Semmais 13 Dezembro 2014

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16 anos

Distribuído com o

A REGIÃO

SOMOS TODOS

NÓS

edição especial comemorativa do 16º aniversário do semmais

VENDA INTERDITA Sábado | 13 dezembro 2014

Diretor: Raul Tavares semanário — edição n.º 837 • 7.ª série — 0,50 € • região de setúbal

www.semmaisjornal.com

Cultura 9

Atual 5

Entrevista 10

Luís Represas em Sesimbra hoje para apresentar o seu último álbum "Cores"

As mortes por cancro não param de aumentar na região com números que pesam

Nuno Canta, edil do Montijo, faz balanço e acusa oposição de fantasiar a realidade Fotos: DR

O NÚMERO

DR

DA VERGONHA

Espanhóis juntam portos de Setúbal, Sines e Lisboa para pedirem linha férrea até Badajoz

Temos a região do país onde mais mulheres foram mortas por um familiar ou alguém com quem mantinham uma relação íntima. Entre janeiro e 30 de novembro, a península de Setúbal registou um total de sete vítimas de homicídio, segundo o Observatório de Mulheres Assassinadas, projeto da UMAR. É um número que envergonha no quadro da violência doméstica.

O presidente do Governo regional da Extremadura espanhola, José Monago, em declarações ao Semmais, diz querer incluir os portos de Sines, Setúbal e Lisboa na sua estratégia logística de ligação ao resto da Europa. E isso passa pelo projeto ferroviário. «É bom para todos», afirma.

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ÚLTIMA


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ESPAÇO PÚBLICO

EDITORIAL

Raul Tavares

A indústria associativa de volta?

O

associativismo empresarial na região teve um bom período, já muito distante, e depois morreu de forma lenta e dolorosa. Foi assim com a Aerset. Nos últimos tempos têm boas iniciativas nesta área, mas muito residuais. Lembro, a este propósito, a Associação de Comércio e Serviços, agora mais abrangente e, num cluster mais apertado, a comunidade portuária de Setúbal. Lembro também, a Adrepes e a CRV, também estas restritas a áreas muito particulares. Mas quero aludir à nova Associação de Indústria da Península de Setúbal (AISET), que aplaudo, sobretudo porque sempre senti as grandes empresas da região muito à margem deste espírito, com exceção de algum mecenato e alguma ligação ao ensino superior. Uma iniciativa a ter em atenção e, claro, para acompanhar de perto…

Ficha técnica

LETRAS EM PAPEL QUADRICULADO

Diretor: Raul Tavares; EditorChefe: Roberto Dores; Redação: Anabela Ventura, António Luís, Cristina Martins, Marta David, Rita Perdigão, Roberto Dores; Dep. Comercial: Cristina Almeida (coordenação). Projeto Gráfico: Edgar Melitão/”­e Kitchen Media” – Nova Zelândia. Departamento Gráfico: Natália Mendes. Serviços Administrativos e Financeiros: Mila Oliveira. Distribuição: José Ricardo e Carlos Lóio. Propriedade e Editor: Mediasado, Lda; NIPC 506806537 Concessão Produto: Mediasado, Lda NIPC 506806537. Redação: Largo José Joaquim Cabecinha nº8-D, (traseiras da Av. Bento Jesus Caraça) 2910-564 Setúbal. Tel.: 265 538 819 (geral); Fax.: 265 538 819. E-mail: redaccao.semmais@ mediasado.pt; publicidade. semmais@mediasado.pt. Administração e Comercial: Telem.: 93 53 88 102; Impressão: Empresa Gráfica Funchalense, SA – Rua Capela Nossa Senhora Conceição, 50 – Moralena 2715029 – Pêro Pinheiro. Tiragem: 45.000 (média semanal). Distribuição: VASP e Mediasado, Lda. Reg. ICS: 123090. Depósito Legal; 123227/98

Sexta • 13 dezembro 2014 • www.semmaisjornal.com

Carta aberta ao Senhor Elias Para ele ler antes da estreia

“O nosso talento consiste na vida que levamos” Fala de Harry em As neves do Kilimanjaro Caro Molo,

O

Harry está a morrer. Ele sabe isso, e a Helen também sabe, e tu também sabes. O Harry discute com a Helen, a Helen procura distraí-lo, e tu assistes a isto tudo – é o expediente que eles encontraram para não falar da evidência que não podem nomear: a morte que ronda, mascarada de uma “hiena de hálito fedorento”. Como bem sabia a Fedra, quando se nomeia uma coisa – no caso dela, a culpa –, essa coisa passa a ter existência, e pode ser insuportável viver com ela. Por isso não lhes fales da hiena, Molo. Deixa-a rir à vontade: é um bicho nojento. O Harry precisa de beber. Ele sabe que lhe faz mal, e a Helen sabe que lhe faz mal, e tu sabes que lhe faz mal. Mas

não deixes de trazer-lhe bebida, mesmo que isso te custe. O nosso Papa dizia que o Homem não nasceu para ser derrotado, e que pode perder tudo menos a dignidade. Resolveu a coisa com um tiro de carabina. Mas também definiu a “coragem” como tratando-se de manter a “graciosidade quando sob pressão”. Se eu estivesse no teu lugar, Molo, era isso que faria quando o Harry te pedisse mais uísque. Ele precisa de um amigo que o ajude a manter-se digno antes de a hiena chegar. Não te esqueças daquilo que ele te diz no fim, que “só interessa aguentares e fazeres o teu trabalho – e ver e ouvir e aprender”. Acho que essas são as ferramentas fundamentais para iniciares a mesma subida que o leopardo de que falas no início do espectáculo: a procura do Nada, porque “o

problema é o nada: é tudo um grande nada, e um homem não passa de nada”, embora eu também ache que para enfrentá-lo basta um pouco de limpeza e arrumação. “E de luz”. No caminho da subida, caro Molo, é natural que percas alguma da tua poesia, que tanto nos ajudou neste espectáculo. “No hay remedio”, como o Harry estava sempre a dizer à sua amante africana. Só acho que deves ir preenchendo o espaço deixado vazio por essa poesia com amor pela Vida e pela Arte – pelo Teatro. Depois vais ver que a poesia volta outra vez, mesmo que já não seja tão pura. Se fores capaz disto tudo, tornas-te actor, acho eu. Lembras-te de nos ensaios de lei-

O novo, o mau e o vilão

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ergio Leone e Clint Eastwood são dois nomes associados a um célebre western feito com poucos meios mas com muito talento. Tanto talento que um filme do longínquo ano de 1966 sobrevive até hoje. Passado na guerra civil norte-americana tem 3 anti-heróis à procura de um tesouro. Dois deles sabem, mas apenas parcialmente, onde está o tesouro. Dependem um do outro portanto. O terceiro persegue os primeiros dois e aguarda pela sua oportunidade. Não existe limites para os enganos, as trafulhices e as golpadas. O que parece não é. E o que menos se espera acaba por acontecer. Parece Portugal no seu pior. Também nós temos um novo (banco), um mau (banqueiro) e um vilão (politico). Só não temos o bom, no caso do filme, Clint Eastwood. Que é mais um “assim-assim” do que um bom. O novo banco é assim uma espécie de novo (nome) para um velho (banco). O que ficou da mudança foi

a perplexidade. A perplexidade com que 150 anos de uma empresa acaba num fim-de-semana. E nem era um fim-de-semana prolongado. A velocidade e o estrondo com que “respeitáveis” instituições passam a exemplos do que não deve ser uma gestão deve fazer-nos refletir. Deve fazer-nos pensar. Deve fazer-nos mais críticos e mais rigorosos. Fica como lição uma mistura de conclusões entre o “nem tudo o que luz é ouro” e “as aparências iludem”. Até quando as aparências nos iludem é a pergunta que fica. Até quando evitamos as perguntas incómodas? Até quando nos conformamos? Até quando queremos enganar-nos, no final, a nós próprios? Ficam então os “vilões”. Ou os “vilões” à espera de confirmação que o sejam. Sejam “vilões” banqueiros sejam “vilões” com maioria absoluta. Na verdade quem construiu esses “vilões” fomos nós ao recusarmo-nos a participar na construção de uma socieda-

Uma Qualquer Ilusão

A

Rodrigo Francisco Diretor da CTA

chuva continua a cair lá fora, o frio permanece implacável e o vento mostra toda a sua impiedade e eu, cá dentro, sentado no pequeno sofá que se encosta à janela do escritório, com as numerosas almofadas castanhas e a mesa de apoio mesmo ao meu lado, com uma chávena de café quente pousada, observo a rua. Sim, observo a rua, mas é como se não o fizesse. Na realidade, talvez a vislumbre, mas hoje sinto que observar e esperar são sinónimos. Creio que estou à espera... Creio que olho como quem aguarda e, às vezes, creio que nunca estou desperto para o mundo, creio que estou constantemen-

te à espera e que há qualquer coisa em mim que se alimenta de uma qualquer ilusão ridiculamente confortável, passiva, alastrante e intemporal. Com certeza que quem espero deve estar a chegar, já estou à espera há algumas horas, ou dias, para ser sincero, ou, talvez, até, há anos, não sei, já perdi a conta, mas sei que o céu está totalmente cinzento e vazio, que chove descomunalmente, que as árvores ressentem cada sopro do vento e que não se vê ninguém na rua - pudera, ninguém se lembra de sair de casa com este temporal à porta... Sim, talvez seja isso! Ninguém sai de casa com este tempo, por isso

Margarida Nieto Estudante é que ainda estou à espera, por isso é que ninguém apareceu ainda, quando a tempestade amainar, a espera vai acabar, estou certo... Peguei na chávena – o café estava, já, gelado e, de repente, lembrei-me: — Claro! Já não sabe onde moro! Levantei-me desesperadamente, vesti o primeiro casaco que encontrei, corri até à porta e saí de casa,

Jorge Humberto Silva Turismo Semmais de civil independente. Ao adotarmos uma visão redutora da cidadania. Num Portugal com mais intervenção dos cidadãos fica menos espaço e muito menos oportunidade para um qualquer “vilão” tomar conta do pedaço. Pelo contrário, o Portugal dos pedidos, dos subsídios, das cunhas e dos amiguinhos é exatamente o caldo de cultura para a afirmação dos “vilões”. Se cada um de nós aspirar a ser um pequeno “vilãozinho” com um mesquinho privilégio e uma qualquer menor vantagem, como é que podemos criticar os verdadeiros “vilões”? Podemos mas não devemos. Podemos mas não estamos a ser coerentes. Podemos mas é “conversa de café”. Aquele falar para não dizer nada.

continuando a correr até ao portão. Parei e olhei para um lado e para o outro - não se avistava ninguém, mas, talvez se permanecesse ali, fosse mais fácil encontrar-me, talvez me visse ao longe e viesse ter comigo. Sim, de certeza que é isso que vai acontecer. Passaram minutos, horas, e eu já estava totalmente encharcado, a tremer de frio, quando vejo o meu filho a correr para mim, a passos pequenos, típicos de um rapazinho de 6 anos: — Pai, sai daqui! Ficas doente! Esperas pelo avô dentro de casa. E, então, apercebi-me: — É claro! Estou à espera do avô! – quase gritei, olhando-o nos olhos. A tempestade, intensificou-se e o meu filho voltou a correr para casa, dizendo-me para ir também,

tura eu vos ter dito que todas as frases nesta peça são do Hemingway, excepto uma? Chegou a altura de te dizer qual é: na cena final o Harry diz que “a curiosidade é uma das ferramentas que mais utilizei no meu trabalho”. Esta frase foi-me dita no Verão passado por um encenador alemão de 74 anos, durante um pequeno-almoço. É um homem que tem poesia como a tua – mas da outra. Também sofre do mesmo mal que o leopardo. Esta noite é a tua estreia e eu gostava que antes de o espectáculo começar tu abraçasses cada um dos teus colegas. Eles vão augurar-te uma coisa feia, mas tu não ligues: são manias dos actores. Mas abraça-os, que eles merecem. O que conseguiram nesta peça é muito difícil: imagina só o que seria se tivesses de interpretar a parte submersa de um iceberg… Não te esqueças de abraçá-los, Molo: pode ser que a tua poesia se misture com a deles, e esta noite precisamos de ambas. Então até já, companheiro: agora tenho de ir andando. Vemo-nos lá em cima, a 6.000 metros de altitude!

Associações, coletividades, projetos comuns (e quantas vezes uma empresa não é também um projeto comum?) precisam-se. A ideia de que há sempre um novo “Dom Sebastião” a surgir é o prenúncio de novos “vilões”. Livres para atuar na ausência do pensamento e da ação independente. Cada novo discurso carregado de novidades é afinal um repositório de velharias. Cada novo discurso mais ou menos exaltado é a confirmação de que repetiremos tudo outra vez. A resposta está nos cidadãos. Não nos “líderes”. A construção de uma sociedade nunca foi um somatório de atos individuais. Antes o consenso do que é preciso fazer. Fazer e não falar. Construir e não complicar. Portugal é afinal uma coletividade. Precisa de mais sócios. De mais sócios que trabalhem e que contribuam. De mais sócios que se esforcem mesmo quando isso não é propriamente uma alegria. Porque, como qualquer coletividade, Portugal é dos seus cidadãos (sócios).

mas não fui, permaneci ali, já sabia quem esperava! E eis que meia hora depois um carro velho estaciona mesmo em frente ao portão da minha casa – esbocei um sorriso enorme e fui ao encontro dele. Um homem sai do carro e olha-me: — Então, mas o que raio fazes tu aqui, todo encharcado, homem! Essa cabeça não anda boa, não... – ele abanou a cabeça, suspirou e tocou-me nas costas, empurrando-me levemente, para que caminhássemos juntos para casa. Era o meu sogro. O meu sorriso esmoreceu e caí em mim – claro, o meu filho só tem um avô. Olhei uma última vez para a o céu cinzento, entrei em casa e fechei a porta atrás de mim


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Toca a todos

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FIO DE PRUMO

este tempo de Natal, em que mesmo os corações empedernidos se adoçam, em que somos mais propícios à reflexão e ao balanço das nossas vidas, devemos, igualmente, olhar em redor e deixar entrar uma lufada de solidariedade, sentimento que nos é requerido pelos mais sofrem. Se não formos capazes desta atitude altruísta, por demais concentrados nos nossos problemas, nas nossas dificuldades, atentemos, ao menos, às campainhas que pretendem despertar-nos a atenção para os males maiores que vão atingindo os mais desprotegidos, os que mais sofrem nestes tempos de austeridade, de fome e miséria. Por estes dias teve lugar uma iniciativa que juntou a RTP/RDP, a Câmara Municipal de Lisboa e a Cáritas, visando recolher fundos para obs-

tar à pobreza infantil, que os tempos de crise fizeram alcançar proporções alarmante. Refiro-me à campanha denominada “Toca a Todos” que, em consonância com o nome, pretende um envolvimento mais alargado de todos os portugueses. E bem se justifica, pois as causas que a determinam já fazem eco noutras instâncias internacionais, que pretendem chamar a atenção dos nossos governantes para a situação diagnosticada e que merece extrema preocupação. Recentemente, o Comité dos Direitos Económicos, Sociais e Culturais das Nações Unidas considerou que Portugal deve aumentar o salário mínimo nacional, alinhando-o com a evolução do custo de vida, e alargar os potenciais beneficiários do Rendimento Social de Inserção (RSI). Num dos seus relatórios continua “a mostrar preocupação que

José António Contradanças Gestor o salário mínimo não seja suficiente para dar aos trabalhadores e às suas famílias uma vida decente”, recomendando que “o mesmo seja revisto e ajustado em linha com o custo de vida”. Mesmo elogiando a decisão do Estado de aumentar o salário mínimo de 485 para 505 euros em outubro, depois de ter sido congelado desde 2011, refere que “o aumento da proporção de empregados que recebem o salário mínimo, passou de 5,5% em abril de 2007, para 12% em Outubro de 2013.” Este órgão criado pelo Conselho Económico e Social das Nações Unidas, composto por 18 peritos independentes, recomenda, igualmente, na parte que analisa os direitos

Aqui

C

ertamente já reparou que, quando ouvimos reportagens, principalmente em directo, nas nossas televisões e também nas rádios, embora nestes meios de comunicação, por não exigirem tanta atenção, tal passe mais despercebido - a palavra “aqui” aparece dita e repetida vezes sem conta.

Jorge Santos Colaborador O “fenómeno” é também partilhado pelos apresentadores dos programas da manhã e da tarde,

que não sendo jornalistas se servem do eventual sucesso para mostrar vida e ritmo. Quantas vezes ouvimos estes protagonistas dizerem que “temos aqui connosco…” como se aqui já não dispensasse o pronome. E quantas vezes não ouvimos alguém contestar certas decisões ou irregularidades, afirmando que “isto só acontece aqui”, esquecendo-se de que raramente saem do

laborais, no âmbito do direito ao emprego, que se dê atenção aos “benefícios usados no “Indexante de Apoios Sociais”, congelado nos últimos anos como parte das medidas de austeridade, bem como o montante mínimo do subsídio de doença, os quais não são suficientes para dar aos beneficiários e às suas famílias, um nível de vida decente, afetando em particular os grupos e pessoas mais desfavorecidos, não lhes garantindo uma subsistência mínima.” Assim, a ONU, depois de lembrar que a taxa de pobreza atingiu 18,7% em 2012, o nível mais elevado desde 2005, sublinha a sua preocupação com os “altos níveis de desigualdade no rendimento” e recomenda a Portugal que “fortaleça os esforços para combater a pobreza”, nomeadamente combatendo as falhas na cobertura da proteção social e a adequação dos subsídios, garantindo que o sistema de segurança social incida efetivamente sobre os

seu bairro e, do Mundo pouco ou nada sabem e, como tal a bitola de avaliação e comparação é, forçosamente, muito limitada. Curiosamente, quando muitos protagonistas com responsabilidade política ou não, se dirigem às massas, o vocabulário é mais cuidado, quase sempre redigido por assessores, e estes lapsos da repetição estão acautelados, mesmo que não se perceba tão bem o que querem dizer-nos.

que estão em alto risco de pobreza. Bem fizeram as entidades, que estiveram na base da campanha “Toca a Todos”, em eleger como principal preocupação a pobreza infantil, pois sabendo-a ser uma consequência da pobreza que atinge um número crescente de famílias, é aquela que nos deve merecer particular atenção, mais que não seja, porque se está a por em risco o futuro do país. O aumento da pobreza infantil em Portugal é dramático. Cerca de um quarto das crianças e jovens está em risco de pobreza, com o aumento deste fenómeno nas famílias com dois ou mais filhos ou nas famílias monoparentais. Neste tempo de Natal, em que à mesa da consoada tantos lembrarão os seus, forçados a emigrar do país, que vai ficando sem a sua riqueza, daqueles que são da geração mais bem preparada, façamos da solidariedade lema e atitude de ajudar os que sofrem tomados pela sua pobreza.

E, nestes casos, é frequente que no dia seguinte, surja um comunicado a “esclarecer que não era bem aquilo que fulano queria destacar”. Ao iniciar esta crónica, tínhamos como objectivo grafar o maior número possível da palavra “aqui” mas, confessamos que nos sentimos frustrados pois, mesmo contando com o título, não conseguimos mais do que fazê-lo seis vezes. Pub.

Crómio - O nutriente que pode ajudar a prevenir a diabetes A investigação demonstrou que a suplementação com crómio orgânico pode melhorar os marcadores de sensibilidade insulínica diminuída, e, deste modo, ajudar a prevenir a diabetes. SÃO CADA VEZ mais as pessoas que têm diabetes, nomeadamente diabetes tipo 2, que se caracteriza por sensibilidade insulínica diminuída. Os especialistas associam baixos níveis de crómio à resistência à insulina, e os estudos confirmam que a suplementação com levedura de crómio orgânico pode prevenir o aparecimento da diabetes e até ajudar os diabéticos, já diagnosticados, a controlar a sua doença.

O que é o crómio?

O crómio é um nutriente necessário para estabilizar os níveis de açúcar no sangue. Encontra-se presente em pequenas quantidades na nossa alimentação. A recomendação diária varia de país para país, mas afirma-se estar no intervalo de 50-200 microgramas. Obtemos crómio através das especiarias, carne, determinados vegetais e queijo.

Melhora o controlo da glucose

Um estudo checo, publicado no ano passado, investigou o efeito da levedura de crómio (ChromoPrecise) nos

marcadores da diabetes, tais como glicemia em jejum, hemoglobina glicosada (HbA1c) e lípidos séricos, em doentes com diabetes tipo 2. 100 microgramas de levedura de crómio tomados diariamente, durante oito semanas, fizeram baixar significativamente a glicemia em jejum e a HbA1c, o que indica que o controlo da glucose e a sensibilidade insulínica melhoraram. Pelo contrário, os níveis de glicemia em jejum e da HbA1c voltaram aos valores anteriores à toma da suplementação após oito semanas sem tomar crómio.

Confirmado por

outros estudos

Os investigadores, baseados nas suas observações, concluíram que a suplementação de crómio pode ser benéfica em doentes com diabetes tipo 2, que, em consequência de uma melhor resposta insulínica, podem melhorar o controlo da glucose. Há outros estudos que confirmaram resultados semelhantes, e também parece haver sinais de que a suplementação de crómio pode baixar os níveis de triglicéridos, na medida em que o crómio aju-

da o organismo a metabolizar os macronutrientes, como gorduras (lípidos), e a transformá-los em energia.

Ajuda a insulina

O crómio actua com a insulina para ajudar a levar a glucose da corrente sanguínea para as células, onde a glucose constitui uma fonte de energia importante. O crómio, juntamente com vários aminoácidos, forma uma molécula, chamada cromodulina, que “abre” a célula e, com isso, ajuda a insulina a transportar mais glucose para dentro da célula. Por outras palavras, o crómio ajuda as células a responderem mais rapidamente à acção da insulina, e é precisamente isto que aumenta a utilização da glucose. Fonte: Biol Trace Elem Res. 2013 Oct; 155(1): 1-4. O efeito da levedura de crómio enriquecido nos níveis de glicemia em jejum, hemoglobina glicosada e lípidos séricos, em doentes com diabetes mellitus tipo 2 tratados com insulina. Racek J1, Sindberg CD, Moesgaard S, Mainz J, Fabry J, Müller L, Rácová K.

Levedura de crómio – Maior absorção Ao adquirir um suplemento de crómio é importante optar por um que seja facilmente absorvido no corpo. A forma com maior absorção é a levedura de crómio orgânico: ChromoPrecise. Estudos mostram que a levedura de crómio orgânico ChromoPrecise tem uma absorção 10 vezes superior do que outras fontes sintéticas de crómio, tais como o picolinato de crómio e o cloreto de crómio. ChromoPrecise é a única levedura de crómio orgânico, na EU, para controlar o açúcar no sangue. A biodisponibilidade e a segurança, comprovadas, desta fonte de crómio são reconhecidas pela EFSA (Autoridade Europeia para a Segurança Alimentar).


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ATUAL Governador espanhol, António Monago, diz ao Semmais que «todos a ganhar»

Espanhóis juntam portos de Setúbal, Sines e Lisboa para pedirem linha férrea até Badajoz O governo regional da Extremadura espanhola quer contar com os portos de Sines e de Setúbal na sua estratégia logística e isso passa pela linha ferroviária. Os nossos aplaudem. Roberto Dores

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oi o próprio presidente do Governo Regional da Extremadura espanhola que deixou o apelo em declarações ao Semmais. José António Monago alertou que o porto de Sines é «essencial para que a península de Setúbal, Extremadura e Alentejo abram portas ao Mundo». Uma visão estratégica que, segundo disse, que «deve ser entendida por Pub.

Portugal, Espanha e União Europeia», traduzindo-se na concretização da linha férrea entre Sines e Badajoz, permitindo que o sector dos transportes de mercadorias prospere. «O nosso projeto visa incluir os portos portugueses – Sines, Setúbal e Lisboa numa estratégia logística em Badajoz, porque todos vamos ganhar com isso”, assegurou Monago, acrescentando ser hoje fundamental pensar esta zona da Eu-

ropa sem fronteiras. «As fítal que haja essa linha férrea eletrificada, para darsicas já caíram, mas é immos o salto que tanto preportante que caiam também as fronteiras mentais e que cisamos nos dois territórios haja uma postura de sincedo Sul da Europa, que perridade, num mundo compemitirá desenvolver sectores titivo como aqueles que tecomo o agroalimentar e agroindústria”. mos hoje», referiu o líder do Governo da ExNo horizonte exSines, aplaude tremadura. tremenho está o facdeclarações José António to do porto de Sines e diz projeto é Monago recorter uma projeção essencial dou que, sobrecom América que tudo o Alentejo e a Extre«deixa antever um grande madura, mas também alfuturo», insistiu Monago, adguns municípios do distrimitindo que «dizer isto assim até pode incomodar os to de Setúbal são regiões desfavorecidas na União Europortos espanhóis, mas a verpeia. «Sofremos de probledade é que se trata do porto mas que não afetam outras mais próximo e que queremos aproveitar», resumiu. zonas da Europa e precisamos de reunir condições Declarações que colhem para crescer», sublinhou, os aplausos da Administrareiterando ser “fundamenção do Porto de Sines, que

tenta alcançar o mesmo objetivo. O presidente João Franco apontou como meta o crescimento do mercado interno, designadamente com a ligação a Madrid. «E para isso, a plataforma de Badajoz é essencial e também uma melhor ligação de caminho-de-ferro para o incremento dos negócios que já existem». Recorde-se que o Governo já aprovou o investimento da linha férrea entre Sines e Caia, estando agora o projeto em fase de preparação para candidatura a fundos comunitários. 2015 ambiciona ser o ano do arranque das obras. Declarações que surgem depois de Badajoz ter anunciado oficialmente a cons-

trução da Plataforma Logística do Sudoeste Ibérico, mesmo sem esperar por Portugal para concretizar o projeto que tinha sido aprovado na Cimeira Ibérica realizada em Zamora, em Janeiro de 2009. O acordo prevê a construção de uma estação internacional de alta velocidade de Elvas – Badajoz, localizada na zona do


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Mortes por cancro no distrito mais do que duplicaram nos últimos 30 anos

rio Caia, na fronteira dos dois países, e uma estação de mercadorias, localizada no lado português, incluindo plataformas de vias, instalações para carga e descarga, acessos rodoviários e estacionamento para pesados. A Plataforma Logística do Sudoeste Europeu vai ficar localizada em Badajoz, junto à fronteira do Caia, ocu-

pará uma área de 60 hectares e terá uma capacidade mínima de carga e descarga diária de 16500 toneladas, após a conclusão da primeira fase. A plataforma será servida por um terminal rodoferroviário que terá capacidade para operar 11 comboios por dia com comprimento de 700 metros e 1.500 toneladas de carga.

O NÚMERO de mortes por cancro não pára de aumentar no distrito de Setúbal, aproximando-se aos valores ditados pelas doenças do aparelho circulatório, que continuam a ser as mais mortíferas na região, com um total de 2662 óbitos. Porém, entre os 13 concelhos, 2155 habitantes morreram vítimas de tumores malignos em 2012, segundo dados revelados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), o que traduz um aumento de 1193 pessoas face aos 962 falecimentos registados em 1981. O cancro nos intestinos é o que regista a maior taxa de mortalidade na região, chegando a provocar a morte a uma média anual superior às 500 pessoas. Ainda assim, os especialistas alertam que o cancro do intestino pode ser prevenido através de detecção antecipada. «Para isso é necessário que todas as pes-

Coração lidera preocupações Quanto as outras causas de morte no distrito, as doenças relacionadas com o coração continuam na frente das preocupações, mantendo uma tendência crescente ao logo dos 30 anos em análise, passando de 1801 óbitos para 2347. Já os acidentes, envenenamentos e suicídios provocaram 274 óbitos, diabetes 346, doenças do aparelho respiratório 833 e aparelho digestivo 299 e 105 suicídio.

soas com mais de 50 anos comecem a fazer o rastreio, embora os indivíduos que tenham familiares directos atingidos por este tipo de cancro devam começar o rastreio mais cedo», segundo Leopoldo de Matos, gastroenterologista. A doença aparece, em 90% dos casos, em pessoas acima dos 60 anos, pelo que os especialistas alertam para que o rastreio comece logo aos 50, uma vez que nessa altura a lesão ainda será benigna e fa-

cilmente curável. «Porém, se nada for feito, essa mesma lesão vai passar a maligna em dez anos», diz o mesmo especialista. Por concelhos, todos eles seguiram a tendência crescente. Almada contabilizou 493 mortes por tumores malignos em 2012, quando em 1981 o registo era de 198 óbitos, enquanto Setúbal lamentou há dois anos 347 vítimas da patologia, quando há 33 anos os dados oficiais indica-

vam 168. Já o Seixal somou 317 morte em 2012 contra as 92 de 1981, Alcochete (51 – 17), Barreiro (221-114), Moita (146– 102), Montijo (97-57), Palmela (168-63) e Sesimbra (10028). O Litoral Alentejo contabilizou 292 falecimentos atribuídos aos tumores malignos em 2012, depois dos 133 de 1981: Alcácer do Sal (53-37), Grândola (38-27), Santiago do Cacém (90-49) e Sines (34-20).

Bonfim e casa de Fernando Oliveira assaltados BOLAS, chuteiras, relógios e cronómetros pertencentes à equipa técnica liderada por Domingos Paciência foram roubados no passado fim-de-semana por assaltantes que invadiram o Estádio do Bonfim, em Setúbal. De modo a recolher provas que ajudem a resolver o

crime, já esteve no recinto do V. Setúbal a Polícia Judiciária. Os criminosos conseguiram aceder aos corredores que dão acesso aos balneários. Apesar de estar ainda em processo de investigação, suspeita-se que o assalto terá ocorrido na madrugada de do-

mingo, poucas horas depois de a equipa sénior de futebol ter regressado ao local após a derrota, por 1-0, no estádio do Estoril. Entretanto, na madrugada de terça-feira, a casa do presidente Fernando Oliveira, junto ao campo de Golfe do Montado, foi também assaltada, tendo sido furta-

do um jipe BMW X5. Os ladrões terão tido a tarefa facilitada, uma vez que encontraram a chave na ignição da viatura. À hora do roubo, Fernando Oliveira encontrava-se em casa com mais 5 pessoas, que não se aperceberam dos intrusos. Foi feita queixa na GNR de Palmela. Pub.

Capacidade do porto sadino para contentores é suficiente para 20 anos A CAPACIDADE do porto de Setúbal para contentores é suficiente para os próximos 20 anos e deverá ser esgotada primeiro, é a posição defendida pela Comunidade Portuária de Setúbal (CPS) e apresentada durante a conferência “Porto de Setúbal – A resposta imediata – Uma estratégia portuária coerente”, que decorreu a 4 de dezembro, no Fórum Luísa Todi. A ideia de que Setúbal apresenta todas as condições para complementar a oferta existente e, assim, respon-

der ao desafio do Governo de aumentar o movimento de contentores, em portos nacionais, de 2,2 milhões para 6,5 milhões, até 2020, sem qualquer investimento adicional, foi uma das ideias debatidas durante a sessão. O estudo apresentado por José Felício, presidente do Centro de Estudos de Gestão do ISEG, revela que o transporte de carga para a margem norte do Tejo é mais rápido se for feito a partir de Setúbal, do que a partir da Trafaria ou do Barreiro.


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ATUAL

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á aqui vos falei deste tema, mas nunca é demais chamar a atenção da população para uma situação que porventura não se estejam a aperceber e que estejam a ser desinformados. A Câmara Municipal do Seixal apresenta-nos quinzenalmente um Boletim de Propaganda Política, sob a capa institucional a que pomposamente chamam de Boletim Municipal. A oposição, desde tempos imemoriais que tem apontado o dedo à falta de democraticidade desse instrumento de divulgação política e a própria ERC sempre se tem pronunciado contra a forma como o documento é apresentado, mas para os executivos comunistas que têm gerido os nossos destinos, isso não interessa nada e não mudam uma vírgula da sua política editorial. Têm sido frequentes as descrições das Assembleias Municipais, assim como das Reuniões de Câmara, fazerem apenas menção das posições promovidas pela maioria, sem respeito pela posição (ou posições) dos representantes da oposição. Neste mandato tenho-me insurgido particularmente com uma prática recente: o partido da maioria na Câmara (CDU) tem apresentado em quase todas as Reuniões de Câmara uma ou mais “Tomadas de Posição”, em nome do executivo, relativamente a diversos assuntos. Sendo que juridicamente basta uma maioria para aprovar a subscrição dessas tomadas de posição, as mesmas estão automaticamente aprovadas com o voto dos seus proponentes, pois como sabem eles têm maioria, mas por vezes chegamos a consensos em nome dos superiores interesses

Paulo Edson Cunha Vereador PSD/Seixal municipais e, não raras vezes, tenho acompanhado essas tomadas de posição, inclusive contra o Governo PSD/CDS-PP. O que comecei a não gostar foi o facto de ver essas tomadas de posição publicadas no Boletim Municipal, sem qualquer menção especial às advertências ou alterações sugeridas pelos diversos partidos, nomeadamente por mim, englobando-me nas situações globais, como se eu concordasse com elas integralmente, o que não era verdade e eu tinha deixado isso bem expresso. Por isso deixei de subscrever “Tomadas de Posição”, mesmo que com elas concordasse. Fi-lo por uma questão de princípio e por convicção pessoal. Mesmo assim, não quero terminar esta crónica sem vos explicar que as Tomadas de Posição” continuam a aparecer no Boletim Municipal, como documentos aprovados na Câmara, sem o cuidado e o respeito institucional de mencionarem quais os vereadores, ou partidos que não as acompanham. Escudam-se na questão legal de bastar a amioria para as mesmas serem aprovadas, esquecendo-se que do ponto de vista ético isso é muito feio e é uma forma de subverter a verdade dos factos. Assim vai a nossa democracia, num concelho que se diz de Abril.

Pesca à sardinha pode recomeçar só em março AS EMBARCAÇÕEs que se dedicam à pesca da sardinha podem prolongar a paragem da apanha até ao mês de março, mais dois meses do que estava inicialmente previsto. A apanha da sardinha está suspensa desde dia 19 de setembro, por não estarem a ser cumpridos os mínimos do chamado princípio um do Padrão de Normas do MSC – o Estado da Unidade Populacional de Peixes, um princípio que exige que a atividade pesqueira se encontre a um nível de sustenA interdição estava prevista até final deste mês tabilidade para as populações da espécie. A suspensão que se previa até final do ano pode ser radas em 2011, o que demonsEste ano, a frota do cerco reprolongada até ao início de martra a queda a pique. cebeu apoios devido à paragem ço, uma vez que não deverá haNa região de Setúbal, regisbiológica imposta à captura de ver uma alteração substantiva tadas na Sesibal, existem casardinha – 20 euros por dia para da quota de pesca e os pescadores e 24 euros para a Incumprimento torze embarcações que assim, os armadores se dedicam à pesca do mestrança –, mas não existe qualdo padrão de pretendem aproveicerco e que empregam quer garantia do Governo de que normas ditou tar a captura numa perto de duas centesejam disponibilizados apoios interdição época em que a sarno próximo ano, o que poderá nas e meia de homens. dinha é mais lucrativa. Para além da sardinha, estes levar a que algumas associações A quota nacional deste ano barcos dedicam-se à apanha de de pescadores e armadores opnão deverá ir além das 14 mil cavala e carapau manteiga, duas tem por recomeçar a pescar antoneladas, valores muito lonespécies cuja rentabilidade é tes de março, logo que a suspenbastante inferior. ge das 57 mil toneladas captusão seja levantada. DR

CRÓNICA UM CAFÉ E DOIS DEDOS DE CONVERSA

Setúbal debate Plano Estratégico de Desenvolvimento A Câmara de Setúbal, em parceria com a empresa Augusto Mateus & Associados está a desenvolver um Plano Estratégico de Desenvolvimento Setúbal 2020, cuja fase tem vindo a contar com diversas personalidades e agentes locais. Esta semana decorreram três workshops, nos quais se procuraram recolheram, em debates, ideias, pistas e pontos críticos sobre três áreas distintas: “Competitividade e Internacionalização”; “Cultura, Criatividade e Desenvolvimento Urbano e Territorial” e “Atividade Turística”.

Pub.

CARTÓRIO NOTARIAL DE SETÚBAL

CARTÓRIO NOTARIAL DE SETÚBAL

NOTÁRIA MARIA TERESA OLIVEIRA

NOTÁRIA MARIA TERESA OLIVEIRA

Sito na Avenida 22 de Dezembro nº 21-D em Setúbal Certifico, para efeitos de publicação que no dia dois de Dezembro de dois mil e catorze, neste Cartório, foi lavrada uma escritura de justificação, a folhas 92 livro 274 – A, de escrituras diversas, na qual: Luísa Miranda Ferreira que também usa, Luíza Miranda Ferreira viúva, residente na Rua da Escola da Palhota, CCI 4137, Pinhal Novo em Palmela, contribuinte número 139553444 e Maria Isilda Ferreira Branco Lopes casada sob o regime da comunhão de adquiridos com José Augusto Lopes Fajardo, residentes na Rua da Escola da Palhota, CCI 4137, Pinhal Novo em Palmela, contribuinte número, justificaram a posse, em comum e sem determinação de parte ou de direito, invocando a usucapião, do seguinte imóvel: Prédio rústico, composto de horta e árvores de fruto, sito na Palhota, freguesia de Pinhal Novo, concelho de Palmela, com a área de quatro mil de doze metros quadrados, que confronta a Norte com Herdeiros de António Miranda Ferreira, a Sul com Herdeiros de Augusto Marques Balseiro, a Nascente com Rua da Escola da Palhota, e a Poente com Constantino Fernandes dos Santos, inscrito na matriz sob parte do artigo 54 da Secção J, da freguesia do Pinhal Novo, o qual proveio da matriz rústica 2166, a desanexar do prédio descrito na Conservatória do Registo Predial de Palmela sob o número treze mil setecentos e vinte e nove, da mencionada freguesia de Palmela. Está conforme. Cartório Notarial sito na Avenida 22 de Dezembro número 21-D em Setúbal, 02 de Dezembro de 2014.

Sito na Avenida 22 de Dezembro nº 21-D em Setúbal Certifico, para efeitos de publicação que no dia dois de Dezembro de dois mil e catorze, neste Cartório, foi lavrada uma escritura de justificação, a folhas 89 livro 274A, de escrituras diversas, na qual: Adelaide de Oliveira Saramago, viúva, residente na Rua da Escola da Palhota, CCI 4138, Pinhal Novo em Palmela, contribuinte número 136249868, Hélder Saramago Ferreira, solteiro, maior, residente na Avenida Alexandre Herculano,nº55, 3º Direito, Pinhal Novo em Palmela, contribuinte número 139430245 e Donatila do Carmo Saramago Ferreira, solteira, maior, residente na Rua da Escola da Palhota, CCI 4137, Pinhal Novo em Palmela, contribuinte número 192307878, justificaram a posse, em comum e sem determinação de parte ou de direito, invocando a usucapião, do seguinte imóvel: Prédio rústico, composto de horta e árvores de fruto, sito na Palhota, freguesia do Pinhal Novo, concelho de Palmela, com a área de quatro mil e doze metros quadrados, que confronta a Norte com António da Silva Marques, a Sul com Herdeiros de José Fernandes Branco, a Nascente com Rua da Escola da Palhota, e a Poente com Constantino Fernandes dos Santos, inscrito na matriz sob parte do artigo 54 da Secção J, da freguesia do Pinhal Novo, o qual proveio da matriz rústica 2166, a desanexar do prédio descrito na Conservatória do Registo Predial de Palmela sob o número treze mil setecentos e vinte e nove, da mencionada freguesia da Palmela. Está conforme. Cartório Notarial sito na Avenida 22 de Dezembro número 21-D em Setúbal, 02 de Dezembro de 2014.

A Notária, Maria Teresa Oliveira Conta registada sob o número 1889

A Notária, Maria Teresa Oliveira Conta registada com o número 1888


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LOCAL

Alcochete rejeita novo sistema municipal de água e saneamento

A PETROGAL, o município e 30 entidades assinaram, no dia 10, nos Paços do Concelho, protocolos de colaboração relativos a 2014, no montante total de 300 mil euros destinado ao reforço das atividades das coletividades e instituições culturais, desportivas e solidariedade social. Na cerimónia, o edil Nuno Mascarenhas agradeceu os apoios e disse esperar que a parceria se mantenha, para benefício do movimento associativo e da autarquia. Apelou à refinaria para que, em 2015, seja possível assinar os protocolos até final do primeiro trimestre do ano de modo a que as instituições possam aceder mais cedo aos valores atribuídos.

O EXECUTIVO aprovou parecer negativo ao projeto de Decreto-lei que visa a criação do Sistema Multimunicipal de Abastecimento de Água e Saneamento de Lisboa e Vale do Tejo, por agregação de 8 sistemas multimunicipais, entre os quais o da Simarsul, que o município integra. Esta posição foi aprovada por maioria, com a abstenção do vereador Vasco Pinto (PP). Assim, o município manifesta “a sua total recusa em aderir e integrar o proposto Sistema Multimunicipal de Abastecimento de Água e Saneamento de Lisboa e Vale do Tejo” e “exige a manutenção do atual SMM de Águas Residuais da Península e da respetiva sociedade gestora, a Simarsul”. O executivo “exige que se tenha em conta o papel determinante dos

D. R.

Petrogal apoia associativismo de Sines

Município exige que se tenha em conta o papel determinante das câmaras

municípios em todo o processo de reestruturação do sector da água” e “reitera a sua firme de determinação de desenvolver todas as ações ao seu alcance para impe-

DR

Sesimbra promove mel de qualidade Grândola O MERCADO municipal de Quinta com atividades do Conde recebe, de 13 a 21, a 7.ª natalícias para Cond’Mel, que volta a contar com produtores apícolas, alguns dos quais todos

Produtores divulgam produtos

do concelho. Vai haver mel, cera, propólis e os favos. Divulgar a apicultura e os seus derivados são as metas do certame organizado pela Associação de Apicultores da Península de Setúbal.

Mercado de Natal em Almada A OFICINA de Cultura e a Praça S. João Baptista recebem de 17 a 21, mais um Mercado de Natal Amigo da Terra, onde há prendas originais e muita animação. Um dos destaques é o lançamento do filme de animação “Papel

de Natal”, que junta marionetas e imagens reais rodadas em Almada, num filme inesquecível que passará em várias salas do país. A apresentação oficial é dia 21, às 17 horas, no teatro Joaquim Benite.

Barreiro com atividades para os mais novos no Forum A iniciativa “Barreiro Rocks 4 Kids” realiza-se este sábado e domingo, no Forum Barreiro, para animar os mais novos. Com entrada gratuita, o evento arranca este ano, para, durante dois dias, promover atividades

em torno da música destinadas aos mais novos. Neste fim-de-semana, o Forum Barreiro receberá desde concertos para crianças, a workshops de construção de instrumentos. A entrada é livre.

O MUNICÍPIO está a promover durante este mês, atividades recheadas de solidariedade e espírito natalício. Animação de rua, cinema, gastronomia, mercadinho, exposições e concertos de servem para assinalar o Natal. Uma Feira de Natal Solidária e um Presépio Vivo, um Desfile do Pai Natal, Mãe Natal e Duendes, um passeio do Pai Natal em bicicleta e um conjunto de Concertos de Natal pelas freguesias do concelho são algumas das atividades programadas para assinalar o “Natal em Grândola”.

dir a concretização da presente proposta de Decreto-Lei, na defesa intransigente das populações, do serviço público de água e na autonomia do Poder Local”.

O MUNICÍPIO e a Associação dos Agricultores promovem, dia 20, das 10 às 13 horas, no Poceirão, o debate “Agricultura Familiar, contributo para um sistema alimentar sustentável e para um mundo rural vivo”.

A iniciativa integra a mesa redonda “Agricultura Familiar, presente e futuro!”, com a participação da Confederação Nacional da Agricultura, da Associação de Agricultores do Distrito de Setúbal.

Montijo entrega chaves de habitação

71 pessoas com melhor habitação

bricado e remoção dos contentores, num investimento municipal que ronda 1 milhão de euros. Aquele edifício será composto por 5 salas destinadas ao 1.º ciclo do básico, sala de educação pré-escolar e espaço que irá funcionar como sala polivalente de refeições e para atividades comuns ao 1.º ciclo e pré-escolar.

Santiago quer posto médico de volta

Setúbal recebe plantas da Portucel

CONTINUAR a lutar pela reabertura do posto médico de Deixa-o-Resto e pela criação no local de uma sala de refeições para os alunos da escola básica local foram as conclusões da reunião que a Câmara e a Junta de Santo André realizaram com população. «Não obstante haver um espaço,

O PARQUE urbano de Albarquel e a Av.ª Luísa Todi contam com mais de 1 700 novas plantas, uma oferta da empresa Portucel. No parque foram plantados 560 espécimes, e a Av.ª Luísa Todi, recebeu 1 170 arbustos e herbáceas. A operação incluiu ainda a plantação de flores, o que

na escola, que serve de sala de refeições, o mesmo é exíguo. Aqui, ainda que provisoriamente, tem condições diferentes», explica o presidente Álvaro Beijinha. “Vão realizar-se aqui obras e agrada-me bastante que a população colabore e trabalhe de forma voluntária», vinca.

ESTÁ a decorrer, até dia 15, o concurso para o recrutamento de 31 postos de cantoneiros de limpeza. Podem candidatar-se trabalhadores com relação jurídica de emprego público na modalidade de contrato de trabalho em funções públicas por tempo indeterminado, bem como trabalhadores com relação jurídica de emprego público por tempo determinado ou determinável ou sem relação jurídica de emprego público previamente estabelecida.

Palmela debate agricultura familiar

Moita avança para ampliação de escola básica O MUNICÍPIO aprovou na reunião do dia 3, o projeto de execução, bem como a abertura do concurso público para a empreitada da “Ampliação da EB1/JI n.º 2 de Alhos Vedros, no Bairro Gouveia”, que engloba todas as obras do edifício a construir, o tratamento dos espaços exteriores, a demolição do pavilhão pré-fa-

Seixal abre concurso para 31 cantoneiros de limpeza

confere mais cor àquelas zonas. «É ao tratarmos dos espaços verdes, seja por iniciativas como a que a Portucel agora teve, seja através do trabalho desenvolvido pela Câmara, que se consegue tornar o concelho atrativo», salientou Maria das Dores Meira.

O MUNICÍPIO entregou, dia 11, as chaves de 15 casas sociais a famílias, no âmbito da sua política de solidariedade e de combate à pobreza e exclusão social. As casas de tipologias T1, T2 e T3 localizados nos bairros da Caneira, do Esteval e do Afonsoeiro, significam um apoio a 15 famílias, num total de 71 pessoas que passam, assim, a ter habitação condigna.

Melhores empadas de Lisboa são feitas em Alcácer UMA ‘PROVA-CEGA’ promovida pela revista “Time Out” concluiu que as empadas do café “O Cocho” são as melhores de Lisboa de entre um conjunto de sete empadas. Casimiro Jerónimo, pasteleiro e dono de um café em Alcácer do Sal, é o autor deste petisco e mostra-se bastante satisfeito com a distinção. «Estou feliz por reconhecerem as minhas empadas, que chegaram a Lisboa através de uns amigos», explica Casimiro. O cozinheiro diz que não existem grandes segredos, sendo que «onde podem existir diferenças é nos produtos utilizados para o recheio», diz Casimiro Jerónimo, acrescentando que aposta no «frango do campo ou linguiça de porco preto».


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CULTURA Maria Teresa Meireles

Terra

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erra, um dos quatro elementos ou «raízes do universo» (de acordo com Empédocles). Terra: feminino e seco (masculino e seco: o fogo; feminino e húmido: a água). De acordo com Michel Pastoureau: «Nas Imagens da Idade Média, a água é verde; o ar, azul; a terra, preta; o fogo, vermelho». Terra: pó, poeira, areia, lama, argila. Adão significa «terra vermelha», barro ou argila de que fomos moldados. «Terra» designa, simultaneamente, o planeta que habitamos (Planeta Azul); o espaço que opomos ao ocupado pela água (continentes);o solo que pisamos; a camada superficial desse solo que cultivamos; o local onde nascemos - ser “da mesma terra”, conterrâneo (a naturalidade). A Terra e a Água: a segunda dá-lhe a forma, molda-a, torna-a o que é. O além-terra, o além-mar – a terra e a conquista. Chamamentos vários. Nos contos/imaginário tradicional, a terra é o princípio e o fim de tudo: «No princípio do mundo, quando o homem cavava a terra, esta abria bocas e gritava. O homem queixou-se ao Senhor, e o Senhor disse à Terra: «Cala-te, que tudo criarás e tudo comerás». A expressão «com estes olhos que a terra há-de comer», sublinha a ideia da terra-ogre e a sua circularidade está também presente na adivinha: «Tive princípio, / mas não sei se terei fim. / Tudo crio / e tudo abraço no meu seio». Terra, o Tempo cíclico nesta quadra popular: «Eu sou devedor à terra / A terra me está devendo / A terra me paga em vida / E eu pago à terra em morrendo». Terra, enterrar, soterrar, «ser pó e ao pó voltar», reabsorção, devolução. Paz? Terra: solidez, segurança, materialização. Mãe Natureza. Terra-Mãe: o Mineral – o ventre da terra é prenhe, germina. O elemento terra é essencialmente entendido como riqueza e fortuna, seja ela a sorte que se espera obter quando se toma a resolução de «correr mundo» ou os tesouros escondidos em minas, grutas e subterrâneos. Terra, terreno, terreiro, território, demarcações – lugar de conflito, partilhas e heranças; luta e litígio; delimitações, sebes,

muros e fronteiras - a terra e a posse. Os «sem-terra». «Terra de ninguém» e a «terra dos filhos d’algo». Feudos e latifúndios. A terra a perder de vista. A terra conquistada palmo-a-palmo. Conquistar terras, «ganhar terreno», perder-se. «Buy earth, it is no longer produced», aconselhava Mark Twain. Terra: «agros», agricultura; «geo», geografia; «tellus», telúrico; «húmus», humildade. A terra é o elemento mais «trabalhado» pelo homem, daí os provérbios «Sol de Deus e sombra do dono fazem medrar a sementeira» ou «Mata a sede à terra, que ela te matará a fome». Boa terra para a agricultura, várzeas e campos de sementeiras. «Terra negra dá bom pão», diz o adagiário popular. A terra é o pão. Paraíso, Éden, a «Terra Prometida, fértil, onde escorre o leite e o mel» - abundância. «Terra do Nunca», nenhures; Utopia: «o não-lugar». Terra: o alto e o baixo – a montanha e o poço; a torre e o alçapão; o sótão e a cave – espaços e símbolos; diferentes sentidos. Terra agreste, seca e estéril. Desertos. Areia. O cheiro da terra. O fabuloso e intenso cheiro «a terra molhada», aquele cheiro que fica depois das grandes chuvadas. As mãos na terra: enterrar os dedos nela, semear. A terra mede a nossa dimensão humana a cada grão: avalia a tentativa de logro («atirar areia aos olhos»); a dimensão do erro («erros de médico, a terra os cobre»); a vulgaridade («ser terra-a-terra»), a invulgaridade («em terra de cegos, quem tem um olho é rei»); o desejado equilíbrio («nem tanto à terra, nem tanto ao mar»); as dificuldades de uma vida («comer o pão que o diabo amassou»), a sua banal conclusão («sob sete palmos de terra»). «Viagem ao Centro da Terra», de Júlio Verne; «A Voz da Terra», de Miguel Real; «Terra Sonâmbula», Mia Couto; «Terras do Demo», Aquilino Ribeiro; «Viagens na Minha Terra», de Garrett; «Em Nome da Terra», Vergílio Ferreira; «Terra Ocupada», de Urbano Tavares Rodrigues. A Terra define o nómada e o sedentário. Para Victor Hugo, ela distingue também o género: «Enfim, o homem está colocado onde termina a terra; a mulher, onde começa o céu».

Festival de Teatro do Seixal termina este sábado O 31.º Festival de Teatro do Seixal termina este sábado, com “Monstros S.A.” pela FC Produções Teatrais. O espetáculo tem lugar no auditório municipal às 21h30.O Festival de Teatro do Seixal teve início a 14

de novembro, e apresentou 10 peças, em várias salas do concelho. Esta foi uma oportunidade para conhecer o trabalho realizado pelas companhias locais e assistir a novas propostas de outros grupos do País.

Bruna Guerreiro é admiradora confessa de Dulce Pontes Estrela diz que as solicitações para espetáculos subiram desde que está no “The Voice Kids”. António Luís

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cantora setubalense de 12 anos, Bruna Guerreiro, promete lutar pela vitória, este domingo à noite, na final do programa “¬e Voice Kids”, da RTP-1. A jovem artista, após cinco meses envolvida no programa que descobre novos talentos para as cantigas, está «muito feliz» por ter ganho passaporte para a final, sublinhando que «trabalhou muito para isso». Bruna Guerreiro confessa que valeu a pena participar no “¬e Voice Kids” pela «experiência em si» e por «poder partilhar com as pessoas» o que mais gosta de fazer, que «é cantar». A estrela sadina revela que já fez «muitas amizades» no programa, as quais «poderão ser para a vida», sublinhando que «chegar até aqui foi maravilhoso», pelo que «ganhar será a realização de um sonho, o reconhecimento do meu esforço, em-

Bruna Guerreiro quer trazer a taça do “The Voice Kids” para Setúbal

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DICIONÁRIO ÍNTIMO

penho e dedicação à música». Bruna Guerreiro admite que «já está a ser marcante para a sua carreira a passagem pelo “¬e Voice Kids”, referindo que participar neste formato de programa tem «proporcionado algumas solici-

tações» para espetáculos. A jovem relembra que o seu grande sonho profissional passa por «uma carreira como cantora profissional, como a Dulce Pontes, porque ela é extraordinária».

Jovem setubalense lança campanha de angariação para produzir filme ‘low-cost’ O AMANTE da sétima arte setubalense Bruno Cristovão, de 35 anos, pretende angariar 4 mil euros para estrear-se no cinema e produzir a comédia romântica “E o Diabo criou a Mulher”. A campanha arrancou no dia 9 e irá prolongar-se por 60 dias. A verba destina-se a cobrir despesas de equipamento necessário à produção e pós-produção da longa-metragem de 90 minutos. «Quero estrear-me no Mundo do cinema e produzir um filme com

um valor muito pequeno para mostrar que se consegue produzir em Portugal à base de formas autónomas e regras ‘low-cost’», sublinha o promotor, que trabalha na área das telecomunicações e conta com o apoio dos amigos Nuno Morais, Fábio Ventura e Joana Marques. «Nos últimos anos, com a enorme baixa de preços de equipamentos digital e informático, tornou-se possível avançar para um projeto deste género. Aliás, em Inglaterra, já se produziu um filme de zombies

Bruno Cristóvão e outros dois jovens envolvidos na produção romântica

com 45 libras e muita coragem», conta Bruno Cristovão, que deposita boas expetativas no projeto. «Estou esperançado que a campanha seja um sucesso e que o filme chegue às salas de cinema para ser visto e apreciado por todos». A fita fala das «relações modernas entre o homem e a mulher. O poder partilhado sobre a relação, a paranoia criada à volta, o medo de começar ou recomeçar a vida a partir de uma certa idade», adianta o mentor do filme, que contará com atores com «vasta carreira teatral» mas que, para já, os seus nomes irão ficar no ‘segredo dos deuses’. Produzir um filme ‘low-cost’ pretende mostrar que «é possível existir projetos destes em Portugal e para trazer à tona o talento que existe por cá e que se perde devido ao sistema de produção existente». Na gaveta vai continuar uma outra comédia «tresloucada» que pretende ser «uma carta de amor ao Alentejo», dado que o financiamento tarda em chegar.


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O mestre António Chainho e os alunos da Escola da Guitarra Portuguesa apresentam um Concerto Solidário. Os produtos angariados serão distribuídos posteriormente às famílias carenciadas do município. Quem pretender ingressos terá de entregar bens e produtos alimentares. Auditório António Chainho, S. Cacém, 21h30.

Represas volta a Sesimbra

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Duetos de Natal O conhecido tenor Carlos Guilherme e a soprano Filipa Lopes interpretam peças sacras e tradicionais de Natal. Deixe-se contagiar pelo encanto deste recital que apresenta alguns dos trechos clássicos líricos e de Natal mais conhecidos do grande público. Igreja Matriz de S. Salvador, Sines, 21h30.

Conservatório mostra talentos

O Conservatório Regional de Artes do Montijo dá um concerto de Natal que envolve a apresentação da Orquestra e vários apontamentos musicais interpretados por alunos/professores. O coro infantil e juvenil, as orquestras de iniciação e a Orquestra Sinfónica interpretam obras de vários compositores. Teatro Joaquim d´Almeida, Montijo, 15h30.

OML dá concerto de Natal

A Orquestra Metropolitana de Lisboa, conduzida pelo maestro Nicholas Kraemer, e o Coro Sinfónico Lisboa Cantat interpretam a “Grande Missa em Dó Menor” e “Vesperae Solennes de Confessore”, de Mozart. Forum Luísa Todi, Setúbal, 21h30.

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Luís Represas apresenta o seu último álbum de estúdio, “Cores”. O cantor regressa a Sesimbra, sete anos depois, para dar concerto intimista e transversal com músicas do último CD e outros êxitos. Teatro João Mota, Sesimbra, 21h30.

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Concerto solidário

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O GRUPO Cénico da Sociedade Filarmónica Progresso Matos Galamba (Pazôa) levou ao palco, com lotação esgotada, no Teatro Pedro Nunes, em Alcácer do Sal, quatro representações da divertida revista popular “Vai Lá Vai!”, entre 5 e 8 deste mês, voltando a ser reposta a 23 e 24 de Janeiro de 2015. “Vai Lá Vai!” ambiciona, à imagem das anteriores produções deste grupo cénico, oferecer ao público um momento de «pura diversão e bem-estar, fazendo da gargalhada espontânea o tónico do Teatro Pedro Nunes», adianta o encenador Mauro Félix, que se mostra orgulhoso com o grande ‘feed-back’ do público. «Desde 2011 que fazemos este tipo de espetáculo, sempre com casa cheia. E, felizmente, continuamos com as sessões esgotadas. As pessoas aguardam sempre com grande expetativa a estreia da revista, um espetáculo popular e divertido, e os bilhetes esgotam antes da primeira apresentação», sublinha. Acompanhada ao vivo com a

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‘Pazôa’ põe cidade de Alcácer do Sal a rir com o novo teatro de revista popular “Vai lá Vai!”

banda filarmónica da coletividade, “Vai Lá Vai!” aposta em textos originais com enfoque na crítica social e política local e nacional. «Criticamos o poder local e nacional e falamos em algumas tradições do concelho. É um espetáculo muito divertido com uma crítica mordaz, não muito acentuada, que contribui para o enriquecimento da cultura popular local», vinca. A revista “Vai Lá Vai!” envol-

ve cerca de 40 pessoas em palco, entre elenco e equipa técnica, das mais variadas profissões, tem cenas alusivas às vendedoras de camarão da terra, ao caos dos centros de saúde e aos médicos cubanos, aos pategos dos montes que vão de trotinete ver a revista da Pazôa, aos bêbados que falam com a estátua de Pedro Nunes, três homens que falam da sua vida sexual, entre outros.

“Verdi que te quero Verdi” regressa aos palcos de Almada O ESPETÁCULO “Verdi que te quero Verdi” está de regresso ao Teatro Joaquim Benite, em Almada, entre 13 e 21 deste mês. Estreado em 2011, procura favorecer o contacto dos mais novos com o maravilhoso mundo da ópera e com as do célebre compositor Giuseppe Verdi. Cruzando aspetos biográficos

e o enredo de algumas das suas composições mais populares e trauteadas, criou-se um espetáculo simultaneamente pedagógico e lúdico, pensado «para divertir e transmitir sensações», como explica a encenadora Teresa Gafeira, mas que «confronta as crianças com aquilo que é a arte e lhes transmi-

te o gosto por um tipo de música com o qual a maioria não tem muito contacto». Os quatro desastrados cozinheiros prometem conquistar pais e filhos, professores e alunos, através da beleza das árias de Verdi e do encontro, em palco, de atores, marionetas, dança e melodias sem idade.


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POLÍTICA Presidente da Câmara de Montijo, Nuno Canta, em exclusivo, faz balanço de gestão, da oposição e de um concelho com

«A maioria das críticas da oposição são fantasias» Nuno Canta apresenta uma folha de serviço que classifica de excelente, de proximidade e com finanças saudáveis. Da oposição espera maior disponibilidade e diz estar a cumprir tudo o que prometeu.

Luta social e muita identidade A luta contra a exclusão como combate pela cidadania, igualdade e solidariedade é uma das premissas da gestão de Nuno Canta à frente da autarquia. «Em tempos de pobreza, temos de dar especial atenção às respostas sociais de proximidade e exprimir a solidariedade onde ela é indispensável, por isso todos os dias se fortalecem as respostas sociais», diz o edil. Dá como exemplo, as lojas sociais abertas este ano, a cedência de terrenos municipais para novas respostas, de onde se destaca o terreno cedido à CERCIMA para construção de lar de acolhimento para portadores de deficiência e as parcerias com as instituições de

Estes arranque de mandato têm tido uma oposição muito forte. Sente-se atacado politicamente? O que posso dizer-lhe a esse propósito é que neste primeiro ano de mandato tenho defendido causas, como a escola e os serviços públicos, a reabilitação urbana, a solidariedade, a saúde, o emprego, o desenvolvimento e a justiça. Estou a cumprir os compromissos eleitorais com o povo do Montijo e a dar voz aos anseios e espectativas de todos os montijenses. Mas esses ‘ataques’ à sua gestão têm sido evidentes, nomeadamente por parte do PSD… Pelo que referi do nosso trabalho concreto, não considero que o PSD tenha os protagonistas capazes de atacar politicamente as opções políticas que estamos a tomar de modo a modernizar, transformar e a desenvolver o concelho. A maioria das críticas são fantasias sem sustentação na realidade. Chega ao ponto de alguns autarcas do PSD apresentarem declarações em comunicados e, posteriormente, quando confrontados com as mesmas, as negam. Portanto, a describilidade a que chegou a oposição não belisca minimamente a nossa a ação política. E o que nos interessa é a proximidade do contato com as mais variadas realidades e mostrar a capacidade do poder local para com responsabilidade, resolver os problemas concretos das pessoas. Foi esse o mandato que os montijenses nos confiaram, pelo voto livre nas últimas eleições, e é esse mandato que cumpriremos até ao fim, com rigor, com lealdade e com humildade. Não deixa de haver um certo agastamento, após a disputa eleitoral e a perda de maioria, não concorda? O nosso primeiro ano de mandato não foi isento de dificuldades. A elas conseguimos responder com serenidade e firmeza. A governação em maioria relativa tem os seus aspetos negativos e positivos. Procuramos aproveitar as

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António Luís

solidariedade a rede social municipal. O autarca quer também apostar na identidade montijense. «Um fator que é a defesa e valorização do património cultural, material e imaterial», diz. E acrescenta: «Somos herdeiros de uma cultura que nos orgulha e de uma cidade que comemorou os 500 Anos de Foral Manuelino com orgulho, que realizou a Feira Quinhentista com memória, que realizou a Feira Nacional do Porco com sucesso, que abriu o Museu do Pescador com tradição, que utiliza o Cinema–Teatro Joaquim de Almeida com consciência cultural, que realiza as Festas Populares com tradição».

Para Nuno Canta, o chumbo do orçamento é uma dificuldade mas não um drama

virtudes dessa situação, no sentido de construir um diálogo com a oposição que realize as decisões necessárias, discutidas e participadas, sem cair na demagogia de impor situações unilaterais ou convocar maiorias negativas com o sentido de mera obstrução política. Quer dizer, apesar das dificuldades, a maioria relativa obriga a um maior consenso político entre o executivo e a oposição, e essa tem sido a nossa iniciativa, sem colocar minimamente em causa o projeto político do PS. Considero, que esse, foi o mandato que todos recebemos dos montijenses, por isso, governaremos até 2017 com esta maioria relativa. Ainda assim, podemos considerar que a sua gestão será sempre algo fragilizada por uma oposição forte, à esquerda e à direita? Não considero que, apesar da natural oposição política, sempre necessária num regime democrático, a mesma possa fragilizar a gestão do executivo socialista. Pois tenho procurado chamar à atenção para centrar o debate político nas questões essenciais ao futuro do Montijo. Da inteligência que o executivo e oposição tiverem para superar pequenas querelas, dependerá muito da capacidade que teremos para superar os problemas que esta grave crise nos coloca e as políticas para inverter o ciclo de empobrecimento criado pelo Governo. Essa mensagem tem sido entendida pelos montijenses e estamos confiantes nas capacidades do Montijo para responder aos desafios do futuro.

Todavia há coisas objetivas a ter em atenção, nomeadamente os embaraços que criados com o chumbo do orçamento para 2015… A inviabilização do orçamento municipal para 2015 pelos partidos da oposição, o PSD e a CDU em conjunto é, a nosso ver, um erro político grave. Tal como nós sabemos que não podemos impor soluções unilaterais, também uma oposição consciente das regras democráticas viabiliza os documentos previsionais, fundamentais ao funcionamento do município, pagamento de salários, pagamento de compromissos assumidos, investimentos e outros. Apesar do diálogo inicialmente estabelecimento com a oposição, por forma a encontrar um consenso para viabilizar os documentos, verificou-se a evocação de uma maioria negativa, entre o PSD e a CDU, para um voto contra. Não houve então falta de diálogo? Não houve, e este processo de diálogo foi retomado, por forma a encontrar um novo consenso político que permita viabilizar o orçamento. Todavia, caso a oposição entenda continuar a votar em conjunto contra o orçamento para 2015, a Câmara terá de fazer a transposição do orçamento de 2014 para 2015, garantindo desta maneira o seu funcionamento. Isto é, existem dificuldades mas não é nenhum “drama”. O que esteve então em causa? Apenas querelas políticas… Os Vereadores da oposição não objetivaram o seu voto contra o orçamento. Portanto, não conseguimos

identificar claramente as razões que estiveram na base do voto contra. Serão certamente questões políticas. Mas essas questões políticas têm de ter conteúdo, não podem aparecer como aspetos desgarrados, numa mera obstrução politica. As críticas à gestão financeira não tinham cabimento? Repare, em matéria financeira os resultados desta câmara são brilhantes. Pagámos integralmente o PAEL, baixamos impostos, temos as contas em dia, temos um prazo médio de pagamentos a fornecedores e empreiteiros de 42 dias, conseguimos um equilíbrio financeiro mesmo num contexto de crise económica grave. Não é pouco! E, em matéria de ação política os resultados são excelentes, recuperámos os fundos comunitários para obras em execução, ganhamos o prémio da autarquia mais familiarmente responsável, melhoramos o nível de transparência municipal, fomos considerada a Cidade mais atrativa de Portugal Continental, temos programação cultural diversificada e alargada, emparceirámos com várias universidades, alargamos as respostas sociais aos idosos, crianças e mulheres vítimas de violência, continuamos a realizar investimentos estruturantes em escolas, infantários e abastecimento de água. E podemos continuar. Na área do desenvolvimento respondemos aos bloqueios mais urgentes, aprovámos uma Área de Reabilitação Urbana para o centro da Cidade, alteramos o regulamento do Plano Diretor Municipal do Montijo para acolher investimentos nos setores económi-

cos tradicionais, como a suinicultura e floricultura, reativámos a revisão do PDM, estamos a acompanhar a evolução da localização do aeroporto “Low Cost” na Base Aérea N.º 6, queremos lutar por um novo acesso à Ponte Vasco da Gama. Descentralizámos também, incentivando uma estratégia de proximidade pelas freguesias do concelho. A democracia portuguesa deve muito ao poder local, em particular às freguesias. Foi por isso, que delegamos nas freguesias competências municipais, através de acordos de execução e contratos inter-administrativos, para cooperarmos na melhoria da qualidade de vida dos cidadãos. Este resumo, que sustenta factos plenamente demonstrados, dá à oposição pouca credibilidade política num voto contra a gestão socialista deste município. Todavia, o impasse mantem-se. Está disposto a rever posições para ultrapassar este constrangimento de gestão do documento fundamental? Posso dizer-lhe que, como democrata convicto, só posso estar disponível para alcançar um consenso político que viabilize o orçamento para 2015, e isso mesmo tem sido insistentemente referido nas reuniões com a oposição. Recorde-se que a versão do orçamento para 2015 rejeitada pela oposição, foi um documento construído com os contributos dos partidos da oposição, num consenso politico que respeitava a democracia e o voto livre dos montijenses.


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Ser preso Socialistas do distrito ganham peso na Comissão por ter e Nacional de António Costa não ter cão

identidade

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Faço a pergunta de outra forma. Acha possível, com a atual crispação haver entendimento futuro sobre as prioridades para o concelho? Claro que sim. Acredito que a razão irá imperar e que apesar de agitação mediática, temos pontos de consenso com esta oposição para construir um Montijo mais desenvolvido, mais fraterno, mais livre. No ano em que se comemoraram 40 anos do 25 de abril, quero continuar a acreditar nos valores de abril, e que essa é a vontade desta oposição. Há muito que se sabia que seria o candidato do PS pós-Amélia Antunes. Podemos falar em continuidade? A resposta mais direta é sim e não. Sim porque as politicas dos mandatos do Partido Socialista no Montijo, tiveram o contributo de muita gente, militantes e simpatizantes, e onde me revejo como ator político. Não porque as personalidades, os compromissos, os interesses são diferentes. O novo ciclo de gestão autárquica do partido socialista, assenta nos valores fundacionais da terra, na tolerância, na valorização das pessoas, na dignidade da pessoa humana, na justiça social. Esta posição que assumo não procura fazer comparações com nada, é uma posição natural e de bom senso, e que tem renovado a confiança dos montijenses nas propostas políticas do PS do Montijo. Como gosta de ser visto como presidente, após tantos anos na sombra da sua antecessora? Respondo-lhe desta forma: Neste mandato temos olhado o futuro com ambição. Mas também sabemos que só o podemos garantir com lucidez, trabalho e inteligência e vontade. Quero continuar a ser um presidente com proximidade aos problemas dos montijenses.

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Era um orçamento que mantinha a baixa de impostos locais, que mantinha os apoio sociais, que mantinha o investimento estruturante, que mantinha o funcionamento da escola pública, que mantinha o espaço público. Todavia, esta situação criada pela oposição não é ultrapassável caso a vontade genuína de consenso político não exista, isto é a aprovação do orçamento para 2015, só pode ser resolvida se a oposição tiver essa vontade.

Congresso ditou ‘colocação’ de 14 ‘rosas’ do distrito nos órgãos nacionais

OS SOCIALISTAS do distrito de Setúbal perderam o lugar que detinham no secretariado nacional do PS, ocupado por Amélia Antunes (ex-presidente da Câmara do Montijo), sob a liderança de António José Seguros, mas vão contar com três elementos na atual comissão política, Eduardo Cabrita, Vítor Ramalho e Eurídice Pereira. Esta posição é considerada «muito positiva» e, segundo as fontes do Semmais, é fruto da «significativa expressão» que António Costa, o novo líder do PS, conseguiu na região, tanto ao nível de dirigentes como da base militantes. Também por isso a comissão nacional vai ter uma mulher do distrito como vice-presidente da mesa. Teresa Almeida, ex-governadora civil do distrito de Setúbal e ex-candidata à Câmara de Setúbal. A deputada Catarina Marcelino e os presidentes das câmaras do Montijo e de Sines, Nuno Canta e Nuno Mascarenhas, respeti-

vamente, fazem também parte da nova comissão nacional dos socialistas, que inclui ainda Ricardo Ribeiro, André Pinotes Batista, Fonseca Ferreira, António Mendes, Raul Cristovão, Amélia Antunes, Pedro Caetano, Ana Pereira, Paulo Viegas e Joel Hasse Ferreira, este ultimo um regresso à atividade partidária. «Há um reforço da presença do distrito na Comissão Nacional e também houve um esforço de incluir outras sensibilidades», explicou ao Semmais um dirigente da federação do PS na região. Madalena Alves Pereira, ex-presidente da federação, chegou a ser eleita, alegadamente «por engano», uma vez que não foi indicada pelo distrito. «Pediu (Madalena Alves Pereira) para ser substituída, de imediato. De fora ficou a atual líder distrital, Ana Catarina Mendes, também deputada, por António Costa ter decidido não incluir nos órgãos nacionais os presidentes federativos. .

preço do barril do petróleo baixou para valores próximos dos 65 USD, ou seja quase 40% a baixo do preço com que era transacionado há escassos cinco meses. Esta situação deve-se ao aumento da oferta de crude no mercado internacional, resultado da deliberação da Organização dos Países Produtores de Petróleo (OPEP) face à intensificação pelos EUA da extração de petróleo e gaz nas rochas de xisto. A circunstância dos EUA terem aperfeiçoado muitíssimo a técnica de extração do petróleo e do gaz a partir do xisto, reforçando a sua autossuficiência, conduziu a OPEP ao aumento da exploração de petróleo como forma de pressionar os EUA, no mínimo ao abandono da exploração ou à suspensão da extração pelo recurso àquela técnica. É que a baixa do preço do petróleo a níveis da ordem de grandeza como os que estão agora a ser praticados, derivado ao aumento de produção, não torna a técnica da exploração pelo xisto rentável. Não cabe aqui avaliar as graves consequências que resultam para o ambiente a extração de gaz e petróleo a partir da rocha de xisto. Sucede que não é possível, com rigor, saber durante mais quanto tempo a situação se manterá e a que preço se fixará o barril de petróleo. Admitindo que estabilize em valores em cerca de 70 USD o barril durante os próximos dois anos, as consequências não se deixarão de repercutir negativamente nos países produtores de petróleo. Para se ter uma ideia mais precisa, o orçamento do estado de Angola, por exemplo, admitiu que o barril de petróleo se fixaria em 81 USD. Ele está agora, como se dis-

Vítor Ramalho Economista

“ Na verdade há também zonas de extração petrolífera pelo método tradicional que, pelos preços atuais, deixam de ser rentáveis. ” se, a 65 USD. Neste quadro é natural que alguns dos países de língua oficial portuguesa produtores de petróleo sofram com essa baixa, como Angola, Brasil e Timor Leste, enquanto outros, que perspetivavam iniciar a exploração a curto prazo, como Moçambique, a tenham que protelar. Na verdade há também zonas de extração petrolífera pelo método tradicional que, pelos preços atuais, deixam de ser rentáveis. É o caso das zonas de exploração no chamado pré-sal. Do ponto de vista das relações económicas no espaço dos países de língua oficial portuguesa, este quadro não é, a curto prazo, positivo por fazer arrefecer o investimento e este é o meio por excelência criador de riqueza e de postos de trabalho. Dir-se-á, porém, que a baixa do preço do petróleo faz diminuir o custo da energia e este facto é positivo para a economia portuguesa, uma vez que o peso que ele tem nas importações não é nada negligenciável. Sendo isso exato, não é menos certo que o orçamento do estado para 2015, ao onerar o preço dos combustíveis e de derivados do petróleo com novos impostos, não vai aligeirar a carteira dos contribuintes. É a isso que se chama ser preso por ter e não ter cão, quando se seguem políticas de austeridade cega.

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CARTÓRIO NOTARIAL DE SETÚBAL NOTÁRIA MARIA TERESA OLIVEIRA

Sempre com a região, sempre pela região...

Sito na Avenida 22 de Dezembro nº 21-D em Setúbal Certifico, para efeitos de publicação que no dia dez de Dezembro de dois mil e catorze, neste Cartório, foi lavrada uma escritura de justificação, a folhas 132 livro 274 – A, de escrituras diversas, na qual: Susete Ribeiro Pinto dos Santos Guerreiro casada sob o regime da comunhão de adquiridos com José Rodrigues da Silva Guerreiro, residente na Avenida do Alentejo, n.º 6, 1º andar direito, em Setúbal, contribuinte número 136245919, justificou a posse, invocando a usucapião, do seguinte imóvel: Prédio urbano, composto de lote de terreno situado no aglomerado urbano onde não é permitida a construção e sem afectação agrícola, com a área de dois mil cento e cinquenta e três metros quadrados, sito na Rua das Flores, freguesia de São Sebastião, concelho de Setúbal, que confronta do Norte com prédio rústico, a Sul com Rua das Flores e Rui Manuel Cardoso Santos, a Nascente com prédio rústico e a Poente com o Rui Manuel Cardoso Santos e Elisabete Branco, a desanexar do prédio descrito na Segunda Conservatória do Registo Predial de Setúbal sob o número oito mil e trinta e cinco, da freguesia de São Sebastião, e inscrito na respectiva matriz predial urbana sob o artigo 18421, da freguesia de São Sebastião. Está conforme. Cartório Notarial sito na Avenida 22 de Dezembro número 21-D em Setúbal, 10 de Dezembro de 2014. A Notária, Maria Teresa Oliveira

Conta registada sob o número 1945


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EDUCAÇÃO Festa de Natal do Colégio St. Peter´s School juntou centenas de alunos e famílias, docentes e funcionários

Momentos que “não se explicam, sentem-se!”

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festa de Natal do Colégio st Peter´s School vai, mais uma vez, ficar na memória das crianças jovens, pais, avós, professores e de todas as pessoas que participaram ou assistiram à iniciativa. A tarde foi mágica, recheada de muito brilho, cor, alegria e, acima de tudo, calor humano. O auditório da Casa da Cultura, na Quimiparque, Barreiro, acolheu ontem a festa de Natal do Colégio St. Peter´s School. Um momento, certamente, inesquecível e memorável para toda a comunidade escolar e para o público presente. Os primeiros a actuar foram os mais pequeninos, do jardim-de-infância, que apoiados por elementos mais crescidos e que integram o clube de expressão dramática do colégio (Drama Club), deliciaram o público e encheram de orgulho os pais, avós e outros familiares que, na plateia, vibraram de satisfação. Os mini pais natal, pinheirinhos e bonecos de natal dançaram e interpretavam vários temas de natal, uns em português e outros num inglês perfeito, numa coreografia sintonizada. A festa prosseguiu com a actuação dos alunos do primeiro ciclo que, com a ajuda dos alunos mais velhos, do 2º e 3º ciclo , proporcionam momentos repletos de magia. «Eles fazem verdadeiros brilharetes», dizia, satisfeita e orgulhosa Isabel Simão, directora do Colégio St. Peter´s School. Par além da interpretação de vários tema alusivos à época, os alunos participaram na festa com outras actividades, como o teatro, o ballet, as danças de salão e as sevilhanas. Na plateia, as famílias tentavam participar de alguma forma, cantavam e dançavam em conjuntos com os seus meninos. No final, os rostos dos pais e avós espelhavam a alegria do momento. «Foi muito bonito, sempre o é. Os mais pequeninos são muito naturais. O meu neto já percebe a importância do natal e os valores associados a esta data. Eles ficam muito empolgados,

Diretora diz que alunos vão «guardar este património»

Uma instituição de referência O Colégio St. Peter´s School é uma referência do ensino a nível regional e nacional. Os últimos resultados comprovam, mais uma vez, a eficácia e excelência do trabalho desenvolvido pelo Colégio que tem como missão «incentivar os alunos a desenvolver os seus talentos e competências pessoais, promovendo não só a criatividade e a imaginação, mas também a noção de interculturalidade, o cosmopolitismo e a cortesia, de modo a permitir que cada

sentem-se com uma responsabilidade acrescida para desempenharem um papel», dizia Francisco Coelho, o avô de um dos meninos da família St. Peter´s. Empolgada também estava Ana

aluno alcance os seus objectivos e realize os seus sonhos». Os últimos rankings colocam o Colégio St. Peter´s School na 6ª posição a nível nacional, no que diz respeito ao ensino secundário. Em relação ao 2º ciclo, o Colégio alcançou o 10º lugar, concorrendo com mais de quatro mil escolas. «Foi muito bom, extraordinário», considera a directora, desejando que o Colégio «se mantenha assim» e continue a ser um exemplo do ensino de qualidade.

Santos, mãe de uma menina do jardim-de-infância. «A festa esteve a 300 por cento. Foi muito bonito», referiu, sublinhando o que considera mais importante na celebração desta data. «O que importa aqui

é a questão das emoções, da partilha, da mensagem que é transmitida, e não, propriamente, a festa. O mais importante é a transmissão dos valores e dos princípios que, hoje em dia, acabam por ficar para segundo plano, mas aqui no colégio estão muito presentes. É o respeito, a solidariedade. A festa é tudo isto». Uma opinião partilhada pela directora do Colégio, Isabel Simão, que afirma que os mais pequeninos já percebem «muito bem» as razões que levam à celebração do Natal. «É destes momentos que se faz sentir o amor. O amor entre as crianças, o amor entre as famílias». Isabel Simão reconhece que não é fácil organizar uma festa desta natureza, «pois assumimos critérios de exigência», mas sublinha a importância do empenho dos alunos e dos professores, assim como a dedicação dos pais. «É cansativo mas muito compensador e gratificante. Os pais con-

Visivelmente satisfeita, Isabel Simão sublinhou a importância da celebração do Natal para uma instituição como o Colégio St. Peter´s School. «É continuar a acreditar que estes momentos são tão importantes como os momentos de aprendizagem dentro de sala». Para a directora do St. Peter´s School estes são momentos que «apelam à memória, à partilha, à entreajuda», não deixando de fora a «parte lúdica, a criatividade e a expressão dramática». Tudo isto, acrescenta a responsável, «faz parte de um momento. Ver a forma como estas crianças se entregam para fazerem um trabalho, que será mostrado aos pais, é único! Não se explica, sente-se» Isabel Simão acredita que estes momentos dificilmente serão esquecidos. «Estas crianças vão guardar na memória este património».

tribuem muito e aderem a tudo o que nós pedimos. Temos todas as famílias aqui representadas! Há um nível de adesão de 100 por cento. E, esta adesão por parte dos pais é muito importante para as crianças porque elas trabalham para as famílias. Querem e dão sempre o seu melhor!». Ficará assim na memória dos alunos, pais e professores, uma festa recheada de muitos momentos “únicos”, com muita animação, convívio, harmonia, e envolta pelo espírito natalício. A mensagem transmitida será sempre a mesma: o apelo ao amor, à partilha e à solidariedade, em prol de um mundo melhor e mais justo.


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NEGÓCIOS

Vinhos da Península crescem no mercado interno e já valem 40 milhões

Empresários criam associação industrial da península

Os vinhos da região continuam a crescer no mercado interno e as contas até setembro deste ano revelam aumento de vendas e de faturação, perto dos 40 milhões

A ASSOCIAÇÃO da Indústria da Península de Setúbal (AISET) vai ser criada no dia 15, pelas 17 horas, no auditório da Biblioteca Municipal de Palmela, com a presença do Ministro da Economia, Pires de Lima. Ao constituírem a AISET, os seus fundadores têm como meta contribuir para que a Península de Setúbal seja um local de excelência para o desenvolvimento da atividade industrial. Do conselho de fundadores fazem parte Leonor Freitas (Casa Ermelinda Freitas), Adriano Silveira (Portucel), Carlos Abreu (Secil), António Pires (Volkswagen Autoeuropa), José Rodrigues (Lisnave), Antoine Velge (Sapec), João Paulo Ribeiro (Visteon), Álvaro Alvarez (Siderurgia Nacional), Victor Gomes (Systion), Nicolas Mehrle (Fisipe), Markus Kiel (Continental-Teves), Manuel Carvoeira/Rómulo Mansur (Lusosider), (Armando Gomes (Lauak) e Jaime Ribeiro (Jaime Ribeiro).

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consumo de vinhos da Península de Setúbal no mercado nacional registou um aumento de 1,6 por cento em volume e 2,6 por cento em valor no ano móvel Outubro 2013/Setembro 2014, em comparação ao ano móvel homólogo anterior. Os dados da consultora AC Nielsen dizem que a região de Setúbal consolida, assim, a terceira posição no top das preferências dos consumidores portugueses, contando com uma quota de mercado de 12,5 por cento nos vinhos com Denominação de Origem e Indicação Geográfica, que valeu neste ano

A península vinícola produz vinhos de grande qualidade

período e até ao final de Setembro, 39,95 milhões de euros. O crescimento dos vinhos da Península de Setúbal, segundo a mesma fonte, deve-se ao consumo em cada casa através da compra nos canais super, híper, lojas e discounts, que contou com um crescimento de 2 por cento em volume e 1,3 por cento em valor, face

ao período Outubro 2012/Setembro 2013. Nestes canais o consumidor despendeu em média 2,62 euros por litro, menos 0,2 cêntimos que no período homólogo. Apesar do decréscimo de 1,8 por cento em volume no consumo imediato dos Vinhos da Península de Setúbal em restaurantes, cafés e snacks, foi neste canal que se re-

gistou a maior subida a nível de valor, tendo os consumidores desembolsado em média 9,34 euros por cada litro, mais 0,63 cêntimos comparativamente ao ano móvel homólogo anterior. «Os dados confirmam a perseverança e o bom trabalho das empresas de vinhos da Península, que em tempos de contração no consumo conseguem manter um crescimento sustentado no mercado. Mantendo a 3.ª posição na preferência dos portugueses e conseguindo crescer num contexto adverso ao crescimento de vendas, um verdadeiro desafio, que mais uma vez foi superado», afirma Henrique Soares, presidente da CVRPS. A nível global, o consumo de vinhos certificados no ano móvel em questão registou, segundo a Nielsen, um aumento de 1,4 por cento em volume e 1,8 por cento em valor que equivalem a mais de 96 milhões de litros consumidos e a um valor que ascende aos 376 milhões de euros.


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NEGÓCIOS

Serviços de qualidade em espaço renovado

Clínica dentária Girotto

há 11 anos a trabalhar com qualidade e distinção

Humberto Sousa

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CARTÓRIO NOTARIAL DE SETÚBAL SANDRA BOLHÃO EXTRACTO Eu, SANDRA MORAIS TELES BOLHÃO, Notária com Cartório em Setúbal, na Avenida Bento Gonçalves, número 20-C, CERTIFICO, para efeitos de publicação, que por Escritura de Justificação lavrada no dia três de Dezembro de dois mil e catorze, a folhas oitenta e nove e seguintes do Livro Doze – A, MIGUEL ÂNGELO DO CÉU ALVES, solteiro, maior, residente em Brejos Carreteiros, CCI 19515, Quinta do Anjo, Palmela, DECLAROU que, com exclusão de outrem, é dono e legítimo possuidor, dos seguintes imoveis: A) PRÉDIO RÚSTICO, com a área de vinte e nove mil setecentos e cinquenta metros quadrados, composto por cultura arvense, sito em Várzea – Palmeiras, na freguesia de São Lourenço, concelho de Setúbal, a confrontar a norte, a nascente e a poente com Estrada Camarária e a sul com João Pereira de Matos, inscrito na matriz cadastral da União de Freguesias de Azeitão (São Lourenço e São Simão), sob o artigo 6, da Secção D, constando como titular António Augusto Santos Paixão, encontrando-se o prédio não descrito na Conservatória do Registo Predial de Setúbal. - Que este prédio pertenceu a Emília da Ressureição, solteira, maior, que o adquiriu verbalmente antes de mil novecentos e sessenta e seis a António Augusto Santos Paixão, tendo ela, desde dessa data entrado na posse efectiva e material do dito prédio rústico. - Que, ainda em vida, a mencionada Emília da Ressureição, no ano de mil novecentos e noventa e sete, doou verbalmente o referido prédio rústico ao ora usucapiente, Miguel Ângelo do Céu Alves, seu afilhado. - Que, logo a partir dessa data, Miguel Ângelo do Céu Alves entrou na posse efectiva e material do referido prédio rústico. - Que, ele usucapiente, desde a data da posse mencionada, praticou sobre esse prédio actos materiais de posse, por intermédio de seus pais, enquanto foi menor. B) PRÉDIO RÚSTICO, com a área de doze mil e duzentos metros quadrados, composto por cultura arvense, sito em Brejos, freguesia de São Lourenço, concelho de Setúbal, a confrontar a norte com Mequelino Dias, a sul com José Esteves, a nascente e a poente com Estrada Camarária, ao presente inscrito na matriz cadastral da União de Freguesias de Azeitão (São Lourenço e São Simão) sob o artigo 71, da secção B, constando como titular na matriz Manuel Claro Lérias, encontrando-se o prédio, não descrito Conservatória do Registo Predial de Setúbal. - Que este prédio rústico foi comprado verbalmente pela referida Emília da Ressureição, atrás identificada, a Manuel Claro Lérias e mulher Maria da Conceição no ano de mil novecentos e setenta, enquanto a adquirente na posse efectiva e material do mencionado prédio rústico desde a referida data. - Que, ainda em vida, a mencionada Emília da Ressureição, no ano de mil novecentos e noventa e sete, doou verbalmente o referido prédio rústico a ele ora usucapiente, Miguel Ângelo do Céu Alves, então solteiro, menor e seu afilhado. - Que logo nessa data do apossamento, entrou na posse efectiva e material do prédio rústico a ele doado, tendo, enquanto menor, os actos materiais de posse, manifestação do direito de propriedade ora invocando, sito praticados pelos pais dele usucapiente. - Que desde a referida data da aquisição que o referido Miguel Ângelo do Céu Alves entrou na posse efectiva e material do mencionado prédio rústico, tendo usufruído dele, gozando assim todas as utilidades por ele proporcionadas, com ânimo de quem exerce direito próprio, sendo reconhecido como dono por toda a gente, fazendo-o de boa fé, por ignorar lesar direito alheio, de uma forma pacífica, ininterrupta e sem violência, à vista e com conhecimento público e sem oposição de ninguém. - Que dado o falecimento da doadora, ocorrido no decurso do ano de mil, novecentos e noventa e oito, não pode Miguel Ângelo do Céu Alves, titular agora os direitos por ele adquiridos, senão pelo recurso ao processo de justificação. - Que não possui, porém, o título necessário à plena prova do seu direito pelas vias extrajudiciais normais e por isso o primeiro outorgante, vem justifica-lo pela presente pretensão. - Que, assim, o justificante adquiriu por usucapião, com efeitos retrotraídos à data de mil novecentos e sessenta e quatro, o direito de propriedade sobre os prédios rústicos que são objecto da presente escritura. ESTÁ CONFORME. Setúbal, aos três de Dezembro de dois mil e catorze. A Notária Sandra Morais Teles Bolhão Reg. sob o nº22

erviços de qualidade e distinção são as palavras de ordem da clínica dentária especializada Girotto, situada na Estrada da Baixa de Palmela, n.º 57, na zona da Urbisado, em Setúbal, que funciona num espaço renovado e qualificado. Estética dentária, implantes, odontopediatria, ortodontia, periodontia e prótese fixa são as especialidades desta prestigiada clínica dentária. Com localização privilegiada, o serviço de qualidade da Girotto Clínica é baseado na inovação, integrando num só espaço diversas áreas de especialidade, com atendimento personalizado, sendo de realçar a atenção atribuída ao utente, proporcionando um ambiente alegre e descontraído, mas acima de tudo, confortável. Valorizando o rigor e o profissionalismo para obter sucesso nas intervenções, facilitando ao utente o acompanhamento passo a passo de todo o seu tratamento, a Girotto Clínica está dotada de um laboratório de apoio local, devidamente equipado de modo a poder responder a todas as necessidades da equipa médica, apostando na perícia de profissionais qualificados, garante uma perfeita elaboração dos tra-

balhos mais específicos. No apoio a toda a equipa médica, está disponibilizada a melhor tecnologia atual, de modo a melhorar a qualidade dos serviços prestados, num ambiente alegre e descontraído, pensado, acima de tudo, para proporcionar conforto do paciente. «Cada cliente é um caso. Para cada paciente tem de ser elaborado um projeto para se saber o tipo de implante a colocar para que o resultado final seja o mais confortável e natural possível», vinca o médico e proprietário da clínica Onis Girotto, doutorado em implantalogia, pela Universidade de Paris 12,que se mostra «muito satisfeito» com a atividade da clínica, dado que «estamos a fazer em Setúbal um bom trabalho na área da medicina dentária». O médico revela que o seu serviço pauta pela «sinceridade e honestidade». Com uma boa carteira de clientes, a clínica Girotto aposta, sobretudo, num serviço de «qualidade», sublinhando que o melhor prémio que lhe podem dar é a «satisfação» dos seus clientes. «A medicina dentária está muito evoluída e as pessoas não têm de ter medo em ir ao dentista. Ir ao dentista é tão simples como tomar um café», confessa, acrescen-

tando que deve haver «cuidado com a saúde bocal, porque é o futuro de cada um que está em jogo. Não se deve ir ao dentista apenas quando dói um dente». A clínica Girotto está aberta de segunda-feira a sexta-feira, das 9 às 20 horas, e aos sábados das 9 às 12 horas. A clínica está dotada de dois consultórios, bloco cirúrgico e o laboratório de próteses dentárias, que dá apoio à clínica e fornece todo o tipo de prótese para outros médicos de norte a sul. No futuro, Onis Girotto tenciona dotar a clínica e o laboratório de scanner intraoral para que «os pacientes não sejam sacrificados com as moldagens, porque é menos doloroso e mais prático e rápido». A clínica Girotto, em atividade há onze anos, possui acordos e convenções com a CGD, PT, CTT, GNR, PSP, AdvanceCare, Future Healthcare, Montepio, Médicis, Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas, entre outros. Onis Girotto investiu, no global, cerca de 800 mil euros na recuperação de um edifício antigo, onde se encontra a clínica a funcionar e que criou 11 postos de trabalho, e na montagem da própria clínica.

CARTÓRIO NOTARIAL DE SETÚBAL NOTÁRIA MARIA TERESA OLIVEIRA Sito na Avenida 22 de Dezembro nº 21-D em Setúbal Certifico, para efeitos de publicação que no dia dez de Dezembro de dois mil e catorze, neste Cartório, foi lavrada uma escritura de justificação, a folhas 134 livro 274 – A, de escrituras diversas, na qual: Hélder Jorge Moita Ribeiro e mulher, Teresa Isabel da Silva Felício Ribeiro casados sob o regime da comunhão de adquiridos, residentes na Rua Padre Américo Faria, n.º 19, Faralhão em Setúbal, contribuintes números 195815718 e 215070380, justificaram a posse, invocando a usucapião, do seguinte imóvel: Prédio Urbano, composto de edifício de um piso destinado a habitação e logradouro, com a área de com coberta de cem metros quadrados e a área descoberta de oitenta e sete metros quadrados, sito na Rua Padre Américo Faria, n.º 19A, freguesia do Sado, concelho de Setúbal, que confronta do norte com Caminho – Rua Padre Américo Faria, do Sul, nascente e do poente com o próprio, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 3822, da freguesia do Sado, pendente de avaliação, ainda por descrever na Segunda Conservatória do Registo Predial de Setúbal. Está conforme. Cartório Notarial sito na Avenida 22 de Dezembro número 21-D em Setúbal, 10 de Dezembro de 2014. A Notária, Maria Teresa Oliveira

Conta registada sob o número 1946


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DESPORTO Taça da Liga com grupo difícil

Campo de Minibasquetebol na Moita

O sorteio da Taça da Liga ditou tarefa difícil ao Vitória de Setúbal. O clube, vencedor da 1.ª edição do troféu, está integrado num dos dois grupos com cinco equipas e isen-

O Clube Recreativo do Palheirão promove nos dias 17, 18 e 19 de dezembro, um Campo de Natal – Minibasquetebol, que decorre no Pavilhão Municipal, na Moita. Esta

to de jogar na primeira jornada. Belenenses e Sporting, fora de portas, e Guimarães e Boavista, no Bonfim., são os adversários. O jogo inicial é em Belém, a 14 de Janeiro.

Velhas Glórias entregam Troféu Golfinho Verde

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Veteranos do Vitória marcaram mais uma vezboa presença na iniciativa DR

Núcleo “Valoris Fidelis Causa” das Velhas Glórias do Vitória Futebol Clube entregou pela nona vez consecutiva os galardões Golfinho Verde que homenageiam «aqueles que, através das suas conquistas e feitos, e através da sua entrega, ajudaram a tornar o clube ainda maior». De entre os galardoados este ano, o destaque vai para José Lima, antigo massagista do Vitória que esteve ao serviço do clube durante décadas e que, apesar do estado debilitado de saúde não quis deixar de estar presente na cerimónia que decorreu no Novotel de Setúbal, a entidade que foi agraciada pela comissão. Os outros nomeados foram Félix Guerreiro, enquanto jogador histórico do clube, António Vaz, na categoria Honra e Prestígio, e Júlio Godinho e José Carinhas, do departamento de futebol juvenil, receberam diplomas de mérito. Deolinda de Jesus, a fadista setubalense que interpreta uma das marchas do clube, foi outra das personalidades agraciadas pelas Velhas Glórias do Vitória. Frederico Venâncio, jogador da atual equipa, foi escolhido como o melhor da nova era do Vitória e, segundo Nicolau Tavares, presidente do núcleo, «foi um nome consensual até por aquilo que o jogador tem feito nos últimos tempos e pelas qualidades que lhe são reconhecidas enquanto jogador». Joaquim Ventura da Silva (Quim), antigo extremo esquer-

do do Vitória, nas décadas de 50 e 60, e que fez parte da equipa que conquistou a Taça de Portugal em 1965, foi agraciado a título póstumo. O antigo jogador foi «reconhecido pelas conquistas em que se envolveu e por se tratar de um nome de destaque na história do clube», conforme explica Nicolau Tavares. Quim já tinha recebido há uns anos o prémio Honra e Prestígio. A filha, Tininha Cardoso, recebeu o novo Golfinho Verde num momento que caracteriza de emoção e orgulho. «Fiquei muito emocionada e orgulhosa com o facto de terem reconhecido uma vez mais o meu pai. Acho que foi um prémio merecido.»

Veteranos sofrem com atual campanha Num momento em que o Vitória celebra os «valores fiéis a causa vitoriana» a equipa principal marca passo na I Liga e foi já afastada da Taça de Portugal. Nicolau Tavares diz que «dói ver o Vitória nesta situação. Temos visto jogos péssimos e sentimos que a equipa está a jogar mal. Não culpamos os jogadores nem o treinador, mas sentimos que o Vitória deste ano está frágil»

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Margarido foi melhor no Circuito Nacional de Estrada

Dupla está em forma

LUÍS Margarido, do Vitória de Setúbal, foi o vencedor do Circuito Nacional de Estrada de 10 Km’s, numa prova de resistência e regularidade do atleta que venceu cinco das sete provas em que participou e ficou em segundo lugar nas outras duas. Os 10 quilómetros do circuito correram-se ao longo de todo o ano tendo-se realizado oito provas. Luís Margarido, de 28 anos, foi o mais regular de todos os atletas em competição e, na última prova, integrada na Maratona dos Descobrimentos, foi o primeiro entre mais

de um milhar de atletas à chegada. Para o atleta «valeu a pena todo o esforço e dedicação para, mais uma vez, levar o nome do Vitória Futebol Clube ao primeiro lugar do pódio». Luís Margarido que, apesar de representar o emblema sadino, compete a expensas próprias é treinado por Fernando Ferreira e Luís Serrano, que também foi um dos melhores fundistas nacionais. O atleta mostra-se feliz pelos resultados e para além dos treinadores agradece «ao grupo de colegas do Vitória pelo apoio demonstrado».

iniciativa vai permitir que um conjunto de jovens, dos 6 aos 13 anos, travem contacto com esta modalidade desportiva, em época natalícia.

Quedas e Trambolhões

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izem os dicionários correntes que a diferença entre queda e trambolhão reside no estrondo do acidente. Portanto o trambolhão supera a queda, tornando-a por vezes difícil a cabal separação dessas duas “categorias”, acidentais. Este intróito, com o seu quê de insólito, justifica-se pelo que vamos discorrer, de seguida, sobre os vai-vem de Clubes de uma certa nomeada que já andaram ao nível “top” da 1ª Divisão e militam hoje dois ou três “furos” abaixo de tal bitola, com alguns casos (raros) de desaparecimento total. São poucos os Clubes que se mantiveram sempre em 1º nível e também poucos os que tiveram fugazes “eclipses” como foi o caso do Vitória de Setúbal, um clássico do futebol nacional. Sob o rótulo de Campeonato Nacional (antes tinha a designação de Campeonato de Portugal) data da temporada de 1938/39 a primeira experiência competitiva, em novos moldes, com 8 clubes participantes dos quais, 65 anos decorridos, apenas 5 continuam no escalão principal, agora com 18 componentes. Nesse extenso lapso de tempo houve um considerável número de “quedas e trambolhões” desde a 1ª Divisão até à 3ª (que tem o nome simpático de Nacional de Seniores) e até vamos ao escalão seguinte, dos “Distritais”. Salvo erro ou omissão são 9 os clubes que sofreram esse imaginário “trambolhão”: Águeda, Lusitano de Évora, Alcobaça, Alverca, Leça F.C., Barreirense e Montijo (meio disfarçado como “Olímpico”), União de Tomar e “O Elvas”. Um nível acima, de âmbito nacional, numa muito alargada 3ª Divisão (80 Clubes divididos por 8 séries) vamos encontrar nada menos do que 13 Clubes que já competiram ao mais alto nível. Nomes: Famalicão, Varzim, Tirsense, Salgueiros (08), Sp. Espinho, Sanjoanense, Naval 1º de Maio, União de leiria, Caldas, Torreense, Casa Pia, Fabril (CUF) e Lusitano VRSA. Já ao nível da denominada Liga2, que envolve este ano 24 clubes (com as 6 formações Bs dos “maiorais”) vamos encontrar 13 Clubes que já foram primodivisionários, há mais ou menos tempo decorrido. Nomes: Oliveirense, União da Madeira, Sp. Farense, Portimonense, Olhanense, Beira Mar,

David Sequerra Colaborador

“Se, de chofre, perguntássemos a alguém quantos seriam os Clubes que tendo passado pelo Torneio Máximo, se situam agora um, dois ou três “furos” abaixo de tal honraria, estamos convictos de que muito poucos (ou mesmo ninguém…) conseguiriam resposta certa” de Aveiro, Académico de Viseu, Santa Clara (Açores), Desportivo de Aves, Atlético, Oriental e Feirense – uma plêiade digna de natural consideração. Em resumo: há clubes “eclipsados” dos seus tempos áureos de militância na 1ª Divisão Nacional, sub-divididos por 13 no escalão imediato, outros 13 na plataforma da 3ª Divisão, 9 nos “Distritais” e 2 “desaparecidos” destes níveis competitivos por declaradas insolvências que deram brado e algumas controvérsias: Riopele (no Minho) e Sporting Campomaiorense (no Alentejo). Uns, mais suavemente, caíram e tudo fazem para se levantar. Outros sofreram efeitos de autênticos “trambolhões”. E houve desaparecimentos integrais conforme contámos, sem grandes esperanças de recuperação. Este já extenso exercício de memória, entre 1938 e 2015, convida e judiciosa reflexão. Se, de chofre, perguntássemos a alguém quantos seriam os Clubes que tendo passado pelo Torneio Máximo, se situam agora um, dois ou três “furos” abaixo de tal honraria, estamos convictos de que muito poucos (ou mesmo ninguém…) conseguiriam resposta certa. E essa é contundente, cremos nós: 37 saudosos dos altos voos competitivos. Muitas as quedas e os trambolhões. Que, certamente, iriam continuar.


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Sábado • 13 dezembro 2014 • www.semmaisjornal.com

ÚLTIMA Número de mulheres mortas vítimas de crimes passionais lidera a nível nacional

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O número 7 que envergonha a região

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distrito de Setúbal é a região onde mais mulheres foram mortas por um familiar ou por alguém com quem mantinham ou tinham mantido uma relação íntima. Entre Janeiro e 30 e Novembro, a península registou um total de sete vítimas de homicídio, segundo o Observatório de Mulheres Assassinadas, projeto da organização feminista UMAR, para quem o número chega a ser «bastante representativo e preocupante», segundo a dirigente Elisabete Brasil. Os dados foram recolhidos com base nas notícias que foram sendo publicadas na imprensa dando conta da relação entre as vítimas e os suspeitos, sendo a maioria das sete mulheres foram assassinadas pelos companheiros ou namorados. Elisabete Brasil garante que a organização que dirige «não está a mexer nas causas estruturais», sendo que os últimos grandes estudos mostram que a prevalência de violência contra as mulheres se tem mantido, «o que tem mudado é a visibilidade do fenómeno na sociedade portuguesa. E isso nota-se no progressivo aumento

de participações», sublinha, admitindo que Portugal «até tem investido na prevenção da violência de género. As campanhas de sensibilização sucedem-se. As pessoas estão hoje muito mais informadas, muito mais conscientes de que a violência doméstica é crime. O que está a falhar? Portugal não fez o suficiente para mudar mentalidades», insiste

O levantamento agora realizado concluiu que a maior parte dos homicídios (60%) ocorre dentro de um quadro de violência doméstica. Há ainda uma percentagem significativa atribuída a ciúme ou sentimento de posse (13%) ou incapacidade de aceitar a separação (10%). Recorde-se que desde o dia 1 de Novembro, as várias forças de

segurança têm ao dispor uma ficha que lhes permitem avaliar o nível de risco de cada uma das vítimas de violência doméstica com que se deparam. Qualquer caso de médio ou alto risco terá de ser remetido para o Ministério Público (MP) com alguma sugestão da medida que poderá ser promovida pelo procurador e decidida pelo juiz.

Legionela detetada na Euroresinas FOI DETETADA a bactéria de legionela na água da torre de refrigeração da empresa Euroresinas – Indústrias Químicas. A fábrica de Sines parou de imediato a laboração e não há casos de doença a registar, estando a Autoridade de Saúde e o Médico do Trabalho a acompanhar a situação nos próximos quinze dias. A bactéria foi detetada nas análises feitas por rotina, no passado dia 27 de Novembro, sendo que a empresa informou de imediato as autoridades e implementou medidas corretivas. As análises à água foram repetidas ontem, sexta-feira, para que a situação seja reavaliada. «Até ao momento não há ninguém infetado mas continuam a ser tomadas as devidas precauções», refere Fernanda Santos, da Autoridade de Saúde do Alentejo Litoral. A Autoridade de Saúde do Alentejo Litoral e o presidente da Câmara de Sines, Nuno Mascarenhas, após reunião com os responsáveis pela unidade fabril, deslocaram-se às instalações e constataram no terreno a implementação das medidas adequadas.


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