Luta Bancária 07 de 2016

BANCÁRIA Nº 07

11 a 17 de abril de 2016

Luta

Ano XXXI

Jornal do Sindicato dos Bancários do RN

www.bancariosrn.com.br

Independente e de luta

SEJA SÓCIO

O

João Maia é o novo vicepresidente de Serviços, Infraestrutura e Operações do BB

ex-deputado João Maia (PR-RN) foi nomeado vice-presidente de Serviços, Infraestrutura e Operações do Banco do Brasil após César Borges renunciar ao cargo. Em uma verdadeira dança das cadeiras, em que outros presidentes foram realocados para outros setores, o nome do ex-deputado potiguar chama a atenção para o fato de um político profissional, envolvido em vários esquemas de corrupção, ocupar um cargo na instituição financeira. Há informações de que o seu nome foi indicado para ocupar a cota do Partido da República com a finalidade de votar contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Importante lembrar que a deputada Zenaide Maia, irmã do ex-deputado, é integrante da comissão do impeachment. É a raposa querendo tomar conta do galinheiro descaradamente.

Escândalos - João Maia é velho conhecido de escândalos na política. O sobrinho dele, Gledson Maia, é investigado por envolvimento em suposto esquema de corrupção que o beneficiou em R$ 2 milhões. As investigações são desdobramentos da Operação Via Ápia, que desbaratou um grupo que atuava dentro do DNIT-RN e que é acusado de se beneficiar com propinas cobradas a empreiteiras no estado.

- Em 2009, seu irmão Agaciel Maia foi afastado do Senado por suposto enriquecimento ilícito. Ele teve seus direitos políticos suspensos por 8 anos e terá de pagar multa equivalente a dez vezes o seu último salário do Senado.

Leia os destaques desta edição Caixa

Itaú Mudança na papeleta aumenta pressão sobre bancários.

pág. 2

Reintegrações

Empresa vende ‘‘créditos podres’’ criados para sustentar economia do governo.

pág. 3

Bancários do BB conquistam reintegração na Justiça.

pág. 3

Concursados Justiça mantém, em 2º instância, convocação de bancários.

pág. 4

Opinião

02

Editorial Cunha balança, mas não cai

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presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, continua desrespeitando as instituições do país e se colocando como o ‘‘todo poderoso’’ nos rumos da política do Brasil.

Cunha tenta descumprir ordem do STF para abrir processo de impeachment contra Temer. A Câmara já enviou ao ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), uma manifestação em que defende o arquivamento do pedido de impeachment de Temer. De acordo com o documento, apenas o presidente da República pode ser impedido pelo Congresso Nacional, e ministros do Supremo não podem intervir em ato do Legislativo.

A estratégia de Cunha, e de parlamentares contrários ao processo de impeachment do vice-presidente, é ganhar tempo na esperança de que o plenário do STF reverta a decisão de Marco Aurélio Mello. Para isso, os partidos da oposição estão evitando apontar nomes para compor a comissão.

Até quando a população vai assistir calada aos desmandos do presidente da Câmara? Se é para varrer a corrupção, que não se poupe nenhum deles.

O HOMEM QUE FOI MORDIDO POR UM CÃO

U

m homem que fora mordido por um cão pôs-se a procurar quem cuidasse de seu ferimento. Alguém lhe disse: —Basta enxugar o sangue com um pedaço de pão. Depois jogue o pedaço para o cão que o mordeu.

—Nada disso — respondeu o homem —, assim todos os cães da cidade vão me morder.

Agradar o mau só faz aguçar seu instinto de perversidade.

Fonte: Fábulas de Esopo (2013), Coleção L&PM POCKET, vol. 68.

Itaú feito pra você adoecer

Q

uem trabalha no Itaú conhece o sistema chamado ‘papeleta’, que consiste no tempo em que o bancário dos caixas de atendimento tem para atender o cliente em espera na fila. Até a sexta-feira (01/04), a papeleta era de 30 minutos.

Porém, a partir da segunda-feira da semana seguinte (04/04), o Itaú estabeleceu para os seus funcionários um tempo menor: de 25 minutos. O sistema visa encantar o cliente com menos tempo de espera, e para o banco garantir mais lucros em menos tempo.

Mas, e o trabalhador?

Essa medida vai gerar ainda mais adoecimentos, porque o funcionário vai ter que digitar e pensar o mais rápido que puder para atender os clientes dentro do tempo determinado.

A Lei Municipal 05054/98, em seu artigo 2º, determina que “estende-se como tempo razoável para o atendimento no máximo, até 30 minutos em dias normais, e de 45 minutos em véspera ou após feriados prolongados”. Mas em seu artigo 1°, obriga as agências bancárias, no âmbito do Município, “colocar à disposição dos usuários, pessoal suficiente no Setor de Caixas, para que o atendimento seja efetivado em tempo razoável” – o que não acontece com os oportunistas do banco Itaú, que estão aproveitando a justificativa da crise para não contratar mais funcionários, e continuar com as demissões, que geram sobrecarga de trabalho para os atuais funcionários. Mas sabemos que não há crise para os bancos, pois só o Itaú lucrou 23,35 bilhões em 2015.

Como o sistema funciona: Ao chegar no banco, o cliente retira a papeleta, e o sistema começa a contar o seu tempo de espera para o atendimento. Após 25 minutos, o bancário recebe um alerta no sistema de que o tempo de espera do próximo cliente já se aproxima dos 25 minutos. Nesse processo, o bancário tem que agilizar o atendimento atual o mais rápido que puder, pois se não cumprir com a determinação, receberá uma punição.

O Itaú, em pleno século 21, ainda adota medidas mecânicas de trabalho, sem atentar as especificidades de cada trabalhador e as demandas de cada cliente, assim como Charles Chaplin mostra no filme Tempos Modernos, em que seu personagem trabalha de forma repetitiva, o máximo que pode, até entrar em colapso nervoso.

Itaú, feito para você... adoecer.

Bancos

03

Para limpar balanço, Caixa repassa R$ 23 bilhões em ‘créditos podres’

D

epois de ser usada pelo governo como locomotiva de crédito para impulsionar a economia nos últimos anos, a Caixa Econômica Federal recorreu à venda recorde de R$ 23 bilhões em “créditos podres” – débitos considerados de difícil recuperação – desde 2014, para limpar o balanço da instituição.

No ano passado, o banco estatal vendeu R$ 13,1 bilhões a empresas especializadas na recuperação de dívidas, quase o triplo da soma das operações do mesmo tipo feitas pelos três

principais concorrentes – Banco do Brasil vendeu R$ 3 bilhões, Itaú Unibanco, R$ 2,2 bilhões, e Bradesco não efetuou esse tipo de negócio. Pelas transações feitas no ano passado, a Caixa recebeu apenas R$ 439,3 milhões.

O jornal O Estado de S. Paulo apurou que neste ano, em fevereiro, o banco colocou à venda mais R$ 1,5 bilhão da carteira de empréstimos inadimplentes de micro e pequenas empresas. Em 2014, a Caixa já tinha desovado R$ 8,3 bilhões em créditos em atraso que estavam carregando no

balanço, ou mesmo já baixados para prejuízo. Por essa venda, recebeu R$ 1,6 bilhão.

Depois de ser protagonista na expansão de crédito no Brasil nos últimos anos, com crescimento da carteira até superior a 40% ao ano, a Caixa passa por brusca desaceleração na concessão de empréstimos e financiamentos. Fechou 2015 com aumento de 11,9%, ritmo bem menor do que os 22,4% de 2014 e os 36,8% de 2013.

Fonte: O Estado de São Paulo

Superintendência do Cade aprova compra do HSBC pelo Bradesco

A

cordo em Controle de Concentrações (ACC) entre o Bradesco e o Cade. A decisão foi publicada no "Diário Oficial da União" do dia 4 de abril.

Com a aquisição, o Bradesco permanece na mesma posição, com menos de 20% de mercado, atrás do Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Itaú, que permanecem como rivais em todos os mercados analisados, de acordo com informações do Cade.

Apesar disso, segundo o órgão, foram identificados no Bradesco problemas do setor: a baixa portabilidade e os elevados índices de reclamação em relação à qualidade dos serviços bancários. Além disso, a participação de mercado do banco em número de agências em alguns municípios é elevada.

O Sindicato dos Bancários do RN ainda irá acompanhar os desdobramentos e cobrar a garantia de emprego para os bancários.

Bancários do BB são reintegrados no RN

O

Sindicato dos Bancários do RN, através de sua assessoria jurídica (Escritório Cavalcante e Batista) conquistou na Justiça, em abril, a reintegração dos bancários do Banco do Brasil Gilberto Araújo de Medeiros e Eriane Albino do Amaral.

A decisão corrigiu duas grandes injustiças, quando da punição dos dois bancários.

No caso, o bancário Gilberto Araújo, do BB Jucurutu, considerou muito boa a assessoria que recebeu. ‘‘É o que esperamos de uma

entidade de defesa de classe, mas o apoio de todos, em especial de Joãozinho (diretor do SEEB), foi muito importante’’, declarou.

Gilberto contou que a demissão foi fruto de uma perseguição pelo fato dele ter se negado a retornar ao trabalho no meio de uma greve. ‘‘O gerente ficou com raiva e criou toda uma situação pra me prejudicar’’, afirmou.

Os dois bancários estavam à menos de um ano para se aposentarem

Pegadinhas

Justiça confirma convocação de concursados do BB

O

s concursados do Banco do Brasil conquistaram em segunda instância a confirmação da convocação. Eles apelaram para a Justiça após o Banco anunciar que faria um novo concurso ainda na vigência do anterior.

Eles já estão exercendo suas atividades nas agências. A iniciativa foi dos próprios concursados e a assessoria foi do escritório que presta assistência ao SEEB RN.

7 de abril: Dia Mundial da Saúde

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o dia 07 de abril comemorou-se o Dia Mundial da Saúde, data criada em 1948 pela Assembleia Mundial da Saúde que tem como objetivo conscientizar a população a respeito da qualidade de vida e dos diferentes fatores que afetam a saúde populacional. Essa data foi estabelecida para coincidir com a data de fundação da Organização Mundial da Saúde.

Em 1946, a Organização Mundial de Saúde aprovou um conceito que visava ampliar a visão do mundo a respeito do que seria estar saudável. Ficou definido então que “a saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência de doença ou enfermidade”.

De acordo com esse conceito, percebemos que saúde não é um estado fácil de ser alcançado, uma vez que nem todas as pessoas conseguem viver sem tristezas, sem preocupações e interagindo com o restante da sociedade de maneira harmoniosa. A saúde deve ser vista como uma forma de total bem-estar, que é conseguido não só através do tratamento de doenças ou sua prevenção, mas sim através de qualidade de vida.

Para os bancários, essa saúde tem sido cada dia mais difícil de ser alcançada devido ao dia a dia do trabalho e estresse a que são submetidos. As metas quase inalcançáveis e, muitas vezes, o descaso dos bancos, com a qualidade de vida do trabalhador, tem deixado os bancários expostos a condições que contribuem para que a categoria seja considerada pelo INSS uma das mais adoecidas.

da língua portuguesa

EMPREGO DE ESTÁ E ESTAR Por João Bezerra de Castro

Os leitores JOSÉ CARLOS DE VASCONCELLOS FILHO e RICARDO TORRES CARVALHO, bancários aposentados do Banco do Brasil, solicitam esclarecimento sobre o uso das formas está e estar.

Emprega-se a forma está nas seguintes situações: 1. Quando se trata da 3ª pessoa do singular do presente do indicativo: eu estou, tu estás, ele está, nos estamos, vós estais, eles estão. Exemplos: .A melancia está madura. Nesse caso, temos o verbo “estar” conjugado na 3ª p. do sing. do pres. do indicativo, concordando com o sujeito melancia, também na 3ª p. do singular. Quando substituímos o verbo “estar” pelo sinônimo “encontrarse”, temos a seguinte construção: A melancia encontra-se madura, com o verbo conjugado na 3ª p. do singular, isto é, encontra-se = está, e não “encontrar-se” = “estar”. .O arroz está a quatro reais o quilo. Substituindo o verbo “estar” pelo sinônimo “custar”, temos a seguinte construção: O arroz custa quatro reais o quilo, isto é, custa = está, e não “custar” = “estar”.

2. Quando se trata da 2ª p. do sing. do imperativo afirmativo: está (tu), esteja (você), estejamos (nós), estai (vós), estejam (vocês). Exemplo: Está aqui às 22 horas, ouviste? Nesse exemplo, temos o verbo “estar” na 2ª p. do sing. do imp. afirmativo (está tu), equivalente a: Esteja aqui às 22 horas, ouviu? Esteja (você) na 3ª p. do sing., também do imp. afirmativo (modo verbal que exprime advertência, conselho, ordem, etc.).

3. Quando se trata de verbo impessoal, em orações que exprimem fenômenos atmosféricos. Nesse caso, o verbo não apresenta sujeito e é conjugado na 3ª pessoa do singular. Exemplo: Está muito quente hoje.

Emprega-se estar em duas situações: 1. Quando o verbo “estar” faz parte de uma locução verbal, na qualidade de verbo principal. Nesse caso, “estar” fica no infinitivo impessoal (não é flexionado).

Exemplos: .Nós vamos estar em casa durante as férias. .O pedreiro pode estar no Sindicato às 11 horas.

2. Nas orações reduzidas de infinitivo: Disse-me estar sendo perseguido pelo gerente (estar = encontrar-se). Essa oração, quando desenvolvida, apresenta a seguinte construção: Disse-me que está sendo perseguido pelo gerente (está = encontra-se).

Observação: Nos exemplos abaixo, dá e dar seguem as mesmas regras de está e estar: .“Água mole em pedra dura tanto dá até que fura.” (dá = bate, 3ª p. sing. pres. ind.) .Dá o celular a teu pai. (Dá tu, 2ª pessoa do imperativo afirmativo) .Devemos dar um prêmio ao vencedor. (dar = conceder) .O bancário trabalha para dar lucro ao banqueiro.

Independente e de luta

Básica

04

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