Luta Bancária 29 de 2015

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BANCÁRIA Nº 29

22 a 27 de dezembro de 2015

Luta

Ano XXX

Jornal do Sindicato dos Bancários do RN

www.bancariosrn.com.br

Independente e de luta

SEJA SÓCIO

O Sindicato dos Bancários do RN deseja que o seu Natal seja brilhante de alegria, iluminado de amor, cheio de harmonia e completo de paz.

Recesso do Plantão Jurídico

Informamos que, em virtude do recesso do Judiciário, o plantão jurídico estará suspenso entre os dias 21/12/2015 e 11/01/2016. No dia 12/01 o plantão será retomado. Em janeiro teremos plantões apenas às terças-feiras (12, 19 e 26/01).


Opinião

02

Editorial Diga Não ao plebiscito da Funcef

o

s bancários que estiveram presentes ao debate ocorrido no Sindicato dos Bancários no dia 15 de dezembro sobre o déficit da FUNCEF saíram estarrecidos com os números. Os diretores indicados pela Caixa estão fazendo um verdadeiro estrago e o déficit do Fundo já passa dos R$ 11 bilhões. Eles alegam apenas um problema conjuntural e não assumem os péssimos investimentos que foram feitos. Para solucionar um problema que não foi criado pelos participantes, a solução apresentada é o equacionamento, ou seja, dividir a dívida entre todos (e a Caixa que é a maior responsável não assumir). Para que isso ocorra está sendo proposta uma mudança na regra de pagamento, que nada mais é do que postergar o pagamento da dívida. Dívida esta que poderá aumentar nos próximos anos. Para legitimar o processo a direção está fazendo um plebiscito em que pede que o beneficiário opte pela nova ou pela velha regra. A dívida não muda, muda apenas a forma de pagar, e legitima uma dívida que não está esclarecida como surgiu. Portanto, defendemos que o plebiscito não seja respondido para não legitimar isso. Precisamos primeiro esclarecer quem são os responsáveis pela dívida e encontrar uma maneira de recuperar o dinheiro. Para isso, o engajamento de todos é fundamental.

Depois da pressão, Bradesco anuncia reforma em agência

O

Bradesco da Zona Norte deverá passar por uma reforma em breve. É o que garantiu o Regional do Banco em contato telefônico com o Sindicato dos Bancários do RN. Além disso, um novo funcionário foi encaminhado à agência desde o dia 17. A reforma espera a escolha da empresa de engenharia para início das obras. A situação da agência é extremamente ruim. Sem estrutura suficiente para atender a demanda, criou um ambiente insalubre para clientes e funcionários. Os funcionários estavam passando por uma situação de desrespeito e sobrecarga que acabou por gerar adoecimento. Apenas dois caixas ficavam responsáveis pelo atendimento, um geral e outro prioritário. Um terceiro ajudava os clientes no autoatendimento. A ida de um novo funcionário é um pleito do Sindicato atendido pelo Banco. O Sindicato irá acompanhar a implementação das melhorias na agência. Caso os problemas não sejam solucionados, outras providências poderão ser tomadas.

Ranking de reclamações do Banco Central - Novembro de 2015

Bradesco

O GATO E AS GALINHAS

C

hegou até os ouvidos de um gato que e m c e r t o galinheiro as g a l i n h a s e s t a v a m doentes. Ele se fez então passar por médico e, levando consigo os instrumentos necessários, foi até lá. Ao chegar à porta do galinheiro, perguntou-lhes: —Como estão? Elas responderam: —Muito bem, desde que dês o fora. Por mais que queira passar por bonzinho, o homem mau não engana o homem sensato. Fonte: Fábulas de Esopo (2013), Coleção L&PM POCKET, vol. 68.

Caixa Itaú


Bancos

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Situação da Funcef preocupa participantes

O

Sindicato dos Bancários do RN promoveu um debate sobre o déficit na Funcef no dia 15 de dezembro, no auditório José Campelo Filho. Estiveram presentes a presidente da ANIPA, Lia Menezes, o diretor eleito da Funcef Max Pantoja e o re p re sen ta nte do co mi tê d e investimento da Funcef, João Maceno. Lia Menezes aproveitou a noite para apresentar aos presentes a A N I PA ( A s s o c i a ç ã o N a c i o n a l

Independente dos Participantes e Assistidos da FUNCEF) que, segundo ela, nasceu do vácuo de representatividade que os participantes da FUNCEF se viram no momento em que foi constatado o grave problema de déficit. Para Paulo Gurgel, presidente da AEAP (Associação dos Aposentados e Pensionistas da Caixa), esse é um momento importante para esclarecer a todos os aposentados o sério problema do déficit da Funcef. “Preocupa a gente porque nossa aposentadoria depende disso. Preocupa essa permanência desse déficit que já passa de três exercícios”, avaliou. João Maceno é representante do comitê de investimento da Funcef e apresentou planilhas que mostravam a lucratividade de certos investimentos feitos pela Funcef e o momento em que as “pedaladas contábeis” começaram a dar prejuízo

ao patrimônio. Para ele a disseminação da informação é a grande luta. “A quantidade de pessoas que está discutindo e quer saber a informação é muito pequena. Somos hoje 138 mil. Os aposentados sentem direto no contracheque e estão mais ligados. O caso do pessoal da ativa é mais grave, porque o valor do aporte é abatido diretamente da reserva matemática e as pessoas não veem isso. A falta de informação é um crime”, declarou. Max Pantoja é diretor eleito da Funcef. Ele avalia como sendo uma ressurreição de um processo e a retomada de consciência dos participantes do Fundo. “Uma consciência que indevidamente estava adormecida e por esta razão permitiu que o sistema de previdência complementar entrasse por veredas tortuosas e obscuras”, avalia. Veja matéria completa sobre o evento no site do Sindicato.

Edital Em cumprimento ao seu Estatuto, o Sindicato dos Trabalhadores em Instituições Financeiras do Rio Grande do Norte comunica que foram registradas as seguintes chapas, como concorrentes à eleição a que se refere o Aviso publicado em 17 de novembro de 2015, no Diário Oficial e no Jornal Tribuna do Norte. CHAPA 1- INDEPENDÊNCIA E LUTA Coordenador-Geral - Gilberto Luís Fernandes Monteiro; Diretoria de Assuntos Jurídicos - lzôlda Cristhyne Freire Damasceno Capistrano e Juvêncio Hemetério Filho; Diretoria de Administração e Patrimônio - José Xavier dos Santos e Francisco Ribeiro de Lima; Diretoria de Finanças - Paulo Eduardo Xavier e Luciano Sales Pinheiro; Diretoria de Imprensa e Comunicação - Marcos de Macedo Tinôco e Alexandre Marcos Cândido; Diretoria de Formação Política e Educação Profissional - Wellington Medeiros de Oliveira e Leandro Werling de Oliveira; Diretoria de Saúde e Condições de Trabalho - José Robério Vieira de Alencar Paiva e Matheus da Silva Crespo; Diretoria de Previdência e Aposentados - João Bezerra de Castro e João Maria Alves de Freitas; Diretoria de Cultura, Esporte e Promoções Sociais - Wellington Luiz de Oliveira Silva e Tarcísio Cavalcante; Diretoria de Gênero, Raça e Orientação Sexual - Nancy Franklin Azevedo da Silva e Francisca Hilda de Azevedo; Diretoria de Estudos Socioeconômicos Albertina Liege de Oliveira Bertino e Maria Mercedes Cézar; Diretoria Regional do Seridó e Região - Alcides de Medeiros Dantas, De Lamare Bernie Morais e Sousa e Lucineide de Medeiros Santos, Diretoria Regional Agreste/Trairi e Região - Antônio Marcos Arrais, Manoel Lúcio de Oliveira Neto e Mauricea Bezerra Araújo; Diretoria Regional do Mato Grande/Salineira e Região - Leonardo da Vince Albuquerque Targino, Ésio Antônio Moreira Santana e Valdemir Werner; Diretoria Regional Central e Região - José Ubiratan de Alcântara Júnior, Washington Luiz de Assunção e Rafael Cúrsio Paiva, Conselho Fiscal - Juary Luís Chagas, Carlos Antony de Siqueira, Onézimo Pereira da Costa, Edinaldo Araújo da Silva, Joserrí de Oliveira Lucena e Raimundo Gilmar da Silva Ferreira, CHAPA 2- DEMOCRACIA E PARTICIPAÇÃO. Coordenador-Geral - Iran Hermenegildo César; Diretoria de Assuntos Jurídicos; Eugênio Pereira Batista e Getúlio Jorge Torres; Diretoria de Administração e Patrimônio - Fábio Duarte Monteiro e Pedro Batista dos Santos Neto; Diretoria de Finanças - Ivanny da Fonseca e Silva e Klerysthon José Galvão de Souza; Diretoria de Comunicação – Luiz Antônio da Silva e José Jaime Queiroz Monteiro; Diretoria de Formação Política e Educação Profissional - José Nailton Fernandes e Givanilson da Silva Bezerra; Diretoria de Saúde e Condições de Trabalho - Edson Mandu da Silva e José Augusto de Souza Filho; Diretoria de Previdência e Aposentados - Paula Regina Bernardino da Silva e Mário Alberto Dantas Segundo; Diretoria de Cultura, Esporte e Promoções Sociais - Renilton Pinheiro de Melo; Diretoria de Gênero, Raça e Orientação Sexual - Maria da Conceição Bezerra; Diretoria de Estudos Socioeconômicos – Antônio Pinto Júnior; Diretoria Regional do Seridó e Região - Inácio Pacífico da Silva e Nelson Hermínio Lopes de Barros; Diretoria Regional Agreste/Trairi e Região - Edson Santos Bezerra e Bruno Henrique Fernandes Sandes; Diretoria Regional do Mato Grande/Salineira e Região - Rafael Cardoso Neves e Gean Wagner de Souza; Diretoria Regional Central e Região - Marlene Batista Santos Dantas e Marlos Lima Nogueira; Conselho Fiscal - Urbano Guedes de Moura, Nerivan Saraiva Dantas e Sebastião Renato da Silva. Nos termos do Estatuto do Sindicato dos Trabalhadores em Instituições Financeiras do Rio Grande do Norte, o prazo para impugnação de candidaturas é de 05 (cinco) dias a contar da publicação deste aviso. Natal/RN, 21 de dezembro de 2015. Comissão Eleitoral José Eugênio Acioli do Nascimento Ricardo José Pinheiro Alves

Liceu Luís de Carvalho


04

Pegadinhas

BANCO SANTANDER É CONDENADO A PAGAR R$ 200 MIL POR RETALIAÇÃO A FUNCIONÁRIOS NA PARAÍBA

da língua portuguesa

O

Banco Santander pagará R$ 200 mil devido a abuso de direito por suspender o limite do cheque especial e manipular artificialmente o “nível de confiança”; de empregados correntistas como forma de retaliação por eles terem acionado a Justiça do Trabalho contra a empresa. A condenação veio do Tribunal Regional do Trabalho da 13ª Região, por meio de acórdão redigido pelo Desembargador Carlos Coelho. O banco deverá pagar os R$ 200 mil por danos morais coletivos além de abster-se de retaliar trabalhadores que movam ações trabalhistas contra ele sob pena de multa de R$ 100 mil a cada eventual constatação de descumprimento da proibição. O valor arrecadado será transferido para o Fundo de Defesa dos Direitos Difusos (FDD). As obrigações valerão para as agências do Santander em todo o território nacional. O Ministério Público do Trabalho na Paraíba havia movido uma Ação Civil Pública baseada em processos onde se relatam casos de funcionários que eram correntistas e detinham, há algum tempo, cheque especial, sendo classificados como “nível 9”; - nível máximo permitido, indicando elevada credibilidade —; e após ingressarem com reclamações trabalhistas contra o Santander foram rebaixados para “nível 2”, ou seja, como clientes de alto risco e tiveram o limite do cheque especial abruptamente suspendido. Através de documentação foi possível comprovar que não existiam registros de cheques devolvidos, restrições de crédito impostas por outras empresas, inadimplência com cartões de crédito ou qualquer evidência de que os empregados tivessem deixado de honrar alguma obrigação de natureza financeira, caracterizando abuso de direito, com nítida retaliação por parte da empresa pelo fato dos trabalhadores ingressarem com reclamações trabalhistas.

MÁ-FORMAÇÃO OU MALFORMAÇÃO? Por João Bezerra de Castro

Com o aumento do número de casos de microcefalia, o substantivo malformação ganhou destaque nos jornais, revistas e televisão. Alguns leitores das Pegadinhas estranharam e, por isso, querem saber se a forma correta é máformação ou malformação. Ambas as formas são corretas e têm o mesmo sentido. No estudo da morfologia, esse fato é denominado de variante ortográfica, isto é, cada uma das grafias admitidas para uma mesma palavra, sem variação de sentido. Quando se refere a uma patologia, malformação significa vício de conformação de uma parte do corpo, de origem congênita ou hereditária. Os usuários da língua preferem malformação a má-formação (plural: más-formações), mesmo sendo esta última a forma vernácula. Malformação é uma adaptação do francês malformation. Daí por que se admite o advérbio mal antes de um substantivo (formação), uma vez que a palavra não obedece às regras da língua portuguesa. Em português, o advérbio mal é usado com adjetivos e verbos: mal-acabado, malcasado, malencarado, malparir, malquerer, maltratar, etc. Antes de substantivos, emprega-se mau ou má: má-criação, maucaráter. O adjetivo só admite a forma malformado. Obs.: A 5ª edição do VOLP registra as grafias má-criação e malcriação. Registra também malcriado, malcriadez e malcriadeza. Seguem outros exemplos de variantes ortográficas: Aluguel e aluguer. A primeira grafia é a forma corrente no Brasil. A segunda é mais usada em Portugal. Aqui no Brasil também é empregada, no meio jurídico, a segunda forma. Barbárie e barbaria. Condição própria dos bárbaros. Selvageria, crueldade. Bólide e bólido. Meteorito de grandes proporções que, ao chocar-se com a superfície terrestre, abre enormes crateras. Camião e caminhão. A primeira é a melhor forma, mais coerente com o étimo, porém, pouco usada no Brasil. Em Portugal é a única forma empregada, uma vez que a palavra surgiu na língua portuguesa, vinda do francês camion (=carro grande, com quatro rodas). A palavra caminhão surgiu por influência do vocábulo caminho. Esse fenômeno é chamado de analogia, isto é, a influência de uma grafia sobre outra, por alguma semelhança. Doçaria e doceria. Estabelecimento onde de fabricam e/ou se vendem doces. Tramela e taramela. Em sentido figurado, pessoa que fala demais; tagarela.

Independente e de luta

Luta Bancária é uma publicação do Sindicato dos Bancários do RN SEDE/NATAL: Av. Deodoro da Fonseca, 419 - Petrópolis - Natal (RN) - CEP: 59020-600 FONES: (84) 3213-0394 | 3213-4514 | 3213-3020 | 3213-2831 // FAX: (84) 3213-5256

Conselho Editorial Marcos Tinôco Beatriz Oliveira Jornalista Responsável Ana Paula Costa (1235 JP/RN) Ilustração Brum

Estagiária Juliana Cortês

@bancariosrn Sindicato dos Bancários do RN

Impressão Unigráfica Tiragem 4 mil exemplares

Independente e de luta

www.bancariosrn.com.br imprensa@bancariosrn.com.br

Básica


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