Dialogo59

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Nº 59

2011 Ano VII

www.souzacruz.com.br

Mercado ilegal Alta tributação e excesso de regulamentação fomentam venda de produtos ilícitos

Risco para a indústria

Em entrevista exclusiva à DIÁLOGO, o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, alerta que a carga tributária alta e o excesso de burocracia são dois dos principais fatores que levam o País à perda de competitividade e colocam em xeque a estrutura produtiva do Brasil


Editorial

Um Brasil mais justo Ao longo dos últimos anos temos acompanhado constantemente o aumento do percentual de cigarros de origem ilegal no total do produto comercializado no País. A estimativa mais recente, do Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial (Etco), aponta que cerca de 27% do mercado de tabaco é dominado por produtos ilícitos. Isso significa que, anualmente, aproximadamente R$ 2 bilhões, em impostos, deixam de ir para os cofres públicos e abastecem o caixa de pessoas e organizações que não têm compromisso com a sociedade brasileira. O cenário acima exposto preocupa a Souza Cruz, que é uma empresa com atuação centenária, com foco na sustentabilidade do seu negócio e gerida com o mais alto grau de governança corporativa. Diante desse quadro, a Empresa defende a adoção de medidas efetivas pelo Poder Público na proteção da indústria nacional, dentre elas a intensificação de políticas de repressão ao mercado ilegal. A Souza Cruz também convida a todos para uma reflexão sobre a regulamentação excessiva do setor, que pode tornar-se um importante fator para fomentar o mercado ilegal de cigarros. Por fim, renova seu compromisso histórico de responsabilidade social, que a transformou numa das maiores organizações do Brasil, capaz de recolher R$ 6,3 bilhões/ano de tributos, de gerar 7,2 mil empregos diretos, mais de 240 mil indiretos e renda em mais de 5 mil municípios. Vale destacar ainda que os produtos da Souza Cruz são coSOUZA CRUZ EXPORTA mercializados em uma rede de 260 mil vare113 MIL T/ANO PARA jos e que a Empresa exporta 113 mil t/ano OS CINCO CONTINENTES para os cinco continentes, trazendo para o Brasil divisas da ordem de R$ 1,4 bilhão/ano. O modelo de mercado que a Souza Cruz defende funda-se na convicção de que todos os esforços devem estar direcionados à produção, ao trabalho, à geração de riquezas, enfim, à construção de uma sociedade mais justa e melhor para todos os brasileiros.

C

rtas ao editor Como carioca, quero felicitar a Souza Cruz por ter dedicado a última edição da Diálogo aos dois grandes eventos esportivos que receberemos em breve: a Copa do Mundo e as Olimpíadas.

Gostaria de destacar a ótima entrevista que Diálogo trouxe na edição 58, com o jovem prefeito do Rio de Janeiro (RJ).

Everaldo Silva Rio de Janeiro (RJ)

Maria Fernanda Jorge Rio de Janeiro (RJ)

N E S TA E D I Ç ÃO

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Souza Cruz conquista 24 prêmios em 2010

4

Mercado ilegal gera prejuízo de R$ 40 bi por ano ao País

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Entrevista: Robson Braga de Andrade

10 Índice de Carbono Eficiente reconhece atuação sustentável da Souza Cruz

11 Projeto Saber promove inclusão digital no campo

12 Santo Ângelo (RS): riqueza histórica na capital das Missões

14 Mercado ilegal: a opinião de Luis Carlos Heinze

16 Voluntários Souza Cruz tornam o Natal mais feliz Seções fixas 12 Campo aberto 16 Souza Cruz na mídia 16 Diálogo recomenda

DIÁLOGO É UMA PUBLICAÇÃO DA SOUZA CRUZ Diretoria de Assuntos Corporativos Rua da Candelária, 66 - 7º andar CEP 20.091-900 - Rio de Janeiro - RJ (21) 3849-9079 - www.souzacruz.com.br Jornalista Responsável: Juliana Barreto I MtB JP 26974 RJ (juliana.barreto@souzacruz.com.br) Reportagem e revisão: Marcelo de Andrade (marcelo.de.andrade@souzacruz.com.br) Coordenação de produção: Pedro Prata Projeto gráfico e produção editorial: Via Corporativa Comunicação (www.viacorporativa.com.br) Participaram desta edição a gerência de Assuntos Corporativos - RJ, o escritório de Brasília e a unidade de Santa Cruz do Sul (RS). Foto de capa: Divulgação CNI

juliana.barreto@souzacruz.com.br

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Show de prêmios Sociedade reconhece na Souza Cruz atuação marcada pelo compromisso com a sustentabilidade e confere à Empresa 24 premiações ao longo de 2010 A BUSCA PERMANENTE PELA EXCELÊNCIA DOS PRODUTOS E

Companhia recebeu, ao longo de 2010, 24 premiações, três a

serviços, norteada pelo compromisso com a sustentabilidade

mais do que no ano anterior. Para o presidente da Souza Cruz,

nas diversas esferas de atuação, resultou em importantes con-

Dante Letti, “esse reconhecimento cada vez maior da socie-

quistas para a Souza Cruz. Superando a marca de 2009, a

dade é um indicativo de que estamos no caminho certo”.

DIMAR FROZZA, DIRETOR DA SOUZA CRUZ, RECEBEU

Conheça os prêmios recebidos pela Souza Cruz em 2010: lAs Melhores da Dinheiro l8º Benchmarking Ambiental Brasileiro

O TROFÉU DAS MÃOS DO SUPERINTENDENTE DO SENAR-RS, CARLOS ALBERTO SCHÜTZ

O DIRETOR DE ASSUNTOS CORPORATIVOS, FERNANDO PINHEIRO, NO PRÊMIO DO JORNAL VALOR ECONÔMICO

lValor 1000 lCertificado IDHO lSenar - O Sul lUnited Americas Awards da BAT lDesenvolvimento Humano lÉpoca Mudanças Climáticas lMelhores Práticas de Gestão de Pessoas lResponsabilidade Ambiental lAs 100 empresas + ligadas do Brasil

O GERENTE DE MEIO AMBIENTE JORGE AUGUSTO RODRIGUES COM O TROFÉU RECEBIDO DO JORNALISTA ALEXANDRE MANSUR, EDITOREXECUTIVO DA REVISTA ÉPOCA

lPanificação Brasileira - Maiores e Melhores do Brasil lMelhores e Maiores da Revista Exame l50 RHs mais Admirados do Brasil lRespeito ao Investidor Individual lExportação da ADVB/RS lRe[ha]bilita Rio lSecurity Leader lTransparência 2010 lMarcas de Quem Decide lExecutivo de Valor lExpressão de Ecologia lAmauta

ALEX BARBOSA, DIRETOR INDUSTRIAL, RECEBEU O PRÊMIO DESTAQUE AGÊNCIA ESTADO

lDestaque Agência Estado Empresas da Década

O PRESIDENTE DA SOUZA CRUZ, DANTE LETTI, AO RECEBER O PRÊMIO MELHORES E MAIORES DA REVISTA EXAME

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Prejuízo para o Mercado ilegal faz País perder mais de R$ 40 bilhões por ano em arrecadação. No caso específico dos cigarros, cerca de 27% dos produtos comercializados têm origem ilícita

A NECESSIDADE DE O BRASIL AU-

mente, pelo combate à sonegação,

mentar a sua capacidade de investi-

que tem no comércio ilegal uma de

mento para fazer frente ao crescente

suas principais raízes.

desenvolvimento do País, que pode

Para se ter uma ideia do que se

alcançar a posição de quarta econo-

deixa de arrecadar para os cofres pú-

mia do mundo até 2050 – de acordo

blicos, dados da Associação Brasileira

com estudo da consultoria Pricewa-

de Combate à Falsificação (ABCF) in-

terhouseCoopers –, traz consigo um

dicam que apenas no mercado de ci-

grande desafio para o Poder Público:

garros a perda de receita é de

aumentar a arrecadação sem, con-

aproximadamente R$ 2 bilhões ao

tudo, elevar a carga tributária. Para

ano, com a prática ilícita alcançando

tanto, o caminho passa, necessaria-

cerca de 27% do mercado. Esse dinheiro seria suficiente para construir cerca de 40 mil casas populares. Além do cigarro, outros produtos sofrem a ação do mercado ilegal. O Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial (Etco) estimou, em estudo de 2009, que a economia informal movi-

COMÉRCIO ILEGAL: POLÍCIA CIVIL FAZ APREENSÃO DE PRODUTOS NO CENTRO DO RIO DE JANEIRO (RJ)

mente R$ 656 bilhões ao ano e que essa economia subterrânea cresça na mesma proporção que o Produto In-

F I S C A L I Z AÇ ÃO APESAR DOS ESFORÇOS DO PODER

Cabe a eles fiscalizar, controlar impor-

Público, a fiscalização para reprimir o

tações e exportações, combater o co-

contrabando ainda é bastante limi-

mércio irregular, o tráfico de drogas,

tada. Dados do Sindireceita (entidade

de armas e de munições, em uma

representativa dos Analistas Tributá-

faixa de 16,8 mil quilômetros de fron-

rios da Receita Federal) indicam que o

teiras de Norte a Sul do País.

Brasil conta atualmente com apenas

Resultado da falta de estrutura ade-

596 auditores fiscais e analistas tribu-

quada de fiscalização, agravada pelas

tários, distribuídos em 31 postos.

dimensões continentais do Brasil, a


Brasil terno Bruto (PIB), o que é muito preocupante para o País. Pelos cálculos do Instituto, de cada 10 CDs ou DVDs vendidos no País, 6 são piratas, e de cada 10 bolsas com marcas importadas comercializadas no Brasil, 8 são falsificadas. O Etco fez as contas e concluiu que o prejuízo para os cofres públicos – com o imposto que deixa de ser arrecadado em função da comer-

MAS OS PREJUÍZOS DO MERCADO ILEGAL NÃO SE RESTRINGEM À perda da capacidade de investimento do setor público. Além dos demais danos causados à sociedade como um todo, dentre os quais se inclui, por exemplo, o aumento dos índices de criminalidade, o crescimento do mercado ilegal também afeta diretamente todos os elos da cadeia produtiva do tabaco, que recolhe anualmente cerca de R$ 8 bilhões em tributos, emprega 2,5 milhões de pessoas, gera renda a 185 mil famílias de produtores rurais e receita tributária a 5 mil municípios brasileiros e exporta R$ 3 bilhões, ocupando a sexta posição no ranking de negócios internacionais do agrobusiness brasileiro. São números expressivos que precisam ser considerados.

cialização de itens falsificados – ultrapassa R$ 40 bilhões por ano. O valor seria suficiente para construir 313 km de metrô, utilizando-se o preço de referência do Banco Mundial.

Números da cadeia produtiva do tabaco - 2009

R$ 8 bilhões em tributos R$ 3 bilhões em exportação 2,5 milhões de pessoas trabalhando 185 mil famílias de produtores rurais 5 mil municípios brasileiros beneficiados

Exemplo de atuação no mercado ilegal

Re ce ita

Fe de ra l

De cada 10 CDs vendidos...

Fo nt es :S in di Ta ba co

es ite da

6 são piratas

venda de cigarros de origem ilícita

Dados do Etco apontam que das

Riesse Julianelli Afonso, alerta para o

chega hoje a quase metade dos pon-

117 bilhões de unidades de cigarro co-

fato de que os prejuízos para a socie-

tos de venda, com mais de 360 marcas

mercializadas anualmente no territó-

dade vão muito além dos tributos que

– a maioria oriunda do Paraguai. Se-

rio brasileiro, 31 bilhões têm origem

deixam de ser arrecadados: “Sabemos

gundo a Associação Brasileira de Com-

ilegal (26,5%).

que crimes graves como o contra-

bate à Falsificação (ABCF), no Paraguai

A origem ilícita dos cigarros traz

bando de armas e drogas estão muitas

existem 60 fábricas – sendo 38 na re-

consigo outro sério problema. O su-

vezes ligados ao comércio de produ-

gião de Ciudad del Este – que fabri-

perintendente de Administração Tri-

tos falsificados comuns, como CDs,

cam e mandam cigarros para o Brasil.

butária do Mato Grosso do Sul, Jader

DVDs, bebidas e cigarros”.


“Produtos piratas prejudicam todos os que trabalham sério. Veja no caso do CD, por exemplo, o artista mesmo não recebe nada”.

PREÇO ELEVADO ESTUDO REALIZADO PELA FUNDA-

Patrícia Mouro da Silva Trocadora de ônibus

ção Getulio Vargas (FGV), analisando números de 22 países dos cinco continentes, indica que, em razão dos tributos, o brasileiro é um dos povos que paga os preços mais altos por um maço de cigarros. De acordo com o estudo da FGV, é o 5º mais caro do

“Com o mercado ilegal, o Governo perde porque deixa de arrecadar muito imposto – que poderia ser reinvestido em obras de melhoria para todos”.

mundo, a considerar preço versus renda per capita. Um dos maiores especialistas em comércio ilegal no País, Rodolpho Ramazzini,

diretor

da

ABCF, considera excessiva a carga tributária

Ricardo Alexandre Dono de banca de jornal

65% é a carga

sobre o setor e vê nisso

tributária aproximada sobre os cigarros

um incentivo à ilegalidade: “Enquanto o Brasil tiver uma posição tão contrária à in-

Comprar produto pirata sempre é um risco. Você prejudica quem produz, prejudica quem consome – porque são produtos sem qualidade –, e prejudica a sociedade, por conta dos impostos”.

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dústria nacional e onerar o setor produtivo, esses produtos vão continuar

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tendo participação no mercado”.

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Thaís Carvalho Psicóloga

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“Com preços mais baixos, os camelôs vendem pra caramba, e acabam prejudicando bancas de jornal como a minha”.

Sadio Lopes Dono de banca de jornal

“Nunca comprei produto pirata. Prejudica quem está trabalhando corretamente, porque alguns pagam tudo direitinho e outros vendem com o preço que querem, sem se preocupar com imposto”.

Fabio Bezerra Nogueira Atendente em floricultura

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“Olha, esse negócio de mercado ilegal teria que ter mais fiscalização. Eu, como varejista, sou muito prejudicado”.

José de Paula Comerciante

Lucinalva dos Santos Dona de banca de jornal

“É preciso que o Governo coloque maior fiscalização nas fronteiras. Nós, varejistas, somos os maiores prejudicados, porque é uma competição desleal”.


CIGARROS APREENDIDOS NA FRONTEIRA DO BRASIL COM O PARAGUAI. NO CENTRO, CONTRABANDISTAS PREPARAM TRAVESSIA ILEGAL PELO RIO PARANÁ, DIVISA DOS DOIS PAÍSES

Mercado ilegal pode crescer APESAR DE OS CIGARROS ILE-

dutos por preços muito mais bai-

menta a regulamentação sobre o ci-

gais já representarem quase 27%

xos do que a média do mercado

garro no Brasil, o mercado ilícito vai

do mercado brasileiro, a situação

legal, sem observar as restrições

ganhando mais força uma vez que

poderá se agravar ainda mais,

ao uso de ingredientes e à comu-

este está livre de qualquer con-

com prejuízos crescentes aos co-

nicação de marca. Isso pode

trole”, afirma o presidente do Sindi-

fres públicos. Isso porque a

fazer grande parte do mercado

cato da Indústria do Tabaco

Agência Nacional de Vigilância

formal migrar para o ilícito.

(SindiTabaco), Iro Schünke.

Sanitária (Anvisa) apresentou

Preocupado com a questão, o

Para o diretor da ABCF, a política

duas propostas de resoluções,

deputado federal Luis Carlos

de regulamentação do setor de ta-

abertas às manifestações de todos

Heinze, líder ruralista no Rio

baco é equivocada. “Acho impor-

os interessados até 31 de março

Grande do Sul, criticou a abertura

tante enfatizar que cada vez que se

(chamadas de Consultas Públicas

das consultas públicas pela An-

causa um problema como esse para

– CP 112, de 29/11/2010, e CP 117,

visa. Para ele, “o excesso de regu-

a cadeia produtiva do tabaco, o re-

de 27/12/2010), que, entre outras

lamentação potencializa o comér-

sultado não é a diminuição do nú-

implicações, proíbem pratica-

cio ilegal e traz prejuízos a toda a

mero de fumantes, mas um prejuízo

mente todos os ingredientes tradi-

sociedade”. Segundo o depu-

para a indústria nacional. O Brasil

cional e regularmente usados na

tado, “a medida, se adotada, pre-

perde e o Paraguai sai ganhando”,

fabricação dos cigarros e restrin-

judicará milhões de pessoas e a

destaca Rodolpho Ramazzini.

gem severamente a comunica-

economia brasileira”.

As duas consultas públicas da Anvisa estão abertas até o dia 31 de

ção da marca nas carteiras e nos

PERDA DE ARRECADAÇÃO

março de 2011. Até esta data, qual-

Representantes do setor e es-

A crítica do deputado Heinze ao ex-

quer pessoa poderá registrar sua

pecialistas no assunto concordam

cesso de regulamentação no mer-

contribuição a respeito dos respec-

que, se essas medidas forem co-

cado de tabaco, com a conse-

tivos temas. Para participar, basta

locadas em prática, o mercado ile-

quente potencialização do mercado

acessar o site da Anvisa (www.an-

gal pode aumentar ainda mais,

ilegal de cigarros e perda de arreca-

visa.gov.br). Após 31 de março, a

pois as organizações criminosas

dação do Poder Público, é endos-

Agência reunirá e analisará as con-

que o comandam ignoram a lei e

sada por importante entidade do

tribuições recebidas e deliberará

continuarão vendendo seus pro-

setor agrícola: “À medida que au-

sobre o tema.

pontos de venda.

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Entrevista:

Robson Braga de Andrade

Presidente da CNI

“HÁ VÁRIOS OBSTÁCULOS A SUPERAR, COMO A EXCESSIVA E BUROCRÁTICA CARGA TRIBUTÁRIA, QUE ALCANÇA OS INVESTIMENTOS, CASO RARO NO MUNDO INTEIRO,

Miguel Ângelo

E AS EXPORTAÇÕES”

Exportador de tributos CARGA TRIBUTÁRIA ALTA, EXCESSO DE BUROCRACIA, DEFIciências na infraestrutura do País e valorização cambial são alguns dos principais entraves para a competitividade do produto nacional, segundo o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade. Para ele, se persistirem tais fatores, o parque industrial do País pode ficar comprometido e sofrer um processo de retração, abrindo ainda mais espaço para itens importados, em desacordo com as metas e expectativas tanto do setor público quanto do empresarial. Mineiro de São João del Rei, casado e pai de três filhos, Andrade, 61 anos, é engenheiro mecânico e industrial. Sua empresa produz equipamentos estratégicos para o setor de petróleo, gás, mineração, saneamento, telecomunicações e transportes. Duas vezes presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais, ele afirmou, em entrevista exclusiva à DIÁLOGO, que a tributação brasileira é tão distorcida que o País exporta impostos.

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O Brasil corre o risco de sofrer um processo de desindustrialização em razão, principalmente, da alta carga tributária? Embora o conceito de desindustrialização possa ser, em parte, prematuro, é preciso reverter com urgência a perda de competitividade das empresas brasileiras, originada, em boa parte, da carga tributária excessiva e burocrática, das deficiências na infraestrutura e da valorização cambial, que já vem de algum tempo e deve se prolongar. Se persistirem tais fatores, extremamente nocivos à competitividade, pode haver, sim, riscos à estrutura industrial do País. Há algum indicativo disso? Sim, há dados preocupantes. Pesquisa feita pela CNI com 1.529 empresas revela que 45% das indústrias que concorrem com empresas da China perderam participação no mercado interno


no ano passado. O último levantamento do Fórum Econômico Mundial sobre competitividade informa que o Brasil caiu de 56º para 58º lugar no ranking da competitividade, entre 139 economias, em 2010. A participação brasileira no comércio internacional continua muito baixa: somos a 8ª maior economia do mundo, mas ocupamos apenas a 20ª posição entre os principais exportadores e chegamos à 28ª considerando apenas as manufaturas. O comportamento da balança comercial no ano passado reflete, de alguma forma, essa perda de competitividade? Sem dúvida. Embora as exportações de produtos manufaturados, com quase US$ 80 bilhões no ano passado, tenham crescido 18% sobre 2009, as importações, que atingiram no total quase US$ 182 bilhões, subiram mais de 42%. O superávit da conta de comércio decresceu 20% em 2010 em relação a 2009. Que aspectos o senhor considera mais prejudiciais para a expansão do setor industrial no Brasil? Há vários obstáculos a superar. Um dos maiores, como já mencionamos, é a excessiva e burocrática carga tributária, que alcança os investimentos, caso raro no mundo inteiro, e as exportações. O Brasil exporta impostos e, por isso, perde competitividade. Houve, em maio do ano passado, tentativas do governo de amenizar o grave problema do acúmulo de créditos tributários, mas a iniciativa, infelizmente, não prosperou. Sabemos todos da enorme dificuldade de se promover a reforma tributária, que exige emenda à Constituição e um consenso mínimo que acomode os interesses da União, estados e municípios. Mas a desoneração dos investimentos e das exportações pode ser feita por medidas infraconstitucionais.

Como se não bastasse, temos de superar a má qualidade da educação e limitar os gastos públicos, crescentes e mal aplicados. Neste sentido, é louvável a disposição da presidente Dilma Rousseff, oficializada na primeira reunião ministerial, em meados de janeiro, de limitar fortemente as despesas. Não se pode combater com eficiência a inflação usando unicamente a política monetária, isto é, o aumento dos juros, altamente nocivo, que inibe os investimentos e a produção. É preciso utilizar mais amplamente também a política fiscal, limitando as despesas correntes. É imprescindível, ainda, modernizar a legislação trabalhista, arcaica, que inibe a geração de empregos, e a Previdência Social, que ignora as mudanças na estrutura etária da população. Quais os principais pontos da pauta da CNI para 2011 junto ao Legislativo e ao Governo Federal? A prioridade zero é ampliar a competitividade. A agenda da competitividade, que sempre esteve presente nas priori-

dades da CNI, tem de extrapolar as preocupações do empresariado e se tornar não apenas a agenda da sociedade e do governo, mas do próprio País. Dar um salto na competitividade é uma questão de estratégia nacional, é uma causa nacional. Por uma razão muito simples: sem competitividade, o Brasil não irá avançar num mercado globalizado de concorrência extremamente acirrada a que já nos referimos. Some-se a esse cenário um ambiente externo conturbado, com a crise do euro e o desemprego nos Estados Unidos, e a concorrência global, repito, é ainda mais feroz. É vital, portanto, melhorar nossa capacidade de concorrer. Ficar para trás na competitividade significará, entre outras graves consequências, perda de mercados externos duramente obtidos, menor geração de emprego e renda e risco de retrocesso em várias conquistas, como uma distribuição de renda menos perversa, grande mobilidade social e redução da pobreza. Tudo isso pode ser jogado fora – e rapidamente – se não houver urgência em tornar a economia brasileira mais competitiva.

“SEM COMPETITIVIDADE, O BRASIL NÃO IRÁ AVANÇAR NUM MERCADO GLOBALIZADO DE CONCORRÊNCIA EXTREMAMENTE ACIRRADA”

Quais os outros fatores prejudiciais ao bom desempenho da indústria? Infelizmente, o excesso de tributação é apenas uma das pontas do iceberg.

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Acesso ao mundo digital Dobra o número de beneficiados com o Projeto Saber, iniciativa da Souza Cruz que tem o objetivo de contribuir para promover a inclusão digital no campo

MAIS 2 MIL FAMÍLIAS DE AGRICULTO-

vida pelo produtor, referente aos 50%

res foram beneficiadas pelo Projeto

restantes. Essa parcela somente será

Saber, desenvolvido pela Souza Cruz

quitada pelo produtor após a comer-

para facilitar a aquisição de computa-

cialização da safra de tabaco. A meta é

dores por seus produtores rurais inte-

garantir a sustentabilidade do negó-

grados.

cio, assegurando o acesso do agricul-

Ao todo já são 4 mil famílias aten-

tor a ferramentas capazes de conferir

didas pelo projeto, por meio do qual a

mais eficiência ao gerenciamento da

Empresa subsidia a metade do valor

produção.

do computador e, ainda, paga anteci-

O projeto nasceu a partir de pes-

padamente ao fabricante a parcela de-

quisa do Instituto Vox Populi que apon-

Em defesa Souza Cruz integra lista de empresas comprometidas com redução de Gases do Efeito Estufa

O PRIMEIRO ÍNDICE DE CARBONO EFIciente, elaborado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e So-

FÁBRICA DA SOUZA CRUZ EM CACHOEIRINHA (RS): ÁREA VERDE OCUPA

90% DO TERRENO

cial (BNDES) e pela BM&F/Bovespa, reconhece os eforços da Souza Cruz para controlar suas emissões de carbono. O índice é considerado um importante instrumento para incentivar as maiores empresas do País, com ações na Bolsa de Valores, a divulgarem suas emissões de gases de efeito estufa. A Souza Cruz não só realiza Inventário anual para quantificar o estoque de gases gerado em suas atividades como, desde 2009, identificou que 85% de suas emissões são neu-

10


tou que 80%

São Bento do Sul (SC),

dos 40 mil pro-

é um dos beneficiados

dutores rurais inte-

com o projeto. “Com o

grados da Souza Cruz

computador conseguimos

tinham interesse em ad-

agilizar processos contábeis,

quirir um computador. Além

como o controle de receitas e despe-

de facilitar a aquisição das máquinas de última geração, a empresa disponibiliza para os produtores cursos de capacitação em parceria com o Senar. Gilberto Telmanm, produtor rural de

sas. Se não fosse a Souza Cruz talvez GILBERTO, COM A FAMÍLIA, RECEBE COMPUTADOR DO ORIENTADOR DA SOUZA CRUZ: NOVA FERRAMENTA DE TRABALHO

nunca comprássemos um”, afirma. O projeto de inclusão digital atende produtores rurais nos três estados da região sul do País.

do Planeta tras. O impacto dos 15% restantes é

de Cachoeirinha (RS), Uberlândia (MG),

presas que constam da relação não

compensado pela empresa por meio de

Santa Cruz do Sul (RS) e Blumenau (SC).

farão parte da primeira edição do Índice

florestas mantidas em Buriti da Prata

A primeira carteira do ICO 2 é com-

por não pertecerem ao IBrX-50. Esse in-

(MG), Triângulo (SC), Boa Vista (RS) e

posta por 42 empresas, das 51 que acei-

dicador reúne as 50 Companhias que

Brusque (SC) e dos parques ambientais

taram, voluntariamente, participar do

têm as ações mais negociadas na Bolsa

localizados junto às unidades industriais

Índice. A Souza Cruz e mais oito em-

de Valores.

SOUZA CRUZ MANTÉM PARQUES AMBIENTAIS NO ENTORNO DE SUAS UNIDADES INDUSTRIAIS

11


Cidade

INTERIOR DA CAPELA DO VERZERI E ILUMINAÇÃO NO CENTRO HISTÓRICO NO NATAL: ALGUMAS DAS ATRAÇÕES DE SANTO ÂNGELO

Capital das missões Terra de belezas naturais e arquitetônicas, Santo Ângelo desponta como polo regional do noroeste gaúcho COM ORIGEM QUE REMONTA AO período espanhol, Santo Ângelo encanta os visitantes com sua grande riqueza histórica, presente em um bonito cenário de belezas naturais. A Cidade integra os chamados Sete Povos das Missões. Parte importante da história do Rio Grande do Sul, esses povoados auxiliaram a delimitação de fronteiras e deram origem

a cidades prósperas no noroeste do Estado. A Capital das Missões, como é conhecida por ser o maior município da região, com mais de 70 mil habitantes, tem como atividades econômicas mais importantes a agricultura, a indústria e o comércio. Entre as principais atrações de Santo Ângelo, está o Centro Histórico,

CAMPO ABERTO

Números do tabaco 14° Anuário Brasileiro do Tabaco apresenta radiografia do setor que se destaca entre os maiores exportadores do País

LANÇADO RECENTEMENTE PELA EDItora Gazeta, com grande sucesso, o Anuário Brasileiro do Tabaco 2010 reúne informações atualizadas sobre o importante setor, que é o sexto no ranking das exportações do agronegócio e gera 2,5

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que reúne o Museu Municipal, a Prefeitura e a Igreja Angelopolitana, além do “Museu a céu aberto”, que guarda vestígios da Redução Jesuítica – Guarani Santo Ângelo Custódio. Outro ponto turístico da região é o Memorial Coluna Prestes, obra de 15 metros de altura, projetada por Oscar Niemeyer. Instalado no prédio da antiga Estação Ferroviária, foi o primeiro memorial do País a homenagear a Coluna Revolucionária, organizada no local em 1924.


Entrevista

Santo Ângelo (RS) Emancipação: 22/03/1873 Atividades econômicas: Agricultura, indústria e comércio População: 73.800 habitantes Colonização: Alemã, italiana e polonesa

Eduardo Debacco Loureiro, prefeito de Santo Ângelo

Localização: 459 km de Porto Alegre Área: 677 km²

Qual é o principal desafio da cidade atualmente? Hoje, nossa grande preocupação é com a criação de empregos. Buscamos reforçar as empresas, potencializar vocações e atrair investimentos para gerar novas oportunidades de trabalho e reter a mão de obra qualificada na cidade.

Fotos: Fernando Gomes

Altitude: 286m

Quais os principais projetos que estão sendo realizados? Investimos em novas estradas, moradias, na ampliação do nosso aeroporto e na reforma do Centro Histórico. São iniciativas que objetivam ampliar o potencial turístico da cidade.

O comércio ilegal afeta o município? O que vemos em Santo Ângelo não é diferente do que acontece no resto do País atualmente. Sofremos com isso, já que há uma perda importante de arrecadação, como em outras cidades brasileiras. Quais as prioridades e expectativas para 2011? Nossa prioridade é dar continuidade a todos os projetos e investimentos. Esperamos que a economia do País continue nos dando condições para isso e que o Governo Federal tenha essa visão de parceria com os municípios de forma a garantir que os projetos sigam em frente.

ESTAÇÃO FÉRREA COMPÕE O CONJUNTO HISTÓRICO DA REGIÃO DOS SETE POVOS DAS MISSÕES

720 municípios em atividades. 185 mil famílias de produtores rurais. 2,5 milhões de empregos diretos e indiretos. 6ª posição no ranking das exportações do agronegócio. 3 bilhões de reais em transações internacionais. milhões de empregos diretos e indiretos

Cruz –, e com Marcus Vinicius Pratini de

no País.

delo para outras culturas.

Moraes, ex-ministro da Agricultura. O

A 14ª edição do Anuário tem 160 pági-

Em especial, a edição traz entrevistas

CEO da BAT fala sobre sua brilhante tra-

nas e versões em dois idiomas: português

com Nicandro Durante, primeiro CEO

jetória profissional e Pratini de Moraes

e inglês. O conteúdo integral da publica-

não britânico da British American Tobacco

destaca a importância do Sistema Inte-

ção está disponível, gratuitamente, no site

(BAT) – empresa controladora da Souza

grado de Produção de Tabaco como mo-

oficial da editora: www.anuarios.com.br


DEBATE:

A regulamentação e o mercado É uma lavoura que se caracteriza por pequenas propriedades, por uma agricultura extremamente familiar, na qual trabalham o pai, a mãe, os filhos maiores de idade, muitas vezes o avô ou a avó. São 95 mil famílias só no Rio Grande do Sul, e se multiplicarmos por 4 ou 5 pessoas em cada propriedade, teremos 400 mil, 500 mil pessoas envolvidas diretamente, apenas nessa lavoura e somente no meu estado. Depois tem a indústria, o comércio e toda a cadeia produtiva. Um sério problema do mercado de tabaco é o comércio ilegal de cigarros. Como o senhor

LUIS CARLOS HEINZE

vê essa questão?

Engenheiro Agrônomo,

De um lado há empresas sérias,

formado pela Universidade

Qual a importância da

que pagam seus tributos.

Federal de Santa Maria (RS),

cultura do tabaco para a

De outro, o comércio é feito por

Luis Carlos Heinze (PP-RS)

economia do Rio Grande do Sul?

aqueles que sonegam e que,

foi prefeito de São Borja (RS) e,

Apenas no Rio Grande do Sul são

por isso, não têm esse custo.

hoje, cumpre o quarto

95 mil famílias que vivem do cultivo

É uma concorrência desleal.

do tabaco. O município de

Na cadeia do fumo, especialmente,

Candelária, minha terra natal,

os encargos são muito pesados

é atualmente o segundo maior

e a situação é ainda

de idade, é produtor e líder

produtor do estado. Mais de quatro

de maior desequilíbrio.

rural. Também já esteve

mil famílias dependem quase

no comando da Secretaria

exclusivamente da atividade

Quais são as principais

de Agricultura de São Borja.

fumageira. Trata-se de uma cultura

implicações do comércio ilegal

Atualmente, integra, como

extremamente importante no

de cigarros?

aspecto social, pois se concentra

A principal é a perda de arrecadação

em pequenas propriedades,

e quem perde é a sociedade.

com áreas médias de 3 ou 4 hectares.

Sem os tributos desse mercado,

mandato consecutivo como deputado federal. Aos 60 anos

membro titular, a Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e

14

a capacidade de investimento fica

Desenvolvimento Rural

E o sustento vem desse

reduzida. Teremos menos escolas,

da Câmara dos Deputados.

pedaço de terra?

estradas mal conservadas, menos

O tabaco, pela rentabilidade que

policiais nas ruas e a diminuição

oferece, permite a alguém plantar

dos programas habitacionais,

um, dois, três ou quatro hectares.

entre outras implicações.


ilegal

a regulamentação das leis, como

Como o senhor pretende

nesse caso da Anvisa que coloca

atuar nessa questão?

dificuldades que não estão previstas

A consulta nº 112 está em vigor

na legislação. A Anvisa é uma agência

neste momento e nós

reguladora e tem autonomia, mas

apresentamos o Projeto de Decreto

Quais as principais causas

não pode agir dessa forma, criando

Legislativo (PDC) n° 3034,

do mercado ilegal?

complicadores, vendo as questões

que objetiva suspendê-la.

Primeiro a questão tributária.

de uma outra forma. Atitudes e

Estamos tratando deste assunto,

Quando a carga tributária é alta ela

decisões como essa só auxiliam

cobrando em primeiro lugar dos

estimula a sonegação e o mercado

empresas inescrupulosas, que não

ministros da Agricultura, do

clandestino. É principalmente isso

têm o padrão e o conceito exigido

Trabalho e do Desenvolvimento,

que está ocorrendo atualmente no

pelo mercado e comercializam

Indústria e Comércio Exterior

mercado de tabaco, para dar um

produtos fora das normas. O excesso

que tomem para si essa questão,

exemplo. A fiscalização também

de regulamentação acabará

pois essas consultas seguem

não é eficiente e acaba permitindo

fomentando e potencializando

um sentido contrário aos

e facilitando a clandestinidade,

o comércio ilegal e trazendo

interesses do Sul do Brasil, da

principalmente na enorme extensão

prejuízos a toda a sociedade.

economia do País, da

de divisas do Brasil com outros

indústria e dos empregos. O senhor se refere à

se concentra grande parte da

consulta pública nº 112

Não houve diálogo?

produção e do comércio ilegal de

da Agência?

Ficamos preocupados porque

produtos, como o cigarro. E temos

Trata-se de um outro tipo de

havia um acordo entre os

que ter claro que como entra o

concorrência desleal. Quem levantou

ministérios brasileiros de não

cigarro também entra a arma,

a questão foi o Canadá, que está

se tomar nenhuma decisão antes

entra a droga. Mas há outros

fazendo pressão. Esse movimento

da opinião dos ministros de sete

importantes fatores.

prejudicará um dos principais itens

áreas envolvidas no processo.

da exportação brasileira e fortemente

Estranhamente, nós tratamos um

Quais, por exemplo?

a agricultura do Sul do País.

assunto com os ministros, houve

O excesso de regulamentação do

Nossas lavouras produzem o Burley,

a participação do Brasil na COP4,

mercado. Quando o Parlamento

tabaco que exige a mistura de

em Punta del Leste (Uruguai),

aprova uma lei, ela tem um objetivo.

ingredientes. Afetará todos os

de 15 a 20 de novembro, e a

Nossa grande preocupação é com

produtores de Burley, mas não

Anvisa, desconsiderando as

só eles. A medida proposta

negociações, em 29 de novembro,

atinge também os produtores

lança uma Consulta Pública,

de Virgínia e toda a cadeia:

afastando o diálogo com

a indústria e seus trabalhadores, os

os demais ministérios. Essa é

transportadores, técnicos agrícolas,

uma decisão que prejudicará

fornecedores de insumos,

milhões de pessoas e a

comerciantes. Enfim, toda a

economia brasileira. Não pode

cadeia produtiva.

ser tomada dessa forma.

Fotos: divulgação

países, em especial o Paraguai, onde

Quando a carga tributária é alta ela estimula a sonegação e o mercado clandestino. É isso que está ocorrendo atualmente no mercado de tabaco

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Jornal Valor Econômico divulgou estudo da consultoria Economática que mostra que apenas 11 empresas listadas na Bolsa de São Paulo distribuíram, em cinco anos, lucros suficientes para superar os juros da poupança (6% ao ano). Entre elas está a Souza Cruz.

Natal

Ações de Natal dos Voluntários Souza Cruz levam alegria para crianças, jovens e idosos em mais de dez estados brasileiros

mais feliz UM GESTO DE CARINHO E ATENção, festa com visita de Papai Noel, entrega de brinquedos e outros donativos, como roupas, alimentos e artigos de higiene. Por meio dessas e muitas outras ações, os Voluntários Souza Cruz, seus familiares e amigos, tornaram mais feliz

Revista Dinheiro Rural dedicou três páginas ao programa de intercâmbio do Instituto Souza Cruz, que leva jovens da área rural de diversas regiões do País para conhecer diferentes modelos agrícolas. Coluna de Márcia Peltier, no Jornal do Commercio (RJ), destacou que apenas 15% das 400 empresas que integram a Associação Brasileira das Companhias Abertas são consideradas totalmente transparentes em termos de gestão. A Souza Cruz faz parte desse grupo, que tem o aval da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Fotos: arquivo Souza Cruz

o Natal para cerca de 4 mil crianças, jovens e idosos, em creches, escolas e asilos. Não faltaram brincadeiras e muita animação. No Estado do Mato Grosso do Sul e em Cachoeirinha (RS), em parceria com os Correios, os voluntários adotaram 325 cartas enviadas por crianças a Papai Noel. Em Belo Horizonte (MG), foram distribuídos materiais escolares na Casa da Criança Santo Antônio. No Rio de Janeiro (RJ), houve doação de roupas, alimentos e brinquedos para sete instituições. As crianças da comunidade de Porto Rico, em Brasília (DF), receberam

Jornal Valor Econômico também reproduziu nota do Wall Street Journal Americas informando que a British American Tobacco (BAT), controladora da Souza Cruz, está em negociações para comprar a colombiana Protabaco, por mais de US$ 400 milhões.

Revista Consumidor Moderno publicou ampla matéria sobre empresas que investem cada vez mais no atendimento ao cliente. A Souza Cruz é um dos destaques da matéria.

a visita do Papai Noel, que distribuiu brinquedos para todos. Na Fundação Iniciativa, em Curitiba (PR), jovens e crianças também receberam presentes. Em Patos (PB), foram entregues brinquedos, livros, revistas, alimentos e materiais de higiene na Escola Manoel Quinidio da Costa, na Casa de Apoio Sagrada Família, na Pastoral do Menor Igreja Nossa Senhora de Fátima e no Lar das Idosas São Vicente de Paula. Outras instituições de diferentes regiões do País também foram beneficiadas com as ações, que, em comum, tiveram a alegria contagiante e o espírito solidário dessa empenhada equipe de voluntários.

www.etco.org.br www.abcf.org.br

Jornais de Santos (SP) e vários sites da imprensa paulista registraram que Juiz de Direito da 5ª Vara Cível de Santos rejeitou pedido de indenização de ex-fumante.


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