2ª CAPA
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EXPEDIENTE REVISTA LUBGRAX Ano I Nº 3 – Março/Abril 2010
Capa:
Imagem: Shutterstock Produção: Sérgio Rodrigues Diretor
Sérgio Ávila Editoras responsáveis
Maristela Rizzo – MTB 25.781 maristela@lubgrax.com.br Miriam Mazzi – MTB 20.465 miriam@lubgrax.com.br Edição de arte e Editoração
Alex Andrade alex@artediagramacao.com.br Editora de fotografia
Iara Morselli iara@lubgrax.com.br
Marketing e eventos
Sérgio Rodrigues sergiorodrigues@lubgrax.com.br Gerente comercial
Fernando Mila fernando@lubgrax.com.br Circulação e assinaturas
Milene P. Camargo milene@lubgrax.com.br Tradução
Marcio Mendonça marcio.mendonca@uol.com.br Pré-impressão e Impressão
Ipsis Gráfica e Editora
Lubgrax é uma publicação da Sergio Avila Editora e Eventos, dirigida a profissionais e executivos de toda a cadeia produtiva de lubrificantes, óleos, fluidos e graxas, associações, entidades, universidades entre outros. Circulação: Nacional
Tiragem: 5 mil exemplares
Rua da Consolação, 359 – conjunto 14 01301-000 – São Paulo, SP, Brasil Tel (11) 3151-5140 sergioavilaeditora@sergioavilaeditora.com.br
ASSINATURAS
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EDITORIAL A HORA É AGORA
S
e até aqui as novas atitudes em relação ao ambiente, na maior parte das vezes, não extrapolaram o campo da teoria, as ações empreendidas por empresas de todos os setores, principalmente as relacionadas direta ou indiretamente com o universo químico, dão mostras que a prática se tornará cada vez mais uma questão crucial de sobrevivência e sucesso. O que antes direcionava as estratégias de longo prazo teve de ser rapidamente revisto em função da degradação acelerada – e comprovada – do ecossistema. A rota “verde” não é mais uma tendência, mas uma necessidade premente, que precisa ser atendida imediatamente. Neste cenário, trafegam todas as empresas, como os fabricantes de fluidos e óleos para metais e aço, retratados nesta edição. De uma forma geral, o mercado de metalworking prepara-se para aproveitar um momento econômico bastante otimista. Puxado pela forte expansão da indústria automotiva, realização da Copa do Mundo e Olimpíadas, além das possibilidades abertas com a exploração da camada pré-sal, o setor traça suas metas com os pés fincados tanto no desenvolvimento de produtos mais ecológicos – diminuição de substâncias tóxicas nas formulações é uma exigência – quanto na redução de seu descarte, já que a destinação de resíduos de lubrificação é um fardo pesado e caro a ser administrado. A Agência Nacional do Petróleo – conforme a superintendente de Biocombustíveis e de Qualidade de Produtos, Rosângela Moreira de Araújo, entrevistada nesta edição – também abraçou a causa ambiental. De acordo com as metas estabelecidas pela agência, uma das prioridades é a fiscalização das boas práticas de conservação e uso racional do petróleo, seus derivados, gás natural e biocombustíveis e de preservação do meio ambiente. Outros exemplos de ações práticas não faltam: a Cosan Combustíveis e Lubrificantes está apostando alto em um lubrificante de base semissintética que proporciona até 4% de economia do combustível. Recentemente, a Novozymes Latin America anunciou a segunda geração do etanol, feito do bagaço da cana-de-açúcar. Até mesmo o Ebdquim – Encontro Brasileiro de Distribuidores de Produtos Químicos, realizado em março na capital paulista, usou como mote o desenvolvimento sustentável do setor, convocando palestrantes para deflagrar a importância de o mercado químico e petroquímico ampliarem suas ações e estratégias voltadas ao desenvolvimento de produtos e serviços em prol do ambiente e da sociedade. A ITW, que vem crescendo por meio da incorporação de outras empresas, engrossa a lista, desde os cuidados com a construção da fábrica em Embu (SP), situada numa área de mananciais, até a “nacionalização” da filosofia fortemente ambiental da inglesa Rocol, uma das empresas adquiridas e hoje uma de suas divisões, conforme pode ser conferido no Caderno Graxos. Como se observa, a constatação é clara: não há mais como adiar projetos ou investimentos. A saúde do planeta está em alerta máximo e carece de cuidados imediatos. Às empresas cabe iniciar o tratamento. Como cantou Geraldo Vandré, “quem sabe faz a hora, não espera acontecer”.
Boa leitura! Miriam Mazzi Revista LUBGRAX • março/abril 2010 •
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SUMÁRIO Editorial
3
Cartas
6
Lube News
8
Entrevista – ANP
12
Perfil do fabricante – Cosan
12
18
Combustíveis e Lubrificantes
16
Metalworking
18
Gente – Castrol
30
Gente – Oxiteno
32
Notícias & Produtos
34
Perfil do fornecedor – Metachem
38
Lubgrax Meeting
41
Artigo – Agecom
42
Case técnico – Bardahl
44
Ceras – BYK Additives & Instruments
48
Guia de Produtos
57
Editorialista Convidada
58
CADERNOS GRAXOS – VEGETAIS E ANIMAIS
52 4• Sumario_03.indd 4
Distribuição – 5º Ebdquim
50
Entrevista – ITW
52
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RELAÇÃO DE ANUNCIANTES EMPRESA
PÁGINA
EMPRESA
PÁGINA
Aboissa - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 3ª capa
Makeni - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 27
Agecom - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 07
Munzing/Trayan - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 4ª capa
Arch Biocides - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 57
Petrodidática - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 15
Arinos - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 57
quantiQ - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 57
Bandeirante Brazmo - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 47 e 57
Química Anastácio - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 57
D’Altomare - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 57
Quimica&Petroquímica - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 55
Informex - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 33
Resitec/Miracema - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 2ª capa
Lanxess/RheinChemie - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 57
Solven - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 23
Lubgrax Meeting - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 37
Uniamérica - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 57
Lwart - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 35
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CARTAS
ESCLARECIMENTOS CLARIANT
CONTEÚDO DE PRIMEIRA
Cumprimentamos a editora pela iniciativa de desenvolver uma revista especialmente dirigida ao mercado de lubrificantes, criando a oportunidade de intercâmbio de informações e fortalecimento do setor. Para a Clariant, é uma satisfação participar como fonte nas matérias e contribuir ativamente com a publicação. Na edição janeiro/fevereiro de 2010, no entanto, identificamos alguns pontos de nossa entrevista que demandam esclarecimentos. Com o objetivo de apoiar o jornalista e facilitar o entendimento de assunto tão técnico, utilizamos linguagem mais coloquial, o que gerou a divulgação de informações incorretas, que merecem ser retificadas. Desta forma, gostaríamos de registrar algumas correções na matéria “Miscigenar para Lubrificar”, conforme destacamos na sequência. O tensoativo é um aditivo utilizado em sistemas que são originariamente incompatíveis entre si, tais como óleo e água. É matéria-prima fundamental em formulações de lubrificantes emulsionáveis em água, formando emulsões verdadeiras ou semi-sintéticas que são aplicadas em diversas operações de corte, deformação e conformação de superfícies metálicas. Produzimos no Brasil tensoativos de algumas cadeias graxas e diferentes relações de óxido de etileno e propileno, adequando o produto às condições de uso dos nossos clientes. A Clariant se destaca no Brasil por ser um fornecedor que trabalha com o portfólio mais completo e disponível localmente para os segmentos de metalmecânica e lubrificantes. São poliglicóis solúveis em água, ésteres, surfactantes, anticorrosivos, aditivos de extrema pressão, biocidas, fungicidas e antiespumantes. Podemos oferecer segurança ao nosso cliente formulador, pois temos amplo conhecimento da aplicação de nosso portfólio. À medida que as operações industriais avançam em bases tecnológicas, os sistemas de lubrificação/refrigeração ficam mais complexos, viabilizando a utilização de formulações mais sofisticadas. Assumimos uma posição de cautela quanto ao crescimento do mercado tendo em vista as condições atuais do Brasil, que tem pela frente desafios ligados à infraestrutura.
Gostaria de agradecer à Sérgio Avila Editora e Eventos pelo envio de exemplar da primeira edição da revista Lubgrax. Apreciei a forma e, principalmente, o conteúdo da revista, de onde procurei tirar algumas informações. A Thor Brasil Ltda é a subsidiária brasileira da Thor-UK, empresa britânica do segmento de biocidas e retardantes de chama para várias aplicações. Em relação ao segmento foco da revista, tenho interesse específico sobre o nicho de mercado metalworking. Como uma eventual sugestão de pauta para as próximas edições, tomo a liberdade de indicar-lhes este tema, assim como a utilização de biocidas nesta aplicação. Agradeço novamente pela atenção, desculpando-me, de antemão, sobre a audácia de propor-lhes uma ideia de matéria. Abraços e parabéns pela edição. Gostei muito do que li. Cordiais saudações. Ridnei Brenna Gerente comercial Thor Brasil
LUZ SOBRE O MERCADO DE LUBRIFICANTES A revista deste mês conta com excelente conteúdo. Foi realmente esclarecedor ler a respeito do mercado de lubrificantes brasileiro. E quando a revista vai ao encontro do conhecimento inegável apresentado pelo Sr. Eduardo Polati, do setor de lubrificantes brasileiro, e lança luz de maneira imparcial sob o assunto, nos leva a crer que a Lubgrax está no caminho certo. Parabéns pela entrevista.
Agradecemos a atenção. Márcia Rios Gerente de Industrial Application para a América Latina Clariant
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Everton Ferreira Dutra Technical Sales Emery Oleochemicals Latin America
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LUBE NEWS IN TUNE WITH MODERNITY Metachem made its debut in the Brazilian mar-
are mean to and do allow, shelter and govern life
since 1910. In 1955, Mobil Oil do Brasil Indústria
in all of its forms.”
e Comércio Ltda. Was created. In 2000, the mer-
ket 22 years ago, when it was founded by a Brazil-
However, the scope of the term is much broader
ger between oil giants Exxon and Mobil resulted in
ian and an Israeli professional who combined their
and more extensive that. The term “environment”, as
the formation of ExxonMobil Corporation. In Brazil,
know-how in foreign trade and chemical distribu-
defined in the Constitution, article 225 and Law no.
Mobil products used to be marketed by ExxonMobil
tion. The oleochemical segment (tall oil derivatives)
6,938/1, depicts not only the notion of space, a
through Esso Brasileira de Petróleo Ltda.
was the cornerstone of a business which gradually
mere environment, but goes much further than that
The highlight in the Automobile Business group
incorporated trade in organic acid salts (calcium
to include an interaction between everything located
is the Mobil Super line of state-of-the-art multi-viscosity
propionate specifically) and further diversified. The
in that space which is essential for a quality life in
lubricants, which are compliant with the automotive
company consistently consolidated its brand in
all of its forms.
industry’s latest and strictest specifications. They are for-
several industry segments, such as adhesives, lubri-
Therefore, it covers all living and non-living
mulated with bases and additives specifically selected
cants, agrochemicals, human and animal nutrition,
creatures because that interaction between the
to provide great production from wear and prevent
among others. Specifically in the lubricant market, the Meta-
various forms of each results in the shelter and
the formation of sediments and deposits in the engine.
laws governing all forms of life. But that space
The lubricants are available in four different viscosity
chem has experienced consistent growth. Accord-
is not something simple because it is the relation
grades, so as to cover a wide range of specifications
ing to business manager Armando Stilhano Neto,
and interaction of several factors that are located
issued by major car makers.
because some oleochemicals find their applications
in and form it: biotic elements (living) and abiotic
in industrial lubricant formulations, Metachem added
elements (non-living).
new products to its line for that segment little by little, taking advantage of existing contacts.
LOADS OF OIL TO BOTTLE
Accordingly, the concept of environment set
Lubricants, fluids, oils and grease business have
forth in article 3, item I, of Law no. 6,938/81
a significant share in the total revenues of Raft and
Metachem’s flagship in the industry are the Group
is aimed (teleological aspect) at protecting,
Fustiplast. It ranges from 15 to 20 percent. The both
III base oils for the market in synthetic automotive lubri-
sheltering and preserving all forms of life, and
companies have similar histories of success in the
cants, where the company does business as agent and
to achieve that goal, the equilibrium of the eco-
packaging market. Based in Brazil, Raft Embal-
exclusive distributor for Neste Oil, marketing products
system needs to be preserved (set of conditions,
agens was established in 1979 and became one of
under the Nexbase trademark. Also from Neste Oil,
laws and influences of interactions of chemical,
the most important suppliers of metallic packaging
Metachem markets Group IV base oils (polyalphaole-
physical and biological nature).
materials to several industrial segments in Brazil and
fins), which currently find more applications in industrial
Man is not considered something separate from
the Mercosur area. Italy-based Fustiplast, part of the
lubricants and greases. In addition to synthetic base oils,
his environment. The anthropocentric view is replaced
Cassina Packaging group, is one of the largest plas-
Metachem provides countless products for the lubricant
with one that sees that today’s environmental asset be-
tic packaging makers in Europe. Due to the comple-
industry in general, such as tall oil fatty acids, distilled
longs to our future generations. A biocentric approach
mentary between their operations, the companies
tall oil, BHT antioxidant, sebacic acid, extreme pressure
to the environment is the only for man to preserve him-
decided to combine them in 2005, creating one
additives, paraformaldehyde, dimeric acid, specialty
self. We can no longer see man as something external
of the country’s most important metallic and plastic
amines, etc.
to nature, but an ecologically balanced environment
companies.
as a right for both the present and the future. GUEST EDITORIAL WRITER TIME AND ENVIRONMENT
According to president Sergio Nunes, Raft and Fustiplast have a 15-percent share in the Brazilian
TOP SPEED
market in oil and derivatives. Other industries served
Saint Augustine examined the concept of time:
After only two years of business —the company
by the company include chemicals, foods and agro-
what subject is always present in our conversations?
was created in 2008, when Cosan, the nation’s
chemicals. “The Raft and Fustiplast group currently
What is time? What’s its concept? When it comes to
leading sugar, ethanol and electric power produ-
has the most extensive packaging product range,
time, we understand what we say, as we do what
cer, concluded its purchase of the assets of Esso
which completely unrivalled in the marketplace,”
we’re told about it. We can thinks, however, that if
Brasileira de Petróleo—, Cosan Combustíveis e Lu-
says Nunes, adding that it’s hard to provide a pre-
nothing survived, there would be no future, and if there
brificantes controls the Esso fuel distribution business,
cise figure for the company’s overall market share,
was nothing, there would be no present.
while producing and distributing Mobil lubricants
which is estimated at around 10 percent, with sales
This is what happens with the environment. We
in Brazil. Today, the company has 1,700 stations
of R$150 million in 2009. For the market in 5 to
know what it is, but we cannot answer what it is. When
in 20 Brazilian states, and an 11.4-percent market
25-liter buckets, the company has a capacity of 3.5
it comes to the environment, we are indeed concerned
share, considering its 2009 production of approxi-
million units per year, and Nunes says that as for
with the indefinable object, that is, with the reality that
mately 120,000 cubic meters.
50 to 230-liter drums, Raft and Fustiplast provides
Having both its history and mission in line with
“the world’s most modern line.” The president informs
We need to mind any failures in perception
those of Cosan —a company built over 73 years—,
that this drum plant was implemented in September
in order to prevent any component from being left
Cosan Combustíveis e Lubrificantes, according to
2009, and that there is no other plant in the world
out of the concept and any strange element from
Automobile Business marketing coordinator Fabiana
using its cutting-edge technology. “Combine with the
being included therein. Law no. 6,938/81, arti-
Costa, works to be a world benchmark for clean
existing plant, we reached a capacity of 10,000
cle 3, item I, defines environment as follows: “a
energy from renewable sources, thereby improving
drums a day on one shift,” he says.
set of conditions, laws, influences and interactions
people’s lives. The Mobil-branded products mar-
For plastic packaging materials, the com-
of physical, chemical and biological nature which
keted by Cosan have been on the Brazilian market
pany’s annual capacity amounts to 150,000 IBCs
we perceive with our senses and intend to define.
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LUBE NEWS (Intermediate Bulk Containers) for 1,000 liters and 180,000 plastic drums for 200 to 225 liters.
In the full version of this interview, available in
of that leap,” he said, pointing out that around one
Portuguese only, Rosangela says that the agency in-
third of the ethanol used worldwide will be genera-
tends to sustain and expand its inspection efforts at
tion two within 20 years.
ANP TARGETS CONSERVATION AND
fuel stations, increasing the number of collected sam-
RATIONAL USE OF OIL AND DERIVATIVES
ples. The superintendent stresses that the Brazilian
An expert on oil, natural gas and biofuel regu-
experience in this field has drawn interest in other
OMIL, a Brazilian-based company which
lations at the National Petroleum Agency (ANP,
Latin American companies, which intend to imple-
builds woodworking machines, has certified SKF’s
in Portuguese), Rosangela Moreira de Araújo has
ment monitoring programs similar to ours for fuels
LGLT2 grease, which is now the official, exclusive
two degrees in Chemical Engineering (EQ/UFRJ,
(PMQC) and lubricants (PMQL).
lubricant for all machines produced and marketed
OMIL CERTIFIES SKF GREASE
1994), is a Master of Chemical Engineering (PEQ-
Due to the development of new technologies
by the company. The OMIL certification comes
COPPE, 1996), and specialized in Oil and Natural
and quality requirements for finished lubricant oils,
four years after the company approved it for use
Gas Regulations (UNICAMP, 2000). She served as
Rosangela anticipates that the Agency will monitor
together with greases from different brands in its
coordinator of the Temporary Special Commission
the evolution in the market in group II and group III
production process. In addition to becoming the
for Biodiesel Studies at the Brazilian Association
base oils aiming at quality assurance and a broader
exclusive supplier of grease for OMIL, SKF will
for Technical Standardization, and was a member
scope in specifications.
also be serving woodworking machine manufac-
of Brazil’s biodiesel group in the Tripartite Biofuels
The ANP superintendent also approaches ac-
turer’s customers. This is because the LGLT2 grease
tions taken in conjunction with environmental agen-
will be recommended as the official lubricant to
Currently serving as superintendent of Biofuels
cies and Public Prosecution Services, among others,
maintain the equipment. The products allows ma-
and Product Quality at the ANP, Rosangela is a
in order to minimize deviations in the disposal of
chines to operate smoothly even in extreme situa-
natural in the both fields thanks to its dedication to
used and contaminated lubricant oils. One of them
tions —temperatures may range from minus 50
her academic life, among other things. However,
is being carried out in partnership with the IBAMA
to plus 100 C—, while preventing corrosion and
she is also out there providing key contributions to
(Brazilian Institute of the Environment and Renewable
keeping up the useful life of both roller-bearings
continuous quality improvemens in lubricant oils
Natural Resources) to come with regulations for the
and spindles.
and market compliance. These include the Lubri-
disposal of used lubricant packaging materials.
Harmonization.
PETROBRAS ASSISTS IN GETTING SPON-
cant Quality Monitoring Program (PMQL), which is designed to systematically diagnose lubricant
PRODUCTS & NEWS
quality. Created in January 2006 to systematic-
BRAZIL GETS CLOSER TO A NEW CLEAN
ally monitor the quality of the lubricant oils and
SOURCE OF ENERGY
SORSHIP TO SOCIAL PROGRAMS During the period of registration for the Petrobras Development & Citizenship Program (ending on May
greases for automotive engines marketed all over
Development of infrastructure, greater demand
21), Petrobras set up its “Social Caravans” in all of
Brazil, the PMQL takes monthly samples from fuel
and streamlined financing to build industrial plants.
the Brazilian States in order to publicize the program
stations, supermarkets, auto parts stores, mech-
These are what’s missing in Brazil for the country to
and its requirements, thereby ensuring equal access
anics’, car dealerships, distributors and whole-
start producing the second-generation ethanol made
opportunities for those concerned. Providing free as-
salers. The program shares the structure consisting
from the sugar-cane bagasse, according to William
sistance, the Caravans are attendance workshops
of research centers and institutions hired by the
Yassumoto, manager at Novozymes Latin America.
that will show interested persons how to put projects
ANP to carry out the PMQC (Liquid Fuel Quality
During a presentation at Sugar & Ethanol Brazil
together. In São Paulo, the workshop took place on
Monitoring Program). For lubricants, the analysis
2010, in São Paulo, Yassumoto demonstrated the
March 31 at Hotel Ceaser Business Paulista, on
is run at the ANP’s own laboratory, the CPT, where
utilization of the Cellic CTec enzymes created by the
Avenida Paulista.
samples are examine according to three criteria:
Denmark-based company, which transform the crop
In addition to those workshops, Petrobras
registration, to check for compliance with the ANP
waste into cellulosic ethanol. Last year, the research
launched, also on the 31st, its online service for in-
registration requirements; label, to verify that the
advanced, and the enzymes, which were previously
stitutions interested to register social programs for the
information required by law is displayed; and
viewed as a barrier to the commercial feasibility
public selection of Development and Citizenship pro-
physicochemical check, to verify that the product
of cellulosic ethanol, are now twice as efficient.
gram. Every day until May 21, from 9 am to 9 pm,
meets the specifications imposed by the ANP. The
For Yassumoto, this is a major step towards favor-
the technical team for the Program will be available
results of the PMQL are published in the Monthly
able conditions for the product to be used in Brazil
to provide information for those institutions. They can
Lubricant Monitoring Report. In February, for ex-
and the rest of the world. Based on data from the
access the service on the Petrobras website at www.
ample, the ANP report published information on
International Energy Agency, the inter-governmental
petrobras.com.br/desenvolvimentoecidanadia.
122 samples collected throughout the nation and
entity which provides advice on energy matter for
Through its public selection process, Petrobras will
examined by eleven institutions hired in several
28 countries, the executive said that biofuels will
invest R$110 million for a period of two years in social
Brazilian states. Of all samples, 15.6 percent
account for 9.3 percent of the supply to the trans-
programs throughout the nation. Under the Develop-
were shown to be nonconforming for registration,
portation sector by 2030. “Until then, 93 percent of
ment & Citizenship program, Petrobras invests in pro-
6.8 percent for label information, and 21.4 per-
all new passenger cars sold around the world will
jects designed to create income and job opportunities,
cent for quality. The results for the latter parameter
still need liquid fuels,” said Yassumoto. “The world’s
educate and train professionals, and assure the rights
has deteriorated significantly, as the rate of lubri-
ethanol production capacity is expected to grow
of children and adolescents.
cant noncompliance in terms of quality for Decem-
twelve times in the period from 2006 to 2030, and
From 2007 until 2009, the Program invested
ber last year was as low as 10 percent.
Brazil and Latin America will be the account for most
R$396 million in 1,891 projects. The Program
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LUBE NEWS includes investments of R$1.3 billion by 2012,
fluids, oils and grease supply chains, including tech-
chemical distributors in the Brazilian and world mar-
which shall enable projects to be carried out and
nicians, laboratory and other professionals respon-
kets, Ebdquim 2010 (short for 5th Chemical and
directly and indirectly assist 18 million people in
sible for purchasing, research and development, etc.
Petrochemical Distributors Conference) was opened
all Brazilian states. Registration forms can be filled
“The event is designed to add to the extensive know-
on March 18. The new edition marked the 50 years
in free of charge until May 21 on the Program
ledge of those professionals, providing tools that can
of the Brazilian Association of Chemical and Petro-
website (www.petrobras.com.br/desenvolviment-
deliver results in their careers,” says the director.
chemical Distributors, known for short as Associquim,
oecidadania). NALCO AND COREMAL FORMALIZE PARTNERSHIP
which currently has a membership of more than 100 NEW LEADERSHIP AT CASTROL
companies, most of which being small and medium-
AMERICAS
sized businesses.
A professional who built his career at Castrol,
In his opening speech, the entity’s president
Nalco was present at the 2nd Sugar and
which he joined in 1997 as regional sales manager
Rubens Medrano remarked that since its creation
Energy Exhibition of the Northeast, also known
for the US head office, later becoming director of ILS
back in 1960, Associquim has remained loyal to
as Sucronor, which took place from April 13
Americas, of Castrol Industrial Lubricants and Service
the ideals and precepts of its founders, such as
to 15 at the Pernambuco Convention Center in
for the Americas, Dave Fuerst has just been appointed
modernizing Brazil’s entire distribution chain. “The
Olinda, PE (State of Pernambuco) as a place for
president of Castrol for the Americas. On a recent visit
globalization requires leadership and sustainable
exhibiting new technologies for the sugar and
to Brazil, together with Paul Waterman, vice president
actions, and we’ve spared no efforts over the past
ethanol industry, including machines, equipment,
of the AIME operating unit, responsible for BP Cas-
decade to adapt the industry for these require-
products and services, attended by suppliers
trol’s Automotive, Industrial and Marine Lubricants and
ments,” he said, mentioning the example of the
of technology and investors in the sugar-cane
Energy Divisions, the company’s new president antici-
Prodir Responsible Distribution Process, whereby
business, as well as researchers and political
pated that Brazil is on the company’s “Market Route”,
Associquim had certified 24 companies by Febru-
and business leaders from the Northeast —con-
meaning that the Brazilian market will be target of
ary this year.
sidered Brazil’s second largest sugar-cane, sugar
many investments.
and ethanol producing region.
According to him, today the chemical and petro-
With a solid, ascending career, Fuerst says that
chemical distribution chain is on the same excellence
On the occasion, Nalco announced to its at-
the secret of his success is underpinned by three main
level as US and European companies, and, therefore,
tending partners and customers the partnership with
factors: capacity-building, because “a professional
events like Ebdquim, which promote the spread of
Coremal, one of the region’s leading chemical
needs to seek to have the good education and good
ideas and exchange of information, further contribute
distributors, doing business since 1952. Coremal
knowledge base that he needs to get ahead”; perform-
to the chemical value chain in Brazil.
will take care of the distribution of Nalco products,
ance, “because if not performance-oriented, capacity
Ebdquim is the main forum in the whole of South
strengthening the company’s presence in the sugar
is just a waste of time”; and behavior. According to
America for debate and discussion on themes that
and ethanol business and bolstering its service all
him, this is a decisive factor at Castrol. “If you don’t
can speed up the development of chemical and
over Brazil, while showcasing solutions to reduce
have an ideal behavior in performance, you won’t be
petrochemical distribution in the region, as well as
costs in the production processes of the sugar and
given the maximum bonus that the company offers.
a great opportunity for learning new things and net-
ethanol business.
However, towards that end, you must set an example
working with all players, i.e. producers, distributors,
for the others, celebrate all achievements, and thus cre-
carriers and consumers.
A MEETING OF BIG SHOTS With a very suggestive name, it is created
ate a virtuous circle, from motivation up until victory,” he teaches.
Top-notch professional were invited to participate in the Ebdquim conference, from both Brazil
as an answer to the needs of professionals in the
In his new position, the executive watch the
and other countries, and they talked about the trends
lubricants, fluids, oils and grease industries: Lub-
Brazilian market more closely. “Brazil is one of the
and new developments in the domestic and world
grax Meeting. The event —the first to be held by
countries which has been identified as capable of
markets, promoting benchmarking, encouraging
Sergio Ávila Editora e Eventos— will take place
growing, and the challenge now is to determine
new management strategies and closer relationships
on September 2 and 3 at Hotel Century Paulista,
which are the greater opportunity areas within the
in the marketplace, and seeking a global improve-
in São Paulo, and will bring together some of the
country, so that the growth goal can be achieved.
ment in the industry’s business.
most prominent names in the market place, who
The local economy is growing fast, and this is the
will provide lectures on chemical and technological
right time,” he says, stressing that the presence of
development, the environment, quality and produc-
companies from all over the world is apparent in
With a massive presence in the lubricants, fluids
tivity, logistics, marketing and other themes.
Brazil’s economy. “And Castrol, as part of the BP
and soluble oils business, ITW Chemical expands
PASSION FOR THE BRAND
“The significant experience that we gained in
Group, makes this operation even more important,
more and more its share in the industrial market,
putting together successful events for several industry
as the company has global connections with all of
focusing its strategies on two pillars: providing the
segments for 14 years at another publishing house
the items you can imagine and with several kinds of
widest possible range of products for the entire sup-
has allowed us to structure a new event, which is
markets, which creates major synergies among our
ply chain; and developing durable, environmentally
now one directed at the lubricants, fluids, oils and
companies, favoring the development of business,”
friendly products, meeting the current requirement for
grease value chains,” says director Sérgio Ávila, the
he remarks.
shorter disposal periods and care for the environ-
creator of Lubgrax Meeting. The target audience for the Lubgrax Meeting consisted of professionals from the entire lubricants,
10 •
ment and the health of its employees. EBDQUIM Bringing together major chemical and petro-
The company is part of the ITW Group, a multinational conglomerate currently consisting of
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LUBE NEWS 920 companies spread all over the world and
Additives & Instruments, was visited by representa-
This goes to all companies, such as the manu-
engaged in a wide variety of lines of business.
tives of the Wax Additives Division Anne Drewer
facturers of fluids and oils for metals and steel
In Brazil, it has sustained its organic growth strat-
and Barbara Reinders, who came to Brazil to pro-
which are portrayed in this issue. For the most
egy by acquiring such companies as Rocol, Accu-
vide technical training in the line of wax additives
part, the metalworking market is getting ready to
Lube, MagnaFlux, Unichemicals, LPS, Dyken and
for all of the distributor’s salespersons. BYK currently
take advantage of a rather optimistic moment for
Wynn’s, all brand names which are still live under
produces several was additives for all fields of the
the economy. Boosted by the strong expansion
the ITW Chemicals umbrella and now together at
industry, such as metal casting, automotive, leather
of the automotive industry, Brazil’s hosting of the
the company’s Embu unit, State of São Paulo.
goods, lubricants, architecture and others, with vari-
FIFA World Cup and the Olympic Games, and
ous types of application.
the opportunities brought about by the exploita-
In addition, in November 2009, ITW Chemical took its latest step on the acquisitions front,
In the wax additives line, two products for the
tion of pre-salt oil reservoirs, the industry outlines
purchasing Luvex, a company based in Porto Ale-
lubricant market stand out: Hordamer and Aquacer,
its goals concerning both the development of en-
gre specializing in the manufacture of personal
which are emulsified wax additives designed for
vironment-friendlier products —a reduced used of
protection products, such as skin cleaning and
water-based lubricants.
toxic substances in formulations is required— and
protection creams, lotions and gels for workers
the reduction of their disposal, as the disposal of
who are exposed to high temperatures and the
OXITENO RESTRUCTURE SALES DIREC-
lubricant waste is a heavy burden that is expen-
action of chemicals. “It was a strategic acquisi-
TORSHIP
sive to manage.
tion, in that we do business in the maintenance
Oxiteno, a company specializing in chemicals
The National Petroleum Agency —according to
and protection market, and Luvex makes protect-
and derivatives, has announced changes in its sales
superintendent of biofuels and product quality Ro-
ive creams, with focus on PPE. We chose that
directorship. The decision to split the sales director-
sangela Moreira de Araujo, who’s interviewed in
brand because it is a market leader and very
ship into two chairs is in line with the company’s new
this issue— has also embraced the environmental
strong in its market segment,” says Valdir Poz-
move, as it is going through a commercial restructur-
cause. According to the targets set by the agency,
zani, sales director at the company, adding in
ing process.
inspecting companies for good practices in conserv-
confidence that this exactly what ITW’s philoso-
ation and rational use of oil and derivatives, natural
phy is. “We are greatly interested in trademarks,
Andrea Campos Soares is the sales director for
branding, such that we maintain all of those
Oxiteno, in charge of the management of Tensoact-
which we acquire, and this is an ongoing pro-
ives & Specialties, Solvents & Intermediates, foreign
There are plenty of other examples of prac-
cess, as we want to provide our customers with
trade, supplies and the sales offices in Argentina
tical action: Cosan Combustíveis e Lubrificantes
as many solutions as we can, so that they can
and Europe. With a degree in Chemical Engineer-
is betting high on semi-synthetic lubricants that
find everything they need in one supplier.”
ing from UNICAMP, post graduation in Business Ad-
provide fuel savings of as much as 4 percent;
To manage all those brands, the company has
ministration at FGV, and an Executive MBA degree
Novozymes Latin America has recently an-
assigned one specialized product manager to each
from Kellog School of Management, Andrea started
nounced the second-generation ethanol, made
division in order to specifically meet each individual
her career at Oxiteno as a trainee in the sales de-
from the sugar-cane bagasse; the motto for
need and provide technical support for the affected
partment in 1994. For the past three years she was
Ebdquim (Brazilian Chemical Distributors Confer-
areas. “We have a specific strategy for each market
marketing manager.
ence), held in March in the city of São Paulo,
served, as each requires a different activity,” Valdir points out. Valdir Pozzani, operational director Oscar Honda, technical support supervisor Ricardo Neves,
gas and biofuels and environmental preservation is a priority.
Andre Luis Polo has taken over as marketing dir-
was the sustainable development of the industry,
ector, comprising the company’s marketing, logistics
with lecturers stressing how important it is for the
and planning efforts, as well as product develop-
chemical and petrochemical industries to expand
ment and applications.
their actions and strategies for the development
product manager Marcelo Ozaki, marketing man-
Polo also joined Oxiteno as a trainee, in the
of products and services for the benefit of the
ager Egidio Antonio Gresse, and director of oper-
year 1996. He’d been serving as supply chain man-
environment and society. ITW, which has been
ations Mario João Gazeta participated in this inter-
ager since 2007.
growing by acquiring other companies, is on the
view, which is available in Portuguese only.
list, from the degree of care used in the construcTHIS IS THE TIME
Metalworking
tion of its Embu plant, State of São Paulo, an
While new attitudes towards the environment
area with many water springs, to the “nationaliz-
Getting their breath back, industries get ready
in most cases have not gone beyond the realm of
ation” of the strongly environmental philosophy of
to grow
theory, the actions undertaken by companies of
UK-based Rocol, one of the companies acquired
all industries, especially those directly or indirectly
by ITW and now one of its divisions, as you can
Interview – ITW
related to chemistry, demonstrate that practice will
see in the Fatty Acids Supplement.
Acquisitions are the way to expand business in
become more and more of a critical issue for survival
Brazil
and success.
NANO-TECHNOLOGY AT THE SERVICE OF LUBRICATION During the month of March, Bandeirante Brazmo, in conjunction with its distributed company BYK
Something has become quite clear: projects or investments can no longer be postponed. The health
The factors that used to drive long-term strat-
of the planet is under maximum alert and needs im-
egies had to be rapidly reviewed due to the fast
mediate care. It is up to the companies to start the
—and proven— degradation of the ecosystem. The
treatment. As Brazilian musician Geraldo Vandré
“green” track is no longer a trend, but a major need
once sang, and we quote, “those who know it don’t
that needs to be satisfied immediately.
just wait, but make it happen.”
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ENTREVISTA - ROSÂNGELA MOREIRA DE ARAÚJO
CONSERVAÇÃO E USO RACIONAL DO PETRÓLEO E SEUS DERIVADOS NA MIRA DA ANP Por Maristela Rizzo e Miriam Mazzi
E
specialista em regulação de petróleo, gás natural e biocombustíveis da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Rosângela Moreira de Araújo possui os títulos de engenheira química (EQ/UFRJ, 1994), mestre em engenharia química (PEQ-COPPE, 1996) e especialista em regulação de petróleo e gás natural (Unicamp, 2000). Atuou como coordenadora da Comissão Especial Temporária de Estudos de Biodiesel da Associação Brasileira de Normalização Técnica, além de ter sido membro do grupo brasileiro de biodiesel relativo à Harmonização Tripartite de Biocombustíveis. Atual superintendente de Biocombustíveis e de Qualidade de Produtos na ANP, Rosângela transita com desenvoltura por ambas as áreas graças, entre outras atividades, a sua dedicação à vida acadêmica. Também na prática vem dando importantes contribuições para a contínua melhoria da qualidade dos óleos lubrificantes e adequação do mercado. Um exemplo é o Programa de Monitoramento da Qualidade dos Lubrificantes (PMQL), que tem como objetivo diagnosticar sistematicamente a qualidade dos lubrificantes. Criado em janeiro de 2006 para monitorar a qualidade dos óleos e graxas lubrificantes para motores automotivos comercializados em todo o Brasil, o PMQL coleta mensalmente amostras em postos de combustível, supermercados, lojas de autopeças, oficinas mecânicas, concessionárias de veículos, distribuidores e atacadistas. O programa compartilha a estrutura de instituições e centros de pesquisas contratados pela ANP para a execução do PMQC (Programa de Monitoramento da Qualidade dos Combustíveis Líquidos). No caso dos lubrificantes, a análise das amostras
12 •
se concentra no laboratório próprio da ANP, o CPT, onde são analisadas segundo três critérios: registro, para verificar a conformidade do cadastro na ANP; rótulo, para verificar a presença das informações requeridas por lei; e físico-químico, para verificar se o produto atende às especificações determinadas pela ANP. Os resultados obtidos no PMQL são publicados no Boletim Mensal de Monitoramento dos Lubrificantes. Em fevereiro, por exemplo, o boletim da ANP deu conta de 122 amostras coletadas em todo o País e analisadas por 11 instituições contratadas em vários Estados. Do total, 15,6% das amostras revelaramse não conformes em relação a registro; 6,8% em relação a rótulo e 21,4% em relação a qualidade (o último quesito piorou significativamente, pois em dezembro do ano passado o índice de não conformidade dos lubrificantes em relação a qualidade era de apenas 10%. Nesta entrevista, Rosângela diz que a agência pretende manter e ampliar a fiscalização nos postos de combustíveis, aumentando o número de amostras. A superintendente destaca que a experiência brasileira nessa área tem sido foco de interesse de outros países da América Latina, os quais pretendem implementar programas de monitoramento, de combustíveis (PMQC) e de lubrificantes (PMQL), semelhantes aos nossos. Em função do desenvolvimento de novas tecnologias e exigências da qualidade dos óleos lubrificantes acabados, Rosângela antecipa que a agência vai acompanhar a evolução do mercado de óleos lubrificantes básicos dos Grupos II e III, visando a garantia da qualidade e maior abrangência em suas especificações. A superintendente da ANP ainda aborda
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ENTREVISTA - ROSÂNGELA MOREIRA DE ARAÚJO ações conjuntas com órgãos ambientais, como Ministérios Públicos, entre outros, com o objetivo de minimizar os desvios na destinação dos óleos lubrificantes usados e contaminados. Uma delas é com o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e visa a elaboração de regulamento para a destinação das embalagens usadas de óleos lubrificantes. Lubgrax: Conforme as informações que a ANP detém, qual é o volume do mercado brasileiro de lubrificantes? Quanto, percentualmente, é representado pelos fornecedores/ fabricantes internacionais? Rosângela Moreira de Araújo: Baseando-se no mercado de óleos lubrificantes no ano de 2009, o volume desses produtos comercializado no Brasil foi de 1,17 bilhão de litros, considerando-se apenas aqueles que são de controle de movimentação obrigatória pela da ANP, de acordo com as Resoluções ANP nºs 16, 17 e 18/2009 (ver boxe). No caso da participação de produtos importados no mercado nacional, a estimativa do market share é de difícil definição, tendo em vista que dentre o volume total importado em 2009, cerca de 459 milhões de litros, uma parcela desse volume deve englobar produtos não regulados pela ANP. Dessa forma, o simples cálculo percentual baseado no volume comercializado e no volume importado refletiria em um percentual equivocado para uma alta participação de produto importado no País. Lubgrax: O que a abertura do mercado, ocorrida em 1999, trouxe de positivo para o mercado brasileiro de lubrificantes? Rosângela: A abertura do mercado de óleos lubrificantes incentivou a concorrência, propiciando a entrada de novos agentes econômicos e o aumento da oferta de produtos ao consumidor.
abertura? E o que esse movimento resulta de positivo para o mercado brasileiro dentro do setor de lubrificantes? Rosângela: Sim. Como resultados positivos, além de novos investimentos e oferta de empregos no País, verificam-se uma maior diversificação e disponibilidade de produtos, as quais atendem nichos de mercados específicos. Além do mais, ajudam a suprir dificuldades do mercado interno em atender demandas como, por exemplo, no caso dos óleos básicos. Lubgrax: Logicamente que com a abertura de mercado a atenção deve ser redobrada para não gerar competições ilegais dentro do País. Como a ANP está atenta a isso e de que forma ela busca coibir a entrada e a atuação de concorrentes desleais no Brasil? E, junto às empresas nacionais, como tem sido a atuação da ANP para legalizar o mercado de lubrificantes? Rosângela: No intuito de promover a contínua melhoria da qualidade dos óleos lubrificantes e adequação do mercado, a ANP vem desenvolvendo ações importantes, como o
“
A entrada de empresas no mercado brasileiro trouxe como resultados positivos, além de novos investimentos e oferta de empregos no País, uma maior diversificação e a disponibilidade de produtos, as quais atendem nichos de mercados específicos
”
Lubgrax: A entrada de empresas estrangeiras no mercado brasileiro, como a Elf e a Petronas, pode ser citada como resultado dessa Revista LUBGRAX março/abril 2010 •
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“
Vale ressaltar a implementação do Registro Geral de Produtos (RGP) em 2009, que disponibiliza ao público externo – produtores, importadores, revendedores e consumidores –, consulta a todos os registros de óleos e graxas lubrificantes e de aditivos para óleos lubrificantes concedidos e publicados pela
”
agência
Programa de Monitoramento da Qualidade dos Lubrificantes (PMQL), o qual tem como objetivo diagnosticar sistematicamente a qualidade dos lubrificantes; revisões das Resoluções ANP; ações de fiscalização e visitas técnicas aos produtores. Vale ressaltar a implementação do Registro Geral de Produtos (RGP) em 2009, que disponibiliza ao público externo, como produtores, importadores, revendedores e consumidores, consulta a todos os registros de óleos e graxas lubrificantes e de aditivos para óleos lubrificantes concedidos e publicados pela agência. A consulta pode ser feita pelo endereço eletrônico http://www.anp.gov. br/petro/registro_produtos.asp. Assim, o consumidor, para a sua segurança, poderá investigar se um determinado produto está registrado na ANP antes de adquiri-lo. Lubgrax: Comparando com os mercados europeu e americano, como pode ser posicionada a atuação da ANP em relação à fiscalização de produtos não conformes? Rosângela: Não temos informação de atuações em monitoramento da qualidade e fiscalização de lubrificantes semelhantes às da ANP em outros países. Entretanto, já há movimentos de uma Associação de Produtores de Lubrificantes Norte-Americana quanto à realização de programa-teste da qualidade em óleos de engrenagem e hidráulico para tratores, relatando um percentual de não conformidade variando de 30% a 55% em quesitos como rótulo, viscosidade e aditivação. Vale ainda ressaltar que a experiência brasileira tem sido foco de interesse de outros países da América Latina, os quais pretendem implementar programas de monitoramento de combustíveis (PMQC) e de lubrificantes (PMQL) semelhantes aos nossos. Lubgrax: Durante o II Simpósio de Lubrificantes você falou sobre o avanço que a ANP está conseguindo obter com os registros de lubrificantes industriais. Hoje, em sua opinião,
14 •
quais os principais obstáculos para que essa atuação da ANP seja ainda mais efetiva? Rosângela: Na apresentação no II Simpósio de Lubrificante de Aditivos foi relatado que o número de óleos lubrificantes industriais (3.570) registrados na ANP é superior ao número de óleos lubrificantes automotivos (2.900). Os lubrificantes industriais possuem aplicabilidades específicas por tipo de equipamento, consequentemente, a grande variedade de equipamentos ocasiona maior número de produtos registrados. O mercado de lubrificantes industriais encontra-se consolidado e, geralmente, não proporciona obstáculos para sua regulação. Lubgrax: Como tem sido a colaboração das empresas fornecedoras para esse trabalho? Rosângela: Desde o início do PMQL, observase uma enorme preocupação dos agentes econômicos para regularizar suas atividades na ANP. Os produtores estão buscando a melhoria no controle da qualidade dos seus óleos lubrificantes, o que pode ser comprovado pela redução no número de não conformidades relativas à qualidade e registro desde a implantação do PMQL. Lubgrax: Que outras ações a ANP ainda pretende implantar no mercado e que terão repercussão no segmento de lubrificantes? Rosângela: A ANP pretende ampliar o escopo do PMQL, aumentando o número de amostras que hoje são analisadas e a abrangência das regiões. Além disso, haverá a inclusão de novos tipos de óleos lubrificantes, como de transmissão, hidráulicos e graxas. Em função do desenvolvimento de novas tecnologias e exigências da qualidade dos óleos lubrificantes acabados, consideramos importante o acompanhamento nacional da evolução do mercado de óleos lubrificantes básicos dos Grupos II e III, visando à garantia da qualidade e maior abrangência em suas especificações.
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ENTREVISTA - ROSÂNGELA MOREIRA DE ARAÚJO Vale destacar a previsão de ações conjuntas com órgãos ambientais, Ministérios Públicos, entre outros, na busca por minimizar os desvios na destinação dos óleos lubrificantes usados e contaminados, visando à garantia da qualidade dos óleos básicos rerrefinados. Ainda com foco ambiental, haverá esforços em conjunto com o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) para a elaboração de regulamento para a destinação das embalagens usadas de óleos lubrificantes. Lubgrax: Em sua análise, como é o comportamento do mercado de lubrificantes no Brasil e o quanto ele ainda pode ser ampliado? Rosângela: É um mercado em fase de amadurecimento, sendo necessárias ações da agência para adequação do setor, como
redução nos índices de não conformidades apresentados no PMQL e intensificação das ações de fiscalização. O mercado de lubrificantes tende a crescer com o aumento do nível de desempenho dos produtos e a utilização de óleos básicos dos Grupos II e III. Podemos destacar as linhas de desenvolvimento de biolubrificantes nos setores industriais e alimentício. Lubgrax: Como você visualiza o papel da ANP nesse cenário? Rosângela: Com o crescimento do setor de petróleo e a busca constante por energias renováveis, a ANP continuará atenta à regulamentação do mercado, fazendo com que os agentes cumpram as boas práticas de conservação e uso racional do petróleo, seus derivados, gás natural e biocombustíveis e de preservação do meio ambiente.
“
Os produtores estão buscando a melhoria no controle da qualidade dos seus óleos lubrificantes, o que pode ser comprovado pela redução no número de não conformidades relativas à qualidade e registro desde a implantação do
”
PMQL
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PERFIL DO FABRICANTE - COSAN COMBUSTÍVEIS E LUBRIFICANTES
VELOCIDADE MÁXIMA Criada há apenas dois anos, a Cosan Combustíveis e Lubrificantes acelera no mercado nacional. Distribuidora da marca Mobil no Brasil, por meio da qual está presente nas mais badaladas categorias de esportes a motor, incluindo a exclusividade de fornecimento de lubrificantes para a Stock Car, a principal do automobilismo brasileiro, a fabricantes já detém participação de mercado de 11,4% no País. Por Miriam Mazzi
C
om apenas dois anos de mercado – foi criada em 2008, quando a Cosan, maior grupo sucroenergético do País, concluiu a compra dos ativos da Esso Brasileira de Petróleo – a Cosan Combustíveis e Lubrificantes é responsável pela operação dos ativos de distribuição de combustíveis da Esso, além da produção e distribuição dos lubrificantes Mobil no Brasil. Atualmente, detém 1700 postos em 20 Estados brasileiros e produziu, no ano passado, aproximadamente 120 mil metros cúbicos, o que representa 11,4% de market share. Tendo sua história e missão alinhadas com as da Cosan – companhia construída ao longo de 73 anos –, a Cosan Combustíveis e Lubrificantes, conforme a coordenadora de marketing de carros Fabiana Costa, trabalha para ser referência mundial em energia limpa e renovável, melhorando, assim, a vida das pessoas. Os produtos da marca Mobil comercializados pela Cosan estão presentes no Brasil desde 1910, “época em que eram vendidos óleos e graxas por meio de representantes atacadistas”, explica a coordenadora. Em 1955 foi criada a Mobil Oil do Brasil Indústria e Comércio Ltda. Em 2000, a fusão de duas grandes companhias petrolíferas, Exxon e Mobil, resultou na constituição da ExxonMobil Corporation. No Brasil, os produtos Mobil eram comercializa-
16 •
dos pela ExxonMobil por intermédio da Esso Brasileira de Petróleo Ltda. Conforme Fabiana, hoje a Cosan Combustíveis e Lubrificantes oferece uma grande variedade de lubrificantes da marca Mobil para diversos segmentos, entre os quais carros, motos, caminhões e indústrias. ACELERANDO No segmento carros, o destaque é a linha Mobil Super, formada por lubrificantes multiviscosos de última geração que atendem as mais recentes e severas especificações da indústria automotiva. “São formulados com bases e aditivos especialmente selecionados para proporcionar alta proteção contra o desgaste e alta resistência à formação de borras e depósitos no motor”, detalha a coordenadora de marketing, completando que os lubrificantes são apresentados em quatro diferentes viscosidades, de forma a cobrir uma ampla gama de especificações dos mais renomados fabricantes de veículos. A alta tecnologia e a consciência ambiental aliadas a desempenhos superiores vêm fazendo da linha Mobil Super, de acordo com Fabiana, uma das marcas preferidas pelos amantes de automobilismo. Tanto é que, além de marcar presença em categorias de esporte a motor de primeira linha, como Fórmula 1 e Nascar, foi escolhida como lubrificante oficial de todos os carros da Stock Car, a principal categoria do automobilismo brasileiro.
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PERFIL DO FABRICANTE - COSAN COMBUSTÍVEIS E LUBRIFICANTES Atualmente, informa a coordenadora de marketing, a linha Mobil Super é destaque no segmento de carros e conta com a certificação de qualidade API SM, a melhor classificação do Instituto Americano de Petróleo (API na sigla em inglês). “Mobil Super é a única família completa de lubrificantes para automóveis a contar com tal classificação no mercado brasileiro”, destaca. Os produtos são: Mobil Super EcoPower, Mobil Super Flex, Mobil Super Protection e Mobil Super Original. SUSTENTÁVEL Dona do direito do uso da marca Mobil no País, a Cosan Combustíveis e Lubrificantes não teme a entrada de competidores internacionais no mercado doméstico. “Acreditamos no potencial da marca no mercado nacional”, resume a coordenadora de marketing. A tranquilidade em relação a novos concorrentes é suportada pela adoção de ferramentas que vêm assegurando a qualidade dos produtos e serviços. Uma delas é a promoção e o incentivo do aprimoramento técnico e profissional de seus colaboradores. “Além de um programa estruturado para trainees, as equipes de operações, marketing, vendas e todos os demais profissionais são treinados e capacitados para entender os produtos, suas especificações e utilidade”, lista.
Sobre políticas voltadas à sustentabilidade, Fabiana afirma que a Cosan tem como um dos pilares a responsabilidade ambiental e desenvolve trabalhos que buscam a melhoria contínua dos processos. “Esse cuidado é refletido também em nossa área de desenvolvimento de produtos, que investe em tecnologia que possa melhorar a vida das pessoas”, acrescenta. Especificamente na área de lubrificantes, a Cosan busca produtos que apoiem seus pilares, como o Mobil Super EcoPower, um lubrificante de base semisintética desenhado para proporcionar até 4% de economia de combustível. PROJETOS Em 2009 a Cosan Combustíveis e Lubrificantes lançou a linha Mobil Super, ação considerada “bastante positiva” para a companhia, conforme avaliação de Fabiana. Para 2010, a intenção da empresa é continuar investindo em produtos e serviços de qualidade para todos os consumidores da linha Mobil. A empresa também permanecerá como fornecedora oficial de lubrificantes para a Stock Car. “Estamos bastante otimistas e o reaquecimento da economia irá gerar boas oportunidades de negócios em todos os setores”, prevê.
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METALWORKING
RETOMANDO O FÔLEGO “Depois da tempestade vem a bonança”. Seguindo esse ditado o mercado de metalworking vê positivamente a recuperação das indústrias consumidoras de fluidos e óleos para metais e aço e já arregaça as magas preparando lançamentos, aperfeiçoamentos de linha e investimentos em pesquisa e desenvolvimento, sem esquecer alguns pontos principais, como produtividade, segurança e cuidado com o meio ambiente. Por Maristela Rizzo
C
om grande aposta no setor siderúrgico, industrial e automobilístico o mercado de produtos lubrificantes direcionados para o segmento de metalworking segue apostando em retomada no crescimento, apresentando novidades em produtos que atendam as necessidades mais prementes do setor, incluindo o forte apelo por materiais ecológicos que apontam no mercado como uma das fortes tendências do setor. Com certeza o setor automotivo, incluindo montadoras e autopeças, oferece uma importante base para as perspectivas otimistas do mercado. De acordo com notificação da Anfavea, Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, a produção do setor no primeiro bimestre deste ano atingiu 499,5 mil veículos, ou seja, crescimento de 28,3% quando comparado ao mesmo período de 2009, quando o setor chegou à marca de 389,3 mil veículos. Segundo a entidade, esse resultado torna esses dois primeiros meses o melhor bimestre da história do mercado automobilístico. Na parte de máquinas agrícolas, o crescimento é mais impressionante, totalizando 47,4%. No primeiro bimestre as vendas acumuladas foram de 9,9 mil unidades, contra 6,7 mil máquinas comercializadas no mesmo período em 2009. As exportações dos dois setores também apresentam um panorama de recuperação. As
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METALWORKING
Foto: Divulgação
divisas do primeiro bimestre são de US$ 1,57 bilhão, representando crescimento de 53,9% sobre o valor do primeiro bimestre de 2009, quando as vendas resultaram em US$ 1,02 bilhão.
Outro bom apontador desse mercado é a produção e o consumo de aço no Brasil, que após terem registrado quedas expressivas, de 20,8% e 21,9%, respectivamente, em 2009, começam a apresentar expressiva melhora no desempenho a ponto de a entidade lançar a estimativa de aumento no consumo para 2010 na ordem de 21,6% e crescimento das exportações na faixa de 16%, resultando no aquecimento de 24,2% na produção de aço bruto, atingindo assim a margem de 33,1 milhões de toneladas. Na avaliação do Instituto Aço Brasil, essa expressiva melhora no desempenho do setor reflete não só o bom momento da economia nacional e o desempenho dos setores consumidores como também os primeiros efeitos do início das atividades relacionadas aos diversos programas especiais, com destaque para o de petróleo e gás, Copa do Mundo e Olimpíadas. “O desempenho do mercado de fluidos para metalworking funciona como um termômetro da atividade econômica e industrial de uma região. A previsão de um crescimento do PIB entre 5% e 6% para 2010 baseia-se não somente, mas também na contínua recuperação dos mercados
“
Parece um tanto prematuro fazer quaisquer previsões para os próximos anos. Entretanto, estamos muito confiantes no incremento dos negócios, principalmente em países em desenvolvimento, como no
”
caso do Brasil
Vanessa Coelho, representante de vendas técnicas da Lanxess – Rein Chemie
Unidade da GM em São Caetano do Sul: crescimento da produção da indústria automobilística deve impulsionar mercado de MWF
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METALWORKING de veículos, máquinas, equipamentos e produtos da linha branca, sem esquecermos da indústria siderúrgica, cuja recuperação impactará positivamente no mercado de protetivos”, afirma Marcelo Hipolito, diretor de vendas da Lubrizol.
“
O desempenho do mercado de fluidos para metalworking funciona como um termômetro da atividade econômica e industrial de uma
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região
Marcelo Hipolito, diretor de vendas da Lubrizol
Foto: Divulgação
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Um dos melhores trabalhos realizados pelo governo Lula foi o de aumentar o poder de compra das classes D e E, pois potencializou o consumo e a utilização do crédito
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no Brasil
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Alexandre Assunção, gerente de marketing da Dow na America Latina
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BOAS NOVAS Com certeza, essas perspectivas chegam como um bom alento para o mercado brasileiro de óleos e fluidos lubrificantes, que em 2009 atingiu volume aproximado de 1.300.000 m³, representando uma queda aproximada de 2,5% em relação a 2008. “Historicamente, o segmento de metalworking representa algo em torno de 3% desse volume, entretanto cremos que a rápida desaceleração econômica e a redução dos níveis de estoque, observados no início de 2009, tiveram um impacto ainda mais severo sobre esse segmento”, acrescenta Hipolito. Ele ainda aponta que o segmento de fluidos para metalworking é bastante dinâmico e à medida que a economia do País segue em sua trajetória de crescimento, o impacto será positivo para o mercado. Mas alerta que para que isso ocorra é necessário que as partes atuantes nesse mercado observem as mudanças nas tendências tecnológicas e regulatórias, sendo que esta última engloba aspectos ambientais, de segurança e saúde dos trabalhadores, e em algumas situações, a restrição no uso de alguns componentes. “O ano de 2009 foi difícil para os principais setores da economia, para não dizer todos; dados divulgados no Simpósio IBP 2009 apontaram para uma queda de aproximadamente 15% no setor industrial, na comparação com 2008. Diante desse cenário, parece um tanto prematuro fazer quaisquer previsões para os próximos anos. Entretanto, estamos muito confiantes no incremento dos negócios, principalmente em países em desenvolvimento, como no caso do Brasil, em que programas sociais, assim como de infraestrutura, em função dos preparativos para a Copa de 2014, prometem aquecer a economia”, prevê Vanessa Coelho, representante de vendas técnicas da Lanxess/Rein Chemie.
De acordo com a profissional, a companhia enxerga um amplo campo a ser explorado dentro do segmento de metalworking, principalmente no Brasil, onde usinas, por exemplo, consomem uma grande quantidade de lubrificantes durante seus processos. “Entretanto, o know-how para esse segmento deve ser de alto valor agregado ao produto, considerando todos os aspectos e requisitos que esse mercado requer”. Também com previsões positivas, a Dow Brasil visualiza a expectativa de crescimento desse mercado nos próximos cinco anos, observando ainda que isso fará com que o País seja uma das regiões mais importantes mundialmente para o setor. “Um dos melhores trabalhos realizados pelo governo Lula foi aumentar o poder de compra das classes D e E, pois potencializou o consumo e a utilização do crédito no Brasil”, parabeniza Alexandre Assunção, gerente de marketing para o negócio de solventes clorados da Dow na América Latina. Segundo ele, a indústria automotiva, em específico, foi diretamente atingida pela necessidade de consumo de quem quer comprar um automóvel, o que fará com que essa cadeia tenha um crescimento acima da meta do Brasil nos próximos anos. Além disso, para Assunção, a questão ambiental, relacionada à utilização do álcool, tem sido uma fortaleza que poucos locais no mundo têm condições de ter atualmente. “Não podemos esquecer que o Brasil é um dos países com maior crescimento projetado de PIB para os próximos anos, e deve ser um dos líderes na produção industrial global. Isso potencializa não só o segmento de metalworking como outros segmentos da economia brasileira.” ATENDENDO A PEDIDOS Seguindo os próprios conselhos, a Lubrizol, que dentro da unidade de negócios de aditivos atua nos mais diversos segmentos do mercado de lubrificantes (automotivos e industriais), combustíveis e outras aplicações específicas, vê o negócio de metalworking como parte integrante de seu segmento de produtos industriais e conta com uma estrutura dedicada, que vai desde pes-
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METALWORKING quisa e desenvolvimento até o gerenciamento de produtos, marketing e vendas. Tendo como foco os clientes e os mercados, o negócio é segmentado de modo a atender as necessidades específicas das aplicações de processo (corte e conformação), proteção e biocidas. A estruturação desse importante segmento também envolve os laboratórios de pesquisa e assistência técnica localizados nos Estados Unidos. A importância do segmento de metalworking para a Lubrizol reflete-se não somente na busca contínua do desenvolvimento e inovação de seu portfólio de produtos próprios, mas também na perfeita execução de uma estratégia de crescimento via aquisições. “O crescimento de nosso portfólio de produtos nos últimos anos foi estrategicamente desenvolvido através de aquisições, dentre as quais podemos destacar a Gateway Additive Company, em 1997; a Carl Becker Chemie, em 1998; o negócio de aditivos para metalworking Alox, da RPM Inc em 2000; e mais recentemente a linha de aditivos para metalworking da Lockhart Chemical Company, em 2007”, relata Marcelo Guimarães, gerente de contas da empresa. Hoje, a companhia conta um extenso portfólio de produtos, associado a uma ampla estrutura de atendimento aos clientes e ao mercado em geral. Há cerca de dois anos, a Lubrizol firmou parceria com a quantiQ, uma das maiores distribuidoras de produtos químicos e petroquímicos para a indústria no Brasil, que representa a linha de aditivos para lubrificantes da fabricante no País, como aditivos para protetivos e metalworking. “Essa parceria nos proporcionou uma maior e melhor penetração em um mercado que é fragmentado por natureza e requer um bom entendimento das necessidades dos clientes”, aponta Guimarães. Nesse mesmo período, a companhia buscou sinergias com seus laboratórios de assistência técnica no exterior e o existente na fábrica em Belford Roxo (RJ), de modo a gerar localmente dados técnicos que suportem as iniciativas de mercado dos clientes.
Dentro do portfólio da Lubrizol constam produtos que objetivam atender as mais diversas propriedades e características operacionais e de desempenho dos produtos finais de seus clientes, como inibidores de corrosão, emulsificantes, aditivos para extrema pressão, agentes de lubricidade, biocidas, além de pacotes e préformulados. Seguindo a onda da indústria nacional na busca por padrões internacionais de qualidade para seus produtos para atender tanto o mercado internacional como doméstico, a companhia estruturou seus investimentos para atender os vários aspectos da cadeia de suprimentos, ou seja, além de alternativas de produtos que visam reduzir a complexidade operacional sem comprometer a qualidade, se voltou para os nichos de mercado gerados em função de questões regulatórias, ambientais e de segurança para o trabalhador; também incrementou sua cadeia logística para garantir o atendimento às demandas do mercado e dos clientes. “Esse último aspecto é de suma importância em função da particularidade operacional dos nossos clientes industriais, que normalmente fornecem seus produtos dentro de condições contratuais bastante rígidas, como, por exemplo, as montadoras de veículos automotores. Em termos práticos temos focado na transferência de tecnologia para o Brasil, o que envolve um grande trabalho interno de adequação dos processos de fabricação, e externo, de desenvolvimento de fornecedores e de homologação e aprovação técnica junto aos clientes”, explica Guimarães. Outro projeto em fase inicial é a estruturação da comunicação de marketing buscando alinhamento com as ações internacionais de caráter institucional e para segmentos específicos de mercado, sem perder o foco nos temas que são importantes para o mercado brasileiro. MAIS PROXIMIDADE Também positivo sobre o futuro do mercado, Álvaro Luiz Longo, engenheiro químico da gerência de marketing de lubrificantes a consumidores da Petrobras Distribuidora, acredita que
Petrobras: linha básica de produtos e serviços específicos para metalworking
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Para este ano estaremos introduzindo novos fluidos sintéticos, semisintéticos e ecológicos de nossa linha global no merca-
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do brasileiro
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Roberto Saruls, gerente de marketing & serviços técnicos da Castrol
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o mercado de fluidos para metalworking, assim como a indústria metal-mecânica, acompanhará o crescimento dos diversos setores da economia brasileira, principalmente indústria automobilística, agronegócios e construção civil. “É um segmento bastante importante pelo potencial de negócios que representa, e merece um tratamento específico, pois tem características bastante particulares. Os fluidos para metalworking atuam diretamente no processo produtivo dos nossos clientes, e isso aumenta a nossa responsabilidade”, relaciona. Seguindo essa perspectiva de forte crescimento, a Petrobras passou a reforçar seu foco no segmento metalworking com o objetivo de diversificar sua carteira de negócios. Hoje, a companhia atua com uma linha básica de produtos e serviços específicos para metalworking, porém aposta no atendimento ao cliente e na integração com as demais linhas de lubrificantes como diferenciais da empresa. “Queremos nos aproximar ainda mais dos clientes do segmento metalmecânica, entender suas necessidades e atendêlas cada vez melhor, se necessário ampliando nossa oferta de produtos, serviços e soluções”, relata Longo, observando que a empresa já percebe nesse mercado requisitos como qualidade de produtos e redução de custos como direcionadores de demanda. Além disso, dentro da lista de preocupação dessas empresas, Longo visualiza também que elas estão cada vez mais antenadas com os riscos de derramamento de produtos, descarte de resíduos e a saúde dos operadores, preocupações corriqueiras nesse setor. Para auxiliar seus clientes nessa empreitada, a companhia executa um rigoroso processo de gestão de instalações para armazenagem de seus produtos, cumprindo todas as normas vigentes quanto à destinação de resíduos de lubrificação, e evita o uso de compostos tóxicos nas fórmulas dos produtos que são destinados para as operações de usinagem e corte. Com a mesma visão de crescimento da indústria automobilística, a Castrol ampliou seu foco e investimentos constantes no segmento
metalworking que, para os negócios globais da companhia, é um dos mais importantes, em virtude da tecnologia e expertise necessárias para desenvolver produtos e ofertas de valor para o cliente industrial. Historicamente, essa preocupação traduziuse em diversos desenvolvimentos tecnológicos que modificaram o mercado mundial de metalworking. Entre eles, destaca-se o desenvolvimento na década de 80 do primeiro fluido de usinagem solúvel bioestável borado do mercado brasileiro (Castrol Syntilo 319), seguido do lançamento, nos anos 90, do primeiro fluido 100% sintético do Brasil (Castrol Syntilo XPS) e, no início de 2000, a criação do primeiro fluido de usinagem bioestável isento de boro (Castrol Superedge 6552 BF), que veio atender as normas ambientais e de efluentes da indústria. Atualmente, a empresa oferece em seu portfólio de produtos uma completa linha metalworking solúvel e óleos metalworking integrais que visam atender a necessidade do mercado por produtos que apresentem alta durabilidade, bioestabilidade e performance operacional, que atendam as exigências de acabamento de materiais diversos, como ferro fundido, alumínio com alto teor de silício, ferro vermicular, entre outros. “Tudo isso em linha de produtos com opções de performance e preço que atendem a necessidade do mercado e com total cumprimento das normas ambientais e de segurança”, assegura Roberto Saruls, gerente de marketing & serviços. Dentro da linha de metalworking solúvel destaca-se a linha sintética da marca Syntilo; a linha ecológica da marca Carecut; e a série de produtos semi-sintéticos premium para aço e alumínio sob as marcas Hysol e Alusol. Já na área de óleos integrais, a Castrol participa com as linhas Ilocut e Honilo que atendem a diversas aplicações de mercado com adequado custo benefício, assim como disponibiliza a linha Premium Variocut. “Para este ano estaremos introduzindo novos fluidos metalworking sintéticos, semisintéticos e ecológicos de nossa linha global no mercado brasileiro”, antecipa Saruls, acrescentando ainda que a empresa apresenta
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Alexandre Carvalho, gerente de vendas industrial da Iorga, e Andréa de Oliveira Mendonça: incremento na área de pesquisa & desenvolvimento
Produtos Iorga: alguns estão há 40 meses na máquina do cliente sem a necessidade de descarte
um completa gama de produtos e serviços, incluindo oferta de gerenciamento total de fluidos e lubrificantes para a indústria. “Tudo isso, no entanto, não é o bastante”, assegura. “Nosso principal diferencial é a tecnologia inovadora de nossos produtos e a capacitação técnica aliada a dedicação ao cliente de nossa equipe de venda direta e distribuidores exclusivos.” NOVAS ESTRATÉGIAS Para a Iorga, que se encontra há 50 anos atuando no mercado de metalworking, com óleos solúveis, integrais, protetivos, entre outros, o segmento representa 70% do faturamento total da empresa com taxas de crescimento que giram em torno de 25% a 30%. “Essa taxa de crescimento deverá ser mantida por conta do aquecimento da economia, do advento da Olimpíada no Brasil e da Copa no Mundo, que favorecerão os mercados de lubrificantes e construção civil. Além disso, temos uma grande participação no
setor automobilístico, sub-fornecedores e fabricantes de autopeças, para os quais fornecemos diversos produtos e serviços de gerenciamento de lubrificação”, visualiza Alexandre Carvalho, gerente de vendas e industrial da Iorga. Para a empresa o mercado de lubrificantes, óleos solúveis e óleos integrais continua sendo o maior foco de seus investimentos, tanto que a empresa definiu a necessidade de implantar em sua unidade um novo laboratório totalmente equipado para pesquisas e desenvolvimento de novos produtos e melhorar o desempenho dos produtos já existentes. O novo espaço, concluído em abril deste ano, conta com a liderança de Andréa de Oliveira Mendonça, que assumiu o cargo, em novembro de 2009, de gerente de pesquisa & desenvolvimento da Iorga. Segundo Carvalho, por volta de 2004 a Iorga passou por uma reestruturação interna, criando novas estratégias para competir com grandes players do mercado, com foco no desenvolvimento de produtos mais avançados e em uma Revista LUBGRAX • março/abril 2010 •
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O desempenho total dos fluidos utilizados depende muito de quem está operando a máquina, mas mesmo assim é inevitável que ocorra algum tipo de
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contaminação
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Marcelo Ozaki, gerente de produtos da divisão Rocol/Unichemicals (Metalworking) da ITW
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atitude mais arrojada nas vendas. Com isso, a empresa hoje atende a cerca de 2,5 mil clientes ativos e possui uma nova linha de lubrificantes especiais. Após esta etapa, a emprsa verificou a necessidade de desenvolvimento de novos produtos direcionados para metalworking. “Esse foi o principal motivo da contratação da Andréa, pois queremos fornecer para grandes clientes que tenham uma alta demanda mensal, empresas que procuram qualidade aliada a preço.” Com a contratação de Andréa, que possui mais de 14 anos de experiência em desenvolvimento de produtos para metalworking – que engloba óleos solúveis, óleos de corte integrais, protetivos, desengraxantes, assim como produtos auxiliares–, a empresa passou a contar em seu portfólio com uma nova linha de óleos semisintéticos, óleos vegetais à base de ésteres e óleos sintéticos, além de apresentar aperfeiçoamentos na linha convencional. “Hoje o que se pede no mercado são produtos isentos de metais, triazina e boro. E para isso é necessário investimento em pesquisa e desenvolvimento, pois são produtos de alta tecnologia. Ao longo do tempo essas matérias-primas, dentro do segmento metalworking, foram essenciais, mas hoje, devido às normas europeias e pelo fato de o Brasil ser um grande exportador, essas mudanças são necessárias”, relata Andréa. Essas novas linhas apresentam como principais diferenciais maior rendimento operacional e estabilidade superior, que sustenta um pH elevado e proporciona limpeza na máquina ao mesmo tempo em que a lubrifica. “Uma das grandes necessidades desse mercado é a diminuição de descarte de produto, devido ao impacto ambiental e ao alto custo desse processo, por isso desenvolvemos produtos de longa durabilidade. Temos produtos que estão há mais de 40 meses em máquinas sem a necessidade de descarte, apenas reposição”, afirma Carvalho, garantindo ainda que, mesmo assim, a Iorga mantém parcerias com empresas de descartes e orienta o cliente na correta efetuação do descarte, tanto do óleo solúvel como de óleos integrais e óleos lubrificantes sujos. Em vista dessa crescente necessidade por diminuição dos custos com o descarte, a ITW
priorizou suas pesquisas e desenvolvimentos em produtos que não requeiram tanto essa prática, estendendo ao máximo a vida útil deles, e que estejam aptos às exigências europeias de isenção do boro. Dessa forma, a empresa colocou no mercado o Biocut 9000, da marca Rocol, e os lubrificantes e sistemas de microlubrificação MQL (Mínima Quantidade de Lubrificação), sob a marca Accu-Lube. “Isso é muito interessante, pois nos convencionais se vê grande quantidade de fluido, enquanto que com esse a quantidade é mínima, ou seja, o usuário faz a usinagem utilizando a quantidade mínima de óleos, sendo que o que é empregado é biodegradável, de base natural, nada à base de petróleo. A máquina então não apresenta sujeira e não é necessário fazer o descarte. A tendência é que, cada vez mais, o cliente utilize esses produtos apenas para completar o tanque”, apregoa Marcelo Ozaki, gerente de produtos da divisão Rocol/ Unichemicals – Metalworking. Já em termos de produção, o profissional aponta para a crescente exigência pela substituição de óleos minerais pelos sintéticos, semisintéticos e vegetais. Mas afirma que para a boa performance desses produtos é necessário que exista um correto manuseio dos mesmos para que se diminua o risco de contaminação dos materiais empregados. “O desempenho total dos fluidos utilizados depende muito de quem está operando a máquina, mas mesmo assim é inevitável que ocorra algum tipo de contaminação”, pondera ele. Em vista disso, a ITW colocou no mercado, através da marca Rocol, o produto Tri-Logic, que proporciona a lubrificação sem contaminação do óleo solúvel. MERCADO PROMISSOR Recente no mercado de metalworking, a distribuidora Makeni passou a atuar nesse setor desde que conquistou a conta da Clariant, no ano passado, embora já tenha iniciado com um trabalho diferenciado e com o objetivo de desenvolver produtos e aplicações em metalworking. “O segmento metalworking é um mercado promissor e que oferece possibilidade de expansão dos ne-
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METALWORKING gócios. Distribuir especialidades requer um acompanhamento específico, visitas técnicas regulares e tecnologia diferenciada. Para isso a Makeni busca especializar diariamente seus profissionais a fim de realizar um melhor atendimento, identificando as necessidades de cada cliente”, assegura Alexandre Tarantino, gerente de mercado da divisão Químico & Petroquímico. Esse trabalho faz com que a empresa já lance estimativas de crescimento para este ano, em vista também dos resultados positivos que o segmento de produtos químicos de uso industrial vem registrando desde o terceiro trimestre de 2009, quando comparado com o início do mesmo ano. Além disso, as novas exigências do mercado no âmbito ambiental devem contribuir, pois as empresas deverão investir mais em sistemas de tratamento eficiente. “Contudo, acreditamos que ainda surgirão grandes oportunidades de crescimento para esse mercado, decorrente também das novas demandas para tratamentos especiais que estão se tornando cada vez mais diversificadas”, confere Tarantino. Para atender essa demanda, além de continuar investindo em treinamento técnico, já que esse segmento demanda um maior acompanhamento para a fidelização dos clientes, a Makeni iniciou no ano anterior um grande investimento na reestruturação de sistema, a fim de automatizar ainda mais seus processos e garantir mais agilidade nas operações. No aspecto ambiental, a distribuidora também verifica que o segmento está muito preocupado com a utilização de produtos ambientalmente amigáveis e já esclarece que todos os produtos que estão em sua lista de distribuição atendem essa necessidade, além de proporcionar qualidade e alongar a vida das máquinas e equipamentos. “Possuímos inibidores de corrosão, emulsificação, lubrificação, redução de desgaste e remoção de sujidade. São produtos multifuncionais que na maioria das vezes atendem a mais de uma necessidade”, anuncia Tarantino, afirmando ainda que a parceria com a Clariant, líder global em especialidades químicas, tem sido muito satisfatória. “Através desse trabalho em conjunto é possível
agregar valor a nossa linha e apresentar soluções inovadoras e tecnológicas.” Para a Lanxess/Rein Chemie, o segmento de metalworking é visto como uma área de grande importância já que engloba uma vasta gama de competências, processos e ferramentas, com aplicações que vão desde as mais robustas estruturas, como equipamentos industriais, até as mais precisas, como um parafuso. Para tanto, requer produtos de alta tecnologia e performance, que sejam compatíveis com todos os metais. “Para a Lanxess, representa uma grande oportunidade de negócio, uma vez que temos produtos premium voltados para os processos utilizados nesse segmento e que atendem às mais altas exigências de qualidade demandadas”, aponta Vanessa, acrescentando que a representatividade desse mercado para os negócios da empresa é bastante grande, visto que uma grande parcela das vendas da companhia é voltada para o fornecimento de metalworking em nível mundial. Como diferencial de atuação, Vanessa, declara que a Lanxess prima pela qualidade e pelo atendimento, tanto pelo fornecimento de produtos premium reconhecidos mundialmente, bem como pela atuação próxima aos clientes, identificando e atendendo suas reais necessidades e expectativas. Nesse sentido, Vanessa destaca como principal requisito do mercado, a necessidade do setor por linhas de produtos livres de metais. “O mercado tem procurado produtos livre de metais pesados para aplicação em metalworking, hidráulicos e graxas, pois o contato com equipamentos alimentícios e meio ambiente exige que os nossos produtos sejam aprovados em normas internacionais NSF”, declara ela. Em vista dessa demanda, a Rhein Chemie, tendo em vista um crescimento do mercado entre 5% e 15 % (pesquisa interna de mercado da Rhein Chemie), preocupou-se em lançar novos produtos multipropósitos, ambientalmente amigáveis e voltados para a indústria do aço. “Essa é uma tendência que veio para ficar e o setor de metalworking não poderia ficar de fora. Essa é a nossa maior preocupação e
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O segmento metalworking é um mercado promissor e que oferece possibilidade de expansão
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dos negócios
Alexandre Tarantino, gerente de mercado da divisão Químico & Petroquímico da Makeni, distribuidora da Clariant
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Os fabricantes de MWF locais, sempre buscam alternativas inovadoras na preservação de seus produtos, com foco no melhor manuseio por seus funcionários, clientes e impacto no
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meio ambiente
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Isabel Silva, gerente de contas da área de biocidas para MWF da Thor Brasil
temos vários produtos com as mais exigentes aprovações, em que o grande foco é o contato com o meio ambiente.” Dentro da Dow esse setor ganhou praticamente uma identidade própria, tanto que internamente foi batizado de metal cleaning. Mas boa parte dos clientes deve conhecer a companhia pelo solventes clorados Dowper LM, produto que possui grande eficiência na limpeza dos metais e uma alta taxa de evaporação, que significa menos tempo de secagem e aumento de produtividade na indústria. “Solventes clorados como o Dowper LM possuem alta taxa de evaporação, o que possibilita mais produtividade e performance na indústria, além de ter uma performance em limpeza muito superior a outros produtos existentes no mercado”, divulga Assunção, garantindo ainda que esse solvente possui alto poder de solvência, é inerte a metais e plásticos, não é inflamável, possui baixo poder de vaporização e baixo ponto de ebulição, sendo altamente eficaz no desengraxe de metais. O negócio de solventes clorados da Dow possui uma atuação importante e estratégica nos segmentos de limpeza de metais, lavanderia industrial e doméstica, espumas de poliuretanos, farmacêutica, entre outros, nos quais atua com produtos que visam a melhor performance no usuário final. Além disso, a empresa, através de sua equipe de especialistas técnicos e comerciais e em parceria com seus distribuidores, realiza um trabalho de conscientização da indústria sobre a forma correta de utilização e descarte dos produtos. “Para 2010 a Dow tem como objetivo intensificar ainda mais o trabalho com seus distribuidores (Brenntag, Agro Química Maringá e Quimisa) para o segmento de metalworking em relação ao uso e ao descarte correto do produto”, anuncia o gerente, reforçando também que, além do Dowper LM, a companhia oferece um pacote de serviços que contempla desde manuais de segurança de trabalho até palestras e treinamentos in-loco. AGENTES COADJUVANTES Na parte de produtos auxiliares, a Thor Brasil, observa a cada ano o aumento de participação de sua linha de biocidas, baseada nas isotiazo-
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linonas, bismorfolinas e oxazolidinas, dentro do segmento de fluidos para metalworking (MWF). Fabricante de biocidas (linha Acticide), retardantes de chama (linha Aflammit e Flammentting) e preservantes para cosméticos (linha Microcare), a Thor acredita que este bom desempenho deve-se em parte pela diferenciação dos ativos de seus produtos, bem como pela substituição no uso de alguns tipos de doadores de formol, que definem a necessidade de rotulagem do produto final devido à sensitização por contato com a pele. “Essa restrição vem sendo seguida pelos fabricantes de MWF locais, que sempre buscam alternativas inovadoras na preservação de seus produtos, com foco no melhor manuseio por seus funcionários, clientes e impacto no meio ambiente”, observa Isabel Silva, gerente de contas da área de biocidas para MWF da Thor Brasil. Outro ponto forte de atuação desses produtos é na sua performance junto às indústrias, onde tubulações e tanques de armazenamento são altamente favoráveis ao desenvolvimento de microrganismos. São locais de difícil acesso, onde os microrganismos tendem a se acumular. “Os biocidas da linha Acticide, destinados a preservação de MWF, são frequentemente utilizados para o controle ou erradicação desses microrganismos. Nossos produtos oferecem preservação contra bactérias e fungos, principais contaminantes nessa aplicação, evitando assim paradas e elevados custos de manutenção”, relata. Já dentro da parte de serviços da empresa, a Thor conta com laboratório microbiológico completo para seleção do melhor produto e identificação de microorganismos contaminantes, além de especialistas em formação de biofilme em MWF e seu tratamento, e testes cromatográficos para detecção de teores residuais de biocidas no produto acabado. “Nossa linha de produtos Acticide contempla ampla opção de produtos em diversas embalagens para adição nos concentrados bem como aplicações diluídas nos usuários finais”, ressalta Isabel. A falta de uma concorrência externa significativa é um dos fatores que para a Trayan, representante no Brasil da fabricante Munzing, faz
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METALWORKING com que esse mercado apresente crescimento, juntamente com a economia brasileira. A atuação da representada nesse mercado vem desde 1987, quando passou a trabalhar com a fabricante alemã (antiga Ultra Additives), que praticamente iniciou as atividades com antiespumantes para esse segmento, investindo na marca Foam Ban. Graças a essa trajetória a empresa pode verificar todas as modificações que o mercado sofreu em termos de tecnologia. “Há
Linha de produtos Munzing: mais de 30 tipos de antiespumantes para os segmentos de fluidos de corte de metais, fluidos para galvânica e desengraxantes
20 anos o grande volume era de óleo solúvel, base de óleo mineral e sulfonato de sódio aditivado. Hoje, já temos óleos de fluidos sintéticos, semisintéticos e à base de óleos vegetais, muito mais amigáveis ao meio ambiente”, relata João Ricardo Franco Ryan, diretor da Trayan, acrescentando que esse fator fez com que a Munzing passasse a desenvolver novas séries, como as 700, 800 e 39, objetivando atender o mercado eficientemente. Segundo o profissional, nos dias atuais as principais exigências do mercado de metalworking são por produtos que não contenham óleo de silicone, já que esses aderem ao metal, prejudicando a pintura ou operação galvânica posterior, além de outros inconvenientes. Além disso, eles precisam ser disperso do fluido de corte, isto é, não separar do fluido (ir à superfície ou precipitar); apresentar eficiência na quebra da espuma, em torno de 5 a 10 segundos; ser persistente, ou seja, manter a quebra da espuma
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Hoje, já temos óleos de fluidos sintéticos, semi-sintéticos e à base de óleos vegetais, muito mais
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amigáveis
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João Ricardo Franco Ryan, diretor da Trayan, representante da Munzing
Soluções de alta performance Makeni. Qualidade e desempenho para seus produtos. Distribuidora exclusiva Clariant
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Todos nossos aditivos são produzidos com matérias-primas de baixa toxidade, passam por um padrão rígido de inspeção e atende as mais severas exigências durante as operações de trabalhos
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com metais
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Fernando Cezar Scandoleira, gerente comercial da Miracema
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Possuímos uma longa tradição neste segmento em nível global, inclusive sendo detentora da marca Grotan no continente
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norte-americano
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Carlos Alberto”Jacaré” Gonçalves, diretor de negócios da Troy Brasil
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por meses no banho do cliente e ter uma retenção mínima nos filtros do cliente, ou nenhuma. Essas necessidades são atendidas pelo portfólio de produtos da empresa, que oferece mais de 30 tipos de antiespumante para os segmentos de fluidos de corte de metais, fluidos para galvânica e desengraxantes. “Nossos antiespumantes são isentos de óleo de silicone e possuem alta eficiência e persistência. Além disso, procuramos sempre o melhor produto que se encaixe com as necessidades e o perfil de cada cliente para que, assim, possamos atendê-los da melhor maneira”, afirma Ryan, listando também que em seu portfólio constam também Tolytriazole e Benzotriazole. Através das pesquisas e desenvolvimentos de seu laboratório eficientemente equipado, a Munzing lançou nestes 20 anos a linha Foam Ban MS-5 e 30, subsequentemente a série Foam Ban 400 (onde o MS445 foi o líder), depois a série 500 (onde o MS-575 é o líder), seguida das séries MS-700 e série 800. Atualmente, desenvolveu a série FB 39, que já foi aprovada no laboratório e está em fase de implantação industrial. Além do laboratório de desenvolvimento, a representada tem um laboratório exclusivo para aplicação, onde recebe fluidos dos clientes, indicando ou desenvolvendo o melhor anti-espumante para seus produtos. Também presente na lista de fornecedores de produtos auxiliares para a indústria de metalworking, a Miracema segue em constante pesquisa para desenvolvimento de produtos cada vez mais eficientes e ambientalmente corretos. Foi dessa empreitada que a empresa disponibilizou para o setor os pacotes emulgadores para óleo mineral e os pacotes concentrados (Liovac 351, semisintético, e Liovac 352, sintético), que oferecem alta capacidade de absorção de calor, boas propriedades de antifricção e antisolda, estabilidade em estoque, capacidade anticorrosiva e viscosidade adequada. Além disso, têm baixa tendência à formação de espuma e, quando utilizados em concentrações adequadas, apresentam baixa tendência à formação de fumaça. De acordo com Fernando Cezar Scandoleira, gerente comercial da Miracema, o cliente, ao uti-
lizar esses pacotes, perceberá imediatamente um conjunto de vantagens proporcionadas pelos fluidos que são: aumento da produtividade; redução dos custos com mão de obra, energia e ferramentas; melhor acabamento de superfícies e melhor proteção contra corrosão durante a operação. “Também disponibilizamos aditivos que são vendidos separadamente. Assim o cliente pode ‘montar’ seu próprio pacote concentrado. Todos nossos aditivos são produzidos com matériasprimas de baixa toxicidade, passam por um padrão rígido de inspeção e atendem as mais severas exigências durante as operações de trabalhos com metais”, acrescenta. LARGA TRADIÇÃO A importância desse mercado para a Troy se traduz pelo fato de a companhia possuir uma divisão específica de negócios, denominada MWF Business Unit, localizada no Canadá, que atua globalmente há mais de 15 anos nessa área. Oferece uma completa linha de biocidas e antiespumantes para uso nos concentrados e nas adições “Tankside”. “Possuímos uma longa tradição neste segmento em nível global, inclusive sendo detentora da marca Grotan no continente norte-americano. Possuímos uma linha completa de bactericidas e fungicidas , assim como antiespumantes para uso no segmento de MWF”, lista Carlos Alberto”Jacaré” Gonçalves, diretor de negócios da Troy Brasil. A empresa possui atuação regular junto a esse segmento e realiza duas visitas anuais a clienteschave, com a presença do diretor mundial da área de MWF, Richard Rotherham, que acumula vasta experiência internacional nessa área. No quesito ambiental a Troy participa ativamente do grupo de reavaliação de ativos biocidas na Europa, denominado “BPD”, cujo escopo central visa rever todos os perfis toxicológicos de ativos biocidas disponíveis mundialmente. “Visualizamos um futuro extremamente positivo no desenvolvimento de segmentos-chave para a indústria de MWF no Brasil e cada vez mais a consolidação das exigências mundiais quanto ao uso de tecnologias que preencham as demandas ecologicamente corretas”, observa Gonçalves.
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METALWORKING Outra empresa de larga tradição no ramo é a Bardahl, que atua há mais de 20 anos no mercado de metalworking e que, desde 2009, vem investindo em novos desenvolvimentos para atender às mais recentes demandas desse mercado. As novidades que estarão disponíveis ainda este ano são fluidos biodegradáveis integrais e solúveis que deverão atender, principalmente, a durabilidade do fluido e a vida útil da ferramenta nos modernos equipamentos do mercado, além de propiciar a versatilidade de trabalhar com vários tipos de metais usando um mesmo fluido. Em seu portfólio tradicional a Bardahl oferece uma linha bem diversificada para várias necessidades no segmento, como fluidos integrais, emulsionáveis e solúveis, fabricados a partir de matérias-primas sintéticas, semisintéticas ou minerais. “Com isso podemos atender aos diversos tipos de materiais e operações, além de contar também com alguns produtos biodegradáveis”, pondera Renato Boccia, engenheiro de aplicação, informando ainda que alguns produtos da linha possuem laudos de proteção anticorrosiva, biodegradabilidade e irritabilidade dérmica que comprovam a eficiência do produto. “Temos uma equipe de assessores técnico-comercial preparada para dar suporte, tanto no desenvolvimento de produtos nos clientes como no acompanhamento do desempenho dos fluidos, assim como uma equipe de engenheiros que atende prontamen-
te quando há alguma ocorrência que exija testes laboratoriais ou quando há solicitações de treinamento para os usuários de fluidos e lubrificantes”. Um dos destaques da linha da Bardahl é o Maxlub Cut Fluid AF, fluido de corte sintético biodegradável com alto poder antiespumante para operações de usinagem e processos em geral. A ação antiespumante do Maxlub Cut Fluid AF garante menor desperdício de produto e melhor visualização da peça e ferramenta durante o uso pelo fato de a solução ser praticamente transparente. Sua base sintética garante troca de calor mais eficiente, maior resistência durante o uso, maior biodegradabilidade, melhor condição dermatológica e ambiente de trabalho livre de óleo, onde isso for um requisito. Além das características de biodegradabilidade e resistência à formação de espuma, o produto tem um pacote de aditivos anticorrosivos e promove o perfeito acabamento das peças.
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Podemos atender aos diversos tipos de materiais e operações, além de contar também com alguns produtos biodegradáveis
”
,
Renato Boccia, engenheiro de aplicação da Bardahl
Maxlub Cut Fluid AF: fluido de corte sintético biodegradável da Bardahl
Marcos Secao, gerente industrial da Açotubo
PONTO DE VISTA DO CLIENTE Seguindo essa retomada do setor e da economia, a Açotubo, posicionada entre as maiores distribuidoras de tubos e barras de aço carbono da América Latina, além de focar investimentos na área de logística, lançou projeto de modernização de sua máquina de corte a plasma (única no Brasil), que possibilitará a produção de cortes complexos de grande precisão em tubos de secção redonda. O objetivo é focar essa modernização para atender às demandas futuras que os investimentos no pré-sal, Copa do Mundo e Olimpíadas irão gerar. Dessa forma, a Açotubo demonstra sua preocupação com a qualidade de seus produtos, cuidado esse que se reflete na seleção de seus fornecedores de óleos de transmissão e óleo de cor-
te. “Os produtos devem atender às normas de proteção ambiental e após utilizados por nossa empresa, procuramos descartá-lo conforme determinado pelo fabricante, sempre entregando para empresas de descarte homologadas”, assegura Marcos Secao, gerente industrial da empresa. Segundo o profissional, as exigências não param por aí: os processos dos fornecedores também devem ser certificados por normas ambientais, como SA-8000, ISO 14.000, entre outras. “Para os nossos processos são necessárias propriedades físicas que garantam a lubrificação de áreas de componentes em movimento, dessa forma teremos menor atrito e desgastes, além da redução da geração de calor”, salienta ele.
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NOVO COMANDO NA CASTROL AMÉRICAS Profissional de carreira na Castrol - onde ingressou em 1997 como gerente regional de vendas da matriz americana até atingir a gerência de contas globais -, Dave Fuerst acaba de ser nomeado diretor das Américas para a Castrol Industrial Lubrificantes & Serviços (ILS). Em recente visita ao País, o novo comandante antecipou que o Brasil está na “Rota para o Mercado” da companhia, o que, trocando em miúdos, significa mais (e novas) oportunidades de crescimento.
Dave Fuerst, presidente da Castrol para as Américas
Por Maristela Rizzo e Miriam Mazzi
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o mês de março a unidade Castrol situada no bairro de Barueri (São Paulo) recebeu em suas instalações a visita de Paul Waterman, vice-presidente AIME (Divisão Mundial da BP Castrol para Lubrificantes Automotivos, Industriais, Marítimo & Energia), que veio ao Brasil juntamente com Dave Fuerst, diretor das Américas para a Castrol Industrial Lubrificantes & Serviços (ILS).
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Na ocasião, Fuerst aproveitou para salientar a importância do mercado brasileiro para a companhia. “O Brasil foi um dos países identificados como foco para crescimento da Castrol Industrial, e o desafio agora é definir quais são as áreas de maior oportunidade dentro do Brasil para que a meta seja atingida”. Outro aspecto salientado pelo diretor é a série de investimentos que a Castrol está implantando na sua forma de cobertura geográfica do mercado e que beneficiará todas as regiões do Brasil. “Intitulamos esses investimentos de “Rota para o Mercado”. Trata-se de melhorias em todas as áreas funcionais do negócio e nos canais de vendas diretas e por distribuidores que propiciará um melhor atendimento para o cliente, sob a ótica da logística e serviço técnico“, revela. Fuerst complementa que outra unidade funcional de negócio que receberá mais investimentos é a de tecnologia. Segundo ele, em dezembro a companhia fez uma revisão em suas estratégias globais e um ponto fundamental que ganhou mais peso foi a área de inovação e de pesquisa e desenvolvimento. “Com isso queremos aperfeiçoar ainda mais a introdução de novos produtos e novidades para o cliente, com o objetivo de
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GENTE sempre propiciar a ele o melhor em desempenho”, garante. Outro aspecto relevante são os investimentos em pessoas. “Como diretor responsável por todas as Américas sei o quanto a BP Castrol investe nos profissionais que fazem parte de seu grupo”, testemunha Fuerst, ilustrando que não são poucos os colaboradores com mais de duas décadas de atuação na companhia. A marca Castrol também merecerá verba específica. “Temos uma marca muito forte e consolidada, que chega a despertar paixão”, aponta o diretor da Castrol Américas, assegurando que tal resultado deve-se à tradição da companhia de investir em marketing. Ainda neste ano, por exemplo, o mundo poderá ratificar esta postura ao longo da Copa do Mundo, quando a marca terá intensa exposição, já que a Castrol é uma das empresas patrocinadoras do maior evento de futebol do planeta.
pontos principais: capacitação, “o profissional deve procurar ter uma boa formação para progredir”; performance, “pois capacidade sem direcionamento para a performance é perda de tempo”; e comportamento. Segundo ele, na Castrol este fator é decisivo. “Se a pessoa não tiver um desempenho de comportamento ideal, ético e de liderança não obterá o bônus máximo oferecido pela companhia. Mas, para isso, você tem de servir de exemplo para os demais, comemorar as conquistas e, assim, criar um círculo virtuoso, da motivação até a conquista da vitória”, ensina.
TRAJETÓRIA Indagado sobre os pontos que ele credita a sua ascensão profissional, Fuerst afirmou que sua trajetória dentro da Castol deve-se a três Glauco Moraes, diretor da Castrol Industrial & Serviços (ILS)
ESPECIALISTA BRASILEIRO Dave Fuerst terá um grande aliado em sua missão estratégica para o mercado brasileiro. O nome do expert é Glauco Moraes, profissional que teve seu “passe” adquirido pela BP Castrol no final do ano passado, Moraes é um executivo experiente no mundo dos negócios B2B e contabiliza muitos anos em missões internacionais e especialização na América Latina. Só no mercado de plásticos compostos o profissional soma 20 anos de bagagem. Tendo iniciado sua trajetória profissional como pesquisador, mudou a rota de seu destino ao voltar-se para a área de gestão comercial e de desenvolvimento de novos negócios em importantes multinacionais, entre as quais a LNP, Kawasaki, GE, Sabic-IP e BP Castrol. Apesar de sua atuação atual estar voltada à área industrial, mantém relações estreitas no setor acadêmico.
Um dos precursores de iniciativas sustentáveis e biodegradáveis em torno dos plásticos, Moraes é formado em Engenharia com especialização em polímeros pela Universidade Federal de São Carlos, além de possuir MBA pela Universidade de São Paulo. Na Castrol sua meta é fazer com que, por intermédio do desenvolvimento e da tecnologia, a companhia ratifique a qualidade de seus produtos, atendendo às necessidades de produtividade atuais e futuras de seus clientes. “Nossa proposta é atingir um padrão de excelência na comercialização de lubrificantes especiais de modo a sermos reconhecidos como a melhor fornecedora de metalworking fluids, óleos e graxas de alta performance para o mercado sul-americano”, informa.
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GENTE
OXITENO REESTRUTURA DIRETORIA COMERCIAL A Oxiteno, especializada no setor de químicos e derivados, anuncia mudanças na sua direção comercial. A decisão de dividir a diretoria comercial em duas cadeiras está alinhada ao novo momento da companhia, atualmente em processo de reestruturação comercial.
Andréa Campos Soares, nova diretoria comercial
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ndréa Campos Soares é a nova diretoria comercial da Oxiteno, passando a se responsabilizar pelas gerências de Tensoativos & Especialidades, Solventes & Intermediários, comércio exterior, suprimentos e pelos escritórios comerciais da Argentina e Europa. Formada em Engenheira Química pela UNICAMP, pós-graduada em Administração de Empresas pela FGV e MBA Executivo pela Kellog School of Management, Andréa iniciou sua carreira na Oxiteno como trainee da área comercial em 1994. A executiva ocupou cargos de vendedora, gerente de vendas e gerente de mercado, sendo responsável nesse período por diversos mercados, como cosméticos, detergentes, resinas, fluidos funcionais e construção. Nos últimos três
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anos, ocupava a gerência de marketing. Já André Luis Polo assumiu a diretoria de marketing, que engloba as áreas de marketing, logística e planejamento, além de desenvolvimento e aplicação de produtos. O executivo também iniciou sua carreira na Oxiteno como trainee, em 1996. Atuou em diversas áreas da empresa ocupando cargos de vendedor técnico de tensoativos e intermediários químicos, gerente de vendas de catalisadores e gerente de suprimentos. Desde 2007 ocupava a gerência de supply chain. É engenheiro químico graduado pela UNICAMP, tem MBA em marketing pela FGV e extensão em administração de empresas pela Fundação Dom Cabral e Kellog School of Management.
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André Luis Polo no comando da diretoria marketing
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NOTÍCIAS & PRODUTOS
O BRASIL FICOU MAIS PERTO DE UMA NOVA FONTE DE ENERGIA LIMPA Desenvolvimento de infraestrutura, maior demanda e financiamento ágil para construir plantas industriais são os itens que faltam para que o Brasil possa começar a produzir o etanol de segunda geração, feito do bagaço da cana-de-açúcar, segundo o gerente da Novozymes Latin America, William Yassumoto. Durante apresentação no Sugar & Ethanol Brazil 2010, em SãoPaulo, Yassumoto mostrou como funciona o uso das enzimas Cellic CTec, criadas pela empresa dinamarquesa e que transformam o resíduo agrícola em etanol celulósico. No último ano, as pesquisas avançaram e as enzimas, anteriormente vistas como barreira para a viabilidade comercial do etanol celulósico, tiveram a eficiência dobrada. Para Yassumoto esse é um grande passo, atrelado ao panorama favorá-
vel para o uso do produto no Brasil e no mundo. Embasado em dados da International Energy Agency, órgão intergovernamental que faz consultoria para assuntos energéticos a 28 países, o executivo afirmou que os biocombustíveis serão responsáveis por 9,3% do abastecimento do setor de transportes em 2030. “Até lá, 93% dos novos carros de passeio vendidos em todo o globo ainda vão precisar de combustível líquido”, afirmou Yassumoto. “Estima-se que a capacidade de produção mundial de etanol cresça12 vezes no período entre 2006 e 2030 e o Brasil e a América Latina deverão ser os maiores responsáveis por esse salto”, disse, salientando que em 20 anos cerca de um terço do etanol utilizado mundialmente será de segunda geração. De acordo com dados levantados pela empresa
de consultoria Bloomberg NewEnergy Finance, o potencial brasileiro para a produção de etanol celulósico a partir do bagaço da cana será entre 10 e 17 bilhões de litros até 2020. Atualmente o País produz 25 bilhões de litros de etanol convencional. Para a produção de etanol de segunda geração, a grande vantagem brasileira seria não precisar plantar sequer um hectare a mais de cana-de-açúcar, já que a matéria-prima é o que sobra do fabrico do combustível de primeira geração.
OMIL HOMOLOGA GRAXA DA SKF A Omil, empresa brasileira que fabrica máquinas para madeira, homologou a graxa LGLT2, da SKF, que passa a ser o lubrificante oficial e exclusivo de todos os fusos das máquinas produzidas e comercializadas pela companhia. A homologação por conta da Omil acontece quatro anos após a empresa aprovar a utilização da LGLT2 junto a graxas de outras marcas em seu processo de produção. “Durante esse período os resultados foram expressivos e, como consequência, obtivemos essa importante conquista”, afirma José Roberto
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Aguiar, engenheiro de aplicação da SKF do Brasil. Segundo Aguiar, além de se tornar fornecedora de graxas exclusivas para a Omil, a SKF também marcará presença dentro dos clientes finais da fabricante de máquinas de madeira, pois a graxa LGLT2 será recomendada como oficial para as lubrificações de manutenção dos equipamentos. “A Omil tem hoje 1.950 clientes no Brasil e mais 50 na América Latina. Nosso objetivo é fazer com que a LGLT2 seja utilizada em pelos menos 90% dessas unidades fabris”, explica o Aguiar. A graxa LGLT2 é composta por
óleo base integralmente sintético que emprega sabão de lítio. Proporciona um excelente desempenho de lubrificação em baixas temperaturas, velocidades extremamente elevadas e comportamento operacional silencioso. Também garante alto grau de estabilidade contra oxidação e resistência à água. O produto permite o bom funcionamento dos equipamentos mesmo em situações extremas – temperaturas que podem variar de 50ºC negativos até 110ºC positivos –, evitando corrosão e mantendo intacta a vida útil do rolamento e do fuso.
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NOTÍCIAS & PRODUTOS
NALCO E COREMAL FORMALIZAM PARCERIA A Nalco marcou presença na II Mostra Sucroenergética do Nordeste, a Sucronor, realizada entre os dias 13 e 15 de abril no Centro de Convenções de Pernambuco, em Olinda (PE), e palco para a exposição das novas tecnologias para a indústria sucroalcooleira com máquinas, equipamentos, produtos e serviços, reunindo fornecedores de tecnologias e investidores do mercado canavieiro, além de pesquisadores e lideranças políticas e empresariais do Nordeste, considerada a segunda maior região produtora de cana, açúcar e álcool do Brasil. Na ocasião, a Nalco divulgou para seus parceiros e clientes presentes a parceria com a Coremal, uma das principais distribuidoras de produtos químicos da região, com atuação no mercado desde 1952. A Coremal fará a distribuição dos produtos da Nalco, fortalecendo a presença da companhia no segmento sucroalcooleiro e fortalecendo o atendimento em todo o Brasil, além de
mostrar soluções para reduzir os custos dos processos de produção da indústria de açúcar e álcool. Na Sucronor a Nalco contou com um estande institucional para a exposição e divulgação da tecnologia Nalco BDI8008, antibiótico líquido à base de monensina, que está definindo uma nova realidade na aplicação de antibióticos no processo sucroalcooleiro. O evento aconteceu em conjunto com a Stab Setentrional, com o apoio do Sindaçúcar (Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool no Estado de Pernambuco), da UFRPE (Universidade Federal Rural de Pernambuco), do CEISEBr (Centro Nacional das Indústrias do Setor Sucroalcooleiro e Energético) e Atalac (Asociación de Técnicos Azucareiros de Latinoamérica y el Caribe). A Nalco é líder mundial em aplicações para tratamento de águas, qualidade do ar de interiores e melhoria de processos, fornecendo soluções que promovem benefícios ambientais,
sociais e econômicos, colaborando na redução do consumo de água, energia e outros recursos naturais, melhorando a qualidade do ar, reduzindo a emissão de poluentes ambientais, contribuindo para a produtividade e melhoria do produto final de seus clientes. As soluções inteligentes da Nalco colaboram com o desenvolvimento sustentável das operações nos diversos segmentos industriais e institucionais. A companhia é membro do Dow Jones Sustainability World Index. Os mais de 11 mil funcionários da companhia operam em 150 países, apoiados por uma rede de instalações industriais, escritórios de vendas e centros de pesquisa. Em 2009, as vendas da Nalco ultrapassaram US$ 3,7 bilhões. Para obter mais informações visite o website www.nalco.com
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NOTÍCIAS & PRODUTOS
PETROBRAS FACILITA OBTENÇÃO DE PATROCÍNIO A PROJETOS SOCIAIS
Durante o período de inscrições para o Programa Desenvolvimento & Cidadania Petrobras (até 21 de maio), a Petrobras vai realizar em todos os Estados brasileiros suas Caravanas Sociais, com o objetivo de divulgar o programa e seus critérios, permitindo assim a igualdade de acesso aos interessados. Livres e gratuitas, as Caravanas são oficinas presenciais que vão capacitar os interessados para a elaboração de projetos. A edição em São Paulo foi realizada no dia 31 de março, no Hotel Ceaser Business Paulista, na Avenida Paulista. Além das caravanas presenciais, a Petrobras iniciou, também no dia 31, o atendimento online às instituições interessadas em inscrever projetos sociais na seleção pública do Desenvolvimento & Cidadania. Todos os dias, até 21 de maio, das 9 às 21 horas, a equipe técnica do programa ficará à disposição para prestar esclarecimentos às instituições interessadas. O acesso deve ser feito pelo site www.petrobras.com.br/ desenvolvimentoecidadania .
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O atendimento virtual complementa as visitas das Caravanas Sociais, que serão realizadas nos 26 Estados brasileiros e no Distrito Federal. No site do programa, serão divulgados os locais e as datas de realização das oficinas, nas quais a equipe técnica da Petrobras esclarecerá as dúvidas das instituições. As visitas serão encerradas no dia 5 de maio. Por meio do edital de seleção pública, a Petrobras vai investir R$ 110 milhões no período de dois anos em projetos sociais em todo o País. Por meio do Desenvolvimento & Cidadania, a Petro-
bras investe em projetos voltados para a geração de renda e oportunidade de trabalho, educação para a qualificação profissional e garantia dos direitos das crianças e dos adolescentes. De 2007 a 2009, o programa investiu R$ 396 milhões em 1.891 projetos. O programa prevê investimentos de R$ 1,3 bilhão até 2012, que deverão permitir a realização de projetos que atendam direta e indiretamente 18 milhões de pessoas em todos os Estados. As inscrições podem ser feitas gratuitamente até o dia 21 de maio no site do programa (www.petrobras.com.br/ desenvolvimentoecidadania). Serão aceitos projetos sob responsabilidade de organismos governamentais, não governamentais e comunitários, legalmente constituídos no País, que atuem no terceiro setor. Cada organização poderá inscrever até três projetos, mas só um poderá ser contemplado. Poderão concorrer projetos em andamento ou em fase de planejamento e que tenham como foco uma das linhas de atuação do programa. A divulgação pública dos resultados do processo seletivo será feita até setembro deste ano pela imprensa e pela internet no site do programa.
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EM SINTONIA COM A MODERNIDADE
Fotos: Armando Stilhano Neto, gerente de negócios
Há mais de duas décadas a Metachem vem fazendo história no mercado de distribuição de produtos químicos. Na última década, iniciou, expandiu e consolidou sua atuação no mercado de lubrificantes, por meio de parceria de distribuição exclusiva no Brasil e América Latina dos produtos da finlandesa Neste Oil. O resultado da união tem sido alvissareiro: 25% do faturamento da empresa vem do segmento de lubrificantes.
Por Miriam Mazzi
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á 22 anos a Metachem fazia sua estreia no mercado brasileiro, fundada por dois profissionais – um brasileiro e um israelense – que uniram seu know-how em comércio exterior e distribuição de produtos químicos. O segmento de oleoquímicos (derivados de tall oil) foi a pedra inicial do negócio que, aos
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poucos, foi incorporando a comercialização de sais de ácidos orgânicos (especificamente o propionato de cálcio, muito utilizado na indústria de panificação) e, mais tarde, a diversificação. De forma consistente, a empresa consolidou sua marca em vários segmentos, tais como adesivos, lubrificantes, agroquímicos, nutrição humana e nutrição animal, entre outros.
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PERFIL DO FORNECEDOR - METACHEM Especificamente no mercado de lubrificantes, o crescimento foi consistente. De acordo com Armando Stilhano Neto, gerente de negócios, em função de alguns produtos do segmento de oleoquímico encontrarem aplicação nas formulações de lubrificantes industriais, aos poucos a Metachem foi adicionando novos produtos a essa linha, aproveitando os contatos já existentes. “Adicionamos aditivos em nosso portfólio e em 2002 fomos eleitos os agentes e distribuidores exclusivos da Neste Oil, da Finlândia, no Brasil. Em 2008, fomos autorizados pela Neste a também atuar nos principais países da América Latina”, acrescenta. O carro-chefe da Metachem no setor são os óleos básicos do Grupo III, destinados ao mercado de lubrificantes sintéticos automotivos, onde a empresa atua como agente e distribuidor exclusivo da Neste Oil e cujos produtos são comercializados sob a marca Nexbase. Também da Neste Oil comercializa os óleos básicos do Grupo IV (polialfaolefinas), que atualmente encontram mais aplicações no mercado de lubrificantes industriais e graxas. Ainda conforme Stilhano, além dos óleos básicos sintéticos, a Metachem comercializa uma infinidade de produtos destinados à indústria de lubrificantes em geral, tais como ácidos
graxos de tall oil, tall oil destilado, antioxidante BHT, ácido sebácico, aditivos de extrema pressão, paraformaldeído, ácido dimérico, aminas especiais, etc. ATENTA A TUDO A importância do negócio de lubrificantes vem crescendo constantemente nos últimos anos, tanto que, atualmente, representa aproximadamente 25% do total faturado pela Metachem. Dentre os vários itens oferecidos pela empresa, o carro-chefe no mercado de lubrificantes são os óleos básicos do Grupo III (Nexbase), que representam cerca de 20% do total faturado pela distribuidora. “Se considerarmos o negócio como um todo, isto é, distribuição mais venda indent, podemos afirmar que a participação da parceria Neste/Metachem é de aproximadamente 60% em relação ao mercado em que competimos, ou seja, os óleos básicos sintéticos do Grupo III”, esclarece o gerente de negócios. Para alcançar uma posição de tamanho destaque no cenário nacional, a Metachem tem lançado mão de uma poderosa ferramenta competitiva: a capacitação de sua equipe. “Acreditamos que a carência de mão de obra qualificada é generalizada e atinge todos os setores da economia brasileira. Isso acontece
Armando Stilhano Neto, gerente de negócios
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PERFIL DO FORNECEDOR - METACHEM justamente em um período de crescimento econômico, no qual essa força de trabalho se faz necessária. A Metachem está atenta a todos os fóruns, simpósios e cursos, inclusive internacionais, a fim de promover a capacitação de seus colaboradores. Além disso, contamos com o know-how de nossas representadas e sempre que há treinamentos no exterior proporcionamos essa oportunidade aos nossos colaboradores envolvidos nesse segmento”, diz. Outro quesito que vem sendo bastante discutido em todas as áreas econômicas, inclusive na de lubrificantes, é o desenvolvimento de novas tecnologias ambientalmente amigáveis e sustentáveis. Uma delas é a substituição de sistemas convencionais de lubrificantes por base água. Para a Metachem, alternativas base água são um assunto delicado. “Claro que com a redução de solventes orgânicos voláteis (VOC) a vantagem é óbvia, contudo, um produto solúvel em água pode ser mais facilmente incorporado ao ambiente que um não solúvel”, argumenta, acrescentando que a empresa vê o desenvolvimento de lubrificantes industriais à base de óleos vegetais como uma alternativa bastante viável. “Acreditamos muito nos lubrificantes automotivos sintéticos modernos, cujo intervalo de troca é bem maior que do lubrificante mineral, ainda com a vantagem da economia de combustível e redução das emissões”, diz, concluindo que a otimização do processo de coleta de óleo usado e seu posterior rerrefino também são fatores a serem considerados no contexto ambiental. Conforme reforça o gerente de negócios, a Metachem contribui nesse sentido com a comercialização dos básicos do Grupo III e Grupo IV (polialfaolefinas) destina-
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dos à fabricação dos modernos lubrificantes sintéticos. BONS VENTOS Apesar de todas as dificuldades enfrentadas em 2009 devido à crise financeira mundial que teve início em setembro de 2008, resultando em uma queda acentuada no faturamento do primeiro trimestre de 2009, a Metachem conseguiu se recuperar. Os resultados, de acordo com Stilhano, embora menores que em 2008, foram melhores que as previsões feitas pelos vários analistas de mercado. De uma forma geral, a expectativa da Metachem em relação à indústria automotiva é bastante positiva. “Além do inegável crescimento de volume de óleo lubrificante, o mais importante, pelo menos para o segmento no qual atuamos, é a qualidade. Isso implica a utilização de formulações mais modernas, nas quais mais e mais os óleos básicos do Grupo III encontram seu espaço”, diz, explicando que o mercado de lubrificantes automotivos pode ser dividido em duas categorias: o mercado do primeiro enchimento (factory fill) e o mercado consumidor (retail). “O primeiro dita as regras dos níveis de qualidade, que cada vez mais recai nos lubrificantes formulados com básicos do Grupo III; e o segundo, aos poucos, segue essa tendência.”
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LUBGRAX MEETING
ENCONTRO DE FERAS Primeiro evento da Sérgio Ávila Editora e Eventos, o Lubgrax Meeting promete agitar o mercado de lubrificantes, fluidos, óleos e graxas.
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m nome bastante sugestivo e que nasce como resposta às necessidades dos profissionais do setor de lubrificantes, fluidos, óleos e graxas: Lubgrax Meeting. O evento – primeiro a ser promovido pela Sérgio Ávila Editora e Eventos – será realizado nos dias 2 e 3 de setembro, no Hotel Century Paulista, em São Paulo, e reunirá alguns dos nomes mais relevantes do mercado, que ministrarão palestras relacionadas ao desenvolvimento químicotecnológico, meio ambiente, qualidade e produtividade, logística, marketing, entre outros. “A expressiva experiência acumulada na organização de eventos de sucesso em diversos segmentos durante 14 anos em outra editora permitiu-nos estruturar um novo evento, agora dirigido à cadeia produtiva de lubrificantes, fluidos, óleos e graxas”, argumenta o diretor Sérgio Ávila, idealizador do Lubgrax Meeting. O Lubgrax Meeting tem como público-alvo os profissionais de toda a cadeia produtiva de lubrificantes, fluidos, óleos e graxas, técnicos, laboratoristas, responsáveis por compras, pesquisa e desenvolvimento etc. “O evento foi elaborado para agregar valor aos conhecimentos desses profissionais, fornecendo ferramentas
capazes de gerar resultados em sua vida profissional”, argumenta o diretor.
Sérgio Ávila, diretor da Sérgio Ávila Editora e Eventos
CAMPANHA DE MARKETING Para potencializar a visitação do evento, várias iniciativas de divulgação estão sendo efetivadas pela Sérgio Ávila Editora e Eventos. Uma delas é a criação de um hotsite do evento, contendo todas as informações sobre palestras, grade horária, patrocinadores, localização e inscrição. Também serão disparados para todo o mercado e-mails marketing periódicos a respeito do evento, com divulgação sobre as empresas participantes e palestras que serão apresentadas. Em relação à mídia impressa estão sendo veiculados, em todas as edições da revista Lubgrax, anúncios informativos sobre o Lubgrax Meeting. Por fim, serão enviadas malas diretas por intermédio do mailing exclusivo da editora, com comunicação específica para fornecedores, fabricantes e personalidades do mercado. As inscrições para o Lubgrax Meeting podem ser feitas pelo site do evento www.lubgraxmeeting.com.br e o pagamento será efetuado por meio de depósito bancário e envio do comprovante via fax ou correio. Revista LUBGRAX • março/abril 2010 •
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ARTIGO
LUBRIFICANTES: APRENDA A ESCOLHER E PRESERVE O SEU MAQUINÁRIO OU VEÍCULO
Por Maurício de Oliveira Júnior *
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ara o consumidor em geral, a função do lubrificante parece muito óbvia: lubrificar, claro! O que muitos não sabem, é que este produto exerce outras diversas funções, como refrigerar, limpar e manter o maquinário limpo, além de proteger as peças contra a corrosão. Os fluidos lubrificantes podem apresentar bases minerais, semissintéticas, sintéticas e vegetais, além de receberem aditivação conforme a finalidade da aplicação. Os principais tipos de aditivos são detergente (dispersante), antioxidante, antiferrugem, antiespumante, extremapressão, antidesgaste, abaixador do ponto de fluidez e aumentador do índice de viscosidade. A ausência deste poderoso produto, que auxilia na prolongação da vida útil do maquinário ou automóvel, pode causar diversas complicações, comprometendo o desempenho mecânico das engrenagens. Afinal, o óleo protege contra
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todo tipo de atrito, seja ele de deslizamento, rolamento, gasoso ou líquido. A grande variedade de aditivações e bases pode ser encontrada nos lubrificantes produzidos pela Agecom Produtos de Petróleo. Através das linhas Vorax, Maxi Gear, Maxi Turbo, Maxi Diesel, Maxi Tractor, Maxi ATF e Industrial, oferecemos opções para todo tipo de maquinário industrial, agrícola, veículos de alto desempenho a pesados, suprindo todas as necessidades de lubrificação. Para conseguir diferenciar a grande variedade de produtos na hora da compra, indicamos que o consumidor sempre leia o rótulo. Nele está descrito para que tipo de maquinário, motor ou veículo o óleo é usado. Esta indicação é feita através do API (American Petroleum Institute). Os classificados em S são indicados para veículos leves, C para veículos comerciais e GL para engrenagens. Na embalagem, podemos encontrar ainda a viscosidade, o ponto de fluidez e outras
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ARTIGO informações importantes para o uso do produto. Lubrificantes com elevados níveis de viscosidade possuem maior estabilidade térmica, enquanto óleos com baixo ponto de fluidez permitem mais velocidade no fluxo do lubrificante para o motor. A viscosidade é encontrada no rótulo nas classificações SAE (Society of Automotive Engineers) e ISO (International Organization for Standardization), a primeira para óleos de cárter ou engrenagens automotivas, e a segunda utilizada como medida para óleos industriais. Analisar a qualidade de um lubrificante pela cor ou pela viscosidade através do tato é um erro repetido com frequência pelos consumidores. Cores escuras não são sinais de impureza, visto que existem óleos escuros produzidos por algumas refinarias com excelente qualidade. Já quanto à viscosidade, somente um técnico com o auxílio de um viscosímetro, aparelho específico para medição da viscosidade, pode afirmar
se o óleo está com a textura correta para o tipo de aplicação indicada no rótulo. No entanto, o que deve despertar a curiosidade do consumidor é o preço de alguns produtos no mercado. Caso o lubrificante esteja com o valor muito abaixo de seus concorrentes, desconfie! Preço fora da realidade é um indicador de possíveis fraudes. Outro fator importante, que deve ser observado, é se a fabricante possui as certificações ISO 9001 e ISO 14000, que atestam a qualidade empresarial e industrial no processo de produção. Com estas informações, esperamos que se torne mais simples a compreensão de todas as especificações descritas nos rótulos dos lubrificantes, facilitando a tarefa de escolher a melhor opção para seu veículo ou maquinário. (*) Maurício de Oliveira Júnior é diretor comercial do grupo Agecom do Brasil
Assinatura / Subscription A Revista * 5.000 exemplares *Periodicidade:
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*Reportagens
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exclusivas
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CASE TÉCNICO
CONTAMINAÇÃO DE ÓLEOS DE CORTE A contaminação do óleo de corte é um dos fatores mais comuns observados na indústria, mas esse problema pode ser evitado sem grandes custos. São regras simples que podem proporcionar diversas vantagens.
C
ada vez mais percebemos que o mercado de lubrificantes passou a se dedicar mais profundamente aos serviços pós-venda junto aos clientes, procurando, através de serviços técnicos e laboratoriais, proporcionar ao cliente a melhor performance possível com seus produtos. Mas o que poucos sabem é que graças a esses trabalhos os técnicos acabam conseguindo carregar uma ampla bagagem de recomendações que, sendo bem utilizadas, podem evitar vários transtornos e até custos desnecessários em sua área produtiva. Um exemplo disso é a Bardahl, que graças às análises periódicas realizadas com seus clientes industriais desenvolveu uma etiqueta – que pode ser aplicada no campo de visual do operador de máquinas – sobre as boas normas que uma empresa deve empregar para evitar alguns fatores contaminadores do óleo de corte (veja quadro nesta matéria). Para se ter uma ideia, 90% das análises de óleo de corte que chegam ao laboratório da empresa acusam a presença de bactérias aeróbias, anaeróbias e coliformes, que se proliferam devido à presença dos mais diferentes materiais no reservatório do óleo de corte. De acordo com o departamento técnico da Bardahl, entre os problemas mais comuns e suas causas devido a contaminação, estão: - Mau cheiro: presença de bactéria, excesso de óleo barramento no fluido de corte. As máquinas têm um sistema centralizado para lubrificação das guias e barramentos. Os fabricantes regulam a máquina para serem bem
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Marca de sujeira da sola do sapato do operador
lubrificadas, porém o excesso de óleo no fluido de corte – já que ele é arrastado para o reservatório – oferece os alimentos adequados para as bactérias. - Corrosão nas peças: presença de bactéria, ácido úrico do operador, concentração baixa do fluido de corte. - Corrosão na máquina: presença de bactéria e concentração baixa do fluido de corte. - Mudança de coloração no fluido de corte: concentração inadequada, geralmente mais baixa ou somente com água. INVESTIGANDO O PROBLEMA Alguns casos coletados pela empresa mostram claramente até que ponto essa contaminação pode influenciar no ambiente produtivo. Para exemplificar, a seguir listamos cinco situações:
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CASE TÉCNICO 1. Um dos clientes reclamava que o fluido de corte apresentava cheiro ruim. Na análise realizada pelo laboratório, foram identificados três tipos de bactéria: aeróbia, anaeróbia e coliformes. Foi difícil descobrir o que estava acontecendo, mas em visita ao local o técnico percebeu que o funcionário limpava o banheiro e a máquina com a mesma vassoura. Então, os resíduos da vassoura foram levados para a máquina. Foi resolvido o problema da vassoura e do óleo de corte. 2. Em outra situação, o cliente ligou dizendo que as peças usinadas por uma de suas máquinas apresentavam corrosão e que já tinha perdido um lote de peças por esse problema. A assistência da Bardahl visitou o cliente, analisou o pH da mistura, a concentração, a forma de montar a solução e verificou que tudo estava correto. O interessante é que a corrosão não atingia a máquina, apenas as peças. Caso fosse o fluido de corte, deveria acontecer a corrosão nos dois lugares. A amostra das peças foi encaminhada para o laboratório, que recebeu a mesma solução para ver se oxidava. Após cinco dias, ela não oxidou. A assistência retornou ao cliente com o laudo, mas ele não aceitou. Surgiu então a desconfiança de ácido úrico do operador. A assistência voltou ao cliente e pegou uma peça que havia acabado de ser usinada e, para que não tivesse nenhum contato com a pele, foi pendurada com um barbante. Ao lado, foi pendurada outra peça que tinha acabado de ser usinada e manuseada pelo operador. A segunda oxidou e a solução foi a indicação de que aquele operador, com ácido úrico, usasse luvas. 3. Outro cliente reclamou de mau odor do fluido e oxidação da máquina. O cliente usava o produto Bardahl, porém nunca tinha feito limpeza na máquina. Na amostra coletada pela assistência técnica foi identificada a presença de bactérias. O operador, para trocar de peça, entre uma usinagem e outra, precisava
entrar na máquina. Também foi observado que, na empresa, havia um cachorro que ficava solto e andava pela fábrica, ou seja, urinava e defecava onde bem entendesse. Com isso, havia a possibilidade de o operador que precisava entrar na máquina ter carregado, presas em seu sapato, fezes, contaminando assim todo o fluido de corte. 4. Em outra empresa, um operador reclamava do mau cheiro no fluido de corte. O departamento da Bardahl coletou amostra e, após análise, foram identificadas bactérias. Ao informar o cliente sobre a presença da bactéria, foi sugerida a limpeza da máquina e no reservatório de fluido de corte, o que foi realizado. Na retirada do fluido de corte, foi observada a presença de resíduos de alimentos: casca de banana, casca de laranja e maçã. Após a limpeza com bactericida, foi resolvido o problema. 5. Em um novo caso, com o mesmo problema, mau cheiro e corrosão na máquina. Foi verificado que o operador fumava e jogava as bitucas de cigarro no fluido de corte. Operador em cima da máquina
No primeiro plano, estopa serve de calço para máquina
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CASE TÉCNICO VANTAGENS Para Renato Boccia, engenheiro de aplicação da Bardahl, caso o cliente siga todas as recomendações propostas pela equipe técnica da empresa, pode obter várias vantagens, como maior vida útil do lubrificante do equipamento, menor custo com reposições e trocas de fluido, melhor desempenho das ferramentas, melhor acabamento das peças, além de evitar problemas por exposição ao fluido. “Normalmente não temos dificuldades em mostrar para o cliente que as boas práticas de manuseio do produto acabam sendo o melhor para todos, pois assim o produto tem maior vida útil, eliminam-se as possibilidades de problemas causados devido à exposição ao fluido, proporciona menor tempo de parada para manutenção da máquina etc. Nos casos em que o operador não aceita as orientações, o que é muito raro, passamos as informações aos superiores ou até mesmo ao proprietário da empresa”, relata o profissional, acrescentando que, no caso da Bardahl, outra vantagem é que a empresa fornece produtos dermatologicamente aprovados, biodegradáveis e ainda uma linha de base vegetal (ecológica). COMO PREVENIR Veja a seguir as recomendações do departamento técnico da Bardahl: 1 - Higiene pessoal • Manter as mãos sempre limpas. • Evitar usar estopas para limpar a peça e usar panos que não desfiam. • Não comer ao redor do equipamento. • Evitar passeios fora do local de trabalho para que não traga sujeira para o equipamento, por exemplo, nos sapatos. • Não jogar bituca ou cinza de cigarro no equipamento. • Não cuspir no equipamento. • Não lavar as mãos no fluido de corte. 2 – Procedência da peça • Evitar usinar peças que tenham possíveis contaminantes, tais como graxa, ferrugem e resíduo de óleo protetivo. Caso necessário, realizar
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limpeza antes de usinar. • Verificar se houve manuseio incorreto da peça. O fluido de corte de outro torno pode contaminar sua máquina. 3 – Preparo da solução • Evitar preparar a mistura na máquina operatriz. Fazer a solução sempre em um recipiente limpo à parte, que pode ser um balde de 20 litros ou tambor de 200 litros. • Calcular a quantidade de óleo a ser diluída na água. Nunca acrescentar óleo puro na máquina. Se precisar corrigir a mistura, preparar uma nova solução. • Preparar um reservatório à parte para possíveis reposições, evitando assim erros na concentração da solução. • Para verificar se a concentração da solução está correta, utilize o refratômetro portátil. Após o uso do fluido, não é possível verificar a concentração correta, pois o contato com o óleo de barramento altera a leitura correta. 4 – Limpeza da máquina • Diária: secar a máquina no final do expediente, evitando formação de poças de fluido na máquina. Se acaso a máquina ficar parada por período superior a uma semana, aplicar protetivo para evitar oxidação. • Periódica: remover os cavacos, retirar o fluido velho, retirar o reservatório e limpá-lo. Recolocar o reservatório e adicionar água com bactericida, fazendo o líquido circular por toda a máquina durante 15 minutos. • Reservar material exclusivo para limpeza da máquina. Não utilizar material de limpeza de banheiro para limpar a máquina, como vassoura, bucha etc. (eles podem não estar completamente limpos e contaminar o fluido de corte). 5 – Periodicidade da troca • É necessário realizar a limpeza na máquina periodicamente, conforme as instruções do manual ou condições de usinagem (tipo de material a ser usinado). O intervalo de troca varia entre três meses e dois anos.
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A essência da nossa química:
sustentabilidade br4|marketing
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O crescimento sustentável faz parte do nosso negócio. Através do profundo conhecimento de nossas distribuídas e desenvolvimento de nossas pessoas, oferecemos as melhores soluções químicas para nossos clientes, com total respeito ao ser humano e ao meio ambiente, criando hoje as condições para um futuro melhor.
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CERAS
NANOTECNOLOGIA A SERVIÇO DA LUBRIFICAÇÃO Com tecnologia de ponta, os novos Hordamar e Aquacer, aditivos de cera emulsionados fabricados pela BYK Additives & Instruments, chegam ao Brasil por intermédio da Bandeirante Brazmo. Com eles, as empresas focarão o segmento de lubrificantes base água. Por Maristela Rizzo
Anne Drewer, representante da Divisão Wax Additives
Ruffo Ferrini, assessor técnico da BYK para o Brasil
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urante o mês de março a Bandeirante Brazmo, em conjunto com sua distribuída BYK Additives & Instruments, recebeu a visita das representantes da Divisão Wax Additives, Anne Drewer e Barbara Reinders, que vieram ao Brasil para oferecer treinamento técnico sobre a linha de aditivos de cera para todos os vendedores da distribuidora. “Somos líderes do mercado de aditivos e queremos melhorar ainda mais nossa participação e, para isso, estamos focando este trabalho junto ao nosso representante no Brasil, visando melhorar ainda mais o seu desempenho, além de otimizar nossa participação em nossos mercados de atuação”, informa Anne. Segundo a profissional, atualmente a BYK produz diversos aditivos de cera direcionados para todos os campos da indústria, como o segmento de fundição, indústria automobilística, couros, lubrificantes, arquitetura, entre outros, com vários tipos de aplicação. “Nós temos a perspectiva de que esses produtos serão bem acolhidos pelo Brasil, pois fazemos a difusão deles em nível mundial, onde eles estão sendo bem aceitos”, avalia Ruffo Ferrini, assessor técnico da BYK para o Brasil.
NANOTECNOLOGIA Dentro da linha de aditivos para a cera, dois produtos direcionados para o mercado de lubrificantes merecem destaque: o Hordamer e Aquacer, aditivos de cera emulsionados, desenhados para a área de lubrificantes base água. “Hoje, o diferencial desses produtos está na tecnologia utilizada para sua produção de forma a trabalhar a cera dentro de um grau de tamanho de partícula e é nesse fator que nos destacamos, pois nossas emulsões já estão sendo feitas em níveis de 100 nanômetros, sendo extremamente adequadas para a lubrificação, como é o caso do Aquacer, totalmente elaborado à base de nanotecnologia”, informa Anne. De acordo com ela, atualmente esses produtos já têm uma excelente participação dentro do mercado europeu de lubrificação e, a partir desse treinamento, a Bandeirante Brazmo está apta a iniciar seus trabalhos de introdução das duas linhas nas empresas brasileiras. “Com esse trabalho, teremos condições de verificar se os requerimentos da América Latina são iguais aos do mercado europeu, mas, mesmo se não forem, vamos trabalhar para desenvolver um produto que seja adequado à realidade brasileira”, garante ela.
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Entrevista – ITW
Aquisições são o caminho para expansão dos negócios no Brasil
Interview – ITW
Acquisitions are the way to expand business in Brazil
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DISTRIBUIÇÃO
SUSTENTABILIDADE EM FOCO No ano que comemora os 50 anos da entidade, a Associquim abre as portas para o 5º Ebdquim com a proposta de traçar um panorama atual da cadeia de distribuição de produtos químicos e petroquímicos no período pós-crise e alertar sobre a crescente necessidade de uma atuação mais responsável no ponto de vista ambiental e social. Por Maristela Rizzo
R “
A globalização requer lideranças e ações sustentáveis e na última década não poupamos esforços para adequar o setor a essas
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necessidades
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Rubens Medrano, presidente da Associquim
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eunindo as principais empresas do setor de distribuição de produtos químicos e petroquímicos do mercado brasileiro e mundial, o Ebdquim 2010, 5º Encontro Brasileiro dos Distribuidores de Produtos Químicos e Petroquímicos, abriu as portas no dia 18 de março, onde abordou as novas diretrizes do mercado nesse momento pós-crise mundial. A nova edição marcou os 50 anos da Associquim, Associação Brasileira dos Distribuidores de Produtos Químicos e Petroquími- Selo e carimbo comemorativo dos 50 anos da Associquim cos, que hoje absorve mais de 100 empresas Segundo ele, hoje a cadeia de distribuiassociadas, sendo a maioria formada por peção de produtos químicos e petroquímicos já quenas e médias empresas. Em vista disso, em seu discurso de aber- atinge os níveis de excelência de empresas tura, o presidente da entidade Rubens Me- americanas e europeias e, por isso, eventos drano, salientou que a Associquim, desde como o Ebdquim, que promovem a difusão sua criação, em 1960, mantém-se fiel aos de ideias e trocas de informação, favorecem ideais e preceitos que nortearam seus fun- ainda mais a cadeia de produtos químicos dadores, como a modernização de toda a do País. Um dos pontos principais do evento foi a cadeia de distribuição no Brasil. “A globalização requer lideranças e ações susten- palestra ministrada pelo presidente da Braskem, táveis e na última década não poupamos Bernardo Gradin. O profissional, além de traesforços para adequar o setor a essas ne- çar o perfil atual da companhia e sua cadeia de cessidades”, informou ele, citando como valores, anunciou que a estratégia da empresa exemplo o Prodir (Processo Distribuição é chegar até 2020 como líder das Américas Responsável) que, até fevereiro deste ano, em produção e constar entre as cinco maiores empresas petroquímicas do mundo. já certificou 24 empresas.
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DISTRIBUIÇÃO Para alcançar esse nível de excelência, a Brasken seguirá a risca o papel que compreende ser o ideal para uma distribuidora, ou seja, responsabilidade com os clientes, capilaridade e eficiência, serviço de crédito (valorização da cadeia de valores), segurança de produto e no transporte e impacto zero no meio ambiente. Aliás, sustentabilidade foi um dos principais temas das palestras apresentadas. Todos os profissionais que tomaram lugar no palanque do evento defenderam a importância do mercado químico e petroquímico de seguir e ampliar suas ações e estratégias no desenvolvimento de produtos e serviços em prol do meio ambiente e da sociedade. “Qualquer companhia química que quer ter sucesso precisa focalizar seus esforços também na busca pela sustentabilidade. O Brasil apenas começou esse processo. Ainda temos muito no que investir e trabalhar. Precisamos ser mais ousados e sérios com nossos produtos, clientes e meio ambiente”, alertou Pedro Suarez, presidente da Dow Latin America. CORRIDA DE BICICLETAS Logicamente que a questão pós-crise mundial também foi discutida, onde o tom dado foi de absoluta cautela. Para boa parte dos profissionais a crise econômica mundial ainda não acabou e esse momento que vivemos é apenas de “aparente normalidade”. “Exemplos históricos nos mostram que todos os momentos de recessão foram seguidos de pouco crescimento da economia e devemos ficar atentos para essa situação”, avisou Gradin. O atual momento positivo do mercado brasileiro foi comparado pelo profissional como uma corrida de bicicletas. “O Brasil sempre esteve na 25º posição no crescimento. Cai um corredor e ele sobe para a próxima colocação. Mas se não nos prepararmos e aproveitarmos essa queda ele não conseguirá manter essa nova colocação”, visualizou ele,
acrescentando que essa manutenção na atual posição só se dará se o País investir em diversos setores, como qualidade de serviço, qualificação profissional, crédito para moradias e políticas mais claras. Este “novo normal”, como foi batizado este período pós-crise pelo presidente da Eastman Latin America, Juan Carlos Parodi, trouxe novas necessidades para a distribuidora. “Isso nos faz aumentar o nosso foco no fluxo de caixa, a ampliar nossa atenção no gerenciamento da volatilidade dos preços, ampliar nossa atuação na questão da sustentabilidade e nos focarmos mais em mercados emergentes e, nesse último item, o Brasil é um dos países que olhamos com muita atenção”. Na finalização do evento, a Associquim aproveitou para instituir uma nova categoria para o prêmio da entidade, que recebeu o nome de “Gente de Valor”. O primeiro troféu foi cedido para Rubens Medrano pela sua atuação à frente da associação. Além disso, foram apresentados o selo personalizado e o carimbo comemorativo que marcam os 50 anos da Associquim. O EVENTO O Ebdquim é o principal fórum em toda a América do Sul para o debate e a discussão de temas que possam acelerar o desenvolvimento da distribuição de produtos químicos e petroquímicos na região, além de ser uma grande oportunidade de adquirir novos conhecimentos e ampliar contatos com todos os players: Produtores - Distribuidores - Transportadores - Consumidores. Os conferencistas convidados para o Ebdquim são do mais alto nível - do Brasil e do exterior - e explanam sobre as tendências e novidades do mercado nacional e mundial, promovendo benchmarking, estimulando novas estratégias de gerenciamento e o estreitamento das relações com o mercado, buscando uma melhoria global nos negócios do segmento.
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A Brasken seguirá à risca o papel que compreende ser o ideal para uma distribuidora, ou seja, responsabilidade com os clientes, capilaridade e eficiência, serviço de crédito, segurança de produto e no transporte e impacto zero no meio
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ambiente
Bernardo Gradin, presidente da Braskem
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Qualquer companhia química que quer ter sucesso precisa focalizar seus esforços também na busca pela
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sustentabilidade
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Pedro Suarez, presidente da Dow Latin America
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ENTREVISTA
PAIXÃO PELA MARCA
Com forte presença no setor de lubrificantes, fluidos e óleos solúveis, a ITW Chemical amplia cada vez mais sua participação no mercado industrial, focando suas estratégias em dois pilares: oferta da maior gama possível de produtos, abrangendo toda a cadeia, e desenvolvimento de produtos duráveis e ecologicamente corretos, seguindo a atual demanda por diminuição do tempo de descarte e de cuidado com o meio ambiente e com a saúde de seus funcionários.
Por Maristela Rizzo
A
empresa faz parte do Grupo ITW, um conglomerado multinacional que reúne atualmente cerca de 920 empresas espalhadas pelo mundo, que estão presentes nos mais diversos ramos. Aqui no Brasil, manteve a estratégia de crescimento orgânico por meio da aquisição de empresas como a Rocol, Accu-Lube, Magnaflux, Unichemicals, LPS, Dyken e Wynn’s, marcas que ainda se mantêm vivas sob o guardachuva da ITW Chemicals e que estão reunidas hoje na unidade situada em Embu (SP). Além disso, em novembro de 2009 a ITW
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Chemical deu seu mais recente passo no terreno de aquisições, com a compra da portoalegrense Luvex, especializada na fabricação de produtos para proteção individual, como cremes, loções e géis para limpeza e proteção da pele dos trabalhadores expostos a altas temperaturas e à ação química. “Foi uma compra estratégica, pois estamos dentro do mercado de manutenção e proteção e a Luvex faz cremes para proteção, trabalhando focada em EPIs. A escolha por esta marca deveu-se ao fato de ela ser líder de mercado e também em função de ser uma marca muito forte no seu segmento de atuação”, informa Valdir Pozzani, diretor comercial da companhia, confidenciando ainda que é esta exatamente a filosofia da ITW. “Temos um interesse muito forte por marcas, brandings, tanto que mantemos todas as que adquirirmos e esse processo é contínuo, pois queremos oferecer o máximo em soluções para nossos clientes, de forma que eles possam encontrar tudo o que requerem em um único fornecedor”. Para administrar todas essas marcas, a empresa destinou para cada divisão um gerente de produtos especializado, visando assim atender especificamente cada necessidade e assistência técnica das áreas atingidas. “Dentro de cada mercado temos uma estratégia própria, pois é preciso ter atuações diferentes”, salienta Pozzani. Participaram desta entrevista Valdir Pozzani, Oscar Honda, diretor operacional; Ricardo Neves, supervisor de assistência técnica; Marcelo Ozaki, gerente de produto; Egidio Antonio Gres-
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ENTREVISTA se, gerente de marketing; e Mario João Gazeta, diretor de operações. Revista Lubgrax: Qual é a estratégia da empresa para a compra de marcas? Valdir Pozzani: No nosso caso, a estratégia é complementar as linhas que dispomos para os clientes, procurando oferecer a maior gama de produtos possível. Essa é uma estratégia global da ITW e que está presente nos mais diversos ramos de mercado, como adesivos, pistolas de pintura, embalagens, equipamentos alimentícios, filtros, entre outros, e prevê a aquisição de empresas fortes dentro de seus respectivos segmentos. Cada unidade de negócio tem independência para crescer organicamente por aquisição, desde que seja aprovada pelo grupo. O que percebemos hoje é que, assim como procuramos fazer com nossos fornecedores, em fórmulas e em produtos, os nossos grandes clientes também procuram concentrar a aquisição em um único fornecedor, evitando assim a variação de transações comerciais em vários fornecedores. Lubgrax: Até onde vai a independência da ITW Chemicals e qual o suporte recebido pelo grupo? Pozzani: Obviamente temos um gerente geral e respondemos para o vice-presidente dos Estados Unidos, que também é responsável por outras operações no Brasil. Temos a independência de tomarmos o rumo de nosso crescimento, embora dentro do budget discutido e aprovado pela nossa vice-presidência nos Estados Unidos. Mas o que buscamos em cada unidade de negócio da ITW é apresentar novos negócios. Temos um laboratório próprio que é responsável por toda a pesquisa e desenvolvimento de novos produtos, mas realizamos troca de informação, fórmulas e experiências constantes nos laboratórios do grupo, como os da Inglaterra e Estados Unidos. É óbvio que respeitamos as fórmulas origi-
nais de cada produto, como os da Rocol, LPS, mas temos a liberdade para desenvolver soluções adaptadas para o nosso mercado, como é o caso de produtos para usina de cana-de-açúcar, que não existem na Inglaterra. Então desenvolvemos essa nova solução utilizando a marca, mas com código próprio. Temos acesso ao mundo todo; anualmente realizamos um meeting, onde a nossa divisão se reúne e faz uma pequena feira entre nós; cada um expõe seus produtos e realizam a troca de informação. Como nós especificamos produtos para o Brasil, há empresas que estão situadas em outros países e que apresentam seus produtos. Lubgrax: Como é a atuação da ITW para atender os diferentes portes de empresa existentes no mercado? Pozzani: Temos várias linhas de produtos, portanto, para cada linha temos um gerente de produto, e dentro de cada mercado temos uma estratégia própria, pois é preciso ter atuações diferentes. Por exemplo, a área coberta pelo Marcelo Ozaki, que é a parte de metalworking dentro da Divisão Rocol/ Unichemicals, podemos dizer que fomos um dos pioneiros a iniciar o trabalho de assistência técnica ao cliente, trazendo misturadora automática de óleo solúvel; formamos um corpo comercial, composto por profissionais da área como ferramenteiros, especialistas em usinagem, estampagem, fundição. Nossa mentalidade sempre foi colocar junto ao cliente um profissional que entende não só de produto, mas apto a atender todas as necessidades dele. Uma vez que colocamos o produto dentro da empresa, nós somos os responsáveis, pois cremos que 70% do sucesso de um produto vem da assistência técnica oferecida. Não só oferecemos um produto reconhecido pela sua qualidade, mas também a assistência técnica. Essa é a nossa estratégia, de termos profissionais com conhecimento técnico à
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Essa é a nossa estratégia, de termos profissionais com conhecimento técnico à frente de cada divisão, muito mais do que simplesmen-
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te um vendedor
Valdir Pozzani, diretor comercial
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O Brasil está crescendo rápido e então há a necessidade de sempre estarmos acompanhando o movimento das indústrias, caso das usinas que estão se movendo mais para o
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centro-oeste do País
Egidio Antonio Gresse, gerente de marketing
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ENTREVISTA frente de cada divisão, muito mais do que simplesmente um vendedor. Na Rocol, como comercializamos também volumes pequenos de lubrificantes especiais, procuramos disponibilizar, além do nosso pessoal técnico, presente no campo visitando diretamente o cliente, uma rede de distribuidores para facilitar nosso trabalho de distribuição de produtos, com a qual procuramos prestar um atendimento mais ágil, tanto na aquisição de produtos como na assistência técnica.
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Grupos grandes estão adquirindo empresas menores e isso acaba repercutindo em modernização tecnológica. Isso nos favorece
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diretamente
Ricardo Neves, supervisor de assistência técnica
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Apesar de o Brasil ainda não ter normas mais rígidas por produtos que não agridam o ambiente, percebemos que a demanda por parte das empresas é
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crescente
Oscar Honda, diretor operacional
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Lubgrax: No caso de centros de distribuição como é a atuação da ITW no Brasil? Egidio Antonio Gresse: Temos distribuidores praticamente por todo o Brasil. Mas sempre existem regiões que precisam de uma atenção mais forte. O Brasil está crescendo rápido e então há a necessidade de sempre estarmos acompanhando o movimento das indústrias, caso das usinas que estão se movendo mais para o centro-oeste do País, o que faz com que estas regiões ganhem mais status junto à ITW que regiões mais próximas. Hoje, para se ter uma ideia, o Nordeste já é a segunda maior região em termos de importância, depois do Sudeste. Lubgrax: No caso do Centro-Oeste, o que está possibilitando essa tendência de expansão dessa região? Gresse: Para nós o principal fator são as usinas, pois a agroindústria está crescendo muito nessa região e isso mexe diretamente com a economia e com nosso mercado, devido à demanda por equipamentos e lubrificantes. Vai ocorrer uma expansão muito importante nessa região, tanto que entre 2010 e 2011 serão instaladas oito novas usinas na região do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Lubgrax: Além disso, este mercado está se modernizando do ponto de vista tecnológico? Ricardo Neves: Está entrando muito capital estrangeiro nesse mercado, devido a aquisições e joint-ventures. Grupos grandes estão
adquirindo empresas menores e isso acaba repercutindo em modernização tecnológica. Isso nos favorece diretamente, pois geralmente os grupos europeus e americanos que entram no mercado brasileiro têm outros tipos de exigências, com forte preocupação de usar produtos que não agridam o meio ambiente. Lubgrax: Por falar em meio ambiente, como a ITW se posiciona com a questão de sustentabilidade? Oscar Honda: Essa preocupação para nós já começa na própria área onde nossa unidade está instalada, pois é um local de manancial, o que já requer um cuidado natural por parte de nossa empresa. Além disso, carregamos a filosofia da inglesa Rocol de preocupação ambiental. Um cuidado que levamos para a formulação de nossos produtos, como Rocol para substituir óleo hidráulico mineral utilizado em máquinas agrícolas, barcos de pesca, equipamentos industriais, evitando danos ao ambiente em eventual vazamento; produtos biodegradáveis para cabos de aço em barcos de pesca, hidrelétricas e estação de tratamento de água; lubrificantes biodegradáveis para usinagem de peças e produtos para limpeza biodegradável. Neves: Internamente recolhemos toda a água utilizada em nossa unidade, que é destinada para uma empresa de descarte Lubgrax: Como é a demanda do mercado por produtos mais ecológicos? Está em crescimento? Honda: Apesar de o Brasil ainda não ter normas mais rígidas por produtos que não agridam o ambiente, percebemos que a demanda por parte das empresas é crescente. O Biogem, da Rocol, por exemplo, já está presente na Inglaterra há 15 anos e aqui no Brasil já percebemos que com a modernização da indústria e com o crescimento da conscientização estamos tendo uma procura maior por este tipo de produto.
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ENTREVISTA
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...dentro do mercado surge cada vez mais a necessidade de diminuir o descarte, ou seja, aumentar a vida útil do
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óleo empregado
Marcelo Ozaki, gerente de produto
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Neste ano devemos investir cerca de US$ 550 mil em dois grandes equipamentos de laboratório, como um espectro de absorção atômica e também um infravermelho
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de última geração
Mario João Gazeta, diretor de operações
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Lubgrax: Na sua avaliação, este movimento deve ocorrer com mais intensidade dentro das grandes empresas? Marcelo Ozaki: Sim, embora esse movimento seja sentido mais dentro das grandes empresas, já percebemos que o cerco está se fechando até para as pequenas. Antigamente, na área de fluido de corte, as empresas utilizavam o óleo solúvel e acabavam descartando em qualquer lugar. Hoje, a Cetesb está em cima dessas empresas obrigando todas a destinar corretamente esses óleos solúveis. Tudo bem que 95% são água e apenas 5% são óleo, mas mesmo assim ele deve ser tratado corretamente. Em vista disso, dentro do mercado surge cada vez mais a necessidade de diminuir o descarte, ou seja, aumentar a vida útil do óleo empregado. E, quando for descartado, esse produto tem que ser facilmente tratado. Para isso, temos dentro da divisão Accu-Lube, produtos de micro lubrificação, com o qual não há descarte, ou seja, a empresa faz uma usinagem quase a seco, sem o fluido convencional, e sim com óleos, biodegradáveis. Lubgrax: E na área de lubrificantes? Honda: Nós trouxemos algumas formulações, seguindo esta mesma linha: graxas e lubrificantes que durem cada vez mais. Comparado a um produto convencional, o período de relubrificação, no mínimo, é três vezes mais longo. São graxas mais resistentes que podem ficar mais tempo sem uma relubrificação, reduzindo o consumo e paradas de máquina. Além disso, temos uma parte de lubrificantes biodegradáveis e a Rocol, na Inglaterra, já está estudando outros projetos que em breve introduziremos no mercado nacional. Lubgrax: E sobre a parte de fiscalização governamental, vocês acreditam que ela incrementa a demanda por produtos mais ecológicos?
Neves: A fiscalização está conscientizando clientes, fornecedores, fabricantes sobre as boas práticas. Um exemplo é a ração animal que antes era tratada como um sub-produto, e, para sua produção, eram utilizados produtos convencionais. Hoje, grandes clientes já utilizam produtos food grade, e a tendência é que a demanda cresça cada vez mais. Pozzani: Estamos conseguindo mostrar para o cliente que esses produtos podem custar mais caro, mas que durarão muito mais dentro de suas áreas de produção, o que acaba revertendo em benefício maior para a empresa, pois ela terá redução de custos de descarte, diminuição do consumo, além de outras vantagens. Nossa missão é mostrar essas vantagens. Nosso grande desafio é levar essa informação para o cliente. Lubgrax: Existe algum investimento estratégico que a ITW colocará em prática ainda neste ano? Mario João Gazeta: Nos últimos anos investimos muito em nosso laboratório, adquirindo novos equipamentos. Investimos também na área de construção de uma célula nova para a divisão de solventes e no setor de proteção ambiental dentro da ITW, não só em atendimento às legislações, mas visando tornar a planta mais segura, principalmente por meio de sistemas de exaustão e de coleta de água. Construímos também a cela de envase para pequenos frascos para a Wynn’ss e também uma cela de produção de produtos decapantes. Neste ano devemos investir cerca de US$ 550 mil em dois grandes equipamentos de laboratório, como um espectro de absorção atômica e também um infravermelho de última geração. Fora isso, faremos a mudança de nossa tancagem, que é uma nova exigência ambiental, e que também será ampliada para a estocagem de solventes e óleos básicos. Pretendemos concluir esses investimentos até o final do ano.
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EDITORIALISTA CONVIDADA
TEMPO E MEIO AMBIENTE
(*) Vera Maria Miraglia Gabriel
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uestionou Santo Agostinho sobre a problemática do conceito de tempo: qual é o assunto sempre presente em nossas conversas? O que é o tempo? Qual seu conceito? Quando se fala de tempo, compreendemos o que dizemos, além também do que nos é dito quando dele nos falam. Podemos pensar, entretanto, que se nada sobrevivesse, não haveria futuro, e se nada houvesse, não haveria presente. E assim acontece com o meio ambiente. Sabemos o que é, mas não sabemos responder o que seja. Em relação ao meio ambiente, estamos, sim, preocupados com o objeto indefinível, ou seja, com a realidade por nós percebida sensorialmente e que se pretende conceituar. É preciso cuidado com as falhas nas percepções para que não se retire algo que estaria no conceito e incluir algo que não estaria presente neste mesmo conceito. Para a lei 6938/81, artigo 3º, inciso I, entende-se por meio ambiente “o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica que pretende e permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas”.
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Entretanto, o alcance da expressão é mais largo e mais extenso do que o de simples ambiente. A expressão meio ambiente, como se vê na Constituição, no artigo 225 e na lei 6938/81, não retrata apenas a ideia de espaço, de simples ambiente, mas vai muito mais além, correspondendo a uma interação de tudo que, situado neste espaço, é essencial para a vida com qualidade em todas as suas formas. Portanto, tutela todos os seres vivos e não vivos porque desta interação entre as diversas formas de cada meio resultam o abrigo e regência de todas as formas de vida. Mas este espaço não é algo simples, pois é a relação e interação de diversos fatores que nele se situam e que o formam: os elementos bióticos (vivos) e os abióticos (não vivos). Assim, o conceito de meio ambiente previsto no artigo 3º, inciso I, da lei 6938/81, tem por finalidade (aspecto teleológico) a proteção, o abrigo e a preservação de todas as formas de vida, sendo que para se chegar a este desiderato deve-se resguardar o equilíbrio do ecossistema (conjunto de condições, leis e influências de interações de ordem química, física e biológica). Não se considera o homem como algo distinto do meio em que vive. A aposentada visão antropocêntrica substitui e enxerga que o bem ambiental de hoje pertence às futuras gerações. A concepção biocêntrica do meio ambiente é a única forma de o homem preservar a si mesmo. Não mais enxergamos o homem como algo externo à natureza, vendo o meio ambiente ecologicamente equilibrado como um direito do presente e do futuro.
(*) Vera Maria Miraglia Gabriel é diretora presidente da Carbono Química
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3ª CAPA
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4ª CAPA
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