BANCÁRIA Nº 22
13 a 23 de outubro de 2016
Luta
Ano XXXI
Jornal do Sindicato dos Bancários do RN
www.bancariosrn.com.br
Independente e de luta
SEJA SÓCIO
CONTRAF CUT CAPITULA 31 DIAS DE GREVE Sem cobrir a inflação Sem cobrir perdas históricas Sem garantia de emprego Sem novas contratações Resgate da política de abono Acordo bienal, deixando bancários acorrentados frente aos ataques
E FECHA PIOR ACORDO DA HISTÓRIA Leia os destaques desta edição Luta
Acordo Assinatura do acordo ocorre no dia 13 de outubro, em SP.
pág. 2
BB e BNB
Caixa
Imagens do dia a dia da greve, piquetes de Natal.
págs. 4 e 5
Bancários da Caixa permanecem em greve por 32 dias.
pág. 6
Veja o que muda nos acordos específicos.
pág. 8
Opinião
02
Editorial derrota é não lutar
Charge
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Sindicato dos Bancários do RN convoca toda a categoria a se manter vigilante e na luta, independentemente da campanha salarial. Esse é o momento de começarmos a construir a Greve Geral. Infelizmente, o acordo assinado no dia 13 de outubro de 2016, em São Paulo, nem de longe é o sonho da categoria, entretanto, sabemos que, sem a luta, este ataque poderia ser muito pior. Serão dois anos amarrados a este acordo, mas há muito pelo que lutar. O Governo Temer, claramente neoliberal, já aprovou leis que modificam a constituição e limitam os gastos públicos por 20 anos. Sinaliza também com Reforma Trabalhista e Previdenciária e seus asseclas ameaçam retirar a qualquer momento do forno o projeto das terceirizações ilimitadas. Contra tudo isso a classe trabalhadora precisa se posicionar. Nossa bandeira deve ser levantada aos quatro ventos: FORA TEMER! FORA TODOS! GREVE GERAL JÁ! Se os banqueiros acham que irão nos calar por dois anos, podem se preparar. Vamos juntos construir com outras categorias a greve geral no país. Contra os ataques do Governo, não nos calaremos!
Desconto assistencial
O
Sindicato dos Bancários do RN mais uma vez abre mão do desconto assistencial, pois acredita que a luta deve ser financiada de forma voluntária pelos trabalhadores. O desconto assistencial é uma arrecadação para financiar a campanha salarial. Há alguns anos, o Sindicato vem abrindo mão de receber esta contribuição, bem como devolve a parte do imposto sindical que lhe cabe dando assim, aos trabalhadores, total controle sobre o financiamento da entidade que os representa. Nada é imposto à categoria.
A SERPENTE E O CARANGUEJO U
ma serpente e um caranguejo viviam juntos. Quanto mais o caranguejo se mostrava bom e cuidadoso, mais a serpente usava da cautela e da falsidade. O caranguejo, por mais que exortasse a serpente a se portar bem e imitar sua maneira de viver, não conseguia fazer o réptil ouvir nada. No fim, já esgotado, o caranguejo esperou o momento em que a serpente dormia e, saltando em sua garganta, matou-a. Ao vê-la morta, disse: —Quando te incentivava a ser amiga, não quiseste, agora a morte o fez: ainda poderias estar viva! Fonte: Fábulas de Esopo (2013), Coleção L&PM POCKET, vol. 68.
Greve
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Além de não cobrir a inflação, acordo deixa categoria amarrada por dois anos
A
pesar dos esforços daqueles que realmente fizeram e construíram a greve, mais uma vez os bancários foram traídos pela Contraf CUT que cedeu à chantagem da Fenaban e do Governo Temer e orientou o fim da greve após 31 dias de luta. Um derrota nos aspectos econômico e político. Infelizmente sabemos que, sem a greve, o ataque poderia ter sido ainda pior. Isso porque o acordo faz parte do pacote de maldades do Governo Temer que vem empurrando, no Congresso e através de Medidas Provisórias, verdadeiras atrocidades contra a classe trabalhadora. É contraditório que a Contraf CUT defenda o FORA TEMER e seja tão complacente com seu governo. O Comando Nacional recomendou a aceitação do acordo em um momento em que a greve ainda estava crescendo, conquistando a adesão de gerências médias em importantes bases como Rio de Janeiro, São Paulo, Pará e Maranhão. Nas negociações com os bancos federais não houve um avanço sequer, nada que pudesse determinar o fim do movimento, a aceitação de um acordo tão rebaixado foi uma verdadeira traição. O Sindicato dos Bancários do RN avalia que o acordo foi um dos piores da história e traz consigo três pontos extremamente prejudiciais: 1) Não cobriu a inflação do período. Os 8% acordados deixam mais de 1,5% de perda salarial para a categoria. Some-se a isso as perdas históricas e teremos uma ideia de que é o primeiro passo para uma desvalorização salarial ainda maior. 2) Desenterrou a política do abono. Muito utilizado no final dos anos 1990 pelo Governo FHC, o abono salarial é uma espécie de ‘‘cala-boca’’. Dinheiro no bolso que não se converte em salário nem incide sobre as demais verbas, fundos de pensão ou caixas de saúde. O abono é um dos
principais responsáveis pelas perdas salariais acumuladas na década de 1990. 3) O acordo bienal impede uma nova negociação em 2017. Amarra a categoria em um momento de extremo acirramento na luta de classes com um governo querendo colocar a conta da crise econômica nas costas da classe trabalhadora e empurrando reformas que podem prejudicar muito as categorias menos organizadas. Acordo A Fenaban empurrou no acordo um reajuste de 8% em 2016, abono de R$ 3.500, e reajustes de 15% no valealimentação, 10% no vale-refeição, 10% no auxílio creche-babá e abono total dos dias parados. Em 2017 a promessa é de recuperação da inflação pelo INPC + 1% de aumento. O acordo tem validade de 2 anos. Sem os piqueteiros, poderia ser muito pior Entre tantos contratempos não podemos deixar de destacar a participação da categoria em duras batalhas. Vários piquetes eram ‘‘obrigados’’ a começar a funcionar antes das 6h da manhã. Muitos se estendiam após às 16h. Em vários momentos os ânimos se acirraram, mas nada paga a luta e dedicação dos companheiros que são os maiores exemplos de que a luta vale a pena. A eles, o nosso mais sincero obrigado! Construir a greve geral Por fim precisamos chamar a unidade das centrais sindicais e sindicatos para juntos construirmos a greve geral. Única saída viável para barrarmos todos os ataques à classe trabalhadora. Mais do que nunca: FORA TEMER! FORA TODOS! ELEIÇÕES GERAIS JÁ!
Fura-greve agrediu piqueteiro no BB Foto: reprodução facebook
D
urante a greve nos deparamos com colegas que insistem em furar a greve, mas na maioria dos casos, eles procuram agências menores, que não contam com piqueteiros. Infelizmente, há casos mais graves, daqueles que enfrentam o piquete. No dia 6 de outubro, quinta-feira, bem próximo do final da greve, um fato lamentável ocorreu na agência Estilo do Banco do Brasil do Centro Administrativo. A comissão era formada por dois apoiadores do movimento que não são bancários e foi confrontada pelo bancário Ivanaldo Soares, funcionário da Super. Ele foi até o local realizar retirada de material para o stand do banco na Festa do Boi, mas se negou a se identificar e após a
negativa dos colegas chegou a aplicar uma gravata no piqueteiro. A diretora do SEEB RN Maria Mercedes estava próximo ao local, na agência Câmara Cascudo, e foi chamada a intervir, ao tentar dialogar com o bancário, explicando que ele deveria ter se identificado pois os piqueteiros sabiam que trabalhavam quatro mulheres na agência, ele respondeu com ignorância: “Não importa, podia ser o Papa que eu ia passar por cima”. Tais atitudes só enfraquecem a luta de todos. Desrespeitar companheiros que nem mesmo são da categoria, ou seja, estão ali pela consciência da luta de classes, é algo que não deve ser tolerado. Ao colega, nosso repúdio.
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Greve
Muita luta, os piqueteiros deram sustentação à batalha desleal
Greve
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Uma pequena amostra dos que construĂram essa conquista
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Caixa
Bancários da Caixa permaneceram mais um dia na luta
O
s bancários da Caixa no RN, assim como os demais, rejeitaram a proposta apresentada pela Fenaban, e permaneceram mais um dia na greve com o intuito de avançar nas negociações da pauta específica. Além de entenderem que o acordo acarreta perdas, pois não repõe a inflação deste ano e engessa a categoria para o próximo ano, em um momento extremamente delicado em que o Governo parte para o ataque à classe trabalhadora, os bancários da Caixa vêm sofrendo com a implantação do RH 184 e a reestruturação na empresa. Além de Natal, outras seis capitais permaneceram em greve ainda no dia 7 de outubro. A paralisação foi desmontada com a ameaça do corte de ponto. Infelizmente a empresa optou pela chantagem e em não negociar com a categoria.
Proposta específica não barra RH184 1)PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS OU RESULTADOS - PLR – A PLR CAIXA será composta de: a) PLR Regra FENABAN I – Regra Básica 90% da Remuneração Base com a situação funcional em 1º de setembro/2016, acrescido do valor fixo de R$ 2.183,53, limitado ao valor de R$ 11.713,59, de acordo com as regras estabelecidas em Acordo Coletivo de Trabalho. II – Parcela Adicional 2,2% do Lucro Líquido apurado no exercício de 2016, distribuído igualmente para todos os empregados elegíveis, de acordo com a regras estabelecidas em Acordo Coletivo de Trabalho. b) PLR Adicional CAIXA 4% do Lucro Líquido apurado no exercício de 2016, distribuído igualmente para todos os empregados, de acordo com as regras estabelecidas em Acordo Coletivo de Trabalho. c) PLR Parcela Complementar A CAIXA garantirá no mínimo uma Remuneração Base a todos os Empregados, ainda que a soma da PLR FENABAN e PLR Adicional CAIXA não atinja este limite. 2) PLR – ANTECIPAÇÃO Antecipação de 60% do valor total da PLR devida, a ser paga em até 10 dias após assinatura do ACT, com base nas regras da PLR FENABAN (Regras: Básica e Adicional), PLR CAIXA (Adicional e Parcela Complementar), apurada sobre o Lucro Líquido esperado para o exercício de 2016. O valor da antecipação é superior ao da proposta FENABAN que propõe antecipar 54% Remuneração Base, reajustada em setembro/2016, de acordo com as regras da Convenção Coletiva de Trabalho – CCT.
3) REAJUSTE SALARIAL A CAIXA aplicará 8%, que é o percentual definido pela FENABAN, nas rubricas de Salário Padrão, com reflexos nas correspondentes vantagens pessoais, nas rubricas de Função Gratificada, de Gratificação de Cargo em Comissão / Função de Confiança, bem como nos valores das Tabelas de Porte e de Piso Salarial de Mercado. 4) ABONO Pagamento em parcela única, a título de abono, no valor de R$ 3.500,00, a ser paga em até 10 dias após assinatura do ACT, de acordo com as regras da Convenção Coletiva de Trabalho – CCT. 5) REAJUSTE DE BENEFÍCIOS A CAIXA aplicará, ainda, reajuste nos benefícios da seguinte forma: - 15% Auxílio-Cesta Alimentação (VA) = R$ 565,28 - 15% 13ª Cesta Alimentação = R$ = 565,28 - 10% Auxílio-Alimentação (VR)= R$ 717,29 - 10% Auxílio Creche/Babá (Programa de Assistência à Infância – PAI) . Filhos até a idade de 71 meses = R$ 434,17 . Filhos até a idade de 83 meses = R$ 371,43 Os demais benefícios serão reajustados pelo mesmo índice de reajuste salarial. 6) PROMOÇÃO ANO BASE 2017 A CAIXA realizará sistemática de promoção em 2018, referente ao ano base 2017, dos empregados ativos em 31.12.2017, integrantes do quadro de pessoal permanente, inclusive cedidos, requisitados, liberados para entidades representativas dos empregados e licenciados sem suspensão do contrato de trabalho, com no mínimo 180 dias de efetivo exercício em 2017. A Promoção possibilitará aos empregados a obtenção de até duas referências salariais (deltas) no cargo efetivo, com base
Caixa
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Continuação da pág 06 - Acordo Específico Caixa em uma sistemática cujos critérios são definidos em negociação coletiva com as entidades representativas dos empregados. Será creditada em folha de pagamento, assegurada a retroatividade ao dia 01/01/2017. 7) INCENTIVO À ELEVAÇÃO DA ESCOLARIDADE Serão oferecidas 1.600 bolsas de incentivo à elevação da escolaridade, na seguinte forma: até 300 para graduação, até 500 para pós-graduação e até 800 para idiomas até 31.08.2017. 8) LICENÇA -AMAMENTAÇÃO A CAIXA assegurará às empregadas mães, inclusive as adotivas, com filho de idade inferior a 12 meses, 2 descansos especiais diários de meia hora cada um, facultado à beneficiária a opção pelo descanso único de 1 hora. Em caso de filhos gêmeos, cada período de descanso especial diário será de 1 hora, facultada a opção pelo descanso único de 2 horas. 9) AUSÊNCIAS PERMITIDAS O empregado poderá deixar de comparecer ao serviço, mediante requerimento pessoal à chefia imediata, por motivo de: Inclusão do item “o” Até 6 (seis) ou 8 (oito) horas por ano, conforme a jornada do empregado 6 ou 8 horas, respectivamente, para levar dependente com deficiência a profissional habilitado da área de saúde, mediante comprovação, em até 48 (quarenta e oito) horas após. 10) VALE-CULTURA Renovação da cláusula referente a distribuição do vale-cultura, aos empregados que o requeiram e que tenham Remuneração Base igual ou inferior a 8 salários mínimos, conforme os termos estabelecidos pela Lei 12.761/2012 e seu regulamento. 11) SAÚDE CAIXA - DEPENDENTE DIRETO Manutenção, no Saúde CAIXA, na condição de dependente direto, os filhos (as) portadores (as) de deficiência permanente e incapazes, com idade superior a 27 anos, enquanto solteiros e sem renda proveniente de salário. 12) SAÚDE CAIXA - DEPENDENTE INDIRETO É garantida a inscrição na condição de dependente indireto, mediante pagamento de mensalidade adicional de R$ 110,00 para cada um, conforme previsto no RH043. 13) HORAS EXTRAS Manutenção da cláusula referente a prorrogação da Jornada de trabalho, assegurando-se o pagamento, com adicional de 50% sobre o valor da hora normal, ou a compensação das horas extraordinárias realizadas na proporção de 1 hora realizada para 1 hora compensada e igual fração de minutos, e o pagamento de 100% das horas extras realizadas em agências com até 20 (vinte) empregados. 14) JUROS DO CHEQUE ESPECIAL Manutenção do enquadramento dos empregados, no programa de relacionamento para redução dos juros do cheque especial.
15) TARIFAS EM CONTA-CORRENTE Será oferecida isenção de tarifas de Conta Corrente, referente a: renovação de Cheque Especial; confecção de cadastro para início de relacionamento; fornecimento de 2ª via de cartão com função de débito; fornecimento de folhas de cheque; saque (pessoal, terminal de autoatendimento e correspondente); DOC (pessoal, eletrônico e Internet); extrato mês e movimento (pessoal, eletrônico e correspondente); TEV ( pessoal, eletrônico e Internet); emissão de certificado digital, e de Adiantamento a Depositante - ADEP, para empregados, exclusivamente, na conta corrente onde o salário ou provento é creditado. 16) PARCELAMENTO DO ADIANTAMENTO DE FÉRIAS A CAIXA renovará a cláusula referente ao parcelamento do adiantamento de férias em até 10 parcelas mensais. 17) ESTABILIDADE PROVISÓRIA DE EMPREGO Renovação da cláusula referente às estabilidades provisórias de emprego. 18) SUPLEMENTAÇÃO DO AUXÍLIO-DOENÇA A CAIXA manterá a sistemática de suplementação do auxílio doença pago pelo INSS. 1 9 ) L I C E N Ç A PA R A T R ATA M E N TO D E S A Ú D E E TITULARIDADE DA FUNÇÃO GRATIFICADA OU CARGO EM COMISSÃO EM LICENÇA PARA TRATAMENTO DE SAÚDE A CAIXA renovará a cláusula onde considera como de efetivo exercício os primeiros 15 dias de licença para tratamento de saúde do empregado. A CAIXA continuará garantindo, ao empregado, a titularidade da Função Gratificada ou Cargo em Comissão, pelo período da licença para tratamento de saúde – LTS – ou licença por acidente de trabalho – LAT, até o limite de 180 dias. 20) CAIXA EXECUTIVO Criação de Comissão Paritária para discussão do aprimoramento do RH 184 no que refere aos Caixas. 21) NEGOCIAÇÃO PERMANENTE As relações entre a CAIXA e as entidades sindicais serão especialmente regidas pelos princípios de negociação permanente e boa fé. Parágrafo Primeiro – Será mantido Grupo de Trabalho, constituído de forma paritária, para tratar do tema Saúde do Trabalhador e Saúde Caixa. Parágrafo Segundo - Reconhece-se a Mesa Permanente de Negociação como importante espaço de diálogo entre a CAIXA e a CONTRAF, para o aprimoramento das relações de trabalho, na qual serão discutidos os impactos na vida funcional dos empregados decorrentes da implantação de novos processos de trabalho pela empresa. 22) GT PARITÁRIO Constará em Ata de Fechamento a constituição de um GT paritário para discutir critérios de descomissionamento no prazo de 30 dias. 23) VALIDADE DO ACORDO COLETIVO DE TRABALHO O Acordo Coletivo de Trabalho 2016/17 terá validade até 31.08.2018.
Bancos
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Banco do Brasil não avança nas negociações específicas
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ejeitada pelos bancários do Banco do Brasil no RN, a proposta não traz avanços na pauta específica. A parte econômica segue os mesmos reajustes propostos pela Fenaban, 8% nos salários e abono de R$ 3.500,00 em 2016 e reposição integral da inflação mais 1% em 2017. Propostas específicas do Banco do Brasil ACT 2016/2018 Clausuladas: O Banco reafirma a manutenção do programa de PLR atual, composto pelo módulo Fenaban e módulo BB, incluindo parcela variável e 4% do lucro líquido distribuídos de forma linear. As ausências autorizadas de 1 dia por semestre para doação de sangue serão ampliadas em 1 dia por ano para doação a parentes enfermos - pais, filhos, enteados, irmãos, avós, cônjuge ou companheira(o). As ausências autorizadas de dois dias úteis por ano (fracionáveis em horas) para acompanhar filho ou dependente, menores de 14 anos a consulta/tratamento médico e odontológico, também poderão ser utilizadas para tratamento psicológico, vacinas e reuniões escolares. As ausências autorizadas de dois dias para acompanhar esposa ou companheira em consultas médicas e exames complementares durante a gravidez poderão ser
fracionadas em horas. Serão instituídas Mesas Temáticas sobre Prevenção de C o n fl i t o s , S a ú d e n o Tr a b a l h o e I g u a l d a d e d e Oportunidades, com prazo de 180 dias para conclusão a partir da data da instalação. Na mesa de Prevenção de Conflitos poderão ser discutidos eventuais conflitos decorrentes de implantação de soluções digitais, ajustes de estrutura e acesso ao histórico de ausências dos funcionários. Será reajustado para R$ 200 mil o valor da indenização por morte ou invalidez decorrente de assalto. Não clausuladas: Será alterado o critério de 66,6% para 70% no módulo Avançado e de 33,3% para 30% no módulo Básico, possibilitando a promoção, a partir de janeiro de 2017, de até 795 funcionários que exercem, por exemplo, as funções de Gerente de Relacionamento e Gerente de Serviços em Unidades de Negócio e Gerente de Módulo em Unidades de Apoio. A verba QVT será retomada a partir da assinatura do ACT. Serão disponibilizadas no ano de 2017, no mínimo, 30 turmas da Oficina. Será disponibilizado espaço exclusivo para ações da UniBB em 500 agências da Rede Varejo para promover o desenvolvimento de competências e facilitar o acesso a ações de capacitação.
Proposta para o BNB não traz avanços Proposta específica do BNB Reajuste salarial de 8% sobre as verbas salariais com base nos valores praticados em agosto de 2016. Quadro de Benefícios Auxílio-Refeição (8%) R$ 704,25 Auxílio-Cesta Alimentação e 13ª Cesta (15%) R$ 565,25 Auxílio-Creche/ Babá (10%) R$ 434,17 Auxílio-Dependente com Deficiência (8%) R$ 400,01 Auxílio-Funeral (8%) R$ 978,08 Indenização por morte ou incapacidade decorrente de assalto (8%) R$ 165.666,70 Auxílio Material escolar (8%) R$ 310,88 Abono indenizatório, linear, não incorporado ao salário no valor líquido de R$ 3.500,00 para os empregados. Elevação do Piso Salarial para R$ 2.645,99 Reajuste salarial observará o INPC mais 1% de aumento real. PLR 2016 limitada a 25% do valor destinada à distribuição dos dividendos do exercício. Módulo Fenaban – Distribuir até 9% do lucro líquido sem limitador da parcela individual, calculado proporcionalmente ao valor total a ser distribuído. Regra básica: 90% do salário bruto mais parcela fixa. Parcela adicional: 2,2% do lucro líquido distribuídos linearmente. Módulo metas sociais – Distribuir 3% do lucro líquido linearmente – pelo atendimento das metas propostas para o Pronaf e de inclusão bancária. Adiantamento da PLR 2016. Uma vez assinado o Acordo Aditivo da PLR 2016, será realizado a adiantamento de PLR 2016 do valor provisionado constante no Balanço de 30/06/2016 conforme a regra abaixo: Regra básica: até 90% do salário bruto + parcela fixa. Parcela adicional: 2,2% do lucro líquido distribuídos linearmente. OBS: Calculado proporcionalmente ao valor provisionado.
Assinatura de Acordo Aditivo de Ponto Eletrônico contendo as disposições específicas do Banco do Nordeste o que se refere ao Controle de Jornada conforme proposta já negociada em mesa. Aprovação e disponibilização de programa de recomposição de dívidas disponível para os empregados do banco que desejam fazer negociação de suas dívidas, considerando, para fins de consignação em folha de pagamento, os limites estabelecidos na CIN Pessoal 13-01 (Margem Consignável) e prazo para pagamento com carência de 3 meses. Aprovação e instalação do Programa de Retorno ao Empregado que objetiva adotar equipe multidisciplinar para acolhimento e orientação profissional dos empregados que estão a mais de dois anos de licença saúde pelo INSS e os empregados aposentados por invalidez que recebem ‘APTO’ pela Previdência Social. Ajuste no Ciclo de Promoções 2016 com retorno da vigência para 01 de janeiro de 2016, abrangendo 1.234 empregados que serão promovidos. Aprovação do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional, com disponibilização da política de Exames Médicos Ocupacionais do Banco do Nordeste ao corpo funcional, sendo estes mais abrangentes que os contidos na Norma Regulamentadora NR 7. Comissão paritária instalada para conduzir o processo para eleição do Conselheiro Representante dos Funcionários. Estatuto revisado à luz dos critérios exigidos pela lei 13.303/2016. Calendário do processo eleitoral prevê término dos trabalhos até 20 de dezembro de 2016. Cronograma de Pagamentos: Diferença da folha salarial de setembro/2016 e crédito do Abono Indenizatório: dia 14/10/2106. Diferença do mês de setembro referente ao auxílio-refeição/alimentação: crédito dia 14/10/2016. Antecipação da PLR 2016: Crédito dia 28/10/2016. 13ª Cesta alimentação: Crédito dia 31/10/2016 com reajuste de 15%. Folha salarial de outubro de 2016 será creditada com o reajuste.
Greve
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Os inimigos da greve! T
odos os anos os bancários enfrentam uma dura batalha para conquistar um reajuste digno. O mínimo que deveria ser negociado e concedido aos trabalhadores de forma simples é arrancado com muita luta pelos bancários. Acima de tudo, o patrão é um ‘‘bicho feroz’’, o de maior poder econômico, e, por consequência, mais forte nesse Sistema e tem ao seu lado todo tipo de defensor: da Justiça ao Procon, passando por OAB e ainda a tecnologia que, com os canais alternativos, diminuem o impacto do movimento.
Interdito proibitório do Santander
OAB queria abrir agências nos Fóruns
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Ordem dos Advogados do Brasil orquestrou uma série de ações por todo o país para garantir o pagamento dos alvarás nas agências que funcionam em unidades judiciárias. Infelizmente em Natal não conseguimos derrubar essa ação. Tais agências foram obrigadas a funcionar com 30% de seus funcionários. Houve ainda ações pessoais de advogados com o mesmo intuito. Ação altamente personalista que tende a enfraquecer o movimento paredista.
Sindicato dos Bancários do RN, através de sua assessoria jurídica, derrubou na Justiça a liminar que concedeu ao Santander o interdito proibitório no RN. O mandado de segurança impetrado pelo Sindicato foi julgado pelo desembargador José Barbosa Filho. O núcleo jurídico do banco entrou com a ação, sendo o interdito concedido pela juíza Fátima Christiane Gomes de Oliveira, com multa diária de R$10 mil.
A
Sindicato se reuniu com Procon
O
Sindicato dos Bancários se reuniu com representantes do Procon e dos Bancos em duas oportunidades. Na primeira reunião, antes mesmo do início do movimento, os bancos se comprometeram a manter um atendimento para pequenos serviços. Para isso seria usada a mão de obra dos fura-greves. No meio da greve houve nova reunião para
avaliar se estava funcionando a contento. O Sindicato mais uma vez explicou que não poderia se responsabilizar pelos serviços, mas não se opunha ao atendimento, principalmente aos aposentados. Infelizmente, o Ministério Público, que por tantas vezes foi nosso aliado na luta contra os excessos dos bancos, dessa vez provocou o Procon para pressionar a abertura parcial das agências.
Fura-greves e grevistas de pijama, nossa luta depende de vocês
M
ais um ano precisamos chamar a atenção dos colegas. Se dessa vez o acordo não foi o esperado, a resposta às nossas reivindicações será sempre proporcional à nossa mobilização. O mais importante é parar a produção. Mas também não é razoável fazer greve e ficar em casa. As dificuldades são enormes e o Sindicato precisa cada vez mais da participação das pessoas nos piquetes. São muitas adversidades a serem vencidas, por isso, estar participando
ativamente da greve é importante para o crescimento político do bancário e para que ela seja realmente vitoriosa. Por fim, mas não menos importante, continuamos convocando as pessoas que furam as greves alegando seu direito de escolha ou de ir e vir. As assembleias decidem pelo coletivo e precisamos cumprir as deliberações. Participe, questione, construa o movimento. Mas não passe por cima dos próprios colegas. Os ganhos são de todos, e mais do que nunca, o ataque é contra todos também.
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NOVO CONVÊNIO
Pegadinhas
da língua portuguesa
CORRELAÇÃO VERBAL Por João Bezerra de Castro
A correlação verbal, segundo Pasquale Cipro Neto, é a necessidade de ajustar o tempo e o modo de uma forma verbal aos de outra da mesma frase. No emprego dos tempos verbais, comumente ocorrem construções do tipo: 1. Se a funcionária fosse competente, o gerente a nomeava para secretária. Na linguagem culta formal, essa frase está incorreta porque o pretérito imperfeito do subjuntivo (fosse) deve combinar com o futuro do pretérito do indicativo (nomearia): Se a funcionária fosse competente, o gerente a nomearia para secretária. O pretérito imperfeito do subjuntivo indica um fato de realização improvável. Por isso, pede o futuro do pretérito: “Se frequentasse a escola cedo, a criança se alfabetizaria com facilidade”. Obs.: Na linguagem informal, o pretérito imperfeito do indicativo pode substituir o futuro do pretérito: “Se ela me preferisse ao marido, não fazia mau negócio”. (Graciliano Ramos) [fazia = faria] 2. “Se frequentar a escola cedo, a criança se alfabetiza com facilidade.” O verbo frequentar, no futuro do subjuntivo, indica um fato considerado de realização provável e exige o correlato no presente ou no futuro do presente do indicativo. Portanto, admite a forma alfabetiza (no presente do indicativo) ou alfabetizará (no futuro do presente do indicativo). Outros exemplos: .“Se corrermos, o bicho pega; se ficarmos, o bicho come.” .“Quanto maior for a altura, maior será o tombo.” 3. “O que o senhor faria se o presidente mudar de ideia?” Nessa frase, o princípio da correlação verbal foi transgredido. O futuro do pretérito (faria) exige o imperfeito do subjuntivo (mudasse): “O que o senhor faria se o presidente mudasse de ideia?” Obs.: Só seria possível o emprego do futuro do subjuntivo, na segunda oração (mudar), se o verbo fazer, na primeira oração, estivesse no futuro do presente do indicativo (fará): “O que o senhor fará se o presidente mudar de ideia?” 4. “A quadrilha roubava carros há muitos anos.” Segundo o princípio da correspondência dos tempos verbais, devemos substituir, na frase acima, há por havia (= fazia). Tal princípio estabelece que devemos usar “havia”, em vez de “há”, quando o verbo que acompanha está no pretérito imperfeito ou no mais-que-perfeito: Nara estava (imperfeito) sem comer havia (= fazia) dez dias. Mara visitara (mais-que-perfeito) o Brasil havia (= fazia) pouco tempo. Quando o verbo está no presente ou no pretérito perfeito, usa-se “há”: Sara mora (presente) em Natal há (= faz) dez anos. Lara morou (pretérito perfeito) em Natal há (= faz) muito tempo.
Independente e de luta
Luta Bancária é uma publicação do Sindicato dos Bancários do RN SEDE/NATAL: Av. Deodoro da Fonseca, 419 - Petrópolis - Natal (RN) - CEP: 59020-025 FONES: (84) 3213-0394 | 3213-4514 | 3213-3020 | 3213-2831 // FAX: (84) 3213-5256
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