Semmais 10 setembro 2016

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semmais

Sábado 10 | Setembro | 2016

Diretor Raul Tavares Semanário | Edição 916 | 9ª série Região de Setúbal Distribuído com o Expresso Venda interdita

SAIBA QUEM SÃO AS MAIORES

EMPRESAS EXPORTADORAS DO DISTRITO ENTREVISTA, EXCLUSIVA, COM PEDRO MARQUES, MINISTRO DO PLANEAMENTO E DAS INFRAESTRUTURAS

Já pagámos às empresas o legado deixado pelo anterior governo e já injectámos centenas de milhões de euros para dinamizar o investimento

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A época balnear na região em termos de segurança foi das melhores dos últimos anos. Uma morte apenas e fora da zona de banhos. Mas a temperatura elevada das nossas águas, que atingiram em média 23 graus, foi bom para banhos, mas crítico para as espécies marinhas.

O presidente da República chancelou, em Setúbal, a abertura da residência temporária para mães solteiras, um projeto da secretaria de Estado para a Cidadania e Igualdade em parceria com a Cáritas. Marcelo foi estrela e voltou a distribuir afetos. Foi a solidariedade e funcionar.

O novo centro, que nasceu de uma grande requalificação de um imóvel degradado, tem oito salas e condições modelares para acolher crianças do pré-escolar. Um projeto antigo agora concretizado. A autarquia volta também a distribuir manuais escolares.

VERÃO SEGURO NAS PRAIAS E OS PROBLEMAS DO MAR QUENTE

MARCELO EM SETÚBAL PARA DAR A MÃO A MÃES SOLTEIRAS

ALCÁCER DO SAL ABRE NOVO CENTRO ESCOLAR E OFERECE MANUAIS


A SEMANA

SOL DA CAPARICA RECEBEU CERCA DE 65 MIL PESSOAS CERCA DE 65 MIL PESSOAS PASSARAM ESTE ANO PELO FESTIVAL “SOL DA CAPARICA”, SEGUNDO ANUNCIOU A ORGANIZAÇÃO. TRATA-SE DE UM EVENTO, QUE JÁ VAI NA 3.ª EDIÇÃO, ORGANIZADO PELO MUNICÍPIO DE ALMADA QUE ESTE ANO ESTEVE ORÇADO EM CERCA DE 1 MILHAR DE EUROS. O EDIL JOAQUIM JUDAS SUBIU O PALCO, DURANTE O CONCERTO DE RUI VELOSO, PARA ANUNCIAR QUE A EDIÇÃO DE 2017 ESTÁ GARANTIDA. «O SOL DA CAPARICA ESTÁ PARA FICAR E, PARA ANO, NAS MESMAS DATAS, CÁ ESTAREMOS», VINCOU. ANTÓNIO MATOS, VEREADOR DA CULTURA, REALÇOU QUE O EVENTO ESTEVE «AO RUBRO» E RECEBEU «MILHARES DE PESSOAS DE TODAS AS IDADES». NA SUA ÓTICA É, SEM DÚVIDA «UM FESTIVAL DE FAMÍLIA» QUE ESTÁ PARA CONTINUAR. JÁ O PRESIDENTE DA JUNTA DE FREGUESIA DA COSTA DE CAPARICA, JOSÉ RICARDO, SÓ PODE FAZER UM BALANÇO «SUPER-POSITIVO», RECONHECENDO QUE O SOL DA CAPARICA TEM VINDO A «CRESCER DE ANO PARA ANO, TRAZENDO MILHARES DE PESSOAS À COSTA».

Mais turistas a dormir em Setúbal

GNR leva a cabo operação “Regresso às Aulas”

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número de turistas que visitam Setúbal voltou a crescer no primeiro semestre deste ano, com os números referentes a este período a indicarem um aumento de 8 por cento nas dormidas na hotelaria face a igual período do ano passado. De acordo com dados da Entidade Regional de Turismo de Lisboa (ERTL), baseados numa amostra de 87 por cento da oferta turística de Setúbal, entre janeiro e junho registaram-se 93.764 dormidas no concelho. Aquele total traduz um crescimento de 8 por cento em comparação com as 86.887 dormidas verificadas no período homólogo de 2015 nas unidades hoteleiras do concelho. De salientar, igualmente, que o número de dormidas cresceu em todos os meses de 2016, entre janeiro e junho. Os dados, que não incluem os números do alojamento local, de que não

há ainda informação suficiente, confirmam a tendência de afirmação do turismo em Setúbal, que, em 2014 e 2015, revelou subidas totais anuais de, respetivamente, 23 por cento e 6,2 por cento nas dormidas. O encerramento de duas unidades hoteleiras locais, o Hotel Isidro e a Pousada de S. Filipe, ajudam a explicar o menor aumento registado em 2015, facto para o qual pode contribuir, igualmente, a escassez de equipamentos hoteleiros no concelho, que, em breve, será minimizada com a abertura de novas unidades de alojamento, entre as quais um hotel e vários hostels. Outro facto a destacar é que em Setúbal tem vindo a crescer não só o turismo nacional, mas também o turismo internacional, o que comprova que o concelho não tem uma dependência em relação a um determinado e específico mercado.

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Depois de em 2015 o número de turistas estrangeiros ter aumentado apenas 1 por cento, o que pode explicar-se pelo encerramento das duas referidas unidades, as dormidas neste segmento aumentaram 8 por cento no comparativo entre os primeiros seis meses de 2015 e de 2016, com, respetivamente, 39.278 e 42.614. Os turistas que mais procuram Setúbal continuam a ser os espanhóis, com um total de 10.398 dormidas registadas no 1.º semestre de 2016, o que representa um aumento de 2 por cento face ao período homólogo de 2015. No entanto, no comparativo com o 1.º semestre de 2015, o maior crescimento registou-se na procura por parte de polacos, cujo número de dormidas, 1.946, corresponde a um aumento de 63 por cento, e de alemães, com 4.266 dormidas, com um crescimento de 49 por cento.

GNR está a realizar, até 15 de setembro, a operação “Regresso às Aulas”, com vista a contribuir para o aumento do sentimento de segurança neste regresso às aulas. O Comando Territorial de Setúbal, durante o período da operação, vai realizar um conjunto de ações dirigidas à comunidade escolar com o objetivo de transmitir conselhos de segurança e informar professores, pais, alunos e encarregados de educação acerca do funcionamento do Programa Escola Segura da GNR, promovendo-se, assim, uma maior aproximação da Guarda à comunidade escolar. Esta operação preten-

de ainda, através da apresentação de cada uma das equipas de militares da GNR que vão estar afetas às escolas, contribuir para uma maior consciencialização dos encarregados de educação para a importância da segu-

rança escolar dos jovens alunos e para uma melhor preparação das crianças e jovens, para os desafios que irão encontrar no regresso às aulas, aumentando o sentimento de segurança da comunidade escolar.

Morto a tiro ao atacar polícias com machado

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PSP matou a tiro um homem de 52 anos, na quarta-feira, no Vale da Amoreira, depois de este ter tentado agredir os polícias que o tentavam identificar. Dois agentes ficaram feridos com golpes de machado e de faca pelo guineense que há vários anos aterrorizava os concelhos da Moita e do Barreiro. A PSP fala numa morte em «legítima defesa», pois este apanhador de ameijôas, com quase 2 metros

de altura e mais de 100 quilos, feriu gravemente um polícia no pescoço que escapou por pouco à morte. O homem guineense, que vivia numa habitação

abarracada, tinha antecedentes de crimes violentos. Sobre o indivíduo já haviam mandados de detenção e uma ordem de expulsão por estar ilegal em Portugal.


SOCIEDADE

ENTRE A ZONA QUE VAI DA COSTA DA CAPARICA AO LITORAL ALENTEJANO A ÉPOCA BALNEAR REGISTOU UMA MORTE

Verão seguro nas praias da região Segundo as autoridades da região, este ano houve maior nível de segurança, nomeadamente nas praias com nadadores-salvadores, mesmo que a época tenha arrancado com carência destes profissionais. A única morte registada ocorreu na Fonte da Telha, mas fora de água, onde um banhista faleceu por morte súbita. TEXTO ROBERTO DORES IMAGEM SM

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oi uma época balnear em segurança nas praias do distrito de Setúbal. Os meses mais fortes do verão de 2016 não registaram nenhuma morte por afogamento na linha marítima que vai da Costa de Caparica até à Zambujeira do Mar, traduzindo a região na única do país onde não há vítimas a lamentar. O único caso grave ocorreu na Fonte da Telha, mas fora de água, onde uma pessoa teve morte súbita. As boas notícias, segundo as autoridades da região, devem-se ao aumento da segurança, so-

bretudo ao nível das praias com nadadores-salvadores, pese embora os primeiros dias da época balnear tenham voltado a ser marcados pela carência de vigilantes. Alguns deles não conseguiram começar a trabalhar logo no início do verão por ainda estarem em época de exames, mas os colegas que tiveram a oportunidade de entrar ao serviço logo na abertura das praias foram dando conta do recado. Pelas praias do país há a lamentar este ano 11 mortes por afogamento, entre 1 de maio e 31 de agosto, três das quais registadas no Algarve, segundo revela a Autoridade Marítima Nacional

(AMN), em praias não vigiadas. Os dados da Autoridade Marítima Nacional indicam ainda que, nas praias vigiadas por nadadores salvadores nas concessões, foram feitas 497 intervenções, enquanto nas praias não concessionadas, mas abrangidas por sistemas integrados, houve 576 intervenções. Foram ainda realizadas 741 assistências de primeiros socorros e 29 buscas com sucesso a crianças perdidas na praia. MAIS MEIOS COM APOIO DA SIVA PORTUGAL E VODAFONE Quanto aos projetos da AMN/ISN na vertente da responsabilidade social

com os parceiros, o projeto Amarok, com a SIVA Portugal, através do qual foram distribuídas 26 carrinhas, permitiu fazer 203 intervenções de salvamento, 374 assistências de primeiros socorros e ainda 21 buscas com sucesso a crianças perdidas na praia. O projeto com a Fundação Vodafone, com recurso a duas motos de

água, permitiu fazer quatro salvamentos, enquanto as 14 motos 4×4 de assistência a banhistas fizeram 73 intervenções, 393 assistências de primeiros socorros e encontraram 12 crianças perdidas. Não é de hoje que os especialistas das áreas do comportamento alertam que a segurança, só por si, não chega, considerando que «se não existir

consciência do risco e capacidade de aprender, esse risco aumenta muito», garante Vítor Franco, presidente da Sociedade Portuguesa de Psicologia Clínica, sublinhando que «o que evita os acidentes não é a proteção, mas sim a capacidade de enfrentar perigos e está mais seguro quem tem mais competências para os enfrentar».

AS TEMPERATURAS DA ÁGUA DO MAR ATINGIU OS 23 GRAUS NA COSTA DO DISTRITO DE SETÚBAL

Mares aqueceram na costa da região e as nossas espécies marinhas estão a fugir Os especialistas explicam que as temperaturas do mar estão a aquecer à superfície, mas também nas camadas mais profundas, o que pode trazer outros problemas mais graves para a vida marinha. E as espécies procuram outros habitats marinhos.

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temperatura da água do mar aumentou este verão chegando a atingir os 23 graus na costa do distrito de Setúbal, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA). Os próprios pescadores garantem que nunca a água do mar esteve tão quente, pelo menos nos últimos 35 anos. A água começou a aquecer logo em julho, mas a tendência de subida prolongou-se por agosto. Bateram-se recordes, mas algumas das espécies de peixes típicas da região (sardinha e carapau) afastaram-se para águas mais frias. Contudo chegaram espécies que eram raras por cá, como a palmeta ou o lírio. Segundo o IPMA, em comparação «com o período de referência 1981-

2010», a temperatura da água do mar aumentou entre 0,5 e 1ºC, relacionando a tendência de «subida» deste verão com os ventos e as correntes marítimas. «A subida da temperatura da água do mar da costa sul do Algarve ocorreu após episódios de vento de levante no estreito de Gibraltar, ao qual está associado um transporte de águas mais quentes do Mediterrâneo para o Oceano Atlântico. E isso levou a que a água fosse aquecendo para norte até à Costa de Caparica”, explica fonte do IPMA. De resto, já era expetável, segundo os especialistas, que a fuga de espécies de peixes e a ocorrências de outras se viesse a verificar com aquecimento da água. O especialista em

aquecimento global Filipe Duarte Santos admite que algumas das espécies que tradicionalmente tinham ao largo da região o seu habitat natural tenha migrado para o norte da Europa à procura de águas mais frias. TEMPERATURA ELEVADA DIMINUI OXIGÉNIO O mesmo especialista explica que as temperaturas do mar estão a aquecer à superfície, mas também nas camadas mais profundas, o que pode trazer outros problemas mais graves para a vida marinha. «Quando a água tem uma temperatura mais elevada tem tendência a ter menos oxigénio dissolvido. O que acontece é que esse gás está permanentemente a ser libertado no oceano. Mas se a

temperatura aumenta o oceano tem menos capacidade de conter oxigénio dissolvido na água, que é fundamental para a respiração dos organismos marinhos», justifica Filipe Duarte Santos, alertando que a anoxia (assim se chama o fenómeno de redução de oxigénio no

mar) também ganha espaço com a poluição junto à costa. A título de exemplo, aponta os fertilizantes provenientes da agricultura. «Quando se regista uma maior concentração de nutrientes nas águas costeiras, isso faz proliferar algas que consomem

também o oxigénio e agrava o problema», diz, reiterando que já existem na nossa costa casos de peixes que migraram para o norte da Europa à procura de águas mais frias. «É preciso perceber que no oceano os peixes vão tentar adaptar-se e escolher outros sítios».

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SOCIEDADE

MARCELO REBELO DE SOUSA CHANCELOU PROTOCOLO DA SECRETARIA DE ESTADO DA CIDADANIA E IGUALDADE COM CÁRITAS

Presidente voltou aos afetos na Bela Vista e inaugurou casa para mães solteiras da Cáritas A inauguração da residência temporária para jovens grávidas em situação de risco, da responsabilidade da secretaria de Estado tutelada por Catarina Marcelino, numa parceria com a Cáritas Diocesana, teve honras da Presidência da República. Na sua deslocação a Setúbal, Marcelo esteve igual a si próprio. Foi “estrela” e distribuiu afetos. TEXTO ROBERTO DORES IMAGEM SM

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ssim que pisou o Centro Social de Nossa Senhora da Paz, no Bairro da Bela Vista, Marcelo Rebelo de Sousa foi rodeado de jovens apostados em tirar uma foto com o Presidente da República. Bem ao seu estilo, deu o “OK” e sorriu para a câmara. Ficaram todos na “chapa”. Era o início

da visita a Setúbal, onde Marcelo inaugurou uma residência temporária para jovens grávidas em situação de risco e mães com os seus filhos, antes de distribuir afetos a todos. A nova casa é um projeto com a assinatura da Cáritas que mereceu honras presidenciais no descerramento da placa em pleno Dia Internacional da Caridade. Marcelo Rebelo de Sousa assistiu à assina-

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tura de um protocolo entre a Secretaria de Estado para a Cidadania e Igualdade, pela mão de Catarina Marcelino, e a Cáritas Diocesana de Setúbal, para funcionamento do designado Centro de Acolhimento de Nossa Senhora da Misericórdia, que deverá entrar em funcionamento até ao final deste ano. «Até agora colocávamos estas mães em pensões, mas algumas casas

não se adaptaram a estes novos tempos e deixaram de ter condições», justificava ao Semmais o presidente da Cáritas, Eugénia Fonseca, admitindo que algumas jovens estavam em risco «entregues a elas próprias». A nova casa vai permitir receber quatro mães adolescentes com os seus filhos. «Parece pouco, mas não é. Temos de perceber que é uma casa de acolhimento e não uma instituição», ressalvou o dirigente, justificando que é preciso acautelar algumas situações para que tudo corra bem. Também por isso as jovens vão ter sempre uma pessoa a acompanhá-las durante a noite, mas de dia terão de ir à escola. «Temos jovens dos 13 aos 19 anos. Quando engravidam e a barriga começa a crescer, a primeira coisa que fazem é deixar os estudos. Têm vergonha», justifica Eugénio Fonseca, sendo por isso que algumas jovens são apoiadas por representantes da Cáritas durante os intervalos. «Para ajudar a responder às perguntas incómodas de alguns colegas e não se sin-

tam humilhadas», explica. Fátima Soares, uma freira reformada após 40 anos a trabalhar como parteira, tem dedicado os últimos sete anos a ajudar estas jovens. «Tento ensinar naquilo que posso e sei, mas começo por lhes dar os parabéns pela coragem de levarem a gravidez em frente», revela. EM “CASA” ATÉ GANHAREM INDEPENDÊNCIA FINANCEIRA As mães adolescentes vão ficar na casa até terem autonomia financeira para viverem sozinhas com os filhos. Começarão por estudar para depois irem sendo introduzidas no mercado de trabalho. «Mas haverá sempre uma ligação a nós», ressalva Eugénio Fonseca, lamentando que a casa tivesse sido cedida pela câmara há dois anos, mas só agora tenha sido possível avançar com o projeto porque a Segurança Social não tem verbas para contratar uma pessoa. Por estas e por outras, Marcelo lançou um desafio aos governantes já com os olhos postos no Orçamento de Estado, pedindo que

seja encontrada uma «solução equilibrada» que consiga dar resposta ao rigor financeiro sem perder de vista os problemas sociais mais graves que estão a afetar as famílias portuguesas. O PR sabe que a saída da crise «não vai ser rápida nem fácil», admitindo que irá «demorar anos», pelo que considera «uma ilusão» pensar que um dia o fim da crise será decretado e que «no dia seguinte passamos todos a ter emprego e somos todos felizes. Isso não existe». Reconheceu que a forma mais fácil de ultrapassar a crise seria apostar no crescimento económico, tendo por base a contenção durante quatro a seis anos, mas acrescentou prontamente que tal medida não estaria a contemplar os mais carenciados. «As pessoas têm que viver até chegar esse dia. Os mais velhinhos pensarão que daqui a cinco ou seis anos não sabem exatamente onde estarão. Os mais novinhos dirão ´como é que nós vamos viver durante estes quatro, cinco, seis anos?’», exemplificou Marcelo.

GOVERNO E CÂMARA APLAUDEM NOVA CASA Também presente na cerimónia, o ministro-adjunto Eduardo Cabrita considerou que a casa de acolhimento das Manteigadas - que propositadamente não foi apresentada à comunicação social – tem condições para «dar proteção a um nicho particularmente vulnerável que é o das jovens grávidas que se veem despojadas das relações familiares e de apoio da sociedade», disse, justificando assim o entendimento com a Câmara de Setúbal para que o projeto fosse posto de pé. Já a autarca Maria das Dores Meira sublinhou ser este é «um passo que a Câmara dá em simultâneo com a Cáritas, por via da cedência deste espaço. Estamos perante um exemplo concreto da preocupação constante com os outros destes homens e mulheres que trabalham na Caritas, no que é um trabalho árduo, complexo e sem tréguas». A edil destacou ainda que ser importante saber que a Cáritas «está sempre presente quando é necessária» e que isso «é muito num tempo de esperança, um tempo em que trabalhamos, em sintonia, para recuperar algo do muito que se perdeu nos últimos anos em matéria de apoios sociais». Maria das Dores Meira convidou Marcelo Rebelo de Sousa a voltar a Setúbal para conhecer melhor uma cidade.

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SOCIEDADE

CATARINA MARCELINO, SECRETÁRIA DE ESTADO PARA A CIDADANIA E IGUALDADE

«Não podíamos virar as costas a estas situações de vulnerabilidade» O projeto “Residência Temporária para Adolescentes e Jovens grávidas e mães sem filhos”, da Cáritas Diocesana de Setúbal integra-se na estratégia nacional da Violência Doméstica e de Género? Se sim, como? Não sendo as mães adolescentes necessariamente vítimas de violência doméstica, enquanto mulheres enquadram- se num contexto de vulnerabilidade pela gravidez precoce, o que configura uma desigualdade de género. E é para dar resposta a estes casos que a Cáritas de Setúbal, que tem feito um trabalho profundo e muito meritório junto da população carenciada da cidade, decidiu criar mais esta importante valência. O apartamento foi cedido pela Câmara de Setúbal e o Governo, nesta feliz parceria por um desígnio comum, assegura o financiamento. Como vê o alcance deste tipo de resposta numa área tão específica? A maternidade é um perío-

Aljezur e Odemira. Estes foram, aliás, os primeiros protocolos assinados, a nível nacional, no âmbito da Estratégia de Combate à Violência Doméstica e de Género. Acreditamos que, com este novo modelo de intervenção, teremos resultados mais eficazes no combate a este flagelo, porque promovemos uma verdadeira articulação entre as várias entidades que traba-

do muito especial na vida de qualquer mulher e nós, enquanto sociedade, não podemos virar costas a quem fica, seja por que circunstância for, numa situação de vulnerabilidade. No caso das mães adolescentes, o que se pretende com esta resposta social é a criação de condições para que estas jovens se possam autonomizar no futuro. Na área da Igualdade e do combate à Violência que tipo de projetos têm sido apoiados no Distrito de Setúbal? Além desta residência em Setúbal, agora inaugurada, iremos apoiar as obras de outra residência da mesma natureza da Santa Casa da Misericórdia de Sines e um projeto não residencial de apoio a mães adolescentes no Montijo. No que diz respeito, especificamente, à violência doméstica, assinámos no passado mês de maio dois protocolos para intervenção nos municípios de Alcácer do Sal, Grândola, Santiago do Cacém, Sines,

lham nesta área. A grande novidade nesta nova estratégia é também a entrada da Medicina Legal e do Ministério Público na rede de intervenção, assim como as comissões de proteção de crianças e jovens. Em suma, estamos a investir nesta articulação, na celebração de protocolos que, com a especificidade de cada território, colocam todos os meios a trabalhar em rede.

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PUBLICIDADE CARTÓRIO NOTARIAL DE SETÚBAL NOTÁRIA

MARIA TERESA OLIVEIRA Sito na Avenida 22 de Dezembro nº 21-D em Setúbal Certifico, para efeitos de publicação que no dia cinco de setembro de dois mil e dezasseis, neste Cartório, foi lavrada uma escritura de justificação, a folhas 62 do livro 300-A, de escrituras diversas, na qual: Cecília Maria Cardoso Martins Figueiras, viúva, contribuinte número 162806230, António Manuel Martins Figueiras, solteiro, maior, naturais da freguesia de São Sebastião, concelho de Setúbal, contribuinte número 209080019 e Flávio Miguel Martins Figueiras, solteiro, maior, natural da freguesia de São Sebastião da Pedreira, concelho de Lisboa, residentes na Rua António Lourenço, número 52, Faralhão, Setúbal, contribuinte número 221117440, justificaram a posse, invocando a usucapião, do seguinte imóvel: Prédio Urbano, composto de edifício destinado a habitação, com a área coberta de cento e seis metros quadrados e logradouro de mil trezentos e trinta e sete metros quadrados, sito na Rua António Lourenço, números 52/54, Faralhão, freguesia do Sado, concelho de Setúbal, a desanexar do prédio descrito na Segunda Conservatória do Registo Predial de Setúbal sob o número cento e vinte e três, da referida freguesia, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 4275, anteriormente artigo 1955. Está conforme. Cartório Notarial sito na Avenida 22 de Dezembro número 21-D em Setúbal, 05 de setembro de 2016 A Notaria, Maria Teresa Oliveira

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ESTADO, ATRAVÉS DOS FUNDOS COMUNITÁRIOS, DÁ DOIS MILHÕES DE EUROS PARA SUSTENTABILIDADE DO SETOR

Apoios para ordenar caça no distrito estão em vigor mas só até final de setembro

O cluster da caça vai ter mais de 2 milhões de euros de fundos comunitários disponíveis para ganhar um novo fôlego. O problema é que se trata de dinheiro curto tendo em conta a existência em Portugal de seis mil zonas de caça, algumas delas com grande relevo na região. A Fencaça pede agilidade para não desmobilizar caçadores do distrito.

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setor da caça vai ter a oportunidade de investir no ordenamento tendo disponíveis novos fundos comunitários. «Estamos a falar de 2 milhões de euros para 6 mil zonas de caça em Portugal. É pouco face ao que precisávamos, mas vamos tentar aproveitar da melhor maneira», sublinha Jacinto Amaro, presidente da Fencaça (Federação Nacional das Zonas de Caça Associativas), que sugere «mais facilidade» nos processos de candidatura para não desmobilizar os interessados

na região de Setúbal com menos recurso. A portaria que regulamenta o acesso às medidas da caça e da pesca, no

âmbito do Plano de Desenvolvimento Rural 2020, é a novidade neste início de época da atividade cinegética. Quer isto

dizer que as associações e clubes de caçadores do distrito têm a possibilidade de se candidatar projetos de ordenamento de zonas de caça e fomento de espécies, bem como melhoria de habitats e investigação científica. O total do pacote soma 2 milhões de euros e cada promotor tem um limite de 75 mil euros por candidatura com o prazo a terminar no final de setembro. «O prazo é curto, mas estamos a iniciar as primeiras candidaturas», revela Jacinto Amaro, alertando que «há algum excesso de burocra-

cia» que envolve este processo e que poderá levar à desistência de alguns interessados. DIRIGENTES CRITICAM PRIVILÉGIO A ZONAS ACIMA DOS 3500 HECTARES «Se uma associação de caçadores e a zona de caça turística já têm os acordos para concessão de caça, não seria necessário haver outros acordos para fazer sementeiras. As pessoas só fazem sementeiras de acordo com os proprietários», exemplifica, lamentando ainda que sejam privilegiadas as zonas de caça

acima de 3500 hectares e as zonas classificadas. «Não vemos vantagens nisso», insiste o dirigente. Algumas associações de caçadores já revelaram que tencionam solicitar o alargamento do prazo de candidaturas, prevendo-se que à boleia desta medida seja possível potenciar o fomento das espécies e o aparecimento de novos caçadores, de modo a que o número não desça da fasquia dos cem mil. Recorde-se que há 20 anos eram 250 mil os caçadores em Portugal.

CRIANÇAS DO PRÉ-ESCOLAR DE ALCÁCER VÃO TER ESCOLA NOVA NO BAIRRO DO MORGADINHO

Novo Centro de Educação Pré-Escolar de Alcácer abre portas quarta-feira O novo centro tem oito salas e está todo equipado para receber mais crianças em idade do pré-escolar. A obra orçou em quase um milhão de euros e era desejo antigo da autarquia. TEXTO ANABELA VENTURA IMAGEM SM

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a próxima quarta-feira, Alcácer do Sal vai abrir portas ao novo e renovado Centro de Educação PréEscolar, situado no Bairro do Morgadinho. A obra consistiu na remodelação e ampliação do edifício da antiga escola do primeiro ciclo e pré - escolar na altura apenas com 4 salas, que agora passa a 8 salas e outros espaços amplos. Cada sala tem aproximadamente 49 m2 e para cada conjunto de duas salas foi construído um espaço de expressão plástica/vestiário, e os respetivos wc’s sendo que três deles estão equipados com chuveiro. No novo edifício foi igualmente construído um refeitório com cozinha equipada, uma zona de ginásio e outras atividades, uma sala polivalente, uma biblioteca e sala de informática e ainda a sala de professores.

A intervenção no Centro de Educação Pré-Escolar de Alcácer do Sal, permitiu requalificar o parque escolar do concelho, melhorar as condições de ensino e aprendizagem e consolidar o objetivo da escola a tempo inteiro. INTERVENÇÃO IMPORTANTE NA REQUALIFICAÇÃO DO PARQUE ESCOLAR A Câmara pretendeu com esta obra, melhorar as condições físicas do edifício que passaram pela intervenção da cobertura e ampliação e requalificação de espaços exteriores assim como o reforço do número de espaços pré-escolares aumentando a capacidade para 8 salas permitindo uma oferta de qualidade e a tempo inteiro a todas as crianças do concelho em idades do ensino pré-escolar. O valor total do investimento é de 906.172,53€. Esta obra foi alvo de uma candidatura ao INALENTEJO, com uma comparti-

cipação de (85%/FEDER). Além do valor da empreitada, estavam integrados na candidatura os financiamentos dos projetos de execução e a aquisição de mobiliário, material didático e equipamento informático para apetrechar o novo Centro Escolar de Alcácer do Sal. O Centro de Educação Pré-Escolar tem igualmente um espaço exterior com parque infantil. A envolvente exterior encontra-se dotada de espaços de circulação, alpendres, espaços ajardinados, uma caixa de areia, e uma zona de pavimento sintético onde foram colocados dois equipamentos compostos por vários elementos didáticos e adequados às respetivas faixas etárias. A capacidade máxima do novo centro será de 200 crianças, mas neste ano letivo vai contar com 5 turmas, num total de 120 crianças com idades compreendidas entre os 3 e os 6 anos de idade.

CÂMARA VOLTA A OFERECER MANUAIS E CADERNO DE ATIVIDADES AOS ALUNOS DO CONCELHO A Câmara de Alcácer do Sal volta a oferecer manuais escolares aos alunos do primeiro ciclo do concelho.Um investimento que se mantém sendo a educação uma das prioridades do executivo. Este ano, como o Ministério da Educação apenas oferece os manuais escolares aos alunos do 1.º ano, a autarquia vai oferecer aos alunos do 1.º ano o caderno de atividades necessário ao trabalho diário das crianças. Aos alunos do 2.º, 3.º e 4.º ano, a Câmara oferece os manuais escolares e os cadernos de atividades à semelhança dos anos letivos anteriores. O universo de alunos abrangidos pela oferta dos manuais e cadernos de atividades será de cerca de 425 alunos, o que representará um custo para o município de 24.293,62 € (vinte e quatro mil duzentos e noventa e três euros e sessenta e dois cêntimos). A Câmara Municipal à semelhança dos anos anteriores irá também oferecer aos alunos do 1º ciclo do ensino básico, vales para aquisição de material escolar, destinados aos alunos posicionados nos escalões A e B da ação social escolar, no valor de 40,00 € no escalão A e 20,00 € no escalão B. Irá também oferecer às crianças do ensino pré-escolar vales para aquisição de material escolar, destinados aos alunos posicionados nos escalões A e B da ação social escolar, no valor de 20,00 € no escalão A e 10,00 € no escalão B.

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LOCAL

ALCÁCER DO SAL 1.º trail “Veredas do Xarrama” O 1.º Trail XarramAdventure “Veredas do Xarrama” realiza-se este domingo, dia 11 de setembro, na simpática vila do Torrão. Com concentração às 9h30, no jardim público do Torrão, o trail tem uma extensão entre 15 a 25 quilómetros e as inscrições podem ser efetuadas através do site www.acorrer.com Este evento é organizado pelo XarramAdventure – Clube de Bicicletas Todo-o-Terreno e Desporto Aventura do Torrão, com o apoio da Câmara Municipal de Alcácer do Sal e da Junta de Freguesia do Torrão.

ALCOCHETE Batel acolhe nova empresa O pólo industrial do Batel foi a área escolhida pela AGQ Labs para consolidar a sua presença em Portugal. A inauguração das novas instalações deste centro tecnológico decorreu no dia 2 e contou com as presenças do ministro da Economia, Manuel Cabral, e do edil Luís Franco, e do CEO da AGQ Labs Corporate, Estanislao Martinez. Com representação em mais de 20 países, a AGQ Labs é um centro tecnológico químico que, tendo como base laboratórios de análise, ensaios avançados e engenharia química especializada, oferece soluções e serviços de valor a vários setores, como o agronómico, alimentar, ambiental, de mineração, saúde e segurança. Para o município, a inauguração da AGQ Labs traduz-se em mais passo na promoção da inovação e no desenvolvimento tecnológico num concelho.

ALMADA Reinventar a mobilidade urbana A abrir a Semana Europeia da Mobilidade, realiza-se dia 16, das 9 às 13h15, o Fórum Global EcoMobilidade “Reinventar a mobilidade urbana. Mudar a forma como nos movemos e vivemos a cidade”. O teatro Joaquim Benite acolhe este encontro, em que Gil Peñalosa e Konrad Otto-Zimmermann vão partilhar soluções inovadoras ao nível da mobilidade urbana, aplicadas em diferentes cidades do mundo. Quem participar neste fórum pode ainda encontrar ideias inspiradoras para a distribuição mais equitativa do espaço público e promoção dos modos de transporte sustentáveis e ecoeficientes, que possibilitaram uma melhor fruição da cidade e induziram a atividade económica. É, também, apresentado o “Menos um carro”, a favor de mobilidade urbana mais sustentável.

GRÂNDOLA Feira de caça, pesca e atividades do ar livre Depois do sucesso da primeira edição, a “Ar Puro, Feira de Caça, Pesca e Atividades ao Ar Livre” vai realizar-se de 7 a 9 de outubro e combina aventura, ecoturismo e turismo de natureza. À semelhança do ano passado, o evento conta com o forte envolvimento e participação do movimento associativo do concelho. A par do espaço de exposição e venda de artigos ligados aos três segmentos base da feira que vai funcionar no Parque de Feiras e Exposições, as associações vão dinamizar um conjunto diversificado de atividades desportivas.

PALMELA Tempos medievais animam centro histórico

SANTIAGO DO CACÉM Festival do tomate promove gastronómia local Prossegue até domingo, o 2.º “Festival do Tomate de Alvalade | Mimosa − Mostra gastronómica nos restaurantes”, que conta com o apoio da Junta de Freguesia de Alvalade, da Alensado e da Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo. O objetivo principal é impulsionar a economia local através de um produto de reconhecida qualidade como património gastronómico local: o tomate, mas também promover a gastronomia. Este ano, todos os restaurantes da freguesia aderiram à iniciativa, o que significa um acréscimo de três restaurantes em relação à edição anterior.

Entre 23 e 25 de setembro, no âmbito do projeto Palmela Almenara, o centro histórico da vila volta a recuar no tempo com a realização da III Feira Medieval que, em 2016, terá como cenário a transferência da sede da Ordem de Santiago para o Castelo de Palmela, corria o ano de 1482. Empenhado em proporcionar um evento de grande rigor histórico e em acolher os milhares de visitantes esperados com muita animação e qualidade, o município desenvolve, ao longo do verão, um plano formativo que pretende envolver a comunidade, dotando-a de mais conhecimentos sobre o contexto histórico e contribuindo para a dinamização do comércio e do movimento associativo local. O plano é gratuito e incide nos temas trajes medievais, história local e artes performativas.

SEIXAL Gala S. Vicente procura novos talentos Estão a decorrer até ao próximo dia 30 de setembro, sexta-feira, as inscrições para a 12.ª edição da Gala S. Vicente dos Pequenos Cantores, que terá lugar no auditório municipal do Fórum Cultural do Seixal, a 15 de outubro. Este projeto estimula a produção de música portuguesa e incentiva o aparecimento de novos autores, compositores e intérpretes dos 5 aos 16 anos. Podem concorrer todos os intérpretes residentes no distrito de Setúbal. Daqui têm saído diversos talentos concelhios para os palcos e concursos nacionais.

SESIMBRA Município exige melhorias em escola básica Numa deslocação recente ao concelho, o delegado regional de educação de Lisboa e Vale do Tejo, Francisco Neves, foi alertado pela vereadora da Educação, Felícia Costa, para a falta de condições que se verificam na escola do 2.º e 3.º ciclo, Rodrigues Soromento. O caso já originou uma petição pública, onde se exige a ampliação e requalificação da escola, que conta neste momento com mais de 1 600 assinaturas. A falta de salas para as 24 turmas, a degradação dos pré-fabricados, com cobertura em amianto ou a falta de condições para professores e auxiliares foram algumas das questões transmitidas ao delegado.

MONTIJO Reviver momentos de outras épocas A III Feira Quinhentista de Aldeia Galega decorre até domingo, com a envolvência de dezenas de participantes. Montijo faz uma viagem aos tempos em que era Aldeia Galega para reviver momentos de outra época através das tendas dos mercadores, dos torneios medievais, das recriações de factos históricos e lendas, das danças e música medievais, dos beberes e comeres de outra época, entre muitas outras atividades. Este sábado, às 16h30, será recriada a chegada de D. Manuel I a Aldeia Galega, no Cais das Faluas, e às 22 horas, tem lugar o torneio na liça. Domingo, às 16h30 será realizada encenação da Estalagem da Posta do Sul, no palco junto aos Paços do Concelho, e às 18 horas haverá novo torneio.

SETÙBAL Parque do Bonfim ganha novo rosto O parque do Bonfim está a ser reabilitado numa intervenção em curso, liderada pelo município, de melhoria da atratividade do espaço, dotado de condições renovadas de usufruto para a população. A beneficiação da área central do parque, concretamente junto do lago, é uma das principais ações da operação urbanística executada por administração direta, ou seja, com recurso a meios técnicos e humanos da própria autarquia, com conclusão prevista para o dia 15 de setembro. Naquele local, além da substituição das lajetas em pedra danificadas que circundam a área pedonal envolvente ao lago, são redefinidas as caleiras das árvores de grande porte que proporcionam amplas zonas de sombra. Também o relógio de sol ali existente, construído em pedra, é também recuperado.

BARREIRO PSP vai ter nova esquadra A secretária de estado da Administração Interna, Isabel Oneto, anunciou, dia 6, o início das obras da 5.º Esquadra da PSP, que será instalada no antigo Café Barreiro. Na iniciativa, que decorreu na Câmara, a vice-presidente do município, Sofia Martins, apresentou a reabilitação e adaptação do espaço. As instalações vão ter cerca de 778 metros quadrados e acolher cerca de 70 efetivos. O investimento é superior a 715 mil euros. Por seu lado, o edil Carlos Humberto, realçou: «Fizemos imensos esforços, ultrapassamos diferenças, conseguimos concertar posições. Vamos para além das nossas competências formais, mas, excecionalmente, e tendo em conta as necessidades das pessoas, a importância material, emocional que as questões de segurança têm, achamos adequado o esforço que nos obrigamos a fazer».

MOITA Município distingue filhos da terra O município homenageia, dia 13, às 10h30, personalidades, entidades e instituições que têm elevado o nome do município, com a atribuição de diferentes medalhas. A Medalha de Honra vai ser entregue à Sociedade Recreativa da Baixa da Serra e ao Juventude Futebol Clube da Baixa da Banheira. Bruno Amaral, crítico literário, vai ser distinguido com o Mérito Artístico e Cultural. O Mérito Economico e Social será entregue ao restaurante “Stop”, da Baixa da Banheira, bem como a Ana Piedade Marques, engenheira agrónoma, “agricultora de 6ª geração” e produtora do PROVE. A medalha de Bons Serviços vai para 9 trabalhadores da autarquia que completaram 40 ou mais anos ao serviço do município.

SINES Procuram-se figurantes para filme sobre Al Berto A produtora Ukbar Filmes está à procura de homens, mulheres e crianças, dos 7 aos 80 anos, para participação no próximo filme de Vicente Alves do Ó, sobre o Poeta Al Berto, a ser filmado em Sines durante o mês de outubro. O casting será aberto a toda a população interessada e irá realizar-se nos dias 12 e 13 de setembro, entre as 9 e as 19 horas, na Escola das Artes do Alentejo Litoral (junto ao Castelo). Não é necessária inscrição prévia. Todos podem aparecer e levar amigos. Para informações adicionais, contactar a produtora pelo email: mncravo@gmail.com ou pelo 916944951.

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CULTURA

Melodias eurovisivas regressam ao auditório José Afonso Setúbal volta a reviver êxitos do Eurofestival, este sábado, no Eurovision Live Concert, que está de volta ao auditório José Afonso, com entrada livre. A festa está orçada em cerca de 24 mil euros. TEXTO ANTÓNIO LUIS IMAGEM SM

«

É

com grande satisfação que recebemos mais um Eurovision Live Concert, evento que continua a ganhar espaço na programação cultural da cidade», destacou o vereador da Cultura sadino, Pedro Pina, no dia 6, na Casa da Cultura, na apresentação da 8.ª edição. O evento, que começa às 21h30, conta com um programa musical eclético, composto por artistas nacionais e estrangeiros que se destacaram em várias edições do evento. Com várias estreias e também regressos, vão estar presentes Michal Szpak (Polónia), Barei

(Espanha), Filipa Azevedo (Portugal), Maya Sar (Bósnia & Herzegovina), Compact Disco (Hungria), Tomas Thordason (Dinamarca), e Andrius Pojavis (Lituânia). Rui Andrade & Legacy, Carla Ribeiro, Ana Luísa Cardoso, Gerson Santos e os Vision Ensemble são convidados especiais. HOMENAGENS A GUINOT E OGAE Já Catarina Guinot, sobrinha de Maria Guinout, vencedora, em 1984, do Festival RTP da Canção, com o tema “Silêncio e tanta gente”, é homenageada pela organização. Este ano é ainda homenageada a OGAE Portugal. «Com os poucos recursos, a associação continua a apoiar o evento setubalense e a promover a música euro-

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visiva, pelo que esta é uma justa homenagem». Guilherme Santos, da Deriv@Status, afirmou que o cartaz musical desta edição é «muito equili-

brado», com um misto de músicos nacionais e estrangeiros, uns que se estreiam na festa eurovisiva realizada em Setúbal, única em Portugal, ou-

tros que repetem uma participação. A mesma fonte realçou que o palco «vai ter decoração muito bonita, que só ali é possível de fa-

zer, e um ecrã gigante», sublinhando que «o número de estrangeiros a procurar a organização para participar no evento triplicou este ano».


CULTURA

AGENDA

PALMELA10SETEMBRO21H30

QUARTETO ACANTUN DÁ CONCERTO TEATRO S. JOÃO

O quarteto Acantun, proveniente de Espanha, surgiu em 2008, para explorar e divulgar os instrumentos de plectro e guitarra clássica, dando novas sonoridades ao habitual repertório clássico. Os elementos do Acantun têm-se apresentado por toda a Europa, Tailândia e Japão, enquanto solistas ou integrantes de orquestras de plectro, onde interpretam estilos musicais diversificados, nomeadamente, clássico, pop-rock e folclore.

SETÚBAL10SETEMBRO21H30

AS MELODIAS DE MARCO ALONSO GROUP

“Os Transportadores” marca arranque da nova temporada no Joaquim D´Almeida

O

espetáculo “Os Transportadores”, que tem lugar dia 17, às 22 horas, marca o arranque da nova temporada do cine-teatro Joaquim d’Almeida, no Montijo A Artemrede apresenta, no largo do Joaquim d’Almeida, este espetáculo multidisciplinar, vencedor da Primeira Bolsa de Criação Isabel Alves Costa. Trata-se de uma produção da Radar 360.º Associação Cultural. São nómadas contem-

porâneos e passageiros das suas próprias viagens, que constroem narrativas abstratas a partir de percursos poéticos e efémeros e no espaço. Pelo caminho vão encontrando e acumulando. O seu património é material e imaterial. Questionam o excesso, a carência, o desperdício, o alto consumo, a sociedade fabricada, a natureza bruta, a memória individual e a (in) consciência coletiva da sociedade contemporânea.

Festas da Moita relembram tradições

CASA DA CULTURA

O quarteto liderado pelo guitarrista Marco Alonso, acompanhado de Hélder Luís Pereira, na guitarra eletroacústica/sintetizador, de Alessandro Devillart, na bateria/percussão, e de Tânia Cardoso, na voz, dá um concerto de fusão contemporânea que aborda o flamenco moderno com influências de jazz e sonoridades do contexto da música do mundo.

GRÂNDOLA10SETEMBRO22H00

RICARDO TOSCANO QUARTETO SOBE AO PALCO CINE-TEATRO GRANDOLENSE

Ricardo Toscano Quarteto sobe ao palco alentejano para animar a malta. É formado por Ricardo Toscano (saxofone alto), João Pedro Coelho (piano), Romeu Tristão (contrabaixo) e João Lopes Pereira (bateria). O concerto é organizado pela SMFOG – Música Velha. Tem entrada livre.

A

s festas de N.ª Sr.ª da Boa Viagem, na Moita, que decorrem até dia 18, contam com atividades ligadas ao rio, à religião e à festa brava, concertos, animação e convívio pelas principais ruas da vila. Há concertos com David Carreira, Quim Barreiros, Deolinda, HMB, DJ Kamala e Diogo Piçarra. Dia 11, às 17h30, realiza-se a procissão, com a bênção dos barcos engalanados. As largadas de toiros continuam a atrair milhares de pessoas à principal ave-

nida da vila e, este ano, a comissão preparou mais uma largada, no dia 12. Assim, as largadas de toiros na Av.ª Dr. Teófilo Braga estão marcadas para 12 e 16 de setembro, à 1 hora, nos dias 12, 13, 14, 15, 16 e 18, às 10 horas, e dia 17, às 17 horas. Destaque para a Tarde do Fogareiro, dia 16, às 13 horas, na Av.ª Teófilo Braga. A tradicional regata, com barcos típicos do Tejo, está marcada para dia 17, às 15 horas. O concurso de barcos engalanados, decorre no dia 11, pelas 12 horas.

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SEIXAL17SETEMBRO15H00

CORAIS ALENTEJANOS EM ENCONTRO CONCELHIO FORUM CULTURAL

O 25.º encontro concelhio de grupos corais alentejanos, com entrada livre, conta com grupos do Seixal, Barreiro, Odemira, Ferreira do Alentejo e Baleizão.

PASSATEMPO GANHE CONVITES PARA O “MUSICAL DA MINHA VIDA” NO CASINO ESTORIL Temos convites para os nossos leitores assistirem ao novo espetáculo de Filipe La Feria, intitulado “O Musical da Minha Vida”, em cena há vários meses, com grande sucesso, no Casino Estoril. São cabeças de cartaz Alexandra e Dora, entre outros. Para se habilitarem aos prémios, basta ligarem 96 943 10 85 ou 918 047 918.

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MAIORES EXPORTADORAS DO DISTRITO DE SETÚBAL | ENTREVISTA

MINISTRO PEDRO MARQUES, EM EXCLUSIVO, APONTA METAS PARA INVESTIMENTO E CAPITALIZAÇÃO DO TECIDO EMPRESARIAL

«Já aprovámos 150 milhões de euros para o distrito e estão em carteira outros 250 milhões» Pedro Marques afirma que o governo está a cumprir todas as metas relativas ao investimento nas empresas, gaba o trabalho para estabilizar a capitalizar a banca e anuncia projetos para o distrito. São muitos milhões já injectados no tecido empresarial e grande apoio aos investimentos autárquicos. A inovação e internacionalização são os pilares de primeira linha. TEXTO RAUL TAVARES IMAGEM SM

Continua a subsistir a ideia de que as empresas desesperam com os atrasos dos fundos comunitários, partilha desta ideia? Quando este governo tomou posse havia centenas de milhões de euros de euros para pagar de projetos aprovados e realizados, numa situação muito complicada para os empresários. Foi já tudo sanado por este governo np primeiro semestre deste ano. Todos os pagamentos foram efetuados. Esta-

mos a falar de cerca de 200 milhões. O que fizemos foi recuperar esse dossier e pagar integralmente esses valores, o que ocorreu até ao fim do primeiro semestre deste ano. E ainda havia outro constrangimento, já da decorrência do “Portugal 20-20”, que não arrancava, com projetos ou que ainda não tinham sido aprovados ou já aprovados mas ainda não pagos. Estavam em causa muitos projetos? Repare que em quase dois anos de vigência ddo “20-

20” apenas 15 projetos de investimento, tinham alguma coisa paga, situação nunca vista. Era esta a situação do apoio investimento empresarial. Foi essa uma das prioridades na discussão do programa de governo, em que colocámos a meta de pagar em cem dias, cerca de 100 milhões de euros às empresas. E cumprimos. Portanto, durante o primeiro semestre deste ano, não só andámos a recuperar a situação do quadro comunitário anterior, como conseguimos impulsionar, e muito, o investimento já no

quadro do quadro comunitário em vigor. Para ter uma ideia, neste momento, já temos muito mais de 200 milhões pagos às empresas. E um objetivo anual de pagar pelo menos 450 milhões. De que setores estamos a falar É muito transversal, porque os setores que acedem a estes apoios são di-

rigidos à inovação ou à internacionalização. E ao mesmo tempo em que estivemos a fazer este esforço de pagar projetos em carteira, estivemos também a reforçar a contratualização de outros grandes projetos que estavam candidatados, mas que também não tinham sido ainda decididos pelo anterior governo. Trabalhámos nessa frente no primeiro semes-

tre deste ano e com sucesso. Entre Junho e Julho foram validados milhões de candidaturas em vários setores de atividade. Estamos a falar de candidaturas privadas… Sim, era preciso desbloquear impasses, porque, para além de as empresas terem direito ao apoio ao seu investimento, quando se registam estes atrasos

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CONQUISTANDO O FUTURO abcdefghijk 12 | SEMMAIS | SÁBADO | 10 DE SETEMBRO | 2016

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MAIORES EXPORTADORAS DO DISTRITO DE SETÚBAL | ENTREVISTA os empresários também atrasam as suas decisões de investimento. A verdade é que, fruto de alguma dinâmica introduzida por esta via e pela nossa acção concreta, complementada por alguma recuperação da confiança das empresas, tivemos no concurso de acesso a fundos de investimento que fechou em abril e maio, um recorde de candidaturas que atingiu os 3 mil milhões de euros. Para um concurso de cerca de três meses é muito significativo. Nunca aconteceu nada parecido nos últimos dez anos. Diria, em balanço, os números do segundo trimestre mostram que o investimento foi uma das variáveis mais dinâmicas da nossa economia, já por comparação com trimestres anteriores. Sem esquecer que tínhamos tido uma paragem brutal de investimento no terceiro trimestre do ano passado. Foi, aliás, o legado que recebemos do anterior governo; uma economia estagnada e uma queda significativa do investimento. Que outros estímulos estão em jogo para as empresas acederem aos fundos? O que temos dito às empre-

Acelerar aprovação de processos a banca e as PME’s no mercado global O ministro Pedro Marques garante que o governo está a fazer de tudo para que os prazos de apreciação e aprovação dos projetos demorem no máximo 60 dias. Mas isso depende do fluxo de entrada de candidaturas. «Quando anunciei o plano de mil milhões de euros para as autarquias, em 31 de maio, disse que tudo o fosse apresentado até final de Junho seria aprovado um mês depois. E cumprimos essa meta». Sobre o acesso ao crédito por parte das empresas, o membro do governo alude ao trabalho de estabilização e capitalização da banca, evidenciando o papel da Caixa Geral de Depósitos. «Ninguém acreditava, mas conseguimos fechar esse dossier com a Comissão Europeia. E a CGD manteve-se pública e será certamente um importante instrumento de crédito junto do tecido empresarial». Sobre o Banco de Fomento, Pedro Marques, reforço que a instituição deverá apenas funcionar como ‘banco grossista’, com capacidade de para ir aos mercados internacionais e a outros fundos para colocar na banca e, por sua vez, no mercado. Outra das ideias para ajudar as empresas no processo de internacionalização, é apoiar os clusteres a reforçar os seus ativos em matéria de certificação, requalificação dos recursos humanos e conetividade, para poderem candidatar-se a fornecedores das grandes cadeias internacionais. «Há multinacionais no país que querem comprar a empresas portugueses, mas debatem-se com alguns constrangimentos de certificação, qualificação de recursos ou conetividade que permite operações ‘just-in-time’. O que se pretende é reforçar as nossas PME a inserirem-se nas cadeias de valor global e integrarem os chamados “clubes fornecedores”. sas é que se o investimento previsto for antecipado para este ano podem ter um reforço de apoio por parte do Estado, no que se refere à comparticipação pública, na ordem dos 10 por cento. Trata-se de uma medida de aceleração da procura de investimento. As autarquias, por exemplo, estão incluídas nessa ‘benesse’? Vamos incentivar as autarquias, não pelo lado de um hipotético aumento da comparticipação, mas sim pelo aumento do montante de investimento. Ou seja, pelo acelerador de investi-

mento que utilizámos para as empresas, o que está previsto é que se as autarquias realizarem este ano pelo menos quinze por cento de um dos seus projetos, têm à sua disposição mais dez por cento de fundos aprovados ao longo do quadro comunitário. Damos aqui um incentivo para que se ande mais depressa, porque o país precisa de investimento. E deixe-me dizer que a situação do investimento autárquico estava muito embrulhada no que diz respeito ao “20-20”. Tivemos que acelerar e alterar algumas dinâmicas. Já

colocamos a concurso até ao final de deste ano, 1400 milhões de investimento em todo o país. A primeira vaga, da ordem dos 400 milhões inclui investimentos em escolas, património cultural e outros. Registou-se um grande impulso, que confiamos dar continuar. Por outro lado, também está acordado que, em orçamento de Estado, que todo o endividamento que as autarquias façam exclusivamente para a comparticipação nacional dos fundos não conta para os seus limites de endividamento. Isto, para agilizar e não blo-

quear o investimento autárquico por esta via. Relativamente ao distrito, que conhece bem, como estamos de candidaturas aprovadas? Temos 150 milhões de euros aprovados para o distrito. Dos quais, cerca de um terço é para investimento autárquico, do chamados planos de desenvolvimento urbano ou no setor das água. Mas há também projetos nas áreas da inovação, internacionalização e investigação ciêntifica. Pode revelar alguns mais expressivos?

Está aprovado um projeto de mais de oito milhões de euros para intervenções na zona da Quimiparque, que inclui o tratamento das lamas tóxicas e das pirites. O hospital do Litoral Alentejano tem um projeto aprovado, da ordem dos seis milhões para a modernização do do serviço aos cidadãos e investimento em tecnologia. E estão aprovados inúmeros projetos em escolas. Um outro projeto igualmente aprovado, com uma dotação de 16 milhões de euros, é a reabilitação da orla costeira do litoral alentejano, que inclui também Odemira. Trata-se de estabilização de arribas sobre as praias, um dos tesouros e ativos do distrito. Vai de Porto Covo, Sines, à Zambujeira do Mar, Odemira. E uma grande empresa do distrito, uma das maiores exportadoras do país, que não posso revelar, tem um projeto aprovado que vai qualificar a produção no distrito. Para além destes já aprovados, há alguns outros em linha de espera? Temos felizmente essa dinâmica em curso. Estão novas candidaturas para aprovar que valem outros 250 milhões de euros.

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MAIORES EXPORTADORAS DO DISTRITO DE SETÚBAL

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VOLKSWAGEN AUTOEUROPA NAVIGATOR FINE PAPER REPSOL POLÍMEROS SN SEIXAL - SIDERURGIA NACIONAL CONTINENTAL TEVES PORTUGAL FISIPE LISNAVE LUSOSIDER SAPEC HEMPEL (PORTUGAL) REFRIGE RAPORAL BALUARTE ARTLANT FAURÉCIA SISTEMAS DE INTERIOR PORTUGAL AUTONEUM PORTUGAL EURORESINAS - INDÚSTRIAS QUÍMICAS SLEM - SOCIEDADE LUSO-ESPANHOLA DE METAIS LUSOSIDER - PROJECTOS SIDERURGICOS SOCIEDADE AGRICOLA DO VALE DE UMBRIA CROWN CORK & SEAL DE PORTUGAL GARCIAS EID ADUBOS DEIBA LAUAK PORTUGAL PRO-LAMP JOSÉ MARIA DA FONSECA RIBEIROS CHAMA AMARELA DISTRIORDEM WHEELS LOGISTICA E TRANSPORTES INTROSYS DAWN FOODS PORTUGAL SINTAX LOGISTICA VERISUINOS PATAMAR PROTAGONISTA SETESHIPPING GO BIZ ARMASUL RESIBRAS J.C. COIMBRA II SUTOL RUI & CANDEIAS BACALHÔA, VINHOS DE PORTUGAL ENERMONTIJO MONTE D’ALVA ELECTRO ARCO F P GOLD ELO RARI EMVIAGEM GLOWOOD AFONSO H. O’NEILL PORTFLORESTA, UNIPESSOAL MUNDITEXTIL WSP OCEANIC CARMONTI REBONAVE SOGMIP IBERCOAL CSP SEMISUL CODIMETAL INDUSTRIES VITOR GANCHINHO SAM’S TOLEAN TIR DEVIR LIVRARIA LISNAVE INTERNACIONAL CNR MAREDEUS PORTUGAL PRENSO JACOBUS VAN SCHIE, LDA DOCA MARINHA GEOSEA SOLUTIONS ALTER LIDERCISTER IREMSEM FABER TEMPUS GHISA QUICK SCORE SOCIEDADE EUROPEIA DE ARROZ SEAR DAGOL ACTIMETAL LABOPLASTE QUIMITÉCNICA.COM TRANSPORTES GAMA PRIMOHORTA IMPORQUÍMICA NAVITRAT MANI CAMPION TRANS KNUDSEN SUPPLIERS PORTUGAL ARSENAL DO ALFEITE ASFS AGROSILVESTRE LIMA (PORTUGAL) TRANSPONA HORTICILHA ETNIPUZZLE

Palmela Setúbal Sines Seixal Palmela Barreiro Setúbal Seixal Setúbal Palmela Setúbal Montijo Alcochete Sines Palmela Setúbal Sines Palmela Seixal Santiago do Cacém Alcochete Alcochete Almada Setúbal Setúbal Palmela Setúbal Montijo Palmela Almada Palmela Moita Palmela Setúbal Palmela Almada Setúbal Alcácer do Sal Seixal Palmela Setúbal Alcácer do Sal Sines Setúbal Montijo Montijo Palmela Almada Seixal Moita Sines Santiago do Cacém Setúbal Montijo Barreiro Seixal Santiago do Cacém Montijo Setúbal Palmela Sines Almada Sines Palmela Palmela Moita Seixal Palmela Almada Setúbal Santiago do Cacém Alcochete Montijo Sesimbra Almada Seixal Montijo Sines Seixal Barreiro Alcochete Santiago do Cacém Sesimbra Seixal Palmela Barreiro Seixal Montijo Moita Almada Seixal Palmela Seixal Almada Palmela Palmela Barreiro Alcochete Alcochete Almada

VALOR EXPORTAÇÃO 2015 1 374 249 559,00 € 1 327 459 512,00 € 558 958 125,00 € 310 713 074,00 € 116 635 192,00 € 103 826 106,00 € 101 317 986,00 € 94 346 799,00 € 83 885 635,00 € 58 523 889,00 € 31 282 265,00 € 30 857 040,00 € 25 344 053,00 € 24 413 157,00 € 23 805 008,00 € 20 755 566,00 € 20 732 549,00 € 19 320 103,00 € 18 498 227,00 € 14 305 332,00 € 14 201 219,00 € 13 474 080,00 € 13 381 610,00 € 12 658 510,00 € 12 279 457,00 € 11 757 567,00 € 11 218 890,00 € 10 996 548,00 € 10 478 226,00 € 9 697 162,00 € 9 640 150,00 € 9 508 226,00 € 9 326 717,00 € 9 321 170,00 € 8 836 694,00 € 8 045 094,00 € 7 699 236,00 € 7 497 276,00 € 7 320 738,00 € 7 305 009,00 € 7 254 893,00 € 7 138 264,00 € 7 017 528,00 € 6 864 688,00 € 6 702 314,00 € 6 424 827,00 € 6 384 073,00 € 6 303 964,00 € 6 228 311,00 € 6 002 221,00 € 5 732 729,00 € 5 658 323,00 € 5 653 416,00 € 5 607 450,00 € 5 354 808,00 € 5 193 118,00 € 5 166 183,00 € 5 102 076,00 € 4 838 582,00 € 4 678 300,00 € 4 667 419,00 € 4 603 429,00 € 4 582 008,00 € 4 567 299,00 € 4 528 898,00 € 4 523 261,00 € 4 228 344,00 € 4 158 535,00 € 4 043 993,00 € 4 006 327,00 € 3 963 301,00 € 3 905 141,00 € 3 845 216,00 € 3 702 462,00 € 3 686 463,00 € 3 609 927,00 € 3 565 417,00 € 3 497 405,00 € 3 488 259,00 € 3 475 490,00 € 3 410 664,00 € 3 310 819,00 € 3 284 121,00 € 3 188 401,00 € 3 080 892,00 € 3 063 171,00 € 3 047 538,00 € 2 980 636,00 € 2 959 009,00 € 2 846 955,00 € 2 790 352,00 € 2 697 274,00 € 2 684 037,00 € 2 649 594,00 € 2 470 534,00 € 2 464 009,00 € 2 443 606,00 € 2 424 386,00 € 2 402 247,00 € 2 382 504,00 €

VARIAÇÃO VALOR EXPORTAÇÃO -4,21% 11,06% -8,81% -19,38% 5,33% -3,73% 28,72% 12,52% 16,05% 14,82% -41,95% -10,76% 29,44% -43,11% 16,91% 18,44% 0,05% 53,43% 22,54% 17,07% 153,64% 52,64% 67,88% -21,81% 31,09% 73,59% -7,32% -5,88% -1,02% 197,89% 1,16% -10,16% -2,37% -3,80% 10,53% n/a 0,25% 17,37% -19,71% -4,16% 25,14% 130,64% 21,20% -15,97% -24,53% -40,27% 18,76% -1,30% 14,67% -11,79% n/a -10,42% 1,74% 78,75% -8,67% -6,54% 37,27% 43,15% 149,74% -0,44% -1,14% 28,65% n/a -35,65% 23,92% 718,55% 54,50% 1567,05% -24,33% n/a 47,28% -8,80% -2,79% 56,49% 521,59% -38,51% -2,22% n/a 33,41% 13140,97% 27,00% 16,21% 20,81% 369,18% -15,68% -3,36% 37,18% 61,12% 46,41% 15,13% -11,86% 67,26% -3,30% -26,27% -2,62% 989,39% -49,43% 11,08% -50,69% -25,25%

TAXA DE EXPORTAÇÃO 76,84% 98,45% 85,69% 72,67% 99,19% 95,00% 88,38% 52,10% 66,22% 81,98% 17,43% 29,63% 82,34% 100,00% 47,12% 94,71% 34,92% 20,38% 67,86% 59,97% 46,54% 16,15% 72,67% 25,02% 91,84% 100,00% 67,09% 14,76% 94,26% 96,90% 78,23% 90,06% 52,23% 85,20% 98,76% 99,57% 81,97% 96,19% 24,46% 38,74% 31,18% 86,27% 55,43% 32,81% 68,27% 6,59% 48,66% 95,15% 93,52% 44,21% 51,89% 99,46% 85,44% 86,40% 98,22% 79,41% 15,00% 9,81% 44,27% 100,00% 99,93% 99,80% 99,78% 41,55% 25,81% 73,49% 95,07% 77,83% 98,22% 96,94% 100,00% 35,11% 89,73% 66,09% 100,00% 12,88% 47,44% 100,00% 96,18% 97,52% 79,42% 32,34% 20,01% 88,56% 88,64% 9,80% 25,29% 32,79% 55,64% 99,32% 43,97% 97,22% 81,02% 16,82% 76,41% 97,65% 98,68% 100,00% 95,58% 100,00%

VOLUME NEGÓCIOS 2015 1 788 473 136,00 € 1 348 307 526,00 652 338 173,00 € 427 552 324,00 € 117 586 421,00 € 109 287 438,00 € 114 641 658,00 € 181 073 708,00 € 126 673 891,00 € 71 388 132,00 € 179 433 689,00 € 104 140 779,00 € 30 781 485,00 € 24 413 230,00 € 50 515 841,00 € 21 914 282,00 € 59 365 240,00 € 94 802 021,00 € 27 261 133,00 € 23 856 127,00 € 30 512 842,00 € 83 434 609,00 € 18 413 185,00 € 50 601 325,00 € 13 370 147,00 € 11 757 567,00 € 16 722 029,00 € 74 522 302,00 € 11 116 070,00 € 10 007 551,00 € 12 323 184,00 € 10 557 419,00 € 17 857 986,00 € 10 940 586,00 € 8 948 034,00 € 8 080 094,00 € 9 392 180,00 € 7 794 520,00 € 29 933 778,00 € 18 858 498,00 € 23 270 585,00 € 8 274 546,00 € 12 660 682,00 € 20 920 063,00 € 9 816 945,00 € 97 561 238,00 € 13 120 018,00 € 6 625 566,00 € 6 659 826,00 € 13 577 408,00 € 11 048 540,00 € 5 689 096,00 € 6 616 523,00 € 6 490 214,00 € 5 451 850,00 € 6 539 350,00 € 34 430 422,00 € 52 032 629,00 € 10 929 970,00 € 4 678 300,00 € 4 670 502,00 € 4 612 613,00 € 4 591 958,00 € 10 991 460,00 € 17 544 901,00 € 6 154 629,00 € 4 447 447,00 € 5 343 281,00 € 4 117 358,00 € 4 132 916,00 € 3 963 301,00 € 11 123 562,00 € 4 285 085,00 € 5 602 007,00 € 3 686 463,00 € 28 020 897,00 € 7 514 871,00 € 3 497 405,00 € 3 626 990,00 € 3 563 730,00 € 4 294 224,00 € 10 238 397,00 € 16 414 859,00 € 3 600 349,00 € 3 475 744,00 € 31 260 304,00 € 12 048 384,00 € 9 089 700,00 € 5 317 891,00 € 2 866 590,00 € 6 345 638,00 € 2 774 339,00 € 3 312 732,00 € 15 754 775,00 € 3 233 254,00 € 2 523 339,00 € 2 476 222,00 € 2 424 386,00 € 2 513 316,00 € 2 382 504,00 €

SEMMAIS | SÁBADO | 10 DE SETEMBRO | 2016 | 15


MAIORES EXPORTADORAS DO DISTRITO DE SETÚBAL

RANKING

NOME EMPRESA

CONCELHO

101 102 103 104 105 106 107 108 109 110 111 112 113 114 115 116 117 118 119 120 121 122 123 124 125 126 127 128 129 130 131 132 133 134 135 136 137 138 139 140 141 142 143 144 145 146 147 148 149 150 151 152 153 154 155 156 157 158 159 160 161 162 163 164 165 166 167 168 169 170 171 172 173 174 175 176 177 178 179 180 181 182 183 184 185 186 187 188 189 190 191 192 193 194 195 196 197 198 199 200

MAN DIESEL & TURBO PORTUGAL SEC - SOCIEDADE EXPORTADORA CORTICEIRA LAGAR DO RIO JOTUN IBÉRICA LEIRINAV SCHNELLECKE PORTUGAL EASY PACK ATLANTIC SPARE PARTS ATERCAM HARDMETAL ECO-OIL MR & LC INTERNACIONAL WAY OF CORK FLORENSIS PORTUGAL PALMELALIMENTAR CENTRO DE RECICLAGEM DE PALMELA TENSÃO TRANSPORTES ESTRELA DO MONTE DA CAPARICA COLICAPELA VALVECO VISOUND ACÚSTICA COMERCIAL DE TUBOS E ACESSÓRIOS REPROPEL CONVERDE THE NAVIGATOR COMPANY SOCIDESTILDA LIFRESCA BIFANAS DO TEJO JOSÉ VILHENA A TREMOCEIRA ESTRELA DA PIEDADE TRANSGRUA INDUMA CASA ERMELINDA FREITAS EMPORDEF MARCEL ROBBEZ MASSON PORTUGUESA SQC QLS AUTOMOTIVE AGV MAPAPADRÃO VALBAITS BRANDSWEET TRIMARINE COMPÓSITOS KAZMOLD, TRANSPORTES HEART CAPITAL CLEVER REINFORCEMENT IBERICA MUNDITUBO EUROFROZEN POWERJOB BEAUTIFUL DREAMS PEDRO COSTA FREIRE MATIC TÊXTIL IBERAGAR JARDIM DA LAGOA MODODOMONDO DELTRAIN ABREU & SAUVAT CARLOS MANUEL SANCHES CALDEIRA AMBIGROUP RECICLAGEM APMCQ L. BRANCO ADVANIER FRIPEX HVA RIVIUM MARELOTA SONHO PORTIESTRUTURAS INTERNACIONAL ANDREMO CARRASQUEIRA MAR IMPERALUM PIC (POR) L.T.E.K MECACHROME AERONAUTICA TMS MAPAPADRÃO NORTE IONMAR EDULAB SITANK AS JIT ENEIDA PURMOLD POLISBUSINESS HEXASTEP TANQUELUZ NIKLAS MURRAY TELEPIZZA PORTUGAL FABORY PORTUGAL PARTYARD UNIPESSOAL EUROBATATA NALOTS TRADING INTERNACIONAL MEET THE CHALLENGE SOCEDE SMART CHOICE ICOPA RLS ESSENCIAL OF SEASON DNCK TRADING SOBRAL DE ALMEIDA & ASSOCIADOS MANTENIMIENTO Y MONTAJES INDUSTRIALES MALTIBERICA

Setúbal Montijo Almada Setúbal Barreiro Palmela Almada Palmela Palmela Seixal Barreiro Seixal Alcochete Montijo Palmela Palmela Setúbal Almada Seixal Setúbal Almada Alcochete Setúbal Seixal Setúbal Seixal Seixal Montijo Alcochete Almada Alcochete Seixal Palmela Almada Seixal Palmela Palmela Seixal Seixal Setúbal Barreiro Moita Montijo Barreiro Seixal Seixal Almada Seixal Seixal Seixal Almada Barreiro Santiago do Cacém Seixal Sesimbra Alcácer do Sal Seixal Seixal Palmela Setúbal Setúbal Sines Alcácer do Sal Almada Almada Barreiro Palmela Seixal Alcácer do Sal Montijo Palmela Moita Setúbal Palmela Seixal Palmela Palmela Sines Palmela Santiago do Cacém Barreiro Palmela Almada Montijo Sesimbra Almada Seixal Setúbal Palmela Almada Setúbal Seixal Alcochete Palmela Setúbal Setúbal Setúbal Setúbal Sines Palmela

VALOR EXPORTAÇÃO 2015 2 319 076,00 € 2 317 710,00 € 2 304 726,00 € 2 270 083,00 € 2 256 584,00 € 2 246 801,00 € 2 212 444,00 € 2 164 219,00 € 2 143 424,00 € 2 121 394,00 € 2 083 453,00 € 2 077 351,00 € 2 055 451,00 € 2 046 720,00 € 2 043 146,00 € 2 031 323,00 € 1 996 790,00 € 1 978 870,00 € 1 947 768,00 € 1 925 141,00 € 1 923 629,00 € 1 912 455,00 € 1 885 726,00 € 1 872 382,00 € 1 854 402,00 € 1 842 674,00 € 1 803 518,00 € 1 794 266,00 € 1 786 663,00 € 1 786 246,00 € 1 764 764,00 € 1 756 335,00 € 1 698 061,00 € 1 695 753,00 € 1 630 901,00 € 1 615 558,00 € 1 611 823,00 € 1 581 955,00 € 1 579 848,00 € 1 556 946,00 € 1 524 107,00 € 1 489 234,00 € 1 445 965,00 € 1 439 037,00 € 1 426 284,00 € 1 403 980,00 € 1 375 167,00 € 1 367 565,00 € 1 362 835,00 € 1 357 398,00 € 1 354 691,00 € 1 352 804,00 € 1 346 760,00 € 1 288 124,00 € 1 283 122,00 € 1 254 325,00 € 1 250 625,00 € 1 248 416,00 € 1 241 130,00 € 1 236 190,00 € 1 231 889,00 € 1 225 172,00 € 1 206 249,00 € 1 197 026,00 € 1 174 813,00 € 1 168 888,00 € 1 167 083,00 € 1 146 227,00 € 1 141 991,00 € 1 140 279,00 € 1 138 199,00 € 1 131 815,00 € 1 113 218,00 € 1 112 618,00 € 1 094 589,00 € 1 086 575,00 € 1 076 261,00 € 1 021 392,00 € 1 020 434,00 € 1 018 025,00 € 1 009 571,00 € 984 715,00 € 983 029,00 € 981 958,00 € 975 324,00 € 972 641,00 € 967 633,00 € 959 312,00 € 947 961,00 € 926 115,00 € 919 265,00 € 906 226,00 € 905 261,00 € 903 385,00 € 899 030,00 € 892 227,00 € 883 530,00 € 878 276,00 € 869 817,00 € 867 409,00 €

VARIAÇÃO VALOR EXPORTAÇÃO 58,11% n/a 4,09% 2,59% -2,53% 1,63% -31,87% 46,52% -6,22% -30,44% 97,49% -25,97% -47,85% -10,49% 69,67% -25,15% -2,65% 4,22% 26,88% 51,79% -24,22% 1315,73% 10,56% n/a 3671,41% 6,38% -14,27% 37,00% 72,07% 42,57% -4,21% -7,89% -63,90% 28,09% 6,77% 30,84% -21,43% 19,07% 30,40% 153,38% 99,10% 27,35% -7,78% 31,68% 1,80% -69,75% 12,80% 147,01% -52,11% 205,80% -5,30% -47,95% 78,63% -35,15% 178,33% 88,45% -26,92% 676,54% -14,58% -17,76% 141,51% 11,03% 251,29% -48,58% 3,36% 119,15% -1,73% 17,18% 20,76% -24,28% -46,04% -13,86% 953,35% 46,35% 27,07% 52,11% -8,58% -66,93% -2,81% 1457,73% 29,54% 32,33% 5,70% 32,99% 10552,29% 8,84% 1,29% -9,63% 17,81% 123,66% -14,60% n/a -38,55% -9,85% -14,74% 168,08% n/a -76,94% 646,77% 43,26%

TAXA DE EXPORTAÇÃO 35,06% 97,77% 100,00% 75,45% 99,77% 11,17% 99,99% 100,00% 37,74% 99,48% 43,03% 99,00% 83,21% 99,98% 16,43% 10,45% 36,78% 23,70% 80,65% 94,63% 96,91% 22,42% 97,73% 100,00% 0,65% 76,93% 26,61% 100,00% 90,78% 53,13% 9,80% 34,97% 10,03% 91,95% 99,75% 47,56% 31,89% 99,65% 24,06% 73,57% 20,48% 99,88% 99,95% 89,27% 51,71% 58,95% 24,97% 99,74% 98,25% 99,15% 78,57% 70,39% 53,86% 100,00% 91,29% 87,75% 64,39% 15,63% 91,51% 66,92% 72,74% 47,54% 60,91% 81,04% 99,57% 98,92% 98,77% 96,05% 55,59% 11,52% 99,51% 64,29% 99,82% 24,56% 34,83% 99,17% 32,23% 37,40% 60,36% 33,77% 81,80% 100,00% 97,72% 8,21% 90,65% 2,93% 11,19% 85,65% 7,70% 100,00% 60,41% 98,60% 25,03% 7,42% 54,63% 80,60% 64,70% 100,00% 10,65% 5,58%

VOLUME NEGÓCIOS 2015 6 613 840,00 € 2 370 625,00 € 2 304 726,00 € 3 008 568,00 € 2 261 789,00 € 20 109 506,00 € 2 212 736,00 € 2 164 219,00 € 5 679 475,00 € 2 132 534,00 € 4 841 459,00 € 2 098 285,00 € 2 470 121,00 € 2 047 119,00 € 12 437 134,00 € 19 437 592,00 € 5 429 443,00 € 8 349 836,00 € 2 415 185,00 € 2 034 385,00 € 1 984 871,00 € 8 530 904,00 € 1 929 574,00 € 1 872 382,00 € 285 037 563,00 € 2 395 310,00 € 6 777 602,00 € 1 794 266,00 € 1 968 116,00 € 3 362 081,00 € 18 007 545,00 € 5 022 463,00 € 16 922 002,00 € 1 844 115,00 € 1 634 978,00 € 3 396 703,00 € 5 054 502,00 € 1 587 450,00 € 6 566 164,00 € 2 116 173,00 € 7 442 942,00 € 1 491 026,00 € 1 446 690,00 € 1 612 024,00 € 2 758 499,00 € 2 381 649,00 € 5 507 593,00 € 1 371 132,00 € 1 387 058,00 € 1 368 974,00 € 1 724 141,00 € 1 921 843,00 € 2 500 461,00 € 1 288 124,00 € 1 405 560,00 € 1 429 383,00 € 1 942 290,00 € 7 985 744,00 € 1 356 322,00 € 1 847 399,00 € 1 693 530,00 € 2 577 382,00 € 1 980 287,00 € 1 477 069,00 € 1 179 858,00 € 1 181 688,00 € 1 181 573,00 € 1 193 416,00 € 2 054 405,00 € 9 897 461,00 € 1 143 841,00 € 1 760 536,00 € 1 115 217,00 € 4 530 430,00 € 3 142 596,00 € 1 095 675,00 € 3 339 668,00 € 2 731 173,00 € 1 690 678,00 € 3 014 994,00 € 1 234 260,00 € 984 715,00 € 1 005 967,00 € 11 963 780,00 € 1 075 910,00 € 33 212 620,00 € 8 648 964,00 € 1 119 972,00 € 12 315 770,00 € 926 115,00 € 1 521 790,00 € 919 117,00 € 3 617 391,00 € 12 176 556,00 € 1 645 760,00 € 1 107 032,00 € 1 365 560,00 € 878 276,00 € 8 168 558,00 € 15 535 229,00 €


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EDITORIAL

OPINIÃO

Todo o dia o dia insiste em nascer Raul Tavares Diretor

O peso da região na economia

A

s exportações das empresas portuguesas foram, no furação da crise financeira, uma das tábuas de salvação da nossa economia. É um valor intrínseco do nosso universo empresarial e uma aposta cada vez mais relevante nas decisões de internacionalização do nosso empresariado. O país económico sabe disso. Mas preciso de impulsos, de dinâmica, nomeadamente no que concerne a apoios de financiamento, para saltar de vez essa barreira, que vislumbra novos mercados, amplifica produção, cresce valor e deixa marca. Os fundos comunitários são, nesta variável, absolutamente cruciais. A entrevista publicada esta edição do ministro Pedro Marques, que tutela transversalmente estas duas facetas da economia, parece dar excelentes indicações de rumo. Há dinheiro, há vontade política e um ambiente empresarial que começa a ganhar confiança. O distrito de Setúbal desempenha aqui um papel relevante. Os clusteres automóvel, petrolífero, turístico, vitivinícola e outros, com implantação muito forte na nossa região, valem muito nestas contas. Algumas das empresas maiores exportadoras a nível nacional desenvolvem a sua atividade a partir do distrito e dos centros industriais nevrálgicos, exemplos da refinaria de Sines e da Autoeuropa. Portanto, o distrito soma. E por isso deve ser olhado pelos poderes políticos de uma forma mais assertiva e consentânea com a sua valia. Para além da política e dos interesses partidários, é isso que verdadeiramente importa. E isso que os de cá pedem há décadas.

T

odo o dia. Qualquer dia. O dia insiste em nascer. É irritante mas é assim. E não há nada a fazer. Absolutamente nada. Quando pensamos que temos (nós os arrogantes humanos) influência ou uma palavra a dizer não podíamos estar mais enganados. Lá ao fundo no horizonte o sol vem aí pronto a nascer. E mais um dia vem a caminho. Não é a vida. É a astronomia. Os dias, e não o futuro, estão lá longe nas estrelas. O futuro, esse está aqui. É bem terreno. Faz-se de gestos, atitudes e decisões. E de humanidade também. O dia nasce. Queiramos ou não. Claro que às vezes nasce melhor. Quando ganhamos. E às vezes pior. Quando perdemos. Mas sempre nasce. Perguntem aos franceses se o dia não nasceu por lá no dia 11 de julho? Espero que ainda se lembrem do que aconteceu no dia 10 de julho. Ou quando voltamos de férias e o choque do regresso nos deixa meio desadaptados. A arrogância humana por maior que seja não impede o universo de funcionar. Felizmente. Daí a humildade ser um grande valor.

Um valor de afirmação e não de timidez. Agora com a distância do tempo passado podemos dizer que Fernando Santos, o engenheiro do primeiro, percebeu perfeitamente isso. A partir da humildade construiu uma estratégia de realismo e de vitória. Dizendo sempre e avisando toda a gente de que ia ganhar. Só de lá saia dia 11. Este discurso parecia curiosamente a anti humildade. Mas era dito de forma humilde. E isso fez toda a diferença. Uma diferença que produziu o inédito: ganhámos. A jogar. Talvez bem talvez assim-assim. Melhor do que perder com gerações de ouro e, nos momentos decisivos, com erros de latão. Assim como o facto simples de que existem 11 jogadores e apenas 1 bola. Se existissem 11 bolas e apenas 1 jogador o futebol seria um desporto individual. Quando na verdade é dos mais coletivos dos desportos. A fórmula Ronaldo mais 10 (ou já agora Figo + 10) só nos levou a sucessivos insucessos. A ideia de Ronaldo (único e especial como sempre é) entre iguais deu-nos o primeiro título de campeão

TURISMO SEMMAIS JORGE HUMBERTO SILVA COLABORADOR

europeu. Curiosamente ou não precisamente sem Ronaldo. Apesar do seu lado omnipresente ter sido um facto naqueles longos 120 minutos. O país não é um campo de futebol se bem que às vezes pareça. Mas é um território onde a vitória só pode ser coletiva. Tal como no futebol. Ninguém sabe tudo. Dom Sebastião não virá. O estado não faz e não fará tudo. A bola está portanto do nosso lado. Do seu lado. Esperemos pelo momento do remate. E tal como Eder não falhemos. A vida está aliás cheia de improbabilidades. Façamos uma todos os dias. Portugal tem coisas muito boas. Lembremo-nos delas. E deixemos para trás, como se fossem sucessivos defesas a perseguir-nos, esse estúpido individualismo que tantas vezes não nos deixa ganhar. Melhor planeamento. E mais

parcerias. E seríamos muito mais vezes campeões. Campeões na vida. Campeões da Europa. E não apenas campeões e reis na nossa rua. Até porque hoje a nossa rua é o mundo. Na Macedónia ou na Costa Rica. Bora lá!!! Juntos. Unidos. Com um caminho a percorrer. Sabendo o que estamos a fazer. Pensando primeiro. Fazendo depois. O possível é o resultado de muito trabalho. Quantas vezes acham que o Eder treinou aquele remate. Muitas. Tantas. Exatamente o número do sucesso. PS: o título desta crónica é totalmente inspirado em parte da letra da música “Todo Carnaval Tem Seu Fim” da banda Brasileira Los Hermanos. Editado em 2003. Está no YouTube, claro. E é imperdível, garanto.

Regresso à normalidade

A

pós o grande turbilhão que é o Festival de Almada, em Julho, e das férias que se seguem (meu querido mês de Agosto…), Setembro, após o primeiro fim-de-semana que é da praxe apresentarmos um espectáculo no Avante!, é o mês daquilo a que soe chamar-se “o regresso à normalidade”. Quem trabalha em teatro sabe que o conceito de “regresso à normalidade” é subjectivo. E difuso. A nossa normalidade, este Setembro, é preparamos os dois espectáculos que farão carreira em Outubro: O feio, a comédia de Mayenburg que Toni Cafiero dirigiu no Festival e que o crítico do El Mundo considerou “um magnífico exercício de beleza plástica”; e Nao d’amores, um texto de Gil Vicente que estava por estrear em Portugal e que Ana Zamora encenou, com um elenco de actores e músicos portugueses e espanhóis, tendo

estreado igualmente no Festival de Almada e feito digressão em Espanha: Madrid, Almagro, Segóvia. A nossa normalidade é também prepararmo-nos para receber os criadores e intérpretes que teremos nos próximos fins-de-semana. Tome nota: Joana Amendoeira a 17 de Setembro; o Ensemble do Porto com Rei Lear a 24; os Ala dos Namorados a 1 de Outubro; e a Orquestra Metropolitana, com as 4ª, 5ª, 6ª e 7ª sinfonias de Beethoven, nos dias 7 e 9 de Outubro. Os mais pequenos também terão que fazer, com o regresso dos Ateliers de Tempos Livres, aos Sábados à tarde: O teatro do Mundo nos dias 10 e 17 deste mês; Ópera?! nos dias 24 de Setembro e 1 de Outubro. A nossa normalidade é ainda prepararmos uma nova programação anual, que vos apresentaremos em Janeiro, e concluirmos o programa do próximo

BOCA DE CENA RODRIGO FRANCISCO

DIRETOR DA CTA

Festival de Almada. Como nos nossos orçamentos inscrevemos dinheiros públicos, a nossa normalidade será também assistirmos, tensos, às próximas discussões orçamentais na Assembleia da República. O contrato de subvenção que temos com o Estado termina no final de 2016, como os de todas as companhias com apoios quadrienais, mas ainda ninguém da tutela se dignou a dizer-nos como será o futuro. A nossa normalidade também é essa. Mas depois há também a normalidade de regressar ao convívio com aqueles que vêm ver-nos. E de aos Sábados à

tarde conversarmos com eles e com os artistas sobre os espectáculos que vimos ou veremos. E de os encontrarmos ao jantar no Restaurante do Teatro. E de descermos ao bar para tomar um café com quem lá esteja, e de aí ficarmos a conversar sobre as peças do Festival. E quem disse bem (ou mal) do quê. E porquê. A nossa normalidade, felizmente, também é essa. E é por isso que (por muito que me custe não ter mais um mês de praia) eu não sou capaz de dizer que não gosto de voltar à normalidade. Alguém tem por aí uma ventoinha?

Diretor Raul Tavares | Redação Anabela Ventura, António Luís, Bernardo Lourenço, Cristina Martins, Marta David, Rita Perdigão, Roberto Dores | Departamento Comercial Cristina Almeida – coordenação | Direção de arte e design de comunicação DDLX – www.ddlx.pt | Serviços Administrativos e Financeiros Mila Oliveira | Distribuição José Ricardo e Carlos Lóio | Propriedade e Editor Maiscom, Lda; NIPC 506 806 537 | Concessão Produto Maiscom, Lda NIPC 506 806 537 | Redação: Largo José Joaquim Cabecinha nº8-D, (traseiras da Av. Bento Jesus Caraça) 2910-564 Setúbal. E-mail: redaccao.semmais@ mediasado.pt; publicidade.semmais@mediasado.pt. | Telefone: 93 53 88 102 | Impressão: Empresa Gráfica Funchalense, SA. Rua Capela Nossa Senhora Conceição, 50 – Moralena 2715-029 – Pêro Pinheiro. Tiragem: 45.000 (média semanal). Distribuição: VASP e Maiscom, Lda. Reg. ICS: 123090. Depósito Legal; 123227/98

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que sustentam os filhos e os netos. Uma saída. O sonho de uma vida melhor, mesmo no fim da vida. O contraste entre a vida que temos e a que gostaríamos de ter. Foi fácil chegarmos a acordo em relação à ideia de que as nossas vidas poderiam ser melhores. Porém, ao contrário de Ti Maria Albertina, que considera emigrar, não queremos ir a lado nenhum. E é também por isso que decidimos trabalhar com a poetisa do povo – porque queremos dar-nos com aqueles que, como nós, teimam em dedicar tempo das suas vidas a escrever, pensar, representar, imaginar e a fazer alguma coisa em relação ao assunto. Na poesia de Maria Marques Jacinto parece implícito este desejo de uma vida melhor na própria vida, não apenas no papel. Ao escrever sobre as agruras de uma velha mulher

À PARTE LEVI MARTINS

DIRETOR DA COMPANHIA MASCARENHAS-MARTINS imaginária, não só consegue desabafar, como identifica muitas das causas que nos mantêm, tantas vezes, numa espécie de inferno existencial. Mas não é com vitimização que o faz, uma vez que não deixa de colocar a personagem a agir de forma consentânea com o individualismo vigente. Entre a vontade que Ti Maria Albertina tem de se safar e o carinho que tem pelas suas meamórias e pelos seus familiares, desenha-se um retrato que nos assenta e nos faz reflectir. Montar um espectáculo obriga-

-nos a pensar. Não só no material que escolhemos como ponto de partida, mas também em todos os aspectos que circundam a nossa actividade. A breve duração do que se passa em cena é o resultado de meses de trabalho colectivo que começa com uma vontade de partilhar o pensamento. Em Outubro estreamos no Cinema-Teatro Joaquim d’Almeida. Depois vamos a Pegões, Canha, Sarilhos Grandes e Atalaia. Antes da despedida, venham conhecer a Ti Maria Albertina, poetisa do povo.

Sustentabilidade em Portugal

N

esta semana tive a oportunidade de participar na apresentação dos resultados do 1.º Grande Inquérito sobre sustentabilidade. Foi elaborado por 4 investigadores do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa com o patrocínio da Missão Continente. Começo por notar que estão a aumentar as parcerias entre a investigação académica e grandes empresas, como também é já o caso do Grupo Jerónimo Martins e a Pordata, embora esta seja uma realidade um pouco diferente, pois todos os estudos realizados são da responsabilidade, não de uma Escola Superior, mas de uma Fundação criada pelo próprio Grupo. Todavia o mérito acaba por ser o mesmo, pois, segundo o testemunho dos investigadores, nenhuma condição é imposta que inviabilize o necessário distanciamento entre os interesses económicos e financeiros e o rigor da leitura e análise da realidade que garanta a credibilidade dos estudos elaborados. O inquérito teve como preocupações fundamentais: conhecer

o “modus vivendi” dos portugueses no que respeita às várias dimensões do desenvolvimento sustentável; saber como informar, dar a conhecer e sensibilizar os cidadãos e cidadãs; envolver diversos parceiros da sociedade na descoberta das melhores estratégias para se alcançar o Desenvolvimento Sustentável. A minha questão, que julgo também ser a dos autores do inquérito, é chegar-se a um consenso sobre o conceito de sustentabilidade na perspetiva do desenvolvimento. É que sustentabilidade pode ver-se a partir de várias dimensões. Foi isso que os autores fizeram, entrando pelas áreas da economia, da sociedade em geral, do ambiente e da governança. Quanto a mim, não foi valorizada (espero que não tivesse sido por qualquer tipo de preconceito) uma dimensão que considero essencial como é a espiritual. Numas das próximas edições deste semanário talvez venha a propor a minha reflexão sobre este aspeto particular. Para tornar mais explícitas as dimensões escolhidas, o inquérito tentou abranger as temáticas seguintes: opções e

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ATUALIDADES EUGÉNIO FONSECA

PRESIDENTE DA CÁRITAS DIOCESANA expetativas de desenvolvimento; consumo e responsabilidade; produção nacional; alimentação e saúde; desperdício alimentar; participação e ações concretas; crise e transformações que se impõem. Gostaria de as abordar a todas, tendo mesmo a veleidade de as circunscrever ao espaço geográfico que abrange a nossa Região de Setúbal. Não o vou fazer, por serem muitas as temáticas e correr o risco de desmotivar os leitores. Todavia, abordarei, desde já, uma delas e algumas das restantes nas duas ou três próximas edições. Um dos aspetos interessantes deste inquérito é que questionou pessoas de várias gerações, notando-se assim diferenças de análise e de proposições nalgumas áreas e aproximação de ideias noutras. É interessante que a educação/formação e o turismo são dois dos sectores confluentes para todas as

gerações. Fico, deveras, satisfeito, pois não só são três campos (refiro três, porque distingo educação da formação) cruciais para o desenvolvimento do país, mas importantíssimos para a nossa Região. Aponto a educação em primeiro lugar, por ser fundamental para consolidação do desenvolvimento, na medida que propicia bom acolhimento a quem vive por cá ou nos visita; cria condições a práticas concretas de civilidade; apura o respeito pelas pessoas e pelo que são e fazem…Resumo o muito mais que se poderia dizer, na constatação de que na Educação de um povo está o fundamento de tudo, incluindo o desenvolvimento sustentável. Na próxima edição avançarei com a minha opinião sobre as restantes áreas. Não quero, porém, terminar sem felicitar os promotores deste excelente trabalho.

ARESTAURANTE CASA SETÚBAL DO PEIXE PORTUGAL

RUA GENERAL GOMES FREIRE 138 | 960331167

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JORNALISTA

B

em-vindos a Setembro. Depois de uma curta pausa, eis o regresso ao ritmo alucinante do quotidiano. Rentrée. Nova temporada. Estamos a preparar um espectáculo, Goodbye Maria Albertina, a partir da poesia de Maria Marques Jacinto. Improvável ou inevitável opção, ao segundo espectáculo de uma nova companhia? Por que é que haveríamos de nos meter com a poetisa do povo de Montijo? Conhecemo-nos há algum tempo. Entendemo-nos. Pareceu-nos importante fazer-se um espectáculo em torno das personagens que criou com os seus poemas. Os seus fragmentos de histórias sugeriam várias linhas dramatúrgicas, as quais foram sendo cosidas ao longos dos últimos meses em vários momentos de reflexão e trabalho. Emigração. Precariedade. Avós

JORGE SANTOS

Hello Maria Albertina

FIO DE PRUMO

OPINIÃO

‘Rentrée’

C

omeço por pedir desculpa porque não gosto de utilizar palavras alheias à língua portuguesa, mas esta da “rentrée” usa-se nesta altura do ano, para assinalar a reentrada na vida política, como se durante as férias os portugueses deixassem de ser influenciados, de modo positivo, ou não, do que antes se fez e decidiu. É verdade que alguns cidadãos tiveram possibilidade de sair do seu ambiente diário e darem uma saltada para uns banhos, ou mesmo uma viagem, pela estranja, que há muito vinha a ser sonhada. Convém dizer, sem engano, que a esmagadora maioria dos portugueses não saiu do seu ambiente natural e, quando muito, deu uma saltada à praia mais próxima ou fez uns poucos quilómetros para visitar um parente que há muito não via. As “universidades de Verão” são uma forma que alguns partidos utilizam para assinalar o fim das férias e até costumam convidar figuras de destaque de outros partidos para percebermos que há uma comunhão de ideias e que tudo se irá modificar, mas o certo é que ano após ano tudo continua na mesma.

Há também as festas do “Pontal” e do “Avante”, onde os discursos dos líderes são escutados com particular atenção mas esquecidos no minuto seguinte. Antes da “rentrée” temos sempre os fogos que nos deixam em brasa, pois ano após ano, não conseguimos encontrar sabedoria para os prevenir… E, porque o dia-a-dia deve tomar força e vigor, saibamos aproveitar a luz para que a inteligência de quem tem obrigação de proporcionar um futuro o mais tranquilo possível aos portugueses, e nos possa permitir sonhar com um futuro melhor.


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SEMMAIS | SÁBADO | 10 DE SETEMBRO | 2016 | 23


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