Semmais 05 abr

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Sábado | 05. Abril.2014

Director: Raul Tavares

semanário - edição n.º 805 • 6.ª série - 0,50 € • região de setúbal

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Distribuído com o

VENDA INTERDITA

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Desporto Ouro para jovens atletas da região

Actual GNR ataca roubo de cobre

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Fotos: DR

Cultura Nástio Mosquito primeiro a aportar no FM

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Violência extrema aumentou nas escolas do distrito É actualmente uma das grandes preocupações das autoridades policiais, que só o ano passado registaram um total de 460 participações. Há casos de extrema violência, com jovens vítimas de verdadeiros espancamentos e até troca de tiros.

Vítor Caldeirinha quer Porto de Setúbal ‘rei’ dos panamax NEGÓCIOS O presidente do Porto de Setúbal e Sesimbra está apostado em tornar a plataforma líder do segmento ‘short sea panamax’. Os investimentos do GTIEVA são estratégicos para atingir este objectivo. PÁG. 12

Assis em Setúbal ‘garante’ Amélia Antunes na Europa POLÍTICA O cabeça de lista do PS às eleições europeias, Francisco Assis, foi o primeiro a pisar o terreno da região no arranque da pré-campanha. Em entrevista do Semmais, acredita na eleição de Amélia Antunes.

ACTUAL PÁG. 4

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30 famílias de Vila Maria vivem sem água e sem luz

Região reduz tuberculose mas ainda é dos mais afectados

Álvaro Beijinha quer Santiago com mais gente e empresas

ACTUAL O alerta surge pela voz do pároco Constantino Alves, que tem acompanhado o drama das famílias que habitam clandestinamento a antiga ‘Mecânica Setubalense’, onde mora o desespero.

ABERTURA O número de casos de tuberculose caiu em média em 2013, comparado com o registado no ano anterior. Actualmente o distrito apresenta 20 casos por cada cem mil habitantes.

ACTUAL Na sua primeira grande conferência, após ter sido eleito nas últimas Autárquicas, o presidente da Câmara de Santiago quer aproveitar a força da indústria de Sines para captar empresas.

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ABERTURA

Média por cem mil habitantes reduziu para 20 pessoas

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Distrito reduz casos de tuberculose mas ainda é dos mais afectados A região apresenta ainda as taxas mais elevadas em relação ao resto do país, apenas atrás de Lisboa e Porto. Mas as médias têm vindo a baixar. Resultados animadores de uma batalha que não desarma. Pub.

Roberto Dores

O

s concelhos da região continuam a assistir à queda dos casos de tuberculose, apesar do distrito

ainda estar entre as zonas do país com maior incidência da patologia. A península, que em 2012 exibia uma média de 26 casos por cada cem mil habitantes, baixou para próximo dos 20 em 2013, aproximandose a passos largos da meta estabelecida pela DirecçãoGeral de Saúde (DGS), que quer baixa das duas dezenas de infectados. Os especialistas alertam que apesar dos resultados animadores a «batalha não está ganha». Ainda assim, o resultado obtido agora já pouco ou nada tem a ver com a preocupante realidade existente no ano 2000, quando a tuberculose atingia entre 47 a 51 pessoas por cem mil habitantes na região. Porém, se é verdade que a redução do número de casos de tuberculose - infecção que ataca os pulmões e que pode surgir noutros órgãos – aproxima o distrito dos valores europeus, Setúbal também continua a permanecer entre o grupo dos mais preocupantes, apenas atrás de Lisboa e Porto, mantendo o amargo estatuto de região com «alta incidência», embora não se tendo confirmado o receio das autoridades de saúde, quando no ano passado alertaram que

a crise poderia agravar o cenário já em 2013. Aumento do flagelo em períodos mais conturbados Isto porque há uma histórica tendência, segundo a médica da DGS Raquel Bessa de Melo, que aponta para o aumento da tuberculose em períodos socialmente mais conturbados, embora se verificasse uma diminuição dos casos de «tuberculose multirresistente». De resto, há vários anos que as autoridades de saúde alertavam para a «preocupação» de continuar a haver uma proporção de casos extremamente resistentes. Segundo António Diniz, coordenador do Programa Nacional para o VIH e do programa da tuberculose, os resultados positivos são atribuídos ao empenho que as pessoas têm demonstrado no seguimento dos doentes, mas «também à articulação entre os serviços, ao rastreio dos contactos dos doentes. Se temos piores condições económicas, uma das formas de dar resposta é através das estruturas de saúde», sublinha, o que se traduz na identificação dos casos «mais pre-

Cuidados com as crianças Setúbal está entre os distritos que registaram o maior número de casos em crianças até aos quatro anos. “São poucos casos, mas não devíamos ter nenhuns porque traduz infecção recente”, diz Raquel Duarte, coordenadora do Centro Nacional de Tuberculose, alertando ainda que a doença surgiu em pessoas com mais idade, o que significa que o risco de transmissão na comunidade é menor. «O risco maior de desenvolver a doença surge dois anos após a infecção. Em 5% pode ocorrer no resto da vida. O que vemos é isso. São pessoas mais velhas, com um sistema mais debilitado em que surge a doença”, disse Raquel Duarte.

cocemente para evitar transmissão e fazerem correctamente o tratamento». Ao contrário do que acontecia há uma década, a maioria dos casos em zonas rurais regista- se em pessoas entre os 45 e os 54 anos, o que tem muito a ver com altos índices do passado e que são potencialmente geradores de doença activa.

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Editorial // Raul Tavares

A hora de Jonet Já não é a primeira vez que Isabel Jonet, do seu alto pedestal de alma caridosa acima de qualquer suspeita, comete o erro de julgar os mais pobres e os mais

carenciados, afinal, aqueles que a levou a erguer uma instituição exemplar como o Banco Alimentar Contra a Fome. As suas tiradas de mau gosto, que à primeira vista poderiam ser vistas tão só como infelizes, passam a erro grosseiro que a colocam a ferro e fogo, nomeadamente nas redes sociais, que tanto critica por serem um empecilho para os mais pobres. Mas o pior destas diatribes de Jonet está na vulnerabilidade que lança sobre o Banco Alimentar Contra a Fome, seus dirigentes e milhares de voluntários que não

Os Outros, os pobres… O indicador de risco de pobreza subiu para o valor mais alto desde 2005, segundos os últimos dados do INE. A diferença entre os 10% mais ricos e os 10% mais pobres aumentou. Porque das estatísticas se pode extrair uma coisa e o seu contrário – como, em jeito malicioso, lembrou Alice – fixemo-nos no relatório do FMI: em estudo publicado este mês defendia-se aí que Portugal tinha sido um dos países em que a austeridade mais tinha poupado os de menores rendimentos. Em que ficamos: desde a chegada da troika a Portugal aumentou ou não a desigualdade de rendimentos? Vejamos os factos tal como nos é dado ver: os escalões mais baixos de rendimento têm sido poupados aos cortes (e até têm tido aumentos residuais)? Sim, mas, em contrapartida, deu-se uma redução significativa das prestações no âmbito do Rendimento Social de Inserção (RSI) e no Complemento de Solidariedade para Idosos. Junte-se o factor desemprego (que aumentou significativamente em resultado da recessão económica) e estão reunidas todas as condições, conforme sublinha o economista Carlos Farinha Rodrigues, para que tenham vindo a au-

Politólogo // Arlindo Mota mentar o número de pessoas em risco de pobreza em 2012 e pelo incremento do indicador privatização material em 2013. Ou seja, o relatório do FMI representa neste caso o copo meio cheio dos optimistas… (Também aqui Alice não se ficou sem um dixote: “deves acrescentar que o que ficou dito não se aplica a certos casos como o do ex-ministro Catroga – e tantos outros cuja lógica decorre do clientelismo partidário – que ganham fortunas nos Conselhos Gerais de empresas, prateleiras douradas que não dignificam o sistema democrático”…) Saber o papel da família neste contexto parece fazer também todo o sentido. Gosta Esping-Andersen num estudo seminal de 1993 mostra como o Estado em sociedades como a nossa (do sul da Europa) não provê suficientemente aos milhares de desempregados que deixaram de receber subsídio de desemprego. E aqui – antes que Alice tivesse tempo de me interpelar… – há que dizer que faz toda a diferença receber um

E agora Almada, PUM! Trezentos e quarenta e seis alunos das escolas de Almada e Seixal (e também Lisboa) assistiram à última produção da CTA: Tartufo, de Molière. O que fizemos foi ir às escolas secundária (todas) dos concelhos de Almada e do Seixal e informar os alunos do que tínhamos para oferecer (“oferecer”, não: pagaram 6€ de entrada). Achámos que estes jovens alunos estavam na idade de participar na vida cívica da cidade, assistindo a um espectáculo no Teatro Municipal. A

Rodrigo Francisco Director da CTA

quem protestava que os jovens não entenderiam Molière respondemos que se o Autor tinha sucesso na província francesa, no século XVII, junto de camponeses analfabetos, também os estudantes portugueses do século XXI poderiam entendê-lo. Tivemos razão. Oferecemos livros com a tradução de Manuel João Gomes. Treze estudantes quiseram-nos.

se reveem nas suas cruzadas sapientes e ralhetes despropositados. O facto é que, como aconteceu com Margarida Martins, fundadora da Associação Abraço (por razões diferentes), a diligente senhora começa a estar a mais. Em primeiro lugar, porque este tipo de instituições, que gerem milhões de euros, e contam com apoios estatais, não são propriedade de ninguém. Depois, porque pessoas com esta inteligência parda deviam saber que há uma hora de chegada e uma hora de partida.

Maldita Abstenção.

subsídio a que por lei se tem direito do que beneficiar da “sopa dos pobres, ou cantinas sociais” (sem pôr em causa a motivação genuína e altruísta de muitas pessoas e instituições que as ajudam a pôr de pé) Por muito que se mascare, existe a percepção (não só dos outros, como dos próprios) de que os que a elas têm de recorrer fracassaram em assegurar o seu bem-estar. Perpassa uma ideologia que se traduz nos conceitos anglo-saxónicos de insiders e outsiders – estes últimos sendo estigmatizados pela necessidade de recorrer à caridade. Não temos hoje a mesma ideia utópica que partilhávamos quando toda “a ilusão ainda era possível”, mas arrepia-nos, pois já não julgávamos ser possível no Portugal de hoje, rever a letra da canção interpretada por José Barata-Moura, numa canção de 74 (antes ainda do 25 de Abril) sobre a “caridadezinha”. Entretanto, continuamos a pagar o BPN, o BPP (e quejandos) e quando a televisão nos mostra Oliveira e Costa passeando tranquilamente na rua, não podemos deixar de nos interrogar onde é que errámos na construção desta sociedade que atira para a miséria gente válida que quer ganhar o seu sustento, enquanto paga, como se de direito fosse, as malfeitorias praticadas por uns tantos que, desse modo, ilicitamente enriqueceram?

47,4%. Este foi o valor da abstenção, em Portugal, nas últimas eleições autárquicas (2013). No Distrito de Setúbal, e para as mesmas eleições, foi de 58,3%. Em Sesimbra chegou aos 62,2%, e em Palmela aos 61,4%. Números que por si só são um sinal de alerta. E um alerta que não é de agora. Antes persiste, ganha intensidade e não dá quaisquer sinais de abrandar. Senão vejamos: nas últimas legislativas (2011) a abstenção foi, em Portugal, de 41,9%. E nas últimas europeias (2009), 63,2%. Imaginem nas próximas: as de maio. Imaginem que atinge um novo “máximo”. E esse máximo será sinónimo de um mínimo de participação e de envolvimento. Mas esta abstenção é a menor das abstenções. Porque embora muito preocupante é o resultado de uma decisão num específico e particular dia. Ir votar ou não. Esgota-se nesse dia e a vida, de facto, continua. Outra abstenção é a abstenção do dia-a-dia. De todos e de cada um dos dias. A abstenção em relação à nossa cidade, à escola dos nossos filhos, ao nosso condomínio, à nossa rua. Esta é a mais preocupante das abstenções. Porque não é apenas um momento. É uma atitude. Porque é uma distância cívica. Porque entrega a construção da nossa sociedade a uns poucos. A sociedade civil é a base de uma comunidade. A pertença amplia-se com a participação. A pertença pressupõe presença, opinião e intervenção. Somos, neste sentido, o que fazemos. Se não fizermos diminuímonos a nós próprios. A abstenção é assim a vitória do vazio. E o vazio é, em muitas circunstâncias, uma impossibilidade social. Todo o vazio tende a ser ocupado. Ocupado por quem? Ocupado por que projetos? Ocupado em nome de quê? É exatamente nestes momentos que os aventureiros (não de aventuras reais mas de “outras” aventu-

ras) aparecem. E fazem do vazio cheio. Um cheio de receita feita: populismo, culto da personalidade e perfil de ditador. Por isso a abstenção pode ser o primeiro passo para algo de muito diferente e de muito pior. Algo que não conhecemos nem queremos conhecer. Exatamente por estas razões só existe um caminho, porém com muitos caminhos dentro: mais participação, mais democracia, mais espaço para a cidadania. Quanto maior o estado, sobretudo se um estado que não funciona, maior o vazio. Quanto mais presente o estado (o que é completamente diferente de maior) melhor a relação e a ligação entre a comunidade. Um estado que resolva e não um estado que complique. Um estado que inspire e não um estado que controle. Este é o caminho para menos abstenção e mais responsabilidade. Tal como a “maldita cocaína” a maldita abstenção seduz pelo apelo ao fácil, ao imediato e ao ilusório. O prazer de hoje é a degradação de amanhã. A fuga do momento apenas vai adiar um ainda mais duro choque com a realidade. Cada abstenção é assim uma porta fechada. Uma recusa de um dos nossos (cada vez menos) direitos. Quando o ditador de amanhã aparecer lembremonos da nossa abstenção de ontem. E, hoje, vamos continuar, alegremente, a falar mal de tudo e de todos? E a semear os “presentes” do nosso cãozinho nas cidades que dizemos amar? E, ainda, a achar que tudo é sempre com os outros? A coragem de uma madrugada. Uma madrugada de abril, apenas nos pede uma coisa: sejamos cidadãos.

É justo sublinhar que estes 346 alunos (cerca de 10% do público que assistiu ao espectáculo) não teriam tido acesso ao Tartufo se não fossem os 20 professores que os acompanharam. Quando há espaço na opinião pública para criticar algumas posições de determinados docentes, importa também nomear aqueles que constituem um exemplo para a sua classe: estou a falar do imbatível António José da Silva (trouxe 238 alunos às nossas duas últimas produções…), professor no Colégio Campo de Flores; de Alexandra Batalha e Adriana German (Secundária Cacilhas-Tejo); de Ana Cruz, Ana Maltez Silva e Laura Gabriel (Secundária Emídio Navarro); Ângela Quelhas (Secundária Manuel Cargaleiro); Lurdes Trilho (Secun-

dária Francisco Simões); Lurdes Castanheira (Secundária António Damásio); Amélia Pires (Secundária da Amora) Lucília Figueira e Isabel Carvalho (Secundária Romeu Correia); Jorge Garcia (Externato Frei Luís de Sousa); Maria do Rosário e Luís Crispim (Secundária Anselmo de Andrade); Miguel Luz (Secundária Ruy Luís Gomes); José Teixeira (Básica 2.3 Vale Rosal); Teresa Esteves (Secundária Fernão Mendes Pinto); Vítor Sezinando (Secundária D. Pedro V) e Filomena Flora (Secundária Alfredo Reis Silveira). Entre 5 e 13 de Abril o Teatro Nacional S. João traz a Almada dois espectáculos dirigidos por Ricardo Pais e baseados em dois marcos da Literatura Portuguesa: Fernando Pessoa e Almada Ne-

greiros. Turismo infinito é uma reposição de uma dramaturgia de António M. Feijó sobre a heteronímia pessoana: de S. Paulo a Reims, passando por Faro, Compostela e Madrid, já quase 22.000 pessoas assistiram a este espectáculo. al mada nada estreou no Dia Mundial do Teatro, no Porto, e cruza o universo de Almada Negreiros com o grupo de breakdancers Momentum Crew. Graças aos vinte professores que referi, talvez alguns dos estudantes de Almada e do Seixal invistam um par de horas das suas férias da Páscoa para assistir a um destes espectáculos – ou ambos. Graças a estes vinte professores, quem sabe se da próxima vez que ofereçamos livros apareçam mais de 13 alunos para recebê-los.

Turismo Semmais // Jorge Humberto Silva


Dominguinhos vai tomar posse como presidente do IPS

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Por despacho do Secretário de Estado do Ensino Superior, publicado em Diário da República a 24 de Março, foi homologada a eleição de Pedro Dominguinhos para presidente do Instituto Politécnico de Setúbal. A tomada de posse tem

lugar a 10, às 17 horas, na Escola Superior de Ciências Empresariais. Pedro Dominguinhos, que vai substituir no cargo Armando Pires, foi eleito para o mandato de 2013/14. Publicou 4 artigos em revistas especializadas e 29 trabalhos em actas

de eventos, possui 11 livros publicados. Recebeu 1 prémio e/ou homenagem. Actua na área de Economia e Gestão. Nas suas actividades profissionais interagiu com 52 colaboradores em co-autorias de trabalhos científicos.

Violência extrema aumentou junto às escolas da região

Roberto Dores

Q

uem assistiu aos violentos murros e pontapés com que um grupo de cinco jovens agrediu um aluno de 15 anos à porta da Escola Secundária Alfredo dos Reis Silveira, na Torre da Marinha (Seixal), garantia que se não fosse a intervenção dos professores, que saíram a correr do estabelecimento em auxílio do menor, «podia ter acontecido uma tragédia». O menor, que frequenta o 8º ano, foi assistido no hospital Garcia de Orta (Almada), exibindo lesões na cabeça e numa perna, que o obrigaram a andar de muletas ao longo de vários dias Os amigos chegaram a prometer vingança, mas Pub.

aquele que foi mais um caso de violência à porta das escolas do distrito ficaria por aqui, embora se traduzisse no episódio mais mediático de 2013, de um total de 460 participações do género na península de Setúbal, de acordo com o Relatório Anual de Segurança Interna (RASI), que se reporta a casos de violência, roubo e uso de arma. Caso extremo lança pânico no Papa Léguas Segundo as autoridades, foi ainda no concelho do Seixal que ocorreu outro caso extremo, quando três tiros lançaram o pânico entre dezenas de crianças que frequentam o Externato Papa-Léguas. A rua Sociedade Filarmónica

DR

Casos de violência que estão a preocupar escolas, encarregados de educação e autoridades policiais, que registaram em 2013 cerca de 460 participações.

Muitas vezes este tipo de escaramuças têm origem em luta entre grupos com laivos de vinganças e acertos de contas

União Arrentelense, em Arrentela, estava cheia de pessoas. O autor dos disparos pôs-se em fuga, deixando Elvis Pires, de 34 anos, a esvair-se em sangue. O autor dos disparos, que andou mais de um mês a monte, tinha antecedentes criminais por introdução de moeda falsa e extorsão, estando acusado de um crime do homicídio na forma tentada, sendo um dos responsáveis para que as denúncias de crimes e problemas nas escolas e

imediações tenham aumentado 11%. De acordo com RASI, larga percentagem das queixas feitas aos agentes do Programa “Escola Segura” têm por base natureza criminal, tendo ocorrido no interior das escolas. Aliás duas em cada três participações referiam-se a crimes registados nos estabelecimentos de ensino, seguindo a tendência do ano lectivo anterior, com casos de ofensa à integridade física e furtos.

30 famílias carenciadas sem água e luz na Vila Maria A DENÚNCIA é feita pelo pároco de Nossa Senhora da Conceição, Constantino Alves. As 35 famílias que habitam clandestinamente no bairro da Vila Maria, nas ruínas da antiga «Mecânica Setubalense», estão sem luz há várias semanas, desde que a EDP lhes cortou a electricidade, sendo que mais recentemente ficaram também sem água. «São pessoas, muitas delas, em situação de desemprego ou de trabalho precário», garante o padre, alertando para a presença de 40 crianças entre aquela comunidade carenciada de Setúbal De acordo com Constantino Alves, além da intervenção que tem vindo a ser realizada por parte da igreja, também outras entidades já se comprometeram a ajudar, entre elas a Câmara de Setúbal, em conjunto com a Segurança Social e o Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social, a quem pertence o terreno. Ligações directas e ‘boicotes’ «Estão a estudar medidas e soluções para

transferir as famílias para outros locais», diz o pároco, revelando que as famílias estão na disposição de pagar os respectivos consumos, mas o facto de viveram em casas clandestinas inviabiliza os contratos por parte da EDP e das Águas do Sado. «Por essa razão os residentes são forçados a recorrerem a ligações directas», descreve o padre. Depois de uma primeira reunião em Março, ficou agendado novo encontro para o dia 8 de Abril, lamentando Constantino Alves que, pelo menos até terçafeira os moradores continuem privados «de meios essenciais à sua sobrevivência. Será isto humano e cristão?», questiona, sustentando que até existem «soluções possíveis e fáceis, basta que os poderes políticos locais assim o queiram». Em cima da mesa está a transferência de alguns agregados familiares. «Sabendo-se o estilo dos procedimentos, é de prever que o processo se arraste por mais tempo», insiste o pároco.


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CONTRA o roubo de metais não preciosos nas zonas rurais do distrito de Setúbal, a GNR avançou no terreno com uma operação destinada a sensibilizar os próprios agricultores para os cuidados a terem, a fim de minimizarem o risco de furto. Não é de hoje que as queixas se avolumam, pelo que ao longo de uma semana a campanha «Campo Seguro» contactou dezenas agricultores, sobretudo os que são considerados mais vulneráveis. Fonte da GNR avançou que o objectivo passou por informar alguma da população em maior risco sobre a importância do metal não precioso, alertando que na maioria das vezes o prejuízo verificado acaba por ser grande, nem tanto pelo valor do metal furtado, mas antes pela forma como afecta as empresas. «Há determinados furtos, como é o caso dos cabos dos pivôs, que têm um grande impacto nos sistemas de rega, com prejuízos nas próprias culturas», diz a mesma fonte, acrescentando Pub.

DR

GNR promete acção contra roubo de cobre

Nos últimos três anos a GNR não tem mãos a medir com este tipo de queixas

que também as empresas de telecomunicações têm sido alvos preferenciais dos ladrões no distrito, além da CP e Refer. Daí que os militares da GNR tenham andado pelo distrito a distribuir conselhos pelos agricultores, alertando-os para os cuidados a ter todos os dias, devendo sempre evitar, por exemplo, deixarem alfaias agrícolas nos campos, sem estarem acorrentadas a alguma infraes-

trutura. Uma medida que vai dificultar a tarefa a quem tente furtar o equipamento. Combate a este crime passou a ser prioridade Recorde-se que esta iniciativa, que começou em 2012 em todo o país, apostou, inclusivamente, no contacto com a própria Direcção Regional de Agricultura, sendo que o combate a este

tipo de crime é uma das prioridades da GNR, o que justificou o aumentado da vigilância e da repressão no terreno registado nos últimos anos. «Estamos a falar de metais não preciosos, mas que são uma grande fonte de rendimento, porque as economias emergentes, como Índia e China, necessitam deste tipo de metal. Por isso, enquanto houver procura, os furtos vão continuar», justifica ainda a fonte do Semmais, avançando que em 2013 foram detidos no país 447 indivíduos e identificados 1283 por suspeita de envolvimento no furto de metal. Ainda assim, no total nacional, está a descer o número de furtos de metais não preciosos, como é o caso do cobre. Os dados da GNR, mostram que houve uma descida destes crimes de 20,7 por cento no ano passado, em comparação com 2012. No ano de 2013 registaram-se 11573 crimes classificados como furtos de metais não preciosos, menos 3034 crimes do que em 2012.

Às escuras no Monte da Cinha Queimada Um dos últimos casos registados ocorreu, em Dezembro do ano passado, no Monte da Cinha Queimada, na Herdade de Rio Frio, com o roubo de meio quilómetro de cobre que tem mantido famílias sem energia eléctrica desde então. O cobre, cujo valor foi calculado em dois mil euros, foi retirado de postes com cabos elétricos, causando este embaraço a cerca de oito famílias. Enquanto a queixa foi apresentada junto da GNR, os habitantes do pequeno aglomerado rural repartem a três horas diárias de um gerador cedido pela Câmara de Alcochete.


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ACTUAL

Presidente da Câmara de Santiago, Álvaro Beijinha, no primeiro balanço desde as Autárquicas do ano passado

NO SEU primeiro balanço desde que tomou conta dos destinos da Câmara de Santiago, Álvaro Beijinha diz-se preocupado com a perda de receitas da autarquia, mas promete manter «a qualidade de vida» dos seus munícipes. Quer mais empresas e pessoas no concelho e promete luta ao Governo nos assuntos mais ‘quentes’. O presidente da Câmara de Santiago do Cacém, Álvaro Beijinha, iniciou esta semana um périplo pelas freguesias do concelho, numa altura em que se vê confrontado com apertos financeiros que, segundo afirma, «confinam a actuação camarária». As deslocações do executivo arrancou no dia 2 pela freguesia da Abela, num modelo em que se pretende, segundo disse ao Semmais o autarca, «ouvir as populações de modo a criar uma carteira de urgências para o próximo orçamento do município». E Beijinha garante partir para esta cruzada «com grande abertura», prevendo que a iniciativa, a primeira do género do seu mandato, possa servir para «aproximar ainda mais eleitos e eleitores. Mas os constrangimentos financeiros dão pouca margem de manobra. «Este ano perdemos só das transferências do Estado cerca de dois milhões de euros e estamos a ser confrontados, como a maioria das autarquias, com transferência de competências sem a respectiva dotação financeira, o que onera ainda mais a nossa actividade, para além das perdas de IVA, em função dos cortes da administração

DR

«Queremos manter qualidade de vida e atrair pessoas e empresas para o nosso concelho»

O autarca reuniu os jornalistas na sua primeira grande conferência, durante a apresentação das presidências abertas

Finanças desafogadas num mar de dificuldades Apesar dos constrangimentos orçamentais, o edil de Santiago diz ter a situação financeira sob controlo. «Reduzimos as dívidas em cerca de 2,3 milhões de euros, sendo que 800 mil euros representavam divida de curto prazo. Nem aderimos ao PAEL, portanto temos ainda grande margem de manobra para endividamento», explica o presidente.

central», confirmou Álvaro Beijinha. Sem grandes hipóteses de investimento, o autarca lembra não ser possível um nível de obra «igual ao ciclo anterior», mas confia em realizar «o que for fundamental para manter a qualidade do que foi realizado» e não deixar perder eventuais candidaturas aos fundos do novo quadro comunitário de apoio.

Um dos desafios do município para este mandato é trazer «pessoas e empresas» para o concelho. Desde logo, incrementando os seus três parques empresariais e fazendo a ligação «em trevo – Sines/ Santiago/Santo André) de modo a aproveitar as empresas localizadas no complexo industrial e portuário da vizinha Sines.

O «negócio possível» das águas públicas Outra situação que Álvaro Beijinha gostaria de rever prendese com o facto de o município ter sido obrigado a integrar a AMGAP - Associação de Municípios para a Gestão da Água Pública do Alentejo, para gestão das águas, o que

NO ESPAÇO de um mês, Joana Lança ganhou um concurso de fado em Lisboa e ficou em segundo lugar no Concurso de Fado Amador de Setúbal agradando aos júris e ao público que a avaliaram e revelando-se como uma promessa da canção nacional. Apesar de ter estudado formação musical no Conservatório Regional de Setúbal, Joana Lança não teve qualquer aula de canto e considera que o facto de pertencer a um projecto denominado “Fado ao Vivo” que a tem levado a actuar um pouco por todo o concelho lhe tem dado «uma grande segurança a cantar e, sem dúvida, que tem aumen-

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Jovem fadista setubalense revela-se grande promessa em apenas um mês

Joana Lança ganhou em Lisboa

tado a minha maturidade no fado». Maturidade e segurança que têm conquistado o júri e o

público. Assim como a bonita presença e a simpatia que manifesta em palco. Joana considera que ganhar em Lisboa, no concurso promovido pelo Clube Lisboa Amigos do Fado, «é muito importante pela projecção que dá aos fadistas amadores», até porque Lisboa é a capital também do fado, mas há um «gostinho especial» pelo segundo lugar conquistado em Setúbal. «Ter sido segunda na minha terra, onde comecei a cantar, onde todos me conhecem, foi muito importante. É muito bom quando reconhecem o nosso talento na nossa terra», diz ao Semmais. Marta David

equivale, segundo diz, ao dispêndio de 1,5 milhões por ano. «Se não tivéssemos aderido ficaríamos à margem dos fundos financeiros e algumas obras ficariam num impasse, fomos empurrados para esta situação, mas é um grande peso para a autarquia», afirma. Com um peso de massa laboral

a baixar, menos 132 trabalhadores num espaço de oito anos, o presidente da Câmara de Santiago está também confrontado com um novo problema de operacionalidade da gestão camarária. «Nos anos 90, em função da obra física que as autarquias foram gerindo, contratámos inúmeros técnicos que hoje já não são tão necessários e, pelo contrário, devido a aposentações, temos vindo a perder funcionários indiferenciados, que não podemos substituir por impedimentos de contratação decididos pela administração central». Com este panorama, diz Beijinha, «há serviços, como o sector da limpeza, ou pessoal de apoio escolar, que estão em deficit, obrigando a uma grande esforço de operacionalização destas actividades. E os cortes das horas extraordinárias aumentam as dificuldades. «Todas estas medidas de cortes e pressão sobre as autarquias não deixam margem para dúvidas, sobre a intenção do Estado em privatizar serviços públicos. E quem perde são as populações», contesta. E promete luta, «muita luta» nas questões da saúde, da segurança e das acessibilidades, assuntos que o têm levado a grandes reivindicações junto das tutelas. «A falta de médicos, o problema do impasse das obras na A26, a ferrovia e já anunciada redução de horário dos dois postos da GNR no concelho, vão merecer da nossa parte uma actuação muito firme», garantiu.

ETPM mostra oferta formativa na Futurália 2014 A ESCOLA Técnica Profissional da Moita (ETPM) marcou presença na 7ª edição da Futurália, a maior feira nacional da oferta educativa, que decorreu entre os dias 26 e 29 de Março, na FIL, em Lisboa. A iniciativa teve, segundo os responsáveis, resultados bastante positivos, face ao interesse demonstrado pelos visitantes. No stand da escola foram dinamizadas várias actividades, promovidas por alunos e formadores, com o objectivo de dar a conhecer ensino profissional da região, em especial os cursos ministrados pela ETPM. «Foram diversos os motivos de interesse que levaram as pessoas ao stand da ETPM, desde o contínuo Show Cooking da equipa dos cursos

técnicos de Restauração, às demonstrações dos cursos técnicos de Energias Renováveis e de Auxiliar de Saúde, passando pela mostra dos produtos da Quinta Pedagógica do Castanheiro, integrada no curso técnico de Produção Agrária». Para além disso, os alunos do Curso Técnico de Energias Renováveis realizaram demonstrações no Painel de Alimentação Auto Sustentável e as alunas do Curso Técnico de Auxiliar de Saúde apresentaram esclarecimentos sobre os cuidados a ter com a separação dos resíduos hospitalares. O espaço da Escola na Futurália foi animado pelos alunos do Grupo de Música e do Grupo de Dança. Marta David


POLÍTICA Sábado // 05 . Abr . 2014 // www.semmaisjornal.com 7

Eurodeputada do PCP em Santiago A deputada do PCP no Parlamento Europeu, Inês Zuber, visitou Santiago do Cacém no dia 27 de Março. Inês Zuber prometeu levar a Bruxelas as preocupações do município, enquanto o presidente Álvaro

Beijinha recuperou o tema dos fundos comunitários para dar conta do «receio de um grande diminuição das verbas para os Municípios decorrentes do novo quadro comunitário».

PS questiona ministros Os deputados do PS eleitos pelo distrito, preocupados com as com as condições degradantes em que vivem 30 famílias, na antiga fábrica Mecânica Setubalense, questionaram os Ministros da Soli-

Assis no distrito para abrir as hostilidades da pré-campanha Francisco Assis, cabeça de lista do PS às Europeias, escolheu o distrito para arranque da pré-campanha. Quer a eleição de Amélia Antunes e acredita em Setúbal. Apresentação da mandatária

No âmbito das Eleições ao Parlamento Europeu, marcadas para 25 de Maio, a CDU apresentou publicamente, no dia 1, em Setúbal, Ana Teresa Vicente, ex-presidente da Câmara de Palmela, como mandatária distrital, e os quatro candidatos ligados ao distrito, nomeadamente Rui Paixão (PCP), Paula Bravo (PCP), Susana Silva (PEV) e João Geraldes (ID). No total, a lista da CDU integra 29 candidatos em representação das forças políticas que a constituem: PCP, «Os Verdes» e Intervenção Democrática. A lista, segundo a CDU, é constituída por «jovens, mulheres e homens trabalhadores, reconhecidos dirigentes sindicais, cientistas, professores, operários, médicos, agentes culturais e de diversos movimentos associativos». Os dois primeiros nomes da Lista da CDU, o deputado João Ferreira e a deputada Inês Zuber, são o «exemplo do trabalho e intervenção que privilegia o conhecimento dos problemas, a luta pelos direitos e anseios do povo, que através da sua acção diária procuram contribuir para a concretização dos sonhos e resolução dos crescentes problemas dos trabalhadores, dos jovens, das crianças e dos mais idosos». Com os candidatos e a mandatária distrital, a CDU na região dará um «contributo essencial para o esclarecimento dos trabalhadores e da população mobilizando para o voto na CDU que contribui para a ruptura com a política de direita que PS, PSD e PP prosseguem há mais de três décadas».

O

socialista Francisco Assis, cabeça de lista às próximas Europeias, escolheu a região para o arranque da pré-campanha, pela «importância que tem no quadro económico do país e pela dimensão populacional que traduz», segundo afirmou, durante o périplo que fez, sábado passado, a Setúbal, Costa da Caparica e Barreiro. Assis, que se fez acompanhar por uma extensa comitiva, de candidatos, dirigentes locais, deputados e muitos militantes e simpatizantes, passeou-se pela baixa sadina, reuniu com a direcção da Associação de Comerciantes, almoçou nos Socorros Mútuos, visitou o Polis da Caparica e o lar e a unidade de cuidados continuados da Santa Casa da Misericórdia do Barreiro. Com fortes expectativas no círculo eleitoral de Setúbal, o candidato referiu a «vantagem» de ter na lista Amélia Antunes, ex-presidente da Câmara do Montijo. «Tenho a firma convicção de que vai ser eleita porque acredita na grande vitória do PS nestas eleições», disse Francisco Assis, assinalando a «grande experiência autárquica» da ex-edil. «Vai ser capaz de fazer a ligação entre a dimensão europeia e a dimensão local», acentuou.

DR

Ana Teresa Vicente é a mandatária distrital da CDU nas Europeias

A ex-presidente da Câmara de Montijo é o trunfo do PS no distrito

Abrir novo ciclo em Portugal e na Europa Ainda com a campanha morna, foi frisando, aqui e ali, a importância de «alterar a correlação de forças na Europa» e a necessidade de que os socialistas ganhem as eleições «não só no país mas em

toda a Europa», de modo a mudar «o modelo ideológico vigente». Para Francisco Assis, é essencial «abrir um novo ciclo assente num modelo social europeu onde o crescimento económico e as pessoas estejam no centro». Anabela Ventura

dariedade, da Saúde e da Administração Interna, sobre as medidas que o Governo tenciona tomar para melhorar as condições daquelas pessoas. Os deputados visitaram o local a semana passada.

O cabeça de lista ao Semmais Parte para estas eleições com que objectivos concretos Ganharmos as eleições é o nosso grande objectivo. Há neste momento um grande descontentamento em relação às políticas do governo, que têm destruído a economia, promovido a pobreza, com reflexos num recuo social sem precedentes. O PS aparece a polarizar esse sentimento em termos de alternativa à actual situação política, social e económica do país. Vencer significará a eleição de quantos eurodeputados. Tem uma meta? Não quero quantificar, não faz sentido. A nossa expectativa é ganhar as eleições e eleger o maior número de eurodeputados que os portugueses quiserem assegurar, para melhor defender as políticas que interessam a Portugal no quadro europeu. É espectável a eleição de Amélia Antunes, que figura em 10.º lugar na lista? É um dos nossos grandes objectivos e julgo que está ao nosso alcance a sua eleição directa. Será um grande reforço dos socialistas no Parlamento Europeu, com a sua experiência autárquica. E será também importante para o distrito de Setúbal, que conhece como ninguém. Quais são as vossas maiores preocupações em relação à região? Temos que continuar a apostar no desenvolvimento sustentado do distrito. Setúbal continua a ser na actualidade uma região de grandes oportunidades, é preciso alterar o rumo das actuais políticas, com crescimento económico e alteração das políticas europeias, com efeito no emprego e coesão social, possíveis de compatibilizar com a consolidação orçamental que também defendemos.

PP Almada exige melhor segurança na época balnear O PP Almada esteve reunido quinta-feira com o pelouro de Segurança e Protecção Civil do município, tendo concluído que é preciso reforçar e melhorar os meios de segurança na zona da Costa de Caparica e na Fonte da Telha, sobretudo no Verão, onde existe «caos total» durante a época balnear. «A população precisa de ser sensibilizada para ter outros comportamentos», sublinhou ao Semmais o líder do PP Almada, António Maco, que enalteceu,

contudo a prevenção efectuada pelos bombeiros, naquela altura, com apenas «uma viatura», junto à Fonte da Telha. De acordo com António Maco, a protecção civil «funciona» em Almada, mas, notou «a ausência de uma coordenação regional de protecção civil». «As coisas estão a funcionar mas esperemos que não haja uma grande catástrofe» no concelho. O PP mostrou-se preocupado pelo facto de existirem ainda

zonas no concelho de «muito difícil acesso em caso de emergência», como é o caso de Almada Velha, que precisam de «melhores acessos e mais estacionamentos». Esta concelhia tenciona, em breve, visitar a polícia municipal da Amadora, para se inteirar deste projecto no terreno, uma vez que o PP sempre defendeu este tipo de policiamento no concelho de Almada. «A Amadora tem características semelhantes a Almada e queremos saber como estão a

decorrer as coisas na Amadora após a implementação deste tipo de segurança», vinca António Baco. Desde Fevereiro passado que o PP Almada está a promover o “Mês da Segurança e Protecção Civil”, tendo já sido visitadas as três corporações de bombeiros do concelho, a GNR da Trafaria, estando agendada para breve uma reunião com a Polícia Marítima. António Luís


CULTURA Sábado // 5 . Abr . 2014 // www.semmaisjornal.com

DISFRUTE DE UM LOCAL APRAZÍVEL DENTRO DA CIDADE DE SETÚBAL.

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Música com paredes de vidro no Seixal “Música com paredes de vidro” é o nome do espectáculo que sobe ao palco do Fórum Cultural do Seixal, este sábado, às 21h30. Trata-se de uma recriação livre das canções do repertório revolucionário interna-

cional e português, com Carlos Canhoto nos saxofones soprano e contralto, Fausto Neves e Joana Resende no piano e Manuel Pires da Rocha no violino. Os bilhetes custam 5 euros.

Bom ‘feedback’ do público aos concertos

Mariza e Plácido Domingo poderão actuar no Forum Luísa Todi Director do Forum sonha em trazer estrelas internacionais António Luís

PELINS COM ARROZ DE TOMATE

FAVADA DE CHOCO

J

oão Pereira bastos, o director do Forum Municipal Luísa Todi, em Setúbal, confessa que gostaria de ver actuar no palco sadino a grande fadista portuguesa Mariza ou o tenor espanhol Plácido Domingo. «É tudo uma questão de cachet», admite. Em declarações exclusivas ao Semmais Jornal, João Pereira Bastos, após o concerto intimista da almadense Sara Tavares, afirmou que a venda de bilhetes para este género de concertos «cresceu» em comparação com o ano passado. «Não podemos defraudar o público e temos de continuar a apostar nos melhores artistas que estejam disponível, mas, sobretudo, dentro das nossas posses financeiras»,

DR

PRIMAVERA/VERÃO NA CASA DO PEIXE COM NOVOS MENUS

A fadista Mariza e o tenor Plácido Domingo estão em ‘carteira’

sublinhou João Pereira Bastos, que considera que «isso é fundamental para se manter um público satisfeito». Na sua óptica, a renovada sala de espectáculos do Forum Luísa Todi já foi «conquistada» pelo público e passou a ser um «culto» para a comunidade. «Já não se vai ao Forum Luísa Todi porque é uma novidade que abriu», conclui João Pereira Bastos, mostrando-se «muito satisfeito» pela forte adesão do público aos espec-

táculos do Forum Luísa Todi. Uma política de preços «moderada» nos ingressos também é realçada por João Pereira Bastos para o bom ‘feed-back’ do público. Todavia, o director do Forum Luísa Todi reconhece que ainda falta «um arranque para a música clássica da maneira que eu sonhei. Vamos ver se conseguimos. Isso depende da divulgação e do interesse do público. A ajuda do município tem sido fantástica».

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OS STONE Dead, de Alcobaça, venceram o 10.º Concurso de Bandas de Garagem de Setúbal, numa final com cinco grupos em competição realizada no dia 29, na Capricho Setubalense. «Foram duas noites com concertos espectaculares, muitas amizades travadas e um triunfo na final do concurso. Sinceramente, não estávamos à espera disto tudo», afirmou Jonas Gonçalves, guitarrista da banda com dois anos de vida. Pela vitória, os Stone Dead foram premiados com actuações na Feira de Sant’Iago e no Festival Rock no Sado, bem como com a gravação de um single e com um cheque de mil euros. «Vamos aproveitar ao máximo os prémios, sobretudo as actuações em palcos de maior dimensão e para um público mais abrangente, até porque sempre

DR

Stone Dead vencem bandas de garagem

A banda alcobacense brilhou na Capricho

que tocamos ao vivo é uma excelente oportunidade para promover a nossa música», realçou o jovem guitarrista do grupo.


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Cartaz...

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Sábado

As cantigas de Albuquerque

5

Nuno Albuquerque apresenta o seu segundo álbum a solo que assinala os 25 anos de carreira. Residente em Almada, o cantor e produtor musical, arranca em Sesimbra com a tournée de 2014. Teatro João Mota, Sesimbra | 21h30. Sábado

Rock e blues dos

Legendary

5

Ópera de Mozart

O estúdio de ópera criado recentemente na Metropolitana sob a responsabilidade formativa e de desenvolvimento artístico de Jorge Vaz de Carvalho apresenta como primeira produção a ópera, em dois actos, “Così Fan Tutte”. Jovens intérpretes constam no elenco. Forum Luísa Todi, Setúbal | 21 horas.

The Legendary Tigerman apresenta o mais recente álbum “True”, inspirado no rock’n’roll e nos blues, registos habituais no projecto a solo do músico de Coimbra. No alinhamento do álbum, constituído por 13 temas, a banda destaca-se pela apresentação de versões de temas famosos. Forum Luísa Todi, Setúbal | 22 horas.

Sexta

Os ‘covers’ de Kátia

Kátia Moreira venceu o “Popstars”, da SIC, e fez parte das NonStop. Em 2006 venceu o Festival da Canção, representando Portugal na Eurovisão em Atenas. Em 2007 integrou o elenco do musical “Jesus Cristo Superstar”. Actualmente, actua regularmente com a sua banda de covers, os “Souless”. Casino de Tróia | 23 horas.

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CD de estreia de Calhaz

Miguel Calhaz, vencedor dos Prémios José Afonso, no 3.º Festival Cantar Abril 2011, apresenta o seu CD de estreia intitulado “Estas Palavras”, com o selo da Antena 1. Auditório Fernando Lopes-Graça, Almada | 21h30.

Sábado

Sexta

Sábado // 05 . Abr . 2014 // www.semmaisjornal.com

5

O CANTOR setubalense Clemente, esteve no dia 15 de Março, em Wollongong, na Austrália, a participar num espectáculo para recolha de fundos a favor de doentes com Leucemia, a convite da Associação Australiana da Leucemia. E no dia 23, em Melbourne, cantou para as comunidades de emigrantes portugueses, a convite da Associação Portuguesa de Vitória. Estes dois concertos estão integrados na digressão internacional que o cantor está a fazer para promover o seu mais recente trabalho discográfico “Clemente Essencial”, que foi lançado em Março, sob a batuta da editora Ovação. O disco, que tem o apoio da SIC Internacional, reúne alguns dos maiores sucessos do cantor e

DR

Clemente ajuda pessoas com Leucemia

Artista andou em digressão

assinala os seus 40 anos de carreira. Clemente faz um balanço «muito positivo» da sua digressão australiana, onde espera regressar em 2015 para uma nova série de concertos a convite de outras entidades. «Gostei muito de estar, pela quinta vez, na Austrália, a cantar para a comunidade portuguesa e não só. O público de Austrália

recebe-me sempre de braços abertos. Tenho sempre à minha espera um público muito atento e participativo». Este ano, Clemente ainda irá dar concertos nos Estados Unidos, Brasil, África do Sul, Venezuela e em alguns países europeus. Em Portugal, a tournée “Clemente Essencial” começa a 1 de Junho. Mas, entretanto, o artista continua a promover o seu novo álbum nas principais estações de rádio e televisão portuguesas. Clemente, que já conquistou vários discos de Prata, Ouro e Platina, relembra “Vais Partir”, “Canção dos teus Cabelos”, “Bolero”, “Marinheiro”, “Amore Mio”, “Colmeia do Amor”, entre outros êxitos da sua carreira, no seu mais recente trabalho discográfico.

Ofertas Semmais - Ligue 965 588 572 e peça os seus convites Ganhe convites para Mafalda Veiga no Forum Luísa Todi Mafalda Veiga apresenta no Forum Luísa Todi, em Setúbal, dia 12, às 21h30, um espectáculo acústico em que as palavras de cada canção ficam mais à superfície, mais visíveis, como se fossem pele, capazes de ser tocadas e de tocar, nesse caminho único, tão misteriosamente evocativo e

extraordinário, que é a música. Com Filipe Raposo no piano e arranjos, Lars Arens no trombone e eufónio, Cláudio Silva no trompete e no flugel e Mafalda Veiga na guitarra, a escolha do alinhamento tem como critério a relação de afecto da autora com as suas próprias canções e com o público

que sempre as tornou, também, “coisa sua”, e com as canções de alguns outros autores e compositores que fazem parte da sua vida. Haverá seguramente, como em tudo o que tem esse imenso e frágil poder da intimidade, momentos surpreendentes, únicos e irrepetíveis.

Comédia “Boeing, Boeing” A comédia “Boeing, Boeing”, protagonizada por Sofia Ribeiro, Patrícia Tavares, Melânia Gomes, Elsa Galvão, Luís Esparteiro e João Didelet, continua a divertir toda a gente no Teatro da Trindade, em Lisboa. Trata-se de uma hilariante comédia de enganos sobre a trajectória de um Casanova da Era do Jacto, Bernardo um arquitecto que está noivo de três mulheres, Janete, Julietta e Judite, três hospedeiras

de bordo, de diferentes países com quem vive sem que saibam a existência umas das outras. Berta, a fiel empregada doméstica de Bernardo, é cúmplice neste jogo

amoroso, trocando as fotografias, roupas de cama e ementas para que nenhuma das noivas desconfie da presença de outras mulheres. Até que um dia os seus amores vão chegar à sua casa ao mesmo tempo. Dada a azáfama vivida na casa de Bernardo, Berta está à beira de um ataque de nervos. Um amigo de longa data do arquitecto, Roberto Seguro, veio visitá-lo e vê-se apanhado na maior trama amorosa que alguma vez viu e que terá um fim inesperado.

Dicionário Íntimo // Maria Teresa Meireles

Hesitação Hesita-acção: a acção de hesitar, a inacção ou o tempoespaço que antecede a acção? Quem hesita, não age, antes prevê e avalia as várias acções em opção. É um momento de interregno, de indeterminação, de clarificação. Verbos da hesitação: duvidar, vacilar, titubear, recuar, avaliar, reflectir. Antónimo de hesitação: acção, certeza, decisão, firmeza, convicção, resolução - «sem a menor hesitação», dizemos, quando sabemos o que queremos. «Freeze», pausa, a hesitação pode ser apenas o momento da não-acção, anteceder a acção, indicar o valor e o receio que a acção-decisão implica. Graficamente, a hesitação é representada pelas reticências, recti-ciências. No Brasil, «exitar» significa «ter êxito». Em termos fonéticos: «eu hesito» e «eu êxito» equivalem-se. Hesitação é o momento em que refazemos o que ainda nem fizemos. Hesitar é pesar, sopesar, medir consequências. Hesitar e prosseguir, perseguir, permitir a continuidade ou a continuação. Hesitar e realizar. A hesitação pode ter também a ver com a memória e o esquecimento. Hesitamos num nome, numa data, numa citação - falha momentânea ou galopante desmemorização. Hesitamos por perplexidade ou indecisão. Por sensibilidade, também, ou insegurança. Hesitamos por complexidade e dicotomia; hesitamos quando pensamos o que sentimos se sentimos o que pensamos. Hesitamos por defeito ou feitio; por excesso ou obsessão. Quem hesita, perde ou ganha? O oposto do hesitante será o impulsivo? Eu hesito, logo existo. Duvidar é colocar sobre os outros os nossos medos. A hesitação é uma forma mais benigna de descrer. Na dúvida, a suspeição recai sobre o objecto; na hesitação, quem hesita é o sujeito - sobre si próprio. A dúvida é uma forma grosseira de hesitação. Em vez da dúvida metódica ou existencial, apelemos e exercitemos a hesitação como instrumento e método vital. A hesitação pode ter a ver com o medo, com o desconhecimento, com a desconfiança. A hesitação pode também ser uma forma de auto-protecção. A hesitação tem por vezes a ver com a indagação da verdade ou da mentira do que nos perguntam ou contam; com a capacidade que temos de clarificar os dados recebidos e processar o emaranhado de situações que a vida e os seus intervenientes nos apresentam. Hesitar tem o movimento do pêndulo, mas pára como a agulha presa por um fio na adivinhação do sexo da criança. Para alguns, o sexo é uma hesitação. Hesitante: adjectivo uniforme. Hesitante é o homem e a mulher por igual? «Ela flutua, ela hesita: em suma, ela é mulher», escreveu Racine, para quem a hesitação é uma questão de género. Paul Valéry descreve o poema como «essa hesitação prolongada entre o som e o sentido.» E se a hesitação for breve, escreveremos antes prosa? Para Oscar Wilde, a hesitação é uma fraqueza em qualquer estádio ou idade: «Uma hesitação, seja ela qual for, é um sinal de decrepitude mental nos jovens e de fraqueza física nos velhos.» Mas a vida, não será toda ela «uma hesitação entre uma exclamação e uma interrogação» como ensina Bernardo Soares? A vida é não é, toda ela, desassossego? dicionariointimo@gmail.com


LOCAL Sábado // 05 . Abr . 2014 // www.semmaisjornal.com 10

Barreiro abre portas a moinhos Para assinalar o Dia Nacional dos Moinhos, o município abre, este sábado, das 15 às 18 horas, as portas do Moinho do Jim a visitas. A iniciativa é gratuita. Mais informações no Posto de Turismo da CMB

– Mercado Municipal 1º de Maio. Deste modo, o público poderá conhecer o interior de um dos ex-libris do concelho, situado na Avenida Bento Gonçalves, agora requalificada.

O livro em festa no Seixal A 9.ª edição d’O Livro em Festa continua a decorrer até ao dia 27, no jardim do Fogueteiro, com ateliês didácticos, encontros com escritores, peças de teatro, música ao vivo, horas do

conto, e muitas outras actividades educativas e culturais. A abertura oficial decorreu ontem, sexta-feira, com a actuação dos Tocá Rufar. Estão representadas na feira 52 editoras.

Abertura do novo centro comercial está prevista para antes do Natal

Grândola estreia filme com gente da terra

Alegro de Setúbal DR

abre parques de estacionamento Mário Costa, director do Imochan, e Maria das Dores Meira, durante a inauguração dos novos parques de estacionamento do Shopping Alegro

António Luís

Seixal abre concurso para quiosques sazonais ESTÁ a decorrer o concurso para a concessão de licença de uso privativo para a implantação de quiosques e esplanadas. O regulamento está disponível para consulta dos interessados nos serviços centrais do município, até dia 11. A participação no concurso depende da pré-adesão à Plataforma Electrónica SaphetyGov, que deverá ser efectuada em saphety.com. Foram escolhidos para a implantação dos quiosque espaços que se consideram interessantes para a instalação sazonal de um apoio à utilização e fruição de diversas áreas públicas durante o Verão.

T

Mário Costa revelou que está «bastante orgulhoso e entusiasmado» com o novo projecto comercial para Setúbal, perspectivando que o Alegro abrirá as portas daqui a sete meses. «É um projecto que vai revitalizar a cidade. Está dentro dos timings e orçamentos previstos». Dores Meira agradeceu o empenhamento dos trabalhadores e o investimento do Imochan em Setúbal, cuja 1.ª pedra foi lançada há cerca de um ano atrás. «É um equipamento que fazia muita falta

rês dos quatro novos parques de estacionamento do futuro Centro Comercial Alegro já foram abertos ao público. São 80 mil metros quadrados de espaço distribuídos por 4 pisos de estacionamento, num total de 2 600 lugares. A inauguração aconteceu recentemente com as presenças de Mário Costa, director geral do grupo Imochan, de Dores Meira, edil sadina, e de alguns jovens artistas plásticos que vão decorar com o seu talento vários espaços do novo projecto comercial.

em Setúbal e que vai, certamente, contribuir para a criação de postos de trabalho e para o desenvolvimento económico da região», sublinhou, destacando ainda o «enorme talento» dos jovens artistas plásticos. Entretanto, o velho parque de estacionamento do Jumbo, está já encerrado ao público e a ser remodelado, bem como o parque à superfície que vai dar lugar a um «espaço de lazer, com jardim e algum estacionamento», explicou Mário Costa.

Palmela promove produtos típicos de Quinta do Anjo

Santiago prova o bom vinho

ATÉ DOMINGO, S. Gonçalo, vive o 20.º Festival Queijo, Pão e Vinho. O queijo de ovelha, o pão tradicional e os vinhos regionais são os reis do certame, não esquecendo a doçaria, o mel, a gastronomia, os produtos agrícolas e o artesanato. É visitado por milhares de pessoas, que ali encontram um espaço de lazer e descontracção para toda a família, em profunda ligação com o mundo rural. Passeios pedestres, de BTT, a cavalo e em charrete, demonstrações de tosquia, as divertidas corridas de ovelhas e um leque de actividades equestres constam no programa. Também há o Museu do

A SOCIEDADE Recreativa 3 de Maio recebe, este sábado, a 11.ª Prova de Vinhos de Santa Cruz, que conta com provas dos pequenos produtores regionais e também de adegas comerciais da região. O início das provas está marcado para as 15 horas e, às 16 horas, terá lugar a actuação do Grupo Coral e Instrumental Os Afluentes do Sado. Estão ainda assegurados os petiscos regionais e bar aberto ao vinho. O presidente do município, Álvaro Beijinha, faz parte do júri da prova de vinhos. A organização do evento está a cargo do Grupo Desportivo de Santa Cruz.

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São 2600 lugares no total das quatro zonas de estacionamento. A direcção da unidade garante a abertura do Centro Comercial dentro de sete meses, como tem estado previsto.

Quinta do Anjo em festa

Ovelheiro, provas de vinhos, laboratórios do gosto, showcookings, animação, dança e desporto. No domingo, ao meio-dia, tem lugar a missa de campo e bênção dos rebanhos.

CERCA de 850 pessoas assistiram recentemente, no auditório municipal, à estreia do filme de Ricardo Trindade, “A Lenda do Cavalo Castiço”. A afluência há bilheteira foi tão intensa, que foi necessário realizar três sessões de cinema, para que todos pudessem assistir ao filme com produção, realização e interpretação de grandolenses. Trata-se de um western em português e com pronúncia local. Uma história de Ricardo Trindade, filmada em Grândola com atores grandolenses. Reza a lenda, que na Herdade do Cavalo Castiço, foi encontrado ouro noutros tempos. Fausto, o dono da propriedade, é então avisado que a lenda se confirma. Devido a esta descoberta inesperada, a ganância e febre do ouro cai sobre a pacata terra, trazendo consigo morte e destruição. Apenas o temível ajudante do Xerife, Espingarda John, poderá restaurar a ordem.

Moita revive história local CERCA de 300 figurantes trajados a rigor convidam-nos para uma viagem através dos tempos, em Alhos Vedros, este domingo, às 15 horas. É no âmbito das comemorações dos 500 Anos do Foral Manuelino que surge o cortejo histórico etnográfico “Alhos Vedros Através dos Tempos”, que conta com a participação da população, grupos musicais, bandas, ranchos folclóricos, cavaleiros e movimento associativo. O cortejo inicia-se no mercado de Alhos Vedros e percorre a rua Afonso de Albuquerque, Av.ª Bela Rosa, Av.ª Humberto Delgado, Praça da República, Cais do Descarregador, Praça da República, rua 5 de Outubro, terminando na igreja de S. Lourenço. De referir que as comemorações dos 500 Anos do Foral de Alhos Vedros decorrem durante todo o ano, com um conjunto diversificado de iniciativas, preparado por uma comissão executiva.


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Sábado // 5 . Abr . 2014 // www.semmaisjornal.com

Montijo apresenta contas positivas NA REUNIÃO de câmara do dia 2, foi aprovada, com os votos a favor do PS e as abstenções da CDU e PSD, a prestação de contas de 2013. O presidente Nuno Canta realçou que o documento reflecte a «conjuntura de recessão económica e de brutal austeridade em que todos foram obrigados a gerir os seus orçamentos». «Não obstante este quadro de políticas austeritárias, o município apresentou um resultado líquido positivo de 763 mil euros», acrescentou o edil. Por seu lado, a execução orçamental da receita e da despesa foi

de 25.434.403,01 euros e de 25.116.796,96 euros, respectivamente. Relativamente ao orçado, a taxa de realização da receita foi de cerca de 89 por cento e a da despesa de 82 por cento. A receita corrente arrecadada foi de 23.736.626,39 euros, dos quais 10.575.049,24 euros correspondem a impostos directos, que alcançaram uma taxa de execução de 89 por cento. Entre os impostos directos, a maior subida foi do IMI, que cresceu 24 por cento relativamente a 2012. O edil promete manter «gestão rigorosa e de proximidade para não defraudar as expectativas».

Barreiro promove jovens bandas

‘Música’ de Sesimbra festeja 100 anos

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O PARQUE Catarina Eufémia recebe no dia 12, às 15h30, o Jovens Músicos Live, com vários concertos de bandas. O projecto permite a qualquer jovem residente na Margem Sul ter acesso gratuito a um estúdio totalmente equipado para ensaios, com todos os instrumentos necessários. Os ensaios são gravados e oferecidos, em mp3, às bandas. O principal objectivo desta iniciativa é a promoção e melhoria das condições para a criação musical. O patrocínio é da Baía do Tejo e a promoção é da Fábrica de Música, em parceria com a Hey, Pachuco! e o Estúdio King.

Bandas actuam no Parque da cidade

A SOCIEDADE Musical Sesimbrense, ou a ‘Música’, como é carinhosamente conhecida, comemora os seus 100 anos no próximo dia 19. Inicialmente composta por 24 músicos, a banda filarmónica viria a tornar-se a principal referência desta popular colectividade, e está indissociavelmente ligada ao ensino da música na vila. Do vasto e brilhante historial sobressaem as várias actuações em todo o país, e a formação musical de várias gerações, como ainda hoje está bem patente na actual formação da banda. Os 100 anos da “Música” traduzem a própria identidade e vivência da comunidade sesimbrense, muito ligada ao mar e às tradições festivas, como o Carnaval, onde os bailes eram e são intensamente vividos. É esta herança e património que se assinalam no centenário da ‘Musica’, com iniciativas que se prolongam até Maio.

Bandas em Sines

O MÊS da prevenção dos maus-tratos arrancou no dia 1, com a apresentação de trabalhos realizados pelos alunos do Agrupamento de Escolas de Alcácer e do Torrão sobre a violência e os vícios. A iniciativa resulta do apelo lançado às escolas no âmbito da campanha da Comissão Nacional de Protecção de Crianças e Jovens em Risco, que pretende alertar e sensibilizar para a importância da prevenção dos maus-tratos na infância e juventude. De acordo com Ana Núncio, presidente da CPCJ de Alcácer, as «entidades de primeira linha na

Este sábado é o último dia para a actuação de bandas, às 22 horas, no Salão do Povo. O evento visa dar a conhecer novos projectos de música moderna e envolve a participação de 13 bandas. The Unemployed Generation, The Ginskeys, Suicídio Social, Since Today e Fábrica dos Brinquedos são algumas das bandas.

área do acompanhamento destes casos fazem a diferença e o trabalho desenvolvido em Alcácer é bastante positivo». Apesar de não quantificar o número de crianças e jovens vítimas de maus-tratos referenciadas e acompanhadas no concelho, adianta que surgem novos processos e refere a importância da sociedade estar atenta a estes casos que podem ser detectados e denunciados por todos. Já a vereador Ana Chaves, alertou para a importância de «sensibilizar os mais novos para estas questões», tendo em vista a formação de «adultos muito mais capazes de intervir».

Hortas municipais são êxito em Almada HÁ SETE meses que funcionam, com sucesso, as Hortas de S. João, na Costa da Caparica, as primeiras da Rede de Hortas Municipais, com a envolvência de mais de 200 pessoas. Foram atribuídos 73 talhões em Setembro de 2013. Os hortelões seleccionados receberam formação para usarem no seu talhão o modo de produção biológico e, regularmente, recebem visitas técnicas de apoio, essenciais para tirar dúvidas e aprender mais sobre as culturas e métodos sustentáveis. A experiência tem sido um «êxito, nomeadamente em termos socioeconómicos e culturais», refere fonte do município. A diversidade de hortelões, desempregados, reformados e activos, constitui igualmente «uma experiência enriquecedora». O projecto tem-se também revelado como «um valor acrescido em termos da promoção da biodiversidade, do reforço da estrutura hortícola do território e da protecção dos solos».

O angolano Nástio Mosquito

Primeiros cantores do FMM Sines O ANGOLANO Nástio Mosquito e os portugueses Gisela João, Júlio Pereira e The Soaked Lamb são os primeiros artistas de língua portuguesa confirmados para a 16.ª edição do FMM Sines – Festival Músicas do Mundo, que decorre entre 18 e 26 de Julho, em Sines e Porto Covo. Também está confirmada a presença em Sines da artista franco-cabo-verdiana Mó Kalamity, um dos nomes emergentes do “reggae roots” gaulês. O FMM é organizado pelo município, conta com apoios de empresas, e atrai milhares de pessoas todos os anos.

Alcochete revive tradição secular dos marítimos DE 19 a 22, decorre em Alcochete e Atalaia, o “Círio dos Marítimos”, uma tradição secular que mantém viva a fé dos marítimos na N.ª S.ª da Atalaia. Dada a sua importância e interesse municipal, o executivo aprovou esta semana, por unanimidade, em reunião de Câmara, apoiar o referido Círio. Neste contexto, o município vai conceder apoio logístico, a isenção do pagamento de licença especial de ruído no lançamento de fogo de estalaria e vai assegurar

as despesas para a aquisição desse mesmo fogo de estalaria, no valor estimado de 861 euros, e que vai ser lançado durante os quatro dias de celebração. Este Círio tem origens anteriores a 1512 e mantém um conjunto de momentos singulares como o desfile de casadas e solteiras montadas em burros pela vila, a arrematação de bandeiras e fogaças e almoços de confraternização entre os participantes do Círio.

Música erudiva Retomando a Temporada de Música Erudita do Club Setubalense, Francisco Moser, violino, e Duarte Lamas, viola, actuam este sábado, às 21 horas. No programa constam obras de Fernando Lopes Graça, Franz Schubert, Astor Piazzolla, e Nuccio d’Angelo .

Exposição canina A 4.ª Exposição Canina Nacional decorre este domingo, às 10 horas, no Parque de Exposições do Montijo. É aberta aos exemplares de todas as raças e variedades oficialmente reconhecidas, registados em Livros de Origens ou com Registos Iniciais emitidos por organismos reconhecidos pela Fédération Cynologique.

Quinzena da Juventude A 9.ª edição da Quinzena Ond@ Jovem, em Sesimbra, tem como lema “Desperdiçar, Nem Pensar!”. O envolvimento de 42 organizações que desenvolvem actividades dirigidas aos jovens é, uma vez mais, um dos grandes objectivos do projecto, que se estende até ao dia 9 deste mês.

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O saldo positivo no Município não reuniu consenso da oposição

Alcácer do Sal sensibiliza para a violência e os maus tratos

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INICIATIVAS

42 associações envolvidas


NEGÓCIOS

Entrevista ao presidente do Porto de Setúbal e Sesimbra

Queremos ser líderes do 'short see panamax'

Sábado // 5 . Abr . 2014 // www.semmaisjornal.com 12

O presidente do Porto de Setúbal, Vítor Caldeirinha, aposta numa estratégia focada no segmento 'short sea panamax' e não entra em loucuras. Promete mudanças e aproveitar o GTIEVA. Semmais – O ano de 2013 foi um ano de grandes recordes no Porto... Vítor Caldeirinha – Passámos a barreira das sete milhões de toneladas, que representou um crescimento de 16 por cento. Um recorde absoluto. A que se deveu esse crescimento? Cresceram os contentores, que é carga geral e também a carga geral fraccionada. Cerca de 39% na contentorização e 32% na restante carga geral. São números fantásticos. Por exemplo, só os granéis sólidos (cimento e minérios de alumínio e concentrado de cobre), que são o nosso maior produto, cresceram seis%. Subiram também, na carga fraccionada, o cimento ensacado e o ferro da Siderurgia Nacional. A subida do movimento de contentores é expressiva, como se explicam esses valores? Foi sobretudo devido às nossas duas novas linhas. Para além das linhas de África e norte da Europa e mediterrâneo, passámos a ter mais uma bissemanal importantíssima para o norte da Europa e outra para Moçambique disparou. Podemos falar em conquista de novos tipos de carga? O nosso maior ‘cord business’ tem sido os granéis como o cimento, e depois o cimento ensacado, papel e os ferros. O que se passa é que têm aumentado em grande, com a exportação, nomeadamente o cimento. Aliás, prevê-se que continue a aumentar, pelo que precisamos melhorar a ferrovia, porque este sector necessita em particular deste transporte. Como assim… Está previsto no GTIEVA - Grupo de Trabalho para as Infraestruturas de Elevado Valor Acrescentado. Ficámos em quarto no projecto de investimento de melhoria das acessibilidades marítimas, para manter Setúbal no segmento dos ‘short sea panamax’, porque os navios estão a crescer nesse segmento, e para mantermos o posicionamento a nível iberico. Esse é, aliás, um dos grandes objectivos da sua administração... Sem dúvida. A ideia é diferenciarmonos, para não termos aqueles objectivos que todos têm: serem os maio-

res, os melhores no ‘deep sea’, intercontinentais, onde estão já posicionados os portos de Lisboa e Sines. Há ai um novo conceito estratégico, Sim, a nossa estratégia é sermos os melhores no ‘short sea’ e continuarmos a ser complementares. E o rol-on rol-off, que tem dado fama e proveito à plataforma, nomeadamente com a Autoeuropa… O ro-ro tem aqui uma diferença. Como somos o único porto a nível nacional com essas características somos ‘deep sea’, porque os navios não precisam de tanto calado, os navios desse segmento entram aqui. Somos o líder ‘deep sea’ nessa valência. Mas houve crescimento em 2013, mesmo com a queda de produção da unidade de Palmela? Desceu um pouco, exactamente devido às paragens da Autoeuropa. Mas como se sabe o novo modelo está para vingar, espera-se crescimento. Daí estarem previstos novos investimentos também no âmbito do GTIEVA, nomeadamente, já com concurso público para breve, a pavimentação de cinco hectares de terraplenos, para actividades de valor acrescentado para os automóveis. Vai ser possível proceder no porto a pequenas ope-

“A ferrovia, no que diz respeito à ligação pendular com as nossas indústrias é fundamental. É a mais utilizada e a mais barata” rações nos carros, antes da saída para venda. Repintar, colocar auto-rádios, tejadilhos e outros. A ideia é realizar essas operações finais no porto, antes da transfega? Exacto, porque isso já se faz em quase todos os grandes portos. Aqui é que não fazíamos por não termos espaço suficiente. Isso representa um factor de atracção das linhas para movimentar carros aqui em Setúbal, porque deixa de haver o custo de transportar as viaturas de camião até centros intermédios. Vão logo para o destino final. E ao mesmo tempo potencia o ‘transshipment’ de carros que sejam deixados aqui para entrar outra vez para outro lado do navio, já que podem fazer aqui alguns ajustes enquanto estão a espera. Isso, como já referi, acontece em muitos países da europa. Por exemplo, os nossos da Autoeuropa, fazem isso muitas vezes no porto de Zeebrug-

Devolver áreas urbanas, aquacultura e dar operacionalidade às pescas A administração de Vítor Caldeirinha está empenhada em contribuir para dar usufruto das zonas sem grande actividade portuária à cidade. «Estamos a estudar com a Câmara e Comunidade Portuária a devolução de áreas urbanas, na sequência do Polis. Há-que repensar tudo isto, através de um plano territorial misto, das Fontaínhas para o interior». Há várias ideias e algumas com implementação imediata, nomeadamente tornar o Edifício do Cais 3 aberto ao público e fazer da zona «uma espécie de docas, com esplanadas e eventualmente, no futuro, uma gare para pequenos cruzeiros», adianta.

As pescas e a aquacultura são duas outras actividades de excelência e tradição para o presidente do Porto de Setúbal e Sesimbra. E justificam investimentos que, no caso de Setúbal, ofereçam «maior operacionalidade ao sector». E está aí a carta de bolsa de terrenos para incrementar a aquicultura. «Não tenho dúvidas que esta actividade vai explodir nas próximas décadas e no que diz respeito vamos contribuir para isso», afiança. Encaixado numa apetência turística, o porto deve ser, segundo Caldeirinha, «uma plataforma de coabitação sustentada» de todas estas actividades.

ge, no ‘transshipment’ para Inglaterra, com este tipo de ajustes para responder às encomendas inglesas. Isso é articulado com a Autoeuropa? Tem sido uma reinvindicação da empresa há uns anos. Já está em andamento o concurso, ainda este mês ou em maio. Vai ficar situado entre o terminal ro-ro e o terminal de contentores. A obra ainda deve começar este ano e orça 3,5 milhões de euros. E os outros projectos que ia referenciar, nomeadamente da ferrovia… São dois na área ferroviária. Um deles é a ligação ao cais da Eurominas. É o que se anda a falar há anos? São quatro quilómetros que faltam. Ficou no GTIEVA por acaso nos últimos lugares, porque não é considerado prioritário. Outra vez para as calendas gregas… Acredito que possa avançar. Esse em particular, estamos a estudar a viabilidade económica. Em princípio, os quatro quilómetros avançarão, mas também depende do compromisso da própria Secil e da Cimpor, em razão dos seus tráfegos futuros. Se houver retracção nessas empresas, a coisa complica, e imagine-se que deixam de exportar… Mas, atenção que nos primeiros trinta lugares do GTIEVA está a melhoria das ligações ferroviárias à zona central. Porque somos o porto com maior número de utilização de comboios, transporte amigo do ambiente, e o facto é que estamos a crescer nesta área. O cimento, os ferros, os contentores querem mais comboios. E um troço fundamental da rede interna no porto, mas a a Refer tem uma palavra a dizer? Também, claro. E não conheço os timings da empresa, presumo que ocorram neste período de 2016 a 2020. Não posso deixar de referir que, no entanto, há financiamento comunitário das redes transeuropeias que vai ser especialmente utilizado na ferrovia. Portanto, temos que ir buscar o dinheiro e gastá-lo nesta rede transeuropeia. Parece muito optimista com o GTIEVA. Quais são as outras prioridades neste campo?

Orgulho no centro de formação Inaugurado em finais do ano passado, o Centro de Formação do Porto de Setúbal é um caso exemplar no panorama nacional. A funcionar sem custos para a APSS, o centro é único a nível nacional a formar técnicos para as áreas operacionais da actividade portuária, como mestres de embarcações, na estiva ou na segurança. «Estamos a funcionar em parcerias com várias entidades com as quais firmamos protocolos e temos formandos oriundos de todo o país», sustenta o presidente.

Além da ferrovia, o GTIEVA dá também prioridade às próprias plataformas portuárias, e aqui as principais prioridades são os terminais de contentores. Nos últimos trinta anos, o tráfego neste segmento tem estado a duplicar a cada dez anos. Isto é, nos próximos dez anos vamos ter que dispor do dobro da capacidade em relação aos terminais existentes, até porque os navios estão sempre a aumentar a sua capacidade de carga. Ou seja, aqueles projectos, incluindo os que dizem respeito às acessibilidades, têm mesmo que avançar. Por isso acredito, até porque o próprio mercado o vai exigir. A ferrovia no que diz respeito à ligação pendular com as indústrias é fundamental, porque é o meio que deve ser utilizado e é o mais barato. O resto são pequenos projectos nas rodovias. Nesta área não está previsto nada de grande dimensão. Tem referido que cerca de 90% dos grandes navios podem escalar Setúbal, logo às acessibilidades marítimas não devem ser um grande constrangimento. Estou correcto? Sim, os grandes navios da região podem entrar aqui. Mas tendencialmente vão aumentando de calado, daí que queiramos melhorar a acessibilidades marítima, mas não para atrair grandes navios, mas antes para os panamax, que é o nosso mercado. Significa que estão também previstos investimentos nas zonas marítimas, nos canais do estuário, por exemplo? É o quarto projecto classificado no GTIEVA, que prevê a melhoria das acessibilidades aqui no rio de um a dois metros. Muito pouco, para permitir a entrada de alguns navios que já entram à maré, mas queremos que entrem em qualquer condição de maré, porque não podem estar à espera. São navios de linha regular, tipo autocarro, que param em todas as paragens. Têm que chegar e entrar sem grandes esperas. Mesmo com essa dimensão, normalmente são investimentos onerosos. Quanto está previsto? Não deixam de ser pequenas intervenções, neste caso em concreto. Está previsto 25 milhões de euros, mas vai ficar bastante menos.



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Sábado // 05 . Abr . 2014 // www.semmaisjornal.com

NEGÓCIOS

Autoeuropa vai criar mais 500 empregos e fabricar um novo modelo de automóvel António Luís

Nova tecnologia na Autoeuropa para manter tradição

uma triplicação do número de postos de trabalho previstos». O porta-voz dos trabalhadores alerta, todavia, que ainda vai demorar cerca de um ano e meio até que estejam criados no terreno os 500 empregos que foram anunciados. O número de postos de trabalho indirectos deverá ser «muito mais elevado», admite António Chora.

China-Costa Leste América. CHINA consegue maximizar CADEIA de VALOR da ECONOMIA REAL. De Singapura, a PSA além do porto Antuérpia tem concessão TContentores porto Sines. BE-Blocos Económicos trazem elevado crescimento económico a países associados, assistindose a parcerias inter-BE. Após queda regime Soviético(1990) grandes potências sentem necessidade de integrarem BE p.ex: EUA, China, Japão na APEC(1993) expandindose para o mega TTPacífico. Não é acaso que 4 dos 5 países BRICS fazem parte de grandes BE e nenhum faz parte da EU. Portugal com “relaxar músculo produtivo” devido: desvalorização do Ensino Técnico Profissional(1974) subserviência às limitações produtivas CEE(1986) ausência de políticas EU para estabelecer parcerias com outros BE, mas defendendo interesses EU (deus queira que o mega BE TransAtlânticoTTIP-2015-EUA(NAFTA-1994)/ EU não nos venha a sair mais uma vez cara, se tivermos em atenção o maior protecionismo dos EUA/ MÉXICO, p.ex. nos produtos agrí-

colas. Por alguma razão EUA são a maior Economia entrando em todos os mega BE das regiões Atlântica e Pacífico. Esperemos que não aconteça com a Europa o mesmo que aconteceu com o Japão “pai da revolução industrial Asiática” que após uma época dourada de industrialização/desenvolvimento entrou num longo período de 20 anos de deflação? Excepção da Alemanha que continua a vender os seus produtos de elevada gama tecnológica à Europa, América e Ásia. P.ex. China: Automóveis, MAGLEV, 18 acordos bilaterais de alta tecnologia Alemanha/China, comboio mercadorias que os ligará em metade tempo via marítima. Ilustrando a frágil economia Portuguesa: A criação da CPLP(1996) por ineficácia política tem-se limitado ao político/sócio-cultural. A preocupante tx. alfandegária que Angola impõe no âmbito do BE-Africa Austral SADC(1992) para promover o seu desenvolvimento económico, vai obrigar as empresas portuguesas a implantar fábricas em Angola, contribuindo para o aumento do desemprego e redução das expor-

tações em Portugal. Foi pena a CPLP não ter acordado um BE (Brasil lidera o MERCOSUL). Alemanha para proteger a sua economia no sector da energia solar quis aumentar tx. alfandegárias UE a produtos China, esta ameaçou retaliar aumentando tx.alfandegárias aos vinhos, afetando Portugal (recentemente UE chegou acordo c/ China). O excedente comercial Europeu deve-se à Alemanha, enquanto Portugal tem défice comercial (excepto 2013). Portugal perdeu a oportunidade de entrar no “comboio” dos BE excepto EU, e só recentemente impulsiona acordos comerciais bilaterais com países fora da EU, que a experiência nos diz defender melhor os nossos interesses preferencialmente com países ricos, não ficando excessivamente dependente da EU o nosso maior mercado de exportação. Promoveu-se o DESEMPREGO nos países periféricos da EU, “SAÍNDO O TIRO PELA CULATRA” à EU, excepto a Alemanha que nesta matéria parece não ter culpa da “ingenuidade/penacho” de países como Portugal.

O ministro Pires de Lima e o líder da AICEP testemunharam novidade

António Melo Pires realçou que a «mais-valia deste investimento é poder adaptar a fábrica para uma nova tecnologia de plataformas onde poderão vir a ser construídos modelos de uma nova geração». Pedro Reis considerou que se trata de um «momento de viragem na economia e de um novo investimento em Portugal». A candidatura de incentivos entre a empresa produtora da Volkswagen e a AICEP terá de ter o apoio de Bruxelas para poder avançar, após a formalização do contrato entre o Estado e a fábrica.

Causas que trouxeram portugal à situação atual (O paradigma da economia neoliberal — parte 2)

Caldeira Lucas // Ex-gestor 5ª) GLOBALIZAÇÃO – Ilusão que países de elevada demografia(China) eram mercados consumidores de bens Ocidentais aproveitando MO barata (China salários 10% Ocidente) e anular capacidade reivindicativa sindicatos, Multinacionais(EUA) transferem produção para Ásia. FMI promove Globalização moderna levando a EU (Maastricht-1992) a manter transferência produção bens para serviços com argumento de elevar Qualidade de Vida Europeia, menos poluída e prestar mais serviços/menos bens, mas potenciando Desemprego Europeu. Foi bom para Alemanha de forte produtividade/bens de elevado valor tecnológico, mas péssimo para Portugal contrariando Michael Porter “Desenvolvam 1º o que sabem fazer melhor”. Não é por acaso que EUA/Alemanha são as maiores potências Ocidentais e Alemanha maior contribuinte EU.

Já António Chora, líder da Comissão de Trabalhadores da Autoeuropa, vê com bons olhos os novos investimentos anunciados e recorda que, há «imenso tempo» que a comissão de trabalhadores andava a solicitar a montagem de uma plataforma modular, uma vez que permite à Autoeuropa produzir «qualquer tipo de carro, com maior rapidez». Os novos investimentos serão ainda mais positivos, acrescenta, se «a participação de fornecedores portugueses, de primeira linha, acontecer em grande número, o que contribuirá para

A TRANSTEJO, vai proceder, já dia 26, à transferência de serviço de transporte de veículos da ligação Cacilhas – Cais do Sodré para a ligação Trafaria - Porto Brandão – Belém. Com esta melhoria de acessibilidade entre as duas margens do Tejo a Transtejo oferece agora aos seus passageiros novas opções na utilização do transporte fluvial de veículos, descongestionando os centros urbanos e históricos de Almada e Lisboa. Este novo percurso – Trafaria – Porto Brandão – Belém - vai oferecer algumas vantagens em termos económicos como o desconto de 10 por cento na aquisição do novo pack de 10 bilhetes. Segundo o presidente da Transtejo, João Pintassilgo, «com esta alteração da rota vamos contribuir para a melhoria da qualidade do serviço, aumentar a capacidade de oferta no transporte de veículos, aproximar populações, encorajar a escolha de caminhos alternativos e promover hábitos de vida saudáveis, nomeadamente com o aumento da capacidade de transporte de bicicletas, com maior articulação natural entre as ciclovias de Lisboa e Almada». Com rapidez, fáceis acessos e fluidez de tráfego, o trajecto entre as duas margens poderá efectuar-se de forma mais cómoda e tranquila.

Mais de 3,5 milhões de euros investidos em Portugal

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COM O apoio de Bruxelas, a Volkswagen pretende investir 670 milhões de euros na fábrica da Autoeuropa de Palmela para duplicar a produção, fabricar um novo automóvel e criar 500 novos postos de trabalho. A criação dos 500 novos empregos deverá acontecer entre 2014 e 2019, ao abrigo de um acordo com a Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), com incentivos que garantem o referido investimento. António Melo Pires, o líder da Autoeuropa, garante que a empresa está «a apostar numa nova plataforma tendo em vista a produção de um novo ou novos modelos automóveis». A revelação foi feita pelo director-geral da Autoeuropa, no início da semana, ao lado ainda presidente da AICEP, Pedro Reis, e do ministro da Economia, Pires de Lima, numa cerimónia que decorreu em Lisboa, onde a Autoeuropa formalizou uma candidatura a incentivos nacionais, junto da AICEP, entidade pública ligada aos investimentos e ao fomento à internacionalização das empresas portuguesas.

Decisores portugueses aplicaram subservientemente políticas EU. China aproveitou abertura com: Revolução Industrial Japonesa, Contentorização, Automatizar rastreio bens permitindo reduzir tempos/custos produção/movimentação de cargas. Servidoresinternet para ordens logísticas globais (proc.encomendas/pagamentos) para Crescimento Astronómico da China que soube aproveitar estes factores, reduzindo significativamente custos produção/logísticos permitindo praticar preços atrativos elevando competitividade, sendo 2ª Economia Global com previsão de ser 1ª nos anos 30. Não é por acaso que dos 9 maiores portos do Mundo 8 são Chineses. Mesmo com “redução distâncias geográficas” China aposta na rota marítima Ártico ligando China-Roterdão menos 7000km(12dias) e investe no canal Nicarágua permitindo ligar mais rapidamente

Transtejo transfere ferries para Trafaria – – Belém

A fábrica da Autoeuropa foi criada na base de uma parceria entre a Ford (50 por cento) e a Volkswagen (50 por cento), em 1991. Actualmente emprega mais de 3 mil trabalhadores. Ao longo dos últimos anos, a Autoeuropa investiu mais de 3,5 milhões de euros em Portugal. No final de 2012, a fábrica representou 1,4 por cento no Produto Interno Bruto. As duas últimas versões do modelo SCIROCCO, que estão a ser produzidas em Palmela, devem chegar ao mercado no final do Verão.


Russos estagiaram em Setúbal

DESPORTO

A selecção russa de andebol escolheu Setúbal para o estágio de preparação para a qualificação para o Campeonato da Europa de Sub-20, que decorre na Áustria em Julho. Os atletas estagiaram entre 27 de Março

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e 3 de Abril treinando regularmente no Pavilhão das Manteigadas onde realizaram dois jogos de preparação, frente à equipa B do Sport Lisboa e Benfica e a selecção nacional de andebol de juniores A.

Alunos da Península conquistam três medalhas de ouro

Marta David

O

s estudantes da Península de Setúbal conquistaram três vitórias e mais cinco lugares no pódio na Final Nacional do Torneio Mega que decorreu no passado fim-de-semana no Parchal, no concelho de Lagoa, e que incluía as provas de Mega Sprinter, Mega Salto e Mega quilómetro. Gonçalo Vieira, nos 40 metros - Infantis B Masculinos, e Filipe Nascimento, nos 1.000 metros Iniciados Masculinos, ambos do Seixal, e João Patrício, nos 40 metros - Iniciados Masculinos, de Palmela, foram os três atletas que conquistaram o ouro. Filipe Nascimento, do Agrupamento de Escolas de Pinhal de Frades, junta o título agora conquistado ao de vencedor do Corta Mato Nacional Escolar, realizado no início de Março, em Portalegre. Ao segundo lugar do pódio chegaram Élvio Almeida, da Amora, na prova de 40 metros - Infantis A Masculinos, assim como Tomás Gonçalves, de Almada, nos 40 metros - Infantis B Masculinos, e Cláudio Ribeiro, da Quinta do Conde, vice-campeão nacional nos 1.000 metros - Juvenis Masculinos.

DR

Foi uma jornada de glória para os atletas da península, com escolas do concelho do Seixal em grande, que continua com largas tradições no atletismo. Fim-de-semana em cheio para os jovens atletas da região

Atletas femininas também brilharam Em femininos, a equipa da Península de Setúbal conquistou dois terceiros lugares. Patrícia Rodrigues, do Barreiro, nos 40 metros Iniciados Femininos, e Rositinay Mata, da Amora, na prova de Salto em Comprimento - Iniciados Femininos, fecharam o pódio. As provas, destinadas a atletas masculinos e femininos dos escalões infantis, iniciados e juvenis, juntaram no Algarve perto de um milhar de alunos oriundos de escolas de todo o país divididos nas várias sub-regiões, que foram apurados através de eliminatórias locais e distritais. A iniciativa inserida no programa de Desporto Escolar vai já na 10ª edição com o objectivo de promover o atletismo e a prática desportiva junto dos estudantes. Nélson Évora, Francis Obikwelu e o Rui Silva foram, este ano, os padrinhos da iniciativa e integraram a comitiva que esteve no Algarve mostrando-se sempre disponíveis para os jovens atletas que não resistiram a tirar fotografias com os seus ídolos a e solicitar autógrafos.

Francis Obikwelu

Três padrinhos de peso

O apoio de Rui Silva

Férias desportivas em Alcácer A Câmara de Alcácer promove o programa Férias Desportivas da Páscoa entre 7 a 14 de Abril, durante as manhãs. A iniciativa que vai decorrer no Pavilhão Gimnodesportivo, no Parque Desportivo

e na Piscina Coberta de Alcácer do Sal visa ocupar os jovens do concelho durante as férias da Páscoa promovendo actividades como natação, futebol, basquetebol, ginástica e hóquei em campo.

As ganas de ganhar ao Ghana Ao 5º dia do nosso Verão (enganador Inverno de além-Atlântico) Portugal jogará a “cartada” decisiva do próximo “Mundial” de futebol em Brasília, frente à robusta e bem cotada selecção do Ghana. A data de 26 de Junho p.f. assume excepcional importância na expectativa de acesso da turma nacional aos 1/8 de final do tão expectante Campeonato. Independentemente do que tiver acontecido nas jornadas anteriores, frente à Alemanha de Low e aos Estados Unidos, do consagrado Klinsmann (também alemão, recorde-se), esse Portugal-Ghana é importantíssimo, sendo de temer a qualidade e pujança do conjunto africano, recheado de valores de muito boa “rodagem” na Europa. Estamos a lembrar-nos de Gyan, o goleador, dos irmãos Ayew e Boateng, de reconhecida experiência em campeonatos na Europa, até ao progressivo Atsu que o F.C. Porto não soube (ou não pôde) aproveitar convenientemente na passagem pelos “azuis e brancos”. A partir das camadas jovens, de óptimas prestações, as selecções do Ghana têm marcado notáveis níveis de qualidade e eficácia de resultados, razão mais do que suficiente para considerarmos de máxima importância esse confronto de Brasília, com temperaturas altas e humidade indesejável contrários aos desígnios de Portugal. Mas… haja confiança! Extra futebol, sem prosápias indesejáveis de devaneios culturais, julgamos vir a propósito evocar o muito antigo contacto entre Portugal e o território que é hoje o Ghana, tendo Accra por capital. No final do século XV por acção de Diogo de Azambuja, um navio de D.João II, o do “Mostrengo”, implantou-se por essas bandas, nas proximidades

David Sequerra Colaborador

da capital ghanesa, a importantíssima Feitoria de São Jorge da Mina, baluarte do comércio do ouro que veio a financiar a Expansão Portuguesa. Passados mais de 5 séculos subsiste a lembrança física desse século áureo (na perfeita acepção da palavra) através das ruínas do castelo que musculava a Feitoria, debruçada sobre as águas límpidas do Golfo da Guiné. Permita-se-me um breve parêntesis quanto à tentativa pessoal de visitar Accra há dúzia e meia de anos, para viver a emotiva experiência de ver e fotografar o Castelo da Feitoria de 1482. Não consegui autorização formal mas daí resulta esta evocação de laços históricos entre Portugal e Ghana, os adversários directos e ambiciosos em 26 de Junho, bem longe, em Brasília. De um modo geral tem-se falado muito do reconhecido poderio da Alemanha, no jogo inicial e da surpresa de há tempos quando não fomos capazes de superar uma muito “atrevida” Selecção dos Estados Unidos (desaire por 3-2, de má memória na edição de 2002). Quanto ao Portugal-Ghana há quem pense em facilidade de cumprir calendário - e nada mais. Somos de opinião contrária a tais arremedos de optimismo, prevendo extremamente difícil o confronto com essa voluntariosa Selecção africana, com mais de 50% de jogadores bem “rodados” na Europa. Há que ter isso em conta e acumular as ganas de ganhar ao Ghana, na tarde de 26 de Junho. Falta ainda muito tempo mas afigura-se-nos desde já oportuna esta atitude cautelar.

Meia Maratona de Almada quer chegar aos 5 mil atletas

Duas atletas do distrito na selecção nacional que vai disputar a Taça do Mundo de Ginástica Rítmica

Cinco mil atletas à partida é o objectivo definido pela organização da Meia Maratona de Almada para a segunda edição da corrida, marcada para o dia 27 de Abril. Apesar de ser uma época do ano em que se realizam várias provas do género e da prova almadense ainda não ter muita tradição, a organização

As atletas Ana Barata e Rafaela Valente, da União Piedense, integram o conjunto de atletas que constitui a selecção nacional sénior de ginástica rítmica que participa, desde quinta-feira, na Taça do Mundo de Ginástica Rítmica, a decorrer no Pavilhão do Casal Vistoso, em Lisboa, e onde estão presentes mais de 300

acredita que se trata de um número possível de atingir se tivermos em consideração que na primeira edição da prova se inscreveram quatro mil atletas. Até ao momento, a organização já recebeu mais de duas mil inscrições para a prova que é apadrinhada pelos atletas Naide Gomes. e Arnaldo.

ginastas provenientes de 26 países. A par da Taça do Mundo realizase também a competição internacional para ginastas juniores por equipas e que visa a preparação para o Campeonato Europeu. Entre as 40 ginastas inscritas para esta competição há três jovens atletas do Recreativo Piedense e da União

Piedense que integram a formação lusa. Adriana Santos, da União Piedense, integra a primeira equipa nacional, enquanto Maria Leonor Testas, do Recreativo Piedense, integra a equipa número dois. Bruna Canilhas, da União Piedense, participa extraconcurso nesta competição.



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