semmais
Sábado 01 | Outubro | 2016
Diretor Raul Tavares Semanário | Edição 919 | 9ª série Região de Setúbal Distribuído com o Expresso Venda interdita
EDIL DE SETÚBAL, DORES MEIRA, EM ENTREVISTA, DIZ QUERER DEIXAR UMA HERANÇA MELHOR DO QUE A QUE RECEBEU
«Daqui a três anos temos as contas da Câmara equilibradas» A presidente da Câmara de Setúbal, Maria das Dores Meira, não tem dúvidas de que daqui a três anos as contas do município estão totalmente equilibradas. Gaba uma cidade que passou de um sonho a realidade vivida, com destaque para a «exemplar» requalificação urbana em curso, o usufruto da zona ribeirinha e as alterações na rede viária e no saneamento. E afirma que o investimento da “Macau Legend” vai operar uma metamorfose à beira-rio.
POLÍTICA PÁGINA 10
SOCIEDADE PÁGINA 3
SOCIEDADE PÁGINA 4
NEGÓCIOS PÁGINA 13
A Central Nuclear de Almaraz, em Espanha, junto ao leito do Tejo, já ultrapassou o seu ciclo de vida, mas continua a operar e até a expandir-se, com a criação de um armazém de resíduos nucleares, O eurodeputado Carlos Zorrinho, do PS, alertou a Comissão Europeia para os perigos.
A segunda edição da Ar Puro – Feira de Caça, Pesca e Atividades ao Ar Livre, orçada em 12 mil euros, que decorre de 7 a 9 de outubro, no parque de feiras e exposições de Grândola, espera mais de cinco mil visitantes. A edição do ano passado ficou-se pelos três mil.
O movimento de contentores na plataforma portuária de Setúbal aumentou, entre Janeiro e Agosto deste ano, mais de 40% face a igual período do ano passado. Segundo dados da Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra foram movimentados 109 mil TEU.
ALERTA CONTRA CENTRAL NUCLEAR QUE AMEAÇA TEJO ATÉ À CAPARICA
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FEIRA DO “AR PURO”, EM GRÂNDOLA PORTO DE SETÚBAL CRESCE 41 % ESPERA MAIS DE CINCO MIL VISITANTES NA MOVIMENTAÇÃO DE CONTENTORES
ARESTAURANTE CASA SETÚBAL DO PEIXE PORTUGAL
RUA GENERAL GOMES FREIRE 138 | 960331167
A SEMANA ARTISTA PLÁSTICA DE SETÚBAL PREMIADA NA BIENAL DE DESENHO DE ALMADA MÓNICA GARCIA FOI GALARDOADA COM O PRÉMIO PEDRO DE SOUSA 2016, A DISTINÇÃO MÁXIMA DA PRIMEIRA EDIÇÃO DA BIENAL DE DESENHO DE ALMADA, ORGANIZADA PELA IMARGEM — ASSOCIAÇÃO DOS ARTISTAS PLÁSTICOS DO CONCELHO DE ALMADA, COM O APOIO FINANCEIRO DA CÂMARA MUNICIPAL DE ALMADA. PARA A ARTISTA SETUBALENSE, DE 27 ANOS, O GALARDÃO, NO VALOR DE MIL EUROS, É «UMA MAIS-VALIA». «PRINCIPALMENTE PARA UMA JOVEM ARTISTA EM INÍCIO DE CARREIRA COMO EU QUE NUNCA PROCUROU GANHAR TERRENO NO CAMPO DA ARTE ATRAVÉS DA CUNHA, QUE É MUITO COSTUME NO RAMO ARTÍSTICO, MAS SIM DE UM TRABALHO MUITO INTENSO», DESTACA. ESTE PRÉMIO FOI ABERTO À PARTICIPAÇÃO DE TODOS OS ARTISTAS NACIONAIS E ESTRANGEIROS RESIDENTES EM PORTUGAL COM MAIS DE 18 ANOS. O JÚRI CONSTATOU A PARTICIPAÇÃO DE 233 DESENHOS DE 133 ARTISTAS DE TODO O PAÍS. APÓS ANÁLISE DAS OBRAS A CONCURSO SELECIONOU 20 OBRAS PARA A EXPOSIÇÃO DA BIENAL DE DESENHO DE ALMADA. ENTRE ESTAS ESCOLHEU COMO VENCEDORA A OBRA “ABRIGO”, REALIZADA POR MÓNICA GARCIA EM 2013, QUANDO AINDA ERA ESTUDANTE DA LICENCIATURA EM ARTES PLÁSTICAS NA ESCOLA SUPERIOR DE ARTES E DESIGN DAS CALDAS DA RAINHA, CURSO QUE, ENTRETANTO, JÁ CONCLUIU.
Mais de mil caloiros do IPS foram recebidos pelo município sadino
GNR apreende mais de 3 mil doses de haxixe no Montijo
C
erca de mil alunos, entre caloiros e veteranos, do Instituto Politécnico de Setúbal foram recebidos quinta-feira de manhã pela Câmara Municipal, defronte dos Paços do Concelho. O som de um altifalante confirmou a chegada dos caloiros, pintados e decorados a rigor, com perucas, plumas e enfeites diversos. Baldes de plástico enfiados na cabeça e garrafas de água ajudaram a proteger do calor. «O percurso foi iniciado no IPS e tem como ponto de paragem a baixa», explicou Bruno Fragueiro, da Associação Académica do IPS, instituto que integra escolas superiores de Tecnologia, Educação, Saúde e Ciências Empresariais. O vereador Carlos Rabaçal deu, em nome do município, as boas-vindas aos estudantes que
M iniciam agora um novo ano letivo. «Setúbal oferece a todos cultura, desporto, ambiente e proporciona uma vida alegre, com prazer». O autarca, que salientou a recetividade do município em apoiar as diversas iniciativas dos estudantes, fez votos de que, concluída a formação académica, «a cidade também ganhe, com o desen-
volvimento de atividades económicas, ambientais, culturais e a criação de novas empresas». Depois da receção, a Semana de Acolhimento IPS, uma organização da Associação Académica com o apoio do IPS, prosseguiu no parque do Bonfim, recentemente requalificado, para um almoço-convívio. Durante a tarde decorreu o batismo do ca-
loiro, no parque de Albarquel. À noite, foi promovido um arraial, no campus do IPS, com a participação de tunas. A Semana de Acolhimento IPS 2016, a decorrer desde o dia 26 com o objetivo de promover diversão, convívio e integração dos estudantes, termina este sábado, com jogos e atividades diversas, no Barreiro.
ilitares do Núcleo de Investigação Criminal da GNR do Montijo detiveram no passado dia 26, um homem de 42 anos por tráfico de estupefacientes, em Alhos Vedros. No âmbito da investigação pelo crime de tráfico de estupefacientes, foram realizadas duas buscas, uma domiciliária e outra não domiciliária, onde foram apreendidos: 3 248 doses de haxixe; 840,6 gramas de folhas de cannabis;160 sementes de cannabis; duas plantas de cannabis; duas balanças de precisão; duas armas de
Deputados social-democratas levam ao parlamento produtos de excelência da região
O
s deputados do PSD do distrito organizaram uma mostra de produtos regionais de Setúbal que decorreu, dia 28, na Assembleia da República, onde reuniram uma dezena de produtores e empresários. Mais de 200 pessoas estiveram presentes na iniciativa, entre as quais o presidente da Assembleia da República e de-
putados de vários grupos parlamentares, que teve como principal objetivo promover o que de melhor de faz no distrito, sobretudo ao nível dos setores vitivinícola e dos enchidos. «Somos uma região de excelência como destino turístico, pelas praias, paisagens, gastronomia, mas também pelas condições naturais, que aliadas a uma capacidade empreendedo-
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ra e de inovação de um conjunto de empresários, que muitas vezes passa de geração em geração, originam produtos de grande qualidade», sublinhou o deputado Bruno Vitorino. O social-democrata recordou ainda que os deputados do PSD do distrito foram os pioneiros em trazer os produtos da sua região ao Parlamento, tendo posteriormente muitos outros deputados
de outros círculos eleitorais adotado esta ideia. Nesta mostra de produtos regionais, que contou com a parceria da Comissão Vitivinícola Regional da Península de Setúbal, estiveram presentes a Casa Ermelinda Freitas, José Maria da Fonseca, Bacalhôa, Sivipa, Quinta do Piloto, Malo Tojo, Raporal, Lima Fortuna e Santa Casa da Misericórdia de Canha.
fogo transformadas para o calibre 9mm; uma arma de fogo dissimulada sob a forma de uma caneta, calibre .22; duas reproduções de armas de fogo, calibre 9mm; duas espingardas de ar comprimido, calibres 4,5mm e 5,5mm; uma carabina calibre 9mm; 120 euros; duas notas falsas, com o valor facial de 50 euros; uma matraca; 2 000 projéteis de vários calibres; 180 munições de diversos calibres; um computador portátil; um telemóvel e um carro telecomandado. O detido foi constituído arguido e sujeito a termo de identidade e residência.
SOCIEDADE
CRIAÇÃO DE UM ARMAZÉM DE RESÍDUOS NUCLEARES É A NOVIDADE DE UMA CENTRAL QUE JÁ ULTRAPASSOU CICLO DE VIDA
Alerta em Bruxelas contra central nuclear que ameaça Tejo até à Caparica
A central já ultrapassou o seu ciclo de vida, mas continua a laborar e até a expandir-se, com a criação de um armazém de resíduos nucleares. O eurodeputado do PS, Carlos Zorrinho, levantou a questão junto da Comissão Europeia. A resposta é que este investimento não coloca em causa parâmetros de segurança. TEXTO ROBERTO DORES IMAGEM SM
A
central nuclear espanhola de Almaraz (Extremadura espanhola), considerada uma ameaça para o rio Tejo até à Costa de Caparica, está a levantar preocupações junto dos próprios eurodeputados. Desta vez é a notícia que dá conta de um novo investimento na central que envolve a construção de um armazém de resíduos nucleares, que já chegou à Comissão Europeia através do eurodeputado Carlos Zorrinho. De acordo com o documento, Zorrinho questiona se a autorização do processo de investimento numa central nuclear a operar para lá do seu período de vida normal não deveria ser condicionado à transposição da nova diretiva (2014/87/Euratom), que estabelece a segurança das instalações nucleares. “Recebeu a Comissão Europeia garantias de que esta intervenção não põe em causa os parâmetros de segurança, sobretudo tendo em conta o historial de incidentes registados nos últimos anos na
central de Almaraz?”, perguntou o eurodeputado. Recorde-se que a central espanhola de Almaraz - que completou 30 anos em maio de 2011, atingindo o limite de vida de uma central deste tipo, tendo o Governo espanhol alargado a licença de funcionamento até 2020 - situa-se, precisamente, a cerca de uma centena de quilómetros da fronteira e foi recentemente alvo de uma megamanifestação que pediu o seu encerramento. REATORES SÃO ARREFECIDOS POR ÁGUAS DO TEJO Os dois reatores são arrefecidos pelas águas do rio Tejo, levando Jorge Pereira, diretor da Medicina Nuclear do Hospital de São João (Porto) e especialista em instalações radioativas, a assegurar que se houver um acidente em Almaraz «a bacia do Tejo fica contaminada até Almada». Como tal, sustenta, será prudente dar iodo à população «por pastilha ou nos alimentos, como peixe, beterraba e frutos vermelhos. Deve mesmo ser obrigatório»”, sublinha, justificando ser este o recurso para saturar a tiroide evitando assim que a glândula
possa captar iodo radioativo. A central começou a ser construída em 1972 e o primeiro reator começou a laborar em 1981, enquanto o segundo arrancou em 1983. Situa-se nas imediações a povoação de Almaraz (Cáceres) onde residem 1600 pessoas, e ocupa 1683 hectares, localizando-se a cerca de cem quilómetros da fronteira com Portugal em linha reta, seguindo o caudal do rio Tejo. Tem capacidade para abastecer cerca de 4 milhões de pessoas.
As dúvidas sobre o efeito da central nuclear espanhola de Almaraz em território nacional levou, recentemente, à criação de um grupo de cidadãos que pretendem monitorizar a radiação no rio Tejo. O objetivo é disponibilizar informação sobre o nível de radiação na fronteira de Segura, zona do território português mais perto da central. Chama-se Projeto Tejo Seguro e tem a ambição de disponibilizar de «forma aberta e independente» informação sobre o nível de radiação io-
nizante. O grupo promotor é de Castelo Branco, mas envolve vários docentes, empresas, ativistas pelo rio Tejo abaixo. A ideia é adquirir e instalar uma sonda Geiger-Muller, devendo ainda ser desenvolvida uma plataforma web para monitorização remota do nível de radiação medido a cada dez minutos. Ao mesmo tempo, a plataforma vai mostrar os níveis de alerta recomendados pelos organismos de saúde internacionais.
SINDICATO AFIRMA QUE DOS 22 NAVIOS EXISTENTES APENAS CERCA DE UMA DEZENA ESTÃO A TRABALHAR
Trabalhadores pedem mais gente e manutenção da frota na Soflusa
O aumento de profissionais é a principal reivindicação dos sindicatos que acreditam numa negociação positiva. E dizem não haver «sinais de conflito entre as partes». TEXTO ROBERTO DORES IMAGEM SM
O
s trabalhadores da Soflusa reclamam a contratação de novos colaboradores para e a “manutenção condigna” da frota da empresa responsável pela ligação fluvial entre o Barreiro e Lisboa. Os trabalhadores acreditam ser possível conduzir a negociações a bom porto, alegando que até à data não há sinais de conflito entre as partes. Após um plenário que teve lugar esta semana no terminal fluvial do Barreiro e provocou uma paralisação total das liga-
ções entre as duas margens do Tejo, Carlos Costa, do Sindicato dos Transportes Fluviais Costeiros e Marinha Mercante, afeto à Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (FECTRANS), anunciou ter sido discutida a revisão do Acordo de Empresa e a apresentação da proposta para 2017. Seria ainda analisada «a necessidade de admissão de novos trabalhadores nas áreas em que são necessários e a manutenção condigna da frota», sublinhou o dirigente, para quem a necessidade de reunir mais trabalhadores e a manutenção da frota são das questões que «mais afligem»
os trabalhadores e que vão ser apresentadas à administração da empresa. ADMINISTRAÇÃO DA SOFLUSA VAI ATENDER PREOCUPAÇÕES SINDICAIS Carlos Costa acredita que a administração da Soflusa vai atender as preocupações do sindicato, justificando a contratação de novos trabalhadores será o caminho mais óbvio para devolver a normalidade aos serviços, numa altura em que existe excesso de “trabalho extraordinário”. A Soflusa limita-se a confirmar a paralisação das ligações fluviais enquanto teve lugar o plenário, mas para já não tece
comentários, garantindo ainda não ter conhecimento formal das reivindicações sindicais. À hora de fecho desta edição decorria um outro plenário na Transtejo, empresa responsável pelas restantes ligações fluviais entre a margem sul do Tejo e Lisboa, cuja prioridade passa
pela manutenção da frota. O sindicato diz que dos 22 navios existentes apenas estão cerca de uma dezena a trabalhar. Para os dias 18 e 19 de outubro estão agendadas reuniões entre a administração da empresa e os representantes dos trabalhadores.
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SOCIEDADE
EVENTO GRANDOLENSE SERVE PARA QUEBRAR O TURISMO SAZONAL
2.ª edição da Feira Ar Puro de Grândola à espera de 5 mil visitantes Com grande diversidade de atividades para todos os gostos, tudo relacionado com a rica natureza do concelho, a 2.ª Ar Puro aposta em animação musical do concelho e na valorização das empresas económicas e de lazer ligadas ao turismo e desportos de natureza. TEXTO ANTÓNIO LUIS IMAGEM SM
A
segunda edição da Ar Puro – Feira de Caça, Pesca e Atividades ao Ar Livre, orçada em 12 mil euros, que decorre de 7 a 9 de outubro, no parque de feiras e exposições de Grândola, foi apresentada na quinta-feira à imprensa, a bordo da embarcação “Tina G”, em pleno Rio Sado, onde os jornalistas tiveram oportunidade de provar alguns petiscos regionais. A edição estreia contou com a presença de 3 mil visitantes, o que leva a vereadora do turismo, Carina Batista, a classificar o feito como «um sucesso». «Acre-
ditamos que este ano iremos conseguir os 5 mil visitantes», sublinha, acrescentando que o certame vai trazer algumas novidades ao público, uma vez que o município aposta «forte» nas atividades lúdicas para o público. Vai haver animação infantil, parede de escalada, exposições, animação musical, matilhas de caça maior e menor, demonstrações com cães de parar, demonstração de caça com ave de rapina, corrida de galgos em pista, atividades equestres no picadeiro, incluindo passeios a cavalos, entre outras mais atividades. «Esta feira pretende juntar vários públicos, com interesses um pouco
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diferentes, mas o elemento comum, é o património natural do concelho que é muito rico e diversificado», realça Carina Batista, que sublinha que a meta é, também, «valorizar» as empresas ligadas às atividades económicas e de lazer ligadas ao turismo e desportos de natureza. Além disso, realçou que a Ar Puro pretende, na época baixa, «cativar turistas fora da época balnear». Carina Batista refere que em termos turísticos não há memória de um ano tão bom como o de 2016 no concelho. «2016 está a ser um ano de ano de grande impacto. Em setembro continuamos a ter turistas nas nossas
praias, o que é muito bom», vinca, orgulhosa. 45 EXPOSITORES E MAIS ESPANHÓIS A PARTICIPAR Com 45 expositores, do concelho e de outros vizinhos, a feira Ar Puro vai ter, em paralelo, a 9.ª edição de Grândola Aventura, uma prova de navegação para amadores, que
conta com 110 participantes e com um «grande aumento» de equipas espanholas. O Skate Parque, mesmo ao lado dos pavilhões onde decorre a Ar Puro, é inaugurado no dia 9, a partir das 14 horas, com a prova 22 Bus Tour. O investimento ronda os 30 mil euros. Não faltam as tasquinhas com
produtos regionais no recinto, enquanto em simultâneo decorre a semana gastronómica alusiva à temática “Javali e Caça”, que conta com a envolvência de 9 restaurantes. No dia 7 não se paga bilhete, nos outros dias paga-se 1,50 euros, enquanto um bilhete para sábado e domingo, orça em 2 euros.
SOCIEDADE
MAIS DE 600 PEÇAS PARTICULARES RESTAURADAS E APTAS A TOCAR COM MAIS DE 100 ANOS DE HISTÓRIA
Presidente da República inaugura Museu da Música Mecânica no Pinhal Novo
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Os visitantes do Museu da Música Mecânica, que celebra a música de gerações passadas, vão ter oportunidade de viajar no tempo para ver, ouvir e sentir o som original de mais de 600 instrumentos com mais de cem anos de história. TEXTO ANTÓNIO LUIS IMAGEM SM
O
presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, desloca-se ao concelho de Palmela, no próximo dia 4, a partir das 14h45, para presidir à inauguração do Museu da Música Mecânica, um novo espaço cultural da região. Trata-se de um novo espaço cultural, que é inaugurado oficialmente, no mês dedicado, por excelência, à música. O projeto localiza-se na Quinta do Rei, nos Arraiados, que pertence à freguesia de Pinhal Novo. A construção deste museu é uma iniciativa privada do colecionador Luís António Cangueiro, que durante mais de três décadas reuniu um total de 600 peças do século XIX à década de 30 do século XX. «Estes exemplares eram as únicas máquinas que durante este período tinham a possibilidade de produzir música», conta o mentor. Pela primeira vez, esta coleção privada estará disponível, na sua totalidade, ao público, a partir do dia 5 de outubro, onde é feito à população à re-
descoberta do passado através dos instrumentos de música mecânica. «OFERTA CULTURAL INOVADORA» O Museu da Música Mecânica tem como meta «preservar e divulgar uma coleção particular representativa de toda a música mecânica através de um espaço interativo e de uma oferta cultural inovadora», realça Luís António Cangueiro, que sublinha: «Todas as peças foram restauradas e estão aptas a tocar para o público ouvir. Com a ajuda de técnicos do museu, os visitantes podem ouvir a sonoridade de algumas peças». Para receber variados tipos de eventos, foi construído no espaço, um auditório com capacidade para acolher 70 pessoas. Os bilhetes para adultos custam 5 euros. As crianças e jovens dos 2 aos 18 anos pagam apenas 3,50 euros. Até aos 2 anos as crianças entram livremente. Os seniores com mais de 65 anos pagam 4 euros. Também há descontos para grupos de familiares. A partir do dia 6, o museu funciona das 14h30 às 17h30. Encerra à segunda-feira.
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SOCIEDADE
ESTUDO DA CONSULTORA “BENCHMARKETING” DEMONSTRA QUE INVESTIR NA IMPRENSA VALE A PENA
Publicidade em jornais triplica a eficácia das campanhas Os anunciantes que têm optado por excluir a imprensa das suas campanhas «estão a perder a batalha», sublinha a consultora que realizou esta investigação. Rufus Olins, responsável da “Newsworks” acrescenta que «organizar uma campanha sem jornais é como tentar fazer um bolo sem farinha». TEXTO ROBERTO DORES IMAGEM SM
E
is o resultado de um estudo realizado pela consultora Benchmarketing que demonstra o «músculo» detido pela imprensa nas campanhas publicitárias. Anunciar em jornais aumenta três vezes a eficácia global de qualquer publicidade face a outros meios de informação, pelo que, segundo o mesmo estudo, os anunciantes que têm optado por excluir a imprensa das suas campanhas «estão a perder a batalha», sublinha ainda a consultora que realizou esta investigação. Aliás, Rufus Olins, responsável da Newsworks, acrescenta mesmo que «organizar uma campanha sem jornais é como tentar fazer um bolo sem farinha». O estudo da Benchmarketing for Newsworks foi desenvolvido com base em 500 modelos econométricos construídos durante
os últimos cinco anos, cobrindo seis diferentes categorias. O objetivo passou por tentar analisar o impacto das marcas dos órgãos de informação nas campanhas publicitárias, tendo sido apurado que anunciar em jornais aumenta o retorno da receita global em três vezes o investimento. Vamos a exemplos práticos e com números concretos. Numa análise por sector, a pesquisa concluiu que juntar jornais a uma campanha publicitária aumenta a eficácia em 5,7 vezes no caso do sector financeiro, três vezes para viagens, 2,8 vezes para o comércio, 1,7 vezes para automóveis. Aliás, o resultado mostra que além de aumentarem a eficácia global de uma campanha, os jornais estão habilitados a impulsionarem outros meios de comunicação, tornando mesmo a televisão duas vezes mais eficaz e a exibição digital quatro vezes mais eficaz, segundo é re-
ferido no mesmo estudo. A análise a este efeito multiplicador aponta ainda que a utilização de marcas de meios de informação digitais tem um impacto de até cinco vezes. DENSA NUVEM NEGRA SOBRE IMPRENSA MUNDIAL O estudo agora publicado torna-se ainda mais curioso numa altura em que surgiu uma densa nuvem negra sobre a imprensa mundial, tendo levado o mercado impresso a mergulhar numa crise sem precedentes, testemunhada pela acentuada quebra das receitas de publicidade. De resto, a perda de receitas tem acelerado a um ritmo vertiginoso, ao mesmo tempo que os anunciantes estão a investir mais no digital, convencidos de que é por aqui que alcançam maior retorno para os seus negócios, ainda segundo o estudo da Benchmarketing for Newsworks. A consultora conclui ainda que os gastos nos media impres-
sos estão a cair desde 2011, enquanto os canais digitais já representaram um terço em 2015. O estudo veio ainda procurar provar o valor da publicidade impressa. Entre outras conclusões, sublinha que os anunciantes que querem maximizar a eficácia das suas campanhas precisam de voltar aos níveis de 2013, quando o investimento em formatos impressos foi de 11,4%. Esse número
caiu desde então para 7,6% em 2015, sublinha a consultora. Na apresentação do estudo, Rufus Olins, responsável da Newsworks, sublinhou que os anunciantes que pretendem o melhor retorno para os seus investimentos «devem estudar estes dados». «Organizar uma campanha sem jornais é como tentar fazer um bolo sem farinha», concluiu o responsável.
PUBLICIDADE ARTÓRIO NOTARIAL DE SETÚBAL NOTÁRIA MARIA TERESA OLIVEIRA Sito na Avenida 22 de Dezembro nº 21-D em Setúbal Certifico, para efeitos de publicação que no dia vinte e três de setembro de dois mil e dezasseis, neste Cartório, foi lavrada uma escritura de justificação, a folhas 47 do livro 301 – A, de escrituras diversas, na qual: António Bonifácio Figueiredo Coutinho, natural da freguesia da Roliça, concelho do Bombarral e mulher Maria Antónia Teias Gomes Coutinho, natural da freguesia de Cabrela, concelho de Montemor-O-Novo, casados sob o regime da comunhão geral de bens, residentes na Rua Possidónio da Silva, número 192, terceiro esquerdo, Lisboa, contribuintes números 125972881 e 122128974, justificaram a posse, invocando a usucapião, do seguinte imóvel: Prédio Rústico composto de cultura arvense e árvores de fruto, com a área de quatro mil cento e dez vírgula vinte e sete metros quadrados, sito em Vale Figueira, Azinhaga da Quinta de Cima, freguesia de Charneca de Caparica, concelho de Almada, que confronta a Norte com Rua Mário Casimiro, a Sul com Francisco Sobral, a Nascente com António Leitão e a Poente com Caminho, a desanexar do prédio descrito na Segunda Conservatória do Registo Predial de Almada, sob o número catorze mil novecentos e trinta e nove, da freguesia de Charneca de Caparica, e inscrito na matriz sob parte do artigo 16 da Secção AJ, da União das Freguesias de Charneca de Caparica e Sobreda, anteriormente artigo 16 da Secção AJ, da freguesia de Caparica. Está conforme. Cartório Notarial sito na Avenida 22 de Dezembro número 21-D em Setúbal, 23 de setembro de 2016. A Notária, Maria Teresa Oliveira Conta registada sob o número 1656
CARTÓRIO NOTARIAL DE SETÚBAL NOTÁRIA MARIA TERESA OLIVEIRA Sito na Avenida 22 de Dezembro nº 21-D em Setúbal Certifico, para efeitos de publicação que no dia vinte e três de setembro de dois mil e dezasseis, neste Cartório, foi lavrada uma escritura de justificação, a folhas 44 do livro 301 – A, de escrituras diversas, na qual: Luís Miguel Simões Coutinho casado com Paula Alexandra Próspero Rocha, sob o regime da comunhão de adquiridos, natural da freguesia e concelho de Portimão, residente na Urbanização Vilas da Bemposta, lote A-27, Portimão, contribuinte números 197604145 e Aníbal José Simões Coutinho, casado com Patrícia Durães Ávila sobre o regime da comunhão de adquiridos, natural da freguesia de Armação de Pera, concelho de Silves residente na Azinhaga das Galhardas, nº 183, terceiro andar, letra B, Lisboa, contribuinte nº 192122282, justificaram a posse, invocando a usucapião, do seguinte imóvel: Prédio misto, sito em Vale Figueira, Azinhaga da Quinta de Cima, freguesia de Charneca de Caparica, concelho de Almada, com a área de três mil novecentos e cinquenta e cinco vírgula quarenta e sete metros quadrados, que confronta a Norte com Rua Mário Casimiro, a Sul com Herdeiros de António Crespo, a Nascente com Caminho, e a Poente com João Cerqueira Afonso, composta a parte rústica de cultura arvense, árvores de fruto, inscrita na matriz sob parte do artigo 16 da Secção AJ, da União das Freguesias de Charneca de Caparica e Sobreda, anteriormente artigo 16 da Secção AJ, da freguesia de Caparica e a parte urbana composta de casa de rés-do-chão e anexo, com área de trinta e um metros quadrados, para habitação, inscrita na respetiva matriz sob o artigo 287, da União das Freguesias de Charneca de Caparica e Sobreda, anteriormente artigo 127, da freguesia da Charneca de Caparica, com o valor patrimonial de 5.378,48€, a desanexar do prédio descrito na Segunda Conservatória do Registo Predial de Almada sob o número catorze mil novecentos e trinta e nove, da freguesia de Charneca de Caparica. Está conforme. Cartório Notarial sito na Avenida 22 de Dezembro número 21-D em Setúbal, 23 de setembro de 2016. A Notária, Maria Teresa Oliveira
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CARTÓRIO NOTARIAL DE SETÚBAL NOTÁRIA MARIA TERESA OLIVEIRA Sito na Avenida 22 de Dezembro nº 21-D em Setúbal Certifico, para efeitos de publicação que no dia vinte e três de setembro de dois mil e dezasseis, neste Cartório, foi lavrada uma escritura de justificação, a folhas 56 do livro 301 – A, de escrituras diversas, na qual: Maria de Lurdes Pinheirinho Ramos, casada com Manuel Cardoso Duarte sob o regime de comunhão de adquiridos, natural da freguesia de Rosmaninhal, concelho de Idanha-a-Nova, residente na Rua José Dias Coelho, nº 26, Bairro S. João, Grândola, contribuinte número 131059408, e Maria Inês Pinheirinha Ramos, divorciada, natural da freguesia de Rosmaninhal, concelho de Idanha-a-Nova, residente na Rua da Relva, número 17, primeiro esquerdo, Santa Maria da Feira, contribuinte número 103993070 justificaram a posse, invocando a usucapião, do seguinte imóvel: Prédio rústico composto de cultura arvense e árvores de fruto, com a área de três mil oitocentos e cinquenta vírgula trinta metros quadrados, sito em Vale Figueira, Azinhaga da Quinta de Cima, freguesia de Charneca de Caparica, concelho de Almada, que confronta a Norte com Aníbal e Luís Coutinho, a Sul com Miguel Coutinho, a Nascente com Caminho e a Poente com João Cerqueira Afonso, a desanexar do prédio descrito na Segunda Conservatória do Registo Predial de Almada, sob o número catorze mil novecentos e trinta e nove, da freguesia de Charneca de Caparica, e inscrito na matriz sob parte do artigo 16 da Secção AJ, da União das Freguesias de Charneca de Caparica e Sobreda, anteriormente artigo 16 da Secção AJ, da freguesia de Caparica. Está conforme. Cartório Notarial sito na Avenida 22 de Dezembro número 21-D em Setúbal, 23 de setembro de 2016. A Notária, Maria Teresa Oliveira Conta registada sob o número 1660
CARTÓRIO NOTARIAL DE SETÚBAL NOTÁRIA MARIA TERESA OLIVEIRA Sito na Avenida 22 de Dezembro nº 21-D em Setúbal Certifico, para efeitos de publicação que no dia vinte e três de setembro de dois mil e dezasseis, neste Cartório, foi lavrada uma escritura de justificação, a folhas 52 do livro 301 – A, de escrituras diversas, na qual: Rui Miguel Coutinho Baptista, divorciado, natural da freguesia e concelho de Caldas da Rainha, residente no Campo Grande, número 10, sexto andar, letra B, Lisboa, contribuinte número 196306485, justificou a posse, invocando a usucapião, do seguinte imóvel: Prédio Rústico composto de cultura arvense e árvores de fruto, com a área de três mil novecentos e sete vírgula setenta e seis metros quadrados, sito em Vale Figueira, Azinhaga da Quinta de Cima, freguesia de Charneca de Caparica, concelho de Almada, que confronta a Norte com Herdeiros de António Crespo, a Sul com João Faustino, a Nascente com Caminho e Francisco Sobral e a Poente com João Cerqueira Afonso, a desanexar do prédio descrito na Segunda Conservatória do Registo Predial de Almada, sob o número catorze mil novecentos e trinta e nove, da freguesia de Charneca de Caparica, e inscrito na matriz sob parte do artigo 16 da Secção AJ, da União das Freguesias de Charneca de Caparica e Sobreda, anteriormente artigo 16 da Secção AJ, da freguesia de Caparica. Está conforme. Cartório Notarial sito na Avenida 22 de Dezembro número 21-D em Setúbal, 23 de setembro de 2016. A Notária, Maria Teresa Oliveira Conta registada sob o número 1658
LOCAL
PALMELA Câmara debate áreas urbanas de génese ilegal
GRÂNDOLA Novo skate parque em construção
O teatro S. João, a 12 de outubro, às 9 horas, acolhe o seminário “AUGI – “a prática e o futuro”, numa iniciativa do município e do Instituto Jurídico da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra. A abertura do Seminário contará com a intervenção do edil Álvaro Amaro e a apresentação das conclusões e encerramento ficarão a cargo da vereadora Fernanda Pésinho. Organizado em dois painéis - “O Regime Jurídico das AUGI´s” e “As experiências e os problemas práticos” - o encontro contará, entre outras intervenções, com Fernanda Paula Oliveira, da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra e Instituto Jurídico; Dulce Lopes, da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra; Madalena Teixeira, do Instituto de Registo e Notariado e Cristina Gallego Santos, doTribunal Central Administrativo Sul.
Começou esta semana, no Parque Desportivo Municipal, a construção do novo Skate Parque de Grândola. A empreitada, com um custo total superior a 25 mil euros, será executada pela Academia dos Patins, uma empresa com grande experiência nesta área. O novo equipamento contempla estruturas preparadas para uma prática de nível médio, nas modalidades de Patins, Skate e BMX, não abdicando de zonas de nível intermédio e de iniciação, de forma a contemplar progressões pedagógicas entre os obstáculos existentes e permitindo uma evolução consistente e segura dos praticantes das diversas modalidades.
MONTIJO Cercima celebrou 40 anos No dia 21 de setembro teve lugar, no Joaquim d’Almeida, o seminário dos 40 anos da Cercima, intitulado “Sou feliz e então?”, onde marcou presença Ana Sofia Antunes, secretária de Estado da Inclusão das Pessoas com Deficiência. Ana Sofia Antunes recordou que «desde novembro de 2015, conseguimos criar mais de 700 vagas em Centros de Atividade Ocupacionais. Era uma resposta que estava de facto em grande carência e isto implicou um esforço orçamental adicional de cerca de 6 milhões de euros», acrescentando que já este ano foi realizada «uma atualização no valor dos acordos». A governante deixou expresso o desejo de concretizar três medidas: a criação da prestação social de pessoas com deficiência, o projeto de criação de centros de apoio à vida independente e um programa de apoio à empregabilidade. O presidente Nuno Canta sublinhou: «Associámo-nos à Cercima na cedência do espaço para a construção de um lar, uma residência autónoma».
ALCÁCER DO SAL Feira nova promove produtos locais Até domingo, a Feira Nova continua a animar Alcácer do Sal. O destaque vai para os tradicionais primeiros frutos secos da época e para as tasquinhas. Este sábado, às 10 horas, há aula do “Exercício Físico e Saúde”. Às 17 horas há aula livre de zumba, com a Associação Ritmus D’Alcácer e o Projeto “Sempre em Forma” e, às 18 horas, atuam as sevilhanas da Matos Galamba e da 1.º de Janeiro Torranense. Na tenda das tasquinhas, a música começa às 20 horas, com o Grupo Coral do Torrão, seguido do Mendes Caffé Duo. Toy canta às 22h30. Às 00h30, há música do DJ Grouse. Domingo há corrida de toiros, às 17 horas, com João Moura, António Telles, Francisco F. Núncio e António Núncio, e os forcados de Montemor e Évora. Às 19 horas, atuam o Coral Feminino Cantares do Xarrama e os Coros das Universidades de Alcácer e do Torrão. Às 21 horas, Maria Mirra canta o fado, e às 22h30, atua Rafa & Beltran. O certame encerra com Salacian Mafia e convidados.
SESIMBRA Parque Ecológico da Várzea com intensa atividade Percursos pedestres, curso de produção e utilização de plantas aromáticas, formação em arranjos florais e lançamento do livro Da Arrábida ao Tejo são algumas das atividades que se vão realizar de outubro a dezembro no Parque Ecológico da Várzea da Quinta do Conde. Do programa merece ainda destaque a iniciativa Ecoférias de Natal, que decorre de 19 a 22 de dezembro. O Ecoférias propõe, entre outros atrativos, tiro com arco, observação de aves, arranjos de Natal ou volteio a cavalo. As iniciativas, abertas a toda a comunidade, têm como principais objetivos proporcionar o contacto dos participantes com a natureza, dar a conhecer a biodiversidade do Parque Ecológico, e os projetos que têm sido implementados com vista à sua valorização.
SEIXAL Concelho tem as tarifas mais baixas de água, saneamento e resíduos O Seixal surge com as tarifas mais baixas de água, saneamento e resíduos das áreas metropolitanas de Lisboa e Porto, após análise aos respetivos tarifários publicados pela DECO. O estudo realiza uma análise comparativa dos tarifários de 135 municípios de todo o país e mostra que para um igual consumo anual de 120 metros cúbicos as diferenças de preços são muitas. Da análise da DECO, tendo por base as faturas de maio, o Seixal surge como o município onde as tarifas são as mais baixas entre todos os municípios das áreas metropolitanas de Lisboa e Porto. Analisando especificamente a AML, verifica-se que no Seixal, além de uma água de grande qualidade, os munícipes encontram uma das tarifas mais baixas do país, existindo também uma tarifa social.
SINES Requalificação do mercado municipal à vista O início da requalificação do Mercado Municipal é uma prioridade da Câmara nos próximos meses. Já garantiu financiamento para a obra, já ouviu as opiniões dos comerciantes e está a trabalhar na conclusão dos projetos de arquitetura e especialidades, essenciais para o avanço da empreitada. No dia 25 de agosto, foi aprovado o estudo prévio, onde são explicitados os princípios da intervenção. Todo o edifício vai ser recuperado, mas o seu aspeto exterior sofrerá apenas pequenas alterações e correções. Sobre o módulo central será instalado um elemento estético luminoso. No interior, a alteração mais significativa é a criação de um novo piso na atual área dos produtos hortícolas, uma vez que o pé direito daquele módulo tem altura suficiente para isso. Prevê-se que esse primeiro andar venha a ser ocupado pelo Gabinete de Apoio ao Empresário e por entidades ligadas ao comércio.
MOITA Banda sinfónica da PSP celebra Dia da Música A Banda Sinfónica da PSP associa-se ao município nas comemorações do Dia Mundial da Música, apresentando-se em concerto, este sábado, pelas 21h30, no Fórum Cultural José Manuel Figueiredo, na Baixa da Banheira. A Banda Sinfónica da PSP foi constituída oficialmente a 28 de abril de 1981 e, internacionalmente, representou o país e a Polícia de Segurança Pública em diversos festivais em França. Conta com um quadro de músicos de elevada formação artística, académica e profissional, coordenados pelo atual Chefe em Exercício e Diretor Artístico, Comissário Ferreira Brito. A entrada é gratuita. Os bilhetes estão já disponíveis na bilheteira do Fórum.
ALMADA “A Caverna de Deus” vence prémio literário Em 2016, o romance “A Caverna de Deus” foi considerado o melhor pelo júri, escolhido entre as 61 obras a concurso. O Prémio Literário Cidade de Almada 2016, na categoria Romance, foi atribuído pelo presidente Joaquim Judas, a Fernando Esteves Pinto, com a obra “A Caverna de Deus”, dia 22 de setembro, no Fórum Romeu Correia. A obra literária de Fernando Pinto foi distinguida pelo júri constituído por João Tordo, em representação do município, José Tavares, em representação da Associação de Escritores, e Liberto Cruz, em representação da Associação dos Críticos Literários. Em 2016, estiveram a concurso 61 obras literárias originais. Ao vencedor foi atribuído um prémio no valor de 5 mil euros. Lançado pela Câmara em 1989, o prémio é considerado referência nacional.
SETÚBAL Município recebe comunidade educativa O programa de receção à comunidade educativa promovido pelo município, com atividades a decorrer entre setembro e outubro, tem como ponto alto uma cerimónia de boas-vindas a realizar dia 4, na piscina das Manteigadas. A cerimónia de receção à comunidade educativa, a partir das 18 horas, começa com um welcome drink para os professores, pessoal não docente das escolas, encarregados de educação, estudantes e representantes de diversas instituições parceiras da autarquia na área da educação. O ato pretende assinalar a abertura do ano letivo, dar as boas-vindas à comunidade escolar, promover os recursos educativos do concelho e divulgar o programa de complemento da ação educativa. Há demonstração de dança hip hop e animação musical pelo DJ Monchike.
ALCOCHETE S. Francisco venera Assis A freguesia de S. Francisco leva a cabo, este sábado e domingo, as Festas em honra de S. Francisco de Assis, um dos maiores santos da cristandade. Das comemorações destacam-se a vertente musical do evento, o programa religioso, que inclui missa e procissão e, no domingo, oferta de grelhados à população. No sábado à noite há baile, a partir das 20 horas, com Nélio Pinto, seguindo-se, às 21 horas, aula de zumba, com Sandra Menisse. A partir das 22 horas prossegue o baile. No domingo, às 10 horas, há missa em honra de S. Francisco de Assis, seguindo-se a procissão, às 18h30. Às 20h30 há a atuação das Ceifeiras do Montijo e às 21 horas, há baile com Carla Sofia.
SANTIAGO DO CACÉM Isenção da “derrama” a empresas com faturação inferior a 150 mil euros A isenção da “derrama” - um imposto municipal que incide sobre o lucro tributável das pessoas coletivas – vai contribuir, a partir de 2017, para aliviar os gastos das pequenas empresas sediadas no concelho, cuja faturação anual não ultrapasse os 150 mil euros, sendo também mais uma medida de incentivo à economia local. A proposta apresentada pela Câmara foi aprovada, por maioria, na Assembleia Municipal de 15 de setembro. «Poder contribuir para ajudar as pequenas e médias empresas, fundamentalmente as pequenas», é o grande objetivo desta medida, destaca o edil Álvaro Beijinha. Ao prescindir da receita da derrama, a Câmara pretende implementar mais uma medida de «ajuda à economia local».
BARREIRO Repavimentação de ruas prossegue A Câmara Municipal do Barreiro irá dar início, a partir de 10 de outubro, à repavimentação da Rua Heliodoro Salgado, no Barreiro. Recorde-se que esta intervenção está contemplada no Plano de Repavimentações 2016 e proporcionará significativas melhorias no conforto e na segurança para os automobilistas e peões que utilizem esta via municipal constituindo, igualmente, uma clara melhoria do espaço público. A Câmara Municipal, através da sua página na internet (www. cm-barreiro.pt), disponibiliza a toda a população informação completa sobre o Plano de Repavimentações e respetiva intervenção em cada arruamento.
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CULTURA
POESIA POPULAR INSPIRA SEGUNDA PRODUÇÃO DE GRUPO MONTIJENSE
Companhia Mascarenhas-Martins estreia “Goodbye Maria Albertina” Recém-criada companhia estreia segunda produção baseada em torno da personagem popular Ti Maria Albertina, a partir da poesia de Maria de Jesus Jacinto. Depois de curta carreira no teatro do Montijo, esta peça de cariz interventivo, fará digressão em todas as freguesias do concelho. TEXTO ANTÓNIO LUIS IMAGEM SM
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oodbye Maria Albertina”, a nova produção da Companhia Masc a r e n h a s - M a rtins, estreia a 13 de Outubro no teatro Joaquim D’Almeida, no Montijo. Trata-se de um espetáculo construído em torno da personagem criada por Maria Marques Jacinto nos seus poemas de cariz popular, com encenação de Maria Mascarenhas. Ti Maria Albertina surgiu no programa de rádio Crónicas de bem e mal dizer, nos anos 80, tendo-se estreado nos palcos em 2013. “Goodbye Maria Albertina” terá uma curta
carreira no Joaquim d’Almeida e iniciará, em seguida, uma digressão por todas as freguesias do concelho de Montijo. Ao segundo espetáculo, este grupo associa-se a uma autora de Montijo para transformar os seus poemas num espetáculo inspirado nas formas populares. Goodbye Maria Albertina baseia-se nas figuras e situações imaginadas por Maria Marques Jacinto, poetisa que irá protagonizar esta adaptação da sua obra, interpretando ela própria a personagem Ti Maria Albertina. Com encenação de Maria Mascarenhas, uma das fundadoras da recém-criada Companhia montijense, este espetáculo visa explorar a
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possibilidade de existência de um novo teatro popular, de cariz interventivo, sem perder rigor do ponto de vista estético. DIFICULDADES DO QUOTIDIANO A poesia de Maria Marques Jacinto retrata algumas das mais comuns dificuldades na vida do quotidiano. Falta de dinheiro e de saúde, parcas oportunidades para mudar de vida, desigualdade entre diferentes estratos sociais, depressão, suicídio. «O que poderá fazer uma poetisa do povo senão continuar a imaginar e a escrever? Mas em Portugal, bem se sabe, os poemas não pagam as contas ao final do mês. E é nessa tragédia que encontramos Ti Maria Albertina, personagem que é tão poe-
tisa como a sua autora. Perante todo o desamparo que sente – ao qual acresce o facto de os seus familiares estarem todos desempregados – sonha com uma vida melhor. Lá fora talvez encontre a solução para os seus problemas. E companhia portuguesa não lhe há-de faltar, tendo em conta o número de cidadãos do nosso País que decidiu fazer o mesmo», realça Levi Martins, o diretor da companhia. Aproximar o teatro das populações que não têm acesso regular à fruição cultural é outra das metas desta companhia, com “Goodbye Maria Albertina”. A estreia no Joaquim d’Almeida será o ponto de partida para uma digressão que irá passar por Pe-
gões, Canha, Sarilhos Grandes e Atalaia, um percurso possível pelo envolvimento do município e de todas as Juntas do concelho. Trata-se de uma primeira abordagem a um trabalho em rede que a companhia deseja continuar nos próximos anos, para o qual pretende envolver cada vez mais parceiros, tanto de cariz pú-
blico como privado. A interpretação é de Florbela Capitão, Filipe Grenha, Inês Monteiro Pires, João Jacinto, João Marques Jacinto e Maria Marques Jacinto. A partir da poesia de Maria de Jesus Jacinto. A encenação é de Maria Mascarenhas. Para ver, até de 13 a 16 de outubro, às 21h30. Bilhetes a 5 euros.
CULTURA
Godinho e Palma juntos nos palcos de Setúbal AGENDA SETÚBAL01OUTUBRO21H30
UHF DÃO CONCERTO SINFÓNICO FORUM LUÍSA TODI
Os UHF e a Orquestra Nacional de Jovens celebram o Dia Mundial da Música, sob a direção de Cristiano Silva. “UHF Sinfónico” junta pela segunda vez estes dois projetos musicais. Isto depois de em julho a banda ter participado no 9.º Festival da Orquestra Nacional de Jovens, na Figueira da Foz.
ALCÁCER DO SAL 01OUTUBRO22H30
TOY A SUA BANDA
PARQUE DE FEIRAS E EXPOSIÇÕES Não perca o concerto de Toy e da sua banda, na Feira Nova de Outubro de Alcácer do Sal, onde estão em destaque os frutos secos e outras especialidades do concelho alentejano. A noite acaba com música do DJ Grouse.
SANTIAGO DO CACÉM 01OUTUBRO21H30
JORNADAS COM CANTO CORAL AUDITÓRIO ANTÓNIO CHAÍNHO
As Jornadas Corais José Augusto contam com animação a cargo do Coral Harmonia, do Grupo Coral Columba e do Orfeão da SFA 1.º de Dezembro, de Alpiarça. No domingo, às 16 horas, é a vez do Coral Harmonia Juvenil, do Coral Juvenil Sílvia Marques e do Coral Adagio.
ALCOCHETE01OUTUBRO16H30
HÁ FESTA NO CORETO
CORETO DO LARGO ALMIRANTE GAGO COUTINHO
J
orge Palma e Sérgio Godinho atuam dia 5, às 21h30, no Fórum Luísa Todi, num espetáculo integrado no projeto “Juntos”, iniciado em maio de 2015. Dois dos maiores nomes da música portuguesa reúnem-se em palco para um concerto especial concebido em conjunto, que partilha com o público quatro décadas de canções dos dois artistas. Ainda que ao longo das suas carreiras se tenham cruzado inúmeras vezes, nunca o propósito havia sido o de terem um espetáculo uno, algo que se pro-
porcionou em maio de 2015, quando se juntaram em palco, em Sintra, em três concertos esgotados. A reunião de Jorge Palma e Sérgio Godinho não ficou por ali e deu início a um projeto que já levou a melhor música dos dois artistas a vários locais do país, entre os quais o Theatro Circo, em Braga, onde foi gravado um álbum ao vivo. Num concerto de cerca de duas horas, que cruza os dois reportórios, temas de ambos como “Deixa-me Rir” e “Frágil”, de Jorge Palma, e “O Primeiro Dia” e “Espalhem a Notícia”, de Sérgio Godinho, são inter-
pretados em conjunto. Destaque ainda para o tema inédito “Caso For Esse Caso”, composto por Sérgio Godinho, e que tem integrado os espetáculos. “Juntos” chega, assim, a
Setúbal, ao Fórum Luísa Todi, com os cantautores acompanhados em palco pelos músicos João Cardoso, Nuno Lucas, Nuno Rafael, Pedro Vidal e Sérgio Nascimento.
Ala dos Namorados dão concerto em Almada
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Ala dos Namorados dão um concerto no Teatro Joaquim Benite, em Almada, às 21h30. Concerto dura 1h30. A Ala dos Namorados foi criada em 1993 por João Gil, João Monge e Manuel Paulo. O grupo alcançou um grande êxito nos anos 90, tendo atuado diversas vezes em festivais dentro e fora de Portugal, e surgindo como um projeto peculiar no panorama nacional, graças à voz de Nuno Guerreiro. Em 1994 o grupo lançou o primeiro álbum, ho-
mónimo, que incluía o tema “Loucos de Lisboa”. Em 1998 é apresentado o álbum “Solta-se o beijo”, que chegou a disco de platina. Dois anos depois é lançado “Cristal”, que alcançou o galardão de disco de ouro. A Ala dos Namorados acaba por separar-se em 2008. Contudo, no início de 2012, surge a vontade de relançar o projeto. Em Setembro de 2012 são assinalados os seus 20 anos de existência com um concerto no B.LEZA que teve a participação de Nuno Guerreiro, Alexandre Fra-
zão, Mário Delgado, Zé Nabo e Ruben Santos, e ainda convidados especiais como João Gil e José Moz Carrapa. Em 2013 é lançado
o CD “Razão de ser”, com a participação de António Zambujo e Jorge Palma. Em 2014 surge o álbum de originais “Felicidade”.
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A Sociedade Imparcial 15 de Janeiro de 1898 assinala o Dia Mundial da Música, com o “Há festa no coreto”, que conta com atuação do Orfeão, do Coro Infantil/ juvenil e da Banda Juvenil. O espetáculo conta ainda com Luísa Ortigoso e João Balão, sevilhanas Rocieras de Alcochete, escola danças de salão e a charanga de Alcochete.
MONTIJO01OUTUBRO21H30
COMEMORAÇÕES DO DIA DA MÚSICA TEATRO JOAQUIM D´ALMEIDA
No Dia da Música, celebra-se o êxtase dos sons com um concerto que combina vários estilos musicais, criando sensações que perdurarão pelos tempos nas nossas memórias. Numa fusão perfeita de vozes e sons instrumentais, cerca de 160 intérpretes estarão em palco para nos presentear com um concerto que, da música religiosa aos musicais da Broadway, proporcionará emoções inolvidáveis.
PALMELA02OUTUBRO16H00
TEATRO SEM DONO SOBE AO PALCO TEATRO S. JOÃO
A peça “Refúgio”, do Teatro Sem Dono, é um lugar para onde se pode fugir. No meio de uma sala, ao pé de uma janela, no interior da nossa mente. É um lugar em que nem a nossa voz nos incomoda. É como estar fechado num baú de lembranças da qual não saímos nem o queremos fazer.
GANHE CONVITES PARA MUSICAL DE LA FERIA E PARA REVISTA DO PARQUE MAYER Temos convites para os nossos leitores assistirem ao “Musical da Minha Vida”, de Filipe La Feria, no Casino Estoril, e para a revista popular à portuguesa “Parque à Vista”, em cena no Teatro Maria Vitória, no Parque Mayer, em Lisboa. Dois excelentes e divertidos espetáculos. Basta ligar 96 943 10 85 ou 918 047 918 e pedir os convites duplos.
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POLÍTICA
DORES MEIRA, EM ENTREVISTA, FALA DO PRESENTE E DO FUTURO DE «UM CONCELHO QUE ESTAVA POR LAPIDAR»
«Temos sido um grande exemplo em todo o país na reabilitação urbana» Maria das Dores Meira afirma estar a ganhar em todas as frentes. A cidade está a ganhar a zona ribeirinha, o investimento estrangeiro e português bate cada vez mais às portas da edilidade, a recuperação de imóveis antigos é «um exemplo em todo o país» e a situação financeira está controlada, a caminho do equilíbrio financeiro daqui a três anos. E reafirma que o projeto “Macau Legend” é a ‘cereja em cima do bolo’. TEXTO RAUL TAVARES IMAGEM SM
TEM REPETIDO A FRASE DE QUE O SEU PROJETO PARA “SETÚBAL” JÁ NÃO É UM SONHO. É A CIDADE DESEJADA. COMO MATERIALIZA ESSA AFIRMAÇÃO? Quando digo que a cidade sonhada já pode ser vista de olhos abertos, embora haja muita coisa a fazer, é porque muitas das ideias que tínhamos para a sua reabilitação são hoje uma realidade. Ainda não estamos no paraíso, mas a requalificação que tem existido é muito assinalável. Tinha tudo para ser a cidade sonhada, mas era um diamante por lapidar. E, hoje, fruto desta intervenção municipal, das associações, dos empresários, temos vindo a lapidar este grande diamante que se chama Setúbal. E ESSE TRABALHO VÊ-SE ONDE. ESTÁ A FALAR DA ZONA RIBEIRINHA… Podemos começar por aí. Era difícil chegar ao rio, com todas aquelas estruturas de armazéns ligados à pesca, que entaipava frente ribeirinha. Hoje a realidade é bem diferente, com centenas senão milhares de pessoas a usufruírem do nosso rio. HÁ QUEM DIGA QUE É MAIS IMAGEM QUE OBRA. ISSO DEVE PERTURBÁ-LA… A revolução no Parque Urbano de Albarquel, a praia da saúde e tudo o está a mexer e bem à vista de todos é obra, e isso é que perturba algumas forças partidárias. ENTÃO VAMOS A SITUAÇÕES CONCRETAS. COMO ESTÁ O PROCESSO DE DEVOLUÇÃO DE TERRENOS DE SERVIDÃO PORTUÁRIA PARA O MUNICÍPIO? Está a ser preparado um dossier com a APSS e o governo já decidiu avançar com esse diploma para que o município assuma a gestão desses terrenos o mais depressa possível. E estão incluídas, por exemplo, todas as áreas do ex-POLIS e do antigo QREN (quadro comunitário de apoio) que não puderam ser reabilitadas, como o Jardim da beira-mar, os terrenos confinantes à doca das Fontainhas, a zona ajardi-
nada que antecede a praia da saúde. Vamos dar-lhes uniformidade. ESTÁ EXCLUÍDA A ÁREA DO CLUBE NAVAL? Está em stand by, como já estava, porque a APSS entender que tem ainda uso portuário, com barcos, alguns sob a sua gestão e portanto não estão libertos. E QUAL É O PONTO DE VISTA DA APSS SOBRE ESSE DOSSIER? O atual presidente, a Dra. Lídia Sequeira, diz que está para breve e o governo, atrás da sra. Ministra do Mar, também já referiu que pode estar em prática até ao final deste ano. SE E QUANDO OS TERRENOS FOREM REVERTIDOS PARA A GESTÃO CAMARÁRIA O QUE PODEMOS ESPERAR COM A REQUALIFICAÇÃO? Tínhamos a ideia de fazer zonas de esplanada, jardins, pequenas atividade lúdicas. Afinal é dar continuidade de devolução do rio ao usufruto da população. E depois, como sabe, vem aí o grande investimento da “Macau Legend”. VAI MESMO AVANÇAR? A SUA OPOSIÇÃO TEM FALADO “NUMA INVENÇÃO ELEITORALISTA”… (Risos) Vão faltando argumentos político-partidários e bandeiras. A oposição tem que fazer o seu papel. Mas vai mesmo avançar, porque os planos e a intenção dos investidores são bem reais. A nossa ida a Macau foi real, as entrevistas aos jornais e televisão de Macau acontecerem e podem ser confirmadas. FALEMOS DO PROJETO ENTÃO, QUAL É O PONTO DE SITUAÇÃO? Temos tido reuniões com todas as entidades que operam naquela zona, pescadores, pessoas que trabalham na marítimo-turística, com o clube naval, docapesca. Já tivemos reuniões com o gabinete do Sr. primeiro-ministro, de forma a explicar o pro0jeto e acertar detalhes sobre o processo. ALIÁS FOI O PRIMEIRO-MINISTRO QUE ANUNCIOU UMA REUNIÃO QUE IA TER COM A SRA. PRESIDENTE…
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Apoio da “Macau Legend” ajudou ao degelo de relações com o Vitória Dores Meira, diz nunca ter estado zangada com a instituição Vitória. E afirma que o desentendimento com os gestores do clube foi ultrapassado. «Houve um desentendimento porque não gostei da forma como trataram funcionários da câmara que estiveram a tratar do espólio do clube» e nem me convidaram para a sessão de aniversário, mas estamos empenhados a ajudar o clube», explica. O degelo começou por altura da final de Andebol que, no âmbito da Cidade Europeia do Desporto, realizou-se em Setúbal. «Era para ser disputada nas Manteigadas, mas fazia sentido ser no pavilhão do Vitória. E pedimos à “Macau Legend” para comparticipar nas obras de melhoramentos, que não mais acabaram», conta a edil. Foram 300 mil euros para várias intervenções, desde as pinturas, aos asfaltos e até na zona da ginástica, onde se vai substituir paredes de betão para vidro». Sim, falei primeiro com o Sr. primeiro-ministro e na sequência dessa conversa tivemos reuniões de trabalho com o seu gabinete. Estão entusiasmados e muito empenhados com o projeto. Propuseram que se avançasse com um PIN (Potencial Interesse Nacional), e é isso que vai suceder. Estamos a falar de um investimento muito grande, de investimento estrangeiro que passa as fronteiras de Setúbal e da nossa região. E acima de tudo, de um projeto que vai envolver cerca de 3000 mil trabalhadores, que vai requalificar a cidade e operar uma grande mudança em Setúbal. SIGNIFICA QUE VAMOS TER UMA ALTERAÇÃO DO PLANO DE PORMENOR PARA AQUELA ZONA? Sim, e exigimos ao investidor também estudos de viabilidade ambientais e de viabilidade económica. Todos os dias estamos em contacto com Macau. Ainda ontem recebi um email a dizer que a equipa está praticamente constituída para vir. O PIN está já finalizado para entregar no gabinete do Sr. primeiro-ministro e nos ministérios respetivos. Está tudo a andar, e vamos ter a tempo inteiro técnicos da Câmara a trabalhar com os investidores.
QUAIS AS EXPETATIVAS TEMPORAIS, FALOU-SE EM 2017… Eu quero começar em 2017. Dissemos que o Plano de Pormenor pode demorar de nove a dez meses e os dizem que querem demorar no máximo cinco a seis. Para depois entrarmos logo em negociações e começar a obra. Quero ainda referir que já em Novembro vamos estar em Xangai num encontro com primeiros-ministros, incluindo o nosso, onde se vai assinar o memorando final. PELO QUE ME ESTÁ A DIZER ESTE PROJETO PODE ALAVANCAR OUTROS INVESTIMENTOS? Há muitos investidores a procurar Setúbal e depois de ter anunciado este projeto essa procura aumentou. Ainda recentemente foi apresentado um projeto de empresários brasileiros que querem implantar um grande resort, com lagos e tudo. Nesta fase, estamos à procura de espaços. E já temos outro interesse de Macau. A um dos contatos disse logo que não, porque pretendia a instalação de um casino. POIS, HÁ ESSE PERIGO DE UM TURISMO DENSO, QUE NÃO É NADA BOM… Sabemos o que estamos a fazer e Setúbal não está à venda e não queresmos coisas megalómanas. O turismo que pretendemos não tem nada a ver com densi-
dade. Não queremos um Algarve. Mas é bom sentir esse poder de atracção que começamos a registar. Repare que sem os alojamentos não oficiais (guest house, hostels e outros) crescemos de Janeiro a Julho 8 por cento, é muito bom. E sinto orgulho no que está a acontecer com a requalificação destes espaços. Têm-se mantido a traça local e o respeito pela história dos edifícios. Julgo mesmo que estamos a ser um exemplo em todo o país. A Câmara, com excepção das escolas no Bairro Afonso Costa, na Luísa Todi e na Brejoeira, não construiu nada de novo. E vamos ter várias novas unidades de alojamento, de Azeitão ao casco velho da cidade. ESTES MELHORAMENTOS NOS EDIFÍCIOS MUNICIPAIS NÃO CONTENTARAM TODA A GENTE… Respeitamos as opiniões. Mas temos que pensar que Setúbal é uma grande cidade e temos que marcar a diferença, daí as cores fortes. Não temos uma grande monumentalidade, como sabe, excluindo o Convento de Jesus e os fortes de São Filipe e Albarquel, por isso queremos que o temos seja visto, tenha visibilidade e esteja ao serviço das pessoas. Não
DESPORTO podíamos pintar uns amarelos ou uns rosinhas, a confundirem-se com outros imóveis da cidade. Aqui, por exemplo (Paços do Município) queremos que as pessoas entrem, sintam a história e as memórias da cidade e dos seus agentes políticos. Sabe que tivemos 51 presidentes de câmara (sou a única mulher (risos) o que me orgulha) e agora numa sala pequena mas nobre estão os seus retratos. E também queremos que se case aqui, que se batize. Esta é a casa da democracia, está ao serviço de todos. E fizemos toda esta intervenção nos edifícios municipais com meios próprios, com espólio que estava disperso e com o trabalho dos nossos trabalhadores municipais. AS CONTAS CAMARÁRIAS AINDA ESTÃO MUITO NO VERMELHO? O MUNICÍPIO TEM CUMPRIDO O CONTRATO DE REEQUILÍBRIO FINANCEIRO? Tem estado sempre a ser cumprido. Neste momento, falta pagar à volta de 30 milhões de euros, de um total de 67 milhões. Mas com juros já pagámos cerca de 75 milhões. Quer dizer que sem os juros já teríamos liquidado essa herança pesada. NÃO ESQUECE A HERANÇA… Claro que não. Os meus sucessores também vão ter outras heranças, espero que bem mais positivas. Mas temos que assumir os compromissos da Câmara e pagá-los. E OS OUTROS RÁCIOS FINANCEIROS? Estamos com divida de curto prazo de cerca de 20 e tal milhões. Tínhamos um atraso de pagamentos de 328 dias e baixámos para 178 dias, o que é bom.É, portanto, uma divida gerível, ao nível de uma grande cidade. Mas estamos a fazer um grande esforço para ainda a diminuir mais.
MAS FALTAM VERBAS PARA INVESTIMENTO, CERTO? O investimento que estamos a fazer na rede viária, no saneamento básico e, agora, no centro histórico, está a ser feito de forma controlada e responsável. Temos a esperança de que dentro de três anos atinjamos o equilíbrio financeiro. TODAVIA, MESMO NO CAMINHO CERTO, COMO DIZ, HÁ CUSTOS PARA OS MUNÍCIPES. O IMI, POR EXEMPLO, É DOS MAIS ALTOS DO PAÍS… Já explico isso. Antes, quero dizer-lhe que conseguirmos esse ponto de equilíbrio temos que investir. Se não temos uma casa da baia atrativa, não teríamos conseguido quadriplicado as suas receitas. Outro exemplo é o moinho da mourisca, onde também fizemos algum investimento e já quintuplicou as receitas. Dentro de um ano, paga-se a si próprio, as amortizações e começa a dar lucro. E O IMI… QUANDO BAIXA? Em relação ao IMI continuamos a ter um problema para resolver, que advém da obrigação da câmara em cumprir os requisitos do contrato de reequilíbrio financeiro antigo. Ainda hoje aguardo resposta do secretário de Estado do Orçamento, porque pretendemos que se faça uma portaria que, de uma vez por toda, não nos obrigue a saltar de legislação em legislação. Com o cenário atual, caso a câmara prevaricasse numa perda de receita com esse imposto a penalização seria chegar a bens do próprio presidente. É um caso complicado que tem sido aproveitado pela oposição para fazer gincana política. Mas no próximo ano, sob pressão do PCP na assembleia da república, haverá um abaixamento de 0,5% na taxa máxima a nível nacional que entrará igualmente em vigor no nosso concelho.
Recandidatura nas mãos do partido «Os vereadores do PS continuam iguais a si próprios», mesmo com a “gerigonça” a governar. É assim que a presidente da câmara vê o parceiro socialista da coligação que apoia o governo. Nem vê diferença de relacionamento entre governantes da anterior e da atual equipe governativa. «É sempre ingrato responder a uma questão destas, porque, na verdade, o relacionamento com os ministros e os secretários de estado nem sempre depende da cor do governo, mas sim das pessoas que ocupam os cargos». Mas sempre sublinha que a coligação à esquerda «privilegiou políticas de devolução de rendimentos e dignidade aos portugueses». Já sobre a sua eventual recandidatura, Dores Meira, quer «fazer mais por Setúbal», mas será sempre o PCP a decidir se avança ou não.
FUTEBOLISTA É TEMA DE CONVERSA DAS SESSÕES “AO FINAL DA TARDE”
Vítor Baptista evocado em encontro em Setúbal
Convidados ligados ao Benfica e ao V. Setúbal vão estar em Setúbal no próximo dia 6, para participarem numa conversa sobre o temível ponta de lança Vítor Baptista, que viveu momentos de glória mas que acabou por partir na miséria. TEXTO ANTÓNIO LUIS IMAGEM SM
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ponta de lança Vítor Baptista, tão famoso pela competência em desfazer defesas graças a um futebol avançado para a época quanto pela irreverência fora de campo, é evocado num encontro a realizar dia 6, em Setúbal. O primeiro futebolista português a usar brinco é tema de conversa de uma sessão do ciclo “Ao final da tarde…”, dia 6, das 18 às 20 horas, na biblioteca de Setúbal. O mote para este encontro é o documentário/ reportagem “O maior – a história de Vítor Baptista”, assinada pelos jornalistas do jornal Expresso Joana Beleza e Pedro Marta Candeias, presentes no evento, que aborda a ascensão e a queda de um mito do desporto nacional. A iniciativa, de entrada livre e aberta ao público em geral, organizada pela Câmara no âmbito de Setúbal Cidade Europeia do Desporto, conta com diversos convidados, nomeadamente ligados ao Vitória e ao Benfica. Alguns deles conviveram de perto com o home-
nageado, como amigos de infância e antigos colegas, incluindo o “irmão” Fernando Tomé, o que permite recordar e revelar alguns aspetos da vida intensa e curta de Vítor Baptista. Setúbal, a terra de nascimento, a 18 de outubro de 1948, foi onde “O Maior”, como se autodenominava, despontou para o futebol. Ingressou no V. Setúbal com 15 anos e rapidamente ascendeu à primeira categoria para viver épocas de brilho, com golos atrás de golos. Pela mão do treinador José Maria Pedroto, subiu do meio campo para o coração da área e na última temporada nos sa-
dinos apontou 22 tentos, quase suplantando outro temível goleador, mais refinado do que fogoso, Artur Jorge, com quem fez dupla de luxo, a partir de 1971, no Benfica, já Eusébio caminhava para o ocaso da carreira. O fascínio pelas estrelas rock britânicas e norte-americanas do início dos anos 70 assentou como uma luva na personalidade rebelde de Vítor Baptista, como aconteceu na mesma altura, em Inglaterra, com George Best, atacante do Manchester United, tão falado pelo que fazia dentro como fora das quatro linhas. Vítor Baptista jogou no Benfica até 1978, para vol-
tar ao Vitória, a que se seguiram passagens pelo Boavista, Earth Quakes, dos Estados Unidos, Amora, Montijo, União de Tomar, Monte de Caparica e Estrelas do Faralhão, equipa que também treinou, em 1985/86. Foi o declínio de um craque dos relvados, com muitas tardes de glória no Vitória, no Benfica, mas também na seleção portuguesa, que representou por 11 vezes, marcando dois golos. O encontro vai lembrar um setubalense que conquistou a glória para, anos depois, perder tudo e acabar num quadro de degradação e miséria, vindo a morrer a 1 de janeiro de 1999, aos 50 anos.
2.ª Granfondo da Arrábida anima Palmela
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2.ª Granfondo da Arrábida, prova de ciclismo, de nível internacional, decorre este domingo, com concentração às 8h30 e partida às 9 horas, na Avenida dos Cavaleiros de Santiago e Espada, junto à entrada do Castelo de Palmela. A par da Granfondo, percurso de 134 quilómetros, incluindo o Prémio de Montanha, decorre, também, a Minifondo, com 65 quilómetros. As chegadas estão previs-
tas para cerca das 12 horas, no mesmo local. Mas antes, no sábado, decorre em Palmela o Campeonato Nacional de Rampa (Juniores, Elites, Masters) e a 1.ª Rampa de Palmela (prova aberta). Estes eventos desportivos vão trazer a Palmela várias centenas de participantes e de público, pelo que será necessário condicionar o trânsito e o estacionamento nos percursos e nos corredores de emergência.
SEMMAIS | SÁBADO | 1 DE OUTUBRO | 2016 | 11
NEGÓCIOS
LÍDER DA APCOR DIZ ESTAREM REUNIDAS AS CONDIÇÕES PARA SUSTENTABILIDADE DA FILEIRA
Promoção internacional da cortiça valoriza o montado da região
É um projeto ambicioso e promete chegar a dez países num prazo de três anos, com uma meta de mil milhões de euros. A campanha vale 7,8 milhões e os produtores de montado do distrito estão entre os que podem vir a ganhar mais.
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projeto é ambicioso e promete ter também repercussões positivas na valorização da área de montado do distrito de Setúbal. A Associação Portuguesa da Cortiça (APCOR) aposta numa campanha internacional para promover esta matéria-prima cada vez mais relevante, através do lançamento de uma campanha de investimento de 7,8 milhões de euros. A ideia é chegar a dez países com o objetivo de alcançar, no prazo de três anos, a meta dos mil milhões de euros em exportações. Em declarações ao Semmais, o presidente da APCOR, João Rui Ferreira, admite que é no mercado internacional que assenta a sustentabilidade do sector.«As exportações são um pilar fundamental da nossa atividade. Em 2015, alcançamos os 900 milhões de euros de exportações e os primeiros dados de 2016 demonstram-nos que continuamos no bom caminho», avança. O mesmo dirigente garante que «a promoção internacional da cortiça e dos produtos é um passo fundamental para solidificar o valor e a notoriedade junto de consumidores, líderes de opinião e também dos nossos clientes. Por isso a APCOR aposta, uma vez mais, na realização de uma nova campanha de promoção internacional, o InterCork». João Rui Ferreira acrescenta que com este
tipo de iniciativas estão reunidas as «condições de sustentabilidade de toda a fileira da cortiça, reforçando as condições de atuação das nossas empresas e, consequentemente, reforçamos as condições de muitas regiões do Alentejo que vivem da economia do montado de sobro». O balanço de 2015 mostra um crescimento na ordem dos 6,3%, atingindo 899,3 milhões de euros de exportações, pelo que a associação acredita que na rota de crescimento constante e com uma campanha de promoção internacional eficaz, a meta dos mil milhões em 2018 será uma realidade, numa altura em que o montado surge integrado na lista indicativa ao Património Mundial num total de 22 candidaturas portuguesas. NOVA INTERCORK TEM FUNDOS E DECORRE ATÉ 2017 Financiada por fundos comunitários, a nova InterCork – a sétima desde 1999 – decorrerá até 2017 e contemplará 10 mercados – Alemanha, Brasil, China, Dinamarca, Espanha, Estados Unidos, França, Itália, Reino Unido e Suécia. As maiores novidades são o regresso da campanha no Reino Unido, que não esteve contemplado no programa anterior, e a aposta na divulgação de novas aplicações e potencialidades da cortiça junto de universidades e centros de investigação. A nova campanha, di-
rigida ao grande público, mas também às indústrias para as quais a cortiça apresenta um forte potencial, promete mostrar as mil e uma aplicações da cortiça para os mais variados sectores da atividade económica. O concurso público para a escolha das agências de comunicação deve estar concluído até ao final de Setembro, a tempo do início da campanha. Em 2013 era lançado alerta máximo sobre o montado, depois de um levantamento realizado ter detetado a perde de milhares e hectares . O investigador Nuno Ribeiro explica que o montado de azinho tem sido o mais afetado, perdendo muita da dinâmica de outros tempos desde a crise na fileira provocada pela peste suína. Aliás, enquanto o azinho tem perdido área de forma bastante acentuada, o sobro regista antes uma perda de densidade. Pode sugerir que se trata da mesma coisa, mas não. Até porque a área ocupada por sobreiros em algumas zonas da região tem registado aumentos, sobretudo devido ao interesse comercial proporcionado pela extração de cortiça, que tem levado os empresários agrícolas a investir. O problema reside em causas bióticas, pragas ou doenças, a par das políticas agrárias que têm sido seguidas revelando-se inibidoras da regeneração natural do sobro, reduzindo a densidade dos seus montados.
PUBLICIDADE CARTÓRIO NOTARIAL DE SETÚBAL NOTÁRIA MARIA TERESA OLIVEIRA Sito na Avenida 22 de Dezembro nº 21-D em Setúbal Certifico, para efeitos de publicação que no dia vinte e seis de setembro de dois mil e dezasseis, neste Cartório, foi lavrada uma escritura de justificação, a folhas 71 do livro 301 – A, de escrituras diversas, na qual: Anastácio da Silva Maria, solteiro, maior, natural da freguesia de São Teotónio, concelho de Odemira, residente no Monte Novo da Silha, Valinho da Estrada, Melides, Grândola, contribuinte número 205655858, justificou a posse, invocando a usucapião, do seguinte imóvel: Prédio rústico composto de lote de terreno para construção urbana, com a área de cento e vinte e dois vírgula quarenta e dois metros quadrados, sito na Rua José Pereira Candeias, confronta a norte com Leonor Sá, a Sul com Maria Paula, a nascente com Rua José Pereira Candeias e a poente com Beco Sacadura Cabral, freguesia de Melides, concelho de Grândola, ainda por descrever na Conservatória do Registo Predial de Grândola, inscrito na respetiva matriz sob o artigo P3580, pendente de avaliação. Está conforme. Cartório Notarial sito na Avenida 22 de Dezembro número 21-D em Setúbal, 26 de setembro de 2016. A Notária, Maria Teresa Oliveira Conta registada sob o número 1669
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NEGÓCIOS
Prémio Secil Engenharia Civil 2014 atribuído ao Aproveitamento Hidroelétrico do Baixo Sabor Porto de Setúbal cresce 41% nos contentores até agosto
O
projeto do Aproveitamento Hidroelétrico do Baixo Sabor, desenvolvido por uma equipa multidisciplinar de engenharia da EDP Produção, coordenada por Domingos Silva Matos, venceu o “Prémio Secil de Engenharia Civil 2014”, atribuído pela Secil e pela Ordem dos Engenheiros. Este projeto foi distinguido por unanimidade pelo Júri. O galardão, reconhecido como o prémio referência de engenharia civil em Portugal, distingue, de dois em dois anos, o mais significativo projeto na área. O Aproveitamento Hidroelétrico do Baixo Sabor, que está situado no concelho de Torre de Moncorvo e abrange também os concelhos de Alfândega da Fé, Mogadouro e Macedo de Cavaleiros, tem a potência
O instalada de 189 MW, sendo constituído por dois escalões, o de Baixo Sabor a montante e o de Feiticeiro a jusante. O escalão de montante, com uma barragem de 123 metros de altura (a segunda mais alta do País), cria uma albufeira com a capacidade de 1 095 hm3, que é também a se-
gunda maior do país. O dono da obra é a EDP Produção, a construção esteve a cargo do Baixo Sabor ACE, constituído pelas empresas Odbrecht – Bento Pedroso Construções, SA e Lena Construções, SA, e a fiscalização da obra foi assegurada pela Consulgal
– Consultores de Engenharia, SA. A Secil instituiu o Prémio Secil em 1992, que é hoje reconhecido como o galardão de máxima referência em Engenharia Civil em Portugal, merecendo o Alto Patrocinio da Presidência da República desde a sua primeira edição.
movimento de contentores na plataforma portuária de Setúbal aumentou até Agosto deste ano 41% face a igual período do ano passado, confirmando uma trajectória de crescimento sustentado neste importante segmento da sua atividade. Os números, divulgados este semana pela comunicação da APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, indicam que até aquele período foram movimentados 109 mil TEU, sendo deste total, 56 mil TEU corresponderam a movimentos
de exportação, o que dá expressão às características exportadoras desta carga no porto sadino. Refira-se que atualmente escalam o porto de Setúbal dez linhas de serviço regular, três da “MacAndrews” e duas da “OPDR”, que integram o grupo “CMA CGM”, um dos maiores operadores mundiais de transporte marítimo. E outras três da “WEC Lines”, uma da “ARKAS” e uma da “TARROS”, o que resulta numa oferta que liga Setúbal a portos da Europa, Mediterrâneo, Médio Oriente, Costa Ocidental de Marrocos e Ilhas Canárias.
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SEMMAIS | SÁBADO | 1 DE OUTUBRO | 2016 | 13
EDITORIAL
OPINIÃO
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As cores e a República Raul Tavares Diretor
Chega de devassa
M
esmo com a notícia de que o Fisco só vai poder aceder às contas dos clientes dos bancos que tenham saldos acima dos 50 mil euros, não tenho dúvidas de que se trata de uma medida que resvala a inconstitucionalidade e é mais uma devassa da vida dos portugueses. Hoje, julgo que ninguém tem dúvidas de que o Fisco em Portugal se tornou um gigante voyeurista. Um “big-brother” da pior espécie, que olha, muitas vezes cegamente, que confista e que destrói. Já a ideia da e-fatura me parece persecutória, mesmo com os concursos e afins. Uma devassa nos hipermercados, nos cinemas, nos restaurantes e todo o lado, a confirmar que a vida de cada um de nós está a ser olhada, visitada, mesmo invadida. Consigo perceber algum dos alcances da medida. Mas, na verdade, cabe ao Estado, às suas instâncias financeiras e às suas instâncias judiciais, apanharem os verdadeiros prevaricadores. Assim, lançando a rede de forma discricionária, está toldada uma das variáveis mais relevantes da democracia: a liberdade de usos, de hábitos e comportamentos. Pode pensar-se que nada disto interessa. Mas é, afinal, o que está em causa. Caberia aos partidos políticos perceberem as linhas vermelhas que podem vir a ser ultrapassadas com ideias como esta. E a nós, aos portugueses, não deixar calar a indignação.
M
ais do que uma questão estética , a cor é um facto cientifico do domínio da física. O físico inglês, Isaac Newton, descobriu que a luz ao passar por um prisma, separava-se em diversas cores, dando origem a outras novas cores. Assim, para obtermos verde basta combinar o amarelo com o azul, já para o violeta é necessário a união do azul e vermelho. Porém se fizermos uma abordagem à “Teoria da Cor”, verificamos que a cor depende, da luz, do ambiente e da perceção que temos do objeto. A cor é ela própria um elemento importante para a identificação, preservação ou climatização dos objetos ou coisas. No entanto os efeitos das cores são universais. As cores quentes são dinâmicas e estimulantes, enquanto que as cores frias possuem propriedades calmantes, são suaves e estáticas. Proliferou nos últimos tempos um debate acesso sobre a cor do edifício dos Paços do Concelho sadino. Não se trata de uma casa qualquer, é um equipamento público de todos, que a todos deve servir, logo a todos diz respeito e responsabilidade. Vejamos, saberá Setúbal, capital do distrito qual é a sua cor ? A cor dos edifícios de Setúbal,
resulta de uma herança cultural e de um diálogo constante entre os elementos sol, céu e rio Sado. O resto, até poderemos arriscar em dizer que é uma mistura incaracterística de devaneios anti-arquitetónicos que contrariam toda as correntes da ciência da conservação. As várias ocupações que Setúbal teve desde os muçulmanos até aos dias de hoje, pincelaram a cidade de cor com significado histórico, alma, sentimentos e identidade que nesse mesclado caracteriza o povo sadino. Para além da questão estética, a cor branca obtida pela cal, serviu outrora, como antídoto às bactérias causadoras de doenças epidérmicas que devastaram aos longo dos séculos a população. De certo que todos nós entendemos a necessidade do branco do Alentejo, o inóspito, tórrido calor e frio alentejano relembra-nos a necessidade e a importância do branco na climatização e conforto das casas. Assim se foi pincelando Setúbal, muito à semelhança de outras aldeias, vilas ou cidades de Portugal. A cor projeta-nos e relembra-nos sítios, necessidades, memórias e estórias. Já a mancha roxa na malha urbana da cidade do rio azul, apela-nos a que memórias? A poucos dias da comemoração da implemen-
CIDADANIAS ELISABETE CAVALEIRO
COORDENADORA PEDAGÓGICA
tação da República repintar um edifício, pertence a um Governo Repúblicano com as cores da monarquia, é no mínimo de mau gosto. Quase que este episódio nos leva a fazer uma analogia à Questão Coimbrã, ou se preferirem ao opúsculo do Bom Senso e Bom Gosto de Antero de Quental, um dos pais da Geração de 70, parentalidade partilhada com Teófilo Braga, ele próprio chefe do primeiro governo provisório da República. Recorde-se na origem da Questão Coimbrã, está a critica, por parte de Quental a António Feliciano de Castilho e à Escola do Elogio Mútuo. O então jovem estudante universitário, responsabilizou o intelectual conservador, pelo atraso cultural da sociedade portuguesa da época. Esta questão foi muito além do literário, serviu de mote ao inicio do Realismo em Portugal e até mesmo de palco à Implementação da República. Não vou romancear ou alimentar discussões em torno do que é belo, feio ou bonito. Em causa
está um edifício camarário, património que a todos os setubalense e azeitoneses diz respeito. Edificado no reinado de D. João III, os Paços do concelho remota ao século XVI, atualmente classificado pela Direção Geral do Património, como edifício de interesse municipal foi e é, ele próprio um símbolo em Setúbal da história sadina e nacional. Das suas varandas proclamou-se a República, das suas varandas falou-se aos cidadãos. Certamente que com o recursos a análises estratigráficas, e/ou amostras de rebocos, com algum rigor, saberíamos a cor originária do edifício, mas mais do que a cor o que importa é a sua utilidade, eficiência e identidade. Importa preservar e difundir a identidade de Setúbal; isso sim traz e atrai turismo. Com ou sem palete de cor , mais escura ou clara, importa discutir o futuro de Setúbal. Deixemos de adornos artificiais e apresentemos o que importa para a cidade do Rio Azul.
Feio como a morte
A
gora imagine que de repente descobria que era muito feio. Que o seu chefe, lá da empresa onde trabalha, lhe dizia (ao cabo de alguma insistência da sua parte) que a sua cara não vende nada a ninguém. E que você, apesar de ser o brilhante inventor que mais dividendos tem trazido à companhia, não irá apresentar a sua nova invenção ao próximo congresso realizado numa luxuosa cidade daquelas que há na Suíça, e instalar-se no tal hotel com vista para o lago, onde as empregadas “se parecem todas com corças”. Não. O seu chefe diz-lhe que quem vai recolher os louros da sua última invenção não é você – mas o seu assistente. Nada mais, nada menos, do que aquele estagiário insignificante que passa a vida a
namoriscar as secretárias e que percebe tanto do seu invento como um camelo de gelados: “um parafuso de nada”, como você costuma chamar-lhe. Não está certo. Ainda por cima, quando chega a casa e, ofegante, pede à sua mulher que desfaça o equívoco e que lhe confirme o seu bom aspecto, ela hesita, pigarreia, e acaba por confessar-lhe que sim, que o ama, mas que sempre achou que a sua cara “era desastrosa”. O que é que havemos de fazer quando a pessoa que amamos acha que a nossa cara não tem remédio? Nem mais: corremos para o primeiro cirurgião plástico que encontramos. É isso que faz Lette, o protagonista da próxima criação que temos na Sala Experimental do Teatro Municipal Joaquim
BOCA DE CENA RODRIGO FRANCISCO
DIRETOR DA CTA
Benite (“O feio”, de Marius von Mayenburg, com encenação de Toni Cafiero). Só que, depois de recolher os proveitos que lhe advêm da sua beleza, este everyman moderno recebe também alguns golpes na ressaca da ventura: o cirurgião que o opera gosta tanto do resultado da sua “obra” que começa a fazer cópias em série da cara do novo Lette, que acaba despedido porque a empresa entretanto passa a dispor de outro com a sua cara para “vender, vender, vender” os
seus inventos. E a sua mulher, confundida com o verdadeiro exército de homens iguais ao seu marido, não tem outro remédio se não passar a amá-los igualmente a todos. “A vida tem destas coisas”, parece querer dizer-nos o autor alemão, a partir desta parábola moderna com ecos kafkianos, que o crítico do El Mundo considerou na ante-estreia em Julho, durante o Festival de Almada, “um magnífico exercício estético”. Quatro estrelas, em medida teatral moderna.
Diretor Raul Tavares | Redação Anabela Ventura, António Luís, Bernardo Lourenço, Cristina Martins, Marta David, Rita Perdigão, Roberto Dores | Departamento Comercial Cristina Almeida – coordenação | Direção de arte e design de comunicação DDLX – www.ddlx.pt | Serviços Administrativos e Financeiros Mila Oliveira | Distribuição José Ricardo e Carlos Lóio | Propriedade e Editor Maiscom, Lda; NIPC 506 806 537 | Concessão Produto Maiscom, Lda NIPC 506 806 537 | Redação: Largo José Joaquim Cabecinha nº8-D, (traseiras da Av. Bento Jesus Caraça) 2910-564 Setúbal. E-mail: redaccao.semmais@ mediasado.pt; publicidade.semmais@mediasado.pt. | Telefone: 93 53 88 102 | Impressão: Empresa Gráfica Funchalense, SA. Rua Capela Nossa Senhora Conceição, 50 – Moralena 2715-029 – Pêro Pinheiro. Tiragem: 45.000 (média semanal). Distribuição: VASP e Maiscom, Lda. Reg. ICS: 123090. Depósito Legal; 123227/98
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OPINIÃO
Níveo
DAS COISAS NASCEM COISAS JOSÉ TEÓFILO DUARTE
DIESIGNER | DIRECTOR DE ARTE
A
solidão nunca vem só – o inverno já se instalara na cidade e a neve cobria levemente os passeios, a relva e os telhados. O vento crepitava nos ouvidos e o frio apoderava-se das mãos. O ar incomodava, concentrava os pensamentos e prendia a mente. – A solidão condiz com este clima. Daqui por uns dias a neve já terá coberto tudo e não conseguirás distinguir nada. A cidade branca e o céu cinzento vão barricar o que existe – no seu rosto apareceu um ligeiro sorriso que logo se esfumou. As sardas desenhadas nas bochechas davam cor à paisagem e os olhos castanhos aprofundavam-na. – E isso alegra-te? – Pon-
LETRAS EM PAPEL QUADRICULADO MARGARIDA NIETO ESTUDANTE
tuais bicicletas compunham os trilhos do parque e as árvores, pálidas, davam-lhes densidade. A pergunta desprendia-se rapidamente da boca e soltava consigo ar quente que imediatamente se misturava no ambiente gelado, da mesma forma que, após proferidas, as palavras perdiam o seu som. – Não, mas tranquiliza-me. A neve dá forma à solidão, posso tocar-lhe, tê-la entre os dedos, sentir que me gela o corpo, saber que é real – o cabelo escuro fugia-lhe do gorro
e esvoaçava vagarosamente em redor do rosto. O livro que trazia na mala ia a meio, tal como o passeio; as pernas caminhavam mecanicamente e a mente também. – A neve acabará – as palavras foram sussurradas enquanto os olhos fixavam o chão. Caminhavam lado a lado, voltados para dentro de si. O silêncio impôs-se finalmente entre os dois, tal como a descrição do espaço o exigia – a ausência de som amplifica o gelo, dá protagonismo à berma do trilho e enaltece
os flocos de neve que nela aterram. O batuque das botas e os suspiros que libertavam eram suficientes para se aperceberem um do outro. Enquanto um observava a caruma que se escondia na neve, o outro inspirava fundo para sentir o aroma a pinho. E o passeio terminara. – Talvez tenhas razão, talvez a solidão não venha só, talvez esta traga consigo a neve – aproximou-se, deu-lhe um pequeno beijo na cara e disse-lhe adeus. Para sempre, por agora.
PUBLICIDADE CARTÓRIO NOTARIAL DE SETÚBAL NOTÁRIA MARIA TERESA OLIVEIRA
CARTÓRIO NOTARIAL DE SETÚBAL NOTÁRIA MARIA TERESA OLIVEIRA
Sito na Avenida 22 de Dezembro nº 21-D em Setúbal Certifico, para efeitos de publicação que no dia vinte e três de setembro de dois mil e dezasseis, neste Cartório, foi lavrada uma escritura de justificação, a folhas 49 do livro 301 – A, de escrituras diversas, na qual: Francisco Henrique Coutinho da Cruz Sobral, solteiro, maior, natural da freguesia de São João de Deus, concelho de Lisboa, residente na Rua São Francisco Xavier, número 26, Belém, Lisboa, contribuinte número 111407524, justificou a posse, invocando a usucapião, do seguinte imóvel: Prédio Rústico composto de cultura arvense e árvores de fruto, com a área de três mil novecentos e vinte seis vírgula vinte metros quadrados, sito em Vale Figueira, Azinhaga da Quinta de Cima, freguesia de Charneca de Caparica, concelho de Almada, que confronta a Norte com Caminho e António Bonifácio Figueiredo Coutinho, a Sul com João Faustino, a Nascente com António Leitão e a Poente com Caminho e Rui Miguel Coutinho Baptista, a desanexar do prédio descrito na Segunda Conservatória do Registo Predial de Almada, sob o número catorze mil novecentos e trinta e nove, da freguesia de Charneca de Caparica, e inscrito na matriz sob parte do artigo 16 da Secção AJ, da União das Freguesias de Charneca de Caparica e Sobreda, anteriormente artigo 16 da Secção AJ, da freguesia de Caparica. Está conforme.
Sito na Avenida 22 de Dezembro nº 21-D em Setúbal Certifico, para efeitos de publicação que no dia catorze de setembro de dois mil e dezasseis, neste Cartório, foi lavrada uma escritura de justificação, a folhas 42 do livro 301 – A, de escrituras diversas, na qual: Paulo Jorge Trindade Ladeira e mulher Carmen Rosa de Jesus Calisto Ladeira, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, naturais da freguesia de S. Sebastião, concelho de Setúbal, residentes na Rua Manuel Pardal, Faralhão Setúbal, contribuintes números 195884191 e 164292772, justificaram a posse, invocando a usucapião, do seguinte imóvel: Prédio rústico composto de cultura arvense com a área de mil trezentos e sessenta e três vírgula cinquenta e quatro metros quadrados, sito em Maria Mansa, Faralhão, freguesia do Sado, concelho de Setúbal, o qual confronta do norte com Eglantina Maria Cardoso, do sul termina em bico, nascente com Herdeiros de Manuel Pardal, e poente com Rua Manuel Pardal, inscrito na matriz sob parte do artigo 189 da Secção H (anteriormente artigo 129 da mesma secção) a desanexar do prédio descrito na Conservatória do Registo Predial de Setúbal, sob o número quinhentos e trinta e seis, da mencionada freguesia. Está conforme.
Cartório Notarial sito na Avenida 22 de Dezembro número 21-D em Setúbal, 23 de setembro de 2016. A Notária, Maria Teresa Oliveira Conta registada sob o número 1657
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Cartório Notarial sito na Avenida 22 de Dezembro número 21-D em Setúbal, 23 de setembro de 2016. A Notária, Maria Teresa Oliveira Conta registada sob o número 1653
O pintor morreu A pintura de Mouga, na sua imediatidade visual e voluntária elementaridade, é uma pintura exaltante, ajuda-nos a ser alegres. De muitos modos se poderá falar dela, mas eu penso que sempre com alegria. Rui Mário Gonçalves
JOSÉ MOUGA |O artista morreu no passado domingo. Ainda estava em plena actividade. Os desenhos que aqui se reproduzem são recentes. Provavelmente esboços para novas pinturas, ou então nem por isso, que muitas vezes os caminhos acabam quando parecem ter estar no início. Mouga escolhia sempre caminhos difíceis. Investigava, percebia o traçado linear, a conduta apreciável e rumava no sentido contrário. Passou a vida a mudar. A contenção e a disciplina não eram tabaco do seu cachimbo. Estilo? O que é isso? Recordando uma frase de Pablo Picasso: se sabemos o que vamos fazer, para quê fazê-lo? A Arte portuguesa perdeu um dos seus mais vibrantes criadores. Em outubro de 2014 desafiei-o para desenvolver um trabalho para a galeria da Casa da Cultura | Setúbal. Chamou-lhe Notas de Viagem. As paredes da galeria foram testemunhas de algo singular. Soberbo. Crescidos ciprestes rompiam os limites das telas. A exposição foi dedicada a Rui Mário Gonçalves. Merecida homenagem a quem definiu tão bem o seu trabalho. Alinhei umas palavras para o catálogo. Repito-as aqui em jeito de homenagem e agradecimento ao artista e ao amigo. ALEGRES CIPRESTES | Se me pedissem para escolher uma música ou um grupo musical para acompanhar a pintura de José Mouga, inclinavame para os Penguin Café Orchestra. O percurso do pintor não acompanha estilos ou modas. Não se enquadra em escolas ou grupos. Nada contra os alinhamentos. As rotinas são necessárias. Mas não são disciplinas que se inscrevam no seu caderno de capa preta. Adivinha-se nestes trabalhos a preocupação de não ficar quieto. Calado nunca, De contar o que se passou ali mesmo ao lado. De mostrar caminhos percorridos. E os caminhos nunca acabam. É por isso que a pintura de Mouga é como a música do grupo de Simon Jeffes. Sem enquadramento que permita uma classificação. Conheço-lhe o percurso desde os tempos do abstracto. Percebi o caminho para uma tímida figuração. E surpreendo-me com este novo trabalho. Estes ciprestes foram companheiros do artista e seus cúmplices. Rui Mário Gonçalves tentou perceber o que se passou. Escreveu elogiosa prosa sobre a pintura de José Mouga. Na publicação que será apresentada para esta exposição será incluído um dos seus textos. Aliás, decidimos que esta mostra fosse também uma homenagem ao crítico e historiador de arte que recentemente nos deixou. É o nosso obrigado a quem tão bem entendeu a Arte Portuguesa. Muito obrigado por tudo, José Mouga. Acrescento eu agora.
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