Semmais_2_Fevereiro by Semmais Digital

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Sábado | 2.Fevereiro.2013

semanário - edição n.º 748 • 6.ª série - 0,50 € • região de setúbal

Director: Raul Tavares

www.semmaisjornal.com

Distribuído com o

VENDA INTERDITA

Última Especialistas querem mais ostras no Tejo e Sado

Cultura Dança sensual promete animar Casino de Tróia

Ambiente Javali continua a proliferar nos campos da região

Casos de suicídios aumentam 100 por cento na nossa região ABERTURA Nos últimos dez anos os registos oficiais de suicídios duplicaram, atingindo a centena de mortes por conta própria, segundo dados a que o Semmais teve acesso. Em 2000 haviam sido contabilizados cinquenta pessoas que tinham posto termo à vida. E no final de

2011 esse número subia para a centena, sendo que os especialistas atribuem estas decisões sem retormo ao avolumar da crise e à inconstância da situação social e política do país. Entre os dados conhecidos, refere-se que os homens matam-se mais, na ordem de três suicídios

do sexo masculino para um suicídio do sexo feminino. A região acompanha assim a tendência do Sul do país onde, segundo os estudos, as populações reagem pior aos momentos de crise. PÁG. 2

Mergulho do distrito receia ir ao fundo com nova lei DESTAQUE Os operadores do mergulho estão em pânico com a nova legislação que pode acabar com a actividade. A obrigação do uso de duas embarcações

Pub.

Vítor Ramalho confia na sabedoria dos eleitores e na queda do PSD.

por mergulho é uma das medidas mais gravosas, numa actividade económica que tem vindo a crescer PÁG. 8 de forma sustentada.

Setúbal e Torres Couto avança Seixal perdem em Alcácer e Ricardo cinema Campaniço em Grândola

Recessão não trava docas da Lisnave

ACTUAL Os concelhos

NEGÓCIOS Em mais

do Seixal e de Setúbal vão ficar praticamente sem cinema, após o anúncio da Castello Lopes de encerrar uma catadupa de salas. Com o fecho dos cinemas há também mais de 50 novos desempregados. PÁG. 6

Opinião

POLÍTICA O ex-líder da UGT deverá ser o candidato do PS à Câmara de Alcácer, e Campaniço, apoiado por Beatro, é já o candidato oficial do PS na ‘Vila Morena’. É o ataque dos socialistas para manter as suas câmaras a Sul. PÁG. 7

um ano de retração económica, a nível interno e externo, os estaleiros da Lisnave mantiveram a mesma performance do ano anterior, com a reparação de 101 navios, 66 dos quais petroleiros. PÁG. 15

Nuno Magalhães diz que a gestão da CDU na região é um mito. Luís Marques afirma que ainda existe mercado imobiliário. Paulo Janela explica como são as novas regras de facturação. PÁG. 3

ABERTURA Sábado // 2 . Fev . 2013 // www.semmaisjornal.com 2

Homens lideram os registos, à média de três para uma, e 2011 foi ano horribilis

Crise duplica suicídios no distrito na última década

Na última década, o número de suicídios subiu 100 por cento, de cinquenta para cem casos. E de 2010 para 2011 foram registados mais dez suicídios. A crise é um dos pontos de alerta e os homens lideram o fenómeno.

Roberto Dores

s suicídios estão a aumentar significativamente no distrito de Setúbal, registando-se uma duplicação dos casos na última década. O agudizar da crise é apontado pelas especialistas como a principal explicação para o fenómeno. Dados relativos a 2011, disponibilizados pelo Instituto Nacional de Estatística, mostram que a região chegou aos cem casos, mais uma dezena face a 2010, enquanto em 2000 o número de pessoas que tinha posto termo à vida andava pela meia centena. Os homens matam-se mais do que as mulheres, à ordem de três suicídios do sexo masculino por um do feminino. Segundo o psiquiatra Vítor Santos, o distrito de Setúbal acompanha a tendência do sul do país, onde ocorrem mais mortes autoinfligidas do que no norte, admitindo este especialista que sobretudo os homens da região reagem pior às crises, entrando mais facilmente em depressão. Crise financeira acentua alertas

«Há estratégias para combater o pessimismo» O Semmais foi ouvir uma associação que se dedica a prevenir a desmotivação, frustração e o pessismismo, razões de alarme que podem levar a decisões sem retorno. Semmais: Que conselho é possível dar à população em tempos de crise para aumentar o optimismo?

Temos de viver o momento presente, hoje mais do que nunca. Muitas pessoas andam ansiosas porque sofrem por antecipação. Se eu quero atingir determinados objectivos no futuro, tenho que ver o que posso fazer para isso neste momento, para evitar que o pior aconteça, aumentando a probabilidade do melhor vir a acontecer. E como é que pessoas mais vulneráveis deverão procurar ânimo para esse trabalho de persistência? Têm que encontrar soluções e perceber que as crises também são

oportunidades de mudança. Todas as mudanças são dolorosas e nós focámos isso mesmo no livro que lançámos «Viver em tempos de mudança». Têm surgido muitas pessoas a pedir-vos ajuda? Centenas de pessoas. Neste momento temos e-mails que enviamos semanalmente, a título gratuito, para quem quiser ajuda. Fornecemos estratégias para que as pessoas se sintam bem apesar das adversidades. É relevante apelar hoje à auto-confiança para elevar a motivação.

Que tipo de pessoas tem recorrido ao apoio do Clube do Optimismo nos últimos tempos? Curiosamente, não são pessoas desempregadas, mas antes pessoas com trabalho que nos chegam muito angustiadas pela incerteza e pelo receio do que está para vir. Dizemos que é preciso insistir e persistir e damos o exemplo de um engenheiro que esteve connosco porque a empresa dele ia fechar, mas como foi insistente na procura conseguiu novo emprego três dias depois.

«A crise financeira é um problema mais grave do que

pode parecer, sempre que ela existe», alerta ao Semmais, recordando que as pessoas dizem muito frequentemente que o dinheiro não é tudo na vida. Porém, resume, «quando ele começa a faltar para honrar compromissos, originando perda de reputação e de estatuto, é um problema que pode levar a uma depressão em estado extremo», refere. Já o psiquiatra Bessa Peixoto, que há vários anos se dedica a estudar este fenómeno, defende que é nestes tempos mais conturbados que se deveria apostar num programa de saúde mental para prevenção do suicídio, como aponta, de resto, a Organização Mundial de Saúde. Este especialista recorda que, sobretudo, os habitantes das zonas mais interiores da região estão particularmente vulneráveis, «sem qualquer tipo de apoio», sublinha, garantindo é nestas zonas que se regista a taxa de suicídio mais elevada. Aliás, José Carlos Santos, presidente da Sociedade Portuguesa de Suicidologia, admite mesmo que os números oficiais estejam abaixo da realidade, alegando que «algumas famílias tentam esconder as causas das mortes para receberem as verbas das seguradoras», diz o dirigente.

Maria do Carmo Oliveira, Presidente do Clube do Optimismo

ficha técnica Director: Raul Tavares; Editor-Chefe: Bruno Cardoso; Redacção: Anabela Ventura, Cristina Martins, Marta David, Rita Perdigão, Roberto Dores; Dep. Comercial: Cristina Almeida (coordenação). Projecto Gráfico: Edgar Melitão/”The Kitchen Media” – Nova Zelândia. Departamento Gráfico: Dinis Carrilho. Serviços Administrativos e Financeiros: Mila Oliveira. Distribuição: José Ricardo e Carlos Lóio. Propriedade e Editor: Mediasado, Lda; NIPC 506806537 Concessão Produto: Mediasado, Lda NIPC 506806537. Redacção: Largo José Joaquim Cabecinha nº8-D, (traseiras da Av. Bento Jesus Caraça) 2910-564 Setúbal. Tel.: 935 388 102 (geral); Email: redaccao.semmais@mediasado.pt; publicidade.semmais@mediasado.pt. Impressão: Empresa Gráfica Funchalense, SA – Rua Capela Nossa Senhora Conceição, 50 – Moralena 2715-029 – Pêro Pinheiro. Tiragem: 45.000 (média semanal). Distribuição: VASP e Mediasado, Lda. Reg. ICS: 123090. Depósito Legal; 123227/98

Sábado // 2 . Fev . 2013 // www.semmaisjornal.com Espaço Público

Editorial // Raul Tavares

Segue a dança autárquica, os projectos podem esperar… O processo da escolha dos candidatos das várias forças políticas às próximas eleições autárquicas no distrito está ao rubro. Não é novidade, faz parte da sacrossanta contagem de espingardas locais, da luta de hostes e da medição de forças do tão afamado caciquismo. Mas é igualmente tempo de fazer balanços sérios sobre o trabalho desenvolvido, em especial pelos presidentes de câmara, sempre mais expostos e, na esmagadora maioria dos casos, com perfil acima das mais-valias partidárias. Pelo que se vê, numa parte substantiva dos processos essa avaliação resulta de factores pouco rigorosos. Em cada eleição e após estas, os autarcas não gostam de misturar-se na fornalha acintosa da política-partidária caseira. Ganham força, peso político e distanciam-se, para o bem e para o mal. Este vazio, que não deixa de ser um hiato programático, gera climas hostis, levanta ruído. E, nestes ambientes quentes, nem tudo é pacífico. São muitas vozes inebriadas por terem o poder vácuo de assumirem que gostam mais deste que daquele. Que o que vem fora é bem melhor ou que afinal vale a pena apostar seguro. Tudo isto se tem passado na fogueira das escolhas. Há forças políticas que vão ser obrigadas a engolir sapos, outras que não se importam de deitar por terra vitórias ‘quase seguras’ só porque ousar pensar que só a sigla vale tudo, e ainda os que apenas espreitam. Claro que as contas só se farão no finalzinho. Mas, de quatro em quatro anos, a dança é sempre mesma. E as conclusões não ajudam a reflectir que, quase sempre, o projecto político, as ideias e os conceitos são comidos por uma vertiginosa luta de lugares.

A sábia avaliação dos eleitores e a queda do governo

esmagadora maioria dos estudos de opinião dá-nos conta que os eleitores não querem que este governo continue mas não desejam também a realização de eleições legislativas. Estes dados só aparentemente são contraditórios. Com a sua secular experiência, o povo português tem plena consciência que a governação está hoje condicionada por factores externos, que ditam orientações de mando e que o país vive sob um estatuto de protectorado. Como aligeirar a carga, que de forma crescente e inaceitável nos sufoca, recriando a esperança no futuro quando a criação da riqueza é escassa e o país vive em forte dependência? Esta é a quadratura do círculo e aquela com que os eleitores estão confrontados. A meu ver, é exactamente por isso que respondem como respondem quando perguntados se desejam ou não a queda do governo e se é esta queda se seguirão eleições. Eles sabem que a saída para a crise é política e não económica. O facto da economia e das finanças estarem hoje no comando de tudo, endeusando os mercados e invertendo a realidade, conduziu à situação actual. É preciso, como prioridade, quebrar este círculo que só nos conduz ao empobrecimento, colocando de novo a política no comando. Ora isso só ocorre se o governo cair, tanto mais que ele tem imposto condições mais graves e desnecessárias que as que constam do próprio Memorando de Entendimento, numa lógica economicista e financeira. Ao arrepio total do que aliás prometeu em campanha. Apesar dos eleitores desejarem que isso ocorra, ou seja, a queda do

O nosso mercado Imobiliário

inda existe mercado imobiliário? É claro que sim, embora com uma expressão muito mais reduzida quando comparamos com um período de 10 anos atrás, ele existe. É evidente que não podemos limitar o mercado apenas à construção, compra e venda dos imóveis, mas este mercado tem sido rejuvenescido através do aluguer. Perante critérios de risco mais apertados para a concessão de crédito, o mercado do

Luís Miguel Marques Gestor

arrendamento apresenta-se como uma solução alternativa para quem necessita de casa para viver. Esta solução não aparece por acaso, mas sim pela quebra de rendimentos das famílias e também pelo factos dos nossos jovens não terem uma colocação de emprego garantida. No passado, nascíamos

Setúbal, autarquias e o “mito”

governo, não dão no momento actual a maioria para governar a um só partido e tornam mesmo complexa qualquer coligação futura de partidos. Tudo se alterará porém se o governo cair. E essa é uma posição sábia. Desde logo, no partido maioritário da coligação, o PSD, como se vê e ouve das crescentes intervenções críticas de militantes históricos, que não se revêm na marcha neoliberal em curso, que desmente a matriz social-democrata do PSD. Esta contradição, no seio do PSD, tornar-se-á mais visível se o governo cair, contribuindo para alterar por si só, o estado actual das coisas. Acresce que o outro parceiro da coligação, no caso o CDS, não deixará de sofrer também as consequências dessa queda caso não seja ele próprio a promovê-la a propósito do Orçamento de Estado para 2014. O recente foguetório propagandístico que o governo fez a propósito da ida aos mercados e ao défice de nada vale e é sol de pouca dura. Vem aí a apreciação da constitucionalidade do Orçamento, a execução orçamental do primeiro trimestre, a sétima avaliação da Troika, sob um pano de fundo de diminuição do PIB em 2%, de um aumento inaceitável do desemprego, de uma maior queda do investimento e com ele do consumo, da diminuição dos salários e das pensões e da venda do país a retalho. Não parecendo, vai estar na ordem do dia, neste ano de 2013, a queda do governo e é esta a sábia avaliação que faz o povo português em reiterados estudos de opinião.

ste é o primeiro artigo que escrevo para este espaço e, sendo assim, o primeiro parágrafo é para o Raul Tavares, alguém que personifica um Distrito que é empreendedor, trabalhador, criativo, crítico, diversificado e que, desde que lhe proporcionem oportunidades, pode chegar longe em cada uma das actividades a que se dedica. Com este título, poderia o leitor pensar que iria escrever sobre Mourinho e do seu 50:º aniversário. Mas não, apesar de muito o admirar, falarei dos outros, daqueles que podendo e tendo talento não o foram também por força de uma percepção errada que o País tem do Distrito, é certo, mas também por uma “questão” que o Distrito pode ajudar a “resolver” neste ano de 2013. O “mito” que vos falo não é Mourinho, que o é, mas sim do “mito” que o Distrito muitas vezes tem ouvido, curiosamente e sobretudo de pessoas que vivem fora dele, que as Câmaras CDU são bem geridas. Será assim? Será que o Seixal tem as “contas em dia”? Será que Sesimbra explora as condições naturais que tem? Será que também Almada tem sabido aproveitar as qualidades naturais e a proximidade de Lisboa e do aeroporto para potenciar o turismo? Será que Palmela tem sabido explorar o seu espaço agrícola e o dinamismo das suas gentes para exportar a excelência dos seus vinhos? Será que Alcochete aproveitou a nova ponte para se desenvolver na manutenção do espírito alcochetano que o caracteriza? Será que Setúbal, a “capital do mar”, é o que pode, e deve, aspirar? Será que Moita tem o reconhecimento que merece face à diversidade do Concelho e às potencialidades existentes? Será que o Barreiro tem sabido recuperar do marasmo em que caiu nos últimos anos? A

resposta é simples: NÃO!!! Na verdade, o “modelo” que tem sido aplicado no Distrito não fez mais que o isolar da realidade, da competitividade e do progresso. Aqueles que agora falam de “roubo” e “pacto de agressão” são aqueles que não quiseram falar com os credores que nos emprestam dinheiro para pagar pensões e salários e que a única “solução” que oferecem é o protesto pelo protesto. Quando assumem responsabilidades, como no Distrito, é o que vemos. O Seixal é uma câmara com graves problemas financeiros ao mesmo tempo que organiza festas. Sesimbra e Almada são uma memória de um “passado que passou” condenadas, como Alcochete, a serem dormitórios de Lisboa, Palmela uma quimera que tudo tem e nada fez para se impor como destino turístico e agrícola de excelência, Setúbal parou no tempo e só a alma da sua gente a preserva como cidade que “conta”, a Moita não soube aproveitar as suas potencialidades e o Barreiro tornou-se numa zona de envelhecimento e esquecimento que urge combater. Culpa dos sucessivos governos dirá a CDU neste ano. Também, é verdade, mas e a CDU nada terá a ver com o assunto? Têm, e muito, pela simples razão que há muito que dirigem estes concelhos e com maiorias absolutas. A “inimputabilidade” política do PCP e do PEV neste ano deve terminar e as suas políticas e os seus autarcas responsabilizados pelo que fizeram e, sobretudo, pelo que não fizeram em prol das suas populações. O “mito” da CDU “governar bem” as Câmaras deve terminar, a bem do Distrito e das suas gentes! O CDS cá estará com alternativas fortes e credíveis.

numa região, estudávamos, iniciávamos o nosso emprego e posteriormente casávamos, completando o ciclo com o aparecimento dos nossos filhos, tudo isto no mesmo local, hoje em dia tudo mudou. Hoje, quando os nossos jovens terminam os seus cursos, nunca sabem onde poderá estar o seu local de trabalho. Posto isto, o arrendamento floresce como uma alternativa à compra de habitação. Ou seja, temos aqui uma solução mais flexível. Para os mais abonados, também aqui existe um potencial de negócio no futuro. Neste momento já existem pessoas que orientam a sua estratégia de rendimentos para a compra de imóveis a preços muito atractivos,

de forma a poderem garantir rendimentos no futuro através do mercado de aluguer. Este mercado embora ainda pequeno, apresenta uma tendência crescente, não só nestes particulares (já referidos anteriormente) como também nalgumas empresas de gestão de património (algumas que já existem), e outras que no curto prazo irão aparecer numa quantidade significativa. Ou seja, o negócio imobiliário já não é o que era. Existem várias vozes que dizem que não existe este mercado por falta de crédito, mas não é verdade. O crédito existe, a preços idênticos aos de à 5 anos atrás (mesma taxa final). No passado a Euribor era mais onerosa, sendo agora o spread aquele

que sustenta essa taxa final. No entanto, as famílias foram apenas orientadas para negociar spread’s e não propriamente uma taxa final ou mesmos as condições contratuais (limitar taxas com a possibilidade de subida da Euribor, variando assim o spread contratado) tudo isto de acordo com a taxa de esforço do agregado. Em bom rigor, os Bancos nunca deixaram de vender crédito habitação, no entanto tiveram necessidade de ajustar as condições ao mercado actual. Importa dizer que o consumidor final, ou seja as famílias, estão mais informadas, sabem calcular a sua taxa de esforço financeiro mensal, e não vão pedir crédito quando tem consciência de que não o podem pagar.

Vítor Ramalho Advogado

O PSD na sua marcha neoliberal nem ouve os seus militantes históricos.

Nuno Magalhães Deputado CDS -PP

Arrábida segue para Unesco

ACTUAL Sábado // 2 . Fev . 2013 // www.semmaisjornal.com 4

APÓS parecer positivo do grupo de trabalho interministerial para o Património Mundial que analisou o dossier, o Estado Português vai proceder à entrega do processo de candidatura da Arrábida a

Património Mundial junto da UNESCO, em Paris. Ontem, sexta-feira, uma delegação da AMRS deslocou-se a Paris para efectuar o depósito da candidatura que caminha assim rumo ao objectivo final.

Resgate de apanhadora de bivalves O CENTRO de Busca e Salvamento Marítimo e a Capitania do Porto de Lisboa resgataram, quinta-feira, uma apanhadora de bivalves, de 36 anos, que se encontrava em dificuldades junto a uma

bóia de sinalização do canal do Seixal, devido à subida de maré. O resgate da senhora decorreu com sucesso, tendo sido transportada para o terminal de ferries do Seixal em situação estável.

Empresa explica com aumento de combustíveis, prejuízos e recurso apenas a receitas próprias

Cinco anos a somar prejuízos

Ir a Tróia já custa 5,80 € Roberto Dores

gudiza-se o descontentamento entre os utentes que regularmente utilizam os ferries e os catamarãs na travessia fluvial do Sado, entre Setúbal e Tróia.. O tarifário voltou a aumentar, sendo que em menos de um ano esta travessia marítima registou uma subida de 80 cêntimos. Isto é, o bilhete de ida e volta – que é obrigatório para quem utiliza catamarãs - passou a custar 5,80 euros, quando em Pub.

Março de 2012 custava cinco euros e, mesmo assim, já merecia contestação. Contactada pelo Semmais, a Atlantic Ferries, a concessionária da travessia, pertencente à Sonae, alega ser esta a única alternativa para garantir a sustentabilidade da empresa. A contestação dos utentes, mesmo em época baixa, volta a fazer-se ouvir. Carlos Semedo, com casa na península, revela usar o barco, com mulher e dois filhos, pelo menos duas vezes por semana, pelo que cada deslocação a

Tróia com a família e regresso a Setúbal custa hoje 43,20 euros. Isto, contabilizando os 25,80 euros do carro – que já inclui o condutor - mais seis bilhetes de adulto, à ordem de 2,90 euros, que totalizam os 17,40 euros. Viagens diárias de moradores pesam muito Já Jacinto Reis, morador na Comporta, usa o passe mensal, mas também lamenta o aumento de 60 para os 63 euros, recordando que há um

As subidas estão a gerar uma nova onda de descontentamento. A empresa fala do aumento dos combustíveis e de o serviço ser pago apenas com «receitas próprias». A Atlantic Ferries investiu fortemente nas novas embarcações

ano atrás, antes do aumento de abril, «pagava apenas 40 euros». Este engenheiro trabalha em Setúbal e faz a viagem quase todos dias. «É a minha mulher que leva de carro a Tróia onde apanho o barco, mas isto começa a ser um abuso», lamenta, garantindo que a «empresa se está a aproveitar do facto de não termos alternativa.» João Madeira, representante da Atlantic Ferries, justi-

fica estes aumentos com a subida do preço dos combustíveis num total de «53% desde 2007», refere, recordando que a empresa «vive exclusivamente das suas receitas e dos serviços prestados», alertando que «apesar de fazermos serviço público, não temos qualquer apoio do Estado». Pelo contrário, sublinha, a empresa paga 270 mil euros anuais pela concessão ao Porto de Setúbal.

Há cinco anos que a Sonae assumiu a concessão da travessia do Sado, sendo que em 2011 os prejuízos já ascendiam aos 5,7 milhões de euros. João Madeira alerta dez cêntimos de cada bilhete vendido revertem a favor da Tróia Natura, destinando-se ao financiamento de estudos sobre as espécies do estuário do Sado. «Se hoje a população de golfinhos está a recuperar também é devido à nossa ajuda de aproximadamente cem mil euros anuais», conclui o mesmo responsável.

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Região em peso contra criação de 11 novos mega-agrupamentos

A CRIAÇÃO de 11 novos mega-agrupamentos de escolas na região está a deixar o distrito em polvorosa, especialmente os pais, as direcções dos próprios agrupamentos e os municípios directamente visados. Os dois maiores mega-agrupamentos criados pela tutela este mês, que juntam o agrupamento de escolas da Costa da Caparica com a secundária do Monte da Caparica e o agrupamento D. António da Costa à secundária Emídio Navarro, estão em Almada

e têm, respectivamente, 2521 e 2209 alunos. Tal como avançou o Semmais na sua edição da semana passada, os pais e o próprio agrupamento da Costa da Caparica estão em luta e defendem, em alternativa à junção à secundária do Monte da Caparica, a existência de um nível de ensino secundário na escola básica 2+3 da própria Costa da Caparica. «Isto põe em causa o que estava previsto na Carta Educativa elaborada pela câmara Municipal de Almada», dizia João Fonseca, professor do agrupamento. António Matos, vereador da Educação na autarquia, alinha com o professor e recorda a grande «unanimidade existente no seio da comunidade escolar no sentido de rejeitar estes 4 novos mega-agrupamentos» criados no município. «A tendência nos sistemas educativos modernos é constituir unidades orgânicas de pequena dimensão, ou seja, o contrário daquilo que aqui está a acontecer», afirma. Em

decisão que põe em causa a qualidade dos serviços prestados, pelo que o Ministério da Educação deve respeitar a opinião da comunidade educativa, além de ter de compatibilizar o processo com os princípios orientadores do reordenamento da carta educativa», diz Regina Janeiro, vereadora da Educação na Câmara Municipal do Barreiro.

As autarquias da região estão à beira de ataque de nervos devido às mudanças bruscas da gestão reorganização escolar. E os pais já sairam à rua. A polémica pode subir de tom.

Na Costa da Caparica o descontentamento subiu de tom

declarações ao Semmais, o vereador revela ainda que a comunidade educativa da Costa da Caparica está a ponderar interpor providências cautelares para travar o processo. Este caso em específico já é, inclusive, do conhecimento da tutela. Além de Almada, também os municípios do Seixal, Barreiro e Santiago do Cacém, ouvidos pelo Semmais, estão contra a decisão. A vereadora da Educação na Câmara de Santiago, Margarida Santos,

afirma que a decisão da tutela «é meramente economicista e não traz benefícios pedagógicos, porque as unidades orgânicas agora criadas tornam-se muito difíceis de gerir». Já Vanessa Silva, que tem a cargo a mesma pasta, mas no Seixal, recorda que a comunidade educativa local tem «tomado posições que contrariam a decisão da tutela, por entenderem que a mesma distancia os centros de decisão da resposta educativa». «É uma

Fenprof endurece críticas à tutela A decisão da tutela vai criar unidades orgânicas com mais de 2 mil alunos em Almada, no Barreiro e no Seixal e com cerca de 1500 alunos em concelhos como Alcácer do Sal, em Grândola e em Santiago do Cacém. Contactada pelo Semmais, o Sindicato de Professores da Grande Lisboa remeteu para um comunicado emitido pela Federação Nacional de Professores (Fenprof) sobre o tema. No documento, a Fenprof lamenta que a

decisão da tutela, tomada a meio do ano lectivo, «desestabilize, desorganize e agrave o já tão afectado clima das escolas, tendo em conta o facto insólito de ter sido tomada a meio do ano lectivo». A federação alerta ainda que as novas unidades orgânicas criam problemas de centralização burocrática, aumentando o fosso entre quem decide e os que reclamam decisão, desarticulando órgãos de gestão e sobrevalorizando a gestão administrativa face à gestão pedagógica. «É ilegítima esta decisão tendo em conta a frontal oposição das respectivas comunidades educativas de Almada, Barreiro, Seixal, Grândola, Alcácer, Santiago», recorda a Fenprof no comunicado, documento no qual adjectiva ainda de ridículas as alegações de que os mega-agrupamentos agora criados têm uma «dimensão equilibrada e racional». Bruno Cardoso Pub.

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ACTUAL DIVERSOS

Saída da Castello Lopes deixa Seixal e Setúbal quase sem cinemas

O ENCERRAMENTO na semana passada das sete salas de cinema exploradas pela Socorama CastelloLopes no Rio Sul Shopping deixou a população do Seixal sem acesso a um circuito mais comercial de cinema, situação inédita na história do município. O fecho das salas, com capacidade para 1158 pessoas, é a consequência da não renovação da licença de exploração a nível nacional da exibidora junto da Sonae Sierra, que detém o espaço comercial, e que lança no desemprego mais 55 pessoas. Em declarações ao Semmais, a vereadora da Cultura na Câmara Municipal do Seixal lamentou o encerramento das salas, que só soube pela comunicação social, qualificando a

Câmara do Seixal está preocupada com situação, que diz ser única na história do munícipio. Em Setúbal, Castello Lopes sai por acordo com Immochan, promotora do novo centro comercial da cidade, o Alegro. situação «de um retrocesso gigantesco do ponto de vista cultural». Vanessa Silva acrescentou que a autarquia não tem capacidade para colmatar o encerramento destas salas de cinema mais comerciais, mas lembrou que a oferta de sétima arte não se esgota dentro daquele centro comercial. «Há o auditório municipal, com sessões às terças e sábados, bem como alguns ciclos de cinema às quintas na oficina da juventude em Miratejo, Corroios», recorda. A autarca afirma que a autarquia está já a tentar perceber o que se passa junto da administração do Rio Sul Shopping e pede uma solução a breve trecho, sob pena de esta situação não se perpetuar no tempo. Em comuni-

cado, a Sonae Sierra afirmou que estão «em análise diferentes opções de exploração destes espaços», esperando que uma delas «origine a reabertura dos mesmos a curto prazo». A empresa acrescenta que a Castello Lopes acumulou uma «dívida de valor muito elevado e não reuniu as condições necessárias à viabilização da operação dos cinemas». Já a exibidora recorda apenas que os preços estipulados eram incompatíveis com as quebras significativas registadas das receitas das bilheteiras, 1,7 milhões de euros face a 2011, menos 375 mil bilhetes a nível nacional vendidos.

Setúbal também perde até ao novo Alegro Entretanto, a exibidora preparase para deixar de explorar em Maio as quatro salas de cinema do Jumbo de Setúbal, mas por razões diferentes das do Seixal. A saída da exibidora já há muito estava acordada com a Immochan, promotora do novo Alegro Setúbal, que vai nascer da ampliação da actual superfície comercial. Com o encerramento e até à inauguração no último trimestre de 2014 do Alegro, que contará com 10 salas de cinema exploradas pela Cinema City, a oferta de cinema ficará reduzida ao Charlot.

Confrontada, fonte do gabinete da presidência da Câmara Municipal de Setúbal diz que o assunto «é preocupante». «A autarquia vai assumirse como principal exibidora comercial de cinema no município e vai analisar quais as possibilidades de colmatar a falta de cinema nesse período de tempo», acrescenta. O Semmais contactou o Sindicato Nacional das Telecomunicações e Audiovisual que não precisou o número de trabalhadores que serão despedidos. A exploração das salas no Fórum Barreiro não sairá afectada por esta situação. Bruno Cardoso

Estava encerrado desde 2011 devido a anomalias

Criança morre ao cair de 7º andar em Corroios

Auditório Augusto Cabrita reabre após processo moroso de requalificação

Hospital S. Bernardo debate Doenças infecciosas

UMA CRIANÇA de 4 anos morreu, ao início da tarde de quinta-feira, vítima da queda de um 7º andar, em Corroios, Seixal. O trágico acidente ocorreu, cerca das 13.45 horas, na Rua 25 de Abril, em Corroios, revelou fonte do Centro Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Setúbal. Apesar do socorro ter comparecido de forma rápida, as tentativas de reanimação não resultaram, tendo a criança falecido no local. As circunstâncias da queda fatal estavam ainda a ser apuradas, à hora de fecho desta edição, mas as autoridades apontam para a tese de acidente. O cadáver do menor foi encaminhado, entretanto, para a morgue do Hospital Garcia de Orta, em Almada, onde será examinado. Estiveram no local do acidente os bombeiros do Seixal e a Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) do Hospital de São Francisco Xavier.

O AUDITÓRIO Municipal Augusto Cabrita (AMAC), no Barreiro, vai reabrir hoje finalmente portas ao público, depois de ter estado encerrado desde Março de 2011 por problemas de fissuração, infiltrações de água e anomalias na cobertura. Em declarações ao Semmais, a vereadora da Cultura na Câmara Municipal do Barreiro, Regina Janeiro, recordou que os problemas em causa foram detectados «logo após a recepção provisória do edifício» e lembrou que a falência de uma das empresas que pertencia ao consórcio adjudicatário tornou todo o processo ainda mais moroso. Perante este impasse, Regina Janeiro salienta que «em boa hora» a autarquia decidiu acionar as garantias bancárias para impedir que o processo de requalificação se arrastasse ainda mais no tempo, decisão que se tornou «acertada» porque as negociações com o consórcio adjudicatário viriam a revelar-se «inconclusivas». «A autarquia já não via outra solução que não a de accionar essas garantias e contratou um exame pericial ao Instituto de Soldadura e Quali-

AS DOENÇAS infecciosas transmitidas por parasitas presentes em animais, vão ser objecto de jornadas temáticas a organizar nos dias 8 e 9 deste mês, pelo Centro Hospitalar de Setúbal. As primeiras Jornadas Temáticas de Doenças Infecciosas de Setúbal, que vão decorrer no Hotel do Sado, são promovidas com a chancela do especialista e responsável pelo serviço de infecciologia do Hospital de São Bernardo, José Poças, vão reunir sumidades nesta área, a nível nacional. “Zoonoses e Doenças Transmissíveis por Vectores” é o tema do encontro que conta com a discussão de temas como as parasitoses nas centúrias de Amato Lusitano; pneumonias atípicas; doenças transmissíveis por carraças com importância em Portugal; doenças transmissíveis dos insectos com importância em Portugal”; toxinfecções alimentares” enfermagem em infecciologia.

ao cabo, um processo regular que resulta essencialmente de insuficiências da parte dos empreiteiros que constituem o consórcio», conclui Regina Janeiro.

AMAC promete programação eclética

As falhas foram já todas supridas

dade, um trabalho que contempla as deficiências iniciais, bem como outras que entretanto viriam a aparecer», explica Regina Janeiro. A empreitada de requalificação custou cerca de 330 mil euros, um valor que contemplou igualmente trabalhos de reparação das anomalias patentes na parte externa do edifício, coberturas e fachadas, e das áreas interiores afectadas pelas infiltrações, nomeadamente reparação de rebocos, pinturas e alguns revestimentos da cobertura. «Este é, ao fim

A grande reabertura deste equipamento municipal será marcada pela inauguração da exposição de homenagem ao maestro Augusto Cabrita e pelo concerto dos Dead Combo, às 21:30. O espaço agora remodelado promete uma programação eclética nas artes de palco, como a música, a dança e o teatro e nas artes visuais, nomeadamente pintura, fotografia e ilustração. O objectivo passa por formar públicos, «num esforço sempre presente de envolvimento com a comunidade, democratizando o acesso às artes e promovendo a qualificação do tecido cultural local». Bruno Cardoso

Pedro Roque escolhido para secretário de Estado do Emprego

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Pedro Roque, 50 anos, actual deputado do PSD com lugar na Comissão Parlamentar da Segurança Social e Trabalho, e candidato do PSD à Câmara de Almada, em 2005, onde desempenhou as funções de vereador sem pelouro até 2009, foi esco-

CDU pode apostar no ‘trunfo’ proença

lhido para secretário de Estado do Emprego, substituindo no cargo Pedro Silva Martins. Pedro Roque desempenhou também as funções de líder dos TSD e secretário-geral adjunto da UGT, entre 2009 e 2011, tendo a

PS confirma Ricardo Campaniço na luta para manter ‘ciclo’ em Grândola

Torres Couto vai avançar pelo PS em Alcácer do Sal

ex-líder da UGT, Torres Couto, está apontado para ser o candidato do PS à Câmara de Alcácer do Sal, soube o Semmais de fonte ligada à concelhia socialista. A decisão formal deverá ser tomada até ao final deste mês, mas é quase certo que os socialistas alcacerenses consigam impor o nome para ratificação distrital e nacional. Torres Couto, que já se candidatou em 2005 à Câmara de Almada, é considerado pelo PS de Alcácer como «muito forte, experimentado e com o perfil adequado ao projecto socialista», explicou a mesma fonte ao Semmais. Com esta vontade, que segundo outra fonte socialista «é consensual», fica arredada a hipótese de o partido da rosa apoiar a recandidatura de Pedro Paredes, presidente da autarquia nos dois últimos mandatos sob a sigla do PS. «O presidente deixou de ter a postura que o partido lhe exigia e forçou, de forma pessoal quis forçar o seu peso político», explicaram as fontes contactadas pelo Semmais. Os dirigentes locais do PS também não gostaram nada das últimas declarações públicas de Paredes – que o

O ex-secretário-geral a UGT com nova aventura autárquica

Semmais não conseguiu contactar em tempo útil dando conta de que seria sempre candidato, pelo PS ou como independente. O autarca chegou mesmo a criticar as estruturas locais por terem “uma visão mesquinha na escolha de candidatos”. Proença é trunfo da CDU e pode avançar em Alcácer Nesta cruzada da escolha dos candidatos do PS, assume cada vez mais força a eventual candidatura de Vitor Proença à autarquia de Alcácer do Sal. O presidente da Câmara de Santiago do Cacém, eleito pela CDU, está apontado a Alcácer ou a Grândola, uma vez que a

coligação PCP/Os Verdes consideram-no «um trunfo» para continuar o «bom trabalho» que este tem desenvolvido no Litoral Alentejano. As fontes da CDU estão nesta fase muito comedidas e aguardam os desfechos oficiais das restantes candidaturas, com especial destaque para as oriundas do partido socialistas nas duas câmaras que gerem. «Pelo que se está a ver, não temos dúvidas de que o eleitorado saberá distinguir o trabalho dos autarcas da CDU e das outras forças políticas. E queremos voltar a ter maior peso no Litoral Alentejano», disse ao Semmais uma fonte do PCP.

seu cargo os pelouros da saúde, educação e segurança social. Licenciado em História, foi deputado na Assembleia Municipal de Almada. Pedro Roque terá como principal desafio relançar o diálogo com os

parceiros sociais, um dos pontos fracos do seu antecessor. Uma das razões apontadas para a saída de Pedro Silva Martins foi precisamente a falta de diálogo com patrões e sindicatos e o facto de não ter em conta as suas posições.

A PRÓXIMA sessão das RICARDO Campaniço foi esta terça-feira indigitado como candidato oficial do Partido Socialista à Câmara de Grândola, confirmando a informação veiculada a semana passada pelo Semmais. O vereador do PS na Vila Morena, que Carlos Beato apoia para a sua sucessão, recebeu 49 dos 60 votos expressos numa eleição avocada pela distrital rosa. A decisão de terça-feira põe termo a um processo conturbado no seio da concelhia, após a apresentação da candidatura de Aníbal Cordeiro, que havia renunciado ao lugar de vicepresidente da câmara grandolense e lançado a pretensão de liderar a lista socialista à autarquia. «Foi um processo delicado e sensível, sendo que a decisão da federação, nos termos regulamentares, teve a ver com a necessidade de repor a normalidade do processo e reunir os maiores consensos», explicou ao Semmais um dirigente da federação socialista. Ricardo Campaniço, que desempenha funções autárquicas em Grândola desde 1997, como membro da assembleia e vereador, é engenheiro agrícola e dispõe, segundo fontes locais, de «grande experiência e conhecimento dos dossiers» que conduziram às vitórias do “Novo Ciclo” liderado por

POLÍTICA

Ricardo Campaniço avocado pela distrital e apoiado por Beato

Carlos Beato, nomeadamente o desenvolvimento do cluster turístico. A actual presidente da Câmara, Graça Nunes, que substituiu Beato à frente da autarquia, após a nomeação deste para a administração do Montepio Geral, já fez saber que Campaniço é um candidato forte. «O meu apoio é inquestionável e incondicional, porque reconheço todas as suas competências para liderar e dar continuidade a este projecto de sucesso que é o “novo ciclo autárquico e socialista», disse ao Semmais. Cordeiro reflecte PSD/CDS apoiam Candeias A grande dúvida é se Aníbal Cordeiro vai avançar com uma lista independente, agora que parece ter perdido a corrida pelas fileiras socia-

“Conversas Presidente”, listas. «Estoucom emaperíodo de serviço demas conversação reflexão, está foraonline de com a edil de Setúbal, através questão desistir», afirmou ao do Facebook, node dia Semmais, doisrealiza-se dias depois 4 de Fevereiro. O “chat” conhecida a decisão federadecorre entre as 21 e as 23 tiva. horas, estando acessível no Aníbal Cordeiro Facebook através admitiu de uma aligação possibilidade impug-de existentede na página nação dada decisão da distrital internet autarquia, em www. do PS, mas nãoou se diretaquis mun-setubal.pt, mente em www.mun-setubal. comprometer. «Vamos ver pt/conversaspresidente. até ao final de Fevereiro que decisão tomarei, até porque tenho que consultar as pessoas que sempre me apoiaram», declarou. Entretanto, é tida como cada vez mais certa a candidatura independente de António Candeias, igualmente cogitado, há cerca de dois meses, a entrar na luta pela corrida eleitoral apoiado pelo PS. E, se o fizer, é quase garantido que o PSD e o CDS-PP deverão coligar-se para lhe emprestar o apoio partidário.

Pub.

Sargedas deve avançar em Março e procura candidatos para a sua lista capacidade de inovação, condições e condições para trabalhar em equipa». Sargedas deseja mesmo candidatos «sem nenhuma experiência política» e aposta em jovens que «sem dificuldades de trabalhar com pessoas de ideias diferentes». A base, segundo o putativo candidato, é promover uma lista fora da orla partidária porque, segundo reafirma, «as pessoas estão fartas dos partidos e das suas lógicas de poder». E pede também que possam apresentar ideias e projectos.

Edital

nº 10 / 2013 CARLOS RABAÇAL, VEREADOR DA CÂMARA MUNICIPAL DO CONCELHO DE SETÚBAL:

O PUTATIVO candidato independente à Câmara de Sesimbra, que o Semmais anunciou em primeira mão, está a convidar para a elaboração da sua lista candidaturas anónimas para integrar o seu movimento, que deverá avançar em Março. A ideia, segundo apurou o Semmais junto de Carlos Sargedas, reputado fotógrafo responsável pela criação do Festival Finisterra e na luta pela recuperação do santuário do Cabo Espichel, é dar preferência a «jovens licenciados, com motivação,

Sargedas quer jovens na lista

E em Sesimbra a eventual candidatura «já mexe», uma vez que, sublinha Carlos Sargedas, tem havido «um grande entusiasmo junto desta ideia de fazer melhor pela nossa terra», embora, reafirme que, a avançar, não está «contra ninguém».

FAZ PUBLICO QUE, no uso de competência delegada pelo Presidente da Câmara, desconhecendose o paradeiro do Sr. Alfredo Martins dos Santos e nos termos do artº 70º do CPA, procede-se à notificação edital, nos seguintes termos: O Município de Setúbal, vem comunicar a V. Ex.ª a resolução do contrato de arrendamento da habitação social sita na Av. da Bela Vista, 9- D 31, em Setúbal, por não uso do locado e abandono da habitação, contrariando o disposto na cláusula V, nº 4 do contrato de arrendamento, in fine, bem como falta de pagamento de rendas, nos termos do nº 3 do artº 1083ºdo NRAU. Mais se informa que nos termos do art.º 101º do Código do Procedimento Administrativo concede-se um prazo de 10 dias (úteis) para se pronunciar, querendo, ao abrigo da audiência prévia. Findo o prazo e caso não haja uma resposta da parte de Vª Exª, considera-se que nada tem a opor. Para constar se lavrou o presente edital e outros de idêntico teor que vai ser afixado nos lugares públicos do costume e na última morada do mesmo, sita na Av. Bela Vista 9- D 31 , em Setúbal. O VEREADOR, Carlos Alberto Mendonça Rabaçal

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DESTAQUE

Imposições da nova lei ameaçam sector responsável por um terço do turismo no distrito

Mergulho na região em risco de afundar Ana Bela Ventura

Decreto-Lei que pretende simplificar o acesso às actividades de mergulho em território nacional, e que transpõe para a ordem jurídica interna a Directiva n.º 2006/123, do Parlamento Europeu, está a gerar a revolta entre os operadores de mergulho, na região. Em causa, afirmam as dezenas de empresários dos centros de mergulho sedeados no distrito, estarão medidas que «ameaçam matar» uma das actividades que «mais contribui para a economia regional. No centro da polémica, dizem os responsáveis por este nicho de mercado do sector turístico, estão medidas como a obrigatoriedade de utilização de uma segunda embarcação de apoio ao mergulho, a exigência de atestados médicos e a imposição da criação de um sistema completo de formação. A ideia da nova legislação era simplificar e tornar mais segura a actividade de mergulho para evitar acidentes como o que vitimou um instrutor, em 2009, mas os operadores dizem que as regras impostas sufocam os operadores, afastam os turistas e não criam mais segurança. «Com esta lei, todo o tipo de mergulho será afectado, desde o recreativo ao mergulho técnico, passando pelos centros de mergulho adaptado» para

cidadãos com pouca mobilidade, alerta a DDI, empresa internacional instalada em Sesimbra. «Para que é que somos obrigados a ter o sistema completo de formação se não o vamos utilizar», questiona Vanda Pinto, da DDI, preconizando, ainda, uma ‘facada’ neste sector por causa da obrigação de certificação nacional dos mergulhadores estrangeiros e da imposição do atestado médico aos formandos. Operadores já não aguentam mais despesas Nas modalidades de mergulho desportivo (até 40 metros de profundidade) e mergulho técnico (a partir dos 40 metros de profundidade), os operadores alertam que a nova lei pode matar a actividade inserida no turismo náutico e que no distrito de Setúbal conta com dezenas de operadores. Só em Sesimbra operam sete centros de mergulho, número semelhante é registado nos concelhos do litoral alentejano, para além de mais dois em Setúbal e quatro em Almada e no Seixal. Embora não esteja quantificada, os operadores indicam que o peso do mergulho todo o ano, na região, representa cerca de um terço da actividade turística. «Em todo o mundo se mergulha com apenas uma embarcação, pelo que não precisamos de estar sempre a inventar regulamentação nova», afirmam os operadores que vêem,

assim, duplicar os custos da actividade. «Se apenas o enchimento de uma garrafa de oxigénio custa cem euros, imagine-se agora ter de suportar os custos de uma segunda embarcação», alerta João Rosário, da Pinguimsub. Opinião secundada por Duarte Silvestre, da Dive SSI, chega-se «ao ridículo de, um dia, ter de pedir aos turistas a apresentação de atestado médico dos países de origem «em polaco ou russo, com alfabeto cirílico». O que denota, dizem os empresários da região, que «esta lei foi elaborada por gente que não percebe coisa nenhuma de mergulho».

Nova lei baralha e operadores ironizam alguns dos artigos «são autêntico veneno» para o sector. E dão como exemplo o Artigo 33, que submete o acesso ao mergulho “dos elementos pertencentes aos quadros técnicos das entidades prestadoras de serviços de mergulho à prova bastante da aptidão física do praticante, a certificar através de exame médico que declare a inexistência de quaisquer contra indicações, nos termos da legislação aplicável para a actividade federada. O mesmo artigo indica que o

exame médico “pode ter lugar noutro Estado-Membro da União Europeia ou do Espaço Económico Europeu, nos termos da legislação aplicável no respectivo território». Quanto ao praticante, e no âmbito do mergulho não incluído no n.º 1 e no artigo anterior, “constitui especial obrigação do praticante assegurar-se, previamente, de que não tem quaisquer contraindicações para a sua prática, devendo, caso contrário, declarar as mesmas por escrito junto da entidade responsável”.

O Decreto-Lei n.º 92/2010, de 26 de Julho, pretende a eliminação de formalidades no âmbito dos procedimentos administrativos, e passando os mais complexos e demorados a ser exigidos apenas em situações excepcionais, e quer garantir a competitividade do mercado dos serviços e uma maior transparência e informação aos consumidores. A introdução à nova lei é vista com ironia pelos operadores, uma vez que

Sábado // 2 . Fev . 2013 // www.semmaisjornal.com Ambiente

População de javalis não pára de aumentar na região A proliferação verifica-se no nosso Litoral Alentejano e já triplicou em cerca de 15 a 20 anos. As reservas de caça ajudaram a conservar a espécie. Mas há alguns contras.

Animal que vem do tempo das cavernas

Roberto Dores

Andreia Dias DR

proliferação de javalis tem disparado nos campos da região para números surpreendentes que seriam «impensáveis» há anos atrás. É impossível fazer uma estimativa rigorosa, mas caçadores e veterinários garantem não ser abusivo admitir que a comunidade mais do que triplicou, sobretudo na franja abrangida pelo Litoral Alentejo, comparando com há 15 ou 20 anos atrás. A explicação passa pelo facto haver um grande rol de reservas de caça, o que limita o abate de javalis a algumas montarias, que são caras aos bolsos dos caçadores, deixando uma grande margem à multiplicação da espécie, que tem procurado as zonas de regadio, depois dos fogos e das secas que marcaram os últimos anos, entre os vales do Tejo, Guadiana e Sorraia. Uma consequência imediata desta multiplicação é pouco «simpática», já que aumentaram os acidentes de automóvel,

Uma das verdadeiras ameaças da espécie é a dedidratação, dai os conhecidos banhos de lama

devido às violentas colisões que têm sido registadas nas estradas da região, quando os automobilistas são surpreendidos com a travessia da via por javali. Mas de que animal estamos a falar, afinal? Que comportamentos adota? O que representa para região? Primeira curiosidade: Quando o javali mergulha na lama e se ouve dizer que está a chafurdar, a expressão pode sugerir um comportamento pouco ortodoxo, mas a verdade é que o animal precisa dos banhos de lama, até nas relações com o resto da comunidade da espécie, mesmo à hora de acasala. Banhos de lama contra o atrofio das glândulas A primeira função destes banhos visa regular a temperatura do corpo da espécie, sendo das poucas que não transpira, devido ao tipo de glândulas sudoríparas atrofiadas. Sobretudo nos meses de Verão, o a n i m a l chega a atingir temperaturas corporais eleva-

díssimas, quase incompatíveis com a sua própria sobrevivência, ameaçada de uma fatal desidratação, que já se encarregou de roubar algumas vidas. João Vilela já sentiu na pele o desespero de «javalis em brasa» como os adjectiva, quando no Verão de 2005, na sequência de uma seca feroz e perante temperaturas de 40 graus, se deparou com quatro animais deitados sobre melancias, melões e tomates esmagados numa pequena quinta de que é proprietário. Num trabalho de equipa, derrubaram uma cerca, com perto de dois metros de altura para chegarem aos hortofrutícolas. «É verdade que estavam a comer também, mas percebia-se que a sua intenção era refrescaremse, porque se deitavam no chão, procurando com o corpo criar alguma lama com o sumo dos frutos», recordou, tendo ficado a saber depois que alguns vizinhos da zona – onde a espécie abunda – assistiram a cenários idênticos, justamente porque a falta de água zonas do distrito completamente secas. Além deste quadro mais radical, os banhos de lama têm ainda um papel de relevo nas relações sociais entre os javalis, funcionando mesmo como sedução na época do cio, levando a que a partir de Novembro apenas os machos adultos vão «chafurdar» na lama, para garantirem a manutenção

dos respectivos odores corporais, com recurso à criação de uma camada de barro bem agarrada ao pêlo.

Os historiadores falam de um animal muito antigo, que vai muito para lá dos anos dourados da banda desenhada em que Obelix não os dispensava na mesa. Muito antes já o javali era desenhado pelos homens das cavernas, não só pelo sabor suculento que a sua carne oferecia, tornando-o um dos principais alvos na Idade Média, mas também porque representava agressividade, bravura e rapidez. Pode não parecer, levando em conta os mais de cem quilos de peso, mas este animal atinge velocidades loucas, correndo tendencialmente em linha recta, e

caracteriza-se por ser um exímio nadador, o que lhe permite cruzar ribeiros à procura de comida – raramente está no mesmo território -utilizando a força do focinho para derrubar cercas e até levantar pedras cravadas no solo. É aqui que, regra geral, encontra sempre alimento, graças ao seu olfacto e audição apurados (bem mais que a visão) sendo um peculiar apreciador de lacraus. A sua língua, muito rija, é imune às picadas venenosas daquele escorpião. Aliás, tirando o homem em tempo de caça, o javali não tem predador e só ataca, à dentada, quando se sente verdadeiramente ameaçado. Pub.

Jovens diabéticos na Moita A ASSOCIAÇÃO de Jovens Diabéticos (AJDP) realiza hoje uma sessão de esclarecimento e sensibilização, subordinada ao tema da Diabetes, a decorrer na Escola Básica 2/3 ciclos do

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Vale da Amoreira. As sessões têm como objectivo abordar a diabetes sob o ponto de vista prático, salientando os benefícios da adopção de hábitos de vida saudáveis.

Seixal forma sobre web A BIBLIOTECA Municipal associa-se às actividades do Dia da Internet Segura, que se celebra a 5 de Fevereiro. Assim, terça-feira realiza-se uma acção de formação, sensibilização e

Freguesias a pente fino em Palmela

Instituição abre portas à comunidade

Fanfarra dos Voluntários de Setúbal aposta numa nova geração de músicos Trazer mais valias culturais, sociais, económicas e turísticas à região é um dos objectivos.

rojectar e reactivar a fanfarra dos Bombeiros Voluntários de Setúbal é a missão do projecto musical solidário “Arte Nova” que está a ser desenvolvido pela Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Setúbal, a partir de um projecto liderado por um percussionista do grupo. Henrique Leal, mentor deste projecto, explica que as ideias nasceram da necessidade de ‘injectar’ sangue novo para o que o grupo não corra o risco de desaparecer.

«A fanfarra, que nasceu em 1887 com a designação de Charanga, representa a imagem dos Bombeiros Voluntários e, como tal, é necessário dar-lhe mais força porque estava a perder muitos elementos devido à falta de ideias e de interesse, tanto a nível interno como externo», frisa. A captação de novos elementos, crianças, jovens e adultos, está em marcha e serão integrados na escola de música já existente, para uma melhor preparação musical. «Isto, além de uma ocupação, acaba também por ser uma rampa de lançamento para os mais novos». Elementos da fanfarra comprometem-se a visitar escolas básicas, com regularidade, para divulgar o novo projecto que passará também por acções solidárias como o contacto com a popu-

CAPARICA e Laranjeiro já possuem ginásios ao ar livre. O investimento ronda os 5 mil euros. Os equipamentos, instalados pelas Juntas de Freguesia, podem ser usados de forma livre por qualquer cidadão. Localizam-se junto à linha do Metro para facilitar o acesso dos munícipes. Volantes, pedaleiras, remos, balanças, elevadores, patins, pranchas para simular surf são alguns dos aparelhos disponíveis que permitem exercitar todo o corpo. O ginásio do Laranjeiro loca-

lação sénior. E reforça a ideia de que o Arte Nova «não é apenas para aprender música mas também para proporcionar alegria, convívio e passeios» entre os elementos da fanfarra e a população, com especial ênfase para os cidadãos seniores utentes de lares. Para que a acção ganhe força, além de novos elementos, o responsável não se cansa de angariar parceiros que apoiem o projecto.. «Já temos o apoio da Associação de Comerciantes do Distrito, que vai financiar os instrumentos e os fardamentos, e em breve vamos ter uma reunião com a Câmara», sublinha, relembrando que o “Arte Nova” foi aceite, por unanimidade, pela direcção da Associação dos Bombeiros Voluntários de Setúbal que «elogiou e viu que o projecto tinha

pernas para andar». Uma loja de instrumentos musicais compromete-se a fazer descontos na aquisição de material para a fanfarra mas, como há necessidade de renovar todo o material, o mentor do projecto apela às instituições ligadas à música para que «se tiverem instrumentos que já não usem, possam doá-los» à fanfarra. Um encontro nacional de fanfarras, em Setúbal, desfiles regulares da fanfarra na região e protocolos com instituições de solidariedade social, para a realização de espectáculos gratuitos, são algumas das iniciativas em carteira para contribuir para a revitalização e diversificação das actividades artísticas e culturais do concelho, reanimar as zonas comerciais e de serviços, bem como trazer mais-valias turísticas à região.

Com 3 milhões a menos no orçamento Alcochete diz vai manter objectivos para 2013

Almada garante ginásios ao ar livre para todos

Cinco mil euros de investimento

liza-se na Avenida 23 de Julho, e o da Caparica está na Alameda Timor Lorosae. O projecto é considerado boa solução para praticar actividade física regular.

informação sobre a temática «Direitos e Deveres na Web», dirigida a pais, professores, educadores e técnicos de biblioteca, mas aberta a todos os que queiram participar.

APESAR da recessão socioeconómica que o país atravessa, o executivo de Alcochete está empenhado em manter os objectivos de crescimento para este ano. Na última sessão, a autarquia aprovou por maioria, com a abstenção dos vereadores do PS, as Grandes Opções do Plano, Plano Plurianual de Investimento e das Actividades Mais relevantes para 2013 – 2016 e do Orçamento para o ano de 2013, assim como o Mapa de Pessoal para o ano de 2013. «Se a conjuntura fosse outra, a nossa proposta seria diametralmente oposta», argumentou o presidente da Câmara, para quem, apesar de os documentos previsionais reflectirem uma contenção orçamental, o executivo «vai conti-

nuar a pautar a sua actuação pelo cumprimento dos seus objectivos». Os documentos reflectem uma redução de cerca de 2 milhões e 800 mil euros, ou seja, de um orçamento de 20 milhões e 700 mil euros, sensivelmente, a autarquia passa para 17 milhões e 956 mil euros. Para o edil Luís Franco, a redução está relacionada com a conjuntura e com a adequação das capacidades financeiras da Câmara no que diz respeito à materialização de objectivos políticos, sendo certo que «para ser o mais transparente possível essa redução tem maior equidade ao nível da capacidade de investimento», em que há uma redução de 2 milhões e 550 mil euros.

O MUNICÍPIO promove, no primeiro semestre do ano, o ciclo de trabalho descentralizado, dedicado a cada uma das freguesias. A freguesia de Palmela, a decorrer entre 4 e 8 de Fevereiro, abre o calendário da acção. O programa, que se prolonga até Junho, privilegia as reuniões com os executivos das juntas e instituições locais, o acompanhamento de obras e projetos no terreno, e o atendimento descentralizado pelos eleitos. Dar a conhecer instituições, empresas, agentes locais e projectos que fazem a diferença no dia-a-dia das comunidades é outro dos objectivos da iniciativa. A reunião pública quinzenal do executivo decorre dia 6, às 21 horas, na biblioteca de Palmela. O período aberto à participação dos munícipes terá lugar no início da reunião, para facilitar a discussão de temas de especial interesse para as populações. Os eleitos farão atendimento no município, no dia 8, a partir das 10 horas.

Barreiro mobiliza escolas pela paz CERCA de um milhar de alunos do Agrupamento de Escolas do Barreiro participaram nas comemorações do Dia Escolar da Não Violência e da Paz, que decorreu quarta-feira, no Parque da Cidade. Nesta iniciativa, promovida pelo Agrupamento com o apoio da Câmara, alunos das escolas básicas (EB) nº 3 e nº 4 do Barreiro, do Jardim-de-Infância nº 2 da Verderena e da EB 2º e 3º ciclo D. Luís Mendonça Furtado leram mensagens de paz.

LOCAL

Pacificar a sociedade é o lema

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Com oprocesso de adjudicação desbloqueado, a obra é entregue à Tecnovia

falhado em toda a linha, mesmo tendo a edilidade acatado todos os pedidos da Telic, designadamente pagamentos a 30 dias, quando o contrato inicial estipulava o dobro, e o adiantamento de 30 mil euros». A requalificação da EM550, um troço com 1,5 quilómetros, visa conferir capacidade para o trân-

AS OBRAS, em curso, com vista à reparação do Emissário Submarino que faz a descarga para o mar dos efluentes tratados na ETAR de Ribeira de Moinhos, provocou a interdição da actividade da pesca lúdica e profissional na zona da Costa do Norte, em Sines. De acordo com a autarquia sinesense, o Emissário Submarino tem várias roturas identificadas, algumas ainda na zona da praia, que estão neste momento em fase de reparação. No entanto, obrigam à proibição não só do uso da praia como às actividades de pesca, quer profissional quer lúdica, em toda a zona envolvente ao local da intervenção. Uma interdição que, segundo adianta a autarquia, é aplicada a toda a área entre o Canto

Pesca proibida na costa norte de Sines devido a obras de reparação do emissário que faz descargas para o mar

Actividade da pesca em suspenso

Mosqueiro e a Reserva Natural e vai prolongar-se «durante o tempo necessário para a reparação emissário».

sito a peões e melhorar a rodovia, mediante qualificação da paisagem na qual está inserida. O projecto é visto como mais um passo para contribuir para a recuperação das ruínas romanas de Miróbriga, sítio arqueológico classificado como Imóvel de Interesse Público desde 1940.

Moita estreita contacto com munícipes O PRESIDENTE da Câmara e os quatro vereadores com pelouros dinamizam, mensalmente, o programa de atendimento descentralizado, em todas as freguesias, numa aposta de aproximação da gestão autárquica aos munícipes. No dia 8,, o vereador Miguel Canudo faz atendimento aos munícipes na Junta de Freguesia de Sarilhos Pequenos e, no dia 15, também a partir das 15h00, é a vez do presidente da Câmara, João Lobo, atender os munícipes na Freguesia do Vale da Amoreira. Os atendimentos do mês de Fevereiro terminam a 22, com o vicepresidente Rui Garcia, na Freguesia de Alhos Vedros.

Grândola mostra planta única descoberta por cientistas DESENVOLVIDA pelo Museu Nacional de História Natural e da Ciência, a autarquia de Grândola dá agora a conhecer “Zygodon Catarinoi” uma planta descoberta no Alentejo em 2005, desconhecida até essa data, e confirmada posteriormente como sendo uma espécie nova de musgo. “A Descoberta de Uma Nova Espécie para a Ciência” é a mais recente exposição patente ao público entre 1 e 23 de Fevereiro, retratando o percurso feito pelos investigadores, desde a observação da planta desconhecida, a pesquisa científica, a comparação com outras espécies e a confirmação da descoberta de uma nova espécie para a ciência.“Zygodon Catarinoi” o nome que lhe foi atribuído, presta homenagem a um eminente Botânico Português. A Exposição é organizada pela Biblioteca Municipal de Grândola em colaboração com o Centro Ciência Viva do Lousal.

Alcácer do Sal apadrinha obra literária de Rute Canhoto “PERDIDOS” é o mais recente título literário lançado à estampa pela escritora Rute Canhoto. Uma obra que é ‘apadrinhada’ pela autarquia alcacerense e que este sábado vai ser dada a conhecer publicamente numa cerimónia com moscatel de honra. O romance vai ser apresentado esta tarde oficialmente pela autora no Auditório da Biblioteca Municipal de Alcácer do Sal. Durante a sessão de apresentação, serão dados a conhecer os passos de criação da história, bem como os cenários e as personagens, tendo, ainda, espaço para que os participantes na cerimónia possam vir a interpelar a autora e até recolher um autógrafo.

Turismo do Montijo Velho terminal fluvial do Seixal tem casa nova vai ser reabilitado ainda este ano

Sesimbra mostra Lagoa Pequena

A PARTIR deste sábado, o Posto de Turismo do Montijo vai passar a funcionar na Galeria Municipal, na Rua Almirante Cândido dos Reis, junto da Praça da República. Com esta mudança, a autarquia diz pretender projectar o turismo e a cultura num único espaço mais central e com maior visibilidade. O executivo acredita que esta maior centralidade dos serviços permitirá oferecer a residentes e visitantes, «um serviço de melhor qualidade».

PARA ASSINALAR o primeiro aniversário do Espaço Interpretativo da Lagoa Pequena, a Câmara e o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas promovem, este sábado, actividades gratuitas durante todo o dia. A iniciativa engloba visitas guiadas aos dois percursos e aos três observatórios de aves, pelo ornitólogo Hélder Costa, que vai explicar a importância deste local para a sobrevivência de diversas espécies.

O ANTIGO terminal fluvial do Seixal vai ser alvo de obras de manutenção e qualificação, com início no primeiro quadrimestre deste ano. A medida vai ser realizada no âmbito dos projectos de Valorização da Baía do Seixal. O executivo avisa que os utilizadores que detenham bens e equipamentos no local devem removêlos, assim como proceder à entrega de chaves junto do Serviço de Marinheiro.

Existe ainda a necessidade de libertar a área de intervenção e criar um perímetro de segurança, pelo que os utilizadores, proprietários, co-proprietários e usufrutuários de barcos, poitas e outros equipamentos náuticos e flutuantes atracados, fundeados e colocados na área de execução da obra, devem retirá-los até ao 8 de Março. Até à finalização desta empreitada, não será permitido fundear, acostar ou amarrar na zona identificada.

INICIATIVAS

Montijenses pelo ambiente A AUTARQUIA montijense, em colaboração com a Amarsul, vai desenvolver um projecto de Compostagem Doméstica. As entidades dinamizadoras oferecem um compostor e irão realizar sessões de esclarecimento sobre o seu uso e funcionamento.

Voluntários em Sesimbra A JUNTA de Freguesia do Castelo, em Sesimbra, lançou o projecto “Voluntários da Freguesia”. A iniciativa está aberta a diversas áreas, como a solidariedade, a fotografia, vídeo, imagem, novas tecnologias, a cultura, as artes e ofícios, entre muitos outros.

Sines analisa Estado Social A BIBLIOTECA de Sines recebeu, ontem, a apresentação do livro “Quem Paga o Estado Social em Portugal?”. A obra, coordenada por Raquel Varela, da Universidade Nova de Lisboa, leva a questionar aqueles que trouxeram a economia ao actual estágio da crise.

Moita financia escola básica A CÂMARA vai transferir para a Escola Básica José Afonso, em Alhos Vedros, 2500 euros mensais, no total de 30 000 euros anuais, para custear as despesas de manutenção no horário extracurricular afecto à Câmara e utilizado pelo movimento associativo.

A EMPRESA Tecnovia foi escolhida pela autarquia santiaguense, por ajuste directo, para finalizar a empreitada das obras na estrada das ruínas de Miróbriga, cujo início está previsto para o início de Março. De acordo com a autarquia do comunista Vítor Proença, neste momento decorrem os procedimentos legais com vista à celebração do contrato com a empresa, tendo decorrido recentemente uma reunião entre o edil santiaguense e a direcção de obra da empresa. O ajuste directo com a Tecnovia decorre da decisão da autarquia, de avançar com a rescisão sancionatória por justa causa com a empresa Telic, anterior responsável pela empreitada de requalificação da estrada municipal 550, vulgarmente conhecida por estrada de Miróbriga. Na origem de tal decisão, segundo explica Vítor Proença, esteve o facto de a empresa «ter

Câmara de Santiago avança com obras na estrada de Miróbriga em Março

Extracurricular custa 30 mil

Venâncio e Kiko chamados à selecção Sub-20

DESPORTO

OS JOGADORES do V. Setúbal, Frederico Venâncio e Kiko, foram convocados para a selecção nacional de Sub-20, no âmbito do jogo de preparação para o Campeonato do Mundo 2013 FIFA Sub-20.

Sábado // 2 . Fev . 2013 // www.semmaisjornal.com 12

O defesa Frederico Venâncio, 20 anos, é natural de Setúbal e irmão do prestigiado nadador Tiago Venâncio. Já o médio Kiko, natural de Alcácer do Sal, também tem 20 anos. Frederico Venâncio já alinhou esta temporada na

Jogos do Sado com mais atletas e novas provas

equipa principal dos sadinos, enquanto Kiko ainda não foi chamado pelo treinador José Mota. Os atletas sadinos, que na época 2011/2012 pertenciam à equipa júnior A do V. Setúbal, vão inte-

Os riscos dos guardasredes e as teimosias da FIFA

A presidente Dores Meira quer que a prova sadina consolide cada vez a ideia de «desporto para todos»

s 11.os Jogos do Sado, evento organizado pelo município sadino, com três dezenas de acções de caráter lúdico e competitivo e novas modalidades, mantém a aposta nas atividades de participação popular. São 18 modalidades e mais de 20 entidades envolvidas. A última edição registou a participação de cerca de 6 mil atletas. «O aumento no número de participantes resultou de uma aposta clara na maior dinâmica popular do projecto, concretizada em eventos e provas com maior peso lúdico e menos peso competitivo. Um programa desportivamente mais acessível que prossegue nesta edição», sublinhou a presidente Dores Meira, durante a apresentação da iniciativa. O programa, que arranca este domingo, destina-se a um públicoalvo que prefere «formas mais informais de actividade física, poten-

ciando a adesão livre e descomprometida e estimulando a interacção social de forma mais salutar e qualificada», destacou a autarca. O calendário para 2013, com um vasto leque de iniciativas dinamizado entre Fevereiro e Outubro, engloba vertentes de cariz popular e de competição oficial, incluindo o pentatlo moderno, hóquei em patins e triatlo. «Integrámos no programa uma prova do Campeonato da Europa de Biatle, competição extraída do calendário de eventos internacionais da Federação de Pentatlo Moderno, numa aposta efectiva nesta modalidade após a conquista de um título de campeão europeu por um jovem formado na nossa Escola de Desporto», frisou a edil. A autarca referiu que a edição inclui um «conjunto de eventos variado que vai desde as formas mais populares, como passeios

pedestres ou cicloturistas, até provas de elevada qualificação técnica e desportiva, como o Raid Bicasco, o Campeonato Nacional de Catamarans, em vela ligeira, ou o Troféu Kayak-Mar, em canoagem», vincou a autarca. Os maiores destaques na presente edição, assinalou Dores Meira, «vão para eventos marcadamente inseridos na área do desporto para todos», como atestam as oito provas de pedestrianismo e de BTT/Cicloturismo previstas, nomeadamente o 3.º Setúbal Bike Tour, atividade que detém «o número recorde participantes dos Jogos do Sado». A presidente destacou também uma nova “Regata de Banheiras e Insólitos” e uma prova de natação em águas abertas, eventos que «celebram no seu máximo esplendor, a relação dos munícipes com o rio».

Volta da Pedra com ciclismo em alta Ricardo André – Sub – 23; Daniel Faria – Elites; e Joaquim Bica – Veteranos B. No Campeonato Regional de XCM (Maratonas) brilharam o Sub-23 Ricardo André (1.º lugar); o Elite Renato Ferreira (2.º lugar) e o Veterano B Fernando Mirante (2.º lugar). 5.º lugar a nível nacional

A EQUIPA de Ciclismo/BTT do Grupo Desportivo da Volta da Pedra (GDVP) recebeu, no passado domingo, pelas mãos da Associação de Ciclismo de Setúbal, três importantes prémios regionais, nomeadamente os troféus dos primeiros lugares no Campeonato Distrital, na Taça Regional XCO e na Taça Regional de Maratonas. A nível regional, diversos atletas desta colectividade de Palmela foram distinguidos na Taça Regional de BTT/XCO 2012: 1.º lugar: Pedro Ribeiro – Sub 23; 1.º lugar: Joaquim Bica – Veteranos B; 2.º lugar: Fernando Mirante – Veteranos B; 1.º lugar: Rui Rosa – Veteranos C; e 2.º lugar: Manuel Francisco – Veteranos C.

Atletas de ciclismo/BTT

Na Taça Regional de BTT/XCM (Maratonas) – 2012, é de destacar os 1.ºs lugares alcançados por Pedro Ribeiro – Sub – 23 e Rui Rosa – Veteranos C, bem como os 2.ºs lugares

A nível nacional, o clube classificou-se em 5.º lugar na Taça de Portugal de Maratonas – 2012, entre cerca de 40 equipas, e em 7.º lugar no Campeonato Nacional de XCO – 2012, igualmente entre o mesmo número de equipas.

o longo dos anos – e já são muitos… - a poderosa FIFA, de inspiração britânica, tem sido acusada de muita teimosia quanto à aceitação de umas quantas alterações regulamentares, tidas por lógicas e convenientes. Uma das mais recentes, diz respeito à desejada viabilidade de substituição de guarda-redes, em casos de acidente ou lesões graves, mesmo que a sua equipa já tenha efectuado as três rendições autorizadas. Trata-se de uma questão que, usando a gíria corrente, “já tem barbas”, reportada há uns bons anos 60 anos. Em Maio de 1997, no clássico estádio do Wembley, jogava-se sempre a apreciada final da Taça de Inglaterra, entre o Aston Villa e o Manchester United, motivando densa expectativa. Acontece que, por volta dos 20 minutos de jogo, o “keeper” do Aston Villa, Wood de seu nome, se lesionou gravemente, saindo do campo em maca, afectando todo o espectáculo. Não havia substituições e o jogo ficou estragado, motivando larga celeuma. E foi a partir desse lamentável episódio que a FIFA anulou a sua teimosia. Ainda há mais tempo, na segunda metade dos anos 40, quando o Sporting dos “violinos” dava cartas, em sucessivos campeonatos, havia sido muito badalada uma actuação ocorrida no velho Campo Grande (sob a alcunha de “Caixa de Fósforos”), um Benfica-Sporting renhido e espectacular. O “Keeper” sportinguista era o excelente João Azevedo e, relembrese, o rectângulo de jogo era pelado, duro, em jeito de contundente lixa. Estávamos lá, na alegre fase da nossa adolescência, bastante próximo da baliza defendida por Azevedo e, como tal, apercebemo-nos bem do sucedido. Num lance fortuito, ao bloquear um centro largo do “pipi” Rogério, o experiente guarda-redes “leonino” caiu mal e o seu braço esquerdo sofreu-lhe os efeitos. Quando, após o intervalo, João Azevedo regressou ao “pelado”, trazia o braço ao peito, continuando no seu posto após exigências regulamentares drásticas e insensatas impedindo a substituição. Com raro estoicismo e valiosa experiência, Azevedo conseguiu

grar o grupo de jogadores portugueses que irão defrontar, no dia 5 de Fevereiro, o jogo de preparação para o Campeonato do Mundo 2013, com a França, que terá lugar em Paris, França, no estádio Dominique Duvauchalle.

David Sequerra Colaborador

Trata-se de uma questão que, usando a gíria corrente, “já tem barbas”, reportada há mais de 60 anos. Uma das grandes finais da Taça de Inglaterra abriu a porta a mudanças. manter-se em jogo, usando só a sua experiência e o seu válido braço direito, com o “capitão” Álvaro Cardoso a resguardá-lo ao máximo, matandoo e aplaudindo-o, amenizando um pouco essa tão difícil situação. Ágil e super-atento, com um esgar de dor em cada intervenção, João Azevedo lá se aguentou e o Sporting venceu esse “derby” muito marcado por aquele acidente de inviável resolução. A imprensa da época, desportiva e não só, dedicou especial atenção ao que acontecera no Campo Grande, com contundentes remoques à teimosia da FIFA, via I.B. (Internacional Board), de rigidez contraproducente. Todavia, só perto de 10 anos depois, por mor do sucedido a Tim Wood, naquela “Cup-Final” britânica, é que os magrates da decisão deram “o braço a torcer”, como soi dizer-se, para que não se voltasse a ver um guarda-redes a jogar de braço ao peito. Tanto tempo decorrido, embora já noutros moldes, as substituições de guarda-redes continuam na ordem do dia, parecendo aceitável que se permita que, em casos de comprovada incapacidade, os n.ºs 1 possam ser rendidos mesmo que as suas equipas já tivessem realizado as 3 substituições, que estão agora autorizadas. É uma nova etapa de crescentes contestação às renitência da FIFA tantas vezes censuradas, com toda a razão. Sobre os riscos que correm os guarda-redes e as peripércias que lhes acontecem, ainda há mais a dizer e, por isso, remetemos a atenção dos nossos leitores para a próxima semana, de garantida continuidade na base das complicadas lesões dos “keepers”.

com a tradicional forma de ver, ouvir e sentir o fado, desmistificando a sua conotação saudosista e melancólica. Os bailarinos transmitemnos beleza e aparente facilidade. Ingressos a 10 euros.

Companhia russa leva bailado a Palmela

Adivinhas de todo o Mundo

“Giselle” promete uma noite de encanto e glamour

mundo sobrenatural. O espectáculo estreou em Paris, a 28 de junho de 1841, com autoria de Adam, sobre o libreto de Jules-Henri Vernoy de Saint-Georges e Théophile Gautier, com coreografia original de Jean Coralli e Jules Perrot, posteriormente adaptada por Marius Petipa. O papel de Giselle é, desde então, um dos mais apreciados pelas grandes bailarinas, pelo grau

elevado de exigência técnica e estilística. Com duração de 120 minutos, o espectáculo tem início às 21h30 e destina-se a maiores de três anos. Os bilhetes têm o valor de 23 euros para a plateia e 19 euros para o balcão. Há descontos de 10 por cento para maiores de 65 anos, menores de 16, grupos de mais de dez pessoas e desempregados.

Fado amador em Setúbal

MÚSICA DIA 2 ÀS 22H00 NA CASA DA CULTURA/ SALA JOSÉ AFONSO - NOBODY’S BIZNESS. A Experimentáculo tem o prazer de apresentar, ao vivo e a cores, os Nobody’s Bizness, a maior banda de blues portuguesa. Com uma longa carreira a interpretarem os grandes mestres dos bleus, os Nobody Bizness lançaram um disco obrigatório há dois anos, que todos deveriam ouvir: “It’s Everybody’s Bizness Now”./ Entrada: 5€

DESPORTO DIA 3 ÀS 17H30 NO PAVILHÃO DAS MANTEIGADAS – CERIMÓNIA DE ABERTURA DOS XI JOGOS DO SADO. Três dezenas de eventos desportivos e dezoito modalidades presentes. Os XI Jogos do Sado, programa dinamizado pela Câmara Municipal de Setúbal ao longo do ano, com três dezenas de eventos de carácter lúdico e competitivo e novas modalidades, mantém a aposta nas actividades de participação popular./ Entrada Livre

UM TOTAL de vinte cantores oriundos de vários pontos do País disputam o 1.º lugar do V Concurso de Fado Amador de Setúbal, que decorre a 9, 16 e 23 de Fevereiro, na Capricho Setubalense. O concurso, organizado pelo município e Capricho Setubalense, divide-se em semifinais, sempre com início às 21h30, que decorrem nos dias 9 e 16. Cada semifinal, com dez participantes, apura três finalistas. A gala final é disputada por seis fadistas, num espetáculo a realizar no dia 23, também a partir das 21h30. Sempre em ambiente castiço e envolto pela tradicionalidade do fado, cada semifinal tem duas partes, com os cantores a interpretarem um fado em cada uma delas. Em disputa estão dois galardões, um atribuído pelo

júri e outro por votação do público, sendo que os vencedores, entre outros prémios, passam a integrar o cartaz de espetáculos da Feira de Sant’Iago. Os bilhetes para as semifinais custam 2,5 euros, com direito a uma bebida, sendo que ao longo da noite são servidos petiscos. Devido à elevada procura de bilhetes, é aconselhável fazer reservas junto da Capricho Setubalense.

Escolhas Sadinas Por Ana Sobrinho

Ofertas Semmais Convites para “Uma Noite em Casa de Amália” “Uma Noite em Casa de Amália” é o novo musical de Filipe La Feria que está em cena no Teatro Politeama, em Lisboa. La Feria ficcionou um espectáculo em que a diva Amália Rodrigues recebe na sua casa de S. Bento o genial poeta brasileiro Vinicius de Moraes e tem como convidados figuras incontornáveis da cultura portuguesa, como Natália Correia, David Mourão-Ferreira, José Carlos Ary dos Santos, Maluda, Alain Oulman, que eram, no fundo, os amigos mais íntimos de Amália. Para ganhar convites, ligue 918 047 918 ou envie um email para: passatempos.semmais@mediasado.pt

Artesanato e Produtos Tradicionais do Distrito de Setúbal”, organizada pelo município sadino, pretende divulgar a venda de artigos da região e tem lugar na placa central da Avenida Luísa Todi.

Cartaz... Dança sensual Exibição de uma performance de teatro sem palavras onde várias histórias são contadas com o corpo, através da sensualidade e do erotismo, como ponto de partida para um universo singular. Teatro Joaquim D´Almeida, Casino de Tróia |22h30.

Dança “Drácula” O espectáculo de dança “Drácula”, pela Vortice Dance Company, conta a história do conde romeno Vlad Tepes, que defendeu a igreja cristã na Roménia contra o ataque dos turcos. A sua noiva Elisabetha, crente da morte de Vlad, atira-se ao rio. Teatro Joaquim D’Almeida, Montijo | 21h30.

Sábado

“A VOLTA ao Mundo em 80 Adivinhas”, da Editorial Presença, é um livro para crianças que gostam de adivinhas. Para as resolver, os leitores terão de dar a volta ao Mundo. Há 80 adivinhas para resolver. Mas, para isso, é necessário fazer girar a roda em cada página. É um livro encantado que permite fazer a primeira experiência de viajar por todo o Mundo. Não se deve mudar de cidade sem que sejam decifradas as adivinhas, que lá estão à espera dos leitores, e descobertas as curiosidades dos dez lugares fascinantes para viajar por todo o Mundo.

“GISELLE”, de Adolphe Adam, é o bailado que o Russian Classical Ballet leva ao palco do Teatro S. João, em Palmela, no dia 27 deste mês. A companhia garante uma noite de encanto e glamour, numa organização Classic Stage com o município local. Considerada uma das mais expressivas obras-primas do ballet romântico, “Giselle” é um bailado em dois actos, que narra a história de uma jovem camponesa, de origens modestas, apaixonada por Albrecht, Príncipe da Silesia, que se faz passar por camponês para conquistar o seu amor. Quando descobre a mentira, Giselle é levada à loucura e acaba por sucumbir, mas o amor dos dois prolongase para além da morte, num

DOÇARIA conventual, mel, compotas e outros produtos típicos de região de Setúbal estão em destaque num certame que decorre entre 5 e 7 de Abril, com inscrições já decorrer. A “II Mostra de

Sábado

Sábado // 2 . Fev . 2013 // www.semmaisjornal.com

ESTE SÁBADO, às 21.30 horas, o Teatro João Mota, em Sesimbra, acolhe o espectáculo “Correr o Fado”, pelo Quorum Ballet. Ao fundir o fado com a dança contemporânea, o espectáculo quebra

CULTURA

Artesanato sadino abre inscrições

Sábado

“Correr o Fado” em Sesimbra

Rute lança livro “Perdidos”, é o mais recente livro de Rute Canhoto. É uma excelente oportunidade para ficar a conhecer os passos de criação da história, os cenários e as personagens, além de poder interpelar a autora e até recolher um autógrafo. Biblioteca de Alcácer do Sal | 16h30.

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Alemães recrutam em Setúbal

NEGÓCIOS

O IEFP/ Eures Portugal, em cooperação com o Recrutamento Internacional Alemão, vai desenvolver sessões por todo o país, passando também por Setúbal, de 19 de Fevereiro a 1 de Março,

Sábado // 2 . Fev . 2013 // www.semmaisjornal.com 14

para informar, aconselhar e pré-selecionar profissionais interessados em trabalhar na Alemanha nas áreas de Tecnologias de Informação, Hotelaria e Restauração, Profissões Técnicas e Saúde.

Pluricoop reabre lojas O SECRETÁRIO de Estado da Solidariedade e da Segurança Social, Marco Costa, deslocou-se quinta-feira à loja da Pluricoop que reabriu na Baixa da Banheira, onde destacou a importância das

cooperativas de consumo. A Pluricoop já reabriu cinco lojas depois de passar por um processo de insolvência, mas espera chegar às 22 até final do ano, criando mais de 170 postos de trabalho.

Ameaça da subida do IVA deixou sector do vinho na região em alerta máximo e pânico Foi falso alarme. A ministra recuou, mas deu para ver o que aí vinha. O sector na região continua em alta e a bater recordes. Em 2012, as exportações aumentaram 82 por cento e é a terceira região do país em volume de facturação.

gerente da Casa Ermelinda Freitas, tem «receio» de que esta subida torne «inviável o sector, diminuindo as margens de lucros actuais, que já estão esmagadas». «Seria uma tragédia para o sector e para todos os outros com os quais este trabalha», resume. Joana Vida, da Venâncio da Costa Lima, por outro lado, diz que continua a «acompanhar o assunto», embora admita não perder muito tempo com ele pelo facto de a tutela já ter dito que este não está em cima da sua mesa».

Projectos continuam, apesar da crise Os números da região são os bons números da Casa Ermelinda Freitas. As vendas dispararam 12 por cento, assim como as exportações para a Europa, Angola, China, EUA e Brasil. O projecto da nova adega, que vai permitir à casa ganhar novo alento, já está inclusive a ser concretizado no terreno. O mesmo acontece com a da Venâncio da Costa Lima, na Quinta do Anjo, orçado em 2 milhões de euros. «Vai trazer mais-valias em todos os aspectos, mas principalmente a nível das nossas condições de trabalho e de competitividade», resume.

Números que impressionam

fantasma da subida do IVA no sector do vinho para a taxa máxima voltou a gerar alarmismo e pânico este mês entre os produtores da região, mesmo tendo a ministra da Agricultura, Assunção Cristas, já vindo a público a semana passada desmentir essa intenção. Apesar desta ameaça, o presidente da Comissão Vitivinícola Regional da Península de Setúbal (CVRPS), Henrique Soares, lembra que o sector tem vindo a dar «provas do

O aumento do IVA de 6 para 23 por cento será um revés para o mundo rural

seu amadurecimento, tendo conseguido por diversas ocasiões travar esta subida». Em declarações ao Semmais, Henrique Soares diz que a medida provocaria a diluição das margens

Liberty Seguros abre nova agência na vila de Alcochete

Cerimónia de inauguração

cresçam connosco, pois isso prova que a Liberty Seguros é a seguradora que os apoia e que vai ao encontro das suas necessidades, através de soluções competitivas. Este espaço de atendimento vem beneficiar os nossos clientes em Alcochete, oferecendo-lhes condições de atendimento personalizadas e inovadoras».

de lucro dos produtores de vinho, dificultando ainda mais a vida de um sector que tem sofrido com a retracção do mercado interno, mas que tem sabido crescer à custa das exportações. Leonor Freitas,

ESCE debateu recursos humanos A ESCOLA Superior de Ciências Empresariais do IPS de Setúbal foi palco, segunda e terçafeira passadas, da IV Edição da conferência “Investigação e Intervenção em Recursos Humanos”. A iniciativa contou com a apresentação de mais de uma centena de comunicações de autores de referência, professores e estudantes do ensino superior. José Bancaleiro (Station Chase) e José Keating (Universidade do Minho), abriram e encerraram os trabalhos, sendo que a última sessão contou com a presença do presidente do IEFP, Octávio Teixeira. O debate permitiu troca de experiências e a discussão da gestão dos recursos humanos nas diferentes áreas de investigação.

Apesar do alarmismo e do pânico gerados por uma eventual subida em 10 por cento do IVA, o sector continua a crescer, tendo o ano de 2012 sido o melhor de sempre na península. As exportações de néctares cresceram 82 por cento comparativamente a 2011, o equivalente a um aumento de 10 por cento a nível da facturação. «Foi um desempenho comercial assinalável, a que se juntam os mais de 180 prémios conquistados cá dentro

Aicep BP integra consórcio Erasmus A AICEP Global Parques tornou-se membro de consórcio Erasmus Al Sud, que integra a Universidade de Lisboa, na qualidade de entidade coordenadora, as Universidade de Évora e do Algarve e os Institutos Politécnicos de Beja e de Setúbal na qualidade de parceiros. A principal missão deste consórcio é fortalecer a ligação entre as instituições de ensino superior e as empresas/organizações portuguesas, afirmando-se pela sua visibilidade a uma escala europeia, promovendo a cooperação transfronteiriça, e tendo o compromisso de potenciar o desenvolvimento regional e local das áreas geográficas abrangidas pela rede de instituições consorciadas. O consórcio Erasmus Al Sud junta universidades e politécnicos de Lisboa e a sul do Tejo, municípios, entidades empre-

Bruno Cardoso

A LIBERTY Seguros inaugurou recentemente uma nova agência na margem Sul do Tejo, mais concretamente em Alcochete. A cerimónia contou com a presença do presidente & CEO da Liberty Seguros, José António de Sousa. A abertura do novo escritório do seu parceiro de negócio Gaspar Manuel Rodrigues Penetra é resultado do crescimento da atividade seguradora da Liberty Seguros na nossa região, razão que levou à implementação de um novo espaço de atendimento ao cliente. Em virtude da mudança de instalações, a nova agência funciona agora no número 6 do Largo da Revolução 1910, em Alcochete. Sobre a inauguração deste novo espaço Liberty Seguros, o diretor comercial Rogério Bicho, salienta que «é muito importante que os nossos parceiros de negócio

e lá fora», resume Henrique Soares. Tal como já tinha avançado ao Semmais anteriormente, o volume de negócios terá ficado próximo dos 80 milhões de euros no ano anterior, passando agora a região a figurar como a terceira maior a nível nacional. A última vindima também cresceu em quantidade, 66 por cento, face ao famigerado ano de 2011.

Plataforma da Aicep Global Parques

sariais e organizações, com o objectivo de proporcionar estágios profissionais em Portugal a estudantes europeus do ensino superior, bem como financiar estágios profissionais aos estudantes das universidades e institutos consorciados, nos países participantes no programa Erasmus.

Sábado // 2 . Fev . 2013 // www.semmaisjornal.com

Notas Fiscais

Regras de Faturação

Estaleiros da Lisnave, na península da Mitrena, fazem parte do ‘top 5’ a nível internacional

Lisnave reparou 101 navios em 2012 A contracção do mercado e a forte competição concorrencial não afectaram a performance dos estaleiros, que em 2012 igualou os resultados do ano anterior, fruto de uma marca com peso internacional OS 101 navios reparados no ano passado são oriundos de 60 clientes de 23 países. Apesar da conjuntura mundial pouco favorável à actividade de reparação naval, «a Lisnave conseguiu manter um interessante nível de trabalho», explica a administração da empresa. Singapura, com 22 navios e Grécia com 15, são os países com mais navios reparados nos estaleiros da Mitrena, ao longo de 2012. Chipre, com dez navios, o Japão com nove, a Dinamarca com sete e a Alemanha com cinco, são outros países a destacar, bem como a Espanha, os Estados Unidos e a Noruega, com quatro navios cada. Outro indicador que a Lisnave

considera importante é a continuação do chamado “repeated business”, ou seja, diversos clientes de todo o mundo continuam a confiar a responsabilidade da reparação/manutenção dos seus navios aos estaleiros da Mitrena, «reconhecendo, assim, a qualidade do trabalho aqui desenvolvido».

reparação. Outras reparações importantes foram feitas em cinco navios da Tsakos Columbia Shipmanagement e da Dampskibsselskabet Norden A/S, e a Victoria Ship Management entregou quatro navios. A Lisnave aposta na reparação de vários tipos de navios, mas continuam a ser os segmentos tradicionais que contribuem de forma mais significativa para o total da actividade, nomeadamente os petroleiros. Assim em 2012, a Lisnave reparou 66 petroleiros, mas é igualmente de mencionar os trabalhos realizados em doze graneleiros e dez porta-contentores.

Dos 101 navios reparados 66 foram petroleiros Como exemplo, a empresa enuncia a Unicom Managements Services de Chipre, que docou sete navios, a AET Eagle Shipmanagement e a AP Moller – Maersk A/S entregaram seis navios cada para

Portucel atinge novo máximo histórico papel, o grupo conseguiu atingir um novo aumento no volume de vendas, ultrapassando 1,5 milhões de toneladas vendidas. Este crescimento, aliado a um incremento no preço médio de venda, contribuiu favoravelmente para o comportamento muito positivo do negócio do papel. A área do negócio de energia teve um desempenho positivo ao longo de 2012, tendo o valor das vendas registado um crescimento de cerca de 8 por cento, em resultado do aumento de produção e da evolução do preço de venda, tendo, no entanto, sido negativamente afectado pelo grande agravamento de custos registado nesta rubrica.

Paulo Janela Inspector tributário (pjjanela@gmail.com)

Quando sejam processadas por sistemas informáticos, todas as menções obrigatórias devem ser inseridas pelo respetivo programa informático de faturação. Ou seja, deixa de ser possível, numa fatura emitida por programa informático, colocar qualquer menção por forma manuscrita. Com a “fatura simplificada”, é revogada a dispensa de faturação e deixa de ser possível a emissão de talão de venda. A “fatura simplificada” deve ser processada por sistemas informáticos ou pré-impressas em tipografias autorizadas. Sendo que, quando processadas por sistemas informáticos, todas as menções obrigatórias devem ser inseridas pelo respetivo programa informático de faturação. Ou seja, à semelhança do que é exigível para a fatura, também para a “fatura simplificada”, deixa de ser possível a introdução de qualquer menção por forma manuscrita. A “fatura simplificada” pode ainda ser emitida por outros meios eletrónicos, dos quais se destacam as máquinas registadoras e os terminais eletrónicos ou balanças eletrónicas. Sobre esta matéria, ainda há muito para referir mas penso que de uma forma sucinta ficou aqui expresso o essencial. Por fim, não poderia deixar de referir que em relação à “fatura simplificada”, alguns comerciantes têm tido diversas dificuldades, já que, alguns não têm meios económicos para obter novas máquinas e outros, que nunca usaram máquina registadora, vêem-se agora obrigados a efetuar tal investimento. Pub.

CARTÓRIO NOTARIAL DE SETÚBAL NOTÁRIA MARIA TERESA OLIVEIRA

COM UM VOLUME de negócios superior a 1,5 mil milhões de euros, o grupo Portucel atinge em 2012 novos máximos de volume de produção e de vendas de papel, consolidando a sua posição de líder europeu de papel fino não revestido de impressão e escrita (UWF). O crescimento no volume de negócios do grupo está sustentado no bom desempenho do negócio do papel, assim como na evolução positiva da área de energia. Apesar do difícil enquadramento económico internacional e do elevado nível de desemprego registado ao longo do ano, com consequências negativas em termos de consumo de

rago a esta rúbrica de uma forma sucinta e simplificada, as principais alterações às regras de faturação que entraram em vigor em 1 de Janeiro de 2013, e que penso que será útil quer para o vendedor ou prestador de serviços, bem como para o consumidor. Em termos gerais, a emissão da fatura deve obedecer às disposições dos artigos 29º, 36º e 40º do CIVA. Em primeiro lugar importa referir que a expressão “fatura ou documento equivalente”, é substituída pelo termo “fatura”. O que significa significa que são derrogadas todas as referências a “fatura ou documento equivalente”, constantes no Código do IVA e na demais legislação. No que concerne à obrigatoriedade de emitir fatura, passa a ser obrigatória a sua emissão para todas as transmissões de bens ou prestações de serviços, incluindo os pagamentos antecipados, independentemente da qualidade do adquirente ou do destinatário dos mesmos, ainda que estes não a solicitem. Os operadores económicos passam, assim, a ser obrigados a emitir uma fatura por cada transmissão de bens ou prestação de serviços, incluindo as efetuadas a adquirentes não sujeitos passivos. Passam a existir 2 tipos de faturas. A fatura, prevista no At.º 36 do CIVA e a “fatura simplificada” prevista no Art.º 40 do CIVA. No que respeita à “fatura simplificada”, esta aplica-se nos casos de transmissões de bens efetuadas por retalhistas ou vendedores ambulantes a não Sujeitos Passivos de imposto, quando o valor da fatura não seja superior a € 1.000 e a outras transmissões de bens e prestações de serviço em que o montante da fatura não seja superior a € 100. Quanto ao modo de processamento, as faturas devem ser processadas por sistemas informáticos, ou ser pré-impressas em tipografias autorizadas.

Os resultados operacionais fixaram-se nos 286,2 milhões de euros, evidenciando um crescimento de 7,5 por cento face a 2011.

Sito do Cartório na Avenida 22 de Dezembro nº 21-D em Setúbal Certifico, para efeitos de publicação que no dia trinta e um de Janeiro de dois mil e treze, neste Cartório, foi lavrada uma escritura de justificação, a folhas 20 do livro 251 – A, de escrituras diversas, na qual: Manuel Jones Paciência casado sob o regime de comunhão de adquiridos Maria da Palma Colaço Paciência, residente na Avenida Capitães de Abril, Bloco A, D 2, no Pinhal Novo, em Palmela, contribuintes números 146968794, justificou a posse, invocando a usucapião do seguinte prédio: Prédio urbano composto de lote de terreno para construção urbana com a área de dois mil metros quadrados, sito na Travessa do Monte Lagarto, designado por Lote 31, Lagoinha, freguesia e concelho de Palmela, que confronta do norte com José Miranda Paciência, do sul com Abílio Lima Esteves, do nascente com Travessa Monte Lagarto, e do Poente com Agostinho José Ferreira S. Aresta, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 18555, pendente de avaliação, a desanexar do prédio descrito na Conservatória do Registo Predial de Palmela sob o número nove mil quinhentos e cinquenta, da referida freguesia. Está conforme. Cartório Notarial sito na Avenida 22 de Dezembro número 21-D em Setúbal, 31 de Janeiro de 2013. A Notária, Maria Teresa Oliveira

ÚLTIMA Sábado // 2 . Fev . 2013 // www.semmaisjornal.com

Carnaval romântico no Troiaresort

A produção ostreícola nas nossas zonas estuarinas apresentam alta qualidade e são apreciadas ã nível internacional

Ostra portuguesa é ‘filha’ dos estuários do Tejo e do Sado

O TROIARESORT vai organizar festejos carnavalescos inspirados no São Valentim, nos dias 9, 10, 16 e 17 de Fevereiro, destinados a visitantes, clientes e hóspedes. Na mesma ocasião serão lançadas, oficialmente, as “Escapadas”, que incluem alojamento e experiências para o casal ou família. Nos dias 9 e 16, há workshops de equitação no jardim das Quinas, pelas 15 horas; ateliers no Troiagolf, a partir das 16h30; e uma visita à exposição permanente “tróia Romana”, pelas 18 horas. Na primeira actividade, num estábulo ao ar livre, e com um pagem e o seu cavalo, o público pode participar numa tertúlia interactiva. Por seu lado, no atelier destina-se a

todos quantos desejem aprender golfe da forma mais profissional. O professor residente, acompanhado por Romeu e Julieta, demonstrará como o golfo é entusiasmante. A visita, à luz de lucernas, a “Tróia Romana” é guiada pelo romano Cornelius Bocchus e por uma arqueóloga. No Casino de Tróia, no dia 9 há festa de Carnaval, com o DJ Nebur e banda ao vivo, e no dia 16, tem lugar a noite romântica, com canções intemporais ao vivo. Nos dias 10 e 17, às 11h30, terá lugar um passeio pedestre ao longo de um ‘trilho encantado’, com Romeu, Julieta, o Cupido e um violinista no meio de um percurso ambiental.

Especialistas querem mais bancos de ostras na região O INCENTIVO à exploração da ostra portuguesa no estuário Sado, a sua promoção, a exploração de recursos biológicos estuarinos e a compatibilização com outras actividades, serão assuntos a discutir entre especialistas e defensores do ambiente, num encontro marcado para este sábado, na Moita. Promovido pela Quercus, no Dia Mundial das Zonas Húmidas, o debate pretende abordar o desenvolvimento sustentável, ambiente e economia, com particular enfoque na península de Setúbal, nos estuários do Sado e do Tejo. Este encontro pretende partir da história e da ecologia para chegar a um debate mais abrangente. Num contexto económico actual em que o problema do desemprego é central,

e particularmente agudo na península de Setúbal, e em que o Governo começou a falar de re-industralização, «é importante que a sociedade civil promova também o debate sobre estas matérias e a sua indispensável ligação a aspectos de sustentabilidade ambiental», defendem os ambientalistas. “Angulata” com dezenas de bancos naturais A importância dos ambientes estuarinos do Sado e do Tejo foi já, de resto, reconhecida pelo Governo que em 2010 lançou um programa que visa reintroduzir a ostra portuguesa nos estuários da região, em tempos cruzados de dezenas de bancos naturais de “angulata”. Tem-se verificado uma recuperação dos bancos naturais associada a uma redução da poluição no estu-

ário do Sado, admite o IPIMAR, para quem a qualidade das águas representa para esta actividade «uma importância fundamental tal como o papel que as entidades administrantes deverão desempenhar». Em defesa da sustentação da ostra portuguesa e da biodiversidade do estuário do Sado e do Tejo, o IPIMAR defende a sua exploração comercial, «estimulando as empresas nacionais a produzirem a ostra portuguesa». Neste contexto a Reserva Natural do Estuário do Sado lançou, em 2010, o programa “A Ostra Portuguesa – Recuperação de um Património” com o objectivo de criar um efeito mobilizador em defesa da ostra portuguesa, que congregue esforços entre as diversas entidades, servindo ao mesmo tempo para divulgar, formar e informar os diversos agentes envolvidos.

Tejo e Sado eram habitat natural desta espécie A realização de escavações arqueológicas na localidade ribeirinha do Gaio-Rosário, Moita, veio mostrar a existência de ocupação humana no Neolítico, cerca de 4000 anos AC, por comunidades que se

alimentavam de recursos locais, incluindo bivalves do estuário. A espécie teve grande importância comercial entre as décadas de 50 e 70 do século passado, antes de ser dizimada pela chamada ‘doença das

brânquias’, com origem na poluição da água. Chegaram a produzir-se dezenas de toneladas, que eram exportadas para França, onde ganharam reputação, sendo conhecidas por ‘Les portugaises’.

Rita Perdigão

Guitarrista Johnny Marr garantido vai ao Super Bock Meco

Lar de Alcácer finalista de prémio de arquitectura O LAR de idosos de Alcácer do Sal é um dos cinco finalistas do prémio de Arquitectura Contemporânea da União Europeia, cuja cerimónia de entrega de prémios terá lugar no dia 6 de Junho, em Barcelona. O equipamento disputa o primeiro lugar com o City Hall, de Gand (Bélgica), o Superkilen, um parque intercultural dinamarquês, o Harpa, na Islândia, e com o Metropol Parasol, um espaço comercial e cultural sevilhano. A Comissária Europeia responsável pela Cultura felicitou os nomeados, bem como os restantes 330 projectos que entretanto ficaram pelo caminho, e afirmou que os cinco finalistas são um «exemplo fulgurante do dinamismo dos sectores culturais e criativos europeus». No total, foram nomeadas 335 obras de 37 países participantes no programa da UE “Cultura”. Os nomes do vencedor do prémio e do concorrente distinguido com a “Menção Especial Arquitecto Emergente” serão conhecidos em Maio.

O GUITARRISTA britânico, Johnny Marr, é a mais recente confirmação do 19.º Super Bock Super Rock, que terá lugar de 18 a 20 de Julho na Herdade do Cabeço da Flauta, junto à praia do Meco, no concelho de Sesimbra. Segundo a empresa organizadora, a Música no Coração, trata-se de «mais um nome de peso» para um dos «melhores e principais» festivais de música de Portugal. Apontado como um dos guitarristas mais criativos de sempre em palco, e também o inesquecível guitarrista dos The Smiths, Johnny Marr tem um álbum original a solo com lançamento agendado para Fevereiro. Chama-se “The Messenger” e diz a revista Mojo que é um disco «excelente». Já a Rolling Stone coloca-o na lista dos cem melhores guitarristas de sempre. Arctic Monkeys, Efterklang, TOY, Azealis Banks, Johnny Marr, The Killers, Manuel Fúria e Queens of The Stone Age são os outros grupos já confirmados para actuarem no 19.º Super Bock Super Rock. O passe para os três dias custa 90 euros e o bilhete diário 48 euros.

Barcaça gigante em reparação nos estaleiros da Lisnave na Mitrena A BARCAÇA “S44”, do armador Saipem, grupo ENI, agenciada pela Afonso H. O’Neill & CA, Lda, encontrase nos estaleiros da Lisnave, para

reparação, desde o passado dia 17. A barcaça tem dimensões pouco comuns, 190 metros de comprimento, 50 metros de largura

e uma arqueação bruta de 30 760, não possui propulsão própria, sendo a mesma proporcionada por rebocadores. Opera no

offshore, designadamente no transporte de grandes estruturas relacionadas com a exploração petrolífera.