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SÁBADO 3 DE MARÇO DE 2018 Diretor Raul Tavares Semanário - Edição 981 - 9ª série Região de Setúbal Distribuído com o Expresso
SOCIEDADE
MINISTRO DA AGRICULTURA PEDE AJUDA DA UE PARA PRODUÇÃO DE ARROZ
Produtores estão desesperados com as consequências da seca nas culturas de arroz. Reconhecendo as dificuldades o Ministro Capoulas Santos pediu ajuda financeira a Bruxelas para fazer face aos prejuízos. Confederação de Agricultores pede redução da taxa de recursos hídricos. P3
SOCIEDADE
PRESIDENTE PEDRO DOMINGUINHOS GARANTE NOVO MANDATO NO IPS
TEMPORAL DEIXA EM ALERTA POPULAÇÃO E AUTORIDADES MARÍTIMAS
A agitação marítima fez estragos ao longo da costa com os concelhos de Setúbal, Sesimbra, e Almada a serem os mais afetados. Inundações de casas, destruição de estruturas e até uma boia a «dar à costa» foram algumas das ocorrências registadas. P5
O presidente do Instituto Politécnico de Setúbal foi reconduzido no cargo. O novo mandato de quatro anos vai basear-se na afirmação do IPS como «Referência no Ensino Superior: um Politécnico coeso, a criar valor para a região». Contra Dominguinhos concorria o docente do Barreiro Pedro Neto. P3
NEGÓCIOS
FUMO BRANCO NA AUTOEUROPA COM PRÉ ACORDO APROVADO
Trabalhadores e administração da fábrica de Palmela chegaram a acordo quanto aos aumentos salarias. O pré-acordo laboral que estabelece um aumento de 3,2% com retroativos a outubro de 2017 foi aprovado por mais de 70 por cento dos funcionários. P12
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SOCIEDADE
CANDIDATURA AO PORTUGAL 2020 PERMITE REFORÇAR APOSTA NA INOVAÇÃO
Até ao final do ano a Escola Técnica Profissional da Moita vai criar Laboratórios de Aprendizagem A Escola Técnica Profissional da Moita vai investir 400 mil euros em equipamentos «tecnológicos e TIC de última geração». O Investimento deverá estar realizado até final deste ano e resulta de uma candidatura ao programa Portugal 2020 que financia o ProLAB em 50% do valor total. TEXTO ELOÍSA SILVA IMAGEM ETPM
A
Escola Técnica Profissional da Moita vai poder criar, até ao final deste ano, Laboratórios de Aprendizagem para o Ensino Profissional. O ProLAB, assim se chama, com um custo de 400 mil euros comparticipados em 50% pelo programa Portugal 2020, vai permitir à unidade de ensino, segundo o presidente do conselho diretivo Alexandre Oliveira, «adquirir equipamento tecnológico e de TIC de última geração» que potencie o desenvolvimento do pensamento científico dos
alunos e de todos quantos usufruírem dos laboratórios. O objetivo, garante Alexandre Oliveira, passa por criar condições para o exercício de um método «mais científico e experimental», com espaços que permitam a criação de novos produtos, investigação e desenvolvimento nas respetivas áreas de formação, promovendo «uma ligação permanente ao mundo digital e global». O ProLAB vai beneficiar todos os alunos dos cursos profissionais, bem como empresas, associações, universidades e institutos politécnicos que queiram explorar novos ambientes formativos nestes «laboratórios
de aprendizagem, investigação e desenvolvimento», garante o presidente do conselho diretivo da Escola. O plano de investimento do ProLAB, a realizar até ao final deste ano, incide na configuração dos espaços da Escola Técnica Profissional da Moita que irá dispor, assim, de laboratórios específicos que vão desde a pastelaria e padaria à cozinha, passando pelas ideias, ações e projetos, até à comunicação, soldadura e, até, agropecuária. Uma forma, acredita a equipa diretiva e de docentes, de «promoção e construção de um perfil de aluno do século XXI», capaz de desenvolver o pensamento científico, o espírito
crítico e a capacidade de resolução de problemas através de melhores e mais avançadas ferramentas. O ProLAB vai permitir «uma maior flexibilidade na definição de objetivos e
estratégias de ensino e terá um maior significado para as aprendizagens integradas de forma mais colaborativa entre alunos e equipa pedagógica», admite Alexandre Oliveira sobre os laboratórios que
ficarão ao dispor de empreendedores, alunos e ex-alunos para testes ou promoção de negócios nas áreas e domínios definidos na Estratégia Regional de Especialização Inteligente de Lisboa.
CRISE ECONÓMICA CHEGOU AO SECTOR FARMACÊUTICO
Distrito encerrou 29 farmácias e há mais 19 em processo de insolvência A cobertura farmacêutica e a rede de serviços de saúde de proximidade à população estão comprometidas. Associação Nacional de Farmácias fala em problemas de sustentabilidade de um setor que tem assistido ao crescimento dos processos de insolvências e penhoras. Só em Almada há seis farmácias em insolvência. TEXTO ROBERTO DORES IMAGEM SM
O
s números oficiais espelham a crise vivida pelas farmácias na região. Além de terem encerrado as portas 29 estabelecimentos farmacêuticos nos últimos tempos entre os 13 concelhos do distrito, há ainda 19 que se encontram em processo de insolvência, enquanto um total de 211 se mantêm em actividade e apenas dois em revitalização. Os dados são revelados pelo Racius-Informação Empresarial, Desde 2012 que o setor farmacêutico vem agudizando a crise no distrito, que se revela transversal aos concelhos da região. Seixal perdeu o maior de farmácias (8), seguindo-se Almada (6),
Barreiro e Palmela (4), enquanto Setúbal e Alcochete viram encerrar dois estabelecimentos. Já em matéria de insolvência é Almada que exibe o maior registo (6), seguindo-se Seixal (5) e Barreiro (2). Em Setúbal há um processo em curso, tal como acontece noutros cinco concelhos O distrito acaba por seguir uma tendência nacional de crise nos últimos anos, alertando o presidente da Associação Nacional de Farmácias (ANF), Paulo Duarte, para as «as graves dificuldades financeiras do setor que colocam em causa a cobertura farmacêutica e a rede de serviços de saúde de proximidade à população». Esta estrutura acrescenta que o crescimento das insolvências e das penhoras «é
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Edifício da Associação Nacional de Farmácias
revelador dos problemas de sustentabilidade do setor das farmácias, que põem em cheque a capacidade e a qualidade da resposta dos farmacêuticos às necessidades
dos utentes». Há pouco mais de um ano já Paulo Duarte tinha alertado os deputados da Comissão Parlamentar da Saúde sobre a evolução da situação do setor,
adiantando que só em 2013 as farmácias reduziram de «forma dramática» o pessoal, tendo eliminado do setor Na região cerca de meia centena de postos de trabalho. Para a
ANF o atual modelo económico põe em causa a garantia de cobertura farmacêutica do país. A nível nacional, todos os anos foram registados aumentos das situações de penhora das farmácias, mas a crise agudizou-se em 2017, estando agora 630 farmácias num universo de 2943 em situação económica difícil, refere o barómetro. Os dados mostram também um aumento de 130%, subindo de 61 em dezembro de 2016, para 216 (7,3%) em dezembro de 2017. A associação acrescenta, em comunicado, que «mais de um quinto das farmácias portuguesas entrou em 2018 em situação de crise económica, enfrentado processos de insolvência e penhora e sem garantias de sobrevivência».
SOCIEDADE
Pedro Dominguinhos reeleito presidente do IPS por mais quatro anos
PRODUTORES DIZEM QUE ESTE É UM «ANO NEGRO»
Crise de arroz no Sado leva Governo a pedir apoio a Bruxelas A falta de água que afeta as culturas de arroz levou o Ministro da Agricultura a requerer à UE uma compensação financeira para apoiar os orizicultores. No terreno, a Confederação de Agricultores sugere que seja o próprio Governo a intervir com medidas de carácter fiscal e a redução da taxa de recursos hídricos. TEXTO ROBERTO DORES IMAGEM CMAS
A
O
Conselho Geral do Instituto Politécnico de Setúbal (IPS), composto por pessoal docente e não docente, estudantes e, até, elementos da comunidade externa, reafirmou a confiança no atual presidente reelegendo, na última quinta feira, Pedro Dominguinhos para mais um mandato de quatro anos na presidência da instituição. Pedro Dominguinhos obteve a maioria dos votos do ato eleitoral ao qual concorreu, também, Pedro Neto docente da Escola Superior de Tecnologia do Barreiro (ESTBarreiro/IPS). O presidente reeleito apresentou-se a votos com o programa de ação “Uma referência no Ensino Superior: um Politécnico coeso, a criar valor para a região”.
crise em que a produção de arroz no vale do Sado está mergulhada, como consequência da seca – a que os produtores já chamam a pior de sempre –, levou o ministro da Agricultura a pedir apoios financeiros à União Europeia. Capoulas Santos reconhece o «estrondo» do prejuízo, enquanto os produtores dizem estar «desesperados». O testemunho de Carlos Mota ao Sem Mais é paradigmático do que a falta de chuva lhe levou este ano. «Tenho as lavras de arroz que são o sustento da minha família. Só dão para fazer arroz e nada mais. No ano passado já tinha reduzido a produção, mas este ano é mesmo zero. É o ano mais negro de sempre dos mais de 20 em que ando nisto”, lamenta o produtor que anseia pela ajuda já solicitada por Capoulas Santos a Bruxelas perante um prejuízo que afeta quase todo o sector. Salva-se a Comporta onde as nascentes generosas de água asseguram uma produção dentro da normalidade. E o ministro sabe que «sem água não é possível fazer a cultura», reconhecendo a dupla gravidade
assinalada por Carlos Mota. «As culturas de arroz nesta região não podem se utilizáveis para outras culturas. Por essa razão eu solicitei à União Europeia uma compensação financeira para os agricultores que, nos perímetros de rega, não possam utilizar áreas por falta de água», sublinhou o ministro. Mas que medidas extraordinárias seriam razoáveis para minimizarem os estragos da seca entre os orizicultores do vale do Sado? A resposta vem do próprio presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal. Eduardo Oliveira e Sousa sugere mesmo ao Governo que, perante a urgência do estado de coisas, possa ser o Ministério das Finanças a avançar com uma ajuda aos agricultores em maiores dificuldades do distrito com «medidas de carácter fiscal», apelando ainda a que o Ministério do Ambiente reduza a taxa dos recursos hídricos, sem perder de vista «outras ajudas que passem pela própria Segurança Social». Tempo de mudar mentalidades Perante as reclamações do sector, Capoulas Santos juntou-se às vozes que, face à tendência crescente da falta de chuva, alertam para a necessidade de se
adaptarem culturas às novas condições climáticas. «Parece óbvio que no futuro vamos ter menos humidade e temperatura mais elevada, o que nos obriga a pensar noutras saídas”, diz. Para o professor e especialista em agricultura Mário Carvalho, «o problema da falta de água nos campos começa por se resolver melhorando as funções do solo», exemplificando que até os campos de sequeiro, que são «pastagens pobres», diz, podem multiplicar por cinco a produtividade, caso a água seja bem aproveitada em anos de maior precipitação. Segundo o mesmo especialista, na prática, é preciso pôr os solos a produzirem «abundantemente» nos anos de mais chuva para criar excedentes que possam responder à escassez de
pastos em anos de seca. Com o que se está a viver nesta época. «Um dos problemas mais graves da seca é a produção pecuária, com vacas a morrerem à fome e com custos enormes para os produtores manterem os animais vivos. É preciso alimento. Claro que a primeira medida para resolver a falta de pastagens seria através da rega, mas esses custos eram insuportáveis, sublinha o docente, assumindo que a solução mais viável passará por assegurar que o sequeiro reúne condições de produzir a tais cerca de «cinco vezes mais», permitindo armazenar comida destinada a suplementar os efetivos pecuários em épocas de crise de recursos hídricos.
Seca severa não larga bacia do Sado TEXTO ROBERTO DORES IMAGEM DR
A
chuva que até agora caiu na região país foi insuficiente para minimizar o estado de seca severa que vem castigando a baia do Sado. De acordo com Vanda Pires, da divisão de clima do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), teria que chover o dobro de um ano normal e durante vários dias consecutivos para que as barragens e os aquíferos pudessem recuperar recursos. Segundo admite a mesma técnica, os valores médios de
chuva na bacia do Sado, em janeiro, são de 70 milímetros por dia, pelo que este ano eram necessários 140. Já em fevereiro chovem habitualmente 60 milímetros num ano normal, pelo que, para minimizar o estado de seca, eram precisos 120, quantifica Vanda Pires. Ressalva a mesma técnica que a situação é de tal forma crítica que a precipitação teria de ser intensa durante várias semanas. Ou seja, “já não basta que chova durante dois ou três dias, voltando a precipitação a parar mais uma semana ou duas como tem acontecido», diz. Para que a seca severa fosse verdadeiramente contornada era necessário que chovesse
copiosamente ao longo de duas ou três semanas Mas como a chuva por cá não tem aparecido, os efeitos nefastos da falta de água acumulam-se entre as barragens da região. O Monte da Rocha e o Pego do Altar (a barragem onde a seca destapou uma antiga ponte) são as reservas que atingiram os valores mais baixos, com 8.1 e 8.3, respetivamente. Vale do Gaio está nos 12.2, Monte Migueis em 12.1, mas se Odivelas ainda chega aos 34.9%, já Campilhas fica-se pelos 4.3%. A barragem de Alvito é a única que ainda assegura um volume razoável de água, fixando-se hoje nos 62.4%.
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SOCIEDADE
APESAR DA QUEBRA DE MAIS DE DUAS MIL TONELADAS EM RELAÇÃO A 2016 OS RESULTADOS SÃO POSITIVOS
45 milhões de euros transacionados nas lotas do distrito Em 2017, as lotas e postos do distrito de Setúbal transacionaram 23,4% do pescado comercializado no país. Das quase 96 mil toneladas de peixe transacionado, a região contribuiu com mais de 28 mil. Os valores, ainda assim, são inferiores aos de 2016. TEXTO MARTA DAVID IMAGEM DR
A
lota de Sesimbra foi aquela que mais peixe comercializou no distrito. As cerca de 16 mil toneladas transacionadas superam o conjunto de todas as lotas e postos do distrito que não atingiram, no total, as doze mil toneladas. Também em valores, a lota de Sesimbra regista números significativos tendo sido responsável pela transação de mais de 23 milhões dos 45,5
milhões de euros de peixe comercializado na região. Os dados da Docapesca fornecidos ao SEM MAIS indicam, no entanto, valores inferiores aos de 2016, quer no volume quer no valor de pescado. Todos os números indicam uma quebra com exceção do preço médio de venda por quilo que subiu, ligeiramente, em relação ao ano anterior. A quebra no volume segue a mesma tendência do resto do país, ainda que as variações a nível nacional sejam maiores do que as registadas no distrito. Enquanto a quebra no
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volume de pescado transacionada na região é de 7,7% comparativamente com o ano anterior, a nível nacional essa quebra foi de 8,2%. Já no que se refere ao valor económico, os postos e lotas do distrito perderam 7,1% enquanto no país a quebra foi de 3,1%. Cavala é primeira espécie na região A cavala continua a ser o peixe mais transacionado nas lotas do distrito, sendo que, no caso da lota da Caparica representa 62% das transações e em Sesimbra ultrapassa os
40%. Nas quatro principais lotas da região, em 2017, transacionaram-se mais de 10 mil toneladas de cavala. No entanto, a espécie, apesar de ser a que representa maior volume, está longe de ser a mais rentável. Em média, o quilo de cavala saiu das lotas a preços que podem variar entre os 20 e os 55 cêntimos, o que, em termos percentuais contribui muito
pouco para o score financeiro das lotas. Em Sesimbra, se por um lado é a cavala o peixe que mais se comercializa, aquele que mais contribui na balança da receita é o peixe-espada preto que, pese embora signifique 12.5% do volume de transações, traduz-se em mais de 25% da faturação. Na Costa da Caparica, o polvo vulgar e a corvina legítima são os que mais
pesam na balança das receitas. Em Setúbal, as maiores transações são de bivalves, com as variedades de amêijoa (japonesa, ameijóla e branca) a representarem 40% do volume comercializado. Mais a sul, na lota de Sines, cavalas e sardinhas estão no topo da tabela dos peixes que mais se comercializam e que maior valor representam no total do rendimento.
DIA INTERNACIONAL DA MULHER
Montijo reconhece mérito feminino na cultura e no desporto TEXTO ELOÍSA SILVA IMAGEM DR
A
autarquia do Montijo vai homenagear mulheres que se destacaram nas áreas da cultura e do desporto no concelho com a atribuição de medalhas de mérito. A cerimónia decorre no dia Internacional da Mulher. A sessão está agendada para as 18h00, no salão nobre dos Paços do Concelho, e será antecedida de uma atuação do Grupo Sinfonias ao Luar, da Escola de Artes Sinfonias & Eventos. Antes, na terça feira dia 6, decorrerá, na Galeria Municipal, a Conferência «Politica Salarial e Igualdade de Género» por Rosário Palma Ramalho e Isabel Vieira Borges, docentes da Faculdade de 4 | SEMMAIS | SÁBADO | 3 DE MARÇO | 2018
Direito da Universidade de Lisboa, e Sara Falcão Casaca, do Instituto de Economia e Gestão da Universidade de Lisboa. Na Galeria Municipal terá lugar, no dia 9 de março, às 15h00, uma Sessão de Esclarecimento, integrada na agenda sénior «Outros Olhares», dedicada ao tema História do Dia Internacional da Mulher - Significado do Dia 8 de
Março, que tem como oradora convidada Catarina Marcelino, deputada à Assembleia da República e presidente da Assembleia Municipal do Montijo. As comemorações vão terminar, nesse mesmo dia, com a inauguração da Exposição «Reencontro com Marcelino Vespeira» no Museu Municipal Casa Mora.
SOCIEDADE
Temporal deixa população em alerta Em Setúbal cedeu o muro de proteção do acesso à praia do Creio. Em Sesimbra uma boia de sinalização náutica «ancorou» no areal. O Clube da Arrábida acusa as entidades que gerem o Portinho de inércia. TEXTO ELOÍSA SILVA IMAGEM DR*
O
s especialistas do Instituto Português do Mar e da Atmosfera e os serviços de proteção civil foram persistentes nos avisos de perigo, relativamente às condições do estado do mar dos últimos dias. A previsão, que se veio a confirmar, de ondas de mais de 11 metros e rajadas de vento a atingir os 130 quilómetros/hora provocou estragos um pouco por todo o país, e o distrito de Setúbal não foi exceção. No Seixal, no núcleo urbano antigo, houve várias inundações. Na Trafaria, em Almada, o
mar galgou o molhe na Cova do Vapor, inundando quatro imóveis e cortando o acesso à aldeia. Em Sesimbra a força do vento e a intensidade da agitação marítima destruíram o passadiço da praia da Califórnia enquanto que, na praia oposta, no Ouro, ancorava uma boia de sinalização náutica. Em Setúbal «repetiu-se o cenário de 2010 com o abatimento do muro de proteção de acesso à praia do Creio», no Portinho da Arrábida. O comandante da Polícia Marítima de Setúbal, Luis Nocholson Lavrador, admitiu ao Semmais que as obras de contenção imediata, realizadas logo na quinta feira pela proteção civil municipal
de Setúbal e pela Agência Portuguesa do Ambiente, «servirão para prevenir danos maiores, mas não podemos prever o que ainda pode acontecer, já que as marés continuarão altas até sábado», informou. A Agência Portuguesa do Ambiente (APA), por sua vez, admite que só depois do temporal terá condições de reerguer a estrutura. Para já, foram colocados seis sacos de areia para limitar o embate das ondas. O Clube da Arrábida, o primeiro a denunciar a situação, fala «num abandono profundo da zona, por parte das entidades responsáveis». O presidente Pedro Vieira admite que é «impossível controlar a natureza, mas
é possível combater o desassoreamento. Como dizemos desde 2011, é urgente um estudo de impacto para mitigar os problemas de erosão costeira». Até hoje, lamenta Pedro Vieira, «não foram apresentadas quaisquer soluções nem tomadas medidas e volta a comprovar-se a necessidade urgente de intervir». Em Sesimbra, o mar «deu e roubou». Roubou areia e o passadiço de acesso da praia da Califórnia e deixou no areal da praia do Ouro uma boia náutica de sinalização da área de proteção do emissário submarino da Simarsul. Luis Lavrador, Capitão do Porto de Setúbal admite que o desgaste dos cabos, e amarras que a prendiam
debaixo de água, há muitos anos, possa estar na origem desta inusitada ocorrência. A força do mar «contribuiu certamente para acontecer agora, mas é uma situação para a qual estamos preparados, se tivermos em conta o desgaste natural dos materiais que suportam este tipo de aparelhos», afirma. A Simarsul já procedeu à remoção da boia que está a ser reparada nas instalações da empresa, na ETAR de Sesimbra, de onde sairá «assim que o tempo o permita», para voltar a ser colocada no mar. Até que isso aconteça a Autoridade Marítima irá reforçar, a pedido da própria Simarsul, os avisos à navegação para
que não haja perigo de nenhuma embarcação danificar o emissário que se encontra enterrado no leito do mar e que a boia sinalizava. Segundo fonte da empresa, apesar do desgaste natural dos materiais a que o equipamento da boia está sujeito, a forte intempérie esteve na origem da ocorrência. Mais foi referido que os planos de manutenção periódica existentes para o equipamento em causa, se encontram a ser cumpridos. * créditos fotográficos Gerardo Santos (Almada), Mário Gomes, David Caretas e André Quaresma (Sesimbra), Autoridade Marítima Nacional e Clube da Arrábida (Setúbal), Nuno Mendes (Seixal)
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LOCAL
BARREIRO
Município lança APP do turismo
SEIXAL
Município não aceita fecho dos CTT em Paio Pires A Câmara do Seixal não se conforma com o fim do posto dos correios de Paio Pires. Diz que aquela estação é rentável e que presta atendimento a mais de 2 500 pessoas por mês. Joaquim Santos já solicitou uma reunião ao primeiro-ministro António Costa.
A
O município apresentou, a 28 de fevereiro, na BTL, a APP do Turismo, associada a um inovador sistema de beacons, numa primeira fase. Nuno Valente, da White Road, que desenvolveu a aplicação, explicou que a mesma permite uma série de interações no que respeita a eventos, oferta hoteleira, pontos de interesse, com especial enfoque, numa primeira fase, na arte urbana, e permite igualmente uma ‘navegação’ personalizada. A APP pode ser descarregada no google play em VisitBarreiro. O edil Frederico Rosa convidou os visitantes da BTL a descarregarem a APP e a conhecerem o Barreiro. Recorde-se que durante a feira, o Barreiro promove a campanha “Quer Vir almoçar comigo?”, que convida o público a passar o dia no concelho, oferecendo vouchers de descontos nos restaurantes, alojamento, entretenimento e aluguer de viaturas.
MONTIJO
‘Chama da solidariedade’ passa pelo concelho
pesar de todos os esforços e de todas as ações de protesto promovidos pela população, trabalhadores e autarquias, a estação dos CTT de Paio Pires foi encerrada esta semana. O município não aceita esta decisão e já pediu uma reunião ao primeiro-ministro António Costa. No dia 13 o edil seixalense irá reunir-se com a comissão parlamentar de economia, inovação e obras públicas, para que esta situação seja revista. Joaquim Santos lembra que «nesta estação são atendidas mais de 80 pessoas por dia, ou seja, mais de 2 500 por mês». Este encerramento prejudica cerca 15 mil habitantes, com um número significativo de pessoas com dificuldades de mobilidade, e que a esta estação se deslocavam para serviços de grande importância para as suas vidas, como o levantamento da reforma ou o pagamento de contas e para quem, naturalmente, a distância será um fator extremamente negativo.
Referir que a autarquia esteve presente na manifestação promovida pelos trabalhadores do grupo CTT, a 23 de fevereiro, em Lisboa, contra a redução de pessoal e o encerramento de estações dos correios. No dia 5 de fevereiro, as populações e autarcas de vários municípios estiveram presentes na sede dos CTT, em Lisboa, para reivindicar que várias estações dos CTT dos respetivos municípios não fossem encerradas. O município seixalense entregou ainda nesse dia mais de 2 mil postais recolhidos num curto espaço de tempo assinados pela população de Paio Pires que exige a manutenção deste serviço. O edil reafirma que «não se dá importância às pessoas nem ao serviço público que se deve prestar, pois para a administração dos CTT apenas os valores financeiros importam e nem sequer demonstram preocupação com a confidencialidade e privacidade do serviço de distribuição postal, estando dispostos a entregar o serviço a qualquer pessoa».
SINES
SETÚBAL
SANTIAGO DO CACÉM
O município, com o apoio de entidades locais, festeja o Dia Internacional da Mulher na primeira quinzena de março. O lanche-convívio para as mulheres realiza-se no dia 8, das 15h30 às 19 horas, no Salão da Música. Já a caminhada para a população feminina e masculina, dos 6 aos 80 anos, realiza-se dia 11, com partida do pavilhão dos Desportos, às 9 horas. Uma aula de biodanza, para mulheres com mais de 17 anos, está marcada para dia 8, das 19h30 às 22h30, no multiusos, enquanto no dia 10 há aula de defesa pessoal para mulheres, das 15 às 17 horas, no Centro de Artes. De 8 a 26, na biblioteca, está patente a exposição “Memórias do Dia Internacional da Mulher”, e no dia 9, às 21h30, a associação Missão Coragem organiza no CAS um concerto solidário, com António Cassapo.
A Câmara aposta em equipamentos inovadores que otimizam a iluminação do espaço público em vários locais do concelho. O investimento é superior a 345 mil euros. As mais de 9 novas luminárias com tecnologia LED são as primeiras a instalar no concelho com rede interativa Owlet - Iot, sistema de controlo por telegestão que permite reduzir ou aumentar fluxos luminosos, apagar e acender a luminária e receber informações sobre eventuais anomalias. A operação, a avançar em breve, é concretizada com um apoio financeiro, a fundo perdido, de 159.045,31 euros, concedido pela EDP. Um total de 1116 luminárias substitui antigos equipamentos com lâmpadas em vapor de sódio no centro histórico, em zonas verdes e nos bairros, que reduz 72 por cento na fatura da luz paga pelo município.
O município volta a promover o Prémio Nacional de Conto Manuel da Fonseca, já na sua 12.ª edição. A entrega de trabalhos do concurso bienal decorre até dia 29 e distingue uma coletânea de contos originais, escritos em língua portuguesa, por autor maior de idade, natural de qualquer país que integre a comunidade lusófona. O valor pecuniário do prémio, atribuído à obra vencedora é de 4 mil euros e pressupõe a edição da obra. Ao instituir este prémio, o município presta homenagem ao grande escritor santiaguense, figura incontornável da literatura portuguesa, e à sua obra, sobretudo através da forma narrativa do conto, em que o autor revelou toda a sua excelência. E, simultaneamente, contribui para a revelação de novos criadores na nossa língua que é garante da soberania nacional e elemento essencial do património cultural português.
Dia da mulher celebrado com programa diversificado
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Sistema de iluminação inovador passa dos 345 mil euros
A cerimónia de passagem da “chama da solidariedade” do município da Moita para o do Montijo acontece no dia 7, a partir das 11 horas, na Praça da República. O edil Nuno Canta vai receber das mãos do presidente Rui Garcia, a “chama da solidariedade”, ao som do hino da solidariedade protagonizado pela fanfarra dos bombeiros do Montijo. Crianças dos jardins-de-infância vão executar a formação de uma “tocha humana”. Até 25 de março, a “chama da solidariedade” vai estar no Montijo com várias atividades culturais, desportivas e solidárias, em diversas instituições particulares de solidariedade social e outras entidades. O encerramento do programa terá lugar a 25, na Praça da República, seguindo-se, no dia 27, a passagem da “chama da solidariedade” do município do Montijo para o do Alcochete.
Prémio nacional de conto atribui 4 mil euros
LOCAL
SESIMBRA
ALCÁCER DO SAL
A sesimbrense Liliana Carvalho é uma das finalistas do Festival RTP da Canção 2018, depois de ter ficado em quinto lugar na segunda semifinal do concurso, com 10 pontos. Isto é, recebeu 3 votos do júri e 7 do público. O tema que interpretou, O “Voo das Cegonhas”, foi composto por Armando Teixeira, músico associado a projetos como Da Weasel, Bizarra Locomotiva, Boris Ex-Machina, Bullet ou Balla Lili. Lili, nome artístico, exerce funções de veterinária municipal em Sesimbra. Começou no mundo da música há 17 anos, com um projeto musical Ballerina. Deu também voz à música In Your Dreams, composta pelo mesmo compositor, e usada numa campanha publicitária da TMN. Para votar na sesimbrense Lili carvalho basta ligar para o número 760 100 805.
Três alunos do 2.º ciclo do ensino básico do Agrupamento de Escolas de Alcácer foram distinguidos no dia 28 de fevereiro pelo município com o Prémio de Mérito Municipal Escolar, pelo empenho e trabalho desenvolvido no ano letivo 2016/17. A cerimónia decorreu no salão nobre dos paços do concelho, onde o edil Vítor Proença, acompanhado do vereador com o pelouro da Educação, Manuel Jesus, procedeu à entrega dos respetivos certificados e lembranças a Matilde Carraça, Beatriz Pimenta e Simão Caixas. Estas distinções póstumas à cerimónia de entrega de Prémios de Mérito Municipal Escolar, ocorrida em outubro de 2017, resultam da retificação do cálculo das médias finais dos alunos pelo Agrupamento de Escolas de Alcácer, que incluem estes jovens no leque dos alunos a serem galardoados.
ALCOCHETE
MOITA
A campanha Rede Electrão mantém-se no presente ano letivo nas escolas de todo o país e constitui um desafio para a recolha da maior quantidade de equipamentos elétricos, pilhas e acumuladores. As três escolas vencedoras receberão 1.700 euros cada que, no caso da vencedora absoluta, será ainda reforçado com 30 bilhetes diários para um festival de música em Lisboa, incluindo o valor de suporte de deslocação da escola até Lisboa. As duas escolas que recolherem mais lâmpadas, pilhas e acumuladores usados serão premiadas com mil euros cada. Trata-se de uma campanha da Associação Portuguesa de Gestão de Resíduos para sensibilizar os mais jovens para a importância da reciclagem. As escolas devem inscrever-se em comunicaçao@electrao.pt.
A XVIII Romaria a Cavalo, que liga a vila da Moita a Viana do Alentejo, tem apresentação dupla este sábado, na Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL). A partir das 16 horas, a apresentação decorre no espaço da Entidade Regional de Lisboa e Vale do Tejo, e às 18 horas, também há apresentação mas no espaço da Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo. Nesta iniciativa, vão estar representantes da Comissão Organizadora da Romaria a Cavalo Moita - Viana do Alentejo, nomeadamente da Câmara Municipal da Moita, da Câmara Municipal de Viana do Alentejo, da Associação dos Romeiros da Tradição Moitense e da Associação Equestre de Viana do Alentejo. De salientar que a Romaria a Cavalo Moita - Viana do Alentejo, que atrai anualmente milhares de pessoas, vai decorrer, este ano, entre 25 e 29 de abril.
PALMELA
GRÂNDOLA
O executivo concluiu mais uma semana de trabalho descentralizado. Desta vez foi a vez de Pinhal Novo. Durante 5 dias, estreitaram-se laços com instituições locais, tecido económico, movimento associativo e comunidade educativa. A reabilitação urbana dos bairros mais antigos e das novas urbanizações que, por força da falência dos promotores e da crise económica que ainda se faz sentir, ficaram com espaços exteriores por concluir. Esta é uma das prioridades do município para o atual mandato, na continuidade de um esforço que começou, já, há alguns anos e começa a dar frutos. Foram visitadas obras já concluídas, como os espaços exteriores da urbanização Quinta de Matos, e apresentaram-se projetos, que pretendem mudar o Pinhal Novo. Este é um esforço que tem que contar, também, com a participação dos proprietários, na reabilitação do seu edificado.
Está concluída a requalificação da Casa Luís Dias. Um edifício familiar do início do século XX, em alvenaria mista de taipa e pedra. A intervenção realizada incluiu a requalificação da fachada, cobertura, e de todo o interior do edifício, mantendo a maioria dos pavimentos existentes, assim como das caixilharias exteriores e interiores, tendo sido substituídos apenas os materiais que se encontravam em mau estado e sem possibilidade de recuperação ou inexistentes. Esta obra contou com uma comparticipação financeira de 85% do valor elegível, no âmbito da candidatura apresentada pelo município de Grândola ao Quadro Comunitário de Apoio Portugal 2020 e possibilitou a transferência para o edifício dos serviços municipais de planeamento.
Veterinária do município finalista do festival da canção
ALMADA
Alexandre Castanheira dá nome à EB n.º 2 do Laranjeiro Família assistiu à cerimónia que marcará para sempre a ligação de Alexandre Castanheira ao ensino no concelho. Para homenagear esta «figura sempre presente na atividade educativa e cultural de Almada», a autarquia renomeou a escola básica nrº 2 do Laranjeiro.
A
cerimónia de atribuição do nome do romancista Alexandre Castanheira à EB n.º 2 do Laranjeiro, aconteceu a 28 de fevereiro. A filha de Alexandre Castanheira, Sílvia Castanheira, e a esposa do escritor, Madeleine Nennig, estiveram presentes no evento marcado pela emoção. A filha afirmou que esta é a «demonstração do reconhecimento pelas ações de divulgação da cultura. Gostava, sobretudo, de ensinar os pequenos. Para ele, era a idade certa para descobrirem as letras, a cultura». Já o vice-presidente do município, João Couvaneiro, que também esteve na cerimónia, dirigiu se, especialmente, aos alunos que assistiram e participaram na iniciativa. Falou dos «olhos sonhadores» de Alexandre Castanheira, olhos de «quem estava sempre a sonhar com um futuro melhor para cada um de nós», salientando a importância que Alexandre Castanheira teve no ensino. A renomeação do nome desta escola surgiu de decisão municipal para homenagear esta figura sempre presente na atividade educativa e cultural de Almada. Foi aprovada por unanimidade em reunião de Câmara pública, a 20 de dezembro de 2017, tendo tido, igualmente, aprovação por parte do Conselho Geral do Agrupamento de Escolas Professor Ruy Luís Gomes. Alexandre Castanheira nasceu em 1928, em Almada. Licenciou-se em Histórico-Filosóficas na Faculdade de Letras de Lisboa e em Literatura Moderna na Universidade de Paris VIII. Foi resistente antifascista e defensor da liberdade e da paz. Esteve na clandestinidade e exilou-se em França, regressando a Portugal após a Revolução de Abril. Foi deputado municipal em Almada e presidente da Assembleia de Freguesia do Laranjeiro. Em 1994, a CMA atribuí-lhe a Medalha de Ouro de Mérito Cultural e em 2004 ganhou o grau de Comendador da Ordem da Liberdade.
Município incentiva à reciclagem nas escolas
Semana das freguesias debruçou-se sobre Pinhal Novo
Alunos distinguidos com mérito escolar
Romaria a Cavalo Moita-Viana com apresentação na BTL
Casa Luís Dias acolhe serviços municipais de Planeamento
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CULTURA
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GENDA
“TODOS OS CAMINHOS VÃO DAR AO BANDO” LEVA TEATRO A PALMELA
«Foi muito entusiasmante e poderosa a nossa vinda ao Bando»
GRÂNDOLA03MARÇO22H30 ARRANCA MÊS DA JUVENTUDE PARQUE DE FEIRAS E EXPOSIÇÕES
Não perca o concerto com Piruka, integrado no Mês da Juventude. O MC do momento, considerado um dos novos talentos do panorama musical, é recordista de visualizações nas plataformas digitais.
MONTIJO03MARÇO21H30 UM D. JOÃO PORTUGUÊS TEATRO JOAQUIM D´ALMEIDA
Luís Miguel Cintra parte de uma tradução anónima de cordel portuguesa, do séc. XVIII, e evoca referências culturais e artísticas de vários tempos para construir um espetáculo em que D. João é verdadeiramente português.
PALMELA03MARÇO22H00 FINAL DO CONCURSO DE BANDAS
ESPAÇO CONTRAFAÇÃO DE PINHAL NOVO Realiza-se a final do Concurso de Bandas Amadoras “Warm Up - Março a Partir”, com 4 bandas finalistas e a banda convidada Anarchicks.
Numa altura em que o Bando prepara “Paula de Papel”, inspirado no imaginário de Paula Rego, prossegue o ciclo “Todos os caminhos que vão dar ao Bando”, como forma de partilha de outros trabalhos de qualidade. Teatro da Didascália descreve de «entusiasmante e poderosa» a sua passagem por Palmela. de recolher ossos. Quando recolhe um esqueleto inteiro a velha canta uma canção. Bruno Martins, o encenador, diz que a peça “Prelúdio” baseia-se em vários romances. A passagem do espetáculo pelo Bando foi «muito entusiasmante e poderosa», acrescentando que «nesta versão de camara, pela sua intimidade, houve uma mistura de energias, tanto do projeto como do próprio espaço do Bando. Foi muito especial para nós». Este sábado e domingo, às 21 e 17 horas, respetivamente, o Bando volta a
TEXTO ANTÓNIO LUIS IMAGEM SM
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Bando acolheu em fevereiro, a peça “Prelúdio”, do Teatro da Didascália, de Joane, Braga, numa sessão que ofereceu ao público chá e vinho quente, para criar uma maior intimidade com o público. No palco esteve uma peça que fala de uma velha que vive num lugar oculto de que todos já ouviram falar mas que poucos viram. Ela espera que cheguem até ali pessoas que se perderam. O único trabalho dela é o
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receber espetáculos de outras companhias, integrado no ciclo “Todos os caminhos vão dar ao Bando”. Desta vez podemos ver a peça humorística e sem palavras, “Os 4 Clowns do Apocalipse”, do Teatro de Montemuro de Castro de Aire, com encenação de Andrew Harries. Trata-se de um espetáculo de clown, em que a guerra e a fome são abordados com uma inocência comovente e libertadora, que nos faz acreditar em novos mundos. A próxima produção do Bando, para a infância e juventude, intitula-se 1
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“Paula de Papel” e a sua estreia está agendada para abril. Paula Rego e o seu imaginário são o mote para o espetáculo dirigido por Juliana Pinho e co-criado e interpretado por Margarida Mata, Juliana Pinho e Rita Brito. «O espetáculo tem a ver com o medo. O medo impossibilita-nos de alcançar os nossos sonhos. Vai haver interação com as crianças, a partir do papel», sublinha a encenadora, que acrescenta que o Bando está a fazer um trabalho de pesquisa com as escolas para saber quais os medos das crianças.
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POLÍTICA
DORS DO PCP TEM PREVISTAS MAIS DE 30 INICIATIVAS POR TODO O DISTRITO
O 97.º aniversário do PCP será assinalado em todo o país durante o mês de março Organização Regional de Setúbal do Partido Comunista Português celebra aniversário com foco nas condições laborais dos trabalhadores. O II centenário do nascimento de Karl Marx e a valorização dos trabalhadores são temas chave das celebrações. TEXTO ELOISA SILVA IMAGEM SM
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valorização do trabalho é um «elemento central da política alternativa que o país precisa». A declaração foi proferida por Jerónimo de Sousa no parlamento sendo esse um dos temas em debate nas várias iniciativas de celebração do 97º aniversário do Partido Comunista Português. Segundo Margarida Botelho, membro da Comissão Politica do Comité Central e responsável pela Organização
Regional de Setúbal do PCP adianta ao Semmais que cada ação prevista para este aniversário, como vem sendo «apanágio desta força política», será «bastante diversificada e ligada à realidade do momento político e social; à afirmação do projeto do partido e a aspetos conjunturais, particularmente, dirigidos aos trabalhadores e respetivas condições laborais». Além do Encontro Nacional de dia 17 de março em Lisboa sobre «A escola pública gratuita e de qualidade, pilar do desenvolvimento», o PCP tem previstas ações
voltadas para outros temas que têm motivado intervenções permanentes na Assembleia da República. Refere-se Margarida Botelho ao «sistema capitalista versado no centenário do nascimento de Karl Marx» e às áreas da saúde, «cujo défice no serviço público tem que ser contrariado», os transportes, «com problemas complexos» e, tão ou mais importante, diz a coordenadora da DORS, «ao tema da lei laboral». Sobre este último tópico Margarida Botelho reforça a importância do «debate potestativo» marcado para 14 de março, que vai
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EDITAL N.º 02/2018
ANDRÉ VALENTE MARTINS, PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE SETÚBAL: FAZ PÚBLICO, para efeitos do disposto do art.º 56.º, da Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro, que a Assembleia Municipal de Setúbal, em sessão ordinária realizada em 23 de fevereiro de 2018 deliberou o seguinte: 1. Reprovar a recomendação “Criação do Conselho Municipal de Juventude”, apresentada pela bancada do CDS-PP. 2. Reprovar a recomendação “Atribuição de Tarifa Social da Água”, apresentada pela bancada do CDS-PP. 3. Baixar à Comissão de Ambiente, Urbanismo e Mobilidade a recomendação “Medidas de Prevenção e Combate à Sinistralidade Rodoviária no Concelho de Setúbal”, apresentada pela bancada do PPD/PSD. 4. Reprovar a recomendação sobre a Taxa Municipal de Proteção Civil, apresentada pela bancada do PPD/ PSD. 5. Reprovar a recomendação sobre a redução do IMI do atual valor máximo aplicado de 0,45% para 0,4%, apresentada pela bancada do PPD/PSD. 6. Baixar à Comissão de Economia, Administração e Finanças a recomendação “Pela adoção de software livre no município”, apresentada pela bancada do PAN. 7. Baixar à Comissão de Ambiente, Urbanismo e Mobilidade a recomendação “Por uma gestão ética da população de pombos na cidade: criar pombais contracetivos”, apresentada pela bancada do PAN. 8. Reprovar a recomendação “Valorizar a história do concelho no “Setúbal Mais Bonita””, apresentada pela bancada do PAN. 9. Reprovar a “Proposta de criação do Provedor Municipal dos Animais”, apresentada pelas bancadas do BE e do PAN. 10. Reprovar a saudação a todos os cidadãos, autarcas e Administração Central que contribuíram para o esclarecimento cabal da aplicação da taxa máxima do IMI, apresentada pela bancada do PS. 11. Aprovar a Deliberação n.º 13/18 – Proposta n.º 01/2018 – GAP – Acordo de Gestão para a Conservação e Operação de Troço da EN 379-1. 12. Retirar a Deliberação n.º 20/18 – Proposta n.º 02/2018 – DURB/DIPU/GAPU – Estabelecimento de medidas preventivas para a Frente Ribeirinha, no âmbito da Revisão do Plano Diretor Municipal de Setúbal – União das Freguesias de Setúbal. 13. Aprovar a Deliberação n.º 35/18 – Proposta n.º 11/2018 – DAFRH – Empréstimo referente a projetos cofinanciados pelo PORTUGAL 2020 – Ratificação. 14. Aprovar a Deliberação n.º 37/18 – Proposta n.º 14/2018 – DAFRH/DIGEF/SECPP – Aceitação da dação em cumprimento, de parcela de terreno, sita em Quinta da SAPEC, feita por SAPEC – Parques Industriais, S.A. 15. Aprovar a Deliberação n.º 38/18 – Proposta n.º 04/2018 – DAFRH/DIRH – Ratificação do Despacho N.º 15/2018/DIRH, de 31 de janeiro, com a epígrafe “Regularização Extraordinária dos Vínculos Precários – Lei N.º 112/2017, de 20 de dezembro - 1.ª alteração ao mapa de pessoal aprovado para o ano de 2018”. 16. Aprovar a Deliberação n.º 39/18 – Proposta n.º 13/2018 – DAFRH/DIRH – Abertura de procedimentos concursais para cargos de direção intermédia de 1.º e 2.º grau e designação da correspondente composição do júri de recrutamento. 17. Aprovar a Deliberação n.º 63/18 – Proposta n.º 06/2018 – GVRO/DIEDU – Constituição do Conselho Municipal de Educação 2018-2021 – INCLUSÃO. Para constar se lavrou o presente edital e outros de igual teor que vão ser afixados nos lugares públicos do costume. Paços do Concelho de Setúbal, aos 26 dias do mês de fevereiro do ano de dois mil e dezoito. O Presidente da Assembleia Municipal, André Valente Martins
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evidenciar a posição dos Comunistas que exigem «a eliminação da caducidade da contratação coletiva, a reposição do princípio de tratamento mais favorável e a regulação dos horários de trabalhos». O Partido Comunista Português vai investir nas ações de aniversário descentralizadas para «mobilizar os trabalhadores para com o seu envolvimento e a sua luta
contribuírem para a alternativa governativa que o país precisa assente na rutura com a política de direita e na afirmação da política patriótica e de esquerda». O objetivo, garante Margarida Botelho, passa pela defesa de direitos que estão hoje consagrados, reclamando a reposição dos que foram roubados pela política de direita, concretizada por PS, PSD e CDS.
Os encontros concelhios de celebração dos 97 anos do PCP incluem amanhã, dia 4, um almoço no Pavilhão do Clube de Pessoal da Siderurgia Nacional, em Paio Pires, no Seixal. Jerónimo de Sousa, Secretário-Geral do Partido, estará presente para uma intervenção sobre a campanha «Com os trabalhadores e o Povo - Democracia e Socialismo».
Bruno Vitorino encabeça lista única às eleições da Distrital do PSD TEXTO ELOISA SILVA IMAGEM SM
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atual líder, e candidato isolado, da Comissão de Setúbal do PSD já apresentou a recandidatura ao órgão distrital e garante que o objetivo passa por «fortalecer as estruturas do partido e consolidar uma política de proximidade» com as pessoas. Com uma campanha centrada na saúde no distrito, tendo sido nos últimos dias um dos principais denunciantes da situação «problemática e recorrente» do encerramento das urgências do Hospital São Bernardo, Bruno Vitorino, que vai a votos na próxima quinta feira, acusa «o governo PS, com o aval de BE e PCP, de originar o decréscimo da qualidade dos serviços». Acima de tudo, o social democrata garante que
quer contribuir para o aumento da votação do partido nas eleições europeias e nas legislativas. Para isso, irá «continuar a apostar no trabalho de fortalecimento das estruturas do partido e na política de proximidade com as pessoas». Uma forma, admite, de «os social-democratas continuarem a ser uma voz ativa na defesa da qualidade de vida e das
aspirações das populações». A ganhar, acreditando que não haverá outra lista a apresentar-se a votação, será o quinto mandato, o terceiro consecutivo, de Bruno Vitorino na Presidência da Distrital de Setúbal, por onde já passou, também, o atual presidente da mesa da assembleia da Comissão, o deputado Pedro do Ó Ramos.
DESPORTO
VITÓRIA NÃO PERDE EM CASA DESDE 10 DE DEZEMBRO
Mulheres com entrada gratuita no Bonfim para apoiar jogadores A direção do Vitória decidiu antecipar o Dia da Mulher e chamar as setubalenses para apoiar a equipa de futebol no encontro deste domingo, acreditando que a dinâmica feminina nas bancadas vai ajudar a manter os resultados positivos alcançados no Bonfim. TEXTO MARTA DAVID IMAGEM SM
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Vitória de Setúbal recebe, domingo, a partir das 18 horas, o Rio Ave, em partida a contar para a jornada 25 da Liga NOS. Depois da pesada derrota, por 4 bolas a zero no Bessa, os sadinos querem manter o ritmo de bons resultados alcançados em casa, onde só perderam por três ocasiões frente ao Desportivo das Aves, Guimarães e Futebol
Clube do Porto. Desde dezembro que, no Bonfim, a equipa tem conquistado sempre pontos e é esse o objetivo frente ao atual quinto classificado. A equipa de Vila do Conde tem 37 pontos, mais 16 que o Vitória, e continua na luta por um lugar nas competições europeias. A luta, no final da tabela, pela manutenção é renhida. O Vitória tem apenas mais dois pontos que o último classificado, o Moreirense, e são pelo menos seis as equipas na luta pela permanência.
A vida não será fácil para os sadinos. José Couceiro tem uma tarefa complicada frente aos vila-condenses apesar de a história dos confrontos ser favorável. Das 26 vezes que as duas equipas se defrontaram, com o Vitória na condição de anfitrião, só por três vezes o triunfo sorriu aos visitantes. Mulheres na bancada para puxar pelos jogadores «As vozes das mulheres ouvem-se melhor dentro do campo» defende uma
adepta do Vitória. É com este pensamento e com essa esperança também que a direção do Vitória decidiu antecipar o Dia da Mulher e abrir as portas gratuitamente a todas as que queiram acompanhar a partida, sejam ou não associadas do clube. Uma medida que visa conseguir uma vez mais uma boa assistência no Bonfim, facto que se tem verificado nos últimos jogos em casa e que, parece, tem sido preponderante para os resultados positivos.
Rui Domingos garante presença nos Europeus de Trampolins
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ginasta do Vitória de Setúbal, Rui Domingos, assegurou o apuramento para o Campeonato da Europa de Trampolins, que será disputado no mês de abril em Baku, no Azerbaijão. O jovem conseguiu o feito inédito na terceira prova de apuramento de juniores, realizado em Santo Estêvão, e conquistou um lugar na comitiva que representa-
rá Portugal na competição. Rui Domingos, considerado uma das promessas dos trampolins e do tumbling, é o primeiro atleta do clube do Bonfim a conseguir um lugar no Campeonato da Europa de Trampolins, depois de Carolina Porfírio (Tumbling) e Inês Moreira (Trampolins) terem marcado presença em edições anteriores de competições mundiais.
450 atletas na prova dos Trilhos do Javali Noturno
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s trilhos da serra, na zona do Parque Natural da Arrábida, voltam a desafiar os atletas em mais uma edição dos Trilhos do Javali Noturno, uma prova de 15 quilómetros com início às 20 horas deste sábado. A competição é organizada numa parceria da Associação de Moradores do Casal das Figueiras –
Arrábida Trail Team e da Associação de Atletismo Lebres do Sado e tem o limite de duas horas e quarenta e cinco minutos para que os atletas completem o percurso. A prova, na qual são esperados perto de 450 participantes vai atribuir prémios aos três primeiros classificados, masculinos e femininos dos nove escalões em competição.
Fase Final da II Divisão Distrital arranca dia 11
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s oito equipas que conquistaram o acesso à fase final do Campeonato Distrital da 2.ª Divisão começam, a partir de dia 11 de março, a luta por um lugar no escalão principal da Associação de Futebol de Setúbal. Na fase final participam as formações do Cova da Piedade B, Associação Desportiva da Quinta do Conde, Comércio e Industria, Oriental Dragon, Monte Caparica, Brejos de Azeitão, Pescadores e Alcacerense depois de
terem ficado nos quatro primeiros lugares das duas séries em que participaram na primeira fase da competição. O início da prova está marcado para o dia 11 de Março e o termina no dia 10 de Junho, com paragens nos dias 30 de Março e 25 de Abril, altura em que se realiza a Taça AF Setúbal, e no dia 1 de Maio, na transição da primeira para a segunda volta. No final desta fase os dois primeiros classificados ascendem à 1.ª Divisão Distrital.
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Cartório Notarial de Setúbal Notária Maria Teresa Oliveira
Sito na Avenida 22 de dezembro nº 21-D em Setúbal Certifico, para efeitos de publicação que no dia vinte e oito de fevereiro de dois mil e dezoito, neste Cartório, foi lavrada uma escritura de justificação, a folhas 79 do livro 330-A, de escrituras diversas, na qual: Armando de Matos Juzarte, casado sob regime de comunhão de adquiridos com Teresa Guerreiro Lopes de Matos Juzarte, natural da freguesia de São Sebastião, concelho de Setúbal, residente na estrada de Santo Ovídio, número 16, Setúbal, contribuinte número 106322729, justificou a posse, invocando a usucapião, do seguinte; Prédio Urbano, composto por edifício de dois pisos, destinado a habitação, com garagem e logradouro, com área de seiscentos e noventa metros quadrados, sendo a área coberta de cento e quarenta metros quadrados e a área descoberta de quinhentos e cinquenta metros quadrados, sito na estrada de Santo Ovídio, número 16, freguesia do Sado, concelho de Setúbal, a desanexar do prédio descrito na Segunda Conservatória do Registo Predial de Setúbal sob o número mil quatrocentos e vinte e três, da dita freguesia, inscrito na matriz sob o artigo 2337, com o valor patrimonial igual ao atribuído de noventa e três mil duzentos e setenta euros. Está conforme. Cartório Notarial sito na Avenida 22 de Dezembro, número 21-D em Setúbal, 28 de fevereiro de 2018. A Notária, Maria Teresa Oliveira
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NEGÓCIOS
APÓS MESES DE DISCUSSÃO, ADMINISTRAÇÃO E TRABALHADORES CONCORDAM
73% dos trabalhadores aprovaram acordo na Autoeuropa Depois de meses de impasse nas negociações, de greves e de troca de acusações, os trabalhadores e a administração da empresa chegaram finalmente a um acordo que, entre outras garantias, assegura um aumento salarial de 3.2%. TEXTO MARTA DAVID IMAGEM DR
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pré-acordo laboral na Autoeuropa que estava a ser negociado desde o final do ano passado foi aprovado esta semana, em referendo, por mais de 73% dos trabalhadores. A administração da fábrica da Volkswagen, em Palmela, e os representantes dos trabalhadores andavam há vários meses num impasse negocial e a máxima que diz que “à terceira é de vez” parece ter resultado em pleno após as duas rejeições do pré-acordo. Com o fim das negocia-
ções, os trabalhadores garantem uma subida do salário em 3,2%, num valor que será no mínimo de 25€, com retroativos a outubro do ano passado. O acordo, no entanto, não assegura a recompensa em relação ao trabalho aos fins de semana, uma vez que as negociações sobre os horários a vigorar a partir de agosto ainda não arrancaram e que só serão retomadas mais tarde, em abril ou maio. Isso significa que nos próximos meses o horário a praticar é aquele que foi imposto por decisão da administração da empresa, que estabelece as normas do
trabalho ao sábado e respetivas contrapartidas remuneratórias. A Autoeuropa continua a ser uma das maiores empregadoras do país, tendo neste momento mais de 5700 funcionários depois da contrata-
ção, nos últimos meses, de perto de dois mil trabalhadores para fazer face ao volume de produção previsto para o Volkswagen T-Roc que deverá atingir as 240 mil unidades até final deste ano.
Casa Ermelinda Freitas ganha medalha de Grande Ouro na Alemanha
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Casa Ermelinda Freitas, obteve com o Vinha do Fava 2016, a medalha de Grande Ouro, no “Berliner Wein Trophy”, bem como outras 5 de ouro. Os outros vinhos premiados foram: Cabernet Sauvignon Reserva 2014, Vinha da Valentina Reserva Signature 2016, Valoroso Reserva 2015, Vinha do Rosário Syrah 2016, Vinha do Rosário Touriga Nacional 2016. «É um reforço da notoriedade e qualidade da nossa marca a nível nacional e internacional», sublinha Leonor Freitas, que acrescenta: «Estamos perante um excelente início de 2018, que começou com a distinção do CEF Espumante Bruto, pela Deco Proteste como “Melhor do Teste” e “Escolha Acertada”. Nas competições internacionais, já arrecadámos 21 medalhas».
Desde 1999 a adega já obteve mais de mil prémios, que servem para «reforçar a qualidade que a empresa procura sempre que faz um vinho, de modo a poder premiar os consumidores com bons vinhos ao melhor preço».
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do
sado
Est.
Partilhar o prazer de um bom vinho a custos moderados é a promessa da SIVIPA. Nascidos numa região de excepção, fruto de uma cuidada produção e respeito pelo ambiente, os vinhos SIVIPA têm sido reconhecidos no mundo.
1964
SIVIPA Fazemos parte da sua história! www.sivipa.pt
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af_cmp_Campanha limpeza de terrenos_Sem Mais - 250 lar_355 alt.pdf
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OPINIÃO
EDITORIAL RAUL TAVARES DIRETOR
Ferrovia para aproximar Porto de Sines da vizinha Espanha
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Governo vai assinar esta segunda-feira em Elvas o lançamento do concurso para a construção do troço de linha férrea que vai ligar esta cidade alentejana a Évora. Não é uma linha qualquer. Trata-se da linha que aproximará o porto de Sines, mas também beneficiará o porto de Setúbal, à fronteira espanhola. Diz-se que é o maior troço ferroviário - com cerca de 80 quilómetros - construído em Portugal na última centena de anos. E é, para sermos verdadeiros, uma promessa cumprida deste governo, nomeadamente do ministro Pedro Marques, com a tutela o Planeamento e as Obras Públicas, que, desta forma, pretende reforçar o transporte de mercadorias de Sines para Espanha e para a Europa. O que está em jogo, para já, é consumar o hinterland ibérico de uma plataforma portuária que já se assume como um hub à escala mundial. Este hinterland, que vale 20 por cento da carga geral do porto de Sines, é relevante porque coloca o maior porto nacional, com outras vantagens, entre as estruturas congéneres da Andaluzia e outras que gravitam à volta de Madrid. É um passo grande. Uma promessa cumprida, pelo menos pelo que se vê, tendo em conta que a modernização da ferrovia em Portugal foi quase sempre negligenciada.
No país do “online” (2)
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AT – Autoridade Tributária é um muro de betão! Quem pensa resolver algum problema, mesmo que seja criado pelo “sistema”, desiluda-se: primeiro paga depois reclama! Para que servem os Serviços de Finanças, quando são “cegos, surdos e mudos” e por mais que se explique e se comprove, o contribuinte é sempre um caso de dúvida, persistindo-se nos argumentos (ou não argumentos) do que aparece registado no “sistema”. Na sequência de um artigo de opinião aqui publicado (e daí o título deste mesmo artigo ser numerado) em que contava uma peripécia sobre um imposto de selo pago e que me estava a ser reclamado pagamento em execução fiscal, depois de alguns emails, telefonou-me um técnico da 1ª Seção de Finanças de Setúbal, em que com uma conversa redonda e redundante, tão depressa entendia a justificação de haver duplicação duma guia para pagamento do mesmo imposto, como voltava a sustentar-se sobre os registos informáticos incontornáveis que motivavam a exigência de um
segundo pagamento de um imposto já pago, por sinal 35 euros, relativos a um contrato de arrendamento. Em resultado, depois de uma hora na Seção de Finanças de Sines e de duas horas ao balcão da Seção de Finanças de Setúbal, mais trinta e cinco minutos de conversa com o tal técnico da 1ª Repartição de Finanças de Setúbal, para além do correio eletrónico enviado com todos os justificativos de pagamento do tal imposto, recebi um email de resposta, em que, para além da gentileza de acusarem a receção do correio e dizerem que lhes mereceu a melhor atenção, me davam instruções a fim de reclamar de forma graciosa de acordo com o previsto no nº1 do artigo 68º do Código de Procedimento e de Processo Tributário, tendo especial atenção para o prazo mencionado no artigo 70º do mesmo diploma. Desanimado e farto de tudo isto, telefonei para uma pessoa amiga especialista em assuntos desta natureza, aconselhando-me a pagar e depois reclamar sobre o assunto em causa, mesmo reconhecendo a justeza da minha razão e indignação.
A VERDADE DAS COISAS SIMPLES JOSÉ ANTÓNIO CONTRADANÇAS ECONOMISTA
Socorrendo-me dos meios online, fiz o respetivo pagamento de 54,10 (cinquenta e quatro euros e dez cêntimos) correspondente ao Imposto de Selo (já anteriormente pago) e dos juros de mora (por uma coisa, pretensamente em dívida). A seguir e quando estiver mais calmo terei que recorrer a um advogado que me ajude a fazer a tal “reclamação graciosa que visa a anulação total ou parcial dos actos tributários por iniciativa do contribuinte”. Voltando atrás interrogo-me se não estaria ao alcance uma perceção clara que permitisse resolver o problema, anulando uma Guia gerada em duplicado para o mesmo efeito. Isto porque até na data e quase na hora coincidem: Uma emitida às 16h:30:06 do dia 2017/12/04 (que entrou em execução por não pagamento) e outra Guia emitida à mesma hora e liquida-
da às 16:55:56 do mesmo dia. À pergunta repetida de se mais alguém teria acesso à minha página no Portal das Finanças (?), sendo negativa a resposta e sendo aventada a hipótese de anomalia no “sistema informático” que gerou duas guias diferentes para o mesmo efeito, de nada valeu porque o contribuinte nunca tem razão. Primeiro paga, depois reclama! Conclusão: bem podem apregoar os benefícios da facilitação de procedimentos para melhorar a vida dos cidadãos, porque exemplos destes só confirmam a verdadeira subjugação a uma sociedade de “plástico”, sem rosto, comandada por meios que nos tornam acéfalos, sem capacidade de decisão ou até, mesmo quando a temos aligeiramos responsabilidades desculpando-nos com o “sistema”.
“À Mulher de César não basta ser séria, tem de parece-lo”
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ortugal está a iniciar um novo ciclo político. O pós-Passismo, ou seja, após um político que marcou indelevelmente as nossas vidas ao longo dos últimos anos, suficientemente carismático para ter muitos seguidores e admiradores e uma forma de fazer política absolutamente singular. Goste-se, ou não, do seu estilo, a verdade é que governou durante quatro difíceis anos, ganhou novas eleições e “obrigou” a esquerda a unir-se para conseguir derrota-lo. Até hoje a esquerda só se havia unido (o famoso engolir um sapo vivo) para derrotar Freitas do Amaral e agora para não permitir que Passos Coelho ficasse a governar o País. Rui Rio é diferente. Em tudo. Mas atenção, é igualmente teimoso e obstinado. Só que as suas obstinações não são pelas mesma razões de Passos Coelho. E com isto temos um PSD absolutamente dividido, apesar de nos discursos do congresso ter resultado outro tipo de leituras. Não me vou pronunciar sobre os méritos, ou deméritos, das novas políticas de Rui Rio, mas numa coisa ele está a conseguir resul-
tados – a inquietar os parceiros da chamada “geringonça”. E não é que o seu piscar de olho ao PS enerva da mesma forma os contestatários do PSD e o Bloco de Esquerda e o PCP? Não sei o resultado disto, mas parece-me que quem vai colher os louros deste novo alinhamento vai ser o CDS-PP. Em termos locais, a notícia do momento é a contratação de dois ex-presidentes de câmaras comunistas – Almada e Alcochete, para a prestação de serviços no Seixal (ambos) e em Setúbal – Joaquim Judas. Ora, sou dos que defende que “à mulher de César, não basta ser séria. Tem de parece-lo” e, estas contratações por ajuste directo, não dignificam nenhuma das partes, nem a classe política. Não estão em causa as pessoas envolvidas (conheço ambos e tenho as melhores referencias dos dois, quer pessoais, quer profissionais), sei que foram contratados por “valores de mercado”, ou seja, por valores equivalentes ao que outros profissionais que prestam os mesmos serviços cobram, mas o “partidarismo encapotado, o “amiguismo” e as pró-
UM CAFÉ E DOIS DEDOS DE CONVERSA PAULO EDSON CUNHA VEREADOR PSD CÂMARA DO SEIXAL
prias funções que ambos desempenhavam, não ajudam a que se ache esta operação transparente. Mas atenção, o inverso também deve ser olhado – um político com carreira, quando termina os seus mandatos, entra no mercado de trabalho. Sou um defensor de que para além de um subsídio de reintegração, há assessorias que estes políticos podem desempenhar, com mais-valias que outros não têm (experiência no cargo), do que propriamente na sua área profissional. Por exemplo, o ex-Presidente da Câmara Municipal de Alcochete esteve três mandatos como Presidente da sua autarquia – 12 anos. É advogado. É justo que ao fim de 12 anos simplesmente o mandem para o mercado de trabalho em concorrência com os demais advogados? Penso que
não e devia ser discutido este assunto. Mas igualmente não é justo que ocupe um cargo, que outros colegas eventualmente estariam melhor preparados (assessor jurídico), pois há muito tempo que está afastado desta área. Mas já não me chocava que face ao seu currículo, experiência da região e do que é uma autarquia, quer ele, quer o Dr. Judas, assessorassem politicamente qualquer um dos Presidentes de uma Câmara que neles tivesse confiança política. E aí certamente eles seriam de uma utilidade extrema, para quem os contratasse. É um tema controverso, que carece de uma ampla discussão pública, mas dos factos conhecidos, mal esteve a Câmara Municipal do Seixal ao agir como agiu. É que da fama, pelo menos dessa não se livrou…
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14 | SEMMAIS | SÁBADO | 3 DE MARÇO | 2018
OPINIÃO
Amador vs. profissional
DAS COISAS NASCEM COISAS* JOSÉ TEÓFILO DUARTE
E
is um assunto sobre o qual não deveria ser preciso escrever. À primeira vista, pode não parecer necessário debater-se a diferença entre o que é um amador e o que é um profissional. Porém, como em vários outros aspectos relativos às artes performativas, a confusão existe. Comecemos pela qualidade. Nas artes, como em tudo, há excelentes amadores e profissionais e, igualmente, exemplos péssimos de ambos os lados. A avaliação qualitativa deveria estar a cargo da crítica, por um lado, e de quem toma decisões sobre o financiamento ou as condições em que amadores e profissionais trabalham, por outro. Os poucos críticos que ainda existem lá vão tentando acompanhar o trabalho que se faz, sendo hoje muito pouco expectável que dediquem o pouquíssimo espaço que têm nos jornais a espectáculos amadores. Relativamente aos especialistas que constituem júris para avaliar o trabalho que se faz, estes sur-
DESIGNER | DIRECTOR DE ARTE
gem praticamente só nos concursos de apoio ao nível nacional, públicos ou privados (DGArtes, Gulbenkian, Fundação GDA), nenhum dos quais vocacionado para trabalho amador. Ao nível autárquico é que tudo se complica: ou existem concursos de acesso a financiamento que nomeiam júris, ou então os critérios de apreciação dos projectos existentes consistem no contacto directo entre agentes culturais e presidentes, vereadores ou chefes de divisão. A este nível, a avaliação qualitativa e técnica dos projectos, sejam eles amadores ou profissionais, depende sobretudo de factores subjectivos – até porque quem se candidata ou concorre a estes cargos políticos não têm obrigatoriamente que ter formação ou experiência prévia na área que vai gerir. Em certos casos existe capacidade para avaliar critérios qualitativos. Noutros... bem, é melhor nem falar sobre o assunto. Vejamos então que diferenças há entre um amador e um profissional.
À PARTE LEVI MARTINS DIRETOR DA COMPANHIA MASCARENHAS-MARTINS
Amador: não é remunerado pela sua actividade; não tem obrigações laborais; pratica determinada actividade nos seus tempos livres; pode ou não ter formação na área, bem como ferramentas para garantir que desempenha o seu papel, artístico ou técnico, de acordo com critérios mínimos de qualidade. Profissional: é remunerado pela sua actividade; tem obrigações laborais; tendo ou não formação, deve ter ferramentas para garantir que desempenha o seu papel de acordo com os critérios a partir dos quais foi contratado. Parece inequívoco? Pois. Mas não é. Ainda há pouco tempo uma câmara municipal do nosso país decidiu atribuir o mesmo tipo de financiamento a grupos de teatro amador e companhias profissionais, ale-
gando questões de “igualdade”. Houve polémica, reclamações, notícias, e a decisão lá foi revertida, ao que parece com um vereador da cultura a demitir-se pelo caminho. A confusão que persiste entre amador e profissional nas artes performativas deve-se ao facto de não existir, por parte de muitos decisores, uma vontade de investir financeiramente na cultura. Só o trabalho remunerado, a tempo inteiro, poderá contribuir para que exista programação regular de qualidade em todo o país. Entre amador e profissional não existe, ou não deveria existir, qualquer tipo de competição. Quando existe, é porque alguém partiu do pressuposto que ambos têm o mesmo tipo de responsabilidade na oferta cultural de um determinado território. Não têm.
Mais investimento público
T
rabalhei com uma pessoa que me dizia com frequência: Bruno, não sei onde meter tanta energia e tanta felicidade! Começo assim este artigo porque também não sei onde meter tanta energia, felicidade e investimento. Vamos por partes: O Partido Socialista no seu documento estratégico “Agenda para a Década”, apresentou as linhas politicas de longo prazo com uma visão para o país, que para além de romper com a resignação perante o empobrecimento, assenta em 4 pilares essenciais: (i) a valorização dos nossos recursos (ii) a modernização da atividade económica e o Estado (iii) o investimento no futuro e (iv) o reforço da coesão social. Neste lógica estruturada o Governo do Partido Socialista para além da – brutal – recuperação de rendimentos das famílias, tem adicionalmente conseguido efetuar investimentos estratégicos na recuperação do serviço público de qualidade, nomeadamente no concelho do Seixal que vê, neste momento, um
forte e significativo investimento do Governo, vamos aos factos: 1. Hospital do Seixal | No dia 22/01/2018 foi publicada em DR a Portaria n.º 62/2018 que autoriza a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo a assumir um encargo de 1,2M€ para o projeto de execução do Hospital de proximidade do Seixal. Esta reivindicação e necessidade será agora concretizada pelo Governo PS que assume o investimento estimado na ordem dos 60M€ como uma prioridade estratégica. 2. Novo Centro de Saúde de Corroios | Será, também, uma realidade com o anúncio do concurso público já publicado a 15/12/2017 com um investimento previsto de 1,6M€ com um prazo de execução de 7 meses. 3. Habitação Social Bairro da Jamaica | Neste bairro vivem-se, há muitos anos, situações dramáticas sem qualquer dignidade de habitabilidade, nesse sentido o Governo PS vai resolver o problema com um investimento previsto
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ATUALIDADES BRUNO RIBEIRO BARATA AUTARCA DO SEIXAL
de 15M€, tendo em vista o realojamento de 234 famílias. 4. Loja do Cidadão | No dia 30/01/2018 foi já assinado o protocolo que tornará a Loja do Cidadão do Concelho do Seixal uma realidade com um investimento previsto de 1M€, a loja ficará situada no edifício Alentejo, na Amora, e irá albergar a Loja do Munícipe de Amora, o Espaço Cidadão e ainda os serviços do Instituto da Segurança Social, do Instituto dos Registos e Notariado e da Autoridade Tributária. 5. Escola de João de Barros | Decorrem já obras de requalificação da Escola Secundária com vista à eliminação definitiva das condições precárias, esta intervenção tem um investimento previsto de 10M€ 6. Descontaminação da Siderurgia Nacional | De-
corre já a empreitada no valor de 6M€ que permitirá descontaminar uma área de 1,7ha, eliminado 52 toneladas de resíduos industriais. 7. Divisão Policial da PSP | No âmbito da modernização das infraestruturas das forças de segurança, está prevista, e encontra-se já a decorrer o processo de projeto de execução para a nova Divisão Policial da PSP, na Arrentela, com um investimento global previsto de 2M€. São investimentos públicos estruturantes que demonstram o compromisso do Governo PS com o serviço público, que só no concelho do Seixal ascendem a cerca de 100M€, sim, são mesmo cem milhões de euros. Tanto investimento com a energia do Governo que promove a felicidade das populações.
Natália Nunes fotografada ao lado do marido, Rúmulo de Carvalho
Luís Lucas e António Simão EM VOZ ALTA
José Afonso em casa de Rui Pato
TSURU. Espaço Ilustração
Bruno Reis Santos, aliás, Lorde Mantraste
DIÁRIO DE BORDO | FEVEREIRO/MARÇO 2018
13. Fevereiro. Lisboa NATÁLIA NUNES | Morreu uma grande intelectual. É inevitável adicionar o nome de Natália Nunes a Rómulo de Carvalho/António Gedeão — marido — ou a Cristina Carvalho — filha —, gente da escrita com escrita recomendável. Mas Natália Nunes é também ela uma escritora com obra altamente apreciável. A Relógio D’Água fez reedição. Publicou os extraordinários Assembleia de Mulheres e Vénus Turbulenta. Aguardemos reedição de todo o seu trabalho. É a melhor homenagem que se pode fazer a quem escreve. 22. Fevereiro. Casa da Cultura, Setúbal POESIA CÁ DE CASA | As noites de poesia na Casa da Cultura impõem-se como espectáculos de grande qualidade. Os poetas maiores da literatura portuguesa sobem ao estrado da sala José Afonso pela voz de actores que os dizem com a elevação que os grande poetas merecem. Jorge Silva Melo deu o mote, no mês passado, com a leitura de Mário Dionísio. Luís Lucas e António Simão trouxeram agora a poesia de David Mourão-Ferreira. No próximo dia 29 de Março Jorge Silva Melo e Nuno Gonçalo Rodrigues trazem Alberto Lacerda. A iniciativa EM VOZ ALTA coloca Setúbal no mapa das leituras de grandes poetas portugueses pela voz de grandes actores. Isto vai continuar. É sempre na última quinta-feira de cada mês. Avisados. 23. Fevereiro. Mundo JOSÉ AFONSO | O grande nome da cultura portuguesa deixou-nos há trinta e um anos. Morreu em Setúbal e é aí que está sepultado. Mas as melodias e as palavras que mudaram o panorama da música em Portugal mantém-no vivo. Universal e intemporal. Generoso e solidário. Genial. Será nestes patamares que será para sempre recordado. 1. Março. Bairro Alto. Lisboa AS ILUSTRAÇÕES DAS CAPAS DOS LIVROS | Lord Mantraste, o ilustrador que expôs recentemente no Espaço Ilustração, na Casa da Cultura, desenha capas para a editora Elsinore. São trabalhos com reconhecimento entre os seus pares e público dos livros. As ilustrações das famosas capas estão agora expostos nas instalações da DDLX, na rua do Trombeta (Bairro Alto), em Lisboa. Esta mostra veio abrilhantar o nosso 14º aniversário e poderá ser frequentada até finais de Maio. Convidados. 3. Março. Espaço Ilustração. Casa da Cultura, Setúbal TSURU | São as ilustrações de autores japoneses de apurado desenho. Todos mostrados em Portugal pela editora Devir. Esta exposição tem ganas de mostrar o melhor que se está a fazer por aquelas terras. Abre este sábado, às 17 horas. E merece visita. *DAS COISAS NASCEM COISAS. FRASE DE BRUNO MUNARI
2018 | 3 DE MARÇO | SÁBADO | SEMMAIS | 15