BANCÁRIA Nº 10
09 a 15 de maio de 2016
Luta
Ano XXXI
Independente e de luta
SEJA SÓCIO
Foto: Rogério Marques
Jornal do Sindicato dos Bancários do RN
www.bancariosrn.com.br
1º de maio: dia de luta! A
diretoria do Sindicato dos Bancários do RN participou neste 1º de maio de um Ato Público na feira do Nova Natal. O dia do trabalhador foi lembrado pelos sindicatos filiados a CSP-Conlutas que realizaram uma manifestação lembrando que tempos ainda mais complicados para os trabalhadores se aproximam. Se nos últimos 12 anos os trabalhadores viram o PT fazer um governo de direita disfarçado por programas sociais, a proposta de Temer, que vislumbra ocupar a presidência da república muito em breve, é um total retrocesso para a classe trabalhadora. É preciso construir a resistência.
primeiros anos do século XX. A data surge a partir da influência dos socialistas pertencentes a II Internacional, que em seu primeiro congresso de 1889, em Paris, aprovou a paralisação do trabalho naquele dia e o caráter anual da manifestação. A primeira vez que a data foi comemorada no Brasil foi em 1891, com manifestações no Rio de Janeiro e em outras cidades. A manifestação do Primeiro de Maio ilustra o lado voluntário da construção de uma classe – a classe operária – à qual os socialistas tentam dar uma unidade política e cultural através daquela pedagogia da Festa. O interesse de contribuir para a formação de uma consciência de classe entre os operários era um dos aspectos que estava por trás da instituição da data.
História A História do Dia do Trabalhador remonta o ano de 1886, na industrializada cidade de Chicago, nos Estados Unidos. No dia 1º de maio daquele ano, milhares de trabalhadores foram às ruas reivindicar melhores condições de trabalho, como a redução da jornada de trabalho de treze para oito horas diárias. Neste mesmo dia, ocorreu nos Estados Unidos uma grande greve geral dos trabalhadores. Dois dias após os acontecimentos, um conflito envolvendo policiais e trabalhadores provocou a morte de alguns manifestantes. Este fato gerou imensa revolta. No Brasil, a difusão da tradição de comemorar o 1º de Maio teve início no final do século XIX e propagou-se nos
Leia os destaques desta edição Caiu
Torneio
Presidente da Câmara é afastado pelo STF.
Bradesco vence torneio do trabalhador promovido pelo Sindicato.
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BB
Funcef
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Chapa 7 explica posição sobre independência de órgãos deliberativos.
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Acordo Coletivo sob ameaça na agência Ponta Negra.
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Opinião
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Editorial Enfim, cunha caiu!
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s ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) decidiram no dia 5 de abril, por unanimidade, suspender o mandato do deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e afastá-lo da presidência da Câmara dos Deputados quase cinco meses após o pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Todos os 11 ministros da Corte votaram contra Cunha. A decisão do STF mantém uma liminar expedida no mesmo dia pelo ministro Teori Zavascki. Apesar do afastamento, o deputado mantém o foro privilegiado. Cunha é réu de um processo no STF por crimes de corrupção e lavagem de dinheiro por acusação de ter recebido US$ 5 milhões em propina do esquema investigado pela Operação Lava Jato. Isso é uma prova de que a linha defendida pelo Sindicato dos Bancários do RN é correta. Não podemos optar pelo menos pior. É Fora Todos os que atacam os direitos dos trabalhadores e usam a máquina pública em benefício próprio.
OS PESCADORES O
s pescadores começaram a puxar a rede lançada ao mar. Ela estava pesada e, por isso, eles dançavam de alegria achando que tinham feito uma boa pescaria. Mas, quando a depositaram na areia, encontraram mais pedras que peixes. Foi aquela decepção: não tanto por não terem pescado nada, mas por terem acreditado na sorte. Então um velho do grupo falou: "Não nos deixemos abater, meus amigos: parece que o sofrimento é irmão da alegria. Seja como for, depois de nos termos alegrado antecipadamente, teríamos de sentir alguma tristeza". Vejamos como a vida é cambiante: é difícil reagir aos fatos com a mesma felicidade, pois não há bom tempo que não seja seguido de tempestade.
Fonte: Fábulas de Esopo (2013), Coleção L&PM POCKET, vol. 68.
Bancos
Equipe do Bradesco vence torneio do trabalhador
Eleições da Funcef Sindicato dos Bancários apoia Chapa 7-Controle e Resultado
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Sindicato dos Bancários do RN promoveu no dia 30 de abril um torneio de futebol em alusão ao dia do trabalhador. Participaram da competição: Bancários Santa Cruz, Bradesco Cid/Sol, Bradesco, Santander, BB Restô, Caixa Livre, Caixa Master e Itaú. Houve muita empolgação por parte dos times, jogos de alto nível, porém dois times se sobressaíram para disputar a Grande Final: Bradesco e Caixa Master. As equipes fizeram um jogo digno e limpo de uma final. Ao final do apito do árbitro Wilson Morais, a equipe do Bradesco se sagrou Campeã do Torneio, vencendo o jogo por 4x0. Após os jogos, bancários e familiares se divertiram ao som de boa música e uma excelente feijoada.
Bradesco pagará R$ 1 milhão em indenização à mãe de bancário morto
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Seção II de Dissídios Individuais do TST negou recurso do Banco Bradesco, que deve pagar R$ 1 milhão à mãe de um empregado da instituição que morreu em um desastre de trânsito. Ele transportava valores entre cidades vizinhas do local de trabalho, no Acre, para abastecer postos de atendimento do banco quando sofreu o acidente. A ministra explicou que a batida de carro foi caracterizada como acidente de trabalho, porque foi o bancário que sofreu o desastre quando estava em desvio de função, sem que tivesse sido preparado pelo banco para o transporte de valores. Dessa forma, por unanimidade, a SDI-2 do TST negou o recurso do Bradesco, ficando mantida decisão que condenou a empresa ao pagamento de indenização no valor de R$ 1 milhão.
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INDEPENDÊNCIA ENTRE OS ÓRGÃOS DELIBERATIVOS E SUA RELAÇÃO COM A CRIAÇÃO DAS CHAPAS. As eleições na FUNCEF, desde 2008 – para se falar apenas do período após a aprovação do Estatuto hoje vigente – foram marcadas por uma característica comum: a concorrência feita com base em chapas completas, que abrangessem todos os cargos em disputa. Assim, nas eleições de 2008, 2012 e na de agora, 2016, concorrem pretendentes aos cargos de Conselheiro Deliberativo e Conselheiro Fiscal, enquanto nas de 2010 e 2014, concorreram pretendentes aos cargos de Conselheiro Deliberativo, Conselheiro Fiscal e Diretor. Essa é uma característica comum em todas as eleições e está em linha com a previsão estatutária que prevê a renovação da Diretoria a cada 4 anos e as dos Conselhos Fiscal e Deliberativo em eleições fracionadas, sendo parte renovada juntamente com a Diretoria e parte em uma eleição própria, como a que agora está em curso. É importante distinguir os papeis de cada órgão estatutário, para se discutir corretamente essa questão. O Conselho Deliberativo e a Diretoria Executiva são os órgãos de gestão, propriamente dita, da Fundação. À Diretoria Executiva cabe a execução das políticas decididas pelo Conselho Deliberativo e a das operações da Fundação, sendo o órgão, como seu próprio nome indica, executivo da FUNCEF. O Conselho Deliberativo é o órgão máximo de gestão da Fundação, cabendo a ele a estipulação das políticas que nortearão as atividades da Diretoria Executiva. Em suma, poderia se dizer que, na estrutura estatutária, o Conselho Deliberativo delibera sobre as políticas da Fundação e a Diretoria Executiva executa essas deliberações. Ambos os órgãos, portanto, têm caráter de gestão, não cabendo ao Conselho Deliberativo a atividade precípua de fiscalizar os trabalhos da Diretoria Executiva. Ambos atuam em conjunto, com o objetivo de concretizar essas já tão faladas políticas de atuação da Fundação. O Conselho Fiscal, por sua vez, é o órgão de fiscalização por excelência nessa estrutura organizacional. Cabe a ele a fiscalização dos atos da Diretoria Executiva e do Conselho Deliberativo. Esse sim deve atuar de forma independente das demais instâncias, como, aliás, cabe a qualquer órgão de fiscalização. Dessa forma, como se vê, não há como alegar a necessidade de se preservar o aspecto de independência a ser observado na formação das chapas, pois em toda eleição estarão em disputa vagas de órgãos de deliberação e gestão e de órgão de fiscalização. Outro aspecto que é importante mencionar: os conselheiros a serem eleitos nessa eleição deverão atuar em conjunto com os que hoje lá estão. Na configuração atual desses conselhos, temos conselheiros indicados pela Patrocinadora CAIXA e conselheiros eleitos, os quais se subdividem em conselheiros eleitos em 2014 e 2012. Os eleitos de 2014 o foram ao cabo de uma campanha que teve como ponto principal a necessidade de mudança na gestão da FUNCEF em face da então existente desde 2003 e que levou a Fundação à situação deficitária atual. Esses têm enfrentado uma luta desigual para colocar em prática a nossa plataforma de mudanças, uma vez que, além da oposição dos conselheiros indicados, também enfrentam a dos conselheiros eleitos em 2012, os quais não estão alinhados com esse grande projeto de dar uma nova cara à FUNCEF, o que ocorre notadamente no Conselho Deliberativo, onde o conselheiro eleito em 2012, Fermino, faz uma dura oposição aos eleitos de 2014. Essa divisão entre os conselheiros eleitos em muito tem enfraquecido nossa luta pelas mudanças necessárias e pode prevalecer a partir dessa eleição em curso no caso o seu resultado culminar com a posse de conselheiros não comprometidos com esse grande projeto que pertence a toda a classe economiária. A grande questão que se apresenta, portanto, é como garantir a independência necessária a todos os que participam da gestão da nossa FUNCEF? Entendemos que essa questão não se resolve na origem das chapas que se apresentam ao pleito, mas sim com a postura de cada um dos candidatos e futuros conselheiros. E nesse aspecto, a independência de posturas pode ser claramente percebida na atuação dos eleitos em 2014, pois em todas as oportunidades cada um desses dirigentes expressa a sua opinião, independente da origem da proposição que se discute. Isso porque o nosso compromisso maior é com o nosso projeto e não tem caráter pessoal. Logicamente, por comungarmos desse mesmo compromisso, as divergências de opinião são poucas e mais raramente ainda concretizadas nas deliberações dos órgãos estatutários, pois na grande maioria das vezes são resolvidas nos debates travados antes ou durante as sessões desses órgãos. Assim, acreditamos que a independência não se origina na formação da chapa, mas no comprometimento dos candidatos aos cargos estatutários, e nesse quesito, assim como os eleitos em 2014, os componentes da Chapa 7 – Controle e Resultado estão totalmente habilitados para atuar, se eleitos.
Pegadinhas
BB Ponta Negra ameaça descumprir acordo coletivo
da língua portuguesa
REGÊNCIAS DO VERBO ABDICAR Por João Bezerra de Castro
Abdicar significa renunciar voluntariamente a (poder, cargo, título, dignidade); desistir de; abrir mão de; abandonar. Quanto à predicação, pode ser usado como: 1. Intransitivo: não precisa de complemento, pois tem sentido completo. Exemplos: .Fernando Collor abdicou em 29/12/1992, poucas horas antes do início de seu julgamento pelo Senado. .Abandonada pelo povo, a rainha teve de abdicar.
2. Transitivo direto: pede um complemento (objeto direto), sem preposição. Exemplos: .Flagrado em corrupção, o príncipe talvez abdique o seu direito ao trono. .“A beldade abdicou o seu título de rainha.” (Cegalla) .O prefeito abdicou a homenagem que lhe seria prestada.
O
s gerentes Gustavo Martins e Ricardo Almeida pressionaram uma gerente de relacionamento a entregar a sua função e atuar em outra inferior, com perda de remuneração. Aos diretores Gilberto Monteiro e Wellington Medeiros, os gerentes disseram que, já haviam conversado com a bancária em outros momentos e que, depois de reunirem todo o comitê da agência, chamaram a bancária e “propuseram” que ela “reposicionasse” a sua carreira, já que a sua carteira estava travando o resultado da agência. Agora vejam a contradição: a agência Ponta Negra é “ouro” há mais de três semestres consecutivos e a avaliação semestral da bancária, feita pelos gestores e pelos pares nos três últimos semestres, foram satisfatórias. Logo, os gestores não podem retirar a função da bancária tendo em vista que o acordo coletivo só lhes dá essa possibilidade se o empregado for avaliado insatisfatoriamente por três semestres consecutivos, o que não é o caso da bancária. A agência Ponta Negra opera com grande demanda de atendimento presencial diariamente, no entanto a agência não possui quadro de pessoal adequadamente dimensionado, o que gera muita insatisfação dos clientes e que acaba comprometendo a geração de negócios que os gestores querem. É nesse contexto caótico e de pressão que a bancária até está analisando se aposentar intempestivamente. É lamentável a falta de sensibilidade dos gestores!
.O funcionário abdicou o cargo de gerente. .“Não se deve abdicar o bom-senso.” (Celso Pedro Luft)
3. Transitivo indireto: pede um complemento regido de preposição (obj. indireto). Exemplos: .“Ninguém abdica do poder sem dor.” (Dad Squarisi) .O prefeito abdicou da homenagem que lhe seria prestada. .O funcionário abdicou do cargo de gerente. .Mesmo pressionado pelo chefe, o bancário não abdicou de seus direitos.
4. Transitivo direto e indireto: pede, concomitantemente, dois complementos (um objeto direto e outro indireto). Exemplos: .“O rei abdicará o trono em favor do filho.” (Aulete) .“Havendo abdicado a coroa em seu filho mais velho.” (Herculano)
A regência primitiva de abdicar é com objeto direto. A construção com objeto indireto (abdicar de) deve-se à ideia de separação (separar de) contida no verbo.
O verbo renunciar, no sentido de “rejeitar”, “desistir”, segue a mesma lógica do verbo abdicar. Quando transitivo indireto, renunciar rege a preposição “a”. Exemplos: .O prefeito renunciou a homenagem que lhe seria prestada. (Transitivo direto) .O prefeito renunciou à homenagem que lhe seria prestada. (Transitivo indireto) .O funcionário renunciou o cargo de gerente. (Transitivo direto) .O funcionário renunciou ao cargo de gerente. (Transitivo indireto) .Empossado em 1990, Collor renunciou em dezembro de 1992. (Intransitivo) .“Os eremitas renunciaram, além de outras coisas, os bens materiais.” (Eduardo Sabbag)
Observação: O Professor Cegalla ressalta que, no português de hoje, prefere-se a regência indireta: renunciar ao cargo; renunciar ao poder; renunciar à violência; renunciar aos prazeres mundanos. Exemplos: .“Nixon renunciou à Presidência dos Estados Unidos.” (Dad Squarisi) .O diretor preferiu renunciar ao cargo a ceder às pressões.
Independente e de luta
Básica
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