Ano XXXI
Nº 03
24 a 29 de fevereiro de 2016
Bancários do RN rejeitam mentiras e humilham CUT e CTB Com 90% dos votos, Chapa 1 atropela Chapa 2
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ínhamos um compromisso durante a campanha eleitoral concluída no dia 18 de fevereiro: não entrar em provocações nem baixar o nível da discussão. A categoria bancária do RN está madura, esclarecida e consciente para distinguir o verdadeiro do falso. Porém, a diretoria do Sindicato tem a obrigação de esclarecer alguns assuntos divulgados no material de campanha da chapa 2. Iniciamos pela composição da chapa: CUT/CTB. Os trabalhadores do RN tomaram conhecimento, em 2015, de uma luta feroz entre partidários desses dois grupos durante a eleição no Sindicato dos Rodoviários. Até troca de tiro ocorreu. Em outros sindicatos do RN e do Brasil, CUT e CTB são inimigos inconciliáveis. Como seria a gestão do Sindicato se eles vencessem a eleição? Os bancários iriam amargar três anos de muita briga pelo aparato sindical. Seria a paralisia total de nossa luta, porque essa experiência nós já vivemos e não queremos que ela jamais se repita em nosso Sindicato. O slogan da campanha — Sindicato é lutar junto! — é outra enganação. Lutar junto, para eles, é estar do mesmo lado do governo e dos patrões. É conciliar o inconciliável. Esse "lutar junto" já nos trouxe muitos prejuízos. Os bancários sabem muito bem o que é isso. É uma falácia, uma balela, essa tal de mesas de negociação permanente que eles tanto elogiam. É fato que a maioria dos sindicatos de bancários do Brasil está sob a direção da CUT. E se eles fazem tanta questão de participar dessas mesas, nós queremos saber o que tais negociações beneficiaram os bancários. Por isso que, ironicamente, trocamos as palavras, porque, para nós, trata-se de mesas de enrolação. As mentiras mais absurdas que foram propagadas são desmoronadas pelos próprios fatos. Senão, vejamos: 1. A direção do Sindicato não faz prestação de contas claras. Nossas contas são divulgadas regularmente em nosso Luta Bancária e estão sujeitas a
verificação de qualquer bancário interessado. Nós fazemos tudo às claras e respeitando os bancários do RN, que são os verdadeiros donos do Sindicato. Não queremos dos bancários qualquer tipo de recurso que nos pareça injusto, como o famigerado Imposto Sindical, o qual devolvemos anualmente. Eles não incluíram nas "propostas de campanha" a devolução aos bancários dessa cobrança absurda. Os trabalhadores sabem que esse imposto é a viga mestra da corrupção do sindicalismo brasileiro. 2. Sem comunicação com os bancários. Desconhecemos no movimento sindical brasileiro uma entidade que esteja mais presente do que o nosso Sindicato. O nosso material de comunicação é diversificado e o Luta Bancária o instrumento que nos faz presente semanalmente nas agências bancárias do RN, oportunidade que temos de conversar com os bancários e receber as suas críticas, reclamações e sugestões. Diferentemente, muitos sindicatos delegam essa tarefa a serviço terceirizado, uma fuga da responsabilidade que toda entidade sindical deveria ter com os seus associados. 3. Sem presença nas agências da capital e do interior. Mais presente do que somos, seria impossível. Energia para isso não nos falta. E vamos continuar presentes, com nossas visitas sistemáticas. Por isso, a confiança que nos é depositada pela categoria, expressa em 90% dos votos válidos. 4. Financiamento de campanhas do PSTU e PSOL. Não omitimos a nossa composição. Em nosso programa está registrado que a nossa Chapa 1 é composta de militantes independentes de partidos políticos, e também de militantes do PSTU, PSOL e MRS. Isso não nos envergonha, nos engradece, pelo seguinte detalhe: a Direção do Sindicato é consciente e não permite que os recursos financeiros dos bancários, em hipótese alguma, sejam utilizados em favor desse ou daquele candidato ou partido. E isso incomoda, e muito, aos nossos opositores,
que querem o Sindicato como aparato para seus partidos: PT e PCdoB. Nesse particular, ressaltamos que a campanha da Chapa 1 foi totalmente custeada com recursos dos próprios candidatos, que fizeram poupança para isso, e pela ajuda de entidades que concordam com a nossa luta. Somos tão coerentes com esse princípio que não aceitamos sequer o dinheiro do Sindicato para custear uma das publicações da nossa chapa, como prevê o Estatuto. Os nossos opositores, mesmo com a montanha de recursos da CUT e CTB, fizeram questão de solicitar e usar financiamento do Sindicato. Por fim, e mais grave, é a acusação da falta de registro do Sindicato, dizendo que "nosso sindicato pode deixar de existir!". Eles alteraram o nosso Estatuto em 2000 e nós só assumimos a direção do Sindicato em 2004. Por que eles não tomaram essa providência? Para corrigir a falha que eles mesmos construíram, há anos lutamos responsavelmente para registrar o nosso Estatuto. Ocorre que a Justiça não é tão célere como gostaríamos. Eles, ao contrário, num ato irresponsável, entraram na Justiça alegando que o nosso Sindicato não existe. Foram derrotados em primeira e segunda instâncias, por unanimidade! Essa história, a categoria bancária conhece muito bem. Por isso, cravou 90% de confiança em nossa CHAPA 1. Aos bancários do RN, nossos sinceros agradecimentos pelo voto de confiança.