Semmais 13 fevereiro 2016

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Sábado 13 | Fevereiro | 2016

Diretor Raul Tavares Semanário | Edição 889 | 9ª série Região de Setúbal Distribuído com o Expresso Venda interdita

Mortalidade Infantil aumentou mas ainda estamos no top mundial Em 2014, foram registadas 22 mortes na região até ao final do primeiro ano de vida, mais três do que as ocorridas em 2013, o segundo melhor registo de sempre, atrás do ano de 2011, com apenas 17 mortes. O diretor-geral da Saúde, Francisco George, diz que apesar deste aumento residual, o distrito apresenta as melhores taxas do mundo. Os dados de 2015 ainda não são conhecidos.

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Centro Cultural Africano quer reajustamento dos apoios sociais A presidente do CCA, em Setúbal, Carla Jeanne, defende que é necessário rever e reajustar alguns apoios sociais. A dirigente afirma que «há neste momento pessoas que já não precisam tanto» em detrimento de «outras que continuam a viver muitas carências». E fala da existência de «pobreza extrema» e de situações desesperantes.

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FIGURAS & ACONTECIMENTOS DO ANO PÁGINAS 8 a 10 Num ano assim-assim, escolhemos as figuras que mais se destacaram e os acontecimentos que mais marcaram o espaço mediático. Uma revisitação editorial para por fim ao ano de 2015.


OPINIAO

Sustentabilidade e rentabilidade no setor social

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tema objeto de reflexão prende-se com os conceitos de sustentabilidade e rentabilidade de uma organização, os quais se encontram na moda para algumas instituições da Economia Social (cooperativas, associações, fundações, instituições particulares de solidariedade social. misericórdias e outras entidades com fins altruísticos). Sucintamente, embora seja um conceito complexo, a sustentabilidade de uma organização pode ser definida, pela capacidade que esta detém para permanecer no mercado durante um determinado prazo. Quanto à rentabilidade, trata-se de um conceito puro de natureza económica associado a uma percentagem de remuneração sobre um determinado capital investido. Definidas as noções, muito básicas, de sustentabilidade e de rentabilidade, podemos discutir a aplicação dos conceitos nas organizações da Economia Social (OES).

Uma primeira questão que pode ser colocada consiste em saber se é possível uma OES ser sustentável e não ser rentável. Não entrando em detalhes técnicos, é possível afirmar que uma IPSS pode ser sustentável e não ser rentável financeiramente, desde que o “principal accionista” não pretenda nenhuma remuneração sobre o capital investido. Na prática é o que acontece com a maior parte das OES, na medida em que o “dono do capital”, que é o Estado, não exige às instituições financiadas qualquer retorno financeiro, mas sim a devolução à sociedade de um valor social, o qual é possível quantificar e que se designa por retorno social. Podemos ainda discutir como é que o Estado avalia o retorno social das OES, e como garante que o financiamento a estas instituições gera efectivamente mais valias sociais para a sociedade. Sobre a questão da sustentabili-

dade poderemos ainda colocar a questão, se é possível uma organização do Sector da Economia Social não ser sustentável e não gerar qualquer rentabilidade. Tendo por base a definição muito simples anteriormente referida, contrariando-se os princípios técnicos básicos de gestão e de economia, podemos afirmar que também é possível existir no mercado uma IPSS que não é sustentável nem gera retorno social. Para este efeito é suficiente analisarmos a informação anual contabilística destas organizações e os respectivos relatórios atividades para concluirmos, que durante décadas se mantiveram no mercado inúmeras OES com resultados financeiros negativos, ausentes de indicadores que evidenciem o retorno social para a sociedade da sua atividade. Poder-se-á questionar se faz sentido ou não o Estado depositar cegamente o dinheiro

David Bowie. Uma Tragédia Otimista.

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avid Bowie morreu no dia 10 de janeiro. “A Tragédia Otimista”, uma peça (1932) de Vsevolod Vichnievski, morreu no dia 31 de janeiro. Ou mais precisamente saiu de cena (talvez para a eternidade de quem a viu) no Teatro Municipal Joaquim Benite. Ambos morreram para continuar a viver. Ambos se desconheceram, atravessando tempos diferentes. E nesse desconhecimento ambos sempre questionaram o que viam. Cresci acompanhado de quem ouvia Bowie. Cresci acompanhado de quem o idolatrava. Não cresci com aqueles que em 1917, na Rússia, questionavam o viver. Não cresci a assistir ao grande debate entre comunistas e anarquistas. Tenho pena. Fiquei a perder. A peça de teatro “A Tragédia Otimista” trata daqueles que viveram e foram parte. Estão todos mortos: os verdadeiros e os personagens do drama (afinal otimista). Será que estão? Se estão porque estou aqui a falar deles, com tantos vivos para falar? Entretanto enquanto na “Tragédia Otimista” o outro é o inimigo.

GATO ESCONDIDO COM O RABO DE FORA Paulo Lourenço investigador social

dos contribuintes nas organizações da Economia Social, não lhes exigindo qualquer retorno social bem como não garantir mecanismos de supervisão de concorrência desleal em relação ao sector comercial. Pessoalmente, por várias razões, tenho muitas reservas que o atual executivo venha a revogar a recente Lei de Bases da Segurança Social, convista a garantir uma maior transparência do retorno social do sector da Economia Solidária. Em primeiro lugar, ao fazê-lo estaria a “comprar uma guerra” com poderes e protagonismos instalados há muitos anos, cujos apoios são necessários em sede de concertação social. Por outro lado, ideologicamente, estaria a

Frei Luís de Sousa

TURISMO SEMMAIS

BOCA DE CENA

JORGE HUMBERTO SILVA

Rodrigo Francisco

COLABORADOR

Anarquistas inimigos de comunistas e comunistas inimigos de anarquistas. Em David Bowie o outro somos nós. Como é evidente na canção “Changes” do álbum “Hunky Dory”, de dezembro de 1971, e no respetivo single de janeiro de 1972. Talvez por isso David Bowie fez muitas revoluções de outubro. Mesmo que não tenham sido em outubro. Talvez por isso David Bowie foi tantos e tantas. Talvez tenha sido você e eu. David Bowie nunca representou qualquer personagem de “A Tragédia Otimista”. Pelo menos que o saiba. Mas representou toda uma vida. Intensa e brilhante. E, no ultimo momento, qual representação final, editou “Black Star”. Uma estrela negra. Talvez anarquista. Talvez não. Talvez muitas das palavras que canta sejam, afinal, parecidas

com as de “A Tragédia Otimista”: o possível sentido do sentido da vida (porque o próprio sentido já tinha sido revelado pelos Monty Python); a urgência de ir mais longe; o acreditar mesmo quando só resta acreditar. Entretanto (já são 2 entretantos) um texto sobre uma encenação francesa, da “Tragédia Otimista”, de 1998, escreveu: “já houve um tempo no qual, para lá da religião, se acreditou na vida eterna”. Vida eterna que Bowie há muito tinha conquistado. Por isso não paramos de ouvir as suas músicas. Até mesmo quando vamos ver a Companhia de Teatro de Almada representar. Representar Teatro. Que afinal tantas músicas encerra. Quem sabe um dia, lá em Almada, veremos uma peça sobre David Bowie. Nem trágica. Nem otimista. Apenas eterna.

Diretor Raul Tavares | Redação: Anabela Ventura, António Luís, Bernardo Lourenço, Cristina Martins, Marta David, Rita Perdigão, Roberto Dores | Departamento Comercial Cristina Almeida - coordenação | Direção de arte e design de comunicação DDLX – www.ddlx.pt | Serviços Administrativos e Financeiros Mila Oliveira | Distribuição José Ricardo e Carlos Lóio | Propriedade e Editor Mediasado, Lda; NIPC 506 806 537 Concessão Produto Mediasado, Lda NIPC 506 806 537 | Redação: Largo José Joaquim Cabecinha nº8-D, (traseiras da Av. Bento Jesus Caraça) 2910-564 Setúbal. E-mail: redaccao.semmais@mediasado.pt; publicidade.semmais@mediasado.pt. | Telefone: 93 53 88 102 | Impressão: Empresa Gráfica Funchalense, SA. Rua Capela Nossa Senhora Conceição, 50 – Moralena 2715-029 – Pêro Pinheiro. Tiragem: 45.000 (média semanal). Distribuição: VASP e Maiscom, Lda. Reg. ICS: 123090. Depósito Legal; 123227/98

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“dar um tiro nos pés” por razões que me parecem óbvias. Acrescentando ainda a “perspetiva tecnocrata”, há semelhança de inúmeras medidas sociais cujo retorno social nunca foi avaliado pelo Estado, a aplicação de novas regras iria debater-se com a falta de recursos e competências que garantam a sustentabilidade das OES. Em suma, o tema da sustentabilidade das Organizações de Economia Social estará durante o ano 2016 na moda para absorver alguns fundos comunitários, ficando na gaveta uma avaliação séria do verdadeiro retorno social de um sector com inúmeras responsabilidades em matéria da qualidade de vida das famílias.

Diretor da CTA

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omeçámos, no fim da última semana, os ensaios do “Frei Luís de Sousa”, que estrearemos a 1 de Abril (dia bizarro para se estrear um clássico). O “Frei Luís de Sousa” é uma das peças que quase toda a gente conhece sem conhecer, sem nunca ter lido completamente, e sem nunca ter visto em cena – é o caso de quem escreve esta crónica. De leitura obrigatória nos liceus (ainda será?), o drama de Garrett ganhou com o tempo uma aura de “dramalhão”, “estuchada”, “chatice” que os professores abordam de fugida, no terceiro período, quando as cabeças dos adolescentes já estão mais nas férias do que na culpa inocente de Maria. Essa aura de que falo, injusta, deve-se, do meu ponto de vista, ao simples facto de que não tem sido dada a oportunidade à peça de Garrett de ser posta em cena. Não estou a falar das adaptações ou das montagens que alguns grupos levam a algumas escolas, com os Romeiros a tropeçarem nas barbas postiças. Estou a falar numa produção com a dignidade que a peça de Garrett merece: actores, encenador, cenário, figurinos – profissionalismo, em suma. É esse o projecto a que se propõe Rogério de Carvalho: montar o “Frei Luís de Sousa” – cuja acção, por sinal, até se

passa em Almada – não como uma chatice de que tem de se falar nas aulas de Português, mas com a seriedade e o prazer de nos debruçarmos sobre o texto fundador do teatro português moderno. O mito sebastiânico, a independência do País face ao estrangeiro, uma forma de sentir que é portuguesa – de muito mais do que isto nos fala Garrett, a partir da história do escritor Manuel de Sousa Coutinho. Mas só estes três temas chegariam para que valha a pena olharmos para o “Frei Luís de Sousa” despidos de quaisquer complexos pós-modernos. O Romantismo – e não falo só do movimento literário – não é uma corrente estética de donzelas tísicas e vilões barbudos, como deliciosamente o auto-caricaturou o Autor das “Viagens na minha terra”. Sou dos que vêem no Romantismo a última das grandes revoluções estéticas na forma de encarar a Arte e a Vida. Tudo o que veio depois, nos séculos XX e XXI, nunca chegou a quebrar nem a afastar-se completamente da forma de sentir “romântica”. Bem sei que a palavra ganhou uma conotação delico-doce, que não tinha originalmente. Este nosso “Frei Luís de Sousa”, espero eu, há-de contribuir um pedacinho para que o Romantismo se livre dela.


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EDITORIAL

SOCIEDADE Em 2014 foram registadas 22 mortes de bebés no primeiro ano de vida, mas três do que em 2013

Mortalidade infantil aumentou na região mas taxa de êxito está no «top mundial» Raul Tavares Diretor

Mercados e jogos de sombra

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stou cansado de me fazer a mesma pergunta, agora e em cenários anteriores: “São as políticas e não as razões económico-financeiras que movem os mercados? Os últimos anos, desde 2008, diga-se, parece não haver dúvidas de que o ‘comando negro’ da agitação dos mercados, dos apostadores agiotas, e desta economia de casino, tem sorvido a decisão política e a tem mantido refém. A discussão sobre o orçamento de Estado para este ano está repleto desta ‘gerigonça’ mecânica, que contagia taxas de juros, percepções e jogos de sombra, capazes de conter o desenvolvimento económico. Basta um espirro, em qualquer sinal, para que os agiotas deste jogo mercantil decidam arrefecer investimentos, paralisar economias e lançar países numa espiral recessiva. É a chantagem pura sobre o primado da política. Adam Smith, considerado o pai da economia moderna, e do liberalismo económico, falava da “mão invisível”, representada, nas suas teorias, pelo fator egoístico dos empreendedores que levaria, em última instância, ao bem-estar social. Nas suas teses, a riqueza das nações resultava da ação dos indivíduos, que promoviam crescimento económico e inovação tecnológica. Mas a ‘mão invisível’ da atualidade é apenas egoística. Concentra riqueza, funciona em forma de casino e é castradora do bem-estar social. É um modelo sobre o qual parece não haver refrega. Pelo menos enquanto os homens da política e os líderes desta Europa a mil velocidades não mudarem. Porque não, e em definitivo, assumir que a renegociação da dívida e algum perdão de juros, seria o melhor caminho para resolver deficits excessivos, capaz de relançar o desenvolvimento económico e permitir o reembolso da mesma sem prejuízos para os investidores…

Os piores registos da Península

Entre 2001 e 2011 o distrito passou de uma média de cinco mortes por cada 1000 nados-vivos para 3,1. Segundo as estatísticas mais recentes, em 2014, distrito lamentou 22 mortes de bebés no primeiro ano de vida. Mas a evolução é grande, em 1996 foram registadas 47 mortes. TEXTO ROBERTO DORES IMAGEM SM

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garantia é deixada pelo próprio diretor-geral de Saúde, Francisco George, confrontado com as 22 mortes de crianças na região até ao final do primeiro ano de vida, em 2014, traduzindo mais três face ao ano anterior - que foi o segundo melhor de sempre, apenas atrás de 2011, quando 17 crianças não sobreviveram. «Temos aqui das melhores taxas de mortalidade infantil em todo o mundo», sustenta, estimando-se, com base no teste do pezinho, que tenham nascido no distrito 6396 bebés. Segundo os dados do sistema de informação dos certificados de óbito (SICO), 2014 registou na região a terceira melhor taxa de mortalidade, admitindo Francis-

co George que «estes resultados se devem ao desenvolvimento do país e à maior atenção dada às questões do parto», refere, acrescentando ainda que a evolução (descendente) da taxa de cesariana é coincidente com a taxa de sobrevivência (a aumentar). Para que melhor se perceba a evolução, basta recuar até

1996, ano em que o distrito de Setúbal lamentou 47 mortes de bebés no primeiro ano de vida, enquanto em 1981 chegou às 164, de acordo com os dados oficiais do Instituto Nacional de Estatística (INE). Já em 1960 mostrava uma realidade cinzenta: morreram na região 387 crianças com menos de um ano.

Sinal claro de esperança Os dados relativos ao distrito enquadram-se, afinal, na média nacional, surgindo Portugal com a sexta taxa de mortalidade infantil mais baixa da União Europeia, segundo da Comissão Europeia. Segundo este documento, passámos, entre 2001 e 2011, de uma média de cinco mortes por cada 1000 nados-vivos para a média de 3,1. Os médicos congratulam-se com os resultados e sublinha que apesar de a região alentejana estar entre as zonas do país onde nascem menos crianças, cerca de 2 mil por ano, este dado acaba por ser um sinal de esperança muito relevante para as autoridades de saúde. Quer isto que a região atingiu a média que até aqui distinguia os líderes europeus - Finlândia, Suécia ou Noruega – segundo a DGS.

ASPIG quer lares para GNR reformados do distrito

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Associação Sócio-Profissional Independente da Guarda (ASPIG) está preocupada com a situação «degradante» em que vivem muitos dos militares da GNR que residem na região após passarem à reforma, tendo detetado, inclusivamente, antigos militares que se encontram mergulhados em cenários de «extrema pobreza» e de «abandono», segundo denuncia o presidente da associação, José Alho. O dirigente reclama ser chegada a hora do Estado avançar com a criação de lares para idosos pelos Serviços Sociais da GNR, garantindo que seria a melhor opção para fazer face às atuais dificuldades. ASPIG defende a criação de quatro lares

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Os médicos consideram que os resultados mais recentes acabam mesmo por «superar algumas expetativas» por traduzirem uma diminuição – ainda que ténue - face a 2012, quando a região já tinha registado 27 vítimas, o que chegou a representar um aumento significativo comparando com os dados oferecidos por 2011 (17). Aliás, este seria mesmo o melhor ano de sempre. Em 2010 a região tinha lamentado 23 óbitos na mesma faixa etária. Por concelhos, a evolução que tem sido conquistada em matéria de obstetrícia e pediatria na península permitiu, por exemplo, deixar a capital a zero em 2014. Setúbal tinha lamentado duas mortes em 2013 e seis em 1996. Já Almada exibe o pior registo, com oito vítimas, contra as quatro do ano anterior. Seixal e Sesimbra também conheceram três mortes cada, Palmela e Montijo duas, enquanto Grândola, Santiago do Cacém, Barreiro e Moita tiveram uma morte.

Nuno Fachada novo ­diretor-clínico do ­Centro­ Hospitalar de Setúbal

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numa primeira fase, abarcando a Grande Lisboa, Norte, Centro e Sul, mas deixando porta aberta para no futuro estender a medida a cada uma das capitais de distrito.

José Alho sublinha que os Serviços Sociais da GNR têm vontade e dinheiro para desenvolver e sustentar o projeto, desde que o Governo liberte as verbas pagas pelos militares para estes Serviços.

médico Nuno Fachada deverá ser o novo diretor-clínico do Centro Hospitalar de Setúbal, na sequência das mudanças a operar naquela unidade hospitalar. Segundo o Semmais apurou, o ortopedista, já terá aceite a indigitação. Entretanto, o Conselho de Administração também deverá mudar, sendo que para o lugar do atual presidente Lacerda Cabral, está a ser cogitado o nome de Manuel Roque, oriundo do Centro Hospitalar de Lisboa.


SOCIEDADE Centro Cultural Africano afirma que situação social continua muito aflitiva e pede reajustamento de apoios

A fila da pobreza que desespera Setúbal A presidente do Centro Cultural Africano de Setúbal, Carla Jeanne, defende neste momento é necessário «rever e reajustar» alguns apoios sociais. A dirigente argumenta que há pessoas que já precisam tanto e outras mais carenciadas. TEXTO ROBERTO DORES IMAGEM SM

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presidente do Centro Cultural Africano (CCA), Carla Jeanne, alerta que os tempos de crise ainda estão para lavar e durar em Setúbal, pelo menos, para meia centena de pessoas a quem a instituição presta apoio na cidade. Sobretudo moradores do Bairro da Bela Vista, mas não só. Defende, por isso, a necessidade de «rever e reajustar» alguns processos relacionados com os apoios prestados pelas instituições. «Neste momento temos pessoas que já não precisam tanto, mas que estão a ocupar um lugar que poderia servir para ajudar gente mais carenciada», denuncia ao Semmais, após surgir

mais um caso de pobreza extrema no concelho. Uma mulher perdeu o direito ao apoio das refeições por ter uma reforma de 300 euros. «O problema é que a senhora, só de renda de casa, paga 180 euros», sublinha a dirigente. Já em finais de 2015, Carla Jeanne dava conta de uma situação «aflitiva», como a própria a classificou, numa altura em que cerca de cem pessoas, distribuídas por 25 famílias da Bela Vista tinham perdido o apoio alimentar que vinha sendo prestado desde 2011 pelo CCA, que trabalha com várias comunidades do bairro. Pelo menos três dos restaurantes que diariamente forneciam comida, doando os excedentes, faliram nos últimos meses.

Solidariedade ajudou a resolver as situações mais graves «Conseguimos melhorar essa situação. A solidariedade funcionou e resolvemos alguns dos

problemas mais graves. Mas depois surgem outros, como o desta senhora que está desesperada sem apoio, por ter que pagar as refeições, que custam cinco euros por dia», refere a presidente do CCA, insistindo que é preciso analisar caso a caso. Alega que há casais que já têm a vida mais organizada. «Sabemos que o marido ou a mulher arranjaram trabalho e que já não precisam tanto de ajuda», justifica, sugerindo que estes casos passem a ser apoiados com uma «cesta básica», podendo essas pessoas confecionar a comida em casa. «Seria a oportunidade de nós podermos dar a mão a quem nem tem gás para fazer comer. Teremos entre 50 a 60 pessoas nessa situação e a maioria são idosos já sem capacidade”, acrescenta. O levantamento que já tinha sido feito em finais do ano passado pelo CCA revelou alguns

contornos «assustadores em várias casas», descreve a dirigente, alegando existirem situações em que «nem uma sopa está assegurada». A mesma dirigente recorda ter criado esta estrutura de apoio, com ajuda dos restaurantes situados nas imediações do bairro, em 2011, quando o então ministro da Solidariedade, Trabalho e da Segurança Social, Pedro Mota Soares, alertou que vinham por aí dias difíceis e que seria preciso estar preparada para situações de pobreza. Mas a austeridade «foi longe demais», diz, revelando que só um dos restaurantes que faliu oferecia 20 litros de sopa todos os dias. «Chegámos a ter situações de pobreza extrema a que ainda não tínhamos assistido aqui», lamenta, alertando para o recente agravamento da crise das famílias com o fim dos cursos de formação para onde o CCA tinha encaminhado alguns moradores.

Vendas sem sucesso O CCA tem procurado apostar no «empreendedorismo social», levando os moradores a fazer alguns trabalhos manuais, como bordados, para vender ao público, mas sem sucesso. «Podia ser uma ajuda, mas se ninguém vem ao bairro, não conseguimos arranjar compradores», resume Carla Jeanne.

O projeto foi concebido com acompanhamento dos moradores do bairro social

Cozinha comunitária do Terras da Costa distinguida a nível nacional Foi um dos três projetos nacionais a ser distiguido com o prémio ArchDaily. Mas o empreendimento inovador está incompleto. Os arquitetos consideram que pode ser a porta aberta para o investimento que falta.

TEXTO ANTÓNIO LUÍS IMAGEM SM

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projeto social de uma cozinha comunitária, no bairro Terras da Costa, da Costa de Caparica, em Almada, integra

os três projetos nacionais vencedores do prémio da ArchDaily. Trata-se de um projeto do gabinete de arquitetura ateliermob e

do coletivo experimental de arquitetura Projeto Warehouse, pensado e construído em conjunto com os moradores. «A visibilidade que o prémio traz pode ser determinante para conseguir o financiamento necessário à fase seguinte da cozinha comunitária das Terras da Costa», afirmou Tiago Saraiva, do ateliermob, que em parceria com o coletivo Warehouse, o financiamento da Fundação Calouste Gulbenkian e da Casa Vapor e o empenho da Câmara de Almada conseguiram, com o projeto da cozinha premiada na categoria Arquitetura Pública, levar água a um bairro de génese ilegal onde habitam trezentas pessoas». Projeto só estará concluído quando for demolido Concluído em 2014, o arquiteto

Tiago Saraiva defende que o «projeto só estará concluído quando for desmantelado. O nosso desejo é que aquelas madeiras sejam reutilizadas em projetos com o mesmo cariz porque, se a cozinha serviu para melhorar as condições de vida daquela comunidade, em setembro ou outubro, o município de Almada decidiu avançar para a fase seguinte, ou seja, o realojamento daquelas pessoas num bairro a cerca de 300 metros do local onde agora vivem, que terá alguns equipamentos coletivos». E «os arquitetos do bairro» já estão novamente a trabalhar com a comunidade para perceber as necessidades de cada família, tal como aconteceu com a cozinha comunitária que «obedeceu a um programa definido pela comunidade».

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SOCIEDADE Associações de professores da região concordam em não suspender programas e são favoráveis a que estude alterações sem pressa

Programas de Matemática e Português vão ser suspensos? Para já não. Governo promete estudar eventuais alterações no que concerne aos programas curriculares do ensino da matemática e do português, considerados «muito extensos». Professores concordam.

TEXTO ROBERTO DORES IMAGEM SM

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rofessores, pais e alunos dão sinais de descontentamento. Continuam a avolumar-se

as correntes de opinião contra a forma de avaliação dos estudantes e como os programas são ensinados do básico ao secundário, havendo, sobretudo, queixas que apontam os

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programas de Matemática e Português como sendo demasiado extensos. Porém, o novo Ministério da Educação garante que, pelo menos para já, não vai haver alterações. Tal-

vez depois de se proceder a uma avaliação científica e pedagógica do atual modelo. De resto, as próprias associações de professores da região concordam com a tutela, admitindo que seria um erro suspender de imediato as metas curriculares que foram introduzidas pelo ex-ministro Nuno Crato. Uma medida que poderia afetar negativamente os alunos e as próprias famílias. Carlos Eduardo Marques, docente de Português, com mais de 20 anos de experiência no ensino, corrobora da avaliação apresentada pela Associação de Professores de Português (APP), que recorda como os pareceres dados antes da homologação dos novos programas já alertavam para o facto de as metas serem «redutoras»

com a agravante de «implicarem muitas transformações». «Mas daí a suspender no imediato não se afigura uma boa solução, porque é preciso ter calma e fazer as coisas com tempo. Basta perceber, por exemplo, que os pais já pagaram os manuais», sublinha, enquanto é sabido que APP estará em contactos com o gabinete do novo ministro Tiago Brandão Rodrigues onde este tema foi abordado. Alterações vão ter grande impacto no ensino Por seu lado, a Associação de Professores de Matemática (APM) afina pelo mesmo diapasão. A presidente Lurdes Figueiral ousa mesmo fazer um retrato muito crítico da situação atual e do seu impac-

to no ensino. Aliás, recorda, «logo em 2013 alertámos que o programa proposto pelo Ministério da Educação iria afastar ainda mais os alunos da disciplina e que estaria a contrariar as orientações curriculares para o ensino da Matemática reconhecidas internacionalmente». No seu parecer a direção da APM propunha antes que se procedesse à avaliação do programa de Matemática A, em vigor na altura, bem como do primeiro ano de implementação nos 1.º, 3.º, 5.º e 7.º anos do ensino básico do programa de Matemática homologado em 2013. Aconselhou ainda que só com base nos resultados de tais estudos se fizessem «os ajustes e as alterações que se entenderem adequadas aos programas atrás referidos».

Os argumentos do Ministério da Educação O Governo justificou as alterações implementadas nos programas das escolas do país com a preocupação de atualizar o currículo do ensino secundário - agora incluído na escolaridade obrigatória -, e tendo em conta alterações introduzidas no ensino básico. Foram elaborados novos Programas de Português e de Matemática A, do 10.º, 11.º e 12.º anos, e de Física e Química A, do 10.º e 11.º anos, «contribuindo para a coerência de todo o percurso escolar dos alunos», explicou então a tutela. Recorde-se que os novos programas e metas curriculares de Português e Matemática para o ensino secundário, que continuam a recolher críticas dos professores foram homologados a 21 de janeiro de 2014, com a publicação em Diário da República.

Sarna em escola do Barreiro deixa pais preocupados

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identificação de casos de sarna numa escola do Barreiro, confirmada por fonte da delegação de Saúde, faz aumentar o número de alunos infetados pelo parasita nos estabelecimentos de ensino da Grande Lisboa, depois de Loures, Póvoa de Santo Adrião e Cascais. A direção da escola básica D. Luís de Mendonça Furtado, frequentada por cerca de 700 alunos, também já

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confirmou a existência de estudantes com sarna e chamou o delegado de saúde, mas não revela quantos alunos estarão infetados. «É uma questão que até pode ser exterior à escola», diz fonte da delegação de Saúde, admitindo que «qualquer miúdo que seja contagiado com o parasita basta-lhe ser tratado e está o problema resolvido. Isto não é um problema de saúde pública», acrescenta a

mesma fonte, que, ainda assim, chama a atenção para sinais de alerta como vermelhidão e comichão. O alegado silêncio da direção da escola está a perturbar alguns pais que têm procurado saber o que está a passar-se, havendo conhecimento de que um aluno terá recorrido ao hospital pediátrico de D. Estefânia, em Lisboa, com sintomas de vermelhidão e comichão no corpo. Viria a ser-lhe diagnosticada sarna.


LOCAL MONTIJO Canha assinala mais um aniversário do seu foral

PALMELA Leque de ofertas variadas para o dia de S. Valentim

Canha volta a assinalar mais um aniversário do seu Foral, este sábado, às 15 horas, na Misericórdia local. Esta data servirá para homenagear uma personalidade da freguesia, assim como distinguir algumas entidades locais. A animação está a cargo da Orquestra Filarmónica da Casa do Povo de Canha, do Grupo de Sevilhanas da Misericórdia local, do Coro Polifónico da Sociedade 1.º de Dezembro e da banda Prece Mentira. O Dia de Canha é organizado pela Comissão Comemorativa do Dia da Vila de Canha, com o apoio da Junta de Freguesia de Canha e de outras entidades da freguesia. Em 2016, Canha celebra 844 do seu primeiro Foral de 1172, do qual só há referências no seu segundo foral de 1235, de D. Paio Peres Correia.

Para o dia de S. Valentim, o município preparou vários programas. Para desfrutar de um fim de semana relaxante, os empreendimentos turísticos do concelho estão a promover pacotes aliciantes, que associam estadia, refeições e experiências românticas. Na área do enoturismo, as adegas e lojas de produtos regionais apostam em experiências e ofertas originais, para degustar a dois. Para complementar o programa, a oferta de atividades ao ar livre é diversificada, com caminhadas, passeios de bicicleta, burricadas e passeios todo-o-terreno. Para provar os sabores gourmet, o programa “Palmela – Experiências com Sabor!” propõe dois Fins-de-Semana Gastronómicos. A 13, 14, 19, 20 e 21, há menus requintados nos restaurantes.

ALCÁCER DO SAL Município reclama reparação urgente do IC-1 O presidente do município, Vítor Proença, preocupado com o estado de degradação em que se encontram várias estradas nacionais no concelho, reuniu dia 3, com a empresa Infraestruturas de Portugal. Face à falta de um compromisso para o arranjo das vias, o autarca entregou um dossier à IP com as prioridades de intervenção. O troço do IC-1 entre Alcácer/Grândola merece preocupação do autarca, logo seguida da EN do Torrão, estrada Torrão/S. Romão e a estrada da Comporta. O autarca solicitou ainda a colocação de pinos refletores de identificação de faixa de rodagem na estrada que liga Montemor-o-Novo e Alcácer e na estrada que liga Alcácer ao Torrão. Face às exigências, a empresa não assumiu qualquer compromisso.

SETÚBAL Protocolo para recuperação do Forte de S. Filipe O município aprovou em reunião pública, um protocolo de cooperação com diversas entidades, incluindo o Estado, com vista às obras de estabilização da encosta do Forte de S. Filipe. A necessidade de uma intervenção de natureza estrutural na encosta resulta de um relatório do LNEC apresentado com base em observação realizada no último trimestre de 2011, que identifica um cenário de elevado risco, concluindo pela “necessidade de realização de obras de estabilização”, sem as quais “não se podem considerar satisfatórias as condições de segurança para obstar à ocorrência de um acidente grave, com eventual perda de vidas humanas e de equipamentos, no caso de se verificar um sismo ou um período de chuvas intensas e prolongadas”.

SINES BOMBEIROS RECONHECEM APOIO DA CÂMARA À INSTITUIÇÃO Os Bombeiros de Sines agraciaram o município com o título honorífico de sócio benemérito Honra e Mérito, “em reconhecimento do seu empenho e colaboração com a instituição”. A placa identificativa foi entregue ao presidente da edilidade, Nuno Mascarenhas, na gala de aniversário dos quartéis dos bombeiros, realizada no salão nobre da instituição no dia 5. O presidente da Câmara agradeceu o reconhecimento dos bombeiros à autarquia, referiu o apoio permanente que ao longo dos anos os diferentes executivos deram à associação e garantiu que esta política continuará a ser seguida no futuro.

BARREIRO Quinta Braancamp vai estar ao serviço da população O BCP e o município assinaram, dia 8, o contrato-promessa de compra e venda da Quinta Braamcamp, pelo valor de 2 milhões e 900 mil euros. Recorde-se que a CMB aprovou, em 2015, a compra da referida Quinta, porque é, segundo o edil Carlos Humberto, um «passo importante» na estratégia de requalificação da zona ribeirinha e de reapropriação dos rios por parte da população. O autarca referiu que, numa 1.ª fase será limpo o território, seguida da recuperação do moinho e da caldeira. «Estão a juntar-se as peças de um puzzle», como afirmou o autarca, referindo-se, numa 1.ª fase, à requalificação da zona entre o Clube Naval e a Av.ª de Sapadores, à compra do moinho grande de maré, à candidatura a fundos comunitários para a recuperação do moinho de maré pequeno, entre outros aspetos.

ALCOCHETE Nove famílias realojadas em habitações sociais As habitações sociais que estavam a concurso já foram atribuídas a nove famílias. Na sequência da conclusão do concurso para habitações sociais, esta foi uma informação divulgada pelo executivo na última reunião de Câmara, de 3 de fevereiro. Ser cidadão nacional e residente no concelho há pelo menos 5 anos, nenhum dos elementos do agregado familiar possuir habitação própria, não residir em habitação adequada à satisfação das necessidades do agregado familiar e auferir um rendimento mensal baixo foram os principais requisitos do concurso que ao qual concorreram 71 famílias. «A filosofia subjacente à configuração do regulamento teve que ver com a forma séria, rigorosa e transparente dos critérios e das subsequentes atribuições sociais.

SANTIAGO DO CACÉM Álvaro Beijinha acompanha estreia do cante alentejano O presidente Álvaro Beijinha é um dos autarcas alentejanos que marcará presença em Madrid, este sábado, no Teatro do Círculo de Bellas Artes, na estreia do cante alentejano na capital espanhola. Os cantadores de Vila Nova de S. Bento e Os Ganhões de Castro Verde serão os embaixadores desta arte considerada, em 2014, Património Cultural e Imaterial da Humanidade. Na ocasião, será igualmente destacado um instrumento muito associado ao cante – a viola campaniça -interpretada pelos Moços D`uma Cana. A estreia do Cante Alentejano em Madrid faz parte do programa de apresentação do 12.º Festival Terras Sem Sombra, no passado dia 11, às 12 horas, na Embaixada de Portugal.

SESIMBRA Cegadas animam população ‘pexita’ O teatro João Mota, em Sesimbra, acolhe este sábado, às 21h30, a última apresentação das tradicionais cegadas, com bilhetes a 3 euros. Sesimbra é um dos poucos locais do país que ainda mantém viva a tradição das Cegadas. O costume da zona rural, com mais de cem anos, esteve de volta durante o Carnaval às freguesias do Castelo e de Santiago. Com dois grupos de cegantes, constituídos exclusivamente por homens, estas manifestações carnavalescas produzem muitos momentos de boa disposição. Em verso, e acompanhados à guitarra, os grupos vão apresentar, ao estilo das antigas canções de escárnio e maldizer, alguns dos acontecimentos mais marcantes da sociedade portuguesa.

SEIXAL workshop sobre comunicação entre adolescentes O auditório do município acolhe dia 19, às 19h30, o workshop “Vamos Lá Falar Disso! – Comunicação entre Adolescentes e Pais”. Visa promover o debate sobre a importância de uma comunicação eficaz entre pais e filhos para que a fase da adolescência, repleta de transformações físicas e emocionais, seja feita de forma tranquila. O workshop terá como orador José Morgado, psicólogo da Educação e Docente do Departamento de Psicologia e Educação do ISPA, e será moderado por Ana Alves, pediatra do Garcia de Orta. Esta iniciativa integra o projeto “À Conversa Com os Pais… A Confusão está Instalada?”, promovido pelo município, em parceria com a Unidade de Cuidados na Comunidade do Seixal, do ACES Almada-Seixal, e a secundária José Afonso, e enquadra-se na filosofia do projeto Seixal Saudável.

GRÂNDOLA Município acolhe Conferência Internacional A conferência insere-se no plano de atividades do Observatório da Canção de Protesto, é organizada pelo Instituto de Etnomusicologia - Centro de Estudos em Música e Dança e pelo Instituto de História Contemporânea da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, da Universidade Nova de Lisboa, pelo município, Sociedade Musical Fraternidade Operária Grandolense e Associação José Afonso. Realiza-se na FCSH em Lisboa e em Grândola, entre 15 e 17 de Junho deste ano. A ICPSong’16 terá um variado programa académico e social, repartido entre Lisboa e Grândola, e contará com a participação, entre outros, dos oradores David McDonald, Michael Frishkopf e Noriko Manabe. A ICPSong’16 conta ainda com realização de oficinas nas áreas de composição, performance e criação de redes.

ALMADA Concurso de caldeiradas regressa à Costa de Caparica O 12.º Concurso de Caldeiradas à Pescador, uma iniciativa da Junta de Freguesia da Costa de Caparica, decorre de 20 de fevereiro a 20 de março. O segundo concurso gastronómico mais antigo a nível nacional, tem, este ano, como grande novidade, a criação e dois novos prémios, nomeadamente o Prémio Sobremesa e o Prémio Serviço. As duas novas categorias visam distinguir e contribuir para a dinamização do concurso. Segundo o presidente da Junta de Freguesia, José Martins, o evento pretende homenagear «a tradição secular da sabedoria dos homens do mar, na sua qualidade de pescadores e de criadores desta iguaria única no País». A exemplo dos últimos anos, o concurso vai homenagear uma personalidade da Costa de Caparica. Este ano, o homenageado é Moisés José, «o homem do mar e do fado».

MOITA Noites blues aquecem o Forum José Manuel Figueiredo A Blues Night de fevereiro vai acontecer este sábado, às 22 horas, no Fórum José Manuel Figueiredo, na Baixa da Banheira, tendo como convidado Vítor Bacalhau. O algarvio Vítor Bacalhau é um talentoso cantor, guitarrista e compositor de 25 anos. Contando já com um EP e um álbum editados, Vítor Bacalhau é uma grande promessa do Blues/Rock nacional. As influências, que vão desde o blues do Delta ao rock ‘n roll mais musculado, ajudam a moldar uma sonoridade atual e única no panorama musical português. Ao vivo, Vítor Bacalhau apresenta-se em formato Power Trio, onde a guitarra assume um papel central. Os bilhetes custam 3 euros.

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BALANÇO DO ANO

AS FIGURAS MAIS

MARIA DORES MEIRA Foi um ano em cheio para a presidente da Câmara de Setúbal, Maria das Dores Meira. Em Setembro ficou a saber da nomeação para presidente do “Clube das Mais Belas Baias do Mundo”, entidade criada em 1997. Tomou posse já no arranque deste ano e vai gerir um restrito grupo de 38 representantes de 25 países em quatro continentes. É também a primeira mulher a exercer o cargo. Em Junho, após um processo complexo e não menos difícil, confirmou Setúbal como “Capital Europeia do Desporto” para 2016, candidatura apadrinhada por Rosa Mota e José Mourinho.

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ANTÓNIO CEIA DA SILVA

ANA CATARINA MENDES

FERNANDO NEGRÃO

AMÉLIA ANTUNES /EUFRÁZIO FILIPE

Continua a colocar o Alentejo no mapa nacional e internacional e trouxe, em Dezembro de 2015, mais um reconhecimento da UNESCO, com o fabrico do chocalho a tornar-se património imaterial da humanidade a salvaguardar. Como se bastasse, foi um ano me que o destino Alentejo foi considerado por jornais e revistas estrangeiras como dos melhores para visitar e usufruir.

Foi a líder de uma campanha para as legislativas que surpreendeu meio mundo pelos resultados alcançados. Sete deputados e 12 pontos a mais que a coligação de direita, mesmo tendo em conta um grande crescimento do BE. Podia ter ido para o Governo, mas anuiu, com espírito de missão, ao pedido de António Costa para o substituir na liderança do partido.

O ex-candidato à Câmara de Setúbal, presidiu de forma honrosa à mega comissão sobre o Banco Espírito Santo. E fê-lo de uma forma irrepreensível, motivando elogios de todas as forças políticas, da esquerda à direita. Ainda chegou a ser ministro da Justiça naquele que foi o governo mais curto da história política do País.

Os ex-presidentes das câmaras de Montijo e Seixal foram distinguidos pelo presidente da República, Cavaco Silva, com o grau de Comendador da Ordem de Mérito. Um reconhecimento pelo papel desempenhado no desenvolvimento do país e no reforço da coesão territorial. Eufrázio esteve 24 anos à frente do município seixalense e Amélia Antunes 16 anos.


BALANÇO DO ANO

MENÇÕES HONROSAS

MIGUEL OLIVEIRA

JOANA MORTÁGUA

CARLOS BEATO

JAIME QUENDERA

LEONOR FREITAS

PAULO DO CARMO

O jovem piloto, natural de Almada, esteve prestes a vencer o Campeonato do Mundo de Motociclismo em Moto3. Foi segundo, mas ganhou fortes créditos a nível internacional.

A jovem bloquista foi cabeça de lista nas últimas legislativas e atingiu o melhor resultado de sempre do Bloco de Esquerda no círculo eleitoral de Setúbal.

O comendador que liderou a câmara de Grândola por mais de uma dezena de anos, foi reeleito para a Associação Mutualista Montepio Geral. O único a acompanhar o líder Tomás Correia.

O enólogo foi agraciado pelo presidente da República com o grau de Comendador da Ordem de Mérito Empresarial – Classe do Mérito Agrícola.

A empresária voltou a ter um ano em cheio. Foi distinguida com o “Prémio Carreira”, da revista Máxima e trouxe Cavaco Silva, em visita oficial à inauguração da nova Adega e museu.

O ex-vereador da Câmara de Grândola foi eleito para presidente do Núcleo da Quercus para o Litoral Alentejano e assumiu, a nível nacional, nas áreas da qualidade do ar e poluição atmosférica.

© CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCULA ENTRE TEJO E SADO

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BALANCO DO ANO

ACONTECIMENTOS

D. José Ornelas Carvalho, novo Bispo de Setúbal No ano de comemoração dos 40 anos da criação da diocese de Setúbal, em 2015, D. Gilberto Canavarro dos Reis, bispo de Setúbal, anunciou a resignação do seu cargo apostólico por ter atingido os 75 anos de idade. Para o seu lugar foi nomeado pelo Papa Francisco, D. José Ornelas Carvalho, de 61 anos, ex-superior geral dos Dehonianos. Na cerimónia solene, realizada na Sé Catedral de Setúbal e presidida pelo cardeal patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, estiveram presentes os dois bispos eméritos, D. Gilberto Canavarro dos Reis e D. Manuel da Silva Martins.

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Socialistas do distrito ‘invadem’ Governo

Explosão em pedreira de Sesimbra assustou região

Cruz Vermelha de Setúbal assinalou centenário

Convento de Jesus reabriu as portas após 23 anos

Há muitos ciclos governativos que não se via um governo com tanta presença de políticos oriundos do distrito. O de António Costa conta com dois ministros e três secretários de Estado, Eduardo Cabrita e Pedro Marques, com as pastas de ministro-adjunto do primeiro-ministro e da Infra-estruturas, respetivamente. Catarina Marcelino, na Igualdade e Cidadania; João Costa, na Educação e Ricardo Mourinho Félix, no Tesouro e Finanças, fecham a lista.

Foi um enorme estrondo, com deslocação de ar, que gerou o pânico na região na noite de 4 de Março do ano passado. A explosão numa pedreira de Sesimbra, na serra da Achada e em pleno parque natural da Arrábida ouviu-se de Setúbal a Lisboa e fez estragos em casas das redondezas. Segundo o presidente da Câmara, Augusto Pólvora, o que deveria ter sido «apenas uma operação de queima de um cordão detonante fora de prazo», resultou num grande susto.

O centenário da Delegação de Setúbal da Cruz Vermelha Portuguesa, assinalado no dia 20 de Novembro com um programa comemorativo, incluiu a cerimónia de tomada de posse da nova direção da instituição sadina, uma conferência e um apontamento cénico. É uma das associações públicas mais vetustas do distrito e com um papel determinante na área social. A Cruz Vermelha de Setúbal instalou-se 50 anos depois de a instituição ter sido criada em Portugal.

O emblemático monumento nacional, localizado em Setúbal, foi alvo de profundas obras de restauro promovidas pela Câmara de Setúbal sob autorização da Direcção-Geral do Património Cultural, depois de o antigo IGESPAR ter cedido à autarquia a sua posição na candidatura do projeto a fundos comunitários. Um desfecho que demorou mais de uma vintena de anos de avanços, recuos e muitos impasses. As obras de remodelação ainda não estão totalmente concluídas.


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NEGÓCIOS Mudança radical na história de uma empresa com mais de 60 anos e forte ligação a Setúbal

Grupo Portucel Soporcel passa a designar-se “The Navigator Company” Resultados do Ano de 2015

A nova marca da Portucel, The Navigator Company, representa a união de empresas com uma história de mais de 60 anos, pretendendo dar uma imagem mais moderna e apelativa a um dos maiores grupos empresariais nacionais com uma forte componente internacional.

ENTREVISTA ANTÓNIO LUÍS IMAGEM SM

A

viver um clico de forte investimento na expansão e internacionalização das suas atividades, o grupo Portucel Soporcel decidiu alterar a sua nova marca corporativa para The Navigator Company. Esta nova marca, que vigora desde as zero horas do passado dia 6 de Fevereiro, representa a união de empresas com uma história de mais de 60 anos, pretendendo dar uma imagem mais moderna e apelativa a um dos maiores grupos empresariais nacionais com uma

· Volume de negócios cresce 5,6 por cento para € 1.6 mil milhões, com evolução favorável do preço da pasta e do papel; · EBITDA atinge 390 milhões de euros, aumentando 18,7 por cento, com melhoria na margem EBITDA/Vendas para 24 por cento; · Grupo avança com o seu plano de desenvolvimento estratégico, concluindo as seguintes etapas: Arranque da nova capacidade de pasta em Cacia, permitindo um aumento de produção anual de 20 por cento; Entrada no tissue, com a aquisição e integração da MAS; Conclusão e arranque da segunda máquina de produção de tissue em Vila Velha de Ródão; Início da construção da fábrica de pellets nos EUA; Construção e início de produção do Viveiro de Luá, na Zambézia, permitindo entrar na fase de plantação de floresta em larga escala; · Reestruturação da dívida, com melhoria de condições e extensão de maturidades; · Manutenção do rácio de endividamento Net Debt / Ebitda em níveis prudentes e abaixo da média do sector. forte componente internacional. Joana Seixas, diretora de comunicação do The Navigator Company, afirma que «havia necessidade de evoluir para uma nova marca comum que unisse ainda mais o grupo. O produto Navigator é um caso de sucesso impar. Criado em Portugal, conquistou o mundo e tornou-se líder em mercados relevantíssimos. Pela sua qualidade, pela inovação, pela determinação, pela conquista. Esta marca de papel tinha em si todos os atributos que queríamos passar para a marca corporativa. Um fator importantíssimo é que é um elemento de orgulho para todas as pessoas

que trabalham no Grupo e por isso existe uma identificação natural e genuína que tínhamos que fazer crescer. Além da enorme convicção de que a Navigator Company é uma marca poderosa e inspiradora, a objetividade chegou-nos também pelos resultados de um estudo lançado em mais de 60 países e que envolveu cerca de 700 clientes. A marca Navigator, uma das mais conhecidas marcas de papel premium seria uma escolha que traria valor à dimensão corporativa do Grupo». «Conquistas inspiradoras» E prossegue: «A criatividade da

nova marca esteve a cargo da Ivity e o racional foi criado tendo como premissa poder navegar pelo passado, pelo presente e pelo futuro. A navegar pelo nosso passado percebemos que as nossas conquistas são inspiradoras, a navegar pelo nosso presente descobrimos que o nosso papel vai muito além do nosso papel e a navegar pelo nosso futuro criamos a nossa marca com Portugal no centro para liderarmos a indústria, para continuarmos à frente do nosso tempo e para cumprirmos o nosso papel no mundo». Agora o grupo é The Naviga-

tor Company e ambiciona ter um papel que vai «muito além do nosso papel». A nova marca foi criada em três dimensões a partir da esfera armilar que representa a portugalidade e ao mesmo tempo o mundo. É a partir dessa esfera que se constroem todas as letras do alfabeto, criando assim uma tipografia própria, exclusivamente criada para The Navigator Company. O N estilizado, que se destaca no símbolo é o ícone deste código que torna a marca ainda mais proprietária. Agora é tempo de escrever novos caminhos na certeza que serão fiáveis como os nossos produtos.

IAPMEI faz atendimento descentralizado em Palmela

A

Câmara Municipal de Palmela e o IAPMEI - Agência para a Competitividade e Inovação, IP, estabeleceram uma parceria que permite realizar, no dia 24 deste mês, o Dia do Atendimento Descentralizado em Palmela. Uma equipa técnica do IAPMEI vai estar disponível para responder às dúvidas de empresários e empreendedores da região sobre os vários instrumentos de apoio mais ajustados às necessidades dos seus negócios, nomeadamente, as medidas de apoio disponíveis, no âmbito do Portugal 2020. Esta iniciativa, que decorrerá na sala de reuniões do Espaço Cidadão, pretende fortalecer espaços de proximidade com as empresas, através de serviços de informação e aconselhamento

Porto de Setúbal com novo serviço da MacAndrews

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personalizados em zonas onde a agência não dispõe de representação regional. O atendimento será indivi-

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dual, sujeito a marcação e às vagas disponíveis, bem como ao preenchimento de ficha de inscrição até 22 de fevereiro.

porto de Setúbal tem um novo serviço da MacAndrews, a partir do dia 8 de fevereiro. É um reforço da linha UK/Ireland – NWC Portugal & France. A MacAndrews passa a contar com quatro escalas semanais para o Reino Unido, uma em parceria com a OPDR. Deste modo, a oferta da MacAndrews para o Reino Unido passa a incluir uma segunda saída semanal para Liverpool e Bristol, com

a rotação entre os portos da Figueira da Foz, Setúbal, Leixões, Liverpool e Bristol. Num futuro próximo, o porto de Setúbal irá servir ainda de porto de transhipment para algumas cargas com origem na Figueira da Foz e destino aos mercados do norte da Europa. Em 2015, a MacAndrews movimentou mais de 37 mil TEU no Porto de Setúbal, esperando-se que duplique este movimento em 2016.


NEGÓCIOS

De vitória em vitória até à derrota final.

A FIAPAL promove sensibilização sobre carros elétricos e híbridos

D

ecorreu na quinta-feira, na ATEC, em Palmela, mais um almoço-debate organizado pelo FIAPAL com o apoio do seu associado ATEC – Academia de Formação, no qual foi promovida uma sensibilização sobre carros elétricos e híbridos, do ponto de vista da sua diferenciação, funcionamento e cuidados a ter na sua manutenção na ótica do utilizador. As temáticas abordadas foram as características dos veículos elétricos e híbridos, funcionamento, alimentação e carregamento das baterias e cuidados a ter na manutenção. Na oficina de formação da

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ATEC, os convidados estiveram junto de uma viatura elétrica e puderam ouvir falar sobre toda a temática que esteve a cargo de José Peniche, especialista de formação em mecatrónica automóvel na ATEC, incluindo a possibilidade de estar dentro da viatura e testar algumas funcionalidades. Após a visita à oficina, seguiu-se o almoço, no qual os convidados tiveram oportunidade de esclarecer mais dúvidas sobre o tema, criando assim um momento de networking no qual foi possível a troca informação e experiências, nesta e em outras áreas de interesse comum.

história ensina-nos caminhos, que, por mais avisados que estejamos, não conseguimos evitar repeti-los. Falo de caminhos errados, como está bom de ver. Na década de 80 Após a instabilidade criada com a morte de Sá Carneiro, quando Francisco Pinto Balsemão lhe tomou o lugar na chefia do Governo, viveram-se momentos de muitas dúvidas e incertezas e as políticas de Balsemão eram extremamente contestadas, mesmo por uma ala do partido. Na altura, a cada vitória de Balsemão, adivinhava-se o seu fim político e, creio que no “Expresso”, curiosamente o jornal de que era fundador e dono, apareceu uma crónica com o sugestivo título: “DE VITÓRIA EM VITÓRIA ATÉ À DERROTA FINAL“. Nem mais. Foi mesmo o que acabou por acontecer. Há fins esperados. Não foi Durão Barroso que certo dia afirmou que “Sei que vou ser Primeiro-Ministro, só não sei é quando”? E a história comprova a justeza de ambos os vaticínios, assim como terá a bondade de vir a confirmar a bondade e justeza do meu: António Costa e o seu Governo mais conhecido pela

UM CAFÉ E DOIS DEDOS DE CONVERSA Paulo Edson Cunha

Vereador PSD Câmara do Seixal “Geringonça” (epíteto demonstrativo da forma como o mesmo foi criado) conseguirão ir caminhando de VITÓRIA EM VITÓRIA, mas só o farão ATÉ à inevitável DERROTA FINAL, porque a natureza segue sempre o seu percurso e, por mais diques e represas com que queiramos orientar a força das águas, um dia ela rebenta as “geringonças” e segue o seu curso natural. António Costa é um hábil negociador. Um excelente catavento, sempre disponível a aproveitar os ventos, quer eles venham de norte ou de sul. Mesmo os que vêm cruzados. Tem uma capacidade notável para dar a volta às adversidades e contrariar o óbvio, mesmo que o óbvio tenha sido por si previamente anunciado. Mas há medidas antagónicas, há políticas inconciliáveis, há resultados, que por mais marketing que os tentem disfarçar, haverá o dia em que ficam expostos à saciedade e,

nesse momento, nem o melhor negociador, ou ilusionista, conseguirá justificar o injustificável. Por enquanto tem tido a inteligência e a sagacidade de prometer sol na eira e chuva no nabal, sendo que a eira é em Bruxelas e o nabal é a sua troika de esquerda e os seus parceiros de geringonça, mas daqui a um ano, quando os resultados aparecerem, ou haverá sol, ou chuva e, nesse momento, Costa não conseguirá continuar a iludir uns e outros e simultaneamente…os Portugueses pelo meio. E será nesse momento que, deixará de cantar vitória, deixará de ser o mago que transforma derrotas em vitórias e perceberá que o seu fim será igual ao de todos os ilusionistas, que, quando o seu truque é descoberto – perdem o seu público. Nesse momento, concretizar-se-á a profecia que aqui deixo – será a estocada, perdão, a derrota final.

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CULTURA LANÇAMENTO ESTE SÁBADO NO SALÃO NOBRE DA CÂMARA SADINA

Alexandrina Pereira homenageia 20 figuras de Setúbal Homenagear 20 figuras de Setúbal, em poema e pintura, é a intenção da poetisa Alexandrina Pereira ao lançar a sua 10.ª obra. Mariana Ricardo pintou o rosto dos homenageados. Tudo gente humilde com quem nos cruzámos nas ruas. O segundo volume vai avançar. TEXTO ANTÓNIO LUIS IMAGEM SM

S

omos Setúbal” é o título do mais recente livro da poetisa palmelense Alexandrina Pereira, que pretende homenagear 20 figuras, das quais 14 já não são vivas, em poema e pintura. A obra é apresentada este sábado, às 15h30, no salão nobre da Câmara de Setúbal, pelo professor João Reis Ribeiro. Serão lidos poemas por José Nobre e Célia David, do TAS. Segundo Alexandrina Pereira, esta 10.ª obra o é «um modesto contributo e uma simples homenagem a figuras que pertencem a Setúbal, tendo elas aqui nascido ou não, personalizado pelas diferenças pessoais que a enriquecem. Um ator, um poeta, um cantor, nomes grandes do passado, do presente e, talvez, do futuro, lado a

Academia de dança mostra novos coreógrafos

A

lado, com gente humilde com quem nos cruzámos ou com quem partilhamos as mesmas ruas. Todos são cidade, todos estão na nossa memória». Para este livro, todo a cores, Alexandrina Pereira pediu a colaboração da pintora Mariana Ricardo, que retratou em azulejo, as figuras homenageadas. «A maior parte dos poemas já existiam porque quando algumas pessoas que constam no livro eram homenageadas, pediam-me um poema para ler nessa homenagem. Por sugestão do seu saudoso amigo Fernando Guerreiro, a ideia do livro apareceu e foi-se concretizando», relembra a poetisa. «Vou avançar para um segundo volume» Entre as vinte figuras homenageadas, estão Bocage, Luísa Todi, Zeca Afon-

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so, Sebastião da Gama, Carlos César, Fernando Guerreiro, Xico da Cana, Xico Jorge, Georgete de Jesus, Manuel de Jesus, Mário Regalado, Fernando Tomé, Odete Santos, António Maria Eusébio (O Calafate), Zeca Gregório, Carlos Rodrigues, Eugénio da Fonseca, Álvaro Félix, Francisco Finura e Zé dos Gatos. «O meu critério foi, incluir pessoas que nos habituámos a ver, falar delas e a admirá-las, cada uma pelos seus diferentes méritos ou peculiares particularidades. Tenho intenção de avançar para um segundo volume», sublinha Alexandrina Pereira. Com prefácio de Maria Helena Matos, trata-se de uma edição de autor que conta com o apoio do município sadino, da União das Freguesias de Setúbal, da Associação Casa da Poesia de Setúbal e da Portucel.

Academia de Dança Contemporânea de Setúbal estreou ontem e repete este sábado, às 21h30, um espetáculo com jovens coreógrafos, no Fórum Luísa Todi. O espetáculo resulta da combinação de trabalhos desenvolvidos pelas coreógrafas Camila Fernandes, Jéssica Morgado e Matilde Barbas. Haverá, também, uma convidada especial, a bailarina e coreografa Rita Spider, que

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vem estrear um solo de sua autoria. A diretora Iolanda Rodrigues, está convicta de que será «mais um programa versátil com um resultado brilhante. Deixamos o nosso convite para que o público esgote o Forum Municipal Luísa Todi». As atuações estão a cargo da Pequena Companhia/Little Company da academia de dança e assinalam também, no dia 13,

o Dia Mundial da Rádio. A antestreia de dia 12 foi dirigida unicamente para escolas do 3.º ciclo e público sénior. Iolanda Rodrigues recorda que a ADCS deu início ao programa Jovens Coreógrafos 2016, o ano passado, com o objetivo de projetar o trabalho de ex-alunos da ADCS na área da coreografia. Os bilhetes custam 5 euros para a plateia e 4 para o balcão.


AGENDA

Bruno Frazão estreou cegada com casa cheia no Independente

B

GRÂNDOLA13SÁBADO22H30

COMÉDIA À LA CARTE Casino de TrÓia

Após um ano de celebração dos 15 anos, com espetáculos nos Coliseus e uma temporada esgotada em Lisboa e no Porto, os COMMEDIA A LA CARTE apresentam no fim de semana dos Namorados – “ZAPPING”, o seu novo espetáculo, com novos jogos e a certeza de muita interatividade com o público.

ALCOCHETE13SÁBADO21H30

CARLOS FAZ A FESTA DA VIDA Forum Cultural

Para celebrar os 50 anos de carreira, Carlos Mendes apresenta um espetáculo intimista e a solo, onde se canta e se conta, onde se ouvem risos e libertam emoções, onde se brinca com o passado e com o futuro. O cantor promete uma partilha sincera de uma vida cheia de histórias, risos e celebrações que marcaram a história da música portuguesa.

SETÚBAL14DOMINGO21H30

CONCERTO INSPIRADO NO ROMANCE Forum Luísa Todi

Marta Hugon Quinteto, no dia dos namorados, proporciona um espetáculo intimista com temas de cariz romântico, sendo acompanhada por Filipe Melo, ao piano, Nelson Cascais, no baixo, Mário Delgado, guitarra, e André Sousa Machado, percussão. A banda foi formada em 2005 e conta com três discos editados.

ALMADA17QUARTA-FEIRA20H

AS BODAS DE FÍGARO

Teatro Municipal de Almada “As Bodas de Fígaro”, com direção musical de Pedro Amaral e produção da Orquestra Metropolitana de Lisboa, foi composta em 1786 por Wolfgang Amadeus Mozart, a partir do libreto de Lorenzo da Ponte. Esta ópera satiriza os hábitos da nobreza no século XVIII. É interpretada por cantores do atelier de ópera da Metropolitana.

runo Frazão estreou, com casa cheia, na noite do passado dia 5, a cegada carnavalesca, “A coisa aqui tá preta”, com laivos de musical, no Grupo Desportivo Independente, com músicas maravilhosas de Artur Jordão. Bruno Frazão, que está a frequentar o curso de mestrado em teatro, na Escola Superior de Teatro e Cinema, em Lisboa, agradeceu publicamente à Câmara e às Juntas de Freguesia o facto de não

deixarem morrer as cegadas carnavalescas. Os ensaios da cegada arrancaram em Outubro do ano passado e Bruno Frazão sublinhou que o elenco, todo formado por amadores, está de parabéns, uma vez que proporcionou uma noite muito divertida a todos. E questionou: «Quantos na plateia estavam à espera que eu me espalhasse? Foram muitos anos de treino!», ironizou após o espetáculo que foi presenciado por alguns professores e cole-

gas de curso. “A coisa aqui Tá preta” volta à cena a 20 e 21 deste mês, às 21h30 e às 16 horas, respetivamente, no palco do Grupo Desportivo Independente.

C

estudantes de teatro, que deixa as pessoas bem-dispostas. Os figurinos pertencem ao João Praia, um jovem de Setúbal, e as músicas têm a assinatura de Eugénio Pepe, de Almada, entre um vasto elenco», ar-

“Vincent, Van e Gogh” visitam O Bando este fim-de‑semana

A

“Combatentes” recordam “Melodias de sempre” ontinua em cena, na coletividade Grupo Dramático e Escolar “Os Combatentes”, em Lisboa, o espetáculo musical “Melodias de Sempre”, com autoria, direção e encenação de Carlos Jorge Español. Para ver até do ao dia 4 de maio. Carlos Jorge Español revela que o espetáculo tem estado a ser «muito bem aceite» pelo público, sendo que os sketches são atualizados todas as semanas e a atração musical varia em cada fim-de-semana. «É um espetáculo musical, com laivos de revista, feito por amadores, sobretudo por jovens

CULTURA

gumenta Carlos Jorge Español. Depois de mais de um ano, os espetáculos musicais voltaram ao palco dos “Combatentes” para fazer rir o público. Não perca as três horas de diversão.

sede do Teatro O Bando, em Vale dos Barris, Palmela, recebe a visita de “Vincent, Van e Gogh” pela mão do Peripécia Teatro, este sábado e domingo, às 21 e às 17 horas, respetivamente. A companhia de Vila Real apresenta o espetáculo como «uma humilde homenagem ao pintor holandês que se tornou no paradigma do “artista maldito”», retratando a história trágica de Van Gogh de forma poética, irónica e, por vezes, até humorística. Nesta produção, Vincent, Van e Gogh são três das personagens que ocupam um espaço com material de pintura. Através da relação e do jogo com os objetos, surgem figuras e situações que marcaram a vida e obra do artista. O espetáculo integra a programação “Gente na Quinta” do Teatro O Bando, com a apresentação de produções próprias, estreias fruto de residências artísticas e criações de grupos nacionais, «parceiros de uma rede informal que pretende fomentar a troca e a partilha de espetáculos, numa lógica de afinidade e contaminação». Com Ángel Fragua, Noélia Dominguez e Sérgio Agostinho.

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SANTIAGO19SEXTA-FEIRA22H

REPRESAS NAS CEXTAS DE CULTURA Auditório António Chaínho

No âmbito da iniciativa “Cextas de Cultura”, o popular cantor português Luís Represas dá um concerto relembrando muitos dos seus êxitos musicais. O espetáculo é organizado pela Associação Quadricultura e tem bilhetes a 5 e a 8 euros, para sócios e não sócios.

Ganhe Convites para a revista popular do Parque Mayer Temos convites para a divertida revista popular ”Revista quer… É Parque Mayer!”, que continua em cena no Teatro Maria Vitória, em Lisboa, com muito sucesso. Com Mariema, Flávio Gil, Paulo Vasco e Alice Pires à frente de uma grande produção de encher o olho sob a batuta do conhecido empresário português Hélder Freire Costa. Os convites são para as quintas-feiras e domingos, às 21h30. Basta ligar 918 047 918 ou 969 431 085.

SEMMAIS | SÁBADO | 13 DE FEVEREIRO | 2016 | 15



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