Luta Bancária 39 de 2017

Básica

Filiado à

Luta BANCÁRIA Publicação do Sindicato dos Bancários do RN

Ano XXXII

Nº 39

27 de novembro a 03 de dezembro de 2017

TIREM AS MÃOS DA NOSSA APOSENTADORIA!

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s trabalhadores de todo o Brasil irão paralisar suas atividades no próximo dia 5 de dezembro, terça-feira, contra a proposta do Governo de desmontar a Previdência Social e acabar com a aposentadoria. CSP Conlutas, CUT, CTB, Intersindical e NCST se unem para fortalecer suas entidades e construir um movimento verdadeiramente forte.

Com uma campanha que visa criminalizar os direitos e colocar nas costas dos trabalhadores a culpa da crise econômica, o Governo tem gastado milhões para convencer o povo de que "tem muita gente no Brasil que trabalha pouco, ganha muito e se aposenta cedo". Isso deve valer para o presidente que aos 54 anos se aposentou com um benefício de R$ 45 mil, mas não para a massa de trabalhadores que, em sua maioria, vive com um salário mínimo.

Governo e Congresso estão articulados para, ‘‘numa cajadada’’ só aprovar a Reforma da Previdência, sem discussão. Por isso a reação precisa ser forte e impactante!

Não vamos permitir que o Governo continue com a retirada de direitos. Não existe déficit na Previdência Social! Tirem as mãos da nossa aposentadoria!

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Editorial

Escalada de ataques

S

empre que falamos sobre os próximos passos da luta é preciso lembrar o porquê da necessidade da resistência. O Governo de Michel Temer (PMDB) vem implementando a toque de caixa uma intensa retirada de direitos da classe trabalhadora, e é preciso frear mais este ataque.

A bola da vez é a Reforma da Previdência.

Usada como grande bandeira pelo governo que alega ter que cobrir um ‘‘déficit’’ que já foi

comprovado não existir, a tal Reforma pode ser um golpe fatal para os trabalhadores.

Iniciada com a aprovação da chamada ‘‘PEC do fim do mundo’’ que congelou os investimentos em gastos públicos por 20 anos, seguida pela aprovação a jato da terceirização irrestrita do trabalho e coroada pelo fim da CLT, c o m a R e f o r m a Trabalhista, o governo segue atacando.

Além das agendas oficiais citadas acima, lembramos dos ataques

orquestrados ao Ministério Público do Trabalho e à Justiça Trabalhista que são as últimas instituições às quais os trabalhadores recorrem para ter direitos garantidos.

Não podemos aceitar a aprovação da Reforma da Previdência. É possível barrar essa proposta juntos. A força da classe trabalhadora ainda é maior que os milhões gastos pelo governo com publicidade.

Dia 5 de dezembro: GREVE GERAL CONTRA O FIM DA APOSENTADORIA!

OS RATOS E AS DONINHAS

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atos e doninhas estavam em guerra. Como os ratos sofriam derrota atrás de derrota, reuniram-se em assembleia e, certos de que precisavam de chefes — assim se explicavam seus reveses —, escolheram entre si alguns generais. Para que se distinguissem dos outros, os escolhidos fabricaram uns chifres e os puseram na cabeça.

Deu-se a batalha. Derrota completa dos ratos. Os soldados fugiram para seus buracos sem nenhum problema. Já os generais, impedidos pelos chifres, não puderam entrar. Capturados, foram comidos.

A glória fútil é fonte de todos os males.

Fonte: Fábulas de Esopo (2013), Coleção L&PM POCKET, vol. 68.

EXPEDIENTE

Humor

Luta Bancária é uma publicação do Sindicato dos Bancários do RN

SEDE/NATAL: Av. Deodoro da Fonseca, 419 - Petrópolis - Natal (RN) - CEP: 59020-025 FONES: (84) 3213-0394 // FAX: (84) 3213-5256 Conselho Editorial Eduardo Xavier Gilberto Monteiro Matheus Crespo Jornalista Responsável Ana Paula Costa (1235 JP/RN) Ilustração Brum e Luiz Renato Almeida Assistente de Comunicação Juliana Cortês Impressão Unigráfica Tiragem 4 mil exemplares

@bancariosrn Sindicato dos Bancários do RN Independente e de luta

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Racismo é crime!

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iti, filha do casal de atores Giovanna Ewbank e Bruno Gagliasso, foi alvo de preconceito na internet. A menina, de 4 anos, foi chamada de “macaca”, em um vídeo gravado pela blogueira e socialite Day McCarthy. “A menina é preta. Tem o cabelo horrível de pico de palha.

Tem o nariz de preto horrível. E o povo fala que a menina é linda”, disse a criminosa na gravação.

Os pais da menina já tomaram as providências jurídicas para que um ataque deste porte não fique impune.

Racistas não passarão!

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governador criminaliza greve e polícia usa bombas para retirar trabalhadores de secretaria de governo

o

Governador do RN, Robinson Farias, usou a força policial para desocupar a Secretaria de Planejamento. Os trabalhadores que lá estavam exigiam a apresentação de um c a l e n d á r i o d e pagamento, pois muitos estão com até dois meses de salários atrasados, situação que se repete há 22 meses.

Os manifestantes i n i c i a r a m u m acampamento no dia 13 de novembro, formado por Professores da UERN e servidores da saúde estadual. No dia 22 conseguiram uma audiência com a secretária de Gabinete Civil, Tatiana Mendes

Cunha, que não apresentou nenhuma proposta de negociação para as categorias, que pleiteiam o pagamento dos salários em atraso e um calendário que preveja os salários de novembro, dezembro e o 13º salário.

A ação se deu após a decisão do juiz Bruno L a c e r d a , q u e criminalizou a ação dos trabalhadores: ‘ ‘ A s s i m , p r e s e n t e s o s requisitos, defiro a liminar pleiteada para d e t e r m i n a r a desocupação do prédio ocupado pela parte d e m a n d a d a , espontaneamente, em 2 (duas) horas contadas da intimação da presente decisão, sob

pena de imposição de multa às entidades demandadas de R$ 1.000,00 (um mil reais) por hora, sem prejuízo de uso da força p o l i c i a l p a r a e f e t i v a ç ã o d a desocupação, caso necessário. Ainda, ficam as partes demandadas advertidas que a prática de novo esbulho em quaisquer d o s p r é d i o s localizados no Centro Administrativo Estadual, importará em imposição de multa de R $ 5 0 . 0 0 0 , 0 0 (cinquenta mil reais) por dia e desocupação compulsória, inclusive com uso de força policial.’’

Vale lembrar que o juiz é ex-aluno da

FAD/UERN. T o d o s q u e acompanharam a desocupação ocorrida da noite de sextafeira, 24 de novembro, classificaram a ação da PM de covarde e descabida. Mesmo após a s a í d a d o s manifestantes eles continuaram atirando b o m b a s d e g á s lacrimogênio.

Os trabalhadores lamentaram a ação da PM que dias antes participava de movimento conjunto com eles pelo mesmo motivo: atraso no pagamento.

Os manifestantes s u s p e n d e r a m o acampamento, mas permanecem em greve até que o Governador resolva negociar.

Governo gasta R$ 100 milhões para enganar brasileiros sobre a reforma da previdência

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ara convencer o povo brasileiro de que os aposentados do país ganham bem e trabalham pouco, o presidente Michel Temer (PMDB) já gastou, em 2017, R$ 100 milhões com uma campanha publicitária para defender a necessidade da Reforma da Previdência, uma das principais bandeiras do governo.

Os gastos são quase dez vezes maiores do que o orçamento previsto para essa campanha. Os dados estão disponíveis no portal www.bancariosrn.com.br

da LAI (Lei de Acesso à Informação) do Ministério da Transparência, Fiscalização e Controle.

Michel Temer, que se aposentou com um salário de R$ 45 mil aos 54 anos, quer impor um regime de fome aos trabalhadores.

Vale lembrar que a CPI da Previdência Social, finalizada em outubro deste ano, comprovou que não existe déficit na previdência, o que há é manipulação dos números pelo Governo para justificar o ataque.

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Na semana da consciência negra, quinta cultural destaca a força do negro em nossa cultura

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Fotos: João Pedro Rebouças/Poti Comunicação

m consonância com o momento que vivemos no país, o projeto Quinta Cultural do Sindicato dos Bancários se despediu de 2017 com uma linda apresentação de três grandes artistas negros em seu palco. Na semana da consciência negra, a poeta Célia Melo fez uma performance visceral sobre a importância da data e a essência do povo negro e da busca por suas raízes.

Em seguida Cida Lobo e Edinho Oliveira fizeram um pocket show com a qualidade que já é marca registrada dos dois músicos.

Cantora e compositora, Cida Lobo iniciou sua carreira em Natal, em 1989.

Já se apresentou ao lado do Quinteto Violado, Kiko Zambiank, Jarbas Mariz, Vânia Bastos, Paulinho Moska, Ana Carolina, Belchior e Chico César. Morando em São Paulo desde 1997, Cida Lobo tem participado de festivais de

música e circuitos culturais.

Entre seus trabalhos, destacam-se “Decida-se”, seu primeiro CD, e “Simplesmente Cida Lobo”.

Natural de Natal, a poeta Célia Melo é subtenente da Polícia Militar e graduada em História. Desenvolve atividades de contação de histórias em várias instituições sociais e de ensino no Estado. É diretora de eventos na Sociedade dos Poetas Vivos e Afins do Rio Grande do Norte. Em sua apresentação na Quinta Cultural, Célia lembrou do caráter real da negritude do nosso povo.

O projeto Quinta Cultural é uma idealização dos produtores João Barra e Nando Poeta, em parceria com o Sindicato dos Bancários do RN. E segue valorizando os artistas locais e proporcionando lazer e cultura de qualidade para os trabalhadores de Natal.

Pegadinhas

da língua portuguesa

PLURAL DE PÔR DO SOL

Por João Bezerra de Castro

Pôr do sol (ou pôr de sol) é um substan vo masculino que significa momento em que o

três onzes a menos nessas parcelas. Por úl mo, ressalta que fazem exceção os terminados em

Sol desaparece no horizonte; ocaso; poente. Significa, também, cor da atmosfera

–s (dois, três, seis), -z (dez) e mil, que são invariáveis, embora dez também possa fazer dezes,

durante o crepúsculo vesper no.

ainda que mais raro: Quatro seis e cinco dez (ou dezes).

O renomado Professor Evanildo Bechara esclarece que qualquer palavra, grupo de

3. Nos substan vos compostos formados de verbo mais substan vo, ligados por hífen, varia

palavras, oração ou texto pode substan var-se, isto é, passar a substan vo, que,

apenas o substan vo: bate-bocas, lança-perfumes, porta-vozes. Na forma plural pores do sol,

tomado materialmente, ou seja, como designação de sua própria forma externa, vale

o verbo pôr assume o plural de um substan vo terminado em “r”: pôr – pores (sem acento).

por um substan vo masculino e singular: o sim, o não, o quê, o pró, o contra, o h. Estas

4. O Acordo Ortográfico (1990) suprimiu os hifens de certas palavras compostas que

palavras vão normalmente ao plural: os sins, os nãos, os quês, os prós, os contras, os

con nham preposição como forma de ligação. No plural, apenas o primeiro elemento varia:

hh (agás).

os amigos da onça, os autos de fé, os azeites de dendê, os cabeças de bagre, os cafés da

O esclarecimento acima serve para o substan vo composto pôr do sol. Nesse caso, o

manhã, as câmaras de ar, as carnes de sol, os carros de mão, as dores de cotovelo, os generais

verbo pôr se substan va e flexiona-se normalmente como substan vo: pores do sol.

de brigada, os/as mãos de leitão, as mãos de obra, as mulas sem cabeça, os pães com rosca,

A mesma situação ocorre com os haveres, os afazeres, os ires e vires, etc. Exemplo:

os pães de ló, os pés de cana, os pés de moleque, os pontos de venda, os pores do sol, os sinais

.“Luares, pores do sol, cousas que morrem breve.” (Alphonsus de Guimarães)

da cruz. Quando há hífen, a regra não se altera: os cães-de-guarda, as cargas-d'água, as

Observações:

5. A palavra sol, na acepção de estrela em torno da qual giram a Terra e os outros planetas

castanhas-do-ceará, os joões-de-barro, as orelhas-de-pau, os paus-d'arco, as quedas-d'água.

1. O substan vo composto pôr do sol deve ser acentuado porque apresenta a forma

do sistema solar, deve-se escrever com inicial maiúscula: O Sol é o astro principal e central

verbal pôr. O acento circunflexo é usado para dis ngui-la da preposição átona por.

do nosso sistema planetário. Porém, quando faz parte de um substan vo composto ou de

2. O Professor Bechara afirma que também se enquadram no caso de plural de palavras

uma locução (ver o sol nascer quadrado, por exemplo), não deve ser escrito com letra

substan vadas os nomes que exprimem número, quando aludem aos algarismos. Exemplos:

maiúscula. O Professor Sacconi afirma que se grafa pôr de sol com “S” maiúsculo. O VOLP

No seu bole m há três setes e dois oitos. / Tire a prova dos noves. / Há dois quatros a mais e

(2009) e os bons dicionários registram com “s” minúsculo.

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