O melhor do Verão chega com o
a 9 de Julho...
semmais
...afinal vale a pena ser mais! Sábado 2 | Julho | 2016
Diretor Raul Tavares Semanário | Edição 909 | 9ª série Região de Setúbal Distribuído com o Expresso Venda interdita
CONTAS A UM ANO NEGRO EM HOMICÍDIOS NA REGIÃO 2015, foi um dos mais negros no registo de homicídios na região, com 16 crimes, incluindo quatro femicídios. Só Lisboa e Porto registam números ainda mais dramáticos. Os dados estão traduzidos no relatório anual da Rede de Apoio a Familiares e Amigos de Vítimas de Homicídio (RAFAVH), uma sub-rede especializada de apoio, criada em 2013 pela Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV).
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A região foi uma das mais varridas por uma megaoperação da Unidade Nacional Contra Terrorismo (UNCT) da Polícia Judiciária, que levou ao desmantelamento de uma rede de traficantes que detinham um autêntico arsenal de guerra. Algumas das armas deverão ter servido para vagas de assaltos violentos.
É o primeiro rebocador construído em Portugal e com 100 por cento de tecnologia nacional. A ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, foi ao batismo e garantiu um protocolo para a criação da tão almejada Doca da baia seixalense. O novo rebocador vai primeiro sulcar as águas do Tejo e segue depois para o douro.
De forma a proporcionar uma melhor navegabilidade das embarcações no Rio Tejo, o presidente do Montijo solicitou ao Governo o desassoreamento da Cala local. O edil defende até um projeto mais alargado no Tejo, com apoios comunitários, que permitam o desassoreamento de outras calas, como as do Barreiro e Seixal.
DISTRITO ESTÁ NA ROTA DA APREENSÃO DE ARMAS DE GUERRA
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REBOCADOR “BAIA DO SEIXAL” PREPARADO PARA SULCAR O TEJO
EDIL DO MONTIJO PEDE DESASSOREAMENTO DA CALA
SEMANA PRISÃO PREVENTIVA PARA TRÊS SUSPEITOS ROUBO E BURLA EM ALMADA MILITARES DO NÚCLEO DE INVESTIGAÇÃO CRIMINAL DE ALMADA DETIVERAM, NOS DIAS 21 E 22 DE JUNHO, TRÊS INDIVÍDUOS SUSPEITOS DE ROUBO E BURLAS INFORMÁTICAS. UM DOS INDIVÍDUOS, DE 29 ANOS, TEVE COMO ALVO TRÊS ESTABELECIMENTOS COMERCIAIS, UMA RESIDÊNCIA E DOIS VEÍCULOS AUTOMÓVEIS NAS LOCALIDADES DE CHARNECA, CAUSANDO AVULTADOS PREJUÍZOS MATERIAIS E UM ACENTUADO ALARMISMO SOCIAL NO SEIO DA POPULAÇÃO ALI RESIDENTE. OS OUTROS, DE 17 E 18 ANOS, COOPERAVAM ENTRE SI, TENDO COMO ALVO VÍTIMAS QUE SE ENCONTRAVAM JUNTO DAS PARAGENS DO METRO DE ALMADA. ATRAVÉS DE COAÇÃO E VIOLÊNCIA FÍSICA RETIRAVAM-LHES TODOS OS BENS MATERIAIS, E OBRIGAVAM-NAS A FORNECEREM OS CÓDIGOS PESSOAIS DOS CARTÕES DE DÉBITO/MULTIBANCO, E CONSEQUENTEMENTE LEVANTAR ELEVADAS QUANTIAS MONETÁRIAS. APÓS SEREM PRESENTES A TRIBUNAL, FICARAM EM PRISÃO PREVENTIVA.
Estudantes do IPS na Shell Eco Marathon Europa
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equipa de 15 estudantes do Instituto Politécnico de Setúbal (IPS) já está em Londres para participar na Shell Eco Marathon Europa, que decorre de 30 de junho a 3 de julho. Esta prova desafia estudantes de todo o mundo a desenhar, construir e testar veículos que viajam com menos energia, ou seja, veículos com maior eficiência energética e que consigam percorrer o maior número de quilómetros possível com apenas um litro de combustível. A competição marca o final de um ano de trabalho da equipa “Shell Eco EST”, que é constituída por estudantes das licenciaturas em Engenharia do Ambiente, Informática, Mecânica, Tecnologias de Energia e Comunicação Social do IPS. A equipa foi coordenada por docentes da EST Setúbal do IPS, contando, igualmente, com o
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apoio das empresas JDEUS, SKF, fablab Barreiro, Extinsado, KIP e do Núcleo do Curso de Engenharia Mecânica da Associação Académica do IPS. João Felizardo, Team Manager pelo segundo ano consecutivo, considera que «para se participar nesta prova é necessário ter força de vontade e dedicar tempo e trabalho», acrescentando ainda que a participação nestas iniciativas «permite-nos ad-
quirir experiência e aptidões que aplicamos na prática, como por exemplo através da obtenção de parceiros e desenvolvimento do protótipo». Em 2015, na Holanda, a equipa do IPS alcançou a melhor pontuação portuguesa na categoria de protótipos a gasolina, percorrendo 435 quilómetros com apenas um litro de gasolina, pelo que este ano esperam superar a marca alcançada.
Estruturas alusivas a Bocage já estão na rua
município de Sesimbra anunciou esta semana que em julho e agosto, vai distribuir cabazes alimentares com artigos de primeira necessidade, como cereais, leite, bolachas, arroz, massa, azeite e carne, a duzentas famílias do concelho. Esta medida, no valor de 7 mil euros, abrange agregados familiares carenciados com crianças beneficiárias do Escalão A que frequentam o 1.º ciclo, e sinalizadas pelas instituições do concelho e pelo Serviço de Ação Social da autarquia. Dinamizada há quatro anos pela autarquia, não apenas no verão, mas também nas pausas
A Em complemento, os poemas têm interpretações a cargo de artistas, que podem ser visionadas em vídeos publicados no YouTube, facilmente acessíveis através de códigos QR divulgados nas faces das estruturas. As estruturas podem ser visitadas na rua Luís de Camões, Av.ª 5 de Outubro, rua Augusto Cardoso e no largo da Ribeira Velha.
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Quando todas as estruturas estiverem visíveis ao público, com a última inauguração agendada para setembro, a organização disponibiliza um mapa com o itinerário dos locais a visitar, assim como informações complementares para melhor conhecer e interpretar as obras expostas e o porquê das respetivas localizações.
letivas da Páscoa e Natal, esta ação surgiu depois de se ter verificado que em consequência do encerramento das cantinas escolares ocorria um agravamento da situação das famílias mais carenciadas com crianças em idade escolar, nomeadamente a nível alimentar, uma vez que estas deixavam de fazer a refeição diária a que têm direito na escola.
Grande noite de marchas populares em Almada grande final das marchas de Almada acontece este sábado, a partir das 22 horas, no pavilhão do Feijó, com bilhetes a 3 euros. Depois de desfilarem em Cacilhas, as dez marchas voltam a marchar com o apoio de madrinhas e padrinhos como Kátia Aveiro, Ruben da Cruz, Flávio
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s quatro primeiras estruturas de um conjunto de 15 a apreciar no centro histórico de Setúbal, com poemas, artes plásticas e conteúdos media relativos a obras de Bocage, já podem ser admiradas desde o passado dia 25. A iniciativa, dinamizada pelo Fontenova e pelo município, no âmbito das Comemorações dos 250 Anos do Nascimento de Bocage, procura, de uma forma original, levar até às pessoas referências sobre a vida e obra do poeta, criando, para isso, paralelismos com a cidade onde nasceu. Cada uma das 15 estruturas exibe dois poemas de Bocage e é intervencionada por artistas plásticos, inspirados, igualmente, na vida e obra do poeta.
Município de Sesimbra distribui cabazes alimentares
Furtado, os atores Paula Marcelo, João Carvalho, Rosa Maria Villa, Filipe Salgueiro, António Calvário, entre outros. Além das marchas concorrentes, a marcha da Associação Almadense Rumo ao Futuro, instituição particular de solidariedade social, terá uma participação extra-concurso.
PEDIDO DE DESCULPAS E AGRADECIMENTO AO “DIÁRIO DO DISTRITO” Na edição passada do Semmais publicámos duas notícias do Diário do Distrito, sem que fizéssemos referência a este site de notícias da nossa região. As notícias em questão foram “Roubo de carteira obriga a paragem de comboio em Pinhal Novo” e “Incêndio em Palmela fere 10 pessoas”. Pelo lapso apresentamos as nossas sinceras desculpas a este órgão de comunicação social e aproveitamos para lhe agradecer os artigos e desejar as maiores felicidades.
SOCIEDADE O ANO PASSADO FOI UM DOS MAIS NEGROS NO DISTRITO NO QUE SE REFERE A CASOS DE HOMICÍDIO
16 homicídios no ano passado deixam região no amargo pódio A região continua a registar um número elevado de homicídios, sendo que só o ano passado foram registados 16 casos. Destes, contam-se quatro femicídios, um fenómeno que está a crescer em todo o país. Os dados são da Rede de Apoio a Familiares e Amigos de Vítimas de Homicídio (RAFAVH), especializada de apoio criada em 2013 pela APAV. cém). Na sequência de mais um confronto, um homem de 40 anos decidiu acabar de vez com as frequentes rixas. Ao ser provocado através da janela da sua casa, agarrou na caçadeira e disparou um tiro à cabeça do homem que o ameaçava a partir da rua. A tragédia deixou em choque a população de Foros da Quinta.
TEXTO ROBERTO DORES IMAGEM SM
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distrito de Setúbal continua a estar entre as três regiões do país que registaram mais homicídios em 2015, com um total de 16 crimes, apenas atrás de Lisboa (34) e Porto (18), segundo revelou esta semana o relatório anual da Rede de Apoio a Familiares e Amigos de Vítimas de Homicídio (RAFAVH), uma sub-rede especializada de apoio, criada em 2013 pela Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV). Entre os 16 crimes contam-se quatro femicídios, traduzindo, ainda assim, menos três do que em 2014, que foi um dos anos mais negros no distrito, com sete mortes, superado apenas por 2010, quando ocorreram oito crimes deste género. O próprio relatório
Pesquisa teve por base noticias de jornais
conclui que se «continua a confirmar a tendência de haver mais criminalidade nas grandes cidades», tendo sido a maioria dos crimes cometidos em locais públicos, como aconteceu em maio de 2015 após uma acesa dis-
cussão entre António, de 19 anos, e seu senhorio, de 65, à porta do sexagenário, na rua Bento de Jesus Caraça, junto à zona de restaurantes de Porto Brandão, na freguesia de Caparica (Almada). Depois de se ouvirem gritos,
eis seu soou o disparo fatal. O sexagenário tinha acabado de alvejar o jovem, que viria a morrer. Também terminaria da pior maneira uma antiga desavença entre dois homens em Vila Nova de Santo André (Santiago do Ca-
A pesquisa teve por base as notícias publicadas nos órgãos de comunicação, entre outras fontes, tendo sido os casos inseridos numa plataforma eletrónica de registo tendo com base na zona geográfica, local e data do crime, arma utilizada no crime, tipo de relação entre vítima e autor, idade e género da vítima, idade e género do homicida. Juntamente a estes parâmetros é feita
uma breve descrição dos factos noticiados. «Sendo a missão da RAFAVH apoiar os familiares e amigos de vítimas de homicídio, pareceu-nos pertinente conhecer a dimensão deste impacto, em território nacional», explica o documento da RAFAVH a que o Sem Mais teve acesso. Além dos parâmetros e do registo descritivo, os casos são classificados de acordo com a sua motivação, nomeadamente se ocorrem num contexto de violência doméstica, crime patrimonial, motivos familiares, crimes rodoviários ou outros motivos. Porém, também aqui, a maior parte dos crimes acontece em contexto de violência doméstica e na maioria dos casos houve recurso a arma de fogo, existindo ainda muitos registos de arma branca. A maior parte das vítimas tinha entre 56-60 anos e 66-70 anos.
MEGAOPERAÇÃO DA UNIDADE NACIONAL CONTRA O TERRORISMO DA PJ DESMANTELOU REDE QUE TRAFICAVA ARMAMENTO
Setúbal na rota da apreensão de armas de guerra O distrito foi alvo de uma megaoperação da Unidade Nacional Contra o Terrorismo da Polícia Judiciária, durante a qual foi encontrado um autêntico arsenal de guerra. O destino das armas seria a venda ao público, mas muitas delas terão serviço para uma vaga de assaltos violentos. do. Mas as análises que serão feitas pelo LPC têm ainda outro objetivo, que passa por descobrir de onde vieram. «As armas e as munições vão ver examinadas pelo laboratório também para perceber os canais de abastecimento desta gente», adiantou a mesma fonte.
TEXTO ROBERTO DORES IMAGEM SM
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distrito de Setúbal foi uma das regiões varridas por uma megaoperação da Unidade Nacional Contra Terrorismo (UNCT) da Polícia Judiciária, que encontrou um autêntico arsenal de guerra. A apreensão de shotguns, carabinas, uma kalashnikov alterada ou uma G3, a par de nove mil munições, uma mira telescópica e silenciadores foi o resultado da investigação que possibilitou o desmantelamento de uma rede de tráfico de armas. Nas várias buscas domiciliárias e não domici-
Investigação arrancou o ano passado liárias levadas a cabo no distrito de Setúbal, Lisboa e região do Alentejo as autoridades encontraram, sobretudo, armamento usado, que poderá ter sido utilizado em assaltos violentos, segundo admite o diretor da UNCT, Luís
Neves, alertando para a forte probabilidade de este armamento se destinar à venda a pessoas «sem capacidade para adquiri-los legalmente, havendo o sério risco de ser usado para a criminalidade violenta”.
O diretor da UNCT adiantou que todo o material apreendido vai ser agora rastreado pelo Laboratório de Polícia Criminal (LPC) para se perceber se há ou não armas que tenham estado envolvidas em crimes do passa-
A investigação começou no ano passado com um pequeno incidente envolvendo uma arma de fogo e que não fazia prever a dimensão do esquema. Após diversos meses de diligências os inspetores começaram a perceber que es-
tavam perante uma rede organizada, com vários suspeitos, e que operava em diversos distritos. O grupo não usava armazéns para guardar o arsenal, mas sim locais de «recuo» junto das habitações. A operação concluiu que havia diversas ligações familiares entre um total de 11 suspeitos, mas além dos alegados traficantes foram também apanhados intermediários e pessoas que compraram armas à rede. Segundo o responsável, a generalidade dos suspeitos dedica-se no dia-a-dia à venda ambulante de objetos e bens, sendo que alguns têm já antecedentes criminais por tráfico.
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SOCIEDADE EM CAUSA ESTÁ O FACTO DE AS AULAS DO 1.º CICLO TERMINAREM DUAS SEMANAS MAIS TARDE NO PRÓXIMO ANO
Professores da região juntam-se ao protesto do calendário escolar Aquela estrutura sindical afirma que não é retendo os alunos mais tempo dentro da sala de aulas que se consegue melhor qualidade e desempenho. O sindicato vai pedir audiência ao ministro com a tutela e promete luta. A outra crítica é, diz o SPGL, não ter havido negociação.
TEXTO ROBERTO DORES IMAGEM SM
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Sindicato de Professores da Grande Lisboa contesta o calendário escolar para 2016/2017. O diploma agora publicado define que o ano letivo começa entre os dias 9 e 15 de Setembro, prevendo o aumento do período de aulas dos alunos
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do 1.º ciclo, que vão terminar duas semanas mais tarde do que este ano. Aquela estrutura sindical considera que não é retendo os alunos mais tempo dentro da sala de aula que se consegue melhor qualidade e melhor desempenho, acrescentando que o calendário vem «sobrecarregar» os que estavam mais «penalizados».
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«O calendário escolar não foi alvo de negociação ou, sequer, de auscultação dos interessados», diz o SPGL, admitindo ter sido com «surpresa que tomou conhecimento do seu conteúdo e, em particular, do prolongamento das atividades letivas no 1.º ciclo, para além da data de encerramento nos outros ciclos do ensino básico». O SPDL vai
pedir uma reunião de urgência ao Ministério para que este calendário seja revisto pois entende que não de adequa às necessidades dos alunos e das escolas. Federação também não quer alargamento Também a Federação Nacional da Educação (FNE) está contra
o alargamento do período letivo no 1º ciclo defendendo que mais aulas não significam melhores resultados escolares. Para a FNE, «não se pode confundir o que são tempos de instrução e de aprendizagem, com os tempos de ocupação dos alunos nos períodos em que as famílias os não podem acompanhar. De um lado estão as responsabilidades do sistema educativo, com os seus docentes. Do outro lado estão responsabilidades sociais que não podem ter resposta através do alargamento sem limites do tempo escolar». No texto do despacho, o Ministério da Educação explica que o calendário «visa salvaguardar o interesse das famílias, procurando estabelecer uma medida de conciliação entre as necessidades educativas e a organização da vida familiar das crianças e alunos. Nesse sentido procurou-se maximizar o tempo de atividades letivas».
SOCIEDADE NOS ÚLTIMOS TRÊS ANOS NÚMERO DE CASOS REDUZIU DE 900 PARA 300, MAS HÁ APENAS TRÊS TÉCNICOS AO SERVIÇO
Comissão de Protecção de Menores de Setúbal espera chegada de técnicos já prometida pelo Governo O número de casos reduziu drasticamente nos últimos três anos, mas apenas estão ao serviço três gestores processuais. O Governo já assumiu que está preocupado com os processos reabertos e anunciou a vinda de mais técnicos.
TEXTO ROBERTO DORES IMAGEM SM
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Comissão de Proteção de Menores (CPCJ) de Setúbal está sobrecarregada, sendo o terceiro concelho do país com mais volume processual – há três anos, tinha 900 casos e agora
tem pouco menos de 300 – mas existem apenas três gestores processuais a tempo inteiro. A denúncia partiu da dirigente Isabel Alho, numa reação a uma notícia avançada esta semana pelo Jornal de Notícias, segundo a qual em 2015 se registou o maior número de processos so-
bre menores reabertos dos últimos cinco anos em Portugal. De resto, o Governo já assumiu estar preocupado com os processos reabertos nas comissões de proteção de menores, estando em causa jovens que não conseguem sair do sistema. Armando Leandro,
Edil montijense pede o desassoreamento da Cala do Montijo para uma maior navegabilidade no Tejo
presidente da Comissão Nacional, revela que «está a ser elaborado um estudo sobre a matéria», enquanto a secretária de Estado, Ana Sofia Antunes, já anunciou que vêm aí mais 80 técnicos que vão ser distribuídos por todo o país, devendo privilegiar as regiões mais carencia-
das de recursos, como é o caso de Setúbal. Aliás, Armando Leandro, presidente da Comissão Nacional para a Proteção de Menores, disse também ao JN que «está a ser elaborado um estudo» sobre o porque deste aumento de reabertura de casos e descreveu a situação
como «preocupante». Os técnicos congratulam-se, até porque relatam situações que a própria secretária de Estado admite terem «um impacto muito negativo», voltando o concelho de Setúbal a ser apontado como um exemplo das limitações impostas pela falta de pessoal técnico.
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TEXTO ANTÓNIO LUIS IMAGEM SM
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e forma a proporcionar uma melhor navegabilidade das embarcações no Rio Tejo, o presidente do município solicitou ao Governo o desassoreamento da Cala do Montijo. «Este meu pedido tem a ver com o facto de os barcos poderem navegar com maior facilidade. Na zona existem alguns bancos de lodo. Os catamarans foram os responsáveis pelo assoreamento da Cala. Há muita gente quer pensa que não mas é verdade e isso cria muitos bancos de areia no Rio Tejo. Isso cria um assoreamento muito rápido na Cala», sublinhou o edil montijense. Nuno Canta afirma que gostaria que houvesse «uma maior atenção para este facto, a partir da Associação do Porto de Lisboa e, particularmente, do Governo, para que pudéssemos ter um desassoreamento na Cala».
«Em algumas audiências que tenho tido com o Governo, já sugeri a implementação de um projeto mais alargado, centrado no Tejo, e em que se deveria fazer um desassoreamento de várias Calas, como por exemplo a do Montijo, a do Seixal, a do Barreiro e, também, a de Alverca, que são as quatro grandes Calas de navegação do Rio Tejo. Todas elas deveriam ter uma intervenção, com financiamento comunitário, que deveria ser canalizado para um
grande projeto nacional», argumenta Nuno Canta. «Muitos dos cais, pouco utilizados, na margem sul do Tejo, deve-se a uma falta de capacidade de navegabilidade das Calas. Essa melhoria, além de ser um fator de impulsionamento económico, é também uma questão interessante do ponto de vista da despoluição do rio. Com uma maior circulação das águas, com Calas mais fundas, nós conseguimos também ter uma maior despoluição das águas», explica o edil.
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SOCIEDADE SCUPA CONCRETIZA TRADIÇÃO DE HOMENAGEM ÀS FESTAS DE S. PEDRO E AOS PESCADORES DA TERRA
Almoço da classe piscatória montijense juntou 350 pessoas TEXTO ANTÓNIO LUIS IMAGEM ANTÓNIO LUIS
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erca de 350 pessoas marcaram presença no tradicional almoço da classe piscatória que decorreu na passada quinta-feira, pelas 13 horas, junto à sede da Sociedade Cooperativa União Piscatória Aldegalense (SCUPA). Na iniciativa, com vista a homenagear os pescadores da terra e a celebrar mais uma edição das Festas de S. Pedro, foi servida a tradicional caldeirada e a massinha de peixe, regados com os excelentes vinhos da Adega de Pegões. José Apolinário e Catarina Marcelino, secretários de Estado das Pescas e da Igualdade e Cidadania, respetivamente, marcaram presença no evento, além dos presidentes do município, Nuno Canta, e da SCUPA, José Maria Santos. José Maria Santos, presidente
Município comparticipa com verbas
da SCUPA, fez um balanço «muito positivo» deste almoço, recordando que a iniciativa arrancou apenas com a direção da casa, tendo sido alargada, com o passar dos anos, à classe piscatória. «Isto começou com 9 pessoas. O
almoço tem vindo a crescer. Já fizemos um com 500 pessoas. Aqui junta-se todo o tipo de individualidades, desde pessoas do Governo, da Câmara, das Juntas, pescadores, elementos de outras coletividades, entre outros».
O responsável revelou que a caldeirada antigamente era confecionada por pescadores mas nos dias que correm é feita por pessoas da coletividade. «Aqui ninguém paga nada. É tudo por convite. O almoço tem custos bastante elevados mas o município comparticipa com apoios financeiros. Cada pessoa, por exemplo, come aqui, à volta de 750 gramas de peixe. José Maria Santos recorda que as Festas de S. Pedro nasce-
ram dos pescadores e que o repasto serve também para celebrar a atividade da coletividade. «Ao longo dos 103 anos de atividade, a SCUPA tem boas relações com todas as entidades, sem estar a ver a cor política de A, B ou C. Não nos metemos na política», vinca. Já o edil Nuno Canta agradeceu a todas as pessoas que tornaram possível o almoço da classe piscatória, sublinhando que «os pescadores são uma classe que muito tem contribuído para a riqueza da nossa terra». E não tem dúvidas de que as Festas de S. Pedro são «o maior acontecimento cultural do Montijo, que festejam a vida, o passado histórico, a memória e a tradição». As Festas de S. Pedro do Montijo encerram este domingo com os concertos de Luís Sequeira e Jorge Palma, a que se segue o fogo-de-artifício e a queima do batel.
Dez anos a olhar pelo bom ambiente da região da preciosa Arrábida
A
ENA, agência de energia ambiente da Arrábida, está a celebrar os 10 anos de atividade. Fernanda Pésinho, a presidente do conselho de administração, recorda que tudo começou a 27 de junho de 2006, quando os municípios de Palmela, Setúbal e Sesimbra, em conjunto com a Associação dos Produtores Florestais, FIAPAL e CDR, assinaram a escritura de constituição de uma associação com o desígnio de promover a utilização racional de energia e a utilização de fontes de energia renováveis, contribuindo, assim, para a melhoria da qualidade do ambiente e o desenvolvimento sustentável no âmbito do seu território». Ao longo dos anos, as atividades desenvolvidas pela ENA «multiplicaram-se, em resposta
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aos muitos desafios colocados por todos os que têm participado neste processo evolutivo. A procura de novas áreas de intervenção contribui para o nosso crescimento técnico e humano, aumentando também o número de entidades, individuais e coletivas, que acreditam na nossa capacidade e connosco querem percorrer este caminho: os nossos associados». E prossegue: «Hoje, a nossa missão continua clara e assume um significado reforçado, que é o de promover a alteração de comportamentos ao nível da utilização de recursos, da produção e do consumo de energia, informando, aconselhando e apoiando tecnicamente os vários setores da comunidade, promovendo a aplicação de
conceitos, sistemas e tecnologias mais eficientes». Quanto aos desafios futuros, Fernanda Pésinho encara os próximos tempos com «determinação e de forma construtiva, renovando o nosso compromisso junto de associados, parceiros e comunidade, por forma a reforçarmos o nosso papel numa sociedade empenhada em mudar de atitude face à utilização de recursos, e em encontrar fontes de energia mais limpas». No futuro, a ENA pretende, também, «adquirir novas competências, partilhar mais conhecimento e experiência e caminhar mais longe, alcançando maior escala, para nós e para as comunidades do nosso território. A Arrábida merece e as populações também», vinca a presidente.
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LOCAL BARREIRO VARINO PESTAROLA MOSTRA PAISAGENS DA TERRA
ALCÁCER DO SAL 26.ª PIMEL RECEBEU MILHARES DE VISITANTES A 26.ª PIMEL, que foi visitada por milhares de pessoas, apresenta balanço positivo. Os concertos de Mariza e de Nelson Freitas contaram com grandes enchentes de público. Os vencedores do concurso de mel foram João Pinto (rosmaninho), Jorge Filipe (multifloral) e António Silvério (mel do concelho e Melhor Mel da PIMEL). O concurso de petiscos teve como vencedores os “miminhos de orelha de porco preto”, do Alcácer FC Veteranos (1.º lugar), as “sardinhas velhas”, do Café Sado (2.º lugar) e as “Amêijoas à Candeia”, dos Açougues (3.º lugar). O concurso de doçaria teve como vencedores Maria Leitão (mel/pinhão) com as suas pinhoadas, Genoveva Jerónimo (Melhor Doce da PIMEL) com “encharcada”, e Aldegundes Freitas (livre) com as queijadas de requeijão.
ALCOCHETE SAMOUCO RECEBE FESTAS POPULARES De 8 a 12 de julho, a vila do Samouco vai estar em festa com a realização de mais uma edição das festas populares em honra de Nossa Senhora do Carmo com um programa diversificado de iniciativas culturais e religiosas que exaltam as tradições locais. Estas festas bem populares incluem concertos com Claudisabel (dia 11) e Lucas & Matheus (12), a noite da sardinha assada, hip-hop, fogo-de-artifício, sevilhanas, largadas de touros, fado, missa, procissão, comes e bebes, aulas de zumba, entre outras iniciativas.
ALMADA FUNDAÇÃO JUMBO ATRIBUI 12 MIL EUROS À MISERICÓRDIA A Fundação Jumbo para a Juventude, através do hipermercado Jumbo local, atribuiu uma verba de 12 mil euros para ajudar adolescentes grávidas e jovens mães. A verba destina-se ao projeto “Espaço Maié”, da Misericórdia de Almada, que pretende ajudar a desenvolver competências parentais e sociais de quem se vê a braços com a maternidade muito cedo. A cerimónia, que decorreu quarta-feira, contou com a presença de responsáveis de ambas as entidades e realizou-se, às 11 horas, no Centro Comunitário PIA II, sito na rua do Moinho, no Monte de Caparica. A iniciativa foi aproveitada para dar a conhecer este projeto e as principais dificuldades das jovens que beneficiam deste apoio.
A embarcação tradicional “Varino Pestarola”, propriedade do município, encontra-se a navegar até final de setembro. As marcações podem ser efetuadas no posto de turismo, situado no edifício do mercado municipal. O passeio inclui visitas aos circuitos da Ilha do Rato, estuário do Tejo, estuário do Coina e circuito ribeirinho. A lotação máxima é de 23 passageiros e a mínima de 5. O local de embarque/ desembarque é na Avenida Batalhão de Sapadores do Caminho-de-Ferro. O preço das visitas pode ser visto no sítio oficial da Câmara Municipal do Barreiro na Internet.
GRÂNDOLA PROGRAMA OCUPACIONAL DE VERÃO PARA MAIS DE 90 JOVENS 95 jovens do concelho, dos 15 aos 25 anos, integram o “Bora Lá Bulir” programa ocupacional de verão que se desenvolve de 21 de junho a 16 de setembro. Cada jovem participante tem uma ocupação diária de 4 horas durante 10 dias uteis. O “Bora Lá Bulir” foi lançado pelo município em 1999 com o objetivo de contribuir para a ocupação dos tempos extra letivos dos jovens através do desenvolvimento de atividades que promovem uma experiência em contexto de trabalho. Bibliotecas, praias, jardins, bibliotecas, arquivo, piscina, jardins-de-infância n.º 1 e 2 de Grândola, Ameiras, Aldeia do Futuro, Centro Escolar de Melides e do Carvalhal e posto de turismo são alguns dos locais de trabalho escolhidos pelos jovens para esta experiência.
MOITA FESTIVAL “BEACH PARTY” NA PRAIA DO ROSÁRIO É já este fim-de-semana que a praia fluvial do Rosário vai receber mais um “Rosário Beach Party”. A organização garante a diversidade musical deste festival, num local privilegiado à beira rio, com rock, reggae e música eletrónica, abrangendo diferentes públicos. A novidade deste ano é o Sunset Color Party, a partir das 15 horas deste sábado, onde a música, a cor e a alegria vão reinar. Reggae, com Selecta Not Bluff, no início, segue-se hip hop, com Supa Dust Man e, após uma das melhores duplas nacionais, Krash, entra em cena um dos melhores DJ’s mundiais, Diego Miranda. A encerrar esta festa colorida vai estar Kuch.
MONTIJO SUNSET WINE NO “LUGAR DE ENCONTROS” Uma viagem pelo mundo através dos diversos sabores e confeções da carne de porco é a proposta do projeto “Lugar de Encontros” para dia 8. A partir das 19 horas, no moinho de Maré do Cais, o Sunset Wine – O porco à volta do mundo! Traz sabores de outras origens. As inscrições estão abertas até este sábado São editados alguns dos mais “respeitados” petiscos nacionais e são dados a provar outros de outros lugares. O tema é “O porco à volta do mundo” e os preparos estão a cargo da Chef Luísa Junqueiro que vai ter o prazer de conhecer e de seguramente aprovar. A adega Horácio Simões vai casar os seus vinhos com os pratos da Chef Luísa.
PALMELA SEMANAS DESCENTRALIZADAS CHEGAM AO FIM Palmela encerrou, esta semana, o ciclo 2016 das Semanas Descentralizadas de Freguesia. O programa, culminou com a inauguração do Centro de Recolha Oficial de Animais e permitirá conhecer um conjunto de potencialidades do território, estando agendadas reuniões com instituições locais, assim como visitas a estabelecimentos de ensino e empresas. Destaque, ainda para o acompanhamento de obras e dos projetos em curso. Marcará, igualmente lugar, no programa de trabalho, a discussão relativa ao Portugal 2020, no âmbito das candidaturas que o município prepara, com vista à obtenção de apoio comunitário.
SESIMBRA MUNICÍPIO VALORIZA MARGINAL DA VILA As recentes intervenções na frente marítima, permitiram aumentar as áreas pedonais, organizar o trânsito, recuperar a Fortaleza, criar zonas de descanso e construir novos acessos aos areais e equipamentos de praia. Como forma de preservar este espaço público de grande valor turístico para a vila, a Câmara tem levado a cabo obras de manutenção. A limpeza dos taludes de acesso às praias, o tratamento do mobiliário urbano, a intervenção na “sapata” em frente à Sociedade Musical, a lavagem semanal da marginal e rampas de acesso à praia na época balnear, a reformulação dos sistemas de iluminação e a recolha de muitos dos cabos elétricos aéreos e a colocação de nova sinalética informativa nos acessos à praia são alguns exemplos dessas obras.
SANTIAGO DO CACÉM PRESIDÊNCIA DAS FREGUESIAS PROSSEGUE A BOM RITMO Até ao dia 23 do corrente mês, decorre a Presidência nas Freguesias no concelho para ouvir os problemas e sugestões das pessoas. Álvaro Beijinha e os vereadores a tempo inteiro, acompanhados por elementos do executivo da Junta de Freguesia e por técnicos do município, vão estar no terreno com um programa intenso. O calendário da iniciativa, quase a chegar ao fim, é o seguinte: Freguesia de Abela – 14,15 e 16 junho; e Freguesia de S. Francisco da Serra – 21, 22 e 23 de junho.
SEIXAL PISCINAS DE CORROIOS FECHAM PARA OBRAS Devido a uma «avaria grave» no sistema hidráulico, a piscina municipal de Corroios encerrou ao público no dia 26, não se prevendo ainda uma data para a sua reabertura. A avaria grave no sistema que alimenta o tanque principal impede o normal funcionamento da piscina e obriga a uma intervenção urgente e inadiável. Assim, a autarquia viu-se obrigada a interromper imediatamente todas as atividades e encerrar estas instalações por um período indeterminado. O município lamenta o incómodo causado e agradece a compreensão dos utentes.
SETÚBAL MUSEU SEBASTIÃO DA GAMA COM OBRAS À VISTA O Museu Sebastião da Gama é beneficiado numa intervenção da autarquia, com início na segunda-feira, de aumento da atratividade e funcionalidade deste equipamento. A obra está orçada em 94.729,87 euros. A passagem do polo da biblioteca para o piso térreo e a criação de uma sala polivalente no andar superior constituem os principais aspetos da beneficiação do edifício que acolhe, desde 1999, o museu e que, no seguimento desta intervenção, recebe uma reformulação museológica. A operação torna o equipamento mais funcional e com novas valências para os utilizadores, incluindo a melhoria das condições gerais de conforto térmico e acústico. Os trabalhos estarão prontos em agosto.
SINES MUNICÍPIO OCUPA TEMPOS LIVRES DE CRIANÇAS E JOVENS A edição de verão das Férias Ativas já arrancou, no passado dia 27, e prolonga-se até 8 de julho. Esta edição das Férias Ativas conta com 268 participantes, com idades entre os 6 e os 14 anos, acompanhados por 12 voluntários, entre os 15 e 20 anos. As Férias Ativas promovem a ocupação dos tempos livres das crianças e jovens residentes no concelho de Sines através de atividades desportivas, culturais e do conhecimento mais aprofundado dos hábitos e costumes locais, bem como do território.
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CULTURA DANÇAS OCULTAS NO SOL DA CAPARICA
«Queremos ver Deolinda e Rui Veloso» cas. Eu acredito que as pessoas gostam de tudo e o problema é que não lhes dão de tudo, nomeadamente as rádios e televisões. Faz parte da função de um programador qualquer dar a conhecer alternativas. Portanto estamos com expetativas elevadas de ter o público da Caparica a aderir à nossa proposta.
Artur Fernandes, homem do leme do coletivo Danças Ocultas, fala-nos sobre a responsabilidade de eventos como O Sol da Caparica e do espetáculo que o seu grupo de concertinas vai fazer com a Orquestra Filarmonia das Beiras, um dos momentos mais altos da programação deste ano, certamente.
TEXTO RUI MIGUEL ABREU IMAGEM SM
Em festivais com um recorte mais pop não é muito vulgar vermos projetos como o Danças Ocultas. O que é que sentiu quando foi abordado pelo Sol da Caparica para integrar o cartaz deste ano? Obviamente foi uma grande satisfação por parte de todo o grupo. Se bem que não é propriamente uma novidade para nós. Já em 96 tínhamos feito Vilar de
Mouros no palco principal. E depois também fizemos, embora festivais de verão relacionados com músicas do mundo, o MED, o FMM de Sines. Mas este festival tem um recorte mais abrangente, mais eclético. Para nós é uma satisfação acima de tudo por podermos mostrar a uma faixa etária mais nova a música que fazemos.
Sim, o espetaculo é uma repetição do que já fizemos com a Filarmonia das Beiras, embora nos concertos da Casa da música e do CCB tenhamos tido convidados – Dead Combo, Carminho e Rodrigo Leão – e desta vez é só Danças Ocultas e Orquestra Filarmonia das Beiras. Essencialmente é o reportório que está no disco “Amplitude”.
Como é que vai ser o espetáculo? Vai ser com a Orquestra Filarmonia das Beiras?
Acha que eventos desta escala também têm uma certa responsabilidade, não apenas de entreter
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as pessoas, mas também de lhes expandir os horizontes? Sim, diria que sim. Não tanto como um espaço de programação como um teatro. À partida, o facto de ser um festival de verão direcionado essencialmente para um público mais jovem leva os programadores a pensar em satisfazer as necessidades desse público. Mas ainda assim obviamente que deve haver uma certa responsabilidade na programação que deve tentar abranger outras estéti-
Já deve ter olhado para o programa do Sol da Caparica. Algum artista que gostasse de ver enquanto membro do público? Sim. Gostava de ver, por exemplo, os Deolinda que ainda não tive oportunidade de os ver. Sempre que eles tiveram perto de mim estava eu ocupado com outros espetáculos. É uma banda que tenho curiosidade de ver ao vivo. Gostaria de ver também o Rui Veloso, já que há muitos anos que não vejo. Para terminar, planos no futuro imediato dos Danças Ocultas? Sim, estamos neste momento em fase embrionária de criação para um novo disco de originais.
AGENDA
SETÚBAL2SÁBADO21H30
CULTURA
Mercedes Ruiz encerra Festival de Almada com ‘flamenco puro’
RODRIGO - 55 ANOS DE FADO FORUM LUÍSA TODI
Trata-se do concerto que assinala os 55 de carreira do conhecido fadista português Rodrigo. O espetáculo é gravado ao vivo, pela primeira vez, para posterior lançamento de um álbum discográfico. Os bilhetes são a 15 e a 20 euros, para o balcão e para a plateia, respetivamente.
PALMELA2SÁBADO17H00
CONTAR, CANTAR NO BANDO CONTAR, CANTAR NO BANDO
“Contar, Cantar”, da Seconda Pratica, em co-produção com o Bando, apresenta-se pela primeira vez em Portugal depois de ter estreado no 35.º Festival de Ambronay, um dos mais prestigiados festivais mundiais de música antiga. Este concerto encenado é uma criação do ensemble de música antiga Seconda Pratica, com encenação de Sara de Castro e João Brites.
SESIMBRA2SÁBADO21H30
HOT CRAZY NIGHTS
ANFITEATRO DA BOA ÁGUA, QUINTA DO CONDE Dillaz é o destaque do Hot Crazy Nights, programa que promete animar nas noites de julho. O jovem músico, considerado por muitos, uma das maiores promessas da nova escola de hip hop, promete trazer na bagagem muitos dos seus sucessos, entre os quais O Homem da Sirene.
ALCOCHETE2SÁBADO16H00
GISELLE PELA ESCOLA D. MANUEL I FORUM CULTURAL
Com direção artística e coreografia de Ana Calafate, e produção e organização da Escola de Dança D. Manuel I, sobe ao palco, com entradas a 5 euros, o bailado “Giselle”, pela Escola de Dança D. Manuel I. Considerado um dos bailados mais importantes do Romantismo, Giselle inspira-se num poema que fala de fadas mágicas, que dançam à noite nos bosques e de uma jovem aldeã apaixonada.
MOITA2SÁBADO22H00
ROSÁRIO BEACH PARTY PRAIA FLUVIAL DO ROSÁRIO
Pretende-se que esta festa seja um marco na dinamização cultural desta freguesia, mas também do concelho e do distrito, com um público-alvo muito abrangente graças à grande diversidade musical, que passa pelo rock, reggae e a música eletrónica.
MONTIJO3DOMINGO22H30
CONCERTO COM JORGE PALMA PRAÇA DA REPÚBLICA
O conhecido cantor Jorge Palma sobe ao palco das Festas Populares de S. Pedro, no Montijo, para encerrar o certame que costuma atrair milhares de visitantes. O fecho acontece à meia-noite, com o tradicional fogo-de-artifício piromusical, que inclui a queima do batel.
SANTIAGO DO CACÉM 3DOMINGO21H30
A BALADA DO VELHO MARINHEIRO
TEXTO ANTÓNIO LUIS IMAGEM SM
A
Companhia de Teatro de Almada convidou alguns jornalistas da região para irem a Jerez de La Frontera, em Espanha,
no dia 18, assistir ao ensaio e entrevistar a bailarina de flamenco Mercedes Ruiz, que vai encerrar o 33.º Festival de Teatro de Almada. O espetáculo de Mercedes Ruiz, intitulado “Deixa-me que te baile”,
uma criação e direção musical de Santiago Lara, com 1h30 de duração, sobe ao palco grande da Escola D. António da Costa, no dia 18 de julho, a partir das 22 horas. Mercedes Ruiz, no seu estúdio, confessou que se sente muito emocionada por ir bailar ao Festival de Almada, uma vez que é a «minha primeira atuação em Portugal, pelo que estou muito contente e satisfeita de ir bailar a Portugal, com o meu espetáculo muito vivo, fresco e tão flamenco». «O meu espetáculo “Dejame que te baile” inclui canto, baile e música. Tenho um cantador fantástico, o David Lagos, e também um guitarrista, o Santiago Lara, muito bom. Vai ser um espetáculo de flamenco puro», revelou, acrescentando que vai a Portugal com «grande expetativa», pois não sabe como irá reagir o público
ao seu trabalho. «Não sei se gostam de flamenco», vinca. Mercedes Ruiz, de 36 anos, nasceu em Jerez de La Frontera. Pisou os palcos aos 7 anos e nunca mais deixou de dançar. Em 2002 estreou-se como solista e alargou as suas digressões para além das fronteiras europeias. Em 2006 apresentou a sua primeira coreografia original, “Juncá”, na Bienal de Sevilha, onde venceu o Prémio da Crítica para Melhor Espetáculo e esgotou várias sessões no Teatro Gran Vía de Madrid. Desde então, tem acumulado várias distinções e êxitos em todo o mundo. «A minha carreira segue, pouco a pouco, com passos lentos mas firmes. Todos os prémios são importantes na minha carreira, porque todos me dão motivação, alegria e força para lutar. Os prémios alimentam-me a alma», sublinha Mercedes Ruiz.
O Coral Luísa Todi (en)cantou por Setúbal
P
assavam poucos minutos das 10 horas, do passado dia 25,quando o som de um djambé despertou a atenção de quem aquela hora passava na Praça do Bocage, em Setúbal. E a curiosidade aumentou quando os clientes de um conhecido café daquela praça começaram a entoar uma melodia, indo ao encontro dos acordes que o percussionista continuava a executar. O percussionista era o músico setubalense Rui Rosado (Ruca) e as vozes eram as do Coral Luísa Todi que assim, num registo de flash mob, dava início a um passeio matinal pela cidade, cantando. Ultrapassada a surpresa inicial, o Coral Luísa Todi, dirigido pelo maestro Fer-
nando Malão, foi presenteando quem passava, com interpretações das mais recentes peças do seu repertório. Depois da praça do Bocage, seguiu-se a Av.ª Luísa Todi, sob o olhar atento da sua patrona, cujo nome
o Coral transporta e prestigia há mais de meio século. Seguiram-se locais emblemáticos da baixa sadina, como os largos da Ribeira Velha e da Misericórdia, para um regresso e final, de novo na praça de Bocage.
A alegria de um repertório bem escolhido, associada à capacidade de interagir e de surpreender por parte do maestro e coralistas, captaram a atenção de quem ia assistindo e que muitas vezes se acabava por juntar às interpretações. Nesta caminhada pela cidade, para além dos agradáveis momentos que proporcionou, o Coral Luísa Todi foi deixando o seu convite para o próximo concerto, já no dia 9 de Julho, no Club Setubalense, e para que mais pessoas se juntem ao Coral para participar em dois grandes projetos que estão em preparação: os concertos de Natal de 2016 e o de Espanha em 2017.
PARQUE VERDE DA QUINTA DO CHAFARIZ
GANHE CD´S DE MÚSICA PORTUGUESA
O Teatro do Mar, de Sines, traz ao parque verde da Quinta do Chafariz, em Santiago do Cacém, a peça “A Balada do Velho Marinheiro”, para divertir toda a família.
“Futura”, de Ana Malhôa, “Money, Money”, de Ruth Marlene, “Believe US”, dos Pretty Boys, “O Melhor de Mim”, de José Malhôa, “Amigos para sempre”, dos Bandalusa, e “Eu faço 69”, de Quim Barreiros, são os CD´s que temos para oferecer aos nossos leitores esta semana. Trata-se de discos gravados e editados pela editora Espacial. Para solicitar os prémios terá de ligar para o 969 431 085 ou para o 918 047 918.
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POLITICA COM A CÂMARA DO MONTIJO E GOVERNO SOCIALISTA NA MIRA, SOCIAL-DEMOCRATAS NÃO DESARMAM PELO NOVO AEROPORTO
PSD distrital não vai desistir de lutar pelo aeroporto low cost no Montijo A distrital do PSD não desarma em favor do aeroporto no Montijo e lançou uma campanha. Os social-democratas afirmam que a instalação do aeroporto complementar na Base Aérea n.º 6 do Montijo é decisivo para o desenvolvimento da região. populações e pressionar os socialistas da autarquia e do Montijo e do governo». Na conferência organizada pela distrital do PSD, o presidente da ANA afirmou que o aeroporto do Montijo, «para além de alargar a oferta para voos low cost, permite obras de adaptação e desenvolvimento» no agora designado aeroporto Humberto Delgado. «Isto vai permitir o aumento das operações de quando qualidade no embarque e desembarque de passageiros», reafirmou Ponce de Leão. Ex-ministra diz solução é crucial para a região TEXTO ANABELA VENTURA IMAGEM SM
A
campanha do PSD a favor da instalação do aeroporto complementar de Lisboa na Base Aérea n.º 6 do Montijo, que arrancou com a co-
locação de um conjunto de outdoors naquele concelho, e com uma conferência que juntou o presidente do conselho de administração da ANA, Ponce de Leão, e da ex-ministra das finanças, Maria Luis Albuquerque, veio para ficar.
O presidente da distrital e deputado Bruno Vitorino, afirma não perceber o «impasse» com que o atual governo está a gerir o dossier e garante que a campanha visa «defender esta alternativa ao aeroporto de Lisboa, sensibilizar as
Já a ex-ministra das finanças e atual vice-presidente do partido, Maria Luís Albuquerque, destacou o impacto que o projeto trará para a região, nomeadamente para o seu desenvolvimento económico. «O governo ante-
rior já tinha concluído que esta era a localização que melhor servia o interesse nacional, pois para além de ser a melhor solução técnica, representa um investimento mais baixo que a construção de um aeroporto de raiz», afirmou a ex-ministra. E acrescentou: «Tenho muita dificuldade em compreender outra opção que não esta». Para a deputada e vereador da Câmara do Montijo, Marcês Borges, «a falta de decisão do governo está a impedir o desenvolvimento do concelho e de toda a região». Marcês Borges, que foi candidata do PSD à presidência da câmara nas últimas autárquicas, disse não ter dúvidas de que «uma infra-estrutura desta natureza trás sempre criação direta de postos de trabalho e, porque é um equipamento âncora, trará também muita atividade económica».
VITORINO LANÇA ACUSAÇÕES A MINISTRA O deputado do PSD, Bruno Vitorino acusou esta semana a ministra do Mar de ter vindo fazer «campanha eleitoral» numa deslocação ao porto de Setúbal. «A recente visita da ministra foi um flop, porque veio apresentar projetos e investimentos que já tinham sido decididos pelo anterior governo, dos quais muitos já estão em curso. E vir anunciar o que já está decidido não é sério», critica o também líder da distrital do PSD. Bruno Vitorino lamenta que «a ministra tente brilhar com o trabalho dos outros» e acusa-a de «depois de ter feito o maior ataque ao porto de Setúbal, subalternizando-o a Lisboa, venha agora atirar areia aos olhos dos setubalenses».
SOCIALISTAS QUEREM INTERVENÇÃO DO GOVERNO NO TERMINAL CACILHAS E SABER DE PLANO AMBIENTAL NA SIDERURGIA NACIONAL
Deputados do PS preocupados com degradação da cobertura do Terminal Fluvial de Cacilhas A necessidade de intervir na cobertura do terminal fluvial de Cacilhas e as questões ambientais na Siderurgia Nacional, estão na agenda dos deputados do PS eleitos por Setúbal. E já confrontaram o governo com uma bateria de perguntas. victos que o ministério do Ambiente tudo fará no sentido de solucionar este problema, pelo que promoção de uma mobilidade sustentável e o descongestionamento de tráfego constituem um desígnio que não abandonaremos», finalizou.
TEXTO ANABELA VENTURA IMAGEM SM
O
s deputados do PS eleitos por Setúbal querem saber do governo para quando a remoção da atual cobertura de fibrocimento do Terminal Fluvial de Cacilhas. Os parlamentares, coordenados por Euridice Pereira, consideram que o “estímulo do transporte coletivo passa, entre outros aspetos, pela salvaguarda da qualidade das infra-estruturas de transporte. E que este objetivo não pode ser dissociado da garantia de condições ajustadas de segurança e salubridade necessárias ao bom funcionamento
Preocupações ambientais na Siderurgia Nacional
desta importante plataforma multimodal”. Francisca Parreira, deputada e líder da concelhia de Almada do PS, lembrou mesmo que também «tal como eu, diaria-
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mente, milhares de cidadãos da margem sul recorrem a esta importante infra-estrutura», que se encontra num estado a pedir intervenção urgente. «Estamos con-
Entretanto, o mesmo grupo parlamentar exige também saber que determinações foram dadas à Siderurgia Nacional, no início do ano, a propósito de questões ambientais e suas consequências. O documento enviado aos Ministérios lembra que “a Siderurgia Nacio-
nal, SA (MEGASA), situada no concelho do Seixal, mais concretamente em Paio Pires, tem, há um tempo considerável, sido objeto de constantes e diversificados reparos a propósito de questões ambientais, nomeadamente com eventuais efeitos para a saúde pública”. Segundo a promotora da iniciativa, Eurídice Pereira, «tem sido o IAPMEI a acompanhar as reclamações que reiteradamente surgem mas não estamos na posse de informação plena sobre a apreciação que delas é feita». De acordo com os eleitos, “no início do ano transato, através da ex-Direção Regional de
Economia de Lisboa e Vale do Tejo, foram dadas indicações a fim de inverter o leque de problemas identificados, nomeadamente quanto a locais e/ ou “operações geradores de emissões difusas e de ruído”. Segundo os parlamentares, foi constituído um Grupo de Trabalho Interdisciplinar com o objetivo de acompanhar a qualidade do ar no Seixal e composto por um conjunto de cinco entidades e coordenado pelo respetivo Município. Mas os deputados aludem a várias outras questões ambientais e até de saúde pública e esperam informações para poderem tomar posições futuras.
DESPORTO
Quatro ex-juniores assinam contrato profissional com os seniores do V. Setúbal O V. Setúbal continua a apostar na prata da casa que tantas alegrias e surpresas tem dado ao clube. Quatro ex-juniores, campeões da II Divisão de Juniores em 2015/2016, já assinaram contrato e vão para estágio com o plantel principal. TEXTO ANTÓNIO LUIS IMAGEM SM
D
iogo Ferreira (guarda-redes), Gonçalo Duarte (defesa-direito), André Pedrosa (médio)
DIOGO FERREIRA GUARDA REDES
e Valdu Pe (avançado), todos ex-juniores, acabam de assinar um contrato profissional com o V. Setúbal e vão ser integrados no estágio de pré-época desportiva de 2016/2017. «É o reforço da aposta
nas camadas de formação que muitos frutos têm dado ao clube, tal cmo aconteceu com os jogadores Ricardo Horta, André Horta, Ruben Vezo e Frederico Venâncio», sublinhou fonte do clube.
ANDRÉ PEDROSA MÉDIO
De salientar que estes quatro atletas sagraram-se campeões nacionais da II Divisão de Juniores no ano passado. O V. Setúbal cumpriu na sexta-feira o primeiro de dois dias de testes mé-
GONÇALO DUARTE DEFESA DIREITO
dicos antes de partir, este domingo, para Fornos de Algodres até ao dia 10, para um estágio que culminará com um jogo-treino com o Arouca. Entretanto, está para breve a apresentação de
um novo patrocinador do V. Setúbal para a nova época desportiva. Trata-se, segundo a mesma fonte, de «uma empresa portuguesa, cuja imagem irá constar nas mangas das camisolas dos jogadores».
Desportos radicais e muita aventura no 3.º Arrábida Camp
Desporto escolar passa por terras do Litoral Alentejano
D
esportos radicais, workshops e muita aventura são oferecidos no Arrábida Camp, iniciativa do município, a realizar durante seis dias no Parque Ambiental do Alambre, em Azeitão. O 3.º Arrábida Camp disponibiliza um conjunto de atividades para os mais novos que proporcionam diversão e novas amizades. A iniciativa, a decorrer
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entre 12 e 17 de julho, promove a ocupação de tempos livres com momentos de aprendizagem e diversão, nomeadamente através da dinamização de atividades conjuntas, sempre em contacto com a natureza. Os cerca de 40 jovens campistas inscritos, dos 13 aos 18 anos, têm a oportunidade de participar em workshops de voleibol de praia, canoagem, danças
tradicionais, capoeira e percussão, assim como numa atividade de arborismo, neste caso no Centro Desportivo Nacional do Jamor. O primeiro dia, a 12 de julho, inclui um jantar de receção aos participantes. A 17, há uma festa de encerramento, com almoço-convívio, na qual marcam presença os pais e os cerca de 10 monitores da iniciativa.
O
pavilhão municipal de desportos de Santiago do Cacém acolheu, no dia 25 de junho, a última jornada de finais dos Campeonatos Nacionais Escolares, no escalão de Iniciados. A competição, que resultou de uma parceria entre o Ministério da Educação, os municípios de Santiago do Cacém e de Sines, repartiu-se por nove locais distribuídos pelas cidades de Santiago, Vila
Nova de Santo André e Sines. Na entrega de prémios, o edil santiaguense, Álvaro Beijinha, congratulou-se com a realização da iniciativa nos dois municípios e salientou «a importância da aposta na juventude e no desporto». A ocasião contou com a presença do ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, que destacou «a importância do desporto escolar para a integração
dos alunos ao longo do ano letivo». O evento, que teve o seu início no dia 22 de junho, envolveu cerca de 1 200 alunos, apurados nos campeonatos regionais das cinco direções de serviço regional, nas modalidades de andebol, badminton, basquetebol, futsal, patinagem, ténis e voleibol. Associado ao programa competitivo, os participantes puderam ainda desfrutar de um programa sociocultural.
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NEGOCIOS PROVE CONTRIBUI PARA O SUCESSO E DESENVOLVIMENTO DOS AGRICULTORES
Dez anos de apoio à produção e consumo local Foi em junho de 2006 que o PROVE fez a primeira entrega de cabazes de frutas e legumes, em Palmela e Sesimbra, através de núcleos constituídos respetivamente por 2 e 3 produtores, e com um total de cerca de 30 consumidores em cada local de entrega.
O
PROVE, nos dias que correm, tem 87 núcleos constituídos, 132 produtores envolvidos, 7 mil consumidores abrangidos, 37,5 toneladas de produtos transacionados semanalmente, 112 locais de entrega e um volume de negócios superior a 2.600.000 euros por ano. Através do PROVE são constituídos núcleos de pequenos agricultores, normalmente compostos por três ou quatro elementos, que, todas as semanas reúnem as suas produções e preparam um cabaz de hortofrutícolas que entregam diretamente ao consumidor final,
sem a interferência de intermediários. Os agricultores tornam-se assim empresários, donos de um negócio que começa na produção agrícola e termina no contacto direto com o consumidor. O sucesso do PROVE tem passado essencialmente por «uma estreita relação de confiança e proximidade entre produtores e consumidores, o que tem induzido várias mudanças e impactos a diferentes níveis. Uma das principais mudanças prende-se com a revalorização da actividade agrícola por parte dos consumidores, que se mostram cada vez mais
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sensibilizados e interessados em adquirir produtos locais de qualidade, manifesto no crescimento das vendas de cabazes. Mas também se notam efeitos ao nível dos produtores, que aumentaram a sua área de produção, melhoraram as suas condições produtivas e diversificaram a sua oferta de produtos, para satisfazer os seus clientes e respetivos agregados familiares». «Ajudas comunitários fundamentais» Inicialmente o PROVE teve a ajuda da Iniciativa Comunitária Equal e poste-
riormente da Cooperação LEADER do PRODER 2007-2013. Estas ajudas foram «fundamentais, uma vez que permitiram criar um conjunto de ferramentas de apoio à implementação e disseminação da metodologia PROVE em diversos territórios e à constituição e dinamização de uma rede de parceiros locais e regionais, que prestam apoio técnico e logísitico aos produtores e consumidores, e que integram autarquias, associações de desenvolvimento local, empresas, associações de produtores e cooperativas de consumidores, entre outros».
O PROVE tem tido um «importante efeito demonstrativo e multiplicador, consciencializando para a importância do consumo local e do apoio aos produtores, mas também para a mobilização e estabelecimento de redes de proximidade territorial. Talvez por isso, o PROVE tem sido referido em diversos estudos e comunicações como um caso de sucesso, tendo recebido já
diversas distinções por parte de instituições nacionais e europeias, merecendo destaque a referencia como projeto do mês por parte da Rede Rural Europeia, a nomeação de iniciativa de elevado potencial de empreendedorismo social por parte do IES e exemplo de boa prática de sustentabilidade pelo Observatório para Sustentabilidade da Área Metropolitana de Lisboa».
ADREPES na Escola de Verão do Instituto de Ciências Sociais Entre 20 e 24, decorreu no Instituto de Ciências Sociais, em Lisboa, o curso “Sociedade Civil e Território: Mobilização e Intervenção”, no âmbito da Escola de Verão do Instituto. A Adrepes deu a conhecer a sua intervenção e o processo de construção, implementação, acompanhamento e avaliação da estratégia de Desenvolvimento Local de Base Comunitária, preconizada para a Península, entre 2014/20. A técnica Cláudia Bandeiras, da Adrepes, e o representante da Câmara de Sesimbra, António Marques, esclareceram a forma como decorreu a mobilização e participação da população e dos agentes locais na construção da estratégia e apresentaram o modelo de governança territorial que foi definido para as zonas rurais, costeiras e urbanas da região.
NEGOCIOS MINISTRA DO MAR LANÇA REBOCADOR DE CARACTERÍSTICAS ÚNICAS E O PRIMEIRO CONSTRUÍDO EM PORTUGAL
“Baia do Seixal” preparado para brilhar no rio Tejo é aposta na inovação naval Não é um rebocador qualquer e é o primeiro a usar 100 por cento de tecnologia nacional. Chama-se “Baia do Seixal e vai sulcar as águas do Tejo. Ana Paula Vitorino afiançou primeiro passo para doca de recreio seixalense. ladas e conta com uma ponte elevatória. «Trata-se de uma aposta na construção naval portuguesa, um dos desígnios do governo e é um passo em frente no desenvolvimento desta indústria e dos territórios com tradição e potencial nesta área», afirmou a ministra. TEXTO ANABELA VENTURA IMAGEM SM
A
ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, batizou esta semana o rebocador “Baia do Seixal”, o
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primeiro a ser construído em Portugal e com 100 por cento de tecnologia nacional. A embarcação, do grupo ETE, representa um investimento de dois milhões de euros, desloca 110 tone-
Embarcação única para navegar o Tejo O nome do sofisticado rebocador foi escolhido pela Navaltagus, a empresa construtora, em homena-
gem à Baia do Seixal, onde estão sedeados os estaleiros. A embarcação tem carecterísticas únicas e está preparado para navegar nos rios portugueses, primeiro no Tejo e numa fase posterior no rio douro. Na ocasião, a ministra assinou também um protocolo entre o Porto de Lisboa, a Câmara Municipal de Lisboa e o Grupo ETE para realização do estudo de viabilidade de uma doca de recreio no Seixal, uma das reivindicações mais antigas do município e da comunidade local.
GAMA “VILLA PALMA” HOMENAGEIA VILA DE PALMELA
Adega de Palmela lança primeiro vinho exclusivo para Canal Horeca
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Adega Cooperativa de Palmela vai lançar, quarta-feira, uma gama de cinco vinhos para o Canal Horeca, com a marca Villa Palma, uma homenagem à vila de Palmela. O lançamento dos vinhos decorrerá na sede da Associação de Hotelaria, Restauração e Similares, a maior associação empresarial do país, com mais de 22 mil associados e que este ano celebra o seu 120.º aniversário. Os vinhos que fazem parte desta gama são os seguintes: “Villa Palma Tinto DO 2013”, “Villa Palma Tinto DO Colheita Seleccionada 2013”, “Villa Palma Branco DO 2015”, “Villa Palma Branco Do Colheita Selecionada 2015”, “Villa Palma Rosé DO 2015” e uma aguardente “Villa Palma Aguardante Velha”. Recorde-se que o “Villa Palma Tinto Colheita Seleccionada 2013 venceu este ano a medalha
de ouro no Concurso Vinalies Internacionales 2016, ainda antes de estar rotulado e engarrafado. «Decidimos lançar este produto somente no Canal Horeca porque é um canal muito importante para a promoção dos vinhos e esse é o nosso principal objetivo», afirma Luís Silva, gerente/enólogo da Adega de Palmela.
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EDITORIAL
OPINIAO
Raul Tavares Diretor
O ânimo que o futebol nos traz
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ortugal está nas meias-finais de um Europeu atípico, em que os chamados “tubarões” têm andado em mares agitados e enfrentado a força e a humildade de cardumes estóicos na forma como lutam pelas conquistas. A equipa nacional, lideradas por um seleccionador bem ‘portuga’, não tem desenvolvido um futebol com brilho, mas tem dado provas de que a garra, a luta, o querer e o amor à camisola, são capazes de aumentar os níveis de superação. Fernando Santos deu o mote desde o arranque da cruzada lusa: é para ganhar! E, na verdade, o que se vê em campo espelha essa ambição. Mas há também outros exemplos, Pais de Gales, Islândia, pequenos países e ditos “fracos de bola” aí estão na luta e a mostrar que nestas disputas, como evidencia a história bíblica de “David e Golias”, nem sempre ganham os mais fortes. Agora, com o país a viver da euforia, e à guarda do período mais fértil de veraneio, é de esperar um novo ânimo. Os portugueses bem precisam de gerir novos rumos de felicidade. Alguém disse que o futebol é também muitas outras coisas. E assim parece ser! Somos do ’oito e do oitenta’, mas é no acreditar que está o ganho. Bem falta nos fazia este rumo de energias coletivas. Depois de quatro anos a carpir o dramatismo de uma crise de expetativas de futuro, é agora altura de voltar a sorrir, nem que seja por via do pontapé-na-bola.
A queda de uma estrela
E
ra uma vez uma constelação com 28 estrelas, umas maiores outras mais pequenas, cada uma com brilho e luz própria. Este seria o início de qualquer história infantil que como todos os contos que encantam crianças têm como protagonistas príncipes e princesas , heróis e heroínas que travam batalhas do bem contra o mal, prometendo um final feliz e para sempre. A génese da União Europeia em muito se assemelha a um conto de fadas, desde a criação da Comunidade Europeia do Carvão e do Aço , há 65 anos , passando pela queda do Cortina de Ferro nos anos 90, até à criação da moeda única em 2002, o sonho europeu criou e gerou uma nova geração de cidadãos europeístas, que são muito mais do que membros de uma nação, são cidadãos do mundo, são membros e partes integrantes de um sonho chamado Europa Unida. Recentemente, os ingleses referendaram sobre a sua permanência no projeto europeu. Aquilo que se chamou de brexit – etimologicamente; Grã-Bretanha + exit (saída). Os ingleses motivados pela desinformação, sobre um clima de medo e até mesmo de desconfiança, por baixo de um sentimento egoísta e pouco humanista acerca do que é a condição
humana, votaram a favor da saída da UE. Sobre essa saída já muito se disse e muita tinta se derramou. Dizem algumas análises, provavelmente desprovidas de rigor cientifico e com leituras meramente quantitativas, que foi o inglês mais velho, menos letrado e do meio rural que votou a favor da saída. Note-se que na metrópole londrina 60% votou a favor da permanência na aliança europeia. Com ou sem critérios intergeracionais, o certo é que o Não ganhou ao Sim. Do alto do seu pseudo elitismo, os ingleses parecem ter voltado aos anos 30 do século XX, em versão germânica e numa viagem sinuosa repleta de perigos e, esperemos nós, ainda não esquecida do período que levou Hitler ao poder. No início de 1930, a Alemanha tinha a economia extremamente fragilizada (o que não é propriamente o caso inglês). A crise económica mundial, iniciada em 1929 havia atingido a Alemanha e milhões de pessoas estavam desempregadas (recordo que a recente crise mundial, afetou mais os países do mediterrâneo do que a Inglaterra, exemplo disso foi o português). Aquelas condições propiciaram ao surgimento de um novo líder, Adolf Hitler e o seu Partido Nacional Socialista dos Traba-
CIDADANIAS ELISABETE CAVALEIRO
COORDENADORA PEDAGÓGICA lhadores Alemães. Grande maioria das biografias caracterizam Hitler, como um orador eloquente e ardiloso que atraía um grande número de seguidores desesperados por mudanças. Ele prometia uma vida melhor aos desiludidos, aos desempregados, aos jovens e aos membros da classe média baixa, ele prometeu uma Alemanha mais nova e gloriosa. A estrela que caiu da constelação UE, foi atraída por algo ou alguém ardiloso que com um discurso xenófobo prometeu o paraíso e a expulsão dos ladrões de emprego. Se o trabalho serve como meio de libertação, então caímos nos erros do passado. Arbeit mach frei (o trabalho liberta), inscrições que ainda hoje existem na entrada do campo de concentração de Sachsenhausen. Há viagem ou visitas obrigatórias na vida e a visita a um campo de concentração é uma delas. Não é um passeio, é a experiência de estar frente a frente com um passado cruel que é difícil acreditar que aconteceu, mas que aconteceu!
A experiência de poder ver de perto até que ponto o ser humano pode chegar é importante na nossa formação. Não sei dizer se é bom, só sei que é único. Não merece apreciação, merece respeito, reflexão e deve servir como um alerta para que isso nunca mais se repita. A humanidade está em dívida temos todos ainda feridas abertas desse passado aterrador, que assombrou e ainda assombra a Europa. Não vale a pena fingir que nada sabemos, não vale apena fingir que nada vimos . Não vale mesmo a pena, obedecer por obedecer, sem questionar se é certo ou errado, afinal foi tudo isso e muito mais, o que fizeram os vizinhos e os oficiais dos campos de concentração. Todos aqueles que não ligaram o gás ou puxaram os gatilhos, que “só” cumpriram ordens , mas que viveram com a riqueza gerada e no “conforto” de nada saberem. Não sejamos meros cumpridores de ordens, que os erros do nosso passado iluminem o nosso futuro! The exit, not the end.
Fernão Ferro – Onde a água (por vezes) é uma miragem
N
ão me canso de dizer. Um executivo camarário serve para gerir um município. Tomar opções com as verbas que lhe são transferidas pelo Orçamento do Estado e arrecadar receitas ordinárias ou extraordinárias no âmbito do que a lei lhe permitir. E é com base na receita anualmente arrecadada que um executivo deve prever a sua despesa. Conformar esta última com o dinheiro previsivelmente recebido e tomar opções. Sabemos que há executivos que afectam mais ou menos a sua despesa com despesas de pessoal, no fundo com os seus funcionários, outros com a cultura, outros com infraestruturas, outros com a educação, acção social, etc, etc. Ora, sou um crítico de longa data das opções dos diversos executivos que lideram a Câmara Municipal do Seixal, de maioria comunista desde
14 | SEMMAIS | SÁBADO | 2 DE JULHO | 2016
sempre, como sabem, pois com receitas anuais de mais de oitenta milhões de euros, que tem acontecido pelo menos na última década, não se compreende como se endividou, de tal forma que teve de se submeter a um Programa de Consolidação Orçamental, ainda em vigor e sem obra que o justifique. Fruto das más opções. Quando há uns anos (2012), na qualidade de vereador da oposição, fui confrontado com a necessidade de aprovar um empréstimo de cerca de quatro milhões de euros, a tentação de votar contra foi muito grande. Afinal de contas se a gestão desastrosa era da CDU porque razão teria de caucionar um empréstimo para remediar a situação? Muitos meus companheiros de partido defendiam essa posição, contudo, tendo em consideração os argumentos apresentados pela maioria comunista, entendi fazer
UM CAFÉ E DOIS DEDOS DE CONVERSA PAULO EDSON CUNHA
VEREADOR PSD CÂMARA DO SEIXAL prevalecer os superiores interesses municipais e votei a favor desse empréstimo, com declaração de voto. Foi esse voto um cheque em branco? Claro que não. Essa minha aprovação era especificamente para garantir o cumprimento de um conjunto de encargos, sem os quais a autarquia não conseguiria cumprir, entre as quais o pagamento imediato da dívida a curto-prazo sobretudo a pequenos fornecedores e que sem essa verba arriscavam insolvências e a construção de um CDA (Centro de Distribuição de Água) em Fernão Ferro, obra
essencial para colmatar a situação da distribuição de água na Freguesia de Fernão Ferro. Pena foi que o executivo comunista não estivesse ao nível da confiança que requereu e de que foi fiel depositária e não usou o valor do empréstimo nem para pagar aos seus credores (esses foram pagos em novo empréstimo, aquando do PCO), nem a construção do famoso CDA. Com essa opção, privou os habitantes de Fernão Ferro de uma regular distribuição de água e deve ser politicamente responsável. Tudo o resto, são cantigas…
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OPINIÃO
Erros meus. Boa fortuna.
V
ivemos um tempo feito para os vencedores. Aquelas e aqueles que nunca erram e raramente (muito raramente) se enganam. Nasceram para ser primeiras e primeiros-ministros. Nunca segundos. Estamos portanto num tempo de vencedores mas que, estranhamente, não fazem o país vencedor. Fazem não mais do que um país mediano. A meio da tabela em quase tudo. Inventámos por isso uma nova categoria de vencedores: os vencedores bazófias. Estes vencedores. Olhe atentamente para o seu lado. Discretamente por favor. E repare em dois ou três mesmo junto a si. Estes vencedores, voltemos então a eles, têm uma característica única. O auto elogio. Uma altíssima autoestima em
forma de opinião. Sobre si próprios. Passam o santo dia a debitar avaliações sobre o seu trabalho e as suas capacidades. Não apenas elogiosas mas quase sempre muito elogiosas. Ignoram olimpicamente que o auto elogio é uma forma de ridículo. Ignoram que quem nos elogia são os outros. Se o quiserem fazer. E sempre voluntariamente. Nunca em tempo algum nós próprios. Imaginem um sistema de ensino em que cada um se avaliava a si próprio. Seriamos todos muito bons. Incomparavelmente muito bons. Os melhores do mundo e arredores. Agora oiçam de novo os discursos e as proclamações da maioria dos nossos políticos e empresários. Donos disto e daquilo tudo. Retirem depois os auto elogios. Já viram o que
resta? Pois é! Pela minha parte, e nesta modesta crónica, gostaria que me fosse permitido elogiar os fracassos. Aqueles mais estrondosos. E aqueles mais íntimos. Todos nossos. Apenas nossos. Bem nossos. Porque os fracassos, ao contrário dos sucessos, fazem refletir. Parar para pensar. Considerar outro caminho. Procurar outra solução. E de fracasso em fracasso podemos vislumbrar, afinal, o sucesso final. Ou pelo menos transitório. Quem cai e se levanta é o verdadeiro vencedor. Quem diz que nunca caiu é o verdadeiro mentiroso. O fracasso em si não é necessariamente o fim. Pode até ser o princípio de outra coisa. Um ensinamento. O sucesso é tantas vezes o fracasso + a
partir de dados recolhidos sobre esses fenómenos”. Estranhamos pois que, se o objecto da estatística é o estudo, as entidades nos apresentem números como se, com isso, fosse mais fácil convencer-nos de que as coisas estão a ir no sentido que pretendem, ou que aqueles números nos indicam que, o mais urgente possível, temos de arrepiar caminho. Quantas vezes ouvimos e
lemos que os impostos naquele semestre proporcionaram uma receita tal que se todos soubéssemos do que estão a falar, nessa noite até dormíamos melhor, porque o país iria oferecer-nos o futuro que todos ambicionamos, pois à parte de trabalharmos para proveito próprio, sabemos também que todos conseguiremos contribuir para uma sociedade mais justa e fraterna. As estatísticas são também
TURISMO SEMMAIS JORGE HUMBERTO SILVA COLABORADOR
reflexão sobre as suas razões + a persistência. Exatamente por isso não sejamos tão negativos com os fracassos. Os nossos e os dos outros. Sejamos negativos sim sobre a inação, sobre a continuidade medíocre, sobre o “sempre foi assim”. Esconder o fracasso é tão mau como ostentar o sucesso. Sejamos, por isso, fracasso por um dia. Para sermos sucesso por um mês. Ou um ano. Ou mais além. A cada um o seu fracasso. De cada um a sua reação ao
fracasso. Dos resultados desta sequência dependem certamente os sucessos futuros. E depois das grandes mentiras as verdades. Nem grandes nem pequenas. Apenas simples. E a verdade. A primeira que nos vem à cabeça é que somos aprendizes. Aprendizes e de passagem pelo que chamamos vida. Já a carreira, pelo contrário, é propícia a todos os equívocos. Todos escondidos debaixo do tapete do sucesso. Vamos lá então falhar. Para mais tarde acertar. Ou não.
Estatísticas
T
odos os dias somos bombardeados com estatísticas sobre os mais variados temas e, atrevemo-nos a dizer, sem qualquer base estatística, que a maior parte das pessoas não se deixa sensibilizar pelos números. Dizem os entendidos que “o objecto da estatística é o estudo da variedade e da incerteza presentes na maior parte dos fenómenos com que nos deparamos no dia-a-dia, a
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FIO DE PRUMO JORGE SANTOS
JORNALISTA
muito utilizadas no desporto e antes dos jogos de futebol somos bombardeados com resultados de encontros anteriores e se a “estatística” fizesse lei, mais fácil seria
acertar nas apostas mútuas, o que dificultaria a vida aos comentadores que teriam que repescar outros argumentos para nos convencerem a ficar de olhos no televisor.
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