FAZENDO HISTÓRIA (Orgs). Profa. Dra. Telma Bessa Sales Profa. Ms Selma Bessa Sales
AUTORES
Amanda Carvalho de Menezes
João Pureza de Paiva
Ana Maria de Souza Araujo
Joao Victor Lima da Silva
Antonia Kassia Fernandes Silva
Joelma Alves de Paiva
Antonio Gelson Brandão de Andrade
Jose Leonardo da Silva Vieira
Aristides Machado da Ponte
Joyce Maria Silva Mendes
Barbara de Alencar Gregório de Oliveira
Karine Lima Sousa
Clarisse Gomes Costa
Erika Suyanne Almeida Barbosa
Fabricio Goncalves Lima Francisco Bruno Souza Aguiar Francisco Joarlan Carvalho de Souza Francisco Lailson Carvalho Machado
Gabriele Marques de Albuquerque
Gerarda Neta do Nascimento Gizafran de Sousa
Joao Batista Alves dos Santos
Livia Maria Gomes Secundo
Luiza Maria Bezerra Gomes
Marcelo Aguiar de Menezes Maria Larissa de Lima Pereira Nadson Ribeiro Gabriel Correia Raquel Samile de Araujo
Sabrina Rodrigues Lima
Samia dos Santos Agapito
Savio Henrique Magalhaes Gomes
APRESENTAÇÃO
Este livro é fruto da dedicação e do trabalho de várias narrativas. Trata-se de uma coletânea de relatos de estudantes do curso de História da UVA ( primeiro, quinto e oitavo período) na utilização das ferramentas digitais – TIC usando o google meet e jamboard como facilitador da aprendizagem e estratégia de participação em sala de aula virtual. O processo de sistematização e produção desta publicação, iniciou com a aceitação pelo coletivo de estudantes das respectivas disciplinas para elaborar uma narrativa sobre suas vivências durante a pandemia, além de postar no mural digital (jamboard) e apresentar na sala de aula via google meet. O desejo é partilhar conhecimentos e experiências. Vamos nos perguntando qual a importância desse trabalho em plena crise sanitária global e econômica devido a pandemia do COVID 19. Vale reforçar a reflexão de Yara Khoury ao indagar: Por que refletir sobre temas como memórias e histórias de sujeitos sociais protagonistas, quando hoje observamos novas formas de expressão e novos sujeitos que disputam narrativas, reivindicam direitos, num momento de desarticulação e perda de garantias sociais históricas?[1] Observamos o aprofundamento hoje da distância abissal entre a população rica e pobre, além de lutas que envolvem a defesa de diferentes raças, sexos, etnias e os mais diversos modos de vida dos sujeitos. Para manter a vitalidade da reflexão histórica importa sim dar visibilidade mais às vivências da vida real que histórias sensacionalistas e abstrações (nas palavras de Portelli mais os significados dos eventos vividos que os eventos) relacionando com a dinâmica social e política dentro de uma correlação de forças desigual. Neste sentido, contribuir para o alargamento da compreensão das mudanças históricas e a urgência de valorização da democracia, principalmente em tempos de autoritarismos e negacionismos da sociedade contemporânea é um desafio. Também é preciso lembrar que se torna imprescindível o caráter interdisciplinar das reflexões e atividades no entendimento que a História é construção. Como assinala:
Poder-se-ia mesmo dizer que para poder desempenhar seu papel potencialmente subversivo a história social tem que ser muito mais perturbadora nas investigações, sempre carregadas de incertezas, inseguranças e fragilidades, como na certa é o nosso presente, e por isso mesmo um grande desafio para os que a ela se dedicam [2]. Partilhamos com o leitor a alegria desta publicação que se anuncia como uma forma de utilização das TIC visando a inclusão que se torna possível a partir da relação com o outro, propiciando uma formação permanente, ato de pensar e agir, em um fazer que se entrelaça com a própria vida e a produção do conhecimento humano. Profa. Telma Bessa 2021
[1] KHOURY, Yara A. “Muitas memórias, outras histórias: cultura e o sujeito na História’ In: FENELON, Déa, MACIEL, Laura A., ALMEIDA, Paulo R., KHOURY, Yara A.(orgs.). Muitas memórias, outras histórias, São Paulo: Olho d'Água, 2004, p 116-138 [2] FENELON, Déa R.: Trabalho, Cultura e História Social; perspectivas de investigação. Revista Projeto História. PUC-SP, n. 4, Educ, 1984 p. 80
Joelma Alves de Paiva - Santa Quitéria-Ceará Olá, me chamo Joelma Alves , tenho 23 anos e sou de Santa Quitéria. E sinceramente não sei como iniciar esse relato, tem coisas (as principais desse período) que prefiro guardar o mais profundo possível. Foi um período bem complicado, todos tiverem medo é claro, o meu principal era pelos meus pais, ambos idosos, de risco. Lidar com o meu medo e o deles, foi de uma angústia sem tamanho. Minha mãe ficou muito mal. Ela teve bastante problema para aceitar o afastamento da família, ela é uma pessoa muito apegada aos filhos e netos, até hoje continua sendo muito difícil pra ela. No início da pandemia, tentei ser produtiva, tentei fazer leituras acadêmicas, escrever algo, mas simplesmente não conseguia tudo me consumia de forma negativa. A pouca distração que eu tinha era assistir séries, e ler coisas não relacionadas à faculdade. Uma coisa boa, consegui depois de muito tempo escolher meu tema de pesquisa, com a ajuda de um grande amigo e uma professora sensacional. Mesmo tendo muito caminho a percorrer, chegar à definição de algo já é uma grande vitória para mim. Descobri no início deste ano algo sobre mim, uma realidade complicada de aceitar, ao mesmo tempo, foi um pouco libertador dar nome a isso e poder entender o que acontece comigo.
Fonte - joelmaletts@gmail.com https://jamboard.google.com/d/1_gftJfZervF3s7jq9mRKJApil57JLog-mMASjdBhSxs/viewer?f=0
Amanda Carvalho de Menezes- Tianguá-Ceará
Olá, me chamo Amanda Carvalho de Menezes, tenho 24 anos e resido em Tianguá-CE. No ano de 2020, quando iniciou a pandemia, o caos instalado trouxe medo a todos. Como meus familiares possuem casa no sítio, migramos para lá. E durante os 4 meses passados no campo, ficamos longe de TV e Internet, me reconectei com minha infância, plantei, andei nos matos…Nesse tempo de reclusão, descobri que amo cozinhar para me distrair, que amo apreciar os encantos do céu e que não abro mão dos meus livros de romances clichês. Esses dias estou tentando fazer o que consigo, com as aulas, o trabalho, a família, as notícias do contexto social e político, mas as crises de ansiedade dão sempre as caras.
Fonte - mnz.amandabt12@gmail.com https://jamboard.google.com/d/16U_Gaw0BJ7tpIRK0qiy1Wlw-0PPH5v7FX3kW4EYNES0/edit?usp=s haring
Gelson Andrade - Itapajé - Ceará A pandemia foi um baque muito forte financeiramente aqui em casa, pois meu pai autônomo não conseguiu mais trabalhar, ficando as contas de casas nas costas apenas de minha mãe, pois eu também estava desempregado.
Com a entrada do auxílio, apenas meu pai conseguiu receber, e eu fiquei sem, mas isso deu uma grande ajuda nas contas. As coisas apertaram ainda mais quando a primeira fase do auxílio acabou, e meu pai também ficou sem receber o auxílio. Mas, quase no fim de 2020 consegui um trabalho numa loja de móveis e variedades para o lar o que me ajudou demais e me possibilitou ajudar em casa. Mas, acho que foi a primeira vez que senti na pele um pouco da relação Empregador x Empregado, pois trabalhava apenas com hora pra entrar, chegava a trabalhar entre 10 a 12 horas diárias pra ganhar um salário, sob a pressão de não poder sentar, nem ficar um pouco em pé parado descansando tinha que tá sempre fazendo algo, com patrão sempre pastorando, quando não era ele, era o gerente. fiquei 6 meses, até que me botaram pra fora depois que pedi pra ter uma horinha a mais de descanso, pois no dia anterior trabalhei com muito peso e foi muito puxado, muito mesmo. Diante disso, aqui que me deparei na prática um pouco do que Marx fala no seu primeiro livro do Capital, como a mais-valia, o empregado está fadado apenas a repetição e nunca ter o direito de criar, pensar diferente ou fazer diferente, experienciar o individualismo, a competitividade, a meritocracia. Também com a ideia do capitalista de se aproveitar da mão de obra do empregado devido a grande procuro por emprego, com a resposta de que se não aguentar pode sair que tem outro, não ta nem ai se você teve uma noite ruim, se você não conseguiu dormir por motivo de doença ou problemas pessoais, ele só quer que você trabalhe e trabalhe, e na cabeça dele você realmente tem que dá o sangue por ele, porque ele lhe deu um emprego. Fonte - g10.andrade89@gmail.com https://jamboard.google.com/d/1iiNAZANi4VbnX2aH5_b7_ktGzpniIyVEgk-BjdkxKNY/viewer?f=
Gabriele Marques de Albuquerque- Meruoca-Ceará Sou Gabriele Marques de Albuquerque, 19 anos e a pandemia foi e continua sendo um período muito difícil e complicado. De muitos desafios, dores, perdas, mas também de muitos aprendizados.Esse vírus pegou todos de surpresa .Algo que parecia estar tão distante de repente bateu em nossas portas, nos deixando sem qualquer reação. O ano de 2020 foi muito difícil, gerou um misto de desespero, medo, dor, ansiedade, principalmente quando esses "números" se tornam rostos. Foi um ano bem conturbado tanto pela pandemia quanto por outros motivos pessoais, os mesmos que me fizeram trancar o curso no semestre passado. Tive inúmeras crises de ansiedade, tanto por estar vivendo esse caos, quanto por me encontrar sem estudar , e posteriormente pela perda da minha avó. Apesar de tudo tento sempre me manter firme, seguindo as regras, cuidando e protegendo aqueles que amo. Ainda estou em processo, digamos que de "cura" mental e espiritual. Tentando organizar e acalmar a mente e o coração, mantendo sempre os pensamentos positivos que dias melhores estão por vir.
Fonte - GabrieleMarques000@gmail.com https://jamboard.google.com/d/1iiNAZANi4VbnX2aH5_b7_ktGzpniIyVEgk-BjdkxKNY/viewer?f=4
ERYKA SUYANNE ALMEIDA BARBOSA - SOBRAL - CE Sou Erika Suyanne Almeida Barbosa, 41 ANOS. O momento que estamos vivendo requer reflexões. Esse contexto evoca questionamentos sobre as estruturas de
saúde,
política,
econômica
e
principalmente
psicológica. E a maior consequência de tudo isso, é não podermos de fato "viver o momento do LUTO" é um ritual natural do ser humano... importante para a total consciência da despedida...Perdi meu querido e amado PAI há um mês e confesso não saber ainda lidar com a perda...Toda experiência vivida pode qualificar, elevar, nosso nível de consciência, desde que nos dediquemos a pensar, refletir, sobre o que nos pertence , como aquilo nos toca, nos afeta...Nestes tempos difíceis perder alguém que amamos se tornou algo inevitável, amigos, conhecidos, parentes, colegas de trabalho. Toda experiência vivida pode qualificar, elevar, nosso nível de consciência, desde que nos dediquemos a pensar, refletir, sobre o que nos pertence , como aquilo nos toca, nos afeta…
Fonte- eryka.suyanne@gmail.com https://jamboard.google.com/d/1iiNAZANi4VbnX2aH5_b7_ktGzpniIyVEgk-BjdkxKNY/viewer?f=5
Amanda Viana Sousa - Groaíras-Ceará Sou Amanda Viana Sousa, 20 anos. A pandemia está sendo um momento muito desafiador, para todos. É desconcertante o caos em que estamos vivendo, ou ao menos tentando.
Durante esse ano tive uma perda significativa, mas também coisas que me acrescentaram e me levaram a refletir muito, sempre pensando que não sabemos o dia de amanhã. O mais importante agora é aproveitar ao máximo quem a gente ama, pois infelizmente ninguém é eterno. Mas graças aos céus, nem só de perdas vive a mulher. Consegui escrever dois capítulos do possível TCC, uma grande vitória. Pense em uma coisa difícil que é escrever.Aprendendo e apanhando com esse ensino remoto, mantendo quase sempre o pensamento positivo e seguindo como posso. Torcendo para que possamos nos encontrar em um ambiente físico novamente e compartilhar bons momentos. Aqui estou relatando minhas experiências nesse tempo e almejando me formar.
Fonte - viana.amanda96@gmail.com https://jamboard.google.com/d/1iiNAZANi4VbnX2aH5_b7_ktGzpniIyVEgk-BjdkxKNY/viewer?f=8
Antonia Camila Farias - Cariré-Ceará
Sou Antonia Camila Farias, 18 anos. Nesse período de pandemia, fiquei com a saúde mental bastante abalada, é impossível não surgir aquele medo de ser contaminada e perder algum ente querido. Devido a muito tempo de isolamento, veio junto aquele sentimento de desesperança, tédio, solidão e medo de como ia ser meu futuro daqui pra frente.Com essa pandemia, a internet pode ser uma grande aliada nesse momento de quarentena, tendo pontos positivos, mas também pontos negativos. Pontos positivos : as pessoas podem manter contato com familiares e amigos,permite a realização de aulas a distância, e é uma maneira de distração e lazer. Pontos negativos : o uso excessivo da internet , devido às muitas informações sobre a COVID-19, podem acabar causando ansiedade e crises de pânico nas pessoas. Nesse momento de quarentena busquei fazer coisas para me distrair , seja fazendo alguma atividade física, ou ouvindo música, assistindo séries e filmes.
Fonte-fariascamila7696@gmail.com https://jamboard.google.com/d/1iiNAZANi4VbnX2aH5_b7_ktGzpniIyVEgk-BjdkxKNY/viewer?f=10
Gerarda Neta - Santana do Acaraú-Ceará Sou Gerarda Neta, 29 anos.O período pandêmico foi e está sendo muito difícil. Muitas pessoas queridas perderam suas vidas, empregos, famílias de luto. Mas sou muito grata a Deus, pois não tive nenhuma dessas perdas. Apesar de ter sido um ano muito difícil, de medo e insegurança. Aprendi muito! A cada dia procuro ser mais humana, me colocar no lugar do outro e ajudar de alguma forma.
Também consegui iniciar meu TCC e fazer cursos
Fiquei mais próxima da minha família e passei amá-los mais ainda.
Fonte- gerardaneta5@gmail.com https://jamboard.google.com/d/1iiNAZANi4VbnX2aH5_b7_ktGzpniIyVEgk-BjdkxKNY/viewer?f=1
Nadson Ribeiro Gabriel Correia - São Benedito- Ceará Nadson Ribeiro Gabriel Correia. 23 anos. A pandemia chegou com um grande impacto na vida cotidiana das pessoas, forçando a mudar a rotina da vida da população, planos, estudos, trabalho, vida social. Inicialmente eu acreditava que seria algo rápido, para voltar à normalidade. Eu não quis estudar semestre passado, pois não gosto desta nova forma de ensino, ead para mim não funciona. tranquei as disciplinas do semestre passado e atrasei ainda mais a tal da formatura (rsrs). No ano de 2020 foi quando eu aposentei a caneta e o notebook e voltei a correr gado e ativei a foice e a enxada. Eu vejo a faculdade como algo importante, mas muitas vezes no curso sinto o excesso de academicismo. No mundo acadêmico tem muito a defesa de ideias e teorias que a meu ver são pautas que a maioria das pessoas comuns se quer imaginar. Embora a tecnologia permita mais facilidades, eu creio que o ensino ead prejudica muito, para nós universitários nem tanto, mas para o ensino fundamental e médio é pior, pois o compromisso no ead é totalmente do estudante.
Fonte - nadson.7ribeiro@gmail.com https://jamboard.google.com/d/1iiNAZANi4VbnX2aH5_b7_ktGzpniIyVEgk-BjdkxKNY/viewer?f=11
Marcelo Aguiar de Menezes- Ubajara-Ceará
Marcelo Aguiar de Menezes, 22 anos. O ano de 2020 começou trazendo mudanças para todo o mundo, provocando a adaptação de toda a humanidade a uma nova realidade. Em 2021 ainda estamos nesse rolê, pois a pandemia ainda não acabou. Era segunda-feira, 16 de março de 2020, quando tudo mudou. Eu estava na Residência Universitária e durante a tarde fui tirar as fotos da formatura junto com a minha turma. Começou com 15 dias em casa e, meses depois, aqui estamos, nessa angústia do isolamento social, a frustração de ter que cancelar planos, o medo da contaminação, a esperança depositada na vacina. Não tive perdas na família, estamos todos bem. Ainda em 2020 consegui, novamente, a Bolsa PBPU. Fui bolsista do Grupo de Estudo e Pesquisa "História e Cultura Política" da Professora Edvanir Maia da Silveira. Assisti muitos filmes e séries, li bastante, participei de muitos eventos acadêmicos, grupos de estudo, fiz cursos online, etc.
Também ouvi muita música. Ajuda muito!
Fonte - marceloaguiardemenezes@gmail.com https://jamboard.google.com/d/1iiNAZANi4VbnX2aH5_b7_ktGzpniIyVEgk-BjdkxKNY/viewer?f=13
João Pureza de Paiva - Sobral-Ceará Em 2021 fizemos um ano em que estamos vivendo a pandemia de Covid-19 e muitas coisas ruins e boas aconteceram nesse período na minha vida pessoal. Comecei 2020 muito empolgado com minha pesquisa de TCC, mas à medida que a pandemia ia piorando e as notícias de mortes iam aparecendo eu comecei a estagnar. Eu me sentia pressionado a ser produtivo enquanto o mundo acabava ao meu redor. Familiares pegaram Covid e quase perdi meu tio para essa doença. Foi um período muito difícil. A cada notícia que lia na internet, eu ia ficando cada vez pior. Nos primeiros 3 meses de isolamento eu bebia muito, estava afogando tudo nisso. Mas, uma coisa muito boa me tirou disso. Como no começo do ano eu entrei para o Centro Acadêmico do curso, fizemos nossas atividades de forma remota. Isso me ajudou a perceber que eu era capaz de fazer coisas boas mesmo com tudo isso. A partir daí, fui melhorando gradualmente. As nossas aulas também retornaram e apesar das dificuldades, consegui fazer as disciplinas. Menos Pesquisa I. Juntos, produzimos o curso online "Histórias de uma região: representações
do
nordeste
brasileiro"
com
participantes de todo o Brasil. Foi trabalho árduo, mas
no fim, cumprimos nossos objetivos. Sempre
quis seguir carreira acadêmica, mas não sei se isso é possível mais. Esse desgoverno acabou com minhas esperanças de muitas formas Fonte- jupaivasense@gmail.com https://jamboard.google.com/d/1iiNAZANi4VbnX2aH5_b7_ktGzpniIyVEgk-BjdkxKNY/viewer?f=16
Vinícius Medeiros - Sobral- Ceará Me chamo Vinicius, tenho 22 anos, recebi diagnóstico de uma doença crônica, tive que mudar meu estilo de vida, e hoje busco conviver com ela de forma que não me prejudique. Fiz pichações na cidade contra o presidente, colagens de cartazes em protesto pelo genocídio. Nessas andanças acabei sendo pego pela polícia. Recobrei uma fé que não acreditava que tinha. As vezes duvido dela, mas insisto, me faz bem. Contribui para a organização da greve dos correios
em
Sobral,
através
do
PCB.
Conheci valorosos
trabalhadores da estatal e compreendi as demandas da categoria.
Tive crises de ansiedade, isso afetou meu rendimento acadêmico e relações sociais também. Me exercitei bastante, adquiri novos hábitos alimentares. Pintei o cabelo. Fiquei careca. Me desliguei das redes sociais, me senti aliviado, apesar de inevitavelmente ter que usá-la. Aprendi a fazer download pelo torrent e me tornei um exímio apreciador da sétima arte, quase um cinéfilo. Aprendi a fazer download pelo torrent e me tornei um exímio apreciador da sétima arte, quase um cinéfilo. Compreendi o significado de família. Comemorei o ingresso do caçula na universidade. Tenho procurado aproveitar cada momento com minha mãe e meu irmão. Pandemia me fez repensar alguns valores. Enfim, não dá pra resumir a vida em notas. Fonte: viniciusdemedeiros9@gmail.com https://jamboard.google.com/d/1v5hGzeNmf0-gJV9dUzsMJr22BaqBdnKX3YLCGxN_YMA/viewer?ts= 60906c27&f=0
Livia Maria Gomes Secundo - Acaraú- Ceará Livia Maria Gomes Secundo, 22 anos, Eu ainda lembro que quando vi uma notícia na TV, no fim de Janeiro de 2020, sobre a cidade de Wuhan (China) e a propagação do novo Coronavírus, minha ansiedade voltou a atacar. Ao ponto de eu correr para o supermercado e comprar um álcool em gel, isso mesmo! Talvez eu tenha sido uma das primeiras pessoas no Brasil que conseguiu comprar um álcool gel mais em conta em 2020. A pandemia mexeu diretamente com a minha ansiedade e pânico, pois pensei na minha família, nos meus amigos, e me vi bruscamente em uma realidade totalmente oposta à que eu vivia nos últimos 20 anos. Percebi que a vida é mais frágil do que eu pensava, e eu nunca imaginaria sentir tanto medo, de perder as pessoas que eu amo... Meu pai foi internado por conta da covid-19, e isso me desestruturou, pelas próximas 3 semanas que ele passou internado, todos os dias eu sentia que era o último dia e essa angústia foi apavorante. Ele conseguiu se recuperar, e mudou totalmente a sua visão de mundo, foi como se ele nascesse de novo e literalmente começasse a respirar novamente! E essa foi minha maior felicidade de 2020. Eu também peguei covid-19 e para quem tem ansiedade foi uma combinação fatal. Pois, o medo de ir me perseguia e foi bem difícil ter que lidar com os sintomas. Mas consegui me recuperar, e foi mais uma alegria para mim. Momentos bons aconteceram em 2020, realizei algumas conquistas e tive momentos inesquecíveis, passei a valorizar mais a vida, as pessoas que eu amo, e viver um pouco mais leve. Agradeço muito a Deus pela minha vida, pela vida da minha família e amigos. E por me proporcionar momentos incríveis que me sustentam nos momentos difíceis.
Fonte: liviamaria174@gmail.com https://jamboard.google.com/d/1iiNAZANi4VbnX2aH5_b7_ktGzpniIyVEgk-BjdkxKNY/viewer?ts=608bf 20a&f=18
Sabrina Rodrigues - Pedra de Fogo, Sobral-Ceará Sabrina Rodrigues Lima, 22 anos. O período de pandemia está sendo um período difícil para todos, principalmente para as famílias que estão perdendo entes queridos. É desesperador ver essas perdas quando acontece próximo a nós, a ficha cai e o medo e a insegurança aumentam. Sou imensamente grata a Deus, pois ninguém da minha família se contaminou ou passou necessidades como é a realidade de muitas famílias no mundo. No início da pandemia em 2020 sem aulas e desempregada procrastinei bastante, assisti muitas séries, filmes, e li muitos livros incríveis. Quando iniciaram as aulas com ensino remoto tive que me adaptar a um novo tipo de ensino. No início a ideia de assistir aulas em casa não foi tão ruim pois só quem mora fora de Sobral sabe como são cansativas as viagens de ida e volta todos os dias. Porém percebi o quanto sinto falta de assistir aula presenciais com todos os meus colegas, o quanto sinto falta do contato físico de amigos queridos. Assisti filmes que marcaram a minha infância com as minhas irmãs mais novas. (É muito nostálgico). Tentei ser fitness e continuo tentando… Estou aproveitando os momentos felizes que passo com a minha família e tentando tirar lições de tudo o que estou vivendo atualmente.
Fonte: rodriguessabrina1010@gmail.com https://jamboard.google.com/d/1lue_Im4s9UUbISwv7ddZHrXJP0mhOiMDN9rP3XUzQ7w/viewer?ts= 608be780&f=1
Antonia Dnara da Costa Nascimento Lima Tamboril-Ceará Antonia Dnara da Costa Nascimento Lima, 22 anos. A pandemia da Covid-19 transformou nossas vidas, não imaginava que aquele 16 de março seria o “início” de dias tão desafiadores, e que a maior luta desde então seria pela VIDA. Nos primeiros meses mesmo diante de todas as situações consegui participar de vários cursos online, importantes para minha formação. Viver nessa Pandemia é uma roda gigante, dias de ótimo bem estar psicológico, outros não. O contato (virtual) com os/as amigos/as foi e é de extrema importância para resistir a esse “fim do mundo”.
Foi no período pandêmico do ano passado que comecei a desenvolver minha pesquisa monográfica. Com a impossibilidade dos encontros presenciais tivemos que nos reinventar, pensando nisso fui convidada a fazer parte como facilitadora do Curso online Histórias de uma Região, foi uma experiência incrível. Chegou um momento que o cansaço mental me consumiu, e as atividades remotas se tornaram um grande desafio. Realizei várias leituras importantes e recentemente concluí meu primeiro capítulo. Diante de tudo que temos vivido, considero uma grande conquista.
Precisamos RESISTIR
e LUTAR para que tudo passe.
Fonte- dnaralima987@gmail.com https://jamboard.google.com/d/1u1j_ACqQBfBkly1RkoOQEH7-Tjrg3vCaV9qCFqhmKk4/edit?usp=sha ring
Wagner Cavalcante Farias - Sobral-Ceará
Fonte - wagnertbmve@gmail.com https://jamboard.google.com/d/17TIOZu-W1_hwFcCDAUsTdm1gymhW7A_8DTkGd4MHizg/viewer?ts =6092d12c&f=4
Karine Lima Sousa - Tianguá- Ceará Karine Lima Sousa, 21 anos. Quando ouvi a primeira vez o nome Covid-19 não imaginava que chegaria para nós aqui no Brasil...e quando menos pensei chegou. Estava no início do 7º período, muito ansiosa pelo TCC que estava chegando e feliz que terminava a faculdade no final do ano. Depois de participar de diversos editais e vagas de emprego, consegui o trabalho de cuidador em uma escola, mas com exatamente 15 dias trabalhando. Meus sonhos e objetivos para o ano foram cancelados, pois passavam meses e a situação somente piorava. Em 2020, estava nos planos realizar o meu casamento, e o que aconteceu? Até agosto de 2020 não via nenhuma expectativa para isso acontecer. Com o tempo percebi que a minha vida não podia parar por conta da pandemia. Teria que aproveitar esse tempo e fazer algo produtivo. Com o tempo percebi que a minha vida não podia parar por conta da pandemia. Teria que aproveitar esse tempo e fazer algo produtivo. Decidi que iria arrumar os preparativos para o meu casamento, seria tudo reduzido em relação ao plano inicial. A situação do covid estava melhorando. Meu casamento aconteceu dia 05 de dezembro. Comecei a empreender e hoje a consultoria Natura é a minha principal fonte de renda.
Fonte: klima9444@gmail.com https://jamboard.google.com/d/1tHQyl5n_vyIQCuHsEf6OuzmAZ1SRnKQXXGVUaK5kXE4/viewer?f= 2
Smilley Ferreira Cavalcante - Massapê-Ceará
Essa pandemia foi uma grande demonstração de fragilidade humana. Nunca tinha imaginado que viveria um momento histórico tão terrível. O isolamento longo dentro de casa, perdas familiares pela Covid-19, o desemprego e a depressão tomaram conta do mundo. As adaptações para essa nova realidade está sendo difícil, mas Deus tem me dado força e sabedoria. O novo formato de aulas é desafiador. O custo de vida é preocupante. Rezo todos os dias pelo fim da pandemia todos os dias. Participei de muitos eventos online nesse período (palestras, oficinas, entre outros). Busco ser uma pessoa melhor todos os dias.
FORÇA, PAZ, FÉ, AMOR
FONTE: smilevencedor@gmail.com https://jamboard.google.com/d/1-VlrOAl_YWdQIfcVCERFtR-ur6NBdDf-zXqN3E4Ws3Q/viewer?ts=60 d615ec
Glaucivania Vieira Gomes- Sobral - Ceará
Quando começaram as primeiras notícias sobre a covid, eu logicamente não imaginava que chegaríamos nesse ponto , porém acreditava que o país não iria sair ileso dessa. E infelizmente aconteceu, acredito que qualquer coisa que eu tente falar, não vai ser o suficiente para expressar o que foram os primeiros meses de isolamento. O medo de contrair a doença, ou de algum parente pegar, ainda é muito presente, porém a vacinação apesar de seus problemas, está sendo um sopro de esperança.Durante os primeiros dias, tentei me distrair fazendo coisas que já gosto fazer, como vê séries, ouvir música, ler livros. Meu maior refúgio tem sido os livros, onde por algumas horas me transporto para outro mundo, e esqueço um pouco a realidade. Enfim, nesses últimos dias, tento aproveitar o dia da forma que posso, focando nas atividades da faculdade, estando com pessoas que amo, lendo, ouvindo música, conhecendo novos filmes etc. mas sinto saudade de muitas coisas que podia fazer antes da pandemia, de estar em contato direto com a arte, de não ficar tão ansiosa a sair de casa com medo da doença. Sigo esperando dias sem covid no mundo.
Fonte - glaucivaniag2@gmail.com https://jamboard.google.com/d/1rVRhmPrFvsLE7v8oIWink113Hh012K00fW3h4wCr0yA/edit?usp=sha ring
Leonardo Medeiros - Sobral - Ceará
Fonte: leonardoacesso18@gmail.com https://jamboard.google.com/d/1ZUUZLrTeOgBH7DjRWWygRIXK8F7vuJHlmVLgvceUicE/viewer?ts= 60b00556&f=0
Joarlan Souza - Sobral- Ceará 2020, foi um ano cheio de provações para todos, principalmente pra mim que vinha em uma pegada boa e bem nos estudos!! Não foi fácil ver diariamente as notícias, e a forma como o governo brasileiro assim como vários negacionistas interpretavam a pandemia... o que há consequências até hoje, mesmo após um ano e 3 meses...com a conclusão do programa RP, boas notas, TCC bem avançado, horas complementares completas, apresentações em eventos, enfim estava tudo pronto par a formação naquele ano! Nesta quarentena, tivemos grandes desafios, oportunidades e tempo para podermos curtir mais os parentes próximos, no meu caso foi o pai e meu avó que recentemente apareceu após 21 anos no mundo! No caso o tempo para se estudar foi uma consequência do isolamento social devido dos decretos estaduais para a quarentena…
MAS, PORÉM, CONTUDO, SE TRATANDO DE 2021… Foi o momento em que as oportunidades surgiram aí fomos à luta!! Comecei com as aulas online e lendo o capítulo que realizei minha resenha tive a oportunidade de me identificar com o que estava sendo exposto.
Fonte - joarlansouza25@gmail.com https://jamboard.google.com/d/1NG26tdAXQufZnNsLRMM0DQeqq1KX9EZFpUmNgs4U-bk/viewer?ts =60a6baae&f=0