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BOVINOCULTURA DE LEITE

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PECUÁRIA DE CORTE

PECUÁRIA DE CORTE

Câmara Setorial do Leite e Derivados, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), tem um novo presidente. No dia 20 de janeiro, o presidente da Comissão Técnica de Bovinocultura de Leite da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP), Ronei Volpi, assumiu o posto, referendado pela ministra da Agricultura, Tereza Cristina. Volpi é o primeiro representante da região Sul a presidir a câmara. A nomeação rompeu uma dupla tradição. Primeiro, porque o colegiado tinha por praxe estabelecer uma lista tríplice, a partir da qual o Mapa escolhia o presidente. Volpi foi indicado de forma unânime pelo setor. Ainda, a escolha do representante da FAEP colocou a região Sul no cargo mais importante da Câmara, até então ocupado por Rodrigo Alvin, de Minas Gerais. “Agradeço o apoio de todos os que se empenham para fazer a cadeia de lácteos mais forte. Eu só me encorajo a encarar esse novo desafio na Câmara Setorial porque tenho todo esse apoio do setor produtivo como um todo. Me proponho a fazer o melhor trabalho possível e dedicar todo o meu empenho dentro da Câmara setorial, que se trata de uma instituição com caráter consultivo com canal direto com o Ministério. Temos ainda a vantagem de ter, além da presidência da Câmara, um representante da Aliança Láctea junto conosco”, destaca Volpi. Ao longo da sua atuação, o colegiado desenvolve ações e ajuda o Mapa na formulação de políticas públicas que fortaleçam a atividade. Diante disso, o novo presidente tem, entre outros desafios, a implementação das Instruções Normativas (INs) 76 e 77 do Mapa, que estabelecem critérios para produção e captação de leite cru, pasteurizado e tipo A. Na avaliação do líder do setor, essas normativas vão exigir uma grande organização do segmento, mas podem implicar em avanços a partir do momento em que produtores e indústrias se estruturarem para cumpri-las.

Volpi é formado em medicina veterinária pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), no Rio Grande do Sul. Hoje é diretor executivo do Fundo de Desenvolvimento da Agropecuária da Agropecuária do Paraná (Fundepec).

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Três décadas atrás, Volpi começou na atividade leiteira, tornando-se gerente de lácteos da Cooperativa Agroindustrial Witmarsum e iniciando sua própria produção de leite – com gado holandês puro. Como líder do setor, ele foi um dos idealizadores do Conselho Paritário de Produtores/Indústrias de Leite do Paraná (Conseleite-PR) – primeiro colegiado deste tipo no país e que trouxe mais transparência à cadeia produtiva do Estado. O líder também esteve à frente da criação da Aliança Láctea Sul-Brasileira, que congrega representantes dos três Estados da região. Além disso, Volpi foi superintendente do SENAR-PR por 18 anos. REPRESENTANTE DA FAEP ASSUME PRESIDÊNCIA DA CÂMARA SETORIAL DO LEITE DO MAPA A Atuação Perfil

m professor que iniciou a vida como técnico agrícola chega aos 50 anos de formação naquela profissão rural atribuindo suas vitórias a uma visão empreendedora aplicada à carreira – a disposição de ampliar conhecimentos e partir de sua terra natal para diferentes regiões brasileiras. Gaúcho de Guaíba, com mestrado pela Universidade Federal de Pelotas-RS (na área de tecnologia de sementes) e aposentado, Roni Antônio Garcia da Silva rememorou sua caminhada ao conversar com a REVISTA DO PRODUTOR RURAL. Conforme relatou, o curso de técnico agrícola, na Escola de Agricultura Luiz Alves de Carvalho, em Viamão- -RS, foi concluído em 1969. Depois de estágio no Instituto Gaúcho de Reforma Agrária, o jovem viu um anúncio no jornal e se interessou em atuar na Associação de Crédito e Extensão Rural de Santa Catarina, que estava contratando. Partiu em 1970, sem hesitar, para Florianópolis. “Fui escalado para trabalhar na cidade de Palmitos, no oeste de Santa Catarina”, relembrou. Lá, ele também encontraria sua futura esposa, Lenira, companheira de toda uma vida. Em 1972, o técnico agrícola foi aprovado em concurso nacional para fiscal rural do Banco da Amazônia. “Passei em 8º lugar”, orgulha-se com um sorriso. E seguiu de novo, agora para Belém, para treinamento naquela instituição financeira. Com bom humor, ele diz que, apesar da distância, reafirmou o compromisso com a namorada, mencionando trecho do telegrama que enviou antes de retornar ao Sul por uns dias: “Na terça, vou a Porto Alegre me despedir da minha mãe. Na quarta, estou viaProf. Roni Garcia: U

jando para Palmitos. Casamos no sábado”. Após um período trabalhando para o banco em Barra do Garça, um ex-colega, que possuía escritório de planejamento em Pato Branco, o convidou para a filial que estava abrindo em Guarapuava. “Eles estavam expandindo”, lembrou. Naquela época, observou Garcia da Silva, abriu concurso para preparar professores para o ensino médio na antiga FAFIG. “E lá foi o Roni”, completou. Em 1977, fez vestibular e passou para Geografia. Em 1981, prestou e passou em novo vestibular, para Administração, começando sua segunda graduação. Em 1984, foi convidado a trabalhar como técnico de vendas numa indústria química britânica no Paraná. Mas seria como professor que ele afirmaria seu desejo de ampliar conhecimentos e compartilhá-los, dedicando-se àquela carreira no ensino superior, durante 35 anos, até se aposentar em novembro de 2019. Nesse meio tempo, seu espírito de busca de novos desafios o levou a participar ainda de um importante momento da capacitação rural no Paraná: “Em agosto de 2003, a FAEP encarregou o SENAR-PR de organizar o primeiro curso de Empreendedor Rural para futuros profissionais que iriam capacitar os jovens rurais. Me candidatei. Foi o melhor curso de capacitação que eu já tive”, avaliou. Tendo chegado longe em sua formação, o professor prossegue valorizando seu caminho inicial. “Me realizei profissionalmente como técnico, como administrador. O técnico é que faz esta intermediação entre o que alguém planejou e alguém que vai executar, ele é o funcionário”, analisa. E mantendo seu espírito jovem e empreendedor, ele cogita novos planos: “Estou querendo criar uma empresa de tratamento de sementes”, conclui. ORGULHO DE COMEÇAR COMO TÉCNICO AGRÍCOLA

esde 1991, atuando em diversos ramos do agronegócio, em Guarapuava e região, a Guarácampo é reconhecida pela qualidade na prestação de serviços e venda de produtos. A armazenagem de grãos é um dos serviços ofertados aos produtores rurais. Com o período de colheita de grãos de verão, especificamente soja e milho na região, muitos produtores se preocupam com a armazenagem do produto. E por não possuírem espaço adequado, muitas vezes fazem a venda imediata do grão por um preço insatisfatório. É neste momento que o produtor rural pode contar com a Guarácampo. “Nós oferecemos uma estrutura com GUARÁCAMPO OFERECE SERVIÇO DIFERENCIADO NA ARMAZENAGEM DE GRÃOS D padrão de qualidade para armazenamento de cereais. Contamos com um armazém exclusivo para milho e outro para soja. Então, o produtor pode armazenar os dois cereais simultaneamente. A capacidade da estrutura para armazenamento para o milho é de, em média, 20 mil toneladas e para soja, 30 mil toneladas”, observa o gerente de armazenagem, Edson Omar Carollo. O diferencial da Guarácampo está na forma em que presta o serviço, oferecendo muito mais liberdade para o produtor rural. “O modelo de recebimento diferencia-se de outras empresas, porque mesmo o produto estando armazenado na nossa empresa, ele continua sendo do produtor rural, o produto fica disponível. A Guarácampo pode ir em busca de um corretor para o produtor e sugerir a venda, mas a escolha é do produtor, vender quando ele quiser, para quem ele quiser e pelo preço que desejar. Ou seja, é como se fosse um espaço locado e o produto pode ser retirado a qualquer momento”, explica Carollo. Na cobrança da taxa de serviço, está considerado a armazenagem do produto até o final de julho, onde, após esta data, será cobrado quinzenalmente uma nova tarifa sobre a quantidade em depósito. E se o produto for vendido para Guarácampo, as taxas podem ser renegociadas. Para mais informações sobre a contratação deste serviço, basta comparecer na empresa e conversar com a equipe de armazenagem. CAPACIDADE MÉDIA DE ARMAZENAGEM 20mil 30mil toneladas toneladas SOJAMILHO

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