Semmais 02 junho 2018

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SÁBADO 2 DE JUNHO DE 2018 Diretor Raul Tavares Semanário - Edição 994 - 9ª série Região de Setúbal Distribuído com o Expresso

SOCIEDADE

SESIMBRA APOSTA NA SIMPLICIDADE PARA PROMOVER A REGIÃO NO PAÍS E NO MUNDO Nova imagem gráfica do município de Sesimbra afirma a promoção do território, valorizando as suas potencialidades patrimoniais e humanas. A nova marca, que unifica o concelho, é um passo fundamental para o reforço da coesão territorial. P3 SOCIEDADE

PALMELA PRESTOU HOMENAGEM AOS SOLDADOS DA PAZ NO DIA MUNICIPAL DO BOMBEIRO Equipas de Intervenção Permanente de Pinhal Novo e Águas de Moura foram homologadas no dia municipal do Bombeiro de Palmela, numa cerimónia presidida pelo secretário de estado da Proteção Civil. O concelho fica, assim, com uma EIP por cada corpo de bombeiros. P2

É preciso fazer um desenho?

FESTAILUSTRAÇÃOSETÚBALJUNHO’18 SEPARATA NO INTERIOR

SOCIEDADE

MARCHAS POPULARES DE SETÚBAL ANIMAM AVENIDA LUISA TODI NA NOITE DE 9 DE JUNHO Nuno Guerreiro enamorou-se pelas Marchas Populares de Setúbal e será o presidente do júri da edição 2018. A viver no concelho há quase três anos o cantor da Ala dos Namorados elogia a terra, o desenvolvimento e o acolhimento das suas gentes. P4

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SOCIEDADE

EDITORIAL RAUL TAVARES DIRETOR

Maturidade para melhor aceitar a eutanásia

A

s grandes questões fraturantes que, nas últimas décadas, têm colocado os portugueses num burburinho de alma fazem parte de um roteiro humanista que compõe o futuro. Parece confuso mas não é.

A nossa civilização, a que conhecemos e vivenciamos, foi parida destas ruturas sociais, que divide opiniões e, não raramente, conduziu a guerras e feridas profundas. A democracia é uma das vitórias civilizacionais. E se atentarmos nos tempos recentes, em que a Igreja detinha todo o poder, social, cultural e político; ou as monarquias aceites pelo povão; e ainda as ditaduras que foram caindo uma a uma, bem se vê como o nosso mundo se foi reconstruindo.

A história está repleta destes avanços a bem do humanismo e de outros tantos valores que hoje são (em muitos casos deviam ser) o primado do desenvolvimento humano.

Vem isto a propósito da eutanásia. Uma decisão complexa, que divide a nossa sociedade e cada um de nós. Está a fazer o seu caminho. Lembro a questão da Interrupção Voluntária da Gravidez que, à época, nem sempre foi bem entendida.

Os números de hoje, confirmam que, afinal, não foi o inferno, antes pelo contrário.

Com a serenidade devida, esperemos que este avanço social ganhe, também, alguma maturidade.

EQUIPAS DE INTERVENÇÃO PERMANENTE DOS BOMBEIROS JÁ ESTÃO FUNCIONAIS

Concelho de Palmela conta com uma EIP por cada corpo de Bombeiros Com a homologação dos protocolos com Pinhal Novo e Águas de Moura, Palmela conseguiu garantir uma Equipa de Intervenção Permanente por cada corpo de bombeiros do concelho. O secretário de estado da Proteção Civil justifica a decisão com a imensa área de intervenção e as características do território. enalteceram que «o trabalho dos bombeiros tem que estar sempre acima de jogadas partidárias» e interesses particulares, e deve ser valorizado pela comunidade durante todo o ano. Quer através do voluntariado quer através do associativismo.

TEXTO ELOÍSA SILVA IMAGEM SM

O

Secretário de estado da Proteção Civil, Artur Tavares Neves, presidiu à cerimónia de homologação das Equipas de Intervenção Permanente (EIP) dos Bombeiros Voluntários de Pinhal Novo e dos Bombeiros Mistos de Águas de Moura. Os protocolos foram celebrados durante as comemorações do dia municipal do Bombeiro em Palmela, que decorreram no centro cultural do Poceirão, e fazem do concelho um «dos poucos do país» com uma EIP em cada corpo de bombeiros. Os BV Palmela foram os primeiros a ser contemplados com uma EIP. Artur Tavares Neves, justificou a decisão do governo, de permitir que as três corporações recebam estas equipas de cinco elementos em prontidão diária permanente, «pela imensa área de intervenção à qual respondem». O governante realça que além de serra, mar e caminhos de ferro, Palmela «tem indústria de ponta a vários níveis e até com algum risco». O governo estima que até 2020 todas as associações do país deverão ter uma equipa desta natureza, «aqui, só antecipámos o resultado final», sublinha.

Definição de áreas de atuação está formalmente resolvida Contrariamente à Associação Humanitária de Águas de Moura que só em maio deste ano, e após a desistência dos bombeiros voluntários de Setúbal, manifestou interesse em integrar esta solução operacional, a Associação Humanitária do Pinhal Novo já tinha assinado, em novembro de 2010, «um protocolo com a autarquia de Palmela» para a criação de uma

EIP na corporação. Por «falta de cabimento orçamental», isso não se verificou nesse ano. Em fevereiro de 2018, «em reunião com o presidente da câmara e restantes corporações, reforçámos esse mesmo pedido», refuta Luis Filipe Neto, comandante dos Bombeiros do Pinhal Novo, tendo a autarquia «demonstrado o apoio necessário para revalidar esse pedido».

Como nesse encontro a Associação de Águas de Moura «não se manifestou quanto a este tema, ficámos surpreendidos, embora satisfeitos, pelo interesse demonstrado, em maio, na constituição de uma EIP».

A nossa «apreensão», esclarece Luís Filipe Neto, deve-se «unicamente, ao facto de terem sido apresentados, como argumentos para acolher a EIP, dados que não correspondem à realidade já que a área territorial que eles (Águas de Moura) alegaram ter, sobrepõe-se à nossa. Esse aspeto, ainda, carece de esclarecimento, porque convém que cada corpo de bombeiros esteja ciente da sua área de intervenção para um trabalho coordenado e eficaz», alerta.

A este propósito Eduardo Correia, representante da Liga dos

Bombeiros Portugueses, referiu ao Semmais, finda a cerimónia do dia municipal do bombeiro, que «essa questão da exatidão dos dados está resolvida, formalmente, mas, tecnicamente não estará». No entanto, também este responsável, garante que o que pesou, para a atribuição das duas equipas em simultâneo, «foi o interesse formalmente demonstrado pelas associações, o facto de o território o justificar e termos a certeza que as associações têm capacidade e competência interna para pôr as equipas de pé». Álvaro Amaro, presidente da câmara de Palmela, bem como a presidente da União de Freguesias de Poceirão e Marateca, Cecília Sousa, aproveitaram a cerimónia para agradecer o trabalho dos soldados da paz, enaltecendo Álvaro Amaro, a propósito das alegadas divergências entre corporações, «ser muito mais o que une do que aquilo que separa» todos os agentes de proteção e socorro.

A importância do voluntariado, «temática pertinente», também foi abordada pelos autarcas que, homenageando bombeiros e respetivas famílias, e anunciando uma campanha específica dirigida ao voluntariado,

Viatura itinerante de proteção civil está ao serviço do distrito Durante a sessão solene de homenagem aos Bombeiros de Palmela, Pinhal Novo e Águas de Moura, o secretário de estado da Proteção Civil assinou um protocolo que permite à câmara, através da Autoridade Nacional de Proteção Civil, estender a todo o distrito a circulação da viatura itinerante que está adstrita ao projeto «Academia de Proteção Civil».

Trata-se de uma viatura, adquirida no anterior mandato de Álvaro Amaro, equipada para «ações de sensibilização e divulgação de princípios base, para uma consciencialização da cultura de segurança, que agora vai estar ao serviço de todo o distrito, podendo ser útil durante todo o ano». O autarca vê «com muito agrado» a possibilidade de partilhar a experiência de Palmela com os outros concelhos que «muitos contributos também poderão dar ao nível do enriquecimento pessoal e profissional dos nossos técnicos». O distrito «fica a ganhar», acredita Álvaro Amaro.

Esta carrinha, que dispõe de vários kits de emergência e primeiros socorros, e material didático e formativo, será cedida aos concelhos do distrito de Setúbal que demonstrem interesse, sendo que «o único encargo que terão, com ela, é assumir o combustível já que o material e os técnicos são da Academia de Proteção Civil de Palmela».

Diretor Raul Tavares | Redação Anabela Ventura, António Luís, Bernardo Lourenço, Cristina Martins, Eloísa Silva, Marta David, Rita Perdigão, Roberto Dores | Departamento Comercial Cristina Almeida – coordenação | Direção de arte e design de comunicação DDLX – www.ddlx.pt | Serviços Administrativos e Financeiros Mila Oliveira | Distribuição José Ricardo e Carlos Lóio | Propriedade e Editor Maiscom, Lda; NIPC 506 806 537 | Concessão Produto Maiscom, Lda NIPC 506 806 537 | Redação: Largo José Joaquim Cabecinha nº8-D, (traseiras da Av. Bento Jesus Caraça) 2910-564 Setúbal. E-mail: semmaisjornal@gmail.com; redaccao.semmais@mediasado.pt; publicidade. semmais@mediasado.pt. | Telefone: 93 53 88 102 | Impressão: Empresa Gráfica Funchalense, SA. Rua Capela Nossa Senhora Conceição, 50 – Moralena 2715-029 – Pêro Pinheiro.

Tiragem: 45.000 (média semanal). Distribuição: VASP e Maiscom, Lda. Reg. ICS: 123090. Depósito Legal; 123227/98

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SOCIEDADE

LOGÓTIPO ASSENTA NO QUE O CONCELHO TEM DE MELHOR PARA OFERECER A TURISTAS E RESIDENTES

Sesimbra apresenta imagem unificadora de riqueza humana e patrimonial A autarquia apresentou o novo logótipo que identificará, a partir de agora, todo o concelho de Sesimbra reforçando laços de união e respondendo aos desafios que se colocam ao nível da atração turística e atividades económicas.

TEXTO ELOÍSA SILVA IMAGEM SM

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uma ótica de afirmação e promoção do território, «assente nas suas potencialidades e recursos», foi apresentada na Fortaleza de Santiago, em Sesimbra, a nova imagem do município para o país e o mundo. Francisco Jesus, presidente da câmara municipal, enalteceu, durante a sessão de apresentação, «a clareza, precisão e diferenciação» que caracterizam a nova imagem que «é de todos os sesimbrenses, visitantes e agentes económicos». Era «um jogo de palavra que estava à mão de semear», admite o edil

sesimbrense.

A nova imagem da câmara de Sesimbra, composta exclusivamente pela palavra “Sesimbra”, resulta, segundo o autarca, «do trabalho de valorização do concelho», realizado pelos últimos executivos, particularmente

por Augusto Pólvora que «numa conjuntura difícil para o país e para o município, teve a visão de perceber que era preciso ir mais longe e afirmar Sesimbra». O fruto desse trabalho, «com mérito para a equipa da unidade funcional de comuni-

Museu do Trabalho foi um dos cinco finalistas do prémio Melhor Museu do Ano 2018

cação da autarquia» é a nova imagem que vai estar presente na comunicação e informação do município.

Em simultâneo foi lançado, durante a sessão de apresentação da marca territorial, o novo site visitsesimbra.pt e apresentada a loja YES Sesimbra, na própria Fortaleza, junto ao Posto de Turismo. Esta atualização de imagem vai refletir-se, igualmente, em novos produtos de merchandising, associados à cultura e tradições sesimbrenses, como as latas de conserva de peixe-espada preto, chinelos de praia, postais, t´shirts e canecas.

A nova imagem, que congrega todas as riquezas patrimoniais do con-

celho, reforça, segundo Francisco Jesus, «os laços que unem os cidadãos ao seu município e, ao mesmo tempo, responde aos desafios que se colocam ao nível da atração turística, atividade económica importante para o seu desenvolvimento». Tudo isto com recurso «apenas, à palavra Sesimbra» cujo grafismo se compõe de uma letra «forte, elegante e de fácil leitura» de onde se destaca o «SIM» da segunda sílaba.

Francisco Jesus explica que «com recurso à cor, é feito um jogo de palavras que permite salientar o “Sim” de Se-sim-bra, para afirmar um espírito e uma atitude positiva e alegre.

Esta nova imagem tem

várias aplicações para diferentes contextos, desde equipamentos e serviços municipais a viaturas, sinalética, fardamentos e internet, conferindo-lhe uma maior coerência e identidade», evidencia o autarca.

Para a câmara de Sesimbra «a criação da marca SeSIMbra, única e transversal à comunicação interna e externa, que possa ser adotada e assimilada pelos cidadãos, agentes locais e turistas, é um passo essencial e incontornável para a estratégia de marketing territorial do concelho de Sesimbra, com vista à captação de investimento e ao reforço da coesão territorial», garante o presidente da autarquia.

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Museu do Trabalho Michel Giacometti, em Setúbal, foi um dos cinco finalistas ao prémio de Melhor Museu do Ano 2018, atribuído pela Associação Portuguesa de Museologia (APOM).

De entre as 253 candidaturas apresentadas, de Portugal continental e das Regiões Autónomas, além de projetos de expositivos portugueses no estrangeiro, o primeiro lugar coube ao Museu da Metalúrgica Duarte Ferreira, no Tramagal, Abrantes.

A distinção de Melhor Museu do Ano é um dos principais reconhecimentos da APOM, num total de 25 categorias a concurso, que distinguem «a melhor intervenção e restauro, o melhor catálogo, a melhor exposição, mecenato e projeto

museográfico».

O Museu do Trabalho Michel Giacometti, visitável na antiga fábrica de conservas de peixe Perienes, «homenageia o etnomusicólogo corso Michel Giacometti que, em 1987, doou a Setúbal uma coleção de mais de mil peças relacionadas com o trabalho agrícola e doméstico e a cultura

popular». O equipamento abriu ao público em maio do ano passado, depois de mais de um ano em obras de requalificação e reabilitação. Somando mais de 15 mil visitas anuais e um índice elevado de satisfação o núcleo museológico ficou entre os cinco finalistas deste prémio da APOM. E.S. 2018 | 2 DE JUNHO | SÁBADO | SEMMAIS | 3

SOCIEDADE

Marchas populares sadinas exaltam os afamados vinhos O cantor Nuno Guerreiro, da Ala dos Namorados, é o presidente do júri das Marchas Populares de Setúbal, que conta este ano com sete coletividades a concurso e cinco extra-concurso. O orçamento ronda os 150 mil euros.

TEXTO ANTÓNIO LUIS IMAGEM SM

O

vereador Pedro Pina, durante a apresentação das marchas, que decorreu esta semana na Casa da Cultura, realçou que Nuno Guerreiro é «uma referência nacional de enorme prestígio artístico, com um percurso e uma carreira que dispensam apresentações».

O cantor confessou que ficou «assustado com o convite», mas sublinhou que para uma marcha brilhar tem de haver «garra e alegria» por parte dos marchantes. «Aceitei o convite com prazer e é um orgulho fazer parte deste projeto».

O artista afirmou que está a ser agradável viver em Setúbal, uma terra que «sabe acolher e onde as pessoas são muito simpáticas. Sinto-me aqui bem», sublinhando que «as pessoas devem valorizar mais o que se tem feito pelo desenvolvimento desta bonita terra».

Ricardo Cristas (cenografia), Diana Vieira (coreografia), Rita Melo (figurino), Ester Correia (letra), e António Laertes (música) completam o júri.

No dia 9, às 21h30, as 7 marchas desfilam na Av.ª Luísa Todi, no qual participam também cinco marchas infantis extraconcurso, com entrada livre. E nos dias 15 e 16, às 22 horas, as marchas exibem-se ao júri na Praça Car-

los Relvas.

«Este é um evento genuíno da cultura popular que não se deve perder e deve fazer-se uma reflexão em relação ao número decrescente de marchas participantes», destacou o autor da música da Grande Marcha, José Condinho.

As marchas «exaltam a cidade e constituem o grande evento da cultura popular setubalense, que dá mais brilho à Av.ª Luída Todi e à praça Carlos Relvas», salientou o vereador Pedro Pina.

Pedro Pina indicou ainda que as marchas «têm tido a capacidade de se irem adaptando aos novos tempos» e «mantêm a mesma vitalidade, com muita gente jovem que se envolve na tradição,

TST assegura o acesso às praias da Arrábida durante o verão

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Transportes Sul do Tejo (TST) «garante o acesso «fácil e rápido às praias da região até 16 de setembro».

As novas ligações, terão como ponto de origem o parque da Secil, as estações rodo e ferroviárias, o centro comercial Alegro, a Casa da Baía e a Brejoeira.

O destino; as praias da Figueirinha, Albarquel e Creiro. Em nota enviada à nossa redação a TST esclarece que «o percurso entre a praia da Figueirinha e a praia do Creiro será assegurado por um vaivém, gratuito, que permite o acesso às praias de Galapos, Galapinhos e Creiro.

Ir de autocarro para a praia «é a opção mais cómoda para os setubalenses, e para quem visita Setúbal», refere a empresa que espera dar resposta, com estas novas carreiras, à decisão da

autarquia sadina, em estreita colaboração com a GNR, de interditar a circulação de automóveis entre os parques de estacionamento da Figueirinha e do Creiro. Interdição não aplicada a veículos autorizados, de duas rodas, veículos de emergência e transportes públicos e escolares.

Garantir a fluidez de trânsito e segurança é o objetivo da iniciativa «Arrábida sem Carros» que tem gerado bastante polémica no concelho com muitos setubalenses a criticar o preço dos bilhetes das carreiras. A esse propósito a autarquia garante «analisar todos os contributos que forem dados durante o período de consulta pública» do projeto, a decorrer até meados de junho.

No que concerne ao estaciona-

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mento parqueado na praia da Figueirinha, com preços que, na época alta, vão desde os 40 cêntimos por hora, durante a semana, e 80 cêntimos aos fins de semana, aos 6,50 euros por dia, durante a semana, e 9 euros aos fins de semana, só deverá ser pago a partir de 1 de julho.

Os utilizadores da carreira da TST para a praia da Figueirinha (725) terão a possibilidade de estacionar gratuitamente as suas viaturas no piso 4 do Centro Comercial Alegro, no Parque da Várzea ou no parque de estacionamento do Morango, em Brejos de Azeitão.

Os acessos às praias serão reforçados pela TST já a partir deste fim de semana com as carreiras 722 - do Parque da SECIL para a Praia da Figueirinha; 723 - da Estação Rodoviária de Setúbal para a Praia da Figueirinha; 723A da Estação Ferroviária de Setúbal para a Praia da Figueirinha; 725 do Centro Comercial Alegro para a Praia da Figueirinha; 726 da Casa da Baía, em Setúbal, para a Praia de Albarquel e 727 da Brejoeira para a Praia do Creiro.

O preço dos bilhetes de ida e volta é de 4,10€, à exceção da carreira que parte da Casa da Baía que tem um custo de 1,40€.

As crianças até aos 3 anos de idade não pagam título enquanto que dos 4 aos 12 será cobrado meio bilhete.

E.S.

TEMAS DAS MARCHAS A CONCURSO Bairro Santos “Venham aqui comprar e no Bairro Santos marchar”.

Cooperativa do Faralhão “Mercado do Livramento, a Cidade em Movimento”.

Pontes “Tantas Partidas, Tantas Chegadas”.

Perpétua Azeitonense “Amar o Mar”.

Independente “Rufam tambores e siga a marcha”.

Bicross “Vem deste rio a riqueza que ostentamos”.

Os 13 “Fama de Marinheiro dá namoro em noite de tradição”.

de forma empenhada, e que dá sentido a esta grande festa».

A madrinha das madrinhas é Sara Margarida, que vai cantar

a Grande Marcha, intitulada “Setúbal, Terra de Vinhos”, com letra de Dina Barco e música de José Condinho.

Feira Festa já decorre na freguesia da Quinta do Conde

A

28ª edição da Feira Festa, o principal evento social, cultural, associativo e cultural da freguesia da Quinta do Conde, e do concelho de Sesimbra, arrancou ontem e vai decorrer até dia 10 com um programa diversificado e apelativo aos diferentes públicos que, anualmente, visitam o certame.

A Feira Festa, que antecede as festividades alusivas aos Santos Populares e o Festival do Caracol, constitui o pontapé de saída para as atratividades de veraneio naquela que é a maior freguesia do concelho de Sesimbra.

Adiafa, Ruth Marlene, Jéssica Portugal, Belito Campos, Augusto Canário e Jorge Guerreiro

são os cabeças de cartaz do programa edição deste ano da Feira Festa que conta, para além dos espetáculos musicais, com dezenas de expositores ligados ao movimento associativo, empresas, coletividades e instituições várias. À semelhança do que vem acontecendo ao longo dos últimos anos, no recinto da Feira é possível encontrar inúmeros divertimentos, carrosséis e pontos de venda de comida e bebida. Promovida pela Comissão Organizadora, com apoio da Câmara Municipal de Sesimbra e Junta de Freguesia da Quinta do Conde, a Feira Festa promete voltar a atrair milhares de visitantes até dia 10 de junho.

E.S.

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LOCAL

PALMELA

Recordar as profissões do centro histórico “Saberes tradicionais, oportunidades de futuro” foi o tema que motivou a partilha de experiências empreendedoras de sucesso da iniciativa “Um Centro Histórico de Oportunidades”, promovida pela Câmara, a 28 de maio, no Espaço Cidadão, em Palmela. Esta 1.ª edição de 2018 pretendeu recordar as profissões ainda existentes no centro histórico de Palmela, convidar novas/os empreendedoras/es e criadoras/ es e debater dilemas, oportunidades e desafios. A sessão contou com a participação de três projetos, o Museu Municipal de Palmela, a Rede de Artes e Ofícios de Lisboa e Marta de Ornelas Acessórios, que deram o seu contributo para incentivar o empreendedorismo e a dinamização do centro histórico.

ALMADA

Férias jovens abrem inscrições De 1 a 9 do presente mês de junho, os mais novos podem inscrever-se, gratuitamente, nas Férias Jovens verão 2018. Este ano, haverá três turnos a decorrer entre 2 julho e 10 agosto. Ateliês, atividades desportivas e passeios fazem parte das Férias Jovens, um programa destinado a crianças e jovens dos 6 aos 17 anos.

A partir de 2 de julho, começam as Férias Jovens com muitas atividades para as crianças e jovens que estudam, residam e/ou cujos pais, encarregados de educação ou representantes legais trabalham no concelho de Almada. A participação é gratuita.

BARREIRO

Antigo armazém vira espaço cultural A Câmara assinou, dia 30 de maio, os contratos de subconcessão de uso privativo dos antigos Armazéns de Víveres e Dormitório, com a IP Património – Administração e Gestão Imobiliária.

Os dois edifícios estão situados junto à estação do Barreiro A. O Armazém de Víveres será utilizado para a instalação da Assembleia Municipal e para a realização de iniciativas culturais e outras atividades de interesse municipal. No caso do terreno e edifício do antigo dormitório, o contrato prevê a instalação de um alojamento local. Sem dúvida, «um passo relevante na recuperação do património ferroviário do concelho».

ALCOCHETE

Festival da Liberdade foi apresentado O programa do Festival Liberdade, que vai decorrer na praia dos Moinhos em Alcochete, nos dias 15 e 16 de junho, foi apresentado no dia 24, em Alcochete.

O líder da AMRS, Rui Garcia, saudou o município de Alcochete e o seu presidente de câmara por todos os apoios à realização do Festival Liberdade, que é de entrada gratuita, sublinhando que «em cada ano o município anfitrião é chamado a uma participação maior do que os outros municípios» e que «Alcochete tem feito tudo o que está ao seu alcance para que o festival seja de novo um sucesso».

Vai haver muita música, mostra associativa, desporto, animação de rua, tenda Juventude, teatro e cinema.

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MOITA

SEIXAL

É já este sábado, entre as 10 e as 18 horas, que a escola básica 2/3 José Afonso, em Alhos Vedros, recebe a VI Feira da Saúde, com o lema “A Saúde Vai à Escola”, uma iniciativa promovida pelo ACES – Arco Ribeirinho – UCSP de Alhos Vedros e Junta de Alhos Vedros.

Informar a comunidade sobre a importância dos determinantes de saúde no bem-estar da população e fomentar a qualidade de vida dos munícipes, através da promoção da saúde e da prevenção da doença são os objetivos principais desta iniciativa. Haverá rastreios, mostras de cozinha saudável, palestras, aulas abertas de dança, jogos tradicionais, atuações de canto e música.

A Mundet foi palco, no dia 31, da assinatura de um contrato de comodato entre a Câmara e a CGTP-IN, para a instalação do Espaço Memória – Centro de Arquivo, Documentação e Audiovisual da CGTP-IN na Mundet. O documento foi assinado pelo edil Joaquim Santos e pelo secretário-geral da CGTP-IN, Arménio Carlos. Recorde-se que o município aprovou a 5 de abril, em reunião de câmara, a celebração deste contrato de comodato. Para Joaquim Santos trata-se de um «espaço pretende contribuir para a valorização patrimonial do local, do edifício e do município, na medida em que funcionará como um polo dinâmico de preservação da história do trabalho e dos trabalhadores».

Alhos Vedros cuida da saúde

Arquivo da CGTP já está disponível na Mundet

SETÚBAL

Roazes ganham centro interpretativo

O Centro Interpretativo do Roaz do Estuário do Sado é inaugurado a 5 de junho, Dia Mundial do Ambiente, às 11h30, na Casa da Baía, em Setúbal.

O serviço, instalado na antiga Galeria de Exposições da Casa da Baía, pretende dar a conhecer melhor a população de cetáceos residentes no Estuário do Sado, única em Portugal e atualmente composta por cerca de três dezenas de membros.

Um painel interativo, um esqueleto de um roaz-corvineiro com várias informações e dois painéis interpretativos com conteúdos sobre os golfinhos e o território natural que exploram, o Estuário do Sado, compõem este novo equipamento.

SINES GRÂNDOLA

Simpósio sobre assuntos eleitorais decorreu em Tróia Portugal recebeu pela primeira vez o 16.º Simpósio Internacional sobre Assuntos Eleitorais, de 28 a 30 de maio, em Tróia, uma promoção do Internacional Centre for Parliamentary Studies – ICPS em parceria com a Comissão Nacional de Eleições – CNE. O simpósio contou com a participação de diversas personalidades de renome mundial e de representantes de órgãos de administração eleitoral de 50 países, que se reuniram para refletir sobre experiências e desafios, compartilhar iniciativas de boas práticas, desenvolver estratégias inovadoras e avaliar os desafios futuros das novas tecnologias.

SANTIAGO DO CACÉM

Santiagro divulga potencialidades

Termina no domingo, a 31.ª Santiagro – Feira Agropecuária e do Cavalo, no parque de feiras e exposições.

Durante o certame irá ser assinado entre o município e a Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo, um protocolo de colaboração na conceção da oferta do novo produto turístico “Caminhos de Santiago”, que esta entidade está a desenvolver no âmbito do seu território de ação.

Entre muitos motivos de interesse, destacamos o novo espaço para as crianças, o Espaço Natura, onde haverá várias atividades para miúdos e graúdos.

O município organiza este mês as atividades de encerramento do ano escolar. O programa arrancou ontem, dia 1, com a comemoração do Dia Mundial da Criança no castelo, com atividades lúdicas para as crianças. Dia 15, às 10 horas, é a vez das Primeiras Cambalhotas, no estádio municipal, onde 430 crianças irão mostrar competências desenvolvidas no bloco de motricidade do Expressão Físico-Motora do Pré-escolar. No dia 20, às 10h30, no Multiusos, realiza-se o espetáculo final do 1.º ciclo e pré-escolar, que este ano irá contar a “Lenda do Menino da Gralha”, de Julieta Aurora Santos. No dia 22, de manhã, na piscina municipal, acontece Brincadeiras Aquáticas.

ALCÁCER DO SAL MONTIJO

Jovens eleitos ajudam Cercizimbra

Alunas do Montijo apuradas para o concurso nacional de Leitura

No âmbito da 14.ª Assembleia Municipal de Jovens, sob o tema “Os Direitos e Deveres pela Igualdade na Deficiência”, os alunos foram unânimes e no momento de decidir que rumo dar à verba disponibilizada pelo AMJProjeto (5 mil euros) decidiram destiná-la à construção do Centro de Atividades Ocupacionais e Lar da Cercizimbra na Quinta do Conde.

Uma atitude que demonstrou a enorme sensibilidade deste grupo de jovens para uma questão tão importante para a comunidade e, ao mesmo tempo, a relevância deste projeto na formação de cidadãos com consciência social. Este gesto solidário inclui este sábado, às 14h30, na Quinta do Conde, o “Todos ao Parque!

Porque a Diferença é Valiosa!”.

Joana Costa e Mónica Correia vão representar o Montijo e a comunidade escolar da AML no Concurso Nacional de Leitura que terá lugar a 10 de junho, em Pombal.

As jovens alunas do Montijo são duas dos oito representantes da AML para a etapa nacional, após terem conseguido o apuramento na fase intermunicipal que decorreu, no dia 24 de maio, na Biblioteca de Almada.

Nesta etapa intermunicipal, Joana Costa, aluna do 9.º ano na Escola Básica 2 3 de Pegões, alcançou o 1.º lugar na categoria do 3.º ciclo do ensino básico. Por sua vez, Mónica Correia, aluna da Escola Secundária Poeta Joaquim Serra, foi segunda classificada na categoria do ensino secundário.

SESIMBRA

Infância e juventude em destaque no mês de Junho

Autarcas alentejanos ‘namoram´ investimento chinês

O edil Vítor Proença foi recebido na qualidade de presidente da Comunidade Intermunicipal do Alentejo Litoral – CIMAL, no passado dia 29, pelo Secretário de Estado da Internacionalização, Eurico Brilhante Dias, com o objetivo de articular a Missão à China, inserida no projeto Alentejo Global Invest. A acompanhá-lo esteve o edil do município de Sines, Nuno Mascarenhas, Desenvolvido em co-promoção pela Agência de Desenvolvimento Regional do Alentejo, a Entidade Regional de Turismo do Alentejo e o Parque de Ciência Tecnologia do Alentejo, o projeto Alentejo Global Invest é composto por diversas entidades parceiras, entre as quais a CIMAL, e visa criar um contexto favorável à captação de investimento, e investimento direto estrangeiro em específico na região.

CULTURA

CONCERTO FESTA DA PENHA IGREJA MATRIZ

A fechar a Festa da Penha realiza-se um concerto de música clássica a cargo de Carlos Guilherme e Ana Paula Russo, não esquecendo a participação do coro da paróquia.

BARREIRO02JUNHO21H30 JOGO DE MASSACRE TEATRO MUNICIPAL

Com encenação de Carina Silva, “Jogo de Massacre”, de Eugéne Ionesco, continua a fazer rir e refletir o público barreirense e não só.

MONTIJO02JUNHO16H00 MEDLEY MUSICAIS

TEATRO JOAQUIM D´ALMEIDA O Coro Juvenil do Conservatório Regional de Artes leva à cena “O Fantasma da Ópera“, “Wicked” e “Os Miseráveis”, três medleys bem conhecidos do grande público.

ALCOCHETE02JUNHO22H00

X

RAIO

GRÂNDOLA02JUNHO21H

POR ANTÓNIO LUÍS IMAGEM SM

Qual o seu maior sonho profissional?

Poder trabalhar com criadores que admiro.

E pessoal?

Nunca perder a capacidade de sentir.

Cidade preferida?

Londres, Praga e Lisboa.

Qual o local que gostaria de conhecer e que ainda não visitou?

A Tailândia.

Não perca o teatro de rua “Cacharros”, por Bambalúa Teatro, de Espanha, integrado no 23.º Sementes.

Brinquedos mecânicos passeiam na rua surpreendendo tudo e todos.

Um desejo para 2018?

Já o(s) realizei.

SESIMBRA02JUNHO21H30

MARIONETAS VÃO AO SEMENTES FORTALEZA DE SANTIAGO

O teatro de marionetas “Titiricircus”, conta a história de dois velhos trabalhadores de circo que recordam, com as suas marionetas de fio, as glórias do seu passado.

MOITA02JUNHO21H30 BB BLUES FEST FORUM CULTURAL

O 7.º BB Blues Fest leva até à Baixa da Banheira o português Frankie Chavez, seguindo-se, às 23 horas, a grande voz feminina Diunna Greemleaf, dos Estados Unidos.

SINES02JUNHO22H00

AMORES E DESAMORES CENTRO DE ARTES

A peça “Projeto d’Homens”, d’As Entranhas, fala sobre os homens, os seus mundos, gostos, pensamentos, angústias, amores e desamores.

SANTIAGO DO CACÉM 02JUNHO22H45 FERNANDO DANIEL DÁ CONCERTO

PARQUE DE FEIRAS E EXPOSIÇÕES No âmbito da XXXI Feira Agropecuária e do Cavalo – Santiagro, não perca o concerto com o jovem cantor português Fernando Daniel, que anda a promover o seu mais recente CD. GANHE CONVITES PARA O TEATRO Esta semana temos convites para os nossos leitores irem ao teatro ver os novos espetáculos de Filipe La Feria, “Eu saio na próxima, e Você?”, com Marina Mota e João Baião, em cena no Politeama, e do ArteViva, do Barreiro, “Jogo de Massacre”, de Eugéne Ionesco.

E, se ainda não viu, ainda pode também ganhar convites para a revista popular no Teatro Maria Vitória “Portugal em Revista”. Para ganhar os convites basta ligar 96 943 10 85.

«Quero continuar a trabalhar com criadores que admiro»

O ator e encenador Olavo Nóbrega, de 43 anos, signo Peixes, residente em Setúbal e natural de Angola, quer continuar a trabalhar com criadores que admira e gostava de conhecer a Tailândia.

TEATRO DE RUA LARGO DE S. JOÃO

OLAVO NÓBREGA

Quem convidaria para um jantar a dois?

A mulher que amo.

Quem é a mulher mais sexy do Mundo?

Do “meu” mundo… talvez a Juliette Binoche. Alia um talento enorme à inteligência e beleza.

Complete: A minha vida é…

Cheia de mapas e de caminhos.

O que não suporta no sexo oposto?

A superficialidade.

Comida e bebida preferida?

Muitos pratos à base de bacalhau, água e, às vezes, sangria de espumante.

Qual o seu maior vício?

O único e que me acompanha há 30 anos: roer as unhas.

CINEMA

Que livro anda a ler ou leu ultimamente?

“Ilusão”, de Luísa Costa Gomes.

Qual o último filme que viu no cinema?

“Três cartazes à beira da estrada”.

Melhor peça de teatro?

Há muitas, repletas de diferentes momentos de genialidade criativa.

Melhor música de sempre?

Há uma que me acompanha sempre: “Darpa”, de Wim Mertens.

Também oiço muito “Bird of sorrow”, do Glen Hansard.

Qual a sua maior virtude?

A honestidade.

E defeito?

O orgulho, talvez.

Como se chama o seu animal de estimação?

Um gato: Shakespeare.

O que levaria para uma ilha deserta?

Não levaria objetos. Tentaria levar alguém.

Dia ou noite? Às vezes dia, às vezes noite.

O que mais teme na vida?

A infelicidade do meu filho.

A quem ofereceria um presente envenenado?

Não ofereço presentes envenenados.

O maior desgosto da sua vida?

Amigos, que deixaram de o ser.

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HAN SOLO DATA DE LANÇAMENTO 24/05/2018 NACIONALIDADE ESTADOS UNIDOS GÉNERO FICÇÃO CIENTÍFICA, FANTASIA ELENCO ALDEN EHRENREICH, WOODY HARRELSON, EMÍLIA CLARKE REALIZADOR RON HOWARD DURAÇÃO 2H15M

Em dificuldade financeira, o piloto Han Solo (Alden Ehrenreich) e a sua namorada Qi’ra (Emília Clarke) andam à procura de trabalho. Eles conseguem apanhar uma substância valiosa, mas perigosa, que acaba por levar à perseguição do Império e à separação entre os dois. Preocupado, Han usa toda a sua esperteza para se infiltrar num plano arriscado, mas que pode render a oportunidade de voltar à terra natal e reencontrar a sua amada. Caso ele falhe, vai ter que prestar contas ao perigoso Dryden Vos (Paul Bettany). No caminho, o piloto encontra parceiros importantes, como Chewbacca (Joonas Suotamo) e Lando Calrissian (Donald Glover), o proprietário original da Millennium Falcon.

Para ver no confortável Cinema City, no Alegro de Setúbal.

2018 | 2 DE JUNHO | SÁBADO | SEMMAIS | 7

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A ngél i c a

ANDRÉ

OPEN WATER HEROES

(POR)

09.06.2018 | SETUBAL (POR) 16H00 | PARQUE URBANO DE ALBARQUEL

Ferry WEERTMAN (NED)

Rachelle BRUNI (ITA)

Marcela CUNHA (BRA)

Sharon VAN ROUWENDAAL (NED)

A PARTIR DAS 9H00 INSCREVA-SE JÁ!

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Tóssan

É preciso fazer um desenho?

Claro que é preciso fazer um desenho!

Maria das Dores Meira Presidente da Câmara Municipal de Setúbal

A ver se me despacho que ninguém está aqui para ler, mas sim para ver desenhos.

Há quatro anos perguntaram-me se era preciso fazer um desenho. Claro que é preciso fazer um desenho! Melhor, era preciso fazer muitos desenhos. E dessa vontade de fazer e mostrar desenhos nasceu esta Festa da Ilustração, que agora entra na sua quarta edição.

A Festa, que começa precisamente às zero horas do dia 1 de junho, começou com enorme vigor e sucesso e, quatro anos depois, podemos dizer que se mantém em plena forma. Com o mesmo interesse inicial, com a mesma diversidade, com a mesma qualidade a que os responsáveis iniciais da festa, o José Teófilo Duarte e o João Paulo Cotrim, nos habituaram.

Esta festa é, por outro lado, a afirmação de que na nossa cidade há espaço ilimitado. E o que quero dizer com isto? Quero dizer que há espaço para toda as expressões e vontades de afirmação artística e cultural.

Temos uma cidade com diversificadas gentes, com variados interesses culturais. E nós, na câmara municipal, reconhecemos e incentivamos essa diversidade. Porque achamos que há, de facto, espaço.

Podem perguntar-nos se temos o receio de sermos atacados pela abertura a esta diversidade. Responderemos que não, porque do que temos receio é de que nos acusem de não dar o necessário espaço para que se desenvolvam diversas expressões culturais. Claro que esta seria uma discussão que nos impediria de ir ver os desenhos e, por isso, não é necessário tê-la aqui e agora. O que é importante agora é a afirmação de que queremos manter esta celebração artística que, na sua quarta edição, se afirma como espaço fundamental na divulgação da ilustração portuguesa. Deixa, além disso, marcas perenes, como é o caso do catálo-

Cidade-imagem

go da Ilustração Portuguesa, obra de referência editada na sequência da

João Paulo Cotrim

festa do há dois anos e que mostra quem são os nossos mais importantes ilustradores.

A realização da Festa da Ilustração é um importante momento de afirmação da nossa vitalidade cultural enquanto comunidade, porque, acima de tudo, mostra a capacidade de Setúbal fazer bem e fazer diferente neste domínio.

Se era preciso fazer um desenho? Claro que era. E por isso a Câmara Municipal de Setúbal criou todas as condições para tal.

Ainda antes dos desenhos, quero apenas agradecer o empenho de todos os que, na Câmara Municipal, se envolveram, de uma forma ou de outra, nesta festa, com especial destaque para os serviços do pelouro da Cultura.

Agora sim, vamos lá então aos desenhos.

Uma mulher pendura uma nuvem, enquanto um homem pinta o sol e outro traça o mar a lápis. A ilustração serve para isto mesmo, para desenhar a paisagem que habitamos. Sem ela, éramos mais cegos, andávamos às apalpadelas. Isto celebramos, pela quarta vez, em FESTA, que é da ILUSTRAÇÃO, mas aspira a ser de uma vida que queremos maior, que cresce à medida que vai sendo lida, interpretada, pintada por gerações de artistas.

A imagem invade a cidade, que assim se amplia ao nunca visto, venha ele do futuro ou caminhe para o passado. Agrupam-se os desenhos sobretudo em exposições, mas convém andar atento. Livros acontecerão em qualquer altura, à mão de semear. E até a música virá confirmar que o cruzamento das linguagens expande a realidade. A riqueza é grande, revela nomes, celebra visões, está cheia de vidas, de experiências abstractas, de risos, de comoções, de sonhos, enfim, de histórias muito nossas. É PRECISO FAZER UM DESENHO? oferece pano para mangas, instala-se para tonar o chão movediço, para nos encher os olhos. E depois deixa-se ecoar muito para além destes dias iniciais. Basta ver bem: a mulher que pendura uma nuvem, um homem que pinta o sol enquanto outro traça o mar a lápis.

www.festadailustracao.com

Desenhar como quem dança João Paulo Cotrim

Organização

Câmara Municipal de Setúbal Maria das Dores Meira – Presidente Pedro Pina – Vereador da Cultura, Desporto, Juventude e Inclusão Social Luis Liberato Batista – Diretor de Departamento de Cultura, Educação, Desporto, Juventude e Inclusão Social Direção de projeto

José Teófilo Duarte – DDLX – Design, Comunicação João Paulo Cotrim – Abysmo Comissão organizadora

Cátia Oliveira, Filipe Vieira, João Farinho, José Luís Catalão, Luís Brandão, Márcia Pacheco, Sérgio Mateus, Tomás Barão, Vanda Rocha Curadorias / Design expositivo

Jorge Silva – SilvaDesigners Maria João Frade – Casa d’Avenida Produção

Departamento de Cultura, Educação, Desporto, Juventude e Inclusão Social; Departamento de Obras Municipais; Divisão de Cultura; Divisão de Educação; Divisão de Inclusão Social; Gabinete da Juventude; Serviço Municipal de Bibliotecas e Museus; Serviço Municipal de Comunicação e Imagem Montagem / Aplicações em vinil

Cromia Gift. It

2 | Festa da Ilustração Setúbal 2018

Curiosamente, ou nem por isso, nenhum dos artistas contemporâneos convidados para a FESTA tinha tido antes exposição retrospectiva. E continua a não ter, já que mastigou o conceito. Ou seja, reinterpretou-o, pondo de parte uma selecção cronológica e exaustiva de trabalhos que podia, com relativa facilidade, transformar-se em mausoléu. Nenhum deles carece de prova de vida, nenhum deles se deixou moribundar. JOÃO FAZENDA não se fez excepção, sem que nisto perca riqueza.

Encontraremos trabalhos de vários momentos, mas sobretudo dos anos mais próximos. Estarão representados os suportes essenciais (livros, periódicos, cartazes, cadernos íntimos). Melhor: estarão os olhares e os gestos primordiais que fazem dele autor seminal, pois nele se vão mergulhando raízes para as mais vorazes experiências. Em cena no Palco estarão actores, objectos e cenários dispostos como se obedecessem a encenador, urbanista, jogador de xadrez, que melhores peles pode o ilustrador vestir? Puro prazer se desprende do mecanismo, umas vezes literal, outras metafórico, sempre a atirar-nos para a viagem. Segue-se visita guiada ao Bairro, com trabalhos mais pessoais e narrativos sobre a cidade e as suas transformações.

Ternura no olhar que toca cada figura, entalada entre o banal e o excepcional, eis o que nos espera. Avancemos em direcção à Arena, onde se recolhem os rostos e os corpos do inferno político, social, mediático, nosso. Pode explodir o humor, mas sem que aconteça cartoon. Tudo nos encaminha para a Pista de Dança, onde Fazenda chama a si a figura do coreógrafo-bailarino: cada desenho faz-se movimento que rodopia em movimento e transformação contínua, abrindo-se espaço de liberdade e imaginação. Cada desenho logo se faz outro desenho, sendo todos momento dessa transformação. Ninguém lhos pediu, mas todo ele, desenhador compulsivo, os exigiu. Este movimento não está, em momento algum, ausente de nenhuma das milhentas imagens que criou. A que deu vida. Mal voltem costas, tudo continuará a mexer-se, acreditem.

BRICOLAGE JOÃO FAZENDA CASA DA CULTURA – GALERIA E ESPAÇO ILUSTRAÇÃO Rua Detrás da Guarda, 26

O homem que só queria ser Tóssan Jorge Silva

Tóssan era o humorista total, o poeta do absurdo, o declamador de memória prodigiosa, o incrível conviva que reinava em jantares e festas, desfiando ininterruptamente histórias fantásticas que muitas vezes eram apenas episódios da sua vida real, o sempre apaixonado pela infância que brindava as crianças, que não teve, com jogos desenhados papéis recortados.

Tóssan era o vulcão explosivo que contagiava tudo o que tocava. Foi assim no Teatro Lethes em Faro, no TEUC em Coimbra, na Embaixada do Brasil, no Diário de Lisboa e na editora Terra Livre. Escrevia para a gaveta, em centenas de papéis rabiscados com ideias, esboços e poemas completos, de um nonsense e humor irresistíveis, a dar um sentido à vida que Tóssan acreditava absurda. A célebre Ode ao Futebol, escrita em 1945, só veio a público em 1969, declamada no Zip Zip e impressa no jornal A Bola. Raul Solnado e Mário Viegas apreciavam-no e vaticinavam glórias que Tóssan nunca quis cumprir. Na memória dos seus contemporâneos, avessa a registar datas e papéis, ficou para sempre o Tóssan absurdamente cómico e genialmente humano. Designer e ilustrador, foi tão bom como os melhores, sempre a favor dos ventos, mesclando nas páginas impressas as influências dos grandes artistas seus contemporâneos. Animalista exuberante, os seus gatos, rãs, macacos, girafas e elefantes, bicharada da sua predileção, compuseram um bestiário decorativo a que chamou Lógica Zoológica, e que generosamente espalhou pelo jornal o bisnau e pelas casas de familiares e amigos. A sua lendária indisciplina impedia-o de riscar num único sentido mas, contrariando a inevitável decadência que os anos trazem, Tóssan foi apurando o estilo e traçou, nos últimos anos de vida, um legado exemplar na ilustração de livros para crianças, inseparável do seu amigo de sempre, o poeta Leonel Neves. No espólio que Tóssan e Manuela deixaram a amigos e família, encontramos o seu fascinante processo de trabalho. Os desenhos multiplicam-se por fotocópia ou decalque a grafite, com sucessivas e subtis alterações até à obra acabada. Afinal, o indisciplinado Tóssan era um perfecionista.

Não há melhores palavras para definir o artista do que as proferidas pelo historiador e ensaísta brasileiro, o embaixador Alberto Costa e Silva: «Não queria ser um grande artista, nem um grande ator, escritor ou pintor. Ele queria ser o Tóssan e o Tóssan ele foi plenamente.»

A VIDA É ENGRAÇADA MAS EU LEVO-A MUITO A SÉRIO TÓSSAN GALERIA MUNICIPAL DO 11 Avenida Luísa Todi, 5

Jardim Tropical João Paulo Cotrim

Há por aqui razões de entusiasmo. Entramos exposição adentro e parece uma selva, tanta a cor, diverso o estilo, surpreendente a fauna, luxuriante a flora. Nas narrativas de aventura cada detalhe conta: a surpresa, a ameaça, a fuga. Mas e a ternura? E uma ideia à solta, talvez até selvagem? Como se ilustra? Procure bem que encontrará de tudo neste jardim tropical. Nem se notam as idades, tamanho e peso do trabalho, o nome.

Os mesmos de sempre limitam-se a pisar o terreno do costume, ou – incrível! – afinal não. Olha aquele que arrisca saltar de suporte, experimentar, sem perder terreno, aqui ou lá fora (ainda há um cá dentro ou outro lá fora?). E os novos que florescem, sem pedir licença, a brincar como deve ser, a assustarem com cores e perspectivas e enquadramentos e figuração a empurrar cada limite. Como se a qualidade metesse medo. Experimente inventar um percurso que seja atípico, entre à procura de rostos, ou de gestos, um toque de dedos e seio, um pé na bicicleta, um miúdo que escreve empoleirado na árvore, o toque de outro em tronco gordo.

Ou correndo atrás da dança das manchas, cinza sobre negro, corpo manchado de azul a pegar no cor-de-rosa, e nuvens, que aparecem nuvens por todo o lado. Nuvens que não tapam sol nenhum.

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Festa da Ilustração Setúbal 2018 | 3

ILUSTRAÇÃO Alberto Faria

Ana Biscaia

Ana Braga

André Carrilho

André da Loba

Catarina Gomes

Catarina Sobral

Constança Araújo

Cristina Sampaio

Daniela Gomes

Joana Estrela

Joana Rosa

Joanna Latka

João Concha

João Fazenda

Mariana a Miserável

Mariana Rio

Marlene Miranda

Marta Monteiro

Martina Manyá

Pedro Morais

Rachel Caiano

Ricardo Abreu

Ricardo Castro

Rui Rasquinho

Sónia Borges

Susa Monteiro

Susana Carvalhinhos

Teresa Cortez

Tiago Albuquerque

4 | Festa da Ilustração Setúbal 2018

PORTUGUESA André Letria

André Ruivo

António Jorge Gonçalves

Bárbara Rocha

Carolina Celas

Ema Gaspar

Fátima Afonso

Filipe Abranches

Gonçalo Duarte

Gonçalo Viana

João Maio Pinto

Jorge Mateus

Luis Manuel Gaspar

Mantraste

Maria Remédio

Miguel Feraso Cabral

Nicolau

Nuno Saraiva

Paulo Buchinho

Pedro Lourenço

Rui Vitorino Santos

Sabina Louro

Sara Feio

Sebastião Peixoto

Sofia Morais

ILUSTRAÇÃO PORTUGUESA ILUSTRADORES PORTUGUESES EM DESTAQUE CAIS 3. PORTO DE SETÚBAL Avenida Jaime Rebelo

BIBLIOTECA DE AZEITÃO Rua de Lisboa, 11

Tiago Galo

Tiago Guerreiro

Tiago Manuel

Tina Siuda Festa da Ilustração Setúbal 2018 | 5

Paula de Papel, Teatro o Bando

Galinhas do mato

É preciso contar uma história?

José Teófilo Duarte

Maria João Frade

Alberto Lopes desenhou duas capas de discos de José Afonso: Fura Fura e Galinhas do Mato. A actividade deste autor passa por várias disciplinas artísticas: artes visuais, performance, teatro, música.

Foi responsável por salientes espectáculos da Expo’98.

Ilustrou o mundo por esse mundo. Fura Fura é uma das mais atraentes capas dos trabalhos de José Afonso. Em Galinhas do Mato, a doença já afectava o autor/cantor com grande agressividade. Alberto Lopes encontrou nos ritmos africanos que envolveram a música daquele trabalho a inspiração para os desenhos que a envolveram.

Resultado: emoção, alegria e grande qualidade estética.

Quando desafiámos o artista para voltar às Galinhas do Mato, prometeu procurar o que andou a fazer naquele período.

Foi aos baús e encontrou estas pinturas e estes desenhos que agora satisfazem o nosso olhar. É a alegria da criação.

GALINHAS DO MATO ALBERTO LOPES CASA D’AVENIDA – GALERIA Avenida Luísa Todi, 286

Fora de Muros "Enquanto pintava senti-me a navegar na minha caravela" ADI, 22 anos "Senti-me no paraíso, sem pensar em problemas, esquecer o passado, viver o presente e pensar no futuro" O Zé Nogueira Silva, 43 anos " A pintura é uma fonte libertadora, onde transparece o melhor do meu ser" Mário de Sousa, 41 anos " A paisagem e a natureza, o sentido de si, mistura a beleza da sua sensação e o pensamento positivo da vida " Luís Filipe Silva, 54 anos "Consegui-me projetar para os locais enquanto pintava, foi um momento de liberdade, um momento dedicado ao meu filho de 6 meses, o meu Lisandro. Foi Boa a experiência, a arte deste tipo de pintura e anseio por mais trabalhinhos destes... " Rui Melo

É a festa da ilustração e é a Casa d’Avenida a fazer a festa também. Mais uma vez se contam histórias e se enchem paredes e chão. Com desenhos, com ilustração.

Este ano Alberto Lopes ocupa o r/c com Galinhas do Mato, que dão o nome à exposição. Um dos grandes nomes da festa. E da ilustração.

No segundo andar, Outros Ares, vindos de Moçambique e de Itália, com Osias André e Giulia Attzori, um pouco como o vento suão que, quando aparece, nos aquece corpo, mente e coração.

Outros Mundos também vão encher a casa, a fazerem-nos lembrar, mais uma vez e sempre que, por muitas voltas que demos, o mundo é redondo. Rachel Caiano confirma e faz-nos girar também.

A construir mundos andámos pelas escolas. E as escolas vieram até cá porque sair da escola também é bom. Dá para conhecer outros mundos.Vamos mostrar o Mundo no Bolso (ciclo de ateliers de continuidade) , ainda em construção, mundo muito no princípio, quando ainda não havia quase nada,” só terra e vontade ou necessidade” e mundos cheios das nossas ideias de mundo, daquele onde gostaríamos de viver uns dias ou “para todo o sempre”, como alguns meninos gostam de dizer.

Mundos lá fora, mundos cá dentro. Em papel, em cartão, escritos, contados, ilustrados. É PRECISO CONTAR UMA HISTÓRIA? ILUSTRAÇÃO INFANTIL CASA D’AVENIDA – GALERIA (2º ANDAR) Avenida Luísa Todi, 286

O título é enganador. Não se trata de apresentar o resultado de qualquer obrigação ou tarefa meramente escolar. Os principais cursos superiores levantam, ligeiramente, o véu acerca do que resultou este ano dos seus laboratórios em pleno funcionamento. Eis aqui montra de possibilidades geradas em lugares tão distintos como o AR.CO, a Escola Superior de Artes e Design das Caldas da Rainha, a Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa, a Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, o IADE – creative university / Universidade Europeia, o Instituto Superior do Cávado e do Ave – Escola Superior de Design, e a Universidade Autónoma de Lisboa. E não é que são muitas e desafiantes?

TPC ESCOLAS SUPERIORES DE ARTES CAIS 3. PORTO DE SETÚBAL Avenida Jaime Rebelo

Ver no papel No meio de tanta imagem não será difícil perdermo-nos, pelo que a melhor maneira será usar o livro como mapa.

Muito deste trabalho teve origem na página impressa, publicação periódica ou mais duradoira, mas a FESTA baralha e volta a dar em distintos formatos. Não apenas pode encontrar, na feira do livro, muitos dos títulos que deram origem ao que será dado a ver nas muitas paredes de que se faz a cidade, como pode ainda pôr a mão nos vários volumes que lhe permitirão desfrutar do que foi vendo. Isto, de outro modo, mais duradoiro e ao seu ritmo. Dois exemplos, mas que não são únicos: Tóssan e Ilustração Portuguesa, cada um terá livro impressivo a merecer leituras e releituras. No primeiro caso, com inéditos e textos de enquadramento, ao passo que no segundo poderá aplicar o princípio do mais puro prazer: a viagem pelo melhor da ilustração contemporânea. Dois exemplos, mas que não são únicos.

VER NO PAPEL

Publicações Ilustradas. Livraria da Festa CASA D’AVENIDA Avenida Luísa Todi, 286

FORA DE MUROS

Trabalhos de pessoas reclusas no Estabelecimento Prisional de Setúbal BIBLIOTECA PÚBLICA MUNICIPAL DE SETÚBAL Avenida Luísa Todi, 188

6 | Festa da Ilustração Setúbal 2018

TPC

Susana Carvalhinhos

No fio da Ilustração

Resumo da Matéria Dada

Fátima Ribeiro de Medeiros

Manuel Augusto Araújo

Ler um conto maravilhoso ou novelesco, sorvê-lo palavra a palavra, gravar as imagens que vão surgindo num qualquer canto do eu. Ler outro conto e outro e outro. Pegar em todas essas imagens gravadas por dentro, passá-las ao papel, jogando com a cor e o ritmo de cada palavra, de cada texto, e eis que surge a ilustração.

E, de repente, o artista, que já desenhava, que já pintava, que já tinha um traço muito seu que emprestava a diferentes textos, vê-se ilustrador de histórias. Deixa-se então levar, recorrendo à sua paleta de cores, repetindo o mesmo contar, alargando-o, iluminando pormenores, acrescentando outros.

Presas umas às outras, nesse fio invisível que as une, as ilustrações falam por si, repetem ideias e sentimentos que Hans Christian Andersen – o imortal escritor – já tinha soletrado, acrescentam detalhes que o contador escondera atrás das palavras. Ele que também se deixou levar pelas imagens visuais, recortando-as em papel.

Silva Duarte – ou J. J. Duarte, ou J. Duarte, ou João José Duarte, ou João da Silva Duarte – deixa que as suas ilustrações se coloquem ao lado dos textos, dando-lhes mais cor, mais vida, expandindo-os ou replicando-os. São porta para o seu restante trabalho plástico, quer use o pincel ou a caneta gráfica. O universo de Andersen, habitado já por famosos ilustradores, como Vilherm Pedersen, Louis Moe, Edmund Dulac, Kay Nielsen, Svend Otto S. ou João da Câmara Leme, torna-se mais rico semioticamente, alargando-se ao nível da significação, quando lhe acrescentamos as ilustrações de João José Duarte.

O setubalense João José da Silva Duarte* foi senhor de muitas artes. Ensaísta, poeta, tradutor, professor, conferencista, escadinavista, divulgador da cultura lusíada na Alemanha, país onde plantou raízes, e nos países nórdicos, nunca deixou de cultivar o gosto pelas artes plásticas, nomeadamente a pintura.

Sendo os contos e o diário da visita a Portugal de H. C. Andersen as obras escritas que mais o empenharam e deram várias décadas ao seu trabalho, é justo que neste ano em que passa o centésimo aniversário do seu nascimento não seja esquecido, na terra que o viu nascer, o seu entusiasmo em deixar presas à primeira edição da publicação integral dos contos do escritor dinamarquês as ilustrações que com tanto prazer foi fazendo desde a década de 1980. Por tudo isto, o convite para entrarmos neste universo mágico é irresistível.

O trabalho de José Paulo Simões desenvolveu-se por muitas áreas, a publicidade, a banda desenhada, capas de livros, “slides” para a televisão, sempre fortemente ancorado no desenho, no risco do desenho com que, desenvolta e expressivamente, transportava para o papel a sua prodigiosa imaginação.

A banda desenhada, as tiras de histórias aos quadradinhos, eram a sua área preferida. Exerceu-a nos jornais Diário de Lisboa, A Capital, Diário, Fungagá da Bicharada, Fiel Inimigo, no semanário Visão. O mercado, que subalternizava os desenhadores nacionais por ser mais barato comprar capitães américas e homens aranha do que pagar barato os portugueses, na realidade por alinharem na máquina de fabricação do domínio da cultura e subcultura anglo-saxónica, não dava margem à existência de uma banda desenhada nacional que não fosse mais que residual. Com oportunidades escassas de desenhar as histórias fantásticas e de terror por “a possibilidade do fantástico” o fascinar, focou-se mais na sátira política, o que ampliou o conhecimento do seu trabalho. Foi um trabalho em que se empenhou por sentir a urgência da participação política, por ser um meio de comunicação de fácil compreensão num país que estava a sair de um analfabetismo tão negro como negros foram os anos do fascismo.

As bandas desenhadas políticas de Zé Paulo ocupam um lugar impar em Portugal com referências distantes por exemplo ao Hara-Kiri, ao Charlie Hebdo, à Mad. As de Zé Paulo são mais elaboradas e consistentes. Perseguem um alvo, as políticas de direita, sem se desviar do objectivo nas sequências que inventa, arriscando inovações nas pranchas só possíveis a quem controla com mestria o desenho. A matéria-prima, o próprio Zé Paulo a desvenda “ver televisão todos os dias, para decifrar o discurso do poder”. É esse discurso que ele tritura sem complacências numa centrifugadora movida por um combustível em que se misturam surrealismo e escatologia, sem nunca perder o pé da realidade. O inesperado da sequência das acções em enredos sempre à beira do abismo, provocam gargalhadas homéricas que nunca deixam de ser inteligentes nem se perdem nos fios daquelas meadas que se vão desenrolando e só tem finais porque Zé Paulo as corta para começar a dobar novas.

Como sempre acontece esta face mais visível do trabalho de Zé Paulo de certo modo oculta ou coloca em segundo plano os muitos outros que realizou. É isso que esta exposição procura colmatar relativamente pela escassez de espaço para revelar as centenas de desenhos por onde espalhou o seu talento.

SILVA DUARTE ILUSTRADOR DE ANDERSEN CASA BOCAGE Rua Edmond Bartisol

Não há festa sem música Era motivo suficiente, se fosse apenas isso, maneira de nos reunirmos a pretexto de ver amigos a tocar e nós em mais uma FESTA, assim ponto de encontro a brilhar. Só que, de súbito, um concerto subiu ao palco maior da celebração de talento que acontece em Setúbal por estes dias. Que criador se deixa encerrar em uma só linguagem? Quem, ao ver a imagem, não bate o pé, não sente com o corpo, não solta o olhar? Os nossos ilustradores não gastam as mãos apenas a criar dimensões no papel, também se põem a inventar correspondências disparadas em todas direcções. São cinco os projectos que nos desafiam a ouver, em todos os estilos e instrumentos: João Maio Pinto, Miguel Feraso Cabral, Gonçalo Duarte, Bruxas/Cobras, Jibóia. E que nos dirá a música acerca do desenho de cada um?

CHEGOU O HOMEM DOS SETE INSTRUMENTOS

Concerto por ilustradores músicos João Maio Pinto, Miguel Feraso Cabral, Gonçalo Duarte, Bruxas/Cobras, Jibóia 2 DE JUNHO. 22 HORAS CASA DA CULTURA – EXTERIOR

Dar brilho a uma ideia Pedro Pina Vereador da Cultura, Desporto, Juventude e Inclusão Social

Dar brilho a uma ideia. As palavras num traço!

Percursos desenhados que nos provocam, comovem ou simplesmente embelezam.

Ideias que podem ser mil num só traço, o mundo num desenho?

Mas cresce, há quatro estações alinhando vontades A festa que caminha na demanda do verão.

E dos sonhos!

RESUMO DA MATÉRIA DADA JOSÉ PAULO SIMÕES MUSEU DO TRABALHO MICHEL GIACOMETTI Largo Defensores da República

Tiago Manuel

Festa da Ilustração Setúbal 2018 | 7

SETÚBAL

BRICOLAGE JOÃO FAZENDA CASA DA CULTURA – GALERIA E ESPAÇO ILUSTRAÇÃO Rua Detrás da Guarda, 26

A VIDA É ENGRAÇADA MAS EU LEVO-A MUITO A SÉRIO TÓSSAN GALERIA DO 11 Avenida Luísa Todi, 5

RESUMO DA MATÉRIA DADA JOSÉ PAULO SIMÕES MUSEU DO TRABALHO MICHEL GIACOMETTI Largo Defensores da República

GALINHAS DO MATO ALBERTO LOPES

SILVA DUARTE ILUSTRADOR DE ANDERSEN

CASA D’AVENIDA – GALERIA Avenida Luísa Todi, 286

CASA BOCAGE Rua Edmond Bartisol

É PRECISO CONTAR UMA HISTÓRIA? CASA D’AVENIDA – GALERIA (2º ANDAR) Avenida Luísa Todi, 286

ILUSTRAÇÃO PORTUGUESA CAIS 3. PORTO DE SETÚBAL Avenida Jaime Rebelo

TPC ESCOLAS SUPERIORES DE ARTES

AZEITÃO

VER AO PERTO ILUSTRADORES RESIDENTES NO CONCELHO GALERIA MUNICIPAL DO BANCO DE PORTUGAL Avenida Luísa Todi, 119

FORA DE MUROS

Trabalhos de pessoas reclusas no Estabelecimento Prisional de Setúbal

ILUSTRAÇÃO PORTUGUESA BIBLIOTECA DE AZEITÃO Rua de Lisboa, 11

BIBLIOTECA PÚBLICA MUNICIPAL DE SETÚBAL Avenida Luísa Todi, 188

CAIS 3. PORTO DE SETÚBAL Avenida Jaime Rebelo

BRICOLAGE JOÃO FAZENDA CASA DA CULTURA – GALERIA E ESPAÇO ILUSTRAÇÃO 3ª a 5ª: 10h às 00h | 6ª e sábado: 10h à 1h domingo: 10h às 20h Inauguração com presença do ilustrador dia 1 de junho à meia noite – 00 horas

A VIDA É ENGRAÇADA MAS EU LEVO-A MUITO A SÉRIO TÓSSAN GALERIA MUNICIPAL DO 11 3ª a 6ª: 11h às 13h e 14h às 18h sábado: 14h às 18h

RESUMO DA MATÉRIA DADA JOSÉ PAULO SIMÕES MUSEU DO TRABALHO MICHEL GIACOMETTI 3ª a 6ª: 9h30 às 18h | sábado: 15h às 19h

GALINHAS DO MATO ALBERTO LOPES CASA D’AVENIDA – GALERIA 3ª a domingo: 10h às 20h

ILUSTRAÇÃO PORTUGUESA ILUSTRADORES PORTUGUESES EM DESTAQUE CAIS 3. PORTO DE SETÚBAL 3ª a domingo: 15h às 19h BIBLIOTECA DE AZEITÃO 2ª a 6ª: 9h às 12h30 e 14h às 17h30 sábado: 14h às 18h

8 | Festa da Ilustração Setúbal 2018

TPC ESCOLAS SUPERIORES DE ARTES CAIS 3. PORTO DE SETÚBAL 3ª a domingo: 15h às 19h

SILVA DUARTE ILUSTRADOR DE ANDERSEN CASA BOCAGE 3ª a 6ª: 9h30 às 12h30 e 14h às 17h30h sábado: 15h às 19h.

VER AO PERTO ILUSTRADORES RESIDENTES NO CONCELHO

André Antunes, Carla Mendes, Eurico Coelho, Fátima Afonso, Francisco Vaz da Silva, Hélder Oliveira, João Mestre, Luís Cavaco, Paulo Buchinho, Ricardo Cabrita, Samuel Malaia GALERIA MUNICIPAL DO BANCO DE PORTUGAL 3ª a 6ª: 11h às 14h e 15h às 18h | sábado: 10h às 13h e 14h às 18h | domingo: 14h às 18h

FORA DE MUROS

Trabalhos de pessoas reclusas no Estabelecimento Prisional de Setúbal BIBLIOTECA PÚBLICA MUNICIPAL DE SETÚBAL 2ª a 6ª: 9h às 19h | sábado: 14h às 19h

É PRECISO CONTAR UMA HISTÓRIA?

O Mundo é redondo Rachel Caiano Outros Ares Osias André (Moçambique) e Giulia Alessandra Atzori (Itália) Construção de mundos Escolas Básicas do concelho

CASA D’AVENIDA – GALERIA (2º ANDAR) 3ª a domingo: 10h às 20h PROGRAMA DO SERVIÇO EDUCATIVO 9 DE JUNHO 10h Atelier com ilustradora de Giullia Atzori A partir dos 4 anos 5h Espetáculo Paula de Papel pelo Teatro O Bando Duração: 50 min. Entrada livre limitada à lotação de 50 pessoas. Reservas: frade.mariajoao@gmail.com 10 DE JUNHO 15h Espetáculo Paula de Papel pelo Teatro O Bando Duração: 50 min. Entrada livre limitada à lotação de 50 pessoas. Reservas: frade.mariajoao@gmail.com 16 DE JUNHO 11h Atelier com ilustrador Osias André A partir dos 4 anos 15h Atelier com a ilustradora Rachel Caiano A partir dos 6 anos Apresentação de livros editora Ponto de Fuga.

17 DE JUNHO 11h Atelier com ilustradora Giullia Atzori A partir dos 4 anos 16h Atelier com ilustrador Osias André A partir dos 4 anos 23 DE JUNHO 16h Apresentação do livro Pássaro que voa, de Cláudio Hochmann AO LONGO DO MÊS NA CASA D’AVENIDA

SERVIÇO EDUCATIVO

MOSTRAS/DIVULGAÇÃO CASA DO LARGO TRAMA DESENHOS DE JOÃO FAZENDA Largo José Afonso, 24 2ª a domingo: 9h às 23h ESCOLA SUPERIOR DE EDUCAÇÃO/IPS Átrio da Escola Superior de Educação Rua do Vale de Chaves Horário do funcionamento das aulas.

CENTRO COMERCIAL ALEGRO SETÚBAL Avenida Antero de Quental, 2 Domingo a 5ª: 10h às 23h 6ª e sábado: 10h às 00h

CHEGOU O HOMEM DOS SETE INSTRUMENTOS

Concerto por ilustradores músicos João Maio Pinto, Miguel Feraso Cabral, Gonçalo Duarte, Bruxas/Cobras, Jibóia 2 DE JUNHO. 22 HORAS CASA DA CULTURA – EXTERIOR

SILVA DUARTE ILUSTRADOR DE ANDERSEN Conferência por Fátima Ribeiro Medeiros

5 DE JUNHO. 21:30 HORAS CASA DA CULTURA – SALA JOSÉ AFONSO

Visitas Guiadas às exposições e ateliers Jardins-de-infância e escolas básicas

RETRATO FALADO

VER NO PAPEL

12 DE JUNHO. 10:30H E 15H (escolas) 17 DE JUNHO. 11H (público em geral e crianças dos 6 aos 10 anos) FÓRUM MUNICIPAL LUISA TODI

(mediante inscrição festailustracaosetubal@mun-setubal.pt)

Publicações Ilustradas Livraria da Festa

Espetáculo por João Fazenda e Pedro Silva Martins