Semmais 09 abril 2016

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semmais POLICIAS PEDEM MAIS MEIOS PARA “GERIR” BAIRROS PROBLEMÁTICOS NO DISTRITO Os últimos acontecimentos na Ameixoeira, com um tiroteio que feriu dois civis e três polícias, levou os dirigentes sindicais da polícia a virar agulhas para os bairros problemáticos do distrito, com o da Bela Vista, em Setúbal, à cabeça. Os agentes da PSP, nomeadamente, registam que já lá vai o tempo em que os arruaceiros ou criminosos fugiam perante a chegada das brigadas. Agora, não raramente, promovem o confronto. E por isso querem mais meios.

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Sábado 9 | Abril | 2016

Diretor Raul Tavares Semanário | Edição 897 | 9ª série Região de Setúbal Distribuído com o Expresso Venda interdita

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HELDER MOURA PEREIRA EM SETÚBAL O poeta vai apresentar em Setúbal o seu mais recente livro – Golpe de Teatro. É na Casa da Cultura, em sessão Muito Cá de Casa, no dia 15, às 22 horas. O actor José Nobre vai “dizer” poemas do livro, e Rosa Azevedo vai apresentar a obra do poeta e moderar o debate. Helder Moura Pereira nasceu em Setúbal e é figura de destaque da Literatura em Portugal.

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“OCEAN ALIVE” QUER MARISCADORES DO SADO A DEFENDER GOLFINHOS A organização “Ocean Alive”, liderada pela bióloga Raquel Gaspar, vai aproveitar, hoje, a esperada invasão de mariscadores no estuário do Sado para sensibilizá-los na apanha de sacos de plástico, responsáveis por grandes riscos no ecossistema dos golfinhos do Sado.

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IPS GANHA PROJETO DE 4,3 MILHÕES E ENTRA NA “LIGA DOS CAMPEÕES” O Instituto Politécnico de Setúbal vai gerir o projeto de sustentabilidade energética em habitação, designado TESSe2b, financiado em 4,3 milhões de euros, cujo protótipo vai ser aplicação em vários países da Europa. É a entrada no topo da investigação a nível europeu.


SEMANA MORTE PREMATURA DE COMANDANTE DE BOMBEIROS O COMANDANTE DOS BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DE SESIMBRA, RICARDO CRUZ, DE 43 ANOS DE IDADE, FOI ENCONTRADO MORTO NO INTERIOR DA SUA VIATURA, APARENTEMENTE POR DOENÇA SÚBITA. FORAM OS PRÓPRIOS EFETIVOS DAR CONTA DO SUCEDIDO, APÓS CHAMADA PARA A OCORRÊNCIA, NA ZONA DO ZAMBUJAL CASAL DAS FIGUEIRAS, ONDE RESIDIA. O SEGUNDO COMANDANTE DAQUELA CORPORAÇÃO LAMENTOU O DESAPARECIMENTO DO SEU SUPERIOR, QUE CONSIDEROU «UMA GRANDE PERDA». LUÍS SARAIVA DISSE TRATAR-SE DE «UMA PESSOA NOVA, COM MUITO AINDA PARA DAR À INSTITUIÇÃO E À CAUSA PÚBLICA E QUE DESAPARECEU PREMATURAMENTE». RICARDO CRUZ, CASADO E COM DOIS FILHOS, LIDERADA A CORPORAÇÃO DESDE 2003, ALTURA EM QUE SUCEDEU AO CARISMÁTICO FERNANDO GATO.

Detido por posse de explosivos no Barreiro e incêndio no Montijo

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m homem de 31 anos foi detido pela PSP de Setúbal durante a madrugada da última quarta-feira, no Barreiro, pela posse de quatro engenhos pirotécnicos. A detenção surgiu no seguimento de uma denúncia de que “um individuo havia arremessado um petardo seguido de explosão contra uma janela de uma casa tendo depois fugido do local”, explicou a polícia. Os agentes acabaram por intercetar o suspeito e apreenderam diverso material pirotécnico.

Secretário de Estado da Indústria visitou empresa instalada na Moita

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No mesmo dia um incêndio destruiu um armazém de uma empresa de madeiras, na última quarta-feira, em Pegões, no concelho do Montijo. Os bombeiros conseguiram impedir que as chamas se

propagassem a um outro armazém maior que existe no local, não se tendo registado nenhum ferido na ocorrência. No local estiveram 15 veículos a combater as chamas, com 40 operacionais.

oão Vasconcelos, Secretário de Estado da Indústria, visitou, no dia 5 de abril, a empresa tecnológica portuguesa Introsys, no âmbito de um programa que decorreu no distrito de Setúbal. Ao longo de todo o dia, reuniu-se com um conjunto de empresas e entidades para se inteirar das principais questões de relevo económico e industrial que afetam a região. Entre as várias visitas realizadas, a Secretaria de Estado escolheu a Introsys na Moita, uma em-

HELDER MOURA PEREIRA PUBLICA HÁ 40 ANOS E FAZ LANÇAMENTO DE NOVO LIVRO EM SETÚBAL

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ntónio Franco Alexandre, Helder Moura Pereira, João Miguel Fernandes Jorge e Joaquim Manuel Magalhães publicaram, há quarenta anos, um “livro” diferente. Era um Cartucho (assim se chamou a edição), e é hoje peça rara mesmo nas bibliotecas mais recheadas. Referimos a efeméride e destacamos mais uma edição de um livro de poemas de Helder Moura Pereira – Golpe de Teatro. Com esta publicação assinalam-se 40 anos de produção literária do poeta. Vamos comemorar com ele, na Casa da Cultura, em Setúbal, em sessão Muito Cá de Casa, sexta-feira, dia 15, às 22h. O actor José Nobre vai “dizer” poemas do livro, e Rosa Azevedo vai apresentar a obra do poeta e moderar o debate.

© António Correia

“Golpe de Teatro” em Muito Cá de Casa

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Helder Moura Pereira nasceu em Setúbal, a 7 de janeiro de 1949. Foi professor no Ensino Secundário e Assistente da Faculdade de Letras de Lisboa (Departamento de Estudos Anglo-Americanos). No King’s College da Universidade de Londres, como Leitor, ensinou Literatura Portuguesa. Lecionou também Português e Técnicas de Expressão do Português nos cursos de Formação Profissional da Faculdade de Medicina Dentária de Lisboa. Ingressou no Ministério da Educação em 1986, tendo exercido funções técnicas na área da educação de adultos, nomeadamente em animação de leitura e nos grupos de planeamento e redação da revista “Forma” e do jornal “Viva Voz”. Foi técnico superior do Ministério da Justiça, em funções no Estabelecimento Prisional de Lisboa. O seu trabalho poético tem vindo a ser publicado regularmente pela Assírio & Alvim, obtendo o reconhecimento do público e da crítica. É disso exemplo a atribuição de diversos prémios literários, entre eles o Prémio de Poesia Luís Miguel Nava e o Prémio de Literatura Casa da América Latina/Banif, este último pela sua tradução do livro “O Inútil da Família”, de Jorge Edwards. De resto, a sua atividade como tradutor é também notável e tem traduzido regularmente autores como Ernest Hemingway, Jorge Luis Borges, Sylvia Plath, Charles and Mary Lamb, Sade, Guy Debord. wook.pt

presa que exporta 98% da sua produção e que é responsável pela conceção dos sistemas de controlo dos robôs que constroem os carros de diversas

marcas de automóveis. A Introsys é uma multinacional portuguesa nacional de referência na investigação em inteligência artificial e cibernética.


SOCIEDADE GNR NÃO TEM MÃOS A MEDIR E O FENÓMENO NÃO PARA DE AUMENTAR NO DISTRITO

Furto de pinha na região já é assunto de profissionais Esta semana foram mais dois casos, mas todas as semanas as autoridades policiais registam incidentes nesta atividade ilegal e lucrativa. Com apenas a apanha de uma saca, os meliantes conseguem mais de 30 euros. TEXTO ROBERTO DORES IMAGEM SM

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furto de pinhas continua sem abrandar na região. Já esta semana, depois da apanha ter terminado, a GNR deteve mais suspeitos, ao intercetar um casal em flagrante delito quando roubava pinhas. Já tinham na sua posse cerca de 200 quilos daquele fruto seco. Metade do que tinham colhido outros dois homens na localidade de Foros de Albergaria, Alcácer do Sal, quando foram abordados pela GNR. Estes são apenas dois dos casos mais recentes, mas recorde-se que o fenómeno tem crescido na região, explicando os produtores que a tentação pelo roubo de pinhas se justifica com o facto de o quilo deste fruto ascender aos 80 cêntimos, enquanto as sacas utilizadas na colheita têm capacidade de 40

quilos. Ou seja, ganhar 32 euros pode estar à distância de encher uma simples saca. É por estes valores que o furto de pinhas continua a ser das maiores dores de cabeça dos proprietários dos pinhais no distrito, sobretudo na franja entre Pegões e Alcácer do Sal. Esta prática - que aumentou nos últimos anos, quase de braço dado com a subida do desemprego funciona como uma espécie de «trabalho sazonal», segundo as autoridades, levada a cabo por mão-de-obra «especializada», com recurso a carrinhas, escadas e ferramentas adequadas. Quem o faz, chega ao detalhe de roubar apenas as pinhas que estão nos ramos interiores das árvores, deixando os frutos que se encontram na parte de fora. Um esquema de conhecedores para iludir os proprietários, segundo as próprias autoridades.

Ação desregrada leva tudo em frente Os furtos deixam marcas bem visíveis no terreno. Além de árvores despidas de frutos, também as cercas surgem cortadas amiúde. Há quem comece a furtar pinhas antes da época legalmente estipulada (16 de dezembro), quando o pinhão ainda não atingiu a seu nível ideal de maturação. Segundo os produtores, as pinhas furtadas são vendidas sem qualquer documento aos intermediários que, por sua vez, as fazem chegar às fábricas, a quem cobram o IVA. «Essa taxa é o lucro dos intermediários», garante o empresário Hélio Cecílio, reclamando maior fiscalização nas florestas e sensibilização das autoridades no sentido de terem mão pesada «cada vez que encontrarem carregamentos de pi-

nhas antes de 15 de Dezembro.» Não é de hoje que a indústria do pinhão reclama fiscalização apertada junto das autoridades no combate aos roubos e às colheitas fora de prazo,

MAIOR MARÉ DO ANO VAI LEVAR INVASÃO DE MARISCADORES NO ESTUÁRIO DO SADO

“Ocean Alive” quer mariscadores a apanhar sacos de sal em defesa dos golfinhos Os voluntários da “Ocean Alive” vão aproveitar faina da apanha de lingueirão para alertarem da importância da recolha de embalagens de plástico de sal vazias deixadas na maré. Isto, porque são um risco para ecossistema marinho dos golfinhos.

Revisitar os “Pupilos do Exército” pela literatura de Miguel Laranjeira

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TEXTO ROBERTO DORES IMAGEM SM

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partir das 10.00 horas deste sábado e até ao início da tarde os mariscadores deverão «invadir» o estuário do Sado para se dedicarem à apanha do lingueirão, aproveitando aquela que será a maior maré do ano. No terreno irão encontrar uma campanha de sensibilização, com vários voluntários da Ocean Alive, a alertarem para a importância da recolha de embalagens de plástico de sal vazias deixadas na maré e que correm o risco de passar a fazer parte do ecossistema marinho dos golfinhos. As artes de pesca que os mariscadores utilizam resumem-se a um balde de plástico que transporta embalagens com sal fino. O mariscador, à medida que percorre o estuário no período da baixa-mar, vai localizando sinais da presença do molusco enterrado na areia através de um pequeno buraco em forma de oito, e é dentro dele que deita o sal, obrigando o lingueirão a sair parcialmente da “toca” por ser muito sensível à salinidade. O problema é que, como

alertando para outros casos de comércio paralelo, pedindo à ASAE que vá às feiras à procura de vendedores de pinhão e que lhe solicite os documentos relativos ao produto.

alerta a bióloga Raquel Gaspar, da Ocean Alive, à medida que as embalagens de sal são despejadas, vão sendo deixadas no local da apanha. E é aqui que os voluntários da associação vão intervir, procurando sensibilizar os mariscadores para as questões ambientais. Campanha dos mariscadores deu 1500 embalagens Na última campanha foram recolhidas 1500 embalagens, esti-

mando Raquel Gaspar que cada mariscador utilize em média cerca de dez frascos por dia. O seu impacto na natureza, quando chega ao rio, faz-se sentir nas pradarias marinhas, sobretudo, destacando a Ocean Alive que 80% do lixo que está no Oceano é plástico. «As embalagens de plástico de sal terão um longo processo de degradação que dura entre dezenas a cerca de 400 ou 500 anos. Primeiro, as partículas de médias dimensões das embala-

gens poderão ferir, asfixiar, causar úlceras ou a morte de animais marinhos. Por exemplo, as aves marinhas confundem o plástico das embalagens que boia com os peixes de que se alimentam», alerta , acrescentando ainda que parte das embalagens vai dar às praias de Setúbal, Troia e Arrábida, «constituindo também um risco para a saúde pública, por exemplo, causando ferimentos para quem caminha descalço na areia».

iguel Laranjeira, frequentou o Instituto dos Pupilos do Exército e, até 2007, abarcou a carreira militar, com missões em teatro de operações no estrangeiro. São partes destas experiências que o autor, natural de Luanda e residente do Seixal, presta agora em jeito mais solto, numa curiosa obra literária, dada a conhecer, hoje, na Galeria de Exposições Augusto Cabrita, no Seixal. O livro, que titulou “Dos Pupilos ao Exército em 50 Tons de Riso”, cuja apresentação está a cargo de Helena Madeira, remete-nos para o dia-a-dia num regime de internato, com características bem definidas, que diferem em muito da vida «cá fora». Neste caso, na instituição castrense, muito mais. Neste volume, o leitor é convidado a visitar o Instituto dos Pupilos do Exército, a Academia Militar e várias unidades do Exército, em episódios curiosos, quantas vezes engraçados, ou até mesmo hilariantes, os quais são característicos da vida no meio castrense, tendo sido em grande parte vivenciados pelo autor, que é licenciado em Gestão de Empresas, casado e tem um filho.

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SOCIEDADE TIROTEIO DA AMEIXOEIRA LANÇA ALERTA JUNTO DAS POLÍCIAS E FOCO NA REGIÃO DÁ SINAL VERMELHO

Dirigentes policiais pedem mais meios para bairros problemáticos do distrito As forças policiais afirmam que há quinze, vinte anos, em bairros como o da Bela Vista, em Setúbal, quando a polícia chegava os desordeiros e criminosos fugiam. Agora confrontam os agentes, «muitas vezes com os meios que têm à mão». ao Sem Mais Paulo Rodrigues, dirigente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP), que coloca na lista alguns dos bairros do distrito de Setúbal, onde a criminalidade é mais acentuada. «Não facilitar tem que ser sempre a palavra de ordem», insiste, admitindo ser esta a máxima seguida, por exemplo, entre os cerca de 50 elementos que

TEXTO ROBERTO DORES IMAGEM SM

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debate é lançado após o tiroteio na Ameixoeira que causou cinco feridos, dois civis e três polícias: «Sobretudo, os agentes que prestam serviço nos bairros mais problemáticos têm ter mais meios para garantirem a sua própria segurança e defenderem os cidadãos», alerta

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trabalham na esquadra da Bela Vista, alertando ainda para a importância dos agentes conheceram bem os bairro e, se possível, até as próprios moradores. Paulo Rodrigues explica que há hoje uma nova postura dos desordeiros e criminosos. «Há 15 ou 20 anos, quando a PSP chegava, os indivíduos que estavam a cometer crimes fugiam. Hoje é tudo diferente. Eles confrontam

a polícia, muitas vezes com os meios que têm à mão», justifica. Já César Nogueira, da Associação Profissional da Guarda, acrescenta que «há um sentimento de impunidade» de quem utiliza armas contra as forças policiais. «Em tribunal os criminosos sentem que estão mais protegidos. E se os polícias reagem, como aconteceu com o Hugo Hernano, ainda têm problemas. Passamos a ser os criminosos e os criminosos passam a ser as vítimas», lamenta César Nogueira, denunciando a existência de postos territoriais da GNR no distrito onde há apenas dois coletes balísticos para todo o efetivo. Perigos à espreita em qualquer situação «Claro que se os militares vão desprotegidos, nem que seja

para uma simples quezília de vizinhos, estão fragilizados porque sentem que estão mais expostos a uma fatalidade», sublinha, enquanto Paulo Rodrigues destaca para um sem número de vezes em que os agentes vão para o terreno tentar resolver apenas um problema de barulho na casa de um vizinho, mas acabam recebidos a tiro ou à pedrada. «É aqui que os recursos são essenciais», diz, reportando-se, sobretudo, ao número de polícias por carro-patrulha. «Terão que ser três ou quatro elementos durante a noite e não os dois habituais. Depois têm que estar dotados de equipamentos de proteção pessoal, para minimizarem o efeito de qualquer agressão. Só assim a intervenção pode ter um mínimo de segurança», resume o dirigente.

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SOCIEDADE COORDENAÇÃO VALE 4,3 MILHÕES, PROTÓTIPOS VÃO SER APLICADOS EM VÁRIOS PAÍSES E ESPERAM-SE RESULTADOS DAQUI A CINCO ANOS

Politécnico de Setúbal lidera projeto europeu de poupança de energia

IPS avança para projeto, com fundos europeus, que promove um ambiente mais sustentável nos lares portugueses. Daqui a 4/5 anos o resultado do projeto estará disponível para ser instalado nas nossas casas para pouparmos energia e sermos mais amigos do ambiente

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Instituto Politécnico de Setúbal vai avançar com um projeto que visa assegurar a sustentabilidade energética das habitações com recurso às energias renováveis (solar e geotérmica), através de uma solução inteligente e mais rentável economicamente para a população, com reduzido impacto ambiental. O projeto TESSe2b, que é coordenado pelo IPS e financiado com 4,3 milhões de euros por programas comunitários, foi apresentado na quinta-feira, na Casa da Baía, com as presenças de Pedro Dominguinhos, presidente do IPS, e de Luís Coelho, coordenador do projeto. O instituto e dez parceiros europeus, durante quatro anos, vão desenvolver uma investigação inovadora na área da eficiência energética, nomeadamente no que concerne ao armazenamento de frio e de calor, incluindo a criação de protótipos para aplicação em três países da União Europeia, designadamente Chipre, Espanha e Áustria. Pedro Dominguinhos considera que se trata de um projeto «fundamental» para o IPS, na medida em que «é dos poucos coordenados por institutos politécnicos do nosso País e também ao nível da energia no nosso País». O projeto pretende desenvolver uma situação «inovadora, amiga do ambiente, inserindo-se na estratégia europeia de maior eficiência energética, no âmbito das energias renováveis. «É um projeto profundamente exigente. Tem vertentes importantes ao nível da qualidade, dos resultados e da comunicação. Envolve todo o instituto, além dos docentes», sublinha Pedro Dominguinhos, que acrescenta que estamos perante um «exemplo claro de uma política de investigação e de desenvol-

vimento para uma instituição de ensino superior, numa área que é profundamente inovadora mas, também, exigente ao nível das políticas europeias». «Energia é aposta forte do IPS» À semelhança da energia, uma área com forte aposta do IPS, existem outros projetos coordenados por Luís Coelho. Pedro Dominguinhos destacou o laboratório de mobilidade que tem desenvolvido projetos com várias empresas e o laboratório do movimento humano, que também foi construído recentemente, que trabalha na área da saúde e que tem tido um impacto «extremamente relevante». Por sua vez, Luís Coelho afirmou que o projeto é «pertinente», pois consta de um sistema de ar condicionado e aquecimento das águas sanitárias para as habitações. «Neste momento a energia é cada vez mais cara. Ter aquecimento por caldeira, a gás natural ou por caldeira a gasóleo é impraticável. A tendência das pessoas é abandonar as caldeiras e passarem para o chamado ar condicionado ou bombas de calor e havendo essa pertinência, resolveu-se desenvolver um sistema muito mais eficiente, comparado com o que existe no mercado». E conclui: «É um sistema mais eficiente energeticamente e, em termos quantitativos, estamos a falar de um aumento de eficiência de 25 a 30 por cento, o que é significativo comparado com as capacidades das tecnologias de aumentar a eficiência energética. Este sistema baseia-se na sustentabilidade ambiental, uma vez que usa fontes renováveis de energia. Depois, queremos tornar este sistema de fácil aplicação e compacto nas habitações».

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LOCAL ALCOCHETE SAÍDA DE CAMPO PARA IDENTIFICAÇÃO DA FLORA DAS SALINAS

ALCÁCER DO SAL CENTRO SOCIAL DA COMPORTA GANHA MAIS ESPAÇO A ampliação do Centro Social de S. Pedro da Comporta é inaugurada este sábado, às 15 horas, com a presença dos presidentes do município, da Assembleia Municipal e da Junta de Freguesia. «Um equipamento de grande importância para a população da Comporta, que passa a contar com um centro moderno e com capacidade de resposta às suas necessidades sociais», refere o edil Vítor Proença. A obra que passou pela adaptação do antigo edifício escolar que foi cedido pela edilidade vai ter capacidade para responder às necessidades da população através dos serviços de centro de dia para idosos e creche para as crianças. As obras dotam o espaço de creche e apoio domiciliário.

SETÚBAL JUNTAS DE FREGUESIA CONTEMPLADAS COM APOIO FINANCEIRO O município aprovou 250 mil euros às juntas de freguesia para construção e requalificação de edifícios administrativos. O subsídio, no valor de 50 mil euros para cada uma das cinco juntas, destina-se a apoiar projetos, executados ou em desenvolvimento, de ampliação de sedes ou de construção de novas e ainda de criação de instalações para serviços operacionais. No caso de Gâmbia, Pontes e Alto da Guerra, a verba visa apoiar a ampliação da sede. A Junta de Azeitão recebe apoio para reconversão do edifício do antigo posto de turismo. Já a União das Freguesias de Setúbal é apoiada na construção do polo operacional de Vanicelos e para a ampliação da sede. Quanto a S. Sebastião, a intenção é subsidiar a reformulação do antigo mercado do Br.º Humberto Delgado.

BARREIRO 500 ANOS DO FORAL MANUELINO REVELAM GRANDES MOMENTOS As comemorações dos 500 anos do foral manuelino de Coina prolongam-se por um ano. Foram apresentadas no dia 6 ao movimento associativo e à população, em Coina. A vereadora Regina Janeiro e Naciolinda Silvestre, presidente da União das Freguesias de Palhais e Coina, estiveram na sessão, que contou com uma “aula” de contextualização histórica. «A história deste pequeno concelho está recheada de grandes momentos», referiu a vereadora durante a sessão, como a indústria vidreira na “Real Fábrica de Vidros Cristalinos de Coina”. «Era, também, um dos principais portos de ligação entre as duas margens do Tejo, na ligação a Lisboa» e «a ligação entre o sul e o norte de Portugal, mais tarde desempenhado pelo Barreiro, fez com que até reis tenham pernoitado em Coina», lembrou.

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O autor do livro “Plantas para curar e para comer”, Miguel Boieiro, é o guia desta iniciativa, agendada para o próximo dia 16, com início às 10 horas, com a visualização de um documentário sobre as salinas do Samouco, seguindo-se uma apresentação do referido livro pelo próprio autor. Antes do almoço, segue-se uma análise de espécies vegetais recolhidas nos terrenos da fundação e, à tarde, uma saída de campo para identificação da flora. A iniciativa, que decorre entre as 10 e as 17 horas, é organizada pela Fundação das Salinas do Samouco e tem um custo de 10 euros, sem almoço, e de 20 euros, com almoço.

MONTIJO BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS TÊM NOVOS ÓRGÃOS SOCIAIS Amável Pires é o novo presidente da direção, Amândio de Carvalho, preside a mesa da Assembleia Geral, e Joaquim Marrafa é o presidente do Conselho Fiscal. A tomada de posse dos órgãos sociais decorreu dia 2. A vereadora Clara Silva deixou votos para que a «relação frutuosa» entre as duas entidades se possa «manter e desenvolver». E relembrou o importante trabalho dos bombeiros na área social, na saúde e no apoio à comunidade: «O melhor são as pessoas e é para as pessoas que os bombeiros têm trabalhado ao longo da sua existência», afirmou. O novo presidente aposta em «gestão cuidadosa e criteriosa dos meios financeiros e humanos e compromete-se a trabalhar para o prestígio da associação».

SESIMBRA DÍVIDA GLOBAL DO MUNICÍPIO DECRESCE Em 2015, o município reduziu a dívida global em 2,8 milhões de euros. No final do ano o valor situou-se nos 24,7 milhões, dos quais 5,2 de curto prazo. Este é um dado bastante positivo se se tiver em conta, por um lado, as restrições financeiras impostas pelos orçamentos de Estado, que provocaram vários constrangimentos ao funcionamento da autarquia e, por outro, ao elevado volume de investimentos realizado nos últimos anos, sobretudo nas áreas da habitação, educação, cultura, saneamento, reabilitação urbana ou rede viária. Face à Lei das Finanças Locais, a margem de endividamento da autarquia sesimbrense é agora de 27 milhões de euros, superior à dívida global em 2,3 milhões.

SANTIAGO DO CACÉM CINEMA ANIMA FÉRIAS INFANTIS NO CERCAL DO ALENTEJO A Câmara Municipal de Santiago do Cacém, em colaboração com a Junta de Freguesia do Cercal de Alentejo, levou a cabo, entre os dias 22 de março e 3 de abril, a iniciativa “Cinema em Férias” no Cercal do Alentejo, que possibilitou uma quadra da Páscoa diferente e especialmente animada para 455 crianças da freguesia. As sessões decorreram no auditório da Junta de Freguesia local e os sete filmes exibidos foram O Gangue do Parque, Miúdos e Graúdos, Ratatui, Os Simpsons, O Gangue dos Tubarões, Uma Vida de Insecto e Justin e a Espada da Coragem.

SEIXAL ATIVIDADES NOS MOINHOS PARA TODA A COMUNIDADE No âmbito do Dia Nacional dos Moinhos, este sábado e domingo, tem lugar o evento “Moinhos Abertos” com atividades dirigidas à participação de todos. O Seixal, onde se conserva um importante património moageiro, associa-se mais uma vez às comemorações com a realização de visitas acompanhadas ao moinho de maré de Corroios, enquadradas no tema “À Descoberta de um Moinho”. Das 15 às 17 horas, o moinho de maré acolhe o DocMoinhos, uma mostra de cinema documental relativa a património molinológico através da qual se apresentam diversos filmes, alguns dos quais premiados em festivais nacionais e internacionais, prevendo-se momentos de debate com alguns dos realizadores.

GRÂNDOLA MUNICÍPIO REQUALIFICA ESCOLA PRIMÁRIA DO LOUSAL O município está a terminar a requalificação da primária do Lousal. Com um investimento a rondar os 50 mil euros, a intervenção incluiu a reparação e pintura do interior e exterior, salientando-se o revestimento das paredes em gesso cartonado, a construção de uma cobertura no espaço do recreio, a execução de nova rede de esgotos e a instalação de ar condicionado nas salas e no refeitório. A obra surge no seguimento do trabalho que tem vindo a ser realizado de manutenção e requalificação do parque escolar, prevendo-se também para breve o início da requalificação da EB1, que está em fase final de projeto, e que terá um investimento de 3 milhões de euros.

SINES ÁFRICA COM FORTE PRESENÇA NO FMM África volta a ter presença forte no FMM deste ano. Pat Thomas & The Kwashibu Area Band é projeto em torno de um dos maiores vocalistas do highlife. O guitarrista e vocalista Moh! Kouyaté é um músico da Guiné-Conacri a meio caminho entre a tradição mandinga, os blues, o jazz e o rock. Mbongwana Star é uma banda congolesa criada em torno de Coco Ngambali e Theo Nzonza, dois antigos membros de Staff Benda Bilili. Konono n.º 1 é um expoente da música de transe congolesa baseada em distorções elétricas artesanais. A cantora maliana Khaira Arby é uma das vozes mais representativas dos blues do deserto. Danyèl Waro é um gigante da música de Reunião, ilha vulcânica do Índico sob administração francesa. Vítor Tavares é uma lenda do funaná e do seu instrumento-símbolo, a gaita. Bamba Wassoulou Groove é uma banda em que as guitarras elétricas tomam a dianteira do palco.

MOITA CANIL INTERMUNICIPAL QUASE CONCLUÍDO Os presidentes e vereadores com pelouro das câmaras municipais do Barreiro e da Moita visitaram, no passado dia 1 de abril, as novas instalações do Centro Intermunicipal de Recolha de Animais Errantes (CIRAE), em fase de conclusão, na Quinta das Rebelas, junto ao mercado abastecedor do Barreiro. A necessidade de melhorar e alargar as instalações atualmente existentes nos dois concelhos esteve na origem da colaboração entre as duas autarquias que repartem as despesas de construção do novo equipamento e partilham recursos. O canil intermunicipal tem 33 boxes para cães, celas de quarentena, um gatil e um espaço administrativo.

PALMELA POPULAÇÕES PARTICIPAM NA GESTÃO DO CONCELHO Começa a 11 de abril a primeira ronda de reuniões do projeto de participação cidadã “Eu Participo!”, que decorrerá até ao final do ano, por iniciativa da Câmara. Nesta fase, que conta com a realização de cinco reuniões descentralizadas para auscultação e debate com as populações das diferentes freguesias, o município vai ouvir sugestões e preocupações e recensear propostas concretas de obras e ações para o próximo ciclo de trabalho. Em setembro, as propostas agora recolhidas serão apresentadas e hierarquizadas, procurando integrá-las nas Grandes Opções do Plano. Os inquéritos à população, distribuídos em papel nas reuniões, estarão, também, disponíveis para preenchimento em formato digital, em www.cm-palmela. pt, entre 11 de abril e 31 de maio.

ALMADA INSTITUIÇÕES DO ENSINO MOSTRAM OFERTA EDUCATIVA De 12 a 14, as instituições de ensino regressam à Praça da Liberdade para dar a conhecer a oferta educativa local. A mostra conta com mais de uma centena de atividades, entre animações e ateliês. A 13.ª edição da Mostra do Ensino Superior, Secundário e Profissional permite o contacto direto entre a comunidade e as instituições de ensino localizadas no concelho, num espaço privilegiado de partilha de experiências e de conhecimento. Dedicado especialmente aos alunos do 2.º e 3.º ciclo, dos ensinos secundário e profissional e à comunidade educativa em geral, a mostra decorre das 10 às 13 e das 14 às 18 horas, sob o lema “O Ano Internacional do Entendimento Global”.


POLITICA PARTICIPAÇÃO NO CONGRESSO DA AMALENTEJO ULTRAPASSOU AS EXPETATIVAS E QUER AGORA REUNIR CONSENSO NACIONAL

Recolha de “35 mil assinaturas” pressiona regionalização no Alentejo Foram cerca de 500 os participantes no congresso que pretende voltar a trazer para o debate público a regionalização. As especificidades do Alentejo, região que está na moda, ficaram bem evidentes. Agora o manifesto segue o seu caminho. imediato. Vai demorar o tempo que for necessário», sublinhava no final do Congresso, revelando que as conclusões da reunião magna alentejana seguem agora para os órgãos de soberania. «Demos um contributo para que a questão da regionalização, sempre falada mas sempre adiada, possa estar no topo da agenda política a nível nacional. Não podemos ficar nos meio termos», acrescentou, reiterando que «é necessário haver um poder regional eleito e órgãos eleitos. Toda a região vai ganhar com isso». Ceia da Silva garante que haverá menos despesa TEXTO ROBERTO DORES IMAGEM SM

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s cerca de 500 participantes no Congresso do movimento AMAlentejo deram luz verde à recolha das 35 mil assinaturas necessárias para levar à Assembleia da República a proposta de um projeto-lei que contemple a criação de uma comunidade regional como solução transitória até à regionalização. A «Declaração de Troia» foi aprovada com apenas duas abstenções. O Alentejo procura, desta forma, garantir a criação de uma estrutura com as atribuições da

Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional, alertando António Ceia da Silva, membro da comissão promotora do AMAlentejo – que fez o discurso de encerramento – que «o mais importante foi colocar este ponto na agenda política», como um primeiro passo para que o Alentejo possa começar a decidir as suas próprias prioridades, em sede de planos estruturais, de desenvolvimento regional e fundos estruturais comunitários. Mas o caminho ainda é longo. Para já o processo vai ser sujeito à elaboração jurídica constitucional. «Não será para o

Já em resposta às correntes de opinião que apontam para o aumento da despesa pública, com a criação das regiões administrativas, Ceia da Silva deixava a garantia de que será exatamente ao contrário. Ou seja, o também presidente da Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo alertava que a despesa será menor, alegando que a regionalização implica a substituição de alguns organismos «que existem neste momento e que não farão sentido existirem num quadro de governo regional». Na sequência do que relembraram outros intervenientes ao

GOVERNO AUSENTE SEM FAZER GRANDE MOSSA A ausência de qualquer membro do atual governo não deixou de ser sentida. E também a de muitos autarcas socialistas da região, nomeadamente presidentes de câmara. Mas essa “falta de comparência” não parece ter feito grande mossa. «Apenas constatámos, porque o convite foi feito e seria uma oportunidade para que o governo pudesse expor o seu projeto de descentralização», confessou ao Semmais José Soeiro, dirigente do PCP e um dos membros da comissão organizadora. Soeiro reafirmou mesmo a satisfação «pelo carácter politicamente transversal» do evento, plasmado na comissão da AMAlentejo e dos oradores em cada painel. E assim foi, nomeadamente com Carmelo Aires, ex-vice presidente da CCDR Alentejo, que numa alocução acintosa, não deixou de historiar criticas as forças políticas de esquerda quanto ao processo da regionalização. Também o presidente da Câmara de Grândola, Figueira Mendes, em declarações ao Semmais frisou o aspecto essencial do projeto: «O que aqui se sente é uma grande unidade em torno desta necessidade da descentralização orgânica do processo de desenvolvimento. E não há razão para se pensar em política partidária». O edil confia que este «é um primeiro passo» para gerar uma onda a nível nacional, porque é necessário, como salientou, «um consenso muito alargado». R.T. longo da jornada em Troia, Ceia da Silva deu o exemplo da «força» protagonizada pelas regiões de vários países europeus, onde vigora a regionalização, casos da Alemanha, Áustria, Bélgica ou França. «Têm um poder regional com assento no Conselho

Europeu. Ouvimos todos os dias falar na Europa das regiões, mas Portugal não tem regiões. É fundamental que as tenha para podermos ser mais reivindicativos e podermos criar mais dinâmicas de desenvolvimento regional», sublinhava.

MARIA LUÍS ALBUQUERQUE, COMO VICE-PRESIDENTE E PEDRO DO Ó RAMOS NO CONSELHO NACIONAL

AUTARCA NUNO CANTA, LIDERA MESA DA CPD

M

s socialistas do distrito, liderados por António Mendes, escolheram, esta quinta-feira, os representantes dos novos órgãos distritais, com Nuno Canta, presidente da Câmara do Montijo, a liderar a Mesa da Comissão Política Distrital, João Couvaneiro, como diretor do Gabinete de Estudos, Raul Cristovão, a dirigir o Fórum Autárquico, Sérgio Paes, o Departamento de Educação e José Capela, responsável pela Comunicação. No secretariado da federação, António Mendes vai contar com um colégio composto por Euridice Pereira, José Luís Barão, Catarina Marcelino, Carlos Pires, Teresa Almeida, Clarisse Campos, Alexandra Ruivo, Lídia Henriques, Bruno Barata, António Caracol, Maria Fernanda Esfola, Nélson Pólvora e José Courinha Leitão. «É uma equipa experiente e com provas dadas e agora va-

PSD da região reforça peso nos órgãos nacionais aria Luís Albuquerque, como vice-presidente, e Pedro do Ó Ramos na Comissão Política Nacional, são os dois nomes mais sonantes da representação dos social-democratas do distrito nas cúpulas do PSD a nível nacional, eleitos no 36.º Congresso que se realizou em Espinho no último fim-de-semana. O presidente da distrital, e deputado, Bruno Vitorino, que terá assento no Conselho Nacional por inerência, fala mesmo em «resultado histórico», uma vez que, segundo afirma «nunca o distrito teve tão significativa e importante representação nacional», aludindo ainda ao peso ganho com a eleição de outros militantes: Paulo Ribeiro, vice-presidente da distrital, Lina Gonzalez, da secção de Almada, Nuno Carvalho, presidente da secção de Setúbal e Luis Rodrigues, militantes do Seixal,

Socialistas do distrito elegem novos órgãos do partido

O

que não foi indicado pela distrital mas liderou uma lista própria, todos para o Conselho Nacional; e ainda Miguel Salvado, presidente da concelhia de Almada, para a Comissão Nacional de Auditoria Financeira. «A distrital de Setúbal do PSD nunca teve uma representação tão significativa e importante nos órgãos nacionais do partido. O reconhecimento do valor de muitos dos nossos militantes é a

prova de que o distrito de Setúbal é muito relevante em termos nacionais», afirmou o líder da distrital em jeito de balanço. Também a moção que a distrital levou ao congresso de Espinho, defendendo a criação de uma agência para atrair investimento para a região, que integrasse parceiros estratégicos, com vista ao desenvolvimento económico, foi aprovada por larga maioria.

mos construir um distrito moderno, líder, cosmopolita, e com futuro», disse ao Semmais o presidente da federação socialista. Segundo António Mendes, os órgãos do partido na região vão concentrar-se na atividade do governo e na preparação das eleições autárquicas de 2017. «Esperamos trazer para a ação política uma nova geração de autarcas em muitos municípios, com a força, ânimo e empenho de colocar o nosso distrito neste patamar de modernidade e ambição», reforçou.

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ENSINO

A FESTA DO COLÉGIO CAMPO DE FLORES A festa anual do Campo de Flores é uma grande festa.

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Como grande festa que é, acontece porque o eclodir das emoções e sentimentos dos seres humanos é genuíno. Nós, seres humanos, precisamos de manifestar essa emotividade, mas gostamos de o fazer em conjunto, partilhando-a, se possível, numa grande celebração. No ano letivo de 2015/2016, O Campo de Fores celebrou a primavera. Com a festa da primavera celebra-se a renovação da vida. Haverá coisa mais genuína para uma escola celebrar? Esta efusão de calor humano faz-nos falta, e é preciso, a cada ano, acendê-lo nos nossos corações. Mas o Campo de Flores vai sempre mais longe! O Campo de Flores gosta de se desafiar e fá-lo porque tem a clara consciência de que esse é o dever da escola. O Campo de Flores gosta de juntar ao coração o pensamento. A grande festa da primavera do Campo de Flores centrou-se, este ano, numa máxima de grande profundidade ética: Sou porque Somos! Que quer dizer esta mensagem? Esta mensagem é o lema do ano letivo de 2015/2016: é o núcleo de todo o projeto educativo do Campo de Flores a desenvolver-se ao longo de todo ano, a cada dia, todos os dias. Ao invés da mensagem egocêntrica que invade o nosso quotidiano, o projeto educativo do Campo Flores, de uma forma firme, serena, esclarecida e amiga, passa a cada dia a todos os seus membros, muito em particular às crianças e aos jovens alunos, uma mensagem ética. No Colégio, o outro não apenas deve ser tolerado ou aceite: o outro, ou seja, o meu semelhante, faz-me falta para eu poder crescer e ser eu próprio. Outros optam por valorizar formas mais histriónicas de se afirmarem. Campo de Flores revela o seu carácter neste ideal solidário, que, ao longo de quase meio século, tem vindo a merecer a confiança de tantas e tantas famílias. A festa da primavera do Campo de Flores, como já é costume, utilizou a dramaturgia, a metáfora literária, para organizar a apresentação das suas forças vivas. Toda a narrativa da festa se inspirou numa das mais belas obras de um dos maiores escritores de todos os tempos: William Shakespeare. Uma equipa de professores e alunos congregou-se para transmutar o Sonho de Uma Noite de Verão na mensagem! Deste modo foi dado a cada um dos alunos um papel ou uma função nessa encenação agora renovada. Foi um festival de luz, som e cor, com coreografias de grande efeito cenográfico e musical. Houve trabalho rijo na preparação de todas as cenas apresentadas. Interessante é o facto de todo esse labor ser voluntário (850 alunos participaram) e ser oferecido dos tempos livres de professores e alunos. Que trabalhão! Mas quem corre por gosto, não cansa … Imagine-se, então, como estava aquele grande recinto desportivo, orgulho do município de Almada, totalmente apinhado de gente: somámos vários milhares. É de realçar que para o sucesso da prolífera coreografia contribuiu decisivamente a espetacular colaboração das atividades de enriquecimento curricular, nomeadamente os desportos gímnicos, o ballet e a dança hip-hop. Bem assim, há destacar o notável desempenho do elenco teatral, com um trabalho de encenação e direção de atores muito consistente. Foi notória a revelação do talento de alguns jovens atores. Por todas estas razões e bons argumentos, ou porque apenas estava feliz, logo se percebeu que João Rafael de Almeida, Diretor do Colégio, transbordava de confiança e otimismo nas suas palavras de boas vindas. O programa da festa desenrolou-se com muito ritmo, sem paragens entre as sequências, o que atesta o nível quase profissional de toda a produção. Merecem louvor as professoras e os professores, as educadoras, os vigilantes e as vigilantes, os técnicos de equipamento que, num vaivém quase dançante, orquestraram todos aqueles grupos de alunos de forma tão harmoniosa. Os catorze números, ou cenas, permitiram que todos aqueles que quiseram participar mais diretamente na representação ou nas coreografias, desde o pré-escolar ao secundário, tivessem o seu momento ou o seu protagonismo. A criatividade da equipa dramatúrgica colocou uma personagem muito bem conseguida no meio da fantasia shakespeariana: o génio da lâmpada. Assim, a narrativa pôde ter uma maior abrangência colocando os dois irmãos, o Tiago e a Sofia, o realismo e o idealismo, o materialismo e o altruísmo, entre o Desejo, metáfora deste mundo em que vivemos, e o planeta Terra com toda a sua problemática ambiental e social. Parabéns também ao Puck e à fada da primavera. Oberon e Titânia também estiveram bem. Make a Wish, no final, representou o elo mais forte com os mais necessitados que a festa pretendeu também simbolizar e concretizar: todas as contribuições monetárias da festa foram doadas à Associação “Make a Wish” (mais de três mil euros) que procura cumprir os desejos de crianças e jovens com doenças graves. Quando o Doutor João Rafael de Almeida proferiu as palavras de despedida, não estávamos cansados, e ainda fomos ficando, já finda a festa, para mais uns abraços e palavras, antes de seguirmos para as férias da Páscoa.


ENTRE O GESTO E A ESCRITA CULTURA RICARDO GUERREIRO CAMPOS EXPÕE O SEU MAIS RECENTE TRABALHO NA CASA DA CULTURA DE SETÚBAL

Ensaio sobre a solidão e a identidade O artista habita um lugar de solidão. Essa condição estimula-lhe a necessidade de percepção da realidade. Os materiais circulam em seu redor e desafiam-no para as mais ousadas experiências. As experiências são um desafio, mas também instalam a disciplina. Uma estranha disciplina. Carlos Vidal, crítico de arte e seu professor na Faculdade de Belas Artes, fala, na coluna aqui ao lado, nos enleios do processo criativo. Associa a palavra “interactividade” à acção de Ricardo Guerreiro Campos. E acrescenta: “A imagem joga com o que a rodeia, teatraliza todo o campo (e a realidade da cenografia e do teatro não é estranha ao autor, com experiência no terreno); a imagem interage com o vazio e espaço que a cerca/rodeia”. Fui falar com o Ricardo. Eis a conversa. INTERROGAÇÕES JOSÉ TEÓFILO DUARTE FOTOGRAFIAS MARTA BANZA

Esta exposição convoca a instalação e a experimentação. É preocupação primeira do teu trabalho? Parece-me que acaba por ser mais uma consequência do que uma preocupação inicial. O meu processo criativo é muito desassossegado, muito impaciente. Durante um período, num determinado projecto, convoco da minha biblioteca visual um conjunto de imagens que me interessam trabalhar, e o processo resulta da procura pela melhor forma dessas imagens, que são ideias visuais, se darem a ver. Desta forma, experimento vários media para a mesma imagem. Assim, emerge a experimentação. E a instalação é um desses media, como o desenho, a pintura, a fotografia (ou a performance e o vídeo, noutras exposições). O mote para esta exposição surgiu desse convívio de disciplinas? Esta exposição surge como uma síntese do meu pensamento plástico nos últimos três anos e foi dessa forma que a encarei. Como um resumo. E é simultaneamente um ponto de situação, para me encontrar em vários aspectos, pessoal e profissionalmente. O meu trabalho sou eu. Homem do século XXI com determinadas preocupações, reflexões e ambições. Não consigo (não quero!), nem me faz sentido construir uma entidade artística (plástica, visual e performativa) diferente do que eu sou, ou falar de uma determinada temática que não me implique. O processo de criação é-me natural, no sentido em que são as minhas crenças e o meu corpo (literal e metaforicamente) que lá estão. Certamente que o que o público vê é diferente do que o que eu como criador vejo, mas interessa-me falar para e sobre a Humanidade como um todo, sem-tempo e

CARLOS VIDAL

CRÍTICO | PROFESSOR

Construir formas:

a tarefa do autor e do observador

O

sem-lugar. Gosto de olhar para as pessoas na sua solidão, no sentido da sua interioridade. No fundo, falo sobre pessoas que olham para dentro de si e que se questionam. Consegues identificar uma influência? Algo que te tenha soprado um rumo? São tantas as influências. Tenho autores a que recorro frequentemente e que têm a capacidade de me desarmar a cada aproximação. Desmontam-me por completo. Refiro-me à música, à literatura, ao cinema, ao teatro, e claro, às artes plásticas. Não consigo negar a marca de dois autores maiores e que me acompanham sempre: Manuel António Pina e Vergílio Ferreira. Ou na música: o Concerto de Colónia de Keith Jarrett. Ou a procura de identidade nos discursos plásticos de Helena Almeida e Jorge Molder. São tantas as referências que nos constroem que não conseguimos estabelecer limites nem fronteiras para tudo o que nos salta à vista, nos seduz, nos toca ou nos repugna a cada dia. Emaranha-se tudo interiormente numa teia de memórias. Identificas-te com alguma ideia artistica contemporânea? Identifico-me, como já referi anteriormente, com a ideia de solidão - que a meu ver anda de mãos dadas com o conceito de identidade. Interessa-me muito questioná-los tendo em conta a sociedade contemporânea e as premissas actuais das relações humanas, referenciada na minha experiência concreta, no meu passado, nas minhas origens. Existe aqui um caminho a percorrer? Já por várias vezes dei comigo a olhar para o conjunto de trabalhos expostos e a pensar que, pelas diferentes respostas e propostas que obtive durante este processo, o caminho pode ter vários sentidos. No entanto, há alguns aspectos que me interessam mais continu-

PENSANDO MELHOR...

ar a trabalhar do que outros, como a fragmentação/deambulação do corpo num espaço íntimo e o vestígio da sua passagem. Acredito que o processo criativo é composto por ciclos mais curtos e por ideias que ora se despertam, ora estão mais adormecidas em nós. Tudo vai e tudo volta — a seu tempo.

A DOR DÓI, O BOI MUGE RICARDO GUERREIRO CAMPOS

PINTURA | INSTALAÇÃO MARÇO | ABRIL | 2016 CASA DA CULTURA | SETÚBAL Organização: DDLX | CMS m@rço.28 | Mês da Juventude Setúbal

trabalho pictórico realizado pelo Ricardo Guerreiro Campos no seu ano de finalista da FBAUL (2014) levou à letra a expressão “trabalho pictórico”. Primeiro, porque se tratava de um trabalho mesmo – o autor preparava, arranjava ou cortava os suportes, muitas vezes rectângulos de madeira de baixa altura e dimensão em extensão horizontal, preparava, construía o suporte onde fazia inscrever um fragmento de imagem. Em segundo lugar, dir-se-ia que essa “imagem” era sempre pictórica, ou fantasmagoricamente pictórica não sendo puramente da ordem da pintura: evocava o preto e branco do desenho quanto o preto e branco da fotografia. Por fim, não só o suporte como também a imagem eram trabalhados, retalhados, reduzidos ao fragmento quase ilegível de tão subtil. O ponto de partida para o pequeno desenho inscrito na larga e horizontal “linha” ou pedaço de madeira podia ser a fotografia ou um frame de um vídeo, mas uma imagem trabalhada era/é, sobretudo, um fragmento (uma boca, mão, uma linha branca num rectângulo maior, etc.), fragmento esse que, devido à sua escala e forma de presença, ora não era visto, ora era/é visto como aquilo que não era (não é): um desenho, uma fotografia p/b, uma parte da própria ripa quando os nós se faziam notar. O que parece não é – se algo parece um desenho, é porque é uma pintura (o contrário também é aplicável). De outro modo, havia um jogo e um trabalho: o trabalho supunha a feitura do suporte e da imagem, o jogo tratava de nos fazer oscilar entre imagens (quando a imagem central, um corpo, por exemplo), entre imagens e entre o pequeno e o grande formato, pois o trabalho convocava o exterior à imagem e nele integrava a não-imagem, ou seja, aqui, o vazio. E o formato, grande ou pequeno tudo aqui parece ser da ordem do indecidível, é fruto tanto da imagem como do seu exterior, quer dizer, a imagem é todo o campo do suporte, ora preenchido, ora esvaziado: esvaziado de imagem mas contaminado por esta. Uma palavra que podemos ir buscar pode ser “interactividade”. A imagem joga com o que a rodeia, teatraliza todo o campo (e a realidade da cenografia e do teatro não é estranha ao autor, com experiência no terreno); a imagem interage com o vazio e espaço que a cerca/rodeia. Dessa envolvente a imagem deixa de o ser para, tudo no seu conjunto, ser antes FORMA, outra Realidade (pois muitas vezes a imagem é Realista e a capacidade de representação do autor vem à superfície). Mas a FORMA é o conjunto da imagem, do que a rodeia e do suporte. Esta interacção é interior ao “trabalho pictórico”, é esta interacção que faz de um trabalho um “trabalho pictórico” e não apenas um desenho ou uma pintura, se não quisermos usar o termo “instalação” (também viável). Esta realidade interna é interactiva, disse, mas também performativa. O “trabalho pictórico” é performativo porque as suas partes relacionam-se e fazem-se umas às outras ou umas com as outras. Trata-se, portanto, de uma performance pictórica. Mas há, no Ricardo Campos, uma outra vontade: não só a que o liga ao teatro, mas também à arte como campo que pode formar o visível, o gosto pelo visível, o gosto pictórico ou, numa perspectiva digamos “humanista”, o autor não deixa de estar ligado à arte como coisa potenciadora de educação e formação, frequentando mesmo um mestrado em Educação Artística. Então teremos de concluir que a arte educa porque impõe ao espectador um trabalho, que é um trabalho de ver e construir o visível. Um trabalho paralelo, claro, ao do artista. Que vê, constrói e volta a ver. E dessa conjugação nascem as Formas.

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CULTURA GATEM CONTINUA A EMOCIONAR E A CONQUISTAR OS JURADOS

“Principezinho” ganha prémio internacional

de melhor espetáculo em Espanha

ANA CARVALHO,

A comemorar 20 anos de vida, o grupo de teatro Espelho Mágico, continua a somar pontos em vários concursos. De Madrid, trouxe agora para Setúbal o prémio de melhor espetáculo internacional. Com o “Principezinho”, de novo. O musical continua a encantar e a causar emoção por onde passa. É obra! TEXTO ANTÓNIO LUIS IMAGEM SM

D

epois de ter brilhado no Festival de Teatro “Conte 2016”, na Póvoa de Lanhoso, com a conquista de quatro prémios, com o musical “O Principezinho”, o GATEM – Grupo de Animação e Teatro Espelho Mágico, de Setúbal, acaba de trazer de Espanha o prémio UNIR de Melhor Espetáculo Internacional da Escenamateur.

DIVISÃO CULTURAL DO MUNICÍPIO

«MUITOS PARABÉNS A TODOS»

Numa altura em que o grupo está a celebrar os seus 20 anos de atividade, este prémio internacional é recebido com grande carinho e emoção. «É obra! Sentir a cultura a unir povos e respetivas identidades não tem conta nem medida. Em boa hora, eu, Ricardo Cardoso e o saudoso Fernando Guerreiro construiram o GATEM, que ‘setubalizou’ por conta e risco de um espetáculo artístico surpreendente, com a maior das simplicidades ao arrepio das abordagens já feitas», referiu a diretora Céu Campos.

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Já Ana Carvalho, chefe da Divisão da Cultura da Câmara de Setúbal, também endereçou os parabéns ao grupo, que produz teatro para toda a família. «Muitos parabéns a todos os que estão na génese e trabalharam para este prémio. Calculo que o maior prémio seja a reação do público no fim de cada espetáculo mas o reconhecimento institucional e a nível internacional representa muito. Parabéns. Já vi o vídeo e arrepiei-me, imagino vocês».

«Enorme conquista em solo ibérico» Pedro Pina, vereador da Cultura da Câmara de Setúbal, realçou que o município «congratula-se por mais esta enorme conquista, em solo ibérico, o que nos enche de orgulho e nos faz acreditar que todos os esforços se traduzem em resultados quando a vontade e o querer imperam, associados naturalmente ao talento também presente. Nesta hora de alegria, mas, e sobretudo, de

reconhecimento a nível internacional, a par do que aconteceu ainda há poucos dias na edição do concurso nacional de teatro de Póvoa de Lanhoso, a autarquia agradece e reconhece o valor que o GATEM tem desenvolvido em prol do teatro». “O Principezinho”, espetácu-

lo destinado a toda a família, é um musical adaptado por Miguel Assis de “Le Petit Prince”, de Saynt Exupéry, musicado por António Carlos Coimbra, com poesia de Luís Filipe Estrela, figurinos e cenografia de Céu Campos e encenação de Miguel Assis.


AGENDA

CULTURA

Revista popular regressa aos palcos da AMBA

SETÚBAL9SÁBADO21H30

CARMINHO REGRESSA A SETÚBAL FÓRUM MUNICIPAL LUÍSA TODI

A fadista Carminho está de regresso aos palcos de Setúbal para uma atuação no âmbito do ciclo “Concertos Íntimos 2016”, que inclui ainda Miguel Araújo, em maio, e um espetáculo surpresa no terceiro quadrimestre.

SESIMBRA9SÁBADO21H30

ANA BOLA SEM FILTRO TEATRO JOÃO MOTA

Neste monólogo, ligeiro e bem-disposto, Ana Bola procura uma crítica direta e sem papas na língua a uma realidade gritante: a total falta de respeito pela arte, pelos artistas e pelo trabalho sério, que é substituído por atentados ao talento e à experiência.

ALCOCHETE9SÁBADO21H30

CORO JUVENIL INTERPRETA TEMAS INTEMPORAIS FORUM CULTURAL

Com direção musical de Nuno Margarido Lopes, o Coro Juvenil de Lisboa do Teatro Nacional de S. Carlos regressa ao fórum cultural, mas desta vez acompanhado pelo Trio on The Ritz para apresentar o programa “Coros de Jazz” que integra temas intemporais de George Gershwin, Irving Berlin, Paul Desmond e Cole Porter.

PALMELA9SÁBADO21H30

TEATRO SEM DONO ESTREIA ESPETÁCULO SOBRE 25 DE ABRIL CENTRO CULTURAL DO POCEIRÃO

O Teatro Sem Dono estreia “A Última Noite”. O espetáculo, que estará em itinerância pelo concelho ao longo do mês, no âmbito das comemorações do 25 de Abril, resulta da formação Teatro Com Idade, realizada em 2015, e conta com a participação do Coral 1.º de Maio do Bairro Alentejano. O texto, de Nelson Fernandes, leva-nos numa viagem até à noite de 24 de Abril de 1974.

SEIXAL9SÁBADO21H30

TRIBUTO A ADRIANO CORREIA DE OLIVEIRA FORUM CULTURAL DO SEIXAL

O Coro dos Tribunais apresenta um concerto de tributo a Adriano Correia de Oliveira, com música e poesia, inserido nas comemorações do 42.º aniversário do 25 de Abril. Pelo palco passarão músicos como Rui Pato, Vitorino, Filipa Pais, Zeca Medeiros, Carlos Alberto Moniz, Carlos Carranca, Gil Alves, João Domingos, Jorge A. Silva, Paulo Borges, Manuel Teixeira, entre outros.

MONTIJO9SÁBADO21H30

CANTAR COM AMIGOS IV TEATRO JOAQUIM D´ALMEIDA

O Grupo Coral do Montijo apresenta “Cantar com Amigos IV”, um encontro para celebrar a amizade. O espetáculo conta com a participação dos grupos Dance2You e Prece Mintiera, e dos amigos Ti Maria Albertina, Vânia Fernandes, Luís Sousa, e a Escola de Artes Sinfonias & Eventos.

A

Associação de Moradores do Bairro da Anunciada (AMBA), em Setúbal, estreou, com casa cheia, no passado dia 2, a sua nova revista popular intitulada “Café sem concerto & Cantigas sem vergonha”, pelo seu grupo cénico. Com textos e músicas de António Reizinho e arranjos musicais de Manuel Carlos, o espetáculo tem como cantora residente Susana Martins, que se estreia na revista popular. A encenação é de Fátima Geraldo.

Não falta a sátira política, com muitas críticas às políticas de Pedro Passos Coelho, mas também há críticas religiosas, sociais e homenagem às conserveiras e aos pescadores de Setúbal. Hortense Passos, presidente da coletividade, afirmou que o trabalho foi cansativo, pois desde outubro que estavam a ensaiar, mas que «vale sempre a pena ver uma casa cheia de público a aplaudir-nos. Isto compensa o nosso trabalho. É tudo fei-

to por amor à camisola». Já Fátima Geraldo, encenadora e atriz, não tem dúvidas de que a nova produção foi do agrado do público. «Já estávamos à espera desta boa reação das pessoas. Há cerca de três anos que não fazíamos revista e este regresso está a ser um sucesso. Valeu a pena o esforço», vinca. Susana Martins realçou que a AMBA é como «uma segunda casa», pois foi ali que começou a dar os primeiros passos enquanto fa-

dista e animar os bailes. «A Hortense é avó de todos os artistas. Só tenho a agradecer o trabalho que ela nos proporciona. Ela disponibiliza sempre esta sala para a apresentação de trabalhos e para espetáculos solidários. A minha participação nesta revista é a minha forma de agradecer à Hortense», sublinha, acrescentado que o público aderiu «muito bem» ao espetáculo. Os escassos apoios estão prometidos mas ainda não chegaram. «Estão prometidos os apoios da União de Freguesias, para fazer dois espetáculos para os idosos, mas também não pedimos mais nada a ninguém. Foi tudo feito com o nosso esforço e com as receitas de bilheteira». A revista volta este sábado ao palco da AMBA, com bilhetes a 3,5 euros. Depois, estão já garantidas duas saídas para fora de Setúbal. Regressa depois aos palcos da AMBA em datas a definir.

Mariema recebe prémio “Máscaras de Ouro” Cabo Espichel

acolhe concerto pela Orquestra Barroca do Amazonas

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atriz Mariema, que completou há bem pouco tempo 50 anos de carreira, foi homenageada, no dia 27 de março, Dia Mundial do Teatro, pela direção do Teatro Maria Vitória, tendo recebido a mais prestigiada distinção daquele teatro, as “Máscaras de Ouro”. A cerimónia aconteceu durante a representação da revista “Revista quer… é Parque Mayer!”, em cena na única sala de espetáculos em atividade no Parque Mayer, em Lisboa, explorada pela companhia do empresário/produtor Hélder Costa. Considerada uma das grandes vedetas da revista à portuguesa, Mariema alcançou «muitos dos seus maiores êxitos no Teatro Maria Vitória. É de toda a justiça esta homenagem.

A

Aliás, é hábito o nosso teatro homenagear no Dia Mundial do Teatro algumas personalidades ligadas ao meio teatral e, este ano, não foi exceção», refere a direção do teatro. Emocionada, a atriz Mariema, quando recebeu as “Máscaras de Ouro”, agradeceu, dizendo: «Há muito tempo que corria atrás delas. Muito obrigado, meu amigo de longa data, Hélder Costa».

Mariema, segundo fonte do Teatro Maria Vitória, apesar da idade, vai manter-se integrada no elenco da atual revista popular. «A Mariema está muito bem neste espetáculo. O público reconhece que a idade já não é a mesma, mas, não é por isso, que deixa de vir para a ver. Ela é muito acarinhada e muitas pessoas não deixam de lhe querer dar um beijinho ou um mimo no final do espetáculo», sublinha.

Temporada de Música da Casa de Ópera do Cabo Espichel despede-se este sábado, às 16 horas, na Igreja de Nossa Senhora do Cabo Espichel, com o espetáculo intitulado “Ópera no Espaço Luso-brasileiro do Século XVIII”, pela Orquestra Barroca do Amazonas. A orquestra formada em 2009 por professores e alunos da Universidade do Estado do Amazonas, que vem pela primeira vez a Sesimbra, irá executar, com cópias fiéis dos instrumentos da época, o património brasileiro do período colonial, especialmente do século XVIII e início do século XIX. O concerto tem entrada gratuita.

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GANHE CONVITES PARA O TEATRO NO BARREIRO E EM LISBOA Esta semana temos convites para oferecer aos nossos leitores para a revista do Parque Mayer, em Lisboa, “Revista quer… é Parque Mayer”, com Mariema, Paulo Vasco, Alice Pires e Flávio Gil, bem como convites para o musical “Tarzan”, também em cena no Politeama. E para a comédia “Hotel da Bela Vista”, da companhia ArteViva, no Barreiro, também temos convites para sextas-feiras e sábados, às 21h30. Ligue 918 047 918 ou 969 431 085.

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NEGÓCIOS FORUM DA SUSTENTABILIDADE NA HERDADE DE ESPIRRA, EM PEGÕES, REUNIU FIGURAS DE TOPO COM SECRETÁRIO DE ESTADO DA INDÚSTRIA

The Navigator Company contribui com mais de 2 700 milhões para o PIB nacional

João Vasconcelos, secretário de Estado da Indústria, ficou encantado e deslumbrado com a importância da Navigator Company para a economia nacional. A seu ver, trata-se de uma empresa única na vanguarda da sustentabilidade económica, ambiental e social, constituindo uma referência nacional, devido à visão integra que teve sustentabilidade.

TEXTO ANTÓNIO LUÍS IMAGEM SM

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secretário de Estado da Indústria, João Vasconcelos, realçou que «não é todos os dias que vemos as empresas a assumir, de forma tão clara, a sua disponibilidade e compromisso para ajudar o País. É uma empresa que que opera internacionalmente num setor onde os níveis de regulamentação e exigência em matéria de sustentabilidade ambiental, mas não só, são hoje os mais elevados de toda a economia portuguesa». João Vasconcelos fala-

va na 2.º Forum de Sustentabilidade da The Navigator Company, que debateu o impacto da atividade da empresa no desenvolvimento económico, ambiental e social em Portugal, bem como nas regiões onde estão localizadas as suas diferentes unidades produtivas, nomeadamente Setúbal, Cacia, Figueira da Foz e Vila Velha de Ródão. O evento decorreu na Herdade de Espirra, em Pegões, no passado dia 5. O representante do Governo felicitou os acionistas e os gestores da Portucel/Soporcel, que «no pico de uma das

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maiores crises económicas dos últimos 100 anos, respondendo a mercados extremamente exigentes e em circunstâncias de acesso ao crédito muitas vezes limitadas e num cenário de perda de recursos humanos qualificados para o estrangeiro, tiveram um espírito empreendedor, a coragem a visão de aprovar um investimento que nos permitiu ter em Portugal aquela que é hoje a maior e a mais moderna fábrica de papel de Mundo». João Vasconcelos, após ter visitado a fábrica da Portucel, não tem dificuldades em perceber

porque é que a Portucel é o segundo mais exportador português para exportações para 130 países. Esta sua produção equivale hoje a 1 por cento do PIB do País ou porque é líder mundial no segmento de papel de escritório. «Mas não é só o investimento permanente em infra-estruturas e tecnologias que justifica esta posição de liderança. A Portucel é hoje uma empresa única na vanguarda da sustentabilidade económica, ambiental e social, constituindo uma referência nacional, o que também se deve à visão integrada que tiveram da

sustentabilidade», sublinhou o governante. «Navigator é o terceiro maior exportador nacional» O Forum da Sustentabilidade é uma iniciativa criada com o intuito de potenciar plataformas de diálogo, contribuindo para o aperfeiçoamento da sustentabilidade das atividades da companhia através do convite à participação de personalidades da sociedade civil de reconhecido valor nas suas áreas de intervenção. João Castello Branco, vice-presidente da Navigator Company, chamou a atenção para a importância do tema em análise, ou seja, a dimensão do real impacto da empresa no desenvolvimento económico, ambiental e social em Portugal e nas regiões

onde estão localizadas as unidades produtivas da empresa. O anfitrião agradeceu especialmente a participação dos oradores convidado. O administrador João Correia recordou que «estamos perante o terceiro maior exportador nacional, sendo o que gera maior Valor Acrescentado Nacional, representado cerca de 1 por cento do PIB nacional e cerca de 3 por cento do total de bens exportados por Portugal. «Somos a maior empresa nacional industrial e com maior presença internacional, pois as suas vendas têm como destino 130 países dos cinco continentes», vincou. A encerrar o evento, Diogo da Silveira, CEO da Navigator Company, destacou a importância deste ‘retrato’ qualitativo e quantitativo da realidade do ‘core business’ da empresa e que constitui um excelente instrumento de trabalho no sentido da introdução de melhorias e de novas áreas de intervenção no quadro de um programa de expansão e internacionalização que está em marcha e se pretende aprofundado no próximos anos. O 3.º Forum da The Navigator Company tem lugar a 27 de setembro e irá debruçar-se sobre a “Certificação Florestal”, sendo que o 1.º, que decorreu em 2015, foi dedicado à “Prevenção em Incêndios”.

MAIS DE 2 MIL COLABORADORES DIRETOS As fábricas de Setúbal, Figueira da Foz, Cacia e Vila Velha de Ródão, que contam com mais de 2 mil colaboradores diretos, geram, de forma indireta, mais de 31 mil empregos a nível nacional. Por cada posto de trabalho das quatro fábricas são gerados de forma indireta 15 empregos a nível nacional. Quanto ao impacto de cada uma das unidades fabris da NC nas respetivas regiões, destacam-se os 2 por cento do PIB do Baixo Vouga (Cacia), os 39 por cento das exportações do Baixo Mondego (Figueira da Foz), a fábrica de Setúbal contribui para a existência de mais de 2 500 postos de trabalho na Península de Setúbal e mais de 21 por cento dos gastos da fábrica de Vila Velha de Ródão provêm de fornecedores da Beira Interior Sul.

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Festival noturno de natação sincronizada anima Setúbal

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V corrida solidária angaria fundos para apoiar populações mais vulneráveis

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município de Grândola organiza uma corrida e uma caminhada, na EB1 D. Jorge de Lencastre, este sábado, às 10 horas. Fernando Vasco, vice-presidente da Médicos do Mundo, vai marcar presença no evento. A Corrida Solidária é um projeto da Médicos do Mundo que, desde 2007, desafia a comunidade a organizar corridas, marchas ou caminhadas, com a finalidade de refletir sobre o

Setúbal Cidade Europeia do Desporto continua a ser palco das diversas provas. No total, são mais de duas centenas de iniciativas, entre as quais se destaca o Festival Noturno de Natação Sincronizada.

etúbal recebeu recentemente o Sincroshow – Festival Noturno de Natação Sincronizada, uma das iniciativas de destaque da programação da Cidade Europeia do Desporto e na qual participaram aproximadamente uma dezena e meia de atletas da Seleção Nacional Absoluta de Natação Sincronizada e do Sport Algés e Dafundo. O espetáculo, que teve a du-

DESPORTO

tema da edição, “Educação para a Cidadania Global”, e angariar fundos para apoiar as populações mais vulneráveis de Norte a Sul do país, através de projetos da MdM. Quase trezentas organizações e mais de 30 mil pessoas vão caminhar ou correr pela Médicos do Mundo (MdM). Mais de 330 mil pessoas participaram nas quatro edições passadas da Corrida Solidária.

Palmela e Clube Portais da Arrábida promovem maratona de fitness

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ração de uma hora e meia, combinou coreografias a solo e em dueto com efeitos musicais e luminosos que surpreenderam os cerca de 500 espectadores que assistiram à iniciativa. O Sincroshow incluiu, também, danças e saltos acrobáticos de mais de uma dezena de atletas das classes de ginástica do Clube Naval Setubalense e de dança jazz do Vitória Futebol

Clube. Organizada pela Câmara Municipal de Setúbal e pelo Clube Naval Setubalense, com o apoio da Federação Portuguesa de Natação, o festival contou, pela primeira vez, com a participação da Seleção Nacional desta modalidade, equipa que se encontra na fase final de preparação para representar Portugal no Campeonato da Europa de Natação.

Clube Portais da Arrábida, em Quinta do Anjo, vai acolher, este sábado, a partir das 14h30, uma Maratona de Fitness. Trata-se de uma iniciativa promovida pela Câmara Municipal de Palmela e pelo Clube Portais da Arrábida, no âmbito do Programa Municipal de Desenvolvimento da Ginástica, para a qual se espera a participação de cerca de uma centena de pessoas de diversos clubes e associações do Concelho de Palmela e concelhos vizinhos. Palmela vai estar representada

na maratona através da Sociedade Filarmónica União Agrícola, de Pinhal Novo, União Desportiva da Palhota, Clube Portais da Arrábida, Teatro Estranhamente Louco e Absurdo, Cooperativa de Habitação de Quinta do Anjo e de vários professores, a título individual. Os participantes na Maratona de Fitness (entrada livre) poderão experimentar as várias modalidades: zumba, pump, localizada, combat, hip hop, taekwondo, zumba kids, pilates, cross training e step.

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EDITORIAL

OPINIAO

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Raul Tavares Diretor

Lamechices de fim-de-semana

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Um imenso Portugal. Um pequeno Brasil.

evia haver um período de nojo para quem, como eu, está quase obrigado a escrever um texto da sua lavra, todas as semanas, tanto quando possível sobre a realidade concreta, do nosso quotidiano, e o mais presente possível. Normalmente, procuro um enfoque, um tema que me ponha os neurónios (mais ou menos afinados) a mexer um bocadinho mais. Esta semana é daquelas que nada apetece dizer. A razão é simples: apetece usar a liberdade de expressão e desatar a bordejada verbal. Mas de neurónio a hipotálamo, lá vou regulando o meu autónomo sistema nervoso. Por isso não apetece falar nem da Isabel Jonet, a toda poderosa senhora do mata-fome que, de sangria em sangria, vai desancando nos seus protegidos, porque são calões, agarradinhos às redes sociais em vez de trabalharem; ou dos homossexuais que só devem oferecer alimentos em período de abstinência sexual; ou mesmo daquela lição matriarcal (lembram-se) de que devemos todos “reaprender a viver mais pobres”. Não; nem quero falar, da princesa da arte contemporânea, de seu nome Joana Vasconcelos, que num anúncio sobre o fenómeno dos refugiados, se lembrou de artilhar - a fazer de conta, claro – a sua ‘mala-de-cartão’, com o seu iPhone, o seu iPad, sem esquecer o lápis e os rabiscos das suas ousadas, puras e recicladas obras. Nem de um ministro que, em defesa da sua honra, se demitiu em vez de esbofetear (atenção que uso a expressão queirosiana, tal como o próprio) os pretensos caluniadores. Enfim, hoje estou mesmo assim. Não apetece mesmo nada dar atenção a estas coisas mundanas que se passam aqui, bem perto, estão bem presentes e são muito concretas. E, já agora, quem nunca apeteceu dar duas bofetadas em alguém – desta feita à séria que atire a primeira pedra…

m grande país que insiste em ser pequeno. Um pequeno país que sonha em ser grande. Unidos pela língua. Unidos pela história. Unidos pela impotência de não conseguirem ser o que querem. Um suficientemente pequeno para ser “salvo” por uma troika qualquer. Outro tão grande que só pode ser salvo por si próprio. Entre os dois a distância da evidente proximidade. A distância das ridículas relações comerciais. Ou a falta delas. O Brasil “vale” 1,14% das exportações e 1,43% das importações portuguesas (2015. AICEP). Voltem a ler estes dois números, por favor, e reflitam por um momento. Se existem números que nos expõem ao ridículo estes são dois deles. Brasil que tem “só” 208 milhões de habitantes com a evidente dimensão económica que isso, também, representa. Ou deveria representar. Para um país irmão estamos falados. Estamos, na verdade, perante demasiados falantes de português para tão pouco comércio. O facto é que relações baseadas no sentimentalismo dão nisto. Muito discurso. Muitas proclamações.

Pouco realismo. Quase nenhum valor. Comparemos com o peso e a importância das relações entre o Reino Unido e os EUA e tiremos as necessárias conclusões: eles fazem; nós falamos. Ultimamente, porém, algo nos aproxima. E esse algo não tem nada a ver com a economia. Esse algo é a corrupção. Grande “pobre” noticia. Dificilmente quer no contexto da América quer no contexto da Europa dirigentes do “topo do topo” são envolvidos em casos de corrupção. Nós somos a exceção. Que grande “rica” exceção. Políticos nossos que inocentes até prova em contrário, claro. Mas, ainda assim, inocentes que tiram toda a inocência aos seus respetivos países. Portugal e Brasil caminham assim juntos. No desprestígio da classe politica e na ascensão de estrelas vindas do mundo da justiça. Cá como lá um caldo de cultura comum. O Estado omnipresente, omnisciente e omnipotente. O Estado dos negócios e o Estado do assistencialismo. O Estado como ponto de encontro de tudo e de todos. Um imenso facilitador do que não precisa

TURISMO SEMMAIS JORGE HUMBERTO SILVA COLABORADOR

de ser facilitado. Um conceito de bem comum que abrange principalmente a banca. A cada um segundo o montante da sua conta bancária. De cada um segundo a sua impossibilidade em fugir aos impostos. E, se ainda assim não correr bem, o Estado pode sempre licenciar as offshores. Longe da costa, perto do mais puro interesse individual. Capitalismo bem educado para uns muito poucos. Selvagem para os restantes. Brasil e Portugal a mesma luta: não ter a quem se queixar. A não ser a nós próprios, nesta falta de cidadania que tanto compromete. O individualismo ganhou. Uma ideia coletiva de sociedade náufraga a cada novo escândalo revelado. Qualquer referência à sociedade civil perdeu credibilidade tantos os grandes e pequenos interesses que tomaram conta do pedaço. Lá como cá.

Há dias assim

H

á dias assim, mais propensos à reflexão, pondo em nossas mãos a enxada do saber e da experiência da vida e cavando no mais profundo da nossa razão de ser. Esta, por sua vez, confrontando-nos com o passado e procurando não perder o sonho dum futuro mais certo e previsível, como se fosse possível dominar essa dinâmica, mais dependente de forças estranhas que se intrometem no nosso quotidiano e são mais determinantes que a nossa própria vontade. A nossa razão de ser, afinal esse percurso que radica na génese de quem somos, o que fizemos, o que julgamos saber fazer, as falhas que cometemos, as marcas indeléveis do sofrimento sentido ou que nos dão ânimo pelo seu significado no ego que sabe bem aquecer. Esse retrato de nós próprios, agora tão na moda nas vulgarizadas selfies, que devendo ser a preto e branco, isento de excessiva emoção, deve reservar as cores e os aromas mais bonitos, para não esmorecermos e dar alento, para encararmos momentos menos bons, suscetíveis de acontecerem. Estes dias são assim mesmo,

Aguaceiros na Mente A VERDADE DAS COISAS SIMPLES

LETRAS EM PAPEL QUADRICULADO

JOSÉ ANTÓNIO CONTRADANÇAS

MARGARIDA NIETO

ECONOMISTA

impregnados duma certa melancolia, também ela necessária a uma reflexão calma e serena, mas que de todo não deve ser angustiante. Deve ser uma melancolia consciente, que não nos trazendo exaltação nos deve permitir regressar a caminhos já percorridos e encontrarmos as encruzilhadas marcantes dum percurso feito de indecisões e de determinação. Uma melancolia em que o corpo se abandone e a entrega aos valores do espírito prevaleça, sendo tranquila e apetecida. E que se faça, também, em perfeita comunhão com tudo e todos os que nos rodeiam e que de forma inquestionável em muito contribuíram e contribuem para o que fomos e somos, não faltando à chamada de outros tempos que se avizinham. São estes dias, o acontecimento de nos procurarmos razão, como

quem faz um acerto de contas e lhes tira a prova real da vida vivida. Como se procurar razão, fosse um ato deliberado e necessário, que justificasse tanto do que se viveu duma forma ou de uma maneira mais emotiva. E mais do que isso, essa razão fizesse prevalecer a matéria dum corpo, ausente de espírito, esse sim determinante de todas as camadas que se foram sobrepondo e que nos foram moldando, dando-nos a impressão da pessoa que somos. Nestes dias em que deambulamos pelos caminhos esconsos deste ser que somos e procuramos iluminar os locais mais recônditos da caverna em nós edificada, fica-nos por fim uma sensação estranha de abandono, duma sábia prostração onde se legitima a preguiça tantas vezes esquecida num mundo imperativo de ocupação e trabalho.

Diretor Raul Tavares | Redação: Anabela Ventura, António Luís, Bernardo Lourenço, Cristina Martins, Marta David, Rita Perdigão, Roberto Dores | Departamento Comercial Cristina Almeida - coordenação | Direção de arte e design de comunicação DDLX – www.ddlx.pt | Serviços Administrativos e Financeiros Mila Oliveira | Distribuição José Ricardo e Carlos Lóio | Propriedade e Editor Mediasado, Lda; NIPC 506 806 537 Concessão Produto Mediasado, Lda NIPC 506 806 537 | Redação: Largo José Joaquim Cabecinha nº8-D, (traseiras da Av. Bento Jesus Caraça) 2910-564 Setúbal. E-mail: redaccao.semmais@mediasado. pt; publicidade.semmais@mediasado.pt. | Telefone: 93 53 88 102 | Impressão: Empresa Gráfica Funchalense, SA. Rua Capela Nossa Senhora Conceição, 50 – Moralena 2715-029 – Pêro Pinheiro. Tiragem: 45.000 (média semanal). Distribuição: VASP e Maiscom, Lda. Reg. ICS: 123090. Depósito Legal; 123227/98

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Resta-nos o sol que deve estar a chegar. E o otimismo junto. Para além do futebol claro (Euro 2016), sendo nós eternos favoritos a ganhar… experiência. Até nisso estamos mais próximos do Brasil. Solidariedade na derrota (no Maracanã ou na Luz) e esperança na próxima geração de “ouro”. Portugal e Brasil não têm um destino traçado. Nem um destino que marca a hora. O destino fazemos nós. Os políticos elegemos nós. As regras das sociedades fazemos nós em cada momento e em cada lugar. Somos nós o problema. Somos nós, também, a solução. O futuro, esse, esconde-se nas canções dos Rolling Stones e na atitude dos Sex Pistols. Duas bandas Rock. Dois caminhos para mudar o mundo. Porque afinal o mundo talvez não precise de ser mudado. Antes inventado.

ESTUDANTE

A

chuva de abril encanta telhados e canteiros. As flores agradecem a sua chegada e cumprimentam o suave toque das gotas de água acariciando as suas pétalas. As árvores estão frondosas, a relva brilha e os passarinhos moldam o chilrear ao ritmo da chuva. O odor a terra molhada invade o ar, embalsama-o, nutre-o. As nossas narinas dão graças àquele aroma relaxante e inspiram fundo, aproveitando-o. A chuva é particular – murmura aos nossos ouvidos o mesmo som, mas cada um recebe diferentes mensagens. Celestial, para quem escuta atentamente, no conforto da casa, do carro, ou do comboio. Inconveniente, para quem solta um suspiro descobrindo que não trouxe guarda-chuva. Desconfortável para quem caminha sob ela, perdido numa cidade. Confortável para quem caminha sob ela, perdido em pensamentos. Irresistível para o casal de namorados que passeia calmamente sob o chapéu-de-chuva. Abominável para os que temem tempestades. Divertida para os netos de galochas e inoportuna para as avós que os acompanham. Assim é a chuva – gotas de vida semelhantes tocando corações diferentes.


novas formas, com novos interlocutores. E quando falamos de interlocutores, estamos a falar, em grande medida, dos professores do ensino primário, básico e secundário do concelho de Almada – do ensino estatal e do ensino privado – que reconhecem no teatro essa sua matriz fundamental, que é a da formação de cidadãos. Trata-se, as mais das vezes, de um tipo de relação que passa por cima das formalidades institucionais, porque o que está em causa é o amor pela Arte, que, nas palavras do encenador Peter Stein, “é o único bem e o único feito alcançado pela raça humana que, de alguma forma, justifica a sua existência”. Estes professores – entusiastas, inquietos, verdadeiros pedagogos – são, efectivamente, o esteio no qual assentam as pontes que estabelecemos entre o teatro e a escola. E quem são esses professores? Não são necessariamente os professores de Português, ou Inglês, ou Francês (embora também os haja, claro). Quantas vezes não nos deparamos com

BOCA DE CENA RODRIGO FRANCISCO

Primavera

DIRETOR DA CTA

um entusiasta professor de Química, ou de Educação Física, ou de Religião e Moral, que não perde uma peça com os seus alunos? Vêm realizar um trabalho não-remunerado, fora do horário do expediente, e cientes de que provavelmente o único reconhecimento que terão será o nosso, o dos artistas, e – mais importante – o dos alunos. São pessoas que não se limitaram a escolher uma profissão, mas sim uma actividade para as suas vidas, que implica um empenhamento ético. Quando digo “ético”, digo “para além da relação com a tutela”, digo “um compromisso com as suas consciências”. Trata-se de pedagogos implicados no devir da Humanidade: de cidadãos que se dedicam a formar cidadãos. Cabem nesta descrição todos os professores neste momento em

actividade? Não cabem: reconheçamo-lo sem ilusões. Bem sei que não se poderá resolver esta questão de um momento para o outro. Bem sei que o Ministério da Educação tem sido uma espécie de gigante insuflável, obrigado a dar voltas sobre si mesmo consoante os dislates de alguns Governos que se têm sucedido nas últimas décadas. Mas podemos reivindicar, isso sim, que estes professores, estes heróis da pedagogia – possam ter condições para concretizar o compromisso que assumiram consigo mesmos e com o País. Podemos lutar para que não sejam tragados pela burocracia, nem apagados pelo desânimo. Podemos trazê-los ao teatro e dar-lhes as condições para que se façam acompanhar dos seus melhores amigos: os alunos.

Panama papers / XXXVI Congresso do PSD PANAMA PAPERS: Paraísos Fiscais/Offshores Financeiros - o Maior “Cancro” da Sociedade Actual Os Paraísos Fiscais nasceram na Suíça no rescaldo (1920) da 1ª Guerra Mundial. Também por isto nunca quis entrar na União Europeia. Numa 2ª fase, pós-2ª Guerra Mundial: dadas as crescentes pressões internacionais contra o Imperialismo, é aprovada a 14.12.1960 na ONU a Resolução 1514 que dá a autodeterminação aos Países, incluindo o usufruto das suas matérias-primas (por exemplo países produtores de petróleo) e marca o início das descolonizações. Dada esta transferência de poder, como compensação, as 7 principais companhias petrolíferas à data (“7 irmãs”) convencem os países exportadores de petróleo a praticarem preços baratos e, para fugirem aos impostos no país de origem passam a usar navios petroleiros de suas subsidiárias com “bandeira de conveniência” do Panamá ou Libéria. Conseguem assim fugir ao controlo da Reserva Federal dos EUA não pagando impostos caros e obtêm seguros baratos. EUA fazem “vista grossa” porque paga o petróleo barato. Por sua vez vendem petróleo caro às refinarias ocidentais. Cria-se o mercado dos Petrodólares. Dado o êxito Londres cria os seus próprios paraísos fiscais e estende-os a outros sectores

obtendo chorudas comissões. Na Guerra-Fria, a Rússia receia o controlo dos EUA no negócio petrolífero com o Irão e usa: Chipre, Emirados Árabe Unidos e Londres. Proliferam Paraísos Fiscais. Por volta de 1980, quando da criação da 1ª zona Comercial no coração da Europa, logo antes da Globalização, dá-se nova proliferação de paraísos fiscais e a dispersão do Suíço. Saddam Hussein pós invadir o Kuwait (alegando que este estraga o negócio praticando preços abaixo dos da OPEP) quer receber em euros (mais valorizados) em vez de em dólares. Assim afronta interesses e sentencia-se. Sem regulação séria nem controle, os Paraísos Fiscais facilitam a corrupção mundial, nomeadamente: na lavagem de dinheiro, fuga fiscal, tráfico de armas e droga, terrorismo, com todos os terríveis inconvenientes daí derivados. Bin Laden usava-os para financiar as suas actividades terroristas. O Estado Islâmico faz o mesmo. Portugal, ingenuamente, acaba com a Zona Franca da Madeira, motivando a fuga de muitas empresas aí sediadas para outros offshores. Portugal tem sentido bastante os nefastos efeitos deste sistema de fraudes financeiras global, nomeadamente com os famigerados: BPN, BES, BANIF. Já se sabe há muito que empresários, políticos e governantes usam desavergonhadamente esta via. O G20 diz

ACTUALIDADES CALDEIRA LUCAS

CONSULTOR E ESPECIALISTA EM TRANSPORTES que “quer acabar” com os Paraísos Fiscais mas como tem no seu seio países que também vivem destes interesses instalados, parecido com o que acontece com o combate às alterações climáticas, não se vislumbra o “fundo do túnel”. O PANAMA PAPER tem a novidade da enorme quantidade de provas e por desmascarar tantos lideres mundiais. E ainda só foi numa empresa. XXXVI Congresso do PSD Houve delegados que só entraram para “marcar o ponto” e saíram pouco depois, certamente para irem conviver para outras bandas. No 2.º dia, após o jantar, às 22:30 ainda só estavam cerca de 50 pessoas na sala, situação estranha mas demonstrativa do desinteresse. No momento da votação das moções, depois da meia-noite, só metade dos delegados estavam presentes (a outra metade nem regressou do jantar) onde era habitual a maioria estar presente. Outro aspecto negativo foi a pressão exercida para que só surgisse uma lista ao Concelho Nacional. Caciquismo? Felizmente que

JORNALISTA

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esde a instalação, no final dos anos 70, da Companhia de Teatro de Almada (então denominada Grupo de Campolide) nesta cidade, a formação de públicos e a animação cultural têm andado a par e passo com a criação artística, influenciando-se mutuamente. De facto, a relação íntima entre o teatro e a polis estabeleceu-se naturalmente na Grécia antiga, quando os gregos criaram a tragédia. E privar o teatro desta sua vertente original será, parece-me, esvaziá-lo da sua essência e transformá-lo noutra coisa – entretenimento, porventura. Do diálogo estabelecido com a comunidade em que se insere (representada por associações, grupos de amadores, sociedades filarmónicas, etc.), as escolas foram desde o início um parceiro privilegiado e fundamental da nossa actividade – nas escolas formam-se os cidadãos de Almada, o nosso público futuro. E este trabalho tem tanto de estimulante quanto de incessante: as gerações de estudantes sucedem-se e o diálogo vai tomando

FIO DE PRUMO

A escola vem ao Teatro

JORGE SANTOS

OPINIÃO

surgiram 8. Explicação: Para quê votar se já se sabia que a grande maioria das moções iam ser aprovadas? Foram todas aprovadas. Mas, a mais importante e fundamental foi: em vez de as eleições internas serem realizadas pós-Congresso, depois de se ouvirem as propostas dos potenciais candidatos a líder, “inverteu-se o sentido democrático” forçando - à cautela - a que o líder já tivesse sido antecipadamente escolhido, daí não terem comparecido alguns de outros potenciais candidatos. Por exemplo, Rui Rio está a “queimar cartuchos” para quê? Para voltar a ser o candidato do PSD à Autarquia do Porto? Onde estava o irreverente Alberto João Jardim? E Nuno Sarmento, não foi por achar que ainda não vale a pena? Ganhou o consensual Luís Marques Guedes que aumentou o nº de lugares no Conselho Nacional mas não conseguiu a maioria, e perdeu Passos Coelho que voltou a reduzir na Comissão Política Nacional. Vamos ver as posteriores consequências de Passos Coelho impor Marco António e Maria Luís Albuquerque.

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ostuma dizer-se que quem não tem assunto fala do tempo, e o certo é que, no dia-a-dia, são frequentes as conversas onde se fala do muito calor, da chuva que não acaba e até da crítica aos serviços de meteorologia porque disseram que se podia ir para a praia e afinal Sol nem vê-lo. Um tema que até nem se tornou muito quente foi o congresso dos social-democratas onde alguns militantes deram a entender que nem tudo tinha acabado da melhor maneira e isso teve eco numa votação, a mais fraca de sempre, para o actual líder. A semana começou com uma “notícia” que se poderia considerar bombástica, mas os portugueses sempre se pautaram pelo bom comportamento e de milhões de documentos revelados apenas um compatriota aparece mencionado no «Panama Papers». E, diga-se em abono da verdade, que nada nos interessa que o presidente daquele ou do outro país tenha esquemas para engrandecer ainda mais a sua fortuna pessoal, ou que este ou aquele empresário ou futebolista proteja em “paraísos fiscais” os tostões que vai amealhando.

A semana começou com uma “notícia” que se poderia considerar bombástica, mas os portugueses sempre se pautaram pelo bom comportamento e de milhões de documentos revelados apenas um compatriota aparece mencionado no «Panama Papers». Interessa-nos, isso sim, que em vez de programarmos a vidinha pelas informações sobre o tempo que vai fazer, percamos tempo a ver os panfletos das grandes superfícies para ir buscar aquele produto que está anunciado com um bom desconto, mesmo sabendo que quando lá chegarmos já o “stock” está esgotado. Contudo, porque há que acreditar que o dia de amanhã será melhor do que o de ontem, levantemos a cabeça porque estamos na Primavera, mesmo sabendo que “em Abril, águas mil”.

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