semmais
Sábado 5 | Setembro | 2015
Diretor Raul Tavares Semanário | Edição 868 | 9ª série Região de Setúbal Distribuído com o Expresso Venda interdita
EXPLOSÃO SEM CULPA Oito anos depois do prédio 13, em Setúbal, ter explodido, deixando inúmeras famílias desalojadas, o tribunal não provou a eventual culpa dos três arguidos acusados dos crimes de incêndio, explosão e conduta perigosa. A investigação da PJ ficou em xeque e os moradores frustrados.
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GOVERNO CORTA NA DANÇA DE SETÚBAL E AMEAÇA FORMAÇÃO A Academia de Dança Contemporânea de Setúbal está em risco de não poder cumprir com o seu calendário de formação. Para este ano, o Estado cortou cerca de um terço do seu orçamento. A escola-modelo parece estar em risco.
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RECUPERAÇÃO DE ANIMAIS DE SANTO ANDRÉ ESTÁ EM RISCO Os ambientalistas estão preocupados porque o Centro de Recuperação de Animais de Santo André, Santiago do Cacém, está sem dinheiro. Mesmo para pagar a água, cujo fornecedor ameaça fechar. Só este ano, o Centro tratou de mais de cem animais.
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GRÂNDOLA É ÚNICO CONCELHO DA REGIÃO A ENTRAR NA BOLSA DE TERRENOS
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A criação da bolsa nacional de terras está a ser um flop no distrito. Contas feitas, apenas o concelho de Grândola disponibilizou terrenos, cerca de 88 hectares. O resto da região está a zeros. Os terrenos abandonados sob guarda bancária é uma hipótese.
ABERTURA SENTENÇA ILIBA OS TRÊS TÉCNICOS ACUSADOS DA EXPLOSÃO DO PRÉDIO 13, HÁ OITO ANOS, EM SETÚBAL
EDITORIAL Prédio explosivo fica sem culpados Raul Tavares | Diretor
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al comparado, a crise dos migrantes – o termo é só semântico, porque se trata de refugiados – está para a Europa como esteve a crise financeira eclodida em 2007/2008. Sobretudo, porque os líderes europeus não souberam perceber a dimensão da hecatombe, provocada pelos célebres mercados e, vendo bem, num caso e noutro reagiram tarde. Esta crise migratória de gente fugida à guerra e ao terrorismo, mostra bem com somos vulneráveis, mesmo que, no alto da nossa sacrossanta sapiência, ergamos fronteiras, muralhas e outras defesas em nome de uma segurança de Pirro. Perante alguns atropelos ao sentido humanitário que se têm verificado em terras europeias, apetece dizer para que se escancarem as fronteiras. Basta revisitar a história, para que se encontre substância gorda que nos obrigue a fazê-lo. Até porque, como já se percebeu, a responsabilidade do mundo ocidental na ‘fabricação’ do atual estado de sítio no médio-oriente é mais que grande, é enorme. Curiosamente, Merkel, eventualmente acossada pela história dos seus, é a voz mais contundente no apoio aos migrantes. É um bom sinal, revela que ainda o coração ainda bate. Agora, é preciso encontrar os mecanismos de integração e fazer desta debandada uma oportunidade para um continente que está pelas ruas da amargura em termos de crescimento e sustentabilidade demográfica. Seremos capazes de fazer isto tudo bem feito, em nome dos valores europeus e da parte boa da sua história. ERRATA Nomeação do novo bispo de Setúbal No último parágrafo da notícia sobre a ordenação do novo bispo de Setúbal, publicada na última edição do Semmais, dá-se erradamente a ideia de que D. Gilberto Canavarro dos Reis apenas está em ‘gestão-corrente’. Na verdade, o bispo emérito de Setúbal continua como administrador-apostólico no governo da igreja sadina, até dia 25 de Outubro, altura em que D. José Ornelas Carvalho será ordenado e tomará posse como novo bispo de Setúbal.
O tribunal considerou as provas não conclusivas e criticou a investigação da PJ. Os arguidos saíram sem culpa, mas a pergunta mantêm‑se: “quais foram os responsáveis pelo rebentamento do edifício?”. ENTREVISTA ROBERTO DORES FOTOS SM
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Tribunal de Setúbal absolveu os três arguidos acusados dos crimes de incêndio, explosão e conduta perigosa no caso do um prédio sadino que explodiu a 22 de novembro de 2007, desalojando 47 famílias, no edifício 13 da Praceta Afonso Paiva, que demoraram 17
meses a regressar às suas casas. A pergunta que a cidade fez ao longo de quase oito anos ficou assim sem resposta, pelo menos, para já: quem foram os responsáveis pelo rebentamento do edifício? Uma decisão encarada «sem surpresa» pelos advogados de defesa e da acusação depois de nas alegações finais ter sido o próprio Ministério Público a pedir a absolvição dos três técnicos, das
empresas Ecatotalinspe (Marco Ferreira), Gasfomento (Bruno Vieira) e Setgás (Carlos Martinho). Os mesmos que a Justiça decidiu sentar nos bancos dos réus, por serem os únicos suspeitos da explosão. Dois dias antes tinham estado no prédio a fazer testes para substituir gás propano por natural, mas, de acordo com a acusação, teriam sido negligentes ao deixar aberto um redutor. «Isso seria um procedimento muito amador. Eu andava nisto desde 1997 e é logo a primeira coisa a fazer”, dizia à saída do tribunal Bruno Vieira, o único dos arguidos que falou ao Sem Mais, garantindo que esteve “sempre muito tranquilo, porque sabia que ia ser feita justiça”. E para o juiz do Tribunal de Setúbal, de facto, as provas recolhidas não foram suficientes para encontrar culpados. «A PJ que investigue e faça o seu o trabalho, que nós só fizemos o nosso», sublinhou Bruno Vieira, enquanto o tribunal criticou a investigação durante a leitura do acórdão, considerando-a «malfeita» e com contornos “incompreensíveis”. Um dos exemplos é o desaparecimento do redutor de gás do Instituo de Soldadura e Qualidade, para onde fora enviando para análise.
Redutor na origem de todas as incertezas «É muito estranho», disse advogada de alguns moradores, Lurdes Évora, considerando que «se calhar, hoje a decisão seria diferente com essa prova», enquanto o advogado de defesa Paulo Cunha Trindade admitia nunca ter sido possível provar se o redutor teria alguma deficiência. «Na maioria das situações os redutores funcionam muito bem e em caso de fuga franca, excesso de caudal ou perda de pressão fecham automaticamente o fluxo de gás» Recorde-se que além da destruição que provocou no edifício, a explosão fez ainda estragos em quase todos os imóveis da praceta, deixando também 14 viaturas bastante danificadas, enquanto mais de uma centena de outros automóveis também registaram estragos. O valor total dos prejuízos relativos aos bens que não estavam cobertos pelo seguro supera os 750 mil euros. A reconstrução do prédio, paga pelas seguradoras dos condóminos, custou cerca de 1,3 milhões. A fuga de gás teve origem na fração 11º C - que se encontrava devoluta - estando o combustível a ser libertado ao longo de 55 horas.
ESTADO REDUZ «DRASTICAMENTE» APOIO À ACADEMIA DE DANÇA CONTEMPORÂNEA DE SETÚBAL
Corte põe em risco o futuro de escola modelo São 43 mil euros a menos, quase um terço do orçamento anual. A diretora Iolanda Rodrigues, diz-se num mar de incertezas, quer saber critérios, e prepara contestação.
ENTREVISTA RITA MATOS FOTOS SM
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Academia de Dança Contemporânea de Setúbal (ADCS) vai sofrer um corte de 22 por cento, cerca de 43 mil euros a menos, no subsídio do Estado, através dos contratos-patrocínio celebrados com o Ministério da Educação e Ciência (DGEstE | Direcção-Geral dos Estabelecimentos Escolares). Apesar dos cortes já estarem previstos, a escola recebeu com «alguma surpresa» esta decisão. «Não esperávamos que fosse tanto», revelou Iolanda Rodrigues, directora da academia. O corte de mais de 43 mil euros no subsídio, em relação ao ano passado, «pode por em causa a continuidade do trabalho» da Academia de Dança Contempo-
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A Europa e os migrantes
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rânea de Setúbal, afirma a directora Iolanda Rodrigues, embora garanta que tudo irá ser feito para contornar esta situação. «Não vamos baixar os braços. Vamos por todos os caminhos. Temos esperança e força de vontade». Embora já esperasse um corte no subsídio, «pois estas medidas já vinham sendo anunciadas há algum tempo», a direcção da escola recebeu com surpresa esta decisão. «Não esperávamos um corte tão volumoso. Isto é muito penalizador», lamenta Iolanda Rodrigues. Depois da “notícia”, a direcção da escola já reuniu e pediu alguns esclarecimentos junto dos técnicos da DGEstE e também já enviou um email a solicitar o acesso ao processo da escola. «Queremos saber em que pontos fomos penalizados. Agora havemos de ser chamados pel DGEstE. Não sei se haverá volta a dar, mas temos de perceber as ra-
zões e vamos continuar a lutar». Após estes contactos a Academia tem dez dias para contestação. «O ideal seria que, após estes dias de contestação, o ministério percebesse que é impossível o ensino artístico continuar nestes moldes», alerta a directora. Apesar dos constrangimentos, pois segundo Iolanda Rodrigues, as verbas actuais da escola garantem «oito meses de trabalho”, o ano lectivo vai iniciar dentro da normalidade possível, salvaguardando todos os alunos. «A nossa prioridade são os alunos e a qualidade do ensino. Vamos manter todos os alunos, mas provavelmente teremos de reduzir o corpo docente». Câmara mostra-se solidária para ajudar Apreensiva com esta situação, a Câmara Municipal de Setúbal
resolveu reunir com a direcção da escola e já se mostrou «solidária e disponível para, junto da tutela, tentar compreender esta tomada de decisão e ajudar a encontrar uma solução que garanta a continuidade desta escola de ensino artístico da nossa cidade», afirmou, na última reunião pública da autarquia, Pedro Pina, vereador com o pelouro da educação. «A ADCS tem protocolos estabelecidos com as escolas D. Manuel Martins e Luísa Todi. Com o ano lectivo à porta esta situação coloca em causa a sobrevivência do estabelecimento e grandes constrangimentos em encontrar outros caminhos», frisou o autarca. Além do executivo CDU, também a vereação da oposição (PS e PSD/CDS-PP) está solidária com a Academia de Dança Contemporânea de Setúbal.
Diretor Raul Tavares | Redação: Anabela Ventura, António Luís, Bernardo Lourenço, Cristina Martins, Marta David, Rita Perdigão, Roberto Dores | Departamento Comercial Cristina Almeida - coordenação | Direção de arte e design de comunicação DDLX – www.ddlx.pt | Serviços Administrativos e Financeiros Mila Oliveira | Distribuição José Ricardo e Carlos Lóio | Propriedade e Editor Mediasado, Lda; NIPC 506 806 537 Concessão Produto Mediasado, Lda NIPC 506 806 537 | Redação: Largo José Joaquim Cabecinha nº8-D, (traseiras da Av. Bento Jesus Caraça) 2910-564 Setúbal. E-mail: redaccao.semmais@mediasado.pt; publicidade. semmais@mediasado.pt. | Telefone: 93 53 88 102 | Impressão: Empresa Gráfica Funchalense, SA. Rua Capela Nossa Senhora Conceição, 50 – Moralena 2715-029 – Pêro Pinheiro. Tiragem: 45.000 (média semanal). Distribuição: VASP e Maiscom, Lda. Reg. ICS: 123090. Depósito Legal; 123227/98
SOCIEDADE ALERTA DE AMBIENTALISTAS É SÉRIO E O CENTRO PODE VIR A FICAR SEM ÁGUA A QUALQUER MOMENTO
HÁ 20 ANOS A SALVAR ANIMAIS SELVAGENS
Santo André em risco de perder centro de recuperação de animais ENTREVISTA ROBERTO DORES FOTOS SM
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alerta é dado por Dário Cardador, dirigente da Quercus no Litoral Alentejano: O Centro de Recuperação de Animais Selvagens de Santo André (CRASSA) está em risco de fechar, porque, afirma, «o Governo não tem prestado qualquer apoio». «Estamos ameaçados de ficar sem fornecimento de água a qualquer momento e a partir daí não vamos ter condições para continuar a albergar os 33 animais que aqui estão atualmente», justifica. Só este ano já foram aqui recuperados cerca de uma centena de animais. Dário Cardador justifica que o Estado se limitava a suportar os custos com a água gasta no CRASSA, mas deixou de pagar. O centro foi, entretanto, notificado pelo Instituto de Conservação da Natureza e da Floresta (ICNF) de que a partir de 1 de setembro o fornecimento iria ser cortado,
embora ainda vá havendo água a correr nas torneiras. «Agora não sabemos como vai ser. Estamos na expetativa de que reine o bom senso e que o corte não vá para a frente. Sabemos que a presidente do ICNF vai
reunir com a Quercus e temos esperança que o problema se resolva nos próximo dias», explica Dário Cardador, desconhecendo o valor da dívida, uma vez que quem celebrou o contrato foi o Estado Português e não a Quercus.
Nas instalações do CRASSA, o único centro de acolhimento de animais selvagens que existe na região, encontram-se hoje 33 animais, onde se contam águias, milhafres, cegonhas, grifos, corujas e até duas tartarugas. Mas para onde serão deslocalizados estes animais caso o contador seja desligado e se confirme o fecho do centro? «Isso já é um assunto que nos ultrapassa. No Alentejo não há alternativas neste momento. Estamos muito preocupados», assume o dirigente da associação ambientalista, sendo que as unidades de recuperação de animais selvagens, em situação de risco, mais próximas da região estão situadas em Olhão e Lisboa. Dário Cardador alerta que o custo das deslocações será sempre bem superior à conta da água e dos serviços de manutenção no CRASSA, onde a recuperação dos animais é feita com recurso ao voluntariado, além dos apoios de mecenas.
A gestão do CRASSA é assegurada pela associação ambientalista há mais de 20 anos, embora as instalações, na zona do Moinho Novo, pertençam ao Estado. A Quercus tinha celebrado em 2001 um protocolo de colaboração com o antigo Instituto de Conservação da Natureza (ICN, atual Instituto de Conservação da Natureza e Florestas, ICNF), que em 2006 o denunciou alegando «restrições orçamentais». Durante a vigência do protocolo, o Estado despendeu anualmente cerca de 14 mil euros na manutenção do centro e na alimentação e tratamento dos animais. O corte dos apoios estatais fez temer o encerramento do centro em 2007, o que acabou por não se concretizar. Só este ano o centro já salvou mais de cem exemplares.
Distrito distante Região só tem um concelho com terrenos na Bolsa de Terras da Europa no abandono Grândola é o único concelho do distrito que disponibiliza terrenos para a chamada “bolsa de terras”. Para já, são 88 hectares. O resto da região está a zeros.
ENTREVISTA ROBERTO DORES FOTOS SM
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rândola é o único concelho do distrito que disponibiliza terrenos para a Bolsa de Terras, segundo os dados da Direção Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural entidade gestora do projeto
– com um total de 88 hectares pertencentes a apenas uma parcela pública. Recorde-se que em Portugal há cerca de 11 mil hectares de terras que integram o projeto, sendo que a criação em 2012 do projeto Bolsa de Terras visava poder vir a facilitar o acesso à terra através da disponibilização de parcelas que não estavam a
ser utilizadas para a agricultura. O objetivo da bolsa passa por disponibilizar para arrendamento, venda ou para outros tipos de cedência as terras com aptidão agrícola, florestal e silvo pastoril do domínio privado do Estado, das autarquias locais e de quaisquer outras entidades públicas, ou pertencentes a entidades privadas. Logo no início do ano o Ministério da Agricultura, liderado por Assunção Cristas, queria que outros ministérios e também os bancos contribuíssem para a Bolsa Nacional de Terras abandonadas. Há dois anos o governo tem esta bolsa a funcionar para ajudar quem quer começar ou alargar uma exploração agrícola. O coordenador do projeto, Nuno Russo, tem admitido que procura é muita, mas as terras na bolsa não são com frequência aquelas que os agricultores procuram. Para responder à procura, a curto prazo o objetivo é incluir terrenos abandonados dos bancos, mas também de outros ministérios como Finanças e Segurança Social que já fizeram esse levantamento.
da formação escolar
São novos dados a acrescentar aos números avançados pelo Semmais a semana passada, agora pontuando a nossa relação comparativa face à Europa. ENTREVISTA ROBERTO DORES FOTOS SM
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taxa de abandono precoce da educação e formação baixou no ano passado no distrito, seguindo a tendência nacional, mas ainda se manteve «muito acima» da média europeia, ficando distante de cumprir o objetivo de 10%, fixado pela estratégia Europa 2020 para o crescimento e emprego. É que 19 dos 28 estados-membros já conseguiram descer abaixo desta meta. Em 2014, a taxa regional de abandono precoce da educação e formação ainda estava na ordem dos 15%, o que traduzia mais quatro pontos percentuais do que os 11,1% da média comunitária. Os dados são revelados pela quarta edição do Retrato Territorial de Portugal, divulgada pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), mostrando que, entre 2011 e 2014, a taxa de abandono precoce diminuiu 5,6% em
todas as regiões e que, no ano passado, nenhuma delas havia atingido a média comunitária. No que respeito ao ensino secundário, e como o Semmais avançou, em cada cinco alunos há um que chumba ou desiste de estudar na região, sendo que no 12º que se registam mais dificuldades, de acordo com os dados oficiais agora divulgados pelo Ministério da Educação e Ciência. Somando as médias da região, conclui-se que 25% dos alunos do secundário inscritos em cursos cientifico-humanísticos não conseguiram fazer os três anos de escolaridade no tempo previsto. Um resultado que, de resto, está acima da linha da média nacional relativamente à taxa de retenção ou desistência. Esta taxa mostra a percentagem de alunos que não transita para o ano seguinte, misturando os casos de quem reprova com aqueles que anulam a matrícula, por várias razões, como desistirem de estudar ou abandonar o país.
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SOCIEDADE
Beleza e simpatia de Diana valem lugar no trono da rainha das Vindimas de 1.ª e 2.ª Damas de Honor, respetivamente. Já o título de Miss Simpatia foi parar às mãos de Ana Sofia Simões, 19 anos, de Palmela.
As Vindimas já têm rainha eleita para a saga deste ano. É um ritual que se repete sempre com glamour. A jovem vai representar Palmela a nível nacional. TEXTO ANTÓNIO LUÍS FOTOS SM
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iana Ferreira, de 17 anos, residente em Palmela, foi eleita Rainha das Vindimas 2015, na quarta-feira à noite, no Teatro S. João, em Palmela, numa festa em que o glamour, o bom gosto, a boa música e a beleza feminina estiveram em destaque. A jovem, que ficou «orgulhosa e
Candidatas dão pezinho de dança
surpresa» com a vitória, confessa que antes de ser eleita conheceu, durante duas semanas, locais e gentes «fantásticas». «Passeámos muito. Conheci sítios giros que não sabiam que existiam. As pessoas receberam-nos muito bem», frisa. Para Diana Ferreira, a Festa das Vindimas é «uma das melhores coisas da terra e, sem elas, Palmela não era a mesma. Vou representar o melhor possível a
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minha terra». Foi incentivada por várias pessoas da família e por amigos a candidatar-se ao título da mais bela das festas. A beldade quer tirar o curso de animadora sócio-cultural e seguir a carreira de educadora de infância. Frequenta o 12.º ano, na área de apoio à infância, na Escola Secundária de Palmela. Joana Tavares, 20 anos, Palmela, e Rita Quintans, 18 anos, Cajados, ficaram com as faixas
Como novidade, este ano, as 15 candidatas mostraram os seus dotes de bailarinas com o apoio dos alunos do Dance Project, da Palhota, enquanto a orquestra das Vindimas, formada por músicos da terra, abrilhantou a eleição e acompanhou as vozes de Ivo Soares, Carmen Matos, Diana Cravo, Rute Pericão e Paulo Machado. A apreciar as beldades esteve um júri constituído por Francisco Atalaia, João Paulo Santos, Célia Morais, Miguel Reis e Vânia Guerreiro. Álvaro Amaro, presidente do município, realçou que a gala da eleição da Rainha é um «momento mágico, único, singular e de rara beleza», enquanto a presidente da associação das festas, Susana Ciríaco, referiu que «esta
noite muito simbólica, uma grande tradição de Palmela, deve manter-se». Já Ana Teresa Vicente, líder da assembleia Municipal, sublinhou que a festa representa «um dos sinais mais emblemáticos do nosso desenvolvimento local». Por seu lado, Fernando Baião, presidente da Junta de Palmela, destacou a «simpatia, beleza e juventude das candidatas a Rainha», uma vez que dão um «colorido muito especial» às festas. A associação de festas prestou homenagem a Victor Borrego, que se encontra doente, uma figura que esteve na fundação e na presidência das festas, porque «sempre lutou e foi uma pessoa bastante ativa», sublinhou Susana Ciríaco. No final da eleição, a Rainha e suas Damas de Honor deslocaram-se para a varanda do S. João para ouvir cantar a marcha deste ano da autoria de José Condeça e Rui Terrinha, intitulada “Uvas são Vida”, na voz de Sara Margarida. O público brindou, na rua, com moscatel oferecido por várias adegas de Palmela.
SOCIEDADE
Festa das estrelas da eurovisão não larga cidade-berço ter o certame, uma vez que os «apoios diminuem» e «tem sido difícil explicar aos eventuais patrocinadores as vantagens deste festival para Setúbal». «Já cá trouxemos 1 480 estrangeiros, que comem e dormem em Setúbal, e todos os anos o certame aposta em novidades», vinca o líder da Deriv@status, que deposita boas expetativas na edição deste ano que vai ter «música ao vivo». E conclui: «Também já fomos convidados para ir para Guimarães mas, se conseguirmos, vamos manter este evento em Setúbal, pois tem pernas para andar, pois foi aqui que ele nasceu».
Festa das estrelas da eurovisão não larga cidade-berço É um evento que tem imagem internacional e a sétima edição foi apresentada esta semana. Câmara diz que é um orgulho. TEXTO ANTÓNIO LUÍS FOTOS SM
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pesar de ter recebido o convite da Associação Ilga, para integrar as Festas de Lisboa e animar o arraial gay, o Eurovision Live Concert – Portugal 2015 vai manter-se em Setúbal, pela sétima vez consecutiva. A garantia foi dada por Guilherme Santos, da Deriv@
status, associação que organização o evento, durante a apresentação da edição deste ano, que decorreu quinta-feira, na Casa da Cultura, em Setúbal. Orçada em mais de 13 mil euros, a festa, que presta homenagem a Manuela Bravo, vencedora do Festival RTP da Canção 1979, tem como convidados especiais Yola Dinis, Carla Ribeiro e Gerson Santos. Do estrangeiro chegam Knez (Montenegro),
Hera Bjork (Islândia), Twiins (Eslováquia), Marija Sestic (Bósnia & Herzegovina), Kurt Calleja (Malta) e Eduard Romanyuta (Moldávia). A portuguesa Suzy e os Vision Ensemble, formados por estudantes de Setúbal, também atuam na festa que decorre dia 12, às 21h30, no Forum Luísa Todi, em Setúbal, com entradas a 8 e a 10 euros. Guilherme Santos reconhece que não tem sido fácil man-
«Não nos assustamos com convites de Lisboa» Pedro Pina, vereador da Cultura, realçou que «é um privilégio e um grande orgulho receber em Setúbal um dos maiores festivais com características eurovisivas». Para o autarca, o evento é uma forma de «dar a conhecer Setúbal à Europa e de mostrar o que melhor que te-
mos». O facto de alguns cantores quererem repetir a sua presença no Eurovision Live Concert, só demonstra que esta iniciativa é «excelente» e tem «qualidade», argumenta o autarca, que acrescenta que a edição deste ano apresenta um programa «recheado de vedetas». O vereador sublinhou que o Eurovision Live Concert «já faz parte da nossa programação cultural» e que vai continuar a merecer o apoio do município. «Este evento tem tradição na nossa cidade e o município continua de forma empenhada em promover eventos culturais deste género. Não nos assustamos com convites de Lisboa e estamos confiantes que esta festa vai continuar em Setúbal, de pedra e cal e por muitos e bons anos». A anteceder o Eurovision Live Concert realiza-se dia 11, na Casa da Cultura, às 21h30, um concerto com os Vision Ensemble, e às 23 horas, no Loungue Caffé, uma welcome party dedicada à música de dança.
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DESPORTO
Mário Narciso alcança triunfos inéditos no futebol de praia Força, Palmelense! O ex-velha glória do Vitória Mário Narciso esteve na crista da onda na liderança do futebol de praia a nível mundial. A Câmara de Setúbal vai dar-lhe a Medalha da Cidade.
TEXTO ANTÓNIO LUÍS FOTOS SM
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setubalense Mário Narciso, selecionador nacional de futebol de praia, que esta época conquistou o título mundial e europeu, além de uma medalha de bronze nos jogos europeus de Baku, vai ser distinguido, no dia 15, pelo município sadino, com a medalha da Classe Desporto, no âmbito das distinções atribuídas anualmente pela Câmara por ocasião do dia de Bocage e da Cidade. Em declarações ao Semmais Jornal, Mário Narciso, que treina a seleção lusa desde 2012, mostrou-se «muito satisfeito e orgulhoso», com o seu trabalho, uma vez que é «inédito» a seleção portuguesa de futebol de praia alcançar «dois títulos internacionais numa única época».
Mário Narciso, de 61 anos, nesta época de sonho, destacou a «grande qualidade» dos jogadores portugueses na conquista destes dois títulos internacionais, que tanto «prestigiam e orgulham» Portugal. «Isto ultrapassa tudo que idealizámos. Valeu a concentração dos nossos jogadores. Esta equipa vai ser lembrada para sempre», sublinhou o treinador. Mário Narciso jogou futebol no V. Setúbal durante 14 anos, tendo começado a dar os primeiros pontapés na bola aos 14
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anos. Jogou em várias posições, na equipa sénior vitoriana, mas aquela onde mais se evidenciou foi em de ponta-de-lança. No V. Setúbal, enquanto treinador da equipa de futebol de praia, alcançou os títulos de Campeão Nacional e Campeão de Elite, o mais alto patamar da modalidade. Mário Narciso foi também treinador adjunto de Quinito na equipa sénior de futebol do V. Setúbal, bem como noutros clubes portugueses, como U. Leiria e Portimonense.
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popular Palmelense, vizinho de Setúbal “city”, completou agora mais um ano de animosa existência e tem vindo a reagir ao infortúnio da descida de divisão, impondo uma maior força de ânimo. A dupla Nicolau Claudino, Pai e Filho, continua a dar bons exemplos de tenacidade versus 2015/16, convictos de que melhores dias virão para o Palmelense. Seu amigo fiel, de longa data, do sempre activo Nicolau da Claudina, esse “palmelão” assumido tem fortíssimas conotações ao Vitória sadino e à cidade do “Rio Azul”, vivendo na permanente dúvida sobre de onde é que é naturalse de Palmela ou de Setúbal. Nas diversas etapas das comemorações do aniversário podemos lembrar “gente fixe”, de Palmela, que o futebol nos deu ensejo de conhecer e apreciar:
QUATRO LINHAS DAVID SEQUERRA
Colaborador
Octávio Machado, internacional de renome, empresário de sucesso, regionalista convicto; José Manuel Crispim, radicado em Coimbra, capitão da Selecção de juiniores que em 1961 (há mais de 50 anos!) conquistou o primeiro título europeu do futebol lusitano; os irmãos Camolas, de inconfundível estilo em jogo-jogado, com o mais velho a brilhar durante vários anos, em especial no Benfica e no União de Tomar; Rui Assis, habilidoso “capa-negra” ao serviço da “clássica” Académica, do mesmo “figurino” de estilo e figura do que Octávio e Crispim. E talvez não me
ocorram por agora outros nomes dignos de referências elogiosas. Com a sua 1ª categoria de futebol ao nível da 2ª Divisão Distrital, com ensejos de promoção mas com reconhecida dignidade de conduta, o Palmelense tem sabido cumprir a sua missão colectiva, granjeando grandes simpatias que se concentram simbolicamente, nessa figura tão popular de Nicolau da Claudina, um leitor atento do “Semmais”, amigo de toda a gente, defensor acérrimo de tudo o que de bom acontece no Distrito de Setúbal. Para o Palmelense, em tempo de festa, os nossos parabéns!!
POLITICA MARIA LUÍS ALBUQUERQUE CABEÇA DE LISTA DA COLIGAÇÃO PSD/CDS-PP, ASSUME AMBIÇÃO ELEITORAL
«Temos sido bem recebidos pelas populações e não tenho sentido gestos de agressividade» São as primeiras impressões de campanha à direita, com a ministra das Finanças e cabeça de lista da coligação PSD/CDS, a sentir-te ‘bem aceite’ na região. TEXTO ANTÓNIO LUÍS FOTOS SM
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s cabeças de lista da coligação Portugal à Frente no distrito de Setúbal, Maria Luís Albuquerque (PSD) e Nuno Magalhães (CDS-PP), depositam boas expetativas nas eleições Legislativas de outubro próximo. A meta passa por fazer uma campanha eleitoral pela positiva, para eleger o mesmo número de deputados conseguidos há quatro anos atrás, sendo
que o PSD conquistou 5 e o CDS/PP 2. A garantia foi dada aos jornalistas na quinta-feira, num almoço que decorreu num restaurante de Setúbal, onde marcaram também presença Bruno Vitorino e Paulo Ribeiro, os números 2 e 7 da referida coligação. Maria Luís Albuquerque referiu que durante a campanha eleitoral a coligação vai apostar na divulgação às pessoas, nas ruas, e aos órgãos de comunicação social, das propostas da coligação. «Aquilo que poderíamos fazer
para um bom resultado eleitoral, é o que fizemos nos últimos 4 anos e aquilo que ainda faremos neste mês de setembro, enquanto Governo. O resto é confiar nas escolhas dos eleitores e respeitar». Coligação quer fazer «campanha pela positiva» A coligação de direita, que já saiu à rua em Almada, Barreiro e Grândola, tem recebido reações «simpáticas» das pessoas que tem encontrado nas ruas. «Algu-
mas pessoas ficam um bocado surpreendidas de me verem numa feira, ou noutro sítio qualquer, mas as reações, até agora, têm sido sempre simpáticas. Tenho encontrado muitas pessoas idosas que me dizem que a vida está difícil e que temos de ajudar os idosos, mas têm sido abordagens amistosas. Até agora não senti nenhuma agressividade em relação a mim e ao Governo», frisa, concluindo que a coligação “vai apostar sobretudo numa campanha pela positiva». Preocupada com a abstenção, Maria Luís Albuquerque considera que «vale sempre a pena as pessoas envolverem-se e participarem», uma vez que «o alheamento e a desilusão são preocupantes porque são uma ameaça à própria democracia». Nuno Magalhães, por seu lado, afirmou que a coligação Portugal à Frente no distrito de Setúbal tem feito uma campanha «séria e discreta nos meios, mas convicta naquilo que pretende propor aos portugueses e aos se-
tubalenses em geral». O político garante que o feedback da população, pelos contatos que tem havido, no dia-a-dia, para alguma surpresa de alguns adversários políticos, têm sido positivas. «Não nos temos escondido. Temos andado por aí e temos sido bem recebidos. Acho que as pessoas percebem, cada vez mais, que o caminho foi muito difícil e representou muitos sacrifícios, mas que está a valer a pena», sublinhou, dando como exemplos: «Temos uma taxa de desemprego alta mas muito menor do que aquela que já tivemos depois do programa de assistência, menor, inclusivamente, do que aquilo que o anterior Governo nos deixou e daquela até que o PS, se for Governo, se propõe fazer em 2016. As pessoas percebem que a economia está a crescer, lentamente, mas têm ansiedade, como nós, mas não querem voltar a correr riscos e voltar a repor tudo no último lugar, que foi a troika, que repõe memorandos e austeridade», argumenta.
CANDIDATOS A DEPUTADOS EM PÉRIPLO PELO DISTRITO TAMBÉM DEDICARAM TEMPO A ROTEIRO PELA IGUALDADE
PS Setúbal acusa Governo de adiar desenvolvimento do porto de Setúbal Ainda sem o rolar da campanha, os socialistas andam a fazer diagnósticos e a sentir o pulso aos problemas do distrito. O governo de coligação tem estado na mira. TEXTO ANTÓNIO LUÍS FOTOS SM
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s propósitos do Governo PSD/CDS-PP para o setor marítimo portuário, em particular no distrito de Setúbal, revelam a falta de conhecimento e de visão para o setor: um dia a expansão do terminal de contentores de Lisboa é para a Trafaria, no outro dia já é para o Barreiro. E no meio de tudo isto, nem uma palavra para o porto de Setúbal», afirma Ana
Catarina Mendes, líder da federação socialista. Segundo a responsável, em contraciclo com a importância estratégica do porto de Setúbal para o distrito, a coligação de direita tem ditado «uma política de desnorte para este porto, patente na ação governativa dos últimos quatro anos». Ana Catarina Mendes diz que tem havido «uma total confusão de propósitos» do Governo para o setor marítimo portuário. «Ao mesmo tempo que o Governo afirmava querer uma comple-
mentaridade entre os portos de Lisboa e de Setúbal, anunciava, logo no início da legislatura, a expansão do terminal de contentores do porto de Lisboa para a Trafaria. Decorridos apenas 3 anos, surge novo anúncio sobre este tema, agora com a intenção de que essa expansão do terminal de contentores de Lisboa se situasse no Barreiro». A líder distrital socialista diz, também, que tem havido «total demissão» do Governo quanto a decisões importantes e estratégicas para o desenvolvimento do
porto de Setúbal e, consequente, aumento do seu hinterland. «Todas as decisões de acessibilidade ferroviária e marítima foram metidas na gaveta. O canal de acesso ao porto sadino foi estrangulado. Exigia uma resposta firme por parte do Governo, que se limita, perto das eleições, a autorizar estudos ambientais». A seu ver, esta coligação foi ainda responsável pela «paralisação» da requalificação das acessibilidades rodoviárias e ferroviárias ao porto de Sines, o que contribuiu para «condicionar o investimento na sua expansão». Ana Catarina Mendes conclui, dizendo que o PS reitera que deve haver «uma visão integrada do setor portuário a nível nacional, e também no distrito, avaliando a capacidade instalada e as necessidades de expansão, bem como viabilidade técnica e ambiental das soluções que melhor respondam ao interesse da economia e desenvolvimento regional». Roteiro da igualdade e democracia Os candidatos a deputados pelo PS realizaram, na passada quin-
ta-feira, às questões da igualdade e demografia, num roteiro organizado pelo Departamento Federativo das Mulheres Socialistas. O programa incluiu visita à Ginecologia e Obstetrícia do Centro Hospitalar Barreiro/ Montijo, que permitiu confirmar a diminuição acentuada de nascimentos nos últimos anos e a falta de profissionais de saúde. No comando da PSP Setúbal, foi avaliada a diminuição do número de queixas de violência doméstica, nos últimos 2 anos, tendo sido também referida a preocupação com o aumento, nos últimos anos, de homicídios conjugais e o tempo que medeia entre a queixa apresentada e a intervenção do Ministério Público. O roteiro passou, ainda, pela Bela Vista, em Setúbal, onde o desemprego ronda os 54 por cento, num universo de 1400 famílias, o que «demonstra bem a necessidade de implementação das propostas do PS de repor os valores dos mínimos sociais, nomeadamente do Rendimento Social de Inserção, pela reformulação do abono de família mais favorável às crianças mais carenciadas», frisa Ana Catarina Mendes.
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CULTURA FALTA DE APOIOS E VIABILIDADE FINANCEIRA ESTÃO NA ORIGEM DA NÃO REALIZAÇÃO DA INICIATIVA QUE CRIOU GRANDES EXPECTATIVAS EM SETÚBAL
Rock no Sado fica em «banho-maria» à terceira edição O rock português calou‑se este ano no Parque Sant´iago. A organização queixa-se da falta de apoios financeiros e acusa O Sol da Caparica de ‘roubar’ público e de receber mais ajudas do município do que o certame sadino. TEXTO ANTÓNIO LUÍS FOTOS SM
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or «falta de apoio e viabilidade financeira», a 3.ª edição do Rock no Sado não se realizou este ano, no mês de Agosto, segundo apurou o Semmais junto de Carlos Oliveira, da organização.
Todavia, a organização não põe de parte o regresso do evento a Setúbal. «Há muita coisa que tem de ser estudada, mas, sem os apoios que foram dados ao Sol da Caparica, pelo município de Almada, é difícil arrancarmos para a edição de 2016». Carlos Oliveira relembra que a organização não recebeu «dinheiro» para a realização do festival, ex-
plicando que «o principal apoiante foi a própria empresa produtora, pelo que o festival foi produzido com fundos e recursos da própria empresa». 70 mil pessoas estiveram nas duas edições As duas anteriores edições, que decorreram no Parque Sant´Iago, nas Manteiga-
Palmela brindou vestida de branco para dar as boas vindas à Festa das Vindimas
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omo é tradição, as duas principais coletividades de Palmela, Os Loureiros e a Humanitária, deram as boas vindas à Festa das Vindimas, com o Welcome Vindimas e a Noite Branca, respetivamente. Nos Loureiros, a orquestra de câmara, dirigida pelo maestro António Campos, animou o jantar-convívio, com direito a baile e brinde, no final da noite, às festas mais emblemáticas da terra. Por lá também desfilaram as 15 candidatas a Rainha das Vindimas. Rogério Almeida, o presidente da coletividade, realça que o terceiro Welcome Vindimas decorreu «extremamente bem» e que está para durar. «Palmela merece que se dê as boas vindas às maiores festas do concelho, que são desejadas pelas gentes da terra durante todo o ano», revelando que o evento reuniu perto de 170 pessoas.
Com problemas na cobertura do salão dos Loureiros, a festa este ano teve de realizar-se no ginásio. As obras estão orçadas em cerca de 100 mil euros, pelo que a coletividade está a preparar várias iniciativas, junto dos sócios, para angariar verbas para os arranjos. «No início do ano, a cobertura do telhado deve estar concluída», prevê, admitindo que o município também faça chegar a sua ajuda financeira, no valor de 25 mil euros, enquanto da Junta de Palmela já chegaram os 2 500 euros. «Boa moldura humana» Já a Humanitária fez a festa no largo de S. João, com uma boa moldura humana, em que o tom da peça de roupa tinha de ser de cor branca. Durou cerca de 6 horas, num espaço vedado mas sempre a ser ampliado, ano após ano. Maria João Camolas, a presidente da coletividade, faz um
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balanço «muito bom» da festa. «Foi um sucesso. O espaço estava muito bem conseguido e a decoração muito gira. Tudo brilhou nesta noite fantástica de reencontro de amigos e sem qualquer incidente». A White Party já «faz parte das Vindimas», diz, orgulhosa, a líder da Humanitária. «É uma festa que movimenta milhares de pessoas, em que conseguimos promover as adegas, os bares e os restaurantes, e isso enche-nos de orgulho», que acrescenta que parte da receita de bilheteira reverte a favor da Associação da Festa das Vindimas. Maria João Camolas relembra que a festa branca arrancou em 2011, mas que, por falta de meios financeiros do município, teve de realizar-se com entradas pagas. «Somente desta forma conseguimos rentabilizar o evento, uma vez que as despesas são enormes e o investimento é grande», frisa.
das, contaram com 20 e 50 mil pessoas, respetivamente. Carlos Oliveira realça que, «além da grande multidão de público, o mais importante foi a qualidade dos concertos e as relações humanas e pessoais que se proporcionou». O responsável reconhece que o festival O Sol da Caparica ‘roubou’ público ao Rock no Sado, dado tratar-
-se de dois eventos de «similaridades de conteúdos, não foi bom terem plagiado a data porque isso privou o público das duas cidades vizinhas de poderem estar presentes nos dois eventos». O Rock no Sado trouxe até Setúbal nomes sonantes do rock português, como Xutos & Pontapés, UHF, Boss AC, Ritchie
Campbel, Quinta do Bill, entre outros. O Rock no Sado foi organizado pela CJP – Promoção de Eventos e Agenciamentos Lda., «uma empresa em expansão e que merece ser conhecida», argumenta Carlos Oliveira, que acrescenta: «Temos vários projetos em cima da mesa para o futuro», garante o responsável.
CULTURA
AGENDA
Música exploratória promete novidades nos palcos do Barreiro em Outubro TEXTO ANTÓNIO LUÍS FOTOS SM
SETÚBAL
5SÁBADO22H “MADRE CORAJE” FECHA FESTA DO TEATRO Fórum Municipal Luísa Todi
“Madre Coraje”, a produção de La Compañia Atalaya conta a história de Anna Fierling, uma vendedora de bugigangas conhecida como “Mãe Coragem” pelo valor que parece ter no campo de batalha ao atravessar de um território para outro, trocando sempre a bandeira. Espetáculo da XVII Festa do Teatro.
MONTIJO
5SÁBADO9H/17H30 DESENHOS DE FERNANDA FRAGATEIRO Galeria Municipal
Não deixe de apreciar a exposição “Desenhos da Terra, do Ar e do Mar”, que a artista plástica Fernanda Fragateiro tem patente neste espaço da cidade. Fernanda Fragateiro, natural do Montijo, apresenta uma exposição que reúne uma seleção muito especial de desenhos para crianças que tem realizado e publicado ao longo dos últimos 20 anos.
PALMELA
5SÁBADO19H FESTIVAL DE FOLCLORE
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e 8 a 11 de Outubro realiza-se o 12.º OUT.FEST Festival Internacional de Música Exploratória do Barreiro, promovido pela OUT.RA Associação Cultural, com o apoio do município. A saxofonista Matana Roberts, o quarteto The Magic Science Quartet, o duo italo-japonês de Giovanni Di Domenico (piano) e Akira Sakata (saxofone) e o norte-americano Laraaji são, para já, os primeiros nomes avançados pela organização, para o programa deste destival. O jazz norte-americano da saxofonista Matana Roberts, assina um dos mais aclamados álbuns de 2015, “Coin Coin Chapter Three”, terceiro volume de doze lançamentos planeados para contar a história da luta da comunidade afro-americana nos últimos séculos. Este trabalho tem vindo a colocar esta artista de Chicago na linha da frente do jazz mundial. O quarteto The Magic Science Quartet, liderado por duas lendas do Jazz norte-americano, o contrabaixista Henry Grimes e o
saxofonista Marshall Allen atuará pela primeira vez, em Portugal. Por seu lado, o duo italo-japonês de Giovanni Di Domenico (piano) e Akira Sakata (saxofone) trará ao Barreiro temas do seu disco “Iruman”, lançado em 2014, enquanto que o norte-americano Laraaji estreará no OUT.FEST o seu “The Peace Garden”. Apresentará uma performance de música ambiental e meditativa, que combinará aula de yoga e meditação, com exercícios de escuta profunda. Indo ao encontro da renovada dinâmica cultural local, a edição deste ano incluirá novos palcos da cidade, com destaque
para o Museu Industrial da Baía do Tejo, a sede da ADAO - Associação Para o Desenvolvimento das Artes e Ofícios -, e as instalações da Escola Conde de Ferreira, atual Centro de Produção e Participação Artística. Recorde-se que o OUT.FEST foi distinguido com o selo “EFFE - Europe for Festivals, Festivals for Europe” 2015-2016. A decisão foi divulgada no passado dia 20 de maio, pela EFFE. Esta iniciativa tem o apoio da União Europeia e visa reconhecer festivais que demonstrem um profundo compromisso com as artes, com as suas comunidades e com os valores europeus.
Largo de S. Paulo
O folclore genuíno está de regresso à Festa das Vindimas, com a envolvência de vários ranchos do concelho. As tradições de outrora são recordadas numa das festas mais emblemáticas do concelho e da região.
ALMADA
5SÁBADO15H/16H30 OFICINA DE MATERIAIS DE DESENHO Casa da Cerca - Centro de Arte Contemporânea, Almada
Nesta oficina são desenvolvidas técnicas de criação de materiais de desenho. Começando com a criação de suportes, papel de ervas, manufaturados com matéria-prima existente no Chão das Artes - Jardim Botânico, prosseguir-se-á com a criação de tintas pretas, igualmente a partir de materiais existentes no Jardim.
SEIXAL
12SÁBADO21H30 SPECIAL NEON PARTY
Zona ribeirinha da Amora
A Junta de Freguesia de Amora e a Fullfit, com o apoio do município, organizam, para o público em geral, o evento Special Neon Party, com atividades ligadas ao desporto e lazer. Não falte a esta animada iniciativa e divirta-se.
GANHE CONVITES PARA “NOITE DAS MIL ESTRELAS” “A Noite das Mil Estrelas”, em cena no Casino Estoril, é um musical de Filipe La Féria que conta a história do Casino Estoril e da Costa do Sol desde as suas origens à atualidade. O musical faz reviver no palco os grandes artistas que ali atuaram, como Amália, Maysa Matarazzo, Charles Aznavour, Nina, Simone, José Carreras, Montserrat Caballé, Liza Minelli, Ray Charles, Elton John, entre centenas de estrelas que brilharão no céu do Estoril neste grande espetáculo de La Féria. Alexandra, Gonçalo Salgueiro, Vanessa, Pedro Bargado, Dora, Rui Andrade, Cláudia Soares, João Frizza, Catarina Mouro, David Ripado e Inês Herédia são os protagonistas do espetáculo que apresenta um sensacional corpo de baile, coreografado por Marco Mercier, e três magníficos acrobatas. Para se habilitar aos convites basta ligar 969 431 0 85.
GANHE CONVITES PARA AS ESCULTURAS NA AREIA O 13.º Festival Internacional de Escultura em Areia continua a decorrer até 20 de outubro, em Pêra, no Algarve. Trata-se da maior exposição de escultura em areia já construída e realiza-se desde 2003, atraindo, anualmente, milhares de visitantes. A presente edição, alusiva ao tema “Música”, conta com cerca de cem cenas em areia que retratam, de forma criativa, músicos, instrumentos e culturas musicais de várias partes do mundo. O festival, organizado pela ProSandArt, foi edificado por escultores nacionais e de renome internacional, que ali exploram várias técnicas de esculpir em areia, produzindo peças originais que se destacam pela magnitude, técnica e estética. Para se habilitar aos convites duplos, basta ligar 918 047 918.
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NEGÓCIOS DRª VANDA GANDUM – CLÍNICA DENTÁRIA E MÉDICA REABRIU COM ESPAÇO MAIS MODERNO E APELATIVO
Nova imagem, o profissionalismo de sempre Dr.ª Vanda Gandum – Clínica Dentária e Médica, em Aires, Palmela, reabre completamente remodelada. Investimento de milhares de euros tornou o espaço mais moderno e apelativo.
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entenas de pessoas, entre as quais clientes e representantes de empresas e entidades da região, marcaram presença na passada quarta-feira, 2 de Setembro, na inauguração da Clínica Dentária e Médica Vanda Gandum, em Aires, no concelho de Palmela. Depois de nove meses encerrada, a clínica reabre portas com uma nova imagem interior e exterior. Uma completa remodelação que torna agora o edifício mais moderno e apelativo, com espaços cheios de cor, confortáveis e acolhedores para melhor satisfazer os clientes que, para além de pacientes, são considerados membros da família. Conhecida, acima de tudo, pelo elevado grau de profissionalismo, a família Gandum destaca-se pela capacidade empreendedora. Depois da abertura, em 2010, da clínica em Setúbal e da aquisição de um dos mais modernos e avançados equipamentos médicos (TAC 3D CBCT), a vontade de crescer continua bem presente. Prova disso é o investimento avultado na remodelação da clínica de Palmela. «Esta é a clínica que está no nosso coração. Representa um investimento para a família Gandum, mas também para a cidade com o aumento dos postos de trabalho», salientou a Dra. Vanda Gandum, no momento de reinauguração do espaço, mostrando-se confiante no sucesso. «Temos de semear para depois colher. Com a dedicação dos nossos profissionais e agora com esta imagem tudo vai correr bem. Investirmos para poder proporcionar melhores condições aos nossos clientes. As expectativas são grandes e tenho a certeza de que vão ser superadas», acrescentou. Vanda Gandum destaca ainda a característica ímpar da clínica que dirige, ao considerar que «o acompanhamento perso-
nalizado é o que nos caracteriza. Agora garantimos ainda maior conforto». Palavras partilhadas por Sandra Gandum, irmã gémea da médica dentista e responsável pela área do marketing. «Nós gostamos de investir e de proporcionar aos nossos clientes um tratamento e um serviço de excelência e, para isso, temos de acompanhar a actualidade. A clínica que nós tínhamos já não estava adaptada aos dias de hoje». Sublinhando a «excelente» localização do espaço, junto a uma estrada onde circulam milhares de carros por dia, Sandra Gandum acredita plenamente na recuperação e no crescimento da “nova” clínica. «Somos pessoas viradas para o sucesso e para o futuro. Apesar de ser um investimento gigante, achamos que vamos ser recompensados. Marca-se a diferença quando se investe também na imagem», afirma. Profissionalismo de “excelência” é a chave do sucesso Para Paula Mendes, cliente da clínica há vários, a mudança de imagem foi «fabulosa e drástica» e, por isso, estão presentes os ingredientes chave para o sucesso. «As instalações antigas não eram apelativas. Agora está lindíssima por dentro e por fora. Aqui reina o profissionalismo de excelência. Este atendimento é muito difícil de encontrar noutra clínica». Opinião corroborada por um outro cliente, Mário Costa, responsável pela agência central da Caixa Geral de Depósitos de Setúbal. «A mudança em termos visuais é enorme mas aquilo que acho que diferencia a clínica Vanda Gandum de outras clínicas que eu conheço não é a cara, é a competência dos profissionais que aqui trabalham. Aqui criam-se laços fortes entre os profissionais e os clientes. Essa é a grande marca desta clínica».
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«ENTRE 2009 E 2015 QUASE QUADRUPLICÁMOS AS VENDAS» Vasco Pinheiro, responsável pela gestão das clínicas Vanda Gandum, sublinha que este é mais um passo no percurso de crescimento das clínicas. Depois de em 2010 ter sido criada a clínica de Setúbal, que contribuiu para a «quadruplicação» da facturação até à data. «Esta é mais uma fase de desenvolvimento e de modernização para conseguirmos responder aquilo que são os anseios dos nossos clientes que é ter, não só um bom serviço, mas também um espaço agradável onde se sintam em casa». Embora muitos clientes tivessem sido transferidos para Setúbal, houve outros que não transitaram, o que se traduziu, segundo Vasco Pinheiro, numa «quebra global de negócio na ordem dos 10 por cento». Contudo, o optimismo ganha peso. «Vamos, sem dúvida, não só recuperar como ultrapassar até ao final deste ano». Aas clínicas Vanda Gandum contam com cerca de 30 colaboradores que se repartem entre os dois espaços, onde são atendidos 1000 pacientes por mês (70 por cento em Setúbal e, anteriormente, cerca de 30 por cento em Palmela). «A ideia é nivelar e subir de 1000 para 1500 clientes por mês, o que significa 2 a 3 mil consultas e 4 a 6 mil tratamento por mês”, afirma o responsável pela gestão das clínicas Vanda Gandum. Este investimento de modernização da clínica de Palmela (directo e somando a perda de receita durante nove meses) ronda os cerca de 400 mil euros. Nós atendemos cerca de 1000 pacientes por mês, sendo que cerca de 70 por cento em setúbal e anteriormente cerca de 30 por cento em palmela. A ideia é nivelar e subir de 1000 para 1500 por mês, o que siginifica duas a 3 mil consultas e 4 a 6 mil tratamneot por mês.
TESTEMUNHOS DE CLIENTES Paula Mendes
Está fabulosa. Parece impossível como é que a antiga clinica se conseguiu transformar nisto… a mudança é drástica. Acho que vai ser um sucesso. As instalações antigas não eram apelativas. Agora está lindíssima por dentro e por fora. O profissionalismo de excelência. Este atendimento é muito difícil de encontrar noutra clinica. Muito humanos. Há uma grande relação de proximidade.
Mário Costa
Responsável pela a agência central de Setúbal da Caixa Geral de Depósitos Eu conhecia a clinica anteriormente. Houve uma mudança completa em termos visuais. A clinica não é a mesma. Mas aquilo que acho que diferencia a clinica vanda gandum de outras clinicas que eu conheço não é a cara, é a competência dos profissionais que aqui trabalha. Esta profunda alteração que aqui foi feita … a mais valia que traz vai proporcionar às pessoas quererem ter a experiencia com estes médicos que aqui trabalham, porque o resto é o mesmo… as pessoas soão as mesmas. Esta alteração é enorme mas apenas vai chamar mais pessoas para a 1ª experiencia. Há uma grande proximidade com s clientes. Eles criam laços fortes com os clientes. Essa é a grande marca desta clinica.
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LOCAL ALCÁCER DO SAL PROPORCIONA “UM DIA NA QUINTA” Vivenciar um dia no campo, no qual se pode aprender mais sobre horticultura e produtos agrícolas, numa experiência autêntica do mundo rural é a próxima proposta do programa turístico “Alcácer com Vida”. Agendado para dia 12, “Um Dia na Quinta”, promovido pelo município, em parceria com A Horta do Zé, é mais do que uma mera visita ao campo ou um passeio didático; esta é uma experiência única na qual os participantes têm a oportunidade de ser “donos” de uma herdade por um dia e de cuidar dos seus campos, envolvendo-se num conjunto de atividades que têm como lema o humor enquanto veículo para que energias e informações fluam com maior eficácia. O evento decorre na Herdade de Porches, onde tem lugar uma visita guiada.
MOITA TRADIÇÃO SECULAR ATRAI TURISTAS Foi em ambiente de festa que foi apresentado, dia 29 de agosto, no Largo do Mercado, o programa das Festas de N.ª Sr.ª da Boa Viagem que decorrem de 11 a 20. A nível de concertos, é de destacar Les Enfants Terribles, Mátria, Chaparro & Rasnatura Band, DAMA, José Malhoa, José Cid, Diabo na Cruz, Cais Sodré Funk Connection, MastilSoul e os Anjos. São milhares as pessoas que assistem à imponente procissão, dia 13, às 17h30, em Honra de N.ª Sr.ª da Boa Viagem, seguida da bênção das embarcações típicas do Tejo. As largadas, na Av.ª Teófilo Braga estão marcadas para 11 e 18, à 1 hora, nos dias 14, 15, 16, 17, 18 e 20, às 10 horas, e dia 19, às 17 horas. Destaque ainda para a feira taurina, a tarde do Fogareiro, a tradicional regata, com barcos típicos do Tejo, e o “Cais Vivo”.
SANTIAGO FEIRA DO MONTE AFIRMA IDENTIDADE DO MUNICÍPIO Até domingo, o parque de feiras e exposições de Santiago continua a receber a feira do Monte, para «afirmar a sua matriz com uma forte componente de artesanato que é bastante rico e variado no município», salienta o edil Álvaro Beijinha. O artesanato volta a ter lugar de relevo na feira secular, com um espaço onde os artesãos estão a trabalhar ao vivo. O cante alentejano é retratado numa exposição sobre este Património Imaterial da Humanidade «numa homenagem a um património que é de todos os alentejanos e aos grupos do município, que irão também atuar na feira», revela o autarca.
GRÂNDOLA PIRES DE LIMA INAUGUROU GALERIA WALDEMAR
BARREIRO MUNICÍPIO CLASSIFICA PATRIMÓNIO MOAGEIRO A Câmara está a arrancar com a clas-
sificação do património moageiro como conjunto de interesse municipal, poucos dias após a aprovação, em sessão pública, da aquisição do moinho grande de Alburrica, a caldeira onde este se insere e outras parcelas de terreno na zona. Além desta aquisição agora aprovada, a CMB já é proprietária dos três moinhos de vento e um de maré. Nesta altura, está em curso, numa 1.ª fase, a classificação dos moinhos de Vento de Alburrica e do Moinho de Maré Pequeno. O edil Carlos Humberto revelou que a CMB integrou, numa candidatura da AML, financiada a 50 por cento a fundo perdido, duas intervenções de recuperação do moinho de maré pequeno e nos de vento.
O ministro da Economia, ao inaugurar no Lousal, a galeria Waldemar, considerou estarmos na presença de «um bom exemplo para outras zonas do país». Com investimento de 366 mil euros, a recuperação de uma antiga galeria subterrânea no Lousal, implementado pela EDM e Fundação Frédéric Velge, junta-se a intervenções levadas a cabo ao longo dos anos pelo município e pela Sapec. O edil não esconde o orgulho e a satisfação pelo sucesso alcançado. Figueira Mendes enumerou as razões que em seu entender «constituem a pedra de toque deste projeto de desenvolvimento integrado e sustentável do concelho e do Alentejo Litoral e lhe dão a consistência e a relevância que nos permitiu chegar até aqui» nomeadamente as parcerias que foram estabelecidas e o crescente envolvimento das populações. Lembrando o impacto negativo que o encerramento da atividade nas minas teve na comunidade e no território, o autarca afirmou que o «projeto, com a participação ativa da população local, procurou transformar uma ameaça ao desenvolvimento em novas oportunidades» e que hoje a aldeia do Lousal «é um importante complemento à oferta da frente atlântica e de combate à sazonalidade».
SINES MUNICÍPIO ASSOCIA-SE ÀS JORNADAS EUROPEIAS DO PATRIMÓNIO O município associa-se às Jornadas Europeias do Património, uma iniciativa anual do Conselho da Europa e da União Europeia, que como objetivo a sensibilização dos cidadãos para a importância da proteção do património. A Câmara, através do Museu de Sines, associa-se à iniciativa com atividades em torno da praia de S. Torpes e das artes de pesca. No dia 25, na referida praia, realiza-se a descoberta da jangada e de outras memórias das antigas tecnologias ligadas à pesca. Destina-se ao público escolar e a outros interessados. Dia 26, às 16 horas, há visita guiada e debate no museu local, em torno das peças recolhidas para a exposição “Memórias da Praia de S. Torpes”, e, dia 27, visita ao museu de Etnologia, em Lisboa, para ver a exposição “Artes de Pesca”.
SETÚBAL DESCARREGADOR MIGUEL COM MUSEU EM ITÁLIA A vida e obra do setubalense José Miguel da Fonseca, descarregador de peixe e pintor naϊf, é perpetuada num museu etnográfico, inaugurado no dia 23, em Ferrara, Itália, que junta pinturas e esculturas a uma vasta pesquisa documental. O museu dedicado a José Miguel da Fonseca, falecido recentemente, inclui a coleção de pintura naϊf, outra dedicada ao culto da vaca e do touro através do olhar do artista e a terceira com base num estudo documental realizado pela sua mulher. A presidente do município, Dores Meira, presente na inauguração, enalteceu a iniciativa cultural que destaca «a vida de um setubalense humilde e complexo», numa homenagem que simboliza, «acima de tudo, uma bela e extraordinária história de amor». 14 | SEMMAIS | SÁBADO | 5 DE SETEMBRO | 2015
ALCOCHETE FRENTE RIBEIRINHA CANDIDATA A PRÉMIO NACIONAL O município candidatou a regeneração da
frente ribeirinha ao prémio IHRU 2015, uma iniciativa do Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana que distingue reabilitação urbana exemplar. A Av.ª D. Manuel I e o passeio do Tejo, o largo da Misericórdia e a ponte-cais, a rua do Norte e o largo Cova da Moura são os arruamentos contemplados na candidatura apresentada ao prémio, tendo em conta as ações de requalificação que foram executadas no ano transato pelo município e pela APL, ao abrigo de fundos comunitários. A criação do passeio do Tejo foi a operação mais significativa desta intervenção que, no global, contribuiu para estreitar a relação da vila com o rio ao transformar toda a área marginal mais aprazível para passeios pedonais e/ou para utilização de modos suaves de deslocação.
ALMADA PLANO DE FONTE DA TELHA EM DISCUSSÃO O Plano de Pormenor da Fonte da Telha
encontra-se em período de discussão pública até 12 de novembro. O plano visa a qualificação do perímetro urbano; a implementação de um meio de transporte coletivo; o reordenamento da circulação viária e a criação de espaços de estacionamento de natureza sazonal; a reconstituição do sistema dunar; a renaturalização de espaço compreendido entre a arriba e o cordão dunar; e a definição da localização de apoios de praia. Todos os documentos relacionados com o plano podem ser consultados no site da Câmara, nas instalações do município ou na Junta da Costa de Caparica.
MONTIJO FESTAS DE CANHA COM PROGRAMA VARIADO A histórica vila de Canha, até domingo, recebe mais uma edição das suas festas popu-
lares em honra de Nossa Senhora da Oliveira. São três dias de muita animação com um variado conjunto de atividades para todos os gostos: charangas, bailes, torneio de futebol, sevilhanas, espetáculos musicais, largadas e momentos religiosos. O grande destaque é a missa e procissão em honra de Nossa Senhora da Oliveira, amanhã, domingo, a partir das 16 horas. A não perder, também, a noite da sardinhada, este sábado, um passeio de carros antigos e o fogo-de-artifício, ambos no dia 6 de setembro.
PALMELA MUNICÍPIO ESCLARECE CONSUMIDORES SOBRE DIREITOS Nos meses de setembro e outubro, a Câmara de Palmela promove 14 sessões de in-
formação e apoio ao consumidor, nas localidades de Palmela, Pinhal Novo, Cabanas, Aires e Marateca. As sessões têm entrada livre e destinam-se à população em geral, contando, em alguns casos, com a colaboração da Comissão Social da Freguesia de Pinhal Novo e da GNR. Serão abordados temas como a rotulagem de produtos, o livro de reclamações, as vendas à distância, a insolvência familiar e as tarifas sociais.
SEIXAL “NAVEGAR PELO TEJO” REVELAM PATRIMÓNIO
SESIMBRA MUSEU FAZ INVENTÁRIO DE AZEITE
O Seixal disponibiliza, em setembro
O museu de Sesimbra acaba de fazer o
e outubro, os circuitos “A navegar pelo Tejo” que permitem dar a conhecer o património do Seixal. São programas de meio-dia compostos por passeio no Tejo a bordo do Varino “Amoroso” e passeios pedestres no Núcleo Urbano Antigo do Seixal. Nestes circuitos estão também incluídas visitas guiadas ao núcleo Mundet ou ao moinho de maré de Corroios. A próxima iniciativa é no dia 15 e inclui um passeio pedestre no Núcleo Urbano Antigo do Seixal e um passeio a bordo do Varino “Amoroso”. As inscrições podem ser feitas até três dias úteis antes de cada circuito. Cada pessoa paga 5,50 euros e a entrada é livre para crianças até 12 anos.
inventário de quatro lagares de azeite, localizados na Venda Nova, Caixas e Calhariz. O trabalho foi desenvolvido por alunos de arqueologia industrial da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa. Foram preenchidas fichas que permitiram registar todas as estruturas nas suas vertentes de identificação, força motriz, pormenores construtivos e tecnologia empregue no armazenamento da azeitona, moagem, extração, decantação e armazenamento do azeite. E registados testemunhos de pessoas ligadas à atividade, que vão permitir construir conhecimento em torno das manifestações de património cultural imaterial associado à economia e produção do azeite.
OPINIÃO
Contributos para uma novo paradigma na saúde (I)
A
cultura dos sistemas de saúde, predominante nos nossos tempos, tem respondido de forma permanente e em primeira linha à doença (num grande esforço financeiro, de recursos e de formação), deixando a saúde num lugar secundário e de muito menor investimento. Este não é o caminho certo. No mundo globalizado onde vivemos, em que o que se passa em Bruxelas, em Atenas, em Berlim, ou em Pequim, afeta fortemente o nosso quotidiano, devemos procurar olhar para a saúde reconhecendo novos problemas e necessidades das comunidades e dos indivíduos. Problemas como o envelhecimento da população, o aumento exponencial das doenças crónicas e os quase 30 % de Europeus que se confrontam, neste momento, com um distúrbio mental e do comportamento. Ou ainda, a crescente urbanização da população e os desafios de uma organização económica competitiva e
esta crise socioeconómica que afeta o espaço europeu, e muito em particular, Portugal. Estas realidades têm um impacto significativo nas organizações de saúde, onde os enfermeiros têm um papel central e insubstituível. Podemos dispor de todas as últimas tecnologias e terapêuticas disponíveis - mesmo as que não trazem valor acrescido á população -, os extintores á altura certa para garantir a acreditação da instituição, mas sem os enfermeiros, sem estas pessoas que têm corpo e que têm alma, devidamente motivados e envolvidos, devidamente reconhecidos, nunca teremos os serviços de saúde que precisamos e que ambicionamos. O futuro trará, necessariamente, o foco na prestação de cuidados de saúde nos domicílios e nas comunidades prevenindo internamentos desnecessários e demasiado onerosos para o erário público. Este desafio exige enfermeiros em número adequado e com os conhecimentos, as competências, a confiança, a
Mais um “prego para o caixão”... GATO COM RABO DE FORA PAULO LOURENÇO
INVESTIGADOR SOCIAL
H
á notícias que não se percebem, e que não podem ser levadas a sério por pessoas que acreditam que há mininos que não devem ser ultrapassados em termos do respeito pela condição da pessoa humana. O assunto em alusão está relacionado com a notícia da divulgação do governo português do acolhimento de 1.500 migrantes pelas famílias portuguesas. Em Portugal existem respostas sociais destinadas ao Acolhimento Familiar, para idosos, crianças e jovens em situação de risco social, cuja procura é nula pelas famílias portuguesas. Por outra via, existem indicadores que evidenciam o aumento dos maus-tratos sobre idosos, crianças e mulheres, factos ilustrativos de casos sociais que carecem de apoio, sendo que a institucionalização não é a melhor solução. Pergunta 1: Em que condições vão ser feitos os acolhimentos dos Migrantes em Portugal, quem financia? Qual o seu projeto de vida? Pergunta 2: Os Migrantes vão fazer formação para aprenderem a língua portuguesa, supostamente enquadrada no
Portugal 2020 e depois o que vão fazer? Vão trabalhar em que sector de atividade? Pergunta 3: Sendo o nível escolar e cultural dos Migrantes totalmente distinto do Português, como será feita a integração social? Quem serão os mediadores sociais que falam árabe? Pergunta 4: Estará Portugal preparado para acolher os Migrantes vindos da Síria, quando não existe em nenhum país da Europa um plano que contribua para a sua de integração social, sendo que se tratam de pessoas que precisam de ser ajudadas, cuja cultura é totalmente diferenciada da Europeia, com valores e padrões de vida totalmente distintos da cultura portuguesa e Europeia, com provas dadas de indisponibilidade para aceitar as regras dos países de destino? Ficará para a historia da Europa a capacidade dos Estados Membros responderem de forma eficaz ao maior desafio de sempre, que passará por integrar socialmente um povo cujos valores de base não aceitam outras culturas, encontrando-se o mesmo enraizado desde os primórdios da historia civilizacional do mundo.
liberdade, e o reconhecimento necessários para trabalharem sozinhos e assumirem uma função proactiva na adaptação da prestação de cuidados de saúde às necessidades das pessoas, das famílias e das comunidades. Trata-se, tão só, de garantir a qualidade dos cuidados de saúde prestados à pessoa e às comunidades. A necessidade de recentrar o cidadão no sistema, incluir no sistema de saúde uma vertente salutogénica que promova a capacitação do cidadão e das comunidades e que não desperdice inúmeros recursos para a resposta a vontades que não ultrapassam o enquadramento corporativo, são um dos maiores desafios que enfrentamos enquanto portugueses. O desenvolvimento de novos indicadores de saúde, centrados nos ganhos em saúde e não no ato; centrados no cidadão; baseados nos ganhos para a comunidade e não para a instituição ou interesse corporativo; direcionado para a promoção da
ACTUALIDADES JOSÉ CARLOS RODRIGUES GOMES
ENFERMEIRO; DOUTOR EM SAÚDE PÚBLICA
saúde e não apenas para uma resposta reativa á doença, é igualmente um desiderato a que não podemos ser alheios. Nesta resposta interessa que a comunidade possa usufruir das imensas competências dos enfermeiros, frequentemente menosprezadas pelo poder político e pelas administrações das instituições de saúde, vistas, nalguns casos - de forma preconceituosa e redutora - como uma despesa e não como um investimento. Portugal, enquanto país e economia que quer e precisa de crescer, não se pode dar ao luxo de desperdiçar um corpo de conhecimentos na sua estrutura de enfermagem de elevadíssima qualidade, com muitas e variadas competências – de cuidados
gerais, especializadas e acrescidas - que são, indubitavelmente, um importante contributo para a melhoria do nível de saúde das populações, se houver ousadia para as utilizar. Desde a gestão política e estratégica ao cuidado prestado no domicílio em qualquer aldeia mais isolada, o país tem o direito, e o dever, de colocar ao dispor da população as competências dos enfermeiros e de garantir o contributo que estes sabem dar para o sistema de saúde. Desta forma, estará a trabalhar com as pessoas, e não para as pessoas, na construção da saúde de todos e de cada um, num reforço e no respeito do maior sucesso português do pós 25 de abril: o Serviço Nacional de Saúde.
No Universo da Escola Pública
E
stamos a algumas semanas do início da escola, aliás da escola pública que abrirá as portas entre os dias 15 e 21 de setembro. Após 3 meses de férias, os pais e encarregados de educação que não tiveram 3 meses de férias não lhes restou outra alternativas se não encontrar soluções pagas, para que os seus filhos e educandos ficassem ao cuidado de alguém. Numa época em que a rede familiar deixou de ser uma rede alargada, em parte devido às varias medidas pouco amigas das famílias, como foi o caso do aumento da idade de reforma, muitos dos trabalhadores portugueses veem-se privados da ajuda dos avós e têm obrigatoriamente que encontrar outras soluções. Recorde-se o porquê dos 3 meses de férias. Esta tradição oriunda de um passado deixado pelo Estado Novo, estava associada à necessidade das famílias recorrerem à mão de obra das crianças para as colheitas de verão. Ora como esse hábito de utilizar a mão de obra infantil no processo agrícola deixou de existir ( espero que esteja extinto para o bem de todos) pergunto-me se o porquê de continuarmos a ter tantos meses de interrupção letiva? Enquanto profissional e investigadora da educação defendo e respeito o direito ao brincar, aliás se nas nossas escolas brincássemos mais e examinássemos menos, os nossos alunos era mais livres das ritalinas (fármaco utilizado numa doença que aparente-
CIDADANIAS ELISABETE CAVALEIRO
COORDENADORA PEDAGÓGICA mente só se manifesta em períodos letivos) e certamente teríamos menos abandono e mais resultados escolares. Por outro lado, aqueles não tem possibilidades financeiras de colocar o seu educando numa resposta de OTL (ocupação de tempos livres) não estarão esses jovens e crianças a serem condicionados a um processo de exclusão, criado em parte pelo encerramento da escola? Parece-me importante fazer uma reflexão de como deve ser feito o calendário escolar e se a escola pública, sendo um elevador de inclusão social deverá agir e trabalhar como tal. Como conhecedora do sistema sei que por esta altura, haverá outros profissionais da educação que já amarrotaram o jornal, pelo menos umas duas vezes. Acontece que estou convicta que para a manutenção e defesa da escola publica e democrática é necessário a participação verdadeira e efetiva de toda a comunidade educativa. Os nosso professores vivem numa angustia permanente Ora é o concurso que sabe-se lá por causa do quê não termina a tempos e horas, ou então são constantemente obrigados a serem os profissionais das mil e uma profissões. Aos docentes pedem-se que sejam, gestores, animado-
res, psicólogos, técnicos de serviço social e recentemente até dei por mim a assistir a uma reportagem onde a direção da escola realizava investigação policial. E que tal deixarmos os professores fazerem o que eles foram preparados e sabem fazer melhor? Isto é dar aulas! E já é muito. Bem sei, que há muito que as nossas escolas deixaram de ser um espaço exclusivo de professores e alunos e é bom que assim sejam, pois é sinal que a escola continua a ser Pública e Democrática onde todos e todas podem e devem participar. A participação dos pais tem sido muitas das vezes, tida como uma ameaça ao profissionalismo ou uma interferência na esfera de competências dos docentes. Por outro lado a comunidade educativa tem uma história recente no âmbito da participação democrática o que fundamenta a incipiente cultura participativa. Simultaneamente a consciência quanto aos deveres, responsabilidades e formas de participação dos diferentes atores da comunidade educativa, tem vindo a definir-se de forma descontinuada, consoante a politica e ideologia dominante. Esta instabilidade é provavelmente, a responsável pela degradação da Escola Pública.
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