Semmais 11 outubro 2014

16 anos

Distribuído com o

A REGIÃO

SOMOS TODOS

NÓS

edição especial comemorativa do 16º aniversário do semmais

VENDA INTERDITA Sábado | 11 outubro 2014

Diretor: Raul Tavares

semanário — edição n.º 829 • 7.ª série — 0,50 € • região de setúbal

www.semmaisjornal.com

Cultura 9

Negócios 13

Última 16

Banda "Manifesto" regressa a Sesimbra com primeiro CD de originais

Etermar inaugurou pontão draga em Setúbal que vale dez milhões de euros

Vinhos da Península de Setúbal com lugar no Guia de Vinhos da Deco/Proteste Fotos: DR

Comunidade Portuária de Lisboa quer travar porto de contentores para o Barreiro Os operadores do porto de Lisboa estão a criticar a opção do Barreiro para instalação do novo terminal de contentores, que o Governo tem vindo a acarinhar. E levantam um conjunto de problemas, que dizem ser geoestratégicos. O presidente da Câmara do Barreiro desconhece as críticas, mas afirma que será bom para todos. A 'guerra' faz lembrar a disputa pela localização do anunciado novo aeroporto que ficou em banho-maria

ABERTURA Mortalidade infantil no distrito baixa de 41 para 19 crianças em 20 anos

Armadores do cerco aflitos com interdição da apanha de sardinha

ACISTDS e UGT dizem que aumento do salário mínimo mexe economia

Petição para salvar pavilhão do Vitória de Setúbal da hasta pública

Atual É uma boa notícia, afirma a comunidade médica, tendo em conta que em 1981 os registos davam conta de 144 vítimas mortais dentro do grupo de crianças com menos de um ano. Os dados foram revelados pelo INE.

Atual A suspensão da captura de sardinha até ao final do ano apanhou os armadores de surpresa. É o pior período dos últimos trinta anos. A Sesibal diz que há gente a passar fome e barcos à venda.

Atual O aumento do salário mínimo agrada aos empresários do comércio e serviços e aos responsáveis da UGT de Setúbal. As duas entidades acreditam que haverá mais rendimento disponível para mexer economia local.

Desporto A provável venda em hasta pública do Pavilhão Antoine Velge, por penhora bancária, está a gerar um movimento para o salvar das 'garras' das finanças. A petição arrancou esta sexta-feira e prolonga-se até dia 28.

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Pub.

RESTAURANTE ● SETÚBAL ● PORTUGAL RUA GENERAL GOMES FREIRE, 138

 960 331 167

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ESPAÇO PÚBLICO

Sexta • 11 outubro 2014 • www.semmaisjornal.com

CRÓNICA UM CAFÉ E DOIS DEDOS DE CONVERSA

E ganhou o António. O Costa, claro.

EDITORIAL

Raul Tavares

Demissões…

N

unca foi apologista daquela vertigem político-partidária de andar a ‘pedir a cabeça’ dos ministros e responsáveis políticos. Há, em muitos casos, uma responsabilidade limitada no que diz respeito a processos e decisões que não correm bem.

Achei por exemplo a demissão de Jorge Coelho, então ministro das Obras Públicas, aquando da tragédia de ‘Entre-os-Rios”, um absurdo.

Já compreendi melhor a de Carlos Borrego, ministro do Ambiente, quando teve um comportamento pouco digno, com a piada sobre as vítimas mortais por contaminação de água com alumínio.

Ou de Manuel Pinho, ministro da Economia, glosando deputados da Nação com ‘corninhos’.

Há exemplos para todos os gostos. Na atualidade, a situação da ministra da Justiça, Paula Teixeira da Cruz, e do ministro da Educação, Nuno Crato, têm outra dimensão. Não são alvo de crítica por um qualquer incidente natural ou por um episódio infeliz. São responsáveis, na primeira linha por políticas que geraram o caos na Justiça e no Ensino.

E são situações que ainda perduram e vão deixar rasto.

Não souberam gerir a questão política e revelaram-se incompetentes em todas as frentes.

Seria uma questão de bom senso e um exemplo de honestidade pública. Nem os pedidos de desculpa amenizam os efeitos de decisões mal preparadas (já para não discutir as políticas em si), mal geridas e profundamente lesivas da normalidade em setores tão nevrálgicos da sociedade.

A não ser assim, perdem credibilidade. Aos olhos dos portugueses são hoje vistos como malquistos. E isso não é bom para um Governo que se diz coerente.

F

icou um sabor amargo de injustiça para como outro António. O Seguro. O que ironicamente só se mostrou seguro no primeiro debate com o Costa.

O Seguro sempre foi um líder inseguro. Apenas ficou inseguro quando se sentiu apunhalado nas costas, pelo Costa.

Apesar de tudo, conforme expectável, ganhou o Costa. Justo, ou não, a verdade é que o eleitorado socialista actuou como expectável - votou naquele que lhe dava mais garantias. Do poder. Aquele que mais exala o cheiro do poder, o já internacionalmente conhecido por Ghadi de Lisboa. da minha parte sou claro e transparente. Vou prognosticar, aquilo que já todos percebemos. Costa, vai escalar o poder e entregá-lo de mão beijada aos socialistas.

Em 2015 com a situação económica mais desanuviada, com as con-

tas públicas controladas e com uma maior flexibilização orçamental, por via das actuais exigências da França e da Itália e da recessão anunciada na Alemanha, Costa vai abrir os cordões à bolsa. E vai afundar-nos, claro. Mas isso não interessa nada.

Vai devolver-nos os feriados, abolir algumas SCUTS, fazer outras magníficas PPP´s, aumentar o Salário Mínimo para os anunciados € 522,00, devolver o direito a todos gozarem o carnaval, alterar das actuais 40 horas semanais, para as 35 horas que ele próprio aplica na câmara que exemplarmente gere (menos quando mete água por todos os lados) e cuja receita diz que vai aplicar ao País (Deus nos livre), quando e se for eleito (infelizmente não sei se Deus nos livrará desse pesadelo) e ainda vai engrossar a sua lista de promessas, precisamente com as reivindicações que forem sendo feitas até às eleições e que ele veja que mais abala-

rão o actual governo.

E pronto, assim encontrará o seu Programa Eleitoral. O tal que nunca conseguiu discutir com o outro António. E devia aprender com o seu camarada que não chega contestar por contestar. Mas coitado, do Seguro, ao contrário do Costa, não tem uma “máquina” mediática, de marketing e a chamada “boa imprensa” para disfarçar as suas lacunas.

Pode Seguro não ter carisma, como soi dizer-se, mas pergunto, qual o carisma de Costa? Pois...

Não chega anunciar que se vota contra um orçamento, que ainda nem existe, só porque se é do contra. O País até lhe pode entregar as chaves do seu destino, mas a história não lhe perdoará, como não perdoa ao seu mentor José Sócrates o estado em que vai sair e deixar o País. Mas isso importa-lhe? pelos vistos não. Assim como não importa ao seu mentor. Quem

Até que voltou de novo à sua zona de Chill Out*

I

ndignada, voltei-me para o meu pai, que há muito se refugiara num mutismo, só entrecortado por amáveis monossílabos, e que ele designava de zona de chill out desde que chegara à conclusão que as elites do “arco da governação” – fosse ela pública ou privada – não mereciam que gastasse com elas o seu tempo e serenidade.

Não que se tivesse desinteressado da vida pública – da cidadania, como pomposamente fora agora etiquetada. E arremessei-lhe, violando o pacto de reserva que havíamos estabelecido: “que nojice, que perversidade, que mau exemplo este ministro está a dar ao apoucar uma classe, sim, porque as pessoas querem lá saber que aquela avaliação se aplicara aos mais desfavorecidos de uma classe que este governo tenta denegrir dia após dia, isto é, aos professores contratados com menos de 5 anos efectivos de docência (muitos deles com mais de dez anos em transumância por esse país fora, “sem direitos, nem honra”).

Olha, acrescentou, avermelhada de indignação, recordas-te daquele colega que viera de Braga e leccionava na minha escola e que nos dois últimos meses do ano, dormia dentro do carro por não ter dinheiro para pagar o quarto alugado? Pois foi a esses infelizes,

que na sua maioria já não tinham grande expectativa de dar aulas no(s) próximo(s) ano (s) que se abateram os ressentimentos do ministro, fazendo sair a conta gotas aspectos que envenenassem a opinião pública, num acto inédito de “pulhice”que não julgava que alguma vez fosse possível.

Mas deram ou não deram os erros? Perguntava ainda uma jovem jornalista da televisão, que não percebia muito bem que estava a ser manipulada, coitada….

Provavelmente sim, mas quem pode ter a certeza se os mandantes se permitem revelar os resultados que lhes interessa para a sua chicana política. E depois querem ainda que os respeitem!

Desta vez, sem esperar o meu pai disse-me: “Esse não faz jus ao liceu onde estudou (o Pedro Nunes) e muito menos ao professor em quem diz se ter inspirado, o meu querido mestre e amigo Rómulo de Carvalho, ou melhor, o António Gedeão que escreveu, se calhar também pensando nele “Eles não sabem, nem sonham…”. E olha, Alice, sabes que tenho um blogue que se chama “Sob, sobre, nós…” onde recolho as “preciosidades” que as figuras públicas dizem, e que nunca pus no ar, por pudor.

Sem ter em conta que estar sob ou sobre é muito diferente. Vê isto,

Arlindo Mota Politólogo

“ E regressou ao seu mutismo, à sua zona de chill out, onde se havia refugiado, depois de nos últimos seis ou sete anos, os BPN, BPP, PPP’s, Sócrates, Portas, Passos Coelho, lhe terem cavaco a convicção de que a elite políticaeconómica havia chegado ao fim da linha da dignidade”

cedido pelo meu colega do blogue “Língua portuguesa” “: “Há dias, numa série informativa do canal Panda, explicaram que «os gorilas vivem em grupos, sobre o comando de um macho líder». Até estremeci! Uma coisa é ouvir uma pessoa cometer um erro destes na rua... mas num programa supostamente educativo para crianças e adolescentes? Como é que um tradutor comete um erro desses?

Paulo Edson Cunha Vereador PSD/Seixal sabe até lhe empresta o seu apartamento em Paris, para um ano sabático a estudar Filosofia. Porque não? Claro que isso vai acontecer no mesmo período em que nós vamos estar a gramar com outro Programa de Assistência Financeira Internacional. Mais uma versão do FMI e mais uns furos do nosso cinto apertado Sim, porque mesmo que ganhe, com as ideias que até agora apresentou, mais vale prepararmos já um Plano de saneamento Financeiro com uma Troika qualquer para 2017, 2018 ou 2019.

O outro, o do “Cherne” sabia que ia ser Primeiro-Ministro, só não sabia é quando o seria. Eu sei que com este Costa a Troika vai voltar, só não sei é quando.

E como se admite que quem edita e narra o texto não dê por ele?”.

Ou então esta, da autoria de um jornalista que aprecio, publicada no Diário Económico de 8 de Agosto na mesma altura em que a polémica sobre a prova de “avaliação” estava ainda quente:«A médio prazo vamos assistir à mudança do conceito da dívida soberana - deixará de ser vendida e vai ficar como activo nos bancos centrais - devolvendo a confiança à (!) muito perdida».

E regressou ao seu mutismo, à sua zona de chill out, onde se havia refugiado, depois de nos últimos seis ou sete anos os BPN, BPP, PPP’s, Sócrates, Portas, Passos Coelho, e agora o BES e o Ricardo Salgado (ah, também ele fora aluno do Pedro Nunes…) lhe terem cavado a convicção de que a elite político-económica portuguesa havia chegado ao fim da linha da dignidade. Não sem antes passar pelo Facebook, onde um pouco melancólico (ou irado?), fora apagar do seu perfil, no entretanto e para já, o estabelecimento onde decorrera o seu ensino secundário… *Esclarecimento para os menos dados a anglicismos:” Temos também uma cozinha enorme para os hóspedes e um lindo terraço semi-aberto que usamos como área chill out com redes e puffs, ideal para ler, descansar e apreciar a natureza (in promoção de uma unidade hoteleira…)”

Ficha técnica Diretor: Raul Tavares; Editor-Chefe: Roberto Dores; Redação: Anabela Ventura, António Luís, Cristina Martins, Marta David, Rita Perdigão, Roberto Dores; Dep. Comercial: Cristina Almeida (coordenação). Projeto Gráfico: Edgar Melitão/”The Kitchen Media” – Nova Zelândia. Departamento Gráfico: Natália Mendes. Serviços Administrativos e Financeiros: Mila Oliveira. Distribuição: José Ricardo e Carlos Lóio. Propriedade e Editor: Mediasado, Lda; NIPC 506806537 Concessão Produto: Mediasado, Lda NIPC 506806537. Redação: Largo José Joaquim Cabecinha nº8-D, (traseiras da Av. Bento Jesus Caraça) 2910-564 Setúbal. Tel.: 93 538 81 02 (geral). E-mail: redaccao.semmais@mediasado.pt; publicidade.semmais@mediasado.pt. Administração e Comercial: Telem.: 93 53 88 102; Impressão: Empresa Gráfica Funchalense, SA – Rua Capela Nossa Senhora Conceição, 50 – Moralena 2715-029 – Pêro Pinheiro. Tiragem: 45.000 (média semanal). Distribuição: VASP e Mediasado, Lda. Reg. ICS: 123090. Depósito Legal; 123227/98

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Sábado • 11 outubro 2014 • www.semmaisjornal.com

Carlos Santos: a pesquisa e os afectos

O

que é que se pode dizer sobre um actor com mais de 50 anos de carreira? Diria que o Carlos Santos não é só um actor excêntrico que gosta de carros e da sua Almornos — onde vive entre os patos, as galinhas e as couves, num olímpico desprezo pelo mundanismo da capital. Diria que o Carlos Santos gosta de teatro — se bem que não lhe calhe mal, de vez em quando, uma voltinha com duas meninas “da alta” com quem tem vindo a manter duas relações (paralelas, como convém) e que já não vão para novas. Estou a falar, bem se vê, da televisão e da tela de cinema.

Ideologicamente coerente; impiedosamente lúcido no que toca à apreciação do seu trabalho e o dos colegas; infinitamente generoso no que toca a encaminhar os mais novos na profissão que é também a sua — Carlos Santos trabalhou, discretamente, com uma grande parte das principais companhias e encenadores portugueses. O resumo do seu percurso artístico, se nos ativéssemos apenas a datas e a títulos, deixaria de fora aquela que é porventura a sua mais marcante característica enquanto actor de teatro, ci-

Rodrigo Francisco Diretor da CTA

“ Comigo e com os mais jovens da Companhia, o Carlos Santos nunca usou a idade como um estatuto. As suas caturrices sempre foram generosas” nema e televisão. Deixaria de fora os afectos: aqueles que recebeu e aqueles que tem distribuído por quem com ele se tem cruzado.

Nas quatro peças que fez na CTA (“Concerto para 4 actores”, de Boguslaw Schaeffer; “A mãe!, de Brecht; “O presidente”, de Thomas Bernhard; e “Troilo e Créssida”, de Shakespeare) pude aprender, ao observar a forma como o Carlos trabalhava, aquilo em que consiste o amor de um intérprete pela pesquisa teatral. Quando emprego a palavra “pesquisa” não estou a referir-me àquelas “experiências”, para citar Cesariny, que a meu ver também

deviam “fazer-se em casa”, como tantas vezes ouvi ao Joaquim Benite durante os ensaios. Falo, sim, da pesquisa do actor enquanto veículo de um texto. Falo da descoberta dos sentidos. Do prazer da discussão. E da generosidade empregue na montagem de um projecto comum.

Comigo e com os mais jovens da Companhia, o Carlos Santos nunca usou a idade como um estatuto. As suas caturrices sempre foram generosas — e ele dos primeiros a gozar com elas, como quando durante os ensaios de “Tróilo e Créssida” passámos a chamar-lhe “Nestor, a velha crónica”. Os mais de 30 filmes em que já participou e a recente avidez em dar-lhe prémios só lhe aguçam o distanciamento com que enfrenta esse tipo de distinções. Porque eu acho que o Carlos Santos, e alguns actores como ele, não procura as palminhas no fim do espectáculo e as parangonas de algumas revistas, quando sobe a um palco como intérprete. É outra coisa que ele busca. E essa outra coisa é o confronto consigo próprio e com a sua condição de artista. É o fascínio e a integridade que sempre teve pela sua profissão — e que não se cansa de transmitir aos outros. Acho que o que ele procura, quando pisa um palco — e essa coisa já vai sendo tão rara que não tem preço — é proporcionar-nos o prazer indizível da Arte.

Para mim, e para muitos outros, é um exemplo.

A realidade e evolução das escolas portuguesas

A

realidade das escolas portuguesas transformou-se radicalmente na última década. A criação de agrupamentos de escolas, por exemplo, veio não só redimensionar de forma racional a gestão dos recursos humanos e materiais, permitindo a imperativa modernização do parque escolar, bem como estimular a criação de projectos educativos e uma cultura organizacional mais focados nas necessidades das respectivas comunidades.

Esta mudança paradigmática tem favorecido a articulação e o envolvimento das várias partes que compõem a realidade compósita de cada escola na consecução do sucesso educativo dos seus alunos e, consequentemente, tem conduzido à valorização de processos mensuráveis e claros de prestação de pontas à própria comunidade educativa.

Depois de uma oposição cínica, não é de estranhar que o Governo PSD/CDS-PP opte por uma práxis que em nada corresponde à sua prática discursiva. Da valorização da docência, Nuno Crato passou à discriminação negativa dos agentes educativos. Isto, por um lado, insistindo na famigerada prova de conhecimentos, por outro, encontrando

Sérgio Paes Elemento da C.P.D. Fed. PS Setúbal subterfúgios para evitar a vinculação de professores (que suprem as necessidades transitórias, superiores à vigência de vários mandatos legislativos) e, finalmente, manifestando um desprezo absoluto pela dignidade dos professores e das famílias portuguesas que tomam por garantido o arranque normalizado de mais um ano lectivo.

A denúncia comprovada de falta de transparência, objectividade e equidade na contratação de docentes veio expor não só a incapacidade de garantir o normal funcionamento das escolas, mas sobretudo uma agenda ideológica, que tende a diminuir a igualdade de oportunidades e a qualidade do trabalho nas escolas portuguesas. É esta a agenda ideológica que devemos questionar, pais, professores e alunos, na defesa de uma escola melhor e mais justa.

Dores nas articulações?

Saiba o que fazer para as evitar.

Se tem cerca de 50 ou 60 anos e dores nas articulações, é possível que sofra de osteoartrose, que se caracteriza por uma perda gradual da cartilagem articular que afecta algumas pessoas em determinado momento da vida.

O problema é agravado pelo tempo frio e húmido mas existem formas de melhorar esta situação sem ter que recorrer a medicamentos.

CONVERSÁMOS com o médico Fisiatra Dr. António Carlos Brito de Aguiar * que nos falou sobre as suas recomendações para evitar o avanço da degradação da cartilagem das articulações. Uma das sugestões é a utilização da combinação de sulfato de glucosamina e sulfato de condroitina, duas substâncias naturais, que contribuem para a redução da dor e para estimular a regeneração da cartilagem.

Esta combinação, disponível nas farmácias, é cada vez mais utilizada por pessoas com dores nas articulações, por ser eficaz e segura devido à sua origem natural. A glucosamina é uma substância natural extraída do marisco, enquanto a condroitina é obtida a partir da cartilagem de tubarão. A destacar que a forma mais eficaz de glucosamina é a forma sulfato que contém enxofre, uma vez que a glucosamina só actua na presença do enxofre.

É comum surgirem pessoas com problemas nas articulações na consulta de Medicina Física e Reabilitação?

Sim, é mesmo muito frequente.

Que tipo de pessoas apresentam estas queixas com maior frequência?

Mulheres, idosos e praticantes de desportos com maior impacto.

Quais as principais causas destes problemas?

Destaco a degradação gradual da cartilagem articular designada por osteoartrose que é mais significativa a partir dos 50 anos, em obesos e praticantes de desportos com maior impacto.

Qual a sua recomendação nestas situações?

Alterações de hábitos de vida e alimentares com controlo do peso e ingestão mínima de 1,5l de água por dia; evitar desportos com maior impacto (corrida em piso duro, mecanoterapia as ditas máquinas de musculação) e praticar marcha e natação. A prescrição dos sulfatos de glucosamina e condroitina e dos ácidos gordos omega-3 está indicada.

Prescrevo tratamentos de fisioterapia.

Ao fim de quanto tempo se verifi cam resultados?

2-3 semanas após iniciar prescrição médica.

Recomendação relativamente aos

produtos com glucosamina e condroitina?

Importante escolher produtos sob a forma de sulfatos pela presença do enxofre necessário à actuação. Com o sulfato não é necessário adicionar MSM. Qual a taxa de sucesso deste tratamento? É significativa com diminuição da dor, inflamação e crepitação (”estalidos”) e ganho de mobilidade (amplitude articular).

Vários estudos publicados em revistas médicas de referência (Lancete JAMA) revelam a diminuição da progressão da osteoartrose avaliada a nível do espaço articular do joelho.

As recomendações da EULAR 2003/2004 e OARSI 2008 indicam para o tratamento das osteoartroses do joelho e da anca os sulfatos de glucosamina e de condroitina com redução da dor e do consumo de AINEs em 50% e melhoria da função articular em 33%.

* António Carlos Brito de Aguiar, médico Fisiatra, Assistente Hospitalar desde 13 de Julho de 1989 do Serviço de Medicina Física e de Reabilitação do Hospital da Marinha e Chefe de Serviço Hospitalar do mesmo Serviço desde 15 de Julho de 2003 até 31 de Dezembro de 2010.

Fisiatra Responsável na MASSAGESPORT Clínica de Fisioterapia na Av. Duque de Loulé, 9 Linda-a-Velha e no Hospital da Misericórdia de Arruda dos Vinhos.

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ABERTURA

Novo terminal de contentores no tejo

Comunidade portuária de Lisboa quer travar deslocalização

Barreiro quer terminal de contentores mesmo contra operadores de Lisboa

T

DR

Os operadores do porto de Lisboa estão em ‘guerra aberta’ para que o tão propalado novo terminal de contentores não aporte na margem sul. O edil do Barreiro não desarma na geoestratégica».

O

s operadores do porto de Mas António Dias, presidenLisboa estão a criticar a te da CPL, assinala «não fazer senopção do Barreiro para tido que se apresente um estudo instalação do terminal de contene se opte por uma solução para a tores, mas a autarquia presidida por localização de um terminal de conCarlos Humberto não desarma e tentores, sem que a mesma parealerta que este lado da margem do ça resultar duma opção geoestraTejo «também precisa de grandes tégica pensada, integrada e mais investimentos para se dinamizar». ampla que contemple, pelo meAinda assim, numa carta nos, toda a área portuáRazões de enviada à presidência da ria Lisboa/Setúbal». parte-a-parte Administração do Porto Diz ainda a carta ser lembram debate da capital, os membros sobre aeroporto «crucial o posicionada Comissão do Porto mento competitivo prede Lisboa (CPL) alertam que a sua tendido para o novo terminal ‘verpreferência recai sobre o Jamor, sus’ aqueles com quem vai ter de junto a Algés. concorrer Sines, Algeciras, Tânger, Esta posição agora assumida no ‘transhipment’; Sines, Setúbal, pela CPL acaba por se traduzir Leixões, no mercado português e numa espécie de obstáculo no cana captação ibérica. O Barreiro não minho do projeto que parecia ser parece ser um campeão contra os pacífico, com a escolha do Barprimeiros nem inequivocamente reiro, depois de eliminada a posdecisivo contra os segundos». sibilidade da Trafaria.

Na reação, Carlos Humberto

começa por sublinhar desconhecer oficialmente os argumentos dos membros da CPL, mas alerta que a construção do terminal no Barreiro será relevante no desenvolvimento da Área Metropolitana de Lisboa. «Porque é preciso investir na Margem Sul. E estamos convencidos que o terminal iria contribuir muito para desenvolver a península de Setúbal e Área Metropolitana, como um todo», desde que o projeto «respeite aspetos de carácter ambiental, acessibilidades e questões urbanísticas portuárias».

O edil acrescenta ainda a autarquia está disponível para o diálogo com a CPL. «Acreditamos que é possível construir uma solução e que mesmo a comunidade portuária vai perceber as vantagens de se apostar no Barreiro», insiste.

Roberto Dores

Na linha da frente e único local estudado Recorde-se que o Barreiro tem sido o concelho na linha da frente para receber o terminal de contentores destinado a aumentar a capacidade portuária de Lisboa, depois da desistência da Trafaria. Ao contrário da contestação que mereceu no concelho de Almada, o projeto sempre agradou à autarquia do Barreiro, tendo o presidente da Câmara, Carlos Humberto, vindo a declarar-se «satisfeito», depois de ter conhecimento que o município passou a ser «único local que está a ser estudado» para receber a infraestrutura portuária de águas profundas.

Já em finais de Janeiro, o autarca tinha considerado que o projeto lhe «agradava», respeitando o que está previsto no Plano de Urbanização da Quimiparque, ressalvando que mantinha apenas «alguma reserva até se avançar», alegando que «quando foi a Terceira Travessia do Tejo disse que

só ficava descansado quando os pilares estivessem construídos».

Além do autarca do Barreiro, a obra, que deverá ser financiada por investidores privados, conta ainda com o apoio das câmaras vizinhas –Almada, Sesimbra e Seixal – vindo ainda o terminal de contentores a juntar-se aos terminais já existentes de líquidos e granéis. Carlos Humberto admite mesmo que a futura infraestrutura poderá traduzir um «projeto âncora» para o Barreiro, sendo necessário efetuar dragagens no local.

Recorde-se que o anterior ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, tinha anunciado que o terminal de contentores iria ser erguido na Trafaria, desencadeando uma polémica, que levou a várias manifestações em Almada, alegando a população que o projeto era incompatível coma estratégia definida para o sector turístico.

rafaria: Conforme demonstrado no artigo SEMMAIS6.6.2013, estudo APL confirma que seria erro, só com um critério a favor. Qual?

Mar da Palha (Lisboa-Vila Franca de Xira): Correntes, dragagens/ manutenção, complexas acessibilidades para margem sul, prejuízos ambientais.

Algés (Caxias): Zona vocacionada para atividades turístico/urbanísticas conflitua com PDM´s e impactos visuais negativos. Ineficientes acessibilidades. Condiciona futura travessia entre as duas margens.

Barreiro: Conforme artigo SEMMAIS-13.6.2014, estudo APL confirma como a melhor localização.

Contribue para redinamizar instalações ex-Cuf e, através da linha ferroviária existente para o hinterland até Espanha, passando pela futura Plataforma Logística M. Poceirão. Os SÓ cerca de 10% das cargas que se estimam para margem sul justificam que o dimensionamento deste terminal não seja tão ambicioso retomando projeto anterior da APL em que embarcações menos exigentes em calado, farão transbordo do TCAlcântara. Em relação aos Estudos de Impacto Ambiental, em parte já realizados quando foi para planear a descontaminação da zona, e por permitir contribuir para esta descontaminação, não será mais um critério adicional a favor do Terminal Contentores Barreiro?

O TCAlcântara (“Deep-Sea”) complementado pelo TCStª Apolónia (“short-sea”) com acessos ferroviários à linha ferroviária do Norte (e porque não a do Oeste?) continuariam a movimentar a maioria das restantes cargas (cerca de 90%) que servem as regiões: Lisboa, Norte e Oeste. O TCAlcântara tem calado a permitir Post-Panamax, é auto-dragável e tem boa bacia de manobra, estando prevista a sua ampliação assim o Plano de Urbanização de Alcântara não o limite. Os Mega-Panamax para Sines, e Setúbal (para além do seu hinterland) complementar de Lisboa.

Não se percebe porque é que este Secretário de Estado dos Transportes parece insistir em não querer ver as evidências técnicas, fazendo transparecer nas sua intervenções públicas não ser aficionado da solução Barreiro, quando diz que: “não há pressa” (os contributos de Bruxelas para as Infra-Estruturas de Transportes são os últimos) e “tem que haver consenso alargado” como se este já não existisse, salvo eventuais interesses que não dos atuais “stakeholders”. Será para “não dar o braço a torcer” quando foi im-

pulsionador para a Trafaria? Será para mais uma vez ser adiada a reconstrução da ponte Barreiro-Seixal? Até o atual Ministro da Economia já reconheceu que o Barreiro é a melhor localização!

PONTE SEIXAL-BARREIRO–A solução Terminal Contentores Barreiro, conjugada com a também prevista reativação do cais da Siderurgia Nacional, contemplados nos projectos prioritários (Semmais-5.3.2014) justificam a reconstrução da ponte Barreiro-Seixal, mais uma alternativa de interligação das Zonas Empresariais de: Barreiro-Seixal-Almada, sendo um percurso muito menor do que por EN-10/A33/IC21, retirando tráfego a estas vias reduzindo externalidades.

PRIVATIZAÇÃO TAP (artº de 19.6.2014-Semmais): Questão sensível é o perigo de poder potenciar, caso não se prevejam salvaguardas eficazes, a deslocação do HUB Aeroportuário de Lisboa para Madrid (Barajas está sub-aproveitado) de consequências gravosas para Portugal. Seria a “morte da Portela” perdendo as rotas do triângulo dourado Europa-África-Brasil. Havendo conhecimento da intenção de privatizar a Companhia de Bandeira Portuguesa, averiguar com rigor as causas de tantas contrariedades recentes, numa companhia que já foi considerada das mais seguras do Mundo, potenciando a sua desvalorização. Tendo em atenção que a Legislação Europeia não permite a venda total só a investidores não Europeus: 1ªhip.) Recorrendo à Diplomacia Económica, convidar a concorrerem: - As Companhias que fazem parte da Star Alliance, outras Companhias do Brasil, Angola, Moçambique e China, Investidores preferencialmente nacionais e quadros TAP/ANA por se “sentirem responsabilizados” pelos resultados TAP. 2ªhip.) Lançar em bolsa 49% da TAP e reorganizá-la.

AEROPORTO COMPLEMENTAR LISBOA: Na esmagadora maioria dos critérios (e foi ensaiada no EURO 2004) a melhor opção é a BA6-Base Aérea no Montijo, como confirmam estudos feitos pelas entidades competentes, permitindo alocar as companhias “low-cost” e reserva das outras Companhias.

Esta localização terá forte impacto em todo o Distrito de Setúbal, impulsionando as suas actividades turísticas/empresariais. Interesse VINCI em quadriplicar actividade, gestora aeroportuária e construtora, uma das principais acionistas da Lusoponte, tem interesse em contribuir para a melhoria das acessibilidades, p.ex. a ponte que ligará Barreiro-Montijo.

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Sábado • 11 outubro 2014 • www.semmaisjornal.com

ATUAL Em 1981 a mortalidade infantil na região em crianças com menos de um ano registava contabilizava 144 vítimas

Distrito baixa mortalidade infantil de 41 para 19 crianças em 20 anos São avanços significativos dizem os especialistas. E o ano passado superou mesmo as expectativas, tendo sido o «melhor ano de sempre».

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Pub.

crianças com menos de um ano. Em 1981 o distrito ainda contabilizava 144 vítimas. s profissionais de saúde Por concelhos, os dados falam de boas notícias do INE indicam que em 2013 para a região. O distrito foi no Seixal e Almada que tem registado avanços signifimorreram mais crianças ducativos ao nível da redução da rante o primeiro ano de vida, mortalidade infantil, onde se num total de oito (quatro em inscrevem bebés no primeiro cada município), mas, ainano de vida, baixando das 41 da assim, abaixo dos 13 remortes registadas em 1996 gistados em 2012. Setúbal, para as 19 que se lamentaram que chegou a contabilizar em 2013, de acordo com os 90 mortes em 1960, lamendados oficiais do Instituto tou duas no ano passado, e Nacional de Estatística (INE). quatro em 2012, enquanto Os médicos consideram que Alcochete se destaca na que os resultados do ano lista com “zero”. Já no Barpassado superareiro e Sesimbra, Passado recente uma criança perram mesmo as exa mortalidade pectativas por tradeu a vida, duas na atingia elevada duzirem uma diMoita e Palmela e fasquia minuição – ainda três no Montijo. que ténue - face a O Alentejo Li2012, quando a região já titoral registou uma morte no nha registado 27 vítimas, o ano passado, depois das quaque chegou a representar tro de 2012. O ano de ouro um aumento significativo foi em 2010 com zero víticomparando com os dados mas. oferecidos por 2011 (17).

Os dados relativos ao Aliás, este seria mesmo o distrito enquadram-se, afimelhor ano de sempre. Em nal, na média nacional, sur2010 a região tinha lamengindo Portugal com a sextado 23 óbitos na mesma ta taxa de mortalidade infaixa etária. fantil mais baixa da União Ainda assim, para que se Europeia, segundo da Coperceba a evolução que tem missão Europeia. Segundo sido conquistado em matéeste documento, passámos, ria de obstetrícia e pediatria entre 2001 e 2011, de uma na península de Setúbal, basmédia de cinco mortes por ta recuar até 1960, quando cada 1000 nados-vivos para morreram na região 387 a média de 3,1.

Roberto Dores

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Médicos garantem que é um sinal de esperança Os médicos congratulam-se com os resultados e sublinha que apesar de a região alentejana estar entre as zonas do país onde nascem menos crianças, cerca de 2 mil por ano, este dado acaba por ser um sinal de esperança muito relevante para as autoridades de saúde.

Quer isto que a região atingiu a média que até aqui distinguia os líderes europeus - Finlândia, Suécia ou Noruega – segundo a DGS.

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ATUAL Pesca da sardinha suspensa até final do ano deixa armadores do distrito à míngua

Armadores do cerco da região vivem pior período dos últimos 30 anos A suspensão da captura de sardinha, até ao final do ano, pode levar o sector da pesca do cerco da região a atravessar um dos períodos mais difíceis dos últimos 30 anos. A Sesibal afirma que já há fome e barcos à venda.

O

Marine Stewardship Council (MSC) anunciou a suspensão do certificado MSC de pesca sustentável da sardinha de cerco portuguesa, desde o passado dia 19 de Setembro e até ao final do ano, como resultado da quarta auditoria de supervisão realizada pela empresa Intertek Fisheries Certification (IFC).

Em causa está o não cumprimento dos requisitos mínimos do chamado princípio um do Padrão de Normas do MSC – o Estado da Unidade Populacional de Peixes, um princípio que exige que a atividade pesqueira se encontre a um nível de sustentabilidade para as populações da espécie explorada, neste caso, a sardinha.

A decisão, tornada pública através de uma portaria governamental, apanhou os armadores de surpresa uma vez que, segundo Ricardo Santos, da Sesibal, «alguns barcos já estavam prontos para se fazer ao mar quando souberam que não o poderiam fazer devido à proibição». Uma situação que reforça a ideia de «falta de diálogo entre a tutela e o sector». A porta-

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Marta David

4200 toneladas de pescado nas quatro lotas do distrito Antes de ser imposta a proibição da pesca da sardinha, as lotas da região, Sesimbra, Setúbal, Sines e Costa da Caparica transacionaram perto de 4200 toneladas desta espécie. Um valor abaixo daquilo que é normal para a região. Ricardo Santos diz ao Semmais que, normalmente os catorze barcos registados capturam «mais de sete mil toneladas, por ano, sem restrições». E, prossegue, «só não capturam mais por opção, por não haver mercado para mais».

Por isso, explica, «é preciso perceber porque é que não há sardinha se hoje se pesca menos do que se pescava há uns anos. É preciso que se façam estudos sérios sobre os motivos que levaram ao desaparecimento do plâncton com que as sardinhas se alimentam».

Embora os estudos não estejam feitos, o líder da Sesibal acredita conhecer as causas que levam à quebra de stocks e aponta o dedo à falta de proteção das maternidades do Sado, com a entrada de grandes navios que “baralham” as condições do estuário e impedem a presença de espécies juvenis.

ria deu pouco mais de doze horas aos armadores para se adaptarem à proibição.

As catorze embarcações registadas na Sesibal para a pesca do

cerco empregam aproximadamente 240 homens que ficam agora sem trabalho até ao final do ano.

Para muitos armadores, as capturas alternativas de cavala e ca-

rapau não compensam a saída dos barcos. «O carapau manteiga, de grande qualidade, acaba oferecido ao Banco Alimentar Contra a Fome e a outras IPSS’s», explica Ricardo Santos.

A verdade é que não há compradores para o carapau, em lota, e o valor médio que atinge não ultrapassa os 60 cêntimos por quilo. O mesmo acontece com a cavala. As capturas de cavala, na última semana, foram de perto de 875 toneladas transacionadas nas lotas de Setúbal, Sesimbra e Sines, a menos de 20 cêntimos o quilo.

«Se há 30 anos, com o combustível a 20 escudos não conseguíamos fazer para as despesas, imagine-se agora com o gasóleo a um euro», desabafa o responsável que assegura que este é «o pior período das últimas três décadas».

Entretanto, o Ministério da Agricultura e do Mar garantiu um fundo de compensação de seis milhões de euros, co-financiado pela União Europeia, para as embarcações de pesca de sardinha que estejam paradas durante um mês, no mínimo, e três meses, no máximo. Os subsídios a fundo perdido serão pagos ao armador da embarcação, em função da dimensão da embarcação, e uma compensação salarial aos tripulantes, em que os pescadores vão receber 20 euros por dia. Para Ricardo Santos é essencial que essa compensação seja entregue aos pescadores o quanto antes para fazer face às despesas do dia-a-dia das famílias e acudir às necessidades do sector. No entanto, essas verbas só serão pagas ao final de 40 dias, uma vez que é necessária uma declaração da capitania que comprove que a embarcação esteve parada mais de 30 dias.

Chineses interessados no terminal do Barreiro e na marina do Tejo VENCEDOR da corrida à privatização da seguradora Fidelidade e atualmente entre os candidatos à compra da Espírito Santo Saúde, o grupo chinês Fosun pretende alargar os seus investimentos em Portugal ao sector portuário, através da exploração do futuro terminal de contentores do Barreiro e futura marina do Tejo (ver pág.2) A notícia foi avançada pelo Jornal de Negócios, acrescentando que o grupo chinês já terá, inclusivamente, manifestado junto da Administração do Porto de Lisboa o seu interesse nos projetos da futura marina do Tejo, assim do terminal de contentores que deverá vir a ser construído no Barreiro.

Bote revestido com 20 mil pioneses homenageia gentes do mar UM BOTE, revestido com 20 mil pioneses e decorado com material reciclado e trabalhado por utentes de instituições para seniores, é a mais recente peça apresentada em Setúbal, no âmbito do “Arte em Toda a Parte”.

“Ouro sobre Azul” é o título da obra que a artista plástica Teresa Melo apresentou quinta-feira no Mercado do Livramento, através de uma ação integrada naquele projeto, denominada “Art Boat”.

O bote, uma homenagem aos marítimos de Setúbal, fica patente naquela praça até à inauguração do Alegro, espaço com abertura ao público prevista para 12 de novembro e que receberá esta e outras obras de artes criadas no âmbito do projeto “Arte em Toda a Parte”.

O CABO Espichel mostrou-se ao público de uma forma nunca visto, num documentário intitulado “Cabo Espichel – Em terras de um mundo perdido”, que teve ante-estreia a 24 de setembro e levou muito público ao Cine-teatro João Mota, em Sesimbra.

A história, a religião, a natureza, a geografia, arqueologia, etnografia, o mar e outros aspetos de contornos míticos são a base de abordagem do filme, da autoria de Carlos Sargedas. «Foi um grande êxito e temos material suficiente para fazer um documentário de cada um dos 14 temas abordados neste

filme. E foi esse o sentimento final, de querermos mais», confessou o diretor do projeto ao Semmais.

De realçar que este documentário é também um protesto público iniciado por ocasião das comemorações dos 600 anos do Cabo Espichel, em 2010, com o objetivo de mostrar o património que o Estado português «está a deixar morrer», como sublinha Sargedas, também fotógrafo profissional.

O presidente da Câmara de Sesimbra, Augusto Pólvora, realçou, em jeito de balanço, o trabalho que já foi feito e o empenho da autar-

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Sargedas apresentou em Sesimbra um Espichel desconhecido

Edil de Sesimbra esteve presente

quia no apoio a projetos como este «na luta, defesa e valorização do Cabo Espichel».

São cerca de 55 minutos repletos de emoção. Voltamos ao tempo dos dinossauros, às batalhas navais, às peregrinações e à fé que movimenta ainda muitos crentes em torno da Nossa Senhora do Cabo.

Mas o filme faz-nos embarcar ainda noutras viagens que nos levam ao fundo do mar, às grutas e rios subterrâneos, a um património que por si só conta a história do mundo em cada detalhe das suas escarpas e que se precipitam

sobre um mar infinito.

O Cabo é um lugar para sonhar, mas ainda por descobrir e a indústria do cinema tem vindo a fazer esta descoberta. O filme “Casa dos Espíritos”, entre outros, é o mais emblemático com cenas realizadas neste lugar.

A mensagem que fica é que todos nos devemos unir e lutar pela valorização deste Cabo. Que estas terras de um mundo perdido sejam alvo de uma intervenção que as valorize e preserve.

Vanda Pinto

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Presidente da ACISTDS e responsável da UGT em uníssono defendem alavanca económica

ACISTDS e UGT confiam que aumento do salário mínimo ajudará comércio e serviços da região

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Associação de Comércio, Indústria, Serviços e Turismo do Distrito de Setúbal (ACISTDS) acredita que o aumento em 20 euros do valor bruto no salário minímo nacional, de 485 para 505 euros, vem beneficiar de forma direta o comércio da região devido ao incremento, «ainda que residual», do poder de compra dos consumidores que passarão a auferir este valor e o gastam na totalidade em bens de primeira necessidade e serviços.

O responsável pela ACISTDS, Francisco Carriço, sublinha que passará a haver «mais capital a circular». E acrescenta ao Semmais que este aumento, todavia, «não incide sobre os associados da ACISTDS», já que, explica, «desde 2009 que, em sede de concertação social, foi estabelecido um salário minímo ao nível do agora praticado na generalidade».

Manuel Fernandes, vice-presidente da UGT de Setúbal, também deposita esperanças numa melhor actividade comercial com a subida do salário mínimo, uma vez que 80% do mercado laboral pertence ao sector terciário, das áreas do comércio e dos serviços, sendo que 90% deste está representado em micro, pequenas em-

As empresas já admitem que o aumento do salário mínimo é positivo

presas e negócios familiares com de Setúbal no mesmo patamar de menos de dez funcionários. «O coLisboa e Vale do Tejo, passando a mércio em Setúbal baseia a sua acqualidade de vida da Península a tividade no mercado interno e por ser considerada acima de locais isso o poder de compra vai aumencomo Meclemburgo, na Alematar, com benefícios para toda a canha, ou Aquitaine em França. «Esdeia», afirma ao Semmais. tas gozam de maiores compartiO sindicalista entencipações financeiras por Carriço defende parte de fundos eurode ainda que deve exissalário mínimo a tir «um salário mínimo peus quando o salário tabelar o nível de referência regional, mínimo é três ou quatro máximo tendo em conta as sinvezes maior ao portugularidades e características de guês, o que é completamente incada região», de forma a reforçar justo», afirma. a competitividade e coesão social.

Mas há mais ideias a pôr em Manuel Fernandes critica a viprática. O presidente da ACISTDS são europeia que coloca a região defende que o Governo podia ter

O ROCK no Sado, que se realiza há dois anos em Setúbal, foi nomeado, pela segunda vez, pelo Prémio Europeu de Festivais de Música 2014, mas, desta vez, para a categoria “Festivais de Grande Dimensão”, sendo que em 2013 o certame esteve nomeado na categoria de “Melhor Festival de Pequena Dimensão”.

O evento, criado em 2013 pela CJP Eventos, com vários apoios, entre os quais o do município de Setúbal, e que dá voz exclusivamente a artistas portugueses de música moderna, integra a lista de festivais que tiveram mais de 40 mil pessoas a assistir.

Carlos Oliveira, diretor da empresa organizadora, «é bom terem reconhecido que o nosso festival é de grande importância, no contexto musical do nosso País. É muito agradável sentir que os holandeses reconhecem que fazemos bem à música portuguesa».

Sobre as expetativas para os prémios da edição deste ano, Carlos Oli-

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Festival Rock no Sado nomeado pela segunda vez para prémio europeu

Êxito da iniciativa na linha da frente

veira acredita que haja, por parte dos portugueses, uma «forte» participação para que o prémio venha para Setúbal. «Mais do que responsabilidade, esta nomeação traz-nos motivação para trabalhar para o futuro».

Na mesma categoria encontram-se o NOS Alive (Portugal), o Tomorrowland (Bélgica), o Das Fest (Alemanha), o Roskild (Dinamarca), e o Primavera Sound (Espanha).

As restantes categorias premeiam festivais de média dimensão, entre 10 mil e 40 mil pessoas no público,

e de pequena dimensão, até 10 mil espetadores.

Também são atribuídos prémios ao melhor evento novidade e ao melhor em recintos fechados, categoria que integra o Out.Fest, do Barreiro, entre outros.

Este prémio europeu foi criado em 2009 com o objetivo de reconhecer o «árduo trabalho, visão e criatividade da indústria». Segundo a organização, além dos melhores festivais, são distinguidos o melhor cartaz, o melhor cabeça de cartaz e o artista revelação.

Os finalistas são divulgados a 4 de novembro, sendo que a eleição dos vencedores, além da votação pública, é feita com o contributo de um júri constituído por especialistas no setor. Os vencedores são conhecidos a 15 de janeiro num festival a decorrer na Holanda. A votação decorre até 27 deste mês em http://eu.festivalawards.com.

António Luís

optado por uma solução idêntica à que ocorre nos países nórdicos, onde o salário mínimo é tabelado em função do salário máximo. E exemplifica: «Se o minímo estiver em 505 euros, o máximo, tendo em conta que pode chegar até dez vezes mais, só pode atingir os 5050 euros». «É a melhor solução para que haja uma luta generalizada pelo aumento dos salários, já que se os mais favorecidos querem mais rendimentos, puxam consigo os mais desfavorecidos nesta cadeia», refere Francisco Carriço, convicto ainda de que no sector privado também devia existir um patamar máximo para os rendimentos. É também por estas assimetrias de rendimentos, refere Francisco Carriço, que as contas da segurança social «estão desequilibradas», nomeadamente porque, segundo sublinha «as pensões acima de 70 mil euros são completamente insustentáveis para a Segurança Social e tal precisa de ser revisto, bem como o ‘Rendimento Social de Inserção’, que na sua maioria é cedido a quem não precisa e esconde rendimentos».

Comerciantes e IEFP cooperam no “Vida Ativa” A Associação do Comércio, Indústria, Serviços e Turismo do Distrito de Setúbal e o IEFP, procederam à assinatura de um acordo de cooperação no âmbito da “Medida Vida Ativa”, numa cerimónia que teve lugar no passado dia 6, às 15h30m, no salão nobre da referida associação, em Setúbal.

A sessão, presidida por Francisco Carriço, presidente da ACISTDS, contou com a presença do presidente do IEFP, Jorge Gaspar, bem como do presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal, João Vieira Lopes.

Em todo o país, a Medida Vida Ativa vai formar cerca de 900 desempregados, com acordos de colaboração a serem assinados com 12 associações empresariais, entre as quais se encontra a associação do distrito de Setúbal.

Rogério Matos

Forum Barreiro faz 6 anos e renova parceria com lojistas O CENTRO comercial Forum Barte projeto, onde, apesar da crireiro celebra 6 anos de atividase, só nos últimos dois anos fode no próximo dia 4 de Novemram inauguradas 17 lojas, assim bro. Este espaço acaba de renocomo renegociados contratos var os contratos com a maioria com a maioria dos atuais opedas lojas, estando neste momenradores. «Muito desse trabalho, to garantida a manutenção dos que não é visível no imediato a lojistas representativos de mais lojistas e visitantes, continua a de 83 por cento da sua Área Bruprogredir com o intuito de gata Locável, incluindo todas as lorantir a continuidade do projejas âncora originais do to de forma sustentaRegisto de centro comercial. da nos próximos anos 3,2 milhões O Forum Barreiro e que persista como um de visitantes nos teve nos últimos 12 meúltimos 12 meses “motor” do comércio e ses, 3,2 milhões de viserviços da sua área de sitantes, que geraram vendas de influência», frisa. mais de 33 milhões de euros. MiO Forum tem vindo a reforguel Ramos, diretor do Forum, çar desde o seu lançamento o destaca os resultados «bastanseu papel de âncora social e deste positivos», apesar do contextino de lazer no centro da cidato económico adverso que se tem de, proporcionando uma ofersentido nos últimos anos. ta comercial de proximidade, O diretor do Forum Barreique resultou numa revitalização ro salienta o trabalho comercial e dinamização do coração do que tem sido desenvolvido nesBarreiro.

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CULTURA Grupo espanhol leva história para todos ao Pinhal Novo

DICIONÁRIO ÍNTIMO

O auditório do Pinhal Novo recebe o espetáculo “À Mão”, pela companhia espanhola El Patio, este sábado, às 21h30. Contada com barro, esta é uma história terna sobre uma pequena personagem com uma

Maria Teresa Meireles

Regresso

dicionariointimo@gmail.com

124.ª produção da companhia sadina inclui drama, poesia e comédia

“O Sonho” leva TAS a celebrar 39 anos de vida com otimismo e esperança À beira de festejar o 39.º aniversário, o TAS leva à cena um clássico da dramaturgia universal que proporciona ao espetador uma viagem profunda através de ambientes simbólicos.

António Luís

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Teatro Animação de Setúbal (TAS) vai estrear no Fórum Luisa Todi, em Setúbal, o espetáculo “O Sonho”, de Ausgust Strindberg, no dia 24 deste mês, às 21h30. A 124.ª produção pode também ser vista no mesmo espaço nos dias 25 e 26, sendo que neste último dia é apresentada às 16 horas.

De acordo com Célia David, diretora do TAS, trata-se de «um clássico da dramaturgia universal, uma peça maior no panorama teatral em todo o Mundo. Faz parte do repertório de grandes companhias porque se mantém atual através dos tempos», acrescentando que, estamos na presença de «uma peça onírica, uma narrativa não realista em que as personagens gozam de uma liberdade que só nos sonhos tem lugar, é a alma humana que é posta em causa, sendo que o espectador é convidado a assistir ao desenrolar de um sonho, a fazer uma viagem profunda através de ambientes simbólicos, com momentos de drama, poesia e comédia».

“O Sonho” conta com a participação de 8 jovens que foram recrutados num casting que o TAS realizou em Junho e que teve como consequência um workshop pre-

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gresso do Filho Pródigo». Regressar é retomar o ciclo, completar o movimento de vai-e-vem. Regressar é retornar ao universo da visibilidade: os franceses têm a expressão «au revoir» para o regresso; «até à vista», dizemos nós. Adeus, «Adieu», é um desaparecimento, o não-regresso. «Nevermore», repete o corvo de Poe. «A Vida só se compreende mediante um retorno ao passado, mas só se vive para diante.», escreveu Kierkegaard. «Não vos deixeis seduzir! / Regresso não pode haver», avisava Bertolt Brecht. O regresso não é viável porque, como ensinava Heraclito «Não é possível entrar duas vezes no mesmo rio»; «Nos mesmos rios entramos e não entramos, somos e não somos». Ao Paraíso Perdido não há regresso, perdido como está para todo o sempre.

«Ponto de não retorno»: aquele limite a partir do qual o regresso não faz sentido porque o afastamento foi ruptura. «Ponto de fuga» de todas as migrações. Regresso a casa, à terra natal, à raiz, a uma relação, a um tema ou mote – o regresso é sempre uma reinterpretação. Desejamos o regresso como reescrita de um passado ou como aposta num futuro desejado. «Regresso ao Futuro», o filme.

«Regresso ao Admirável Mundo Novo», de Aldous Huxley; «O Regresso», de Bernard Schlink; «O Regresso dos Deuses e outros escritos de António Mora», Fernando Pessoa; «Lotte em Weimar – o Regresso da Bem-Amada», Thomas Mann; «O Regresso», de Alberto Manguel. Muito se parte e regressa em Literatura. Toda a literatura pressupõe esse movimento. Todo o escritor vive partindo. Para Marguerite Duras «Os homens gostam das mulheres que escrevem.

Mesmo que não o admitam.

Uma escritora é um país estrangeiro». Mas, de uma mulher-viagem, nem sempre se regressa e nunca se regressa igual.

Miguel Assis, Susana Brito e Célia David estão no elenco de “O Sonho”

paratório para a própria peça. «Estes nossos convidados fazem parte de um TAS em vias de renovação. São novos talentos que nos trouxeram muita energia», vinca.

Com cerca de 2 horas, “O Sonho” tem interpretações de Célia David, Duarte Victor, José Nobre, Miguel Assis, Sónia Martins e Susana Brito, além da colaboração de 8 jovens. É com “O Sonho” que o TAS irá comemorar os seus 39 anos de vida.

Haverá representações a 27 e 28 de Dezembro. «É desta forma que iremos comemorar mais um ano de vida, espero que com casa cheia»,

frisa a diretora, acrescentando, por outro lado, que a companhia, em termos financeiros, «vai sobrevivendo», e que, do ponto de vista artístico, está «bastante inspirada e intelectualmente muito dinâmica, com energia criativa e vontade de trabalhar. Além do município e da Fundação Buehler Brockhaus, esperemos que mais mecenas possam apostar no nosso trabalho».

O próximo trabalho do TAS deverá estrear no primeiro trimestre de 2015 mas, Célia David, reconhece que «tudo depende dos apoios e da data em que nos chagarem às mãos».

Escritora Ana Aranha revela sofrimentos e medos dos presos políticos da Pide

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regresso é circular, pendular; movimento retro-activo ou retro-passivo. Retorno, voltar, tornar ao ponto de partida. O regresso é um sublinhado. O «Regresso às Origens» - o regresso é motivação, uma obsessão; o regresso é uma ficção, uma (re)aprendizagem, uma ampliação. Regredir, regressão – regressar são? O regresso é uma direcção. Memória, reconstrução; o regresso é um recomeço. Regressar é repetir. E burilar. Reféns do passado, a ele regressamos. O regresso é uma sedução ou não. Por vezes o regresso é um sequestro, um movimento, um tempo a-destempo; anunciado ou imprevisto, desejado ou indesejado; voluntário ou não.

Regresso condicionado; as condições do regresso. Viagens com ou sem regresso.

«Adeus, até ao meu regresso!», diziam os soldados da guerra colonial nas suas gravações natalícias – regresso adiado, forçado, nem sempre concretizado. O regresso das ex-colónias: retornados, «O Retorno», de Dulce Maria Cardoso.

A distância nem sempre nos ensina o distanciamento. «Por vezes, meu filho, o melhor da pátria é estarmos longe dela, para melhor a podermos amar e odiar, para melhor nos esquecermos dela enquanto a lembramos e desejamos», ensinava Wenceslau de Moraes.

Perder é retornar, devolver. «Não digas nunca do que quer que seja: “Perdi-o.” Antes diz: “Devolvi-o.”», aconselhava Epicteto. «Ser pó e ao pó voltar»; saímos do nada e a ele regressamos ao morrer. O «Eterno Retorno» de Nietzsche. E não só.

Regresso: regressão por hipnose; reencarnação. O regresso das «almas penadas»: as suas penas e penares obrigam-nas a voltar. O platonismo é a teoria do retorno.

Ulisses. É próprio dos heróis regressarem – regressa-se quase sempre num nível superior de actuação e de conhecimento. «O Regresso de Sherlock Holmes»; «O Regresso do Jedi». O «Re-

enorme vontade de fugir da montra em que se encontra. É, também, uma história de amor, de fracassos, onde cabem um torno, uma chávena que respira, duas pessoas, uma olaria e quatro mãos.

A escritora Ana Aranha

ANA Aranha, realizadora de programas na Antena 1 há vários anos, acaba de editar o livro “No Limite da Dor”. Trata-se de uma obra com base numa série de programas transmitida naquela estação de rádio, e que, agora, foi editada em livro pelas Edições Parsifal. O livro é uma co-autoria com Carlos Ademar.

O livro contém treze testemunhos, inéditos, de vários ex-presos políticos que foram torturados pela Pide e submetidos a todo o tipo de sofrimento, como espancamentos muito violentos,

privação do sono, isolamento e chantagem emocional.

Segundo a autora, os entrevistados pertenciam a diferentes formações políticas, desde o PCP à FAP, passando pelo MRRP e pelos Católicos Progressistas, e, cada um à sua maneira, «queriam um País livre e melhor». «É um livro que fala dos sofrimentos, dos medos, mas também da coragem que homens e mulheres sentiram na época, e da forma como têm vivido e convivido com esta parte do seu passado», sublinha Ana Aranha.

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Concerto único de Petrus Castrus

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Cartaz...

O grupo Petrus Castrus dá um concerto onde recria a edição de “Mestre”, um dos álbuns mais emblemáticos da história da música portuguesa. Também podem ser ouvidos temas inéditos compostos ao longo dos últimos anos.

Forum Cultural do Seixal, 21h30.

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Soraia Chaves nos palcos de Almada

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“Cais Oeste”, de Bernard-Marie Koltés, com encenação de Ivica Buljan, conta a história de um grupo de pessoas, num cais abandonado, que luta pela sobrevivência. Com Soraia Chaves e Diogo Dória, entre outros.

Teatro Joaquim Benite, Almada, 21h30.

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“A Casa Mal Assombrada” é o título da peça que o TELA leva à cena para contar a história de um grupo de jovens que decide acampar nas férias da Páscoa na Serra de Sintra. Moral da história: “Às vezes, vemos coisas que não são o que parecem”.

Centro Comunitário de Águas de Moura, 21h30.

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Aventuras de jovens em Sintra

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Encontro de coros

O Grupo Coral do Montijo organiza o V Encontro de Coros, tendo como convidados o Orfeão do Paraíso Social (Aguada de Baixo) e o Orfeão Coelima (Pevidém).

Trata-se de um intercâmbio musical entre grupos corais provenientes das mais diversas regiões do nosso país.

Teatro Joaquim D´Almeida, Montijo, 21h30.

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Festival da Terceira Juventude

Os conhecidos cantores Sérgio Rossi e Micaela atuam durante o 1.º Festival da Canção “Terceira Juventude”, com participantes dos 60 aos 99 anos.

Perpétua Azeitonense, 15 horas.

A BANDA Manifesto está de regresso a Sesimbra para promover o seu primeiro CD de originais intitulado “Homónimo”, que contou com produção, gravação e mistura de Cajó, produtor dos Xutos & Pontapés.

O concerto tem lugar este sábado, dia 11, às 21h30, no teatro João Mota, em Sesimbra, com bilhetes a 5 euros.

O grupo nasceu em 2011 e é formado por quatro resistentes do panorama musical nacional que se juntaram para tocar um rock despretensioso e direto, cantado em português.

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Manifesto dão concerto acústico em Sesimbra

Orlando Raimundo lança nova edição de “A Última Dama do Estado Novo” COM a chancela da editora D. Quixote, Orlando Raimundo lançou recentemente o seu mais recente trabalho intitulado A Última Dama do Estado Novo. A obra é vista como «uma forma de compreender melhor o marcelismo e o papel que desempenhou no imaginário português».

Todos conhecemos Marcello Caetano, o delfim e sucessor de Salazar que marcou os últimos anos do Estado Novo. Mas, se foi possível acompanhar a vida pública deste Presidente do Conselho durante o período mais negro da Guerra Colonial, a sua vida privada permaneceu um mistério, ao ponto de a maioria dos portugueses só ter ouvido falar da sua mulher, Teresa de Barros, no dia do anúncio oficial da sua morte.

Orlando Raimundo – o jornalista que descobriu nos Arquivos de Salazar um documento de grande interesse, de início atribuído a Franco Nogueira (mas que veio a saber-se ser de André Gonçalves Pereira), propondo abdicar das colónias menos importantes para resistir em Angola e Moçambique – vem, neste seu ensaio biográfico, penetrar nos bastidores da história de Marcello Caetano para nos revelar as suas origens modestas, a ajuda dos amigos na sua formação, o núcleo de pressão que o levou ao poder, o drama vivido com a doença da mulher, a forma como a filha, Ana Maria Caetano, foi condenada a assumir o papel de primeira-dama – desistindo de um casamento com um advogado de grande prestígio – e, por fim, as determinações frias e racionais sobre a questão colonial que acabaram por levar à queda do regime em 1974 e ao seu exílio no Brasil.

Publicado originalmente em 2000, A Última Dama do Estado Novo e Outras Histórias do Marcelismo foi amplamente revisto e aumentado, trazendo agora a público novas e surpreendentes revelações.

Orlando Raimundo, licenciado em Ciência Política e Relações Internacionais, é escritor, jornalista e investigador independente. Estudou jornalismo em Paris e Tóquio, pós-graduou-se no ISCTE e foi assessor editorial do Instituto Politécnico de Lisboa. Enquanto profissional da comunicação social, ajudou a lançar o primeiro jornal da Guiné-Bissau livre e independente e a fundar o Cenjor, foi redactor de O Século, Diário Popular e Expresso, tendo integrado o quadro redactorial deste semanário durante quase vinte anos, e escreveu mais de uma dezena de livros, entre os quais A Linguagem dos Jornalistas e A Entrevista no Jornalismo Contemporâneo. A Última Dama do Estado Novo e Outras Histórias do Marcelismo é considerado uma obra de referência sobre os anos finais da ditadura

Os quatro elementos da banda de rock regressam a Sesimbra

António Trabulo conta “Guerra da Guiné” em livro

Ofertas Semmais

Ganhe convites para revista popular com Mariema “É Revista, com Certeza!” é espetáculo de revista popular que sobe ao palco do Grupo Desportivo “O Independente”, em Setúbal, no próximo dia 18, a partir das 21h30.

A produção, que promete soltar muitas gargalhadas, conta com um elenco de luxo onde se destaca a prestação de Mariema, que está a festejar 50 anos de carreira, Hugo Rendas, ator e cantor em musicais de Filipe La Feria, como“Violino no Telhado” e “Jesus Cristo Superstar”, e Flávio Gil, que acumula as funções de ator e encenador da revista. “É revista, com certeza” conta com

textos de Mário Rainho, Flávio Gil e Marisa Carvalho e música de Carlos Dionísio e promete levar ‘um bocadinho’ do Parque Mayer com boa disposição, músicas orelhudas e uma sentida homenagem ao teatro de revista.

«São duas horar a rir à gargalhada, a deslumbrar-se com um luxuoso guarda-roupa e com boa vozes, num espetáculo que vive da entrega e do amor dos atores», refere Ricardo Miguel, da produção. Os bilhetes têm o preço de 8 e 10 euros e podem ser comprados na sede do GDI. Ligue 918 047 918 e peça o seu convite.

ANTÓNIO Trabulo apresenta o seu livro “A Guerra da Guiné”, no dia 24, às 18 horas, na Casa da Baía, em Setúbal. Trata-se da 12.ª obra, com a chancela da Editorial Cristo Negro, deste autor que aposta num livro com múltiplos protagonistas.

Segundo o autor, do lado português, e falando apenas do exército, lutaram na Guiné mais de 100 mil soldados metropolitanos, em comissões de serviço de dois anos.

Tombaram 1 600. Entre os comandantes, a figura do general António de Spínola é incontornável. Do lado oposto, sobressai o vulto de Amílcar Cabral.

Esta obra constitui uma aproximação à vida e à obra do pensador e revolucionário africano e comporta muitos traços de bio-

grafia. «Escolhi falar primeiro na sua morte. Não será a primeira vez que se começa uma história pelo fim», vinca.

António Trabulo nasceu em julho de 1943 em Almendra e formou-se em Medicina, em Coimbra. Especializou-se em Neurocirurgia.

Toda a sua carreira médica decorreu nos hospitais de S. José e dos Capuchos. Reformou-se, como chefe de serviço, no início de 2009.

Livros publicados: Mulemba (2003); No Tempo do Caparandanda (2004); O Diário de Salazar (2004); Eu, Camilo (2006); Os Colonos (2007); A Última Profecia (2007); Retornados (2009); 1910 (2009); Lubango (2010); República, Luz e Sombra (2010) e O Túmulo de Camões (2012).

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POLÍTICA PP reclama GNR em Monte de Caparica

PSD acusa Câmara de abandonar bairro

A concelhia de Almada do PP pediu ao ministro da Administração Interna, através de carta, a inscrição de verba no Orçamento de Estado para 2015 para construção do

O presidente do PSD Barreiro, Bruno Vitorino, critica o município pelo estado em que se encontra a zona envolvente à urbanização Casas de Santo António, em Santo An-

OS ELEITOS da CDU na Assembleia da União de Freguesias da Charneca de Caparica e Sobreda aprovaram uma moção, por maioria, com a abstenção do Bloco de Esquerda, em que é solicitado o reforço dos meios operacionais das forças de segurança – PSP e GNR – ‘hoje manifestamente diminutos tendo em consideração a dimensão populacional do concelho’.

A moção apela à adoção de ‘uma prática de policiamento de proximidade capaz de sustentar a melhoria das condições objetivas de segurança dos cidadãos, e melhorar igualmente o não menos importante sentimento de segurança das populações’.

Além disso, reclamam a reabertura do posto de proximidade da PSP em Almada Velha, previsto para o próximo mês de Outubro.

Apesar de ter havido um decréscimo de atividade criminal no concelho nos últimos tempos, o documento reconhece que a crise económica, a pobreza, as injustiças sociais e o desemprego podem refletir-se nos ‘níveis de segurança e no sentimento de insegurança’.

Além do reforço da capacidade de intervenção das forças de segurança, a moção apela a uma melhor iluminação pública, nomeadamente na área de influência do interface de transportes públicos do Pragal e na zona de Almada Velha.

Pub.

tónio da Charneca. Bruno Vitorino, que exige intervenção rápida na resolução do problema, diz que também existe falta de limpeza e manutenção das ruas e passeios.

Falta colocar mais de 70 professores no concelho do Seixal

Município do Seixal responsabiliza Ministério pela falta de professores e funcionários nas escolas Preocupado com o futuro da escola pública, a Câmara reclama do Governo mais qualidade e meios humanos para um melhor ensino no concelho.

A

Câmara Municipal do Seixal aprovou, no passado dia 9 de outubro, em reunião de Câmara, uma tomada de posição pela valorização da Escola Pública e onde se responsabiliza o Ministério da Educação pela falta de professores e funcionários nas escolas.

Na tomada de posição, afirma-se que neste ano letivo no concelho do Seixal o maior problema é a falta de colocação de mais de 70 professores e educadores, bem como de muitos auxiliares nos vários níveis de ensino, da responsabilidade do Ministério da Educação, a par da necessidade de conclusão das obras da Escola Secundária João de Barros e da requalificação da Escola Básica Paulo da Gama.

DR

CDU reclama reforço de meios policiais em Almada

quartel da GNR em Monte da Caparica. Os populares consideram que se trata de obra de «extrema urgência» que proporciona à GNR melhores condições de atuação.

O município tem vindo a apostar em investimento no parque escolar

Em sentido contrário, a Câmara Municipal do Seixal mantém, no ano letivo 2014-2015, a oferta de 17 programas de apoio e 130 projetos no âmbito do Plano Educativo Municipal, destinados às escolas da rede pública, constituindo este o único auxílio externo aos professores no 1.º ciclo de ensino básico, para além do contínuo investimento no parque escolar, como é exemplo a abertura da nova escola dos Redondos,

num investimento de mais de 2 milhões de euros.

A Câmara Municipal do Seixal manifesta assim, uma «enorme preocupação quanto ao futuro da escola pública, de qualidade, para todos e exige que o governo tome medidas urgentes que permitam criar as condições de igualdade de oportunidades e a promoção de sucesso escolar e educativo, conforme está previsto na Constituição da República».

Saúde e habitação agitam deputadas rosa A DEPUTADA socialista da Assembleia da República, Catarina Marcelino, está preocupada com a rutura nas urgências do Hospital N.ª Sr.ª do Rosário no Barreiro. Por outro lado, diz que há falta de médicos no Hospital Garcia de Orta, sendo que os tempos de espera para consultas de especialidade são «inadmissíveis».

Catarina Marcelino, na audiência parlamentar, questionou o ministro da Saúde sobre a consignação e início da obra do novo Centro de Saúde de Sines, o qual tem verbas do QREN aprovadas desde 2011 para 50 por cento do financiamento, e que aguarda luz verde do Ministério das Finanças.

Entretanto, a deputada Eurídice Pereira (PS), após visita, na terça-feira, ao Bairro dos Trabalhadores, em Pinhal Negreiros, Azeitão, reforçou, junto do ministro Moreira da Silva, pedidos de esclarecimento sobre o processo que envolve o risco de 41 famílias ficarem sem habitação, em consequência do processo de insolvência da cooperativa com o mesmo nome do bairro.

A deputada quer ver esclarecida a participação do Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana, no processo, considerando as informações que este veiculou publicamente em 25 de setembro, em comunicado de imprensa.

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DESPORTO Taça de Portugal em Dança Desportiva

Jovens desportistas homenageados

O pavilhão de Pinhal Novo recebe, este sábado, às 14 horas, a 7.ª Prova da Taça de Portugal de Dança Desportiva 2014, em Clássicas e Latinas. A prova, integrada no ca-

A Câmara de Setúbal, através do seu Gabinete da Juventude, homenageou, na noite de sexta-feira, no Fórum Municipal Luísa Todi, perto de dezena e meia de atletas do

lendário da Federação Portuguesa de Dança Desportiva, conta com a participação de 150 pares de dançarinos, em representação de cerca de três dezenas de escolas.

concelho que se destacaram ao longo das duas últimas épocas desportivas nas modalidades de remo, judo, atletismo, trampolins, tumbling, ténis de mesa e futebol.

Movimento lança petição para salvar pavilhão A petição em defesa do pavilhão Antoine Velge arrancou ontem e prolonga-se até ao dia 28.

A

provável venda em hasta pública do pavilhão Antoine Velge, localizado junto ao estádio do Bonfim, já deu origem a um movimento em defesa do referido equipamento desportivo que pertence à SadiSetúbal e onde o V. Setúbal costuma realizar as cerimónias do seu aniversário.

Segundo uma fonte des-

DR

António Luís

É no pavilhão Antoine Velge que o V. Setúbal costuma festejar os seus aniversários

se movimento, que inclui sócios e antigos dirigentes do clube, a intenção da criação deste grupo de trabalho visa avançar com uma petição pública para recolha de assinaturas.

O grupo pretende que o município intervenha rapidamente no processo, de forma a evitar a venda do imóvel em hasta pública, por causa de uma dívida às Finanças na importância de 750 mil eu-

ros da empresa SadiSetúbal, a detentora do espaço.

A petição, que começou a circular na passada quinta-feira, dia 10, vai continuar a decorrer até ao dia 28 deste mês para depois ser en-

Francis Obikwelu vai apadrinhar a Meia Maratona Ribeirinha da vila da Moita

Francis Obikwelu

FRANCIS Obikwelu, o atleta português que conquistou a medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Atenas, em 2004, vai ser o padrinho da 17ª Meia Maratona Ribeirinha, que se realiza este domingo, a partir das 10h30, na Moita.

O atleta do Sporting vai dar o tiro de partida para a prova, na marginal da

Moita, considerada o maior evento desportivo do concelho, naquele que será, seguramente, um dos momentos altos da competição, já que Obikwelo é um dos ídolos do atletismo não só nacional, como europeu.

A 17ª Meia Maratona Ribeirinha é uma organização conjunta da Câmara

Municipal da Moita e de grupos desportivos do concelho e reúne anualmente alguns dos melhores atletas nacionais e estrangeiros. Em paralelo, decorre também a 14ª Mini/Caminhada Ribeirinha da Moita, com um percurso de aproximadamente sete quilómetros e que é aberta à participação popular.

“Jorge Pina Corre Por Mais Portugal” passa por Grândola e Sines O ANTIGO pugilista Jorge Pina é o primeiro atleta a percorrer Portugal de norte a sul em 10 dias por 10 causas solidárias, com passagem pelos concelhos de Grândola e Sines, este fim-de semana.

Jorge Pina, que perdeu a visão e é por isso atleta paralímpico, é atualmente um dos melhores maratonistas portugueses. Em 2012, participou nos Jogos Paralímpicos de Londres e prepara-se agora para a maratona dos Paralímpicos do Rio de Janeiro, em 2016.

“Jorge Pina Corre Por Mais Portugal” é uma corrida solidária que começou no passado dia 5, em Viana do Castelo, e cujos valores angariados com esta iniciativa revertem a favor de dez Instituições Particulares de Solidariedade Social.

Várias figuras públicas como Aurora Cunha, José Moutinho, Rui Barros e Bibá Pita acompanham o atleta nesta “missão solidária” e correm ao seu lado durante alguns quilómetros em cada etapa.

A passagem pelo distri-

O ex-pugilista Jorge Pina

to de Setúbal acontece este sábado e domingo. Jorge Pina concluí a oitava etapa, este sábado, em Grândola, às 20 horas, junto ao Com-

plexo Desportivo Municipal José Afonso. A partida para a etapa número nove tem lugar às sete horas da manhã de domingo, no mesmo local, com passagem pelo concelho de Sines. A prova termina no dia 14 de Outubro, ao fim de quase 700 quilómetros, em Sagres.

Esta maratona solidária com cerca de 700km, termina a 14 de Outubro, com etapas no Porto, Aveiro, Figueira da Foz, Ourém, Santarém, Lisboa, Grândola, Sines, Odemira e Sagres.

tregue na Câmara Municipal de Setúbal até ao dia 28, véspera da última sessão ordinária do município.

«Queremos que a Câmara Municipal de Setúbal assuma publicamente, antes do dia 20 de Novembro, o compromisso de manter inalterável o uso do solo do lote 9, onde está localizado o pavilhão, o qual deverá ser exclusivo de infraestruturas desportivas», refere uma fonte do movimento.

Mas, caso o referido lote venha a ser vendido em hasta pública, o grupo defende que o município exerça o direito de opção de compra e integre-o no património municipal por ser uma área de interesse público para Setúbal, a exemplo do que já

se fez no passado com o antigo edifício do Banco de Portugal, na Avenida Luísa Todi, que foi adquirido pelo município e transformado em galeria de exposições.

A petição em defesa do pavilhão desportivo Antoine Velge está a ser divulgada nas redes sociais, eventos desportivos, escolas, espaços comerciais, porta a porta e na via pública.

O presidente do V. Setúbal, Fernando Oliveira, ainda não reagiu à criação deste movimento de sócios e de antigos dirigentes mas, fonte do clube sadino, revelou ao Semmais Jornal que está para breve a publicação de um comunicado alusivo a esta situação no site do V. Setúbal.

Municipal da Várzea ganha relvado sintético O RELVADO sintético do Campo da Várzea, em Setúbal, onde praticam desporto mais de uma centena de crianças e jovens, foi inaugurado no dia 4. Trata-se de um investimento municipal de 167 mil euros.

O recinto, anteriormente em terra batida, estava a

ser utilizado pelos “Pelézinhos” no âmbito de um protocolo de colaboração firmado com o município.

Com a beneficiação do campo municipal, o clube, fundado em 1981, espera captar mais crianças e jovens para as fileiras das várias equipas de futebol.

Benjamins A do Comércio e Indústria alcançam 2.º lugar no Kids Cup U.F.C.I.

O União Futebol Comércio e Indústria, em Setúbal, e os pais da equipa de Benjamins A organizaram, no passado dia 27 de Setembro, no campo da Bela Vista, o torneio Kids Cup U.F.C.I., destinado aos escalões de Benjamins, A. A prova, ganha pelo Lusitano de Évora, ditou o 2.º lugar para a equipa da casa. Nos 3.º e 4.º lugares classificaram-se, respetivamente, o Arrudense e o S. L. Évora. O balanço é «positivo».

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“Family Day” voltou a ser um sucesso no colégio de referência

Mais de 3 mil pessoas apreciaram a criatividade e inspiração de alunos e professores do St. Peter´s School Apesar das más condições climatéricas, o colégio internacional St. Peter´s School voltou a ser ‘invadido’ por milhares de pais e amigos dos mais de mil alunos que optaram por um ensino de rigor, qualidade e excelência. A criatividade, o colorido e o bom gosto deram vida ao tema “Wonderland”, com muito brilho e fantasia.

António Luís

A

criatividade e inspiração dos mais de mil alunos e 206 professores/funcionários do colégio St. Peter´s School, apoiada por alguns encarregados de educação, esteve em destaque em mais uma edição do “Family Day”, um evento de referência desta instituição de ensino privado de Palmela, que decorreu no passado dia 27 de Setembro. desde o Jardim-de-Infância até ao O recinto e as salas de aula, do 12.º ano, sublinhando que do conjardim-de-infância ao 2.º ciclo, esto da Alice, da autoria de um mativeram decorados a rigor e com temático, podem extrair-se conpersonagens da obra “Alice no País teúdos muito «interessantes» para das Maravilhas” a passear, para reo ensino secundário, mas, também ceber os mais de 3 mil visitantes pela sua «fantasia», é possível atindeste colégio, que aposta num engir os alunos do jardim-de-Infânsino bilingue, que pauta pelo rigor, cia. «É um conto que faz uma abranqualidade e exigência. gência muito grande e, depois, lanA boa afluência de milhares de ça uma mensagem muito positipessoas que visitaram este ano o va», vinca, salientando, por outro “Family Day”, alusivo ao tema “Wonlado, que as salas estiveram «muiderland”, deixou a directora pedato bem» decoradas e «interessangógica, Isabel Simão muites». E conclui: «O que Maior to satisfeita e orgulhosa. interessa é que as famírepresentação «O evento correu muito lias venham ver a criade sempre de bem, apesar das más contividade dos seus filhos universidades dições climatéricas, que e que se divirtam e sinnos forçaram a fechar a festa um tam felizes». pouco mais cedo. O tema foi muiO St. Peter´s School detém, to interessante e tenho de dar os desde o presente ano lectivo, o parabéns a toda a equipa que protítulo de Colégio Internacional, porcionou a todos, alunos e pais, a nível do secundário, o que presum “Family Day” fantástico, o qual tigia bastante o colégio. «Os nosfoi preparado com bastante rigor sos alunos têm de fazer os exae, sobretudo, com muita criativimes em inglês, o que lhes permidade». te a entrada em qualquer univerIsabel Simão considera que o sidade do Mundo, sendo que em tema deste ano é de «grande utiPortugal, a contar com a nossa, lidade» para os alunos do colégio, só existem sete escolas com este

galardão», vincou.

A directora do colégio mostrou-se «muito satisfeita» com a «melhor representação de sempre» de estabelecimentos universitários no “Family Day”. «Este ano tivemos cá seis universidades de referência: uma suíça, a Egas Moniz, o Instituto Superior Técnico de Lisboa, a Católica, a Nova e o ISCTE. Normalmente, marcam presença, uma, duas ou três universidades, mas, este ano, tivemos a melhor representação de sempre» Isabel Simão justifica que a vinda de grande número de universidades deve-se ao excelente perfil dos nossos alunos. «Temos muitos alunos, cuja qualidade se destaca dos outros de outras escolas, pelo que agora, as universidades estão a vir ao nosso colégio cativar os alunos, o que é muito positivo para todos».

O “Family Day”, que normalmente costuma realiza-se no mês de Maio, foi, este ano, transferido para Setembro, devido à grande carga de exames e de certificações que decorre entre Maio e

Junho aos fins-de-semana. «São exames e certificações fundamentais para os curriculuns dos nossos alunos, pelo que tivemos de adiar o “Family Day” para Setembro», sublinhou, revelando que a preparação da edição deste ano arrancou em Julho.

No ano lectivo 2012/13, o colégio candidatou-se ao PANGEA, um concurso internacional de Matemática, organizado pelo Ministério da Educação, desde o Jardim-de-Infância até ao 12.º ano, tendo sido o colégio de Palmela, a nível nacional, aquele que maior número de alunos viu premiado.

«Os nossos alunos receberam prémios muito bons, como computadores e tablets, entre outros pré-

mios, na reitoria da Universidade Clássica. O nosso colégio fez um sucesso enorme».

Da programação do “Family Day”, além da escritora Maria Ducla Soares, o evento contou ainda com a presença de outros escritores e dos cantores Luís Sequeira e Leonor Andrade, do programa televisivo “The Voice”. Mas também houve ballet, música, sevilhanas, dança contemporânea, drama, coro, hip-hop, percussão, ilusionismo, pinturas faciais, contos, modelagem de balões, palestras, feira do livro, feira de produtos locais, alimentação saudável, rugby, futebol, judo, ténis, entre outras actividades.

Pala, segurança, cobertura, bancadas e piso em campo desportivo A direcção do St. Peter´s School fez este verão um investimento de milhares de euros na construção de uma pala, para dignificar a entrada do colégio, e na criação de um sistema de segurança «mais eficaz», com torniquetes, para controlar os acessos de entradas e saídas dos alunos, e familiares. Além disso, avançou-se para a colocação de cobertura, bancadas e novo piso de um campo desportivo polivalente. A sua capacidade é de 412 lugares sentados. «Num projecto educativo de excelência, como o nosso, era importante avançarmos para estas melhorias. As infraestruturas no colégio não são estáticas mas sim dinâmicas. Temos de ir tentando, sempre, fazer mais e melhor, não só a nível dos programas e das médias dos nossos alunos mas, também, nas infraestruturas que nos rodeiam», argumentou Isabel Simão, relembrando que «no passado foi construído o edifício do 2.º ciclo». No que concerne ao pavilhão gimnodesportivo, há muito ambicionado pelo colégio, irá continuar na gaveta por questões de «carácter legal que nos ultrapassam».

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NEGÓCIOS Espumante da ACP distinguido com prata

Descontos em jeans no Freeport

O espumante moscatel, da Adega de Palmela, ganhou medalha de prata no concurso “Os 50 Melhores Espumantes”, promovido pelo blog internacional Wine Plea-

O Freeport Alcochete está a festejar os 10 anos, até este domingo, com descontos em jeans de várias marcas. A campanha conta com 30 lojas aderentes. Os clientes po-

sures. Esta é a segunda vez que tem lugar este concurso, cuja direcção cabe a Anthony Swift, britânico que vive em Espanha, apreciador de vinhos da Península Ibérica.

dem ainda habilitar-se a receberem de volta o que gastaram em compras efetuadas nas lojas aderentes, bastando apresentar as faturas com número de contribuinte.

Etermar inaugurou pontão draga que representa uma aposta de 10 milhões de euros

A

Etermar inaugurou, no passado dia 8, no espaço marítimo da lota dos pescadores, o seu novo equipamento marítimo. Trata-se do pontão draga Novadragamar, que representa um investimento de 10 milhões de euros, o maior investimento em equipamento feito por esta empresa sadina.

A cerimónia contou com as presenças dos presidentes da Câmara Municipal de Setúbal, do AICEP e da Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, Dores Meira, Miguel Frasquilho e Vitor Caldeirinha, respetivamente.

Esta nova unidade desti-

A nova infraestrutura marítima é considerada o maior investimento da empresa sadina na região

na-se a apoiar a estratégia de expansão internacional, extremamente relevante na empresa nos últimos anos. Foi construída nos estaleiros da Ravestein, em Deest, na Holanda, tem cinquenta metros de comprimento, 15,50 metros de boca, um pontal de 4,0 metros, com uma potência instalada de 1520 KW. Está equipada com uma escavadora Liebherr P9350, podendo atingir uma profundidade de dragagem de até 22 metros.

Segundo fonte da empresa, a Etermar «tem efetuado investimentos relevantes em equipamento marítimo, que lhe permitem elevar a capacidade competitiva a nível

internacional e que já que se encontram em operação nos diversos países onde a empresa desenvolve a sua atividade».

A Etermar, fundada em 1968, é atualmente uma das empresas mais experientes no sector das obras de hidráulica marítima e fluvial, tendo no seu curriculum um número significativo de empreitadas realizadas, algumas das quais com base em projetos variantes de sua autoria.

Com escritórios em Setúbal, a Etermar actua a nível nacional e internacionalmente em Marrocos, Argélia, Cabo Verde, Guiné Equatorial e Brasil.

Pub.

Licor Arrabidine distinguido pelo seu paladar de excelência O LICOR Arrabidine, produzido pela Lima Fortuna, localizada na Quinta do Anjo, acaba de conquistar um prémio Great Taste Awards, o maior concurso gastronómico de provas cegas.

O Arrabidine foi o único produto português a arrecadar este reconhecimento na categoria de Bebidas Espirituosas e de 10 mil entradas, tendo ficado entre os 600 melhores produtos do Mundo.

«Este prémio vem validar as nossas expetativas de que o produto apresenta uma exímia qualidade e que a preservação do processo de fabrico do mesmo, pela receita adquirida pelo meu avô e modo artesanal de produção, permitem continuar a obter um digestivo

de excelência para os palatos mais exigentes e que gerações nas garrafeiras dos apreciadores», argumenta Sofia Fortuna.

O Arrabidine, um produto monástico centenário da Serra da Arrábida, que fez parte da família Fortuna desde 1950, foi relançado no mercado em 2013, após 30 anos de interregno, graças a apoios comunitários.

Formando da ATEC Palmela ganha ouro em França LUÍS PEREIRA, formando da ATEC de Palmela, no curso de Soldadura, venceu a medalha de ouro no Euroskills, Campeonato Europeu das Profissões, que decorreu na cidade francesa de Lille, com a envolvência de 450 jovens formandos, de 25 países, a competir em 41 profissões.

Na prova de Robótica Móvel, Nelson Pereira e Artur Sousa, da delegação do Porto da ATEC, venceram a medalha de bronze.

Estes formandos da ATEC

já haviam sido medalhados no Campeonato Nacional, realizado no Porto.

Os concorrentes prestaram provas em que simularam a atividade da profissão que representam. Diariamen-

te são avaliados de acordo com rigorosos padrões definidos segundo as elevadas exigências que as empresas e indústrias europeias estipulam para os seus profissionais.

«Estas medalhas refletem o esforço, empenho e o profissionalismo que os profissionais da ATEC dedicam à formação. É um reconhecimento europeu dos melhores representantes da Academia: os formandos», refere fonte da ATEC.

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LOCAL Opções participadas no Lavradio

Semana do património na Moita

O município do Barreiro realiza as Opções Participadas com a população do Lavradio, no dia 16, pelas 21h30, no Sporting Clube Lavradiense. A iniciativa, que visa prin-

Moita dedica, de 17 a 25, a semana ao Património, a qual visa promover, valorizar e divulgar a história, o património, as tradições e a identidade cultural do concelho, com

cipalmente recolher sugestões, opiniões e contributos da população, insere-se no projeto municipal de Participação, Democracia, Cidadania e Comunicação.

um programa cultural diversificado que convida a conhecer melhor este concelho ribeirinho. Há Oficina de vela, visitas guiadas ao Sítio das Marinhas e à exposição.

Financiamento, conseguido através de candidatura, inclui remodelação do mercado municipal

António Luís

O

município acaba de garantir o financiamento de 50 por cento na aquisição de equipamento e instalação do Museu do Mar e da Pesca, na Fortaleza, e na remodelação do mercado municipal, graças à candidatura aprovada ao Programa Operacional Pesca (GAC - Além Tejo).

Ambos os trabalhos, que deverão estar prontos no verão de 2015, estão orçados em cerca de 500 mil euros, pelo que cabe à autarquia assegurar a verba restante. Trata-se de um projeto integrado de promoção da identidade cultural da comunidade.

O presidente Augusto Pólvora revelou ao Semmais que «desde sempre tivemos a intenção de

Alcácer distingue ex-presidente Gracieta Baião A EX-PRESIDENTE do município, Gracieta Baião, que exerceu funções, entre 1986 e 1994, eleita nas listas da CDU, foi alvo de reconhecimento público na Feira Nova de Outubro.

O executivo municipal decidiu atribuir o nome da edil ao pavilhão coberto, localizado no parque de Atividades Económicas, o qual está agora a ser alvo de melhorias.

«Gracieta Baião é uma mulher de Abril e uma inconformista, avessa a homenagens», disse o edil Vítor Proença, que relembrou ainda que «foi no mandato da antiga edil que foi construído este equipamento, para dotar Alcácer de um espaço polivalente que permitisse a realização de iniciativas de caráter cultural, económico e turístico, promotoras de desenvolvimento no concelho».

Gracieta Baião e Vitor Proença

avançar com estas obras. O grande motivo de atração da Fortaleza será este Museu do Mar e da Pesca», acrescentando, por outro lado, que na Fortaleza, acabada de requalificar, o público já pode visitar o novo posto de turismo, a Casa do Governador e uma exposição alusiva à história e requalificação deste ex-líbris de Sesimbra, onde funcionou largos anos os serviços da GNR».

No que respeita à Fortaleza, os vários espaços apresentarão peças ligadas à história da pesca em Sesimbra, documentos históricos e testemunhos iconográficos associados às memórias coletivas, que serão complementados com meios audiovisuais. «Além de destacarmos o papel de Sesimbra na época dos descobrimentos, iremos também expor miniaturas e componen-

tes interativas sobre a história do mar e da pesca», sublinhou o edil.

Uma segunda componente prende-se com a valorização do pescado capturado pela frota de pesca sesimbrense. A operação consiste na transferência das bancas de peixe para a zona sul do piso térreo, o que melhorará as condições de higiene e segurança e aumentará visibilidade do pescado.

«O mercado fica a cerca de 30 metros da Fortaleza e, com este passo, queremos que a população possa ver ao vivo as várias espécies de peixe pescadas na zona».

As bancas atualmente existentes nesta zona serão transferidas para a parte norte do mercado. Já a zona da cave, onde atualmente funciona o mercado do peixe, ficará afeta aos serviços logísticos e à realização de iniciativas e ações de formação re-

Setúbal observa a fauna e a flora da Mourisca

MINICURSOS, workshops, passeios, observação de aves e encontros entre empresas são algumas das atividades da 6.ª feira de turismo de natureza Observanatura, que decorre este fim-de-semana na Herdade da Mourisca.

Realizam-se vários encontros e apresentações que abordam temas e projetos relacionados com o turismo de natureza, em especial o crescente movimento de observação de aves.

Entre os palestrantes encontram-se profissionais e investigadores do setor oriundos de vários pontos de Portugal, mas também de países como Espanha e Inglaterra, nomeadamente o apresentador de programas de natureza da BBC David Lindo.

Em paralelo, a Observanatura inclui muitas outras atividades, como voos cativos em balão de ar

quente, gratuitos, e passeios de barco na Reserva Natural do Estuário do Sado para observação de aves.

O programa reserva também passeios de canoa, percursos de obstáculos de cordas para crianças e passeios em veículos segway, de charrete e volteio e de bicicleta.

Estão representadas mais de 30 empresas, das quais cerca de metade desenvolvem atividades diretamente relacionados com ecoturismo e turismo de natureza.

O certame conta ainda com a presença de stands de sete associações ambientais e de turismo e de nove entidades públicas, entre elas uma de Olivença e outra do turismo da Extremadura espanhola.

O recinto está aberto no sábado, das 10 às 19 horas, e no domingo, até às 18 horas.

DR

Sesimbra ganha 250 mil para abrir Museu do Mar

Museu do Mar e da Pesca vai ser instalado na requalificada Fortaleza

lacionadas com a valorização do pescado e tradições locais.

No decorrer das obras, a autarquia vai ainda proceder à remoção da atual cobertura da zona

norte do mercado, substituindo-a por outra em chapa, com isolamento térmico e acústico, e claraboia, para proporcionar iluminação e ventilação naturais.

Seixal promove emprego e formação

Barreiro incentiva à reabilitação urbana

DE 15 a 17 de outubro, entre as 10 e as 23 horas, no RioSul Shopping, localizado na Torre da Marinha, decorre a 5.ª Feira de Emprego e Formação do Seixal, onde vão estar representadas 24 entidades que trabalham na área do recrutamento para inserção de pessoas no mercado de trabalho, na formação profissional e consultoria.

A edição de 2014 é co-organizada pelo Centro Paroquial de Bem-Estar Social de Arrentela, através do Centro Comunitário - Pólo II Vid@emprego, e pela Associação de Reformados e Idosos da Freguesia de Amora, através do CLDS+ Viver Mais Amora. Conta também com o apoio do RioSul Shopping e da Câmara Municipal do Seixal.

Se está desempregado, não deixe de visitar esta iniciativa, pois a oportunidade de um novo emprego pode surgir a todo o momento.

Iniciativa decorre no RioSul

Encontro teve lugar na APB

OS INCENTIVOS à reabilitação urbana foram o mote de um encontro realizado dia 7, nas instalações da Associação de Proprietários do Barreiro.

O Barreiro dispõe de medidas «interessantes e facilitadoras», que visam estimular a recuperação do edificado. Numa altura de reflexão e consolidação da estratégia de reabilitação para o concelho e da definição da delimitação da Área, em que se avizinha a formalização em Diário da República do período de discussão pública, o vereador do Planeamento, Rui Lopo, sublinhou a «postura de parceria institucional» entre a autarquia e a APB. «Há convergência no diagnóstico e na necessidade de se encontrarem mecanismos que, muitas vezes, estão para além das autarquias para que a recuperação urbana seja uma realidade», afirmou Rui Lopo.

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Sábado • 11 outubro • www.semmaisjornal.com

Idosos convivem em feira

O MUNICÍPIO promove hoje, no Jardim 1.º de maio, a 6.ª Feira “Geração +”, que reúne diversos espaços com produtos e atividades para a promoção da qualidade de vida dos idosos.

O evento assinala também a semana de combate à pobreza e exclusão social, promovendo uma recolha de bens alimentares, para serem entregues a uma instituição de solidariedade social.

Todos são convidados a deixar o seu contributo no stand da “Recolha de Alimentos”.

Museu de Alcochete promove iniciativas para pais e filhos Até ao final do ano, o Núcleo Sede do Museu Municipal irá proporcionar aos encarregados de educação e filhos, dos 3 aos 15 anos, visitas orientadas à exposição permanente do núcleo museológico.

Intitulada “Dos Romanos a D. Manuel I”, as animações realizam-se nos próximos dias 12 de Outubro, 16 de Novembro e 14 de Dezembro e incluem a realização de um peddy-paper.

Com a duração de sessenta minutos, cada sessão está limitada à participação de um máximo de dez pessoas.

Para mais informações, a população terá de contactar o Museu de Alcochete, através do telefone 212 348 652, ou do endereço de email: museu.municipal@cm-alcochete.pt.

Sines sensibiliza população para risco sísmico A AUTORIDADE Nacional de Proteção Civil, em parceria com diversas entidades parceiras, públicas e privadas, promove no próximo dia 13, às 10h13, o exercício “A Terra Treme”.

Durante um minuto, todas as pessoas, onde quer que estejam, estão convidadas a participar no exercício nacional, e efetuar os três gestos básicos de proteção em caso de sismo: Baixar; Proteger e Aguardar.

Trata-se de uma campanha de sensibilização e preparação, com o objetivo de contribuir para que, em caso de sismo, os cidadãos adotem comportamentos simples de segurança, mas que podem salvar vidas, inteirando-se sobre o que fazer antes, durante e após um sismo.

O exercício insere-se no Dia Internacional para a Redução de Catástrofe.

Frutos secos na feira da Abela

ABELA é palco, este fim-de-semana, da feira anual, onde se pode adquirir produtos regionais e artesanais, como os frutos secos típicos e fruta da época.

Da programação, merece destaque a Chocalhada, logo a abrir, a partir das 20 horas, que simboliza a chegada do gado à feira. Os petiscos, os jogos tradicionais, as diversões e a música tradicional são outros pontos fortes do cartaz.

Moita ganha nova sala de pré-escolar O MUNICÍPIO abriu, dia 6, mais uma sala de educação pré-escolar nas instalações da Básica das Arroteias, em Alhos Vedros.

De referir que esta escola funcionou até ao ano letivo passado com 1.º ciclo do básico, tendo, a partir deste ano, deixado de funcionar, por indicação do Ministério da Educação e Ciência. A autarquia

realizou as obras necessárias, adquiriu mobiliário, equipamento e material didático e abriu uma sala de jardim-de-Infância nestas instalações, aumentando assim a resposta da Rede Pública Concelhia de Educação Pré-escolar para 875 crianças, dos 3 aos os 5 anos.

Já abriram este ano duas novas salas de Jardim de Infância.

Palmela retoma reuniões do Orçamento Participativo O MUNICÍPIO retoma, no dia 13 deste mês, o Orçamento Participativo, com a realização de um conjunto de reuniões públicas em todas as freguesias, as quais visam fomentar a participação cidadã na gestão do território.

As reuniões decorrem entre 13 e 20 deste mês, sempre às 21 horas, e além da avaliação do trabalho realizado pelo município, incidem na definição de três investimentos municipais prioritários, a integrar nas Grandes Opções do Plano 2015/19, na identificação da área de intervenção municipal prioritária e no recenseamento de projetos específicos de voluntariado, passíveis de incluir em programas como o “(A) Gente do Bairro”. As propostas devem referir-se às áreas da competência da autarquia ou a soluções para construção conjunta entre cidadãos e serviço público local.

Os munícipes podem participar através da sua presença nas reuniões públicas e/ou do preenchi-

Montijo celebra 500 anos do foral com conferências históricas NO ÂMBITO das comemorações dos 500 Anos do Foral Manuelino de Aldeia Galega do Ribatejo, prossegue o ciclo de conferências que procura dar a conhecer os alicerces da história e identidade locais.

Este sábado, às 16 horas, no auditório da galeria municipal, recebe a conferência dedicada ao tema “Aldeia Galega do Ribatejo e a Posta”. Mário Balseiro Dias é o orador.

A palestra abordará, assim, a

Santiago revive feira anual em Abela

criação da Posta, a importância do Montijo na rede de comunicações da época, nomeadamente no serviço público de correio, e a relevância da Posta para o desenvolvimento de Aldeia Galega do Ribatejo.

Até janeiro de 2015, todos os meses, esta galeria acolhe historiadores locais e nacionais para dar vida ao ciclo de conferências comemorativas dos 500 Anos do Foral Manuelino de Aldeia Galega do Ribatejo.

INICIATIVAS

Emília Sousa recebe Chave A ex-presidente do município de Almada, Emília Sousa, recebe a Medalha de Ouro da Cidade e a Chave da Cidade, em sessão a realizar este sábado, às 21 horas, na Academia Almadense. A sessão é animada, entre outros, pelo fadista Carlos do Carmo.

Testes para Conservatório O pólo do Seixal da Escola de Música do Conservatório Nacional vai realizar novos testes de admissão, de 27 a 31 de outubro, para alunos do 1.º ciclo. Estão disponíveis vagas para a aprendizagem nos seguintes instrumentos: tuba, trompete, oboé, fagote, clarinete e contrabaixo. Os interessados devem inscrever-se até dia 25.

Violência doméstica A escritora Filomena Iria, de 45 anos, apresenta o livro “(Re) Contos de violência doméstica”, este sábado, às 16 horas, na Biblioteca de Pinhal Novo.

A viver no Barreiro, a autora escreve desde os 16 anos. Depois de dois livros de poesia já publicados, “Comichão no espirito” e “Um baú no fundo do sótão”, “(Re)Contos de violência doméstica” marca a estreia da autora na prosa.

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Grândola acolhe 6.ª Feira Sénior

Após interregno de dois anos, estão de volta as reuniões com a população

mento dos questionários e fichas de projeto, disponíveis entre 10 e 21 de outubro nas Juntas de Freguesia e no atendimento da edilidade.

O Orçamento Participativo Palmela é um mecanismo de democracia participativa, de caráter consultivo, em que os cidadãos do concelho são convidados a elencar as prioridades para a vida do território, contribuindo para influenciar as decisões municipais, no que respeita a investimentos e ações,

bem como aos compromissos do programa de mandato.

Município pioneiro, em Portugal, no desenvolvimento de experiências de Orçamento Participativo, Palmela acredita na participação como caminho de enriquecimento da democracia e do poder local. Suspenso em 2012 e 2013 devido ao contexto económico de grandes restrições, o Orçamento Participativo regressa em 2014.

Almada mostra talentos teatrais A 18.ª MOSTRA de Teatro de Almada realiza-se de 7 a 23 de Novembro. Os grupos de teatro e o município apostam numa programação repleta de teatro para todas as idades.

Este ano, o público poderá assistir à diversidade de espectáculos de perto de 20 companhias e grupos de teatro, no recém-reinaugurado cineteatro da Academia Almadense, Incrível Almadense, Teatro Extremo, Recreios Des-

portivos da Trafaria, auditório Pluricoop e em equipamentos municipais como a Casa da Cerca, biblioteca Maria Lamas e Teatro Joaquim Benite.

Esta edição põe em cena criações originais, bem como obras de autores nacionais e estrangeiros tão diversos como Maria Rosa Colaço, Raúl Brandão, Sarah Adamopoulos, A. Branco, Nelson Rodrigues, Jonathan Swift, Georg Büchner ou Shakespeare.

Fado na Baixa da Banheira Milene Candeias e José Manuel Barreto vão partilhar o palco do Fórum Cultural José Manuel Figueiredo, na Baixa da Banheira, no dia 19, às 16 horas. “Gerações do Fado”, assim se chama o projeto que integra fadistas de diferentes gerações, transmitindo ao público a sua forma de sentir o Fado, atualmente Património Imaterial da Humanidade.

Barreiro limpa mata No âmbito do Biodiscoveries, o Centro de Estudo Ambiental, que visa o combate às espécies invasoras da Reserva Natural Local do Sapal do Rio Coina e Mata da Machada, além da ‘Subida do Rio Coina’ agendada para este sábado, dia 11, dinamiza, no mesmo dia, das 9 às 13 horas, uma ‘Ação de Voluntariado’ destinada ao arranque de chorões na Mata Nacional da Machada.

Os resíduos que possam existir neste espaço também serão limpos.

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Sábado • 11 outubro 2014 • www.semmaisjornal.com

ÚLTIMA Guia da Deco específico e diferente do que existe no mercado

Vinhos da Península entre as escolhas certas da Proteste

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Guia de Vinhos da ‘Proteste’, da DECO, lançado esta quinta-feira, em Lisboa, inclui vários vinhos oriundos da Península de Setúbal, entre os quais os brancos “Adega de Pegões”, “Charneca de Pegões Moscatel 2012”, e o tinto “Igrejinha 2011”, como “Escolhas Acertadas”.

Mas a lista dos melhores da região e do país abarca outros néctares de produtores tão diversos como Adega Cooperativa de Palmela, Bacalhoa, Casa Ermelinda Freitas, José Maria da Fonseca, Adega Cooperativa de Palmela e Malo Tojo.

O Guia, apresentado como «um marco» na forma de «prova, teste e análise» de vinhos em Portugal, foi produzido com base em «informações de estudo de

mercado» num total de 215 vi«A nossa intenção é orientar nhos brancos e tintos de difeo consumidor, de forma intranrentes regiões do país. «Nos úlsigente, a adquirir bons vinhos, timos doze anos criamos uma com preço adequado e que não publicação de grande rigor que façam mal», explicou Nuno Dias, serve 27 mil subscritores e que coordenador da publicação, numa atingiu grande credibilidade», alusão a alguns dos critérios anaafirmou Bruno Santos, responlisados, como a acidez, açucasável pelas relações insres ou sulfitos, entre Gui apresenta titucionais da Deco/ outros.

Leitura didática Proteste.

Os responsáveis da para saber tudo Os trabalhos que Deco consideram a pusobre o vinho deram origem ao Guia blicação como mais um - que inclui também, como foi trunfo no percurso iniciado há frisado, «uma extensa zona edidoze anos atrás, na sequência torial didática», que leva o leido qual, segundo referiu Bruno tor a conhecer o universo viníSantos, a associação «já obtecola nos seus múltiplos aspetos ve grandes conquistas», em cam- incluíram análises laboratopanhas junto das comissões reriais e provas cegas, a cargo de gionais vitivinícolas e alteratécnicos especializados e repuções na legislação em favor dos tados especialistas no setor. consumidores.

Tivemos o quinto Setembro mais chuvoso desde 1931 O MÊS de Setembro foi o quinto mais chuvoso no distrito desde 1931 e a quantidade de precipitação foi «muito superior ao valor normal» em quase todo o território da península, segundo avança o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA). No boletim climatológico mensal, o IPMA indica que o mês de Setembro foi caracterizado por valores de temperatura média acima do normal e por valores de precipitação muito elevados, classificando-se o mês como «extremamente chuvoso».

Ainda segundo o IPMA, o valor médio da quantidade de precipitação em Setembro, 112,6

milímetros, foi «muito superior ao valor normal», sendo o quinto Setembro mais chuvoso desde 1931, depois de 1949, 1932, 1965 e 1999. «Os valores da quantidade de precipitação foram, em geral, cerca duas a oito vezes superiores aos valores médios para o mês, tendo sido ultrapassados os maiores valores mensais nas regiões de Setúbal e Lisboa», adianta o boletim. O IPMA refere ainda que o valor médio da temperatura do ar em Setembro, 21,74 graus, foi superior ao valor normal, bem como a temperatura mínima. Já o valor da temperatura máxima, 26,27 graus, foi muito próximo do valor normal.

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