previdência, muito também porque o Governo não havia conseguido votos suficientes, mas após abrir os cofres para comprar os parlamentares, Temer já cogita votá-la na próxima semana. A Reforma da Previdência é cruel e devastadora para a classe trabalhadora pois aumentará a idade mínima, o tempo de contribuição e reduzirá o benefício em muitos casos, incluindo na pensão por morte. O Governo resolveu enganar a
população alegando que a Reforma irá cortar privilégios, citando os servidores públicos como maiores ‘‘privilegiados’’. As propagandas do Governo, que chegaram a ser suspensas por decisão judicial, são um verdadeiro crime e ainda assim não conseguiram convencer a população. A manifestação deu o seu recado e mostrou que ainda é tempo de lutar e os trabalhadores não irão assistir sentados à aprovação desse ataque absurdo. ‘‘Esse é um governo que trabalha para o mercado e é muito coerente com suas políticas que são voltadas para beneficiar as grandes corporações e os grandes banqueiros. Ao mesmo tempo tem uma política totalmente incoerente para o povo brasileiro. Precisamos fazer uma crítica às grandes centrais sindicais que frustraram uma Greve que estava sendo construída para barrar esta Reforma’’, lembrou Gilberto Monteiro, coordenador-geral do Sindicato.
Caixa do Campus enfrenta superlotação e funcionários são expostos a sobrecarga de trabalho.
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Futebol
Campeonato dos Bancários é encerrado com festa e grande final.
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Editorial
A Greve e o Golpe
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CUT costuma utilizar a palavra GOLPE para nomear o processo de impeachtment s o f r i d o p e l a presidente Dilma Rousseff em 2016, mas qual será a palavra que, no futuro, ela e as demais centrais (Força Sindical, CTB, UGT, NTSC e CSB) que fugiram da luta deste dia 5 irão usar? As Centrais citadas, que deveriam defender os interesses d a c l a s s e
t r a b a l h a d o r a , sentaram para negociar com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, ( P M D B R J ) e desmarcaram uma GREVE GERAL que tinha tudo para ser uma das maiores dos últimos tempos. E se fosse proporcional ao ataque sofrido, certamente seria a maior. O que está em jogo no Congresso Nacional é o fim da aposentadoria para o brasileiro médio.
As novas regras que o governo tenta aprovar a um custo bem alto ($$$) vão excluir da Previdência Social u m a p a r c e l a considerável da população brasileira e, ainda, conseguirão acabar com a pequena distribuição de renda que é feita através do regime solidário e tripartite adotado pela Previdência. A luta ainda não acabou, estejamos preparados para a próxima batalha!
O CABRITO E O LOBO
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a casa em que se encontrava, um
cabrito viu passar um lobo. Pôs-se a
insultá-lo e a escarnecer-lhe.
O lobo disse então: —O insulto não vem de ti, mas do lugar onde estás.
EXPEDIENTE
Humor
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ique atento aos p l a n t õ e s j u r í d i c o s durante o recesso judiciário e o início do ano. Entre os dias 20 de dezembro de 2017 e 06 de janeiro de 2018, não haverá plantão jurídico. Entre os dias 07 a 31 de janeiro de 2018 haverá um plantão por semana de cada um dos escritórios que prestam assessoria jurídica ao Sindicato dos Bancários do RN. Terças-feiras: Dr. Marcos Vinício ou Manoel Batista ou Dra. Raline Soares (apenas um deles estará presente ao plantão)
Luta Bancária é uma publicação do Sindicato dos Bancários do RN
SEDE/NATAL: Av. Deodoro da Fonseca, 419 - Petrópolis - Natal (RN) - CEP: 59020-025 FONES: (84) 3213-0394 // FAX: (84) 3213-5256 Conselho Editorial Eduardo Xavier Gilberto Monteiro Matheus Crespo Jornalista Responsável Ana Paula Costa (1235 JP/RN) Ilustração Brum e Luiz Renato Almeida Assistente de Comunicação Juliana Cortês Impressão Unigráfica Tiragem 4 mil exemplares
Quartas-feiras: Oderley Santiago
@bancariosrn Sindicato dos Bancários do RN Independente e de luta
Plantão Jurídico – Alterações e recesso de fim de ano
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Dr.
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Governo recua na privatização da Caixa, mas ainda não é hora de baixar a guarda Decisão do Conselho de Administração aconteceu no dia 7 de dezembro e representa uma grande vitória para a sociedade brasileira e os empregados do banco nesse momento mantermos alerta, pois tema voltou à pauta viram assombrados pelo a reunião do é público e notório o recentemente, com a fantasma da venda da Conselho de interesse do Governo justificativa, pela empresa. Em 2015, a Administração Temer de aplicar uma equipe econômica do então presidente Dilma que ocorreu no dia 7 de agenda neoliberal em governo, de que a Rousseff, recém-eleita dezembro, o item que alta velocidade para alteração melhoraria a para um segundo p r o p u n h a a evitar movimentos de governança na Caixa. mandato, chegou a transformação do Banco resistência da classe Essa alteração, porém, anunciar a abertura de em S/A foi excluído do trabalhadora. Não foi à desrespeitava a capital da empresa, mas texto a ser votado. toa a mudança na própria lei das acabou recuando devido Agora o texto final do Governança da Caixa. Se estatais, e foi à resistência dos Estatuto precisa ser eles não conseguiram questionada pela trabalhadores. aprovado pelos órgãos p e l o s m o l d e s representante dos Houve ainda uma reguladores. Isso t r a d i c i o n a i s , e m p r e g a d o s e m mobilização nacional representa uma vitória precisamos ficar alerta documentos enviados à envolvendo a Contraf contra a privatização à m u d a n ç a d e direção do Banco. CUT para evitar que a do Banco, mas não pode estratégia. Paralelamente, Caixa se tornasse S/A ser comemorado como audiências públicas em na época da discussão algo definitivo. É casas legislativas e sobre o Projeto de Lei importante lembrar que discussões do Senado (PLS) 555. À há pouco mais de um nos locais época, a mobilização mês, uma mudança da de trabalho envolveu empregados de Governança da Empresa e sindicatos empresas públicas e já prevê que o órgão já vinham representantes dos máximo regulador é uma alertando m o v i m e n t o s Assembleia, típica das p a r a o s associativo, sindical empresas de economia riscos de e social. O Estatuto mista. uma Caixa das Estatais, ou Lei de A ameaça de transformada Responsabilidade das privatização da Caixa em sociedade Estatais, acabou sendo sempre rondou os anônima, a p r o v a d o p e l o empregados do Banco. Na abrindo seu Congresso Nacional e década de 90 e início capital ou, ainda tem pontos dos anos 2000, quando a ainda, sendo questionados na Caixa foi obrigada a privatizada. Justiça, mas a ameaça assinar um TAC para Este é de transformação em reduzir a dependência o momento de sociedade anônima foi de terceirizados, os n o s afastada. No entanto, o empregados sempre se
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Bancária com alma e talento de artista
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bancária Aline Gurgel, da Caixa Econômica Federal, já é conhecida por suas belíssimas performances na dança do ventre e por ser uma excelente escritora, ganhadora de alguns prêmios da nossa Jornada Cultural. Agora, Aline se aventura também como intérprete e apresentará nos dias 13 e 14 de dezembro o show "Flor de canela". Com um repertório muito especial que inclui clássicos da música brasileira, latino-americana, francesa e inglesa, a apresentação também contará com pérolas da música potiguar. Ela estará acompanhada pelos excelentes músicos Jubileu Filho (violão e autor dos arranjos), Lipe Guedes (acordeon) e Samir Tarik (percussão). O evento tem o apoio do Sindicato dos Bancários do RN, da Tuareg Kasa do Oriente, Offset Gráfica e Ateliê Cris Iglesias. Produção de João Barra. www.bancariosrn.com.br
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Demissão em massa de professores universitários: as consequências cruéis da Reforma Trabalhista
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grupo de ensino superior Estácio de Sá, uma das maiores companhias de educação privada do Brasil, demitiu professores de toda sua rede de ensino no dia 5 de dezembro. Segundo a imprensa, 1,2 mil docentes foram d e s l i g a d o s . A instituição, no entanto, não confirma o número. Em nota, a empresa alega que o quadro decorre de uma reorganização na base de docentes, que envolve não só as demissões, mas o lançamento de um cadastro reserva de docentes para atender possíveis demandas nos próximos semestres, de acordo com as evoluções curriculares. Em Natal, a Universidade Potiguar e a Uninassau também já começaram a demitir docentes, ainda não foi
publicizado o número exato de demissões. A r e f o r m a trabalhista criou a modalidade do trabalho intermitente, que prevê a contratação do trabalhador por tempo d e t e r m i n a d o e pagamento de acordo com a prestação de serviço, que pode se dar em horas, dias, semanas ou meses. Anteriormente, a CLT não previa esse tipo de vínculo. Os trabalhadores nessas condições terão direito a férias, FGTS, previdência e 13º salário proporcionais. Vale lembrar que a d o c ê n c i a universitária é um setor de mão de obra altamente qualificada, p o i s o Ministério da Educação e x i g e mestrado e doutorado
para os professores. Vislumbrem ainda o que poderá ocorrer com categorias com menor q u a l i fi c a ç ã o e organização.
Janeiro e Região (Sinpro-Rio). O efeito da medida vale para os municípios do Rio, de Paracambi, Itaguaí e Seropédica.
Resistência A Justiça do Trabalho do Rio suspendeu no dia 7 de dezembro as d e m i s s õ e s d e professores iniciadas pela Estácio. Dos 1.200 professores que estão sendo demitidos pela Estácio, 400 são do RJ. A decisão da juíza Larissa Lopes concede liminar com tutela antecipada em favor do S i n d i c a t o d o s Professores do Município do Rio de
A dispensa dos profissionais fica impedida até que a universidade apresente à Justiça a lista de todos os professores demitidos, os termos de revisão desses profissionais, e a relação de pessoal que será contratado em substituição a eles. As d i s p e n s a s j á realizadas ficam suspensas até a apresentação de todos os documentos.
Empresa terceirizada dá calote em telefonistas do BB
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Sindicato dos Bancários do RN se solidariza com as telefonistas do Banco do Brasil que eram contratadas pela empresa terceirizada Qualiserv e levaram um calote no mês de outubro. A e m p r e s a evadiu-se, sem pagar o salário de outubro, deixando-as em situação lastimável. O Banco do Brasil, responsável pela contratação da empresa, suspendeu o contrato dessas trabalhadoras no período de 03 a 12 de
novembro, e só no dia 13 contratou outra empresa terceirizada para readmitir as telefonistas. O mais grave é que elas, além de não receberem o salário de outubro, não sabem quem vai pagar as verbas rescisórias. O S i n d i c a t o d a s telefonistas já notificou judicialmente o Banco do Brasil, que, por ser o responsável s o l i d á r i o d a contratação, precisa apresentar uma solução, afinal, as telefonistas prestam serviços ao Banco.
As trabalhadoras estão apreensivas principalmente devido às mudanças nas leis como a lei da terceirização e Reforma Trabalhista, que não garantem mais essa corresponsabilidade. Infeliz mente, ainda estamos pisando em ovos com as mudanças e a aplicaç ã o delas
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por cada juiz, uma vez que as empresas estão se aproveitando das incertezas jurídicas para lucrarem ainda mais sobre a classe trabalhadora.
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Trabalhadores recepcionam parlamentares em Natal
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Sindicato dos Bancários do RN esteve presente na tarde do dia 30 de novembro em uma manifestação de trabalhadores no aeroporto internacional de São Gonçalo do Amarante. O intuito dos presentes era cobrar dos parlamentares potiguares uma posição contrária à votação da Reforma da Previdência que o Governo Federal ameaça colocar em votação nos próximos dias. Os trabalhadores do RN conseguiram encontrar os deputados federais Antônio Jácome (PTN), Walter Alves (PMDB) e Zenaide Maia (PR) que se comprometeram a votar contra o projeto da Reforma da Previdência. A Greve Geral se aproxima e é necessário dar um recado muito claro aos parlamentares do RN: quem votar a favor, não volta!
Falta de funcionários cria caos na Caixa do Campus Universitário
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magine uma agência que funcionava com 20 funcionários e de repente começa a operar com apenas 7. Agora imagine isso em dia de pagamento. Pois foi esse cenário de caos que encontramos nos dias 04 e 05 de dezembro na agência da Caixa Econômica Federal do Campus Universitário. Com tempo médio de espera de três horas e meia, os clientes aborrecidos descontavam nos funcionários a raiva da longa espera. Eles, por sua vez, faziam o possível e impossível para dar conta de atender a alta demanda. O problema na agência do Campus teve início há cerca de dois anos quando os funcionários começaram a se aposentar e não serem repostos. Hoje o quadro é de apenas nove funcionários e, nos dias citados, havia sido ainda mais reduzido devido a férias e um afastamento por licença de saúde. O professor Pablo Bellot já esperava há 2h50 minutos e ainda
tinha 10 pessoas na sua frente. ‘‘Isso sem contar os preferenciais que precisam ser atendidos primeiro, você fica sem saber que horas vai sair daqui’’, relatou. A cozinheira Regina Lúcia Ferreira já esperava há quatro horas e estava animada por ser a próxima a ser chamada. ‘‘Aqui sempre tem espera, mas hoje realmente foi o dia que mais esperei, é um absurdo isso’’. contou. O desânimo era evidente no aposentado Paulo Dantas que esperava há duas horas e meia e ainda havia 14 senhas na sua frente. ‘‘Isso é uma falta de respeito com a gente, não tenho ideia de que horas vou sair daqui’’, lamentou. O desmonte da Caixa faz parte dos planos do Governo de ganhar o apoio da população para a privatização da empresa. Precisamos exigir a convocação dos concursados e novos concursos. A Caixa é do povo brasileiro! www.bancariosrn.com.br
Nota de falecimento
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Sindicato dos Bancários do RN se solidariza com a família de Melquisedeque Moreira (Melqui), supervisor do Escritório Regional do Rio Grande do Norte do DIEESE, falecido no dia 28 de novembro. Incansável no atendimento às entidades sindicais do RN e PB, sempre foi um defensor da classe trabalhadora. Era funcionário do DIEESE desde novembro de 2002. De 2005 a 2008, assumiu a responsabilidade de acompanhar também o Escritório Regional da Paraíba. Um grande lutador que cumpriu sua missão.
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Bancários Santa Cruz vencem BB Restô e são Campeões do Campeonato de Futebol 2017
Max, destaque do Campeonato Gilberto de Araújo, melhor goleiro Paulo do BSC, artilheiro
Bancários Santa Cruz, campeão 2º turno e final
BB Restô, vice-campeão 2017
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Campeonato dos Bancários foi encerrado no dia 2 de dezembro com a grande final entre BB Restô e Bancários Santa Cruz. Ganhando por 2 a 1, depois de também ter conquistado o 2º turno, o Bancários Santa Cruz destronou o BB Restô que buscava o tetracampeonato. A final foi concorrida e animada com direito a gol contra de Ruan do BB Restô em favor dos Bancários Santa Cruz, que ampliaram com Paulo. O BB Restô descontou com Max, mas não foi suficiente para virar a partida. O coordenador-geral do Sindicato dos Bancários, Gilberto Monteiro, aproveitou para fazer um chamado aos atletas a se somarem às lutas sindicais contra as Reforma que nos ameaçam. O Sindicato ainda homenageou o árbitro Wilson que ajuda a manter a ordem em campo e destacou os colegas Max (BB Restô) como destaque do campeonato, Gilberto de Araújo (BB Restô) melhor goleiro e Paulo (Bancários Santa Cruz) foi o artilheiro da competição.
Pegadinhas
da língua portuguesa
RISCO DE VIDA E RISCO DE MORTE
Por João Bezerra de Castro
Risco de Vida ou Risco de Morte? A polêmica começou, às vezes com debates superficiais,
perigo de morte, risco de morte é empobrecer os meios de expressão do idioma — que conta
quando Cazuza gravou a canção Ideologia (Frejat e Cazuza), em 1988: Meus heróis morreram
com os dois modos de dizer —, além de desconhecer a história do seu léxico, em nome de um
de overdose / Meus inimigos estão no poder / Ideologia / Eu quero uma pra viver / O meu prazer
descartável fundamento lógico”.
/ Agora é risco de vida.
2. J. MILTON GONÇALVES: “Ambas as locuções expressam o mesmo risco. Podemos empregá-las sem o
O substan vo masculino risco significa (além de risca, delineamento, traçado, esboço), de
morte (por estar implícita a ideia risco de morrer) devem, por coerência, aceitar a expressão risco de
mínimo receio de empanar o brilho da comunicação. Aqueles que defendem a construção risco de
acordo com o Dicionário Houaiss: probabilidade de perigo, geralmente com ameaça sica para
vida, que dá a entender risco de perder a vida”.
o homem e/ou para o meio ambiente: risco de vida, risco de infecção, risco de contaminação.
3. LUIZ ANTONIO SACCONI: “Alguns acham, hoje, que a expressão correta é apenas correr risco de
A citação do exemplo risco de vida num dicionário do porte do Houaiss é uma abonação
morte, por ser a única racional, lógica. Mas a outra, oposta, correr risco de vida é tão boa quanto: consta
indiscu vel. Portanto, não comete equívoco quem emprega as duas expressões, porque elas
nos mais an gos (e bons) dicionários”.
são perfeitamente possíveis e têm o mesmo sen do. A frase A criança portadora do vírus HIV
4. SÉRGIO NOGUEIRA DUARTE: “Quando alguém corre “risco de vida”, sabe muito bem que o risco que
não corre risco de vida é tão legí ma quanto a frase A criança portadora do vírus HIV não corre
verdadeiramente corre é o de morrer, e não o de con nuar vivo. Em risco de vida está subentendida a
risco de morte.
ideia de perder a vida”. 5. SÉRGIO RODRIGUES: “A pressão social pelo uso de risco de morte, expressão emergente, como se houvesse algo errado no consagrado risco de vida que herdamos de nossos tataravós, é uma questão
Para reforçar, eis a opinião dos seguintes estudiosos da língua portuguesa: 1. EVANILDO BECHARA: “As locuções risco de vida, risco de morte, perigo de vida, perigo de morte aludem a uma mesma situação de periculosidade a que alguém está exposto, se não tomar as precauções devidas. Em outras palavras: são discursos equivalentes quanto ao sen do, mas construídos com signos linguís cos não sinônimos (vida/morte), isto é, sem o mesmo significado”. E complementa: “Condenar perigo de vida, risco de vida em favor de
com que se defronta qualquer pessoa menos distraída no Brasil de hoje. É também o maior exemplo de vitória do besteirol sabichão que temos na língua. De tanto ser martelada em certos meios de comunicação, inclusive na TV Globo (que no entanto já revogou sua obrigatoriedade, nem tudo está perdido), a forma risco de morte foi adotada por mul dões de falantes desavisados. O que era previsível, mas não deixa de ser constrangedor”.
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