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16 - 19 AGOSTO
SÁBADO 7 DE JULHO DE 2018 Diretor Raul Tavares Semanário - Edição 999 - 9ª série Região de Setúbal Distribuído com o Expresso
PRESIDENTE DA CÂMARA DE SESIMBRA, FRANCISCO JESUS, EM EXCLUSIVO
«ESTAMOS A ARRUMAR A CASA, E O PRÓXIMO ANO VAI SER DE AFIRMAÇÃO ESTRATÉGICA» Em entrevista exclusiva, Francisco Jesus, presidente da Câmara de Sesimbra, assume querer apostar forte no marketing territorial «em nome da identidade e coesão do concelho». E, com o turismo à cabeça, pretende implantar um plano estratégico de desenvolvimento. P8-9 SOCIEDADE
SOCIEDADE
HOSPITAL DO SEIXAL PREVENÇÃO RODOVIÁRIA SERÁ UMA REALIDADE ALERTA: TELEMÓVEIS SÃO O MAIOR INIMIGO DOS PEÕES P2 NO ANO DE 2021 P3 SOCIEDADE
ENFERMEIROS EM GREVE CONTRA AS HORAS EXTRAORDINÁRIAS P3
NEGÓCIOS
DISTRITO COM MAIS QUATRO CENTRAIS FOTOVOLTAICAS SEM TARIFAS SUBSIDIADAS P12
POLÍTICA
APOSTA REGIONAL NA LINHA FÉRREA É BANDEIRA SOCIALISTA Nas jornadas parlamentares dos socialistas, no Baixo Alentejo, o primeiro-ministro António Costa destacou investimentos públicos do distrito de Setúbal. A Linha férrea entre Sines e Caia é um dos exemplos da aposta regional que o governo defende. P10
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SOCIEDADE
MULTAS PARA QUEM INFRINGE PODEM CHEGAR AOS 50 EUROS
Somos o distrito onde menos peões foram multados por passarem fora da passadeira Em 2017 os atropelamentos foram responsáveis por 13% das vítimas ocorridas em acidentes rodoviários. Apesar de vulneráveis os peões têm de ser mais colaborantes, na visão da Prevenção Rodoviária Portuguesa que aponta o telemóvel como o maior inimigo dos peões. TEXTO ROBERTO DORES IMAGEM DR
E
m dois anos o distrito de Setúbal registou apenas três peões multados por transgredirem na via pública, na área de jurisdição de GNR. Os três casos são referentes ao atravessamento da estrada fora da passadeira, quando esta estava a menos de 50 metros, o que deu origem a multas entre os 10 e os 50 euros. Muitos não sabem, mas os peões não estão imunes às multas quando caminham na via pública, nem isentos de culpa em acidentes, mesmo quando são vítimas de atropelamento. Basta atravessarem a estrada fora da passadeira e mesmo que atravessem no local esti-
pulado para peões podem ser considerados culpados em alguns acidentes, caso se prove que o fizeram de forma desatenta e negligente. A certeza é
dada pelo presidente da Prevenção Rodoviária Portuguesa, José Miguel Trigoso. «Pode valer uma coima e mesmo uma condenação em tribunal».
As autoridades admitem que apesar da região só ter registado três multas junto de transeuntes não significa que não se verifiquem vários atropelos à
lei nas estradas do distrito por parte dos peões. «Por ser o agente mais vulnerável que utiliza a via pública deve ser protegido, mas também tem que colaborar», segundo diz José Miguel Trigoso, destacando, por exemplo, que em 2017 os atropelamentos foram responsáveis por 13% das vítimas ocorridas em acidentes rodoviários, tendo já essa percentagem aumentado no primeiro trimestre de 2018. Segundo os dados disponíveis, os telemóveis revelam-se como um dos maiores inimigos dos peões, sendo motivo de «enorme distração», dizem as autoridades, apontando, sobretudo, os mais jovens que atravessam as estradas sem retirar os olhos do monitor, ficando impossibilitados
de avaliar o que se está a passar na via. É em resposta aos chamados «comportamentos mais alheados» que em Portugal começam a surgir novas ferramentas na via pública, como já acontece na Holanda, que dispõe de passadeiras com luzes led, de semáforos, reflectidas no chão. Em relação ao álcool, é verdade que não é crime caminhar alcoolizado nas estradas, mas as autoridades alertam que o desfecho pode ser fatal, dando alguns exemplos de atropelamento com vítimas mortais que apresentaram taxas elevadas de álcool. José Miguel Trigoso alerta que mesmo os peões «devem evitar comportamentos de risco quando andam na estrada», começando por estarem sóbrios.
Ação Social Escolar reforçada em Santiago do Cacém
Setúbal Verão + Saudável por comunidades mais conscientes
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Câmara de Santiago do Cacém deliberou favoravelmente o reforço das medidas de Ação Social Escolar e Socioeducativas para o próximo ano letivo. Uma determinação justificada pelo presidente Álvaro Beijinha, que continua a garantir que «a edução é uma prioridade» para o município. Assim, no ano letivo 2018/2019, além de «manter as atividades de animação e apoio à família no Pré-Escolar totalmente gratuitas», onde os pais de mais de 900 crianças deixam os seus filhos das 8h00 às 18h30 aos cuidados de 43 funcionários, a câmara vai «apoiar as visitas de estudo do 1º ciclo do ensino básico com 20€ para o escalão A e 10€ para o escalão B». Um apoio «extra» ao qual se junta a já
habitual cedência de autocarros para as deslocações dos alunos do 1º ciclo de todo o concelho. No âmbito da alimentação a câmara anunciou a «extensão ao pré-escolar do Programa de Generalização de Refeições do 1º ciclo; o financiamento a 100% e a 50% do custo de refeições escolares aos alunos dos escalões
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A e B, em período letivo; e a assunção dos custos de refeição aos alunos de escalão A (100%) e de escalão B (50%) que estejam inscritos e a frequentar as respostas de ATL, promovidas durante as interrupções letivas, mediante solicitação e indicação prévia dos respetivos agrupamentos». E.S.
uma iniciativa do gabinete de saúde do município de Setúbal, com o apoio da unidade de cuidados na comunidade do agrupamento de centros de saúde (ACES) Arrábida, está a decorrer durante os meses de verão o programa Setúbal Verão + Saudável. Segundo fonte do gabinete do vereador da saúde, Ricardo Oliveira, o objetivo do projeto passa pela «sensibilização da população para a adequada utilização dos recursos naturais, e para as medidas preventivas face à exposição solar, alimentação saudável, atividade física e hidratação», entre outros. «O sol é meu amigo» é uma das ações integradas do projeto Setúbal Verão + Saudável, decorre durante a manhã dos dias 11, 18 e
25 de julho, na Praia da Figueirinha, e pretende, «de forma divertida, auxiliar a criança/jovem a ter um papel interventivo na promoção da sua saúde». A autarquia adianta, também, que «há outras ações pontuais em praias, parques e outros espaços públicos, dirigidas à população, com o objetivo de alertar para a adequada utilização de recursos como sol, o rio, o mar e a praia, ainda que a atenção
resida, essencialmente nos cuidados perante a exposição solar. «Como ir, estar e vir da praia» decorre este sábado na praia de Albarquel. Todas as ações deste projeto são acompanhadas por técnicos do gabinete de saúde do município e da Unidade de Cuidados na Comunidade do ACES Arrábida, e contam com o apoio da Associação Portuguesa de Cancro Cutâneo. E.S.
SOCIEDADE
GOVERNO VAI REAVALIAR OS ATUAIS MOLDES DO ACES ARRÁBIDA PARA INCLUIR SESIMBRA NO HOSPITAL
Ministro da Saúde aponta 2021 como o ano de inauguração do Hospital do Seixal Adenda ao acordo estratégico de concretização do novo hospital do Seixal permite relançar o projeto e concretizá-lo em quatro anos. Utentes de Sesimbra podem ser assistidos na nova unidade de saúde «em função das necessidades e expectativas» TEXTO ELOÍSA SILVA IMAGEM DR
J
oaquim Santos acredita que «desta vez o hospital vai mesmo avançar». Convicção manifestada pelo presidente da câmara do Seixal, município que lidera a rede portuguesa de municípios saudáveis, que acolheu a cerimónia de assinatura da adenda ao acordo estratégico para a construção da nova unidade de saúde. Durante a cerimónia, e na presença do ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, o autarca reconheceu «tratar-se de um momento de enorme significado, pelo avanço que vamos conhecer no acesso a melhores cuidados de saúde naquele que é o 15.º concelho mais populoso do país, mas deixou patentes «preocupações e reservas», relativamente a algumas questões paralelas para as quais «será necessário encontrar soluções alternativas». Joaquim Santos referia-se às «diferenças entre o acordo de 2009 e a aden-
da agora celebrada que, entre outros aspetos relevantes, retira o concelho de Sesimbra da área de influência direta, quando nós entendemos que devia constar e poderemos desenvolver um caminho nesse sentido, para que a população de Sesimbra continue a estar na esfera de influência do serviço do nosso hospital». O facto de «desaparecerem 12 camas de cuidados paliativos e de não incluir 10 especialidades que estavam contempladas em 2009» também deixa o autarca «apreensivo» ainda que Joaquim Santos acredite «que o governo dará as diretrizes certas para responder a estes anseios. É nossa convicção que é possível encontrar soluções para estes três pontos. Mas é fundamental que o processo avance sem mais demoras», evidenciou. Governo garante integração de utentes de Sesimbra Presentes na sessão de assinatura da adenda ao acordo de construção e definição do novo hospital do Seixal estiveram o vereador sesimbrense
José Polido e o presidente da Junta da Quinta do Conde, Vítor Antunes. Autarcas que acompanharam o processo da luta pela construção da unidade de saúde ao lado da plataforma Juntos pelo Hospital do Seixal e Comissões de Utentes, como foi lembrado pelo autarca seixalense durante o seu discurso. Uma presença informal já que o documento, ao contrário do que constava no acordo de 2009, dita a não inclusão do concelho de Sesimbra na área de influência direta do novo hospital. Situação que a autarquia contestou antes da assinatura da adenda e, depois, em reunião com o ministro da tutela, dias depois da assinatura do documento, tendo, então, a autarquia obtido a garantia de Adalberto Campos Fernandes «do pleno direito dos utentes do município de Sesimbra a integrarem a área de influência da nova estrutura hospitalar». Uma garantia, de resto, assegurada pelo Sistema de Livre Circulação de Utentes ao SNS, implementado em junho de 2016, e que «permite
ao utente, em conjunto com o médico de família responsável pela referenciação, a escolha por qualquer uma das unidades hospitalares do SNS na qual exista a consulta de especialidade de que necessita». Já se for acionado o serviço de emergência, os bombeiros continuarão a transportar os utentes para o São Bernardo, em Setúbal, e não para o novo hospital do Seixal. Francisco Jesus, edil sesimbrense, admite que, relativamente a este ponto, «há abertura do governo para em conjunto com a autarquia, reavaliar e reorganizar os atuais moldes do Agrupamento de Centros de Saúde da Arrábida, de forma a que, ou se garanta que os Centros de Saúde de Sesimbra possam estar referenciados para o novo Centro Hospitalar Garcia de Orta, onde se inclui o
Hospital de Proximidade do Seixal, ou se assuma uma alteração aos atuais Agrupamentos dos Centros de Saúde, garantindo que a população fique servida da melhor forma, em termos de resposta, dando inclusive indicações à Administração Regional de Saúde para iniciar este processo», refere o presidente da câmara de Sesimbra. Sendo «o distrito de Setúbal o epicentro das decisões políticas em saúde», nas palavras de Adalberto Campos Fernandes, o ministro deixou no Seixal a garantia de que «em 2021 o centro hospitalar do Seixal será uma realidade e nessa altura será criado o novo centro hospitalar Garcia de Orta. Estamos a fazer tudo o que podemos, com os recursos que temos e não estamos a vender ilusões», garantiu o governante aquando da assinatura da adenda que
permite lançar o concurso, ainda este ano, para a construção do novo hospital do Seixal. PSD quer respostas e menos promessas A Distrital de Setúbal do PSD, através do secretário geral Bruno Vasconcelos, acusa o governo de «andar continuamente a prometer a construção do Hospital do Seixal, em vez de avançar com os investimentos necessários nos hospitais que já existem na região, cujos problemas continuam sem solução». Além disso, acrescenta Bruno Vasconcelos, o mesmo governo que «retira valências à unidade, antes mesmo de esta ser construída, não explica como vai constituir o corpo médico do prometido hospital, tendo em conta que hoje em dia já existem vagas nos hospitais que não são preenchidas».
Enfermeiros em greve reclamam horários legais
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omeçou dia 1 de julho e não tem fim à vista, a greve geral dos enfermeiros às horas extraordinárias. No distrito de Setúbal, denuncia Emanuel Boieiro, vogal do sindicato dos enfermeiros, todas as unidades de saúde de referência estão a agir «de forma ilegal». E o especialista em enfermagem de reabilitação explica porquê. «No centro hospitalar de Setúbal ainda
existem alguns horários com 40h/semanais, em vez das 35 previstas; no hospital Garcia de Orta os enfermeiros do serviço de urgência chegam a ter 7 turnos extraordinários programados; no centro hospitalar Barreiro-Montijo continuam a registar-se horários com 40h/semanais, além de turnos extraordinários incluídos no horário, o que representa uma tremenda ilegalidade, e ainda
apresenta um serviço de urgência com dezenas de turnos extraordinários escalados», acusa Emanuel Boieiro. No hospital do Litoral Alentejano continua a prevalecer um horário de 40h por semana sendo que «também aqui, e de forma ilegal, os turnos extraordinários são incluídos na escala de trabalho dos enfermeiros». Apesar da reivindicação dos enfermeiros, por direitos «que lhes estão
a ser negados», Emanuel Boieiro realça outros problemas de resolução urgente. É o caso da «redução de camas e cirurgias, as dotações de número de enfermeiro por utente, que continuam abaixo dos mínimos, e o adiamento permanente da revisão da carreira especial de enfermagem». A greve geral de enfermeiros às horas extraordinárias não tem data para terminar. E.S.
2018 | 7 DE JULHO | SÁBADO | SEMMAIS | 3
SOCIEDADE
VINHOS
Festa do mundial de futebol faz-se em Setúbal com o Placard.pt Bancada ENCOSTAS DA ARRÁBIDA 2015 Vinho Tinto | Regional Península de Setúbal Cooperativa Agrícola de Santo Isidro de Pegões, CRL
ADEGA DE PEGÕES TOURIGA NACIONAL 2015 Vinho Tinto | Regional Península de Setúbal Cooperativa Agrícola de Santo Isidro de Pegões, CRL
TERRAS DA MOURA 2016 Vinho Tinto | D.O. Palmela SIVIPA – Sociedade Vinícola de Palmela, S.A.
QUINTA DO MONTE ALEGRE RESERVA 2015 Vinho Tinto, Regional Península de Setúbal Fernando Santana Pereira Unipessoal, Lda.
VINHA DO TORRÃO 2016 Vinho Branco | Regional Península de Setúbal Casa Ermelinda Freitas Vinhos, Lda. QUINTA DA INVEJOSA RESERVA VINHAS VELHAS 2015 Vinho Tinto | D.O. Palmela Filipe Jorge Palhoça – CCH VENÂNCIO DA COSTA LIMA RESERVA 2015 Vinho Tinto | D.O. Palmela Venâncio da Costa Lima, Sucrs. Lda. QUINTA BREJINHO DA COSTA SELECTION COLHEITA SELECCIONADA EDIÇÃO LIMITADA 2012 Vinho Tinto | Regional Península de Setúbal RESIGON – Companhia Agrícola e Gestão, S.A. AMEIAS SYRAH 2016 Vinho Tinto | Regional Península de Setúbal que se tornou na Online, TEXTO ELOISA SILVA Vinícola de Palmela, S.A. SIVIPA – Sociedade mais recente operadora IMAGEM DR de apostas desportivas à SERRA MÃE RESERVA 2015 cota online no mercado Vinho Tinto | D.O. Palmela SIVIPA – Sociedade Vinícola de Palmela, S.A. português, tem regulado
O
espaço Placard. estado a percorrer o país QUINTA DA INVEJOSA 2016 pt traz a Setúbal, desde dia 14 de junho e Vinho Branco | D.O. Palmela 10Palhoça de julho, a chega à cidade sadina com Filipedia Jorge – CCH festa do desporto rei com ecrã gigante, relvado criaCASA ERMELINDA FREITAS ALICANTE BOUSCHET 2015 a transmissão, em direto, do para o efeito,RESERVA atuações Vinho Tinto | Regional Península de Setúbal do jogo da meia-final do de cheerleaders, futebol Casa Ermelinda Freitas – Vinhos, Lda. campeonato do mundo de Freestyle, e muitas outras futebol no DA espaço Placard. atividades. QUINTA MIMOSA 2015 Vinho Tinto | D.O. Palmela pt bancada instalado no Placard.pt proporciona Casade Ermelinda jardim MonteFreitas Belo. –AVinhos, Lda. uma experiência de jogo iniciativa da SAS Apostas «divertida e carregada de Sociais, Jogos e Apostas emoção, acreditando que
esta é ainda quando sas2015 sociais a que os seus HERDADE DAmaior BARROSINHA RESERVA Vinho Brancoreconhece | Regional Península de Setúbal partilhada», o acionistas se dedicam. Companhia Agrícola da Barrosinha, Como S.A. departamento de comué o caso da Santa nicação da Placard.pt. Por Casa da Misericórdia de VALE DA JUDIA 2017 isso, com Placard.pt Lisboa, Vinho Branco | RegionalBanPenínsula de Setúbal a União das MiseCooperativa Agrícola de Santo Isidroricórdias de Pegões, Portuguesas, CRL cada, Placard.pt «oferece a aos portugueses, de Norte Fundação Montepio GeCAMOLAS GRANDE ESCOLHA VINHA VELHA CASTELÃO 2015 a Sul do país, a oportuniral, a Cáritas Portuguesa e Vinho Tinto | D.O. Palmela dade de viverem a emoção a Associação dos Cegos e Camolas & Matos, Lda. saudável do desporto e Amblíopes de Portugal. CASTELO DEdesportivas, AREZ COLHEITA SELECIONADA 2017obteve a das apostas A sociedade Vinho Branco e | Regional Setúbal do serviço de com amigos conter-Península de licença Sociedade Agrícola da Arcebispa, S.A. râneos, num ambiente regulação e inspeção especialmente criado de jogos do Instituto de QUINTA DO MONTE ALEGRE ALICANTE BOUSCHET 2014 Vinho | Regional de Turismo Setúbal para o Tinto efeito». É issoPenínsula que de Portugal, IP Pereira Unipessoal, Lda.explorar as apostas seFernando espera,Santana também, para para Setúbal, quando Placard.pt desportivas à cota online QUINTA DE CAMARATE 2015 Bancada for| D.O. instalada. «assumindo, de acordo Vinho Tinto Palmela Placard.pt marca José Maria «é da uma Fonseca Vinhos, S.A. com a natureza da sua 100% portuguesa», detida estrutura acionista, uma PALMELÃO 2017 unicamente por entipreocupação social e de Vinho Branco | D.O. Palmela dades nacionais, e «tem jogo responsável, sem Adega Cooperativa de Palmela, CRL um verdadeiro ADN de perder a dimensão lúdica SERRA BRAVA COLHEITA responsabilidade social,SELECCIONADA e profissional que se BOUSCHET & SYRAH 2016 o ALICANTE que a torna ainda mais espera de uma plataforma Vinho Tinto | Regional Península de Setúbal merecedora de confiança e digital de apostas desporHerdade Canal Caveira, Lda. próxima dos portugueses». tivas». Placard.pt apresenassim,2015 como a única QUINTA DA BACALHÔA CABERNETta-se, SAUVIGNON Vinho Tinto | está Regional Península de no Setúbal mercado a combinar Ao apostar a ajudar Bacalhôade – Vinhos de Portugal, S.A. a obtenção de resultados Através Placard.pt com o compromisso pelas é possível continuar a causas sociais. apoiar o conjunto de cau-
Parcela de terreno em Tróia dá lugar a resort de luxo por 20 milhões de euros VALE DOS BARRIS CASTELÃO 2016 Vinho Tinto |Regional Península de Setúbal Adega Cooperativa de Palmela, CRL
ADEGA DE PEGÕES SYRAH 2015 Vinho Tinto | Regional Península de Setúbal Cooperativa Agrícola de Santo Isidro de Pegões, CRL
QUINTA DA AREIA SAFADA CHARDONNAY & VIOSINHO 2016 Vinho Branco | Regional Península de Setúbal Amalur Enoturismo, S.A. QUINTA DO MONTE ALEGRE COLHEITA SELECCIONADA 2015 Vinho Tinto | D.O. Palmela Fernando Santanaum Pereira Unipessoal, Em Lda. causa, segundo a egundo comu-
S
Sonae, «está uma unidade
(CMVM), a Sonae Capital
bruta de construção de
nicado enviado à
CASA DA ERMELINDA FREITAS SYRAH RESERVA 2016 Comissão de Marcacujo plano de pormeVinho Tinto | Regional Península de Setúbal do de ValoresFreitas Mobiliários Casa Ermelinda – Vinhos, Lda. nor estabelece uma área
QUINTA MONTE ALEGRE 2015 36.200 metros quadrados anunciaDO que celebrou um Vinho Tintode | D.O. Palmela de contrato promessa e um máximo de 600 Fernando Santana Pereira Unipessoal, Lda.
compra e venda com a
camas turísticas num
francesa que se SELECCIONADA projeto que ADEGA DE Lagune, PEGÕES COLHEITA 2014assenta no Vinho Tinto | Regional Península de Setúbal constituiu como Lagune desenvolvimento de um Cooperativa de Santo Isidro de Pegões, Resort, CRL Troia a 22 Agrícola de junho último, Luxury elevando que antevê a alienação
a qualidade dos projetos
Tróia como UNOP 3, pelo
comunicado da Sonae à
tização de um resort de
por uma atenção cuidada
PALÁCIO DA BACALHÔA 2014 de uma parcela definida a desenvolver na região». Vinho Tinto | Regional Península de Setúbal no Plano de Pormenor deS.A. Mais uma vez, conclui o Bacalhôa – Vinhos de Portugal, QUINTA DE ALCUBE 2016 CMVM, «a seleção deste valor global de 20RESERVA milhões Vinho Branco | Regional Península de Setúbal de euros, para a concreinvestimento pauta-se João Manuel Gomes Serra QUINTA BREJINHO DA COSTA RESERVA 2015 luxo com 600 camas. à adequação do projeVinho Branco | Regional Península de Setúbal António Figueira Mendes, to à península de Tróia, RESIGON –Companhia Agrícola e Gestão S.A.
presidente da câmara de tendo como referência o Grândola admite tratar-se respeito pelo património BACALHÔA MOSCATEL ROXO DE SETÚBAL SUPERIOR 10 de um projeto «de exceambiental e condições ANOS - 2003 Vinho Generoso | D.O. Moscatel Setúbal do território lência» do Club Med que Roxo de naturais Bacalhôa – Vinhos Portugal,de S.A. e toda envolvência com vai investir 100de milhões euros nesta intervenção a restante península». hoteleira de cinco estrelas. E.S.
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4 | SEMMAIS | SÁBADO | 7 DE JULHO | 2018
2018 | 5 DE MAIO | SÁBADO | SEMMAIS | 9
LOCAL
MOITA
SETÚBAL
Baixa da Banheira continua em festa até domingo para homenagear o padroeiro das terra: S. José Operário. Das novidades, é de destacar, maior quantidade de palcos. Durante os cinco dias de festa, não vai faltar animação, com bailes, espetáculos musicais, com Mónica Sintra, fados, Nélio Pinto, Lucas & Mateus, noite de Dj ’s, entre muitos outros, atividades desportivas, com destaque para o Sunset Ribeirinho, este sábado, pelas 18 horas, tasquinhas de comes e bebes, carrosséis ou a procissão em honra do padroeiro.
O círio de N.ª Sr.ª da Arrábida, a decorrer de 10 a 15, vai a contar com o desfile de embarcações de pesca engalanadas no Sado. As festas incluem um tríduo em honra de N.ª Sr.ª a 10, 11 e 12, às 18h30, com missa, seguida de recitação de Ofício de Vésperas, na Anunciada. No dia 13, na mesma igreja, há missa de sufrágio, às 18h30, seguida, às 21 horas, da procissão de velas. O círio marítimo em honra de N.ª Sr.ª da Arrábida decorre a 14, às 13h30, após concentração na Igreja da Anunciada, seguindo-se procissão em direção à Doca dos Pescadores.
Baixa da Banheira está em festa
BARREIRO
Festival de encontros promove diversidade cultural O 9.º Festival Encontros, que termina este sábado, oferece à população muita diversidade cultural. É composto por três palcos, muita animação, sabores do mundo, artesanato e especiarias, dança, música, cinema e expressão plástica que procuram homenagear e dar a conhecer as várias comunidades de imigrantes que residem no Barreiro. Por lá vão atuar Selma Uamusse, Nice Groove-Batucada Lusófona, Melech Mechaya e Terrakota, entre outros. O evento ocupa um novo espaço da cidade - a rua Stara Zagora -, promete oferecer ao público um mundo de diversidade cultural e partilha.
PALMELA
Município informa sobre direitos do consumidor O Gabinete de Apoio ao Consumidor está, em conjunto com as Comissões Sociais das Freguesias de Palmela, Pinhal Novo e da União das Freguesias de Poceirão/Marateca e com o Centro Social de Quinta do Anjo, a promover sessões de informação sobre direitos do consumidor. “Os Direitos do Consumidor e a Economia Doméstica – Como poupar na alimentação” é o tema destas sessões. As próximas realizam-se a 10 de julho, às 14h30, em Pinhal Novo, e a 31 de julho, às 10 horas, em Quinta do Anjo, e às 14h30, no Espaço Cidadão, em Palmela.
SANTIAGO DO CACÉM
Vigilância na Vacaria e nas Areias Brancas
GRÂNDOLA
Biblioteca nas praias do Carvalhal e de Melides As praias do Carvalhal e de Melides têm até 27 de agosto uma biblioteca, onde são disponibilizados gratuitamente jornais, revistas, livros, literatura infantil, pequenos contos, BD e alguns livros úteis. Os veraneantes podem optar por ler na “esplanada” da biblioteca ou requisitar para leitura no areal da praia os jornais do dia ou escolher entre os 500 títulos disponíveis, que são renovadas quinzenalmente. O município foi um dos primeiros do País a implantar no início dos anos 90 a Biblioteca na Praia, um equipamento desenvolvido para promover os hábitos de leitura à beira mar em tempo de férias.
Bombeiros recebem viatura do município A autarquia doou aos bombeiros uma viatura de socorro, cuja entrega decorreu no último dia das Festas de S. Pedro. A viatura será uma mais-valia para os bombeiros, como explicou o edil Nuno Canta. «Estamos a oferecer uma necessidade da corporação. Este veículo é capaz de entrar nas ruas mais estreitas da cidade e vai estar ao serviço da população para seu socorro e sua segurança». O edil sublinhou a importância da viatura ter sido abençoada num momento em que se «celebra com a paróquia a devoção do povo a S. Pedro».
A Câmara de Santiago do Cacém garante nadadores salvadores para as Praias da Fonte do Cortiço e do Porto das Carretas. O Edil Álvaro Beijinha, explica que «na Praia da Fonte do Cortiço (Areias Brancas) uma zona balnear com Bandeira Azul a câmara tem assumido a colocação e o pagamento dos nadadores». Na Praia do Porto das Carretas (da Vacaria) embora não haja concessão, é a mais próxima da cidade de Vila Nova de Santo André e muito frequentada, principalmente pelos mais jovens, por isso «decidimos colocar vigilância».
Coreto está a ser requalificado A câmara continua a requalificar o coreto do largo Almirante Gago Coutinho, um dos elementos mais emblemáticos da vila. Atualmente muito utilizado para a realização de eventos culturais, este bem patrimonial já apresentava necessidades de intervenção. No seu revestimento interior, as madeiras que estavam degradadas foram substituídas, assim como todas as telhas partidas. Além destes trabalhos, na cobertura interior e exterior, a autarquia vai ainda limpar e pintar todo o coreto. No dia 5, foi melhorada a iluminação pública deste espaço, com substituição de luminárias.
SESIMBRA
Grutas do Frade em destaque na National Geographic Na National Geographic de junho são desvendadas algumas das maravilhas subterrâneas da Arrábida. O lago da Sala dos Tubulares, a Sala Grande, a Sala do Manto e um pormenor do topo de uma “árvore” de cristais do Gour das Árvores, uma das estruturas mais delicadas da Gruta do Frade, são algumas das fotografias, de Francisco Rasteiro, do NECA, que ilustram esta viagem pelas “entranhas” da Arrábida. Não é a primeira vez que estas grutas são motivo de reportagem nesta publicação. Em 2002, também houve destaque sobre as grutas na publicação.
SINES
Campismo alternativo para o FMM
ALCÁCER DO SAL
Mais de 50 mil refeições nas escolas
O município serviu, no ano letivo 2017/18, mais de 50 mil refeições a 486 alunos do 1.º ciclo do básico e do pré-escolar. O investimento ronda os 325 mil euros. «Reconhecendo a importância do fornecimento de refeições equilibradas e racionais a todas as crianças e pretendendo contribuir para que a escola se torne um espaço privilegiado para a educação alimentar e para a promoção da saúde através da alimentação, o município fez esforço financeiro para dotar das condições necessárias de funcionamento os refeitórios a nosso cargo», explica o edil Vítor Proença.
ALCOCHETE MONTIJO
Círio da Arrábida com desfile no Sado
SEIXAL
Artes de rua animam o núcleo antigo As ruas do núcleo urbano antigo, até domingo, acolhem o mais recente projeto de arte urbana promovido do município, o À Babuja – Festival de Street Art. O evento promove pequenas e grandes intervenções em edifícios e espaços públicos, um mercado urbano, animação de rua e concertos ao vivo. Decorrem intervenções em espaços públicos de grande visibilidade, desenvolvidas por artistas convidados e alguns jovens do concelho vão transformar estruturas espalhadas ao longo do passeio ribeirinho, transformando-o numa grande galeria em construção e ao ar livre.
A Câmara está a preparar uma nova área de acampamento alternativo para o FMM - Festival Músicas do Mundo, a disponibilizar já nesta edição. Trata-se de uma área na zona nascente da cidade, a uma distância dos palcos do castelo e da Av.ª Vasco da Gama, que poderá ser facilmente percorrida a pé. A área de acampamento será vedada e estará dividida em três zonas: tendas, tendas ecológicas e veículos. Estará dotado de casas de banho, duches e vigilância. O município está neste momento a realizar trabalhos de limpeza do terreno e colocação de vedação Deverá entrar em funcionamento a 18 de julho.
ALMADA
Centro Comunitário PIA II vence marchas populares A marcha do Centro Comunitário do PIA II foi a grande vencedora das Marchas Populares, cuja final realizou-se a 30 de junho, no pavilhão do Feijó, conquistando também os prémios Avenida, Coreografia e Musicalidade. O 2.º lugar foi atribuído à marcha da Charneca de Caparica, que arrecadou ainda o prémio Figurino. Na 3.ª posição ficou o Beira-Mar. A marcha do Pragal foi distinguida com o prémio Letra e a Rua 15 recebeu o prémio de melhor Cenografia. Concorreram 8 marchas, na sua maioria constituídas por jovens marchantes. 2018 | 7 DE JULHO | SÁBADO | SEMMAIS | 5
CULTURA
2.º ANIVERSÁRIO CELEBRADO COM CONCERTO ÍMPAR DE MAGNETISMO
Coro Voz Setúbal faz “Grande Festa” Apelidado de irreverente, o Coro Voz Setúbal, composto por 45 coralistas e a celebrar 2 anos de atividade regular, continua a surpreender o público com concertos inovadores. TEXTO ANTÓNIO LUIS IMAGEM DR
O
coro Setúbal Voz está a preparar com especial alegria um espetáculo de luz, música e vozes para o Mercado do Livramento, com o nome “A Grande Festa, o qual irá realizar-se no próximo dia 14, a partir das 21h21. O espetáculo, pensado exclusivamente para o Mercado do Livramen-
to, vai apresentar «uma forte ligação da música às artes contemporâneas, com a introdução no próprio espetáculo de uma combinação de vários elementos artísticos», realça o presidente Rui Trindade. Ao ser dedicada aos prazeres do espírito e do corpo, a festa e o concerto vão contar com a participação de artistas de diversas áreas e irá decorrer no maravilhoso espaço do Mercado do Livramento, num ambiente festivo.
«Imagine-se o cenário de o público assistir a um concerto encenado de festa num dos mais belos mercados do mundo e ao mesmo tempo as suas bancas estarem abertas de cor e cheiros parecendo que o Mercado está em funcionamento. Será um espetáculo ímpar de magnetismo», perspetiva o líder do coro. O concerto celebra, também, o 2.º aniversário do coro que durante esta temporada apresentou uma proposta artística
inovadora, em que cada aparição constituiu «um momento surpreendente», tendo feito a estreia mundial de 5 peças e 3 estreias nacionais. De salientar que grandes
compositores nacionais emprestaram a sua qualidade artística ao repertório do Setúbal Voz, e, nessa medida, constitui já «património nacional» as obras originais de Jorge
Salgueiro, Luís Carvalho, Vítor Rua, Hugo Vasco Reis e Miguel Fonseca. Os bilhetes, que custam 15 euros, estão esgotados, restando apenas bilhetes a 10 euros.
Cinema City aposta no conforto, qualidade e envolvimento do público
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er bom cinema, em salas modernas, confortáves e temáticas, só no Cinema City, que já está instalado no Centro Comercial Alegro de Setúbal. A aposta é contribuir para que o cliente possa imergir na experiência, com todos os seus sentidos, rodeado de conforto e qualidade. Segundo o diretor Eyal Edery, todos os cinemas estão dotados de salas temáticas, pois «o nosso posicionamento passa muito pela experiência que queremos dar aos nossos clientes». Assim, existem salas Kids, com decoração para os mais novos, salas Love, para acompanhar
as comédias românticas, e salas Scary, que são o pano de fundo ideal para os filmes de terror. Não podemos esquecer as salas VIP, «o nosso serviço Premium, que oferecem um buffet ao espetador, antes do filme, em poltronas reclináveis em pele», explica o responsável. A empresa aposta no lema, “Mais Cinema, em Todos os Sentidos”, uma vez que «revela muito do que é o nosso trabalho e a relação que queremos desenvolver com o cliente». «Quando o cliente vem ao nosso cinema, não queremos que ele veja apenas o filme, mas que o sinta e se sinta parte dele. Para isso, desenvol-
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vemos vários serviços e construímos os nossos complexos, por forma, a que o cliente possa imergir na experiência, com todos os seus sentidos», vinca. Em termos de vantagens que oferece ao público, o cinema proporciona «conforto e qualidade das salas e dos equipamentos. Depois, o envolvimento de que já falei, a decoração do espaço foi pensada e concebida para que o cliente se aliene da realidade do dia-a-dia e possa entrar num ambiente completamente cinematográfico. Por último, a diversidade da nossa oferta, relativamente a produtos mas também em relação a serviços». No Cinema City não se veem apenas filmes. Nas suas salas o público pode também desfrutar de festas de aniversário, ciclos e mostras de cinema, eventos para empresas, conferências, lançamentos de produtos. Além de Setúbal (CC Alegro), o cinema City está também instalado em Beloura, Campo Pequeno, Leiria, Alfragide (CC Alegro) e Alvalade (ex-cinema Alvalade), num total de 46 salas divididas pelos seis complexos de cinemas. A.L.
Alentejanos vibram com marcha vencedora do Independente
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marcha do Grupo Desportivo Independente, que este ano foi a grande vencedora das marchas populares de Setúbal, sob o tema “Rufam tambores e siga a marcha”, teve honras de desfilar e exibir-se ao público em Cuba do Alentejo, no passado dia 30 de junho, em conjunto com outras 7 marchas. O ensaiador Bruno Frazão realça que a deslocação da marcha a Cuba «é sempre vista por nós com grande entusiasmo. Somos sempre muito bem recebidos, quer pela organização
quer pelo público que está sempre à espera que a marcha de Setúbal faça a sua atuação. É uma daquelas saídas sem a pressão de um júri e que nos corre sempre muito bem». Já o presidente da Junta de Freguesia de cuba, José Machado, sublinha que receber a marcha que venceu em Setúbal é «muito gratificante». Desde 2009 que Cuba proporciona à população o desfile de marchas populares, sempre com grande entusiasmo. «A moldura humana estava muito composta, embora o S. Pedro nos tenha pregado
um susto que ia pondo em risco o desfile. Mas correu tudo bem. Para 2019, prometemos continuar com as marchas». O município setubalense forneceu o transporte e a Junta de Freguesia de Cuba tratou do acolhimento, oferecendo jantar e ceia aos marchantes, ensaiador, madrinha e staff. Paula Coelho e Regina Pinto, técnicas da Divisão da Cultura e do Departamento de Cultura, respetivamente, do município sadino, acompanharam a marcha do GDI a Cuba. A.L.
CULTURA
RAIO
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JOANA LANÇA
«Quero terminar a minha licenciatura em terapia ocupacional»
A fadista Joana Lança, de 20 anos, pertence ao signo Virgem e é setubalense de gema. Este ano venceu o prémio de Melhor Madrinha das Marchas Populares de Setúbal. O seu maior sonho é acabar a licenciatura e integrar-se no mercado de trabalho. POR ANTÓNIO LUÍS IMAGEM SM
Qual o seu maior sonho profissional? Terminar a licenciatura em Terapia Ocupacional e integrar-me no mercado de trabalho na área, mais especificamente na vertente da pediatria. E pessoal? Constituir família e ser feliz.
ALCOCHETE07JULHO21H30 NOITE DE FLAMENCO FORUM CULTURAL
Não perca “Pureza Tablao Flamenco, por João Espiga, que leva o público a uma viagem ao coração da Andaluzia e ao mundo do flamenco através de baile, cante e guitarra.
MONTIJO07JULHO16H00 SINFONIAS EM FESTA TEATRO JOAQUIM D´ALMEIDA
Na reta final do 6.º ano de atividade, a Escola de Artes Sinfonias & Eventos apresenta o espetáculo final de ano, que inclui música e dança com muita arte, alegria e surpresas.
Cidade preferida? Setúbal. Qual o local que gostaria de conhecer e que ainda não visitou? Nova Iorque. Um desejo para 2018? Já foi concretizado: vencer o prémio de Melhor Madrinha das Marchas Populares de Setúbal. Quem convidaria para um jantar a dois? O meu amigo colorido (risos). Quem é o homem mais sexy do Mundo? Lourenço Ortigão. Complete: A minha vida é… Ativa. O que não suporta no sexo oposto? A falta de iniciativa.
Que livro anda a ler ou leu ultimamente? Não gosto de ler. Qual o último filme que viu no cinema? “Perdido em Marte”. Melhor peça de teatro? “ A Fábrica dos Sonhos”, de Bruno Frazão. Melhor música de sempre? “A Chuva”, de Jorge Fernando. Qual a sua maior virtude? Assertiva. E defeito? Muito desorganizada. Como se chama o seu animal de estimação? Leo, um cão. O que levaria para uma ilha deserta? Levava o meu pai, uma vez que eu não ia saber sobreviver sozinha numa ilha. E ele sabe desenrascar-se perante adversidades. Dia ou noite? Dia. O que mais teme na vida? Falta de saúde.
SANTIAGO07JULHO22H00
Comida e bebida preferida? Bacalhau com natas ou à Brás e sumol de laranja.
A quem ofereceria um presente envenenado? A ninguém. Pois costumo dizer muitas vezes que desejo em dobro o que desejam para mim.
AUDITÓRIO ANTÓNIO CHAÍNHO
Qual o seu maior vício? Dormir.
O maior desgosto da sua vida? A morte da minha bisavó.
“O MELHOR DO PIOR”
“O Melhor do Pior” é o mais recente trabalho desenvolvido para os palcos do humorista António Raminhos. Nunca se sabe o que esperar da mente insana deste comediante.
SESIMBRA07JULHO21H30
CINEMA
MOCÊ D´UM CABRÉSTE PARQUE DE QUINTA DO CONDE
O “Hot Summer Weekend” apresenta o espetáculo de stand up comedy, com Môce d´um Cabréste, protagonizado pelo humorista algarvio Dário Guerreiro.
SETÚBAL08JULHO21H00 MISS QUEEN PORTUGAL ARCADAS DA CÂMARA MUNICIPAL
A gala de eleição da Miss Queen Setúbal, que vai representar o distrito no Miss Queen Portugal, realiza-se pelo segundo ano consecutivo.
SEIXAL13JULHO22H00
CONCERTO COM HERMAN JOSÉ FESTAS POPULARES DE ARRENTELA
Integrado nas Festas Populares de Arrentela, que decorrem até ao dia 15 deste mês, o popular cantor Herman José dá um concerto para relembrar os velhos êxitos.
HEREDITÁRIO DATA DE LANÇAMENTO 14/06/2018 NACIONALIDADE ESTADOS UNIDOS GÉNERO DRAMA/HORROR/MISTÉRIO ELENCO TONI COLLETTE, MILLY SHAPIRO, GABRIEL BYRNE REALIZADOR ARI ASTER DURAÇÃO 127 MINUTOS
Quando Ellen, a matriarca da família Graham, morre, a família da sua filha (Toni Collette) começa a desvendar segredos enigmáticos e aterradores sobre os seus antepassados. Quanto mais descobrem, mais se veem emaranhados no sinistro destino que herdaram. O realizador e argumentista Ari Aster conjura uma visão de um pesadelo doméstico que exibe a precisão e técnica de um novo grande autor cinematográfico. Uma tragédia familiar torna-se assim em algo sinistro e profundamente desconcertante, levando o género do terror a novos patamares com esta história sobre o pesadelo de heranças familiares. Não perca esta história macabra e surpreendente em exibição no agradável e confortável cinema City do Alegro de Setúbal.
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ENTREVISTA
FRANCISCO JESUS, PRESIDENTE DA CÂMARA DE SESIMBRA, EM ENTREVISTA EXCLUSIVA
«A nossa estratégia passa por dar coesão territorial e identidade a todas as freguesias do concelho» Francisco Jesus diz ter uma agenda próprio de desenvolvimento para o concelho, embora não deixe de lembrar muitas vezes o trabalho do seu antecessor, Augusto Pólvora, que lhe ‘confiou’ os principais dossiers. Promete fortes investimentos na Quinta do Conde, dar forma e dimensão à marca turística de Sesimbra, reforçar os recursos humanos para zelar pela qualidade de vida dos munícipes e manter os cofres do município de boa saúde. TEXTO RAUL TAVARES IMAGEM CMS
Já é possível fazer um balanço destes primeiros meses de mandato? Gosto de dar uma pequena nota que advém do facto de termos tido um período largo, antes das eleições, com uma certa dificuldade de organização no município e na gestão de alguns dossiers, em função da doença do anterior presidente. Tivemos, pois, um ano e meio de muita dificuldade pelo que aconteceu ao anterior presidente, que era uma pessoa com forte ligação aos projetos estruturantes do concelho. Numa primeira fase, com a doença prolongada, com o avolumar das suas incapacidades e, depois, o falecimento, veio causar vários constrangimentos ao nível do acompanhamento desses processos, quer os que estavam em curso, quer os que estavam previstos em candidaturas. A situação gerou impasses, é isso? Pode falar-se sim num impasse, a dificuldade foi nessa fase assimilar o ponto de situação de todo um conjunto de processos, acrescida de uma dificuldade interna dos serviços que por norma tinham uma relação muito próxima no acompanhamento direto com o presidente. A resolução de alguns destes constrangimentos não se conseguiu fazer até ao final do mandato, pelo que começamos por aí já depois das eleições. Que projetos são esses? No que se refere a execução no terreno, falamos de repavimentações no concelho, dos projetos do novo tribunal, do novo centro de saúde, das candidaturas do PORLISBOA, da conversão do parque da Maçã, que foi um dos últimos projetos que Augusto Pólvora quis acompanhar… Que tem justamente o nome dele e também o seu cunho ao que parece… Sim, ainda nas semanas que antecederam o seu falecimento quis ter o privilégio de visitar a obra para saber o ponto da situação. Mas muitos outros projetos acabaram por se atrasar no quadro dos fundos comunitários, e outras candidaturas próprias do município que acabaram por se protelar no tempo e ainda hoje estamos a implementá-las com as dificuldades inerentes a este impasse. É o caso do novo tribunal, por exemplo? Sim, esse processo ficou de certa forma estagnado, bem como o processo do centro de saúde, em relação ao qual, já neste mandato, tivemos que alterar a localização, de acordo com uma nova avaliação técnica e política, em função do que estava contratualizado com a ARSLVT. E também o processo de requalificação e ampliação da escola Navegador Rodrigo Soromenho. Já estão fechados esses dossiers? Estão os três fechados. O do tribunal está consolidado, é espectável que durante este mês de julho possamos entregar todas as peças para o lançamento do procedimento administrativo e concurso da empreitada. No caso do Centro de Saúde, houve também uma alteração da localização inicialmente prevista e contratualizada com o ministério da Saúde, que era o edifício principal das antigas finanças, no centro da vila, a que se somava uma instalação do ministério, o antigo dispensário, 8 | SEMMAIS | SÁBADO | 7 DE JULHO | 2018
na Rua Amélia Frade. Este projeto tem um contrato de financiamento com o ministério da Saúde de cerca de um milhão de euros. Foi, aliás, uma das situações que tivemos de decidir logo após as eleições porque se concluiu que havia dificuldades em encaixar todo programa previsto para estes dois edifícios e também que toda a intervenção iria alavancar um investimento na ordem dos 1,9 milhões de euros, ou seja, quase o dobro do que era financiado. Nesse caso avança ou não… Foi preciso agir rápido e negociar com a ARSLVT a deslocalização do centro para o Largo do Cruzeiro, um local mais adequado. O projeto está concluído, em termos de estudo prévio e projeto de arquitetura, estando neste momento em fase de elaboração de todas as especialidades. Julgo que no início de 2019 estaremos em condições para avançar com o concurso para a construção. É desta que o concelho vai voltar a ter a unidade de saúde a funcionar 24 horas? Com estas novas instalações, vamos reivindicar que a resposta aos utentes seja de facto bastante melhorada, incluindo o Atendimento Complementar, em termos de recursos humanos e horário de funcionamento. Vamos dispor de três valências muito importantes, nomeadamente uma unidade familiar, que Sesimbra não tem; uma segunda valência para dar resposta aos cerca de três mil utentes da freguesia do Castelo que não têm médico de família, e uma terceira que passa por um atendimento complementar, esperando nós que se possível durante 24 horas, em época alta, tendo em conta o aumento de turistas. Já está tudo esclarecido quanto ao processo do novo hospital do Seixal? Não se trata de esclarecido ou não! Confiamos, como não poderia deixar de ser, nas garantias que nos foram dadas pelo ministro da saúde, de integração de Sesimbra na área de influência direta. Agora, é trabalharmos
em conjunto para que seja uma realidade a construção do hospital, e que os utentes de Sesimbra sejam devidamente salvaguardados, tendo em conta a sua proximidade ao equipamento. Tocou no assunto da falta de médicos de família. Na freguesia de Castelo faltam para 3 mil utentes, e no total do concelho? Muito mais. Na Quinta do Conde, por exemplo, que tem cerca de 30 mil habitantes e apenas consegue dar resposta a 12 mil. Aliás, a Quinta do Conde precisava também de uma nova unidade de saúde e já arrancamos com esta batalha. Do ponto de vista estratégico para o concelho a Quinta do Conde é vital? É fundamental. Tem de ser vista de uma forma diferente das freguesias de Santiago e do Castelo. Estamos a falar num território residencial, muito entroncado nos serviços que não tem. Há um grande esforço financeiro a fazer na freguesia. Diferente do que foi feito inicialmente para a dotar de infra-estruturas. Agora fazem falta equipamentos públicos, nomeadamente ao nível cultural, daí estarem definidos três novos investimentos. Quais são? O auditório cultural com cerca de 200 lugares a edificar em terrenos onde hoje é feita a feira e mercado levante da Quinta do Conde. Um pavilhão multiusos mais para a área económica e um Pólo da biblioteca municipal, com a dimensão necessária para uma freguesia destas. Para além de outros investimentos de fruição coletiva e usufruto da população. Isso é colocar a Freguesia na primeira linha das preocupações do executivo camarário… Não gosto de utilizar essa expressão, diria que a prioridade é que a Quinta do Conde tenha esse sentimento de coesão com o concelho. Estamos a falar de pessoas que residem há pouco tempo, oriundas de todos os lados, do país e do estrangeiro. Daí os elevados índices de abstenção em sucessivas eleições. Há que continuar
ENTREVISTA
o trabalho de se sentirem integrados num concelho que é de todos. Por isso também estamos a fazer um esforço no marketing territorial, que potencie um orgulho de todos pertencermos a este concelho e nos identificarmos com ele. Como se gere esse ‘boom’ populacional quando os recursos humanos são quase os mesmos? Já temos autonomia para contratar. Vamos aumentar esses recursos em cerca de 10%, nomeadamente nessas áreas em que são necessários recursos indiferenciados. Também previmos para este Orçamento verbas no valor de 2 milhões de euros para aquisição de material circulante, sendo que para além desse valor, vamos contrair um empréstimo de 1,2 milhões para reforçar esses equipamentos. O parque automóvel do município estava pesado, obsoleto mesmo. Com isto, queremos no espaço de três anos, ter a Câmara otimizada na gestão de serviços de proximidade, ligada ao ambiente, à limpeza e recolha de lixos e tudo o que está associado à qualidade de vida dos munícipes. Qual é o valor de orçamento municipal e que rácios financeiros destaca? São 53 milhões, a que se juntam cerca de dois milhões do saldo de 2017. No resto, temos uma dívida de curto prazo que está praticamente em zero, são 1,8 milhões, outra a médio e longo prazo que não ultrapassa os 19 milhões de euros. Há uma notória recuperação relativamente ao período recente da crise financeira… Verdade, entre 2010 e 2013 tínhamos uma dívida consolidada de 30 milhões de euros e uma dívida de curto prazo, em especial a fornecedores, de cerca de 10 milhões. Por isso a Câmara foi obrigada a recorrer ao PAEL. Como está esse dossier? Faltam cerca de 9 anos para o pagamento integral da dívida, que foi de 9 milhões. Nos últimos quatro, temos tido uma amortização de cerca de 2 milhões anuais em empréstimos da banca e pagamentos ao PAEL. Perante estes rácios, que capacidade de endividamento o município ainda tem? Temos capacidade para cerca de 12 milhões de euros. Significa que a Câmara está equilibrada do ponto de vista financeiro? Absolutamente, embora não possamos ter grandes oscilações. A receita assenta em cerca de 51 milhões, sendo que mais de 20 milhões provêm do IMI e do IMT, impostos diretos. Nesse caso, não estão previstas mexidas nos impostos… O que posso garantir é que nos próximos anos não haverá aumento de impostos e acho mesmo que temos que trabalhar sempre para tentar diminui-los. Não há nenhum autarca que goste de ter os impostos em taxas mais altas ou que não trabalhe para que eles possam ser reduzidos. Quero perceber a sua estratégia económica para o concelho, julgo que com o turismo à cabeça. A nossa economia tem que assentar no turismo, mas num turismo diferenciado, que aposta na identidade da nossa oferta, com a vila como charneira, potenciando a economia do mar, desde a gastronomia às práticas do mergulho e do lazer, mas também com o turismo da natureza, a partir da Lagoa de Albufeira e da Arrábida. Há também outros segmentos relevantes, como o património natural e cultural. Temos ainda o constrangimento do estacionamento… É um facto, mas está mais mitigado. Hoje a conjuntura é favorável, não só pela proximidade de Lisboa, como pelos investimentos que fizemos no património, tal como a requalificação da Fortaleza de Santiago, do Castelo, e ainda na primeira linha de praia, na marginal, no núcleo histórico. Falta resolver o problema do Cabo Espichel, que será o grande trabalho deste mandato, pois estamos a preparar o projeto para dinamização através do REVIVE. Como se encaixa Sesimbra no ‘chapéu’ Turismo de Lisboa?
Fazemos parte do território e fazemos parte da estratégia. No global, temos o produto Arrábida, mas temos a nossa própria gestão de marca. Nos próximos anos queremos atrair investimentos ligados ao turismo da natureza no eixo Espichel/Meco, que vale até uma sub-marca.
do município. Para se ter uma ideia, tirando as IPSS e as autarquias, o setor privado vale apenas 5 mil empregos no concelho, dados das empresas que estão sedeadas em Sesimbra. Temos que ter capacidade de atrair investimento, criar emprego mais qualificado e combater a sazonalidade.
Vai criar? É espectável. Até lá estamos a trabalhar com os operadores na criação de uma associação de turismo de Sesimbra e a preparar uma candidatura para certificação de Sesimbra como estação náutica capaz de trabalhar a economia do mar em todos os segmentos. Fizemos uma candidatura para sermos um dos cinco lugares de Portugal certificados para o mergulho e integrados numa rede europeia.
O PDM está em processo de revisão, quer apontar algumas nuances? Para já, espero que entre setembro, Outubro possa ir para consulta pública. No essencial está a ser estabilizado, nomeadamente nas questões mais macro. Há muita procura no setor turístico e precisamos ordenar o território, sobretudo no Meco e na zona do Espichel, de modo a ser possível compaginar projetos ligados ao turismo da natureza. Para isto, precisamos rever o Plano Municipal de Florestas Contra Incêndios, que também restringe drasticamente alguma eventual construção.
Sesimbra ainda precisa de camas? Nos próximos anos julgo que passaremos para o dobro das existentes. A reabertura das Villas de Sesimbra, sob a designação de “Mercure Ocean Sesimbra”, da “Sesimbra Shell”, que foi adquirido por um grupo conhecido. Neste caso, também estamos a falar de um parqueamento público para 300 automóveis. Há ainda o “Sesimbra Bay”, em Palames, que está a ser recuperado por um fundo de investimento. Portanto, está tudo a mexer. Podemos dizer que o próximo ano é o da e afirmação da estratégica? Podemos dizer isso. Ao nível do trabalho, dos investimentos e da estratégia. Queremos debater tudo isto com a população e com os privados. A nova marca está a dar uma ajuda, porque precisamos garantir que a população se reveja e tenha a perceção dessa importância, nomeadamente para o nosso turismo. E queremos aproveitar ao máximo os fundos comunitários. O anterior presidente dizia que se “conseguíssemos fazer tudo o que está financiado e previsto entre 2018 e 2021 seria uma revolução muito grande no concelho”. Esse é o caminho sem pensar em eleições. Como estamos de desemprego? Curiosamente, o concelho tem uma taxa de desemprego inferior à da península de Setúbal, mas isso deve-se muito ao facto de muitos residentes trabalharem fora
Como estão as relações com a administração portuária? Apesar das dificuldades de clarificação das competências entre a Docapesca e a APSS, posso dizer que temos boas relações. Mas o setor da pesca tem queixas… Há dificuldades quotidianas e melhorias a fazer, como a atracagem dos barcos, dificuldades de acessos. O que muitas vezes sucede é não se saber quem responde por esses problemas. O que é necessário, na verdade, é criar as melhores condições para que as três atividades essenciais ao porto e a Sesimbra possam desenvolver-se: a pesca, a náutica de recreio e as marítimo-turísticas. O setor da pesca continua em declínio ou nem por isso? Tem vindo a diminuir, mas neste momento até acho que está estável no número de efetivos. Com a crise do imobiliário e da construção civil, houve muita gente que migrou para a pesca. Com o encerramento da Docapesca de Pedrouços, registámos um impacto positivo, já que no último ano fomos a lota com maior número de descargas a nível nacional. Precisamos urgentemente de uma alternativa de acessos, que passa pela construção da variante Porto de Sesimbra – Carrasqueira.
A experiência da Anafre e as memórias do amigo Augusto Pólvora O atual presidente da Câmara de Sesimbra tem uma grande experiência acumulada na Associação Nacional de Freguesias (ANAFRE), da qual foi um dos vice-presidentes. Por isso afirma que tem uma grande escola de «governo de proximidade». Francisco Jesus salienta que essa sua faceta política não deixa de ser «importante para as atuais funções, nomeadamente em relação a legislação, estratégia e visão do poder local». Admite que a aceitação para ser candidato à presidência da câmara foi influenciada pelo «enorme respeito e reconhecimento» que sempre teve por Augusto Pólvora, o seu antecessor, que viria a falecer o ano passado, vítima de doença prolongada e antes de terminar o mandato. «Foi um grande lutador pelo desenvolvimento e afirmação de Sesimbra. E tinha capacidades inigualáveis na gestão do município», afirma o autarca. E lembra um episódio em que, depois de ter aceite o desafio de concorrer à Câmara, «o Augusto Pólvora passou a noite toda a enviar-me projetos, notas e apontamentos sobre um conjunto de matérias que ele próprio saberia que já não iria conseguir acompanhar». O edil de Sesimbra, gaba também a oposição, por reconhecer «haver espaço de diálogo», mesmo no confronto ideológico, porque, sublinha «todos estamos imbuídos no espírito de fazer o melhor pelas populações».
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POLÍTICA
NO BAIXO ALENTEJO PARTIDO SOCIALISTA ELOGIA INVESTIMENTOS PÚBLICOS
Primeiro-ministro aponta linha férrea como exemplo de aposta regional No encerramento das jornadas Parlamentares do Partido Socialista, no Baixo Alentejo, o primeiro-ministro António Costa relembrou os investimentos públicos que estão a ser feitos no país que são essenciais para a competitividade nacional e para o relançamento da economia. TEXTO ROBERTO DORES
‘Estado da nação’ no Fórum Romeu Correia em Almada
IMAGEM DR
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ligação ferroviária a partir do porto de Sines até Espanha é apontada pelo secretário-geral do PS e primeiro-ministro como um dos exemplos da aposta que o Governo está a fazer na região. António Costa falava no encerramento das jornadas parlamentares do Partido Socialista que cruzaram vários concelhos do Baixo Alentejo «Não é por acaso que um dos maiores investimentos públicos que está em curso no país é precisamente a construção da linha de caminho de ferro entre o porto de Sines e o Caia», sublinhou, adjetivando o investimento de «essencial à coesão da região e competitividade do país», insistiu. O tema foi aplaudido com ênfase pelas bases socialistas regionais que encaram a futura linha ferroviária de mercadorias com otimismo, aguardando que se traduza numa inversão na tendência de perda da população que tem marcado os três distritos alentejanos nas últimas décadas, «relançando o crescimento e dinamizando a eco-
nomia», disse o deputado Norberto Patinho. Isto numa altura em que se anunciam vários investimentos estrangeiros para esta zona do país à boleia do porto de Sines, ferrovia e perímetro de regadio de Alqueva, que será ampliado em 2018 para regar mais 50 mil hectares, trazendo água para abastecimento público ao distrito de Setúbal. Em pleno Litoral Alentejano vai ser construído o bloco de rega de Ermidas-Sado, no concelho de Santiago do Cacém, segundo confirmou o ministro da Agricultura,
Florestas e do Desenvolvimento Rural, Capoulas Santos. Numa altura em que já há quem admita transformar algumas áreas da região numa espécie de Califórnia em termos agrícolas, face aos novos investimentos na zona abrangida pela barragem de Alqueva, António Costa recuou à viagem que recentemente realizou aos Estados Unidos para garantir que há, de facto, agricultores da Califórnia a pensar em vir para esta região, em face dos problemas de seca grave com que de depararam
nos últimos anos. «Talvez daqui a dez anos não sejamos a Califórnia, mas a Califórnia está a vir para o Alentejo», disse, justificando que há hoje várias empresas norte americanas que se prepararam para investir na área abrangida por Alqueva, para onde se projeta, por exemplo, a construção de «um dos maiores amendoais da Europa», disse o primeiro-ministro, insistindo na relevância das acessibilidades com ligação marítima e à Europa potenciadas pelo porto de águas de profundas de Sines.
A Federação Distrital de Setúbal do Partido Socialista realizou, em Almada, o primeiro de vários plenários de militantes para auscultar os portugueses e preparar o debate do Estado da Nação, que terá lugar a 13 de julho. Militantes e simpatizantes do partido socialista estiveram reunidos no Fórum Romeu Correia, numa sessão que contou com as presenças da coordenadora dos deputados socialistas, Eurídice Pereira, em representação do presidente da Federação, ausente devido a compromissos governamentais, Porfírio Silva e Pedro Marques, dirigentes nacionais do partido, e Inês de Medeiros, presidente da câmara de Almada que aproveitou para enaltecer a importância do projeto da Margueira e das responsabilidades acrescidas que advêm do processo de descentralização de competências. Enquanto Porfírio Silva se centrou na ligação interna de um governo «que não esqueceu nem ostracizou o partido», Pedro Marques destacou o «sucesso governativo e dos investimentos para o distrito» manifestando «confiança» na aprovação do próximo Orçamento de Estado. Além disso, foram relembradas durante a ação, com a qual se pretende sentir o pulsar dos portugueses, particularmente os militantes e simpatizantes do PS, relativamente à «obra feita», os «mais de 300.000 postos de trabalho criados, a recuperação de rendimentos e aumento de salários e pensões, a descentralização que trará mais recursos e mais competências para as autarquias, o novo hospital do Seixal, o novo terminal do Porto de Sines, ou o maior investimento dos últimos 10 anos na ferrovia», enumerou Pedro Marques. O dirigente nacional do PS destacou a importância da coesão da maioria parlamentar existente, admitindo que «o país não nos perdoaria que não aprovássemos o OE2019. E estou convencido que os restantes partidos pensarão o mesmo», vincou. E.S.
CDS-PP FOI «OUVIR ALMADA» PELA VOZ DAS COMPANHIAS DE TEATRO
A cultura pode ser a chave para um desenvolvimento mais sustentado
O
deputado municipal, António Maco, e a presidente da concelhia de Almada do CDS-PP, Sara Gomes, reuniram com a plataforma cultural de Almada para conhecer as preocupações das pequenas companhias de teatro do concelho. Defendendo que «a cultura em Almada pode ser a chave para o lançamento de um desenvolvimento mais sus-
tentado e encorajador» António Maco reforça a urgência de «encontrar um denominador comum que possa ser benéfico para todas as partes envolvidas na produção de bons espetáculos para o público e que simultaneamente dignifique o profissionalismo dos artistas e da cultura em geral». A plataforma cultural de Almada, constituída por várias entidades ligadas
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às artes da representação e outras formas de expressão de arte no concelho, expuseram aos centristas as suas preocupações, relativamente ao futuro das pequenas companhias locais de teatro, enaltecendo a importância que as mesmas têm no desenvolvimento cultural e artístico para o concelho. Reconhecendo «que o património material e
imaterial, não só, revitaliza e requalifica os espaços comuns como atrai ao mesmo tempo novos públicos à procura de novidades» o deputado municipal e a presidente da concelhia, partilham a opinião de que «é necessário aprofundar e refletir» sobre as questões da arte e da cultura, a bem da prossecução do trabalho das companhias locais. E.S.
DESPORTO
A ATLETA RESIDE EM FERNÃO FERRO E PROVÉM DE UMA FAMÍLIA DE DESPORTISTAS
Bruna Henriques, campeã mundial de Kumitê, quer conquistar a Europa Com um percurso ligado às artes marciais, à ginástica e ao surf, é no karaté que a jovem atleta de 16 anos tem revelado maior apetência para as medalhas. É campeã mundial de Kumitê e já está a treinar para levar o Sporting Clube de Portugal ao pódio dos europeus em outubro. TEXTO ELOÍSA SILVA IMAGEM DR
A
delicadeza e timidez de Bruna Henriques não revelam, num primeiro olhar, a «força, agilidade, perspicácia e determinação» de uma jovem de 16 anos que já soma várias medalhas de 1.º, 2º e 3º lugares, em dez anos de participação em campeonatos nacionais e internacionais. A jovem, nascida em Almada, mas com residência em Fernão Ferro, nunca saiu do distrito de Setúbal, mas rapidamente se destacou nos clubes por onde passou, como o CDR Cavaquinhas. Foi nesta coletividade do Seixal que o Sporting Clube de Portugal descobriu
Bruna Henriques e não mais abdicou da promissora atleta. Bruna começou «numa coletividade em Fernão Ferro, onde aperfeiçoei o estilo Goju-Ryu, e mais tarde fui para o Seixal, para o CDR Cavaquinhas onde descobri o Shotokan. Foi quando praticava aqui que fui convidada a representar o Sporting Clube de Portugal com o mestre Nuno Paiva», lembra. Com um percurso repleto de medalhas, a jovem assume que «não se deixa deslumbrar» e não descura os estudos. A iniciar uma nova etapa formativa, o ensino secundário, Bruna conta com o apoio «imprescindível» da mãe, antiga professora de fitness, e com a «compreensão e motivação do
mestre, e de todos os colegas do clube», que a vão incentivando a progredir no desporto e na escola em simultâneo. Em tempo de férias escolares Bruna Henriques, como todas as jovens da sua idade, divide o seu tempo entre a praia e os treinos de karaté, particularmente em kata e Kumitê, estilos com os quais «já foi campeã nacional várias épocas tanto em provas individuais como por equipas», reforça. Desde há dois anos, a Bruno já só executa Kumitê. Na última época participou nos Opens de Lisboa e Faro, tendo ficado em 2.º lugar na prova da capital e em 1.º no Algarve. No campeonato nacional garantiu o 3.º lugar individual e o 1.º por equipas e, mais recentemente, em
junho, segurou a bandeira portuguesa mais alto que as adversárias ao sagrar-se campeã mundial em Kumitê, na categoria de cadete, no campeonato da WUKF na Escócia. Consciente que «o seu caminho ainda está a começar a ser traçado», Bruna prepara-se para brilhar em outubro, com o símbolo leonino ao peito, no campeonato da europa de WUKF que vai ter lugar em Malta. «Vou dar o meu melhor para deixar orgulhosas as pessoas que acreditam em mim e que me apoiam, particularmente o mestre Nuno Paiva e a família, que é de desportistas». O pai de Bruna foi jogador de futebol profissional, o irmão é jogador de futebol e a irmã faz ginástica acrobática.
VELEJADORES EUROPEUS RENDIDOS A SESIMBRA
V. SETÚBAL ORGANIZA TORNEIO INTERNACIONAL DO SADO
Campeonato de Vela em Juniores decorre até quarta feira
«Este torneio promove Setúbal fora do concelho e aproxima ainda mais o clube à cidade»
U
ma iniciativa «que os mais pequenos nunca mais esquecerão», garante António Júlio Cruz, presidente do Clube Naval de Sesimbra que organiza, pela primeira vez, o campeonato da europa de Vela em juniores nas categorias de 420 e 470 que, no ano passado se realizou em Itália. O Clube Naval de Sesimbra também participa na competição com 4 embarcações e oito atletas. Na receção às comitivas dos 20 países participantes, o dirigente admitiu, pelo entusiasmo dos mais de 400 velejadores, «ser este um impulso necessário para dar continuidade à atividade». Além de que, «entusiasma a comunidade local e ficará para sem-
pre na memória dos mais pequenos» que, segundo António Júlio Cruz, manifestam já muita curiosidade sobre a modalidade e a prova é de que a vela é uma das atividades de mar mais procuradas no Clube de Sesimbra. Neste campeonato europeu de juniores, com três regatas por dia, participam jovens com idades compreendidas entre os 16 e os 21 anos, na classe 420, enquanto que na classe 470 competem jovens adultos entre os 20 e os 24 anos. No total são 200 embarcações em prova até quarta feira, dia em que decorre, na Fortaleza de Santiago, às 20h00, a cerimónia de encerramento da prova. Para o Clube Naval de
Sesimbra a organização deste evento, em parceria com a Federação Portuguesa de Vela e a Associação Internacional da Classe 420 e da Classe 470, representa «o reconhecimento das condições ímpares da baía de Sesimbra para a realização de atividades de mar e dinamiza muito a economia» como fez questão de realçar Francisco Jesus, presidente da câmara de Sesimbra que, também, apoia a realização da prova. Do lado dos velejadores, os melhores da europa, os elogios à organização da prova e a Sesimbra são uma constante por dispor de «condições únicas», ter «pessoas muito acolhedoras», e ser «um dos locais mais bonitos do país». Também um dos júris da competição, que decorre até quarta feira, enalteceu, durante a semana, que «pelas características únicas, Sesimbra tem tudo para proporcionar a estes jovens uma experiência inesquecível». E.S.
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V. Setúbal apresentou, no dia 30, na Casa da Baía, a 1.ª edição do Torneio Internacional do Sado, que conta com as participações, além da equipa anfitriã, do Benfica e dos sérvios Napredak. A prova decorre em formato de torneio triangular, com todas as equipas a disputar partidas entre si. A edil Dores Meira, presente na sessão de apresentação, juntamente com o vereador do Desporto, Pedro Pinta, destacou que a prova é o tipo de evento de prestígio que contribui para «a promoção de Setúbal fora do território do concelho». O presidente do Vitória e da SAD, Vítor Hugo Valente, garantiu que este é apenas o primeiro ano de um troféu que contará certamente com várias edições, sendo que, para o futuro, há o desejo de
alargar o número de clubes participantes. Os jogos decorrem sempre no estádio do Bonfim, com a partida inaugural agendada para dia 10, às 19 horas, entre o Benfica e o Napredak. O Vitória estreia-se no dia 11, às 21 horas, frente à formação sérvia, enquanto o último jogo da prova, que opõe os sadinos ao Benfica, tem início às 20h30 do dia 13. Os bilhetes custam 10 euros por jogo, com os sócios do Vitória a terem acesso, em exclusivo, a todos os lugares da bancada poente do estádio do Bonfim. O torneio é transmitido pela BenficaTV que, no âmbito da prova, vai também passar uma reportagem sobre Setúbal. O Torneio Internacional do Sado visa fomentar, ainda mais, a aproximação do concelho e da
população ao clube. «Aproximar ainda mais o clube à cidade, aos setubalenses e aos vitorianos, é outro dos objetivos desta iniciativa. Estamos plenamente de acordo e inteiramente disponíveis, como sempre o estivemos, para continuar a apoiar o clube neste grande desígnio que é, talvez, o mais importante: o de ter a participação ativa dos seus associados, mas também de todos aqueles que, mesmo não sendo associados, vibram com este grande clube», sublinhou a autarca. No dia 9, às 15 horas, no Parque do Bonfim, é inaugurado o Pasmadinho, de Maria Pó, intitulado “Vitoriano”, e às 21h30, na Praça de Bocage, tem lugar a apresentação oficial do plantel e do novo equipamento do Vitória para a nova época. A.L
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NEGÓCIOS
OS PEDIDOS DE LICENCIAMENTO AUMENTARAM SUBSTANCIALMENTE
Região vai receber quatro centrais solares até 2021 Até 2021 deverão nascer no distrito de Setúbal quatro novas centrais solares fotovoltaicas com licença para um total de 49 megawatts. O governo já aprovou os projetos em regime de mercado. Ou seja, sem direito a tarifas subsidiadas. TEXTO ROBERTO DORES IMAGEM DR
J
á tinham sido notícia os interesses nacionais e internacionais no sol da região, com vista à criação de novas centrais, com preferência para a zona mais a sul do país. E até 2021 vai ser construídas quatro novas centrais solares. Na lista da região estão os investimentos previstos para Casa Nova, em Santiago do Cacém, no valor de 10 milhões de euros em
25,5 hectares, apontando para a instalação de 45 mil painéis solares, enquanto Vale Matanças aguarda pela Warwick Portugal, que vai erguer a Central Solar do Sado. Grândola recebe, a Central Solar dos Barros, da Teclavertente, um projeto com 132.200 painéis fotovoltaicos, e em Morgavel (Sines) a Solarango viu o Governo aprovar a atribuição da licença de produção à central solar em regime de mercado, com uma potência de cerca de 45 megawatt (MW), num investimento previsto
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Tinto “Terras do Sado” da Sivipa conquista troféu em Londres
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de 25 milhões de euros. De acordo com o gabinete do secretário de Estado da Energia, Jorge Seguro Sanches, a ligação desta central à rede elétrica de serviço público implica a construção de uma linha e um painel de linha, cujos custos serão suportados pelo promotor. A Direção Geral de Energia e Geologia assume que os pedidos de licenciamento têm aumentado ao longo dos últimos tempos, com os investidores à procura de lucrarem com o sol da região, naquela
que já é considerada a terceira vaga das energias renováveis, depois das centrais hídricas e dos parques eólicos, que mudaram a paisagem. Além dos 49 MW que para o distrito de Setúbal chegarão até 2021, haverá já mais interessados para 2024 e 2025, estando o Governo a ponderar antecipar esse investimento com a aprovação dos novos planos da Rede Elétrica Nacional que estavam em consulta pública na Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos.
excelência dos vinhos Sivipa, de Palmela, foi, de novo, reconhecida em Londres, conquistando o mais importante troféu do Sommelier Wine Awards (SWA), a única competição dedicada exclusivamente ao on-trade, que premia os melhores vinhos para restaurantes, pubs, bares e hotéis. A Sivipa brilhou ao conquistar o mais cobiçado prémio, o “House Wine of the Year”, com o “Terras do Sado” tinto 2017, eleito pelo seu «caráter, valor e excelência». Este tinto da Península de Setúbal já fora premiado com a medalha de prata, no Vinalies Internationales, e ouro do SWA. O SWA é a «única com-
petição» dedicada exclusivamente ao on-trade, que premia os melhores vinhos disponíveis para restaurantes, bares e hotéis no Reino Unido e no mundo. «O Júri reúne mais de 150 dos principais sommeliers e compradores de vinhos do comércio no Reino Unido sector, fazendo dos resultados do SWA uma ferramenta altamente prática para ajudar a escolher vinhos no canal HORECA», explica Filipe Cardoso, da empresa. De recordar que no ano passado, os moscatéis Sivipa foram premiados no SWA, obtendo uma medalha de ouro e outra de prata, para os moscatéis roxo 2011 e roxo superior 10 anos. A.L.
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OPINIÃO
EDITORIAL RAUL TAVARES DIRETOR
Dêem descanso à Madonna
E
stá meio mundo entretido a desancar no presidente
da Câmara de Lisboa, porque este tratou de arranjar um espaço para as muitas viaturas de Madona, que escolheu o centro da capital para morar, e do seu séquito. Trata-se de um ‘fait-diver’, na verdade, mas chateia. E chateia por muitas razões. Em primeiro lugar a cantora, que não uma qualquer, está hoje a contribuir para a não desertificação da baixa lisboeta. Não veio construir um hotel, não está a gerir uma guest-house. Veio para cá viver e, pelo vistos, não apenas temporariamente. Não andamos a carpir mágoas pelo êxodo que se regista na Madragoa, em Alfama, em tudo o que é centro histórico da capital e do país? Depois, segundo as informações do município, a zona que estamos a falar está à espera de requalificação e não será por este aluguer que a sua regeneração fica suspensa. Mas, sobretudo, o que mais incomoda é este nosso fandango de dizer mal de tudo e de mais alguma coisa. Não vem mal ao mundo, muito menos aquela zona e aos seus moradores, que as viaturas de Madona possam ter estacionamento pago (e pelo menos carote). Ela paga, satisfaz-se e vai por cá ficando. Que venham mais, que traguem os filhos para jogar no Benfica, no Sporting e até no Vitória de Setúbal. Que sejam felizes e honrem o país, cá dentro e lá fora.
Parabéns António Vitorino
A
ntónio Vitorino será o próximo diretor-geral da Organização Internacional para as Migrações (OIM). Após um processo de propositura, longo e trabalhoso, em que é usual neste tipo de organizações alguns candidatos vão ficando pelo caminho, acabou por vencer um ato eleitoral renhido, a todos os títulos terminando com o aplauso e reconhecimento unânime do seu valor e prestígio. A diplomacia portuguesa está mais uma vez de parabéns, pelo trabalho desenvolvido e pela escolha certa de um candidato com o perfil adequado a um alto cargo internacional. Um cargo exigente nos tempos que correm, dados os desafios que se colocam a um mundo cada vez mais desigual, em que se cava o fosso entre os mais ricos e a pobreza extrema de grande parte da humanidade. Num mundo próximo, cada vez mais global, a migração das populações acossadas pela guerra ou vivendo em condições sub-humanas torna-se mais numerosa, mais frequente e mais intensa, colocando graves problemas aos países de acolhimento e a uma gestão necessária desses fluxos
migratórios à escala global, tantas vezes inesperados e pouco previsíveis. António Vitorino, um dos políticos mais inteligentes e mais experientes da sua geração, tantas vezes desejado para retornar à vida política nacional, desafiado em inúmeras situações pelo seu Partido Socialista, nunca cedeu a essa tentação para desagrado de muitos. Tem o mérito de ter um currículo único, nele despontando ter sido um dos mais jovens membros de governo (Secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, entre 1983-85), Ministro da Presidência e da Defesa em 1995/97, Comissário Europeu da Justiça e Assuntos Internos, entre 1999 e 2004, para além de ter sido de deputado no parlamento português e no Parlamento Europeu em 1994/95 e Juiz do Tribunal Constitucional, de 1989 a 1994. Escrevo estas linhas com especial satisfação. Por um lado, como português, porque as acho necessárias e apropriadas a um momento em que precisamos de bons exemplos que nos galvanizem como povo que merece o reconhecimento dos seus no panorama político internacional
A VERDADE DAS COISAS SIMPLES JOSÉ ANTÓNIO CONTRADANÇAS ECONOMISTA
e os distingue pelo seu mérito e os escolhe para a liderança de organizações importantes à escala mundial. Por outro, porque sendo amigo de António Vitorino quero realçar o que vai para além das condições inerentes à sua competência, experiência e conhecimento, distinguindo-se pelo seu humanismo, pela sua franqueza, simplicidade e, porque não (?) pela boa disposição que lhe é característica. Nos tempos idos de 1995, quando da campanha eleitoral para as legislativas que viriam a ser ganhas pelos socialistas, foi cabeça de lista pelo círculo eleitoral de Setúbal, onde obteve o melhor resultado de sempre para o PS. Fiz parte dos elementos efetivos dessa lista e foi nesses momentos que estabelecemos um conhecimento mais aproximado e começámos a construir uma amizade, fruto
de alguns aspetos comuns nas nossas vidas. A partir daí nunca mais perdemos o contacto, sempre se mostrando atento e me ajudando, até mesmo num dos momentos mais difíceis em que alguns duvidaram da minha inocência em processo macabro em que fui envolvido. Não há muito tempo jantámos, eu desfrutando da sua bonomia e ele, como que tendo um momento diferente na sua vida tão ocupada, deliciando-se com um bom repasto e um tinto de eleição. É nestes momentos que devemos por de lado as nossas diferenças, a inveja miudinha que dizem ser nosso mal e devemos sentir-nos orgulhosos por sermos portugueses. Afinal é um dos nossos, o escolhido pela elite mundial para liderar os destinos de uma organização tão necessária na sua ação nos tempos que correm.
O Hospital no Seixal tem mesmo de avançar
A
construção do Hospital Garcia de Orta em Almada, a partir de 1991, foi uma mais-valia para os nossos territórios e populações, mas rapidamente se concluiu que a sua capacidade de resposta não seria suficiente para o crescimento populacional da sua área de influência. Assim, 11 anos depois, já em 2002, o Plano Diretor Regional dos Equipamentos de Saúde, da responsabilidade da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARS-LVT), conclui pela necessidade de se construir um “novo hospital na área de Amora/Seixal, para colmatar as insuficiências da capacidade de resposta do Hospital Garcia de Orta”, com 312 camas. Foi nesse contexto que as populações se organizaram em conjunto com o Poder Local Democrático e se lançou este processo de luta pela construção de uma resposta hospitalar no Concelho. Foram muitas as iniciativas realizadas pelas comissões de utentes de saúde, órgãos autárquicos e Plataforma Juntos pelo Hospital: o Cordão Humano em torno da Baía do Seixal, o Hospital de Campanha, o Natal do Hospital no Seixal ou a Campanha 1 Voto pelo Hospital no Seixal, que
agora culminou com a entrega de 40 mil votos pelo Hospital no Seixal, entre muitas outras. Em 2009, aquando da assinatura do Acordo Estratégico de Colaboração para a Construção do Hospital no Seixal, muitos de nós acreditámos que era desta que o Hospital ia avançar. Não baixámos os braços, e fomos novamente à luta. Mais abaixo-assinados, uma petição com mais de 8.000 assinaturas pela sua construção, que foi aprovada por maioria na Assembleia da República em Dezembro de 2015 e que mandatava o Governo a construir de forma urgente o Hospital no Seixal. Prosseguimos a luta, e no Orçamento do Estado para 2017 veio finalmente contemplada uma verba para o lançamento do concurso público para o projeto de arquitetura e especialidades técnicas para a construção desta unidade. No dia 29 de Junho a Câmara Municipal do Seixal assinou com o Ministro do Saúde uma adenda ao Acordo Estratégico de Colaboração para Lançamento do Novo Hospital Localizado no Seixal celebrado em 26 de agosto de 2009, entre o Governo e a Câmara Municipal do Seixal. Acreditamos que desta vez vai
SIGA O NOSSO CONCELHO JOAQUIM SANTOS PRESIDENTE DA C.M. DO SEIXAL
mesmo avançar. Mas lá diz o ditado popular: gato escaldado de água fria tem medo… Embora consideremos que este será um avanço no processo de construção do Hospital, não podemos deixar de demonstrar algumas reservas em relação ao novo acordo, uma vez que na actual proposta não estão contempladas algumas questões que estavam assumidas no acordo inicial e que consideramos fundamentais, tais como a existência de camas para cuidados paliativos. Também a redução de várias especialidades no actual acordo é um factor de preocupação, pois todas as áreas da medicina são fundamentais para a saúde da população, ainda para mais tendo em conta as necessidades hospitalares da região, onde se verifica que o número de camas hospitalares e médicos é claramente inferior à média nacional. Importa ainda referir que nesta nova configuração, a Câmara
Municipal do Seixal irá aumentar consideravelmente as suas responsabilidades financeiras na construção do Hospital no Seixal, nomeadamente com a assumpção dos custos dos projectos e obras dos acessos e infra-estruturas exteriores até ao perímetro do terreno do Hospital. Não obstante estas nossas preocupações, e tendo em consideração a importância da construção urgente deste equipamento essencial para o reforço dos cuidados de saúde prestados à população, e também que a unidade hospitalar a construir no Concelho do Seixal será modular e terá capacidade de expansão, a Câmara Municipal do Seixal tudo fará para que Hospital do Seixal seja construído no mais curto espaço de tempo. Embora estejamos confiantes no avanço deste processo, também estamos certos que a luta continua até à abertura das portas do Hospital do Seixal.
Diretor Raul Tavares | Redação Anabela Ventura, António Luís, Bernardo Lourenço, Cristina Martins, Eloísa Silva, Marta David, Rita Perdigão, Roberto Dores | Departamento Comercial Cristina Almeida – coordenação | Direção de arte e design de comunicação DDLX – www.ddlx.pt | Serviços Administrativos e Financeiros Mila Oliveira | Distribuição José Ricardo e Carlos Lóio | Propriedade e Editor Maiscom, Lda; NIPC 506 806 537 | Concessão Produto Maiscom, Lda NIPC 506 806 537 | Redação: Largo José Joaquim Cabecinha nº8-D, (traseiras da Av. Bento Jesus Caraça) 2910-564 Setúbal. E-mail: redaccao.semmais@ mediasado.pt; publicidade.semmais@mediasado.pt; Semmaisjornal@gmail.com. | Telefone: 93 53 88 102 | Impressão: Empresa Gráfica Funchalense, SA. Rua Capela Nossa Senhora Conceição, 50 – Moralena 2715-029 – Pêro Pinheiro. Tiragem: 45.000 (média semanal). Distribuição: VASP e Maiscom, Lda. Reg. ICS: 123090. Depósito Legal; 123227/98
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anuel Neves Nunes de Almeida nasceu na Freguesia de S. Sebastião da Pedreira (Lisboa), em 10 de Dezembro de 1854, filho de Manuel Nunes de Almeida e de Francisca de Jesus de Almeida. A sua morte ocorreu em Setúbal, no dia 9 de Maio de 1921. A sua carreira de professor, na região de Setúbal, iniciou-se, em 1884, no concelho de Aldeia Galega do Ribatejo (hoje, Montijo). Pela documentação apresentada aquando do concurso, ficámos a saber que antes tinha sido professor do ensino primário e secundário, na Escola Ocidental de Lisboa, com as seguintes habilitações: Português (curso completo), Francês, Aritmética Prática, Desenho Linear e Ornato (curso completo), Caligrafia, Gramática Latina, Latinidade, Geografia e História (curso completo), Filosofia (1ª parte) e Teologia (1º e 2º ano). Foi nomeado professor da Escola Municipal de Aldeia Galega, criada em 1882, em sessão de Câma-
ra de 6 de Maio de 1884 e tomou posse no dia 11 do mesmo mês e ano. Viria a exercer estas funções até 30 de Setembro de 1902. Por um decreto de 10 de Outubro de 1901, publicado no Diário do Governo de 19 de Outubro de 1901, foi nomeado director e professor efectivo da Escola Municipal Secundária de Setúbal, tendo tomado posse em Outubro de 1902. Em 1905, foi nomeado reitor do Liceu Nacional de Bocage, cargo que exerceu até à sua reforma, no ano de 1919. Poucos foram os testemunhos documentais encontrados da sua passagem pelo Liceu de Setúbal. Pude, apenas, consultar, há uns anos, alguns livros que lhe pertenceram, com a sua assinatura, nas folhas iniciais, na biblioteca da Escola Secundária do Bocage, sucessora do antigo Liceu Nacional Também na Biblioteca Nacional de Portugal encontrámos um códice inédito que se refere ao reitor do Liceu Nacional. Da au-
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ACTUALIDADES FRANCISCO CORREIA HISTORIADOR
toria de Carlos Hidalgo Gomes de Loureiro, antigo Presidente da Câmara Municipal do Montijo e antigo aluno do Liceu Nacional de Setúbal, a obra inédita Palmela e a Ordem de S. Tiago, refere-se à homenagem que foi feita, no ano de 1935, a Manuel Neves Nunes de Almeida. São suas as palavras, neste mesmo códice, referindo-se à inauguração do retrato: “daquele que foi nosso saudoso reitor Sr. Manuel Neves Nunes de Almeida – o nosso pai buxa – a quem tantos de nós devemos o ganhar o ano lectivo” (Biblioteca Nacional de Portugal, COD 10500, fl. 98). A homenagem era dirigida aos 2 primeiros reitores do Liceu Nacional, Manuel Neves Nunes de Almeida e Francisco Cordei-
ro, e foi levada a cabo em 28 de Janeiro de 1935, na aula de Geografia da Escola Industrial “João Vaz”, por um grupo de ex-alunos desta Escola, e teve direito a notícia na página 3 do jornal O Setubalense de 29 de Janeiro do mesmo ano de 1935. Nela é referido que, depois da intervenção de Joaquim Ferreira de Sousa, director da mesma Escola e antigo aluno do liceu de Manuel Neves Nunes de Almeida, seguiu-se a referida cerimónia de inauguração de retratos. E à neta de Manuel Neves Nunes de Almeida, Esperança de Almeida de Abreu, filha do Dr. Galeano de Abreu e de sua filha, D. Maria Esperança Soeiro de Almeida, coube a honra do descerramento do retrato do avô.
TURISMO SEMMAIS
À PARTE
JORGE HUMBERTO SILVA COLABORADOR
LEVI MARTINS DIRETOR DA COMPANHIA MASCARENHAS-MARTINS
O Achómetro cho logo existo. Este parece ser um dos princípios basilares dos nossos dias. Pobres dias. Com pobres opiniões. Palpites. Achamentos. De nada e do vazio. Um mundo de comentários que nada comentam. A vã pretensão de tudo saber a qualquer hora do santo dia. No hoje de agora existe tanta informação. Estatísticas várias e estudos diversos. Compilações e diagnósticos. Mas nada disto se compara com o omnipresente “acho”. As portuguesas e os portugueses, privilegiados de entre os povos do mundo, nascem com um órgão único: o achómetro. Este tal de achómetro faz com que não precisemos de estudar ou refletir. Para quê o trabalho? Temos o achómetro que sobre tudo sabe e a tudo responde. Com a rapidez de Usain Bolt e a precisão de Bruce Lee. Um instantâneo e súbito raio de conhecimento num mundo feito de complexidades. Para o qual ninguém parece ter paciência. Vagueiem pelas ruas, entrem nos cafés, atravessem os parques e, se estiverem atentos, ouvirão distintamente o som do achómetro. Um som áspero quase sussurro quase queixa. A meio caminho entre a claridade e a escuridão. Normalmente começa com a palavra “eles”. “Eles isto” e “ eles aquilo”. Os “ eles” são as personagens favoritas do achómetro. Eles acham; nós achamos. E pronto. Temos lei e certeza. Mais preciso do que o “eles” só o
FIO DE PRUMO
O 1º Reitor do Antigo Liceu Nacional de Setúbal
Realidade virtual “ouvi dizer”. Outra instituição. Talvez, nestes tempos de poupanças e dificuldades, possamos acabar com o INE. Extinguíamos essa instituição que só produz inutilidades, páginas e volumes de estatísticas chatas e maçadoras, e usávamos o achómetro como base das nossas decisões. De qualquer modo já o fazemos. Por isso não temos nada a perder. Apenas a ganhar (e a poupar). Opiniões vão e vêm. O achómetro, esse, veio para ficar. Assumamos a “coisa” e deixemo-nos de tretas complicadas. A sabedoria tem uma aura. E essa aura nada mais é do que múltiplos “achos”. E de achado em achado chegaremos à vitória final. Aquela que todos sabemos qual é não fossem os “malditos políticos” que tudo fazem para nos baralhar. Não fosse o achómetro e então aí estávamos mesmo perdidos. Irremediavelmente perdidos. Agora que está a chegar a próxima época de incêndios, que aliás todos os “achos” do reino já previram com a erudição das mentes achadas, chegou o momento de aplicar o achómetro ao problema. Outra vez. Depois de 100 opiniões e 1000 “achos” deixemos então o achómetro funcionar. E decidir. Depois quaisquer que sejam os resultados permitam que os “achos” sejam de novo ouvidos. Tal e qual. Esperemos o melhor. Façamos tudo (como sempre) pelo pior. “E assim vai Portugal. Uns vão bem e outros mal”.
JORGE SANTOS JORNALISTA
OPINIÃO
A
maneira como experienciamos o real já não é o que era. Faço parte dessa geração millennial, que acompanhou o desenvolvimento da tecnologia – dos primeiros telemóveis às redes sociais – e teve oportunidade de viver diferentes tipos de relação com a realidade e com os outros. É claro que, num certo sentido, o que é virtual também é real, mas existem diferenças entre a representação da realidade e a própria realidade. O desenrolar desta separação entre virtual e real permitiu à política chegar a um ponto em que o virtual é mais importante que o real. É como se a relação de confiança se tivesse invertido, e a maioria da população acreditasse mais no que lhe aparece enquanto discurso ou imagem, do que aquilo que, na relação com a matéria, pode verificar. A quantas discussões virtuais intermináveis não temos assistido sobre a existência, ou não, de um ou outro problema nas nossas cidades? A verificação do real, para confirmar ou infirmar seja o que for, tornou-se inoperante. O problema pode estar lá, pode ter uma existência de facto. No entanto, quem não está disponível para transpor esse mesmo problema para a sua representação virtual dá um salto lógico e, voilá, não existe problema. Se não existe representação do problema, não existe problema; se não o reconhecemos como real através do
mundo virtual em que nos movemos, mesmo que exista no mundo real, palpável, é como se não existisse. É difícil conseguirmos desligar-nos das informações contraditórias que nos são propostas nessa virtualidade e termos novamente acesso ao real, ao que lá está, ao que nos interpela pela sua evidência bruta, cortante. O confronto com o real é indesejável porque não nos dá tréguas. Quanto uma evidência é inegável, ou estamos disponíveis para a reconhecer, ou então a única solução consiste em permitirmo-nos quebrar o vínculo com a realidade material. E esta é a escolha que temos vindo a fazer enquanto sociedade. Existir na realidade virtual é menos doloroso, porque a conseguimos sempre moldar à medida dos nossos desejos. A realidade de facto, essa, não se deixa moldar tão facilmente. A História assim o revela. Todas as tentativas que são feitas para reescrever o passado acabaram, quase sempre, por sair goradas. Pode levar tempo, mas os factos – aquilo que verdadeiramente acontece – têm uma teimosa tendência para sobreviver. Cada um de nós pode (deve?), enquanto cidadão, adoptar uma posição em relação a esta fractura entre real e virtual. Se não o fizermos, podemos vir a ficar reféns de uma ficção permanente, fechados para sempre nessa virtualidade real em que o que parece é, e em que o que é não existe.
Números
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omos constantemente bombardeados com números e nada podemos fazer contra isso, mesmo que muitas vezes os que nos apresentam sejam bastante preocupantes. Nos primeiros dias de vida começa logo a “agressão” e o que nos vale é que não entendemos quando, à nossa volta, toda a gente diz que “o bebé já tem sete dias”, “tão giro e já tem três meses” ou, olha como já está crescido e já vai para a escola”. Até aqui tudo bem, mas após as primeiras aulas lá começa a algazarra pois o valor das classificações escolares precisa ter valores mais elevados “se quiseres ser um homenzinho”. Surge de imediato outra preocupação pois as vagas para a universidade é-nos “atirada” com um número que para ser conseguido pelo aluno este teve de ter tido em atenção que a classificação que avalia a sua dedicação é também revelada por um número alto. Na vida académica lá está o número à sua espera, quer ele seja o que define o seu grau de sabedoria quer o que lhe é colocado como vaga para o sonhado emprego.
Na vida académica lá está o número à sua espera, quer ele seja o que define o seu grau de sabedoria quer o que lhe é colocado como vaga para o sonhado emprego. Mas ainda mais preocupantes do que estes são os que nos dizem que a dívida pública no nosso País se cifra num sem limite de zeros à direita, como se o mais comum dos cidadãos tivesse alguma coisa a ver com isso, mas que acaba por ser o que mais sofre. Resta-nos ter esperança de que quem tem obrigação de fazer contas, receba a luz suficiente para conseguir que os que muito têm possam ajudar os que apenas conseguem somar um mais um, para que os muitos que de si dependem possam ir somando dias sem sofrimento.
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