Semmais 08 fevereiro 2014

Page 1

Sábado | 08. Fevereiro.2014

Director: Raul Tavares

semanário - edição n.º 797 • 6.ª série - 0,50 € • região de setúbal

www.semmaisjornal.com

Distribuído com o

Negócios Imobiliário alivia tendência de descida

8

Bruno Vitorino acredita em novo ciclo para a região POLÍTICA O novo líder da distrital do PSD, Bruno Vitorino, quer apostar nos novos indicadores económicos para colocar na agenda os desafios da região. Internamente defende um ciclo autárquico preparado a quatro anos.

Local Setúbal pede empréstimo para ‘Quatro Cabeças’

Cultura Toy lança grava novo DVD ao vivo

13

9

Pequenos produtores da região aflitos com facturas

PÁG. 6

Alunos da Amora ‘apanhados’ pela lagarta do pinheiro ACTUAL A processionária, efeitos da lagarta do pinheiro, afectou uma dezena de alunos de uma escola da Amora, que foram hospitalizados. Curiosamente, o Seixal há anos que combate a maleita. PÁG. 4

Concessionários da Costa com prejuízos pedem apoio urgente ACTUAL Os comerciantes com negócios na zona do Polis da Caparica, afectados pelo mau tempo das últimas semanas, querem apoios urgentes. A meio da semana reuniram no areal e preparam luta. PÁG. 5

Os pequenos agricultores que operam nas zonas rurais do distrito, nomeadamente Palmela, Montijo, Alcochete e Litoral Alentejano, não sabem o que fazer à vida,

agora que são obrigados a declarar início de actividade e a passar facturas. Muitos estão a perder rendimentos e querem abandonar as suas produções.

ABERTURA PÁG. 2

Fotos: DR

VENDA INTERDITA


ABERTURA Sábado // 08 . Fev . 2014 // www.semmaisjornal.com 2

Produtores admitem abandonar a actividade por falta de rendimento agravado nos últimos anos

Nem os pequenos agricultores do distrito escapam à factura

DR

Há agricultores do distrito que querem abandonar a actividade. As novas regras de tributação são consideradas o ‘último golpe’. «Não ganhamos para pagar impostos», afirmam os pequenos produtores.

Pequenos produtores são obrigados a abrir actividade e passar factura

Roberto Dores

S Pub.

eja por um quilo de batatas, seja por meio quilo de cebolas, os pequenos agricultores da região vão ser obrigados a passar factura. A controvérsia está instalada e há quem admita abandonar, de vez, a actividade entre os pequenos produtores de Palmela, Montijo, Alcochete e Litoral Alentejano. Mesmo depois de voltar a ser alargado o prazo para que os pequenos e médios agricultores se colectem nas Finanças. «É incompreensível que todos os agricultores de pequena dimensão, como é o caso da maioria aqui no Poceirão, sejam obrigados a declarar início de actividade e a passar factura de todas as transacções», lamenta Álvaro Reis, um dos produtores, que, para já, se vai manter na «expectiva», embora duvide que a maioria das pessoas com actividade comercial neste ramo consiga viabilizar o negócio. Governo vai ‘fichar’ agricultores para os tributar «Somos pessoas com baixos rendimentos, que quase não chegam para pagar a Segurança Social. Como é que querem que consigamos pagar mais impostos», insiste o produtor, alegando que o que está em causa «não é só uma questão de taxar quem quer vender um quilo de batatas, vinho ou cenouras. Isto significa que a Segurança Social vai cair em cima de milhares de agricultores, com contribuições mensais mínimas de 60 a 70 euros. É aqui que está o grande problema» explica. A Confederação Nacional da Agricultura (CNA) defende que o Governo

Quarto adiamento O Ministério das Finanças adiou pela quarta vez o prazo dado aos agricultores para declararem o início de actividade ou comunicarem alterações à mesma. O Governo justificou os adiamentos com as «diversas questões» que a adaptação ao regime geral de IVA tem suscitado junto dos agricultores. A tutela revela, ainda assim, ser significativo o número de pequenos agricultores que já procedeu à entrega das respectivas declarações, sem especificar quantos já cumpriram esta obrigação.

tenciona com esta medida «fichar os agricultores de pequena dimensão para depois os tributar», segundo João Dinis, para quem o executivo «ataca os agricultores com o Fisco e a Segurança Social quando a maioria das grandes empresas não paga impostos em Portugal». Já o presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), João Machado, diz que «o Ministério da Segurança Social já criou uma isenção para estes agricultores, que são alguns milhares, com rendimentos muito baixos», recorda o dirigente da CAP, para quem «obviamente que a sua inscrição obrigatória nas Finanças vai levantar problemas a estas pessoas. É desnecessário, até porque os agricultores vão ter que recorrer a ajuda, já que não vão conseguir fazer isto sozinhos”, sublinha o dirigente

ficha técnica Director: Raul Tavares; Editor-Chefe: Roberto Dores; Redacção: Anabela Ventura, Cristina Martins, Marta David, Rita Perdigão, Roberto Dores; Dep. Comercial: Cristina Almeida (coordenação). Projecto Gráfico: Edgar Melitão/”The Kitchen Media” – Nova Zelândia. Departamento Gráfico: Natália Côco. Serviços Administrativos e Financeiros: Mila Oliveira. Distribuição: José Ricardo e Carlos Lóio. Propriedade e Editor: Mediasado, Lda; NIPC 506806537 Concessão Produto: Mediasado, Lda NIPC 506806537. Redacção: Largo José Joaquim Cabecinha nº8-D, (traseiras da Av. Bento Jesus Caraça) 2910-564 Setúbal. Tel.: 265 538 819 (geral); Fax.: 265 538 819. Email: redaccao.semmais@mediasado.pt; publicidade.semmais@mediasado.pt. Administração e Comercial: Tel.: 265 538 810; Fax.: 265 538 813. Impressão: Empresa Gráfica Funchalense, SA – Rua Capela Nossa Senhora Conceição, 50 – Moralena 2715-029 – Pêro Pinheiro. Tiragem: 45.000 (média semanal). Distribuição: VASP e Mediasado, Lda. Reg. ICS: 123090. Depósito Legal; 123227/98


3

Sábado // 08 . Fev . 2014 // www.semmaisjornal.com

Editorial // Raul Tavares

Portos e portos… Parece que parte do desenvolvimento futuro das plataformas portu-

árias da região vai passar pela estratégia do porto de Lisboa. Sines e Setúbal são dois trunfos nacionais e podem e devem ganhar com a revisão da estrutura portuária da capital. Mas precisam ainda de ganhar músculo. Têm capacidades endógenas para esse desiderato. A ideia peregrina de aportar na Trafaria um mega terminal de contentores parece ter-se esfumado e ainda bem. Mas ganha ânimo uma deslocalização para o Barreiro. Outro erro para ficar

“Crónica um Café e dois dedos de conversa

// Paulo Edson Cunha

Desinspirado Desinspirado, o autor começou o seu texto, acompanhado de um quente e fumegante café e disposto a dois dedos de conversa. A semana fora pródiga em notícias, mas um pouco repetitivas e, sobretudo caricatas. Digamos que inicialmente

Dicionário Íntimo // Maria Teresa Meireles

A 25ª prioridade Não, não é a 25ª hora, a tal que se afirma de grande importância pela sua imprevisibilidade. A que ganha primazia estando fora das opções conhecidas e tomadas num quadro de normalidade. É a 25ª prioridade num ranking de 30 escolhas hierarquizadas em grau de importância para futuros investimentos em infraestruturas, promovidas pelo governo, com recurso a comparticipação comunitária e capital privado. Aquilo que tem sido propalado ao longo dos anos e dos sucessivos governos e posto num patamar de prioridade pelas vozes de empresários e políticos, afinal é apenas a 25ª prioridade. O Porto de Sines, como caso de sucesso num país que bem precisa de acalentar a esperança e afoguear a alma dos portugueses, tem ganho um papel de relevo em tudo o que é notícia ou entrevista dos mais altos responsáveis, com expoente máximo para as recentes declarações do Presidente da República e do 1º Ministro. Seria expectável que se alcandorasse como prioridade máxima a estabelecer no quadro do estudo e das escolhas feitas pelo GTIEVA. Mas tal não aconteceu. Mesmo que se coloque como 3ª prioridade a “Expansão do Terminal de Contentores XXI ”, entre essas 30 escolhas, obriga-nos a uma leitura mais exigente. Isto porque, o projeto ligado à expansão, nem precisava de estar contemplado nesta listagem de prioridades por ser mais que evidente e estar em estado adiantado de negociação. Afinal trata-se (e muito bem!) duma renegociação com o atual concessionário PSA, aceitando-se obrigações contratuais que levem a um investimento de ambas as partes (94 Milhões de euros de investimento privado e 45

pelo caminho, basta atendar nas condições morfológicas da costa barreirense. Sines e Setúbal devem continuar a ser as opções de vulto. As zonas ribeirinhas a norte têm outras potencialidades que até estão estudadas. Sines precisa de ganhar hinterland e Setúbal de uma marina. Não falo de outros projectos vitais, porque parte desses, ao que parece, estão contemplados no desenho que o Governo preconiza.

Milhões de euros de investimento público, podendo este ter um cofinanciamento comunitário na ordem dos 50%) para ampliar a capacidade de movimentação de carga contentorizada, permitindo acrescentar cerca de um milhão de TEU’s às capacidades máximas atuais (passa de 1,32 Milhões de TEU’s para 2,3 Milhões de TEU’s). Num quadro de sucesso reconhecido ao desempenho na exploração do Terminal XXI, ao cumprimento contratual e ao relacionamento entre as partes implicadas, a que se junta a necessidade de apresentar obra por parte do governo sem despender demasiados recursos, a renegociação que leva à expansão prevista, revela-se como uma atitude avisada, minimizando riscos e tendo previsível sucesso. Retomamos a estranheza pela 25ª prioridade: “Linha ferroviária ÉvoraCaia/Badajoz no âmbito das ligações ao porto de Sines”, porque há muito que permanece como promessa por cumprir e que estava associada ao contrato de concessão relativo ao Terminal XXI, assinado em Junho de 1999. Não percebemos que continue a ser uma evidência estratégica, para um país que se quer afirmar na fachada atlântica da Europa ao mesmo tempo que precisa de ser mais europeu e integrarse nessa Europa, e que motive tantas inflexões na decisão de se concretizar uma ligação ferroviária moderna e eficiente do Porto de Sines (e dos Portos de Lisboa e Setúbal) a Espanha, com ligação ao continente europeu.

Reafirmamos a nossa estranheza, pelo lugar assumido nas aludidas prioridades para este investimento, que em finais de Outubro passado foi anunciado com pompa e circunstância pelo 1º Ministro e avalizado pelo vice-presidente da CE, Siim Kallas, realçando a forte componente de cofinanciamento comunitário previsto de 80 a 85% de fundos perdidos. Um investimento que é um compromisso entre os governos de Portugal, Espanha e França, para a implementação do corredor ferroviário de mercadorias (“Corredor Transeuropeu de Transporte Ferroviário de Mercadorias nº 4”), muito bem acolhido num quadro de sustentabilidade futura, e que não pode ser visto sob um prisma de prevalência estrita de viabilidade económicofinanceira, quando muito se espera de benefícios sociais e de desenvolvimento de regiões deprimidas e esquecidas. Regiões onde não seria demais passar a considerar-se a legitimidade de pagamento duma dívida histórica, que continua a avolumar-se, cada vez que se tomam decisões que acentuam os desequilíbrios regionais e levam a privilegiar-se o litoral e as grandes metrópoles, em tudo o que é matéria de atração de investimento. A nosso ver a 25ª prioridade devia ser a prioridade das prioridades se houvesse consonância entre o que se diz e o que é preciso fazer. A não ser assim, o Porto de Sines poderá ver-se reduzido a uma participação no transhipment mundial de contentores, com valor acrescentado reduzido para a economia nacional. Só se pode ambicionar a criação de riqueza e a geração de emprego sustentado, se tivermos boas ligações rodo-ferroviárias que nos permitam alargar o hinterland natural, ganhando novos mercados e atraindo novas empresas para o desenvolvimento da indústria e de atividades logísticas que lhe estão associadas.

Espelho, reflexo, imagem. Espelhar, espelhar-se – o espelho é um reflexo, um eco, uma resposta: «Espelho meu, espelho meu, existe alguém mais belo do que eu?». Na infância, o espelho é o mais mágico dos objectos. O espelho da Bela (e do Monstro?), «Alice do outro lado do Espelho»; o Espelho de Lacan. Nas imagens medievais, o espelho é símbolo de vaidade, a materialização de dois dos sete pecados capitais (vaidade e luxúria); objecto do diabo. Espelho, «speculum», reflexo, exemplo, modelo, imagem – liso, polido, cristalino. O espelho devolve o olhar e, na sua etimologia, é esse o sentido: «looking glass», «miroir»… Ver-se ao espelho equivale a rever-se, a tentar reconhecer-se. Por vezes, o espelho distancia-nos da imagem que temos de nós. Os espelhos capturam as almas, mais do que os corpos; são portas para outros mundos. Espelho-superstição: partir um espelho dá azar. Sete anos, dizem. Espelho, adivinhação, catoptromancia. Espelhos: visões, previsões, maldições. Quando mágico, permite a visão para além da visão; o ver para além do que nos é mostrado – o espelho enquanto símbolo de sabedoria, conhecimento, inteligência criadora. Espelho: revelação da verdade, da causa das coisas, dos actos e factos passados, presentes e futuros. Vários foram os escritores que exploraram o espelho como objecto capaz de gravar imagens para as reproduzir depois – o espelho como máquina do Tempo também. O sol é o espelho do céu; a lua o espelho do sol, seu reflexo.

O homem como espelho do homem e de Deus; o espelho como símbolo da alma, os olhos espelho da alma, também – elos diversos, imagens especulares. Espelho: imagem, o duplo. A Casa dos Espelhos: reflexos atrozes, deformantes. O espelho espelha. O espelho espalha. O espelho expõe, impõe-nos a sua imagem de nós. Lichtenberg, nos seus Aforismos, comparou o espelho ao livro: «O livro é um espelho: se um macaco olha para ele, não poderá ver reflectido um apóstolo» - teoria e prática da recepção e da qualidade do leitor. Também Oscar Wilde, não a propósito da literatura, mas da Arte em geral, diz que esta é um espelho não da vida, mas do espectador. Para Stendhal, livro e espelho são igualmente comparáveis, numa versão mais portátil, de bolso: «um romance é um espelho que passeamos ao longo do caminho». Não são apenas os livros e os espelhos que espelham, que nos espelham – também outras superfícies o fazem: a água (o primeiro espelho da humanidade), copos, talheres, alguns pratos; o ecrã do computador, vidros, portas espelhadas, superfícies lisas ou envernizadas. Mas vemo-nos sobretudo no olhar dos outros. José Rodrigues Miguéis e «O Espelho Poliédrico», porque todo o espelho é espelho de muitas faces. Uma adivinha popular, torna o espelho uma espécie de Zelig camaleónico: Não sou bonito por trás, / mas sou bonito p’la frente / pois estou sempre a mudar / porque imito muita gente. O espelho é um elo complexo, um objecto reflexo. O espelho especula e adivinha-nos. dicionariointimo@gmail.com

começou por não entender o que se passou em relação aos quadros de Miró e, mais tarde, foi incrédulo que percebeu que A Parvalorem pediu autorização para saída de PortugaL dos quadros 20 dias antes da data agendada para o leilão da Christie´s, desrespeitando a Lei de Bases do Património Cultural, que exige um pedido com 30 dias de antecedência. Mas os quadros vão ser leiloados à mesma. Vá lá entender-se… E pronto, estava o caldo entornado. Providência para cá, providência para lá e de repente o País reparte a sua atenção entre a vitória da Érica na Casa dos Segredos, o

aniversário e o castigo do Ronaldo em Espanha, o melão do Sporting no domingo, o castigo, ou não ao Porto por causa dos 4 minutos, as praxes académicas e, ainda, se o que aconteceu no Meco foi crime ou não e, tudo isto, pasme-se, com a arte de Miró. Estamos de facto um país cada vez mais culto. Já discutimos à mesa dos cafés o programa da Troika, a dívida pública, ou o Rating Português e Europeu e agora até já opinamos sobre os quadros de Miró, com a mesma convicção com que discutimos se o Porto deve ou não ser castigado pelo atraso no jogo com

o Marítimo ou se o Paulo Fonseca devia ser demitido. Mas o que se devia efectivamente discutir era um programa de desenvolvimento da nossa economia, programas específicos para fazer face ao desemprego jovem, sobretudo de licenciados, medidas para revitalizar algumas áreas específicas do nosso sector empresarial, como fomentar as PME´s, sem com isso subir o deficit e como cumprir as apertadas metas impostas pela União Europeia sem com isso hipotecarmos a vida de milhões de portugueses, sobretudo da função pública e os reformados.

Porém, o cronista, mesmo desinspirado, não quer deixar de dar dois dedos de conversa, sem recordar que os números do desemprego esta semana conhecidos, são mais uma vez animadores e que o Mundo continua a olhar para nós com uma esperança, que nem nós próprios vislumbramos É, por isso, com fé num futuro melhor, com a convicção de cada um dos € 4.512,00 que o cronista e que cada Português pagará para financiar todas as PPP´s vai permitir viver num Portugal melhor. Porque sonhar ainda é permitido…e ainda não paga imposto. Até para a semana.

José A. Contradanças ex-administrador da APS


Festival de Flamenco em Palmela

ACTUAL

Este sábado, às 21h30, a Sociedade Filarmónica Humanitária de Palmela acolhe o 1.º Festival de Flamenco de Palmela, no âmbito das comemorações dos seus 150 anos de actividade em prol da

Sábado // 08 . Fev . 2014 // www.semmaisjornal.com 4

cultura. Além das sevilhanas da casa, actuam ainda as escolas das Sevilhanas do Beira Mar de Almada, Sevilhanas Rocieiras de Alcochete, Sevilhanas GRD Bragadense e Sevilhanas de Canha.

Vigília por melhores condições Os Utentes da Saúde de Almada/Seixal vão realizar vigília no dia 13, das 16 às 18 horas, junto ao Hospital Garcia de Orta, em Almada. As Comissões lutam pela melhoria das urgências do

Alunos da Amora internados devido à lagarta do pinheiro Roberto Dores

DR

S

ó na manhã de quinta-feira, três ambulâncias foram chamadas à escola Paulo da Gama, na Amora, Seixal, por causa dos alegados efeitos que a lagarta do pinheiro (processionária) provocou em, pelo menos, cinco alunos, aumentando para uma dezena o número de estudantes daquele estabelecimento que foram hospitalizados devido a alergias e problemas respiratórios. A escola manteve-se aberta, mesmo contra a vontade dos pais, apesar do pinheiro, onde as lagartas se encontravam, estar sob um perímetro de segurança. «Sei que houve pessoas que quiseram ir buscar os filhos, porque estavam com medo, mas disseram que eles estavam nas aulas e que ali não havia perigo. Mas, mesmo assim, houve miúdos com problemas», relatou Joana Conceição, uma das mães que quinta-feira reclamou contra o facto da escola estar a funcionar, antes da praga de lagartas ter sido exterminada.

As lagartas são uma praga e provocam alergias e outros incómodos

Uma avó testemunhava que a neta já tinha chegado a casa, terçafeira, com problemas respiratórios e olhos irritados, admitindo que «tinha estado com as amigas a brincar com uma espécie de

bicho-da-seda», tendo sendo a partir desse instante que se começou a sentir «estranha e até cm dores de cabeça». Esta jovem não chegou a ir ao hospital, ao contrário do que aconteceu com

A VISITA dos deputados do PS ao concelho de Setúbal e as considerações que fizeram no final dessa iniciativa parlamentar geraram polémica na última reunião de câmara. Dores Meira não aceitou as críticas dos deputados e considerou «hipócritas» algumas das declarações proferidas pelos parlamentares no encontro com os jornalistas. A iniciativa socialistacomeçou com uma reunião com a presidente da câmara, contou com uma visita aos bairros de lata da Quinta da Parvoíce e da antiga fábrica Mecânica Setubalense e uma reunião no comando distrital da PSP. No final, num encontro com jornalistas, Eduardo Cabrita foi crítico em relação ao trabalho desenvolvido pela autarquia considerando que o actual executivo «não tem uma visão estratégica e de futuro para o concelho». O deputado lamentou que muitos dos projectos que estavam «bem encaminhados no tempo em que o PS estava no governo tenham

DR

Questões de estratégia geram polémica entre PS e CDU em Setúbal

Deputado do PS, Eduardo Cabrita

sido abandonados e metidos numa gaveta». Uma situação que, admite, não é exclusiva do concelho de Setúbal. Os deputados do PS consideram mesmo que «se existe um fio condutor entre as realidades dos vários concelhos, isso nota-se na ausência absoluta de estratégias para o distrito por parte do governo».

Estratégia que, segundo os socialistas, falta também ao executivo municipal. Em reunião pública, a presidente de câmara respondeu às acusações, dizendo que «não é num encontro de meia hora que se dão a conhecer as estratégias e o trabalho desenvolvido no terreno. Especialmente a quem não faz perguntas e parece estar cheio de pressa.» O aumento do número de pessoas a viver sem condições na Quinta da Parvoíce e nas antigas instalações da Mecânica Setubalense preocupam os socialistas que criticam a autarquia por falta de intervenção nestes espaços. Na resposta, Dores Meira acusou o PS de hipocrisia, recordando que as questões sociais da Quinta da Parvoíce estão a ser acompanhadas pela autarquia há vários anos e que foi solicitada por várias vezes a intervenção da Segurança Social, mas que nem Fátima Lopes, na altura directora do Centro de Segurança Social e vereadora na autarquia «foi impotente na resolução do problema».

duas colegas. Chapim era o trunfo seixalense contra o ‘bicharoco’ Confrontada com este alegado problema de saúde pública, a direcção da escola remeteu comentários para o Ministério da Educação, que chegou a anunciar um esclarecimento para a tarde de quinta-feira, embora não o tivesse emitido até à hora de fecho desta edição. Curiosamente, o Seixal é um dos concelhos onde se tem vindo a desenvolver uma luta contra a processionária. Há vários anos que se fomenta a nidificação do chapim em escolas e jardins, justamente por se tratar de uma ave importante no equilíbrio dos ecossistemas, já que o seu apetite voraz por insectos confere-lhe, de forma natural, o protagonismo no controlo de possíveis pragas nocivas para ambiente, como sucede com a lagarta do pinheiro. Este insecto desfolhador de pinheiros pode provocar alergias na pele, no globo ocular e no aparelho respiratório ao ser humano e aos animais domésticos.

HGO, pela reabertura dos SAP´s, pelo alargamento dos horários dos Centros de Saúde e pela construção do Hospital do Seixal. Os organizadores garantem transporte organizado para o local.

GNR detém individuo suspeito de roubos e furtos no Monte de Caparica Um indivíduo de nacionalidade portuguesa, com 30 anos de idade, foi detido, no dia 4, pelas 16 horas, no interior de uma loja do Monte de Caparica, por elementos do Núcleo de Investigação Criminal de Almada. A detenção foi feita por mandado fora de flagrante delito, pelos crimes de roubo por esticão e furto de veículo, ambos ocorridos no dia 4 de Janeiro. O detido é ainda suspeito de ter cometido vários outros roubos na zona de acção do Destacamento Territorial de Almada. O suspeito foi presente ao tribunal de Almada na quartafeira, onde lhe foi aplicada prisão preventiva, como medida de coacção, tendo sido posteriormente com conduzido ao estabelecimento prisional de Setúbal.

CARTÓRIO NOTARIAL DE SETÚBAL SANDRA BOLHÃO EXTRACTO Eu, SANDRA MORAIS TELES BOLHÃO, Notária com Cartório em Setúbal, na Avenida Bento Gonçalves, número 20-C, CERTIFICO, para efeitos de publicação, que por Escritura de Justificação lavrada neste Cartório no dia trinta de Janeiro de dois mil e catorze, a folhas noventa e nove e seguintes do Livro Seis – A, que a “FÁBRICA DA IGREJA PAROQUIAL DE SÃO JOSÉ – SETÚBAL”, com sede na Avenida Afonso de Albuquerque, número 6, primeiro andar direito, na freguesia de São Sebastião, do concelho de Setúbal, com o número de identificação de pessoa colectiva 501498273, DECLAROU ser dona e legítima possuidora, com exclusão de outrem, de uma parcela de terreno para construção urbana com a área de oitocentos e trinta e cinco metros quadrados, sita em Montinho ou Montinho da Cotovia, Rua Capela de Santo António, na freguesia de Gâmbia-Pontes-Alto da Guerra, concelho de Setúbal, que confronta a norte com herdeiros de António Farinha e Rua Capela de Santo António, a sul e a poente com herdeiros de António Farinha e a nascente com loteamento, não descrito na Segunda Conservatória do Registo Predial de Setúbal, encontrando-se a sua inscrição na respectiva matriz predial urbana compreendida no artigo 3547, da freguesia de Gâmbia-Pontes-Alto da Guerra. Que a vinte de Julho de mil novecentos e setenta e um, António Farinha e mulher Mariana Marques da Assunção, casados sob o regime da comunhão geral de bens e residentes em Pontes, doaram verbalmente, em cumprimento de uma promessa católica, o mencionado prédio ao Vicariato da Nossa Senhora da Conceição, criado canonicamente a vinte e nove de Setembro de mil, novecentos e sessenta e nove, ao qual sucedeu a actual “Fábrica da Igreja Paroquial de São José – Setúbal”, por decreto do Bispo Diocesano, datado de dezanove de Março de mil, novecentos e setenta e sete, tendo sido realizada a aceitação dessa doação verbal a vinte de Julho de mil novecentos e setenta e um, pelo então representante do Vicariato, Padre Camilo Neves Martins, Adjutor desse Vicariato. Que não possui, porém, o título necessário à plena prova do seu direito pelas vias extrajudiciais normais e por isso vem justificá-lo pela presente escritura. Que, assim, a “FÁRICA DA IGREJA PAROQUIAL DE SÃO JOSÉ – SETÚBAL” adquiriu por usucapião, com efeitos retrotraídos à data de mil novecentos e setenta e um, o direito de propriedade sobre o prédio que é objecto da presente escritura e nela está devidamente identificado. ESTÁ CONFORME. Setúbal, aos trinta de Janeiro de dois mil e catorze. A Notária Sandra Bolhão Reg. Sob o nº 211


5

Sábado // 08 . Fev . 2014 // www.semmaisjornal.com

OS CONCESSIONÁRIOS dos apoios de praia e restaurantes da frente urbana da Costa da Caparica exigem que as entidades competentes se co-responsabilizem e tomem medidas na recuperação de algumas insfraestruturas destruídas pelo mar ao longo das últimas tempestades que assolaram aquela zona. Reunidos em associação, os concessionários querem que a CostaPólis, a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e a Câmara Municipal de Almada assumam a responsabilidade perante os avultados prejuízos que têm vindo a sofrer deste Janeiro fruto do mau tempo que tem posto em causa as questões de segurança de muitos dos apoios de praia e os tem impedido de abrir portas. Por forma a dar mais força às exigências e para demonstrar as reais dificuldades que atravessam, os concessionários reuniram-se informalmente na praia, na passada quarta-feira, e chamaram a comunicação social para mostrar os prejuízos que se verificam não só nos equipamentos como também nos acessos. Patrícia Clington, proprietária de

DR

Concessionários da Costa reúnem na praia para exigir apoios

Estragos provocados pelo mau tempo continuam na ordem do dia

um dos restaurantes, explicou à Lusa que «o pontão da praia do norte está vedado por falta de segurança e há bares e restaurantes com prejuízos elevados que têm de ser ressarcidos». Contratos desadequados em relação à lei geral Para além dos estragos provocados pelo mau tempo, os associados da recém-criada Associação dos

Apoios de Praia da Frente Urbana da Costa da Caparica (AAPFUCC) continuam em litígio com a CostaPolis no que se refere aos contratos de concessão que querem ver alterados. Segundo o advogado Paulo Edson Cunha, que acompanhou a constituição da associação e que representa um dos concessionários, «os contratos de concessão com a CostaPolis estão desadequados em relação à lei geral», uma vez que,

explica, «são celebrados por um período de nove anos, mais um, enquanto aquilo que a lei geral diz é que os contratos devem ser prolongados consoante os valores dos investimentos realizados». Em alguns casos, os proprietários sentem já grandes dificuldades em cumprir com as exigências contratuais. «Se aliarmos ao mau tempo, a quebra de vendas no sector da restauração e o total abandono por parte da CostaPólis, estes proprietários lutam diariamente para manter as suas concessões a funcionar», diz Paulo Edson Cunha. Patrícia Clington vai mais longe e diz que «os proprietários de alguns estabelecimentos têm estado a suportar todos os prejuízos, mas sem apoios financeiros alguns deles poderão não ter condições para continuar a trabalhar e manter dezenas de postos de trabalho.» Uma das sugestões apresentadas pelos concessionários e proprietários passa pelo não pagamento de rendas à CostaPolis por um período de tempo que compense de alguma forma os prejuízos.

Lions Clube de Setúbal assinala 40.0 aniversário com inauguração de escultura O Lions Clube de Setúbal celebra, este sábado, o 40º aniversário. Do programa de comemorações destaque para a inauguração de uma escultura da autoria da artista plástica Maria José Nunes Brito e que ficará instalada numa rotunda junto à Quinta do Hilário. A instituição criada em 1974 tem, ao longo dos últimos anos, realizado trabalho social junto de algumas instituições da cidade para quem revertem grande parte das verbas angariadas em campanhas internas do clube ou nas acções públicas destinadas à comunidade como é o caso da Feira da Ladra cujas verbas se destinam à obra da Casa do Gaiato. No ano do 40º aniversário, o Lions Clube de Setúbal passa a contar com uma nova sede cujas instalações foram cedidas pela câmara municipal, no edifício do antigo Banco de Portugal recentemente recuperado pela autarquia. Pub.


PCP quer Hospital do Seixal

POLÍTICA

O PCP reclama a urgente construção do Hospital no Concelho do Seixal, obra que foi assumida pelo Governo em 2009, com a abertura do concurso público para a realização do projecto, mas que

Sábado // 08 . Fev . 2014 // www.semmaisjornal.com 6

nunca passou do papel. É uma obra urgente porque a capacidade de resposta do Hospital Garcia de Orta para a sua área de abrangência fica «muito aquém» das necessidades da população.

PSD defende União de Freguesias O PSD quer que a sede da União de Freguesias Barreiro/Lavradio fique nesta última localidade. Os ‘laranjas’ sublinham que a pretensão tem a ver com a localização, as acessibili-

dades e a inexistência de gastos em condomínio. «Além do Lavradio ter mais população, o edifício da antiga Junta do Barreiro está sediado por detrás dos Paços do Concelho», sublinha o PSD.

Bruno Vitorino, novo lider da distrital do PSD, fala do país e da região

«Esforço dos portugueses começa a dar frutos»

Semmais – Não deixou de ser surpresa o seu regresso à liderança da distrital. Que razões o levaram a avançar? Bruno Vitorino – É preciso dizer que nunca perdi ligação nem ao meu concelho, Barreiro, nem ao distrito. Em todas as funções que desempenhei, como dirigente e deputado, estive atento aos seus problemas. Este desafio decorre da não recandidatura do anterior presidente (Pedro do Ó Ramos), que me foi comunicada na passagem do ano. Tive que equacionar rapidamente, falei com algumas pessoas e avancei com um pro jecto de equipa. Esse foi o processo. O que está por detrás da candidatura em termos de objectivos? A ideia principal é liderar e dar continuidade ao projecto que o PSD vinha desenvolvendo na região. Dar credibilidade ao partido, afirmá-lo, com causas e ‘bandeiras’. E que, através da nossa acção, possa ser um acrescento de valor no apoio às populações, às questões estratégicas do distrito e aos decisores políticos, económicos e sociais. Tem dito que agora, com os novos indicadores, haverá condições para reivindicar mais atenção para o distrito… Houve um período complicado que nos obrigou a colocar um travão nos objectivos mais regionais, que teve a ver com a crise económica. Isso é sabido e até, julgo, compreendido pelas pessoas. Agora, que o PSD nos trouxe até aqui - após a bancarrota em que o PS nos colocou, trazendo a troika e o memorando de entendimento, com me-

Preparar um Ciclo autárquico a quatro anos Bruno Vitorino diz estar empenhado em começar desde já as próximas autárquicas e combater os ‘tiros-no-pé’ muito useiro e vezeiro entre as hostes locais do partido. «Não podemos preparar eleições com um ano de distância, em que muitas vezes, alguns candidatos são trucidados internamente», afirma. Dá o caso do Montijo, com a candidatura de Mercês Borges, como um bom exemplo. «Num cenário muito difícil, conseguimos um resultado brilhante, com o partido unido, uma JSD forte e activa, e boas ideias para levar ao eleitorado. Mas foi tudo preparado no espaço de um ano», alude. E não acompanha as críticas do seu adversário

DR

Bruno Vitorino, quer abrir um novo ciclo autárquico e lutar contra a ‘morfologia ideológica’ do distrito. Apaziguar as hostes do partido e colocar em cima da mesa o cardápio do desenvolvimento do distrito. Uma agenda que passa pelo apoio ao esforço do governo, sempre em prol dos interesses da região.

didas duras, mas necessárias – achamos que podemos estar a viver um momento de viragem, como todos os indicadores o sugerem, pelo que queremos trazer para o debate público projectos estratégicos para o distrito.

às pessoas e às empresas, através do alívio gradual da carga fiscal. Mas sem perder de vista este rumo, porque ainda temos muitos problemas estruturais para resolver. Temos uma economia muito desnivelada e muito assimétrica.

Acha mesmo que esses indicadores são assim tão robustos? São indicadores expressivos de que os sacrifícios pedidos aos portugueses começam a dar frutos. O desemprego a baixar, as previsões do crescimento económico, a sustentabilidade das taxas de juros, as estatísticas sobre a confiança, são sinais que se começam a consolidar, ainda que, de certa forma, não se repercutem no dia-a-dia das pessoas.

Neste quadro que propostas tem a distrital para o distrito? Uma questão de base é voltar a colocar na ordem do dia os desafios que se colocam ao distrito, que têm a ver com as nossas especificidades. Discutir apostas estratégias de desenvolvimento sustentado, que passam pela aposta no sector portuário. Queremos perceber o papel e a importância do Porto de Sines e o de Setúbal, nomeadamente no que refere às ligações ferroviárias, já definidas como prioridades pelo governo. Depois as pescas, a agricultura, com exemplos de muito empreendedorismo, mas também o sector vitivinícola e o turismo.

Será escusado perguntar-lhe que avaliação faz da maioria das medidas do actual governo… Não havia alternativa. Tivemos que responder, de forma enérgica ao memorando e às suas políticas orçamentais. …Nenhum erro, mesmo com as saídas importantes como as dos ex-ministros das Finanças e da Economia? Houve erros de comunicação e alguma falta de diálogo com os parceiros sociais e agentes económicos, numa primeira fase. Mas a realidade sempre foi difícil. Opus-me, por exemplo, à subida do IVA na restauração e do vinho. Esperemos que agora comece a haver condições para alterar essa situação em sectores em que temos que ser ainda mais competitivos. E não tenho dúvidas de que temos que voltar a dar alguma respiração

O que lhe parece este novo modelo orgânico, com a nova entidade regional de turismo de Lisboa, onde estamos integrados? Receio que se não tivermos uma estratégia própria possamos vir a ser absorvidos por Lisboa e a capital tem aumentado a sua oferta e a sua procura. Não sei se decidiria nesse sentido. Mas o modelo não é reversível. Muitos acreditam que podemos ficar a ganhar com essa força vinda da pujança turística de Lisboa… Sim, agora é preciso fazer ouvir a nossa voz e lutar pelo melhor para a região. Temos todas as potencialidades para fazer crescer o sector, desde logo uma oferta muito específi-

nas eleições para a distrital, as quais, confere ao Semmais, «não passaram de ‘sound bits’». E explica melhor: «Só se fossemos extraterrestres é que não teríamos a noção da realidade sociológica deste distrito. Nas primeiras eleições do regime democrático elegemos um único vereador. Eramos perseguidos pelo PC e pelos sectores mais radicais da sociedade. Levamos dez a quinze anos para afirmar as nossas ideias e a ganhar a representatividade que temos hoje na região. Essas críticas só podem vir de quem não reconhece a coragem desses militantes e fundadores do partido na região. Não contem comigo para passar esse atestado de menoridade a esses grandes companheiros», afirma.

ca, acrescida de condições naturais e patrimoniais singulares. De que forma espera a distrital fazer valer esse conjunto de reivindicações? Vamos já levar uma moção ao congresso nacional do PSD chamando atenção para estes sectores. Queremos fazer passar uma mensagem clara. Acredito que vamos sair do programa de ajustamento em Maio, e sair bem dele. Por isso esta discussão do desenvolvimento regional tem que começar a ser feito. A distrital e o seu presidente vão ser porta-vozes da região junto do Governo. Pressionar decisões? Vamos ser actuantes dentro do quadro possível. Nesta fase faz todo o sentido iniciar este processo de discussão sobre as estratégias a seguir. Mas há pequenos problemas que podem ser resolvidos gradualmente. Quer dar algum exemplo? Finalização de obras em escolas, algumas medidas na área da segurança, onde temos um déficit de meios humanos e materiais. E temos que pressionar a resolução das urgências hospitalares a norte do distrito até Setúbal, com o recrutamento de novos especialistas, ou do hospital do Litoral Alentejano, onde falta quase tudo. Mas também na área dos cuidados de saúde primária, devido à escassez de médicos de família. Vai ‘correr’ as tutelas sobre esses assuntos? Vamos levantar as questões, agir, procurar soluções exequíveis, atendendo ao momento actual. Vamos, desde já, marcar um conjunto de reuni-

ões. Queremos saber a estratégia para os nossos portos e as suas prioridades, influenciando os interesses da região na lógica do interesse do país. Sem bairrismos nem demagogias. É importante esclarecer esta matéria de desenvolvimento do porto de Lisboa e dos nossos portos. Por outro lado, como se vai articular o projecto do Arco Ribeirinho Sul, baseado no pilar da regeneração urbana e do potencial que tem para a reindustrialização do país. Parece ser uma aposta do PSD que tem captado muitas atenções da tutela, através da Baia do Tejo… Trata-se de uma mudança de paradigma. Julgo que as pessoas já perceberam que a estratégia que vinha do PS, que passava pela venda de lotes, em que dois terços era construção e o resto seriam áreas empresariais, não era insustentável. Acredito que com os novos desafios que se colocam ao país, é importante apostar nos sectores, primário e secundário. Nesse contexto, o distrito pode ter aqui um papel fundamental, como já teve em tempos. Com outro tipo de indústrias, novas tecnologias, preocupações ambientais, mas com a mesma importância económica e gerando emprego. Afasta deste plano os chamados grandes projectos estruturantes, como a nova travessia do Tejo? Se houver condições económicas e financeiras temos que os retomar. Mas primeiro temos que fazer planeamento a vinte anos, deixando áreas e corredores estratégicos preparados para a hipótese de os desenvolver. O que não devemos é tomar decisões que os inviabilizem no futuro.






Projeto de escrita – escrever mais, mais escrever A importância de aprender a autorregular a escrita Damos conta nesta edição de um novo projecto para autorregular a escrita e de mais uma “Cátedra do Tempo Presente”

C

omo pode a escola ensinar eficazmente um aluno a escrever bem, com conhecimento, segurança e autonomia? A resposta a esta questão passa necessariamente pela prática, pois é a prática que permite ao aluno adquirir os meios para autorregular a sua própria escrita. Com efeito, a prática da escrita promove e facilita a formação de um bom leitor. E se um bom leitor tem mais facilidade em escrever, um bom escritor lê seguramente bem. Neste sentido, o aluno deve ser um aluno produtor, pelo que as estratégias de ensino e prática da escrita precisam de ser entendidas como formas de tornar os alunos em produtores. Só seguindo este caminho poderemos garantir que o aluno que se está a formar será um bom leitor e um bom escrevente na escola e para lá da escola, capaz de organizar o seu pensamento e de se relacionar com o mundo através do uso da língua e da palavra. Para o sucesso deste caminho, torna-se fundamental que os momentos de escrita se multipliquem e diversifiquem e que o trabalho sobre a planificação, a reescrita e a revisão textual sejam regulares. Caberá ao professor a função de esti-

mular, no aluno, o progresso cognitivo ao longo do processo de aprendizagem da escrita, equilibrando e diversificando tarefas de leitura e de escrita que vão além do mero exercício mecânico. Deste modo, o aluno sentir-se-á envolvido nas atividades de leitura e de escrita, o que lhe proporcionará prazer nestes exercícios. Quando é solicitado para escrever muitas vezes, em situações e com objetivos diferentes, o aluno encontra mais facilmente condições que lhe permitam compreender as suas necessidades e os seus erros na escrita. O verdadeiro trabalho de correção/ melhoramento do texto escrito deve ser feito pelo próprio aluno, através de um diálogo reflexivo com o professor e/ou em colaboração com colegas, pois é a forma mais eficaz para que interiorize os princípios da autorregulação que o tornarão num escrevente cada vez melhor e que lhe permitirão desenvolver a sua própria identidade escritural. O NOSSO TRABALHO COM OS ALUNOS DOS 1º E 2º CICLOS Conscientes da necessidade de se preservar um espaço na escola que permita ao aluno desenvolver a sua identidade enquanto leitor e especialmente escritor, o projeto Escrever Mais, Mais Escrever tem vindo a criar junto dos alunos momentos diversificados de escrita, promovendo abordagens ora em grupo, ora individuais, ora de

produção, ora de reflexão sobre os princípios da mesma. Em cada turma, as experiências de escrita são individuais, coletivas e partilhadas para que os alunos tomem consciência do seu próprio processo de escrita e o construam na partilha com professores e colegas. Assim, tratando-se sempre de uma avaliação de caráter formativo, os alunos aprendem a avaliar o seu desempenho, bem como o de colegas. Junto dos alunos do 1º Ciclo (3º e 4º anos) criámos a imagem de um prédio – o prédio da Rua do Campo de Flores –, a partir do qual surgem personagens e situações que implicam a escrita. Em cada uma das atividades, os alunos são convidados a evocar as suas referências sociais e culturais e a recorrer aos seus conhecimentos sobre a língua para concretizar o desafio. Pretendemos que os alunos participem em várias situações de escrita, estruturando, para o efeito, o seu pensamento, enriquecendo o seu vocabulário e desenvolvendo estratégias de concretização e autorregulação da escrita (pela planificação, redação e revisão). Já no grupo de alunos que compreende o 2º Ciclo, propomos atividades que implicam as disciplinas de Português, História e Ciências Naturais. A escrita surge na sala de aula através de abordagens diversificadas, favorecendo a prática e reflexão sobre a escrita que tem como finalidade organizar o pensamento e as aprendizagens realizadas e ainda

refletir sobre o mundo que rodeia o aluno e os seus próprios sentimentos, valores e linguagem pessoal. Para tal, são propostas situações mais criativas e livres e outras mais diretamente contextualizadas com o trabalho escolar ou exigindo a capacidade de reflexão sobre o próprio e o outro. O caminho feito até ao momento tem-nos mostrado que os nossos alunos estão a desenvolver uma boa consciência da importância de se aprender a escrever e de escrever regularmente, assumindo com seriedade e agrado que são escreventes em formação. Como pode, então, a escola ensinar eficazmente um aluno a escrever bem, com conhecimento, segurança e autonomia?Ana Guerra (professora Coordenadora do Projeto Escrever mais, mais Escrever)

O QUE DIZEM OS NOSSOS ALUNOS… Escrever mais é… pensar no que vamos escrever, é ler e reler e fazer o texto. – Sofia Teixeira, 3ºA Escrever mais é… saber escrever bem, ter uma boa caligrafia, fazermos textos muito bem organizados e alegres. Conseguimos isto e muito mais. – Joana Baldaia, 3ºB Escrever mais é… enriquecer as folhas. – Margarida Craveiro, 4ºC Escrever mais é… mais bonito do que escrever pouco, porque escrevemos melhor! – Mariana Pinto, 4ºC Escrever mais é… dar menos erros, estruturar melhor os textos, melhorar a caligrafia e divertirmo-nos um bocadinho. – Rodrigo Mirco, 5ºA Escrever mais é…pensar antes de escrever, pensar enquanto se escreve e pensar depois de escrever. – Diogo Carrapiço, 6ºA Escrever mais é… aprender mais, é desenvolver mais as nossas capacidades. Escrever mais é… mudar o nosso olhar sobre as coisas. Escrever mais é… mostrar a nós mesmos e aos outros aquilo que sabemos fazer realmente. Escrever mais é… escrever aquilo que sentimos e não aquilo que os outros pensam. – Carolina Afonso, 6ºA Escrever mais é…uma grande ajuda na escrita. Foi uma ótima ideia do Colégio Campo de Flores. Os alunos que têm dificuldade na criatividade, nos erros ortográficos ou, às vezes, não sabem gerir o tempo, ou a quantidade de palavras, têm cá mais um projeto para ajudar! Este projeto dá-nos mais vontade de escrever! Também nos dá mais segurança na escrita! Ensinanos a gostar de escrever! – Maria Luísa Silva, 6ºA

António Parreira, professor catedrático e director clínico da Fundação Champalimaud

«O transplante de medula óssea é a única esperança de sobrevivência para portadores de Leucemia» NO PASSADO dia 30, ao final da tarde, o auditório do colégio Campo de Flores, na freguesia de Caparica, foi palco da terceira conferência, no âmbito da “Cátedra do Tempo Presente”, a cargo do Professor António Parreira, director do Centro Clínico Champalimaud, da Fundação Champalimaud, desde 2011. O professor catedrático voluntário da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa reflectiu com pais, alunos e docentes sobre o tema “O que são as Leucemias? – Como se diagnosticam e como se tratam?”. Na plateia estiveram mais de cem pessoas a ouvir a sua interessante palestra. António Parreira deixou no ar a mensagem de que as Leucemias são doenças, sempre difíceis de tratar, mas que, nos dias que correm, apresentam uma taxa de sucesso «muito grande». Na sua opinião, o tratamento das Leucemias tem que ser «partilhado e vivido» com «grande empenho» pela sociedade em geral porque «o bom conhecimento dessa problemática contribui para que os tratamentos dos doentes se torne

Fundação Champalimaud é referência Mundial

O professor António Parreira durante a sua muito interessante palestra

mais fácil quer para os doentes quer para as famílias». E destacou o papel da Associação Portuguesa Contra a Leucemia através da criação do Banco de Dadores de Medula. «Somos um dos países da Europa com bom trabalho no combate à Leucemia. O transplante de medula óssea é a única esperança de sobrevivência para portadores de Leucemia e outras doenças do sangue. Todas as formas de luta estão longe de serem perfeitas. É

preciso utilizar muitas armas ao mesmo tempo». João Rafael, director do colégio, fez um balanço «extremamente positivo» da terceira conferência, uma vez que o público esteve muito atento e interessado no tema das Leucemias. «Tivemos aqui uma grande lição de medicina e de abordagem esperançosa a uma doença problemática. Também tivemos o privilégio de ter aqui o director clínico da Fundação Champalimaud que é, de facto, uma insti-

António Parreira é licenciado e doutorado em Medicina, pela Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, e possui o título de especialista de Hematologia Clínica, pelo Hospital de Santa Maria, Faculdade de Medicina de Lisboa. Segundo António Parreira, a Fundação Champalimaud, criada em 2004, com parte da fortuna de António Champalimaud, tem como objectivo «progredir» na Ciência Biomédica e «criar condições para que haja melhoria» no conhecimento e tratamento das doenças nervosas e do cancro. «Estamos a desenvolver, desde 2008/2010, um programa através da criação de um centro de investigação, de reputação internacional, para desenvolver linhas de investigação nestas duas áreas, ainda numa fase inicial, mas o projecto tem corrido muito bem e tem tido um impacto muito grande na nossa sociedade e no Mundo em geral», conta.

tuição de referência mundial na abordagem à terapêutica e diagnóstico ao cancro», argumentou João Rafael, que revelou, de seguida, que «uma grande quantidade de alunos do colégio Campo de Flores com médias suficientes para entrar em Medicina estão a enveredar pela área da Investigação, Ciências Biomédicas porque é, de facto, um fascínio a descoberta e a capacidade de criar». Depois de “A Importância dos Media na Actualidade“, com José

Eduardo Moniz, “A Economia Portuguesa: porquê tantos resgates”, por Manuel Farto, e “O que são as Leucemias? – Como se diagnosticam e como se tratam?”, segue-se, no dia 19, pelas 18h30, a palestra “Olhar o Futuro: Plantar a Justiça no Campo de Flores”, pelo Juiz Desembargador Rui Rangel. Este ciclo de conferências, promovido ao longo do ano lectivo 2013/2014, é coordenado por Reginaldo Rodrigues de Almeida e tem entrada livre.


Sábado // 08 . Fev . 2014 // www.semmaisjornal.com 8

Troiaresort anima namorados Passeios de barco, um jantar romântico e o humor de Marta Gautier prometem um fimde-semana inesquecível, no Troiaresort, no Dia dos Namorados, de 14 a 16 deste mês. Quem quiser pode ficar duas

noites, no Aqualuz Suite Hotel e Troia Residence, a partir de 144 euros. Todos os dias é possível gozar um passeio de barco pelo Estuário e Costa da Arrábida, para ver os Roazes.

ATÉ PODE ser uma recuperação pequena, mas sempre é uma recuperação em tempo de crise. O distrito de Setúbal conseguiu reduzir o número de empresas ligadas ao sector imobiliário que fecharam portas em 2013, face a 2012, invertendo uma tendência que se avolumava desde 2010. Ou seja, no ano passado, a região assistiu a 239 dissoluções, quando no ano anterior tinha assistido a 305. Acresce o facto desta travagem a fundo, equivalente a 66 empresa, ocorrer no ano mais «negro» do sector em Portugal, segundo o presidente da Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas, Reis Campos. Para se ter uma ideia do que está em causa, basta recuar até 2010, onde o Observatório Racius mostra uma realidade totalmente diferente da actual. Já a crise se fazia sentir, quando fecharam a porta apenas 32 empresas no distrito de Setúbal. Sector atacado fortemente em 2012 Os dados oficiais, a que o Semmas teve acesso, mostram que em 2013 encerraram 81 empresas ligadas às actividades imobiliárias e 158 firmas de promoção imobiliária e construção de edifícios. Já em 2012 tinham sido dissolvidas 110 actividades imobiliárias e 195 de construção. Dados actualizados do primeiro mês de 2014 parecem demonstrar que este ano se irá manter a curva descendentes, segundo os especialistas, uma vez o registo está fixado, para já, na dissolução e oito

DR

Sector imobiliário da região aliviou em 2013

Em 2013 encerraram 158 firmas de promoção imobiliária e construção

Sinais de recuperação Recorde-se que apesar da crise em que o país está mergulhado, a regiãoconheceu 2165 novas empresas em 2013, ainda segundo dados revelados pelo Observatório Racius, como o Semmais já avançou. De acordo com as estatísticas empresariais, no distrito de Setúbal foram constituídas mais 378 unidades empresariais do que as 1787 registadas em 2012, tendo o comércio – excepto a venda de automóveis - e a restauração representado as áreas onde recaiu o maior número de investimentos. Trata-se de uma inversão na tendência registada nos últimos anos na região. unidades empresariais. Ainda assim, quer isto dizer que a região não logrou escapar ao alegado «cenário negro» que pintou o sector em 2013 e que «fica para a história como um dos piores de sempre na construção», diz Reis Campos, acrescentando que milhares de trabalhadores foram «atirados» para o desemprego.

O mesmo dirigente espera que «o compromisso para a competitividade, que foi assinado há praticamente um ano com o Governo, comece agora finalmente a dar frutos». Isto é, a definição das obras prioritárias constava desse acordo, daí que o responsável acredite que as obras possam já avançar.

‘Pita’ gere nova loja MultiOpticas em Sines A NOVA loja MultiOpticas de Sines, localizada na Rua António Aleixo n.º 1, é inaugurada dia 10, às 15 horas, e conta com a presença de Ricardo Guedes para dar autógrafos aos fãs. Brígida e Carlos Almeida são os proprietários desta MultiOpticas em regime de franchising, tendo já quatro lojas na região, nomeadamente em Setúbal, Grândola e Sines. São parceiros da

MultiOpticas desde a implementação da marca em Portugal. Justificam a sua aposta na MultiOpticas porque acreditam «nos valores em que a administração se baseia, como o nível de atendimento personalizado, a formação dos profissionais, as consultas de optometria e contactologia gratuitas ao público, a grande diversidade de produtos de marcas ao melhor preço de mercado, os frequentes

acordos com empresas que reúnem um grande número de potenciais clientes e, claro, as campanhas permanentes de marketing, sempre atractivas». O ano passado, a adaptação das lojas a um novo conceito de “óptica do futuro” intensificou o investimento da MultiOpticas, tendo a MultiOpticas Pita em Grândola reaberto em Setembro ao público já com esta novidade.

DESPORTO

Patinagem no VFC O Vitória de Setúbal mantém abertas as inscrições para a secção de Patinagem Artística. O clube pretende aumentar a oferta noo âmbito das modalidades amadoras criando mais um ponto de interesse.

Estrelas de Algeruz celebram 39 anos O GRUPO Desportivo Estrelas de Algeruz, de Palmela, está a festejar os 39 anos de existência. No dia 15, às 21 horas, terá lugar a sessão solene com bolo de aniversário e champanhe. Alunos da escola de dança de salão, as vencedoras da 7.ª Gala da Canção e baile com Nuno Florindo fazem parte do programa das festividades. Joaquim Carvalheiro, presidente da colectividade, realça que a modalidade rainha continua a ser as Danças de Salão, movimentando cerca de 20 atletas de competição. O par Fábio Calvo e Rita Carriço são Campeões Nacionais de Danças Desportivas há nove anos consecutivos. A dupla de irmãos José Carlos Rodrigues e Alberto Rodrigues, que já dançaram nos Alunos de Apolo, são os ensaiadores do Estrelas de Algeruz. Além das Danças de Salão, esta colectividade de Palmela dispõe das modalidades de Taekwondo, Futebol e Chinquilho. O líder da colectividade apela para que os sócios continuem a

DR

NEGÓCIOS

Rita Carriço e Fábio Calvo

«aparecer e a apoiar-nos», sublinhando que, apesar de alguns incómodos causados aos sócios, sobretudo em dias de bailes, o bar da colectividade vai continuar a ser subalugado a particulares. No que concerne a carências, Joaquim Carvalheiro aponta o dedo às «condições monetárias». O município cortou o apoio regular que atribuía à colectividade, existindo neste momento apenas um protocolo para ajuda de 7 mil euros, por ano, às Danças de Salão. «O município apoia-nos nas Danças de Salão porque não querem que deixemos morrer esta actividade que tanta alegria tem dado a todos». Os sócios pagam 2 euros e os não sócios 3 euros no dia da celebração do 39.º aniversário. António Luís

Nadadores do litoral alentejano com boas notas

Telma Monteiro e Ana Cachola no Grand Slam

O CLUBE de Natação do Litoral Alentejano participou com bons resultados nos torneios de Ponte de Sor e Évora. Além de quase todos os atletas presentes em competição no fimde-semana passado terem alcançado melhores máximos pessoais há ainda a registar a conquista de três lugares de pódio no torneio de especialidades realizado na cidade alentejana. Entre os resultados alcançados pelos nadadores do litoral alentejano destaque para Hugo Correia que alcançou mínimos para os campeonatos nacionais de juvenis na prova de 100 metros livres.

AS JUDOCAS Telma Monteiro, do Benfica, e Ana Cachola, do V. Setúbal, fazem parte da comitiva portuguesa que marca presença, este fim-de-semana, em França, no Palácio dos Desportos de Paris-Bercy, no Grand Slam de Paris, uma das competições mais importantes no panorama internacional de judo, pontuável para o Ranking Mundial. Telma Monteiro, que já conquistou a medalha de ouro em 2012 e a de bronze, em 2011, tenta recuperar o título perdido o ano passado, enquanto Ana Cachola participará apenas no estágio da selecção nacional. Esta é uma das primeiras provas internacionais da época e, por isso, os bons resultados em Paris tornamse muito importantes e o facto de que os melhores atletas do mundo estarem presentes nesta competição serve para que os judocas portugueses iniciem a sua preparação para os Jogos Olímpicos de 2016.


LOCAL

animam Setúbal Ed eturBandas milis aliae. Ut dicillit

e quatro bandas, do música portuguesa, que, desde Adis imus.Cinquenta Mos maxim laborer iorehen ihiciunt fuga. Norte ao inimus Sul do País, estão est, a sua génese, em 2005, já contrifacepel inctaesci blant Lo exeribus consequaes inscritas no 10.º buiu para aqui promoção e consovenda et magnita tquibus aut Concurso est, simildeid maionsent, Sábado // Bandas de Garagem de Setúbal, lidação de vários projectos oditiiscia sitem am alianis apidus qui intibero volorrum 08 . Fev . 2014 // musicais. Há prémios moneque decorre ao longofugit de Março. sequi nos audissit quiandis velestrum faceatem www.semmaisjornal.commaxim eossit Este concurso, rampa de lança- exceaqui tários e passaporte para actuidendandis debis alique im dus. mento de lias novos valores da quis ação na Feira de Sant’Iago. doloreped doluptas Nonsecearum es nem ut 9

O imóvel de Tróino está muito degradado

Setúbal pede empréstimo para reabilitar imóvel A obra, a realizar em 2014 e 2015, visa suster o processo de degradação do edifício de interesse municipal. O empréstimo a contraír é superior a 221 mil euros.

Barreiro promove integração social das populações O MUNICÍPIO, entidade parceira do projecto Trilhos-E5G, vai estar representado na assinatura do Relatório de Avaliação 2013. A sessão está marcada para dia 10, às 11 horas, na sede da União das freguesias do Alto do Seixalinho, S. André e Verderena, no Alto do Seixalinho. O Trilhos, projecto da 5.ª Geração do Programa Escolhas (2013-2015), visa a integração social de crianças, jovens e famílias do Alto do Seixalinho.

DR

A Casa das Quatro Cabeças poderá contar com metade do valor das obras

até 50 por cento do investimento total, a amortizar em vinte prestações constantes anuais. A obra, a realizar em 2014 e 2015, visa suster o processo de degradação do edifício, evitando que um imóvel se deteriore de tal forma que possa pôr em causa a sua eventual recuperação. Neste âmbito, a Câmara de Setúbal requereu, com carácter de

Moita sensibiliza técnicos A Comissão de Protecção de Crianças e Jovens apresenta, dia 10, às 17h30, na biblioteca da Moita, o livro “Histórias Difíceis de Contar”, com a presença do líder nacional Armando Leandro. A iniciativa pretende sensibilizar os técnicos que trabalham nestas áreas.

urgência, a declaração de utilidade pública da expropriação da Casa das Quatro Cabeças e respectiva posse administrativa, após os proprietários não acatarem a intimação de realização de obras de conservação. Integrado na malha urbana de Troino, o imóvel tem três pisos e é de planta quadrangular, com cunhais bem marcados em cantaria.

Palmela quer novo centro de saúde O SECRETÁRIO de Estado Adjunto do Ministro da Saúde comprometeu-se a dar resposta até Março, após analisar a situação com a Administração Regional de Lisboa e Vale do Tejo e verificar a viabilidade de afectar verbas do PIDDAC 2014 para construção do novo centro de saúde de Pinhal Novo. O município cedeu terrenos ao Governo em 2002 para a construção daquela unidade, sendo que o projecto de construção está aprovado desde 2012.

Montijo abre Academia Sénior da União de Freguesias «ESTE É um projecto que nos enche de orgulho», afirmou Nuno Canta, presidente do município, que a 31 de Janeiro, inaugurou a Academia Sénior da União das Freguesias de Atalaia e Alto Estanqueiro-Jardia. Para Nuno Canta, a Academia «concebida para responder às

O DIA da Internet Mais Segura celebra-se dia 11 sob o lema “Juntos Vamos Criar uma Internet Melhor”. Para assinalar a data, a biblioteca do Seixal promove, às 18h30, uma sessão de sensibilização sobre navegação segura na internet, dirigida à população em geral. A sessão é da responsabilidade da equipa do SeguraNet. A iniciativa sensibiliza para a utilização da Internet de forma esclarecida, crítica e segura pelas famílias, trabalhadores e cidadãos no geral.

Grândola exige recuperação da EN 120

O

município aprovou na quarta-feira, em reunião pública ordinária, a contratação de um empréstimo para permitir a reabilitação da Casa das Quatro Cabeças. O empréstimo, no valor de 221 mil e 923 euros, a conceder pelo Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana, é imposto por uma candidatura que a autarquia fez ao programa “Reabilitar para Arrendar” para a recuperar aquele imóvel de interesse municipal em avançado estado de degradação. O mencionado programa prevê a concessão de um empréstimo

Sessão sobre internet segura no Seixal

necessidades das pessoas seniores, ao seu direito à autonomia, a uma vida digna e respeitada» não se resume «a um espaço de entretenimento ou a uma partilha de saberes». Para o autarca, será uma resposta capaz de proporcionar «um envelhecimento activo, de aprendizagem ao longo da vida e

impulsionadora de uma verdadeira solidariedade intergeracional». Com esta obra, o município, a União de Freguesias de Atalaia e Alto Estanqueiro reforçam a aposta na promoção e dinamização de espaços e actividades potenciadores de um envelhecimento activo da população.

EM MOÇÃO aprovada, em reunião de Câmara, o executivo exige a urgente intervenção na reparação do troço que liga Grândola a Alcácer do Sal. No documento, o executivo lembra que «cada vez mais este troço é utilizado pelos automobilistas, numa fuga premente à A2, devido ao aumento das portagens e dos preços dos combustíveis, provocando um aumento do fluxo rodoviário, expondo os utentes desta via ao perigo constante de acidentes».

Milhares de crianças no Carnaval de Almada CERCA de 1500 crianças dos estabelecimentos de ensino e IPSS vão protagonizar o desfile de Carnaval das escolas, no dia 27, na Av.ª Rainha D. Leonor. A partir das 14h30, os mais novos cumprem uma tradição com quase duas décadas. O tema deste ano é o 25 de Abril.

Sesimbra dá aulas de culinária CONHECER novas e saborosas formas de confeccionar uma das espécies mais capturadas pela frota de pesca de Sesimbra é um dos grandes atractivos das aulas de culinária com polvo, que regressam aos mercados municipais de Sesimbra e Quinta do Conde, nos dias 14 e 15, das 10 às 12 horas. Esta iniciativa faz parte da campanha Sesimbra é Peixe, e é promovida pela Docapesca, em colaboração com o município e Escola de Hotelaria e Turismo de Lisboa. As inscrições estão abertas até dia 13.

Alcácer participa em encontro de turismo O PRESIDENTE do município Vítor Proença participa no Encontro de Técnicos de Turismo do Alentejo e do Ribatejo que decorre até domingo em Tróia. A iniciativa é promovida pela Entidade Regional de Turismo do Alentejo. O autarca, na qualidade de presidente da Comunidade Intermunicipal do

Alentejo Litoral, é um dos oradores do encontro, que irá debater temas como “O Papel da Informação Turística na Qualificação dos Destinos - Perspetiva Intercultural”; “E-marketing na Promoção do Destino Turístico”; “Embaixadores da Marca Alentejo - Aqui eu sou Feliz”.

Alcochete ensina ciência aos mais novos

Sines com novas taxas para empresas

HOJE e a 15 e 22, e a 1 de Março, às 15h30, decorrem no Forum Cultural quatro workshops sobre Ciência para crianças. As sessões são dinamizadas pela Centrifuga e visam despertar os mais novos para o mundo das ciências e da experimentação. Os participantes vão poder apreender vários conceitos, características e propriedades.

O Regulamento Especifico de Taxas Devidas pelo Licenciamento de Estabelecimentos Industriais do município entrou em vigor no passado dia 6. O regulamento está de acordo com o novo regime de licenciamento dos estabelecimentos industriais, criado pelo Governo em 2012. Deve ser consultado no site do município.

Santiago reclama mais efectivos O PRESIDENTE do município Álvaro Beijinha, e os presidentes das Juntas de Alvalade e ErmidasSado, estiveram reunidos, na passada semana, com o secretário de Estado Adjunto da Administração Interna, Fernando

Alexandre. Os autarcas estão contra a intenção do Governo para que os postos da GNR das duas freguesias funcionem apenas entre as 9 e as 17 horas e exigem o reforço de efectivos nos dois postos.


Fados e tangos em Almada

CULTURA Sábado // 08 . Fev . 2014 // www.semmaisjornal.com

OLÁ AMIGOS! JÁ SABEM ONDE VÃO JANTAR DIA 14 DE

O FÓRUM Romeu Correia, em Almada, acolhe este sábado, às 21h30, o Viagem de Lisboa a Buenos Aires”. Fados de Alexandre Rey Colaço e tangos de Astor Piazzolla, fazem parte do programa deste concerto, inter-

FEVEREIRO?

NOS TEMOS A SOLUÇÃO! POIS, ALÉM DE UMA EMENTA MUITO ESPECIAL IREMOS TER MUITA ANIMAÇÃO E BOA MÚSICA COM JOÃO DA ILHA VERSONS DUO.

10

pretado por Francisco Sassetti (piano) e Vera Morais (flauta). Os arranjos musicais são da autoria dos dois, em conjunto com Dimitriy Varelas. Os bilhetes custam 5 euros e estão à venda na bilheteira do auditório. Há descontos.

Mais de 400 pessoas na plateia

Mestre António Chaínho homenageado com brilho

António Luís

DR

Aplaudido de pé, o mestre da guitarra portuguesa, ‘filho’ de Santiago do Cacém, levou vários convidados de peso e quatro presidentes de Câmara à principal sala de espectáculos das região.

António Chaínho, Marta Dias e Rão Kyao fizeram vibrar o público

O

mestre da guitarra portuguesa António Chainho actuou no dia 31, à noite, no Fórum Luísa Todi, em Setúbal, acompanhado à guitarra clássica por Tiago Oliveira e Rui Silva no baixo. O concerto, realizado no âmbito do ciclo “Luísa Todi Homenageia…”, contou com a participação de Rão Kyão, Marta Dias, Inês Pereira e Ana Vieira. Durante cerca de uma hora e meia, mais de 400 pessoas assistiram a António Chainho a interpretar temas instrumentais com Rão Kyão e as fadistas convidadas atrás referidas. O artista orgulhou-se de ter quatro presidentes de Câmara da região a assistir ao concerto, nomeadamente Dores Meira (Setúbal), Vitor Proença (Alcácer do Sal), Álvaro Beijinha (Santiago do Cacém) e

álbum ainda este ano, e depois apresentá-lo ao vivo numa grande sala em Lisboa e promove-lo durante uma digressão nacional. «Tudo o que fiz até hoje valeu a pena. Fui um pioneiro e abri caminho a outros guitarristas», sublinha. A sua escola de guitarra portuguesa, com 38 alunos, continua a sua actividade em Santiago do Cacém. Álvaro Beijinha referiu que é um «orgulho enorme» António Chaínho ser ‘filho’ de Santiago do Cacém. A seu ver é, sem dúvida, o «expoente máximo da guitarra portuguesa por esse Mundo fora». O autarca, por ocasião dos 50 anos de carreira do artista, garante que o município irá homenagear o mestre «da forma como ele bem merece».

Informamos os nossos clientes que continua ao seu dispor de terça a sexta o prato do dia (menu completo:7.50€) Consulte a nossa página de facebook todos os dias. 969 389 809

MAIS de uma centena de pessoas encheu a Capricho, no dia 1, para participar no Jantar Solidário, que assinalou a estreia da Capricho Big Band e pretendeu realizar receitas para o funcionamento da Escola de Música da Capricho. Em mais de duas horas de concerto, esta nova formação musical da cidade percorreu diversos estilos e períodos da história da música dos últimos cem anos. O público respondeu com unânime e forte aplauso. Nuno Marques, líder da Capricho, fez um balanço «fantástico» da estreia da Big Band, a qual foi presenciada por cerca de 120 pessoas. «É uma formação única

DR

Capricho lançou Big Band a fazer lembrar as grandes orquestras

A equipa do programa Pets & Boing (Sic Mulher) fez-nos uma visita.

FACEBOOK.COM/ACASADOPEIXE

Figueira Mendes (Grândola). António Chaínho mostrou-se «muito satisfeito» com o concerto e considerou o público «espectacular». Além de tecer fortes elogios aos seus músicos, António Chaínho afirmou que Rão Kyão é um músico «de excelência», tendo já gravado com ele “O Fado Bailado”. A Marta Dias foi um «grande sucesso» no disco A Guitarra e Outras Mulheres”, a Ana Vieira é uma cantora «soberba» e Inês Pereira, uma cantora de Setúbal, que canta «muitíssimo bem» fado e tem «grande futuro» pela frente. À beira de comemorar os 50 anos de carreira, António Chaínho, natural de S. Francisco da Serra, em Santiago do Cacém, prevê lançar um novo

Mais de duas horas de concerto

na cidade e uma mais-valia para a colectividade e para Setúbal que passa a ter uma Big Band que recria

as grandes orquestras da era das Big Band´s com um repertório que passa por vários estilos musicais», vinca. Já Eusébio Candeias, adjunto da presidente da Câmara Maria das Dores Meira, mostrou-se satisfeito com a apresentação da Capricho Big Band e vincou que o projecto vem «valorizar a cultura do concelho». A Big Band, composta por 18 músicos e três cantores, irá comercializar espectáculos para eventos e auditórios, um pouco por todo o País, por forma a angariar receitas para os seus músicos e para a escola de música da Capricho e banda filarmónica.


11

08

08

Toy, o cantor de “Estupidamente Apaixonado” e “Chama o António”, dá um concerto na sua terra natal para gravar um DVD ao vivo, que será lançado no primeiro semestre deste ano. Vários artistas amigos do cantor vão marcar presença no concerto onde é feita uma retrospectiva de carreira. Forum Luísa Todi, Setúbal | 21h30.

08

Sábado

A Naifa está de regresso aos espectáculos para uma tour que assinala o 10.º aniversário da banda e que irá levar “As Canções d’A Naifa”, editado a 4 de Novembro passado, aos principais teatros do país. Auditório Augusto Cabrita, Barreiro | 21h30.

Toy grava DVD ao vivo

08

casa da cultura setúbal

muito cá de casa JOSÉ TEÓFILO DUARTE | DDLX jtd@ddlx.pt

Dança sem limites Cada corpo ser é um universo pessoa, limitado por uma linha que define onde cada um começa e acaba. Na partilha de um espaço-tempo, a interacção surge como jogo de proximidades e distâncias, traduzido na forma como os corpos se movem e ocupam o espaço envolvente, na presença do outro. Teatro João Mota, Sesimbra | 22h30.

Individual versus colectivo “Um inimigo do povo”, de Henrik Ibsen, é uma peça que tem sido bem acolhida pelo público. É considerada uma das mais influentes e incisivas peças do autor, pela forma como problematiza a relação entre o domínio individual e o colectivo. Teatro J. Benite, Almada | 21h30.

Sexta

As canções da Naifa

Sábado

Cartaz...

Sábado

Sábado

Sábado // 15 . Fev . 2014 // www.semmaisjornal.com

Conversas de mulheres

14

“Vamos lá perceber as mulheres… mas só um bocadinho” é um monólogo cómico que aborda as situações quotidianas da vida dos casais e das famílias, com texto e interpretação de Marta Gautier, que fala delas, das relações e da vida com a propriedade que a psicologia lhe proporcionou. E com imensa piada! Casino de Tróia | 22h30.

JOSÉ RUY EM SETÚBAL | É a grande referência da Banda Desenhada em Portugal. Começou na “idade da pedra” das artes gráficas. Hoje domina o digital com superlativo rigor. Esta exposição antecipa a publicação da 4ª edição da BD FERNÃO MENDES PINTO E A SUA PEREGRINAÇÃO, e comemora os 400 anos da edição em livro da obra de Fernão Mendes Pinto. Fausto inspirou-se neste trabalho de José Ruy quando pensou gravar o seu histórico álbum Por Este Rio Acima. José Ruy vai estar hoje na Casa da Cultura e vai explicar como tudo começou.

João Pedro Pais actua em Setúbal “IMPROVISO” é o concerto intimista de João Pedro Pais dá no Forum Luísa Todi, em Setúbal, no dia 14, Dia dos Namorados, às 21h30. Tratase de um espectáculo em que os temas do cantautor são abordados de uma forma simples, perto da essência. Em palco estará a formação que o tem acompanhado nos últimos anos e com quem preparou especialmente este espectáculo com entradas a 14 euros. Descoberto no programa “Chuva de Estrelas”, lançou no mercado em Outubro de 2010 o CD/DVD do concerto no Coliseu dos Recreios, naquele que foi o primeiro DVD na carreira de João Pedro Pais. Em Dezembro de 2012, editou o sexto álbum de originais, “Desassossego”, produzido por João Martins Sela e misturado por Adam Kasper.

Radiohead

tocam na nova novela da TVI A banda setubalense Radiohead tem um novo tema a passar na nova telenovela da TVI “O Beijo do Escorpião”. Trata-se de “Freedom”, da autoria de Eugénia Ávila Ramos e de Carlos Barreto Xavier. Esta é a segunda vez que uma música desta banda consta na trilha sonora de uma telenovela da estação de Queluz de baixo, depois de “Wonder Woman” ter feito parte da novela “Belmonte”. Ambas as músicas foram retiradas do álbum de estreia “Wonder Woman” que será lançado este ano para o

mercado. «Estamos muito orgulhosos em mostrar, a nível nacional, mais um tema nosso. Esse tema é como um grito de guerra e libertação àquele amor que todos tivemos em alguma parte da nossa vida e que nos tentou mudar a todos os níveis», argumenta o vocalista João Mendonza. Enquanto não é lançado o disco, a banda prossegue a sua divulgação em rádio, televisão e redes sociais. Para breve irá também ser marcada uma digressão nacional dos Radiohead.

Ofertas Semmais - Ligue 965 588 572 e peça os seus convites “Robin dos Bosques” para miúdos e graúdos

Filipe La Féria continua a apresentar, para miúdos e graúdos, no teatro Politeama, “Robin dos Bosques”, a célebre obra da literatura de aventuras. Nesta nova viagem de Filipe La Féria ao imaginário mundo dos heróis da literatura de aventuras, o director artístico do Politeama aposta no

mítico Príncipe dos Ladrões, Robin dos Bosques, um nobre fora-dalei, acompanhado por João Pequeno, Trovador, Pastelão, Pulga e Pitosga, o seu bando, que conta também com Frade Feijão numa luta sem tréguas contra o terrível Xerife de Nottingham, a Bruxa Camafeu e o maléfico Príncipe João, que roubou o trono ao seu irmão Ricardo Coração de Leão. Entre emboscadas e batalhas contra os ricos corruptos, Robin dos Bosques luta ainda pelo amor de Lady Marian, a sobrinha do Rei Ricardo, um amor que conta com a cumplicidade da Aia Briolanja, que suspira pelo casamento de Lady Marian com Robin. Este belo espectáculo é representado de terça a sexta às 11 da manhã e às 14 horas para as escolas, e às 15 horas de sábado e domingo para o público em geral.

“Viva o Casamento” “Viva o Casamento”, uma comédia dramática, romântica e musical de Fernando Gomes, continua em cena no Teatro Municipal do Barreiro, às sextas e sábados às 21h30, pela companhia local ArteViva. Fernando Gomes inspirou-se na novela de Eça de Queirós “Alves & Cia” ao (re)escrever “Viva o Casamento”. No triângulo amoroso desta novela reencontramos as demissões e ambiguidades do quotidiano. A acção decorre em Lisboa, no início dos anos 60.

JOSÉ RUY começou por tirar o curso de desenhador litógrafo, na António Arroio. Estreou-se nos desenhos para impressão gráfica aos nove anos, no suplemento A Abelha, da revista Colecção de Aventuras. Publicou a sua primeira história aos quadrinhos com catorze anos. Nunca mais parou. O Papagaio recebeu os seus primeiros traços a sério. Depois, outros desenhos foram povoando as mais diversas edições impressas. Fez capas de livros, ilustrações de novelas e as famosas histórias aos quadradinhos. Trabalhou para o Mosquito, O Gafanhoto, O Camarada, Cavaleiro Andante, Jornal da BD, Tintin, Spirou, selecções BD, Mundo Feminino, Almanaque Alentejano, Almanaque do Algarve, Humanidade, Selecções

de Mecânica Popular, Mama Suma, Diário de Notícias, entre muitos outros. Tem publicados dezenas de trabalhos de banda desenhada. Deu a conhecer histórias da História de Portugal e do Mundo. É um incansável divulgador desta actividade, percorrendo escolas e organismos culturais. Também experimentou a realização de documentários, sendo esta uma actividade paralela ao trabalho que desenvolve, igualmente raiada de autenticidade comunicacional. Comunicar é o ofício de José Ruy. Escolheu os desenhos para o fazer. Os desenhos são a sua voz. A exposição abre hoje, às cinco e meia da tarde, e vai ficar nas paredes da Casa até ao dia 11 de Março. Convidados.

muito cá de casa | no ateliê do artista

Organização: DDLX | Câmara Municipal de Setúbal - Divisão de Cultura. Apoio: PNET Literatura | Culsete | Ler de Carreirinha | BlogOperatório | SemMais. Casa da Cultura | Setúbal | Rua Detrás da Guarda, 28.


Sábado // 08 . Fev . 2014 // www.semmaisjornal.com 12

Trabalhadores da Autoeuropa vão receber mais de 2 milhões em prémios A PRODUÇÃO no ano passado ficou abaixo dos 100 mil veículos mas, ainda assim, a Autoeuropa vai atribuir os prémios de objectivos aos trabalhadores. O valor dos prémios deverá ultrapassar os 2 milhões de euros. Porque «a redução do volume de produção não anula a atribuição dos prémios aos colaboradores», no próximo mês de Março, os trabalhadores da Autoeuropa vão receber o prémio por objectivos, conforme consta no acordo laboral em vigor, garante fonte oficial da Autoeuropa .

«Em média», acrescenta o coordenador da Comissão de Trabalhadores da Autoeuropa, António Chora, «cerca de 90 por cento dos 3 662 trabalhadores» vai receber o prémio. O facto de a produção, no ano passado, ter ficado abaixo dos 100 mil veículos, não vai travar o pagamento dos prémios, até porque, acrescenta a mesma fonte, «a formulação do prémio contempla outros aspectos da performance global da empresa, como a redução dos custos por unidade produzida, os índices de

qualidade dos produtos, a produtividade e a adopção de práticas de melhoria continua». No caso dos técnicos, o prémio vai rondar os 661,5 euros. Um montante que tem em linha de conta o desempenho de cada funcionário, já que o resultante do desempenho da fábrica foi pago no final do ano passado. Em 2012, o valor do prémio foi de 938 euros, tendo a produção atingido os 133 mil carros, ou seja, um valor muito superior ao registado no ano seguinte (abaixo dos 100 mil).

Carlos Beato não receia «gincanas politicas» da CDU O EX-PRESIDENTE da Câmara de Grândola, Carlos Beato, considera «no mínimo estranha» a intenção da autarquia em realizar uma auditoria a uma gestão que muitos classificaram como uma década de ouro, com obra reconhecida e à vista de todos». Carlos Beato, que afirmou não querer comentar assuntos relacionados com a autarquia a que presidiu durante quase doze anos, dadas as suas funções actuais, lembrou, a insistência do Semmais, que deixou o município, em 2012, com «uma das dívidas mais equilibradas de toda a região de Setúbal», segundo os dados oficiais do Anuário Financeiro dos Municípios Portugueses. E com um dos melhores rácios de pagamento a fornecedores. Também não compreende que a actual maioria tenha manifestado a intenção de proceder à auditoria através de empresas privadas e não da Inspecção Geral das Autarquias Locais, o que, segundo o próprio, pode querer dizer

Carlos Beato

que o objectivo «é fazer gincana política com coisas sérias». Responsabilidades da Administração Central Sobre alegadas irregularidades, o ex-autarca, que diz ter tido uma honra presidir à Câmara de Grândola durante os mandatos que a lei permitiu, afirma que «nunca foi prática da sua gestão cometer ilegalidades, nem sequer de carácter processual». E sobre as «insinuações» que têm sido feitas a esse propósito é contundente: «Se alguém está a querer referir-se à aquisição do

terreno para construção de um novo estabelecimento prisional em Grândola, para substituir a actual cadeia de Pinheiro da Cruz, seria bom que o anterior e o actual governo fossem chamados a assumir as suas responsabilidades, nomeadamente quanto a prazos e compromissos não assumidos». Beato garante que, nesse processo, «foi tudo protocolado entre a administração central e o poder local». E a dilação dos prazos, que terá conduzido ao impasse da aquisição do terreno, foram ultrapassados «mas têm que se saber porquê… e levar isso às últimas consequências». Recorde-se que o pedido de auditoria às contas dos anteriores executivos foi solicitado pelos vereadores do PS, agora na oposição, com o objectivo de dissipar «insinuações». Ricardo Campaniço e Graça Guerreiro sublinharam em Sessão pública da Câmara que «quem não deve, não teme».

A PROCURADORAGERAL da República (PGR), Joana Marques Vidal, rompeu o silêncio no processo relativo à tragédia do Meco, para contestar quem tem acusado as autoridades de não terem começado a investigar as seis mortes logo depois da Polícia Marítima chegar ao terreno. «O Ministério Público abriu inquérito logo após a ocorrência da tragédia. O processo não esteve parado», assegurou. Joana Marques Vidal falava pela primeira vez sobre a polémica que envolve o caso em entrevista à RTP, tendo referido que, inicialmente, o inquérito esteve a cargo da Comarca de Sesimbra, tendo depois sido avocado por um magistrado, com mais experiência e de grau superior, do Tribunal de Almada, face «a alguma complexidade e ao impacto social do caso». Recorde-se que à cabeça das críticas, sobre a forma como o processo foi conduzido, surgiu o próprio ex-procurador-geral a República, Pinto Monteiro, a dar nota negativa à forma como o Ministério Público actuou

DR

PGR garante que processo do Meco nunca esteve parado

ÚLTIMA

A polícia marítima tomou conta da ocorrência na primeira linha

no início deste caso. Porém Joana Marques Vidal justificou que «a Polícia Judiciária foi chamada quando o MP entendeu que devia ser». Advogado das famílias tem pressionado caso As próprias famílias e o seu advogado têm questionado o início alegadamente tardio do processo de investigação, bem como a preservação de eventuais provas. Os pais não entendem, por exemplo, como é que os telemóveis das vítimas andaram

por várias mãos, chegando à própria universidade Lusófona, onde foram entregues aos respectivos familiares. O sobrevivente do Meco deverá ser inquirido nos próximos dias pela PJ de Setúbal, após a investigação reunir os depoimentos de várias testemunhas e algumas peritagens. O ´Dux` João Gouveia, que liderou o fimde-semana em Aiana de Cima, onde os jovens alugaram uma moradia, deverá ser ouvido em simultâneo com a reconstituição forense. Pub.


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.