Revista 04

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Vilson de Freitas Diretor da Revista

Estamos nos últimos dias de dezembro, o que significa que 2008 vai embora para abrir passagem a 2009. É nesse momento que temos que parar, descansar, recarregar as energias e fazer um balanço de nossas realizações e falhas. É o tempo de renovação. Sobre 2008, certamente encontraremos mais razões para agradecer do que para lamentar. Sem falso otimismo, precisamos valorizar as coisas boas. Neste ano, sobrevivemos às crises, conquistamos mais credibilidade, a administração da Seleta colocou ordem na Casa. E ainda está fazendo. A cada dia sobrevivemos e vivemos mais. A própria equipe da Revista Visão Seleta passou por percalços e teve que rever conceitos. Mas o resultado o leitor pode conferir a cada edição. Buscamos melhorar, nos aperfeiçoar. Trazemos um espírito de garra, força e, principalmente, esperança. É o que estamos tentando repassar ao leitor. E para tanto, não podemos deixar de agradecer a Deus por ter nos dado saúde e discernimento para levarmos a Revista adiante, ao presidente, Gabriel Moreira dos Santos, e toda a sua Diretoria, por ter acreditado em nós, no nosso esforço e em nossa dedicação. Agradecemos ainda a todos os Seletianos, colaboradores e parceiros pela confiança em nosso trabalho. Ao olhar em retrospecto, vemos que nossas metas foram atingidas e já começamos a fazer planos para o ano que ainda não começou. Buscamos, a cada dia, fazer a diferença. A equipe da Visão Seleta deseja que neste Natal, todos celebrem o amor, despertem sorrisos, sejam solidários e escolham a felicidade. Que em 2009, todos encontrem na alegria das crianças a certeza de um futuro melhor!

Foto Capa: Estudio Krügel Tratamento Digital: Alex Freitas

Revista Visão Seleta é uma publicação da Seleta Sociedade Caritativa e Humanitária Presidente: Gabriel Moreira dos Santos 1º vice Presidente: Amilton Nantes Coelho 1º Secretário: Milton Rosa Sandim 1º Tesoureiro: Alfredo José de Arruda Diretor: Vilson de Freitas Assessor Jurídico: João Maciel Neto

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Jornalistas responsáveis: Nádia Bronze /DRT 141 MS Mirella Bernard /DRT 121 MS Diagramação: Alex Freitas Responsável Gráfico: Alexandre Belchior Produção e comercial: Marcia Rodrigues

Revisão: Valéria Valli Seffrin Tiragem: 2.000 exemplares Impressão: Grafica Seleta Rua Pedro Celestino, 3283 Bairro São Francisco CEP: 79002 -320 | Fone: 67 3356 -1525

Fale Conosco: comunicacao@seletams.com.br

Visão Seleta Novembro, Dezembro | 2008


índice

PÚBLICA 05SEGURANÇA Polícia comunitária

10CORREIOS Responsabilidade Sócio-Ambiental

BARCA atende cerca de 280 crianças 14AEntidade

18ENTREVISTA Gabriel Moreira dos Santos

DE VIDA 22ESTILO Paixão em duas rodas

28VOLUNTARIADO O amor é contagioso

27TCE Reeleito presidente do TCE

PROFISSIONALIZANTE 33ESCOLA A chave do sucesso Errata: Os acessórios utilizados pelas modelos no desfile de lançamento da Coleção Primavera da Cazo, citados na reportagem Cazo (Setembro/Outubro 2008 – 3ª edição, página 27), são da marca Flor de Canela, e não Cravo e Canela como foi divulgado.


Segurança Pública

Polícia Comunitária Polícia e Comunidade em prol da segurança pública e na prevenção da criminalidade. Essa é a filosofia seguida pelos profissionais da segurança

Policiais vão à comunidade e dão dicas de segurança e prevenção

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Polícias Militar e Civil, Corpo de Bombeiros, representantes da comunidade e de setores da segurança como Agetran e Agepen todos reunidos em uma sala e com um único propósito: aprender como desenvolver as ações de Polícia Comunitária. Durante uma semana, esses profissionais aprendem como despertar na comunidade a consciência de que segurança pública é direito e responsabilidade de todos. O curso de Promotores de Polícia Comunitária já formou 1.811 pessoas, sendo 19 turmas no interior do Estado e 21 turmas na Capital, além de 47 multiplicadores, que são os instrutores dos cursos. Conforme o coordenador de Polícia Comunitária em Mato Grosso do Sul, Tenente Coronel Carlos Santana, essas pessoas são capacitadas para que possam interagir com a comunidade e mostrar que os setores da segurança devem acima de tudo, atuar na prevenção. “O que pretendemos com essa filosofia é mostrar para

a comunidade que ela deve participar da segurança, porque é ela quem conhece suas necessidades e seus problemas”, destaca. O curso de promotor, com 44 hrs/aula tem em sua grade disciplinas como Relações Interpessoais; Direitos Humanos; Mediação de Conflitos; Polícia Comunitária e Sociedade; Mobilização Social e Estruturação do Conselho Comunitário de Segurança (CCS); Gestão pela Qualidade na Segurança Pública, além de uma aula prática onde os alunos se deslocam até uma determinada comunidade para conhecer de perto sua realidade e disseminar o conceito que aprenderam durante o curso. “Durante as aulas práticas os policiais, bombeiros e demais alunos mostram para a comunidade que ela precisa participar. No início se assustam com a presença da polícia, mas depois percebem que podem ajudar a melhorar a segurança do bairro onde mora”, ressalta o coordenador.

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O que pretendemos com essa filosofia é mostrar para a comunidade que ela deve participar da segurança, porque é ela quem conhece suas necessidades e seus problemas”

Para o policial civil, Lúdio Espírito Santo, Promotor de Polícia Comunitária o curso foi além de suas expectativas. “A qualidade do curso foi ótima e com a aula prática podemos ver que é preciso maior integração dos profissionais de segurança com a comunidade para que possamos resolver os problemas”. INÍCIO – A filosofia de Polícia Comunitária surgiu por meio de uma mobilização do Ministério da Justiça e da Secretaria Nacional de Segurança Pública com o intuito de desenvolver uma política de segurança única em todas as unidades federativas. Em Mato Grosso do Sul os primeiros passos foram dados no ano de 2003, porém apenas em 2007 com o começo dos cursos o trabalho foi impulsionado. O Ten.cel. Carlos Santana lembra que a cada dia é preciso inovar. “Polícia Comunitária é criatividade, inovação, pois a cada dia surgem novas necessidades e por isso é preciso novas estratégias”. A coordenadoria, instalada em 2004, por meio da Secretaria Estadual de Segurança Pública desenvolve seus trabalhos em parceria com os Conselhos Comunitários de Segurança. São eles a ponte entre a comunidade e os profissionais da segurança pública, sendo formados por um grupo de pessoas que visam melhorias para sua comunidade. EFEITOS PRÁTICOS – Ao falar na prática sobre o trabalho desenvolvido pela coordenadoria, o Ten.cel. Santana destaca “Nós já temos locais que com o trabalho da Polícia Comunitária reduziram os índices de criminalidade, principalmente no interior, na Capital temos recebido um grande apoio dos líderes comunitários, entre eles posso citar o do Jardim Noroeste”. Mesmo com todo esse trabalho o coordenador é enfático ao dizer que Polícia Comunitária não é a solução mágica para os crimes. “As ações desenvolvidas por nós ajudam sim na melhoria de vida, principalmente com a prevenção, mas também realizamos todas as outras ações como abordagens, revistas, enfim não somos light”. COMUNIDADE – Comodismo. Esse é o motivo que para o coordenador leva a comunidade a não participar dos problemas do seu bairro. “As pessoas não querem se envolver com a polícia, e não sabem que ela também tem responsabilidade, que ela pode ajudar na segurança da sua família, do seu patrimônio”, ressalta. Atitudes simples como participar das reuni-

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ões da escola, do bairro, saber com quem os filhos andam, quem é o picolezeiro que fica em frente ao colégio, quem são as lideranças do bairro, quem é o policial da sua região, facilitam o trabalho da Polícia Comunitária e faz com que a comunidade se integre com os profissionais da segurança. Segundo o Ten. cel. Carlos Santana a comunidade não deve aparecer somente quando acontece alguma coisa, ajudar na prevenção é responsabilidade de todos. “Nós não queremos apenas que as pessoas informem o que está acontecendo, queremos que participem de todo sistema”. O coordenador pede também que os pais orientem os filhos a não passarem trotes, principalmente para o 190. “Isso sobrecarrega o trabalho das polícias, dos bombeiros e muitas vezes deslocamos uma equipe onde não há necessidade”. Mas não é só a comunidade que ganha com as ações da Polícia Comunitária. O policial que está nas ruas, nos bairros também melhora sua qualidade de vida. “Ao longo desses anos podemos constatar que o policial que participa dessas ações melhora sua auto-estima, ele se sente importante para aquela comunidade e tem em mente que é melhor a prevenção que a repressão”, afirma o coordenador, que b

Ouvir a população sobre os problemas da sua comunidade é uma forma de fazer com que ela participe da Polícia Comunitária

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Segurança Pública

Na Capital e no interior, os profissionais de segurança aprendem que prevenir é a melhor forma de combater o crime

faz questão de lembrar “Segurança é um trabalho de todos, por isso espero que a população entenda isso e esteja aberta para receber a Polícia Comunitária em seu bairro”. QUESTIONÁRIO – Saber o que a população deseja, quais são seus medos, seus problemas é um desafio para o grupo de promotores de Polícia Comunitária. E para saber de tudo isso, durante as visitas aos bairros, os grupos aplicam um questionário com perguntas simples, entre elas se já precisaram de serviços do 190, de alguma delegacia, e até mesmo se elas conhecem o presidente do seu bairro e como está a segurança na região. Conforme o coordenador com essas informações em mãos, fica mais fácil identificar o problema da comunidade. “Muitas pessoas resistem em passar algumas informações, acham que podem ser prejudicadas, mas queremos que elas saibam que para desenvolvermos um trabalho eficiente precisamos dessas informações e também é bom ressaltar que sempre priorizamos o anonimato dessas pessoas”. Para o morador da Vila Carlota, professor Francisco essa integração é muito importante. “Nós precisamos da polícia perto de nós, do nosso bairro, porque é só trabalhando todos juntos que vamos conseguir combater a criminalidade e ter segurança para nossa família, nossos vizinhos”. Já, a jovem Mayara, acredita que o primeiro passo deve vir da comunidade. “Nós também temos que ajudar, temos que participar, só uma comunidade unida é capaz de combater o crime”.

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UCDB

UCDB 15 anos

A UCDB disponibiliza mais de 100 laboratórios, constantemente investindo em estrutura e profissionalismo

Pe. José Marinoni, Reitor da UCDB

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Universidade salesiana se destaca como uma das melhores do Estado Todos os dias cerca de oito mil acadêmicos freqüentam as dependências da Universidade Católica Dom Bosco, que oferece aos universitários 43 cursos de graduação e educação à distância, além de outros 1,3 mil alunos dos 39 cursos de pós-graduação lato sensu. A universidade que se tornou referência em instituição de ensino superior de Mato Grosso do Sul, conforme um índice divulgado pelo MEC, comemora este ano 15 anos de fundação. Criada em 27 de outubro de 1993, a UCDB é a concretização de um trabalho que começou em 1976, quando a Missão Salesiana de Mato Grosso já tinha o intuito de transformar as faculdades já existentes em universidade. O processo demorou alguns anos e se firmou com a homologação de uma portaria do Ministério da Educação e Cultura. Para o Reitor da UCDB, Pe. José Marinoni, que está á frente da universidade desde a sua criação, durante esses 15 anos a UCDB sempre manteve sua identidade salesiana. “Acredito que o mais importante em nosso trabalho durante esses anos foi a preocupação com o elemento humano, focando sempre a identidade católica, salesiana e comunitária da Instituição”. Os acadêmicos que freqüentam a universidade contam com um corpo docente formado por cerca de 400 profissionais, entre especialistas, mestres e doutores, que vivem em constante processo de atualiza-

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ção. Segundo o Pró-Reitor Acadêmico, Pe. Gildásio Mendes a UCDB investe em seus professores e pesquisadores para garantir um ensino de qualidade. ATIVIDADES SOCIAIS - Cultura, esporte e atividades comunitárias também integram os trabalhos desenvolvidos pela universidade. A UCDB, por meio das Clínicas Escolas, atende gratuitamente mais de 22 mil pessoas por ano, nas áreas de Serviço Social, Direito, Fisioterapia, Psicologia, Nutrição, Fonoaudiologia, Terapia Ocupacional e Enfermagem. Conforme o coordenador técnico-administrativo das Clínicas, Marco Antônio Veronese, o atendimento feito no local não ajuda apenas os pacientes. “Os pacientes encontram aqui a ajuda de vários especialistas, mas os alunos também ganham, porque durante o atendimento, que é acompanhado pelos professores, eles adquirem experiência”. As Clínicas também realizam procedimentos feitos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), como Fisioterapia, Terapia Ocupacional e Fonoaudiologia, desenvolvidos por profissionais. “Nestes casos é possível fazer próteses auditivas gratuitas, além de avaliação e exames”, ressalta Veronese. O Núcleo de Práticas Jurídicas também é outro serviço oferecido à comunidade. O atendimento é feito por acadêmicos do curso de Direito e supervisionado pelos professores. Somente em 2007 foram atendidos cerca de 943 pessoas nas áreas cível e criminal. A universidade tem ainda projetos comunitários, que visam incentivar o lazer, esporte e cultura. Os projetos atendem as comunidades indígenas, melhor idade, entre outras que necessitam de inserção social. FUTURO – Quando fala sobre os próximos 15 anos da universidade, Pe. José Marinoni lembra que não se deve acreditar que não há mais o que melhorar e sim estar sempre atento com o que acontece ao nosso redor. “Nunca podemos considerar uma instituição completa e perfeita. Sempre temos que buscar algo melhor, sem jamais perder de vista que somos uma universidade católica, salesiana e comunitária”.

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Correios

Responsabilidade Correios dão exemplo de empresa socialmente responsável e buscam parcerias para projetos pioneiros da Regional de Mato Grosso do Sul

Artesanato feito com malote e pallets em parceria com a Incubadora Municipal

João Rocha, diretor regional dos Correios

Empresa pública, 100% brasileira, os Correios contam com mais de 110 mil funcionários distribuídos em todos os municípios do País. Como empresa, há necessidade do lucro, mas também há preocupação em devolver parte desse lucro para a sociedade em ações de Responsabilidade Sócio-Ambiental. Este é um dos pilares da regional do Mato Grosso do Sul. Uma das iniciativas sociais dos Correios foi firmar um convênio com a Cooperativa de Catadores de Material Reciclável de Campo Grande (Coorpervida). Todo o papel excedente da empresa é doado para a reciclagem. “A parceria com a Coopervida é muito importante porque se trata de um trabalho de subsistência. Antes eram trabalhadores que viviam nos lixões da cidade”, aponta João Rocha, diretor regional dos Correios. Ele conta que existe um projeto em parceria com a ONG Cidade dos Meninos, implantado desde que assumiu a diretorial regional, em 2003. “A cada seis meses os carteiros trocam os uniformes. Recolhemos os antigos e fornecemos uniformes novos. Pela nor-

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ma de segurança dos Correios, tínhamos que incinerar esse material. Em 2003, resolvemos não queimar os uniformes e passamos a doá-los para a Cidade dos Meninos. A entidade tem cursos de corte e costura industrial e de serigrafia. Os uniformes passaram a servir de matéria-prima para esse trabalho. Rocha acredita que “quando incinerávamos os uniformes, é como se estivéssemos acendendo uma fogueira em cada município. Onde fica nossa responsabilidade com o meio ambiente e com a qualidade de ar? Então disseminamos essa idéia em nível nacional e hoje outras regionais estão seguindo nosso modelo”. A coordenadora de Atividades de Responsabilidade Sócio-Ambiental, Olga Martinez, explica que a diretoria regional do Estado queria implantar um trabalho de gestão ambiental, mas não era possível começar se havia incineração de uniformes e do refugo postal. Por isso, a primeira providência foi proibir a queima de qualquer resíduo de dentro da empresa. A partir da parceria com a Cidade dos Meninos, surgiram outras ONGs interessadas em desenvolver

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Sócio-Ambiental projeto atende crianças de até 12 anos que escrevam cartas para o Papai Noel e que pedem presentes simples. De acordo dom Olga Martinez, “a idéia principal do projeto é presentear a criança que escreve inocentemente para o Papai Noel. Não é nosso foco que sejam atendidos pedidos de jogos eletrônicos e celulares”. Em 2000, o projeto foi institucionalizado pelos Correios e a cada ano toma maior proporção. “Em 2002, recebíamos 200 cartas, em 2007 esse número aumentou para 8,7 mil. Por isso, neste ano, o projeto está sendo reformulado e os critérios estão mais rígidos, sendo aceitas apenas cartas escritas por crianças, já que o foco não está nos adultos. Gostaríamos de ajudar mais, mas não podemos ocupar o lugar do poder público”, enfatiza Olga.

Olga Martinez apresenta materiais desenvolvidos através de projetos dos Correios

parcerias. “Foi quando encontramos a Incubadora Municipal, que faz com o material o trabalho com o tear. Depois conseguimos que fossem criados produtos artesanais com malotes e pallets, que são estrados de madeira usados em supermercados e para movimentação de cargas. Olga Martinez afirma que essas ações fazem parte de um mecanismo chamado “Carta Ambiental” cujo propósito é envolver o público de interesse da regional, que são prefeitos, clientes, fornecedores e o público interno. “Trazemos ações simples que fazem diferença. Neste ano conseguimos mandar todas as lâmpadas fluorescentes para a descontaminação. Nos preocupamos ainda com o autocontrole de energia e de água, a sensibilização dos nossos colaboradores e a limpeza dos ambientes com material biodegradável. Nossas medidas sugerem que, se o homem é responsável por todo o impacto no meio ambiente, o homem é a saída para resolver esses impasses”. Papai Noel – Anualmente, de novembro a dezembro, acontece o projeto Papai Noel dos Correios, cuja principal proposta é manter a magia do Natal nas crianças e oportunizar a solidariedade das pessoas. O

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Mulher Empresária

Casa Modelo A empresária Elida Bertaco fala como deu início ao empreendimento que completa três anos de sucesso em Campo Grande e como é conciliar família e trabalho

Élida Bertaco formou-se no curso de Análise de Sistemas aos 21 anos, mas começou a trabalhar aos 14 como auxiliar técnica de natação. Um ano antes de terminar a faculdade ingressou numa empresa cuja gráfica prestava serviços para a Secretaria de Fazenda, onde ficou por 10 anos. Ela lembra que, por conta das viagens que aquele trabalho exigia, teve que pedir demissão. “Foi o ano em que quase perdi a formatura do meu filho, não o vi aprender a ler, nem a escrever. Passava uma semana em casa e três fora. Então optei por deixar o trabalho e ser dona de casa”. Ao sair da empresa recebeu o convite no setor administrativo de uma loja de móveis. Pouco tempo depois ela abriu a própria franquia. Nascia há três anos, em Campo Grande, a Casa Modelo. Atualmente, Élida se ‘desdobra’ para conciliar trabalho e família. A empresária admite que muita coisa mudou em relação à posição da mulher no mercado de trabalho, no entanto elas ainda passam por dificuldades. “Querendo ou não, no ramo de móveis, você trabalha muito com homens, alguns com nível de escolaridade maior ou menor que o seu. Hoje o problema para a mulher, como administradora, é trabalhar com a mão de obra pesada, ou seja, com as transportadoras, o montador, funcionários terceirizados. Claro que nesse ramo, quando entramos na parte da decoração, a mulher está no lugar certo. Uma cliente que vai fazer o orçamento com um homem tem um pouco de receio. Muitas vezes o homem não sabe o que realmente é funcional”. Élida acredita que o negócio é bem sucedido porque é um trabalho feito com amor. “Obviamente ele tem que dar lucro, mas antes disso é uma satisfação pessoal. É muito bom ver a satisfação do cliente quando entregamos a ele aquilo que ele sonhou. Quando se entra na fase adulta, você tem o seu sonho em longo prazo, quer uma casa própria, cômoda, para receber os amigos e se sentir bem. Ter uma cama gostosa, uma sala legal, uma cozinha

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Recebendo o Prêmio da Indústria da Construção de MS (2007/2008) pelo segundo ano consecutivo, na categoria Móveis Planejados

bonita e funcional não é barato, mas você está levando um sonho para casa. Ela explica que como os móveis são planejados, o cliente não sai da loja com a peça pronta e leva para a casa. “Ele leva um papel desenhado mostrando como vai ficar a sua casa. Depois ele fica 30 dias sonhando com isso. Se tudo não for bem feito, conversado e projetado, esse sonho pode virar um pesadelo. Temos que fazer uma entrevista com o cliente para entender qual é o perfil, a realidade e o orçamento disponível e projetar a peça de acordo com essas informações. Temos toda a preocupação com o cliente, pois ele é nosso cartão de visitas”. Segundo a empresária, o cliente atual quer um atendimento personalizado, exige preço justo, qualidade e prazo de entrega. “O cliente quer um ambiente dife-

renciado. E essa é justamente a vantagem dos móveis planejados. É diferente das grandes lojas de venda de móveis, em que o espaço tem que se adaptar ao kit e não o contrário. O cliente também não quer mais ter problemas no futuro, por isso nossos móveis têm cinco anos de garantia. Então ele só perderá o móvel por questão de tendências, pois elas é que mudam. O que era tendência há cinco anos não é mais hoje. A padronagem tabaco ficou muitos anos na moda, até o ano passado”. Elida dá a dica de que “atualmente, a tendência são as cores amadeiradas, tons mais claros e sóbrios, até porque estamos trabalhando com apartamentos muito pequenos. Os móveis claros dão amplitude ao ambiente. Usamos ainda muitos espelhos, gesso e iluminação diferenciada”.

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Ação Voluntária

A Barca

Com ajuda de voluntários, a entidade atende cerca de 280 crianças com o espírito de solidariedade e amor ao próximo

A Barca (Beneficência de Amigos Reunidos à Crianças Amparadas) é mantenedora do Ceinf Paulo Siufi , que atende 280 crianças. A entidade, fundada pelo vereador Paulo Siufi, é formada por mais de 100 voluntários, que dedicam um pouco do seu tempo para dar assistência aos carentes. O vereador explica que a Barca não tem fins lucrativos nem políticos. “Nós só temos amor ao próximo. Esse trabalho se iniciou há nove anos. Quando entendemos que tínhamos que fazer uma ação concreta no dia-a-dia, fizemos uma parceria com o então prefeito, hoje governador, André Puccinelli. Podíamos oferecer este trabalho voluntário se ele nos fornecesse a estrutura, e assim aconteceu”. Mensalmente, a Barca realiza o Domingo Solidário, em que são oferecidos para as crianças e suas famílias atendimentos médico e odontológico, vacinas, refeições, feira da pechincha e recreação para divertir toda a garotada. No dia 9 de novembro, o Barca promoveu um café da manhã compartilhado com a comunidade. Na ocasião, a Seleta mobilizou seis profissionais entre manicures, cabeleireiros e depiladoras para participar do evento. Segundo o presidente da Seleta, Gabriel Moreira dos Santos, “essa é apenas uma pequena contribuição para uma iniciativa tão louvável”. Siufi agradece a diretoria da Seleta e diz que espera que não seja a única vez em que a Entidade

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auxilie a Barca. “Temos muito orgulho porque a Seleta já tem toda uma experiência e parceria de muitos anos com a população de Campo Grande. Da mesma forma que existem entidades sérias como a Seleta, que tem compromisso social com a população, nós temos na Barca esse compromisso social. Acredito que a Barca e a Seleta podem estar se unindo por um mesmo ideal. E quem ganha é a população carente. É para ela que a gente trabalha”. O vereador adiantou que no dia 7 de dezembro, a Barca realiza o 6° Almoço Mineiro, cuja verba arrecadada será destinada a melhorias estruturais do Ceinf Paulo Siufi. Serão compradas ainda cestas de Natal acompanhadas de panetone e vinho, entregues anualmente para as famílias junto com presentes para as crianças assistidas pela creche. “Não adianta dar a cesta para a família e a criança não ter o presente e vice-e-versa. Então, nós atendemos aqui as famílias como um todo. Fazemos isso com as promoções que realizamos. Há ainda toda essa gama de voluntários e pessoas amigas para ajudar a entidade. A gente acredita que está no caminho certo”. O vereador conta que, nas promoções, são os voluntários que trabalham na recepção, na cozinha, na limpeza. “Os barqueiros é que colocam a mão na massa. Nunca aceitamos contratar outras pessoas porque nosso lema é servir e acreditamos nisso”, conclui.

Paulo Siufi, Presidente de honra da Entidade

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Meio Ambiente

Eco Aprendiz Projeto apresenta primeiros resultados

Dentre problemas mais urgentes enfrentados pela humanidade nos dias de hoje está o lixo. Pesquisas apontam que apenas uma pequena parcela do material é coletada de forma seletiva e encaminhada para reciclagem, enquanto milhares de toneladas de materiais recicláveis desaparecem soterrados ou são dispostos a céu aberto nos lixões. Tendo em vista essa realidade, o Setor Pedagógico da Seleta – Quadro Campo Grande lançou, no dia 6 de outubro, o projeto Eco Aprendiz – Reciclando o Presente, Garantindo o Futuro. O Setor promoveu ainda um concurso entre os adolescentes do curso de Auxiliar Administrativo e de Escritório para a escolha do nome do Projeto, cujos vencedores foram Luciano Ortiz e Augusto César da Silva Caetano. O objetivo foi envolver os jovens

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numa iniciativa que busca desenvolver uma nova consciência de responsabilidade social em relação ao meio ambiente. Os adolescentes que concluíram o curso no dia 14 de novembro entregaram ao presidente da Seleta, Gabriel Moreira dos Santos, uma base com quatro coletores de materiais recicláveis, adquirido com recursos da venda de bombons, fatias de bolo e doações. De acordo com a coordenadora Valéria Valli Seffrin, “com esse gesto, cumpriram-se todas as etapas dessa fase do projeto. Em princípio, cada turma de estudantes conseguiria recursos para comprarmos um recipiente de coleta, mas isso não foi possível. Mesmo assim houve um produto. Por isso, agradeço a todos os alunos que se propuseram a trabalhar nesse projeto. A arrecadação de materiais recicláveis continua, por isso convocamos os cidadãos ecológicos para fazerem suas doações”. O material doado é estocado e depois vendido. Com o montante, a coordenação do projeto pretende adquirir equipamentos para implementar as aulas do curso e, em longo prazo, materiais que possibilitem a formação de um escritório modelo, onde os jovens exercitarão o conhecimento específico ensinado no curso. Serviço: As doações de materiais recicláveis são recebidas na Rua Pedro Celestino, 3283 - Bairro São Francisco.

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Artigo

Adolescência

Por: Célia Fernandes Ribas Queiroz Psicóloga CRP 14/ 00509-00

A puberdade, como descreve a psicóloga e terapeuta familiar, Fernanda C. Teixeira, é uma conseqüência natural do desenvolvimento humano, um evento físico com limites de início e término bem definidos. Esse evento tem início no hipotálamo, uma pequena região do cérebro, que começa a produzir substâncias que ativam a hipófise que, por sua vez, envia hormônios estimulantes aos ovários da mulher e aos testículos do homem, iniciando a produção e liberação dos óvulos e esper-

matozóides. “Em resumo, a puberdade é o evento que capacita homens e mulheres para gerarem novas vidas. A partir das mudanças corporais, é iniciado um processo lento e progressivo de desenvolvimento psíquico denominado adolescência”. Segundo a Organização Mundial da Saúde, a adolescência é um período da vida, que começa aos 10 e vai até os 19 anos, e segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente começa aos 12 e vai até os 18 anos, onde acontecem diversas mudanças físicas, psicológicas e comportamentais. O crescimento, nesta fase, é rápido e desproporcional. Os membros se alongam, o corpo emagrece, os ângulos se salientam. A mudança quase que brusca não permite uma adaptação harmônica ao processo. O adolescente não só se sente desajeitado, como é desajeitado, por regular mal o domínio do corpo ao qual ainda não se adaptou. Como sugere a mestra em psicologia, Alaide Degani de Cantone, para se compreender e lidar com adolescentes é fundamental que se conheça essa apa-

rente “patologia”, chamada “Síndrome da Adolescência Normal”, com as seguintes características: 1. Busca de si mesmo e da identidade adulta 2. Tendência grupal 3. Necessidade de intelectualizar e fantasiar 4. Crises religiosas 5. Deslocação temporal 6. Evolução sexual 7. Atitudes sociais reivindicatórias 8. Contradições sucessivas em todas as manifestações de conduta 9. Separação progressiva dos pais 10. Constantes flutuações do humor e do estado de ânimo É também no período da adolescência que os jovens vão iniciar a “construção” de sua opção sexual, isto é, se vão desejar afetiva e sexualmente pessoas do mesmo sexo ou do sexo oposto. “É fundamental que seja qual for a opção sexual que se concretize, a individualidade desta opção seja respeitada pelos adultos e também pelos outros adolescentes”.


entrevista Gabriel Moreira dos Santos Presidente da Seleta Sociedade Caritativa e Humanitária Quadro de Campo Grande

Visão Seleta O senhor está chegando ao fim do seu primeiro ano de mandato. Até agora quais foram as principais conquistas dessa diretoria? Gabriel Moreira Com muita cautela e luta conseguimos sanar as dívidas vencidas da Entidade, que eram muito grandes. Essa sem dúvida foi a nossa maior conquista. Mas quero destacar ainda que resgatamos a imagem da Seleta, que estava desgastada perante os nossos parceiros, comunidade, vizinhos e fizemos com que a Entidade fosse novamente vista com o respeito que merece, sem nunca deixar de lado o social. Quero destacar também a reativação de nossos convênios, tendo em vista que alguns estavam praticamente encerrados, e com muita união e trabalho conseguimos renovar e firmar novos. Conseguimos, ainda ao longo deste ano, tornar rentável o aluguel dos nossos salões, o que antes não era feito. Visão Seleta Quando o senhor assumiu a Seleta, em dezembro, a entidade enfrentava essa grande crise financeira. Como está isso hoje?

Ele completa agora em dezembro, 1 ano como presidente da Seleta / Quadro de Campo Grande e destaca que muitas atividades foram feitas, porém é enfático ao dizer que muitos desafios ainda estão por vir. Gabriel Moreira dos Santos tomou posse em dezembro de 2007 e após uma alteração no Estatuto da Entidade permanece até 2010. Aqui faz um balanço das atividades realizadas e apresenta novos desafios.

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Gabriel Moreira Nosso principal problema eram os bloqueios em nossas contas bancárias em virtude do fim do convênio com o Governo do Estado e que foram deixados pela administração passada. Hoje graças a muita luta conseguimos parcelar dívidas como água, luz, telefone, fornecedores e colocamos as contas em dia, mesmo com alguns bloqueios. Durante esse primeiro ano podemos dizer que passamos resolvendo apenas problemas financeiros.

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Presidente em três momentos: solenidade de posse, reunião com o Departamento Feminino e durante o encerramento do curso de Auxiliar Administrativo e de Escritório

Visão Seleta A partir da sua gestão, o mandato para presidente da entidade passa a ser de três anos, sem direito a reeleição. Como é essa mudança para quem está a frente da diretoria? Gabriel Moreira – Essa alteração em nosso Estatuto vai beneficiar a todos os seletianos, já que são eles que elegem a diretoria. Acredito que quando um presidente tem apenas um mandato, pode praticar as mudanças profundas que a entidade precisa e não fica preocupado com reeleição. Com três anos o mandato tem que ter começo, meio e fim. Visão Seleta Para os próximos anos quais são os projetos da sua administração? Gabriel Moreira No primeiro ano ficamos apenas resolvendo problemas da administração anterior e procuramos nesse período resgatar algumas características fundamentais que estavam esquecidas, ou seja, refazer uma Seleta confiável, acolhedora, social e humanitária. Para os próximos anos queremos continuar com o firme propósito de tonrar a Seleta uma empresa séria, voltada para o social e não para os interesses do presidente ou de uma diretoria.

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Queremos ainda ampliar nossos projetos sociais, valorizando sempre o ser humano, elemento fundamental das nossas atividades sociais. Vamos reativar nossas oficinas, entre elas a de serralheria de alumínio, que começará a funcionar no início do ano. Queremos implantar novos cursos, entre eles o de confeitaria e ainda ampliarmos o nosso curso de Auxiliar Administrativo e de Escritório, que passará a ter duração de cinco meses. Com isso qualificaremos melhor nossos adolescentes para entrarem no mercado de trabalho. Aumentar nossos convênios, parcerias é também nosso objetivo. Quero destacar aqui a importância do Departamento Feminino que muito nos ajudou nesse primeiro ano, principalmente com o projeto Alimentando o Saber, onde foram oferecidas mais de quatro mil refeições aos nossos alunos. Para os próximos dois anos, espero contar com o apoio e colaboração de todos os seletianos, parceiros, colaboradores para que juntos possamos fazer da Seleta uma entidade cada vez melhor. Desejo a todos que tenham um ótimo fim de ano e que em 2009 estejamos juntos novamente.

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Especial de Natal

Ah, o Natal e suas magias! Quem d o Papai Noel colocando um sorris gratidĂŁo, alegria, inocĂŞncia... So de atitudes nobres e rostos sorr os colaboradores, amigos e par continuemos juntos, por um


diz que elas nĂŁo existem, nunca viu so num rosto de criança. Sorriso de orriso de felicidade! É este Natal, ridentes, que desejamos a todos rceiros da Seleta. Que em 2009 m futuro cada vez melhor!


Estilo de Vida

Paixão em duas rodas

Moto Clube reúne aficionados aliando diversão e solidariedade

Márcio Lolli Ghetti, advogado

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Fundado no ano de 2003, em Feira de Santana (BA), o Moto Clube Bodes do Asfalto chegou a Dourados em maio de 2006, quando um membro do grupo veio para Mato Grosso do Sul. Atualmente, o Bodes do Asfalto MC tem sede em Campo Grande, no entanto a facção está dividida ainda entre Dourados e Sidrolândia. De acordo com o coordenador estadual do Moto Clube, Hélio José Marinho, conhecido como Paraíba, a facção conta hoje com 53 membros, sendo que no Brasil são cerca de 2.800 motociclistas. “E a tendência é crescer ainda mais, já que a maçonaria é universal”, diz. No universo dos moto clubes há grupos que se integram pelas mais diversas afinidades, explica Paraíba. “Há moto clubes de harleyros, de motos de maiores e menores cilindradas, femininos, etc. O nosso tem a particularidade de ser para

membros da maçonaria. Para entrar, é preciso ter uma motocicleta, paixão e ser maçon”. Para ele, o prazer de fazer parte dos moto clubes está em juntar os amigos, participar dos encontros e fazer viagens. “Temos vários eventos para motociclistas no Brasil, como os de São Paulo, Rio de Janeiro, santa Catarina, Rio Grande do Sul. Aqui no Estado, o melhor atualmente é o Motorclycle de Ponta Porã. O diferencial é que lá os moto clubes locais é que promovem o evento e ele é beneficente. Já o Moto Road, que é mais conhecido, se tornou comercial a tal ponto que a cada ano diminui o movimento de participantes devido ao custo”, reclama Paraíba. Ele conta que a motocicleta entrou em sua vida desde cedo. “Comecei com uma Garelli, com 13 anos. Eu queria ser piloto de avião. Não consegui ser. Mas hoje tenho uma moto. A sensação do vento nos transforma e nos transporta para o alto. É uma maravilha. Dá pra viajar por 1000 km tranquilamente. No ano passado minha esposa e eu fomos para Curitiba. Foi a vigem muito bacana. Quando chegamos às cidades as pessoas vêem o motociclista caracterizado e adoram. Vem uma criança e depois vem outra, tiram fotos. Todo mundo quer parar para conversar contigo”. Segurança e muito estilo fazem parte da vida do motociclista. Por isso equipamentos utilizados fazem toda diferença: luva, capacete, jaqueta, o colete com brasão - que é a marca do moto clube, calça de couro e botas são itens essenciais. Mas nem só de viagens e aventuras vive um moto clube. Há espaço ainda para o compromisso com ações sociais. Paraíba diz que os trabalhos sociais são práticas freqüentes. “No Natal, por exemplo, costumamos fazer a campanha do agasalho. Promovemos ações no Dia das Crianças também. Nem sempre há uma data específica para a prática. Quando não realizamos,

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Somente o motociclista sabe porque um cão coloca ajudamos outros moto clubes que estão fazendo algum trabalho”. Também membro do Bodes do Asfalto MC, o advogado Márcio Lolli Ghetti conta que a vida de motociclista teve dois períodos. “Tive moto muito jovem, na época era uma de 50cc. A menor moto que havia na época, ela nem existe mais. Como lazer foi de cinco anos pra cá. Hoje minha moto é chamada de samambaia: enfeita varanda! Só uso aos fins de semana. Durante quase 20 anos a moto foi meu único meio de transporte, para o trabalho e pra lazer. Fui para Cuiabá, para o litoral de São Paulo, mesmo com moto de 125cc. Quando me casei vendi a moto para comprar os móveis. Quando minha filha nasceu parti pra um carro. Foi durante muito tempo. Tornei-me advogado. Meu retorno ao motociclismo foi meio sem querer. Fui receber meus honorários e o cliente não tinha dinheiro pra me pagar e me ofereceu uma moto. Fiquei oito meses com ela. Isso me reacendeu a vontade, a paixão pela moto, aí vendi e fui comprando outras maiores”.

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a cara para fora da janela quando anda de carro” (Cachorros de Bugre MC)

Hélio ‘Paraíba’, empresário

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Estilo de Vida

Apesar de participar de um moto clube, Márcio diz que gosta de andar sozinho. “sou cavaleiro solitário. Faço meu trajeto, a minha velocidade, viajo”. Segundo ele, a visão que se tem dos aficionados por motos, como os arruaceiros difundidos nos filmes hollywoodianos tende a se modificar. “No nosso MC mesmo temos delegados, advogados, médicos, inúmeros servidores públicos, dentistas, gente de todas as profissões. Costumamos dizer que motoqueiro é diferente de motociclista. O motoqueiro é o entregador de pizza. O motociclista é quem paga por ela”, brinca. “A diferença básica é o respeito às sinalizações, às leis de transito, a segurança. Dificilmente você vê um motociclista mais maduro fazendo arruaça. Temos a consciência de andar atrás do carro e não ficar costurando o trânsito. Nós pilotamos motos maiores, o que nos dá menos agilidade”.

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Sobre a paixão pela motocicleta, Márcio define que “se apaixonar pela moto é o mesmo que se apaixonar por uma mulher, guardadas as proporções. Eu falo porque tenho uma mulher que adoro, quase 25 anos de casado, tenho uma profissão razoável, um emprego bom, uma condição de vida mais ou menos e a moto é meu verdadeiro hobby. Ou estou com minha família ou estou trabalhando ou estou com minha moto. Ela já foi meu meio de transporte. Hoje a moto é a minha paixão. Com ela você curte, relaxa, não se cansa e bate a cara contra o vento”!

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Reforma

Transformação Ao assistir a um programa pela televisão que transforma cômodos de casas, o diretor da Escola Estadual 26 de Agosto, Milton Cardoso Sobrinho teve a idéia de escrever uma carta pedindo a reforma da biblioteca. Em apenas quatro meses da nova diretoria, o colégio já passa por transformações profundas que começam na mentalidade de estudantes e funcionários.

Diretor da Escola 26 de Agosto propõe mudanças

“O primeiro passo foi pensar no que poderíamos fazer para melhorar a qualidade no ensino dos alunos. Procurei ver o que estimulava o aluno, porque, se a escola é o despertar do saber, o centro disso é a biblioteca. Partindo desse ponto, com uma visão de mudança, ao ver o programa Top Design, pensei que poderia conseguir. Muitas pessoas me disseram que eu queria mudar demais as coisas, falavam que iriam me chamar de doido, mas eu tinha que fazer o que pudesse para que ocorresse essa mudança”, conta o diretor, Milton Cardoso Sobrinho. Mesmo com certo descrédito, Milton enviou a carta para o programa e foi sor-

teado. A produção ficou surpresa ao saber que o cômodo a ser transformado não ficava na casa do diretor, mas numa escola. A produção chegou a olhar o local e avisou que teria que repensar a transformação. “Pensei na hora: perdi! Será que eles desistiram porque perceberam a grande dificuldade do colégio? Mas, ao contrário das expectativas, o programa abraçou a causa”, comemora Milton.


Reforma

Enquanto muitos duvidavam de que a reforma seria realmente feita, a transformação aconteceu. No entanto, algumas dificuldades ainda preocupam o diretor. “É a reforma dos sonhos. Foi colocado ali um material de primeiro mundo! Mas há dificuldades para mantê-la. Esse é outro trabalho a ser feito. Talvez este seja um desafio ainda maior. Apesar disso, fico alegre porque estamos estimulando as crianças e os jovens. Estamos colocando o aluno na biblioteca para ler”. Segundo Milton, com a reforma do local, já se nota diferenças no comportamento dos estudantes. “Antes não havia pesquisa na biblioteca. Ela era um depósito de livros. Ninguém entrava lá, só se

fosse para entulhar alguma coisa. Ou seja, a biblioteca não despertava para o mundo intelectual da leitura. Agora temos um novo ambiente. Temos um novo horário de funcionamento, que começa mais cedo e termina mais tarde para que os estudantes possam chegar antes das aulas e permanecer mais tempo no local. O próximo passo é modernizar o acervo da biblioteca. “Nós tínhamos mais de mil exemplares. Muitos deles repetidos, antigos demais. Também havia livros interessantes para bibliotecas de nível estadual, mas que não eram atrativos aos alunos. Precisamos atualizar os livros para que os estudantes possam pesquisar”, explica Milton. Ele afirma que modificações

decorrentes da nova biblioteca ainda estão por vir. “A proposta pedagógica e a metodologia de ensino da escola vai mudar. Ou seja, a biblioteca é o ponto principal da mudança”. Mudança parece ser a palavra de ordem da nova direção da escola. Por isso optou-se pela reorganização dos espaços, como as salas da coordenação, dos professores e dos funcionários. Foi modificada a estrutura de funcionamento da secretaria, as salas de aula ganharam estantes com livros para que estes sejam trabalhados no local. No intervalo toca-se música para os alunos, escolhida pelos próprios. Mensalmente a prestação de contas é exposta nos murais para que todos tenham acesso. Nesse sentido o diretor é enfático. “Mudar por mudar é burrice. Temos que mudar pra mostrar eficiência”, conclui.


TCE

Reeleito presidente do TCE Cícero de Souza é reeleito e toma posse como presidente do TCE para o biênio 2009/10

O pleno do Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul reelegeu como presidente o Conselheiro Cícero de Souza. Em sessão especial, no dia 04 de novembro, o conselheiro foi eleito, por unanimidade, para presidir a Corte de Contas no biênio 2009/2010 e, ainda, foram eleitos para vice-presidente o conselheiro Paulo Roberto Capiberibe Saldanha e para corregedor o conselheiro Osmar Ferreira Dutra. A posse dos eleitos aconteceu no dia 02 de dezembro, também em sessão especial, e o exercício efetivo da função terá início em 1º de janeiro de 2009. Após a proclamação do resultado, o conselheiro Cícero de Souza afirmou, em entrevista à imprensa, que vai dar continuidade ao trabalho de modernização e informatização do TCE/MS que foi iniciado em sua primeira gestão e também ao Programa de Modernização do Controle Externo (Promoex) executado em parceira com o Ministério do Planejamento e com recursos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). O conselheiro anunciou que irá construir o prédio da Escola Superior de Controle Externo (Es-

coex), que necessita de espaço físico para iniciar as suas atividades. Segundo ele a Escoex vai promover a capacitação e o aperfeiçoamento de servidores e de jurisdicionados. Durante a sessão especial foi realizado o sorteio dos conselheiros que comporão as Câmaras. A primeira Câmara será integrada pelos conselheiros Carlos Ronald Albaneze, José Ricardo Pereira Cabral e Osmar Ferreira Dutra. Já a segunda Câmara pelos conselheiros Augusto Maurício Menezes Wanderley, Paulo Roberto Capiberibe Saldanha e José Ancelmo dos Santos.

Cícero de Souza durante a posse; à direita com Vilson de Freitas Visão Seleta Novembro, Dezembro | 2008

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Voluntariado

O AMOR É CONTAGIOSO O Grupo Solidariedade do Tribunal de Contas do Estado (TCE/MS) promove festas há mais de 10 anos em hospitais de Campo Grande para ajudar na recuperação de crianças internadas nesses locais. Durante a festa, os voluntários fazem a entrega de doces e brinquedos, além de brincadeiras, teatro e música para o encanto de crianças de diferentes idades. O grupo realiza o trabalho social em datas comemorativas como Natal, Páscoa, Festa Junina, Dia das Crianças e das Mães. Entretanto a história dessa iniciativa tem 23 anos e começou quando o funcionário do TCE/MS, Joel Dias, observou um trabalho semelhante no Hospital do Câncer, em São Paulo, onde morava. Ele percebeu que as crianças internadas, mesmo com sérios problemas de saúde, ao verem os palhaços brincando ou trazendo brinquedos esqueciam-se das do-

res por alguns momentos. Algum tempo depois Joel mudouse para Campo Grande e formou família. A filha, Maria Helena, ficou internada por um mês ao nascer. Nesse tempo ele acompanhou de perto como eram os dias num hospital, por isso voltou a pensar em realizar uma ação social, mas não sabia como começar. Arrecadou 15 brinquedos e três sacos de balas e entregou. Abandonou o voluntariado por cerca de seis anos até que, num Natal, soube que a Santa Casa precisava de ajuda para fazer uma festa para as crianças que não poderiam voltar para suas casas naquela data. Foi quando resolveu voltar ao trabalho. “Então corri atrás de doações. Consegui 30 brinquedos. Eu mesmo fiz o bolo, confeitei, levei bonecos de fantoches e fomos realizar a ação. Desde os seis anos de idade Maria

Helena participava da promoção das festas com autorização do hospital. Foi assim que tudo começou”, conta Joel. Ao conversar sobre o assunto, conseguiu apoio dos colegas do TCE, que também passaram a trabalhar pela causa. O número de doações começou a aumentar. Ao invés de apenas entregá-las, os voluntários passaram a ir até os quartos dos hospitais para divertir os pequenos pacientes. Além de brinquedos e alimentos, os voluntários arrecadam fraldas e materiais de higiene pessoal. “Muitas crianças passam meses internadas e são carentes. Às vezes, as mães não têm condições de comprar mais sabonetes, creme dental”, explica Joel. Cada uma das festas é diferente, pois nada é programado. Sempre há surpresas e alegria, mesmo nos dias de pouco ânimo. Ele lembra uma ocasião em que estava no saguão do hospital


acompanhado da coreógrafa Luciana Petengil, esperando para entrar nos quartos. “Estávamos lá por respeito às crianças, mas nenhum de nós estava com vontade de brincar naquele dia. Mas posso dizer que foi a melhor festa que fizemos. Na saída até choramos”. Para Maria Helena e Anne Caroline Matarezio, filhas de Joel e ex-alunas do curso de Auxiliar Administrativo e de Escritório da Seleta, “o que fazemos não é um trabalho, é a vontade de ajudar a quem precisa”. Elas participam das ações e convidam os amigos e vizinhos para fazer parte das festas. Alguns adolescentes conhecidos pelas irmãs na Seleta também viraram voluntários: Stephen Escobar, Magno Diego Balbuena, Juliane Peixoto e Sâmela Lima. “O número de participantes varia. Chamamos os amigos que chamam

outros amigos”, diz Anne. “Também colocamos avisos no Orkut e as pessoas entram no perfil para perguntar o que devem fazer para participar”, conta Maria Helena. Por se tratar de uma ação voluntária, o Grupo Solidariedade não recebe recursos financeiros, mas, segundo Joel, muito se consegue com o suporte de amigos e parceiros. Ele aponta que, certa vez, teve que desembolsar o próprio dinheiro para comprar todo o material necessário para a festa, pois não houve doações suficientes. “Mas também houve um caso de uma doação muito grande. Até hoje, se me perguntarem, não saberia dizer de quem foi. Então, como a coisa é de Deus e de boa vontade, vamos conseguindo trabalhar”. Como o trabalho é feito em locais onde a realidade geralmente é de dor e sofrimento, nem tudo são flores, no entanto

Joel acredita que sempre há uma lição a aprender. No Dia das Crianças passado, ele recorda uma situação complicada ocorrida no hospital. “Havia um garoto internado que a toda hora perguntava aos enfermeiros quando a festa iria começar, tamanha era sua expectativa. Daí explicaram que ele tinha que dormir e que, no dia seguinte, é que a comemoração seria preparada. Ele faleceu naquela madrugada. Às 4h30. Quando chegamos e soubemos do ocorrido pensamos em fazer uma festa menor, mas a mãe do menino insistiu para que a ação fosse feita como sempre. Então programamos duas horas de festa, mas acabamos brincando por cinco horas. Foi a coisa mais bonita. E é isso que vale”. Serviço: Saiba mais sobre o projeto pelo fone: (67) 3317-1538 com Wania Zogbi/ Joel Dias.


Confraternização

É festa!

Adolescentes da Seleta encerram 2008 em clima de descontração, alegria e amizade

Para encerrar 2008 com muita alegria e comemorar as conquistas ao longo do ano, adolescentes que estão no mercado de trabalho e a última turma do curso de Auxiliar Administrativo e de Escritório da Seleta estiveram reunidos no dia 07 de dezembro, no salão social da Entidade, para fechar o ano com chave de ouro. O clima não poderia ser melhor. Muita animação, descontração e principalmente a integração entre os jovens, diretores e professores da Seleta fizeram do almoço de domingo uma grande festa. O presidente da Entidade, Gabriel Moreira dos Santos ressaltou que essa integração é muito importante. “Quero agradecer a presença de todos, e dizer que a Seleta sempre está de portas abertas para vocês. Esse encontro nos permite estreitar laços e conhecer um pouco melhor cada um aqui presente”. Organizada pelo Setor Social e com a participação dos funcionários do Setor Pedagógico, a festa de encerramento contou com a animação dos jovens e revelou grandes talentos. Entre as apresentações de música, o jovem Fernando arrancou aplausos da platéia ao cantar uma música de composição própria. E foi com essa descontração e animação que os jovens encerraram 2008. Conforme a assistente social, Lilia Gonçalves ver todos esses jovens juntos e a cada dia conquistando seu espaço é muito gratificante. Para 2009 a festa promete ser ainda melhor. A diretoria da Entidade deseja a todos os adolescentes um Feliz Natal e um Ano Novo de muita paz, saúde e sucesso.

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Departamento Feminino

Seletianas se dedicam

às ações sociais

Adolescentes prestam homenagem ao Dep. Feminino em agradecimento as mais de 4 mil refeições oferecidas. Em destaque a diretora , Marisa Bernard Pereira

Um grupo de mulheres e um objetivo em comum: realizar atividades sociais que ajudem o próximo. É esse o trabalho que vem sendo desenvolvido pelas seletianas do Departamento Feminino da Seleta. Eleita no início de 2008, a nova diretoria já realizou diversas atividades, entre elas o Projeto Alimentando o Saber, que oferece gratuitamente almoço para os adolescentes que freqüentam o curso de Auxiliar Administrativo e de Escritório e que não conseguem ir para casa almoçar ou que já vêm direto da escola para o curso; festa em homenagem às crianças carentes; doações de roupas, calçados e alimentos, além de ajudar a diretoria da Entidade em seus diversos eventos. Para a diretora do Departamento Feminino, Marisa Bernard Pereira a participação da mulher seletiana é de extrema importância. “Nós mulheres temos que nos conscientizar que desenvolvemos um

papel importante dentro da entidade, principalmente na área social onde podemos ajudar os mais carentes”. Ela ressalta ainda que as seletianas não devem apenas ajudar os que estão fora da Entidade. “Nós temos que zelar também pelos membros da nossa Entidade, promovendo a integração entre as famílias seletianas”. Em 2009 o trabalho continua. Conforme a diretoria do Departamento Feminino as ações sociais terão continuidade. “Para o próximo ano esperamos atender mais pessoas, fazer mais doações e por isso queremos contar com o apoio de toda sociedade, porque somente somando forças é que poderemos ampliar nosso trabalho. Agradecemos o apoio recebido de toda diretoria da Seleta, e que em 2009 possamos crescer ainda mais”, destaca a 1ª tesoureira, Creuza Neves Souza.


A Chave do Sucesso

Escola Profissionalizante

a chave do sucesso

Equipe da Escola Profissionalizante 26 de Agosto

Há mais de 50 anos a Escola Profissionalizante 26 de Agosto da Seleta é a porta para o mercado de trabalho para centenas de pessoas. Elas buscam cursos nas mais diversas áreas para aprenderem algo novo e encontram neles a chance de ter seu próprio negócio. É assim desde que foi criada e formou a primeira turma de profissionais. “A escola é muito importante para a Seleta, bem como para a comunidade que participa de nossos cursos. É a chance de muitos iniciarem uma nova vida”, destaca dona Ilda Garcia Prado, que desde 2000 é responsável pela secretaria da escola. Ela que começou na escola como professora de corte e costura, em 01 agosto de 1980, já viu muita gente sair dali profissional e ganhar espaço no mercado de trabalho. “A maioria das pessoas que passam por aqui conseguem abrir seu próprio negócio, principalmente na área de embelezamento. Muitas já possuem seu próprio salão”, revela. Durante todo o ano cerca de 350 pessoas freqüentam os cursos oferecidos pela escola, como cabeleireiro, manicure, depilação, corte e costura, pin-

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Realizar ações sociais junto à comunidade é umas das principais atividades da Escola

tura em tela e tecido, além de bordado à maquina, crochê e tricô. Os cursos são abertos á toda comunidade, inclusive de outros municípios. A escola, além dos cursos, presta atendimento à comunidade, com corte de cabelo gratuito, manicure, tinturas e depilação. Mas as atividades não param por ai. Os alunos da escola participam também de ações sociais, onde realizam cortes de cabelo, depilação e manicure gratuitos. “Já atendemos em Rochedo, Indubrasil, no Presídio Feminino, na Santa Casa, Asilo São João Bosco, entre outros locais. É a oportunidade dos alunos colocarem em prática o que aprendem aqui na escola”, relata dona Ilda. Os interessados em participar de algum curso oferecido pela escola, devem procurar a secretaria da escola a partir do dia 19 de janeiro de 2009.

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A Chave do Sucesso

Quando a determinação e força de vontade falam mais alto...

Maria Aparecida, mãe e companheira ao lado de Aninha, que demonstra a sua grande força de vontade e alegria de viver

Entre as diversas alunas da Escola Profissionalizante 26 de Agosto, uma delas se destaca. Ana Cristina Gonçalves, ou apenas Aninha, como todos a conhecem. Aninha é um exemplo de determinação, força de vontade e acima de tudo de coragem. Ela é aluna do curso de pintura em tela, ministrado atualmente pela professora Lucia Maria Pereira. Até aqui nada de estranho, se não fosse uma meningite contraída antes de completar seu primeiro ano de vida. Com o diagnóstico da doença, Aninha passou seu primeiro aniversário no isolamento do hospital São Lucas, na cidade de Londrina/PR, e somente 30

João Maciel Neto Presidente do Pecúlio

dias após foi liberada e retornou ao convívio familiar. Segundo Maria Aparecida, mãe e fiel companheira de Aninha, as seqüelas foram graves e ela perdeu a fala e todos os movimentos. “Foi aí que começamos a enfrentar um verdadeiro calvário, correndo atrás de médicos, hospitais, fisioterapias, orações, enfim tudo que estava ao nosso alcance, nós fazíamos”. Os anos foram passando e Aninha, aos três anos de idade mudou-se para Campo Grande. Na Capital foram diversos tratamentos, cirurgias corretivas, até que aos sete anos conseguiu dar os primeiros passos. Aos 13 anos começou a freqüentar a escola regular e a escola Raio de Sol, atual Pestalozzi. Lá permaneceu até os 24 anos e depois disso passou pelas escolas Lúcia Martins Coelho, Maestro Lieberman e 26 de Agosto. Mas o talento para arte foi descoberto no ano de 1992 e Aninha provou que sua garra e determinação iam leva-lá além do esperado. “A Aninha é talentosa, tem sensibilidade e gosta do que faz”, revela a mãe, sua grande incentivadora. Encantadora, sensível, e que com seus gestos, demonstra a alegria que tem em viver, ela contagia todos que estão ao seu lado. Sem dúvida Aninha é mais um exemplo de que quando existe determinação e força de vontade podemos superar todos os nossos desafios.

Que neste Natal Aquela magia toda guardada durante todo o ano Venha presente nos corações daqueles que festejam o amor. Que não apenas seja uma comemoração, Mas um início para uma nova geração. O Natal simboliza nova vida, Pois nele comemoramos o nascimento do Homem Que modificou a nossa maneira de ver o mundo. Trazendo-nos amor e esperança. Que neste natal sejam confraternizados todos os desejos De um mundo melhor. Que todos estabeleçam um novo vigor de humanidade. E que nada seja mais forte do que a união Daqueles que brindam o afeto entre eles. Feliz Natal e Próspero Ano Novo!!! São os votos da diretoria do Pecúlio da S::S::C::H::

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Onde está a crise.... E as pessoas compravam. Com isso, aumentou os pedidos e acabou construindo uma boa mercearia. Então, mandou buscar o filho, que estudava na universidade para ajudá-lo a tocar o negócio, e alguma coisa aconteceu. O filho veio e disse: - Papai, o senhor não tem ouvido rádio? Não tem lido os jornais? Há uma crise muito séria e a situação internacional é perigosíssima! Diante disso, o pai pensou: - Meu filho está na universidade! Ouve rádio e lê jornais, portanto deve saber o que está dizendo! E então reduziu os pedidos, tirou o cartaz da beira da estrada e não ficou por ali, apregoando suas laranjas. As vendas caíram do dia para a noite, e ele disse ao filho, convencido: - Você tinha razão, meu filho, a crise é muito séria!” Seja criativo, acorde cedo, trabalhe...até assustar a crise!! Um Feliz Natal a todos e um ótimo 2009!! Se ele morreu de braços abertos, porque devemos cruzar os nossos? Salvador Ferreira dos Santos CAV::Torre Azul::

Senhor, O Natal não será Natal se não ajoelharmos perante Tua sabedoria para fazermos aqueles pedidos de que Tua bondade já sabe que precisamos: dê um jeitinho de acabar com as guerras. Não só as de lá, mas as nossas de cada dia; conforta nossos corações com a palavra esperança; ajuda-nos a manter viva a chama das novas e antigas amizades; e que o milagre do encontro seja sempre multiplicado. Peço Tua benção para os nossos anunciantes, leitores e, em especial, para essa família maravilhosa que me acolhe há cinco anos. Gostaria de poder citar o nome de cada um dos meus irmãos, mas como são muitos – são mais de oitenta, vou falar em nome de um, o Rodiney, desejando a todos um Feliz Natal e um Ano novo mais feliz ainda! Amém! Gilbraz Marques Gerente Administrativo

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Campo Grande

Em clima de Natal Mais de 1 milhão de lâmpadas enfeitam a cidade morena

O clima de Natal já está nas ruas de Campo Grande. São milhares de lâmpadas, cores, enfeites tudo para deixar a nossa cidade mais charmosa e os campo-grandenses com os olhos deslumbrados. Nessa época do ano é quase impossível não nos sensibilizarmos com o espírito natalino que vemos nas ruas. Para deixar a cidade ainda mais bonita, a prefeitura de Campo Grande inaugurou no dia 05 de dezembro, a Praça do Natal. Montada nos altos da Avenida Afonso Pena com uma árvore de 30 metros de altura, presépio, brinquedo pula-pula, área de alimentação, palco e a Casinha do Papai Noel a praça já pode ser visitada. A cerimônia de inauguração teve a presença do prefeito Nelson Trad Filho e da primeira dama, Antonieta Trad que vão acionaram a iluminação natalina de Campo Grande que conta com mais de um milhão de lâmpadas espalhadas por diversos pontos da cidade. Todo o processo de montagem da Praça do Natal

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foi acompanhado pela primeira dama, Antonieta Trad. Segundo ela, o projeto da Árvore de Natal, idealizado pelo arquiteto Paulo Hernandez, tem lâmpadas especiais “led” que vão chamar a atenção pela beleza. Para as crianças, a Casinha do Papai Noel feita em madeira será o atrativo principal. A casa tem sala, quarto, cozinha com direito a fogão e mobiliário e abrigará o Papai Noel que estará recepcionando os pequenos visitantes. Nos dias de semana, a visitação será durante a noite e, durante todo o dia, nos finais de semana. Os jardins, as árvores enfeitadas e iluminadas e o Presépio Natalino serão responsáveis pelo clima natalino passando os valores de amor, fraternidade e paz transmitidos por Jesus Cristo. Segundo Antonieta Trad, as crianças terão momentos de encantamento na praça vivendo o sonho de Natal. Além de atrações para o público infantil, a praça terá espaços de alimentação e apresentações de cantatas de Natal que vão acontecer no palco montado em frente ao Parque das Nações Indígenas, próximo à Casinha do Papai Noel. A decoração natalina também enfeita as principais praças, as saídas da cidade, o centro comercial e as ruas de maior fluxo das Moreninhas. As luzes de Natal estão também na Avenida Zahran, na Via Morena e pontos turísticos. Os pontos turísticos da cidade como a Morada dos Bais, o Lago do Amor, a Praça do Papa, as praças Ary Coelho e do Rádio Clube também receberam luzes que retratam as cenas da história cristã.

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Mensagens escritas pelos adolecentes do Curso de Auxiliar Administrativo de Escritório

a harmonia Que a paz e sus do menino Je bre você prevaleça so neste Natal! Gleicymara

s

Conde Mira tutino

Turma I - Ma

passa um ano se ca. A is a m l, ta a fi N esperança e a mesma e não receber aped esperança tes, mas sim de um n e nas pres or! futuro melh Ayala Espíndola Wellyngton Matutino Turma II –

Um feliz Natal e Ano Novo para todos os que passaram pela S::S::C::H:: durante o ano de 2008!

Que sua vida seja repleta de paz, amor e muita felicidade! Renan Campos Turma I – Matutino

Genison Gomes Turma I - Matutino

possQue ne o mamos daste Nata elh l r solidor prese recebe aried ente: r Cam ade! a ila A raujo Tur ma I

Cun ha atut ino

I–M

Boas Festas!




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