Jornal Semmais

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Sábado | 16.Jun.2012

Director: Raul Tavares

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VENDA INTERDITA

semanário - edição n.º 719 • 5.ª série - 0,50 € • região de setúbal

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Anti-Stress Melodias de Cabo Verde em Sesimbra

Actual AMRS requalifica Capuchos

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Empresas municipais em risco de extinção ABERTURA Cerca de uma dezena de empresas e serviços municipalizados sob a órbita das câmaras da região podem vir a fechar portas, na sequência dos apertos que o Governo está a empreender junto do poder

local para reduzir custos. Segundo as contas feitas pelo Semmais, este conjunto de empresas são devedoras de cerca de 18 milhões de euros. Entre elas estão a Ecalma, SMAS de Almada, EMSUAS, TCB, SAP, Infratróia,

Fecho da doca de Lisboa faz deitar ao mar peixe capturado por barcos da região

Centrais

SMAS Montijo e Palmela Desporto. Por seu turno, a maioria dos presidentes de câmara a braços com os problemas não estão dispostos a ceder e confiam na manutenção destes serviços municipais. PÁG. 2

Alcácer em luta para não perder o seu tribunal ACTUAL A Câmara convocou centenas de populares para uma manifestação à porta do tribunal que o Governo prtende encerrar.

Antigo Onda Parque entregue à degradação Semmais

PÁG. 4 Pub.

Especial Maré alta na Casa Ermelinda Freitas Pub.

Actual Moda Sado agita jovens sadinos

PÁG. 7

Santiago teme IP8 parado ACTUAL As obras do IP8 estão a gerar problemas de circulação graves em Santiago. A autarquia reclama. PÁG. 6

PÁG. 6

Grândola não quer POOC Sado-Sines ACTUALO receio de comprometer os empreendimentos turísticos é o motivo principal. PÁG. 6


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DR

Abertura

Dívidas do sector empresarial local da região ascendiam a quase 18 milhões em 2010

Região confia na continuidade das empresas municipais Principais empresas e serviços municipalizados do distrito apresentam, quase todas, resultados operacionais negativos e não cumprem requisitos que garantam a sua continuidade. Autarcas não estão muito preocupados. :::::::::::::::::: Bruno Cardoso ::::::::::::::::::

A

maior parte das empresas municipais e serviços municipalizados do distrito poderá estar condenada à partida por não cumprir os requisitos dados pelo Governo no Livro Branco do Sector Empresarial Local, mas nem por isso os autarcas que as tutelam acreditam na sua extinção. A situação vivida nos Transportes Colectivos do Barreiro (TCB), que apresentou resultados operacionais negativos nos últimos três anos, é disso um bom exemplo. Em declarações ao Semmais, Carlos Humberto recorda que a empresa, que existe há mais de 50 anos, não foi criada com base na lei das empresas municipais e, como tal, não tem de se reger por ela. O autarca acredita, porém, que a empresa vai conseguir reduzir parte das suas dívidas, muito à custa da extinção de carreiras, da adequação de horários, entre outras medidas «penalizadoras para a população». Segundo a edição de 2010 do Anuário Financeiro dos Municípios Portugueses, as dívidas de curto prazo dos TCB’s ascendiam a quase 4,2 milhões de euros.

Em Alcácer do Sal, o problema é outro. Os Serviços Urbanos de Alcácer do Sal (EMSUAS) sobrevivem porque os seus subsídios de exploração foram superiores nos últimos três anos a 50% das suas receitas. Porém, o Governo só apresenta um caminho nestas situações: a extinção. Mas Pedro Paredes, presidente da Câmara Municipal de Alcácer do Sal e da EMSUAS, recorda que a empresa teve «de corrigir há 7 anos a questão de fornecer serviços ao exterior», pelo que diz não compreender agora esta imposição estatal. «É completamente contraditório, mas ninguém vai encerrar esta empresa municipal que funciona bem»,

garante o autarca, que nem sequer pretende levar a decisão à Assembleia Municipal de Alcácer do Sal. No Montijo, o caso é igualmente bicudo. Os Serviços Municipalizados de Águas e Saneamento (SMAS) do Montijo também apresentam resultados operacionais negativos, mas o vereador Nuno Canta, que tutela a empresa, acredita que o «equilíbrio já foi atingido». E é peremptório ao afirmar que a autarquia «nunca irá extinguir por vontade própria uma empresa que é consistente a nível económico». «Além do mais, os SMAS obedecem ao princípio da consignação das receitas e não foram criados para responder a clientelas políticas»,

Dívidas atingem quase 18 milhões As dívidas das principais empresas e serviços municipalizados da região atingiram no final de 2010 quase 18 milhões de euros. De acordo com o Anuário Financeiro dos Municípios Portugueses desse mesmo ano, as dívidas de curto prazo ascendiam a 8,5 milhões de euros e as de médio e longo

prazo ultrapassavam os 9 milhões. O passivo dos Serviços Municipalizados de Águas e Saneamento de Almada era o maior, quase 10 milhões de euros, e o da SAP, em fase de liquidação, o menor. Algumas destas empresas não apresentavam dívidas de médio e longo prazo.

acrescenta. Grândola acaba com SAP mas mantém Infratróia Grândola, porém, já avançou mesmo para a liquidação do Serviço de Apoio a Praias (SAP), uma das suas duas empresas municipais. A decisão foi tomada «antes de a troika chegar ao país». Paulo do Carmo, vereador na autarquia, garante, todavia, que o mesmo não acontecerá com a Infratróia, empresa que gere as infra-estruturas da península de Tróia e que diz ter uma «estrutura completamente adequada, além de ser sustentável economicamente». De acordo com o Livro Branco Empresas

Dívidas CP

d o sector Empresarial Local, a maior parte das empresas municipais da região falha essencialmente em dois dos quatro requisitos impostos pelo Governo: ora tem resultados globalmente negativos ora os subsídios de exploração foram superiores nos últimos três anos a 50% das receitas. Até ao fim desta edição, não foi possível falar com ninguém do executivo da Câmara Municipal de Palmela sobre a empresa Palmela Desporto. Já a Câmara Municipal de Almada, que tem os SMAS e a Ecalma, remeteu para a posição tomada formalmente pela Associação Nacional de Municípios Portugueses sobre este assunto. Dívidas MLP

Passivo

ECALMA

159973

44928

204901

SMAS Almada

830757

8914133

9744890

EMSUAS

501539

0

501539

TCB

4170088

4916

4175004 429560

SAP

21525

408035

Infratróia

283323

0

283323

SMAS Montijo

2203863

0

2203863

Palmela Desporto

281522

0

281522

TOTAL

8452590

9372012

17824602

Fonte: Anuário Financeiro dos Municípios Portugueses 2010 | Valores aproximados, em milhões de euros


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Editorial

Espaço Público

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// Raul Tavares

A revolução dos senhores do dinheiro O célebre Putsch de Moscovo, em três terríveis dias de Agosto de 1991, com a tentativa de deposição de Mikhail Gorbachev, foi considerado como um dos maiores ataques desenfreados de acumulação de riqueza e de poder por parte de uma nova élite política russa que se ocidentalizou. Pavel Voshchoanov historiou de forma vincado o eixo do golpe de Estado, segundo o qual essa nova vaga de nomenclatura apenas visava construir a sua própria base social, herdeira de benesses, grandes propriedades e chorudas quantias bancárias. O problema eram as leis e o resto do povo. A designação das reformas projectadas - não fora o poder popular e o seu apoio ao pai da democracia da ex-união soviética - é sintomática: liberalização e privatização. Mal comparado, o que se tem passado no mundo ocidental democrático é a mesma vertigem selvática pela opressão de uns face às maiorias. E as leis continuam a ser apenas um mal menor que pode ser desbaratado nestes dislates sem rumo. Quando na espuma da crise provocada, desta feita, pelo universo financeiro e pela especulação, se vão fechando, aos poucos, às comportas da igualdade de direitos e de progresso social, o caminho só pode levar ao abismo. E quando se sabe, que a maioria dos actuais senhores da Europa, incluindo Portugal, é originária desse poder de interesses é absolutamente necessário estar alerta.

ficha técnica Director: Raul Tavares; EditorChefe: Joaquim Guerra; Redacção: Anabela Ventura, Bruno Cardoso, Cristina Martins, Marta David, Rita Perdigão, Roberto Dores; Dep. Comercial: Cristina Almeida (coordenação). Projecto Gráfico: Edgar Melitão/”The Kitchen Media” – Nova Zelândia. Departamento Gráfico: Dinis Carrilho. Serviços Administrativos e Financeiros: Mila Oliveira. Distribuição: José Ricardo e Carlos Lóio. Propriedade e Editor: Mediasado, Lda; NIPC 506806537 Concessão Produto: Mediasado, Lda NIPC 506806537. Redacção: Largo José Joaquim Cabecinha nº8-D, (traseiras da Av. Bento Jesus Caraça) 2910-564 Setúbal. Tel.: 265 538 819 (geral); Fax.: 265 538 819. Email: redaccao. semmais@mediasado.pt; publicidade.semmais@mediasado. pt. Administração e Comercial: Tel.: 265 538 810; Fax.: 265 538 813. Impressão: Empresa Gráfica Funchalense, SA – Rua Capela Nossa Senhora Conceição, 50 – Moralena 2715-029 – Pêro Pinheiro. Tiragem: 45.000 (média semanal). Distribuição: VASP e Mediasado, Lda. Reg. ICS: 123090. Depósito Legal; 123227/98

Crise do Capitalismo ?

N

aturalmente que muitos mais já escreveram muito melhor do que eu (como é o caso do Henrique Sousa no blog a não perder “O que fica do que passa”, onde fui despertado para alguns dos números que aqui vou referir ) sobre a pretensa crise por que passa o capitalismo nestes últimos anos. Uma crise que, a existir, se tem manifestado intensa e sobretudo naqueles que no seu trabalho do dia-a-dia vão buscar o sustento da sua família. Uma crise que, em Portugal, ao mesmo tempo que faz disparar para mais de 850.000 o nº. de desempregados (não contando com aqueles mais de 250 mil que nem entram nas estatísticas, porque se sentem excluídos da própria sociedade), traz também a notícia de que no ano passado mais 600 portugueses engrossaram o lote predestinado dos milionários lusos. De facto, e ao contrário do que apregoam aqueles ( Portas, Passos e quejandos ) que ainda querem tirar mais a quem já pouco ou nada tem, a crise não é para todos. Em Portugal ela tem-se manifestado intensamente no fecho acelerado de centenas de pequenas e médias empresas que lançam diàriamente no desemprego centenas ou milhares de trabalhadores. Esta crise do capitalismo é deveras original: os capitalistas ficam milionários e os trabalhadores caem na miséria. Mas se em Portugal o retrato é este, ele é apenas o reflexo do que se passa nesse mundo do capitalismo puro e duro, onde a exploração desenfreada de quem trabalha atinge as raias do obsceno. É assim que num relatório de duas grandes consultoras financeiras mundiais (ver no tal blog ) se lê que, ainda em 2009, o nº. de milionários no Mundo aumentou em 17,1 %, atingindo os 10 milhões de indivíduos. São números escandalosos que devem apelar à consciência de todos nós. Quantos milhões e milhões de seres humanos não tiveram que cair no desemprego, na miséria e na fome para que mais um milhão e quatrocentos mil

António Marquês* passassem a dispor do luxo sem nexo que só a ignominiosa exploração do trabalho pode proporcionar? Quantos daqueles milhões que os documentários do Odisseia nos retratam amiudadamente a trabalharem sem o mínimo de

“Uma crise que, a existir, se tem manifestado intensa e sobretudo naqueles que no seu trabalho do dia-a-dia vão buscar o sustento da sua família. Uma crise que, em Portugal, ao mesmo tempo que faz disparar para mais de 850.000 o número de desempregados, trás também a notícia de que há 600 portugueses milionários”

condições nas Índias e Paquistões da exploração já não morreram, entretanto, para que aquele aumento de 17 % fosse possível? Onde pára a consciência daquela humanidade que vê os seus semelhantes perecerem à fome, apenas para fazerem parte dos tais 10 milhões? Esta é uma realidade que nos deve interpelar a todos. O capital financeiro é voraz e predador e não olha a meios para tornar ainda mais descartáveis os braços de trabalho. Por formas as mais diversas ( entre elas, em Portugal, 6 ou 7 telenovelas diárias para as mulheres e 2 ou 3 jogos de futebol na televisão para os homens ) tentará anestesiar e controlar a justa revolta dos trabalhadores e desempregados. É preciso continuar a gritar, a escrever, a dizer que a luta dos explorados é comum, não pode haver divisões, não pode haver controleiros, não pode haver distrações que desmobilizem a massa daqueles que produzem e fazem andar o progresso. Hoje e sempre. * Colaborador

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Projecto RecOil

D

ecorreu nos dias 24 e 25 de Maio, na Casa da Baía em Setúbal, a reunião de arranque do Projeto RecOil – Promoção da reciclagem de Óleos Alimentares Usados (OAU), para produção sustentável de biodiesel. Esta reunião que contou com a presença de todos os parceiros envolvidos no projecto, entre os quais se encontram entidades oriundas de seis diferentes países europeus e duas de Portugal para além da ENA, entidade coordenadora do projecto. O projecto RecOil tem como objectivo último, o incremento da recolha de óleos alimentares usados e respectiva reconversão em biodiesel, minimizando por um lado os impactos negativos da introdução dos óleos nos sistemas de drenagem e, por outro, permitindo a produção de biodiesel de uma forma sustentável, sem recorrer às culturas energéticas e como tal minimizando a competição entre a produção de biodiesel e a produção de alimentos. A parceria com outras entidades nacionais e europeias, visa a sua implementação num conjunto de regiões que, de uma forma equilibrada, junte áreas com sistemas de recolha e valorização de óleos alimentares usados com outras desprovidas de qualquer sistema de recolha, para que a partilha de conhecimentos e experiências seja o mais profícua possível e com resultados tão rápidos quanto possível. Este projeto visa a recolha de óleos alimentares usados gerados pelas famílias a nível doméstico, uma vez que os grandes produtores de OAU, nomeadamente o sector da restauração, legalmente, já são obrigados a encaminhar os seus resíduos (óleos neste caso) para um destino apropriado. Assim, com este projecto procuram-se encontrar os métodos adequados para a recolha de óleos junto das famílias, e experimentar, no terreno, a implementação das melhores práticas identificadas. No final deste projecto será

disponibilizado uma ferramenta interactiva on-line de apoio à decisão para identificar o melhor método de recolha e transformação de óleos alimentares usados, para novos sistemas ou optimização dos existentes.

“O projecto RecOIL tem como objectivo último, o incremento da recolha de óleos alimentares usados e respectiva reconversão em biodiesel, minimizando por um lado os impactos negativos da introdução dos óleos nos sistemas de drenagem e, por outro lado, permitindo a produção de biodiesel de uma forma sustentável, sem recorrer a culturas energéticas”.

A ENA – Agência de Energia e Ambiente da Arrábida, que tem como um dos seus objectivos a promoção e aplicação do conceito de sustentabilidade energética, integrado no desenvolvimento social, ambiental e económico da região, procura através deste projecto, contribuir de forma significativa para um desenvolvimento sustentável da sua área de intervenção que abrange os municípios de Setúbal, Palmela e Sesimbra.

Teima em ficar, mas o tímido Verão já se sente e com ele traz as folias, romarias...as Festas Populares! Esqueçamos a Crise, esta crise que alimenta os ricos, que os enriquece e aos pobres empobrece ainda mais. Nas Festas Populares não existem classes sociais, a crise esquece-se e vive-se esse tempo apenas para comer, beber, dançar e cantar. Aqui toda a gente come uma bifana, bebe vinho e solta uma cana que se transforma num foguete, num balão ou mesmo rocket, mas vive-se! Do mais rico

ao mais pobre, da sardinha à entremeada, ninguém fala em problemas! É em Setúbal, a minha querida Cidade que me recebeu como um filho da Terra, que se vive momentos muito felizes, Santo António, São João e São Pedro, que ano após ano, vive intensamente a alegria dos Santos Populares! As Marchas contam, todos os anos, com o esforço e

participação de centenas de pessoas na elaboração e concretização dos desfiles, proporcionando espectáculos cheios de música, colorido e alegria aos milhares que habitualmente assistem às coreografias. A cidade que embaraça o mar, uma das mais bonitas baías do mundo, Setúbal recebe assim o Verão, os turistas e os filhos da terra, com uma paixão inigualável e o orgulho

de quem é Setubalense! Não podemos ignorar os actuais problemas sociais, mas nesta altura, podemos sim atenuá-los e esquecê-los, pelo menos enquanto dançar-mos, cantar-mos e viver da folia, tornando assim a vida mais fácil, usufruindo dos simples prazeres desta bonita Terra...Setúbal de todos os Santos! Rui Espírito Santo


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Actual

Falta de doca em Lisboa estraga peixe da região prejuízo mensal superior a 20 mil euros em combustível, com a agravante de obrigar os pescadores a lançarem toneladas de peixe estragado ao mar, na sequência das longas viagens. Isto porque, as embarcações de Setúbal e Sesimbra que se dedicam à captura de peixe ao largo da Costa de Caparica, Trafaria e Lisboa têm de regressar às respectivas docas a fim de ali depositarem o pescado. Quer isto dizer, que são obrigados a percorrer cerca de 50 quilómetros, o que traduz um «gasto desnecessário» de combustível, segundo diz Ricardo Santos, presidente da Sesibal.

::::::::::::: Roberto Dores ::::::::::::

O

s pescadores de Setúbal e Sesimbra contestam a ausência de um cais em Lisboa, que permita a atracagem de embarcações superiores a 20 metros. Contas feitas pela Sesibal (Cooperativa de Pescas de Setúbal, Sesimbra e Sines), indicam que esta lacuna provoca um Pub.

Estragar sardinha, carapau e cavala O problema agrava-se – um valor que não está contabilizado – sobretudo em dias de mar mais agitado, quando largos milhares de quilos de sardinha, carapau e cavala acabam por se deteriorar durante a viagem de

cinco horas, ficando sem condições de entrar no mercado. Ou seja, o peixe vai embatendo contra as paredes dos tanques, acabando por ficar ensanguentada e moído. Mil euros de combustível por traineira

DR

Por falta de acostagem em condições em Pedrouços, os armadores de Setúbal e Sesimbra dizem estar a perder 20 mil mensais em combustível. E os pescadores de Almada reclamam a construção de um porto na Cova do Vapor.

A eventual construção de uma doca no Cais do Vapor divide os pescadores do distrito

Doca fechada há nove anos A Docapesca de Pedrouços, encerrou em 2003, com o argumento de que a capital ia receber a regata Taça América, que acabaria por não vir para Portugal, pelo que toda a área precisava de ser remodelada. 138 pessoas perderam o emprego. No terreno ficaram quilómetros de redes. Sem doca e sem lota várias empresas náuticas e a

fábrica de gelo fecharam portas. O pequeno comércio e os armazenistas seguiram a tendência, deslocando-se para o MARL, tal com os restaurantes, oficinas, cantinas ou postos de abastecimento, que garantiam cinco mil postos de trabalho. Os cerca de 600 pescadores de Almada que utilizam a muralha junto à Docapesca de Pedrouços

para depositar as várias artes de pesca, sugerem a construção de um porto de abrigo na Cova do Vapor, Trafaria, mas os armadores de Setúbal e Sesimbra dizem que essa solução não lhes resolve o problema, porque a zona não terá a profundidade suficiente para que as embarcações de 20metros de cumprimento possam atracar.

O principal prejuízo está associado ao consumo do combustível, onde é preciso investir mais de mil euros por traineira durante um mês, comparando com o que seria necessário caso Lisboa tivesse doca, com grua e empilhador, enquanto os armadores alertam para os gastos com o gelo para conservar o peixe, que chegam hoje aos 3 mil euros mensais. Depois é necessário pagar o transporte do pescado por terra em camiões para o MARL (Mercado Abastecedor da Região de Lisboa), Peniche e Matosinhos, segundo lamenta Ricardo Santos.


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Pub. CARTÓRIO NOTARIAL DE SETÚBAL NOTÁRIA MARIA TERESA OLIVEIRA Sito do Cartório na Avenida 22 de Dezembro nº 21-D em Setúbal Certifico, para efeitos de publicação que no dia doze de Junho de dois mil e doze, neste Cartório, foi lavrada uma escritura de justificação, a folhas 47 do livro 243 – A, de escrituras diversas, na qual: Marieta Romana Chainho Gonçalves e marido Amândio Parreira Gonçalves, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, residentes na Avenida Heliodoro Salgado, nº6, 5 D, em Almada, contribuintes números 114993068 e 114993076, justificaram a posse, invocando a usucapião do seguinte: - Prédio Urbano, destinado a habitação com a área coberta de cinquenta e seis metros quadrados e a área descoberta de quatrocentos e trinta e quatro metros quadrados, sito na Estrada Nacional, Ameiras de Baixo, freguesia e concelho de Grândola, que confronta do norte e sul com Joaquim Ferreira Vieira, do nascente com Hortense Maria, e do poente com Ameiras de Baixo, ainda por descrever na Conservatória do Registo Predial de Grândola, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 5014. Está conforme. Cartório Notarial sito na Avenida 22 de Dezembro número 21-D em Setúbal, 12 de Junho de 2012. A Notária, Maria Teresa Oliveira

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Funcionários doam quantia para financiar requalificação de mãe-de-água

AMRS garante nova vida para Convento dos Capuchos

CARTÓRIO NOTARIAL DE SETÚBAL NOTÁRIA MARIA TERESA OLIVEIRA Sito do Cartório na Avenida 22 de Dezembro nº 21-D em Setúbal Certifico, para efeitos de publicação que no dia doze de Junho de dois mil e doze, neste Cartório, foi lavrada uma escritura de justificação, a folhas 47 do livro 243 – A, de escrituras diversas, na qual: Marieta Romana Chainho Gonçalves e marido Amândio Parreira Gonçalves, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, residentes na Avenida Heliodoro Salgado, nº6, 5 D, em Almada, contribuintes números 114993068 e 114993076, justificaram a posse, invocando a usucapião do seguinte: - Prédio Urbano, destinado a habitação com a área coberta de cinquenta e seis metros quadrados e a área descoberta de quatrocentos e trinta e quatro metros quadrados, sito na Estrada Nacional, Ameiras de Baixo, freguesia e concelho de Grândola, que confronta do norte e sul com Joaquim Ferreira Vieira, do nascente com Hortense Maria, e do poente com Ameiras de Baixo, ainda por descrever na Conservatória do Registo Predial de Grândola, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 5014. Está conforme. Cartório Notarial sito na Avenida 22 de Dezembro número 21-D em Setúbal, 12 de Junho de 2012. A Notária, Maria Teresa Oliveira

serra da Arrábida e numa altura em que a entidade ultima o dossiê da candidatura a património da Humaassim como uma avaliação das necessidades estruturais para se proceder à fase de sustentação. Em conjunto com as intervenções «inócuas e tecnicamente precisas» que estão a ser operadas também no Convento de São Paulo, a empreitada ultrapassa os 300 mil euros. O Convento de São Paulo já havia sido alvo de uma intervenção um pouco mais complexa que consolidou a cobertura provisória do local

nidade, a ser entregue à UNESCO durante o terceiro trimestre deste ano. Na prática, a intervenção e evitou a degradação provocada pelas águas. «Efectivamente, os trabalhos não estão a ir no ritmo que se desejaria, mas, atendendo à conjuntura, é de salutar o esforço do AMRS em torno da continuidade deste projecto», refere Alfredo Monteiro. Obras na mãe-de-água arrancam em 2013 As dificuldades financeiras não impediram,

Cursos de Verão na EST/Barreiro

PELA primeira vez, a Escola Superior de Tecnologia do Barreiro do Instituto Politécnico de Setúbal (ESTBarreiro/IPS) organiza, em colaboração com a Escola de Fuzileiros, a iniciativa Curso de Verão. O evento arrancou ontem

e vai até 20 de Julho, com o objectivo de proporcionar aos alunos do 9º ao 12º ano o primeiro contacto com as áreas dos cursos ministrados na ESTBarreiro. Em destaque estão os cursos de engenharia civil, conservação e reabilitação e química. Através de diversas actividades práticas, os participantes vão ficar a conhecer as ferramentas utilizadas em cada curso, as aplicações práticas de cada área e as aptidões necessárias ao desempenho dos profissionais destes ramos da engenharia. Paralelamente a organização preparou um conjunto de actividades lúdicas e desportivas para os participantes.

operada no convento dos Capuchos impediu o avanço das ruínas, estabilizando a acentuada degradação, e porém, que as duas dezenas de trabalhadores da AMRS decidissem doar cerca de 30 mil euros, o equivalente aos subsídios de Natal e férias, para a reabilitação de uma mãe-de-água, um edifício de três metros quadrados, repleto de frescos e situado nas proximidades do Convento dos Capuchos. A empreitada, que deveria arrancar ainda até ao final deste ano, deverá ficar, contudo, para o início de

deixou o espaço apto a receber espectáculos musicais, de dança, de cinema, teatro, entre outros. Os traba2013, tendo em conta a proximidade do Inverno e a necessidade de ainda ser adjudicada. Na ocasião, a AMRS assinou ainda um acordo de colaboração com a Assembleia Distrital de Setúbal e com o Museu de Arqueologia e Etnografia do Distrito de Setúbal, este último responsável pelo acompanhamento arqueológico das intervenções de reabilitação operadas

lhos prévios incluíram o levantamento topográfico e arquitectónico, o desmatamento, o arranjo de acessos, nos conventos e pela realização de eventuais sondagens arqueológicas necessárias para o desenrolar das empreitadas. A requalificação dos dois conventos está inserida num projecto mais amplo de valorização da Quinta de São Paulo, que envolve a casa, o centro de formação e a quinta pedagógica. Bruno Cardoso

Helena Sousa Freitas distinguida com prémio “Jovem Revelação” HELENA de Sousa Freitas, antiga aluna da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Setúbal (ESE/IPS), onde se licenciou em Comunicação Social no ano 2000, foi distinguida ontem pelo município sadino, com o prémio “Jovem Revelação”. O prémio, atribuído na categoria de “Comunicação Social”, reconhece a década e meia de trabalho desenvolvido pela jornalista, que iniciou a profissão em 1996 e ingressou na agência Lusa em 1998. Pós-graduada em Direito da Comunicação e mestre em Comunicação, Cultura e Tecnologias da Informação, Helena Freitas é, atualmente, doutoranda em Ciências da

Comunicação no ISCTE-IUL, onde desenvolve uma tese sobre a pintura mural como forma de comunicação alternativa na cidade de Setúbal entre 1974 e 2010. Conciliando a prática jornalística com a escrita de ensaios, Helena de Sousa Freitas é autora de “Jornalismo e Literatura: Inimigos ou Amantes?” (2002), a adaptação para livro da tese defendida na ESE/IPS, “Sigilo Profissional em Risco” (2006) e “O DN Jovem entre o Papel e a Net” (2011). Na terceira edição, os prémios “Jovem Revelação” distinguiram ainda Jorge Faria e Rute Machado (também na categoria de Comunicação Social), Filipe

DR

Pub.

Obras de sustentação no convento dos Capuchos impediram o avanço da ruína e deixaram o local apto a receber visitantes

DR

A ASSOCIAÇÃO de Municípios da Região de Setúbal (AMRS) ainda não sabe quando dará por terminada a empreitada de sustentação do Convento dos Capuchos, na Quinta de São Paulo, mas garante que o projecto não vai ficar na gaveta, mesmo atravessando o país e a região graves dificuldades económicas. A promessa foi feita ao Semmais por Alfredo Monteiro, presidente da AMRS, durante a apresentação pública no terreno da primeira fase do projecto de sustentação. O autarca mostrou-se bastante satisfeito com o andamento dos trabalhos e reafirmou a importância da intervenção, feita em plena

Fotos: DR

Associação liderada por Alfredo Monteiro não precisa a data para o término das empreitadas em torno dos Conventos de São Paulo e dos Capuchos, mas quer deixar locais prontos a receber visitas. Falta de dinheiro está a atrasar processo.

Jornalista e escritora

Blanquet (moda), Pedro Goya e Gerson Santos (música), Marta Oliveira, João Martinho, Ana Beatriz Arsénio e Rita Cunha (desporto), Diogo Faria (artes circenses) e Ruben Moreira (associativismo).


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Sábado | 16.Jun.2012

Governo recorda baixo movimento processual e perda de população

Presidente da Câmara Municipal, Pedro Paredes, dispara críticas contra relação do Governo com municípios. Advogados juntaram-se ao protesto que invadiu terreno onde tribunal está localizado. A POPULAÇÃO de Alcácer do Sal saiu à rua esta semana para tentar travar o fecho iminente do tribunal da cidade e já agendou nova vigília de protesto, desta vez à noite, para a próxima segunda-feira. Pedro Paredes, presidente da câmara municipal, encabeça o movimento e não esconde a frustração pelo cenário apresentado pelo Ministério da Justiça no Quadro de Referência para a Reforma da Organização Judiciária. E, ao Semmais, falou mesmo

na possibilidade de medidas mais extremas serem tomadas no futuro. «Primeiro, foi a perda do InterCidades, agora ameaçam tirar o tribunal e já se fala, no futuro, na repartição das finanças e numa das escolas básicas», descreve o autarca, depois de acrescentar que a proposta da tutela assenta «em pressupostos falaciosos, não fossem os dados relativos ao movimento processual do tribunal ainda experimentais». Mas o ministério de Paula Teixeira da Cruz tem outra versão. Além de se escudar no baixo movimento processual, uma média de 621 processos entrados entre 2008 e 2010, a tutela recorda que Alcácer do Sal perdeu quase 10% da sua população em dez anos. Os dados são do Censos de 2011. Os argumentos do Ministério da Justiça não convencem, porém, Pedro Paredes, que mantém a decisão de não falar com o Governo sobre este assunto. Nem sobre outras matérias. «O adiamento sucessivo de uma reunião com o Secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Silva Monteiro, demonstra bem o desres-

DR

Alcácer promete endurecer luta caso Governo encerre tribunal

A Câmara juntou às portas do tribunal centenas de populares que mostraram a sua revolta

Advogados da Comarca do Alentejo Litoral, promete lutar ao lado do autarca, mas quer «criar um canal que chegue ao gabinete da ministra». Caso se concretize a proposta do Governo, os Processos Criminais

peito deste Governo para com os autarcas», atira o edil. Decisão contestada também por advogados Ângela de Sousa Pico, da delegação da Ordem dos

Sines também contesta decisão O Juízo Misto do Trabalho e da Família e Menores de Sines também tem os dias contados, mas, ao contrário de Alcácer do Sal, a decisão já era esperada. Os primeiros rumores surgiram em Janeiro, quando um primeiro documento sobre este assunto já propunha o encerramento deste tribunal ao

lado de outros 46, um pouco por todo o país. Manuel Coelho, presidente da autarquia sineense, considerou na ocasião a proposta «irracional e desastrosa» e defendeu a manutenção do Trabalho na cidade, tendo em conta «a grande conflituosidade laboral existente no município».

começariam a ser tratados apenas em Setúbal, enquanto a Pequena Instância Criminal seria resolvida em Grândola. Santiago do Cacém sairia reforçado com o Trabalho e Família e Menores, mas as Execuções só poderiam ser tratadas no Barreiro. O tribunal de Alcácer do Sal faz parte da comarcapiloto do Alentejo Litoral. Criada em 2009, a comarca apostou numa especialização dos tribunais de cada concelho da região. Há registos que apontam para a existência de tribunal em Alcácer do Sal pelo menos desde a década de 1630, tendo então jurisdição até Sines. Bruno Cardoso

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Grândola pede suspensão do POOC Sado-Sines

A autarquia diz que os três POOC’s, que vão do Espichel a Odeceixe , «traduzem realidades distintas»

A CÂMARA Municipal de Grândola pediu ao Governo para suspender o actual Plano de Ordenamento da Orla Costeira (POOC) Sado-Sines de modo a não comprometer o futuro dos grandes empreendi-

mentos turísticos do Litoral Alentejano. Em declarações ao Semmais, Paulo do Carmo, vereador com a pasta de Ambiente na autarquia, recorda que o ideal seria o ministério de Assunção Cristas proceder à revisão

daquele instrumento de ordenamento do território, uma vez que o actual, que tem 13 anos, está «completamente desadequado face à realidade actual». O vereador acrescenta que o Governo de José

Sócrates nunca cumpriu a promessa feita há pelo menos dois anos atrás de rever o POOC Sado-Sines, uma situação que pode agora conflituar com a normal entrada em funcionamento já no Verão de 2013 dos projectos turísticos do Pinheirinho, Herdade da Comporta e Costa Terra. «Não é normal que este tipo de empreendimentos turísticos de 5 e 6 estrelas não tenham os equipamentos de apoio à praia devidamente construídos no terreno por limitações deste plano de ordenamento da orla costeira», enfatiza. Paulo do Carmo pede, assim, «respostas urgentes» para este problema, de modo a que os empreendedores turísticos possam avançar com a construção dos acessos à praia, com a

criação de zonas de sombreamento e de casas-de-banho, entre outras. «É preciso responder à procura e acautelar a segurança das pessoas futuramente», vinca o autarca. A suspensão pedida pelo município carece do despacho de Assunção Cristas e não teve ainda qualquer resposta por parte da tutela. De acordo com a informação avançada pelo autarca, o Ministério da Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento do Território «autorizou» a revisão de três planos de ordenamento da orla costeira num só, abrangendo toda a região que vai desde o cabo Espichel até Odeceixe. «É uma decisão que não agrada, porque os três POOC’s traduzem realidades bem distintas», considera Paulo do Carmo.

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Obras do IP8 irritam Santiago O MUNICÍPIO de Santiago do Cacém está a exigir da Estradas de Portugal e do consórcio Estradas da Planície a reparação urgente de estradas e caminhos municipais pelo aumento de tráfego de camiões decorrente das obras do IP8, futura A26. O presidente da Câmara Municipal de Santiago do Cacém, Vítor Proença, já chegou inclusive a reunir com a empresa para apresentar «provas dos danos provocados pelo aumento significativo do tráfego de pesados nas estradas do município». De acordo com o município, em alguns casos, como na Estrada Municipal 517, o incremento de tráfego pesado rondou os 500%. Anomalias graves e depressões muito acentuadas têm levado o município a intervir atempadamente para evitar acidentes, obrigando a reparações, com saneamentos e repavimentações. «No acesso a uma pedreira, entre Deixa-o-Resto e Ademas as anomalias já são bastante graves, havendo a necessidade uma intervenção urgente», lê-se em comunicado da autarquia. A edilidade quer, assim, imputar os custos das reparações à Estradas de Portugal e ao consórcio Estradas da Planície que já vieram garantir que as reparações, salvo as consideradas mais urgentes, serão analisadas desde já, estando a comunicação das conclusões prevista para daqui a duas semanas. Esta reunião entre ambas as partes precedeu uma outra realizada em Agosto do ano passado na qual a Estradas da Planície já tinha sido colocada a par da necessidade de efectuar reparações com carácter de urgência. Apesar da promessa de elaboração de um relatório sobre o estado das vias provocadas pelo excesso de circulação de pesados, o consórcio não acautelou alegadamente a situação, tendo ocorrido depois disso, segundo afirma a câmara de Santiago do Cacém, circulação de viaturas pesadas em zonas urbanas.


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Onda Parque sem futuro já atrai droga, prostituição e luta de cães enquanto as autoridades fecham os olhos

Diversões no parque da degradação Dezasseis anos depois do fecho devido a um acidente mortal o Onda Parque continua afundado na degradação. O parque de concertos não passou de um investimento abortado. Os vizinhos reclamam. JÁ FOI um local de eleição na rota turística do distrito. Mas 16 anos após o fecho de portas, o cenário que envolve o Onda Parque, na Costa de Caparica, é hoje desolador. A degradação avança pelo que ainda sobra dos outrora célebres escorregas, tobogans, piscinas e balneários. Dizem os moradores de Pera, ali ao lado, que a zona está entregue a lutas de cães, consumo de droga e prostituição. O parque que fez as delícias de muitos é hoje só para alguns. O lixo e os graffitis ganharam espaço, paredesmeias com o IC20. E, em tempo de crise, não há solução à vista. Os donos da Aldeia dos Capuchos ainda chegaram a manifestar interesse naquele espaço, mas a intenção terá esmorecido à medida que a austeridade proliferou pelo país. O Semmais sabe que existe um ante-projecto que preconiza a criação de um parque temático, que chegou a ser equacionado pela Aldeia dos Capuchos, para quem esta solução se perfila hoje como a alternativa mais viável para

aquele terreno às portas da Caparica. Contudo, é preciso reter que todos os espaços temáticos, excepção feita à Disney, dão prejuízo e nem os dois milhões de habitantes entre Lisboa e o distrito de Setúbal chegam para viabilizar um investimento num projecto desta dimensão. Terá sido exactamente este o travão a uma tentativa de parceria com a Warner Bros. Daí que a prioridade passe por encontrar uma solução capaz de atrair gente de todo o país e do estrangeiro. Câmara descarta responsabilidades A Câmara de Almada limita-se a dizer que o terreno é privado, estando sedeado na Quinta da Brielas (Trafaria), pertencentes à Paisagem Protegida da Arriba Fóssil, estando destinado a receber equipamentos de lazer e turísticos, em sede do Plano Director Municipal. Mas o habitantes reclamam: «Isto não tem segurança e qualquer um

pode entrar e fazer o que quiser. Ao ponto de já não haver para roubar a não ser tijolo e terra», lamenta Carlos Esteves Morais, um morador de Pera, que por várias vezes alertou as autoridades quando via carrinhas de caixa aberta dirigirem-se ao parque. «Roubaram tudo, sobretudo ferro e cobre, mas as autoridades já apareciam tarde e nunca apanharam ninguém», denuncia o morador, enquanto os vizinhos alertam que o problema maior hoje não são os roubos mas as lutas de cães. «Sobretudo aos fins-desemana, mesmo durante o dia, é uma vergonha. Há gente estranha que passa dias inteiros com cães. No dia seguinte vamos lá e há sangue por todo o lado», lamenta Vitória Marçal, outra moradora, enquanto reclama mais segurança para o local. «Não quer dizer que nos incomodem, até porque vivemos a alguma distância do parque, mas isto é indigno e criminoso». Roberto Dores

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MARIA DAS DORES MARQUES BANHEIRO MEIRA, PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DO CONCELHO DE SETÚBAL: -------------------------FAZ PÚBLICO QUE o Município de Setúbal levará a efeito, no dia 29 de junho de 2012, pelas 10,00 horas, na sala de sessões da Câmara Municipal, nos Paços do Município, perante a Comissão designada para o efeito, a hasta pública para alienação de sucata e baterias usadas de viaturas. --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Todos os elementos respeitantes a este processo estão disponíveis para consulta pública, na Divisão de Transportes e Equipamento Mecânico, sito no Parque Municipal de Poçoilos, na Estrada das Casas Amarelas, Setúbal, durante o horário normal de funcionamento dos serv iços.-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------De acordo com a informação prestada pelo Coordenador da Divisão de Transportes e Equipamento Mecânico, os lotes são os seguintes: -----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Lotes Base de Licitação Lote 1 – Sucata de materiais metálicos Lote 2 – Baterias usadas de viaturas

€1.500,00 € 750,00

Fotos: RD

---------A hasta pública para alienação de sucata e baterias usadas de viaturas, será sujeita às condições aprovadas em Reunião de Câmara de 02 de maio de 2012. ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------1. A adjudicação será efetuada por lote, iniciando-se a licitação pela ordem apresentada no edital; 2. Não serão aceites lances inferiores a €50,00 (cinquenta euros); 3. Relativamente ao lote 1, só podem licitar os interessados, ou os seus representantes, que apresentem o documento comprovativo do cumprimento do Decreto-Lei 178/2006, 05/06 e subsequentes alterações, nomeadamente quanto ao transporte, depósito e licenciamento de resíduos; 4. Relativamente ao lote 2 só podem licitar os interessados que apresentem documento comprovativo do cumprimento do Decreto-Lei 6/2009 de 6 de janeiro e subsequentes alterações, nomeadamente quanto ao transporte, depósito e licenciamento de resíduos; 5. A quem forem adjudicados os lotes, deverá pagar no próprio dia, 100% do valor de cada arrematação. O depósito será efetuado na Tesouraria desta Câmara Municipal, importância que não será devolvida em caso de posterior desistência; 6. No caso do não pagamento de acordo com o referido no ponto anterior será adjudicado ao licitante classificado no lugar imediatamente seguinte e assim sucessivamente sendo para tal notificado. 7. A quem forem adjudicados os lotes, deverá retirar os bens obrigatoriamente no prazo de 10 dias úteis após a arrematação, sendo da responsabilidade do adjudicatário o seu carregamento, remoção e transporte, no estado em que se encontra; 8. A licitação inicia-se e termina quando a presidente da comissão tiver anunciado por três vezes o lanço mais elevado para cada lote e este não for coberto; 9. É reservado à Câmara Municipal o direito de não adjudicar a sucata de materiais metálicos e baterias usadas; 10. Aos valores indicados são acrescidos de IVA;

Insegurança ditou fecho corria o ano de 1996 O fim do Onda Parque chegou em 1996, após a morte de duas crianças no Aquaparque do Restelo, em Lisboa, três anos antes. É que na sequência desse acidente, a fiscalização aos parques aquáticos apertou o torniquete, encontrando uma série de lacunas no Onda Parque

que ameaçavam a segurança dos utentes. Falta de condições que exigia investimentos avultados aos quais o barão holandês Sloet tot Everlo não foi capaz de responder. A porta fechou de vez e apesar do proprietário ter solicitado autorização camarária para cons-

truir edifícios na zona, tentando rentabilizar o local, a autarquia recusou, alegando que a esta zona está interdita à construção por ser área protegida. Ficaria por liquidar uma dívida aos serviços de água e saneamento do município superior a cem mil euros.

- Que a Comissão encarregue de promover a presente hasta pública seja composta pelos seguintes elementos: PRESIDENTE: Lénia Maria Mouro – Diretora do Departamento de Obras Municipais; VOGAL: Pedro Coimbra – Diretor do Departamento de Administração Geral e Finanças ; SECRETARIO: João Branco – Coordenador da Divisão de Transportes e Equipamento Mecânico; SUPLENTES: Helena Soares – Chefe da Divisão de Contratação Pública; Vânia Raminhos – Secção de Património e Notariado. ---------E para constar, se mandou lavrar o presente Edital e outros de igual teor que vão ser afixados nos lugares públicos do costume. -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------A PRESIDENTE DA CÂMARA Maria das Dores Meira


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O AUDITÓRIO José Afonso, em Setúbal, recebe amanhã, domingo, a 5ª edição da Moda Sado, um desfile de moda onde são escolhidos os melhores modelos feminino e masculino a concurso numa organização que tem como mentora a ex-miss Portugal Ana Sobrinho. Cerca de duas dezenas de jovens, oriundos de Setúbal, com idades entre os 15 e os 21 anos tentam conquistar o júri e abrir as portas para uma carreira de modelo. O evento que vai já na sua quinta edição conta este ano com a participação de dez raparigas e nove rapazes que, em vários desfiles, vão tentar convencer o júri de que têm condições para ser modelos de elite em Portugal. Ao longo dos últimos anos a Moda Sado tem lançado novos valores para a moda nacional. Uma das últimas vencedoras é actualmente agenciada por uma das mais consagradas agências de moda, a L’Agence, criada em 1988.

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Modelos correm atrás do sonho

Ana Sobrinha, ex-miss de Portugal, é a grande mentora da iniciativa que atrai muitas candidatas

Para Ana Sobrinho «esta é uma oportunidade dos jovens se mostrarem e de tentarem ingressar no mundo da moda». Apesar de ser um mercado cada vez mais competitivo e onde as oportunidades são cada vez mais difíceis, a ex-miss Portugal acredita que «para aqueles que forem realmente bons há uma oportunidade.» O concurso de modelos conta com a participação de algumas lojas do concelho,

entre elas a Mexicalli e as recém-inauguradas Klozet e Gossip Store, e terá ainda a participação do grupo de dança Estúdio T, que vai animar o público com uma coreografia de dança jazz, e das novas criadoras Romana Mussagy e Sara Pinto que apresentarão uma colecção masculina. «O objectivo do evento é dar a conhecer novas caras para a moda e simultaneamente novos criadores de

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Os jovens Rapazes

Diogo Costeira 21 anos João A. Nunes 17 anos Alexandre Bernardo 17 anos João Nunes 18 anos Nuno Santos 18 anos Sérgio Lima 17 anos Miguel Moreira 19 anos Ricardo Cordeiro 20 anos Cláudio Gomes 15 anos Raparigas Jessica Cruz 16 anos Paula Mano Roque 17 anos Aline dos Santos 18 anos Joana Cabaço 15 anos Anaís Andrade 15 anos Joana Amaral 21 anos Soraia Silva 20 anos Rafaela Pardete 20 anos Rute Cândido 16 anos Camila Teixeira 15 anos

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roupa», diz Ana Sobrinho, satisfeita com o grupo de jovens que se apresentaram nos castings de onde saíram os finalistas. «É um grupo muito giro e coeso, de jovens com boa imagem e boa onda», explica enquanto avança que «as lojas locais têm a ganhar com a participação num evento desta natureza». Aos jovens é ministrada uma pequena formação de passerelle para se apresen-

tarem neste certame «embora alguns já sejam repetentes e tenham alguma experiência». O mundo da moda é o sonho de muitos dos jovens que se apresentam a concurso e é por isso que a autarquia, através do seu Gabinete da Juventude, continua a apostar nesta actividade. O evento, que normalmente é acompanhado por centenas de pessoas na assistência, é, segundo a organização, «um momento não só de beleza como de animação» e marca o calendário dos eventos de moda no concelho. «Juventude, beleza e irreverência» são palavras que podem caracterizar a Moda Sado e que levam, ano após ano, dezenas de jovens a participar nas provas de selecção. «Muitos jovens querem ser modelos. É um sonho que acompanha muita gente, mas nem todos têm a possibilidade de ingressar num mundo tão difícil e exigente» explica Ana Sobrinho.

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Sábado | 16.Jun.2012

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Especial “Casa Ermelinda Freitas”

«Estamos a viver um ano fantástico fruto da nossa contínua qualidade» Entrevista a Leonor Freitas

Com uma ‘chuva’ de prémios e um aumento de facturação líquida de 12 por cento, a Casa Ermelinda Freitas está a dobrar a crise e a consolidar o seu portflólio. A timoneira Leonor Freitas tem vindo a reestruturar vinhas, ganhou novos mercados, quer a adega nova a funcionar até ao final do ano e diz ter uma carteira de desafios pela frente. «Tenho uma equipa motivada e a vestir a camisola como nunca», afirma, orgulhosa.


II Casa Ermelinda Freitas

Sábado | 16.Jun.2012

Acredito que sim. Julgo que as pessoas já se habituaram à ideia de que os nossos vinhos são bons. Temos uma relação honesta entre qualidade e preço, e isso é fundamental. Nota-se isso pelos produtos novos, como o espumante reserva, que ganhou uma medalha em Bordéus, França, no “Citadelles du Vin”, ao qual os consumidores aderiram pela marca ‘Ermelinda Freitas’. Mas também o “Terras do Pó Castas”, que foi um reforço desta marca e foi um sucesso. Acho que essa empatia de que fala deve-se ao facto de nestes doze, treze anos, não termos descurado a qualidade, que têm vindo a aumentar de forma consistente.

Semmais – Foram seis meses em cheio, com um recorde de medalhas. Deve estar muito orgulhosa? Leonor Freitas – Está a ser um ano fantástico e, na verdade, nestes seis primeiros meses do ano ganhámos 67 medalhas, o maior número de sempre, excluindo as inúmeras ‘comendas’ e ainda faltam alguns concursos. É para já uma grande alegria, já que estes prémios estimulam a nossa auto-estima, mas é também uma grande responsabilidade. Cada prémio ganho nesta Casa é assumido por toda a equipa com esse espírito de orgulho e de responsabilidade, porque não podemos falhar e a nossa missão é corresponder à fidelização dos consumidores, que contribuem para a consolidação da qualidade dos nossos vinhos.

E o consumo interno têm-se ressentido? Pelo contrário, temos também aumentado as vendas no nosso mercado principal, que é representa ainda a fatia maioritária da nossa ‘Casa’. Estamos muito atentos ao mercado e prontos a corrigir pontos que possam fragilizar a nossa actuação e sustentação.

A que factores atribui esta cadência de distinções a nível internacional, onde certamente a concorrência é significativa? Em primeiro lugar a um grande investimento nas nossas vinhas, porque a qualidade, a maturação e o tratamento da uva é essencial. Mas também ao trabalho de uma equipa de jovens que têm vestido a camisola e ao Jaime Quendera, o nosso enólogo que tem dados sobejas provas da sua competência. Tudo em conjunto concorre para a diferenciação que pretendemos alcançar, e esse vector não é mais que a contínua procura da melhor qualidade. Sem esquecer as potencialidades que a nossas região oferece, que nós temos sabido aproveitar e potenciar no caso da nossa actividade. Mas há também certamente a boa gestão da empresa e as políticas de marketing… Faz parte, sobretudo em momentos de crise como estamos a viver. O meu lema para este ano foi exactamente a aposta na diferenciação como caminho para motivar os nossos colaboradores, até porque foi lançada uma onda de pessimismo, e nunca quis que esse factor abalasse a nossa funcionalidade. Tenho a convicção de que as crises geram oportunidades. E caso não estivéssemos a viver estas circunstâncias difíceis, estaríamos mais acomodados. Posso garantir-lhe que estamos a trabalhar muito mais e a procurar novos mercados de uma forma consistente. Esse factor é relevante. Há muito que a ‘Casa Ermelinda Freitas” pretende entrar nos mercados emergentes? A aposta no Brasil, para onde vai seguir este mês uma grande encomenda, mas também a China, Angola, Moçambique e Estados Unidos, sempre foram objectivos e metas a atingir. Forçamos esse caminho e estamos agora a ver resultados. Todos os dias temos que ir ao encontro do consumidor, embora a concorrência seja muita e de elevada qualidade. SM – Já tem ideia do que representa esse novo eixo em termos concretos? Andará à volta de 15% do valor total das exportações, que estão cifradas em 57% da nossa produção total. Neste domínio, tenho que destacar a grande riqueza que representa a nossa comunidade emigrante espalhada pelo mundo. Também estamos a crescer na Europa, Holanda, onde ganhámos um prémio de restauração, que nos ajudou muito, mas também na Alemanha e no Luxemburgo. SM – Esse crescimento numa zona recessiva não deixa de ser surpreendente? É verdade, notámos que os consumidores estão a mudar de vinhos mais caros para gamas mais baixas e nós temos

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Já me disse que o portfólio é diversificado, há alguma intenção de criar alguma nova marca? Não queremos produzir mais marcas, isso é ponto assente, sobretudo para não baralhar o consumidor e manter a consistência. O que pretendemos é reforçar estas marcas, que se tornem ainda mais fortes e que o mercado tenha acesso às mesmas. Apenas vamos lançar este Natal uma aguardente velha, especial, com cerca de 1000 garrafas, que será um produto não muito barato dentro da gama de valorização da “Casa Ermelinda Freitas”. Também este Natal vamos ter 2000 mil garrafas do nosso moscatel superior, que esgotou.

Estamos a aumentar as vendas no Brasil, China, Angola, Moçambique e Estados Unidos, onde sempre pretendemos entrar. E também na Europa e no mercado interno” marca de qualidade consolidada e oferecemos uma gama muito diversificada, incluindo os bag-in-box, que fideliza os consumidores. Costumo dizer que temos vinhos para todas as bolsas, todas as ocasiões e todas os momentos. SM – A marca “Casa Ermelinda Freitas” já criou uma onda de empatia, isso também ajuda…

E o espumante? Confirmou-se que os mercados estavam a pedir um produto deste género? Não tenho dúvidas disso. Vendemos cada vez mais espumante. No ano de lançamento produzimos 7 mil garrafas do espumante “Casa Ermelinda Freitas» que foram escoadas em cerca de quinze dias, sendo que, no segundo ano, as 20 mil garrafas disponibilizadas para o mercado venderam-se em seis meses. Estamos agora a preparar uma nova colheita, prevendo-se vender para o próximo ano 40.000 garrafas, o dobro. E agora, lançámos este reserva, de gama mais alta, que se vende um pouco menos, devido ao preço. Já no que diz respeito ao moscatel parece haver um deficit em termos de aposta? É verdade, não temos tirado grande partido desta bebida única e tão apreciada em todo o mundo. Todavia, o moscatel será sempre uma aposta para nós, porque tem potencialidades para arrastar outros vinhos. O problema é precisamos muito espaço para os necessários estágios e a nova adega (ver caixa) vai propiciar esse desenvolvimento. Fazemos por ano cerca de 70 mil garrafas o que é muito pouco. E no próximo chegaremos às 100 mil. Mas não podemos fazer tudo de uma vez, porque aqui só temos dinheiro do vinho para o vinho, não temos outros rendimentos. É tudo feito da própria actividade e o nosso equilíbrio advém de uma gestão muito sustentada. Não lhe parece que o actual Governo está mais disponível para o mundo rural? Eu diria que muito mais. Está a valorizar mais a ruralidade e colocar a terra no lugar que merece, uma vez que durante anos foi sempre o parente pobre, porque as apostas estavam viradas para os serviços e para a indústria.

Fazer 100 mil euros com o projecto social “ A Vida de um Vinho” Leonor Freitas continua muito animada com o desfecho do projecto de responsabilidade social “A Vida de um Vinho” que culmina este ano, a 12 de Dezembro. As 1500 garrafas de vinho Premium que se encontram a estagiar desde 2009 vão ser vendidas em conjunto com uma serigrafia com um dos quadros especialmente pintados pelo reputado Mário Rocha, um CD original do maestro Jorge Salgueiro e um livro com os acontecimentos marcantes deste ciclo do vinho, da autoria de Amílcar Malho, com recurso aos sugestões

deixadas pelas personalidades convidadas como embaixadores do projecto. «Encetámos um protocolo com a Caritas Diocesana de Setúbal , cujos técnicos de intervenção social melhor conhecem as necessidades, mas quero que uma parte da verba angariadaseja canalizada para a zona de Fernando Pó», afirma a empresária. Os tempos mudaram e as dificuldades sociais do país subiram de tom, o que, para Leonor Freitas, obriga a um «ajustamento da forma de angariar as verbas»,

inicialmente prevista em forma de leilão. No entanto, sem desarmar, a líder da “Casa Ermelinda Freitas” quer produzir um ‘pacote’ de qualidade de forma a amplificar os valores a alcançar. «Acho que menos de 100 mil euros é pouco. Estou optimista, até porque vamos apresentar um conjunto muito atractivo de que as pessoas vão gostar, para além do seu valor intrínseco. Mas agora precisamos do apoio das empresas da região e de outro tipo de instituições», considera, apesar de tudo optimista com um bom final para o projecto.


Sábado | 16.Jun.2012

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Mas tem havido uma fuga grande de gente que quer trabalhar o campo, não lhe parece? Concordo e sinto isso de forma muito clara. Acho que é um problema de mentalidades, que começa na escola. Estes últimos anos houve um desprestígio da actividade e mesmo os jovens formados em agronomia preferiram ir para escritórios e para gabinetes. Actualmente no trabalho da vinha não há muitos jovens e isso é um grave problema de sustentabilidade do sector. Sente isto no seu caso concreto? Muito. E é um trabalho essencial, porque é preciso controlar as condições atmosféricas, inovar a reestruturação das vinhas, tratar das uvas. E para isso é necessário uma injecção de gente mais nova. Qual é hoje a dimensão das vinhas em funcionamento? Temos 220 hectares próprios e estamos a explorar cerca de 360 hectares no total, com vinhas arrendadas a longo prazo, as quais tratamos como se fossem nossas e com o mesmo carinho. Este ano já reestrurámos 50 hectares e para o ano estão previstos mais 50 hectares, através da substituição de vinhas mais velhas e introdução de novas castas. Além disso, adquirimos uva a pequenos agricultores que totalizam mais 300 hectares, sendo que também algumas destas são vindimadas por nós. Há dois anos fomos mesmo a empresa que mais comprou uva em toda a região e o ano passado foi a mesma coisa, porque, mesmo correndo riscos, não podemos deixar que os agricultores abandonem as terras. Pelos resultados deste semestre é natural que anteveja um fecho de ano superior ao do ano passado? Fechamos 2011 com 9 milhões de euros de facturação líquida e uma produção total de 7 milhões de litros de vinhos. Neste momento já registamos um aumento de cerca de 12 por cento, mesmo com algumas adaptações de preços que fomos obrigados a fazer. Confiamos que a tendência até ao final do ano é para manter este crescimento.

A nova adega até ao final do ano A nova adega é agora a prioridade máxima para a empresa vitivinícola de Fernando Pó. O projecto orçado em 4 milhões de euros torna-se fundamental para «aumentar a competitividade e continuar o crescimento» da produção da empresa. «A minha meta é arrancar com as obras no próximo mês e estar a funcionar até ao final do ano», antevê, agora que foram ultrapassados os constrangimentos legais e burocráticos, que obrigou à revisão no âmbito do Plano Director Municipal de Palmela. «Posso garantir-lhe que não vamos fazer mais do que necessitamos e estamos a fazer este investimento com muitas cautelas, uma vez que, pela demora do processo, perdemos parte dos apoios do PRODER, que actualmente só financiam 25%».

Espaço museulógico e projecto de enoturismo é um sonho por cumprir A liderança da empresária marca quatro gerações de mulheres à frente da ‘Casa’, uma história indelével de uma família com largas tradições rurais e uma genética muito própria. Leonor Freitas, que este ano disputou a finalíssima da “Mulher de Negócios do Ano” a nível nacional, tem o sonho de levar para a frente a criação de um museu que espelhe essas vivências. E sabe que a filha, Joana Freitas, está empenhada em seguir este legado. «Temos esse sonho para desenvolver logo que seja possível e a minha filha está entusiasmada em juntar um projecto de enoturismo. Faz sentido estarmos tão perto de Lisboa e tornar as adegas em pontos turísticos», afirma. A ideia é recuperar toda a área antiga e criar uma zona museulógica, incluindo a zona dos lagares, a adega das ânforas, o alambique («que é extremamente bonito») e juntar-lhe uma adega de estágio do moscatel, uma «grande necessidade», no dizer de Leonor Freitas. «Juntar o passado com a modernidade é fazer história e homenagear os nossos antepassados que criaram esta ’Casa’ com labor, muita abnegação e carinho», reafirma. Por outro lado, acrescenta, é também um serviço que presta à região, tendo em conta que os empreendimentos de enoturismo estão a ser cada vez mais procurados pelos turistas estrangeiros, que são «conhecedores da valia dos vinhos portugueses». O investimento até nem é muito pesado, cerca de 250 mil euros, mas as prioridades de momento obrigam a mais «um compasso de espera». «Quero muito fazer isto e sei que se não for eu serão os meus filhos a concretizá-lo. Isso dá-me força porque sei que a “Casa Ermelinda Freitas” terá continuidade», finaliza.


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Política

A SECÇÃO política do PSD do Montijo denuncia que o comércio tradicional daquela cidade está a atravessar graves dificuldades. As críticas ao executivo de Maria Amélia Antunes (PS) e a anteriores governos socialistas não se fizeram esperar. Segundo aquela estrutura, a gestão do PS «nunca deu importância à actividade comercial, somente, servindo-se desse nome em momentos de eleições». A seu ver, estamos perante um PS «em total desnorte e sem qualquer ideia para revitalizar um concelho cheio de dificuldades». Para o PSD, qualquer autarquia deve prezar pela «preservação e sobrevivência das actividades que geram impostos importantíssimos para o município e que são geradores de riqueza e de emprego para a população com sentido de urbanidade e coesão social», reconhecendo que «não foi com o PS de Sócrates nem será com qualquer outro PS que o Montijo terá capacidade de mudar algo no concelho».

Para o deputado Paulo Ribeiro as autarquias da região «não têm honrado os seus compromissos»

tado o prazo de pagamento a fornecedores, colocando assim vários constrangimentos aos empresários, muitos deles em grave dificuldade financeira». Segundo o deputado Paulo Ribeiro, as autarquias não honrando os seus compromissos a tempo e horas, «estão a criar entraves económico-financeiros impedindo as pequenas e médias empresas de subsistir em tempo de crise». Paulo Ribeiro diz que são também pretendidas informações sobre o número de empresas/entidades com dívidas vencidas há mais de 90 dias à data de 31 de Março de 2012, bem como os 20 maiores credores da autarquia e quais os montantes que a autarquia deve a cada um deles.

Deputados do PS questionam Governo sobre paragem das obras nas escolas

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PSD Montijo critica presidente Amélia

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S deputados do PSD do distrito estão preocupados com as dívidas das autarquias da região, à data de 31 de Dezembro. Já solicitaram às autarquias da região qual o montante da dívida a fornecedores, quais os seus maiores credores, assim como qual a taxa do IMI e da derrama aplicada nos vários concelhos. Os social-democratas lembram que os municípios, no âmbito das suas funções e competências, são das entidades que mais serviços adjudicam a empresas dos diversos sectores, contribuindo assim para o desenvolvimento do tecido empresarial dos respectivos concelhos e da região. Contudo, e de acordo com dados oficiais, as autarquias «têm aumen-

A deputada Euridice Pereira (ao centro) é a principal impulsionadora destas dúvidas sobre a acção do Governo no parque escolar

OS DEPUTADOS socialistas eleitos por Setúbal questionaram novamente o Ministro da Educação sobre a paragem das obras de requalificação da Parque Escolar nas escolas secundárias João de Barros, em Corroios, e na do Pinhal Novo. No caso da Escola Secundária e 3.º ciclo do Pinhal Novo, os deputados verificaram numa recente deslocação à escola que, apesar da resposta do Governo no passado dia 5 de Março, a direcção não dispunha de qualquer informação sobra a data do reinício das obras, sendo essencial para a prepa-

ração do novo ano lectivo, em particular no caso do Laboratório de Biologia que já tinha sido desmontado quando da paragem das obras. Nesse sentido, os deputados pretendem saber quando serão reiniciadas as obras, bem como se a direção já foi informada da calendarização e como se pretende operacionalizar as aulas práticas quando os laboratórios estiverem a ser intervencionados. No caso das obras na escola João de Barros, os deputados sublinham que a resposta do Ministro à pergunta efetuada no

passado dia 5 de Abril não refere a situação concreta da escola, nomeadamente o problema das condições do consórcio em garantir o andamento da 1.ª fase da obra, conforme os deputados tiveram oportunidade de constatar numa recente vista de trabalho à escola. Face a este impasse, os alunos estão a ter parte das obras em monoblocos e as aulas de educação física realizam-se fora do recinto da escola, obrigando ao atravessamento da via pública e, particularmente, da linha de comboio. Outra situação prende-se com a definição

da rede escolar que tem habitualmente início em Março de cada ano, sendo que no início de Maio ainda não estava a ser trabalhada. Assim, os deputados do Partido Socialista querem saber quando se reiniciam os trabalhos da 1.ª fase das obras, como se encontra a resolução do problema do consórcio e qual a previsão da execução dos trabalhos da 2.ª fase. Os deputados perguntam ainda como se prevê o apetrechamento das novas instalações e se já se encontra definida a rede escolar para resposta ao próximo ano lectivo.

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Social democratas querem saber valores das dívidas das autarquias a fornecedores

Bloco quer referendos na extinção de freguesias O BLOCO de Esquerda (BE) entende que devem ser as populações a decidir os destinos das freguesias. Os bloquistas recusam qualquer decisão sobre a sua extinção ou fusão sem que a população seja primeiramente auscultada. O BE solicitou, a 30 de Maio, ao presidente da Assembleia Municipal de Palmela a realização de uma reunião daquele órgão para a aprovação de um referendo local sobre a extinção e fusão de freguesias, na sequência da publicação da lei que aprova o Regime da Reorganização Administrativa Territorial Autárquica. «Nenhum partido político representado nos diversos órgãos do município apresentou no seu programa eleitoral qualquer compromisso de alteração dos limites territoriais das freguesias, pelo que nenhum está em condições de apoiar a reforma administrativa imposta pelo PSD e CDS/ PP», frisa fonte da concelhia de Palmela. A defesa da realização de referendo local tem pautado as diversas intervenções do Bloco sobre esta matéria, não só no concelho de Palmela, como em todo o país, porque, segundo dizem: «É nas urnas que as populações devem manifestar a sua vontade e defender o que entendem ser melhor para a reorganização territorial do seu concelho». A moção do BE acabaria por ser rejeitada por todos os membros da bancada da CDU e do PSD, mas sublinham que a mesma iniciativa já foi aprovada noutros municípios do país, como Barreiro, Beja, Coimbra, Guarda, Lisboa, Portimão, Salvaterra de Magos, São Pedro do Sul, Viana do Castelo, Vila do Conde ou mesmo a Assembleia Metropolitana do Porto.


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Anti-stress

O melhor dos UHF em formato acústico

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banda almadense, UHF, tem um novo trabalho discográfico no mercado. O duplo álbum “Ao Norte” foi gravado ao vivo durante o concerto que o grupo de António Manuel Ribeiro deu em Fafe, em Novembro de 2011. O primeiro acústico da carreira dos UHF foi trabalhado pela mesma tripla do “Porquê?”, nomeadamente João Martins (gravação e misturas), Andy VanDette (masterização), e António Manuel Ribeiro (produção). Em Novembro de 2011, a banda actua em Fafe para registar um concerto acústico para edição discográfica, com a sala a estar esgotada com duas semanas de antecedência, tendo sido necessário realizar um outro

António Manuel Ribeiro

concerto no dia seguinte. Mas a pedra de toque, que acionou a combustão da obra, aconteceu em Paris, no dia em que a selecção portuguesa goleou a da Coreia do Norte, em Junho de 2010. Nessa tarde, os UHF encheram o auditório da Gulbenkian como nunca antes ali acontecera. Este disco ao vivo, o quarto da discografia da banda, é uma celebração ao

norte e a todos os fãs anónimos que entraram para a grande família que o tempo e as canções ofereceram ao grupo. Depois dos concertos gravados em Almada, Lisboa e Porto, os UHF celebram as emoções e o coro que as gentes do norte emprestam em cada concerto do grupo, sabendo que viriam outros de todos os cantos do reino. “Ao Norte” é o melhor desses dois concertos de Fafe e revela uma formação madura, capaz de se reinventar como acontece nas versões de “Cavalos de Corrida”, o primeiro single a chegar às rádios, “Matasme com o teu olhar”, “Quando (dentro de ti)” ou “Na tua cama”.

Ofertas Semmais: Ganhe convites para “O Fantasma da Revista” Temos convites para oferecer aos nossos leitores para o musical da Academia de Santo Amaro, “O Fantasma da Revista”, da autoria de Miguel Dias. O espectáculo, que tem lotado a sala daquela colectividade alfacinha, tem sido um verdadeiro sucesso de bilheteira e tem proporcionado bons momentos de disposição entre o público. Ligue 918 047 918 para solicitar os seus convites.

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+ Cartaz... Melodias cabo-verdianas

O cantor cabo-verdiano Jon Luz, depois de acompanhar e compor para Maria Alice, Tito Paris ou João Afonso, apresenta o seu álbum a solo intitulado “Farrópe d´Poesia”. Cineteatro João Mota, Sesimbra |21h30

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Drácula Um príncipe da Transilvânia, a reencarnação de um amor perdido e a revolta contra Deus. É este o tema do musical “Drácula” do projeto Moinhos de Vento – Núcleo de Artes Performativas da Moita. Fórum Cultural da Baixa da Banheira | 22 h

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Festival rock A 3.ª edição do Festival Urbano de Música e Outras Coisas convidou Mazgani, iraniano de nascença e português de coração, para cantar as suas melodias. Auditório Charlot, Setúbal | 22 h

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Danças de Aveiro A Companhia de Dança de Aveiro apresenta o bailado “Amadeus”, com músicas de Mozart e a envolvência de sete jovens bailarinos Forum Cultural do Seixal | 21h30

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Mostra de Santo André “Yátra”, dos Propositário Azul, sobe ao palco no âmbito da 13.ª Mostra Internacional de Teatro de Santo André. Vila Nova de Santo André| 22 h


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+ Região [ ALMADA ]

Novas areias nas praias da Costa de Caparica adiadas para 2013

SÓ no próximo ano de 2013 é que deverá ser lançado o concurso público, pela Administração do Porto de Lisboa (APL), para a colocação de um milhão de metros cúbicos de areia artificial nas praias da Caparica

e de S. João da Caparica. A revelação foi feita ao Semmais Jornal por fonte da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), que vai ter de celebrar protocolo com o Instituto Nacional da Água (INAG) e a Administração

Freguesia da Costa de Caparica, António Neves, mostrase satisfeito com a novidade, mas confessa que a obra «peca por tardia». «Não nos podemos esquecer que ainda vamos ter um Inverno pela frente. E isso vai agravar substancialmente as condições de segurança dos veraneantes», comenta, sublinhando que foi através da comunicação social que teve conhecimento que a colocação de areias avançaria ainda este ano, o que não veio a acontecer. Segundo o autarca do PSD, a falta de areia nas praias coloca diversos transtornos aos veraneantes. «As escadas não chegam à areia e existe falta de condições no acesso às praias da zona norte. Isso traz graves impactos ao nível do ordenamento da orla costeira. Estamos sempre preocupados com a segurança das pessoas», frisa António Neves.

O DIA Mundial do Dador de Sangue, celebrado a 14 de Junho, é comemorado no Seixal este domingo, na Antiga Companhia de Lanifícios de Arrentela-Seixal. A data pretende sensibilizar a sociedade para a necessidade de sangue e dos seus derivados, bem como festejar junto daqueles que diariamente doam o seu sangue para ajudar outros a sobreviver e viver melhor.

Obras vão dar um novo impulso à náutica de recreio

Câmara e moradores em discussão

Foto: DR

Dia do sangue

Eoto: DR

Náutica de recreio vai para obras Seixal, e na continuidade da qualificação, reabilitação e instalação de equipamentos e serviços para o desenvolvimento da náutica de recreio. As obras em curso, levam a que durante este período seja proibido fundear, acostar ou amarrar na zona, excepto nas operações relacionadas com a obra, o serviço de marinheiro e as embarcações tradicionais do município.

O edil Alfredo Monteiro

O FÓRUM Seixal promove até ao final deste mês mais três encontros entre eleitos das autarquias e a população do concelho. O próximo encontro está

marcado para esta noite, no Clube Recreativo da Cruz de Pau, sobre o tema Desenvolvimento Económico e Criação de Emprego. Durante o dia, os eleitos das autarquias visitam alguns espaços da freguesia de Amora. Mobilidade e Transportes, Valorização das Áreas de Reconversão Urbanística são outros dos temas em destaque este mês, nas freguesias de Corroios e Fernão Ferro. Encerra este ciclo do Fórum Seixal uma sessão da Assembleia Municipal Descentralizada no dia 25 de

Centenas de bandas jovens já foram reveladas em Almada

O 8.º CONCURSO de Música Moderna de Almada, organizado pelo município, com prémios pecuniários de mil, 600 e 400 euros para distribuir, abriu ontem inscrições, as quais vão encerrar apenas no dia 30. O evento destina-se a descobrir novos valores na área das bandas de garagem e destina-se a músicos ou grupos musicais amadores sem contrato com editoras. As bandas finalistas, sele-

cionadas pelo júri, vão actuar ao vivo nos dias 19 e 20 de Outubro, no Centro Cultural Juvenil de Santo Amaro, no Laranjeiro. As inscrições devem ser formalizadas através da apresentação da ficha de candidatura, acompanhada da entrega da respetiva documentação obrigatória e de uma maqueta em formato CD com três temas originais, cantados em qualquer idioma.

[ SESIMBRA ]

[ SEIXAL ]

ARRANCOU a segunda empreitada do Núcleo de Náutica de Recreio do Seixal. Os trabalhos visam a sustentabilidade do Cais de Pedra, a instalação de cais para actividade piscatória e implementação de fundeadouro. A intervenção tem fim previsto para Agosto e, segundo explica o executivo de Alfredo Monteiro, enquadra-se nos projectos de Valorização da Baía do

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do Porto de Lisboa para que esta acção seja realidade no terreno. As referidas areias serão dragadas na embocadura do Porto de Lisboa e as acções, segundo a mesma fonte, englobam conjuntamente a parte das dragagens e da alimentação artificial, cabendo a cada uma das instituições suportar os correspondentes encargos. A obra da responsabilidade da Agência Portuguesa do Ambiente irá ainda contemplar a reabilitação da defesa aderente na praia de S. João da Caparica e colocação de uma estrutura de confinamento de areias em geotubo submerso. Além desta alimentação artificial e em complemento serão ainda realizadas prestações de serviços de fiscalização, monitorização de sedimentos e levantamentos hidrográficos e topo-hidrográficos. O presidente da Junta de

Música moderna

Junho, na Sociedade Filarmónica Operária Amorense. O Fórum Seixal estimula a participação da população e das instituições na vida municipal, promove a permanente ligação dos eleitos à população e trabalhadores municipais, debate as estratégias de desenvolvimento do município no quadro da revisão do Plano Director Municipal (PDM) e outras matérias de relevo local e nacional, como o desenvolvimento económico, emprego, juventude e ambiente.

Sistemas de navegação mostram vida marítima OS INSTRUMENTOS marítimos de navegação utilizados pelos pescadores e navegadores portugueses ao longo dos séculos, bem como os meios de comunicação e de pesca foram o argumento para uma mostra inédita patente no átrio da Biblioteca Municipal de Sesimbra. Numa terra há milhares de anos ligada ao mar, a exposição é composta por peças pertencentes ao espólio do Museu do Municipal, que ajudam o visitante a compreender a história da navegação em Sesimbra.

Foto: DR

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Areias na praia em 2013

Pescadores originam mostra

A actividade marítima em Sesimbra é uma prática milenar documentada, que possibilitou o desenvolvimento, ao longo dos séculos, de técnicas de navegação e pesca adaptadas às condições geográficas e aos desafios do mar.

Super Gabriel

Festa na Escola

O MÚSICO britânico Peter Gabriel vai actuar no Super Bock Super Rock, no Meco, anunciou a organização. O músico, de 62 anos, fundador dos Genesis, estará no festival a 7 de Julho, terceiro e último dia do evento, no qual actuarão igualmente Aloe Blacc, The Shins e Skrillex.

O PARQUE da Vila, na Quinta do Conde, recebe as festas de encerramento do ano lectivo do Agrupamento de Escolas da Boa Água e da E.B. da Quinta do Conde. Alunos e professores apresentam a peça A Menina e o Mar, baseada na obra de Sophia de Mello Breyner.


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[ MONTIJO ]

[ BARREIRO ]

Ajuda aos mais carenciados

A JUNTA de Santo António da Charneca, no Barreiro, vai garantir a prestação de cuidados de saúde aos idosos carenciados. A iniciativa, com a colaboração dos Bombeiros Sul e Sueste, ocorre depois do posto médico ter sido destruído na sequência de um assalto. A junta irá «continuar a garantir provisoriamente a prestação de cuidados de saúde aos idosos carenciados, todas as quintasfeiras das 18h30 às 20h00, na viatura dos bombeiros, junto ao posto de enfermagem», referem os parceiros, em comunicado. Recorde-se que a destruição de uma caixa multibanco, com recurso a gás, provocou a destruição do edifício onde funcionava o posto de enfermagem e as casas de banho públicas.

Artesfera discute papel da cultura OS PROCESSOS a adoptar para uma melhor rentabilização dos recursos e das infra-estruturas culturais são questões a discutir, hoje, na Artesfera. O encontro, em que participam diversos especialistas do concelho do Barreiro e de várias zonas do distrito de Setúbal, pretende também debater o papel dos agentes e mediadores culturais em equacionar e potenciar novas soluções para a promoção da cultura junto das massas. Na discussão promovido pelo Núcleo de Artes Plásticas da Artesfera, dezenas de participantes vão, ainda, discutir assuntos como as estratégias de programação cultural e se a programação artística deve contribuir para uma aproximação entre criadores e receptores. Na discussão, aberta a todos, participam personalidades como Francisco Palma, artista plástico e presidente da direcção da Artesfera; e Moniz, director pedagógico da Escola Jazz do Barreiro.

A PARTIR desta semana, a Biblioteca Municipal Manuel Giraldes da Silva retoma o projecto “Dar de Volta Montijo”, de recolha de livros e manuais escolares já utilizados que serão entregues gratuitamente a quem deles necessitar. Até ao final do ano, os cidadãos poderão entregar os livros e manuais escolares no balcão de Atendimento da Biblioteca Municipal ou nos pólos localizados nas freguesias do concelho do Montijo: Montijo (Esteval), Afonsoeiro, Alto Estanqueiro, Atalaia, Pegões e Canha, dentro dos horários de funcionamento habituais. Os livros/manuais são organizados, inseridos numa base de dados e distribuídos gratuitamente a qualquer pessoa, independentemente da condição ou extracto social. Este é um projecto intermunicipal, promovido pela

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actividade com o blogue http://patrimoniobarreiro. blogspot.pt/ e com uma petição onde apela a vários organismos e às empresas proprietários do património um conjunto de medidas com vista à preservação, combate ao abandono e vandalização do património ferroviário edificado e técnico.

A EXPOSIÇÃO O Azulejo no Montijo ficará patente até ao dia 13 de Julho, no Museu Municipal, no seguimento da atribuição à Câmara do prémio “SOS Azulejo 2011”, promovido pelo Museu da Polícia Judiciária. A autarquia apresentou uma candidatura aos prémios, designada por “O azulejo no Montijo: salvaguarda e preservação”, tendo como base o trabalho que, ao longo dos anos, tem realizado na preservação e divulgação do património azulejar do concelho. Este prémio é, para a autarquia, «um reconhecimento do esforço da Câmara» na renovação e actualização da investigação sobre o património azulejar do concelho; na divulgação dos edifícios já inventariados para posterior preservação pelo seu interesse histórico e arquitectónico; e na sensibilização da população.

A campanha ajuda quem mais precisa e poupa recursos a todos

Associação de Municípios do Distrito de Setúbal (AMRS), ao qual a Câmara de Montijo aderiu no ano de 2011, que pretende promover a leitura, o conhecimento e a solidariedade; rentabilizar recursos através da partilha dos manuais escolares; utilizar e difundir os serviços proporcionados pelas Bibliotecas.

“Dar de Volta - Montijo” tem ainda por base questões de ordem ambiental. Os livros que não forem redistribuídos ou que não estiverem nas devidas condições, serão recolhidos para reciclagem ou entregues à campanha “Papel por Alimentos” do Banco Alimentar contra a Fome.

[ MOITA]

Campanha de vacinação Sénior prepara novo ano A UNIVERSIDADE Sénior A reabertura do novo ano para cuidar dos animais da Moita vai abrir inscrições lectivo está prevista para

Vacinar é um acto obrigatório

ARRANCOU no primeiro dia deste mês e prolongase até ao próximo dia 30 de Agosto, uma campanha de vacinação antirábida e de identificação electrónica.

A acção, a decorrer em todo o concelho e desencadeada pela Câmara Municipal, é organizada pelo Ministério da Agricultura, com vista à vacinação dos cães e à sua legalização, do ponto de vista identificativo, o que, de resto, é obrigatório como forma de garantir a saúde animal e prevenir doenças junto das populações. A campanha, que tem o suporte e apoio da autarquia moitense, decorre em diferentes locais do concelho.

para as matrículas do próximo ano lectivo já no dia 14. A decorrer até 6 de Julho, as inscrições e renovações para este projecto, que reúne actualmente 340 alunos, destinamn-se a todos os munícipes com mais de 55 anos e surge com o propósito de combater a solidão, o isolamento e a exclusão social, de forma a proporcionar melhor qualidade de vida e bem-estar na comunidade sénior do concelho da Moita.

Outubro, com sete novas disciplinas: Latim, Sociologia, Introdução ao Direito, Fotografia, Noções Básicas de Electricidade, Rendas e Bordados e Corte/Costura. A UNISEM passará assim a contar com 24 disciplinas no seu plano curricular. A UNISEM funciona em regime de voluntariado e conta com a colaboração de um conjunto de voluntários e de diversas instituições que trabalham no concelho.

Caminhada nocturna volta à beira do Tejo UMA caminhada à Beira Tejo Nocturna é a proposta da Câmara da Moita, para o serão deste sábado. Com concentração marcada para as 21h00, junto aos Paços do Concelho, na Praça da República, os participantes irão percorrer cerca de 7 quilómetros, entre a Moita,

o Gaio e o Rosário, com regresso à Moita, sempre com o Tejo como companhia. Este passeio pedestre é integrado no NaturalMoita, um programa dirigido a toda a população, para fomentar a prática desportiva em harmonia com a natureza e incentivar

as actividades físicas. As inscrições para participar nesta caminhada nocturna podem ser efectuadas na Divisão de Desporto da Câmara, através do telefone 210817007 ou do e-mail div. desporto@mail.cm-moita. pt. Para participar, deverá

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Charneca dá saúde

Cidadãos protegem comboios

Troca de manuais escolares regressa

Concelho em azulejos

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A NECESSIDADE de defender e promover o património do Barreiro resultou na criação de um Movimento Cívico de Salvaguarda do Património Ferroviário. Trata-se de um movimento independente e apartidário que pretende desenvolver a sua acção na promoção, defesa e classificação do património ferroviário, uma vez que este faz parte da memória colectiva. Na opinião deste grupo de cidadãos, o abandono a que parte das instalações ferroviárias já estão votadas, consequência da retirada de valências ao Barreiro em termos operativos e oficinais, que tem significado a perda de postos de trabalho, é uma situação que «urge denunciar». O movimento inicia a sua

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Salvaguar património

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Baía do Tejo ao anoitecer

utilizar roupa e calçado confortável e adaptado às condições climatéricas.


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[ SETÚBAL ]

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ampliação e redefinição de novos espaços museológicos e operações especializadas de limpeza de espólio. A requalificação do edifício incluiu também a execução de um sistema de drenagem de águas pluviais em todo o perímetro exterior do edifício, bem como trabalhos de conservação e restauro do revestimento azulejar. Numa empreitada complementar, orçada em mais de 60 mil euros, a autarquia procedeu à recuperação da cobertura da imóvel, composta por dois telhados, que se encontravam em avançado estado de degradação, eliminando o problema de infiltrações que afetava o imóvel e colocava em risco a conservação do património existente.

Uma nova Casa do Corpo Santo nasceu com a requalificação

UMA cerimónia, no sábado, às 16 horas, assinala a reabertura da Casa do Corpo Santo, após obras de beneficiação que melhoraram as condições de exposição e preservação do património museológico. O investimento é superior a 120 mil euros. A inauguração do espaço

surge numa altura em que o edifício setecentista integra uma lista de imóveis em vias de classificação patrimonial. A obra de beneficiação, no âmbito de um conjunto de projectos de regeneração urbana do centro histórico, envolveu trabalhos de consolidação geral, a

Marchas na Luísa Todi AS DEZ marchas desfilam este sábado, às 22 horas, na Avenida Luísa Todi. Extraconcurso teremos a Associação de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental e a marcha de Caneças. A Perpétua Azeitonense apresenta um retrato da coletividade em 1882, enquanto “Os Festejos dos Santos Populares” são o tema dos Ídolos da Praça, A Associação de Moradores da Anunciada leva “Setúbal despiu a saia, quando o sol se transformou”, enquanto o “Independente” entoa “Setúbal Maria, Maria do Mar” e Brejos de Azeitão aposta em “De Setúbal em busca de um Mundo Novo”. A União das Pontes canta “Setúbal bem animada, também quis vir à Tourada” e o Núcleo de Bicross recria “Bairros de Setúbal: Uma

[ PALMELA ]

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Museu da Música Mecânica avança

400 peças únicas em Portugal

VINTE modelos femininos e masculinos desfilam na passerelle do Moda Sado, que decorre este domingo, às 22 horas, no auditório José Afonso. Aos vencedores está garantido trabalho na L´Agence. Os jovens, dez de cada sexo, desfilam com vestuário de lojas e propostas de dois jovens criadores, podendo almejar oportunidades de carreira no mundo da moda. Os modelos que agora integram o desfile foram avaliados por um júri presidido pela ex-miss Portugal e produtora de moda setubalense Ana Sobrinho.

“Os 13” venceram em 2011

História Bordada de Tradição”. “A Alma Portuguesa” é o tema de Santos Nicolau, o Comércio Indústria marcha “Na noite de S. João… de Alvinegro palpita o meu coração!” e “Os 13” apresentam “Setúbal florida, por entre cautelas premiadas”.

[ ALCOCHETE ]

Campanha limpa ambiente

Bairro legalizado A ÁREA Urbana de Génese Ilegal (AUGI) do Bairro do Maçãs já tem Plano de Pormenor, que a autarquia tem vindo a dar a conhecer em encontros com a população. Esta iniciativa surge no âmbito do período de discussão pública da proposta do município que tem como objectivo a legalização e o reordenamento do Bairro do Maçãs, um processo que teve oficialmente início em 2000, assumindo-se a Câmara como entidade promotora. Assim, na proposta agora

Música Mecânica, a instalar em Arraiados, freguesia de Pinhal Novo. As portas deste projecto promovido por Luís Cangueiro, deverão abrir daqui a dois anos. Este passo segue-se à aprovação do Plano de Pormenor e do projeto pelo município. O museu pretende mostrar à comunidade, uma colecção de mais de 400 peças únicas em Portugal. DR

VÃO arrancar em breve, as obras do Museu da

Novos talentos na passerelle

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120 mil euros para renovar a histórica Casa do Corpo Santo

em discussão pública, o documento elaborado pelo município de Alcochete propõe, para uma área de 73.206 metros quadrados, um total de 103 fogos com cedência de 7.565 metros quadrados para zonas verdes e equipamentos colectivos. Por outro lado, o documento prevê, também, a execução de raiz dos arruamentos e das redes de esgotos pluviais e gás natural, assim como a reconversão das redes de água, saneamento, electricidade e telecomunicações.

A campanha do município apela a uma cidadania activa

NO TERCEIRO sábado de cada mês, até Outubro, decorrem, no terraço do mercado municipal de Palmela, feiras de artesanato e artes decorativas. Patchwork, bijuteria, pintura em tecido e telas, loiças de barro e crochet são exemplos de alguns dos produtos que farão parte destas feiras. Até ao final do ano, todos os sábados, o mercado apresenta, também, um espaço dedicado ao artesanato, com a presença de dois artesãos. Está, ainda, prevista, a

dinamização de outras atividades de animação no mercado, ao longo do ano – entre as quais, um magusto a 10 de Novembro, a propósito das comemorações do S. Martinho, e um programa próprio de animações de Natal - com o objetivo de atrair um público mais jovem, que comece a ter os mercados municipais como principal referência de compras de produtos frescos, pela excelente qualidade dos produtos, pela proximidade e pelo atendimento mais personalizado.

O MUNICÍPIO e a empresa que faz a recolha dos resíduos urbanos, lavagem de contentores e varredura mecânica, desenvolveram, em parceria, a campanha de sensibilização ambiental “A Nossa Terra é o Espelho de Quem Cá Mora”, que está na rua entre Junho e Novembro. A campanha visa motivar a população para a participação activa na manutenção da limpeza e salubridade dos espaços públicos, recordando, numa perspetiva pedagógica, os procedimentos corretos de acondiciona-

mento, deposição, separação e encaminhamento das várias tipologias de resíduos. O conceito que serve de base à campanha pretende apelar ao exercício de uma cidadania activa, no sentimento de pertença e identificação com o território, responsabilizando cada cidadão pelos resíduos que produz e, de forma mais ampla, pela qualidade de vida e imagem do concelho. Os alunos do 1.º ciclo são os públicos privilegiados, através de contatos próativos com objetivos lúdicos e pedagógicos.

Colectiva mostra artes AS INSCRIÇÕES para a exposição colectiva Alcarte, que comemora 30 anos, decorrem até 7 de Julho. Este ano a exposição está também aberta à participação dos mais novos através da Alcarte Júnior 2012. Com tema livre, integra as categorias de pintura, desenho, serigrafia, fotografia e escultura com o objectivo de mostrar Alcochete através de diferentes manifestações artísticas, por ocasião das Festas do Barrete Verde e das Salinas.

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Terraço com animação

Câmara aposta nos jovens

A Alcarte será inaugurada a 4 de Agosto, na Galeria Municipal e estará patente ao público até Setembro.


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[ LITORAL ]

Maria Reina Martin e Vítor Proença assinam protocolo

CONHECER Alcácer do Sal através da lente de uma máquina fotográfica é a proposta nesta actividade que vai decorrer ao longo do dia de hoje. A grande variedade de paisagens, naturais ou humanizadas poderão ser captadas pelos concorrentes, que sxerão guiados, a partir das nove da manhã, num percurso em terras alcacerenses. O ponto de encontro é na Praça Pedro Nunes, tendo o executivo alcacerense decidido disponibilizar transporte gratuito. Assim, e em colaboração com a Secção de Fotografia, o município coloca à disposição dos interessados um autocarro com 55 lugares que terá como ponto de partida Alpiarça, junto à sede da Sociedade Filarmónica. A inscrição poderá ser feita em www.sfafotografia.blogspot.com.

PIMEL mostra Alcácer do Sal MÚSICA, gastronomia, concursos de doçaria, mel e petiscos, corrida de touros, exposições, uma maratona fotográfica, animação de rua e divertimentos são algumas das propostas para a edição da PIMEL 2012 Este ano, entre as novidades, destaque para a animação de rua a cargo de jovens da Escola Secundária, a Maratona Fotográfica “Olhares sobre Alcácer”, demonstrações desportivas, um espaço de saúde e outro de “Livros na feira”, ateliers e

A feira do mel e do pinhão é considerada das melhores do litoral

actividades com escritores. Uma mostra do melhor de Alcácer do Sal, entre 22 e 25 de Junho, é o objectivo da feira que, este ano, não vai ter o Governo na cerimónia de inau-

guração. É o protesto do executivo socialista de Pedro Paredes, «como protesto pela proposta de encerramento do tribunal, bem como o fim do serviço ferroviário de passageiros».

Grândola e Melides prontos Rastreio ao cancro para a Festa da Fonte

Bailes animam Melides

ESTÁ de regresso uma das maiores festas populares do litoral alentejano. A Festa da Fonte dos Olhos realizase na aldeia de Melides, em Grândola, este sábado, a

partir das seis da tarde. Num local de beleza única, esta é uma festa popular de Verão, que atrai a esta aldeia junto da praia de Melides muitos residentes e turistas, para um fim de tarde com começa com a arruada dos Skalaba Tuka e termina noite dentro com um baile popular ao som de Rosa Maria e António Gonçalves. Pelo meio há sardinha assada, bifanas e vinho, jogos tradicionais, música e dança.

ATÉ dia 26, a carrinha com os especialistas da Liga Contra o Cancro vai fazer mais um rastreio do cancro da mama, no concelho de Grândola. Com o apoio da autarquia, os clínicos realizam, até ao final do mês, a terceira volta desta campanha, cujos exames são gratuitos. A campanha de rastreio vai prosseguir, junto da população feminina, até dia 26 de Julho.

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desactivada para recolher a extensão de saúde». Maria Reina Martin, directora regional de Educação do Alentejo sublinhou a importância do trabalho em parceria referindo que «com menos dinheiro conseguimos rentabilizar os espaços». A presidente do Agrupamento, Fernanda Bica, disse que a assinatura do acordo representa «um grande passo para Alvalade e para os alunos que após a intervenção passam a ter condições excelentes porque vão poder circular em todas as valências em espaço coberto». O presidente da Junta de Freguesia de Alvalade, Rui Madeira congratulou-se com a assinatura do acordo, referindo que «esta boa articulação entre a autarquia, o Ministério, o agrupamento e a Junta tornou possível esta obra que vai beneficiar bastante a freguesia».

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Concelho em fotos

1º ciclo do Ensino Básico, na Escola Básica de Alvalade. A posição de dono da obra será assumida pelo Agrupamento de Escolas de Alvalade que, para isso, viu o orçamento reforçado. As obras consistem na ligação dos quatro blocos ao alpendre central; criação de um alpendre no edifício dos balneários, reparação das coberturas, demolição de paredes no interior dos balne-

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O PRESIDENTE da Câmara de Santiago do Cacém e a directora regional de Educação do Alentejo firmaram o acordo de colaboração para as obras de conservação na Escola Básica de Alvalade. As obras na escola, orçadas em setenta mil euros, contemplam a conservação nos espaços de utilização comuns às crianças do pré-escolar e alunos do

ários, adaptação das instalações sanitárias para o Préescolar; portas de correr e os demais trabalhos inerentes à consolidação da intervenção; rebocos; pintura; remates; rede de águas e esgotos e tudo o que respeita às partes comuns. O município assume o pagamento do valor correspondente à sua comparticipação financeira, ou seja 50 por cento até ao montante máximo de 35 mil euros. As obras estarão concluídas até 31 de Agosto. Para o presidente da Câmara de Santiago do Cacém estas obras representam muito para Alvalade e concretamente para as crianças que utilizam o mesmo espaço. O autarca referiu-se ainda à revitalização do espaço da antiga escola. «Estamos em contacto com a GNR e já disponibilizamos a outra parte da escola

O Dia Saudável quer pôr todos os populares a mexer

ESTE sábado é dia de promoção da saúde, com a autarquia a desenvolver o Dia Saudável para ajudar a população a combater o sedentarismo. Este Dia Saudável é organizado em parceria com a Comissão Social de Freguesias; Junta de Freguesia de Santiago do Cacém e com a Cercisiago. A iniciativa envolve várias actividades para todas as faixas etárias, aberta a toda a população e com

Obras de Sines em discussão A PROPOSTA de Área de Reabilitação Urbana dos Bairros 1.º de Maio e Soeiro Pereira Gomes está em discussão pública até 11 de Julho. O objectivo é contribuir para fomentar a reabilitação dos edifícios e das habitações, requalificar os espaços privados de utilização pública, responsabilizar os proprietários pela manutenção dos espaços comuns, melhorar a qualidade dos estabelecimentos comerciais e criar condições para mais actividades económicas. Estes bairros foram construídos nas décadas de 1970 e 1980 com o objectivo de realojar famílias que tinham ficado sem habitação devido às expropriações e também para alojar trabalhar do complexo industrial e portuário.

inscrições gratuitas. O dia saudável começa às 08h30 com concentração nas piscinas para a primeira actividade; uma caminhada com percurso no rio de figueira. Às 9h45, é promovida uma aula de ginástica localizada na zona verde das piscinas municipais. Para as 10h30 estão marcados os rastreios de saúde e aconselhamento sobre hábitos de vida saudáveis.

70 mil euros para serviços sociais

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Santiago do Cacém preserva escola básica de Alvalade

Actividades ao ar livre promovem saúde

Autarquia ajuda trabalhadores

O EXECUTIVO aprovou um protocolo que prevê apoiar a Associação dos Serviços Sociais dos Trabalhadores das Autarquias de Sines com um apoio de 69 mil e 800 euros. 64 mil e 800 euros destinam-se a benefícios sociais, tais como educação, despesas com creches, infantários, tempos livres, lares e apoio domiciliário. Às actividades culturais, recreativas e desportivas corresponde a verba restante de 5 mil euros.


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+ Negócios

Golfe da Herdade do Pinheirinho pronto para arrancar em Agosto

Hyatt. O investimento global ronda os 250 milhões de euros e deverá estar totalmente concluído em 2015. Vai proporcionar cerca de 660 empregos directos e 1 980 empregos induzidos. Dotado de 27 buracos e dividido em três voltas de 9 buracos, o novo campo de

APSS aposta na sustentabilidade ambiental de retentores de escorrências, que estará protegido por um cobertura que vai minimizar os efeitos das condições atmosféricas adversas. A APSS tem um Sistema de Gestão Ambiental certificado pela Lloyd´s Register Quality Assurance LRQA, de acordo com a NP EN ISO 14001:2006, sendo a mais abrangente certificação na matéria no panorama marítimo-portuário nacional. Entretanto, foram descarregados nos terminais multiusos do Porto de Setúbal, nos dias 4 e 5 deste mês, dois navios com equipamento destinado à futura unidade de fabricação de estruturas e componentes em materiais compósitos da EMBRAER Aviation Europe (EAE), que está a ser construída em Évora.

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A ADMINISTRAÇÃO dos Portos de Setúbal e Sesimbra (APSS) promoveu junto dos seus colaboradores, no início de Junho, uma acção de formação teórica e prática sobre boas práticas ambientais. Realizada simbolicamente no Dia Mundial do Ambiente, esta iniciativa é destacada pela empresa como «uma medida concreta rumo ao exercício das melhores práticas ambientais no desenvolvimento das actividades relacionadas com os portos de Setúbal e de Sesimbra». Neste âmbito, a APSS instalou na Doca das Fontainhas do Porto de Setúbal um oleão, dotado com as mais recentes tecnologias de segurança contra derrames, como a construção em duplo casco do reservatório e a montagem

Responsáveis da APSS durante a cerimónia do Dia do Ambiente

golfe da Península de Tróia, com lago central rodeado de ondulações verdes cobertas com relva Bermuda, está preparado para receber torneios internacionais. O director do projecto da Herdade do Pinheirinho, Vasco Cunha Mendes, deposita grandes expectativas

Rota de Vinhos dá cruzeiros A ROTA de Vinhos da Península de Setúbal volta a apostar em cruzeiros enoturísticos, mas desta vez no Rio Tejo. A acção decorre entre 22 deste mês e 14 de Setembro, sempre às sextasfeiras, a partir das 18 horas, a bordo do barco Évora, no Terreiro do Paço. Os passeios de barco, ao preço de 35 euros para adultos e 17,50 euros para crianças até aos 12 anos, incluem provas de vinhos a bordo comentadas pelos produtores, acompanhadas com degustação de produtos regionais. Venâncio da Costa Lima (22), José Maria da Fonseca (29), Malo Tojo (13 Julho), Sivipa (20), Casa Agrícola Horácio Simões (27), Herdade da Comporta (3 Agosto), Cooperativa Agrícola Santo Isidro de Pegões (10), Casa Agrícola Assis Lobo (17), Adega Cooperativa de Palmela (24), Bacalhôa (31), Casa Ermelinda Freitas (7 Setembro) e Xavier Santana (14) são os passeios programados.

neste projecto que vai atrair muitos turistas e relançar o turismo no Litoral Alentejano. «Vamos ter um único hotel e não dois, como estava previsto. O hotel deverá começar a ser construído em 2013, em simultâneo com os 1 100 apartamentos», afirma Vasco Cunha Mendes, que

aponta a Inglaterra, os países escandinavos e a Rússia como os principais alvos para a comercialização dos apartamentos. Além do campo de golfe, do hotel e dos apartamentos, o Pinheirinho Hyatt Golf & Beach Resort oferece ainda aos turistas o Spa, um

centro desportivo e um espaço de convenções. Na opinião de Vasco Cunha Mendes, trata-se de um projecto «muito interessante e único no Sul da Europa», uma vez que fica implantado num local onde as multinacionais pretendem expandir a rede hoteleira.

Pestana Tróia eco-resort com mais de 11 mil visitas online

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O CAMPO de golfe da Herdade do Pinheirinho, em Grândola, deverá ser inaugurado no próximo mês de Agosto. O espaço está integrado no empreendimento Pinheirinho Hyatt Golf & Beach Resort e é detido pelo grupo português Pelicano e vai ser gerido pela cadeia

O SITE www.pestanatroia. com, recentemente lançado para promover o empreendimento imobiliário do grupo Pestana em Tróia já conquistou mais de 11 mil visitas, só no último mês. A viagem virtual dá a conhecer o novo projeto imobiliário do Grupo Pestana, cujas primeiras casas de férias serão entregues já este Verão. Os preços de venda começam nos 350 mil euros para T2 + 1 e as visitas podem ser agendadas no site, que tem também funcionamento em iPad e cross.browser para proporcionar que o utilizador possa consultar em qualquer lugar. A comercialização está a cargo da Cobertura e da Porta

da Frente, recentemente escolhidas pelo grupo Pestana. O empreendimento imobiliário fica no melhor local da Península de Tróia, mesmo em frente à praia e ao lado do campo de golf de Tróia. A dois passos da marina ou do casino. Ao todo, são cem hectares de terreno de excecionais recursos naturais com 35 Townhouses em lotes privativos de 600 a 880 metros quadrados e 82 lotes para construção de moradias exclusivas, com selo dos arquitetos Rui Pinto Gonçalves, Gonçalo Salazar de Sousa, João de Almeida e Pedro Ferreira Pinto, entre outros. As primeiras casas estão prontas e no local há duas

casas modelo mobiladas pela decoradora de interiores Cristina Matos, responsável por outros projetos do grupo, e pelo atelier de arquitetura Modular System. Este eco-resort, com forte preocupação ecológica e concebido de forma a minimizar o impacto ambiental com um sistema de construção sustentável de elevada qualidade e durabilidade, aposta em materiais amigos do ambiente e em harmonia com a natureza, o que lhe confere o selo Pestana Planet Guest e a candidatura à certificação Breeam, um dos mais exigentes métodos internacionais de certificação ambiental.


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+ Desporto Setúbal nos Olímpicos de Londres

Alfarim mostra ginastas

Um atleta de Portugal garantiu a presença nos Jogos Olímpicos de Londres ao alcançar o 9º lugar na prova internacional de natação em águas abertas realizada no rio Sado. Arseniy Lavrentyev, ucraniano naturalizado português, terminou a prova em 1h46m22s.

O Grupo Desportivo de Alfarim realiza, esta noite, a II Gala Gímnica. O evento, que envolve cerca de 50 atletas com idades entre os 4 e os 18 anos, conta com a participação de jovens de diversas escolas do concelho.

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primeira corrida em Portugal dentro de uma fábrica de automóveis vai ter lugar no próximo dia 24, pelas 9h30, nas instalações da Volkswagen Autoeuropa, em Palmela, e na zona circundante do complexo. A prova, com inscrições já encerradas, vai contar com a envolvência de 2 mil participantes e decorre no âmbito do conceito “Think Blue. Factory”, que está associado à Volkswagen. A extensão é de dez quilómetros de corrida e 4,5 em marcha. A novidade da prova está no facto de parte do percurso realizar-se dentro das linhas de produção automóvel da maior fábrica de produção automóvel do País. A prova

terá uma duração máxima de duas horas, devendo terminar por volta das 11h30. Carmo Jardim, Relações Públicas da empresa,

realçou que a iniciativa já existe na fábrica da Volkswagen do Brasil há cerca de seis anos. «O director da fábrica de Palmela, António Pires de

Melo, que também trabalhou largos anos na unidade do Brasil, achou por bem implementar este evento em Palmela, que tem alcançado grande sucesso em tersas brasileiras. Estou crente que em Portugal também vai fazer muito êxito», revela. Quanto a prémios, serão atribuídos troféus aos três primeiros classificados femininos e masculinos, bem como um diploma electrónico a todos os atletas participantes. Além da prática desportiva, ao longo do dia e até às 15 horas, está garantida aos participantes a possibilidade de participarem em actividades diversas relacionadas com o tema da sustentabilidade ambiental.

Herdade da Comporta recebe prova equestre internacional O DESPORTO equestre está de volta à Herdade da Comporta, de 14 a 17 do corrente mês. A prova, intitulada “Comporta CSI 3*”, é qualificativa para os Jogos Olímpicos e pontua para o ranking mundial da modalidade. Neste concurso de Saltos Internacional de 3 estrelas estarão em prova cerca de 115 cavaleiros de 20 países, acompanhados por cerca de 250 cavalos, que disputarão um prize-money total de 116 mil euros. Esta prova representa um reforço da aposta da Herdade da Comporta em provas equestres. Ao longo dos últimos seis anos, as provas equestres da Herdade da Comporta já trouxeram até à região mais de mil cavaleiros e 2 250 cavalos. Para isso contribui não só as boas condições técnicas da “cidade

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Primeira corrida no interior de uma fábrica de automóveis

Aprendizagem na Comporta

equestre” da Comporta como o clima ameno e a boa localização, a pouco mais de uma hora de Lisboa, que faz com que cada vez mais cavaleiros internacionais se desloquem ali para preparar a sua época e para competir. Pub.

O VITORIANO PRESIDENTE DE CABO VERDE Adepto confesso do Vitória Futebol Clube, o Presidente de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, visitou esta semana o estádio do Bonfim, em Setúbal, ao lado do presidente do clube, Fernando Oliveira, e da presidente da câmara municipal, Maria das Dores Meira. Do primeiro recebeu uma camisola do clube e um cartão de sócio e das mãos da edil uma medalha comemorativa dos 150 anos de elevação de Setúbal a cidade, bem como um livro com imagens de Américo Ribeiro. Na ocasião, Jorge Carlos Fonseca mostrou-se surpreso com a história do Vitória de Setúbal e com o seu espólio de troféus. «Um clube não se mede só pela sua classificação, mas também pela sua história», sublinhou.


Com o apoio

Junta de Freguesia da Costa de Caparica



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