Semmais 08 outubro 2016 by Semmais Digital

semmais Distrito conta 400 idosos com 100 anos de idade Até final do ano passado, a região contava com 400 pessoas já com um século de vida, segundo dados do Instituto Nacional de Estatísticas a que o Semmais teve acesso. Só nos últimos quatro anos, o número de pessoas com 100 ou mais anos de idade residentes na região duplicaram. De acordo com os mesmos dados, e durante o período mencionado, o número de mulheres que atingiu esta vetusta idade duplicou, enquanto o dos homens triplicou.

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LÍDER HISTÓRICO DA CÁRITAS DE SETÚBAL CESSA FUNÇÕES POR ALEGADO DESGASTE Após 31 anos de liderança da Cáritas Diocesana de Setúbal, Eugénio Fonseca decidiu retirar-se da presidência da instituição, fazendo um agradecimento público a Deus, aos pobres e excluídos da região, ao bispo que o nomeou e aos seus sucessores, aos colaboradores e clérigos, à região e à população em geral. Ao longo da semana recusou sempre fazer mais comentários. Fontes do Semmais falam em «desgaste» e alegadas «manobras» de um grupo de clérigos.

Sábado 08 | Outubro | 2016

Diretor Raul Tavares Semanário | Edição 920 | 9ª série Região de Setúbal Distribuído com o Expresso Venda interdita

SOCIEDADE PÁGINA 5

NÚMERO DE BOMBEIROS NA REGIÃO AUMENTAM E VOLUNTÁRIOS TAMBÉM O distrito conta neste momento com 1632 soldados da paz, sendo que 548 destes são profissionais ou assalariados. Os dados são do Ministério da Administração Interna e revelam que a maior parte dos operacionais são homens entre os 30 e os 50 anos de idade.

DESPORTO PÁGINA 11

VITÓRIA DE SETÚBAL ABRE ESCOLA DE GUARDA-REDES COM SILVINO AO LEME O antigo guarda-redes do Vitória e do Benfica, Silvino Louro, adjunto de José Mourinho, é o patrono da nova escola de guarda-redes do clube sadino, um projeto que o deixa «muito orgulhoso». O presidente, Fernando Oliveira, está entusiasmado com o projeto.

NEGÓCIOS PÁGINA 12

TERRITÓRIOS DA BAIA DO TEJO LEVA “LISBON SOUTH BAY” A MUNIQUE O potencial dos territórios geridos pela Baia do Tejo, e integrados no projeto que une as duas margens do Tejo, designado por “Lisbon South Bay” esteve em evidência na “Expo Real”, Munique, uma das mais importantes feiras internacionais do imobiliário.

A SEMANA

CÂMARA MUNICIPAL DE ALCÁCER DO SAL DISTINGUE ALUNOS DO CONCELHO

Dez alunos do concelho agraciados com Prémios de Mérito Municipal Escolar

0 alunos do concelhos foram agraciados pela Câmara Municipal de Alcácer do Sal com Certificados de Mérito Municipal Escolar atribuídos numa cerimónia que decorreu na terça-feira (4 de outubro) à noite no Salão Nobre dos Paços do Concelho na presença de pais, familiares e amigos. Os Certificados de Mérito Municipal Escolar e o correspondente prémio monetário de 150€, 250€ e 400 euros, atribuído anualmente pelo Município, evidencia e celebra o empenho e conquistas dos alunos do concelho no 2º e 3º ciclos do Ensino Básico, Ensino Secundário e Ensino Secundário Profissional, destacando-os como referência e exemplo para os

seus colegas. “Em muitos pontos do mundo, as crianças não têm oportunidade de frequentar a escola, nem têm as mesmas condições de acesso aos estudos. Estes alunos agarraram a sua oportunidade, trabalharam arduamente e estão de parabéns por tudo o que alcançaram”, referiu o presidente da Câmara Municipal de Alcácer, Vítor Proença, na cerimónia. O autarca salientou ainda o apoio fundamental dos pais no trajeto escolar destes jovens e o trabalho dos professores e educadores. A par do presidente da Câmara Municipal, estiveram presentes na entrega dos Prémios de Mérito Escolar Municipal os vereadores Manuel Vítor de Jesus, Ana Soares e

Nuno Pestana; o presidente da Assembleia Municipal, António Balona; o presidente da Junta de Freguesia do Torrão, Virgílio Silva; o diretor do Agrupamento de Escolas do Torrão, Jorge Magarreiro; professores, familiares e amigos dos jovens distinguidos. Os alunos do concelho que no ano letivo 2015/ 2016 se destacaram com uma excelente prestação escolar e que, por isso, receberam uma oferta simbólica, um cheque de apoio aos estudos e um Diploma de Mérito Escolar Municipal foram: Leonor Pereira, Ana Lopes e Irina Sombreireiro (2º ciclo do ensino básico do Agrupamento de Escolas de Alcácer do Sal); Vanessa Galego (2º ciclo do ensino

básico do Agrupamento de Escolas do Torrão); Beatriz Pereira, Pedro Candeias e Madalena Batista (3º ciclo do ensino básico do Agrupamento de Escolas de Alcácer do Sal); Margarida

Costa (3º ciclo do ensino básico do Agrupamento de Escolas do Torrão); José Marques (ensino secundário - prémio entregue ao seu irmão em sua representação); Duarte Tavares

(ensino secundário profissional). A Câmara Municipal de Alcácer do Sal congratula estes alunos e faz votos de um excelente percurso escolar, pessoal e profissional.

GNR detém dois homens por tráfico de droga em Sesimbra

ilitares do Núcleo de Investigação Criminal de Setúbal da GNR detiveram, no dia 3, em Sesimbra, dois homens de 26 e 29 anos, por tráfico de estupefacientes. A ação decorreu no âmbito de um processo de investigação por crime de tráfico de estupefacientes, que decorria há cerca de um ano e dois meses, e cujas duas primeiras detenções ocorreram em fevereiro passado, altura em que os militares apreenderam 2 mil doses de haxixe. Desde essa altura e após diversas diligências foram agora detidos mais

dois suspeitos no decorrer de uma operação que envolveu duas buscas domiciliárias, que permitiram ainda apreender: 1648 doses de haxixe; três Lcd’s; três computadores portáteis; duas viaturas; dois quadriciclos e um motociclo. Esta operação contou com o apoio dos militares do Posto Territorial de Sesimbra, do Destacamento de Intervenção de Setúbal, e do Grupo de Intervenção de Operações Especiais e do Grupo de Intervenção Cinotécnico da Unidade de Intervenção. Os suspeitos foram presentes a tribunal.

Cristina H. Melo na galeria da Casa da Cultura

Roubo de máquina na escola deixou alunos sem aulas

or causa de um assalto, centenas de alunos da escola EB 2,3 do Monte de Caparica, em Almada, não tiveram aulas na manhã do passado dia 3.

A escola terá sido invadida ainda de madrugada por desconhecidos, que fugiram do local com uma máquina de carregamento de cartões. O equipamento foi retirado através de uma rede late-

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ral da escola, desconhecendo-se o montante do dinheiro no seu interior. A GNR, através do programa Escola Segura, tomou conta desta ocorrência. As aulas foram retomadas às 13 horas.

É um trabalho surpreendente, este que Cristina H Melo mostra agora, em primeiro olhar, na Casa Da Cultura | Setúbal. Helder Moura Pereira escreveu o texto para o catálogo. Um belíssimo texto que a linhas tantas diz isto: — Depois do canto, do último grito, de um ai ou da mudez total, todos os seres passam a objectos, transformáveis, portanto. O tronco de árvore que se vê a abrir já é outra coisa, tudo já é outra coisa. A deterioração de carne e ossos, o lixo, a erosão, o apodrecimento, os destroços, o abandono – sinais de ciclos de vida e fatalidade e intervenções nela captadas por este olhar que sabe como a matéria não é senão, como escreve Luiza Neto Jorge, “uma hora de os objectos estarem”. Abertura hoje, sábado, às 18:30 horas. Isto é um convite. Até já.

SOCIEDADE

EM QUATRO ANOS O NÚMERO DE HOMENS QUE ATINGIRAM OS 100 ANOS TRIPLICOU, NO CASO DAS MULHERES DUPLICOU

Distrito tem mais de 400 pessoas com 100 anos Os números são do Instituto Nacional de Estatística e referem-se a números até final do ano passado. Segundo a mesma fonte, a esperança de vida à nascença e aos 65 anos continua a aumentar na região e que as mulheres vivem mais 5,87 anos do que os homens. TEXTO ROBERTO DORES IMAGEM SM

m apenas quatro anos duplicaram os residentes na região que ultrapassaram o século de vida, segundo dados revelados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). No final de 2015 o distrito somava mais de 400 pessoas com 100 ou mais anos. A mesma fonte divulgou ainda que a esperança de vida à nascença e aos 65 anos continua a aumentar na região e que as mulheres vivem mais 5,87 anos do que os homens. Enquanto o número de mulheres centenárias duplicou no distrito, os homens que atingiram os 100 anos triplicaram, em parte devido a mudanças de comportamento, segundo admite Maria João Quintela, presidente da Associação Portuguesa de

Psicogerontologia. «Os homens fumam menos, têm mais cuidados de saúde, praticam atividade física», diz, alertando que «antes faziam exercício no trabalho, mas não é a mesma coisa». Ainda assim, continua a ser maior o número de mulheres do distrito a chegarem ao século de vida, quase à ordem de duas mulheres por cada homem. Uma realidade que o investigador Oscar Ribeiro atribui ao maior acesso aos cuidados de saúde, justificando que a população envelhecida e com doenças crónicas «vê agora o seu estado mais e melhor monitorizado». Por ser tão recente, o fenómeno está por explorar cientificamente no que toca ao seu perfil. Só para se ter uma ideia, hoje a região tem quase tantas pessoas centenárias como aquelas que existiam em todo o país no

ano 2000 (589 idosos) enquanto em 1970 havia 600 centenários em Portugal. Os investigadores chamam-lhe a quarta idade e admitem ter pouco conhecimento sobre ela, ignorando, para já, onde residem ou se têm qualidade de vida. Na verdade, as pesquisas desenvolvidas em Portugal têm recaído sobre idosos mais novos, mas Oscar Ribeiro reconhece que «o conhecimento acerca dos idosos jovens pode não ser aplicável à realidade dos mais velhos». Ou seja, com mais de 85 anos. «Mais importante do que a idade, é importante considerar a autonomia», diz o investigador. MAIS ESPERANÇADE VIDA PARA TODOS Entretanto a esperança média de vida no Alentejo também aumentou. Entre 2008 e 2010 era

de 79,29 anos, mas entre 2013 e 2015 essa esperança de vida subiu para 80,50 anos, segundo as tábuas de mortalidade divulgadas pelo INE. Os novos dados revelam um ganho maior para os homens, equivalente a 1,19 anos, do que para mulheres (1,04 anos). Também a esperança de vida aos 65 anos tem vindo aumentar. Segundo as últimas estatísticas que atingem aquela idade um cidadão pode esperar viver em média mais 19,19 anos. O INE esclarece que a construção das tábuas de mortalida-

de e o cálculo da esperança de vida da população é um estudo estatístico que se realiza anualmente, abrangendo toda a população residente em Portugal, com base em informação proveniente de outras operações estatísticas, da área da demografia, desenvolvidas pelo mesmo instituto. Este estudo enquadra-se no âmbito dos projetos de produção de estatísticas derivadas, uma vez que a informação produzida consiste na integração de dados de várias fontes de produção estatística primária.

UMA PARCERIA ENTRE A UNIÃO DE FREGUESIAS E O IEFP-CENTRO DE EMPREGO DO SUL DO TEJO

Contato direto com as empresas marcou pontos na Semana Empresarial na Freguesia de Santo André

União de Freguesias do Alto do Seixalinho, Santo André e Verderena em parceria com o Instituto de Emprego e Formação Profissional – Centro de Emprego do Sul do Tejo, encerrou no dia 30 de Setembro a Semana Empresarial, iniciativa que proporcionou o contacto com várias empresas da área da freguesia de Santo André. A encerrar a Semana Empresarial que decorreu nas instalações da antiga Junta de Freguesia de Santo André, Carlos Moreira, Presidente da União de Freguesias de Alto do Seixalinho, Santo André e Verderena, Maria do Carmo Guia, Diretora do Centro de Emprego do Sul do Tejo e Patrícia Lourenço, Diretora Adjunta, avaliaram os resultados dos contactos com as empresas. Carlos Moreira, presidente da União de Freguesias do Alto do Seixalinho, Santo André e Verderena, afirmou que «a iniciativa trouxe mais-valia, contribuindo para conhecer melhor as empresas e o nosso tecido empresarial».

O presidente da União de Freguesias do Alto do Seixalinho, Santo André e Verderena, sublinhou ainda que o objetivo central da realização da Semana Empresarial é «dar contributos para a resolução do principal problema do país e do Barreiro, a criação de emprego». O Autarca referiu que a Semana Empresarial irá prosseguir nas áreas da Freguesia do Alto do Seixalinho e da Verderena. CARMO GUIA REALÇA CONTATO COM REALIDADE CONCRETA A Diretora do Instituto de Emprego e Formação Profissional – Centro de Emprego do Sul do Tejo, Maria do Carmo Guia, referiu a importância da realização desta semana empresarial em parceria com a União de Freguesias, permitindo o contato direto com empresários de diversos setores de atividade. Os objetivos que nortearam esta iniciativa foram inteiramente cumpridos, constatando-se uma notória valorização por parte dos empresários, que manifestaram disponibilidade no sentido de colaborarem com o IEFP.

Neste ciclo de visitas, Maria do Carmo Guia, sublinha a importância da divulgação dos Serviços que o IEFP disponibiliza enquanto Serviço Público de Emprego, nomeadamente serviços especializados de recrutamento e seleção, com a finalidade de integrar trabalhadores à procura de emprego e simultaneamente correspon-

der às necessidades de recrutamento das empresas e desta forma poder contribuir para o desenvolvimento do tecido empresarial da região. Finalmente Carlos Moreira, presidente da União de Freguesias, referiu a importância dos Parques Empresariais da Rebelas e de Sete Portais, no tecido empresarial da fregue-

sia e do concelho do Barreiro, recordando que os empresários ali instalados, sofreram, também os efeitos da recente crise que abalou o país e o povo português. Nestas visitas também estiveram presentes os membros do Executivo da União de Freguesias, António Marques, Alice Gomes e Cláudia Antunes.

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SOCIEDADE

MAIS UMA VEZ A CIDADE SADINA VAI COMEMORAR O MAR NUMA PARCERIA COM O PORTO DE SETÚBAL

Semana do Mar com atividades náuticas para todos os gostos Os navios mais emblemáticos da armada portuguesa voltam a sulcar o Sado e mostrar-se à população. Mas há também palestras, num programa em que reina o espírito marítimo da nossa história. TEXTO ANTÓNIO LUIS IMAGEM SM

isitas aos navios Sagres e Creoula e à caravela Vera Cruz, veleiros ao luar com street food e animação musical, e passeios em embarcações tradicionais são atividades da Semana do Mar, que decorre em Setúbal, de 10 a 16. O evento, organizado pelo município e APSS, começa dia 10, às 17h30, com a inauguração da exposição “Pescadores de Setúbal - olhares do passado, desafios do presente”, no cais 2. Após uma encenação baseada no texto “Os Pescadores”, de Raul Brandão, pelo Grupo Galateia, segue-se, às 19h30, cocktail de degustação. Dia 11, às 15 horas, o Fórum Luísa Todi recebe a palestra “Experiências Náuticas Surpreendentes”, com Francisco Lufinha, que em 2015 bateu o re-

corde mundial da maior viagem de kitesurf sem paragens. Segue-se a palestra “Os primórdios da atividade portuária no Estuário do Sado – do período Fenício até à Idade Média”, por Carlos Tavares da Silva, a realizar, às 17 horas, no auditório da APSS, e, às 21h30, o concerto da Banda da Armada, no Fórum Luísa Todi. Dia 13 decorre o 3.º seminário “Valorização Sustentável dos Recursos do Mar – Oportunidades da Economia Azul para a Região de Setúbal”, às 9h30, no Fórum Luísa Todi. CÂMARA APRESENTA PROJETO INOVADOR “SETÚBAL SOS” Às 16 horas, na Casa da Baía é apresentado um projeto do município, na área da Proteção Civil, inovador a nível nacional, o “Setúbal SOS”. A chegada do Sagres e de uma lancha de fiscalização rápida da Marinha,

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acontece no cais 2, às 18 horas. Há visitas públicas, das 20 às 23 horas. Gastronomia, animação musical e stands institucionais integram a iniciativa veleiros ao luar, que decorre de 13 a 15, até

às 23 horas, no cais 2. O Creoula e a Vera Cruz juntam-se ao Sagres às 10 horas do dia 14, e as três emblemáticas embarcações recebem, das 10 às 17 horas, a visita dos alunos. Há batismos de mar

na lancha de fiscalização rápida, das 10 às 18 horas, e visitas públicas ao Creoula e à Vera Cruz, das 14 às 23 horas. A 15, prosseguem as visitas às embarcações, incluindo o Sagres, das 10 às

23 horas, e passeios no Sado a bordo do Zé Mário, Hiate de Setúbal e Maravilha do Sado. No mesmo dia, decorre a Regata Dia Mundial do Mar, às 10 horas, e um desfile náutico às 10h30, no dia 16.

SOCIEDADE

REGIÃO CONTA COM 1632 SOLDADOS DA PAZ, SENDO QUE 548 SÃO PROFISSIONAIS OU ASSALARIADOS

Bombeiros do distrito aumentam e voluntários estão em maioria Segundo estatísticas do Ministério da Administração Interna, a maioria dos operacionais são homens entre os 30 e os 50 anos, voluntários, e mais de metade tem o 9.º ano de escolaridade ou menos. TEXTO ROBERTO DORES IMAGEM SM

região tem um total de 1632 bombeiros – 1084 voluntários e 548 assalariados – sendo a maioria homens entre os 30 e os 50 anos. Mais de metade tem o 9.º ano de escolaridade ou menos e trabalham nas corporações espalhadas pelo distrito. Eis o perfil atual dos bombeiros da região, cujo número tem vindo a aumentar nos últimos anos, segundo as estatísticas do Ministério da Administração Interna (MAI). Este número, segundo o presidente da Liga de Bombeiros, é suficiente e uma prova de que não existe crise no voluntariado. «O voluntariado está bem e recomenda-se. A crise que existe, e é profunda, é ao nível dos poderes públicos que, por vezes, não compreendem a importância das estruturas de socorro», sublinha

Jaime Marta Soares. Ainda segundo as estatísticas agora tornadas públicas, mais de um terço (35%) dos bombeiros voluntários têm pouca experiência no terreno, tendo entrado há menos de seis anos para as corporações.

MAIS NOVOS ACOMPANHADOS PELOS MAIS VELHOS Ainda assim, Jaime Marta Soares recusa a ideia de que possa haver inexperiência nos quartéis, justificando que o ingresso obriga a formações técnicas “muito exigentes”, além de que os elementos mais jovens «são acompanhados, nos teatros de operações, por bombeiros mais velhos e experientes». Outro dado curiosos mostra que 14% dos bombeiros já têm mais de 50 anos, embora a faixa etária que conta com mais elementos é a dos 31 aos 50 anos, idade de quase metade do total de bombeiros.

Baixa da Banheira só tem quatro médicos para 24 mil utentes

Comissão de Utentes de Saúde da Baixa da Banheira (Moita) exige mais médicos para dar resposta às necessidades da população, tendo reunido esta semana com a direção do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) Arco Ribeirinho, a quem pediu medidas de exceção, defendendo que a falta de médicos por estas paragens só se resolve com a construção do novo centro de saúde reclamado há vários anos. O quadro clínico prevê 14 médicos, mas há apenas nove, estando cinco de baixa. Ou seja, há algumas semanas que só há quatro médicos ao serviço à ordem de dois por dia para um total de 23780 utentes inscritos no Centro de Saúde.

CENTRO APENAS CONSEGUE ATENDER 20 PACIENTES «É insuficiente e um caos», segundo José Fernandes, representante da comissão de utentes, justificando que quase diariamente se juntam largas dezenas de pessoas à porta do centro de saúde para tentarem garantir uma consulta, mas apenas cerca de 20 pacientes o conseguem. No encontro com o ACES também marcou presença o presidente da União de Freguesias da Baixa da Banheira e Vale da Amoreira, Nuno Cavaco, que assistiu ao momento em que os utentes reclamaram «medidas de exceção» junto do diretor do agrupamento, que se comprometeu a alargar para 56 horas os médicos contratados.

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SOCIEDADE

SETOR DA CONSTRUÇÃO CIVIL CONTINUA A SER O QUE REGISTA MAIOR SINISTRALIDADE

Acidentes de trabalho fazem o dobro de mortes na região De 1 de Janeiro a Setembro deste ano foram registadas oito mortes e oito feridos graves. Um balanço acima do último ano, que registou menos 5 mortes. A Autoridade para as Condições de Trabalho garante que vai intensificar a fiscalização. TEXTO ROBERTO DORES IMAGEM SM

s acidentes de trabalho mortais no distrito de Setúbal aumentaram drasticamente em 2016. Oito mortes e oito feridos graves é o balanço oficial entre 1 de janeiro e 29 de setembro, o que significa que em apenas nove meses foram superados os valores de 2015 (com três vítimas mortais) e 2014 (seis). Os dados são revelados pela Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT) e mostram que a significativa subida da mortalidade surge associada à construção, que continua a ser o setor de atividade com maior sinistralidade, seguida pelas indústrias

transformadoras e pela agricultura e pescas, enquanto a maioria das vítimas são homens com idades entre os 45 e os 54 anos. Desde o início deste ano que a ACT avançou com inspeções às empresas onde ocorreram acidentes de trabalho mortais ou graves em 2015, visando evitar a repetição de erros e de comportamentos que originem novos acidentes. «O inquérito de um acidente de trabalho feito por um inspetor deve ser um instrumento transformador do local de trabalho», refere Pedro Pimenta Braz, inspetor-geral da ACT. MICRO E PEQUENAS EMPRESAS SÃO AS DE MAIOR PREOCUPAÇÃO Por essa razão, a prioridade tem sido inspecionar as empresas onde ocorreram acidentes no

ano passado e, em 2017, essa prática repetir-se-á em relação aos sinistros registados este ano. As micro e pequenas empresas são a maior preocupação da ACT, uma vez que mais de 60% dos acidentes mortais acontecem em firmas com menos de 49 funcionários. Ainda assim, os números de 2016 na região mostram melhorias em comparação com os anos transatos relativamente aos aci-

dentes graves. Em 2015 tinha sido reportado um claro agravamento, passando de 16 vítimas em 2014 para 25 no ano passado, enquanto até à data a região lamenta oito casos, um dos registos mais baixos da década. É considerado pela ACT como acidente de trabalho «todo o acontecimento inesperado e imprevisto, incluindo os atos de violência, derivado do trabalho ou com ele relaciona-

do, do qual resulta uma lesão corporal ou mental, de um ou vários trabalhadores». São também considerados nas estatísticas os acidentes de viagem, de transporte ou circulação, nos quais os trabalhadores ficam lesionados e que ocorrem por causa, ou no decurso, do trabalho, isto é, quando exercem uma atividade económica, ou estão a trabalhar, ou realizam tarefas para o empregador. v

MARCELO REBELO DE SOUSA PRESIDIU À INAUGURAÇÃO DO MUSEU DA MÚSICA MECÂNICA

«Espero que este museu seja o palco de um concerto de música antiga»

O Museu da Música Mecânica foi inaugurado oficialmente no dia 4, com a presença do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa. Localiza-se em Arraiados, na freguesia de Pinhal Novo e está orçado em milhares de euros graças à intenção de um colecionador privado. O sonho de uma vida de Luís Cangueiro tornou-se realidade. TEXTO ANTÓNIO LUIS IMAGEM SM

arcelo Rebelo de Sousa, que era esperado por dezenas de pessoas nas ruas circundantes do museu, classificou o projeto de «obra de paixão» e reconheceu que é um bom exemplo da «preservação da memória» que nos «enche de nostalgia». A seu ver, trata-se de um projeto «musical, tecnológico e sentimental», cujas mais de 600 peças têm valor «afetivo e estimativo». O Museu da Música Mecânica é uma «pequena história» da vida privada. «Estas peças espantam-nos e comovem-nos, transportando em nós o amor de uma época da vida e da história, através de uma simples manivela», vinca.

Luís Cangueiro, o mentor do projeto, revelou que o investimento ronda «os milhares de euros», tanto no edifício como na coleção. «Foram as economias de muitos anos, sem qualquer apoio, a não ser a isenção de metade das taxas de licença de construção», contou, emocionado. «Espero que as pessoas descubram estas peças muito ricas e algumas únicas. Vamos fazer todos os possíveis para divulgar o museu. Isto não é um museu de Palmela mas sim de Portugal, porque é único no País», sublinhou Luís Cangueiro, que recorda que as peças foram adquiridas através de antiquários que se dedicavam a este género de peças, oriundas da Europa e Estados Unidos. O presidente do município de Palmela, Álvaro Amaro, afirmou que o equipamento priva-

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do, de «grande qualidade», constitui uma «nova oferta turístico-cultural e um polo didato-pedagógico» que acrescenta «mais valor» à comunidade que irá atrair muitos visitantes. Este museu visa o estudo, preservação, valorização, divulgação e fruição de uma coleção particular representativa da música mecânica, de decorrente sobretudo entre os finais do séc. XIX até à década de 30 do séc. XX. O museu integra diferentes valências funcionais, nomeadamente área expositiva, sala documental, auditório, sala polivalente, loja e cafetaria, que numa perspetiva integrada promoverá exposições, espetáculos, workshops, conferências, reuniões de trabalho, festas de aniversário e outros eventos de cariz cultural e de lazer.

LOCAL

GRÂNDOLA A feira “Ar Puro” está de regresso

PALMELA Dia dos castelos celebrado no concelho

SESIMBRA Quinta do Conde vai ter nova básica e jardim-de-infância

ALCOCHETE Prosseguem os passeios no bote Leão

Palmela comemora o Dia Nacional dos Castelos, este sábado, às 15 horas, com uma visita encenada, gratuita, ao castelo local, a partir da igreja de Santa Maria. Também no âmbito destas comemorações, a biblioteca local acolhe, este sábado, às 17 horas, a conferência “Arte, Estratégia e Natureza – A Fortificação da Barra do Tejo (sécs. XVI e XVII)”, por Joaquim Boiça, com frequência gratuita. O Dia Nacional dos Castelos é assinalado desde 1984, com o objetivo de promover, em todo o país, ações que visem a reflexão sobre o património fortificado.

A freguesia de Quinta do Conde vai ter uma nova básica com jardim-de-infância. A obra será a grande prioridade do município em 2017. Situada no Conde 2, esta escola representa um investimento de 2 milhões de euros, dos quais 50 por cento poderão ser comparticipados por fundos comunitários do programa Portugal 2020. A autarquia está neste momento a concluir o projeto para que as obras se iniciem no início do próximo ano e estejam concluídas na abertura do ano letivo 2018/19. A entrada em funcionamento desta escola vai permitir que grande parte dos alunos que neste momento têm horário duplo no 1.º ciclo passem a ter o designado horário normal, ou seja, que cada sala seja utilizada permanentemente por apenas uma turma, em vez de ser partilhada em momentos distintos por duas turmas.

O bote Leão continua a proporcionar agradáveis passeios no Tejo e a proporcionar um outro olhar sobre a frente ribeirinha. A embarcação tradicional, propriedade do município, vai continuar a navegar no Tejo com destino à Reserva Natural do Estuário do Tejo, ponte Vasco da Gama e pela zona ribeirinha de Alcochete. Os passeios, com percursos e duração distintas, podem ser de curta duração (até 3 horas), média duração (até 7 horas) e longa duração (até 10 horas). Nos passeios com aquisição de bilhetes, estes devem ser adquiridos até à hora estabelecida para o embarque no posto de turismo.

MONTIJO Bolsas de estudo incentivam estudo de jovens A Câmara vai atribuir 10 bolsas de estudo no valor de 350 euros aos alunos do secundário e seis bolsas de 550 euros aos estudantes do superior. As inscrições estão abertas até 15 de novembro. Podem concorrer alunos, com idade não superior a 25 anos, residentes no concelho há, pelo menos, um ano, com aproveitamento escolar no último ano letivo frequentado e que não possuam habilitação ou curso de nível equivalente ao que atualmente frequentam. As bolsas constituem-se, como «uma boa prática ao nível da intervenção socioeconómica complementar à ação social escolar junto dos alunos com menores recursos económicos e das respetivas famílias, funcionando como incentivo ao prosseguimento dos estudos».

ALCÁCER DO SAL Pazoa organiza 21.º Mês da Música A Sociedade Filarmónica Matos Galamba arranca este sábado com o 31.º Mês da Música, que integra as comemorações dos seus 137 anos. Há concertos, dança, sessões solenes e teatro. Este sábado, às 17 horas, no teatro Pedro Nunes realiza-se o concerto pelo Quarteto de metais Stereophonic Sound. Dia 15, às 21h30, no mesmo palco, atua Maria Mirra. Dia 22, às 14h30, é a vez de um desfile de bandas. Às 15h30, na praça Pedro Nunes, terá lugar o concerto com Sociedade Matos Galamba, orquestra 12 de Abril (Águeda), banda Alterense (Alter do Chão) e banda União Verridense (Verride). Dia 29, às 21 horas, no Pedro Nunes, há sessão solene, com atuações das classes de ballett, sevilhanas, grupo cénico, concerto pela banda da Pazôa, e uma surpresa.

SEIXAL Animação na biblioteca para os mais novos A biblioteca municipal acolhe no dia 14, entre as 21 e as 24 horas, o By Night – Serão na Biblioteca, para celebrar o Halloween junto dos jovens com idades entre os 13 e os 18 anos. As inscrições estão a decorrer até dia 13. A participação é gratuita, mas requer inscrição prévia, entre 30 de setembro e 13 de outubro, através do 210 976 100 ou do email biblioteca.jovem@cm-seixal. pt. Este serão passado na biblioteca inclui atividades recreativas e culturais, concebidas dentro do imaginário de criaturas inventadas e histórias fantásticas, que promovem os livros e a leitura. Também no âmbito do Halloween, a biblioteca promove, no dia 29, às 15h30, o ateliê Doçuras e Travessuras, destinado a crianças dos 4 aos 12 anos e familiares.

MOITA Jovens chamados a refletir no 6.º Fórum da Juventude Está marcado para este sábado, pelas 10 horas, no Centro de Experimentação Artística, no Vale da Amoreira, o 6.º Fórum da Juventude, uma iniciativa dirigida a todos os jovens do concelho. Neste espaço de reflexão e interação, a Câmara Municipal da Moita procura escutar os jovens munícipes, individualmente ou como membros de alguma organização juvenil, e conhecer as suas necessidades, interesses, opiniões e contributos. No Fórum da Juventude do Concelho, os vários grupos de jovens do concelho têm também oportunidade de apresentar e dar a conhecer o seu trabalho.

SINES Taxas de IMI para famílias com dependentes com redução

SETÚBAL Feira outlet atrai milhares à baixa

A Assembleia Municipal acaba de aprovar os valores a aplicar em 2017 no Imposto Municipal de Imóveis, Taxa de Participação do Município no IRS, Taxa de Derrama e Taxa Municipal de Direitos de Passagem. As taxas de IMI serão de 0,8% para prédios rústicos e de 0,36% para prédios urbanos avaliados nos termos do CIMI. Mantêm-se as reduções para famílias com dependentes, tendo sido introduzido um valor fixo de 20 euros para um dependente, 40 para dois dependentes e 70 para três ou mais dependentes. Na ZIL II, mantém-se o regime especial de IMI: 30% de majoração para prédios devolutos e 30% de minoração para prédios comerciais, industriais ou de serviços. A taxa de participação variável de IRS será de 4,5%, uma redução de 0,4 pontos percentuais face ao ano anterior.

Os comerciantes da baixa voltam a promover, este sábado, a Feira Outlet, certame que tem levado milhares de pessoas ao centro histórico, atraídas por montras de produtos a preços reduzidos. O evento, organizado por lojistas da baixa decorre entre as 10 e as 20 horas, e conta com a adesão da maioria dos estabelecimentos comerciais localizados naquela zona da cidade. Em frente das fachadas das lojas, a ocupar o espaço público das ruas, são montados mostruários que expõem produtos com preços extremamente reduzidos. Além de a maioria das lojas funcionar nesse dia em horário alargado, encerrando apenas pelas oito da noite, o programa da Feira Outlet da baixa de Setúbal é pontuado, ao longo do dia, por vários momentos de animação cultural de rua.

Na 2.ª edição do certame, que decorre até domingo, o município espera receber 5 mil visitantes. A vereadora, Carina Batista, explicou que a feira surgiu na sequência do Salão de Pesca: «Este novo executivo entendeu que para além da pesca existiam outros segmentos de atividade que mereciam ser divulgados e promovidos, nomeadamente a caça e o desporto de natureza, tendo em conta a riqueza e a diversidade paisagística do concelho».O certame conta com 45 expositores e atividades diversificadas, de modo a permitir uma maior participação do público. A animação musical e a gastronomia não vão faltar.

ALMADA Muita dança nos palcos do concelho Até 22 de outubro, a Quinzena de Dança de Almada está de regresso a vários espaços do concelho com propostas nacionais e internacionais de dança contemporânea. A 24.ª Quinzena de Dança de Almada – International Dance Festival contempla espetáculos e iniciativas no Ca.Da Centro, no cineteatro da Academia Almadense, no auditório Fernando Lopes-Graça, entre outros espaços no concelho e em Lisboa. O festival inclui ainda a dinamização de workshops de dança, a decorrer entre 18 a 22, no Ca.Da Centro. A Quinzena de Dança de Almada procura constituir-se como um espaço de promoção da dança contemporânea, promovendo o ponto de encontro entre artistas e público.

SANTIAGO DO CACÉM Luís Cunha vence prémio literário “Vinte mil léguas de palavras”, de Luís Cunha, venceu o 11.º Prémio Nacional de Conto Manuel da Fonseca. «A eficácia do mecanismo estrutural adotado, já que todos os contos têm exatamente o mesmo tamanho e a capacidade de criar desenlaces interessantes para resolver os diferentes enredos», bem como a «capacidade de criar narrativas de leitura fluída, apesar da linguagem trabalhada e dos distintos ambientes produzidos» foram as fundamentações que levaram o júri a atribuir a Luís Cunha a vitória no concurso. A cerimónia de entrega do prémio está marcada para dia 15, às 16 horas, na biblioteca Manuel da Fonseca.

BARREIRO Município reduz a taxa de IMI para 0,39 por cento Tendo em atenção que o quadro económico e social, foi aprovada, no dia 21 de setembro, em reunião de Câmara, e no dia 29 de setembro, em Assembleia Municipal, a descida de 0,40% para 0,39% da taxa do IMI a cobrar em 2017. Esta redução visa atenuar a tributação imposta às famílias e procurando manter a capacidade de investimento. Mas é preciso reforçar os incentivos à reconversão urbana de determinadas áreas, recorrendo à possibilidade prevista na atual legislação de redução do IMI, bem como da majoração da taxa aplicável a prédios urbanos degradados e abandonados. Assim, foram aprovadas várias reduções a coletividades, a prédios arrendados, entre outras.

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CULTURA

JOVEM TALENTO SADINO VOA PARA PALCOS DA CAPITAL PORTUGUESA

João Praia desenha figurinos e cenários de revista popular lisboeta Ter um atelier próprio e um emprego fixo para dar asas aos seus sonhos e projetos na área do design, é o grande sonho do jovem João Praia, que volta a ser a aposta de Carlos Jorge Español para elaborar os figurinos e cenários da sua nova revista popular em Lisboa. TEXTO ANTÓNIO LUIS IMAGEM SM

ator, designer, figurinista e cenógrafo setubalense, João Praia, é o criador dos figurinos e de alguns cenários da revista popular “E agora? Quem é que manda?”, com textos e encenação de Carlos Jorge Español, que estreia no próximo dia 29, na Sociedade Musical Ordem E Progresso, em Lisboa. «Os figurinos que desenhei, que estão a ser confecionados pela mestra Rosário Balbi, são maravilhosos. Para mim, são os melhores que fiz até hoje. É um guarda-roupa luxuoso», sublinha, com emoção, embo-

ra não seja a primeira vez que trabalha com Carlos Jorge Español em termos de figurinos. Sobre os cenários que João Praia elaborou para a referida revista popular, em conjunto com o cenógrafo Américo Grova, afirma: «Considero cada cenário uma grande obra de arte. Estão muito bem elaborados e transmitem beleza e muito glamour ao espetáculo», vinca. CRIATIVIDADE CORRE-LHE NAS VEIAS Além dos figurinos e dos cenários, João Praia também é o responsável pelo design gráfico da revista de Carlos Español, tendo tido da responsabilidade de executar o logotipo e os cartazes para divulgação do espetáculo.

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João Praia sente-se «bem» a trabalhar com Carlos Jorge Español. «O Carlos acreditou na minha criatividade e fico feliz por isso. Deu-me esta oportunidade que agarrei de imediato, pois contribui para que os meus sonhos voem mais alto». O jovem talento sadino, que também trabalha com Bruno Frazão em espetáculos teatrais, confessa: «Gosto muito de trabalhar com o Bruno Frazão e espero continuar a trabalhar com ele durante muito tempo nos seus projetos». Foi com ele que comecei a trabalhar no teatro. Tenho aprendido muito com ele. Ele também me tem apoiado e dá-me forças para concretizar os meus sonhos». João Praia mantém-se

como ator na comédia musical “A coisa aqui tá preta”, que é reposta este mês. Na peça de teatro musicado “Um Natal diferente”, que estreia a 12 de novembro, João Praia irá desempenhar o papel de ator e de cenógrafo. E para 2017 está no segredo dos deuses uma nova revista popular, sob a batuta de Bruno Frazão.

«Quero ter um atelier de design só meu» O grande sonho do jovem João Praia ainda está por concretizar. «Nunca desisti de ter um atelier de várias áreas do design. Sou formado em design de interiores e exteriores e é uma área que muito aprecio. Quero trabalhar nas artes da cenografia, figurinos, design gráfico e ilustração». As marchas populares é outro sonho que o jovem não quer perder de vista. Palhavã, Pontes e ACTAS são as marchas sadinas em que já esteve envolvido. Mas também reconhece que para dar vida aos projetos e sonhos, é «importante ter um emprego fixo», algo que ainda não lhe sorriu.

CULTURA

La Feria apresenta nova versão de peça popular de Alejandro Casona

“ AGENDA ALCOCHETE08OUTUBRO17H30

BANDA APRESENTA NOVO CD

SOCIEDADE IMPARCIAL 15 DE JANEIRO A banda da Sociedade Imparcial 15 de Janeiro de 1898 vai lançar o CD “A arte do pasodoble” no decorrer de um concerto, na sede da coletividade na vila de Alcochete, com entrada livre. O novo CD, com direção artística do maestro António Menino, vai estar à venda por 8 euros.

SEIXAL08OUTUBRO21H30

CANTA-SE O FADO NO FORUM FORUM CULTURAL DO SEIXAL

O fadista Marco Rodrigues vai apresentar o álbum “Fados do Fado”. Nascido em Amarante, acredita que «o fado vive da criatividade dos intérpretes» e neste espetáculo vai homenagear os homens do fado, compositores, letristas e intérpretes que cresceu a ouvir. Em 1999 venceu a Grande Noite do Fado e desde então já gravou quatro álbuns. Bilhetes a 10 euros.

SESIMBRA08OUTUBRO16H00

TARDE DE CANTE ALENTEJANO

CENTRO CULTURAL A VOZ DO ALENTEJO Inserido nas comemorações dos 31 anos da elevação da Quinta do Conde a freguesia, não perca a tarde de cantares alentejanos, com a participação dos grupos corais A Voz do Alentejo, Operário Alentejano, do Centro Cultural e Desportivo das Paivas, e o grupo 1.º de Maio, do Bairro Alentejano.

ALMADA09OUTUBRO16H00

METROPOLITANA CELEBRA BEETHOVEN TEATRO JOAQUIM BENITE

s Árvores morrem de pé”, de Alejandro Casona, com encenação de Filipe La Féria, continua em cena no Teatro Politeama, em Lisboa. Com interpretação de Eunice Muñoz, Manuela Maria, Ruy de Carvalho, João D’Ávila, Maria João Abreu, Carlos Paulo, Hugo Rendas, Paula Fonseca, Ricardo Castro, Rosa Areia, João Duarte Costa, Patrícia Resende, João Sá, Pedro Goulão e Francisco Magalhães. Filipe La Féria apresenta uma nova versão da popular peça do comediógrafo espanhol Alejandro Casona que, na sua montagem no Teatro Ave-

nida, fez história com Palmira Bastos a protagonizar. Nesta nova produção, Eunice Muñoz e Manuela Maria revezam-se no papel principal. Tudo começa numa organização que pretende tornar as pessoas mais felizes com poesia e criatividade. Um velho senhor chega um dia ao escritório dessa estranha organização com um pedido surpreendente: o seu neto tornou-se um perigoso delinquente, mas ele quer esconder a verdade à sua mulher. Ao longo de vários anos enganou-a escrevendo-lhe cartas fictícias, supostamente do neto, criando a imagem de um

famoso arquiteto que vivia no estrangeiro. Um dia, o verdadeiro neto envia um telegrama anunciando a sua chegada. Porém, o navio em que viajava sofre um naufrágio e todos os passageiros morrem. O velho senhor pro-

põe então à organização que coloque em sua casa um casal fingindo ser o neto e a sua mulher para tornar real a ilusão da avó. Para ver de quinta-feira a sábado, às 21h30, e aos sábados e domingos, também às 17 horas.

Blues Nights regressam à Baixa da Banheira

s Blues Nights, com “Sarge Frampton and The Escape Committee”, com a participação especial de George Glover, arrancam este sábado, às 22 horas, no Café-Concerto do Fórum José Manuel Figueiredo, na Baixa da Banheira. Esta é uma iniciativa promovida pela Associação BB Blues. No regresso do evento, não perca este concerto especial na melhor tradição do Blues Rock Britânico: “Pe-

ter (Sarge) Frampton e o seu The Escape Committee” com um convidado especial, George Glover, nos teclados. A banda é composta por Peter (Sarge) Frampton na guitarra e voz, Charlie Gardner, no baixo e Justin Gibney, (Gibbo), na bateria. Desde o início dos anos 60 que Peter (Sarge) Frampton tem estado envolvido em inúmeras bandas e projetos ao vivo, tendo ficado mais conhecido por ter tocado na banda country rock “Poacher”.

A Orquestra Metropolitana dedica concerto a Beethoven, com direção de Pedro Amaral. São interpretadas as sinfonias n.º 5 e n.º 7, duas obras-primas da história da música ocidental. Bilhetes a 6,5 e 13 euros.

SETÚBAL12OUTUBRO21H30

JOANA AMENDOEIRA EM CONCERTO FÓRUM LUÍSA TODI

A jovem fadista Joana Amendoeira, considerada uma das mais importantes artistas da nova geração da canção da saudade, dá um concerto integrado no evento “Mês da Música 2016”, onde recorda alguns dos seus maiores sucessos. Bilhetes a 11 e 13 euros.

MONTIJO13OUTUBRO21H30

GOODBYE MARIA ALBERTINA TEATRO JOAQUIM D´ALMEIDA

Estreia “Goodbye Maria Albertina”, que cruza poesia popular, música e teatro. Ti Maria Albertina não consegue arranjar trabalho. Além das despesas habituais, apoia o filho e neto, desempregados. Num misto de impaciência e procura de uma vida melhor, decide fazer as malas. Mas como ter a certeza que a vida lá fora será melhor do que a miséria em que vive? Bilhetes a 5 euros.

GANHE CONVITES PARA MUSICAL DE LA FERIA E PARA REVISTA DO PARQUE MAYER Temos convites para os nossos leitores assistirem ao “Musical da Minha Vida”, de Filipe La Feria, no Casino Estoril, e para a revista popular à portuguesa “Parque à Vista”, em cena no Teatro Maria Vitória, no Parque Mayer, em Lisboa. Dois excelentes e divertidos espetáculos. Basta ligar 96 943 10 85 ou 918 047 918 e pedir os convites duplos.

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POLÍTICA

SOCIALISTAS DEDICAM SEGUNDAS JORNADAS PARLAMENTARES DISTRITAIS AO CLUSTER DO MAR

Deputados do PS desafiam o mar como desígnio para o distrito

O grupo parlamentar do PS eleito pelo Círculo Eleitoral de Setúbal vai realizar as suas segundas jornadas, desta feita dedicadas ao cluster marítimo. Reuniões, visitas e debates, fazem parte do roteiro. TEXTO ANABELA VENTURA IMAGEM SM

s primeiras jornadas distritais sob o signo “A década para Setúbal – Investir e Qualificar”, realizadas o ano passado no Montijo, abriram as portas a um formato que os deputados socialistas eleitos pelo Círculo Eleitoral de Setúbal querem seguir. Desta feita, em Sesimbra, de 10 a 15 de Outubro, elegendo o cluster marítimo como mote principal. Segundo a coordenadora dos deputados ‘rosa’ por Setúbal, Euridice Pereira, «o sucesso das primeiras Jornadas distritais ditou que esta iniciativa dos deputados do PS se repetisse e que, provavelmente, tenha vindo para ficar». Até pelo facto de ser o único circulo eleitoral socialista a fazê-lo.

A iniciativa distrital, única de todos os partidos com assento parlamentar, vai contar com a colaboração da Federação Distrital e das estruturas concelhias, nomeadamente a de Sesimbra. «Nesta segunda edição, que ocorrerá com iniciativas em 4 dias, o tema escolhido vai na linha do reconhecimento de que temos de levar muito a sério os desafios que a Economia do Mar coloca à região», explica ao Semmais Euridice Pereira. PROXIMIDADE COM ATIVIDADE PISCATÓRIA As jornadas abrem com reuniões de trabalho, nomeadamente Direcção da Comunidade Portuária de Setúbal, Associação de Moradores e Pescadores da Fonte da Telha, incluindo um encontro com pescadores da Arte Xávega;

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Associação Ala-Ala, que reúne diversos tipos de pesca da Caparica e também com a Associação de Pesca e Sucesso. No segundo dia, os deputados socialistas eleitos por Setúbal vão visitar o Centro Náutico Moitense e o Clube Naval Barreirense. Na ordem de trabalhos consta ainda uma audição pública sobre a parte marinha do POPNA, com a presença do ministro do Ambiente, João Matos Fernandes e um fecho com uma conferência, cujos participantes ainda não foram divulgados. «Este evento reafirma uma postura que pelo menos os três últimos grupos parlamentares distritais do PS impuseram, ou seja, cumprindo o papel constitucional de representar a nação, não deixar de dedicar uma considerável ati-

vidade á região que nos elegeu. Justiça nos seja feita. Somos políticos de proximidade, mesmo não sendo autarcas. Há muitas

maneiras de estar próximo que não só fisicamente, porque a proximidade também se faz quando sabemos identificar as expe-

tativas e anseios das pessoas e fazemos disso as nossas batalhas. As Jornadas vão nessa linha», conclui a deputada.

DESPORTO

INSCRIÇÕES ESTÃO ABERTAS PARA JOVENS DOS 5 AOS 17 ANOS

V. Setúbal abre escola de guarda-redes com Silvino ao leme O V. Setúbal apresentou esta semana a escola de guarda-redes “Silvino Louro”, que tem como patrono o adjunto de Mourinho no Manchester United. Orgulhoso de estar envolvido no projeto, Silvino realça que o projeto preenche lacuna na formação. TEXTO ANTÓNIO LUIS IMAGEM SM

escola de guarda-redes do V. Setúbal “Silvino Louro” foi apresentada no dia 3. Silvino Louro, treinador de guarda-redes do Manchester United, referiu a importância do projeto: «Quando me convidaram não hesitei. Sou de Setúbal e vitoriano. Foi aqui que me fiz homem e profissional de futebol. Ainda hoje aplico conhecimentos e ensinamentos que aprendi no VFC. Ter o meu nome associado a um projeto desta natureza é uma grande honra e quero contribuir ativamente para a

formação de guarda-redes e de grandes homens. Há algum tempo que não temos grandes referências setubalenses nesta posição e queremos inverter essa tendência», referiu o ex-jogador do Vitória. «É UMA HONRA PODER CONTAR COM ESTE CONTRIBUTO» O presidente do V. Setúbal, Fernando Oliveira, agradeceu ao Silvino «a disponibilidade e entusiasmo demonstrados pelo projeto. O Silvino representou grandes clubes em Portugal e é, hoje em dia, um dos nomes mais respeitados a nível mundial, no que ao treino de guarda-redes diz respeito. Sob sua orientação já estiveram ou estão guarda-re-

Setúbal vai ter campo de râguebi

des de exceção como são os casos de David De Gea, Petr Cech, Iker Casillas, Vítor Baía, Júlio César, Francesco Toldo, entre outros. É uma honra poder contar com o seu contributo. A coordenação da escola ficará a cargo do

Nuno Santos, atual treinador das Seleções Nacionais do Canadá, em estreita ligação com o Silvino e onde o Carlos Ribeiro, treinador de guarda-redes da equipa principal, dará o seu apoio de forma ativa», sublinhou.

município e a academia de rugby de Setúbal, Força Quinze, assinaram um protocolo, no dia 1, em Vale da Rosa, para a cedência de terreno na várzea onde vai ser construído um campo de râguebi. A presidente Dores Meira realçou que «o desporto não é apenas futebol. Por isso, consideramos importante diversificar as atividades desportivas. Este terreno permite a criação de mais oferta no concelho, neste

caso para a prática do râguebi, que está em crescendo em Setúbal». Mário Correia, um dos responsáveis pela Academia de Rugby, mostrou-se emocionado e sublinhou que o protocolo «dá mais autonomia e independência» à associação no desenvolvimento da sua atividade. «A criação de um campo de râguebi no centro da cidade vai permitir-nos crescer e tornar Setúbal numa cidade de râguebi», vincou a mesma fonte.

Cristiano Ronaldo foi almoçar a Setúbal ao restaurante Jay-S do amigo Semedo

craque Cristiano Ronaldo esteve em Setúbal, no passado dia 3, para almoçar no restaurante Jay-S, propriedade do amigo José Semedo, também futebolista, despertando a curiosidade a centenas de pessoas da cidade do Sado. Ronaldo aproveitou o estágio da seleção nacional para conhecer o espaço de restauração setuba-

lense, inaugurado há cerca de dois meses, na zona da Tebaida, nas traseiras do shopping Aranguês, o qual aposta em diversos pratos de comida africana. O jogador do Real Madrid surgiu ao volante de um potente carro avaliado em cerca de 2 milhões de euros, o Bugatti Veyron, adquirido em julho deste ano, após o Europeu de Futebol de França em que

Portugal se sagrou campeão da Europa. Centenas de pessoas quiserem tirar fotos ao avançado do Real Madrid, provocando o caos na zona da Tebaida. Ronaldo, bem-disposto, durante algumas horas, confraternizou e tirou fotos com os trabalhadores do restaurante Jay-S, mas não deu autógrafos aos fãs que o aguardavam à porta do restaurante.

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NEGÓCIOS

PARQUES EMPRESARIAIS DO BARREIRO E DO SEIXAL E “CIDADE DA ÁGUA” MOSTRARAM POTENCIALIDADES

“Lisbon South Bay” em Munique para atrair investimento estrangeiro para territórios da Baia do Tejo A Baia do Tejo e os municípios de Almada, Barreiro e Seixal puderam mostrar as potencialidades dos parques empresariais da ex-Quimiparque, da Siderurgia Nacional, e o projeto Cidade da Água “Water City”, na zona da antiga Margueira. TEXTO ANABELA VENTURA IMAGEM SM

potencial dos ativos englobados na “Lisbon South Bay”, que incluem os territórios da ex-Quimiparque, Siderurgia Nacional e Margueira, marcou pontos e grande exposição na “Expo Real”, em Munique, entre terça e quinta-feira, numa iniciativa da Baia do Tejo em articulação com os municípios de Almada, Barreiro e Seixal. A Expo Real é uma das mais importantes feiras internacionais de imobiliário, onde são promovidos os mais interessantes projetos do sector. «É um certame onde se juntam países, ci-

dades, promotores e investidores de todas as geografias», explicou ao Semmais o responsável da comunicação da Baia do Tejo. Os ativos Lisbon South Bay, enquanto territórios de excelência e de elevado potencial, junto de uma das mais efervescentes capitais da Europa, Lisboa, não poderiam deixar de estar presentes. «Tratou-se de uma oportunidade de sinalizar os territórios e de lhes dar um maior nível de reconhecimento e notoriedade, permitindo-lhes competir com outros projetos e territórios a nível global pela atração de investimento», acentuam os responsáveis da empresa. Na sequência da feira, foi possível evidenciar os parques empresariais da Baía do Tejo de Barreiro e

Seixal e o projeto Cidade da Água, “Water City”, de Almada, os quais se juntam a um conjunto de entidades que, em parceria com a Invest Lisboa, dão corpo à ideia de Lisboa como cidade de duas margens. PARQUES DA BAÍA DO TEJO CONTAM COM 200 EMPRESAS Os parques empresariais da Baía do Tejo de Barreiro e Seixal, que em conjunto contam com mais de 200 empresas sediadas e em laboração, ganham cada vez mais reconhecimento pelo seu elevado potencial para acolherem empresas de qualquer dimensão e dos mais diversos tipos de atividade. Prova do reconhecimento desse potencial foi o recente anúncio feito

pelo Secretário de Estado do Ambiente, Carlos Martins, da disponibilização de verbas para trabalhos de requalificação ambiental que ascendem a 13 milhões de euros para esses territórios, o que permitirá a redução dos passivos ambientais históricos e uma maior capacidade

para acolher empresas, dar novos usos aos espaços alvo de intervenção e prosseguir o programa de melhoria contínua que vem sendo seguido. Por outro lado, o projeto Cidade da Água, “Water City”, de Almada, fruto do trabalho crescente de promoção encetado no

âmbito do Lisbon South Bay, afirma-se cada vez mais como um projeto de exceção e de elevado valor estratégico. Tal reconhecimento ultrapassou fronteiras e permite confirmar a atenção crescente de que o Plano Urbanístico de Almada Nascente vem sendo alvo.

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NEGÓCIOS

Administrador da Baia do Tejo, Sérgio Saraiva, marcou presença no debate principal da “Expo Real”

e uma forma pioneira o projeto Lisbon South Bay foi representado numa mesa de debate da Expo Real através de Sérgio Saraiva da Baía do Tejo. Realizado no âmbito do “Investment Locations Forum” e sob o tema “Spain and Portugal”, o debate, cujo objetivo consistia em dar um outlook dos mercados espanhol e português, em termos gerais, pretendia também refletir sobre os trunfos e razões para a crescente capacidade destes mercados para atraírem investimento, facto que se vem verificando nos últimos anos de forma consistente. O convite a Sérgio Saraiva aconteceu pelo facto dos territórios da Baía do Tejo/Lisbon South Bay, no seu todo, terem sido considerados de elevado potencial e de elevado valor estratégico. A Cidade da Água surge, no entan-

to, em destaque, neste contexto. Uma vez que é já reconhecido como um dos projetos imobiliários mais interessantes da Península Ibérica, por estar a uma distância tão curta da capital - Lisboa – e de gozar de condições únicas. Fatores que terão contribuído decisivamente para levar a debate os ativos e os territórios Lisbon South Bay. O painel de debate, moderado por Russell Handy, Senior Reporter do IPE Real Estate, (IPE International Publishers) com foco na península ibérica, visou apresentar esta região ao conjunto de investidores e entidades representadas na Expo Real. Um dos palestrantes que mais se destacou no debate, Borja Goday, Head of Iberia, da Patrizia, uma das mais importantes casa de investimento alemãs, referiu sem hesitações que “é hora de investir em Portugal”. Carlos Manzano, Head of Real Estate Iberia do

Deutsche Bank, enunciou de forma pragmática que a capacidade que torna os mercados ibéricos atrativos ao investimento imobiliário, resultam da relação entre o custo de investimento e as taxas de retorno que se conseguem obter em Portugal e Espanha, face a mercados já mais saturados do centro e norte da Europa. Também por esta razão, Antonio Cuenca Molina, Diretor Geral da Câmara Iberoamericana, reconheceu a tendência crescente que as grandes casas de investimento, nomeadamente americanas, estão a denotar ao colocar o seu foco de atenção em Espanha e Portugal. “LISBON SOUHT BAY” COMO EXTENSÃO NATURAL Pela parte de Sérgio Saraiva, para além da abordagem das mais-valias do investimento no setor imobiliário em Portugal, foram destacadas as mais-valias ao nível das acessibilidades, pro-

ximidade a Lisboa, serviços disponíveis, qualidade de vida e potencial de competitivo, que fazem dos ativos da Baía do Tejo e dos territórios Lisbon South Bay oportunidades de referência para atrair investimento. A escassez de certas tipologias de produtos imobiliários no centro de Lisboa, reconhecida por todos os oradores presentes no debate e que conhecem a fundo o mercado imobiliário português e de Lisboa,

em particular, pode revelar-se uma boa oportunidade para os territórios Lisbon South Bay, como extensão natural de Lisboa. Facto também salientado por Sérgio Saraiva. A marca Lisbon South Bay com esta presença na Expo Real confirma a sua vocação para responder aos desafios impostos pela promoção externa num contexto de disputa de investimento à escala global, onde individual-

mente estes territórios teriam dificuldade em afirmar-se e em gerar interesse dos investidores. Com a “ferramenta” Lisbon South Bay torna-se mais simples comunicar ativos que estão sediados em territórios pouco conhecidos internacionalmente e, desta forma, potenciar toda a região e atrair investimento que resultará em claro benefício das populações envolvidas.

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EDITORIAL

OPINIÃO

O Turismo quando o Turismo parece ter acabado Raul Tavares Diretor

Obrigado professor Eugénio Fonseca

Cáritas de Setúbal perdeu o seu líder de sempre, o professor Eugénio Fonseca. Foram 31 anos de dedicação à causa social e uma devoção acima de qualquer suspeita aos valores sagrados da Igreja Romana. A sua nomeação, sob a batuta do bispo fundador da Diocese, D. Manuel Martins, também contou com muitos anti-corpos, nomeadamente dos clérigos. Mas ‘essa’ Cáritas era apenas um vislumbre. Um imberbe projeto, que partiu do zero. A liderança de Eugénio Fonseca que, mais tarde veio, em boa hora, acumular com a presidência da Cáritas nacional, é uma obra gigante de um bom cristão e das equipas que formou. Conheço pessoalmente muitos casos de apoio direto, façanha sua, pela genética da solidariedade e das preocupações sociais que são fios da sua conduta maior. Claro, Eugénio Fonseca ganhou poder, sobretudo poder fora da orla da Igreja. Mas a sua voz, em nome da mesma Igreja, fundou uma ordem social prestigiada, apetecível e com presença inapelável no terreno que importa, a realidade concreta das pessoas, nomeadamente dos mais desprotegidos. E gerou invejas, quiçá dentro da própria Igreja. Essa, a meu ver, é a mole que o levou a cessar funções em Setúbal. Um desgaste que não quer admitir, por dever de lealdade à instituição que sempre defendeu e pela qual sempre lutou. Talvez até me venha a criticar por este singelo escrito, em jeito de agradecimento público. Mas ainda lhe sentia aquela vontade de fazer obra, de abrir portas e de ser a voz dos que não têm voz. Que a sua obra continue a ganhar volume na Cáritas nacional. E que continue a fazer-se ouvir junto dos poderes instituídos e que a nossa Igreja saiba reconhecer o seu papel e a importância da sua missão.

Verão ficou lá atrás nas memórias de férias ou nos desejos de férias não cumpridos. Mas sempre o Verão é tempo de férias. E quando acaba é irreprimível uma vontade de fazer um balanço. Saber o que ficou e o que resultou dos muitos turistas que circularam pelo nosso país e que visitaram a nossa região. Comecemos por Portugal. São conhecidos os resultados do país até julho. 7 meses não são um ano, é verdade. Mas quando 7 meses transmitem claramente uma tendência dificilmente esta muda até ao último dos últimos dias de dezembro. E qual é afinal essa tendência? Crescimento para variar. Mais crescimento ainda sobre o sucessivo crescimento, ano após ano, desde 2010. Portugal cresceu 10,7% comparando os 7 primeiros meses de 2016 com o mesmo período de 2015. Crescimento na procura turística (medida pelas dormidas em todos os tipos de alojamento dos hotéis ao alojamento local). Para quem vive obcecado com os números os resultados não são bons são muito bons. Só para terem uma ideia, em 2005, Portugal registou 35,2 milhões de dormidas no alojamento turístico. 10 anos depois (2015) registou 48,8 milhões. É outro país do ponto de vista do turismo. Será que gostamos desse outro país?

E para além desta dúvida humana e legítima fica o quê? Fica a opinião de cada um. E cada um como sabem tem a sua opinião. Só sua. Pessoal e intransmissível. E essa opinião será afinal melhor do que o esforço e o trabalho por detrás da informação estatística? Sinceramente não me parece. Voltemos então aos números que temos. Bons ou maus? Na verdade nenhum número é bom ou mau. Apenas um número. Simples e indefeso. À mercê da natureza humana que tudo pode distorcer e que tudo pode negar. Mesmo a mais visível das realidades. Lembram-se quando o ministro da propaganda do Iraque dizia que a guerra contra os EUA estava ganha? Quantos “ministros” desses não conhecem? Os números, esses, mostram um país cada vez mais atrativo e conhecido. E uma Região também a assumir uma atratividade como nunca teve. Estes são pois os números dos turistas. Em simultâneo os números do turismo (sem turistas, meus caros, não existe turismo). Falemos então da nossa Região. Entre o Tejo e o Sado. Entre o Atlântico e o imenso espaço rural. Vamos então aos números. Em bruto. Sem mais nem menos. Os números do turismo referentes ao primeiro semestre completo deste ano. Em comparação com o primeiro semestre do ano anterior (2015). Indica-

TURISMO SEMMAIS JORGE HUMBERTO SILVA COLABORADOR

dores bastante recentes. Almada cresceu 8%. Setúbal cresceu 8%. Sesimbra cresceu 18%. Alcochete cresceu 27%. Palmela cresceu 31%. O Montijo cresceu 38%. Em comum o crescimento. Mas este crescimento vale ainda mais do que aparenta (apesar de já por si aparentar muito). O crescimento só e apenas não nos permite perceber quanto vale realmente esse crescimento. Apenas quando o colocamos no seu contexto (comparando com os crescimentos dos restantes municípios e da região) sabemos o seu real valor. São “clássicos” os enormes crescimentos a partir de realidades muito pequenas em termos absolutos. Quem tem 2 e teve 1 cresceu 100%. Mas mesmo com esses fantásticos 100% vale apenas e só 2. Quem cresceu de 1000 para 1100 apenas cresceu 10%. Mas tem cada vez mais peso e mais relevo. É o caso de algumas regiões do nosso país que todos os anos fartam-se de crescer. Mas a cada ano que passa têm uma quota (o que quer dizer peso e importância) mais pequena no país.

E isto a propósito de quê, afinal? A propósito dos números da nossa região (que repousam dois parágrafos atrás). É que a Região de Lisboa como um todo cresceu 5.4% neste primeiro semestre. Portanto os municípios da nossa Região estão não apenas a crescer como a crescer acima da Região como um todo. A ganhar quota e importância. A reduzir distâncias. Boas notícias portanto. Esperemos então pelo final do segundo semestre. Otimistas. Esperando que finalmente (finalmente!!!) as diferenças entre o norte e o sul da Área Metropolitana se comecem a esbater. E um tempo de maior equilíbrio venha por fim a caminho. Bom, afinal, para todos. Para os que têm “turistas a mais” e para os que têm “turistas a menos”. Afinal no outono o turismo não morre nem acaba. Apenas ganha outras cores e outras pessoas. Quem sabe menos apressadas e com mais tempo. Quem sabe para fazer e ver e visitar o que não é óbvio mas essencial. Voltarei ao tema dos números (do turismo) e do óbvio. Tentando fazê-lo de um modo menos óbvio.

Opções

propósito de um protocolo quanto à utilização do novo Estádio do Bravo, no Seixal, rebatizado como Estádio Municipal do Seixal, surgiram-me um conjunto de reflexões sobre este fenómeno, que gostaria de partilhar com os meus caros leitores. Antes de mais deixem-me dizer que sou a favor da racionalização dos meios e instalações municipais em proveito da população. Somos um país pobre e todos os meios públicos devem ser o o mais “espremidos” possível. Claro que sou sensível às tradições, às rivalidades históricas e a outras particularidades e por isso mesmo quando se discutia a construção de um Estádio Municipal em Lisboa, logo aí defendia que se justificava uma solução “Tipo Milão” ou Roma, onde clubes de uma

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rivalidade histórica e estonteante utilizam um mesmo Estádio. Não optámos por esse caminho e veja-se os balancetes das contas do benfica e Sporting e talvez percebam que os clubes teriam muito mais a ganhar com outra solução. Mas claro, no nosso País o que conta são as aparências e é tão bom termos os nossos lindos Estádios, termos os nossos campeonatos e as dívidas pagam-se com mais empréstimos obrigacionistas. Em colectividades mais pequenas, as dívidas vão-se remediando até “rebentar a bolha” e é no momento em que rebentam, as Finanças penhoram os Estádios, atitude pouco inteligente pois nem sequer recuperam o dinheiro, nem podem fazer nada com os bens pois os equipamentos não estão afectos para outros fins, como imobiliá-

UM CAFÉ E DOIS DEDOS DE CONVERSA PAULO EDSON CUNHA

VEREADOR PSD CÂMARA DO SEIXAL rios por exemplo, e obrigam a que sejam os executivos municipais (logo todos os contribuintes) a acabarem por resolver os problemas. Ora, no município do Seixal os seus dois maiores clubes e mais representativos – Seixal FC e Amora, viram os seus Estádios penhorados pelas finanças, adquiridos em hasta pública por terceiros e deixando a Câmara com “os meninos na mão” a resolver esse problema. E este protocolo resolve o problema ao Seixal FC, hoje “Seixal 1925” e que foi votado favoravelmente na última

sessão de Câmara. Confesso que gostaria de abrir um debate público: é justo o executivo adquirir um Estádio (não o pagou directamente, mas deu terrenos muito valiosos em troca ao Benfica) e protocolar apenas com um clube e depois ter de encontrar uma solução para o outro clube? Pergunto: Quanto custam mais estas “soluções” ao erário público? São questões que apenas quero suscitar a discussão e para que os caros munícipes se apercebam do impacto nas contas do seu município destas decisões.

a objectivos comuns, nos quais sentimos que fazemos parte de um todo sem perdermos a individualidade. A falta de confiança surge, muitas vezes, de verificarmos que nos tentam impedir a acção colectiva ou a busca individual. Será possível conceber uma sem a outra? Desde crianças que vivemos dilacerados por termos, aparentemente, de optar entre as duas. Daí nascem ideologias opostas (ou complementares), que vão sustentando a paz social por negociarem um desejável e difícil equilíbrio. Ao termos consciência deste permanente conflito entre a acção colectiva e a busca individual, percebemos que o poder político ora condiciona uma, ora outra. Obriga-nos a uma escolha que talvez não devesse sequer ser feita. Que caminho queremos que a

À PARTE

Contas

LEVI MARTINS

DIRETOR DA COMPANHIA MASCARENHAS-MARTINS Humanidade percorra senão aquele que permite o desenvolvimento de todos a partir do enriquecimento individual de cada um? É cansativo ler e ouvir aquilo que é dito quase todos os dias e não corresponde a um contributo concreto para este objectivo maior. A política deveria dedicar-se a transformar o mundo num lugar onde se possa viver. Um lugar no qual se defenda o equilíbrio entre a acção colectiva e a procura individual, sem limitar à partida tudo aquilo que sabemos que existe. Em tempos dizia-se que

vivíamos acima das nossas possibilidades. O que acontece é exactamente o oposto: vivemos abaixo das nossas possibilidades, limitados por preconceitos, ideias feitas do que podemos ou não fazer, discriminações sem sentido, conflitos religiosos e ideológicos sem fundamento, desequilíbrios materiais e imateriais sem justiça. Pelo discurso já não vamos a lado nenhum. É na prática que podemos transformar a realidade. Tentar, falhar, voltar a tentar, falhar de novo, falhar melhor, como defendia Beckett.

Parabéns António Guterres

ntónio Guterres será o próximo secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU). Após um processo inédito de apresentação de candidaturas e de votações e de algumas “maldades”- ainda que legais e lógicas mas com pouca ética e legitimidade - António Guterres viu-se escolhido para liderar a mais importante organização mundial, verdadeiro fórum das nações à escala global. Os elogios às suas qualidades pessoais e às suas capacidades para a governação das Nações Unidas, numa fase difícil para os países e para a humanidade, sucedem-se na expetativa de que seja o mais capaz para dirimir conflitos, gerar consensos e acorrer às calamidades dum mundo gerador duma riqueza desenfreada, que multiplica a pobreza e a exclusão dos menos dotados e mais desprotegidos. Estou certo, pelo que conheço da sua condição humana e da sua determinação e ação política, que dará boa conta do recado, não se eximindo a esforços e dedicação para resolver problemas e atacar as

causas que lhe estarão na origem, em consonância e alinhado com o seu código genético. Ele que sempre perfilhou os ideais socialistas, da justiça social, da equidade, da solidariedade e que sempre se pautou pela partilha e pela prevalência do diálogo, como forma edificante de se promover o entendimento entre as pessoas, para a resolução de problemas comuns. Neste especial momento de contentamento, acompanhando a emoção geral de satisfação de todos os portugueses, não resisti a um percurso inverso e revisitei o baú das memórias. Comecei por encontrar uma fotografia, datada de 28 de Setembro de 1999, quando da assinatura do Contrato de Concessão do Terminal de Contentores de Sines (Terminal XXI), aparecemos juntos nesse ato, ele enquanto 1º ministro de Portugal e eu, na qualidade de administrador da APS – Administração do Porto de Sines. Momento tão significativo que foi o início duma obra, hoje tão elogiada, geradora de riqueza e emprego para a região Alentejo e para o país.

A VERDADE DAS COISAS SIMPLES JOSÉ ANTÓNIO CONTRADANÇAS

ECONOMISTA

Sem me deter noutros encontros mais recentes, em que sempre com satisfação me reconheceu e tratou pelo meu nome, recuei a tempos mais ativos da política e do entusiasmo com que nos batemos para que fosse secretário-geral do Partido Socialista e depois para as conquistas subsequentes que o levaram à liderança do governo de Portugal. As lembranças sucedem-se mas o que se interpõe sempre como uma memória ativa, é ter convivido com uma pessoa que tratava os outros como pessoas e não como indivíduos. Não como gente indiferenciada mas como seres com personalidade, com nome e com história. Sentia-se gratidão e cumplicidade no seu olhar e afeto na forma como nos tratava, reconhecendo-nos como parte de quem consigo partilhou um percurso

JORNALISTA

os púlpitos, nas mesas de reuniões, em textos, comunicados, conferências de imprensa, entrevistas, nas redes sociais, somos todos capazes do melhor. Porém, só na prática é que se torna possível avaliar se o que é dito tem algum tipo de correspondência com a realidade. Esta é uma das questões mais preocupantes da nossa época – muito do que se diz não tem tradução no mundo concreto, material. O que faz com que deixemos de confiar na palavra e, consequentemente, uns nos outros. Como já enterrámos os vários conceitos de “verdade”, precisamos de nos agarrar a qualquer coisa para recuperarmos a confiança. A acção não engana. Pouco interessa o que se diz. Só conseguimos confiar uns nos outros quando nos entregamos

FIO DE PRUMO

Abaixo das nossas possibilidades

JORGE SANTOS

OPINIÃO

e comungou das suas ideias. Ele que palmilhou quilómetros, que foi ao encontro das pessoas para saber dos seus anseios e dos seus problemas, que colou cartazes e militou pela sua ideologia, em tudo diferente desta nova geração conquistada pelos números, pelos paradigmas cegos e pela produtividade a qualquer preço, que alimenta amizades de conveniência, orientada para o indivíduo e para o curto prazo, que não sabem o nome e a quem pouco diz a história pessoal de cada um. António Guterres merece sem dúvida o nosso contentamento e o nosso elogio. A mim, em particular, merece-me o agradecimento dos melhores anos da minha vida, em que muito aprendi, cresci e trabalhei em projetos que hoje muito me honram e muito significam para a afirmação do nosso país.

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á uns anos ouvimos um senhor ministro, com responsabilidade na vida financeira e económica, a dizer que “o País gere-se como se fosse a nossa casa”. Não contestamos a “tirada”, que até pode estar correcta, mas o certo é que ficámos a saber que a casa do senhor deve estar muito mal governada, pois ele não fez melhor do que os outros que passaram por aquele Ministério. Depois das férias – que muitos portugueses nem sabem o que é – “entretemo-nos” com o Orçamento de Estado, que mais do que programar a vidinha para o próximo ano, se limita – e já não é pouco – a satisfazer o que os senhores da Europa decidiram, ou a mostrar que conseguimos poupar mais um tostão do que os que os do ano passado traçaram.

Ouvimos também os eleitos pelos trabalhadores a defender mais uns tostões, reivindicação que fica sempre gorada nas reuniões da concertação social. Nesta altura ouvimos sempre os representantes dos empregadores a alertar que ao menor aumento do ordenado mínimo se corre o risco de assustar os investidores, que acabam por nunca aparecer mesmo sem aumentos. Ouvimos também os eleitos pelos trabalhadores a defender mais uns tostões, reivindicação que fica sempre gorada nas reuniões da concertação social. Mas sabe-se que, reconhecendo as grandes dificuldades vividas, muitos milhares de famílias portuguesas – e porque não dizer milhões – consegue, com muitas dificuldades e sem orçamento e com muita fome, viver o dia a dia, na maior parte dos dias com uma sopa sem conduto. Para todos os portugueses não se pede mais, a quem nos governa, do que a sabedoria suficiente para que todos tenhamos orgulho naqueles que há cento e seis anos tiveram força para que vivêssemos com alegria.

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EUGÉNIO FONSECA DEIXA INSTITUIÇÃO APÓS 31 ANOS DE DEVOÇÃO E CONQUISTAS

Cáritas Diocesana de Setúbal perde líder ‘desgastado’ por forças internas A notícia foi veiculada pela Vigaria Geral, após o Bispo D. José Ornelas ter cedido aos «insistentes pedidos» para cessar funções de Eugénio Fonseca que, na hora da saída, agradeceu a dádiva dos últimos anos, mas recusou fazer comentários. Fontes contatadas pelo Semmais falam de um alegado «desgaste» provocado por um dos grupos de poder dentro da Diocese. PUBLICIDADE

TEXTO RAUL TAVARES IMAGEM SM

ugénio Fonseca, que em tempos chegou a ser apelidado de “sacristão social”, deixou no inicio da semana passada de exercer funções de presidente da Cáritas Diocesana de Setúbal, após ter apresentado cessão do cargo (que manteve durante mais de trinta anos), ao bispo de Setúbal, D. José Ornelas. A notícia caiu que nem uma bomba em muitos setores de atividade, ligados ou não à diocese e gerou uma certa desconfiança. Eugénio Fonseca, que se mantém como presidente da Cáritas a nível nacional, recusou ao longo da semana tecer qualquer comentário para além do comunicado público, em que agradece a Deus, aos pobres e excluídos da região, a D. Manuel Martins e aos seus sucessores, aos colaboradores da Cáritas, aos membros do Clero, às forças vivas do distrito e à população em geral. Uma fonte ligada à diocese contactada pelo Semmais, revelou que o líder da Cáritas de Setúbal, terá sofrido ao longo dos últimos anos «um grande desgaste», alegadamente por «um grupo bem organizado de padres e outros leigos da Diocese, que até deixaram de apoiar diretamente a Cáritas». E dá o exemplo dos últimos dois peditórios anuais, em que algumas paróquias da região deixaram de auxiliar nesta iniciativa.

ALEGADO MAL-ESTAR PROVOCA DESGASTE EMOCIONAL Outra fonte, que solicitou igualmente anonimato devido «à sensibilidade do assunto», confirmou a existência de um «certo mal-estar» provocado pelo que apelidou de «lutas de poder» em alguns setores da Diocese. «Nunca vislumbrei cansaço, nem falta de abnegação e entusiasmo por parte do professor Eugénio», disse. E acrescentou: «Quando muito há desgaste emocional, porque ele (Eugénio Fonseca) deu tudo o que pode à Igreja, à Diocese e à missão que lhe foi confiada». O padre Luis Ferreira, que prestou serviço eclesial em Palmela e no Faralhão, disse desconhecer as razões, mas afirmou o lamento pelo facto de a Diocese «não ter conseguido segurar» Eugénio Fonseca. «É uma perda irreparável para a Diocese, porque estamos a falar da pessoa mais qualificada para em nome da Igreja atuar na área social». A verdade é que o ex-líder da Cáritas Diocesana de Setúbal, numa das passagens do seu comunicado, não deixa de agradecer também “aos que se recusaram sempre a fazer parte da maioria, mas que tiveram o permanente cuidado de me recordar que por mais bela seja a rosa ela tem sempre espinhos”. Recorde-se que segundo despacho do Bispo de Setúbal, veiculado pelo Vigário Geral da Diocese de Setúbal, padre Lobato, Eugénio Fonseca foi substituído por Domingos Sousa, que já fazia parte da sua direcção.