Semmais 03 setembro 2016

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Colégio São Filipe

INSCRIÇÕES

GRANDES DESCONTOS

ABERTAS

VALÊN C

IAS:

C JARDIM RECHE D 1.º, 2. E INFÂNCIA º ENSIN , 3.º CICLOS , O SEC UNDÁ RIO

NO ATO DE INSCRIÇÃO

semmais

SOMOS O COLÉGIO LÍDER DO RANKING DE ESCOLAS DE SETÚBAL Sábado 3 | Setembro | 2016

Diretor Raul Tavares Semanário | Edição 915 | 9ª série Região de Setúbal Distribuído com o Expresso Venda interdita

JOÃO COSTA, SECRETÁRIO DE ESTADO DA EDUCAÇÃO EM ENTREVISTA

Estamos a romper com um ensino que caminhava para o elitismo e segregação

Num arranque de «grande tranquilidade» do ano escolar, com professores e alunos já colocados, o secretário de Estado da Educação, João Costa, lança fortes ataques a algumas das políticas emblemáticas do anterior governo. Quer mais autonomia nas escolas, maior participação das comunidades nomeadamente no que diz respeito aos alunos com necessidades especiais - e combater o absentismo e abandono escolar. Quer também que a escola em Portugal retome a máxima de ser justa e democrática. SOCIEDADE PÁGINA 2 SOCIEDADE PÁGINA 4

DESPORTO PÁGINA 7

VINDIMAS PÁGINA 10

O filme “Cabo Espichel – Em Terras de um Mundo Perdido”, da autoria de Carlos Sargedas, já arrebatou doze prémios em importantes certames internacionais, nomeadamente na República Checa, Sérvia, México, Israel, França. Agora foi Hollywood a chancelar a virtuosismo deste documentário.

Portugal recebe pela primeira vez o Campeonato Europeu de Endurance para Jovens Cavaleiros e Juniores. A competição vai decorrer no Pólo Equestre da herdade de Rio Frio, que nos últimos anos tem vindo a ser preparado para disputar provas internacionais. Estarão presentes praticantes de onze países.

As tradicionais festas das vindimas, das mais emblemáticas da região, estão aí para reanimar as gentes de Palmela e vizinhança. Com os preciosos néctares de Palmela sob pano de fundo, os festejos conta com inúmeras iniciativas, com destaque para o cortejo, pisa da uva, eleição da rainha e muita música.

DOCUMENTÁRIO DE CARLOS SARGEDAS RIO FRIO LANÇA-SE NA ALTA-RODA GANHA DOZE PRÉMIOS INTERNACIONAIS DOS CAVALOS DE DESPORTO

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FESTA DAS VINDIMAS RETOMA BRILHO COM PROGRAMA EM CHEIO


SOCIEDADE

SECRETÁRIO DE ESTADO DA EDUCAÇÃO, JOÃO COSTA, EM ENTREVISTA, GARANTE UM ANO LETIVO COM REGRESSO À NORMALIDADE

«Estamos a caminho de uma escola justa e democrática»

João Costa abre o livro sobre o arranque do ano letivo, fala em «tranquilidade», arrasa algumas das políticas mais emblemáticas do ex-ministro Crato e diz querer fazer regressar o paradigma da “educação para todos” e a democratização do ensino. As metas estão traçadas e as novidades são muitas, com alterações em estudo a nível curricular, no perfil do aluno, na gestão escolar e na requalificação de adultos. Esta semana ficámos a saber que as colocações de professores e alunos estão preenchidas. É um bom arranque, como o caracteriza? O ponto de situação que fazemos é de tranquilidade. Hoje mesmo, (terça-feira, dia 30 de Agosto) saíram as listas de colocações de professores. E saíram exactamente no mesmo dia que saíram no ano passado. Com uma diferença, neste momento demos resposta a todos os pedidos de horário indicados pelas escolas. Portanto todas as necessidades estão cobertas. Foram colocados mais de 7300 professores. Se compararmos com o ano passado, nesta altura tinham sido colocados três mil e qualquer coisa professores, sendo que os outros entraram na bolsa de contratação de escolas, significando que houve colocações a decorrer durante todo o ano letivo. Mas ainda não foi conseguido fazê-lo com a antecipação que se justificaria… O nosso objetivo é consegui-lo, mas isso, como sabe, tem a ver com o final do ano e períodos de avaliação. O essencial, é que temos hoje mais professores colocados e a garantia de mais estabilidade do que tínhamos há um ano. Repare que o que se fez no ano passado, na vigência do anterior governo, foi atrasar o arranque do ano letivo para uma data que nunca tinha sido praticada e para mascarar os efeitos de uma má colocação de professores. E o sistema informático não emperrou este ano? O sistema funcionou e temos previsto, a partir do arranque do ano, que para as reservas e necessidades esporádicas corra mais do que uma vez por semana, para que haja uma resposta mais atempada às escolas. Mas o que é crucial afirmar, é que todos os horários estão preenchidos, pelo que estão reunidas as condições para não faltar nenhum professor neste arranque de ano letivo. E no que toca à colocação de alunos? Nesse domínio, os pontos sensíveis são os 10.ºs anos, que implicam as mudanças de escola. E, de certa forma, o que se verifica é o normal para esta altura do ano. A maior parte das turmas já estão validadas e alguns processos de transferência ainda a estabilizar, o que é normal. E decorre de haver algumas escolas que têm

uma procura muito grande, com particular destaque para a área da grande Lisboa, com escolas de grande pressão demográfica. Acresce que alguns pais só indicam uma prioridade, o que gera constrangimentos ao nível do processo de colocação. A outra novidade deste ano foi o alargamento do pré-escolar até aos quatro anos. Quisemos garantir vaga para todos os alunos desse escalão e isso. E isso gerou uma pressão grande em alguns agrupamentos de escolas, que tiveram necessidade de colocar alunos em escolas vizinhas. No nosso distrito há casos desses? Verificaram-se casos muito pontuais, que têm estado a ser acompanhados pelos serviços. E depois há a rede solidária que felizmente na região tem boa cobertura e funciona bem. Por outro lado, é preciso lembrar que tivemos um aumento de mais de 150 a 170 salas de aula para o pré-escolar. E conseguimos, mesmo nos casos de maior pressão dar respostas às necessidades, alargar a rede e acolhê-los a todos. Há a ideia recorrente que mudam os governos e mudam as políticas, gerando instabilidade no sistema. Partilha desta tese? Costumo dizer que para o bem e para o mal o nosso sistema educativo é muito mais estável do que parece, apesar da percepção pública de uma grande instabilidade. Repare que a organização dos ciclos de estudos é a mesma desde o tempo em que eu era pequenino, distribuído por 1.º, 2.º e 3.º ciclos. A maior parte dos programas, tirando as disciplinas do português e da matemática, não têm sofrido grandes alterações. O formato das aulas também não. Eu diria, portanto, que no essencial, a estabilidade é maior que a instabilidade. Mas, houve críticas ao anterior governo, exatamente por mexer demais… Deixe-me por a questão nestes termos: Olhando para a evolução longa dos ultimos20 anos, mesmo com alternância democrática entre governos, houve linhas que não foram atacadas. Mas sim, com excepção do último governo, em que se registaram mexidas sérias e abruptas e com uma disrupção em programas, na forma de organização da escola, em medidas de formação contínua… O ensino dual por exemplo? Por exemplo! Esta dualização

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Criticas aos ‘rankings’ nacionais e esforço para requalificar equipamentos João Costa não morre de amores pelos rankings nacionais publicados pela imprensa, porque afirma serem baseados em médias, «comparando o incomparável». E vinca que a pobreza de análise reside no facto de algumas escolas fazerem selecção de alunos e outras não. Confia mais nos dados da Direcção Geral de Estatística e Ciência, a cujos resultados pretende dar maior visibilidade. precoce do ensino, que corresponde, na verdade, a acabar com o conceito de ensino básico, que é um tronco-comum para todos. Destacaria também a introdução da ideia de que há disciplinas que são estruturantes e outras que o são menos. Refere-se à matemática e ao Português. E não são mesmo? Sem retirar toda a centralidade que o português e a matemática têm nas aprendizagens, penso que toda a política do anterior governo foi dirigida para estas duas disciplinas. Costumo dizer que, se todas as outras não são estruturantes, o que estão a fazer no currículo? O que não tenho dúvidas é que houve uma desvalorização das humanidades, das artes, da educação física e de outras áreas que também concorrem para a estruturação do indivíduo. E depois houve outras medidas, quer ao nível da avaliação externa, com a introdução de exames em anos mais cedo, a forma de concepção da avaliação interna, que foram alterações profundas à linha de continuidade grande sobre o que é a educação, a escola e o currículo. Na verdade, estávamos a ter uma escola orientada para um sistema elitista e promotor de mecanismos de segregação, que é exatamente o contrário do que se quer da escola pública. E esses pressupostos que elencou já foram ultrapassados por este governo? E xatamente por não querermos ser o governo que chega e muda tudo de repente, há trabalho a fazer. O que nos parece importante, nesta fase, é tentar construir consensos e edifícios sólidos. Por exemplo ao nível do currículo. Não ganhamos nada, agora, em revogar este programa, quanto temos uma casa curricular toda desarrumada. Tivemos dois momentos rele-

vantes nos últimos anos: Um que foi o alargamento da escolaridade para os 12 anos e outro foi a revogação do currículo nacional do ensino básico pelo ministro Nuno Crato. Seja pelo alargamento de um ou revogação de outro, não sabemos o contributo de cada área disciplinar para o perfil do aluno, simplesmente porque ele não existe. Está implícito que vai passar a existir? É crucial, por isso constituímos um grupo de trabalho, coordenado pelo Dr. Guilherme de Oliveira Martins que vai definir o perfil do aluno à saída da escolaridade obrigatória, para a partir daí olharmos para o que é essencial em cada área disciplinar e depois deixar as escolas gerir o currículo com flexibilidade. Significa que vamos ter alterações curriculares? Vamos ter sobretudo flexibilização curricular, ou seja, definir um currículo mínimo em cada área e, mesmo sem alterar programas, deixar que as escolas façam as suas escolhas. Quando prevê que esteja concluído esse processo? Tenho a expectativa de começarmos com uma versão em algumas escolas ou mesmo já de forma generalizada, em função do ritmo de produção deste trabalho. Espero que grupo conclua o trabalho até Dezembro, o que implica que possa ocorrer esta alteração já para o próximo ano letivo. Há pouco esqueci de perguntar-lhe se não vê nenhuma bondade no ensino dual? Vejo muita bondade no ensino dual. A partir do secundário faz sentido. Mas aquilo que estava a ser introduzido era uma descontinuidade dos estudos que podia levar à amputação de um futuro

dos alunos. Dou um exemplo: Temos um aluno que no segundo ciclo tem um histórico de duas retenções e tem treze anos; esse aluno é encaminhado para um vocacional de segundo ciclo. Com este segundo ciclo só poderia fazer um terceiro ciclo em vocacional. Estes alunos nunca iriam ter possibilidade de fazer um 12.º normal, por isso criaram um vocacional secundário. São percursos encurtados, que certificam, não qualificam. E depois saem do sistema, já não contam para o insucesso e abandono escolar. É perverso. Ainda por cima sabendo os rácios que temos no absentismo e abandono escolar… Este governo tem no seu programa um grande foco na promoção do sucesso escolar. Repare que 35% dos jovens aos quinze anos reprovam mais que uma vez. Temos anos absolutamente criticos em termos de taxas de retenção, sobretudo nos anos de transição de ciclos, 5.º 7.º e 10.º anos. É um drama que apoquenta e de maneira o nosso distrito. Tem essa ideia? Claro, o distrito é problemático nesses domínios. Mas sabemos várias coisas sobre o insucesso escolar e sobre alguns dos preditores, as causas. Por exemplo, a qualificação dos encarregados de educação e por isso vamos investir na requalificação de adultos; o nível sócio-económico das famílias e o contexto local. A medida mais eficiente para minimizar este problema é trabalhar as condições externas à escola. “Mas as condições externas têm de ser tidas em conta na sala de aula. Não posso ensinar da mesma forma e tratar como iguais os alunos que têm carinho em casa e os que chegam com o pequeno-almoço por tomar” Retomo a ideia de uma escola justa e democrática. O pobre não


SOCIEDADE

Mais inclusão para alunos com necessidades especiais A aposta na inclusão de alunos com necessidades especiais é outro objetivo da atual tutela da educação. João Costa garante que a legislação que está a ser preparada «vai garantir que estes alunos sejam, não só integrados, mas verdadeiramente incluídos» no sistema de ensino. «Já este ano letivo, garantimos que as turmas que têm redução de alunos devem incluir alunos com necessidades especiais e permanência na escola pelo menos em 60 por cento do seu tempo». De acordo com estatísticas internacionais Portugal é até dos países com maior integração de alunos com deficiência, sendo que 98 por cento destes jovens estão integrados, mas grande parte em salas separadas. «Acabam por estar integrados, mas não incluídos», explica o secretário de Estado, que entregou o dossier a um grupo de trabalho e promete mais formação de professores nesta área sensível. tem que estar condenado à partida a ser mau aluno. Portanto, nós temos que ter um olhar que faz convergir um esforço muito grande da escola, das famílias e da comunidade. Como se faz isso? De duas maneiras. Neste plano nacional de combate ao insucesso escolar, há um ponto de partida que e claro: a pior coisa que o ministério podia fazer era impor medidas a todas as escolas independentemente dos problemas localizados em cada uma delas. Por isso convidámos as escolas a desenvolverem estratégias próprias tendo em conta o contexto, as dificuldades, os problemas principais, bem como o corpo docente capaz de mobilizar para diferentes estratégias. Desenvolvemos um plano de formação para as lideranças das escolas e cada uma delas vai, em conjunto com as câmaras municipais e comunidades intermunicipais e metropolitanas elaborar estratégias para este combate, com com fundos comunitários, fazendo convergir os fatores internos à escola com o trabalho mais alargado da comunidade sobre os fatores externos. E a cooperação com as autarquias do distrito em áreas a que vão ser chamadas? Há casos de grande cooperação e outros de maior desconfiança. Mas sobretudo há boa vontade de diálogo. O que se pretende é não correr riscos com os projetos, usar eficientemente os dinheiros públicos. Recordo sempre os anos 90, a propósito da formação profissional. Gastou-se tanto dinheiro e passados 20 anos ainda temos a população ativa menos qualificada da Europa. A diferença é que daqui a 20 anos, quando olharmos para trás, sou eu que estou cá. Sou contra as atividades vedeta: faz-se uma coisa bonita, tira-se

uma fotografia e no dia seguinte está tudo igual. Como vê projeto “Aproximar” que transfere “ensino” para as câmaras? Esse projeto de descentralização não é da minha tutela, mas tenho visto nesse caso o bom e o muito mau. Situações em que alguns municípios se sentem donos das escolas usurpando competências e há casos em que há boa cooperação. Sou favorável à descentralização. Mas há linhas vermelhas que não podem ser ultrapassadas. A competência pedagógica é da escola, a gestão do projeto educativo é da escola. Claro quando tenho um projeto educativo a escola tem que interagir com o seu território, percebê-lo e integrá-lo. São duas coisas distintas. Alguma alteração prevista neste caso? O programa do governo prevê um aprofundamento da descentralização. No caso concreto da educação, estamos a negociar. Mas, reitero, as competências pedagógicas ficam nas escolas e a gestão de professores também. São duas linhas vermelhas que o projeto “Aproximar” tornava menos claro. Mas vai continuar? Esta a ser avaliado. Há um grupo que esta a fazer essa avaliação, porque é um projeto piloto e o contrato está a decorrer. E o contínuo processo da autonomia das escolas como está? Autonomia das escolas está consagrada na legislação há muitos anos, e não passa de uma palavra vazia. As escolas têm autonomia, mas depois não podem gerir o currículo, não podem gerir os tempos nem a sua forma de organização. Estamos a querer dar sentido à palavra autonomia em várias frentes: Uma das que destaco, já se manifestou este ano,

tem a ver com a forma de organização do ano letivo, agora muito menos prescritivo do que anos anteriores. Os diretores receberam um conjunto de horas em bolo e as indicações que demos foi para as distribuírem e gerirem de modo próprio. Outra, não menos relevante, são os projetos de promoção do sucesso escolar. Se há insucesso então a escola pode ter mais horas de apoio. O que nos dissemos foi, identifiquem as estratégias que fazem mais sentido. Neste momento, temos quase todo o universo dos agrupamentos nacionais com trabalho realizado.É também um passo significativo em termos de autonomia, na medida em que as escolas poder criar estratégias próprias e implementá-las. Neste momento estamos também a ver como afetar os recursos a estes planos. E um terceiro passo é a generalização da flexibilização do currículo, que é dos mais importantes em termos de autonomia das escolas. É uma meta para 20172018, em que vamos convidar as escolas a gerir parte dos currículos, o que pode significar mais horas por disciplina, criar disciplinas próprias, cruzar diferentes disciplinas, incluindo disciplinas que tenham a ver com o território. E estas vão fazer parte do currículo. Vamos dar mais peso aos professores, para que estes passem a ser agentes do currículo e não meros executores. Uma das bandeiras deste governo é a aposta na requalificação de adultos. Como se está esse dossier? Neste momento vamos fazer o lançamento dos centros “Qualifica” entre finais este mês e Outubro, que inclui o concurso de financiamento. A nossa meta é termos até final de 2017, 300 centros a funcionar, alargando a cobertura territorial e dotando estes centros de mais recursos para

poderem trabalhar. Com metas ambiciosas e um grande incentivo à pró-actividad no recrutamento de adultos. E preciso perceber que estamos a falar de uma questão muito estruturante para o país. 65 por cento da população ativa na casa dos 64 anos não concluiu o ensino secundário. E esse fator tem correlações fortes no emprego e na remuneração do mesmo. Isto no país em que (são dados do INE) tem correlações fortes entre qualificação e o emprego. Repare que a formação de crianças e jovens é uma responsabilidade social aos olhos da nossa sociedade, conceito que não ocorre em relação aos adultos. Precisamos, pois de construir um consenso em torno da necessidade deste tipo de formação e assegurar este direito a quem dele precisa. E havia algum consenso em torno desta questão que foi interrompido com anterior governo. E impressionante ver que a quebra de adultos inscritos em programas de formação nestes anos foi de 87%. É um número assustador e mostra bem a violência da campanha que se fez contra a qualificação de adultos. Não partilha de nenhuma crítica feita ao “Novas Oportunidades”? Tiveram o seu percurso, tinha uma meta de certificação e houve casos em que correu mal. Em que a certificação foi feita, ou sem grande critério, ou sem grande qualidade. Mas, pegaram-se nos casos que correram mal e matou-se tudo. Em vez de os corrigir. A evolução que estamos a fazer neste domínio, é afastar-nos da certificação como meta principal e passarmos a ter como objetivo central a qualificação. Sobretudo, queremos investir nesta área e ajudar a construir uma percepção social de que todos têm o direito à formação. E neste caso estamos a falar de um universo

de quase três milhões de portugueses como destinatários. O que está pensado fazer para atacar a desvalorização do ensino profissional? Nós temos o ensino dividido em três caminhos possíveis: Ciêntífico-humanístico, profissional e artístico. As mudanças da avaliação que foram introduzidos pelo anterior governo inviabilizam na prática o acesso ao ensino superior para um aluno que opte, por exemplo, pelo ensino profissional. Isso significa que há aqui um ramo para uma elite e depois o resto. O que está a ser feito para alterar o paradigma? Temos que fazer a alteração legislativa para o efeito, com vista a uma nova avaliação dos alunos do ensino profissional e artístico. O olhar do anterior governo sobre o ensino profissional não o dignifica, porque parte do princípio de que apenas o científico-humanístico visa o prosseguimento de estudos. Há aqui um ramo que é ciêntífico-humanístico que é a fatia que tem direito a seguir os estudos. As outras não têm direito. Esta é a segregação. Tudo o que estava a ser construído em nome de um supost rigor tem na verdade este olhar elitista, segregador, de uma escola que não é para todos. O nosso olhar, que é um olhar de um passado de construção de uma escola democrática é inclusivo e para todos. O professor Joaquim Azevedo, costuma dizer que a escola portuguesa é democrática na medida em que está aberta a todos, mas ainda não é justa, na medida em que não garante o sucesso a todos. E essa injustiça estava a agravar-se nos últimos anos. Ora se não é justa também não é democrática, porque não há democracia sem justiça. O que queremos é uma escola pública promotora de igualdade e mobilidade social.

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SOCIEDADE

Documentário Português ganha 12 grandes prémios internacionais Depois de ter ganho 7 grandes prémios na Republica Checa, Sérvia, México, Israel, França, Israel e Hollywood, Carlos Sargedas volta a ganhar uma série de prémios em 3 festivais internacionais de cinema com o seu documentário “Cabo Espichel - Em Terras de Um Mundo Perdido”.

O

referido documentário acaba de ganhar mais 6 prémios. Um prémio no festival internacional de cinema, na Indonésia, onde irá estar presente na cerimónia de entrega de prémios do dia 19 deste mês, em Jacarta. Um prémio de melhor documentário de Turismo, na categoria TRAVEL, nos Estados Unidos, nos Laiffa Awards, cuja cerimónia decorre em outubro, em Los Angeles. E também ganhou 4 grandes prémios, novamente em Hollywood, ao conseguir os prémios melhor realização; melhor cinematografia; melhor banda sonora e ainda o grande prémio do festival,

como o Melhor Filme do Festival, no Hollywood International Moving Pictures Film Festival, com cerimónia marcada para 7 de Janeiro de 2017, em Hollywood nos Estados Unidos. Até ao momento, além dos 12 prémios já alcançados, este documentário está ainda inscrito em outros festivais em vários países onde até ao fim de janeiro poderá ganhar mais alguns prémios. Além disso, esteve nomeado para prémio ou passou na seleção oficial em vários outros festivais Internacionais, promovendo, assim, a nossa região e Portugal um pouco por todo o mundo. Carlos Sargedas é, atu-

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almente, também o presidente do Arrábida Film Commission e diretor do Finisterra Arrábida Film Art & Tourism Festival, além de fotógrafo, realizador e produtor já com vá-

rios prémios e distinções nacionais e internacionais em outros festivais com pequenos filmes promocionais de turismo sobre Lisboa, e Sesimbra em anos anteriores.

Montijo reduz dívidas em 817 mil euros

O

presidente do município do Montijo, Nuno Canta, revelou, na última sessão pública, que as dívidas da edilidade baixaram em 817 mil euros. O relatório de contas, da responsabilidade de um auditor externo, permite «monitorizar e acompanhar a gestão municipal no decurso do ano económico e que, por isso mesmo, permite uma leitura independente sobre a situação financeira municipal», informou o edil. Nuno Canta informou ainda que o município «regista uma margem absoluta de possibilidade de envidamento superior a 30 milhões de euros». «No final do semestre o prazo médio de pagamento foi de sete dias. O esforço da gestão municipal em manter um prazo médio de pagamento reduzido e em geri-lo com rigor, constitui uma forte

aposta no reforço da confiança dos nossos fornecedores», disse. «Na análise orçamental verificamos um excelente grau de realização da despesa correspondendo a um grau de execução orçamental anual de 43 por cento no 1.º semestre», afirmou o autarca, acrescentando que, no que se refere à despesa cobrada, destaca-se aumento global de 3 por cento, justificado pelo aumento das transferências de capital, em resultado da recuperação de fundos comunitários do quadro de Referência Estratégica Nacional para a realização de obras do Passeio do Cais e de Reabilitação do Mercado Municipal». De acordo com o relatório apresentado pelo revisor oficial de contas, «a situação económica e financeira do município do Montijo é estável e muito positiva, com redução efetiva do endividamento da entidade».


SOCIEDADE

Rainha das Vindimas 2016 Festa do Avante gosta de trabalhar em grandes casos volta a receber milhares na Atalaia A nova rainha da Festa das Vindimas, que aprecia o fogo-de-artifício e o cortejo, é admiradora deste certame há largos anos. Revelou que gosta de descobrir grandes casos e que é uma honra receber a faixa de rainha das festas mais emblemáticas da região. TEXTO ANTÓNIO LUIS IMAGEM SM

N

ádia Sofia, de 16 anos, de Águas de Moura, foi eleita rainha das Vindimas de 2016, numa gala que lugar no teatro S. João, em Palmela, a 31 de agosto, com apresentação do jovem humorista Diogo Faro. Os títulos de 1.ª e 2.ªs Damas de Honor recaíram em Mafalda Marçalo (também ganhou a faixa da Simpatia) e Carolina Fonseca. As quinze candidatas ao trono, desfilaram em traje desportivo, fato de noite e traje regional. Nádia Sofia mostrou-se surpreendida por ter vencido o certame. «Não estava nada à espera. É

uma honra receber este título». A nova rainha tenciona seguir a carreira de analista forense, porque gosta de «descobrir grandes casos». Fã da Festa das Vindimas há «vários anos», Nádia Sofia aprecia, sobretudo, o «fogo-de-artifício e o cortejo alegórico». A jovem acabou de completar o 11.º ano de escolaridade, na escola secundária D. João II, em Setúbal, e no dia 11 deste mês vai participar na Miss European. A marcha das Vindimas 2016, com música de José Condinho e letra de Nicolau da Claudina foi interpretada por Sofia Claudino, durante a gala, enquanto a marcha do ano passado foi relembrada por Sara Coelho.

O júri foi constituído por Luís Silva (enólogo), Mafalda Martins (GNR), Carlos Rocha (Autoeuropa), Telma Fragoso (Rainha das Vindimas) e Rafael Reis (ciclista). A animação musical esteve a cargo da orquestra das Vindimas, composta por 7 músicos, e pelo DJ Monchike. As

cantoras de serviço foram Cristina Delícias e Salomé Caldeira. Foi prestada homenagem a Cristina Pereira, recentemente falecida, que chegou a ser rainha e madrinha da Festa das Vindimas. «Esteve ligada à Humanitária e foi sempre uma defensora destas festas», frisou o apresentador.

A

Festa do Avante, que decorre até este domingo, na Quinta da Atalaia, no Seixal, celebra a sua 40.ª edição, com muita música, gastronomia, exposições, desporto, entre outras iniciativas. Ana Moura, Xutos e Pontapés, Sérgio Godinho & Jorge Palma, Katia Guerreiro, Carlão com Sam the Kid e Sara Tavares, Cristina Branco e Marta Ren com Ana Moura, são alguns dos artistas que vão atuar este ano às festas. A 40.ª edição da Festa do Avante, tem passe para os três dias, que custa 23 euros. A Festa do Avante é uma festa cultural e musical com a duração de 3 dias, realizada pelo Partido Comunista Português. É o maior evento político-cultural realizado em Portugal. É realizada na Quinta da Atalaia, freguesia da Amora, concelho do Seixal, perto da Baía do Seixal. É

construída todos os anos com trabalho voluntário de cerca de 12 mil pessoas, entre militantes e amigos, e onde são contabilizadas cerca de 20 mil horas de trabalho a erguer, decorar e equipar cerca de 22 mil metros quadrados. É aberta ao público em geral, mediante um título de entrada (“EP - Entrada Permanente”) de valor reduzido e que dá acesso a todos os eventos que ali decorrem. Todos os anos, os visitantes podem assistir a peças de teatro, ranchos folclóricos, grupos corais, dança e concertos de vários géneros musicais (incluindo música clássica) nos vários palcos, por onde passam dezenas de grupos de artistas. Realizam-se variados debates políticos com a participação de vários dirigentes do PCP e a feira do livro, do disco, do artesanato entre vários outros programas desportivos e culturais.

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LOCAL

ALCÁCER DO SAL Comunidade piscatória celebra Carrasqueira

SANTIAGO DO CACÉM Feira do Monte mostra produtos endógenos

A comunidade piscatória da Carrasqueira organiza mais uma festa de Nossa Senhora dos Navegantes, este fim-de-semana, a qual conta com os apoios da Câmara Municipal de Alcácer do Sal e da Junta de Freguesia da Comporta. Este sábado, às 16 horas, tem lugar o círio fluvial Comporta/Carrasqueira, junto ao Museu do Arroz. A chegada do círio ao cais palafítico da Carrasqueira é às 18 horas. Às 18h15 dá-se início da procissão, no cais palafítico. Bailes, jogos tradicionais, caça ao pato, subida ao mastro são outros atrativos da festa.

Santiago recebe, até domingo, a secular Feira do Monte, que pretende afirmar as raízes locais através do artesanato e de produtos locais. «Temos investido, nos últimos anos, nestas áreas, de modo a que feira seja cada vez mais conhecida nestas vertentes», salienta o edil Álvaro Beijinha. O espaço dedicado ao artesanato conta com 78 expositores e um espaço central dedicado à gastronomia local, com degustações. A música também tem uma presença forte na feira. «Tendo em conta que temos uma realidade financeira mais consolidada, decidimos, este ano, investir mais na área dos espetáculos», refere o edil. Os Baldoregas e Diogo Piçarra são os destaques nos concertos.

ALCOCHETE Passeios turísticos no Bote Leão Os passeios turísticos a bordo do bote Leão arrancam este sábado, dia 3 de setembro, com um passeio com destino à ponte Vasco da Gama, às 14 horas. Não deixe de usufruir desta nova embarcação do Tejo, que proporciona agradáveis passeios turísticos em plena zona ribeirinha de Alcochete e reserva natural do Estuário do Tejo. Os próximos passeios estão agendados para os dias 4 e 18, às 14 horas, e para os dias 10, 11, 24 e 25, às 10h30. No dia 17 a partida é às 15 horas. Mais informações podem ser obtidas junto do posto de turismo da vila.

ALMADA Viaduto do Pragal com circulação alternada A circulação de trânsito no viaduto do Pragal está condicionada devido à renovação da rede de abastecimento de água. Os automobilistas que pretendam fazer a ligação entre Almada e a Caparica devem evitar, nas horas de ponta da manhã e da tarde, este viaduto. Devido à renovação da rede de abastecimento de água, por parte dos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento, a circulação de trânsito na rua D. João de Castro, entre o viaduto do Pragal e a rotunda da rua Cidade de Ostrava, no Pragal, está a ser feita alternadamente, com recurso a sinalização semafórica. Como alternativa, sugere-se a utilização da Av. Bento Gonçalves, rotunda do centro sul, IC20 em direção à Caparica e vice-versa.

PALMELA Câmara apoia reparação da cobertura dos Loureiros O município aprovou, por unanimidade, na reunião pública de 24 de agosto, o apoio financeiro, no valor de 25 mil euros, à Sociedade Filarmónica Palmelense “Loureiros”, como comparticipação do município na reparação da cobertura do salão do edifício sede. Recorde-se que esta intervenção, de grande relevância, pela importância daquele equipamento na atividade cultural e social da vila e do concelho e complexidade, está orçada em cerca de 80 mil euros e surge na sequência da avaliação e recomendações do Laboratório Nacional de Engenharia Civil, garantindo, deste modo, a segurança do edifício e a normalidade da vida associativa.

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GRÂNDOLA Universidade senior abre inscrições Continuam abertas inscrições para a Universidade Sénior. Para o ano letivo de 2016/17 existem cursos/aulas de alfabetização, artes decorativas, atualidades, acordeão, viola, cantinho dos segredos, danças coreografadas, cidadania, direitos e deveres, desporto sénior, ensaio de tuna, expressão teatral, hidrognástica, história e património locais, informática, inglês, literatura portuguesa e poesia, entre outros. Esta universidade entrou em funcionamento em novembro de 2007, é uma resposta social da responsabilidade do município de promoção do envelhecimento ativo, desenvolvida em equipamentos da autarquia, que visa criar e dinamizar regularmente atividades culturais, educacionais, de lazer e convívio para maiores de 50 anos, com ou sem experiência escolar.

MOITA Festas de N.ª Sr.ª da Boa Viagem estão a chegar Já é conhecido o programa das Festas da Moita, que decorrem de 9 a 18 de setembro. A apresentação pública realizou-se a 27 de agosto, junto à Praça Daniel do Nascimento, e contou com a participação da Charanga do Huga da banda do Rosário, da banda de José Bacalhau, uma largada, no interior da praça, e um baile com o Contra Ponto. As tradicionais festas representam a hospitalidade, a religiosidade, as tradições ligadas ao rio e à festa brava. David Carreira, Quim Barreiros, Deolinda, HMB, DJ Kamala e Diogo Piçarra são alguns dos nomes que vão subir ao palco.

MONTIJO Festas religiosas animam Canha Até este domingo, prossegue a festa por N.ª Sr.ª da Oliveira, em Canha, com animação, música e tradição. Este sábado, atua a cantora Rebeca, no palco principal, a partir das 23h30. A procissão em honra de Nossa Senhora da Oliveira, sai às 18 horas. As festas de Canha encerram com o concerto de José Malhoa, às 22h45, no palco principal, seguindo-se o fogo-de-artifício. Além dos momentos religiosos e da música, haverá largadas, bailes, concertos com diversas bandas, sevilhanas, quermesse, um torneio de futsal e muita animação.

SEIXAL Município abre candidaturas para espaço agrícola As candidaturas para atribuição de talhões no espaço agrícola do Soutelo, na Amora, decorrem até dia 20. Disponibiliza aos munícipes áreas para o cultivo de produtos orientados pelos princípios da agricultura sustentável. Este espaço dispõe de uma área útil de cultivo de 4 050 metros quadrados, distribuída por 20 unidades de hortas sociais e 15 unidades de hortas recreativas. O espaço, localizado na rua das Laranjeiras, tem disponíveis infraestruturas como vedação, rede de distribuição de água e um edifício para arrumo de ferramentas. As candidaturas podem ser formalizadas através do formulário disponível nos serviços online do município.

SESIMBRA Há animação na fortaleza de Santiago Durante o corrente mês, a animação de verão continua na Fortaleza de Santiago. O monumento recebe música, teatro, yoga e artes plásticas. O destaque vai para o espetáculo, no dia 30, Fazz, com Claud, voz, e Paulo Cavaco, piano, onde o fado é a calma e a música improvisada é a alma. A artista canta alguns dos fados mais conhecidos do público, de uma forma diferente, pois as harmonias que a acompanham viajam pelo jazz, blues, entre outras sonoridades.

SINES Limpeza das praias do Pessegueiro e de Porto Covo Sines vai assinalar o Dia Nacional de Limpeza das Praias com ações de limpeza nas praias da Ilha do Pessegueiro e Praia Grande de Porto Covo, a 17 e 18 deste mês, respetivamente. No dia 17, a concentração dos voluntários é às 8 horas em Sines e às 8h30 em Porto Covo. Já no dia 18, há concentração às 8 e às 8h30, nos mesmos locais. As inscrições estão abertas através do email: ambiente@mun-sines.pt ou por intermédio do telemóvel 914 946 009 ou do telefone 269 860 012.

SETÚBAL Moinho reabre com novo figurino

BARREIRO Repavimentações avançam no terreno

O Moinho de Maré da Mourisca reabriu as portas ao público, após requalificação. O espaço está agora muito mais acolhedor, depois de ter sido redecorado e dotado com mais pontos de fruição para os visitantes, nomeadamente zonas de estar, de convívio e de degustação e compra de produtos regionais. A presidente Dores Meira, sublinhou que o moinho, «no âmbito da promoção de Setúbal nos certames internacionais, está sempre presente, graças às condições únicas que este espaço oferece à escala europeia para os circuitos pedestres e, especialmente, a observação de aves, mercado turístico em expansão».

De 6 a 14 deste mês, avança no terreno a repavimentação das ruas S. Tomé e Príncipe, Bissau e da Av.ª Escola de Fuzileiros Navais, em Santo André. Esta intervenção, inserida no Plano de Repavimentações 2016, proporcionará significativas melhorias no conforto e na segurança para os automobilistas e peões que utilizem esta via municipal constituindo, igualmente, uma clara melhoria do espaço público. No decorrer da intervenção serão, pontualmente, condicionados o trânsito e estacionamento na via, para os quais a CMB agradece a compreensão de toda a população.


DESPORTO

Rio Frio organiza 1.º campeonato europeu de endurance para jovens cavaleiros e juniores em Portugal Portugal recebe pela primeira vez o Campeonato Europeu de Endurance para Jovens Cavaleiros e Juniores Meydan FEI European Endurance Championship for Young Riders & Juniors - que vai decorrer no Polo Equestre de Rio Frio, este sábado, com a participação de 61 cavaleiros em representação de 12 países.

E

sta é uma competição oficial da Federação Equestre Internacional - CH-EU-YJ-E-120 - que se realiza de 2 em 2 anos, na qual vão participar os jovens cavaleiros e juniores da Alemanha, Bélgica, Eslováquia, Espanha, França, Grã-Bretanha, Holanda, Hungria, Itália, Noruega, Portugal e Suécia. A prova de Endurance será disputada, por equipas e individualmente, em 120 km de percursos equestres da Herdade de Rio Frio organizados por etapas de 40 km, 30 km, 30 km e 20 km. Além do envolvimento e apoio da Federação Equestre Internacional e da Federação

Equestre Portuguesa, de Rio Frio enquanto Comissão Organizadora, o evento conta igualmente com o apoio do MEYDAN GROUP dos Emiratos Árabes Unidos, como principal sponsor, das Câmaras Municipais de Alcochete e Palmela, do Instituto Português do Desporto e da Juventude, da Escola Profissional do Montijo, da Setzi e da Intacol. As primeiras equipas começam a chegar a Rio Frio no dia 29 de Agosto e a cerimónia de abertura do evento realiza-se no dia 1 de setembro em Alcochete, junto ao passeio do Tejo, e será antecedida por um cortejo com as equipas que vão competir e com a participação especial da

charanga da Guarda Nacional Republicana. As inspeções oficiais vão decorrer em Rio Frio no dia 2 de Setembro a partir das 15h00. No dia do evento, 3 de setembro, a partida para a primeira etapa está marcada para as 7h30 e a cerimónia de encerramento e entrega de prémios tem lugar às 19h00. No domingo, o Polo Equestre de Rio Frio, recebe outras competições internacionais e nacionais de Endurance, com particular destaque para a Meydan Rio Frio Endurance Cup 2016 (CEIO3* 160 km), o CEI2* 120 km, CEIYJ2* 120 km e o CEI 1* 80 Km.

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CULTURA

Joel Carvalho lança-se numa carreira a solo como produtor teatral Depois de duas experiências como ator, nas produções de Bruno Frazão, o jovem Joel carvalho lança-se numa carreira a solo como produtor. “O Nosso Drama”, que estreia em dezembro, pretende abrir a mente das pessoas para falarem sem medo dos problemas da sociedade. TEXTO ANTÓNIO LUIS IMAGEM SM

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jovem talento sadino, Joel Carvalho, estreia, em meados de dezembro, no ‘Casarão’, em Setúbal, a sua primeira produção teatral. Trata-se de um melodrama intitulado “O Nosso Drama”, sob o lema “Eu acredito”, que pretende alertar as pessoas para discutirem abertamente, sem medos, os problemas da nossa sociedade. No global, vão estar em palco 12 pessoas, incluindo bailarinas. «Esta peça fala sobre o verdadeiro significado do amor, da pobreza, da crise, dos varredores de rua, dos lares. Desperta as pessoas a olhar para problemas que muitas vezes fechamos os olhos e retrata a

forma como podemos mudar as coisas», realça Joel Carvalho, o autor e encenador da produção. «A intenção é dar voz aos assuntos que as pessoas têm medo de falar, porque têm receio das opiniões dos outros», vinca. No final do espetáculo, o autor irá pedir ao público para ler as mensagens que estão coladas por baixo das cadeiras. «São mensagens de esperança e motivação. Espero que as pessoas saiam da sala com a mente aberta face aos problemas da sociedade e que aumentem a motivação e acreditem nelas», afirma. Depois de ter participado em duas produções teatrais de Bruno Frazão, como ator, Joel Carvalho tenciona enveredar por uma carreira a solo também como produtor. «En-

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trei na revista “É só Pagode” e na cegada “A Coisa aqui tá preta” mas, a partir de agora, quero investir numa carreira a solo, apesar de reconhecer que não é fácil», revela. Joel Carvalho já agendou outras três sessões de “O Nosso Drama”, uma na Palhavã e outras duas em lares da região, e confessa que já está a escrever a sua primeira revista à portuguesa. Aos 18 anos e com o curso de técnico de apoio à infância, Joel Carvalho tenciona, um dia, pisar o palco do teatro Maria Vitória, no parque Mayer. «Sempre me interessei pelo teatro. Quando era mais novo, adorava ver os programas da Marina Mota, na televisão. Costumava vestir as roupas dos meus avós e dramatizar», frisa.


CULTURA

AGENDA SETÚBAL03SETEMBRO21H30

“Jesus Cristo” integra musical do TAS sobre Bocage

MUSICAL DEDICADO A BOCAGE FORUM LUÍSA TODI

O Teatro Animação de Setúbal apresenta a 128.ª produção “Bocage, Inferno & Paraíso”, inserida no programa das comemorações dos 250 anos do nascimento de Bocage, com textos e encenação de Miguel Assis, a partir da obra bocagiana. Destaca a importância dialética do homem e do poeta, tanto para Setúbal como em relação a outras personalidades da época em Portugal e no mundo.

SANTIAGO DO CACÉM 03SETEMBRO22H30

MELODIAS DE DIOGO PIÇARRA PARQUE DE FEIRAS E EXPOSIÇÕES

O jovem talento nacional, Diogo Piçarra, atua em mais uma edição da Feira do Monte, um certame que pretende afirmar as raízes locais através de uma forte presença de artesanato e de produtos locais.

BARREIRO10SETEMBRO21H30

OFICINA DE TEATRO VIRA PEÇA AUDITÓRIO AUGUSTO CABRITA

“E Agora Nós!”, de Rui Catalão, resulta da vontade de querer trabalhar com três pessoas: Adriano Diouf, Jéssica Ribeiro e Vânia Lopes, que o autor descobriu, por ocasião, numa oficina de teatro que dirigiu no Centro de Experimentação Artística (CEA) do Vale da Amoreira. Nesta “rodinha de fogo”, até o público se arrisca a entrar, mesmo que prefira não ficar envolvido. A alternativa a não arder é contar uma história, daquelas que são difíceis de partilhar.

SINES10SETEMBRO22H00

ANA MOURA CANTA EM SINES PAVILHÃO MULTIUSOS

Depois de “Desfado” se ter tornado o álbum mais vendido de um artista português nos últimos 10 anos, Ana Moura regressa com “Moura”, disco que dá continuidade à sua parceria com o produtor norte-americano Larry Klein, cujo currículo inclui gravações com Joni Mitchell, Herbie Hancock, Madeleine Peyroux ou Melody Gardot. Em palco, a artista continuará a contar com o mesmo excelente naipe de músicos que a tem acompanhado nos últimos anos: Ângelo Freire, Pedro Soares, André Moreira, João Gomes e Mário Costa.

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Teatro Animação de Setúbal estreou, no dia 1, à noite, no Fórum Luísa Todi, o musical “Bocage, Inferno & Paraíso”, que volta ao palco este sábado, às 21h30, e domingo, às 17 horas. Inserida no programa das comemorações dos 250 anos do nascimento de Bocage, com textos/encenação de Miguel Assis, a partir da obra bocagiana, destaca a importância dialética do homem e do poeta, tanto para Setúbal como em relação a outras

personalidades da época em Portugal e no mundo. Com humor e rigor histórico, o espetáculo é centrado na vida e obra do poeta, de índole musical, com características de teatro satírico e cómico, que ultrapassa as fronteiras da literatura e da poesia e constitui um espelho de época, de 1765 até hoje, e não apenas até à data da sua morte, em 1805. O musical tem no elenco Célia David, Duarte Victor, Miguel Assis, Sónia Martins e Susana Brito, e o cantor/ator convidado Da-

vid Ventura, que vestiu a pele de Jesus Cristo, no musical “Jesus Cristo Superstar”, de Filipe La Feria. Iolanda Rodrigues coreografou o espetáculo com bilhetes a 8 e 10 euros. Célia David, diretora do TAS, faz balanço positivo da estreia. «A estreia correu bem. O público pareceu bastante divertido e o feedback que tivemos de alguns espectadores é bastante gratificante porque todas as reações são positivas. É um espetáculo bastante abrangente em termos de faixas de públi-

co. O TAS tem tradição neste género teatral, desde 1983 que pela mão de Fernando Gomes apresentamos teatro musical. E Bocage é um ótimo pretexto porque a sua vida e a sua poesia é muito rica em situações e imagens dramáticas. É pena que só possamos fazer 4 representações no fórum, o que é insuficiente, pois este espetáculo tem características que permitiam fazer uma carreira mais alargada, porque é popular e é o que público esperava há algum tempo do TAS».

XVIII Festa do Teatro ultrapassa expetativas

GRÂNDOLA10SETEMBRO21H00

APRESENTAÇÃO DE LIVRO BIBLIOTECA MUNICIPAL

Apresentação do livro “ Poeticamente falando”, de Maria Júlia Soares Bica, por Maria da Conceição Matos André, com a participação da acordeonista Maria Adélia Botelho.

ALMADA17SETEMBRO21H30

JOANA AMENDOEIRA DÁ CONCERTO TEATRO JOAQUIM BENITE

Joana Amendoeira estreou-se aos 11 anos na Grande Noite do Fado, realizada no Porto, tendo regressado ao concurso no ano seguinte e vencido na categoria de In-terpretação Feminina. A fadista conta já com 8 discos editados e distintas participações em compilações de fado, nacionais e internacionais, assim como vários prémios, entre os quais o Prémio Revelação atribuído pela Casa de Imprensa (2004), e o Melhor Disco de Fado (2008), atribuído pela Fundação Amália Rodrigues.

C

erca de três dezenas de iniciativas culturais, como teatro de sala e de rua, música, cinema e manifestações artísticas emergentes, contribuíram para o sucesso do XVIII Festival Internacional de Teatro de Setúbal, que decorreu de 18 a 28 de agosto, numa organização do Teatro Fontenova, com apoio do município. O diretor artístico do

certame, José Maria Dias, sublinha que o balanço desta edição «só pode ser muito positivo, com o público a aderir acima das expetativas e a visibilidade do festival a nível nacional também a surpreender além do esperado». O programa variado da festa permite, segundo a mesma fonte, levar ao público um leque alargado de experiências rela-

cionadas com a atividade cénica. «Iniciativas como o (Re)Cantos, em que atores conversam informalmente com o público são muito boas. As pessoas acabam por se aperceber e travar contacto com muitas coisas que invariavelmente não se apercebem durante uma encenação, tornando-se numa experiência muito enriquecedora».

O êxito de mais uma edição do festival leva a que o diretor artístico se mantenha otimista em relação ao futuro, uma vez que «está, assim, garantido e com perspetivas de melhorar». José Maria Dias frisou que «o festival tem sido visto e falado em parte também porque a autarquia o tem apoiado financeira e organizacionalmente».

GANHE CONVITES PARA O “MUSICAL DA MINHA VIDA” NO CASINO ESTORIL Temos convites para os nossos leitores assistirem ao novo espetáculo de Filipe La Feria, intitulado “O Musical da Minha Vida”, em cena há vários meses, com grande sucesso, no Casino Estoril. São cabeças de cartaz Alexandra e Dora, entre outros. Para se habilitarem aos prémios, baste ligarem 96 943 10 85 ou 918 047 918.

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FESTA DAS VINDIMAS 2016

SOB O LEMA “PALMELA ÉS LINDA !”

54.ª Festa das Vindimas celebra os excelentes e medalhados vinhos da região As mais emblemáticas festas da região voltam a realçar a qualidade dos seus vinhos afamados e medalhados em todo o Mundo. O programa está recheado de atividades para todos os gostos.

PROGRAMA DIA 3

TEXTO ANTÓNIO LUIS IMAGEM SM

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té ao dia 6, vila de Palmela está a viver a 54.ª edição da Festa das Vindimas, sob o lema “Palmela és linda!”, numa organização da Associação de Festas de Palmela – Festa das Vindimas, com o apoio do município e da Junta de Freguesia, entre outros. O certame apresenta, aos milhares de visitantes previstos, um programa bem recheado, que

conjuga novidades como o programa “Pôr-do-Sol n’Adega”, no espaço Adegas Wine Lounge, que conta com a participação de enólogos da região e a apresentação de novos produtos - o churrascão Palmelão ou a 1.ª rampa das Vindimas em ciclismo com os momentos mais simbólicos e tradicionais da festa, como o cortejo dos camponeses, a pisa da uva e a bênção do 1.º mosto ou os cortejos alegóricos diurno e noturno. Tito Paris, Raquel Ta-

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vares, HMB ou Orlando Santos são alguns dos nomes maiores do cartaz musical, que conta, também, com uma programação mais intimista, ao início da noite, junto às adegas. Atividades equestres, gastronomia, desporto, animação infantil, artesanato, divertimentos e feira são mais algumas das propostas do programa, que enaltece a identidade deste território, profundamente ligado ao trabalho na terra e, em particular, à cultura da vinha e do vinho.

9h Arruada com os Gaiteiros do Círio dos Olhos de Água | Centro Histórico de Palmela 9h Colheita de sangue até às 20 horas | Associação de Idosos de Palmela 10h Largada de touros | Av.ª Rainha D. Leonor 12h Churrascão Palmelão | Av.ª Rainha D. Leonor 16h 1.ª Rampa das Vindimas | Rua Gago Coutinho e Sacadura Cabral 17h Vacada | Av.ª Rainha D. Leonor 17h45 Apresentação dos jogadores e equipa técnica e diretiva da equipa sénior do Palmelense Futebol Clube | Campo Cornélio Palma 18h Palmelense FC x Monte da Caparica – Seniores | Campo Cornélio Palma 18h 12.º Troféu de Orientação das Vindimas | Centro Histórico de Palmela 19h Por do sol n’adega | Espaço Adegas Wine Lounge 20h Flash Mob – Classe de Zumba da Sociedade Filarmónica Palmelense “Loureiros” | Largo de S. João 21h Concerto pela Banda de Música e Grupo Coral dos “Loureiros” | Teatro S. João 22h Fado na Alma | Palco Adegas Wine Lounge 23h30 Orlando Santos | Palco Principal 1h Largada de touros | Av.ª Rainha D. Leonor 1h30 Akunamatata | Palco Principal

DIA 4

10h Cortejo dos Camponeses 10h15 17.º Passeio Motard das Vindimas 11h Pisa da Uva e Bênção do 1.º Mosto | Igreja Matriz de S. Pedro 12h Missa de Ação de Graças | Igreja Matriz de S. Pedro 17h Cortejo Vindimas 19h Cavalhada | Av.ª Rainha D. Leonor

19h30 Por do sol n’adega | Espaço Adegas Wine Lounge 21h Orquestra de foles | Palco Adegas Wine Lounge 22h30 Pás de Problème | Palco Principal 0h Leonel Nunes | Palco Adegas Wine Lounge 0h Largada de touros | Av.ª Rainha D. Leonor

DIA 5

9h Arruada com os Gaiteiros do Círio dos Olhos de Água | Centro Histórico de Palmela 17h Largada de touros | Av.ª Rainha D. Leonor 19h30 Por do sol n’adega | Espaço Adegas Wine Lounge * 21h Concerto pela Banda de Música da Sociedade de Instrução Musical de Quinta do Anjo | Teatro S. João 21h30 Demonstração à inglesa | Av.ª Rainha D. Leonor 22h30 HMB | Palco Principal 0h Telmo Falcão | Palco Adegas Wine Lounge 0h Largada de touros | Av.ª Rainha D. Leonor

DIA 6

10h Arruada de gaiteiros | Centro Histórico de Palmela 10h Manhã infantil | Polidesportivo 10h Jogos Tradicionais | Praceta Firmino Camolas 18h Largada de touros | Av.ª Rainha D. Leonor 19h30 Por do sol n’adega | Espaço Adegas Wine Lounge 21h30 El Camino | Palco Adegas Wine Lounge 23h Cortejo Noturno 1h Fogo de artifício 1h30 David Antunes & The Midnight Band | Palco Principal

JMF encara o futuro com muita confiança

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José Maria da Fonseca (JMF) faz um balanço «muito positivo» da sua presença na Festa das Vindimas. «Participamos há muitos anos nesta festa e o balanço é bastante positivo», diz Sofia Franco. «É de extrema importância estarmos representados nestas festas, pois para além de ser uma das principais feiras da região, está também obvia e intimamente ligada ao vinho e ao nosso sector.

Aqui temos oportunidade de promover os nossos produtos e novidades no mercado junto de consumidores», realça a relações públicas. A JMF tem lançado várias novidades todos os anos, como foi o caso do Alambre Moscatel Roxo – disponível na festa deste ano - e do Sauvignon Blanc da Colecção Privada Domingos Soares Franco, que vieram completar a oferta de vinhos de qualidade da nossa região. As

próximas novidades estão, por enquanto, no «segredo dos deuses». Quanto a perspetivas para a vindima deste ano, Sofia Franco diz que «ainda é muito cedo para falar em perspetivas». A JMF goza de boa saúde: «Estamos saudáveis e preparados para mais 200 anos. As vendas estão a crescer a 2 dígitos, na exportação e no mercado nacional. Olhamos o futuro com muita confiança».

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O Executivo da Junta de Freguesia de Palmela, saúda todos os fregueses e visitantes pela passagem da 54.ª edição da Festa das Vindimas e apela à sua participação nestes festejos.

O Executivo da Junta de Freguesia de Palmela 10 | SEMMAIS | SÁBADO | 3 DE SETEMBRO | 2016


FESTA DAS VINDIMAS 2016

Adega de Pegões aposta nos varietais e nos moscatéis de excelência

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Cooperativa Agrícola de Santo Isidro de Pegões, sediada no concelho do Montijo, volta a estar representada na Festa das Vindimas com o seu stand promocional dos seus vinhos de excelência. De entre os diversos vinhos de grande qualidade que a empresa tem dis-

ponível no mercado, o enólogo Jaime Quendera destaca a linha de vinhos varietais que «sempre surpreendem pela positiva» e os «nossos moscatéis que cada vez mais estão melhores e mais saborosos». De realçar que no concurso “Muscats du Monde”, a adega de Pegões foi este ano a empresa portu-

guesa «mais premiada», além de ter ganho o troféu de Melhor Vinho do Mundo, com o moscatel roxo. Jaime Quendera confessa que a participação da adega de Pegões na emblemática Festa das Vindimas é «sempre muito positivo», dado que estamos na presença de um evento de «referência na-

cional e muito importante para o setor». No que concerne às perspetivas para a Vindima deste ano, o enólogo refere: «A Vindima vai ser melhor que a de 2015, mas, ainda é cedo para falar. As uvas estão muito boas e o tempo tem vindo de feição. Mas vamos aguardar e depois logo falaremos».

Jaime Quendera mostra-se feliz com o crescimento da empresa: «Gozamos de muito boa saúde e o negócio tem vindo sempre a crescer». O vinho top da firma, o Adega de Pegões Grande Reserva, deverá ser lançado em outubro/novembro deste ano, anunciou o enólogo Jaime Quendera.

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Venâncio da Costa Lima lança nova colheita de moscatel roxo

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adega Venâncio da Costa Lima, de Quinta do Anjo, vai lançar por altura da Festa das Vindimas a nova colheita de Moscatel Roxo. A colheita de 2012 deste néctar esgotou, em poucos meses. Para a empresa, «a Festa das Vindimas permite reunir num único espaço todos os nossos vinhos. Embora nas horas de maior afluência, o contacto personalizado seja mais difícil, o evento também permite um contacto mais direto com o público. Nesta festa fala-se e respira-se vinho e isso é bom para a promoção da nossa região». A loja de vinhos da adega celebrou a 1 de agosto um ano de vida. É um espaço que convida a uma visita e que oferece os melhores vinhos da adega. Acolhe com requinte e qualidade as atividades de enoturismo, que inclui visitas à adega e

programas variados ao longo do ano, que decorrem no ambiente da adega e das vinhas: tapas na adega; sardinhadas na adega; wine blending; Vindima; cursos de prova; S. Martinho e Natal na adega são algumas das propostas para 2016. Situada na Quinta do Anjo, a Venâncio da Costa Lima é uma das mais antigas adegas familiares da Península de Setúbal. Seguindo a filosofia da empresa que ao longo de décadas criou relações fortes com clientes e parceiros, agora desafia a saborear e partilhar o prazer dos seus vinhos no ambiente da adega. Com uma produção anual de cerca de 3 milhões de litros por ano, a empresa ganhou em 2011 o prémio de Melhor Moscatel do Mundo no Muscats du Monde. Em 2014 celebrou o centenário com uma adega renovada e o lançamento do Moscatel 20 Anos.

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FESTA DAS VINDIMAS 2016

Xavier Santana dá a provar vinhos de ouro

Adega de Palmela aposta em Villa Palma com imagem renovada e gama alargada

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Adega de Palmela lança este sábado, no seu stand da Festa das Vindimas, entre as 19 e as 20 horas, os cinco néctares da marca Villa Palma, que se destinam ao canal Eureka. Trata-se de um tinto, um branco e um rosé de 2015, e de um tinto e um branco, colheitas selecionadas, de 2013 e 2015, respetivamente. «É uma gama muito completa para o dia-a-dia, para acompanhar pratos e refeições ligeiras, e, também, de vinhos de colheita selecionada, mais encorpados e complexos para beber com iguarias muito especiais», realça o enólogo Luís Silva. Aliás, o Villa Palma, colheita selecionada de 2013, foi premiado em França, este ano, com a

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medalha de ouro, no concurso Vinalies. Luís Silva explica que estamos na presença de uma gama com «muita força e com uma imagem renovada», que pretende homenagear os Paços do Concelho e o Castelo da vila». É um vinho com uma imagem «muito sugestiva» que transparece «muita qualidade».

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Até ao final do corrente ano, a adega tenciona lançar uma aguardente velha para completar a gama Villa Palma. A adega está em fase de reestruturação no sentido do progresso. O investimento, de cerca de 2 milhões de euros, compreende a linha de engarrafamento automática e o setor da vinificação de tintos/brancos,

com a aquisição de novas cubas em inox. «Temos de acreditar nas potencialidades da região e continuar a melhorar as nossas instalações, pois só assim conseguiremos progredir. Para Luís Silva, marcar presença na Festa das Vindimas é uma «excelente» oportunidade para dar a conhecer os nossos produtos de qualidade.

adega Xavier Santana, de Palmela, volta a estar representada na Festa das Vindimas com os seus produtos de qualidade. Para Fernando Santana, é sempre «positivo e agradável» estar presente na Festa das Vindimas. «Esperemos que as pessoas visitem o nosso stand e adquiram produtos de grande qualidade». Esta adega, com 90 anos de vida, orgulha-se de ter este ano no seu stand o tinto Alicante Bouchet, Quinta do Monte Alegre, de 2013, que venceu uma medalha de ouro e foi considerado o melhor vinho do mais recente concurso da CVRPS. Mas os visitantes das festas também podem

provar ou levar para casa o monocasta syrah, que tem tido «muito sucesso» e que já foi medalhado em vários concursos, bem como o moscatel que foi ouro, num concurso italiano. Os topos de gama da casa, o tinto, o branco e o moscatel reservas também estão disponíveis ao «seu público fiel». Em outubro será lançado o vinho Quinta do Monte Alegre, branco reserva, colheita de 2015, que esteve em estágio em barricas de madeira. Sobre os mais recentes investimentos na adega, Fernando Santana destaca a aposta na nova linha de engarrafamento e na substituição dos depósitos de betão por depósitos em inox.


FESTA DAS VINDIMAS 2016

Casa Ermelinda Freitas dá a provar um dos melhores moscatéis do mundo

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Alvarinho e o primeiro moscatel roxo de Setúbal superior 2009 são os dois produtos da Casa Ermelinda Freitas em destaque na Festa das Vindimas. No stand vão também estar as mesmas gamas mas com as novidades das novas colheitas que «surpreendem sempre» pela «qualidade, frescura e elegância». Este moscatel foi considerado o 5.º melhor do

Mundo, no “International Competition Of The Best Muscats in The World 2016”. De referir que 2016 está a ser o «melhor ano de sempre» para a firma, tendo já obtido 52 medalhas de ouro, 55 de prata e 13 de bronze, nos concursos mais importantes em Portugal, China, Rússia e França. É de destacar nestas competições, a medalha Prodexpo, atribuída ao

Sivipa lança espumante rosé ideal para o Verão e épocas festivas

Syrah, as medalhas de ouro, atribuída ao D. Ermelinda branco, no “Challenge International du Vin 2016”, a medalha de ouro para o D. Ermelinda reserva 2013, conquistada no “Sommelier Wine Awards 2016, e a medalha de ouro para o moscatel superior 2005, conquistada no “Concours Mondial de Bruxelles 2016”, entre outras. Estamos perante o melhor ano de sempre no

que respeita a distinções e reconhecimento para a firma. O balanço da presença da empresa nesta festa é «bastante positivo», pois é ali que se fazem contactos entre produtores e consumidores. «A festa serve para fortalecer os laços com quem tem estado e confiado nesta empresa ao longo dos anos», sublinha a gerente Leonor Freitas, que acrescenta: «Este certame dignifica e

enaltece o trabalho levado a cabo no mundo dos vinhos desta região. É uma celebração de todo o esforço e não existe montra e mostra melhor que este evento». As perspetivas para a Vindima deste ano são «idênticas às de 2015», que foi de «ouro», sendo que a grande diferença é uma ligeira descida na produção, mas com uma qualidade igual ou superior à de 2015».

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Sivipa, de Palmela, vai aproveitar a Festa das Vindimas para lançar o novo espumante rosé. Trata-se de um espumante bruto nature, feito a partir das castas castelão e arinto, ideal para o verão e outras épocas festivas. Além disso, é também considerado pela empresa como um espumante «bastante gastronómico», que pode acompanhar na perfeição com peixes e marisco. O novo moscatel roxo superior 10 anos, lançado em maio deste ano, terá também honras de apresentação. «Este néctar foi considerado o melhor vinho da região no concurso da Comissão Vitivinícola da Regional da Península de Setúbal e entrou no top dos melhores muscats du monde deste ano», sublinha Filipe Cardoso, enólogo da firma. Para a Sivipa, é «sempre positivo, pois este certame atrai a Palmela cada vez mais visitantes, e é uma oportunidade de promover os nossos produtos». Filipe Cardoso revela que a empresa goza de «boa saúde» e tem vindo a «aumentar o volume de negócios nos últimos

anos». No entanto, reconhece que 2016 está a ser um ano «um pouco difícil» mas que será «muito bom, no final do ano e que o negócio irá recuperar em relação ao resto do ano». Quanto às perspetivas para as Vindimas deste ano, o enólogo Filipe Cardoso realça que «será certamente uma excelente Vindima, a que a região já nos habituou. Existe menos uva mas a qualidade é excelente e a uva está muito sã».

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EDITORIAL

OPINIÃO

Reforçar o PS e a governação Raul Tavares Diretor

A escola quer paz

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á muito aquela ideia de que a educação em Portugal é uma linha que se cruza a quem passagem de testemunho governamental. Tal como a Justiça, é um setor nevrálgico da vida em sociedade, que precisa de ser mimado, acarinhado e capaz de gerar os maiores consensos. Nem sempre assim foi. Não raramente, serve até de arma de arremesso na gincana político-partidária, ferindo quase de morte a sua linha de continuidade em nome do que realmente interessa: a educação dos portugueses. Um país, moderno, democrático, justo e progressista também se mede pela qualidade do seu ensino e, sobretudo, pelos resultados que o mesmo consegue fabricar no futuro próximo. Nos últimos anos, encavalitados pela crise económica e financeira, os portugueses sofreram na pele muitos atropelos ao normativo instalado nesta lógica de consensos sobre o essencial. A escola pública penou e, mais uma vez, arrancaram-se mudanças de paradigma que quase desfizeram este novelo virtuoso. Nesta edição publicamos uma entrevista com o atual secretário de Estado da Educação. Parece ter ideias firmes, sobretudo no que diz respeito à ideia de uma “escola para todos”, afinal um dos rumos traçados pela revolução de Abril. Confiemos no paradigma. Não pode haver um retrocesso bacoco, uma insolvência de futuro só porque o Estado assim o deseja. Os tempos são de coragem, de desafio e de abnegação. E a escola tem o seu papel primordial.

E

m democracia a oposição tem o importante papel de se assumir como alternativa do governo. Isso implica porém que os cidadãos interpretem a atividade da oposição como portadora de um projeto de credibilidade em que valha a pena apostar. A oposição pela oposição não conduz só por si à alternância. A afirmação que em democracia são os governos que perdem as eleições e não as oposições que as ganham é só meia verdade. Na verdade esta conclusão enfatiza apenas uma parte da questão e parte do principio que sempre que os governos governem com erros passiveis de criticas generalizadas, em domínios fundamentais, ou governem mesmo mal, perderão as eleições na primeira oportunidade em que elas ocorrerem. Não é necessariamente assim. Os eleitores só apostam na alternativa que se lhes colocar se ficarem melhor servidos com esta. Todos os estudos e sondagens de opinião realizadas em Portugal desde as ultimas eleições legislativas e que conduziram ao governo de esquerda, o que sucedeu pela primeira vez na nossa demo-

cracia, demonstram que os partidos que se opõem à governação não gozam de apoios suficientes para virem a ser governo. Pelo contrário. Os partidos de esquerda têm no seu conjunto crescido no seu conjunto desde então e os da direita diminuído a percentagem nas intenções de voto. Esta situação ocorre apesar da surpresa dos apoios dados ao governo do PS, por partidos situados à esquerda e que em maior ou menor grau não pouparam o PS, sempre que ele, sozinho ou em coligação assumiu a governação Contra ventos e marés o governo tem-se aguentado de forma relativamente consistente o que tem uma dupla leitura. A primeira é a de que o anterior governo de coligação que tanto penalizou os portugueses com politicas de austeridade que foram muito para além do tolerável, foram e continuam a serem condenadas pelos eleitores. A segunda é que a direita parece não querer perceber ou não percebe mesmo o que sucedeu. O recente discurso de bota abaixo do líder do PSD no Pontal insistindo em mais do mesmo, de forma aliás descuidada e atabalhoada e a incoerência de declarações recentes da líder

POLÍTICA MESMO VITOR RAMALHO

ADVOGADO

do CDS nomeadamente sobre aspetos relevantes da politica externa caucionando a confusão entre negócios e politica não augura nada de positivo. É pena que esta situação ocorra sobretudo por Portugal É que, como é lógico o governo atual não é ungido do Senhor e há vulnerabilidades que não deviam ocorrer Refiro-me ao quadro da proposta apresentada para a CGD ,muito dificilmente aceitável , à forma como foi divulgada a nova forma de cálculo do IMI, a afetação de verbas da Segurança Social para a requalificação de imóveis, desviando receitas consignadas para outro e especifico fim entre outras situações detetáveis à vista desarmada. A circunstância dos partidos á esquerda do PS agora apoiarem a governação não os impedindo de terem uma atitude critica em relação a alguns aspetos da governação, aqui e além fragilizando senão mesmo afetando uma ideia clara de projeto, mais justifica que os

socialistas reforcem a exigência de uma maior vigilância critica sobre o próprio governo. Tanto mais que por um lado os partidos à esquerda do PS não podem deixar de ser agora muito mais tolerantes, como também se tem visto, inclusive perante erros da governação, e por outro a oposição ao governo não se apresenta como alternativa ao que quer que seja . Acresce que em período de governação há a tendência dos militantes tudo ou quase tudo caucionarem, ainda mais em período de crise mas é útil recordar que o PS sempre se assumiu ao longo da sua história como um partido de homens e mulheres livres e essa liberdade faz parte da matriz da sua identidade É por isso muito importante que neste quadro se evitem alguns erros grosseiros na governação que não são sobretudo uteis ao PS Só assim se reforçará o PS e a governação tão importantes para o futuro de Portugal.

Um gatil público privado

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m destes dias, pela tardinha, fiz-me ao passeio habitual na avenida marginal à Praia Vasco da Gama, em Sines. Local aprazível e cativante a contrastar com o burgo a que chamam cidade, que se mantém desligado da linha de mar que devia ser vivência de todos os dias, mas que por inabilidade ou despreocupação, o município não soube encontrar solução para esta questão identitária. Fiz-me ao passeio e passeando deparei com um espetáculo sui generis. Uma senhora, pequenina, na casa dos cinquenta, muito afogueada, tratava de dar água e comida a dezenas de gatos, dispersos ao longo do extradorso do molhe de proteção do porto de pesca. Meticulosamente ia retirando dum saco o fornecimento destinado a cada aglomerado onde os gatos vivem. Casas improvisadas com cartão e madeira e alguns

garrafões de plástico que se vão distribuindo ao longo do paredão, formando no seu conjunto uma quase cidade autorizada para gatos vadios que se vão aquartelando e acrescentando ao sabor da criação. Interroguei-me sobre este quadro visto aos olhos dos transeuntes e sobre as suas consequências em termos de higiene e salubridade pública. E tanto mais, sabendo dos esforços da autarquia em encontrar soluções para os cães vadios, como podiam tolerar uma situação destas em que pululam dezenas de gatos sem nenhum controlo sanitário, capazes de todas as doenças? Isto para além do retrato terceiro mundista aos olhos de quem quer alcandorar Sines para lugares cimeiros em termos de turismo, nomeadamente, quando se pretende para aquele local a instalação dum museu arqueológico subaquático. Na verdade, pela delicadeza deste assunto, posso até estar a

A VERDADE DAS COISAS SIMPLES JOSÉ ANTÓNIO CONTRADANÇAS

ECONOMISTA

“meter a foice em seara alheia” ou ajuizarem sobre a minha insensibilidade pelos ditos bichos. Nada disso porém se pretende, a não ser tentar esclarecimento sobre o que nos parece ser um gatil privado em local público, funcionando sem condições e sem controlo e a que nem se sabe a que autoridades alertar para o referido facto. Primeiro, porque decerto que o facto já é há muito do seu conhecimento e por outro lado, não sabemos de quem será a responsabilidade para intervir na matéria: se do município sineense; se da autoridade portuária (APS, S.A.) ou se da

autoridade marítima. Podem crer que nada me motiva contra os famigerados gatos, apesar de alguns deles se terem mostrado pouco amigos à minha presença, apresentando um ar selvagem pouco convidativo. Creiam-me na intenção de contribuir para um melhor ambiente, desde logo colocando as coisas nos seus lugares. Não me parece que, a qualquer título, se permita que um(a) munícipe faça dum local público o sítio apropriado para o seu gosto ou demência, quando as implicações são as denunciadas e estão à vista sem quaisquer rodeios.

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14 | SEMMAIS | SÁBADO | 3 DE SETEMBRO | 2016


OPINIÃO

Minha posição relativamente à Proposta de Deliberação para a Contratação de um Empréstimo para a aquisição dos Serviços Centrais da Câmara Municipal do Seixal

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m política o verão é conhecido como “Silly Season”, ou seja, uma época em que nada acontece. Mas no Seixal costuma ser a época escolhida para apanhar as oposições distraídas e avançar com projectos importantes. Recordo-me de há uns anos o Plano de Pormenor de Vale do Chicharros foi apresentado a discussão pública precisamente em Agosto, tendo-me interrompido as férias para ter podido apresentar uma proposta alternativa, depois de estudado o projecto. Este ano fomos presenteados com uma votação para deliberarmos a aquisição de um empréstimo para a aquisição dos serviços centraisOra, sobre o edifício que alberga os chamados serviços centrais recordo que há uns anos, quando o assunto foi discutido, escrevi um artigo de opinião em que lhe chamava “Diz que é um Contrato de Arrendamento”, em Maio de 2007. Recupero o título face à actualidade do tema. Repare-se os vereadores foram confrontados com uma votação importante e muito curiosa - darem autorização prévia para contrair um empréstimo para a aquisição dos Serviços

Centrais da Câmara Municipal do Seixal, Curiosa porque estaríamos a autorizar um empréstimo que terá de: 1 - ser aprovado pela Assembleia Municipal, o que se admite de fácil solução pois a CDU tem maioria na AM, o que já aconteceu, mas depois 2 –tem de ser aprovado pelo Senhor Ministro das Finanças, através do reconhecimento da excepcionalidade, de modo a autorizar o município a contrair um empréstimo e, ainda mais difícil 3 - porque o próprio PCO (Plano de Consolidação Orçamental), da autoria política deste executivo (comunista, diga-se)proíbe, 4 - assim como a Lei das Finanças Locais. E pior ainda, 5 - no caso de o Município do Seixal vir a exercer a opção de compra, essa opção de compra está contratualmente prevista, sendo que em 2017 (nunca este processo estaria concluído nos próximos 4 meses), o Preço estimado de Compra é de 42 milhões, cento e quarenta e cinco mil, quatrocentos e vinte e nove euros, valores previstos contratualmente. Ora, como pode o autor da proposta (Eleitos pela CDU) fazer-nos acreditar que o proprietário aceda voluntaria-

mente à nossa pretensão ou que, como a proposta de deliberação sugere, que um tribunal vá decidir no sentido da justa indemnização, transferindo a propriedade do edifício para o património municipal. E se nos estribarmos os nossos argumentos na justiça, onde ficam os vinte milhões, novecentos e oitenta e nove mil, quinhentos e noventa e um euros pagos em rendas até ao final deste ano? Entram no processo? É que este valor já é superior ao valor da avaliação. E mais, vamos pedir um valor de um empréstimo, para pagar um montante que depois vamos discutir em Tribunal? E se o tribunal atribuir um valor de compra de trinta milhões? ou trinta e cinco milhões? Vamos pedir outro empréstimo? Portanto o que o executivo comunista nos pediu, mais uma vez é um cheque em branco. Pior, um cheque em branco, para branquear um péssimo negócio que fez, apesar de seriamente avisado para não o fazer. Pergunto: quantas vezes questionei, o executivo sobre negociarmos ou mesmo interpelarmos judicialmente o proprietário do edifício para negociarmos? E não me foi sempre respondido que o

UM CAFÉ E DOIS DEDOS DE CONVERSA PAULO EDSON CUNHA

VEREADOR PSD CÂMARA DO SEIXAL estavam a fazer? Porque não intentaram uma acção judicial mais cedo? Mais, tendo a razão, o interesse municipal, factos jurídicos e um contrato leonino para combater, porque não se intenta primeiro uma acção judicial e só depois, perante o valor apurado, se pede o empréstimo? Não estaremos, desculpem a expressão, mas como se diz na gíria, “a colocar a carroça à frente dos bois”? O que o executivo quer igualmente é criar-nos um problema moral complicado a quem, como eu - e ao PSD - se opôs frontalmente ao contrato de arrendamento absolutamente ruinoso e pauliano - que o executivo comunista entendeu celebrar e que custa quase 122 mil euros/mês - só os Serviços Centrais., que é: Ser comprado agora por 22 milhões e quinhentos mil euros, para além de todas as rendas já pagas.? O problema é: eu que não

concordo com o facto da Câmara contrair mais empréstimos, sobretudo quando não é para investimento e que não concordei com esta obra, pelo preço que custou - concordava com uns Serviços Centrais sim, mas num terreno camarário, que certamente nos sairia muito mais barato - ainda assim penso que este é o mal menor. Daí estar a chantagem. Chantagem moral. Então O que fazer? emendar o erro do executivo comunista, com um erro menor? Ou não pactuar com o erro e perpetuar o erro anterior que ainda assim mais prejudica o nosso município?* A sorte, ou o azar, é que esta maioria não precisa do meu voto e decide sempre conforme quer. por isso, estamos como estamos. E por isso, nem sequer me sinto obrigado a dar o meu aval, com o argumento do interesse municipal. A proposta foi infelizmente aprovada, como sempre. Embora não com o meu voto.

Por uma escola pública ao serviço das famílias (I)

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mbora o princípio da “escola a tempo inteiro” no 1º ciclo do básico tenha sido estabelecido a nível nacional em 2006, no Seixal, passados 10 anos, não foi ainda implementado na grande maioria das escolas. Trata-se de um claro abuso duma medida que deveria ser excepcional, e trata-se duma situação excecional no nosso país, onde a escola a tempo inteiro é a regra. No ano lectivo 2014/2015, 56% das EB1 do concelho funcionam em horário duplo, afectando 3129 alunos. Nos próximos anos, é previsível que esta situação se mantenha ou piore pelo facto de algumas das salas de aula existentes passarem a ser usadas para o pré-escolar. No regime de horário duplo, a mesma sala de aula é partilhada

por duas turmas: a da manhã das 7h50 às 13h10 e a da tarde das 13h25 às 18h45. O normal seria entre as 9h e as 17h30. Crianças entre os 5 e 10 anos são obrigadas a terem 5 horas de aula seguidas, apenas com um intervalo de 20 m para ir à casa de banho e comer, uma prática claramente desaconselhada do ponto de vista pedagógico. No concelho do Seixal não existem também salas para apoio ao estudo, CAF ou AECs, realizando-se estas atividades em espaço de refeitório ou vestiários. Na maioria dos casos não existe também biblioteca escolar; apenas uma pequena “sala” improvisada com divisórias e umas poucas estantes. Para as famílias, o horário duplo resulta numa completa desadequação dos horários escolares às necessidades das

famílias. Como o ATL /CAF tem de funcionar tantas horas (ao contrário doutros concelhos, onde asseguram apenas a guarda das crianças entre as 7h30 e as 9h00 e das 17h30 às 19h30), os preços são mais elevados do que as propinas do ensino superior, sem qualquer comparticipação segundo os escalões do abono de família.


 
 No território educativo da Amora não é construída uma nova EB1 desde 1985, apesar deste território ter cerca de 31% dos alunos matriculados no 1º Ciclo Básico Público. Em 2014/2015, a Amora contava com 1793 alunos, 1177 dos quais em horário duplo. Ou seja, o horário duplo existe em 2/3 das turmas. A sobrelotação destas escolas na Amora é crónica e data desde os anos 80. O último investimento munici-

ATUALIDADES SAMUEL CRUZ

VEREADOR DA CÂMARA MUNICIPAL DO SEIXAL pal conhecido neste território educativo foram 40.000€ euros no projeto da EB da Quinta do Batateiro, projeto que depois de ter sido financiado pela banca em mais de um milhão de euros, foi abandonado sem que essas verbas tenham sido reorientadas para o mesmo fim. Não se pense no entanto que o problema de sobrelotação das escolas se deve ao crescimento do concelho, em 2004/2005 estavam matriculados 6742 alunos nas EB1 e em 2014/2015 eram já só 5620 os alunos.

Nestes 10 anos, houve portanto uma quebra de cerca de 16% dos alunos. Assegurar uma rede pública de ensino adequada às necessidades da população é um dos deveres constitucionais do Estado. Nas vésperas de início de um novo ano letivo lutemos pois para que a CMSeixal cumpra as suas responsabilidades e dê o apoio devido às famílias, em especial aquelas que lutam com maior dificuldades para dar às suas crianças tudo aquilo que merecem.

SEMMAIS | SÁBADO | 3 DE SETEMBRO | 2016 | 15



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