BANCÁRIA Nº 14
15 a 21 de junho de 2015
Luta
Ano XXX
Jornal do Sindicato dos Bancários do RN
www.bancariosrn.com.br
Independente e de luta
SEJA SÓCIO
O
Área de lazer
Sindicato dos Bancários do RN informa que está impossibilitado de efetuar reservas na Área de Lazer no período noturno devido a uma determinação judicial. Há duas exceções durante o ano que são o Dia do Bancário e o São João. Isso porque foi feito um acordo com a Promotoria do Meio Ambiente de Parnamirim em que a direção se compromete a não ultrapassar um limite máximo de decibéis. Por isso, pedimos a compreensão de todos. A Área de Lazer é patrimônio dos bancários do RN e, para que ela continue em funcionamento beneficiando a todos, é preciso que os limites de utilização sejam respeitados. A p r o v e i t a m o s a oportunidade para lembrar que a Área de Lazer está aberta aos finais de semana com campo de futebol, quadra de vôlei de areia, piscinas adulto e infantil, parquinho e churrasqueira. O bancário pode usar o espaço normalmente, mas para levar dependentes é preciso retirar os convites na secretaria, localizada na sede do Sindicato. A Área de Lazer é uma conquista dos bancários do Rio Grande do Norte. O usufruto do patrimônio da categoria é um direito adquirido com muita luta. Lá, a prática do esporte amador é um incentivo do Sindicato. Procure o Sindicato para mais informações.
um patrimônio de todos, a responsabilidade é de cada um Leia os destaques desta edição Nacional
Caixa
Devolução
Itaú
CSP Conlutas realiza Congresso em SP.
Agência de Macau agoniza, mas não morre.
SEEB RN devolve imposto sindical. Confira calendário.
Assédio e privilégios no local de trabalho.
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Opinião
02
Editorial Trabalhadores: uni-vos!
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urante os dias 4 e 7 de junho, em Sumaré SP, ocorreu o 2º Congresso Nacional da CSP Conlutas, Central Sindical a qual o Sindicato dos Bancários é filiado. A entidade enviou uma delegação de 12 pessoas que debateram a situação dos trabalhadores no Brasil e no mundo e decidiram encaminhar algumas resoluções. As mobilizações contra o governo federal devem esquentar daqui pra frente: ao final do Congresso, 373 entidades sindicais e movimentos populares e estudantis aprovaram resoluções voltadas ao fortalecimento das lutas contra a retirada de direitos e o ajuste fiscal. Entre elas está a construção de uma greve geral contra o governo Dilma e em defesa do emprego e direitos. Não escaparão das mobilizações o Congresso Nacional e governos estaduais que têm promovido ataques aos trabalhadores, como o PSDB de Beto Richa (PR) e
Geraldo Alckmin (SP). As resoluções foram aprovadas num clima de reconhecimento da necessidade de unificação das lutas de todas as centrais, apesar das divergências políticas. A CSP-Conlutas é hoje a principal central sindical de oposição ao governo Dilma, contrapondo-se à política de parceria adotada pela CUT e Força Sindical. Foi registrado nesse evento um aumento de 30% das entidades em relação ao congresso anterior, ocorrido em 2012, com representações de 24 estados mais Distrito Federal e 2.639 participantes. Na prática, isto significa que o governo Dilma e governos estaduais sofrerão bastante resistência por parte da classe trabalhadora. Em tempos de crise econômica e política, somente a união da classe trabalhadora pode minimizar os efeitos da situação sobre os que mais necessitam.
O ASNO SELVAGEM E O ASNO DOMESTICADO
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m asno selvagem, ao ver um asno domesticado num vale pleno de sol, felicitouo por sua pança bem redonda: -Feliz és tu que podes te regalar assim. Mas, quando ele o viu um pouco depois com um pesado fardo no lombo e acompanhado pelo dono que lhe batia com um pedaço de pau, exclamou: -Não, eu não invejo mais teu destino, agora que estou vendo como pagas tuas regalias! Não devemos invejar as vantagens que nos expõem aos perigos e ao sofrimento. Fonte: Fábulas de Esopo (2013), Coleção L&PM POCKET, vol. 68.
Aulão de CPA 20 Professor Roberto( Caixa Econômica) realizará o aulão de revisão para a prova da CPA 20. Dia: 20/06/2015 Horário: 08h às 13h Valor: R$ 50,00 Local: Sindicato Quantidade mínima para realização: 20 pessoas Confirmar presença até o dia 15/06/2015.
Aviso de Férias
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diretor Wellington Medeiros de Oliveira entrará de férias no dia 8 de junho e retorna no dia 29. A coordenadora-geral Marta Turra sai de férias no dia 11 e retorna no dia 24 de junho.
Bancos
03
Caos na agência da Caixa de Macau-RN
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Sindicato dos Bancários denuncia as péssimas condições de trabalho e de atendimento na Caixa Econômica Federal do município de MacauRN. Os diretores do Sindicato Gilberto Monteiro, Eduardo Xavier e João Bezerra fizeram uma visita, na segunda semana de maio, e constataram a situação caótica em que a agência se encontra. Agora, na primeira semana de junho, a situação da agência avançou a passos de tartaruga. A segunda parte do forro do teto foi retirada, e a refrigeração do arcondicionado continua escapando pelo telhado de amianto. Apesar de algumas partes da obra terem sido concluídas, ainda assim o restante da reforma causa desconforto aos bancários e clientes que ainda são
obrigados a respirar poeira. O teto do prédio que está sem gesso provoca um calor insuportável. Além da altíssima temperatura do ambiente, o local exala um odor nauseante que pode causar doenças e baixo rendimento de trabalho. As pessoas têm de respirar poeira o dia inteiro por conta da obra interminável que é realizada na agência. A parte do prédio onde está instalada a bateria de caixas é a mais atingida, pois o teto é baixo e a cobertura é composta por telhas de amianto que deixa um ambiente comprovadamente insalubre, pois, além do calor excessivo, há o risco de contaminação do ambiente pela presença de insetos e ratos. Os funcionários também limpam constantemente os móveis,
várias vezes durante o expediente, pois a poeira fina suja os objetos de trabalho. Os escorpiões, aranhas, ratos e baratas continuam aparecendo, e os funcionários muitas vezes têm que dar um jeito para se livrar dos bichos. O Sindicato dos Bancários havia comunicado o fato à superintendência, e esta deu um prazo de 20 dias para conclusão das obras. Porém, já faz mais de um mês que essa situação preocupante se estende. O correto seria a transferência para outro prédio enquanto as obras fossem feitas – o que nunca ocorreu. Portanto, cabe ao Sindicato enviar uma denúncia formalizada ao Ministério Público do Trabalho para as devidas providências.
Caixa pede último prazo para incorporação da VP GIP
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correu no dia 3 de junho mais uma audiência de conciliação na 1ª Vara do Trabalho do TRT, em Natal, referente ao processo da VP GIP. A audiência serviu para que a Caixa apresentasse os cálculos da incorporação de 83 pessoas e pedisse um prazo de 15 dias, para finalizar os cálculos individuais dos demais. Para o Sindicato, o prazo servirá para apresentar as petições quanto às pessoas que foram excluídas da ação, mas que entendemos que fazem jus ao solicitado. Você pode ver a Ata completa da audiência no site do Sindicato: www.bancariosrn.com.br.
Bancos
04
Contra o bancário, a AJURE bate forte!
O
ambiente bancário está cada dia mais hostil. Não bastassem as pressões e ameaças internas para o cumprimento de metas, há ainda a pressão dos clientes em virtude da demora no atendimento motivada pela falta de empregados. Essa situação tem provocado casos extremamente desagradáveis e constrangedores. Alguns clientes têm despejado toda a sua ira nos empregados, ora com xingamentos e agressões verbais, ora com agressões físicas mesmo. Os exemplos são vários. Na agência Ayrton Senna, uma bancária foi xingada e agredida moralmente por cliente destemperado; na agência Parnamirim um cliente enfiou uma caneta no braço de uma bancária; na agência Nordestão um cliente agrediu fisicamente um bancário; na agência Cohabinal um cliente entrou em luta corporal com um bancário, só para citar alguns. Mas, mais recentemente um espanhol vomitou os mais diversos impropérios contra um bancário na agência Natal Shopping. Positivamente, todos esses colegas não se intimidaram e registraram ocorrência no distrito policial da jurisdição. Mas, como desgraça pouca é
bobagem, os colegas agredidos no seu local de trabalho não receberam nenhum apoio jurídico durante as audiências no juizado especial. A única orientação da Assessoria Jurídica do Banco do Brasil (AJURE) é no sentido de tentar convencer o bancário a nada fazer, coisa do tipo: deixe isso pra lá; isso não vale a pena. Agora, uma coisa é certa. Se o bancário agredir um cliente e este acionar o Banco, o funcionário poderá até ser demitido e, nesse caso, a AJURE botará todo o seu arsenal jurídico contra o trabalhador, sem dó nem piedade, como tem ocorrido em alguns processos. Em algumas defesas contra incorporação de função, um direito pacificado pela Súmula 372 do TST, advogados do Banco acusam o bancário de querer enriquecimento sem causa ou enriquecimento ilícito. É assim que funciona a AJURE. A defesa jurídica do Sindicato abrange apenas as demandas trabalhistas e previdenciárias. As demais, quando no ambiente de trabalho, é obrigação do Banco prestar a assistência necessária, o que, infelizmente, não acontece. Gepes, dê uma forcinha aí.
Convite
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Sindicato dos Bancários convida seus associados a participarem do Arraiá que acontece no próximo dia 26 de junho, a partir das 20h, na Área de Lazer. Para participar, o sindicalizado deve comparecer à Secretaria do Sindicato (Av. Deodoro da Fonseca, 419, Petrópolis) e retirar o seu convite. Lembramos que só terá acesso à festa o bancário e seus dependentes portando os convites. A festa contará com comidas típicas, muito forró e animação. A música fica por conta de um trio pé de serra e da Banda Cinzeiro de Motel.
Local: Área de Lazer do Sindicato dos Bancários - Rua Nísia Floresta, s/nº, Nova Parnamirim Horário: a partir das 20h Comparecer ao Sindicato para retirar o convite!
CAIXA - Ação da VP GIP Sindicato ganha ação da 7ª e 8ª Aos bancários da Caixa, O SEEB-RN ajuizou esta ação em dezembro de 2006, com uma relação de 478 substituídos: Abrange os empregados da Caixa que, EM SETEMBRO DE 1998, eram detentores de FUNÇÃO DE CONFIANÇA OU CARGOS COMISSIONADOS. A sentença favorável aos trabalhadores foi proferida em abril de 2010 e o relatório pericial, com base na sentença, foi de outubro de 2010. Foram 3 situações de substituídos excluídos, relatadas pela perícia: 1 - Detentores de ações individuais para a mesma pedida; 2 - Os substituídos que foram admitidos na Caixa a partir de outubro de 1998 3 - Aqueles que não recebiam função de confiança em setembro de 1998 Ocorre que, ao longo de intermináveis recursos, e por determinação judicial, estivemos impedidos de fazer novas petições para não tumultuar o processo. Contudo, neste momento, conforme a Ata da última audiência, a justiça aceitou que fizéssemos uma última petição a fim de corrigir eventuais distorções àqueles que entende-se terem o direito mas que foram excluídos ou, eventualmente, não constassem do rol de substituídos. Pedimos que os colegas sempre se dirijam ao jurídico ou aos plantões diários para dirimir dúvidas.
hora dos GSN do BNB
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Sindicato ganhou, em segunda instância, a ação de 7ª e 8ª horas dos Gerentes de Suporte a Negócios do Banco do Nordeste. Segundo o acórdão, a função de Gerente de Suporte a Negócios era munir e assistir os Gerentes de Negócios com informações necessárias para o atendimento e monitoramento das demandas dos clientes da agência, auxiliando-os no acompanhamento e controle das ações implementadas de caráter preventivo e corretivo, necessárias à concessão e gerenciamento de créditos, sendo suas funções técnico ou operacionais, destituídas de uma fidúcia especial, incabível considerá-las na exceção do art. 224, § 2º, da CLT, devendose reconhecer a jornada bancária de seis horas e o pagamento da sétima e oitava horas trabalhadas como extraordinárias. Horas extras. Divisor. Súmula 124, I, "a" do TST.
Bancos
05
Banco Itaú é processado por assédio moral após funcionária grávida abortar em agência
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Ministério Público do Trabalho em Palmas (TO) pede na Justiça Trabalhista a condenação do Banco Itaú S.A. por prática de assédio moral organizacional no Estado do Tocantins. A multa pretendida é de R$ 20 milhões por dano moral coletivo. A investigação promovida pelo MPT-TO foi conduzida pela procuradora Mayla Mey Friedriszik Octaviano Alberti, que buscou, reiteradas vezes, a manifestação do Banco para defesa. Este, no entanto, manteve-se inerte durante todo o procedimento, sem apresentar os documentos solicitados, nem responder às notificações enviadas. Para a procuradora Mayla Alberti, “os depoimentos colhidos são uníssonos e demonstram que a ré sobrecarrega seus funcionários com acúmulo de funções e carga excessiva de trabalho, muitas vezes não computando a integralidade das horas suplementares laboradas, contribuindo para um flagrante prejuízo à saúde física e mental dos
obreiros.” Entre as obrigações pretendidas na Ação Civil Pública (ACP), destacam-se o estabelecimento de metas compatíveis com a atividade laboral, a pausa remunerada para descanso, o pagamento de horas extras com correta anotação, o não acúmulo de funções e não perseguir bancários que prestaram depoimentos no Inquérito Civil. Entenda o caso: O Sindicato dos Tr a b a l h a d o r e s e m Empresas de Crédito do Estado do Tocantins (SINTECTO ) d e n u n c i o u a o M P T- TO , trazendo informações sobre excesso de serviço na instituição bancária, o que estaria ocasionando problemas físicos e psicológicos em seus empregados. Nesse ambiente laboral prejudicial à saúde, uma empregada do Banco passou mal e teve um aborto espontâneo, como consta no depoimento de diversos funcionários. Mesmo ensanguentada, não pôde sair da agência até fechar a tesouraria, três horas depois do aborto, guardando, nesse período, o feto em saco plástico. No outro dia, após ir ao médico, voltou à agência para transferir a tesouraria para outro funcionário, e teve seu direito legal de 30 dias de afastamento reduzido para apenas quatro. Além desta situação, foram vários os relatos da pressão excessiva exercida, que por vezes impossibilitava o almoço dos funcionários ou os fazia ficar muito além do expediente, sem anotar as horas extras trabalhadas.
Segundo depoimentos, o número reduzido de bancários resulta no acúmulo de funções como as de gerente operacional e de caixa. Neste ambiente insalubre, empregados sofreram doenças organizacionais, como estresse, tendinite e lesão por esforço repetitivo, sendo alguns demitidos em razão dos problemas de saúde. A procuradora Mayla Alberti sustenta que: “a busca incessante por metas intangíveis, acrescida de ameaças explícitas e veladas de retaliação ou mesmo demissão no caso de ‘rendimento insuficiente’ do empregado e somadas aos casos de efetivo adoecimento em razão da conduta vil da demandada configura a insidiosa prática de assédio moral organizacional, cuja ocorrência, infelizmente, já causou dano moral coletivo.” Ela reforça que os bancários são punidos até mesmo por ficarem doentes, e que “essa desastrosa gestão laboral” já ocasionou a perda da vida (nascituro), além de ameaçar outras que estão geradas em condições adversas decorrentes de pressão e estresse laboral. A Ação Civil Pública foi ajuizada na 1ª Vara do Trabalho de Palmas, estando marcada audiência para 18 de junho, às 8h15. Fonte: PRT10 Esse é um caso extremo a que chegam os bancos em busca de lucros. Sem levar em conta o ser humano, sem se dar conta que um fato como esse prejudicará a pessoa para o resto da vida. A luta contra o assédio moral é importante para evitarmos que outros casos semelhantes aconteçam. Não deixe chegar a esse ponto. Denuncie!
Na luta
06
Sindicato fecha agência por falta de condições de trabalho
A
gência do BB da Prudente de Morais foi fechada no dia 21 de maio por falta de condições de trabalho. Por duas semanas o andar térreo ficou sem ar-condicionado e os funcionários e clientes chegaram a passar mal com o calor. Um dia após a manifestação, o Banco providenciou o conserto da refrigeração. Não podemos admitir que um Banco que lucrou R$ 5,8 bilhões apenas no primeiro trimestre do ano, um lucro recorde entre os bancos brasileiros, não possa resolver um problema de refrigeração. Em um ano, o Banco abriu 70 novas agências e cortou 560 postos de trabalho. Aos que ainda resistem, ficam as condições insalubres e as metas abusivas. Uma verdadeira vergonha!
Sindicato devolve Imposto Sindical
Dia de luta, dia de mobilização
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Sindicato dos Bancários do RN começou na segunda-feira, 8 de junho, a devolver o Imposto Sindical 2015. Como faz há pelo menos 10 anos, o Sindicato reafirma sua posição e acredita que a luta deva ser financiada unicamente pela contribuição sindical, totalmente voluntária. O imposto sindical contribui para a existência de sindicatos biônicos, que não levantam a bandeira da luta e existem unicamente para usufruir do salário dos trabalhadores. Os bancários do RN sabem do compromisso que esta Entidade tem com seus filiados e a forma clara e responsável como lida com o patrimônio de todos. Os 60% que são encaminhados ao Sindicato são integralmente devolvidos. O restante é repartido entre Federações e Confederações. Caso tenha alguma dúvida, entre em contato com a secretaria do Sindicato (32130394). Calendário 08 a 12 de junho: BNB e Privados 15 a 19 de junho: Banco do Brasil Ainda esperamos a Caixa enviar a planilha com os valores individuais para começar a devolução aos empregados desse banco.
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Sindicato dos Bancários do RN participou do Dia Nacional de Lutas (29 de maio) em dois momentos diferentes. Pela manhã atrasou a abertura das agências do corredor do Alecrim em uma hora. À tarde participou de Ato Público com os demais trabalhadores no Centro de Natal. Atualmente a classe trabalhadora está sendo atacada em duas frentes. No Congresso Nacional está em tramitação o PLC 30/2015 (antigo PL 4330) que visa regulamentar de forma irrestrita a terceirização do trabalho. Isso significa trabalhar mais ganhando menos, menos direitos trabalhistas e mais exposição a acidentes de trabalho. É retirar do empregador a responsabilidade pelo trabalhador e também qualquer tipo de assistência. Por outro lado, o governo federal não deixa por menos. Sob a desculpa do ajuste fiscal para aumentar o superávit primário para pagar a dívida pública, manda uma conta bem salgada ao trabalhador. As Medidas Provisórias 665 e 664 restringem direitos, diminuem o acesso ao seguro desemprego e pensão por morte. É preciso dar um basta! Somente a união da classe trabalhadora poderá parar esse verdadeiro massacre. Não à terceirização! Não às MPs que retiram direitos dos trabalhadores!
Bancos
07
Itaú assedia e privilegia os “amigos do rei”
Sindicato dos Bancários vem recebendo denúncias de funcionários do Itaú relatando práticas de assédio moral do gestor GSO Daniel Martins, mais conhecido como “Capataz M A U t i n s ” . Ta l v e z e l e e s t e j a embriagado pelo poder que pensa possuir, quando contesta atestados médicos de funcionários que estão afastados por motivo de doença. Certo dia, disse que os
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trabalhadores mandavam atestado, enquanto outros se matavam de trabalhar. Quem seria ele para questionar a saúde dos outros? Um profissional de medicina? E um trabalhador tem a opção de escolher ter saúde ou não? Mautins também adora colocar seus colegas de trabalho para baixo, e costuma chamar alguns funcionários de “figura meramente ilustrativa”. Em reuniões, chegou a ameaçar os funcionários caso buscassem o Sindicato: “quem paga aos funcionários é o banco, não o Sindicato”, disse Mautins. O capataz do Itaú tem sob suas ordens uma “capitã do mato” para auxiliá-lo no assédio moral e nas articulações referentes às demissões dos funcionários. Ironicamente, ela já fez denúncias no passado, além de ter precisado
do auxílio do Sindicato dos Bancários do RN. Para completar todos os males praticados por alguns gestores, as promoções (POC) não estão sendo feitas de acordo com aquilo que o banco divulga. O correto seria os funcionários se inscreverem no POC e os que se s a í s s e m m e l h o r, c o m m a i o r pontuação, seriam promovidos. Porém, o método utilizado por alguns gestores é questionável, pois, pelo que se percebe nas agências, a meritocracia não está prevalecendo na seleção, porque apenas algumas pessoas estão sendo privilegiadas por terem algum tipo de relação de amizade com os gestores. Queremos deixar claro que não estamos questionando as qualificações dos selecionados, apenas o método utilizado pelo gestor. Além disso, as atitudes que caracterizam assédio moral praticado por Mautins serão alvo de denúncia ao MPT.
HSBC pode demitir até 50 mil bancários e fechar as portas no Brasil!
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HSBC acaba de anunciar que cortará 25 mil empregos, aproximadamente 10% de seu quadro mundial. O maior banco da Europa, que foi multado pela manipulação dos mercados de divisas e envolvido em um grande escândalo de evasão fiscal na Suíça, quer reduzir 5 bilhões de dólares (15,5 bilhões de reais) em custos anuais. Além disso, o plano de demissões prevê a venda das operações no Brasil e na Turquia, o que vai ocasionar mais 25 mil bancários que deixarão de ser
funcionários do HSBC. Parte desses empregados pode ser mantida no emprego pelos bancos que vierem a comprar as operações no HSBC nesses países, como parece ser o caso do Bradesco, que deve adquirir as operações no Brasil. Mas a maioria, sem dúvida, também será demitida, como sempre ocorre nas fusões. (...) Esta avalanche de demissões será a segunda grande onda de desemprego no HSBC. Há quatro anos, ainda sob os efeitos iniciais – porém devastadores – da crise econômica mundial, 30 mil empregos já haviam sido eliminados. Estes 30 mil postos de trabalho fechados em 2011, somados aos fechados agora nesta nova enxurrada de demissões (entre 25 mil e 50 mil empregados), fazem do HSBC uma empresa que mais demitiu nos últimos anos,
provando que são os trabalhadores os que estão pagando pela crise provocada pela burguesia, dentre ela os banqueiros, como os donos do HSBC. (...) Devemos lutar pela manutenção de todos os empregos do HSBC, bem como pela recontratação dos demitidos anteriormente. São os bancários que fizeram o HSBC ter lucro durante sua história, e, portanto, devem ter preservados seus empregos, direitos e salários nos momentos ruins, em que, ainda assim, seguem trabalhando incessantemente. Todavia, mais que lutar contra as medidas pontuais, e duríssimas, de ataques do HSBC, é preciso lutar por sua expropriação, sem indenização. (...) Veja artigo completo no nosso site.
08
TRINCHEIRA
l a g Le
PFG/2010 – PRAZO PRESCRICIONAL – 30/06/2015.
A
partir de 01/07/2010, passou a vigorar o chamado Plano de Funções Gratificadas (PFG/2010), em substituição ao Plano de Cargos em Comissão de 1998, que passou a condição de “plano em extinção”. Como regra geral, o prazo prescricional previsto na CF/88 é de 5 anos, ou seja, a contar do ajuizamento da ação, pode-se reclamar as alterações contratuais lesivas e as diferenças salariais referentes aos últimos 5 anos. Neste passo, considerando-se que o PFG/2010 foi editado, então, em 01/07/2010, segundo avaliação da assessoria jurídica da ANBERR, na pessoa do Dr. Francisco Loyola, a CEF poderá (e certamente o fará) começar a suscitar a ocorrência da chamada prescrição total do direito de ação, em relação às reclamatórias que venham ser interpostas, a partir de 01/07/2015, em que seja questionada a injusta restrição imposta aos funcionários vinculados ao REG/REPLAN. Como é de conhecimento de todos os associados, os funcionários vinculados ao REG/REPLAN, ou seja, os REG/REPLAN não saldados, ainda hoje são como regra geral impedidos de participar dos processos de seleção interna para enquadramento nos cargos previstos no PFG/2010. Além disso, a CEF deixou de promover a migração automática, para as novas e equivalentes funções gratificadas do PFG/2010, dos funcionários que, em julho de 2010, vinham exercendo cargo comissionado previsto no PCC de 1998. A migração automática (sem necessidade de manifestação de interesse ou de opção) está prevista na norma interna que regulou a adoção do PFG/2010, excepcionando, contudo, o caso dos funcionários ainda vinculados ao REG/REPLAN (não saldado) – contra o que vem “lutando” a ANBERR. Além do inegável constrangimento vivenciado no dia a dia pelo funcionário vinculado ao REG/REPLAN, já que na prática ficou estagnado na carreira de funções comissionadas, impedido de ambicionar sua justa progressão, o PREJUÍZO SALARIAL em inúmeras situações também é bastante significativo. E tal se deve ao fato de que o PFG/2010 prevê a remuneração superior das gratificações de função - por meio das parcelas Função Gratificada, CTVA (Piso de Mercado) e Porte - se comparada com os valores praticados em relação aos cargos comissionados equivalentes previstos no PCC de 1998. Ou seja, numa mesma agência podem trabalhar lado a lado, por exemplo, um Gerente de Relacionamento (PCC de 1998) e um Gerente de Atendimento PF (PFG/2010), ou um Caixa PV (PCC de 1998) e um Caixa (PFG/2010), sendo a remuneração dos primeiros cargos inferiores as dos segundos. Portanto, como forma de evitar o risco da decretação da prescrição total do direito de ação, RECOMENDA-SE que os interessados promovam suas reclamatórias trabalhistas individuais necessariamente até o dia 30/06/2015. Para tanto, os associados podem contatar com os escritórios de advocacia conveniados na sua região, cuja listagem pode ser encontrada n o s i t e i n s t i t u c i o n a l d a A N B E R R (http://www.anberr.org.br/convenios.php), que estão habilitados para promover as reclamatórias trabalhistas desta natureza. Dr. Oderley Rezende (credenciado da ANBERR do RN): 8737-0808 / rezendesantiago@ig.com.br
Pegadinhas
da língua portuguesa
PARABENIZO-O OU PARABENIZO-LHE? Por João Bezerra de Castro
Muitos usuários da língua portuguesa têm dúvida a respeito da transitividade do verbo parabenizar. É transitivo direto ou transitivo indireto? As gramáticas e os dicionários classificam o verbo parabenizar (dar os parabéns a; felicitar; cumprimentar; congratular-se) em transitivo direto (parabenizar alguém) e em transitivo direto e indireto (bitransitivo), isto é, pede simultaneamente dois complementos: objeto direto e objeto indireto, sendo o objeto direto sempre pessoa e o objeto indireto sempre coisa. Assim, devemos parabenizar alguém (parabenizá-lo) ou parabenizar alguém por algo (pelo sucesso, pela formatura, pelo aniversário). Sendo transitivo direto de pessoa, não admite “lhe(s)”, uma vez que esse pronome exerce a função de objeto indireto. O pronome oblíquo exigido pelo verbo parabenizar é “o” (e variações), porque tal pronome exerce a função de objeto direto. Exemplos: .“Quando o menino nasce, a alegria é geral. A casa se enche de parentes, de vizinhos e de compadres que vêm olhar o recémnascido, parabenizar os pais.” (Aurélio). (parabenizar os pais = parabenizá-los) .“Todos queriam parabenizar o orador pelas belíssimas palavras.” (Aulete) (parabenizar o orador = parabenizá-lo) Obs.: Não podemos confundir a regência do verbo parabenizar com a regência da palavra parabéns. O substantivo parabéns rege a preposição “a”(...por) ou “por”: Parabéns aos vencedores pelo triunfo. Parabéns pela vitória. Parabéns à equipe de vôlei. Parabéns por seu aniversário. Seguem outros exemplos do uso correto dos pronomes oblíquos o (e variações) e lhe (a ele, a ela, a você): .Não os conheço (e não *não lhes conheço). O verbo conhecer, nessa frase, é transitivo direto. .Nós o convidamos (e não *lhe convidamos). .O técnico o obrigou a jogar na defesa (e não *lhe obrigou). .O marido sempre a amou (e não *lhe amou). .Faz tempo que não o vejo (e não *lhe vejo). .A polícia perseguiu o assaltante e o prendeu (e não *lhe prendeu). .O vento frio a incomoda bastante (e não *lhe incomoda bastante). .“O técnico não lhe permitiu atacar.” O verbo permitir, nessa frase, pede um ob. indireto de pessoa (não permitiu a ele), já que alguém permite algo a alguém. .Pedi-lhe um favor. O lhe é objeto indireto (Pedi a ela ou a ele) .O cargo lhe pertence (pertence a você). .O pai lhe disse a verdade (disse a ele ou a ela). .Célia escreveu aos amigos para lhes agradecer o apoio (agradecer a eles). Obs.: Os pronomes átonos me, te, se, nos, vos são objetos diretos ou indiretos: .Ele nos convidou (nos é ob. direto porque o verbo convidar é transitivo direto). .Ele nos cedeu o lugar (ceder pede ob. indireto de pessoa: cede a nós). Conselho Editorial Beatriz Oliveira Marcos Tinôco
Independente e de luta
Luta Bancária é uma publicação do Sindicato dos Bancários do RN SEDE/NATAL: Av. Deodoro da Fonseca, 419 - Petrópolis - Natal (RN) - CEP: 59020-025 FONES: (84) 3213-0394 | 3213-4514 | 3213-3020 | 3213-2831 // FAX: (84) 3213-5256
Edição Ana Paula Costa (1235 JP/RN)
Estagiária Juliana Cortês
@bancariosrn Sindicato dos Bancários do RN
Impressão Unigráfica Tiragem 4 mil exemplares
Independente e de luta
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Básica