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16 - 19 AGOSTO
SÁBADO 9 DE JUNHO DE 2018 Diretor Raul Tavares Semanário - Edição 995 - 9ª série Região de Setúbal Distribuído com o Expresso
GOVERNO LANÇA «PRIMEIRO DIREITO» PARA EQUILIBRAR HABITAÇÃO SOCIAL As autarquias não têm fogos sociais suficientes para responder às famílias com necessidade de realojamento. O governo intervém com um programa de apoio que não abrange automaticamente os pedidos já registados. Almada é o terceiro concelho do país onde a situação é mais preocupante. P2
SOCIEDADE
SOCIEDADE
DESPORTO
«ARRÁBIDA SEM CARROS» MOTIVA PROTESTO NA PRAÇA DO BOCAGE EM SETÚBAL
TRABALHADORES DO BARREIRO CADA VEZ MAIS LONGE DOS ARMAZÉNS DO NICOLA
VINHO VITÓRIA CRIADO PARA AJUDAR ESCALÕES DE FORMAÇÃO DO CLUBE SADINO
A iniciativa «Praia na Praça» surge na sequência da petição pública «Não à privatização da Arrábida» e visa sensibilizar a autarquia sadina para a revisão das medidas do programa «Arrábida sem Carros». Os promotores do protesto alegam tratar-se de uma estratégia diferenciadora. P3
Já foi assinado o contrato de arrendamento que vai permitir à câmara do Barreiro relocalizar os serviços operacionais da autarquia para a Quinta da Lomba. Retirar as pessoas do Nicola foi uma das principais promessas eleitorais do Partido Socialista nas últimas autárquicas. P4
Aproximar as pessoas do clube e aumentar receitas para a formação do futebol do Vitória Futebol Clube são os objetivos da Adega de Palmela que criou um vinho de marca própria; o Vinho Vitória. O lançamento desta gama de vinhos insere-se na nova política de comunicação do V. Setúbal. P11
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SOCIEDADE
GOVERNO CRIA PROGRAMA PARA COMBATER SITUAÇÕES DE CARÊNCIA HABITACIONAL
Almada é o concelho do distrito onde há mais famílias à espera de casa Os municípios reconhecem que não há fogos sociais disponíveis, mas nem por isso deixam de receber diariamente pedidos de famílias que procuram realojamento habitacional. Com o programa «Primeiro Direito» o governo espera resolver as situações mais graves, mas só para quem se inscrever a partir de agora. TEXTO ROBERTO DORES IMAGEM DR
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lmada, Seixal e Barreiro são os três concelhos do distrito que integram a lista dos 15 municípios portugueses com maiores necessidades de realojamento habitacional. Porém, Almada, com 2735 famílias à espera de casa, destaca-se em larga escala, ocupando a terceira posição nacional, apenas atrás de Lisboa e Amadora, que registam só mais cerca de cem pedidos do que a cidade da Margem Sul. Ainda assim, Seixal, com 526 pedidos, e Barreiro, com 376, também merecem uma chamada de atenção no levantamento nacional elaborada pelo Governo.
Dados que são conhecidos numa altura em que os pedidos de ajuda apresentados nos últimos anos, e que engrossam as listas de espera dos municípios da região por falta de fogos sociais, deixam de contar automaticamente para o programa ´Primeiro Direito´, um instrumento que vai permitir a «intervenção urgente e decisiva» em situações de grave carência habitacional. As regras do programa do Governo visam apoiar o acesso à habitação condigna às famílias com carências económicas e sem alojamento adequado, definindo claramente que só serão válidas às solicitações apresentadas desde terça-feira, data em que o programa entrou em vigor. Isto porque o regime constante do
presente decreto de lei aplica-se aos pedidos de apoio que sejam apresentados após a data da sua entrada em vigor. Na região, há famílias que aguardam por habitação social há vários anos, mas sem apoio público para todos os investimentos
em imóveis com rendas, a maioria das câmaras do distrito limita-se a gerir o património habitacional que detém. Ou seja, as solicitações de casas feitas por pessoas sem meios financeiros para acederem ao mercado normal de habitação têm-
Finisterra reconhecido pelo prestígio internacional
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erminou dia 31 de maio em Sesimbra o Arrábida Film Art & Tourism Festival com a consagração do inglês Chadden Hunte, e do alemão Florian Ficher que se destacaram na 7ª edição do Finisterra. De entre as mais de 125 películas a concurso, oriundas de 51 países, estes dois realizadores conquistaram a maioria dos prémios das principais categorias técnicas e temáticas. A entrega dos mais de 70 troféus, o Farol do Cabo Espichel (baseado numa peça original criada na 1ª edição, em 2012, por André
Semblano) e o Peixe (peça em barro criada por Lourdes Brites que representa a comunidade piscatória) coube, entre outros, à vice-presidente da autarquia, Felícia Costa, e a Carlos Sargedas, presidente da Arrábida Film Comission e diretor deste festival. Antes da cerimónia de encerramento do evento a comitiva de uma centena de pessoas, entre parceiros, jornalistas e produtores, passeou pela costa de Sesimbra e teve oportunidade de degustar uma refeição confecionada por Carmine De Angelis, um dos mais prestigia-
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dos chefes italianos, em representação do país convidado, a Itália. Um almoço que foi acompanhado pelo embaixador, Uberto Vanni d’Archirafi, que, elogiou a organização e enalteceu as «potencialidades territoriais desvendadas por este certame». Odete Graça, presidente da Assembleia Municipal de Sesimbra agradeceu o reconhecimento, validando o Finisterra como «uma importante arma de democratização da cultura e um prestigio para Sesimbra e para o Cinema Português». Carlos Sargedas, realizador, produtor e presidente da Arrábida Film Comission, «orgulha-se» do caminho percorrido, apesar «do considerável investimento pessoal e financeiro», que lhe permite «notoriedade, reconhecimento e, acima de tudo, a promoção da minha terra», destaca. Atualmente com dois trabalhos de cinema no Brasil, e outros tantos de fotografia para revistas
de várias nacionalidades, além do papel de júri que já tem assegurado para inúmeros festivais internacionais, Carlos Sargedas faz um balanço «bastante positivo desta edição do Finisterra, a mais cara de sempre, que, mais uma vez deu frutos». Refere-se o presidente da Arrábida Film Comission ao facto de «muito em breve estar a trabalhar com um realizador de Hollywood, com o qual, a par de Turquia e Brasil, foram celebradas parcerias importantes para o nosso concelho e para a promoção do nosso património». Para o realizador é «gratificante ler os vários comentários que escrevem no grupo do Facebook do Festival. Pessoas que conhecem dezenas de festivais e dizem que o Finisterra é inesquecível e que os consegue superar, principalmente pela forma como os recebo e proporciono a já famosa “Sesimbra experience”. E.S.
-se acumulado, sobretudo no concelho de Almada. No entanto, essas inscrições - e ainda que a necessidade perdure - não serão automaticamente consideradas neste novo regime. Para cumprir a regra à risca alguns autarcas admitem que as famílias possam ser obrigadas a renovar os pedidos de habitação junto dos serviços municipais, um processo que poderá colocar em causa o critério de antiguidade. Hoje é um dos critérios de desempate entre candidaturas no acesso a fogos sociais. A quem se dirige o programa? O Ministério do Ambiente reconhece que os pedidos de habitação já existentes nos serviços municipais não são, por
si só, pedidos de apoio ao abrigo do Primeiro Direito, mas admite que essas famílias possam vir a ser apoiadas pelo programa desde que seja essa a opção das câmaras a quem cabe definir a estratégia local de habitação para a resolução das carências. O programa Primeiro Direito destina-se a pessoas sem abrigo, a vítimas de violência doméstica, a famílias que vivem em edifícios inseguros ou insalubres e em casas sobrelotas, apoiando ainda as pessoas que tenham de deixar a casa por insolvência ou por operações urbanísticas dos municípios. O programa contempla ainda famílias monoparentais, agregados com deficientes e idosos em risco de não renovar o arrendamento.
I Feira da Ginja anima ruas do Barreiro
P
ara assinalar o início das festividades típicas desta quadra, de Santos populares, a União das Freguesias de Barreiro e Lavradio promove este fim de semana a I Feira da Ginja. Uma aposta do executivo de Gabriela Guerreiro, presidente da Junta da União das Freguesias, que recupera a «tradição antiga de beber ginja na noite da consoada, junto de um dos espaços míticos da cidade, a tasca d’O Manuel da Galega, numa iniciativa de origem popular e espontânea, que foi crescendo de ano para ano, tornando-se um momento de convívio entre amigos, antes do jantar da consoada». É essa a tradição que está na base desta feira com a população a responder de forma positiva uma vez que, segundo a empresa responsável pela organização do evento, «nas primeiras horas, os cerca de 22 stands ficaram logo reservados». Quando surgiu a ideia da
feira, a equipa de Gabriela Guerreiro contactou o comércio local e «o feedback foi bastante positivo. Não só por ser em torno da mítica ginja, mas, também, por estarmos a dinamizar o centro do Barreiro», já que a I Feira de Ginja vai estender-se a ruas como o largo e o mercado 1º de Maio, o parque Catarina Eufémia e a avenida Alfredo da Silva, entre outras artérias adjacentes. Para esta primeira edição da Festa da Ginja «houve espaços que criaram produtos alusivos à Feira como, por exemplo, um prato de polvo com molho de ginja, cocktails ou até, copos com inscrição referente ao evento gravada». Gabriela Guerreiro admite que a «expetativa é grande» e convida «os barreirenses e os visitantes a usufruir de tudo o que a Feira tem para oferecer até ao final do dia de domingo». E.S.
SOCIEDADE
PLANO DE ACESSO ÀS PRAIAS DO CONCELHO DE SETÚBAL TEM GERADO MUITA POLÉMICA
Cidadãos contra «Arrábida sem Carros» manifestam-se amanhã Descontentes com as medidas «inadiáveis», implementadas pela autarquia de Setúbal para regular o acesso às praias da região, um grupo de populares vai manifestar-se amanhã na Baixa sadina. O protesto «Praia na Praça» quer reverter uma realidade que diz ser «diferenciadora». TEXTO ELOISA SILVA IMAGEM DR
D
esde que a câmara de Setúbal anunciou o plano «Arrábida sem Carros» que as vozes críticas, mas também as concordantes, se fazem ouvir, quase, diariamente e pelos mais variados meios. Quer seja através de contributos no processo de discussão pública que está em curso, quer seja através da criação de grupos nas redes sociais, na apresentação de petições públicas ou, até, em manifestações como a que está agendada para amanhã, na praça do Bocage. A ideia é, diz Jonas Bonaparte (um dos proponentes da petição «Não à privatização da Arrábida»), «mostrar à câmara que não pode decidir a seu bel-prazer sem ouvir a população». Este setubalense admite que a ação «Praia da Praça», marcada para amanhã e cuja mobilização começou num grupo criado na rede social Facebook, visa «pressionar a autarquia a assumir que esta é uma estratégia diferenciadora de população e que não impulsiona o turismo que queremos e merecemos. É uma medida só
para turistas e não para os setubalenses. Como se comprova, aliás, pelo investimento anunciado numa nova ponte cais no Portinho da Arrábida quando temos a rampa de Santa Catarina nas condições mínimas que são conhecidas», evidencia Jonas Bonaparte. O administrador do grupo «Praia na Praça» considera que as medidas impostas «não são inevitáveis e há outras possibilidades que podem ser consideradas. O que não pode haver é uma decisão unilateral que nos prejudica a todos. Que diferencia as pessoas que têm menos recursos das que ganham melhor, quando ambos têm direito às praias, que são públicas». É urgente, diz Jonas, «rever o preço excessivo dos bilhetes da TST, resolver a escassez de carreiras, e impedir a
interdição na estrada que mostra ao mundo uma das mais valiosas riquezas patrimoniais que temos». Refere-se Jonas Bonaparte ao encerramento do troço da Estrada Nacional 379-1, entre a Figueirinha e o Creiro, que, «a câmara não terá autoridade para fechar com cancelas. O Governo tem que intervir, porque a estrada não é municipal», alerta. (1986) Câmara defende medidas corajosas e inadiáveis A autarquia já veio a público assumir que «apesar de se tratarem de medidas corajosas e inadiáveis, para garantir a segurança das pessoas e a preservação ambiental da Arrábida», seriam considerados todos os contributos apresentados durante o processo de consulta pública anunciando, para já,
que iria ser abolida a proposta inicial de cobrança fixa mensal de estacionamento (os lugares a 500 euros), enquanto que o encerramento do troço da estrada nacional 379-1 não será mais que «uma solução temporária». A presidente da câmara, Maria das Dores Meira, avança que a autarquia está a preparar uma intervenção nesse troço, com a criação de «bolsas de estacionamento legais e a colocação de obstáculos ao estacionamento abusivo» na faixa de rodagem. Entretanto também o CDS-PP, através do deputado Paulo Viegas, apresentou uma proposta de alteração ao projeto «Arrábida sem carros» à maioria CDU do executivo camarário. Os centristas sugerem, por exemplo, «utilizar parte das receitas do estacionamento tarifado para financiar o transporte de autocarro», «introduzir bilhética familiar com preços mais acessíveis», criar «um cartão municipal que contemple a utilização nos transportes e nos museus», entre outras medidas. Não obstante estas «sugestões de melhoramento» o CDS-PP «entende a necessidade de regular e ordenar o acesso às praias da Arrábida».
Uma tomada de posição que foi recebida com «estranheza», por parte dos organizadores do protesto que «acusam o deputado de ter uma ação concertada com o executivo comunista». Paulo Viegas, deputado do CDS-PP na Assembleia Municipal de Setúbal, não se revê nas palavras de Jonas Bonaparte, lembrando que o sentido de voto do seu partido sempre se tem baseado nos interesses da população. «Votamos contra as propostas do executivo sempre que não as consideramos benéficas, não estamos com ninguém nem contra ninguém e não criticamos só por cri-
ticar», clarifica. O deputado municipal do CDS-PP, partido que nas últimas autárquicas propunha o pagamento do parque de estacionamento na Figueirinha, reconhece que «o protesto do grupo Praia na Praça até pode trazer alguma lucidez e é, como qualquer outro, um protesto legítimo». Ainda que, alerta Paulo Viegas, «haja muita desinformação a circular, o que não contribui para um debate são». O deputado anuncia que já sugeriu «a constituição de uma comissão eventual de acompanhamento do projeto «Arrábida sem carros», ao nível da Assembleia Municipal».
O que pretendem os manifestantes Amanhã, a partir das 10h30 em frente aos Paços do Concelho os manifestantes irão exigir à autarquia que; Desista de cobrar o estacionamento na Figueirinha; Permita a circulação num só sentido no troço da EN 379-1; Reveja o acordo de preços dos transportes com a TST; Clarifique a existência, ou não, de contrapartidas ao Alegro e à Secil (relativamente ao estacionamento nesses parques; Explique o acordo de concessão com os TST; Apresente os planos de atuação em caso de emergência/catástrofe; Anuncie a calendarização da construção de zonas de circulação pedonal e ciclável de acesso às praias.
Praia do Ouro em Sesimbra vence prémio Praia + Acessível
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esimbra foi o primeiro concelho do país a hastear, na praia do Ouro, a bandeira de Praia Acessível 2018 numa cerimónia presidida pela secretária de estado do Turismo, Ana Mendes Godinho. A ação, que contou com a presença do edil local Francisco Jesus, visou «o reconhecimento das entidades oficiais pela conquista, em 2017, do primeiro lugar no Prémio Praia + Acessível» promovido pelo Instituto Nacional de Reabilitação e ao qual foram apresentadas 23 candidaturas. O prémio, cuja primeira edição aconteceu em
2009, foi atribuído em 2017 à praia do Ouro porque «o júri considerou que esta era a praia que tinha melhores condições de acessibilidade, quer em termos de infraestruturas, informação e segurança, mas, não só». Francisco Jesus admite que o envolvimento dos concessionários de praia, «que juntamente connosco se foram adaptando a esta realidade, e já dispõem dos seus próprios recursos para tornar a praia acessível a todos os seus clientes, tornou, certamente, mais sólida a nossa candidatura», elogia. O presidente da câmara
reconhece que o prémio Praia + Acessível é «uma recompensa pelo empenho demonstrado pela autarquia, na implementação e dinamização do Programa Praia Acessível – Praia para Todos, que promove a igualdade de oportunidades e a acessibilidade nas zonas balneares». Além disso, e apesar de ter sido uma das zonas mais afetadas pelas intempéries de março último, a praia do Ouro foi alvo de uma intervenção de melhoramento da área de conforto, «recebeu um novo passadiço, a rede de cadeiras anfíbias tem aumentado, criámos um corredor de
acesso ao mar para os tiralôs (as cadeiras anfíbias), aperfeiçoamos o apoio personalizado aos utentes, inclusive com folhetos em braille, e realizámos muitas ações de sensibilização». Fatores que, para o autarca, «contribuíram para a distinção do areal Sesimbrense», refuta. Grândola venceu em 2011 A praia da Comporta, no concelho de Grândola, foi a primeira representante distrital no prémio Praia + Acessível. Em 2011 acabaria, mesmo, por conquistar o primeiro lugar da competição, depois de em
2009 e 2010 ter ficado em segundo lugar. Ainda que não tenha recebido o prémio em 2017, o município de Grândola continua,
este ano, a hastear as bandeiras de praia acessível nas zonas balneares de Melides e do Pego. E.S.
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SOCIEDADE
CAMPILHAS E MONTE DA ROCHA SÃO AS ÚNICAS ALBUFEIRAS COM DISPONIBILIDADES ABAIXO DOS 45%
Barragens do Sado recuperaram em março e já superam média de anos anteriores A disponibilidade hídrica da maioria das albufeiras da bacia do Sado subiu substancialmente, devido à pluviosidade abundante do mês passado, mas o ministro do Ambiente, João Matos Fernandes, alerta para a ocorrência de frequentes ciclos de falta de chuva no futuro. TEXTO ROBERTO DORES IMAGEM DR
D
e acordo com dados divulgados pelo Sistema Nacional de Informação de Recursos Hídricos (SNIRH), apenas as albufeiras de Campilhas e Monte da Rocha, na bacia do Sado, apresentavam disponibilidades hídricas inferiores a 40%, enquanto as restantes já superavam a média de anos anteriores devido, sobretudo, à forte intensidade das chuvas de março. As boas notícias, depois da seca que castigou a região, são dadas pela maioria das albufeiras ao longo da bacia sadina que somam hoje uma média de 69.1% de armazenamento de água, enquanto a média na
época de um ano dito normal está fixada nos 64.3. Ainda assim, Campilhas (37.5%), Fonte Serne (47.3%) e Monte da Rocha (28.6%) são as três albufeiras com menor armazenamento e que requerem maior preocupação, enquanto Odivelas (70%) e Roxo (60.7%) registaram uma recuperação que anima os agricultores desta região. As restantes albufeiras já mostram números generosos, que dão garantias totais ao consumo humano e respetivos sistemas de rega: Alvito (91.6%), Monte Gato (100%), Monte Migueis (99.9%), Pego do Altar (90.7%) e Vale do Gaio (81.3%). Segundo Fátima Espírito Santo, especialista do Instituto Português do Mar e da Atmosfera, neste momento «já não há seca meteorológica», mesmo nas duas barragens com menos
recursos, mas «apenas seca fraca e numa parcela de 1% que, além de praticamente não ter expressão é perfeitamente normal numa zona com as características climáticas de Portugal», sublinha. A melhoria do cenário é atribuída à chuva que caiu em março – o mês mais chuvoso desde 1931 - tendo duplicado a pluviosidade ocorrida num março normal, o que levou a um aumento substancial do nível de todas as bacias hidrográficas da região. Recorde-se que para o ministro da Agricultura, Capoulas Santos, há motivos de otimismo. Alegou o governante que, face à precipitação registada, este poderá ser ainda «um ano agrícola normal» ou até «mais do que isso», quando já se vê na região que a cultura do arroz está em marcha em zonas onde
EM SEIS MESES EMPRESA DE FERNANDO PÓ JÁ GANHOU 70 MEDALHAS
Casa Ermelinda Freitas conquista galardão de Adega do Ano em Nova Iorque
chegou a ser apontada como «pouco provável». Ainda assim, os governantes não desarmam e o ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, continua a alertar as populações que deverão es-
tar preparadas para frequentes ciclos de falta de chuva no futuro próximo. «Tenho a certeza que a seca vai voltar. Estamos numa das zonas do mundo onde é mais evidente a descida da pluviosidade», sustenta.
Câmara do Barreiro e Lidl oficializam transferência de trabalhadores do Nicola
2018 está a ser um excelente ano para a Casa Ermelinda Freitas, sedeada no concelho de Palmela. Desde o arranque do ano, a Casa Ermelinda Freitas já conquistou 70 medalhas com os seus afamados vinhos.
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Casa Ermelinda Freitas obteve, no espaço de uma semana, 27 medalhas, nomeadamente uma dupla medalha de ouro, uma grande medalha de ouro, 14 de ouro, 8 de prata e 3 de bronze, nos concursos “La Selezione del Sindaco 2018” e “New York International Wine Competition 2018”. Mas só este ano a empresa já arrecadou 70 medalhas com os seus afamados vinhos. Estamos perante um «excelente» início de 2018. E desde 1999, a adega já obteve mais de mil prémios a nível nacional e internacional, De destacar nas duas competições, a dupla medalha de ouro para o moscatel roxo de Setúbal Superior 2010, bem como as distinções de Adega do Ano de Vinho Fortificado e Adega do Ano de D.O Setúbal, obtidos no “New York International Wine Competition 2018”. No “La Selezione Del Sindaco
2018”, o grande destaque vai para a grande medalha de ouro, para o moscatel de Setúbal Superior 2007, a medalha de ouro para o Syrah Reserva 2016, bem como as medalhas de ouro das marcas Vinha da Valentina e Vinha do Torrão. Mais do que um reconhecimento, estes prémios são «um reforço da notoriedade e qualidade da adega, a nível nacional e internacional». A Deco Proteste distinguiu o
CEF Espumante Bruto, como “Melhor do Teste” e “Escolha Acertada”, no começo do ano. Além disso, ficou em 29.º lugar no Top 100 Adegas Mundial. Todos estes prémios servem para «reforçar a qualidade» que a empresa procura sempre que faz um vinho, de modo a poder premiar todos os seus amigos e consumidores com «os melhores vinhos aos melhores preços», sublinha Leonor Freitas. A.L.
VCL lança tinto topo de gama Entretanto, a adega Venâncio da Costa Lima, de Quinta do Anjo, no dia 1 de junho, Dia do Concelho de Palmela, lançou o vinho “O Foral de Palmela”, destinado sobretudo à restauração que aposta numa Carta de Vinhos «mais cuidada». Joana Vida, porta-voz da empresa, realça que a firma «não tinha nenhum topo de gama nos tintos», um vinho à base, sobretudo, de casta Castelão, que só vai estar à venda em garrafeiras especializadas e na Casa Mãe da Rota de Vinhos e na Casa da Baía, em Setúbal.
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oi assinado esta semana, no Barreiro, o contrato de arrendamento que permite, e oficializa, a transferência dos serviços operacionais da câmara do Barreiro, atualmente sedeados nos armazéns do Nicola, para as instalações do Lidl na Quinta da Lomba, por um valor mensal na ordem dos 9 mil euros. O contrato foi celebrado numa cerimónia pública que contou com a presença do presidente da câmara Frederico Rosa e dos representantes da cadeia alemã de supermercados, João Paulo Duarte e Miguel dos Reis. Já se conhece o «empenho» da autarquia, neste processo de relocalização de trabalhadores, «desde o momento que tomámos posse», diz Frederico Rosa que vê, agora, o seu intento
cada vez mais concretizável. O autarca, que aquando da aprovação da proposta de arrendamento das novas instalações, em março deste ano, assumia «esse, como o dia mais feliz da sua vida, por dar cumprimento a uma das suas principais propostas», garante só «ficar descansado quando não houver um único trabalhador nestas instalações», referindo-se às oficinas do Nicola onde o contrato foi assinado. O acordo agora celebrado irá proporcionar, segundo o vereador Rui Braga, “melhores condições de trabalho aos trabalhadores da autarquia e, acima de tudo, dar-nos-á mais capacidade de agir pelo que nos une a todos, que é o Barreiro”. E.S.
SOCIEDADE
TRADIÇÃO MONTIJENSE À ESPERA DE 300 MIL PESSOAS
Festas de S. Pedro prestam homenagem aos pescadores Este ano há duas novidades nas Festas Populares de S. Pedro, um desfile motorizado das duas corporações de bombeiros do concelho e o Kintal na Via, um percurso musical feito pelas ruas com música direcionada ao público jovem. TEXTO ANTÓNIO LUIS IMAGEM DR
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aulo Gonzo e The Black Mamba são os cabeças de cartaz das festas que decorrem de 27 de junho a 2 de julho e que esperam cerca de 300 mil visitantes. A apresentação pública das Festas Populares de S. Pedro teve lugar na tarde do dia 5, na frente ribeirinha, após a inauguração da exposição “Um percurso inonográfico 1951-2018”, que inclui os cartazes e as capas dos programas das festas, um «testemunho relevante para a compreensão da dimensão identitária e afetiva que estas festivi-
dades assumem junto dos montijenses», vincou o edil Nuno Canta. O presidente do município realçou a «programação variada e eclética, que reflete os nossos valores, os valores da abertura e da diversidade, num encontro entre a tradição e a modernidade. Este ano, voltamos a convidar os montijenses, os forasteiros e os turistas a reviver as tradições das Festas Populares de S. Pedro». O orçamento das Festas Populares de S. Pedro, uma das mais emblemáticas da região, ronda os 170 mil euros, aos quais acresce «o apoio logístico e de recursos humanos que é disponibilizado pela câmara», acrescentou o
edil. Do programa das Festa de S. Pedro, o presidente da Comissão de Festas, José Manuel Santos, destacou o dia 29 de junho, com a procissão fluvial às 15 horas, e a procissão noturna às 22 horas, «esta última vai contar com 23 andores, sendo por isso uma das maiores do país». E revelou que o certame conta com mais de 200
atuações e 5 mil participantes em palco, dos quais se destacam os espetáculos de música, de dança e de outras artes performativas, das oito largadas, da corrida de touros e do já famoso Bibe Elétrico. Após a apresentação das festas, houve degustação de massinha de peixe e de outros produtos regionais, ao som da Charanga Amigos da Ramboia.
Anselmo Ralph encerra Festas do Pinhal Novo
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s tradicionais Festas Populares do Pinhal Novo, que já vão na sua 22.ª edição, continuam a decorrer até dia 12, sempre com a afluência de muito público. Encerram com o concerto de Anselmo Ralph, a partir das 22h30, seguido do espetáculo de fogo-de-artifício e a atuação do DJ Monchique, a partir da meia-noite. Não falta a Sopa Caramela, as sevilhanas, provas desportivas, marchas populares, grupos corais, largadas de toiros, folclore, missa e procissão em honra a S. José, um tributo aos Queen, fados, bailes, DJ´s, entre outras atividades par atrair milhares de pessoas. As expetativas para a edição deste ano são «as melhores», de acordo com o presidente da comissão de festas, Herlander Vinagre, que apela à população para se deslocar ao certame que dá a provar a célebre Sopa Caramela. Como novidade, destaca a
Manhã Sénior, que envolveu cerca 300 idosos. «As festas têm um bom programa, recebemos bem toda a gente, têm uma boa segurança e esperamos que nos visitem mais de 30 mil pessoas, se o S. Pedro ajudar», vinca, realçando que os pavilhões, que vendem Sopa Caramela, foram cedidos gratuitamente para que possam arranjar receitas para as suas atividades. Já o edil Álvaro Amaro, não tem dúvidas de que as festas são já «uma grande referência» da região que contribuem para «fortalecer a auto-estima das gentes do Pinhal Novo, na sua forma de fazer e de estar». O autarca sublinhou que o certame é um evento «mobilizador» e uma «montra» dos pinhalnovenses e da «capacidade de realização desta terra, da vitalidade do associativismo e dos agentes económicos». A.L.
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LOCAL
ALCÁCER DO SAL
PIMEL promove potencialidades da terra
ALCOCHETE
Câmara apoia bombeiros locais com 40 mil euros A câmara municipal aprovou, por unanimidade, na última reunião de executivo, a atribuição de um apoio financeiro de 40 mil euros aos bombeiros voluntários locais.
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A 28.ª PIMEL-Feira do Turismo e das Atividades Económicas está de regresso à cidade alentejana, entre 22 e 24 deste mês, no recinto de feiras, para promover as potencialidades económicas e turísticas do concelho. Matias Damásio (dia 23) e Gisela João (24) são os cabeça de cartaz da edição deste ano. No dia 22, às 9h30, destaque para o V colóquio da Associação de Agricultores de Alcácer do Sal intitulado “Produção Pecuária, os desafios”. Todos os dias haverá batismo a cavalo, pela escola de equitação “Entre Amigos”; campeonato de futebol “KIDS CUP”; comboio turístico; insufláveis e dynamic bungee gratuito; exposição de gado e máquinas agrícolas; e transmissão de jogos do Mundial em ecrã gigante. Realce ainda para os concursos de mel, petiscos e doçaria, com prémios reservados para os melhores pitéus.
PALMELA
Curso sobre as Ordens Militares destaca património artístico
om esta medida, a autarquia prossegue com a implementação, de forma «coerente e sustentada», da política de desenvolvimento social direcionada às instituições do concelho, neste caso em particular a uma instituição vocacionada para a assistência e socorro. Esta é uma das mais importantes instituições municipais, pelo serviço que presta à comunidade, pelo número de trabalhadores e voluntários que possui e pelo seu património memorial valioso, digno e proeminente e «não devemos fazer com os bombeiros o que fazemos com as restantes instituições e coletividades por vários motivos, mas fundamentalmente porque estamos a falar dos bombeiros que têm uma particularidade completamente diferente e distinta de todas as outras instituições», disse o presidente da câmara, Fernando Pinto.
«Em relação ao ano transato passamos de um apoio de 37 500 euros para 40 mil euros por ano», acrescentou o edil. O apoio financeiro visa a comparticipação da atividade regular da instituição, referente ao pagamento de encargos correntes, aquisição de equipamentos e apoio à missão de proteção civil, com o propósito de responder às necessidades da população local, à dinamização da instituição, tendo como principal objetivo o desenvolvimento social do município. «Este é o valor financeiro até porque no que diz respeito ao apoio logístico, apoio de outras matérias desde pagamento de seguros, pagamento de alguns funcionários que são nossos mas que estão imputados ao exercício desta atividade nos bombeiros locais, o valor cresce significativamente», disse ainda o autarca.
MOITA
SANTIAGO DO CACÉM
SETUBAL
Na sequência da conclusão da nova via ciclável e pedonal entre a rua D. Manuel I e a rotunda do Carvalhinho, na vila da Moita, o Grupo Desportivo e Cultural dos Trabalhadores da Câmara Municipal da Moita, promove a iniciativa Zumba Fitness ao Ar Livre, este domingo, dia 10 de junho, a partir das 10h30, frente às instalações dos Bombeiros Voluntários da Moita, aberta à participação de toda a população, a que seguirá uma caminhada na nova via ciclável e pedonal. Com o objetivo de melhorar a mobilidade urbana, esta intervenção da Câmara Municipal da Moita abrangeu, além da criação da ciclovia, a execução de passeios pedonais e lugares de estacionamento de apoio aos edifícios já construídos e previstos, bem como a plantação de árvores.
O município e o Turismo do Alentejo celebraram protocolo de colaboração, para promover “Caminhos de Santiago” no concelho, durante a 31.ª Santiagro. O protocolo visa a colaboração entre as duas entidades na implementação deste produto turístico, ao estabelecer sinergias na identificação e levantamento dos troços, para fins de circulação pedonal e BTT, e de pontos de interesse e recursos logísticos de apoio. Ceia da Silva, presidente da ERTAR, sublinhou a importância da presença do município no projeto, pois «tem motivos históricos muito profundos para estar ligado a Santiago de Compostela». Destacou ainda que estes são os caminhos «que estão na lista dos 22 bens da UNESCO». Quanto ao valor turístico dos “Caminhos de Santiago” o responsável da ERTAR traça o perfil de um visitante cada vez «mais exigente», vincando que este é um produto anti sazonal.
As marchas populares saem à rua este sábado, às 21h30, com o tradicional desfile de apresentação, na Av.ª Luísa Todi, em que participam as sete coletividades a concurso e cinco marchas extraconcurso. As coletividades mostram brio bairrista e abrem as “hostilidades” no habitual desfile de abertura, de entrada gratuita, que atrai milhares de pessoas ao coração da cidade. Participam o Br.º Santos Nicolau, com o tema “Venham aqui comprar e no Bairro Santos marchar”; o Faralhão, com “Mercado do Livramento, a Cidade em Movimento”; as Pontes, inspirada em “Tantas Partidas, Tantas Chegadas”; a Perpétua Azeitonense, com “Amar o Mar”; o Independente defende o tema “Rufam tambores e siga a marcha”; o Bicross, com o tema “Vem deste rio a riqueza que ostentamos”; e os “13”, com “Fama de Marinheiro dá namoro em noite de tradição”.
Aula de zumba fitness na nova via pedonal e ciclável
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Município abraça “Caminhos de Santiago”
O 16.º Curso Ordens Militares realiza-se a 16 e 17, na biblioteca, com o tema “Produção artística de e para as Ordens Religioso-Militares em museus e templos de Lisboa”. A edição destaca a importância do património artístico que foi produzido pelas Ordens Militares, em Lisboa, ao longo dos séculos da idade média e da idade moderna. As sessões terão lugar no dia 16, com os contributos de vários docentes. “O Antigo Retábulo de Gregório Lopes para as Comendadeiras de Santos-o-Novo”, “A reconstituição do Retábulo do Convento de Santos-o-Novo” ou “Traços de religiosidade na Época Moderna: a ornamentação dos paramentos murários das igrejas dos conventos das Comendadeiras de Santos e da Encarnação” são algumas das comunicações que integram o programa.
Marchas sadinas apresentam-se na avenida Luísa Todi
LOCAL
SINES
BARREIRO
A 3.ª Feira do Mar, que decorre entre 15 e 17 deste mês, é uma iniciativa do Sines Tecnopolo e do município que visa divulgar os aspetos mais relevantes da chamada Economia do Mar. Não vão faltar bons motivos para ir até Sines. Não perca a oportunidade de visitar o farol ou a lota de Sines, de fazer um batismo de paddle ou mergulho, de praticar zumba ou yoga na praia, de observar animais, algas e esculturas à beira-mar. Também pode assistir aos concertos de Miguel Gameiro, Banda da Armada e Skalabá Tuka. Numa outra perspetiva, terá lugar na Av.ª Vasco da Gama, uma mostra com a presença dos principais intervenientes ligados à Economia do Mar, com destaque para os produtos gastronómicos regionais. No dia 15 tem lugar a conferência “Inovar e Criar para Empreender na Economia do Mar”, onde serão abordados temas fundamentais do setor, e será lançado o concurso do projeto Platicemar.
O 20.º Concurso de Gastronomia Ribeirinha, promovido pela Câmara Municipal do Barreiro, realiza-se de 11 a 22 de junho. A entrega dos prémios está prevista para dia 28 de junho, Dia da Cidade. Este concurso tem como principal objetivo a promoção e divulgação da Gastronomia Ribeirinha do Concelho, tendo como base produtos originários ou característicos dos rios Tejo e Coina, e a dinamização da restauração local, bem como a melhoria da oferta turística do concelho. Os pratos a concurso serão apreciados e pontuados por um júri constituído por representantes da Câmara Municipal do Barreiro, da Entidade Regional de Turismo da Região de Lisboa – ERT-RL, da Associação de Hotelaria Restauração e Similares de Portugal - AHRESP, da Comissão Vitivinícola Regional da Península de Setúbal - CVRPS, e uma individualidade consagrada na área da Gastronomia. Serão atribuídos prémios aos três primeiros classificados.
Feira promove economia do mar
Gastronomia ribeirinha para provar
SESIMBRA
Assembleia Municipal visita Lagoa Pequena e Quinta do Conde SEIXAL
ALMADA
Até 13 de julho, continua aberta a 1.ª fase de candidaturas à ação social escolar para o ano letivo 2018/19, enquanto a 2.ª fase decorre de 1 a 30 de setembro. Destina-se a alunos do 1.º ciclo do ensino básico e pré-escolar da rede pública do município e que reúnem os requisitos previstos na lei. O local de inscrições é nas sedes dos agrupamentos de escolas. As competências municipais nesta matéria contemplam o subsídio de livros, material escolar e refeição. Os alunos do 1.º e 2.º escalão de abono de família ficam abrangidos pela Ação Social Escolar. As condições de apoio são definidas por ano letivo com base no despacho que é publicado pelo Ministério da Educação e Ciência e de acordo com o Regulamento Municipal dos Apoios na Ação Social Escolar. Até 31 de julho, decorre também o período de apresentação de candidaturas aos apoios para os transportes escolares.
Almada apresentou, no dia 8, o Laboratório Vivo para a Descarbonização, na Academia Almadense. Nesta sessão, aberta a todos os interessados, foram apresentados em primeira mão as medidas e projetos inovadores deste laboratório, rumo a uma comunidade Carbono Zero. Os Laboratórios Vivos estão a ser dinamizados em várias cidades do país, com apoio financeiro do Fundo Ambiental. São espaços delimitados onde se pretende adotar soluções demonstrativas de descarbonização e economia circular. A intenção é replicar as melhores experiências noutros locais e cidades do país e do mundo. Em Almada, o espaço proposto para desenvolvimento do projeto é a rua Cândido dos Reis, em Cacilhas, que reúne condições para ser demonstrativa por concentrar usos residenciais, comércio, diversos modos de transporte e ser uma zona pedonal e ciclável.
GRÂNDOLA
MONTIJO
Carolina Batista e Inês Pereira, alunas de Grândola, vencem fase intermunicipal do Concurso Nacional de Leitura e vão representar a Comunidade Intermunicipal do Alentejo Litoral na final a realizar este domingo, em Pombal. A fase intermunicipal do Alentejo Litoral do 12.º Concurso Nacional de Leitura decorreu em maio na biblioteca José Saramago, em Odemira, e contou com a participação de 18 alunas e de alunos dos1.º, 2.º e 3.º ciclos e do secundário de 11 escolas de Alcácer, Grândola, Odemira, Santiago do Cacém e Sines. O Agrupamento de Escolas de Grândola esteve representado pelas alunas apuradas para a final, Carolina Batista do 3.º ciclo e Inês Pereira do secundário. O júri avaliou as competências destas alunas e alunos ao nível de leitura expressiva, do conhecimento das obras e dos autores, vocabulário, compreensão e argumentação.
O município acaba de aprovar, por unanimidade, vários apoios financeiros a diversas instituições, num total de 2 775 euros. Ao Centro de Convívio dos Reformados, Pensionistas e Idosos do Montijo foram atribuídos 250 euros para aquisição de uma arca frigorífica. O Grupo 123 Montijo da Associação dos Escoteiros de Portugal vai receber 1500 euros para comparticipação nas despesas de participação dos jovens escoteiros na atividade internacional RoverWay. Para a participação da atleta Andreia Serrão no Campeonato da Europa de Cadetes em Judo, que terá lugar na Bósnia, o Clube de Judo do Montijo foi apoiado com 525 euros. O Vasco da Gama vai receber 500 euros para comparticipação nas obras de manutenção das instalações destinadas à prática do chinquilho.
Ação social escolar e transportes com inscrições abertas O espaço interpretativo da Lagoa Pequena e o corredor pedonal e ciclável da Quinta do Conde vão estar em destaque na visita que os deputados municipais vão efetuar este sábado no concelho sesimbrense.
O
s deputados da Assembleia Municipal de Sesimbra vão participar, este sábado, dia 9 de junho, numa visita que se inicia no espaço interpretativo da Lagoa Pequena, na Lagoa de Albufeira, local de grande importância ecológica para o concelho, e que é cada vez mais procurado por observadores de aves, e prossegue na freguesia da Quinta do Conde, onde vão conhecer o corredor pedonal e ciclável da Quinta do Conde, incluído no plano de ação de mobilidade urbana sustentável, que já está em curso, e os projetos para construção da escola básica n.º 2 da Quinta do Conde, no âmbito da ampliação da rede do pré-escolar e 1.º ciclo, e do pavilhão multiusos. A iniciativa conta com a presença do presidente da Câmara Municipal e dos vereadores da autarquia, e vai passar também pelo recinto onde está a decorrer a Feira Festa, para onde está previsto o pavilhão multiusos, o centro de atividades ocupacionais e lar residencial da Cercizimbra, em construção, o espaço onde está a ser criado um campo de futebol de praia, o fitness parque da avenida de Negreiros e o parque ecológico da Várzea. Esta iniciativa surge na sequência de várias ações descentralizadas promovidas pela Assembleia Municipal, que visam dar a conhecer a realidade do concelho aos deputados municipais.
Alunas da vila brilham em concurso de leitura
Laboratório vivo para a descarbonização foi apresentado
Associações do concelho recebem ajudas financeiras
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CULTURA
PAZÔA, AUTARQUIA E CANTORES LÍRICOS PROMOVEM
Gala lírica em Alcácer do Sal para celebrar 800 anos do município Com pompa e circunstância, o ‘coração’ da cidade alentejana abre-se a um concerto lírico, com Carlos Guilherme e Maria João Sousa, para festejar os 800 anos do município. TEXTO ANTÓNIO LUIS IMAGEM DR
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ntegrada nas comemorações dos 800 anos do município, a praça Pedro Nunes recebe este domingo, às 21h30, uma Gala Lírica. A iniciativa é promovida pela Sociedade Filarmónica Progresso Matos Galamba (PAZÔA) em parceria com a edilidade e juntando aos músicos da banda os cantores líricos Carlos Guilherme e Maria João Sousa, que irão interpretar temas como “Ave Maria”, “O Mio Babbino Caro”, “O Sole Mio”, “Amar Pelos Dois” e “One Moment In Time”. A Sociedade Filarmónica Progresso Matos Galamba foi fundada em 1879 por iniciativa de um grupo de ilustres alcacerenses. Em 1997 iniciou a vertente de orquestra juvenil. Paralelamente à escola de
música, banda e orquestra juvenil, a coletividade tem um grupo cénico, uma escola de dança com classes de ballet e sevilhanas e leva ainda a cabo diversas atividades culturais e recreativas. Maria João Sousa é natural de Lisboa e iniciou os seus estudos musicais aos 5 anos na FMAC, onde estudou violino e canto. Mestre em ensino da música, é também licenciada em canto e em ciências musicais, tendo também frequentado a licenciatura de filosofia. Estudou na Suíça e fez vários cursos de aperfei-
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çoamento de voz e violino e direcionados para a primeira infância. Apresenta-se com regularidade em Portugal, como cantora de recital e oratória, em produções de ópera, festivais e concertos transmitidos em direto para a Antena 2. Em 2018 tem agendados diversos concertos, um dos quais integrado nos Dias da Música do CCB. É docente na Academia de Amadores de Música em Lisboa, leciona na Associação Cultural Cantar Nosso, no Lugar da Música e faz sessões para bebés no Espaço Mousiké. Carlos Guilherme nasceu
em Lourenço Marques, em Moçambique. Lançou um single pela editora Alfabeta e foi consagrado “Rei da Rádio” de Moçambique, em 1970. Em 1975 venceu o Concurso Internacional de Eisteddfod e veio para Portugal em 1976, tornando-se colaborador no Conservatório Regional do Algarve. Em 1980 tornou-se artista residente do Teatro Nacional de S. Carlos e, na sequência da sua estreia em “Macbeth”, desempenhou vários papéis principais. Recebeu o prémio Tomás Alcaide, em 1984. O seu primeiro CD, “Canções de Amor”, foi editado em 1990, tendo-se seguido a gravação de muitos outros. Assinale-se ainda a sua colaboração com diversas orquestras sinfónicas e sociedades filarmónicas nacionais e internacionais. Para celebrar os 30 anos de carreira, em 2011 realizou um concerto no CCB.
Bando estreia peça comunitária “Pássaros”
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Teatro O Bando estreia, no dia 14, o espetáculo “Pássaros”. Trata-se de um trabalho comunitário em drive-in, dirigido por João Neca, que integra cerca de meia centena de participantes comunitários, entre atores e músicos. Inspirado livremente no realismo mágico e desenvolvido no âmbito do projeto europeu Platform Shift+, rede que reúne onze companhias de teatro de nove países diferentes, “Pássaros” conta com a colaboração do Teatro dos Barris (Palmela), Festival Internacional de Saxofones de Palmela, Elsinor Centro di Produzione Teatrale (Itália) e Pilot Theatre (Reino Unido).
Este espetáculo pretende «olhar as diferenças, fazendo contrastar a liberdade do voo com as dificuldades de circulação e entendimento entre diferentes pessoas e culturas». “Pássaros” vai estar em cena na sede do Teatro O Bando, em Vale dos Barris, de 14 de junho a 1 de julho, de quinta-feira a domingo, às 21 horas. Com música de Jorge Salgueiro e cenários de Rui Francisco, a peça conta com interpretações de Guilherme Noronha, Manuela Sampaio, Paulo Lima e Raul Atalaia, além de 26 participantes comunitários e 17 músicos ao vivo. A.L.
CULTURA
FESTA DO SAPATEADO TEATRO S. JOÃO
No âmbito do Dia Mundial do Sapateado, o município celebra esta data com a Festa do Sapateado, em colaboração com a Associação do Sapateado em Portugal, com ingressos a 10 euros.
SINES09JUNHO12H/00H FESTEJOS DOS SANTOS POPULARES
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RAIO
PALMELA09JUNHO18H30
POR ANTÓNIO LUÍS
CASTELO
A Siga a Festa organiza, a partir das 12 horas, uma sardinhada, música pela banda filarmónica da Sociedade Musical União Recreio e Sport Sineense, marchas populares e mastro popular.
Qual o seu maior sonho profissional? Já foi concretizado. Fazer cinema.
FEIRA FESTA COM RUTE MARLENE QUINTA DO CONDE Não perca 28.ª Feira Festa, com concerto com Rute Marlene e a presença de dezenas de expositores do movimento associativo, empresas e instituições.
BARREIRO09JUNHO21H30 JOGO DE MASSACRE TEATRO MUNICIPAL
A peça dramática “Jogo de Massacre”, de Eugène Ionesco, pelo ArteViva aproxima-se do fim. Não perca mais um trabalho de qualidade desta companhia.
SEIXAL10JUNHO16H00 TEATRO INFANTIL PELA ANIMATEATRO CINEMA S. VICENTE
E pessoal? Viajar muito. Cidade preferida? Setúbal. Qual o local que gostaria de conhecer e que ainda não visitou? O mundo. Um desejo para 2018? Terminar o meu curso. Quem convidaria para um jantar a dois? Os meus filhos. Seria um jantar a três. Quem é o homem mais sexy do Mundo? Sei lá…. Brad Pitt. Complete: A minha vida é… Alegre. O que não suporta no sexo oposto? Que menosprezem as mulheres. Comida e bebida preferida? Água e pizza. Qual o seu maior vício? Chocolate.
A Animateatro leva à cena “Super-Heróis”, com texto original de João Ascenso e encenação de Lina Ramos. Divirta-se com os dois super-heróis que protegem tudo e todos.
SETÚBAL14JUNHO21H30 “UM DIA PELA VIDA” FORUM LUÍSA TODI
“Um dia pela vida” é a peça-cantata do Teatro Aberto, com encenação de Marta Dias, a partir do poema homónimo de Ruy Belo, que de quatro personagens que se entrecruzam.
GANHE PASSES PARA O SOL DA CAPARICA Temos 20 passes para oferecer aos nossos leitores para irem assistir aos concertos do 5.º Festival Sol da Caparica, que decorre entre 16 e 19 de agosto, no parque urbano da Costa de Caparica, tendo como artistas já confirmados Anselmo Ralph, Carminho, Calema, Carolina Deslandes, Expensive Soul, Virgul, Rita Guerra, Sara Tavares, Rodrigo Leão, entre outros. Trata-se do maior festival de língua portuguesa do nosso País, que já foi reconhecido internacionalmente como o Maior Festival de Língua Portuguesa e Hispânico, como o Maior Festival Nacional e como o Festival com a melhor Ativação de Marca Nacional. Para se habilitar aos passes do Sol da Caparica, para todos os dias do festival, basta ligar 96 943 10 85.
«Quero viajar muito pelo mundo»
A atriz setubalense Susana Brito, 44 anos, de signo Escorpião, que já concretizou o seu sonho de fazer cinema, deseja, no futuro, viajar muito um pouco por todo o mundo e terminar o seu curso.
IMAGEM SM
SESIMBRA09JUNHO23H00
SUSANA BRITO
GANHE CONVITES PARA AS MARCHAS POPULARES DE SETÚBAL Como é tradição, com o apoio do município sadino, temos para oferecer aos nossos leitores, alguns convites para irem assistir à exibição das sete marchas populares a concurso e das cinco infantis extraconcurso, na Praça de Touros Carlos Relvas. Os referidos desfiles terão lugar nos dias 15 e 16, a partir das 22 horas, sendo que no primeiro dia atuam as marchas do Bairro Santos, Faralhão e Pontes, enquanto que no sábado é a vez da Perpétua Azeitonense, Independente, Bicross e “Os 13”. As coreografias, que incluem as tão desejadas surpresas, irão ser apreciadas por um júri constituído por Nuno Guerreiro (presidente), Ricardo Cristas (cenografia), Diana Nogueira Vieira (coreografia), Rita Melo (figurino), Ester Correia (letra) e António Laertes (música). Para se habilitar aos convites, basta ligar para o número 96 943 10 85 e solicitar a sua oferta.
Que livro anda a ler ou leu ultimamente? “Marquesa de Alorna”, de Maria João Lopo de Carvalho. Qual o último filme que viu no cinema? Peter Rabbit. Melhor peça de teatro? Difícil escolher uma. Melhor música de sempre? Tudo do Rodrigo Leão. Qual a sua maior virtude? Verdadeira. E defeito? Ingenuidade. Como se chama o seu animal de estimação? Não tenho. O que levaria para uma ilha deserta? Não ia para uma ilha deserta. Dia ou noite? Dia. O que mais teme na vida? A morte dos que amo. A quem ofereceria um presente envenenado? A ninguém. O maior desgosto da sua vida? Outros virão.
CINEMA UM LUGAR SILENCIOSO DATA DE LANÇAMENTO 05/04/2018 NACIONALIDADE ESTADOS UNIDOS GÉNERO DRAMA, SUSPENSE, TERROR ELENCO EMILY BLUNT, JOHN KRASINSKI, MILLICENT SIMMONDS REALIZADOR JOHN KRASINSKI DURAÇÃO 90 MINUTOS
Filme muito bom, de cortar a respiração. A família Abbot vive em silêncio ameaçada por misteriosas criaturas que matam através do som. Caminham nas pontas dos pés e utilizam linguagem de sinais para comunicar. O menor dos ruídos pode atrair a ameaça que já acabou com o resto das pessoas que moravam por ali. Num mundo tão tecnológico e individualista, ”Um lugar silencioso” mostra o valor do silêncio e, principalmente, da família. Krasinski, além de dirigir, protagoniza o filme ao lado de sua esposa, Emily Blunt. Com ótimas interpretações, não perca o drama desta família que vive 24 horas por dia, um jogo que parece ser impossível ganhar. Para ver no agradável Cinema City, no Alegro de Setúbal.
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POLÍTICA
JORNADAS DO PCP REFORÇAM NECESSIDADE DE CAPTAÇÃO DE PROFISSIONAIS
PCP vai requerer a audição urgente do ministro da Saúde no Parlamento Os deputados do PCP visitaram várias unidades de saúde do Alentejo Litoral no âmbito das Jornadas Parlamentares. A devolução de direitos e rendimentos e a necessidade urgente na resposta aos problemas do país são as bases do trabalho dos comunistas que querem ouvir o ministro da tutela no Parlamento. TEXTO ELOÍSA SILVA IMAGEM DR
O
Cine Teatro Grandolense acolheu a sessão de encerramento das Jornadas Parlamentares do Partido Comunista Português que, durante dois dias, contactou com profissionais e utentes de inúmeros serviços de saúde de Grândola, Alcácer do Sal, Santiago do Cacém, Sines e Odemira. Os deputados exigem a audição, urgente, do ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, sobre os problemas de falta de profissionais no Serviço Nacional de Saúde (SNS), garan-
tem que irão entregar à Assembleia da República um projeto de resolução que contempla «algumas medidas consideradas excecionais e prioritárias, face às carências detetadas nos serviços de saúde, particularmente ao nível da contratação de profissionais. Segundo os deputados do PCP estas jornadas parlamentares, no litoral Alentejano, «concentraram-se no tema da necessidade de concretizar a devolução de direitos e rendimentos e avançar com uma resposta aos problemas do país, considerando as características particulares de cada região», declararam à comunicação social. As
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jornadas revestem-se de uma «importância acrescida» tendo em conta «a aproximação do período de férias dos profissionais e das consequentes alterações previstas nos horários de trabalho», lembraram.
Para além dos deputados na Assembleia da República, participaram nestas jornadas de dois dias os eleitos do PCP no Parlamento Europeu, que auscultaram agricultores e pescadores da região.
Distrital acompanha de perto o trabalho das concelhias social democratas
A
comissão política de Setúbal do PSD, está a promover encontros regulares com todas as estruturas distritais para «acompanhar» o trabalho das secções e antecipar a resolução de problemas que possam surgir, no decurso das ações locais que vão sendo promovidas. Diz a comissão política distrital que «este trabalho serve, essencialmente, para perceber de uma forma mais específica quais os principais problemas de cada concelho e que de forma podemos colaborar na concretização de medidas que os colmatem», referem os responsáveis. Esta iniciativa, que se vai estender a todas as concelhias do distrito, «no seguimento do que tem vindo a ser feito em anteriores mandatos», chegou esta semana à
comissão política de secção do Montijo, onde António Salgueiro e Paulo Ribeiro, vice-presidentes da comissão, e Bruno Vasconcelos, secretário distrital, apuraram que «o desinvestimento por parte do Governo na Transtejo tem lesado gravemente a população do Montijo, nomeadamente no que diz respeito ao cumprimento dos horários e à manutenção das embarcações». Os vice-presidentes da comissão enalteceram, ainda, «a necessidade da prestação de melhores cuidados de saúde à população» como um aspeto a não descurar. E.S.
DESPORTO
ELITE MUNDIAL NADA NAS ÁGUAS DO SADO EM MAIS UMA MARATONA AQUÁTICA
Campeões Olímpicos são os cabeças de cartaz da prova A utilização, em estreia absoluta, dos fatos isotérmicos na prova sadina de 10 quilómetros em águas abertas é um dos principais pontos de interesse da etapa deste sábado da FINA/HOSA Marathon Swim World Series 2018 que reúne os principais nomes da modalidade. TEXTO MARTA DAVID IMAGEM DR
P
erto de uma centena de nadadores, entre eles os campeões olímpicos em título, os holandeses Ferry Weertman e Sharon van Rouwedaal, regressam, este sábado, ao rio Sado para, em princípio pela primeira vez, testarem os fatos isotérmicos introduzidos pela Federação Internacional em provas de águas abertas sempre que a temperatura da água seja inferior a 18 graus. Este fator pode
influenciar o decorrer da prova, uma vez que a utilização dos fatos «vai ser uma surpresa para todos, até porque não sabemos como os atletas vão reagir», explicou Daniel Viegas, selecionador nacional, que antecipa «uma prova muito disputada» tendo em conta o nível e a qualidade dos nadadores presentes. De entre o leque de atletas que vão participar na prova, para além dos campões olímpicos, destaque para os italianos Simone Ruffini, campeão do circuito mundial, e Rachelle Bruni, vice-
-campeã olímpica em título, o húngaro Kristof Razovszky, vencedor da “Setúbal Bay 2017” e detentor do recorde da etapa sadina, e a brasi-
leira Ana Marcela Cunha, considerada pela FINA como a melhor de 2017 nas águas abertas. Para os atletas europeus, esta etapa será também
um bom treino para o campeonato da Europa que se realiza em Glasgow, em agosto, como referiu, em conferência de imprensa, Simone Ruffini que confessou também que gosta de «nadar nas águas do rio Sado». Ana Marcela Cunha, que nadou em praticamente metade das provas realizadas em Setúbal e que já venceu a etapa sadina por duas vezes, em 2008 e 2014, diz que esta prova é quase como competir em “casa”. «A minha primeira vitória de sempre no circuito mundial foi aqui
e espero repetir os bons resultados que já aqui alcancei para continuar na frente do circuito mundial», explicou a brasileira. Já os atletas portugueses têm objetivos mais discretos. Tanto Angélica André como Rafael Gil, os campeões nacionais, apostam num lugar entre os 20 primeiros como o resultado satisfatório. No entanto ressalvam que «cada prova é uma prova e a utilização do fato isotérmico» pode alterar as contas. Rafael admite mesmo que não gosta de nadar com o fato exigido pela FINA.
União Desportiva «Os vinhos são bons, vocês vão ficar e Recreativa da nossos clientes e ajudar o Vitória» Quinta do Conde é campeã Aproximar as forças vivas e as pessoas do clube e angariar receitas para a formação do futebol do V. Setúbal é a principal intenção dos vinhos distrital de Futsal Vitória, uma estratégia entrelaçada entre a Adega de Palmela e o principal ADEGA DE PALMELA LANÇA VINHO VITÓRIA NA CASA DA BAÍA
clube da região. TEXTO ANTÓNIO LUIS IMAGEM SM
A
Adega Cooperativa de Palmela apresentou esta semana a nova gama de vinhos Vitória, nas variedades de tinto, branco e moscatel, em parceria com o V. Setúbal. As receitas revertem na totalidade para o futebol de formação do clube numa ideia de Francisco Cardoso, presidente da Associação de Futebol do distrito de Setúbal. O lançamento da nova gama de vinhos insere-se na nova política de comunicação do V. Setúbal que pretende
aproximar as pessoas e as forças vivas de Setúbal, escolhendo a Adega de Palmela como parceira nesta nova estratégia. O presidente da Adega de Palmela, José Manuel Coutinho, realçou que «ser uma grande honra estabelecer esta parceria com um grande clube da nossa região. Somos uma adega com muito orgulho das nossas raízes e queremos sempre levar o nome do nosso distrito além-fronteiras». E não tem dúvidas de que se trata de um «marco histórico» na vida da adega e do clube. «Estes vinhos são bons. Vocês vão ficar clientes e vão, também,
ajudar o V. Setúbal. Desejo os maiores sucessos na comercialização deste vinho e os maiores sucessos desportivos ao VFC», vincou José Manuel Coutinho. «Falta o champanhe…» Já Vítor Hugo Valente, presidente do VFC, que se mostrou «muito satisfeito» com esta parceria, sublinhou que «é com este tipo de iniciativas que o V. Setúbal se aproxima das pessoas, dos adeptos e dos sócios, quer na mesa de cada um quer nos restaurantes de todo o concelho. A seu tempo também iremos apostar no champanhe».
E garantiu que as receitas revertem, na íntegra, para o futebol de formação do V. Setúbal. A Adega de Palmela, que tem apostado na modernização das suas instalações, nos meios técnicos e numa nova imagem, celebra em outubro 60 anos de atividade. Dispõe de mil hectares de vinha, trabalha com 300 associados e produz cerca de 9 milhões de litros de vinho por ano. Aposta numa boa relação preço/ qualidade dos seus vinhos e, de há 10 anos a esta parte, garante assistência técnica aos seus associados nas vinhas.
Teimosia dos vinhos da região na Casa do Peixe Luís Cruz, gerente do restaurante Casa do Peixe, enaltece a aposta entre a Adega de Palmela e o VFC, sublinhando que se trata de uma ideia «fantástica», que vem no seguimento «daquilo que sempre defendi desde há 8 anos que abri a Casa do Peixe», pois «não faz sentido que a grande maioria dos restaurantes da região servirem quase exclusivamente na sua carta vinhos do Dão, do Douro e do Alentejo. É bom que tenham, também, alguns vinhos da Península de Setúbal. Mas na Casa do Peixe mantemos a nossa teimosia em servir apenas vinhos da Península, que é muito extensa» e «não é por acaso que a região já ganhou o troféu do Melhor Moscatel do Mundo, entre outros prémios».
A
equipa sénior da União Desportiva e Recreativa da Quinta do Conde (UDRQC) é campeã distrital de futsal e representa a Associação de Futebol de Setúbal nos nacionais. Tiago Alves, capitão da equipa, ressalva que mais importante que entrar nos nacionais é a manter. «O nosso objetivo passa, primeiramente, pela manutenção e depois lutar por algo mais que tenho a certeza que será possível, se tivermos as condições necessárias e se os adeptos quintacondenses continuarem presentes nos nossos jogos». O atleta que já foi protagonista de duas subidas de divisão pelo clube, admite que o grupo «tudo irá fazer para cimentar o nosso lugar no Nacional». Quanto aos intervenientes na vitória, Tiago destaca que se os jogadores foram as peças fulcrais também o trabalho da equipa técnica é meritório. Particularmente «o
trabalho feito esta época pelo mister Pedro Pinhal, Fábio Pinto e Paulo Couraceiro e, na parte final, uma grande ajuda do Mister Rosa. Este ano entra o mister Rogério Gaspar, que já foi campeão nesta casa, e que irá fazer de tudo para ir de encontro aos nossos objetivos», afiança. Esta conquista do campeonato distrital representa, na ótica do capitão, «todo o esforço de um ano inteiro, todas as dificuldades que foram ultrapassadas e um orgulho imenso em meter a União no seu devido lugar que é a Nacional». E.S.
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NEGÓCIOS
BAÍA DO TEJO GARANTE QUE HÁ UMA GENUÍNA VONTADE DE ACOLHER OS INVESTIDORES
Embaixador do Brasil visitou os territórios do projeto Lisbon South Bay Luiz Alberto Figueiredo Machado, embaixador do Brasil em Portugal, visitou os ativos empresariais da Baía do Tejo na companhia dos autarcas de Barreiro, Almada e Seixal. Uma deslocação que contribui para a consolidação internacional do projeto Lisbon South Bay. TEXTO ELOÍSA SILVA IMAGEM SM
O
s ativos da Baía do Tejo nos concelhos de Almada, Barreiro e Seixal receberam a visita do embaixador Brasileiro no nosso país, numa ação «representativa do reconhecimento e interesse de que são alvo os parques empresariais» e, acrescenta Jacinto Pereira, administrador da Baía do Tejo, reflexo do «trabalho de promoção desenvolvido e dos contactos permanentes com Câmaras de Comércio,
Embaixadas e Associações Empresariais de múltiplas geografias». O embaixador do Brasil, Luiz Figueiredo Machado, o conselheiro comercial da embaixada do Brasil em Portugal, Pedro Taunay, os autarcas dos três municípios e os administradores da Baía do Tejo, percorreram os territórios do projeto Lisbon South Bay, com o intuito de mostrar aos representantes da embaixada Brasileira as distintas oportunidades de investimento e assegurar «a divulgação dos nossos ativos junto dos mais proeminentes grupos
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empresariais brasileiros». Jacinto Pereira enaltece que as visitas aos territórios da Baía do Tejo, por parte de agentes diplomáticos, câmaras de comércio, ou grupos empresariais, como tem acontecido nos últimos anos, «é de extrema importância para a consolidação do projeto Lisbon South Bay, para a promoção dos ativos da Baía do Tejo e para a promoção dos concelhos de Almada, Barreiro e Seixal onde os mesmos se encontram». Luiz Figueiredo Machado conheceu o projeto Cidade da Água, a desenvolver no
antigo complexo da Lisnave, em Almada, visitou o antigo Bairro Operário da CUF e passou pela Lusosider - Aços Planos, SA, «importante empresa de capitais brasileiros do setor siderúrgico, a operar no nosso país, que exporta cerca de 80% da sua produção para diferentes destinos do globo», mas
que tem, nos mercados europeus, uma posição consolidada. Jacinto Pereira ressalva que ter os presidentes e vice-presidentes das autarquias a acompanha a visita deste corpo diplomático, «demonstra que há uma atitude concertada e uma genuína vontade de acolher, da melhor forma
possível, todos os que procurem estes territórios para investir e neles instalarem as suas empresas». O administrador da Baía do Tejo confia «na promoção que a embaixada vai fazer junto dos empresários brasileiros para que conheçam, de perto, estes territórios virados para Lisboa e todo o seu enorme potencial».
NEGÓCIOS
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OPINIÃO
EDITORIAL RAUL TAVARES DIRETOR
O ordenamento da Arrábida
O
problema do ordenamento da zona ribeirinha da Arrábida é uma situação que se desgasta há muito tempo. Quando o Parque Natural foi criado, nos anos setenta, ganharam voz as primeiras investidas para o defender da invasão urbana, do desbaste marinho e de todas as ameaças. O primeiro secretário de Estado de Cavaco Silva (o melhor dos seus Consulados), Carlos Pimenta, libertou a zona litoral arrabina, a das praias, sim; daquele conglomerado de casas, casinhas, mansões e afins. Fê-lo na Arrábida e na Fonte da Telha. Teve coragem. Ganhou a guerra maior. Hoje aos pés da Serra Mãe, como escreveu Sebastião da Gama, estão mais naturais, mais nossos. Depois, Maia Barbosa, o primeiro dos primeiros diretores do PNA, que sofreu com as labaredas dos anos 90, antes da era digital, das ‘nets’ e dos dramas em direto, responsável por um arranjo territorial que nos trouxe até aos dias de hoje. Com erros, com medos e pouca ousadia, mas entregando um legado - ele e os que se seguiram – muito relevante. O mundo dos todos os dias, é mutável. Nos últimos anos, os portugueses e os estrangeiros descobriram as nossas praias arrabinas, uma delas foi mesmo considerada a Melhor Praia da Europa, mesmo com acessos difíceis e apoios questionáveis. Nada é do passado. As golfadas de gente e dos seus automóveis corrompem a vida natural do lugar, ombreiam com as explosões de pedra da cimenteira, mesmo que esta refloreste, como se sabe, e dê ganhos, muitos ganhos. É um lugar difícil de tratar. Temos que chegar ao seu topo, mostrá-lo ao mundo, vivenciá-lo nos ossos e na carne, desde a partida à chegada. E saborear os mares, a singela beleza nas curvas falésias que se aprontam sobre nós e as areias finas, douradas que pedem os pés nus. Agora, nos tempos que correm, também é imperioso ordenar. Os últimos tempos de sol e de mar foram arrastos de caos, não satisfazendo ninguém. Urge encontrar consensos, porque o mais importante é que se não perca o património, mesmo em tempo de férias. E os dias decisivos estão aí!
Vitória. Um longo Caminho. Uma Distante Meta.
V
itória. Ou mesmo, se quiserem, vitórrrria. Sim estou a referir-me ao Vitória Futebol Clube. O meu clube. Logo provavelmente o melhor clube do mundo. E arredores. Não vou perder tempo com tretas e sentimentalismos bacocos. Ser do Vitória tem sido infelizmente uma forma benigna de masoquismo. Esperar pela última jornada sem saber se continuamos ou não na primeira liga. Fazer contas. Ouvir o que se passa nos outros estádios. Ansiedade. Nervosismo. Fechar os olhos para não ver os últimos dos últimos minutos. Percebem-me? Não há necessidade. Uma região e uma cidade como Setúbal não podiam criar, sei lá, um “Guimarães” ou um “Braga”. Se podiam porque é que não criam? Quando no domingo 13 de maio (reparem só na data) estava no estádio, cheio por uma vez, só perguntava se não poderia mais vezes ser assim. Assim cheio. Assim a vibrar. Assim motivador. Afinal, podia ou não? E como seria se assim fosse? A resposta é: “claro que podia, e até devia”. E só não é devido a um longo período de decadência e ausência completa de um projeto para o Vitória. Essa é que é a questão. Essa tem sido
a situação. Esse tem sido o nosso (dos Vitorianos) pobre destino. Ano após ano a discutir salários em atraso e sobrevivência. Ano após ano a pensar pequeno e a tornar o clube cada vez mais pequeno. Hoje discutimos resultados com os últimos. Estar a meio da tabela (que deveria ser a nossa posição natural) tornou-se uma miragem. A miragem de quem não tem um projeto. E sem projeto teremos (se já não temos) mais benfiquistas, sportinguistas e portistas do que Vitorianos. Mesmo em Setúbal. Até (vejam bem!) em Setúbal. Com esta pobreza “franciscana” no futebol praticado e nas ideias por aparecer perdeu-se algo (ou começou a perder-se). Algo muito importante. Algo essencial. A relação com a cidade e com a região. O Vitória é o Vitória de Setúbal. E não de outro lugar. Entre os clubes (de futebol) e os lugares existe uma relação especial. Indizível, mas óbvia. Não é uma coisa portuguesa é uma coisa de qualquer lugar. Esta relação ajuda a produzir identidade. Esta relação ajuda a desenvolver pertença. Esta relação é sinónimo de orgulho. Não sou (nem pouco mais ou menos) um especialista em futebol. Limito-me da bancada nas-
TURISMO SEMMAIS JORGE HUMBERTO SILVA COLABORADOR
cente do Estádio do Bonfim a ver o óbvio: a progressiva falta de qualidade das equipas do Vitória. Não é uma coisa de hoje nem de ontem e por isso é mais preocupante. Os nossos ídolos como JJ ou até Pitbull estão cada vez mais distantes no tempo. Não sei se é uma gritante falta ou incompetência na formação numa cidade onde centenas de crianças continuam na rua, no pátio ou no jardim a jogar “à bola”. Mas deve ser. Só pode ser. Se não temos muito dinheiro (como expectavelmente nunca teremos) só nos resta a inteligência de fazer do talento um valor seguro. E o talento está nas nossas crianças e nos nossos adolescentes. Espero com cada nova Direção (e com esta inevitavelmente também) qualquer coisa de novo. Um projeto. Uma ideia. Um discurso motivador. Invariavelmente tenho-me desiludido. Invariavelmente tenho assistido ao triunfo
da mediocridade. De tal forma que o projeto de um clube para uma região é hoje um conceito mais do que improvável. Quem em Palmela ou em Sesimbra é do Vitória? Quem? Já para não falar em Almada ou no Seixal. O nosso regionalismo não chega ao futebol. Muitos somos contra Lisboa e os seus “malefícios”. Mas esses mesmos (campeões do regionalismo) atraiçoam-se irremediavelmente quando lhes perguntamos qual é o seu clube? É de Lisboa, claro. Expondo e revelando qual é afinal o seu conceito de região. Estranha forma de regionalismo. Espero, esperemos, uma mudança. Esperemos que ideias, qualidade e inteligência cheguem ao Vitória. Com urgência. Com a mesma urgência com que o Vitória Futebol Clube foi fundado no dia 20 de novembro de 1910. Um longo caminho. Uma distante meta.
Escolhas
U
ma vez que a nossa actividade só existe devido à relação que consegue estabelecer com o Estado ou as autarquias – e que não temos qualquer receio de assumir as nossas posições gostaria de anunciar o que a Companhia Mascarenhas-Martins pretende fazer e em que medida o nosso rumo está dependente de uma decisão da Câmara Municipal do Montijo. Não temos problemas em afirmar que precisamos de financiamento público para dar continuidade ao que fazemos. Já por diversas vezes expliquei, seja em crónicas, entrevistas ou outros meios, o que penso acerca do investimento público na criação artística e na cultura. Para quem ainda não sabe: considero que é inequívoca a necessidade de financiamento para que a criação artística não fique refém do mercado, de modo a garantir que (toda) a população portuguesa tenha acesso a objectos artísticos diversificados nas diferentes áreas artísticas. A nossa pequena Companhia conseguiu sobreviver aos primeiros anos de actividade e teve, felizmente, a oportunidade de ter experiências tão diversas como a de co-produzir um documentário
sobre a Banda da 1.º de Dezembro, criar um espectáculo com uma autora do Montijo com digressão por todas as freguesias do concelho, co-produzir um espectáculo com o Teatro Aberto, em Lisboa, e co-produzir com o Teatro Viriato e o Centro Cultural Vila Flor um espectáculo com dramaturgia e encenação de Luis Miguel Cintra (apresentado em Montijo, Setúbal, Viseu, Guimarães e Almada). Neste momento, preparmos a temporada 2018-2019 com a vontade de contribuir para a programação cultural de espaços de duas outras entidades e, em simultâneo, dar continuidade ao nosso trabalho artístico com novos espectáculos. Por esta altura, julgamos que a Câmara Municipal do Montijo já tem dados suficientes para avaliar o potencial desta estrutura e, assim, reflectir convenientemente sobre de que modo quer participar neste projecto em andamento. Há duas hipóteses: 1) a Companhia é incentivada a dedicar a maior parte do seu tempo a uma intervenção local; 2) a Companhia tem de procurar parcerias em vários locais para tornar viável a sua continuidade enquanto estrutura profissional. Por mais teimosos e perserveran-
À PARTE LEVI MARTINS DIRETOR DA COMPANHIA MASCARENHAS-MARTINS
tes que sejamos, não é possível continuarmos a trabalhar como no início, em condições precárias, sem espaço de trabalho e sem capacidade de ir ao encontro das justas expectativas de quem vem trabalhar connosco e espera ser justamente remunerado. Ao exemplo de inúmeros outros municípios que têm apoiado e acarinhado as suas companhias, aquilo que propomos é que o Montijo tenha uma estrutura profissional permanente, com condições para passar à idade adulta: uma pequena equipa com vínculos estáveis, uma programação mais ambiciosa e regular. Não é nada de mais, parece-nos, sobretudo tendo em conta a possibilidade de, existindo essa base de trabalho, conseguimos angariar mais financiamento de outras fontes e conseguir gerar mais receitas. Mais importante ainda, não é nada de mais tendo em conta o que gostaríamos de poder
oferecer ao público: uma programação mais vasta e diversificada. Das duas, uma: 1) a Câmara Municipal do Montijo toma uma decisão séria sobre o investimento a fazer na criação artística e reconhece a Companhia Mascarenhas-Martins como uma parceira importante na programação cultural local; 2) a Câmara Municipal do Montijo deita a perder a oportunidade de fixar no concelho uma estrutura profissional de criação artística que acabará por dedicar a maior parte do seu tempo a trabalhar fora do concelho. Qualquer opção tem as suas consequências, claro. Como se trata de financiamento público, trata-se de avaliar qual o efeito de uma, ou de outra, sendo que em qualquer dos casos é importante que se perceba que o investimento não é feito em nós, mas sim no Montijo, na relação que se pode estabelecer entre aquilo que fazemos e o público.
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a passada segunda-feira 4 de Junho, na Cidade do Futebol, a Organização Mundial de Saúde (OMS) lançou o “Global Action Plan for Physical Activity 2018-2030” e que contou, entre outros, com as presenças do Director Geral da OMS, Primeiro-ministro, Ministro da Saúde, do Presidente da Federação Portuguesa de Futebol, e onde também participou a Câmara Municipal do Seixal, enquanto município que preside à Rede Portuguesa de Municípios Saudáveis com uma intervenção sobre a realidade portuguesa e a acção dos municípios. Este Plano Global da OMS pretende motivar os países a investir na saúde das populações pela via da prevenção das doenças, com um foco na promoção da actividade física e no desporto enquanto factores de combate ao sedentarismo e comportamentos de risco das populações. O sedentarismo, a alimentação pouco saudável, o consumo de tabaco e de álcool são os principais causadores da morte prematura de milhões de pessoas em todo o mundo. Se a atividade física se tornasse uma prática comum a toda a população portuguesa, 1 em cada 7 mortes poderia ser evitada anualmente. Em Portugal o panorama não é animador. Ocupamos um dos últimos lugares no índice de prática da actividade física e desportiva entre a população, segundo dados disponibilizados
do “European Social Survey” onde apenas 13,1% dos homens portugueses e 11,5% das mulheres praticam exercício físico com regularidade. Também o ultimo Eurobarómetro com dados de Dezembro de 2017 informa que em Portugal somente 5% da população pratica desporto de forma regular, e 68% nunca o faz, muito abaixo da média europeia (46%). Esta constatação traduz claramente que o Estado nas últimas 4 décadas não cuidou de desenvolver a actividade física e desportiva entre a população, como estatui a Constituição da República Portuguesa, pese embora o esforço realizado pelas Autarquias Locais e Movimento Associativo Popular, que têm sido ainda assim os verdadeiros pilares do desporto que ainda vamos tendo em Portugal. No Serviço Nacional de Saúde (SNS) é necessário que se adoptem medidas que incentivem os cidadãos à prática de actividade física e de hábitos de vida saudável – aqui parece-nos que as Unidades de Cuidados de Saúde Primários e os médicos de família são a chave para que se estabeleçam os necessários planos individuais de actividade física e indicações sobre a alimentação e comportamentos de risco. Também em volta de cada Centro de Saúde existem dezenas de espaços desportivos, sejam de clubes ou de escolas, que podem e devem ser aproveitados para a actividade física dos cidadãos.
FIO DE PRUMO
Lançado o Plano Global da Organização Mundial de Saúde para a Actividade Física e Desporto SIGA O NOSSO CONCELHO
Mundial
JOAQUIM SANTOS PRESIDENTE DA C.M. DO SEIXAL
Os espaços desportivos das colectividades e instituições estão praticamente sem utilização durante o dia, e os do ensino ao fim da tarde e noite, pelo que poderão ser estabelecidas parcerias entre o SNS e as colectividades/ escolas para a utilização destes espaços pelos utentes das Unidades de Saúde. Parceria que pode ser estendida também à mobilização dos seus técnicos de desporto para este objectivo. No Sistema de Ensino, é evidente a pouca expressão das disciplinas de Actividade Física e Desporto, quer ao nível do 1º ciclo, quer dos ciclos seguintes de ensino. O Desporto Escolar dá somente resposta a uma percentagem muito pequena dos alunos, e por isso há que capacitar as Escolas, quer em termos curriculares, quer em infraestruturas e profissionais, para que se altere de forma significativa a situação actual. É na escola pública que se deveria implementar uma nova e mais abrangente abordagem à actividade física e desportiva, incutindo nos novos cidadãos, conceitos, práticas e hábitos que permaneçam para a vida, e que resultem em melhor saúde e qualidade de vida.
Por melhor que sejam os planos ou projetos para a promoção da atividade física, Portugal só conseguirá obter resultados visíveis nesta área com uma profunda alteração de políticas ao nível da educação, desporto, saúde e outros, uma verdadeira política multissectorial, que permita revolucionar o atraso que o nosso País regista neste capítulo, para que se consiga finalmente iniciar uma trajetória apontada em Abril de 1976, para alcançarmos comunidades mais saudáveis. No Concelho do Seixal, temos sido exemplo para o País na promoção do desporto para todos e de uma vida saudável, tendo recebido o prémio Pierre Coubertin, do Comité Olímpico Internacional. Com o Projecto Seixal Saudável, com o Plano Municipal de Desenvolvimento Desportivo e os seus mais de 40 projectos, vamos reforçar o nosso compromisso com este novo Plano da OMS, sempre em parceria com o nosso movimento associativo, com as escolas e instituições do concelho, contribuindo ativamente para que a população tenha mais saúde com mais deporto e melhor qualidade de vida.
E incontornável.
B
runo de Carvalho monopolizou as últimas semanas do panorama nacional Nesse mesmo período Portugal recebeu algumas notícias preocupantes que passaram “pelos pingos da chuva”. A economia não está a acelerar como os restantes parceiros da U.E., os fundos comunitários apesar de estarem a ser negociados vão ser diminuídos e, a mais preocupante de todas – o preço do petróleo. O preço do petróleo mexe com toda a economia e pela primeira vez (pronto a segunda, porque a primeira foi a questão dos incêndios) vejo o governo a perder o seu estranho “Estado de Graça” que nunca o perdeu verdadeiramente, quando outros por vezes nem o chegam a conquistar. Preço do petróleo quicá muito afetado pela crise provocada pela decisão de Trump de abrir a Embaixada dos EUA em Israel em Jerusalém, ou rasgando o acordo nuclear com o Irão. A tudo isso os portugueses estão indiferentes, assim como indi-
ferentes estão aos avanços e recuos que se passam com a Coreia do Norte, Coreia do Sul e EUA, num “Menage a trois” estranho e inconstante com avanços e recuos, diria autênticas carambolas, quase uma por semana. Claro que ao “Tuga médio” também passou um pouco ao lado o que está a acontecer em Espanha com o Podemos e com o seu líder e a sua companheira que compraram um simpático “Chalé” pela módica quantia de seiscentos mil euros. Ora, para além dessa compra ostentar um estatuto que não se coaduna com os princípios do partido, o mais hilariante é que Pablo Iglésias e a sua mulher, esta ainda por cima líder parlamentar do mesmo partido, há quatro anos assegurou nas redes sociais que não se podia confiar a economia de um País a alguém que compra uma casa de luxo por 600.000,00, numa referência ao então ministro da economia, do PP. É caso para dizer que “pela boca morre o peixe”. Assim fosse cá
JORGE SANTOS JORNALISTA
OPINIÃO
Nas escolas há muito que se luta com a falta de pessoal auxiliar, correndo-se o risco de deficiente apoio aos alunos, muitos deles de tenra idade.
UM CAFÉ E DOIS DEDOS DE CONVERSA PAULO EDSON CUNHA ADVOGADO
em Portugal, e se exigisse coerência, sobretudo aos partidos de esquerda, que quando eram oposição barafustavam contra tudo que agora vêm defender, ou calar-se. O que interessa mesmo ao nosso bom povinho, eu incluído é o braço de ferro entre Bruno de Carvalho e o Sporting. Diria que Bruno de Carvalho tem-se comportado como um Elefante numa loja de porcelana, não tendo qualquer pejo em partir a loiça toda a cada passada. O fenómeno curioso é como é que ele vem partindo tanta loiça há tanto tempo e se mantém na loja e com apoiantes. Claro que quando ele foi partindo loiça que afetou diretamente alguns dos seus apoiantes, estes passaram
C
alma. Não iremos falar de nenhum conflito, pela simples razão que não acreditamos na funcionalidade da guerra. Temos como objectivo recordar que o Campeonato do Mundo de Futebol está à porta e nos vai entreter bastante, até porque, eventualmente, a meteorologia pode não nos criar condições para irmos até à praia molhar o pezinho. É verdade que há num ou noutro clube, um certo ambiente que nos deixa preocupados pois, por muito que não queiramos, pode levar “alguns micróbios” para a equipa de todos nós, que irá, na Rússia, tentar levantar a nossa bandeira, como o fez no Campeonato Europeu. Se o futebol não é para nós preocupação o dia-a-dia dos portugueses não é vivido sem assuntos que nos deixem algumas dúvidas, como é o caso da falta de médicos e enfermeiros no Serviço Nacional de Saúde, o que leva muitos centros a demorarem um mês para a simples emissão de uma receita de medicamentos. Outras lutas se vão travando, como a recente reivindicação
rapidamente para o estatuto de ex-apoiantes. Mas isso é a vida. Por fim uma reflexão para vos dizer que se há pessoa que ostenta algum orgulho por, em momento algum, ter sequer concedido o benefício da dúvida a três personalidades da nossa sociedade esse alguém sou eu - desde o primeiro momento que os vi como figuras públicas que me mostrei opositor acérrimo de Vale e Azevedo, José Sócrates e Bruno de Carvalho, de tal forma que muita gente confundia a minha animosidade para com estes personagens com o próprio Sporting. Curiosamente “Alcochete” marca o percurso de José Sócrates (“O caso Free-port”) e de Bruno de Carvalho (o “episódio do ataque aos jogadores”).
dos ferroviários para que os comboios não estejam apenas entregues a um maquinista e sem revisor. Nas escolas há muito que se luta com a falta de pessoal auxiliar, correndo-se o risco de deficiente apoio aos alunos, muitos deles de tenra idade. E, porque de guerras não gostamos, vamos esperando que quem tem obrigação de por todos zelar, que seja iluminado para que a sabedoria os assalte para que todos possamos ter uma vida mais digna e, por que não, bela. Para terminar, deixamos o desejo de que a equipa das quinas levante bem alto o ambicionado troféu.
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