Fazemos da sua refeição uma obra de arte Venha provar o que temos para si
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SÁBADO 12 DE MAIO DE 2018 Diretor Raul Tavares Semanário - Edição 991 - 9ª série Região de Setúbal Distribuído com o Expresso
BASE AÉREA Nº 6 REÚNE CONDIÇÕES PARA RECEBER NOVO AEROPORTO O Estudo de Impacte Ambiental para o novo aeroporto no Montijo viabiliza o projeto, apesar de referir impactos mínimos na fauna e flora que a ANA Aeroportos considera pouco significativos. A Associação ZERO exige, ainda assim, uma avaliação estratégica e ameaça recorrer aos tribunais se o Governo não o fizer. P2
SOCIEDADE
SOCIEDADE
NEGÓCIOS
NOVA ESQUADRA DA PSP DO BARREIRO ESTARÁ PRONTA EM JUNHO DE 2019
MUNICÍPIO DE ALMADA VAI TER MUSEU DEDICADO À ARTE XÁVEGA
JORNALISTAS E DEPUTADOS VISITARAM NAVIO-ESTÁBULO NO PORTO DE SETÚBAL P12
As obras de requalificação e adaptação do antigo café Barreiro, na zona antiga da cidade, vão começar nas próximas semanas e permitirão albergar 70 elementos da Polícia de Segurança Pública. Um investimento de 800 mil euros assegurado pelo orçamento municipal e verbas do MAI. P3
Valorizar aqueles que se dedicam a esta arte de pesca, reconhecida como património cultural imaterial em 2017, é o objetivo da autarquia de Almada que pretende construir na Costa de Caparica, durante o primeiro mandato de Inês de Medeiros, um Museu de Arte Xávega. P5
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SOCIEDADE
IMPACTOS MÍNIMOS PARA FAUNA, FLORA E RUÍDO NÃO SATISFAZEM ASSOCIAÇÃO AMBIENTALISTA
Ambiente dá ok ao aeroporto do Montijo, mas a Zero reclama estudo profundo O estudo de impacto ambiental que viabiliza, sem impedimentos, a construção do aeroporto no Montijo já está na posse da ANA- Aeroportos. Entretanto a associação ambientalista Zero exige uma avaliação estratégica e ameaça recorrer aos tribunais se o Governo o fizer. TEXTO ROBERTO DORES IMAGEM SM
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m estudo de impacto ambiental acaba de viabilizar a construção do futuro aeroporto no Montijo, sem levantar qualquer impedimento ao projeto apresentado. Pelo contrário. Minimiza mesmo os impactos da construção da infraestrutura, tanto ao nível da fauna, como da flora e até do próprio ruído. Porém, a Associação Ambientalista Zero não desarma e volta a reclamar uma «avaliação ambiental estratégica», ameaçando desde já avançar com queixas na justiça portuguesa e em Bruxelas caso o
governo não proceda a um estudo mais rigoroso. A luz verde em torno do impacto ambiental positivo foi uma notícia avançada esta semana pelo Jornal de Negócios, dando conta de que a ANA
– Aeroportos já deverá ter entregue o documento ao governo, devendo o projeto ser, depois, avaliado pela Agência Portuguesa do Ambiente. Um processo que poderá demorar cerca de seis meses, enquanto
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Município de Alcácer do Sal Assembleia Municipal
EDITAL MARIA ANTÓNIA INCENSO DOS REIS MENDES, Presideante da Mesa da Assembleia Municipal de Alcácer do Sal, dando cumprimento ao disposto no nº 1 do artigo 56º. da Lei n.º 75/2013 de 12 de Setembro, torna público as deliberações da sessão ordinária realizada no dia 20 de abril de 2018.
ORDEM DE TRABALHOS 1. Leitura do expediente; 2. Análise e votação da Ata: Sessão realizada em 22 de fevereiro de 2018. Deliberação: Aprovada por Unanimidade a retiradada da Ata.
ORDEM DO DIA: 01 - Análise e conhecimento da informação referente ao Relatório de Atividades de 2017 – Comissão de Proteção de Crianças e Jovens – Alcácer do Sal; Tomado conhecimento. 02 – Designação de representantes da Assembleia Municipal na CPCJ; Deliberação: Aprovada por maioria com 13 votos a favor dos eleitos da CDU, 10 votos a favor dos eleitos do PS, 1 voto a favor do eleito da Coligação “Viver Alcácer”e 1 abstenção do eleito do BE – a eleição dos quatro representantes designados. 03 - Análise e conhecimento da informação referente ao Relatório de Gestão e Contas de 2017 da CIMAL (Comunidade Intermunicipal do Alentejo Litoral); Tomado conhecimento. 04 – Análise e votação da proposta referente à prestação de contas de 2017; (documento aprovado na reunião de Câmara realizada no dia 12/04/2018) Deliberação: Aprovada por Maioria, com 13 votos a favor dos eleitos da CDU, 10 abstenções dos eleitos do PS, 1 abstenção do eleito da Coligação “Viver Alcácer “e 1 abstenção do eleito do BE. 05 – Análise e votação da proposta referente à aprovação do Projeto de Regulamento para a Atribuição de Habitações Municipais em Regime de Arrendamento Apoiado, após consulta pública; (documento aprovado na reunião de Câmara realizada no dia 12/04/2018) Deliberação: Aprovada por Unanimidade. 06 – Análise e votação da proposta referente 2ª alteração ao mapa de pessoal para o ano de 2018; (documento aprovado na reunião de Câmara realizada no dia 12/04/2018) Deliberação: Aprovada por Maioria com 13 votos a favor dos eleitos da CDU, 10 votos a favor dos eleitos do PS, 1 voto a favor do eleito da Coligação “Viver Alcácer “e 1 abstenção do eleito do BE. 07 - Análise e votação do Regimento da Assembleia Municipal; Deliberação: Aprovado por Maioria com 13 votos a favor dos eleitos da CDU, 10 votos contra dos eleitos do PS, 1 voto contra do eleito da Coligação “Viver Alcácer “e 1 voto contra do eleito do BE. 08 - Análise e conhecimento da informação referente ao relatório de atividades. Tomado Conhecimento. Alcácer do Sal, 23 de abril de 2018. Para constar se publica o presente Edital e outros de igual teor que vão ser afixados nos lugares públicos do costume. A Presidente da Assembleia Municipal, (Maria Antónia Incenso Reis Mendes)z
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o próprio estudo também vai estar em consulta pública durante 40 dias. Ainda assim, a dirigente da Zero, Carla Graça, insiste que os projetos desta dimensão devem ser sujeitos a um estudo mais rigoroso, exigindo uma Avaliação Ambiental Estratégica para a construção do novo aeroporto do Montijo, além do estudo de impacto ambiental «que acompanha qualquer obra pública», sublinha. Carla Graça explica que uma Avaliação Ambiental Estratégica traduz a possibilidade de estudar a informação existente «de forma comparativa e mais abrangente», admitindo estarem em causa
«questões de impacto no ambiente, na qualidade de vida, na sócio economia, no ordenamento do território. Isto é uma infraestrutura que vai implicar profundas mudanças no ordenamento do território, nomeadamente ao nível das acessibilidades, impacto também ao nível da gestão de mobilidade da Área Metropolitana de Lisboa», descreve. O estudo de impacto ambiental representa o terceiro passo rumo à edificação do futuro aeroporto. Recorde-se que o primeiro foi dado em fevereiro de 2017, à boleia da assinatura do memorando de entendimento entre a ANA e o Governo,
tendo o segundo tido lugar em outubro, com a entrega da proposta de construção da infraestrutura aeroportuária que se admite poder estar concluída em 2022, com um investimento entre os 300 milhões e os 400 milhões de euros. A Zero recorda ter já pedido várias vezes reuniões com o Governo para abordar este tema, mas até à data ainda não obteve resposta do Executivo, insistindo Carla Graça que «a legislação nacional e comunitária obriga à realização da Avaliação Ambiental Estratégica. Temos vindo a alertar o Governo desde o ano passado”, relembra a dirigente.
Grândola abre portas ao verão com atividades ao ar livre de 18 a 20 de maio
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praia do Carvalhal, onde irão decorrer diversas atividades da “Ar Puro, Feira de Caça, Pesca e Atividades ao Ar Livre”, foi o local escolhido pelo executivo municipal para a apresentação do evento. No encontro com os jornalistas, o presidente da câmara de Grândola, António Figueira Mendes, referiu-se à importância do certame para a dinâmica da atividade do movimento associativo do concelho, afirmando que a Feira traduz um «novo modelo de organização privilegiando e baseando-se no forte envolvimento e colaboração das entidades e associações ligadas aos três segmentos da feira: atividades ar livre, caça e pesca». São cerca de duas dezenas de associações das mais variadas índoles participantes na iniciativa. «Este evento é uma forma de abrir as portas do verão no concelho e fazer interagir estas associações que fazem um trabalho extraordinário no concelho», sublinha ao
Semmais o presidente da Câmara. 50 ‘stands’ e muita animação em terra e no mar A Feira que vai decorrer de 18 a 20 de maio, no Parque de Feiras e exposições de Grândola vai ter, em permanência no recinto, cerca de 50 stands de exposição e venda de artigos, um espaço dedicado à gastronomia regional, animação musical e apresenta ainda novidades, nomeadamente, o “Encontro de kayak” e a apresentação do Projeto “Mais Coelho” da Fencaça. Novidade este ano é também a data de realização
do certame que alterou de outubro para maio. Carina Batista, vereadora com o pelouro do Turismo, explicou que o executivo decidiu realizar a 4.ª edição da Feira em maio para não concorrer com outras feiras similares que se realizam na nossa região. Com esta alteração de data e com o envolvimento cada vez maior de participantes, Carina Batista espera conseguir atingir o objetivo dos 5 mil visitantes e que a feira se torne num evento de referência, sobretudo do Litoral Alentejano. *R.T.
SOCIEDADE
IMÓVEL ICÓNICO DO BARREIRO ANTIGO VAI ACOLHER 70 ELEMENTOS DA POLÍCIA DE SEGURANÇA PÚBLICA
Construção da 5.ª esquadra da PSP começa em junho e dura um ano A obra de adaptação do edifício do café Barreiro, estará concluída em junho de 2019, custa 800 mil euros, e vai permitir fixar a nova esquadra policial do Barreiro Velho. Frederico Rosa, edil barreirense, reconhece que o concelho não é inseguro, mas a população precisa desta presença de proximidade.
TEXTO ELOÍSA SILVA IMAGEM SM
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câmara municipal do Barreiro, no âmbito do acordo de cooperação interadministrativa entre o município, o Ministério da Administra-
ção Interna (MAI) e a Polícia de Segurança Pública, vai «devolver à população um dos edifícios mais emblemáticos do Barreiro Velho, transformado numa esquadra de polícia de proximidade». A garantia é avançada por Frederico Rosa, presidente da câmara
Refood de Almada precisa de apoios da comunidade
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Refood de Almada, com o apoio de vários voluntários, está a recuperar os dois pisos do espaço cedido pelo município, no Feijó, em dezembro passado, para montagem do primeiro centro de operações. Mas este trabalho não está a ser fácil, dado que as instalações, onde funcionavam os antigos serviços de higiene e limpeza da autarquia, estavam mal conservadas. Assim, a Refood Almada, continua a procurar parcerias na comunidade, que possam ajudar com equipamentos e materiais, bem como com algumas obras que ajudem na remodelação do referido espaço. António Calado, coordenador da Refood de Almada, apela para que surjam ajudas para erguer um espaço para «combater o desperdício alimentar e ajudar quem mais precisa, com bens alimentares bons, mas que iriam para o lixo, se não fossem de-
do Barreiro, ciente «dos riscos inerentes à falta de uma gestão eleitoralista» que está a pautar o seu mandato, à frente da autarquia, ao assumir que «os investimentos como este são para fazer já e não no final do mandato, porque as pessoas precisam deles já», refuta. A obra de requalificação do café Barreiro, onde vai ficar sediada a 5ª esquadra da PSP do Barreiro, começa daqui a pouco mais de duas semanas, prevendo-se que daqui a um ano esteja a ser inaugurado o equipamento que irá albergar os vários serviços da PSP e 70 elementos desta força policial. A orçamentação da intervenção foi sofrendo oscilações, com o passar dos anos (previa-se que a esquadra tivesse sido inaugurada em 2016), sendo que a previsão de custo atual, num investimento da
*A.L.
Não sendo este um concelho inseguro, o autarca que quer «regenerar a cidade», destaca que a população «precisa desta presença da PSP particularmente no Barreiro velho». Assumindo-se «mais Barreirense do que político», e considerando todos os investimentos que tem anunciado para o desenvolvimento de «um
Barreiro onde vale a pena viver, trabalhar, estudar e investir», Frederico Rosa acredita que a esquadra da PSP é só mais «um exemplo de que não pode haver uma gestão de obra de acordo com ciclos eleitorais. As pessoas que conhecem o Barreiro, que nasceram cá e que cá vivem, sabem àquilo a que me refiro», concluiu.
Escolas ganham computadores O executivo municipal do Barreiro esteve, na última terça-feira, na Escola Básica Nº2 do Lavradio a entregar os primeiros três computadores, de um conjunto de 67, numa ótica de modernização dos equipamentos informáticos do parque escolar do 1º ciclo e pré-escolar da rede pública. Rui Braga, vereador com a pasta das tecnologias de informação, referiu, durante a entrega e montagem dos equipamentos, que «o parque informático das escolas já está obsoleto e desadequado aquilo que são as necessidades de educação das nossas crianças e nós queremos continuar a melhorar esse aspeto e evoluir para as novas tecnologias. O que estamos a fazer hoje é um sinal de que estamos a acompanhar as necessidades e queremos contribuir para a melhoria do sucesso no ensino». Até ao final de maio deverão estar entregues os 67 computadores que, não sendo novos a estrear, «estão a funcionar» com software e hardware adaptado para as necessidades e «não têm dez anos, como a maioria dos equipamentos que estão nalgumas escolas», referiu.
Sesimbra associa-se Só quatro municípios ao projeto WAOH - Rota do distrito têm plano de emergência atualizado Europeia de Mergulho
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vidamente aproveitados e acondicionados». O interior do espaço já foi pintado mas falta resolver o problema de impermeabilização de um pequeno terraço existente no 1.º andar. A associação necessita também de «um termoacumulador ou esquentador, de uma mesa inox, para preparação e embalagem de alimentos, de uma bancada para armazenamento de bens alimentares, assim como produtos de limpeza e higiene». António Calado pede ainda mais voluntários para «manter e aumentar as rotas de distribuição, dado que centro está a servir cada vez mais pessoas necessitadas».
autarquia e do MAI, ronde os 800 mil euros. Frederico Rosa esclarece que o concurso público foi participado «o projeto já foi adjudicado e obteve visto do Tribunal de Contas, estando agora a nossa equipa a ultimar o processo administrativo com o empreiteiro que conseguiu mobilizar a sua força de trabalho para esta obra».
etúbal, Grândola, Seixal e Barreiro são os quatro municípios da região que exibem o plano de emergência atualizado para organizar o socorro em caso de catástrofe ou acidente grave. Há até à data mais duas autarquias (Almada e Palmela) com processo de atualização dos respetivos planos já iniciado, mas a maioria dos concelhos tem dos tem os seus planos fora de prazo, segundo dados disponibilizados pela Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC). Alerta fonte da ANPC que o cenário é ainda mais preocupante nos concelhos onde existem indústrias de maior perigosidade, perante a aproximação da época crítica de incêndios, sugerindo que avancem com o reforço da urgência o mais rápido possível, devendo o planeamento ser feito para um eventual cenário de instabilidade. Recorde-se que os planos
de emergência são obrigatórios por lei e considerados essenciais para o socorro das populações em caso de catástrofes, como incêndios, terramotos ou acidentes de grande dimensão, como despistes de camiões cisterna com derramamento de combustível. O antigo presidente da ANPC, Manuel Veloso, defende que «os planos devem ser periodicamente atualizados», justificando que os municípios têm de ir encontrando respostas adequadas às novas situações. «Há alterações que vão surgindo, com abertura de estradas e evolução demográfica que exigem mudanças de planos diretores municipais e a criação de mecanismos de proteção», acrescenta, admitindo ser a solução para eliminar os focos potenciais de perigo. *R.D.
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município de Sesimbra está a trabalhar com vários parceiros, na área do turismo, para apresentar uma candidatura ao Fórum Oceano que possibilite certificar o território como Estação Náutica e acaba de dar mais um passo nesse sentido com a associação ao projeto WAOH – Rota Europeia de Mergulho (Wildsea Atlantic Ocean Heritage Route) Nas celebrações do dia do mar, em novembro último, Francisco Jesus, presidente da câmara de Sesimbra anunciava a intenção de potenciar a «criação de uma estação náutica a nível nacional para que Sesimbra seja, efetivamente, conhecida por todas as suas caraterísticas e ligações ao mar». Nesse âmbito, conhece-se agora o envolvimento do concelho «numa rota europeia de mergulho que vai permitir colocar o nosso concelho no mapa dos melhores locais do mundo para a
prática do mergulho», reconhece Francisco Jesus. O projeto WAOH propõe-se a reconhecer uma «rota sustentável de mergulho na Europa, ligando locais de mergulho de classe mundial, desde o extremo sul de Portugal e Espanha até ao extremo norte da Europa, abrangendo a Irlanda e o Reino Unido, que incorporam valores e património europeus partilhados». A rota promove os 5 mil km de costa da Europa Atlântica, como um destino turístico transnacional único, não só, para mergulhadores como para ecoturistas. Ao todo serão criados 10 destinos de excelência na área do mergulho através deste projeto, cofinanciado pelo programa European Maritime and Fisheries Fund. Estão envolvidos no WAOH, com um prazo de execução de dois anos, parceiros de Portugal, Espanha, Irlanda e Reino Unido. *E.S.
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SOCIEDADE
24.ª FEIRA NACIONAL DO PORCO CONTA COM MINISTRO CAPOULAS NA INAUGURAÇÃO
«Este certame é uma homenagem à agricultura e à agroindústria» Numa feira em que são esperados mais de 20 mil visitantes, a marca Porco.pt é a rainha do evento orçado em 70 mil euros. Com um relevante cunho profissional, existe ainda espaço para o lazer nas tasquinhas e no pavilhão dos restaurantes. A animação é constante. TEXTO ANTÓNIO LUIS IMAGEM SM
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24.ª Feira Nacional do Porco, que terá lugar de 17 a 19 deste mês, no parque de exposições do Montijo, reunirá 110 expositores, num total de 220 pavilhões. A abertura do certame contará com a presença, às 12 horas, do ministro da Agricultura, Luís Capoulas Santos. Trata-se de um evento que une a área profissional da suinicultura à gastronomia e à cultura, num vasto programa à disposição dos visitantes. A edição deste ano tem como tema principal o Porco.pt, a marca de carne de porco, lançada há cerca de um ano pela Federação Portuguesa de Associações de Suinicultores (FPAS), que representa já 40 por cento do total da produção nacional, e que existe para promover uma carne de porco diferenciada, de qualidade, certificada e mais saborosa», afirmou Vitor Menino, o líder da FPAS, na apresentação pública desta edição, que teve lugar no dia 8, no Cine-teatro Joaquim d’ Almeida, no Montijo. O responsável revelou, igualmente, a expetativa de aumento do número de visitantes face aos 20 mil registados em 2016. «Em cada ano este certamente revela-se melhor do que na edição anterior, à semelhança aliás da suinicultura nacional que continuamente se reinventa e se adapta às exigências dos novos tempos». «Uma vez mais somos acolhidos no Montijo, nosso parceiro há vários anos, que sempre se tem empenhado na defesa de um sector que beneficia esta terra, contribuindo para o seu desenvolvimento económico
e para a afirmação do mundo rural enquanto ativo económico importante para o nosso país», acrescentou o responsável. Já o edil Nuno Canta reforçou o papel de parceria e estreita proximidade do município com a organização da feira, sublinhando que «a câmara realizou um investimento de 70 mil euros, na melhoria do espaço do parque de exposições do Montijo». «Estamos extremamente orgulhosos de acolher mais uma edição da Feira Nacional do Porco. Mais que uma feira, este é um certame que representa um investimento claro na inovação, no conhecimento, na competitividade e na afirmação da fileira suinícola no Montijo e do Montijo enquanto capital do porco», afirmou o autarca. Durante a apresentação, o autarca teve, ainda, oportunidade de referenciar as iniciativas municipais, de incentivo à instalação de explorações agropecuárias, estufas e outras atividades relacionadas com a agricultura e a agroindústria, que têm permitido captar mais investimento para o Montijo. «Esta feira é pois uma homenagem à nossa agricultura e agroindústria que representa o principal elemento da nossa base económica». Nuno Canta e Vitor Menino abordaram, igualmente, os avanços tecnológicos que o sector da suinicultura tem sofrido ao longo dos anos e que lhe permitiram estabelecer-se como uma atividade altamente tecnológica, no cumprimento de elevados padrões higienosanitários e no respeito pelo meio ambiente e pelo bem-estar animal. O certame vai ter à disposição do público tasquinhas, com animação musical permanente, como tunas, ranchos folclóricos, fado, sevilhanas e concertinas. As entradas custam 3 euros.
30 milhões de euros de investimento no setor nos últimos dois anos O edil Nuno Canta referiu que nos últimos dois anos, o setor da agroindustria/agropecuária foi alvo de um investimento de 30 milhões de euros, com vista a permitir melhores condições de trabalho para os homens deste setor, o que permitiu a legalização de muitas suiniculturas e estufas de flores, e que proporcionou «criação de emprego, produção de riqueza e afirmação do nosso território». A transformação e produção de carne de porco no Montijo remonta ao século XVII. «É uma das atividades que mais perduram no nosso concelho. O setor da suinicultura está extremamente avançado do ponto de vista tecnológico e do conhecimento que emprega, tanto ambiental como do bem-estar animal e isto só nos dá mais confiança e atração de investimento em relação ao futuro», vinca.
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SOCIEDADE
MUNICÍPIO QUER COMBATER SAZONALIDADE NA COSTA DE CAPARICA
Museu Vivo de Arte Xávega avança no primeiro mandato de Inês de Medeiros Criar um Museu Vivo da Arte Xávega na Costa de Caparica está nos planos do primeiro mandato da socialista Inês de Medeiros. O atual executivo aposta fortemente em dinamizar a Costa de Caparica, através do projeto “Costa Todo o Ano”, que visa apoiar as atividades anuais e combater o turismo sazonal.
TEXTO ANTÓNIO LUIS IMAGEM SM
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oão Couvaneiro, vice-presidente do município, garantiu que o Museu de Arte Xávega é para avançar neste primeiro mandato de Inês de Medeiros. «É uma das nossas promessas eleitorais. É um museu de característi-
cas um pouco diferentes. Será essencialmente um espaço vivo que mostre o quotidiano das pessoas que se dedicam à Arte Xávega, do que propriamente com vitrines, em contexto fechado». O projeto, que ainda está a ser estudado, pelo gabinete de Cultura do município, pelo que o montante do investimento neste projeto «ainda é prema-
turo anunciar», eventualmente com apoios comunitários, na zona da lota local e área envolvente. «Este museu implicará, seguramente, um repensar dos equipamentos disponíveis deste território, que são insuficientes. A Costa precisa de equipamentos que sirvam a comunidade, que esteve negligenciada durante muito tempo», argumenta o autarca. A revelação do autarca foi feita ao Semmais Jornal durante o II Encontro arte-Xávega “Lançar Redes para a Economia”, que teve lugar num hotel da Costa de Caparica, no dia 9, numa organização do município, destinado a agentes económicos, convidados e ao público em geral. José Apolinário, secretário de Estado das Pescas, presidiu a abertura do encontro, que deu a
provar produtos associados à Arte Xávega, produzidos pelo município. Valorizar a Cultura caparicana Com este seminário, a autarquia pretendeu «divulgar e promover a Costa de Caparica enquanto Museu Vivo da Arte Xávega, valorizando a cultura caparicana e revitalizando as atividades tradicionais de pesca artesanal como vetores estruturantes da economia, do turismo e do empreendedorismo local», sublinha o autarca. Já José Ricardo, presidente da Junta de Freguesia da Costa de Caparica, elogia o Museu Vivo de Arte Xávega, uma vez que vem «preservar e valorizar» uma atividade que está na génese de criação e desenvolvimento da freguesia. «É um instru-
mento histórico valioso para a classe piscatória e para as gentes vindouras para perceberem esta arte ancestral e cultural que envolve atualmente 250 pessoas e cerca de 60 famílias», vinca, acrescentando que a Costa de Caparica é a freguesia do País onde existem «mais pescadores e mais artes (13) a dedicarem-se a este
tipo de pesca». O autarca alerta que é fundamental apostar no «desenvolvimento económico sustentável», não descurando a «parte ambiental», ou seja, tem de haver «o lançamento de novas tecnologias, caracterização do peixe pescado na Arte Xávega, na Costa, e a preservação do futuro das novas gerações».
Arte Xávega classificada como património cultural imaterial
A Arte Xávega praticada na Costa da Caparica faz parte do Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial desde fevereiro de 2017, na sequência de uma candidatura apresentada pela autarquia, em conjunto com o Centro de Arqueologia de Almada. Esta arte milenar esteve na origem do povoamento da Costa da Caparica, em 1770, e ainda hoje perdura, podendo ser acompanhada entre maio e setembro, nas praias da Costa e Fonte da Telha.
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LOCAL
ALCÁCER DO SAL
Colheita de sangue no centro de saúde GRÂNDOLA
À volta de um monumento para o Lousal A 4.ª sessão de trabalho para a conceção plástica de um monumento para o Lousal, realiza-se este sábado, às 15 horas, na aldeia mineira. Autarcas, artistas plásticos, antropólogos, arquitetos, geógrafos, críticos de arte e estudantes vão puxar pela criatividade.
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A Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano vai estar este sábado, no Centro de Saúde, para uma colheita de sangue, entre as 9h30 e as 13 horas. No mesmo dia, à mesma hora, o novo quartel dos bombeiros mistos acolhe também uma colheita de sangue do Instituto, ficando ainda o repto para o registo como dador de medula óssea. Se nunca deu sangue e receia não poder ser dador, informamos que, quando se oferece como voluntário, é-lhe feito um exame clínico após o qual o médico aconselha qual a atitude mais correta. Dar sangue é uma ação inofensiva para o organismo, na medida em que o corpo humano tem cerca de 6 litros de sangue e na recolha apenas são retirados 4.5 decilitros, sendo este volume reposto rapidamente. Todas as pessoas saudáveis dos 18 aos 65 anos, com cerca de 50 quilos, podem dar sangue.
SESIMBRA
Hortas solidárias abrem cancelas
ste é um projeto participativo que vem sendo desenvolvido no Lousal desde a primeira sessão realizada a 10 de fevereiro deste ano. As bases deste projeto participativo de arte pública estão num protocolo assinado entre o município e a Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa, em 16 de novembro do ano passado. Esta sessão é especialmente importante pois esperam-se alcançar, neste dia, as bases formais, através de maquetas, do que deverá ser a proposta de monumento e a sua possível localização na povoação. Importa referir que as sessões de trabalho foram, e são pela sua natureza metodológica, um processo de construção horizontal de um projeto, em que a descoberta plástica e a tomada de decisões é feita em comunhão. Estrutura-se em torno de uma experiência de representação coletiva, que dá relevo ao diálogo entre a realidade e os anseios dos cidadãos.
Nas sessões de trabalho, autarcas, artistas plásticos, antropólogos, arquitetos, geógrafos, críticos de arte e estudantes de escultura da licenciatura e doutoramento de centros de investigação ligados a várias universidades, têm participado, voluntaria e ativamente, bem como residentes, grupos heterogéneos que cruzam a experiência mineira com a diversificação social e cultural, e também cidadãos que mantêm laços familiares ou afetivos com a povoação, passados 30 anos sobre o fecho da mina do Lousal. Este projeto participativo tem ainda o propósito de, ao longo das sessões de trabalho, analisar o papel social, político e urbano da mina nas formas de organização comunitária e o que esta herança ainda significa para o imaginário da região, procurando criar sinergias entre a vertente física e imaterial, cultural e social, garantindo novas formas de diálogo com o território através da arte.
SINES
SANTIAGO DO CACÉM
SETÚBAL
A requalificação do mercado municipal encontra-se em concurso público. O município dá mais um passo para a concretização de um projeto com o qual pretende «modernizar o mercado através da sua reabilitação, garantindo as melhores condições e facilidades de funcionamento do equipamento e o usufruto por parte de operadores e visitantes». A obra visa ainda contribuir para «a revitalização e qualificação do centro urbano, com impacto na área envolvente do mercado municipal e centro histórico». As obras contemplam a recuperação e embelezamento do edifício, a manutenção das funções de venda de peixe e frutas/produtos hortícolas, com melhores condições, e a criação de novo piso no módulo central. As lojas existentes serão mantidas e modernizadas e serão criados novos espaços comerciais.
O município santiaguense está a proceder à construção de uma nova rede de abastecimento público de água e renovação da rede de águas pluviais na localidade de Abela. Esta intervenção está a ser executada com os meios da autarquia, que contribui para um abastecimento de água «mais eficaz» à população da localidade. As obras em questão abrangem as ruas Dr. Francisco Costa e Padre Hermano de Almeida Lima e os largos 5 de Outubro e do Chafariz. A intervenção da rua do Parque, em Santiago do Cacém, também executada pelos meios da Câmara Municipal de Santiago do Cacém, está concluída e abrangeu a execução da rede de águas pluviais, repavimentação e a criação de bolsas de estacionamento para melhor ordenamento viário desta artéria da cidade do Litoral Alentejano.
“Setúbal, Terra de Vinhos”, com letra de Dina Barco (Setúbal), de 59 anos, professora de línguas, e música de José Condinho, professor de música, (Palmela), foi eleita a Grande Marcha de Setúbal 2018, a interpretar pelas 7 coletividades que participam nos desfiles dos santos populares em junho. Os vencedores, que recebem um prémio de 2500 euros, foram escolhidos em decisão tomada no dia 4 pelo júri do concurso promovido pelo município. Esta dupla da nossa região venceu também este ano o concurso para a Grande Marcha de Lisboa, intitulada “Vasco é Saudade”, que embalará toda a cidade de Lisboa na noite de Santo António. As marchas populares de Setúbal desfilam na Av.ª Luísa Todi, no dia 9 de junho, às 22 horas, na Av.ª Luísa Todi, e a 15 e 16, igualmente às 22 horas, na praça de touros Carlos Relvas.
Requalificação do mercado em fase de concurso
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Abela renova rede de abastecimento de água
As Hortas Solidárias da localidade de Sampaio, localizadas na rua Quinta do Texugo, na freguesia do Castelo, vão ser inauguradas este sábado, dia 12 de maio, por volta das 11 horas. Numa faixa de terreno do município que se situa junto à escola secundária, a Câmara Municipal de Sesimbra desenvolveu um projeto para a instalação de hortas solidárias, à semelhança do que aconteceu no parque ecológico da Várzea, na freguesia de Quinta do Conde. O projeto camarário está dotado de 20 talhões, com as dimensões de 70 metros quadrados, dois canteiros preparados para pessoas com mobilidade reduzida, e um vasto conjunto de equipamentos de apoio, entre os quais sanitários, um abrigo para ferramentas, ecopontos, zona de compostagem, iluminação e pontos de água, que será recolhida de um poço existente no terreno.
Dina e Condinho fazem ‘dobradinha’ em grandes marchas
LOCAL
PALMELA
MONTIJO
A 23.ª Mostra de Vinhos de Fernando Pó decorre até este domingo para dar a provar ao público os melhores néctares da localidade. O evento conta com prova de vinhos, concursos, gastronomia, passeios e muita animação musical nas renovadas instalações da Associação Cultural e Recreativa de Fernando Pó, cujo investimento ronda os 160 mil euros. A iniciativa permite que o público prove e adquira uma vasta gama de vinhos das adegas sediadas no concelho, contacte com empresas produtoras e conheça os rostos que estão por detrás das marcas. Há também passeios a pé ou em bicicleta pelos jardins das vinhas. O presidente do município realça que a mostra contribui para afirmar «a identidade» de Fernando Pó, como terra de «bons vinhos», e apela para que o público vá passar um fim-de-semana «único» na zona rural que caminha para «uma aldeia vinhateira».
O município aprovou, no dia 9, a atribuição de apoios a várias associações para a realização de festas populares, num valor total de 29 mil euros. Foram atribuídos 1 200 euros para as Festas do Br.º das Colinas do Oriente, 6 200 euros para as Festas de N.ª Sr.ª da Atalaia, 5 mil euros para as Festas de Canha, 3 600 euros para as Festas de Sarilhos Grandes, 5 mil euros para as Festas de S. João em Pegões, 2 mil euros para as Festas das Figueiras, 2 mil euros para as Festas do Alto Estanqueiro, 2 mil euros para as Festas das Taipadas e 2 mil euros para a Feira da Gastronomia e da Flor na Lançada. A câmara já tinha atribuído 2 mil euros para as Festas de St.º Isidro de Pegões e irá, igualmente, conceder mais 2 mil euros às Festas dos Foros do Trapo. No total, e excecionando as Festas de S. Pedro, a autarquia atribuiu 33 mil euros às festividades a realizar nas diferentes freguesias.
ALCOCHETE
ALMADA
O executivo municipal aprovou por unanimidade, em sessão pública, a requalificação das ruas Francisco Diogo e António Maria Cardoso, em Alcochete. O vereador Pedro Lavrado referiu que o valor da obra na rua Francisco Diogo é superior a 35 mil euros e consiste na melhoria do pavimento, com execução de uma nova rede de águas pluviais. Destacou ainda que «no entroncamento com a rua Carlos Manuel Rodrigues Francisco será colocada uma ilha ecológica com os ecopontos enterrados e será também feita uma alteração à iluminação pública com novas luminárias, mais modernas e eficientes, e colocado novo mobiliário urbano». Sobre a requalificação da rua António Maria Cardoso, o autarca disse que «a obra tem custo estimado em 91.500 euros e prevê a colocação de novo pavimento em calçada miúda de vidraço branco».
Da decisão democrática de um grupo de jovens nasceu a rampa que torna, desde o dia 9, o Espaço Jovem do Centro Comunitário PIA II acessível a todos. A construção desta rampa, com 55 metros de extensão, vem facilitar, a pessoas portadoras de deficiência e/ou com mobilidade reduzida, o acesso entre a via pública e a entrada do Espaço Jovem do Centro Comunitário PIA II, no Monte de Caparica. «Hoje é um dia muito especial», sublinhou Inês de Medeiros. «Do exercício daquilo que pode ser um orçamento participativo resultou um extraordinário gesto de generosidade» dos jovens que votaram pela construção da rampa de acesso ao Espaço Jovem, proposta por Adilson Tavares, um jovem com mobilidade reduzida. «Pensaram no vosso amigo e esse gesto de solidariedade é o que mais celebramos aqui hoje», realçou a autarca.
MOITA
BARREIRO
Estão a terminar as obras de revitalização do velho mercado municipal de Alhos Vedros que estava fechado. A obra visa reabilitar o edifício e o espaço envolvente, por forma a dinamizar este local. O antigo mercado passará a denominar-se de Fábrica de Artes Visuais e Ofícios, um novo equipamento coletivo destinado ao movimento associativo e a acolher residências artísticas, feiras e eventos de artes e ofícios. As obras incidiram na remodelação do espaço interior do mercado e infraestruturas necessárias à sua nova utilização, eliminando-se também as barreiras arquitetónicas. No exterior, apostou-se num aspeto mais contemporâneo e arrojado, beneficiando-se igualmente o espaço envolvente, através do enquadramento paisagístico e ajardinamento já concretizado.
A cerimónia de apresentação do programa das comemorações do Dia Municipal do Bombeiro, do concelho do Barreiro, decorreu no Parque da Cidade e contou com as presenças dos comandantes das corporações Sul e Sueste e Barreiro. Para honrar os soldados da paz o município tem preparado um programa de iniciativas que inclui exercícios de evacuação nas escolas, de 14 a 16 de maio, e o «quartel aberto», dias 17 e 18. No dia 19, dia municipal do Bombeiro, as cerimónias começam às 9h30 com o hastear das bandeiras no quartel dos Voluntários do Barreiro e às 10h00 no quartel dos Bombeiros Sul e Sueste. A sessão solene e o desfile motorizado e apeado das forças decorrerão no Largo do Mercado 1º de Maio, às 11h30.
Fernando Pó acolhe mostra de vinhos
Município apoia festas populares
SEIXAL
2.ª revisão às GOP permitem obras no espaço público
O município aprovou, dia 4, a 2.ª revisão às Grandes Opções do Plano e Orçamento para 2018 e vários contratos-programa e ajudas financeiras a coletividades. Estão reunidas condições para concretizar várias obras em equipamentos para melhorar a qualidade de vida das pessoas.
A
pós a aprovação da 1.ª revisão às GOP de 2018, a 22 de março, e considerando a necessidade de inscrever novos projetos, ao nível do Plano Plurianual de Investimento, das atividades mais relevantes e ainda a necessidade de efetuar ajustamentos às dotações da despesa, de forma a garantir o desenvolvimento dos procedimentos, foi aprovada a incorporação de parte do saldo de gerência da execução orçamental de cerca de 12 milhões de euros, que será agora submetida à aprovação da assembleia municipal. No que se refere às GOP, para 2018, o edil Joaquim Santos referiu que «com esta aprovação o município estará em condições de concretizar várias obras em equipamentos, espaços públicos ou infraestruturas, o que irá ter reflexos na melhoria do serviço público que prestamos à população». Foram aprovados diversos contratos-programa e comparticipações financeiras, no valor de cerca de 640 mil euros, a coletividades e associações. Destaque para a aprovação de 200 mil euros para o novo quartel dos Bombeiros Mistos de Amora. Foram também aprovadas ajudas financeiras ao Tocá Rufar, de cerca de 95 mil e 500 euros para a construção da futura sede da associação, assim como 200 mil euros à Associação Unitária de Reformados, Pensionistas e Idosos da Torre da Marinha, para ampliação da sede.
Requalificação de ruas no centro histórico avança
Antigo mercado vira espaço de artes visuais e ofícios
Centro comunitário PIA II mais acessível
Concelho comemora dia Municipal do Bombeiro
2018 | 12 DE MAIO | SÁBADO | SEMMAIS | 7
CULTURA
PRODUÇÃO DE LA FÉRIA, “EU SAIO NA PRÓXIMA, E VOCÊ”, É UM SUCESSO
«É uma autêntica prova de fogo para dois grandes comediantes»
Sementes com programação para miúdos e graúdos
Está a ser um caso sério de afluência de público o novo espetáculo do Politeama. Marina Mota e João Baião dão vida a mais de 30 personagens emocionando e divertindo o público com talento e mestria em palco. TEXTO ANTÓNIO LUIS IMAGEM SM
O
novo espetáculo de Filipe La Féria, “Eu saio na próxima, e Você?”, protagonizado por Marina Mota e João Baião, que estreou em abril, continua a esgotar o Teatro Politeama, em Lisboa. O musical, que conta a história de um casal e recorda vários momentos importantes da História de Portugal, tem agradado bastante ao público, e o encenador Filipe La Féria, durante a estreia, sublinhou que a reação do público foi a «melhor», não tendo dúvidas de que o espetáculo é «fantástico e divertido». Com um mês e meio
de ensaios, “Eu saio na próxima, e Você?” é «uma autêntica prova de fogo para dois grandes comediantes, João e Marina», opina o encenador, que apesar de não receber apoios do Estado, sublinha: «O apoio grande que temos é do público». Marina Mota, que se mostra «muito satisfeita» com a estreia da nova produção de Filipe La Féria, refere que é um espetáculo «divertido e em que muitos casais se reveem na história. Eu também me identifiquei com algumas discussões que às vezes não fazem sentido». Já João Baião, que não esconde o seu contentamento com a estreia «maravilhosa», refere que não estava à espera de «tão boa reação» do
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público. «Identifiquei-me em muitas cenas, no separa e casa. Algumas coisas até fomos nós que sugerimos, em termos de texto, pois tem a ver com nossa experiência de vida. É um grande desafio, pois é um espetáculo diferente do que eu tenho feito com o Filipe La Féria», vinca. E deixa um convite ao pú-
blico, orgulhoso: «Venham ver o espetáculo porque é divertido e emocionante». Para ver esta adaptação do texto do dramaturgo catalão, Adolfo Marsilhach, onde Marina Mota e João Baião vestem a pele de mais de 30 personagens diferentes, o custo dos bilhetes varia entre os 10 e os 30 euros.
23.ª edição de Sementes - Mostra Internacional de Artes para o Pequeno Público, organizada pelo Teatro Extremo, decorre entre 18 de maio e 3 de junho, com um orçamento superior a 100 mil euros. Rui Cerveira, da organização, antevê «um novo êxito, como tem sido nos últimos anos, com plateias esgotadas e espetáculos de rua com grande adesão. É o que indica a já solicitação de aquisição de bilhetes mesmo antes de divulgarmos a programação». De entre as novidades, é de destacar a adesão ao festival do município de Loures. Nesta 23.ª edição, haverá teatro, música, marionetas, circo, cinema, dança, artes de rua e exposições. O cer-
tame conta com projetos de artistas profissionais consagrados e emergentes, nacionais e estrangeiros, nomeadamente de Espanha, França, Itália, Bulgária, República Checa e Brasil, de reconhecida qualidade, muitos deles premiados internacionalmente em vários espaços de Almada e de Alcochete, Barreiro, Loures, Moita, Montemor-o-Novo, Seixal e Sesimbra. Estão agendadas três estreias, nomeadamente o espetáculo “Laika”, do Xirriquiteula Teatre (Espanha); o concerto da CantAr-te; e o espetáculo “Os Chefes, os Auxiliares e os Outros”, pela Cena Múltipla. A edição do ano passado do Sementes envolveu uma afluência superior a 13 mil espectadores.
CULTURA
(I)MIGRANTES DE PULLEYN TEATRO JOAQUIM BENITE
Com encenação de Graeme Pulleyn, não deixe de ver a criação coletiva “(I)migrantes”, de Graeme Pulleyn, que fala sobre a crise dos refugiados. Pelo Teatro do Noroeste – Centro Dramático de Viana do Castelo.
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RAIO
ALMADA12MAIO21H30
SETÚBAL12MAIO22H00 SAMUEL APRESENTA CD CASA DA CULTURA
O músico apresenta o mais recente trabalho “Sempre um fim, sempre um começo”, no ciclo Raízes e Criação, na Música Popular Portuguesa. Organização da Associação José Afonso.
PALMELA12MAIO18H00
LEONOR ALCÁCER
«Quero continuar a trabalhar naquilo que gosto»
Natural de Alcácer do Sal, a atriz Leonor Alcácer, do signo Caranguejo, sonha em continuar a trabalhar naquilo que gosta: o teatro. Conhecer o Perú e deliciar-se com petiscos alentejanos são as suas preferências.
Qual o seu maior vício? Framboesas.
POR ANTÓNIO LUÍS IMAGEM SM
EM PIJAMA NO TEATRO
Que livro anda a ler ou leu ultimamente? “Decameron”, de Boccacio.
CINE-TEATRO S. JOÃO Passar uma noite com programa repleto de atividades e surpresas, é o que propõe o “Em Pijama no Teatro”. A atividade, dirigida aos mais jovens, é organizada pela Passos e Compassos/DançArte. Os participantes vão dormir no palco e passear de pijama num teatro e conhecer a sua história.
Qual o seu maior sonho profissional? Trabalhar sempre naquilo que gosto.
Qual o último filme que viu no cinema? “3 cartazes à beira da estrada”.
E pessoal? Tornar-me a versão mais sublime de mim própria.
Melhor peça de teatro? “Reservado”, de Leonor Alcácer.
Cidade preferida? Lisboa.
Melhor música de sempre? “Pachelbel Canon”.
SANTIAGO DO CACÈM 12MAIO22H00
Qual o local que gostaria de conhecer e que ainda não visitou? Perú.
Qual a sua maior virtude? Sou um poço.
ESCOLA PADRE ANTÓNIO MACEDO
Um desejo para 2018? Cumprir os meus objetivos.
“AMORZINHO”
A Associação Cultural TRUTA apresenta a peça “Amorzinho”, o primeiro volume da coleção Ephemera, da biblioteca e arquivo de José Pacheco Pereira, em Vila Nova de St.º André.
MOITA12MAIO21H30
BB BLUES FEST APRESENTA CARTAZ FORUM JOSÉ MANUEL FIGUEIREDO
A apresentação do cartaz completo do 7.º BB Blues Fest acontece numa noite de celebração do blues, com o português Vítor Bacalhau e o americano Chris O’Leary em palco. Já estão confirmados Frankie Chavez, John Németh e Ian Siegal.
SESIMBRA12MAIO16H00 CONCERTO COM TRIO CREMELOQUE
Quem convidaria para um jantar a dois? Teria que ser um almoço. Quem é o homem mais sexy do Mundo? Brad Pitt em “O curioso caso de Benjamin Button”. Complete: A minha vida é… Um espanto. O que não suporta no sexo oposto? O mesmo que não suporto no meu, falta de integridade. Comida e bebida preferida? Queijo de cabra, azeitonas, pão alentejano e um copo de tinto.
ArteViva põe em palco “Jogo de Massacre”
E defeito? Sou perfeita. Como se chama o seu animal de estimação? Não tenho. O que levaria para uma ilha deserta? Livros de poesia. Dia ou noite? Ambos. O que mais teme na vida? Que o céu caia. A quem ofereceria um presente envenenado? Isso não se oferece a ninguém. O maior desgosto da sua vida? Assistir ao envenenamento do planeta Terra.
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FORTALEZA DE SANTIAGO
Não perca o concerto com o Trio Cremeloque, constituído por Luís Marques (oboé), Franz-Jürgen Dörsam (fagote) e Savka Konjikusic (piano).
BARREIRO12MAIO16H00 FESTIVAL DE DANÇA
AUDITÓRIO AUGUSTO CABRITA Sobe ao palco o Festival de Dança, promovido pelo município, em parceria com Ana Nascimento. A iniciativa, que visa promover a dança no Barreiro, destina-se a escolas, companhias e grupos de dança e bailarinos. GANHE CONVITES PARA O TEATRO Esta semana temos convites para os nossos leitores irem ao teatro ver os novos espetáculos de Filipe La Feria, “Eu saio na próxima, e Você?”, com Marina Mota e João Baião, em cena no Politeama, e do ArteViva, do Barreiro, “Jogo de Massacre”, de Eugéne Ionesco. E, se ainda não viu, ainda pode também ganhar convites para a revista popular no Teatro Maria Vitória “Portugal em Revista”.
A
companhia ArteViva, do Barreiro, acaba de estrear “Jogo de Massacre”, de Eugéne Ionesco, com encenação de Carina Silva. A encenadora apela a que o público vá ao teatro e que se divirta, uma vez que as suas expetativas em torno do espetáculo são «muito boas». Sobre a peça, Carina Silva conta que «o que interessa neste espetáculo não é tanto a ‘epidemia’ em si, mas a reação dos homens face à brutalidade da morte. A ‘peste’ é a morte, independentemente de todas as suas causas. São colocadas em cena personagens que, na maioria das vezes, se recusam a reconhecer a realidade,
seres transtornados pelo medo, pela surpresa, como se nunca tivessem imaginado que a morte fosse uma realidade». Com personagens «imbecis» em palco, o público vai descobrindo que esses personagens são «cada vez mais inquietantes, ameaçadores ou invasores. Os imbecis tornaram-se mortíferos, proliferantes e insidiosos». Com Alexandre Antunes, Ana Sofia Samora, Catarina Santana, Celeste Mestre, Luís Pacheco, Patrocínia Cristóvão, Ricardo Guerreiro, Rita Reis, Sara Santinho, Vanda Robalo e Vítor Nuno Para ver às sextas e sábados, às 21h30, no Teatro Municipal do Barreiro. 2018 | 12 DE MAIO | SÁBADO | SEMMAIS | 9
POLÍTICA
NOVO AEROPORTO NA BASE AÉREA Nº 6 REQUER UM PLANO DE EMERGÊNCIA MUNICIPAL
PSD Alcochete acredita que aeroporto Montijo/Alcochete será uma mais-valia O estudo de impacto ambiental encomendado pela ANA não levanta objeções à construção do novo aeroporto do Montijo. A notícia agrada aos social democratas de Alcochete que, ainda assim, exigem ao executivo de Fernando Pinto um Plano de Emergência adequado à nova realidade. TEXTO ELOÍSA SILVA IMAGEM SM
O
PSD de Alcochete congratula-se com o resultado do estudo de impacte ambiental, encomendado pela ANA- Aeroportos, que demonstra «não haver objeções à construção do novo aeroporto na Base Aérea nº 6». Ainda assim, Paulo Gomes da Silva admite, através de comunicado, que a câmara de Alcochete deverá «ter um plano de emergência municipal adequado a essa realidade» já que, acusa o presidente dos social democratas de Alcochete, «desde que tomou posse nunca teve essa
preocupação, considerando a falta de interesse no funcionamento do conselho municipal de segurança». Porém, e perante a nota divulgada esta semana à comunicação social, a concelhia do PSD de Alcochete, acredita que o novo aeroporto seja «uma mais-valia para o desenvolvimento dos dois concelhos», se, entre outros aspetos, também for considerada a realidades de infraestruturas internacionais «que possam ser replicadas aqui», salienta Gomes da Silva. O social democrata reconhece que apesar dos aspetos positivos a observar, caberá à autarquia de Alcochete «pugnar por um aero-
porto que sirva os interesses do concelho e não o contrário». Principalmente, enaltece, no que se refere «à mobilidade territorial». Neste comunicado oficial o PSD de Alcochete assume que «sempre esteve a favor do novo aeroporto na Base Aérea nº 6», no entanto nem toda a estrutura parece partilhar desta posição. É o caso de Zeferino Boal, militante do PPPD/ PSD e responsável do Grupo de Estudos e Planeamento de Alcochete, que, em artigos publicados no Semmais, sempre criticou a opção Montijo por «estar condicionada no tempo de crescimento a pouco mais de duas décadas e ainda devido
a questões de segurança, tendo dúvidas relativamente aos estudos de
João Ferreira, eurodeputado do PCP visitou comunidades piscatórias
U
ma delegação constituída por dirigentes do PCP, eleitos nas autarquias dos concelhos de Setúbal e Sesimbra, acompanhada de representantes da Administração portuária (APSS), visitou as duas comunidades piscatórias, ouviu os pescadores e registou a grande dificuldade que a pequena pesca costeira atravessa, com o agravar de problemas, entre os quais, «o excesso de zelo provocado por severas regras de
fiscalização, normas de funcionamento e aspetos burocráticos cada vez mais exagerados, a contínua desvalorização do preço do pescado em lota, a imposição de quotas insuficientes para a sardinha e outras espécies, e a falta de investimento na doca dos pescadores em Setúbal, onde se exige um melhor ordenamento e obras de reparação por parte da APSS». O PCP apresentou e, continua a defen-
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der, «propostas para a resolução destes e de outros problemas», que estão enumeradas num documento que foi distribuído aos pescadores durante a visita. João Ferreira continua a pugnar «pela urgente valorização do preço do pescado, a existência de uma única entidade fiscalizadora, maior facilidade na obtenção de documentos, melhoria das infraestruturas e entidades ligadas à pesca, e o aumento da
quota de captura da sardinha». Além disso, o eurodeputado mantém o foco na urgente revisão do Plano de Ordenamento do Parque Natural da Arrábida e na consequente regulamentação do Parque Marinho Luiz Saldanha. Em nota de imprensa, o PCP reconhece e «valoriza» os importantes avanços no setor da pesca, como foi o caso mais recente do apoio à gasolina para a pequena pesca, que passou a ser definitivo». Ainda assim, manifestaram os representantes do partido, há muito a fazer no âmbito da atividade piscatória e o PCP reafirmou, durante a visita aos portos de pesca, que «os pescadores podem continuar a contar com a sua ação, ao nível local, na Assembleia da República e no Parlamento Europeu e devem juntar-se ao PCP na defesa da pequena pesca em Portugal», enalteceu João Ferreira. *E.S.
impacte ambientais que acabam nos limites da eventual infraestrutura,
tendo em conta que está rodeada por áreas de proteção especial».
Livro de Vítor Ramalho «Crónica de uma amizade fixe» é apresentado sexta feira no IPJ
A
amizade e o entendimento «cúmplice» entre Vítor Ramalho e Mário Soares foram o ponto de partida para a realização do livro «Crónica de uma amizade fixe» que vai ser apresentado na próxima sexta-feira (18) às 21h no Instituto Português da Juventude em Setúbal, no Largo José Afonso. A apresentação da obra de Vítor Ramalho, «um testemunho sobre o entendimento cúmplice que uniu Mário Soares e Vítor Ramalho em situações, confrontos ou
alianças com protagonistas da vida partidária e política bem conhecidos», estará a cargo do professor catedrático João Ferreira do Amaral e de Vasco Gonçalves, da JS, além do responsável da editora «Temas e debates», Guilherme Gomes. A cerimónia, que contará com a atuação do Grupo Coral Luísa Todi, é organizada pela secção e concelhia do Partido Socialista de Setúbal com o apoio da Federação Distrital. *E.S.
DESPORTO
ELITE MUNDIAL DE NATAÇÃO ESTARÁ CONCENTRADA EM SETÚBAL DE 4 A 10 DE JUNHO
Taça do Mundo de Águas Abertas já conta com 100 atletas inscritos Setúbal pode vir a acolher a prova de qualificação para os jogos olímpicos de Tóquio. A intenção foi revelada por António Silva, presidente da Federação Portuguesa de Natação, durante a apresentação da «Setúbal Bay 2018». A terceira etapa da Taça do Mundo de águas abertas realiza-se a 9 de junho em Setúbal. TEXTO ELOÍSA SILVA IMAGEM SM
A
elite mundial de natação de águas abertas, incluindo os campeões olímpicos da modalidade, vai estar em Setúbal de 4 a 10 de junho para participar naquela que é a «prova que fica marcada pelo número record de atletas inscritos». O anúncio da inscrição de mais de 100 nadadores, até agora, foi feito pelo presidente da Federação Portuguesa de Natação, António Silva, durante a conferência de imprensa de apresentação da «Setúbal Bay 2018» que decorreu a bordo do galeão «Mara-
vilha do Sado». De entre as 12 edições da Taça do Mundo de águas abertas já realizadas em Setúbal esta é a que reúne o maior número de inscritos num marco
que suporta «a cobiça» de outros municípios em chamar a si a realização desta prova desportiva. Precavendo essa eventualidade, Maria das Dores Meira, edil setu-
balense, avançou que já garantiu «que a prova irá continuar a realizar-se aqui, pelo menos até 2021, em virtude da celebração de um contrato com a Federação que nos dá essa certeza», vincou. Na «Setúbal Bay 2018», que decorre dia 9 de junho, às 16h00, estarão representantes de 21 países, num total de 120 atletas, numa prova que, segundo o vereador do desporto na câmara de Setúbal, Pedro Pina, reflete «a visão que o município tem para o desenvolvimento desportivo, desde logo ao potenciar o rio Sado e a Serra da Arrábida». Tendo o desporto «uma filosofia estruturante na cidade»,
a estratégia municipal passa por «abranger uma dupla valência que alia atividades desportivas de caráter mais popular com eventos de alta competição», admitiu Pedro Pina. Desde 2006 que a etapa da Taça do Mundo de águas abertas passa pela cidade sadina, mas este ano apresenta uma novidade dirigida a jovens atletas não federados. O Open Challenge FINA/ HOSA Marathon Swim World Series 2018, composto por três competições, uma com 200 metros, com início às 09h30, outra com 600 metros, às 10h00, ambas para atletas até aos 10 anos, e uma terceira para
nadadores com mais de 14 anos, de 1660 metros. Luís Liberato, presidente do comité organizador da “Setúbal Bay” e membro de um comité técnico da Federação Internacional de Natação esclareceu que esta prova é «uma nova aposta da Federação Internacional de Natação, num ciclo que se pretende de quatro anos» durante o qual se assegure a «promoção da natação e da disciplina de águas abertas», auspiciando uma participação anual de 1500 atletas por evento. A Taça do Mundo de águas abertas decorre dia 9 de junho com início no Parque Urbano de Albarquel às 16h00.
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NEGÓCIOS
DGAV GARANTE QUE É RESPEITADA A DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DOS ANIMAIS
Jornalistas e deputados assistiram ao embarque de animais no Porto de Setúbal A Direção Geral de Alimentação e Veterinária convidou jornalistas e deputados da comissão de agricultura a assistir ao processo de embarque de animais vivos no Porto de Setúbal. Admitindo que houve um incidente em 71 viagens o diretor geral da DGAV pede ponderação nas críticas garantindo que estão a ser respeitados os direitos dos animais. TEXTO ELOÍSA SILVA IMAGEM SM
A
Direção Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) que, segundo o seu diretor geral Fernando Bernardo, «é a organização nacional que mais se preocupa com a salvaguarda do bem-estar dos animais e com o cumprimento das regras da declaração universal dos seus direitos», quis contribuir para a desmistificação que «se diz existir» relativamente ao transporte marítimo de animais. Para dissipar as dúvidas, a DGAV chamou a comunicação social e os deputados da comissão de agricultura para visitar o navio Bahijah, na zona internacional do Porto de Setúbal, e assistir ao início do carregamento de mais de 20 mil animais cujo destino é Israel. Os produtores de bovinos e ovinos afirmam, num comunicado distribuído no local, que «a qualidade reconhecida ao produto nacional resulta, em muito, do respeito pelo bem-estar animal». Até porque, como foi referido pelo representante dos produtores na visita ao Porto de Setúbal, «esta atividade económica teria os dias contados se os animais não chegassem ao destino bem tratados e em condições sanitárias apropriadas». As opiniões dos deputados parlamentares, depois
da deslocação ao navio, e de ouvir o diretor geral pormenorizar o processo de carregamento e embarque, são divergentes. Se António Ventura, Patrícia Fonseca e Pedro do Carmo, PSD, CDS/PP e PS, respetivamente, «não detetaram nenhuma anomalia», constatando «que a legislação é estritamente cumprida», considerando «levianas e infundadas» as acusações de maus tratos no embarque e a bordo, André Silva, do PAN, chamou à ação da DGAV «uma operação de cosmética, uma vez que não nos é permitido estar no navio já com os animais lá dentro», enquanto que para Sandra Cunha, do BE, a visita «mais não foi que uma encenação de transparência daquilo que não é transparente porque não vemos a acomodação dos animais». DGAV garante que respeita a legislação Sensível às opiniões de pessoas «que desconhecem o processo, mas embarcam em situações fantasiosas» Fernando Bernardo, diretor geral da DGAV fez um balanço positivo da iniciativa, organizada em conjunto com a administração portuária e o representante dos produtores nacionais. Na visita à zona de embarque dos animais, com a presença do produtor responsável pela exploração de origem e que alegou, de forma informal, «serem sempre cumpridas as regras impostas», os jor-
nalistas e deputados foram devidamente equipados para entrar em dois, dos sete, pisos do navio- estábulo Bahijah, durante o processo de carregamento da alimentação e palha para acomodação. No interior da embarcação que tem, por piso, «dois compartimentos isolados para tratar animais que, durante a viagem, apresentem algum problema de saúde», Fernando Bernardo explicou o «processo rigoroso» do transporte marítimo de animais que «começa ainda nas explorações». «Dois ou três dias antes da chegada dos camiões das explorações o navio é vistoriado, é nos entregue um plano de carga, para dizer onde é posto cada animal, e este plano de carga é analisado pelo nosso pessoal. Depois dessa avaliação analisa-se o stock de reserva de alimentação e palha, os nossos 500 veterinários identificam os animais por número de brinco, para confirmar se correspondem à informação dada pelo produtor durante o período de quarentena e, por fim, conferem, já a bordo, que os animais têm aptidão para fazer a viagem». No caso de um animal adoecer, Fernando Bernardo explica que na equipa indicada pelo armador do navio, há sempre um responsável máximo que avalia o estado de saúde do animal e, «sempre que ocorre uma situação
anormal, de sofrimento, procede-se a uma occisão humanitária, e não a um abate como muitos afirmam», e o cadáver «é recolhido ou é lançado ao mar, nunca a menos de 100 milhas da costa. A pessoa designada pelo armador, para esta tarefa, tem experiência confirmada nesse domínio», garante Fernando Bernardo. Às acusações dos estivadores (recentemente ouvidos no parlamento) de «práticas bárbaras, quer no carregamento dos animais quer na viagem», Fernando Bernardo estranha essa «questão, uma vez que os estivadores nem estão diretamente relacionados com esta atividade». A este propósito o responsável pede para que todos tentem ser «mais isentos e avaliem os factos tal como eles existem». O diretor geral da DGAV reconhece, no entanto, que «houve um incidente com um carneiro, aqui, a ser descarregado, que deu origem a um processo de inquérito, a uma avaliação, a uma decisão e ao sancionamos o transportador que praticou aquele ato. Mas foi só aquele, em 71 viagens de navios, houve apenas um caso», ressalva. A DGAV garante que «respeita e faz cumprir os direitos dos animais, que é uma coisa que os outros organismos da administração pública não fazem, porque essa é uma exigência exclusiva nossa. E, portanto, não existirá, seguramente, no país, nenhuma organização
mais preocupada com o bem-estar dos animais e com a salvaguarda do seu bem-estar do que a DGAV. Não é possível». O resto, diz, «são situações fantasiosas que se criam à volta destas situações». Aos que se insurgem contra esta atividade, que não deixa de ser «economicamente importante para o país», a DGAV apela a que «se informem, que recolham informação fidedigna, rigorosa e que tenham algum filtro e alguma capacidade crítica e analítica para perceber o que é que ocorre de facto». E se as pretensões de alguns deputados, de exigir a permanência de um veterinário a bordo dos navios-estábulo, forem concretizadas Fernando Bernardo garante que «vai fazer cumprir a lei». Até porque, lembra, «nós já insistimos, a título privado, com os produtores para que ponham um veterinário a bordo e isso aconteceu, numa viagem daqui
para a Argélia, e o relatório é bastante interessante e claro». A visita dos jornalistas e dos deputados ao Porto de Setúbal para assistir ao processo de carregamento de animais vivos permitiu, ainda, à DGAV deixar um alerta aos produtores e aos ativistas que se manifestam junto aos portões do Porto. Aos primeiros que continuem a verificar, «como têm feito», as condições de transporte terrestre entre a exploração e o navio- estábulo que, muitas vezes, é o mais preocupante «já que os animais viajam de pé, sem comida e sem poder descansar». Aos segundos que «se lembrem que cada vez que se atiram para a frente de um camião carregado de animais obrigam a uma travagem brusca, por parte do condutor, o que faz com que eles (animais) caiam para cima uns dos outros e fiquem além de feridos, traumatizados».
E-TECH Portugal começou ontem e espera, até ao final do dia de hoje, 10 mil visitantes
C
omeçou ontem no CAIS 3, no porto de Setúbal, a 3ª edição do maior evento tecnológico realizado em Portugal, organizado pela EDUGEP – Escola de Programação, em parceria com a câmara de Setúbal, a Associação Nacional de Professores de Informática e a Associação Industrial da Península de Setúbal.
Este ano o tema do certame está centrado na «Cidadania e Segurança Digital» e conta, ainda du-
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rante o dia de hoje, com vários encontros para debater a atualidade, discutir o futuro e preparar
o caminho para as novas gerações. São esperados mais de 10 mil visitantes. Instituto Politécnico de Setúbal (IPS) como instituição de ensino superior de referência na área das Tecnologias de Informação, Comunicações e Eletrónica (TICE), estará representado em expositor próprio para divulgação da sua oferta formativa, propondo-se também a
partilhar com os jovens e famílias presentes as várias experiências que a Escola Superior de Tecnologia de Setúbal (ESTSetúbal/IPS) preparou para o efeito. Entre elas destacam-se o popular simulador de voo, o chamativo IPS Neon, logótipo animado do IPS, ou ainda o amplificador de áudio Blue Music, a flauta eletrónica e a garra automática.
A Direção-Geral da Educação (DGE) também está presente na terceira edição do evento e participará hoje, na conferência «Cidadania e Segurança Digital-Qual o papel da escola» que decorre entre as 10h e as 12h no espaço Conferência da E-Tech, cuja sessão de encerramento está agendada para as 18h. *E.S
NEGÓCIOS
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OPINIÃO
EDITORIAL
Preços e Tarifas da eletricidade
RAUL TAVARES DIRETOR
Os ‘braseiros’ da politiquice
O
verão que se aproxima é ‘sui generis’. Ainda nem chegaram as esperadas e ansiadas altas temperaturas, que permitem as idas à praia e os banhos de sol e de mar, e ainda duram as faíscas dos incêndios do ano passado. Parece ser óbvio que o governo está a juntar trincheiras para que as labaredas deste ano (é uma inevitabilidade natural) não nos façam sofrer. Que se queime mato, que se desassossegue parte da nossa protecção civil, mas que se evite feridos, mortes e perda de bens. Parece também haver mais helicópteros, as câmaras andaram atrás de quem não quis limpar as suas frentes de arvoredo combustível, foi dada formação a soldados a sério e voltaram os vigilantes - desta feita não para vigiar a época estival, mas também partes da primavera e do Outubro - essas estações que já não são o que eram. Portanto, apesar de uma falta aqui e de uma demissão ali, com as tragédias do ano passado, há sinais de resposta. Em particular onde os pode haver: na concepção, no planeamento e no terreno. Lá em cima, no manto de Quem faz o sol, o frio, a chuva, vento, e até aquela coisa fofinha da neve, ninguém manda, só se for com os ‘bitates’ das metereologias. Há uma coisa que não muda. São os políticos. Todos eles. E isso é quase pior que a hecatombe dos fogos, sejam eles de que espécies forem. A oposição cavalgou a onda da tragédia de Pedrogão de uma forma imbecil e já anteviu que mesmo com todas as medidas tomadas, a ‘Gerigonça’ pode cair este verão, se as condições climatéricas foram iguais ou ainda mais devastadoras das que nos assolaram o ano passado. O Presidente da República, também carpiu a sua antevisão e prometeu não se recandidatar se as labaredas se suplantarem aos meios que as esperam. Entendo a dúvida metódica. Percebo, até, os interesses instalados, como as centenas de milhões que nos têm passado à frente da vista com a venda em hasta pública da madeira queimada nos braseiros incendiários do verão passado, mas na política não pode valer tudo. Parece que está meio mundo à espera que voltem as fogueiras de morte, porque estas podem ser o alento político de um futuro que está aí à mão de semear. É triste! O nosso país político e partidário é muito pequenino e, em algumas circunstâncias, quase dá dó. E ninguém se safa. O presidente da República está a fazer chantagem com o Universo e as suas forças. Não havia necessidade…
A
análise aos preços/tarifas da eletricidade vigentes, e as razões de política publica que os determinam, constitui exercício complexo mesmo quando apenas registada em tópicos. No domínio da eletricidade, não obstante a enorme pressão política exercida no sentido da liberalização e privatização, não há, de facto, aquilo a que se possa chamar um mercado tradicional. Como a própria ERSE diz num documento base, estamos perante atividades desenvolvidas pelas reguladas “num quadro de monopólio natural” perante o qual Regulador define os proveitos permitidos às privadas reguladas “por forma a emular um mercado concorrencial”! Se é o Regulador a dizê-lo... Em Portugal, e não só, criou-se na opinião pública a “sensação de mercado”, designadamente porque estão hoje disponíveis aos consumidores domésticos cerca de 120 tabelas de preços de energia elétrica, propostos por 17 empresas comercializadoras. Estas empresas comercializadoras de eletricidade - nem todas atuam no todo territorial português - têm meios e dimensões muitíssimo diferenciados. Só algumas delas, que dominam, fazem parte dos grandes agregados multinacionais. São, de facto, empórios verticalizados, com especial domínio da privada EDP. Os proveitos permitidos pela entidade reguladora fundamentam-se na remuneração dos ativos imobilizados e ainda não amortizados, a taxas que já andaram nos dois dígitos e, presentemente, estarão à volta dos 6,5%. É daqui que nascem os significativos EBIT e os luminosos lucros e dividendos. Negócio rico e seguro, portanto. Ainda hoje o “preço” no mercado liberalizado é constituído, numa larga parte, por componentes de natureza tarifária, isto é, reguladas técnico-administrativamente pela entidade publica reguladora ERSE. Apenas em pouco mais de três por cento poderá haver variação na comercialização. E não pode deixar de ser assim porque estamos no domínio de atividades que se desenvolvem através de redes e em monopólio. A grande diferença para o anterior paradigma (gestão e posse publica dos ativos), é que, agora, as empresas que atuam ao
longo da cadeia de valor, desde a produção até à comercialização, passando pelo transporte e distribuição, são todas privadas, sendo elas que recebem o que é pago pelos consumidores. São, então, as empresas privadas monopolistas e reguladas que, de facto, recebem a maioria os “custos políticos” cobrados aos consumidores, genericamente designados por CIEG – Custos de Interesse Económico Geral, onde avultam os muito referidos CMEC, CAE e os fabulosos subsídios às produtoras de eletricidade a partir de fontes renováveis. Estes custos, não sendo impostos ou taxas, passam para a opinião pública como tal. Apresenta-se uma síntese conclusiva obtida após pormenorizado estudo que poderá ser consultado em preços e tarifas in academia.edu: 1. Os preços da energia elétrica para os consumidores domésticos agravaram-se de forma abrupta a partir de 2005/2006; 2. A banda onde ocorreu maior agravamento foi a DA, a de consumos mais baixos, isto é, de consumidores mais expostos e com escassa capacidade negocial; 3. Relativamente à generalidade dos países europeus o aumento dos preços da eletricidade para os consumidores domésticos foi mais intenso em Portugal; de 2010 para 2017, na banda DC, por exemplo, o preço que era o oitavo mais elevado passou ao terceiro lugar; 4. E em termos de paridade de poder de compra (PPS/KWh) ocupa-se o terceiro lugar europeu na banda DB, e o primeiro lugar na DC; 5. A componente dos preços que mais tem pressionado em alta os consumidores é o da categoria “com taxas, impostos e cargas político-administrativas”, já que ao nível da “energia e redes” os valores, embora com variações, têm-se mantido relativamente estacionários; 6. Em Portugal, tal como na Alemanha, Espanha, Irlanda, República Checa e Suécia, a banda de consumos onde os preços são nitidamente mais altos é a DA, ou seja, a de consumidores mais expostos economicamente; em países como o Reino Unido, França, Áustria, Dinamarca e Polónia há harmonização dos preços
ATUALIDADES DEMÉTRIO ALVES INVESTIGADOR DA UNL-FCSH
entre bandas e, no caso da Grécia e Holanda os preços são mais elevados em bandas de maior consumo; 7. Nos consumidores não domésticos, onde estão incluídos os industriais e outros com atividade económica, os preços também escalaram a partir de 2005, acontecendo, em particular, nas bandas IA e IB onde estão a grande parte dos consumidores; 8. Em termos de paridade de poder de compra (PPS/kWh) o preço na banda IA em Portugal é a mais alta da Europa, muito acima do que se passa na Finlândia, Suécia, Reino unido, Luxemburgo, Noruega, Áustria, etc.; 9. Os preços da eletricidade para os grandes consumidores não domésticos têm sido muito menos pressionantes, tendo mesmo descido em 2014; 10. Desde 2005 a produção de energia elétrica com base na eólica tem vindo a crescer substancialmente em termos absolutos e relativos, a hidráulica tem-se mantido embora com volatilidade e a produção térmica tem descido; a expressão da energia com base na geotermia e no fotovoltaico tem sido quase irrelevante; 11. A produção endógena renovável tem continuado, contudo, a significar pouco mais do que um terço da produção total doméstica de 1990 para cá; 12. Também na energia final consumida o peso da eletricidade renovável e de outras utilizações de renováveis se tem mantido abaixo do 30%; 13. A participação das energias renováveis, que tem crescido na produção de eletricidade, tem-se mantido a baixo dos 30 % no que respeita ao consumo final bruto de energia; 14. As exportações de eletricidade e de energias renováveis (outras que não através de eletricidade) têm vindo a aumentar desde 2008 o que significa que os consumidores portugueses têm subsidiado exportações feitas, por vezes, a baixos valores por MWh; 15. As transações no MIBEL têm
vindo a flutuar desde 2008 e, muito particularmente nos últimos dois anos, evidencia-se uma tendência anacrónica e incoerente com o portfolio produtivo e com o excesso de oferta existente, o que aponta para a necessidade de um rigoroso escrutínio a este “mercado”; 16. As emissões de CO2/habitante têm-se mantido um pouco abaixo das 7 ton/hab, isto é, não tem havido uma redução sensível desde 1995, tendo mesmo aumentado de 2014 para 2015 aquando da retoma da atividade económica), o que deixa em dúvida o discurso sobre o “sucesso na descarbonatação” que, supostamente, estaria a crescer com a introdução das renováveis; 17. As intensidades energéticas do produto, tanto a relativa à energia primária, como em relação à energia final e à eletricidade, têm-se mantido pouco alteradas, o que significa uma de duas ou as duas coisas em simultâneo: baixa produção para o consumo energético e/ou insuficiente modernização dos sistemas e equipamentos; 18. A dependência energética apenas diminuiu cerca de 10 % de 2005 a 2017, tendo aliás crescido de novo em 2015 e 2016, sinal de que nenhuma alteração estrutural terá sido introduzida no setor energético português, e isto não obstante o discurso entusiasmado em torno das renováveis; 19. A introdução das energias renováveis é muito baixa no setor dos transportes o que significa o atraso na penetração do modo ferro carril eletrificado. Estes tópicos traduzem a realidade objetiva. Talvez o leitor fique chocado e em dúvida, porque, face à propaganda dos últimos anos acerca de uma suposta “revolução energética”, o que aqui se deixa registado não bate certo. Por isso sugere-se aos interessados que analisem os factos que subjazem na espuma das aparências.
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ermitam-me uma interrupção nas minhas reflexões habituais para um desabafo. Nos últimos tempos, ouvi - embora nunca directamente - que achavam que eu tinha determinada ideologia política (e, por isso, certamente era militante de um determinado partido). Ora, de que forma devo interpretar tais insinuações, eu que nunca fiz parte de nenhum partido nem nenhuma jota, nem tal me passou ou tem passado pela cabeça? Chamemos os bois pelos nomes: estas insinuações têm surgido no Montijo, cidade onde decidi viver, onde fundei e dirijo uma companhia. Tenho sido crítico em relação ao que se passa no que se refere a política cultural? Sim. No entanto, o meu ponto de vista nada tem que ver com política partidária, mas sim com uma análise da realidade, comparando-a com casos de territórios que conheço, com exemplos de centros culturais, companhias, cinetea-
tros, bibliotecas ou museus que garantem aos seus habitantes um acesso regular a actividade artística e cultural que vá mais longe do que ver os amigos a impor os seus talentos praticados uma ou duas vezes por semana em entidades cujo fim é muito mais lucrativo do que cultural. Não, não preciso de fazer parte de nenhum partido para ter os olhos bem abertos e conseguir distinguir entre aquilo que é um passatempo simpático (e até louvável) e o que pertence ao território sério da criação artística e da actividade cultural. As minhas críticas nascem de uma indignação que se estende, aliás, ao que se passa na maior parte do país, seja qual for o partido no poder. Não tenho medo de assumir que estou contra a falta de investimento na cultura, muitas vezes em benefício de actividades de entretenimento com fins lucrativos. Enquanto numa só noite de festas populares se gastar mais do que na pro-
FIO DE PRUMO
Um desabafo
À PARTE
Demissão
LEVI MARTINS DIRETOR DA COMPANHIA MASCARENHAS-MARTINS
gramação de um cineteatro; enquanto o fogo de artifício continuar a ser mais importante do que o incentivo à leitura; enquanto o investimento a longo prazo estiver comprometido por receio de não se ganhar as próximas eleições, não esperem que fique em silêncio. Não sou socialista, social-democrata, comunista, bloquista, benfiquista, portista ou sportinguista. Sou um cidadão nascido em Portugal depois de 25 de Abril e estou disponível para contribuir para nos aproximarmos daquilo que a Constituição propõe, sobretudo no que se refere a arte e cultura. Não vou compactuar com aquilo que nos mantém num obscurantismo retrógrado e, lamento, recuso-
-me a viver com medo de exprimir aquilo em que acredito. Post Scriptum (assim por extenso para que não pareça PS): nem por acaso, vamos estrear um espectáculo cujo título é “O Medo de Existir”. Vai estar em cena de 17 a 20 de Maio no Cinema-Teatro Joaquim d’Almeida, Montijo. Embora não tenha sido escrito ou encenado por mim, tem uma certa relação com este meu texto. PS2 (assim passa, por lembrar mais uma consola de videojogos do que um partido): quem acha que sou o que não sou podia sempre perguntar-me directamente. Ou então pode continuar a acreditar no que bem entender. A verdade acaba sempre por vir ao de cima.
Câmara Municipal reforça investimento público e apoio às populações em mais 12 Milhões
F
oi aprovada na última Assembleia Municipal uma revisão orçamental no valor de 12 milhões de euros, que vem reforçar o investimento público no Concelho do Seixal. Este reforço do investimento só foi possível em virtude da boa gestão da Autarquia, uma vez mais demonstrada pelos excelentes resultados alcançados no ano de 2017: resultado líquido de quase 20 milhões de euros, redução da dívida em mais de 11 milhões e aumento do investimento em 18% relativamente a 2016. Excelentes resultados, aliados a uma política de apoio às populações, nomeadamente com uma nova redução do IMI ou os valores mais baixos das tarifas da água, saneamento e resíduos de toda a Área Metropolitana de Lisboa. Este reforço do investimento no Concelho vai permitir antecipar e concretizar importantes projectos para a nossa
população. Sectorialmente, a área do Ambiente e Serviços Urbanos é reforçada em quase 4 milhões, permitindo avançar com o Laboratório Vivo para a Descarbonização em torno da Baía do Seixal, melhorar o novo Modelo de Higiene Urbana no Município, e a remodelação de condutas principais de abastecimento público de água. De igual modo, cerca de 3,5 milhões são destinados à Educação, Cultura e Desporto, ampliando a requalificação de escolas básicas e jardins-de-infância, reforçando o apoio às actividades da escola pública como transportes ou material didáctico, alargando o programa de requalificação dos equipamentos culturais e desportivos do Movimento Associativo, bem como dos equipamentos culturais e desportivos municipais. Ainda vai permitir avançar com a requalificação do Estádio Municipal da Medideira.
SIGA O NOSSO CONCELHO JOAQUIM SANTOS PRESIDENTE DA C.M. DO SEIXAL
Também a área social, com mais 2 milhões, vê reforçado o processo de realojamento social do Bairro de Vale de Chícharos, a requalificação dos bairros sob gestão municipal e o apoio humanitário prestado pelos nossos bombeiros à população. Mais 1,3 milhões na área da Mobilidade e Transportes vão permitir avançar com a alternativa à Estrada Nacional 10 até Amora, e reforçar o programa de investimento e requalificação de diversas vias municipais e mais 1,1 milhões são destinados ao alargamento da rede de wi-fi a todos os equipamentos públicos e parques urbanos do município, e
ao aumento das verbas para o projecto de participação da população, melhorando ao serviço público e participação. Se o ano de 2017 ficou assinalado pelo reforço da consolidação económica da Câmara Municipal do Seixal e pelo crescimento do investimento público, o ano de 2018 está já marcado pelo reforço desse investimento e apoios públicos, num novo ciclo de progresso e desenvolvimento económico e social para o Concelho do Seixal, onde a Autarquia assume um papel central como motor deste crescimento e desenvolvimento, permitindo melhorar a qualidade de vida da nossa população.
A CASA DO PEIXE
CERVEJARIA - RESTAURANTE - PETISQUEIRA ,
JORGE SANTOS JORNALISTA
OPINIÃO
960 331 167 - RUA GENERAL GOMES FREIRE 138, SETÚBAL PORTUGAL
A
demissão de José Sócrates de militante do Partido Socialista aconteceu quase em simultâneo com o derby futebolístico do Sporting-Benfica, que resultou num nulo e que facilitou a proclamação dos «Dragões» como campeões nacionais. Nada de mal nisto pois todos têm direito a simpatizar com o clube que escolheram, mas a “bomba” da demissão acabou por não ter o impacto que se esperaria… Prevíamos que se voltasse ao tema, mas as “agendas” políticas não foram reabertas e as televisões e jornais lá nos foram dando o levantar do troféu, mesmo antes da derradeira jornada que também promete grande agitação pois os segundo e terceiro lugares ainda não estão definidos assim como as despromoções para o escalão secundário irão fazer correr muita tinta, como é costume dizer-se e onde o Vitória, o mais representativo do distrito de Setúbal, tem uma palavra a dizer. E porque a época futebolística está a chegar ao fim, aproxima-se a dos fogos, tema que nos vai enchendo de preocupação pois a me-
Nada de mal nisto pois todos têm direito a simpatizar com o clube que escolheram, mas a “bomba” da demissão acabou por não ter o impacto que se esperaria… mória do que se passou no ano transacto ainda está viva. O Governo foi tomando medidas e o comandante da Autoridade para a Protecção Civil, quando menos se esperava, demitiu-se e as preocupações aumentaram no meio, levando até o Presidente da República – talvez um pouco a destempo - a anunciar que não se recandidatará se o drama se repetir. E porque acreditamos que quem assume cargos o faz consciente de que tudo fará com sabedoria para servir todos e não só os que neles confiaram, ficamos de pé aguardando “ordens”.
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