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SÁBADO 13 DE OUTUBRO DE 2018 Diretor Raul Tavares Semanário - Edição 1010 - 9ª série Região de Setúbal Distribuído com o Expresso
ENFARTE DO MIOCÁRDIO MATA MAIS A SUL QUE A NORTE DO PAÍS Os cuidados de saúde prestados a pacientes com enfarte agudo do miocárdio não são iguais em todo o território nacional. Um estudo do Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde revela que os doentes tratados nos hospitais públicos do Sul têm um risco de mortalidade 30% superior aos que são assistidos no Norte do país. P4
SOCIEDADE
SOCIEDADE
NEGÓCIOS
DRAGAGENS NO PORTO DE AUMENTO DOS DIVÓRCIOS NA SETÚBAL PREOCUPAM SESIBAL REGIÃO É CULPA DA… TROIKA
ALCÁCER TERÁ EM 2020 NOVO “PALÁCIO DO SAL”
A cooperativa de pescadores de Setúbal, Sesimbra e Sines teme que o depósito de areias, a ser feito onde o projeto de alargamento e aprofundamento do canal marítimo do Porto de Setúbal prevê, prejudique mais de 300 pescadores. Para hoje está agendada uma manifestação contra as dragagens, no jardim Luís Fonseca. P3
Seis milhões de euros é o valor de investimento previsto para converter o antigo quartel dos bombeiros de Alcácer do Sal numa nova unidade hoteleira com 45 quartos. O administrador do Palácio do Sal, Hotel & SPA, Jaime Batista, acredita que esta oferta turística é uma lufada de ar fresco para o concelho e para o Alentejo. P12
Nos últimos 35 anos houve um aumento do número de divórcios e uma diminuição do número de casamentos. O distrito entra nas estatísticas com 75 separações, por cada 100 matrimónios, enquanto a média nacional se fixa nas 64. Os especialistas admitem que a chegada da Troika, em 2011, foi determinante para este aumento. P6
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EDITORIAL RAUL TAVARES DIRETOR
O Projeto de Melhoria da Acessibilidade Marítima ao Porto de Setúbal
A teimosia e a responsabilidade de António Costa Julgo que apesar dos trágicos acontecimentos de Pedrogão, nos incêndios do ano passado, uma grande parte dos portugueses, comigo incluído, nutria alguma simpatia pela então ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa. Foram tempos difíceis, com muitas falhas, apesar do esforço da ministra, do seu secretário de Estado e até de Marcelo Rebelo de Sousa, que não desarmaram a tenda no terreno dos acontecimentos. Mas após o descalabro das comunicações, da falta de gestão nas operações e em tudo o que hoje se sabe, António Costa segurou sempre a ministra. Como se sabe, antes da saída de Constança Urbano caíram os responsáveis pela Protecção Civil. Neste caso, como é evidente, o que esteve em causa foi a responsabilidade política. O país tem exemplos de como isso é relevante na opinião pública, veja-se o caso de Entre-os-Rios, em 2001, e a consequente demissão de Jorge Coelho, então ministro do Equipamento Social. Neste caso de Pedrogão, António Costa foi teimoso. E está a sê-lo em relação ao atual ministro da Defesa, José Azeredo Lopes, quando já se demonstrou à sociedade que está entalado até ao pescoço nesta rocambolesca história do roubo de armas em Tancos. E o principal problema deste ministro é que ainda não se vislumbrou nenhum ato que abone a seu favor, mais que não seja a pacificação mais que necessária das cúpulas das nossas forças armadas. A sua não demissão, passou a ser uma responsabilidade do Primeiro-Ministro que, mais uma vez, parece estar a fazer birra e a ser teimoso. Já agora, que o mandato tem apresentado boa nota, e poder-se-á antever uma renovação de legislatura à esquerda, convém perceber quem neste governo fez de morto, passou pelos pingos-da-chuva e os que, verdadeiramente, deram o corpo às balas. Sem ser altura de balanços, sempre me fez confusão a permanência de um ministro da Economia que poucos se lembrarão do nome (Manuel Caldeira Cabral), tendo em conta que quase só vegetou em cima dos rácios que as políticas da ‘gerigonça’ permitiram neste ciclo positivo do desenvolvimento do país…
S
e Salomão vivesse no nosso tempo teria muito trabalho. Não faltam exemplos que recomendam serenidade e maturidade, tão necessárias a uma decisão equilibrada. Atitude aconselhável a matéria que anda na ordem do dia, aqui para as bandas do Sado. Merece-nos reflexão o tema que tem a ver com as dragagens de alargamento e aprofundamento do canal marítimo de acesso ao porto de Setúbal, permitindo ganhar calado para a receção de navios de maiores dimensões, nomeadamente no que respeita a navios porta contentores: numa 1ª fase, até 4000 TEUs e numa 2ª fase indo até aos 13m de calado para receber navios até 6000 TEU’s. Isto é, não só melhorar as acessibilidades marítimas do porto, pela via da necessidade de dragagens de manutenção em consequência da sua localização em zona estuarina, mas também ir mais além e preparar a oferta de serviços portuários tendo em conta tempos futuros. E assim sendo, logo se nos coloca a questão da tal “necessidade” ser mais ou menos contida aos domínios da razoabilidade ou deixar-se toldar pela ambição, apanágio de quem vive num mundo em competição. A meu ver aqui reside o cerne da questão, que motiva responder a outras questões. As quais parecendo complexas talvez recomendem um olhar simples e atento à realidade. Esta por sua vez recomendando que se olhe para o Porto de Setúbal de uma forma global, integrada e sistemática, não só o considerando como um ativo estratégico ao serviço da região e do país como tendo em conta o meio em que se insere e as interações como o mesmo. Neste contexto, antecedendo opinião mais técnica (de pessoa ligada ao meio marítimo-portuário), uma visão mais simplista, mas não menos importante (de munícipe com responsabilidades políticas), recomendaria dar um passeio pela orla da baía sadina, lá para os lados da praia da saúde e do parque de Albarquel. E podem ter a certeza que,
salta à vista imaginar que se procedam a dragagens da dimensão anunciada sem impactos que modifiquem decisivamente tudo o que respeita à atual zona estuarina e lhe traga males atuais e futuros, com prejuízos para certas vocações que se têm colocado em termos de desenvolvimento equilibrado e sustentável, no que respeita a ser uma zona ambientalmente protegida que se tem valorizado, ultimamente, na sua atratibilidade turística. Proceder a dragagens e movimentar dragados na dimensão e volume que se propõe, deixa marcas imprevisíveis por mais estudos e probabilidades que se tenham em conta. Mesmo até em portos oceânicos, em mar aberto, os efeitos são conhecidos e estão à vista. E não venham dizer-nos que só é devido às alterações climáticas, as quais não podem ser desculpa nem cobertura para a ganância e o erro humano. Mas voltando à questão da necessidade e da razoabilidade nas decisões que se tomam, leva-me a perguntar: porquê esta “necessidade” do Porto de Setúbal se preparar para a receção de navios de contentores da dimensão anunciada, quando outras decisões no meio portuário nacional recomendam que sejam tidas em conta nessa matéria? Estaremos a querer modificar o perfil atual do Porto de Setúbal e colocá-lo em competição com o Porto vizinho (dista a cerca de 40 milhas náuticas) de Sines e o projetado Terminal, agora multiusos, do Barreiro? Será razoável persistir e não adiar um projeto desta natureza quando se assiste a uma crise no comércio mundial alimentado pelos tráfegos de grandes navios porta contentores na rota Ásia-USA, decorrente da guerra comercial desencadeada pela administração Trump? O Porto de Setúbal é o quarto porto nacional em movimentação de carga, ultrapassando os 8 milhões de toneladas no ano de 2014 e podendo ir com a atual capacidade até aos 10 milhões, afirmando-se como o grande porto de carga roll-on roll-off e sendo um dos três principais em
CARTA AO DIRETOR JOSÉ ANTÓNIO CONTRADANÇAS ECONOMISTA
carga geral fracionada. Um porto que movimenta carga rica que corresponde a uma região de importação/exportação, consequência da localização de grandes unidades industriais e de satisfazer uma larga zona de consumo em Portugal. Mesmo com as atuais limitações de calado pode atender navios (os tais tão apetecidos de contentores) que satisfaçam as suas necessidades em tráfegos “feeder”, isto é, navios que recebem cargas de baldeação em terminais de grande dimensão (por ex. através do Terminal XXI de Sines). No que respeita aos seus terminais, para além de outros, conta com os Terminais Públicos Multiusos da Zona 1 e da Zona 2, este com capacidade para movimentar mais carga contentorizada. Carga esta que, ao contrário da movimentação geral do porto, que tem decrescido nos últimos anos, tem aumentado e já se prevê chegar aos 170.000 TEU’s no final deste ano. (Assim estes terminais sejam bem geridos e bem equipados, mau grado a forma como à pressa foram concessionados.) Tendo em conta as atuais dinâmicas do desenvolvimento regional do nosso país, o Porto de Sines passou a integrar o arco de influência da Área Metropolitana de Lisboa. Logo é nessa perspetiva que devem ser vistos os investimentos portuários e logísticos associados ao transporte marítimo e aos portos nesta região. Com o TMCD – Transporte Marítimo de Curta Distância e com boas ligações ferroviárias entre Sines e a região de Setúbal, está assegurada a competitividade logística deste território. E assim sendo, esta evidência coloca-nos a seguinte questão: Porque não voltar à ideia da complementaridade e cooperação entre portos? Talvez não seja a melhor estratégia persistir na chamada “coopetition (cooperação e competição) en-
tre portos e tanto mais entre terminais dentro do mesmo porto. Isto porque o sistema portuário português parece assim aconselhar, a não ser num ou outro caso específico que mereça ser analisado nos seus efeitos. Também parece carecer de bondade o argumento de que possa haver um maior contributo para o desenvolvimento económico e social, já que o benefício ambiental é o que se sabe. A ótica da criação de emprego tem que se lhe diga, neste momento em que se anteveem desenvolvimentos na navegação autónoma e se assiste à automação dos terminais portuários, principalmente no que respeita aos contentores, o que pode levar a prazo a uma perda de postos de trabalho. Em conclusão, como portuário e ambicionando sempre ter um porto capaz de servir todos e quaisquer navios e movimentar todas e quaisquer cargas, gostaria de criar condições ótimas para o desenvolvimento físico do Porto de Setúbal. Como cidadão e munícipe do concelho de Setúbal gostaria de preservar o bem-estar e a convivência com uma baía das mais belas do mundo. Em resultado parece-me que tudo isso será possível se houver equilíbrio e razoabilidade nas decisões. Salomão recomendaria que o passo não fosse tão largo e se sustentasse no chão que se pisa. Daí que, em minha opinião, seria razoável e suficiente avançar para a melhoria da acessibilidade marítima aos terminais portuários, contemplando um conjunto de dragagens que ofereça a possibilidade de acesso, numa 1ª fase, a navios do tráfego Short – Sea/ Panamax de tipo Under-Panamax de 3000-4000 TEU’s até 12 m de calado. E bem mais tarde avaliar a oportunidade e conveniência em avançar para a tal 2ª fase que o estudo considera e perspetiva. Outubro de 2018
Diretor Raul Tavares | Editora-Chefe Eloísa Silva I Redação Anabela Ventura, António Luis, Cristina Martins, Marta David, Roberto Dores I Coordenação Comercial Cristina Almeida I Marketing Digital Bernardo Lourenço | Direção de arte e design de comunicação DDLX – www.ddlx.pt | Serviços Administrativos e Financeiros Mila Oliveira | Distribuição José Ricardo e Carlos Lóio | Propriedade e Editor Maiscom, Lda; NIPC 506 806 537 | Concessão Produto Maiscom, Lda NIPC 506 806 537 | Redação: Largo José Joaquim Cabecinha nº8-D, (traseiras da Av. Bento Jesus Caraça) 2910-564 Setúbal. E-mail: redaccao.semmais@mediasado.pt; publicidade.semmais@mediasado.pt; Semmaisjornal@gmail.com. | Telefone: 93 53 88 102 | Impressão: Empresa Gráfica Funchalense, SA. Rua Capela Nossa Senhora Conceição, 50 – Moralena 2715-029 – Pêro Pinheiro. Tiragem: 45.000 (média semanal). Distribuição: VASP e Maiscom, Lda. Reg. ICS: 123090. Depósito Legal; 123227/98
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“DIZ NÃO ÀS DRAGAS” JUNTA ASSOCIAÇÕES AMBIENTALISTAS E GRUPOS DE CIDADÃOS
Contestatários às dragagens no Sado manifestam-se esta tarde em Setúbal O clube da Arrábida e os movimentos “Sado de Luto” e “SOS Sado” têm-se mantido firmes na luta contra as dragagens no Porto de Setúbal e voltam a trazer a sua indignação para a rua com “Diz Não às Dragas”. Este é o mote para a manifestação desta tarde, junto à Inatel TEXTO ELOÍSA SILVA IMAGEM DR
D
epois de uma vigília, que juntou mais de cem pessoas na praça do Bocage, alertando para as consequências da empreitada de aprofundamento e alargamento do canal de navegação no Porto de Setúbal, os grupos de cidadãos “Sado de Luto” e “SOS Sado” e o Clube da Arrábida, voltam a convocar todos quantos se insurgem contra esta operação, que tem um custo de 25 milhões de euros e prevê a retirada de 6,5 milhões de metros cúbicos de areia do estuário do Sado, para que se manifestem hoje, às 16h00, no jardim Luís Fonseca, junto à Inatel. O Clube da Arrábida, a par dos dois grupos e com o apoio das associações ambientalistas ZERO e Quercus, organiza esta manifestação na sequên-
cia de uma petição “pela defesa da reserva natural do Sado”, que conta já com quase cinco mil assinaturas e poderá ter que ser discutida em plenário da Assembleia de República, e de uma providência cautelar em que se exigia a paragem imediata dos trabalhos no canal. O tribunal Administrativo e Fiscal de Almada não decretou a providência cautelar, mas Pedro Vieira, presidente do Clube Arrábida, quer crer que «depois da audição de interessados, que ainda decorre no âmbito desta providência, e tendo em conta que a ação principal já deu entrada no mesmo tribunal, pode ser possível reverter o processo. Pelo menos, para que tenhamos acesso a informação detalhada e fundamentada sobre os tantos estudos de que se fala, mas que nós, ou a população, alguma vez vimos», enfatiza ao Semmais.
Sociedade civil não foi informada Esta manifestação conta com o apoio das associações ambientalistas Quercus e ZERO cujos responsáveis, Paulo do Carmo e Francisco Ferreira, respetivamente, temem «riscos demasiado elevados, relevantes e inaceitáveis para a sustentabilidade de um dos mais importantes estuários do país», com reflexos «aos níveis ambiental, social, de biodiversidade e económico». Pedro Vieira realça que a retirada de areia, «o equivalente à altura da Serra da Arrábida», irá alterar para sempre o delta do Sado. Não descurando «os efeitos a médio e longo prazo nos golfinhos roazes e suas crias, que terão que procurar alimento fora do estuário, às pradarias e maternidades que irão desaparecer, ao barulho proveniente das manobras e à poluição que daí advirá», alega.
Para os promotores do protesto a Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra (APSS) quer «transformar Setúbal num porto de águas profundas, como o porto de Sines, potenciando, até, uma competitividade interna incompreensível», acusa Pedro Vieira enquanto se insurge contra a «falta de informação, por parte da autarquia, que não promoveu um debate amplo na sociedade civil quando sabemos que temos o direito a ser esclarecidos». SESIBAL pede parecer à DGRM A presidente dos Portos de Setúbal e Sesimbra já garantiu, em entrevista ao Semmais, que «as dragagens não colocam em causa nem as praias, nem os golfinhos do Sado», chegando Lídia Sequeira a acusar os críticos de «alarmismo sem fundamento» e aludindo a «estudos ambientais que garantem um aumento da sustentabilidade ambiental do estuário do Sado». Ricardo Santos não tem as mesmas certezas. O presidente da SESIBAL admite que «contesta o projeto, já que o depósi-
to de despejo das lamas extraídas do canal e da barra, a serem efetuadas na zona denominada “restinga”, Zona A, constante no mesmo, o local onde é exercida a pesca artesanal das Comunidades piscatórias de Setúbal e Sesimbra, num número mínimo de 300 Pescadores». Trata-se, diz o responsável, de uma «zona de riqueza da biodiversidade de fundos, algas marinhas e de fauna, responsáveis pela existência do choco, polvo, carapau, linguado, salmonete e outros incluindo os mariscos» onde a atividade piscatória é secular e «responsável pela captura do excelente peixe, com relevo direto para a gastronomia setubalense que atraí à nossa cidade muitos visitantes». O presidente da cooperativa de pesca de Setúbal, Sesimbra e Sines (SESIBAL) reuniu esta semana com a administração da APSS que, além de «não ter auscultado o setor da pesca», no âmbito do projeto de ampliação do canal, «não teve em consideração» que a zona onde vai depositar as lamas e areias das draga-
gens é onde 80% da pesca artesanal é exercida. Durante a reunião Ricardo Santos fez saber que «a comunidade piscatória de Setúbal, rejeita tal depósito de lamas, e irá pedir à DGRM um parecer sobre a inviabilidade do mesmo aterro, aliás defendido e reconhecido no estudo, folha 6 e 7 da Declaração de Impacte Ambiental, e recordando que a poucos metros do depósito encontra-se o Parque Marinho Luís Saldanha que, naturalmente, irá receber parte das lamas arenosas, tudo isto numa das Mais Belas Baias do Mundo». Inevitável, em virtude das correntes fortes da zona, predominantes de Oeste, Sul e Sudoeste é «que as mesmas lamas se estendam ao longo da praia de Troia, Comporta e Carvalhal, mas igualmente ao Estuário do Sado, com influência na Marina de Troia e até mesmo na Caldeira de Troia», alerta o presidente da SESIBAL que «critica a ausência de contactos prévios, antes da realização do projeto, com a Pesca de Setúbal, na defesa legítima dos postos de trabalho».
SETÚBAL E SESIMBRA NA MIRA DE PRODUTORES CINEMATOGRÁFICOS MUNDIAIS
Longa metragem de Bollywood revela riquezas da Arrábida
O
s municípios de Setúbal e Sesimbra foram dois dos sete destinos nacionais escolhidos, pelos produtores de longa-metragem indiana de Bollywood, para a realização de várias filmagens. A produção, que começa a ser gravada na próxima semana, tem estreia mundial prevista para março de 2019. A longa-metragem de
Bollywood, que tem Setúbal como um dos cenários principais, integra cenas rodadas no Cabo Espichel e na Praia da Ribeira do Cavalo, em Sesimbra, em Lisboa, na Serra da Estrela, no Porto e em Coimbra. Itália e Suíça estão também incluídos no itinerário da produtora que trabalhará, em simultâneo, nos estúdios de Bollywood em Mumbai, na Índia.
Segundo a autarquia sadina «as características de Setúbal inspiraram a YRF/AAG», produtora do filme, para a gravação de algumas cenas de perseguições na Baixa e na Arrábida, nomeadamente no troço entre as praias da Figueirinha e dos Coelhos, em cenários que incluem a montagem de obstáculos e de uma estrutura de proteção no Largo da Miseri-
córdia para permitir que uma moto possa saltar por cima dos bancos». Na Travessa do Garim, será construída uma parede «que causará um acidente com um dos motociclos, o qual acaba por entrar numa loja, também fictícia, a instalar na interseção com a Rua Major Afonso Pala». As gravações decorrem dias 23 e 24 e os ensaios dias 19 e 22. E.S. 2018 | 13 DE OUTUBRO | SÁBADO | SEMMAIS | 3
SOCIEDADE
ENFARTE DO MIOCÁRDIO
Taxa de mortalidade no Sul do país é 30% superior à registada no Norte Os cuidados de saúde prestados aos doentes que sofreram um enfarte agudo do miocárdio não são idênticos em todas as zonas do país. Isso mesmo é comprovado por um estudo da investigadora Mariana Lobo que sugere a criação de políticas de saúde dirigidas a hospitais específicos. TEXTO ROBERTO DORES IMAGEM DR
O
s pacientes com enfarte agudo do miocárdio que dão entrada nos hospitais do distrito têm um maior risco de mortalidade face aos que são tratados nas unidades hospitalares do Norte do país. É o resultado de uma recente investigação desenvolvida no Cintesis (Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde) pela investigadora Mariana Lobo que mostra que os cuidados de saúde prestados não são iguais em todo o território nacional. A cientista alerta para a necessidade de serem desenhas «estratégias dirigidas para os hospitais com fraco desempenho, de forma a reduzir as desigualdades existentes na qualidade dos serviços de saúde prestados no Norte e no Sul do país». Segundo avançou Luís Azevedo, que integra também o projeto “Cute Heart do Cintesis”, o risco de morte registado entre os hospitais do Sul e do Norte
exige a criação de uma «rede de referenciação com profissionais muito experientes e suporte tecnológico adequado, não concentrando necessariamente os cuidados em grandes centros», diz o especialista. O estudo de Mariana Lobo mostra como os doentes do enfarte agudo do miocárdio tratados em hospitais públicos do Sul têm um maior risco de mortalidade na casa dos 30% face aos que são assistidos em unidades do Norte do país, sugerindo, numa primeira análise, que os cuidados de saúde não são os mesmos em todo o território nacional. Porém, o estudo será agora o ponto de partida para se tentar perceber o que poderá estar, afinal, na origem desta discrepância entre as regiões, após os dados compilados entre 2012 e 2015. A investigadora adianta que «a mortalidade deveria ser homogénea» no território, mas o estudo comprova que está longe disso, mesmo depois de ajustados os fatores de risco dos doentes, onde
Estádio multiusos de areia é inaugurado hoje na Quinta do Conde
constam as patologias associadas, de forma a poder comparar os resultados A cientista analisou mais de 38 mil registos de internamento, de 37 centros hospitalares públicos portugueses, concluindo que os cuidados de saúde prestados aos doentes com enfartes não são iguais em todo o país, sublinhando que essas diferenças se notam, não só ao nível da mortalidade intra-hospitalar (de doentes que já estão internados), em que há uma variação de 8% em função da região, mas, também, nos regressos ao hospital após a alta.
O efeito experiência também é importante nesta área, já que os cuidados de saúde prestados tendem a ser melhores nos hospitais que tratam mais casos de enfarte, embora isso não signifique que sejam as maiores unidades que tratam melhor. Mariana Lobo, realça, por isso, que as políticas de saúde poderiam ser dirigidas a hospitais específicos, dependendo do seu nível de risco, devendo ser dada especial atenção ao número de casos de enfarte praticados por hospital e às práticas hospitalares em diferentes regiões geográficas.
A
s freguesias de Santiago e Castelo, do município de Sesimbra, já somam um expressivo e vitorioso historial no que diz respeito ao futebol de praia cuja prática vai, agora, ser alargada à maior das três freguesias do concelho. É inaugurado esta tarde o Estádio Multiusos de Areia, no Pinhal do General, para a prática de vários desportos de praia, nomeadamente o futebol. Além de integrarem a divisão de Elite da modalidade, que junta as oito melhores equipas nacionais, os grupos desportivos de Alfarim e Sesimbra ostentam atualmente os títulos de campeão e vice-campeão de futebol
de praia, respetivamente, e juntamente com atletas da Acrut Zambujalense e da Associação para o Desenvolvimento da Quinta do Conde (ADQC), vão formar a «seleção concelhia» que vai defrontar a equipa principal do Sporting Clube de Portugal no jogo inaugural. Na cerimónia inaugural, agendada para as quatro da tarde, estarão presentes Francisco Jesus e Vítor Antunes, presidentes da câmara de Sesimbra e da junta de freguesia da Quinta do Conde, e Francisco Cardoso, presidente da associação de futebol de Setúbal. A entrada para o evento, que começa às 16h00, é gratuita. E.S.
Já são 60 farmácias na região sem antídoto contra a crise
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etúbal sobe para o quarto lugar entre os distritos do país que exibem as maiores crises nas farmácias. Os números oficiais dão, agora, conta de que há este ano 60 estabelecimentos farmacêuticos em processo de insolvência ou penhora na região, o que representa um total de 28,4% dos estabelecimentos. Já em março o Semmais tinha revelado que 29
estabelecimentos farmacêuticos do distrito haviam fechado portas, mas dados oficiais revelados pela Associação Nacional de Farmácias (ANF) testemunham agora o agudizar de uma crise sem precedentes, já que 20,4% das farmácias da região são alvo de penhoras, enquanto 8,4 se encontram em processo de insolvência. Nada comparado com a
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realidade de 2012 - que já era preocupante, ainda assim, porque anunciava a crise - quando a região tinha cerca de 10% das farmácias alvo de penhora ou insolvência, seguindo a região uma tendência nacional nos últimos anos, vendo subir mensalmente o número de farmácias em crise. A ANF vem alertando para as «as graves dificuldades financeiras do setor que
colocam em causa a cobertura farmacêutica e a rede de serviços de saúde de proximidade à população», acrescentando esta estrutura que o crescimento das insolvências e das penhoras «é revelador dos problemas de sustentabilidade do setor das farmácias, que põem em cheque a capacidade e a qualidade da resposta dos farmacêuticos às necessidades dos utentes». R.D.
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SOCIEDADE
A MÉDIA NACIONAL ESTÁ NOS 64 DIVÓRCIOS ENQUANTO NO DISTRITO
Por cada cem casamentos há 75 divórcios Moita lidera a lista com 113 divórcios por cada cem matrimónios, seguido de Seixal e Montijo. Alcochete e Sines estão nos extremos opostos desta tabela revelada pela Pordata que aponta a chegada da troika, em 2011, como fator determinante para o aumento das separações. TEXTO ROBERTO DORES IMAGEM DR
O
ano de 2017 confirmou que é cada vez maior a tendência de divórcio entre os casais da região. Por cada cem casamentos registaram-se 75 separações no ano passado, segundo dados atualizados no final de setembro pela Pordata. A soma dos 13 municípios supera mesmo a média nacional, que está fixada nos 64 divórcios por cada cem matrimónios. Em 1984, a média de divórcios era de 7.6%. A Moita surge à cabeça da lista distrital com uma média de 113 divórcios por cada cem casamentos. Nada que se compare com as quatro separações registadas há menos de 35 anos. Também o Seixal (109) e Montijo (106) passaram a barreira da centena de divórcios Quer isto dizer que, olhando ao caso da Moita,
por exemplo, enquanto dez casais se casavam em 2017 havia 11 matrimónios destruídos. É que o que se está a contabilizar nestes dados são os registos, pelo que o divórcio pode ser referente a um casamento com 10 ou 30 anos. Alcácer do Sal e Sesimbra exibiam os valores mais baixos do distrito em 1984, com 1.2% e 1.5, respetivamente, mas hoje Alcácer atinge as 52 separações por cem casamentos, enquanto Sesimbra chega aos 62 pontos percentuais. Só Alcochete, com 37%, e Sines, com 42% exibiram números mais baixos (37%). Recuando ainda há mais de 30 anos verifica-se que era o Barreiro (27.5%) e Montijo (25.9%) que registava as maiores taxas de divórcios na região e no país. Hoje o Barreiro soma 74%, enquanto o Montijo atinge os já anunciados 106, enquanto Setúbal e Grândola se fixam nos 82, Santiago do Cacém 75,
Almada 70 e Palmela 67. Este estudo da Pordata confirma que houve um aumento significativo do número de divórcios e uma diminuição do número de casamentos ao longo dos últimos 35 anos, admitindo o advogado Ricardo Jorge Ferreira (especialista em casos de litígios conjugais) que a chegada da troika em 2011 foi determinante no aumento das separações.
«As pessoas perderam empregos, perderam rendimento e isso provocou grande instabilidade emocional abrindo brechas nas famílias. É a velha história da casa onde não há pão e todos ralham», diz. Sublinha o causídico que o número de casamentos também caiu, registando-se uma recuperação nos últimos dois anos, «porque as pessoas sentem mais segurança e
isso abre portas à constituição de família», explica, sem perder de vista que ao longo das décadas anteriores, o aumento do número de divórcios tem estado muito relacionado com as alterações à lei do divórcio. Recorde-se que Portugal foi um dos primeiros países a ter leis do divórcio e a promover a igualdade entre homens e mulheres.
Cerca de mil condutores apanhados com carta caducada na região
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ão cada vez mais os automobilistas detetados com carta de condução em situação ilegal nas estradas da região. Segundo apurou o Semmais, só este ano a GNR e PSP já encontraram cerca de mil conduto-
res com a carta caducada, alertando as autoridades para existência de muitos automobilistas que não sabem que a lei os obriga a revalidar o título periodicamente, mesmo antes da data que surge inscrita no próprio documento.
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Segundo avançou fonte policial, quem for apanhado a conduzir com a habilitação caducada há menos de cinco anos fica sujeito a uma multa que vai de 120 aos 600 euros, mas se deixar passar mais de cinco anos arrisca-se
a uma pena de prisão até dois anos ou a multa até 240 dias. A mesma fonte alerta que os prazos de revalidação têm sido alterados ao longo dos anos, havendo milhares de casos (segundo admitem as autoridades) de condutores que já o deveriam ter feito, mas por descuido têm deixado passar o tempo. O Instituto de Mobilidade e dos Transportes (IMT) tem vindo a divulgar as alterações, mas apenas no seu sítio da Internet. A penalização a quem conduz com habilitação irregular varia em função do tempo que passou desde a data de revalidação obrigatória. Até dois anos o automobilista poderá solicitar a renovação junto do IMT (na página da Internet ou no balcão) ou
mesmo junto de entidades privadas que prestem este serviço, necessitando de preencher a documentação e pagando ainda uma taxa de 30 euros ou 15 se tiver 70 ou mais anos. Se passaram entre dois a cinco anos desde a data obrigatória, então aí terá de se autopropor a um exame especial de condução num centro de exames do IMT ou de privados habilitados, devendo ainda apresentar um atestado médico eletrónico. Porém, desde novembro de 2017 que a lei prevê que para casos com mais de cinco anos a carta de condução fica cancelada e funciona como se o automobilista nunca a tivesse tirado, devendo passar por todo o processo de formação. R.D.
Parque Industrial da Baía do Tejo do Barreiro abre portas à PADA
A
PADA, organização artística sem fins lucrativos, dirigida por artistas e sediada no Parque Empresarial do Barreiro, nos territórios de promoção da Lisbon South Bay, inaugurou ontem um novo estúdio/galeria com a abertura ao público da exposição de lançamento “Matérias-Primas”. A mostra apresenta o trabalho de 23 artistas contemporâneos de 10 nacionalidades, incluído 5 artistas portugueses. Sedeado num parque industrial com história que remonta a 1885, o PADA oferece aos artistas «tempo e espaço para desenvolver sua prática, através da exploração de técnica e processo», com o objetivo de «desenvolver um centro criativo para a troca de conhecimentos e habilidades na fabricação e execução de arte». Os estúdios, conforme a organização antevê, «irão adequar-se a artistas que trabalham dentro da pintura», mas também oferecem facilidades e ferramentas para aqueles que desejam expandir sua prática e trabalhar com outras matérias. A promoção da obra desta nova organização, da área da cultura, no parque empresarial «é uma oportunidade para confirmar indústrias criativas com maior peso no parque e destacar a Baía do Tejo como dinamizador económico e cultural da região», como admitem os seus responsáveis. O Armazém 144, que alberga os ateliers e a galeria PADA, era uma antiga fábrica de tecidos de juta e linho dentro da Companhia União Fabril, sendo o local perfeito para apresentar «a história da industrialização com obras de arte que se conectam a essa história, dando ênfase à fabricação que se inspirará no passado industrial». Entre os artistas de recome nacional e internacional que se juntaram a este projeto da PADA estão, Deconstructie, da Holanda (Pintura site-specific), A portuguesa Inês Netos Dos Santos (Comida e Escultura), Evy Jokhova, da Áustria (Pintura, Escultura e Fotografia) e o pintor Mark Jackson, do Reino Unido. E.S.
POLÍTICA
III JORNADAS PARLAMENTARES DO DISTRITO
Deputados Socialistas debatem mobilidade, transportes, saúde e educação
Socialistas vão percorrer o distrito e desdobrar-se em ações de auscultação e esclarecimentos. As III Jornadas Parlamentares do PS terminam em Almada com um plenário sobre a proposta de Orçamento de Estado para 2019.
Hospital Garcia de Orta: O Pioneiro da Hospitalização Domiciliária em Portugal. Um caso de sucesso
É
com enorme satisfação que o CDS-PP Almada toma conhecimento que o Hospital Garcia de Orta, o primeiro Hospital em Portugal a implementar uma Unidade de Hospitalização Domiciliária (UHD) de doentes agudos, tem tido um enorme sucesso com este projeto. Esta unidade tem como principal foco o doente assim como o seu cuidador, tratando-se de um modelo de assistência hospitalar no domicílio, estando programada para doentes agudos, desde que estejam reunidas as condições para tal. Esta medida visa promo-
OPINIÃO SARA MACHADO PRESIDENTE DO CDS-PP ALMADA
ver um aumento no acesso aos cuidados de saúde e redução das complicações de internamentos hospitalares e os dados já existentes permitem, de facto, concluir que se verifica uma diminuição na taxa de complicações e um aumento da satisfação dos doentes. Numa altura em que muito se debate sobre a qualidade dos serviços médicos públicos e da falta de recursos huma-
nos para a prestação de um serviço digno na saúde, para o CDS –PP Almada esta unidade deve encher de orgulho todos os Almadenses, pois com este serviço é criada uma realidade com dignidade para a pessoa doente conferindo-lhe qualidade e bem-estar. Um bem-Haja a todos os profissionais de saúde que diariamente tornam este serviço uma realidade.
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Município de Alcácer do Sal Assembleia Municipal EDITAL MARIA ANTÓNIA INCENSO DOS REIS MENDES, Presidente da Mesa da Assembleia Municipal de Alcácer do Sal, dando cumprimento ao disposto no nº 1 do artigo 56º. da Lei n.º 75/2013 de 12 de setembro, torna público as deliberações da sessão ordinária realizada no dia 28 de setembro de 2018. ORDEM DE TRABALHOS 1. Leitura do expediente; 2. Análise e votação daa Ata: Sessão realizada em 28 de junho de 2018. Deliberação: Aprovada por Maioria com 12 votos a favor da CDU, 4 votos contra do PS, 1 voto a favor do BE. TEXTO ELOÍSA SILVA IMAGEM DR
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ecorrem, durante a próxima semana, as III Jornadas Parlamentares Distritais do PS com enfoque nas temáticas da mobilidade e transportes, saúde e educação. A iniciativa, que contará com a participação dos deputados Ana Catarina Mendes, Eurídice Pereira, Paulo Trigo Pereira, Catarina Marcelino, Ivan Gonçalves, Sofia Araújo e André Pinotes Batista, pretende «dar continuidade a uma tradição de proximidade aos cidadãos e abordagem de assuntos concretos da sua qualidade de vida». António Mendes, presidente da Federação Distrital de Setúbal do PS, que se associa a esta inicia tiva, destaca a importância das Jornadas por evidenciarem «a
articulação entre os diferentes eleitos e dirigentes socialistas, como garante da defesa do interesse dos cidadãos, e cujo trabalho é sinónimo de melhor serviço público no nosso distrito». As Jornadas, “Melhor serviço público. Melhor Distrito”, terão início amanhã, domingo, em Sines, com um encontro de dirigentes e autarcas do PS do Litoral Alentejano, e incluem, na segunda-feira, visitas à extensão do centro de saúde de Alvalade do Sado e à escola básica 2/3 Prof. Arménio Lança, em Santiago do Cacém e à extensão do centro de saúde e ao espaço do cidadão do Torrão, em Alcácer do Sal. Para a sede da Juventude Socialista de Setúbal, na Moita, está agendado um debate sobre as políticas públicas na emancipação jovem. O périplo dos socialistas prevê, ainda,
passagens pela escola secundária João de Barros em Corroios, no Seixal, pelas Urgências do Hospital de Nossa Srª do Rosário e pelo serviço de Transportes Coletivos do Barreiro. A coordenadora regional dos deputados socialistas eleitos pelo círculo de Setúbal, Eurídice Pereira, reforça que «a regularidade desta organização e o seu espírito representam, mais do que o trabalho regional, uma forma de estar na vida pública. Privilegiamos este tipo de atuação pela forma como reforça a confiança entre representantes e representados». As III Jornadas Parlamentares do Distrito de Setúbal do PS terminam dia 19 com um plenário distrital de militantes e simpatizantes sobre a proposta de Orçamento de Estado para 2019, marcado para o concelho de Almada.
----------------------------------------------- ORDEM DO DIA: ----------------------------------------------01 – Análise e conhecimento da informação referente ao relatório do Revisor Oficial de Contas sobre a situação económica e financeira do Município, referente ao 2.º semestre de 2017; (tomado conhecimento na reunião de Câmara realizada no dia 09/08/2018) Tomado Conhecimento. 02 – Análise e votação da proposta referente ao Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) para o ano de 2019; (documento aprovado na reunião de Câmara realizada no dia 13/09/2018) Deliberação: Aprovada por Unanimidade. 03 – Análise e votação da proposta referente à participação fixa no IRS em 2019; (documento aprovado na reunião de Câmara realizada no dia 13/09/2018) Deliberação: Aprovada por Unanimidade. 04 – Análise e votação da proposta referente ao lançamento da Derrama para 2019; (documento aprovado na reunião de Câmara realizada no dia 13/09/2018) Deliberação: Aprovada por Unanimidade. 05 – Análise e votação da proposta referente à fixação da Taxa Municipal de Direitos de Passagem (TMDP) – ano 2019; (documento aprovado na reunião de Câmara realizada no dia 13/09/2018) Deliberação: Aprovada por Unanimidade. 06 – Análise e votação da proposta referente à 4ª alteração ao Mapa de Pessoal para o ano de 2018; (documento aprovado na reunião de Câmara realizada no dia 13/09/2018) Deliberação: Aprovada por Maioria com 13 votos a favor da CDU, 1 abstenção do BE e 1 voto a favor da Coligação “Viver Alcácer”. 07 - Análise e conhecimento da informação referente ao relatório de atividades. Tomado Conhecimento. Alcácer do Sal, 1 de outubro de 2018. Para constar se publica o presente Edital e outros de igual teor que vão ser afixados nos lugares públicos do costume. A Presidente da Assembleia Municipal, Maria Antónia Incenso dos Reis Mendes
2018 | 13 DE OUTUBRO | SÁBADO | SEMMAIS | 7
CULTURA
JOSÉ-ANTÓNIO CHOCOLATE EDITA LIVRO SOBRE A SUA TERRA NATAL
«Este livro é uma marca de referência de Santa Eulália» O amor à sua terra natal, Santa Eulália, no concelho de Elvas, e o desejo de deixar uma marca na sua história é a intenção de José-António Chocolate ao lançar “Santa Eulália, Flor do Alto Alentejo – Aldeia de Memórias e de Afetos”, com imagens do conceituado conterrâneo, José Alpedrinha. TEXTO ANTÓNIO LUIS IMAGEM DR
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livro “Santa Eulália, Flor do Alto Alentejo – Aldeia de Memórias e de Afetos” é dedicado a todos os santeulalenses e demorou dois anos a preparar. Contém 22 poemas, uns originais e outros extraídos de livros que remontam a 1983, e retrata a história de Santa Eulália e de Santa de Emmérita Augusta e transcreve a Lenda da Donzela de Santa Eulália. «Os textos descrevem a aldeia e os seus lugares, mas também
as pessoas, os acontecimentos e as memórias. É uma edição de prestígio editada pela Junta de Freguesia, com os apoios de várias empresas», vinca o autor. José-António Chocolate descreve Santa Eulália como uma aldeia «tipicamente alentejana», onde habitam cerca de 1 200 pessoas, com «um tecido urbano concentrado, desenvolvendo-se à volta de largos e praças que lhe dão beleza e distinção». Integrada em ambiente rural, Santa Eulália teve «um desenvolvimento significativo por alturas da construção da Barragem do Caia. Tem edifí-
cios e estruturas marcantes do seu período áureo e, agora, também um pavilhão multiusos, uma piscina e um lar». «Obra de prestígio» O autor alentejano não tem dúvidas de que estamos perante uma obra de «prestígio» que vai ficar na história. «Pretende-se que seja uma marca de referência da freguesia de Santa Eulália, para oferta a quem nos visita, e um marco na sua história para que faça parte do espólio de todos os santeulalenses», conta, acrescentando que a ideia partiu do anterior presidente da Junta de Fre-
guesia de Santa Eulália, Cláudio Carapuça. Apesar de viver em Setúbal, José-António Chocolate desloca-se com regularidade a Santa Eulália para visitar a mãe que está internada no lar, para rever amigos e alunos e para recordar «muitas e boas» memórias. «Gosto de me rever nos meus antigos alunos e nas suas famílias. Em jovem, dei aulas e fui o responsável pelo posto da Telescola de Santa Eulália. Daí que ainda hoje na aldeia me tratem por senhor professor». No futuro, José-António Chocolate, que já lançou 10 livros e colaborou
noutros tantos coletivos, sonha escrever uma obra de contos alentejanos. A obra foi apresentada na noite do passado dia 5, no pavilhão multiuosos de Santa Eulália, com momentos de fado a cargo de
Susana Martins e de Manuel Guerra, que foram acompanhados à guitarra por Jorge Pimentel e à viola por Albano Almeida, e de cantares alentejanos, pelos Cantares de Santa Eulália.
Casas do Poeta atraem turistas José-António Chocolate, licenciado em Economia, gere um projeto de turismo rural em Santa Eulália denominado “Casas do Poeta”, desde 2006. Adquiriu e recuperou, na traça original, duas velhas habitações para dar corpo «a um projeto que concentrava a minha vida de economista, com formação em desenvolvimento regional, de poeta e de político». O projeto tem sido visitado por «muitos estrangeiros», principalmente franceses e espanhóis.
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António Chainho regressa aos escaparates com “O Alferes Malino”
O
Ganhe convites para a revista “ParqueMania” Temos convites para oferecer aos nossos leitores para irem assistir ao magnífico espetáculo de teatro de revista em cena no Teatro Maria Vitória, no Parque Mayer, em Lisboa. “ParqueMania”, tem textos de Flávio Gil, Renato Pino e Miguel Dias, e no elenco estão Paulo Vasco, Miguel Dias, Rosa Villa e Susana Cacela, entre outros. A luxuosa revista, que tanto bate nos políticos da direita como da esquerda, aposta num grupo de baile jovem e alegre, e em cenários e figurinos maravilhosos. Se tenciona passar uma noite animada, basta ligar 96 943 10 85 ou 918 047 918 e solicitar os seus convites.
8 | SEMMAIS | SÁBADO | 13 DE OUTUBRO | 2018
ex-presidente da Assembleia Municipal de Grândola, António Chaínho, volta a publicar um livro. Desta vez, “O Alferes Malino”, um romance de época marca o regresso aos escaparates. A narrativa percorre o período correspondente à 2.ª Guerra Mundial, época em que grassava em Portugal a fome, a miséria e o desemprego, apesar do nosso País não ter oficialmente “participado” no conflito. Decorre, igualmente, numa fase em que o regime mais penalizou os portugueses, através da repressão. Alcorial, vila alentejana em que tudo semelhante a Grândola, terra do autor, foi o cená-
rio referenciado para dar corpo a uma personagem conhecida por alferes Malino, cuja personalidade se encaixou, de forma singular, no espirito e no modo de agir do estado policial, então vigente. Toda a trama caracteriza o contexto sociológico, politico e afectivo de uma comunidade alentejana naquela época e, em particular, Alcorial, onde não falta a emoção, o amor, a solidariedade, a intriga e o maldizer, a crueldade e a hipocrisia, entre outras facetas próprias da natureza humana. A apresentação da obra terá lugar no cineteatro Grandolense, no próximo dia 26, pelas 21 horas. A.L.
CULTURA
VERA SANTANA «Sonho em poder trabalhar naquilo que gosto» ALMADA13OUTUBRO21H00 ALBAN PERDEU O SEU BRAÇO TEATRO JOAQUIM BENITE Não perca “A história assombrosa de como o capitão Michel Alban perdeu o seu braço”, a partir de Gaston Leroux, com encenação de Bruno Bravo.
MONTIJO13OUTUBRO21H30 AMIGOS A CANTAR
TEATRO JOAQUIM D´ALMEIDA O Grupo Coral apresenta o 6.º “Cantar com Amigos”, um espetáculo multicultural que ao longo das várias edições tem tido a participação de artistas de renome.
SETÚBAL13OUTUBRO21H00 RÚSSIA: DO ROMANTISMO À MODERNIDADE FORUM LUÍSA TODI A Orquestra Académica Metropolitana interpreta 6 das 8 canções tradicionais inglesas e americanas de Shostakovich e a sinfonia n.º 5, Op. 64 de Tchaikovsky.
MOITA21OUTUBRO21H30 SESSÃO DUPLA DE TEATRO
AUDITÓRIO JOSÉ MANUEL FIGUEIREDO Não perca a sessão dupla de teatro, com as peças “Medo a Caminho”, de Rui Catalão, com Luís Mucauro, e “Adriano já não mora aqui”, do mesmo autor, mas com interpretação de Adriano Diouf.
GRÂNDOLA13OUTUBRO21H30 CONCERTO LUSO-RUSSO CINE-TEATRO GRANDOLENSE Sobe ao palco o concerto luso-russo “A Música e a Revolução”, com João Miranda (baixo), Duncan Fax (piano) e Alexandr Jerebtzov (barítono).
SEIXAL13OUTUBRO21H30
QUARTETO OPHL CONVIDA INÊS VAZ CINEMA S. VICENTE A Orquestra Phliarmónica de Lisboa, constituída por Francisco Ramos e Clara Gomes (violino), João Gaspar (viola), Joana Correia (violoncelo) convidaram a solista Inês Vaz.
SESIMBRA13OUTUBRO21H00 MEDVA DÃO CONCERTO
A atriz Vera Santana, ligada à Companhia de Teatro de Almada, não quer deixar os palcos de vista e espera continuar a crescer na carreira que escolheu. Tem 28 anos, pertence ao signo Carneiro e reside em Almada. POR ANTÓNIO LUIS IMAGEM DR
Qual o seu maior sonho profissional? Poder trabalhar naquilo que gosto. E pessoal? Crescimento contínuo.
Que livro anda a ler ou leu ultimamente? “Encontro de Amor Num País Em Guerra”, de Luís Sepúlveda. Qual o último filme que viu no cinema? “Call me by your name”. Melhor peça de teatro? “BIGRE” – mélo burlesque.
Cidade preferida? Não tenho preferência. Qual o local que gostaria de conhecer e que ainda não visitou? Toscana.
Melhor música de sempre? Um mito. Qual a sua maior virtude? Fazer os outros felizes.
Um desejo para 2018? Crescer.
E defeito? Acordar.
Quem convidaria para um jantar a dois? James McAvoy.
Como se chama o seu animal de estimação? Os gatos Luna e Óscar.
Quem é o homem mais sexy do Mundo? Sean Connery.
O que levaria para uma ilha deserta? Água e comida.
Complete: A minha vida é… Uma roda-viva.
Dia ou noite? Ambos.
O que não suporta no sexo oposto? Superioridade.
O que mais teme na vida? Perder a memória.
Comida e bebida preferida? Sopas de tomate alentejanas e sumo de frutos vermelhos.
A quem ofereceria um presente envenenado? Não o faria.
Qual o seu maior vício? Tabaco.
CINEMA
O maior desgosto da sua vida? Perder os meus.
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PESQUISA OBSESSIVA DATA DE LANÇAMENTO 27/09/2018 NACIONALIDADE ESTADOS UNIDOS GÉNERO DRAMA, THRILLER ELENCO JOHN CHO, DEBRA MESSING, JOSEPH LEE REALIZADOR ANEESH CHAGANTY DURAÇÃO 102 MINUTOS
TEATRO JOÃO MOTA Medvsa leva os seus gadgets e os seus instrumentos para fora da sala de ensaio e recria o ambiente do primeiro EP “Inércia”, com a eletrónica a marcar a pulsação.
BARREIRO14OUTUBRO21H00 CASAIS FALAM DE HIPOCRISIA AUDITÓRIO AUGUSTO CABRITA A peça “O Deus da Carnificina”, de Yasmina Reza, com encenação de Diogo Infante, conta a história de dois casais que tentam resolver um incidente dos filhos.
Quando a filha de David desaparece sem explicação, ele contacta a polícia. Apesar dos esforços das autoridades, parece que ninguém consegue encontrar qualquer pista ou algo que justifique o seu desaparecimento. É então que, totalmente desesperado, David decide investigar um lugar onde, hoje em dia, a maioria passa parte das suas vidas: as redes sociais. Ao fazê-lo, vai descobrir que, afinal, pouco sabia sobre a sua própria filha. Um “thriller” de ação hipermodernista que reflete sobre a “existência virtual” dos indivíduos e que marca a estreia em longa-metragem de Aneesh Chaganty. Não perca este thriller inovador e imperdível no moderno e confortável cinema City no Alegro de Setúbal.
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LOCAL
ALMADA
Bombeiros de Cacilhas no World Rescue Challenge A equipa de Salvamento e Desencarceramento dos bombeiros de Cacilhas vai participar, de 21 a 26, no World Rescue Challenge, na África do Sul. Paulo Surgy, Vítor Gil, Márcio Coutinho, Bruno Portugal, João Almeida, Ricardo Cavaco e Alexandre Lamarosa formam a equipa. Formada há seis anos, esta é a quinta presença consecutiva dos bombeiros de Cacilhas neste evento, uma competição mundial que envolve corporações de todos o mundo. Os bombeiros, juntamente com os bombeiros municipais da Figueira da Foz e o regimento Sapadores Bombeiros de Lisboa, conseguiram o apuramento para o WRC 2018 no 6.º Campeonato Nacional de Salvamento e Desencarceramento que decorreu em junho, em Valadares. Miguel Silva, comandante dos bombeiros de Cacilhas, acredita que, ao participarem no WRC 2018, estes bombeiros «vão aprender algo mais e estar melhor preparados quando enfrentarem situações de salvamento e desencarceramento reais».
GRÂNDOLA
Município recorda José Afonso em CD-livreto Os ideias da liberdade, democracia e solidariedade deixados por José Afonso em Grândola são recordados num CD-livreto editado pelo município.
A
té domingo, Grândola continua a ser palco do “Sem muros nem ameias – Encontro da Canção de Protesto”, que arrancou no dia 11. Nesse dia tem lugar a apresentação do CD-livreto “Grândola, vila morena — Para sempre, José Afonso”. O CD-livreto, edição do município, contém documentos, textos e imagens, dedicado à canção “Grândola Vila Morena” e ao seu autor, bem como um CD áudio que, para além das versões originais de José Afonso, conta com versões de artistas de vários países e de artistas locais que prestaram o seu tributo ao músico e poeta que ligou Grândola aos ideais de liberdade. A iniciativa é promovida pelo Observatório da Canção de Protesto, criado em 2015, através de parceria entre o município e várias entidades, com vista a promover o estudo, salvaguarda e divulgação do património
musical da canção de protesto. A sessão conta com a participação de Alcides Bizarro, autor do texto-tributo a José Afonso, António Manuel Ribeiro, autor da faixa da versão dos UHF de “Grândola, vila morena”, Arturo Reguera, um dos organizadores do concerto de José Afonso na Galiza, em 1972, Carlos Martins, autor da versão “Revolução Romântica”, que integra o CD áudio, José Mário Branco, responsável pela orquestração e produção musical do tema, Francisco Fanhais, músico com participação ativa na gravação da canção, e Rui Vieira Nery, musicólogo com produção académica sobre a obra de José Afonso. A seguir à apresentação do CD-livreto, Francisco Fanhais, os UHF, um Ensemble de sopros e percurssão da Sociedade Operária Grandolense e o grupo Vila Morena animam o evento.
PALMELA
Obras nas encostas do castelo arrancam dia 18 A empreitada “Intervenção de natureza estrutural para evitar derrocadas nas encostas do castelo” arranca dia 18, às 16 horas, com uma cerimónia alusiva no miradouro do castelo. Este ato simbólico, que é precedido de uma reunião da Comissão de Acompanhamento, vai contar com uma apresentação sumária do projeto e a plantação da primeira árvore, pelo edil, Álvaro Amaro, e pela presidente da Comissão Diretiva do Programa Operacional da Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos, Helena Azevedo. A obra, que está orçada em 2,9 milhões de euros, tem o prazo previsto de execução de 9 meses, e é cofinanciada em 85 por cento pelo POSEUR, no quadro do Portugal 2020, em resultado de candidatura apresenta pela autarquia, aprovada em 2016. As encostas do castelo apresentam problemas de estabilidade que remontam há várias décadas, tendo sido necessário proceder a diversos estudos técnicos, que atrasaram a intervenção prevista e aumentaram o valor global elegível.
ALCOCHETE ALCÁCER DO SAL
SEIXAL
Milhares provaram frutos secos Debate sobre reconversão da Quinta das Lagoas «Foi mais um ano de tradição cumprida com sucesso, com a Feira Nova de Outubro a receber milhares de visitantes em busca dos produtos comercializados, em especial os frutos secos, e também para assistir aos concertos, que foram ao encontro dos gostos das várias faixas etárias», declarou o edil Vítor Proença, no fecho da edição deste ano. A feira, que decorreu de 5 a 7, contou com concertos de Piruka, DJ Putsouza, Adriana Lua, DJ Gemma e Remember Revival Band, não esquecendo a tradicional corrida de toiros, com toiros da ganadaria Jorge Mendes, lidados por João Moura, Vítor Ribeiro, Marcos Bastinhas, Duarte Pinto, Miguel Moura e Francisco Núncio, e pegas dos forcados de Montemor e da Moita. Entre os atrativos da feira contaram-se também os carrosséis, os vários expositores e a participação de vários vendedores, que trouxeram consigo diversos produtos, entre os quais os tão apreciados primeiros frutos secos da época. 10 | SEMMAIS | SÁBADO | 13 DE OUTUBRO | 2018
O projeto Fórum Seixal junta o executivo municipal, liderado por Joaquim Santos, técnicos e população numa sessão sobre a reconversão urbanística da Quinta das Lagoas, que tem lugar este sábado, a partir das 10h30. A sessão informativa realiza-se nas instalações do quartel dos bombeiros mistos do Seixal, mais concretamente na secção destacada de Corroios, em Santa Marta do Pinhal, e surge na sequência da reunião sobre o mesmo tema realizada no passado dia 28 de julho do corrente ano de 2018. Agora, a Câmara Municipal do Seixal convida os moradores da área de reconversão da Quinta das Lagoas para estarem presentes nesta segunda reunião, com o objetivo de aprofundar o debate sobre o avanço da reconversão urbanística da zona desta zona habitacional do concelho do Seixal.
Polidesportivo do Passil com novo rosto A requalificação do polidesportivo do Passil está concluída e envolveu a colocação de um novo pavimento e balizas e a reparação dos portões e da rede que rodeia o recinto. «O recinto está pronto a ser utilizado por todos os habitantes do Passil e não só e está preparado para a prática de futebol de salão, andebol e ténis», referiu o vereador com o pelouro das Obras Municipais, na reunião de câmara de 3 de outubro. Pedro Lavrado adiantou ainda que a câmara municipal investiu 120 mil euros no conjunto das obras realizadas no Passil e que incluem o polidesportivo, a escola básica do 1.º ciclo, o jardim-de-infância e o jardim infantil. «Os habitantes do Passil ficam com infraestruturas renovadas e que muito nos orgulha e que faz com que as pessoas sintam que também fazem parte do concelho ao verem as suas condições de vida melhoradas», acrescentou o autarca.
LOCAL
SETÚBAL
Comunidade educativa recebida no forte de S. Filipe O esforço desenvolvido pelo município na reabilitação do parque escolar foi destacado no passado dia 10 pela edil Dores Meira na receção à comunidade educativa, realizada no forte de S. Filipe. As transformações ocorridas no concelho nos últimos anos incluíram a construção, requalificação e apetrechamento de estabelecimentos de ensino, num investimento municipal de 2 milhões de euros que contribui para a promoção do sucesso escolar dos alunos, ao «proporcionar melhores condições de trabalho a docentes, não docentes e discentes». O programa de requalificação e apetrechamento do parque escolar de um concelho que aproveitou as oportunidades oferecidas pelos financiamentos comunitários ao abrigo do programa Portugal 2020 incide sobre 15 escolas do 1.º ciclo e jardins-de-infância, em três fases de intervenção. As duas primeiras já estão concluídas e encontra-se em curso a última.
SINES
Taxa de participação no IRS com redução à vista A taxa de participação no IRS vai sofrer redução em 2019. O IMI mantém reduções atendendo ao número de dependentes.
A BARREIRO
Papel da universidade sénior realçado O edil Frederico Rosa e a vereadora Sara Ferreira desejaram, no dia 8, um bom ano letivo aos formadores da Universidade da Terceira Idade, na receção e entrega de diplomas aos formadores que teve lugar no museu da Baía do Tejo. Na iniciativa, o edil referiu que a UTIB é um projeto emblemático do Barreiro. Salientou que este ano estão inscritos cerca de 750 alunos. «As pessoas sentem-se em casa e vinculados ao projeto e aos formadores», referiu o autarca, salientando que é importante instalações próprias para o projeto. Além da componente formativa e de convívio, o edil considera que a UTIB é um espaço de excelência para se fazer novos amigos e reencontrar outros. Sara Ferreira, com a pasta da ação social, enalteceu o trabalho dos formadores que «dão o seu tempo de descanso e lazer para ajudar os outros» e que ano existem três novas disciplinas nas áreas de saúde, desenho e análise.
SESIMBRA
Festa do cinema passa pela vila A vila de Sesimbra associa-se, pela primeira vez, à Festa do Cinema, que decorre de 22 a 24 deste mês, e abrange centenas de salas de todo o país, num total de 94 mil lugares disponíveis. O objetivo do programa, que teve início em 2015, é promover a sétima arte, incentivar os visitantes regulares a assistir a mais filmes e atrair novos espectadores. Esta é também uma boa oportunidade para se verem ou reverem filmes a um preço mais em conta: 2,5 euros. O cine-teatro João Mota dá destaque ao cinema nacional com a exibição dos filmes “Soldado Milhões”, de Gonçalo Galvão Teles e Jorge Paixão da Costa, “O Fim da Inocência”, de Joaquim Leitão, e “Gelo”, de Luís Galvão Teles. A Festa do Cinema é uma iniciativa da Associação Portuguesa de Empresas Cinematográficas, com apoio do Instituto do Cinema e do Audiovisual.
Assembleia Municipal aprovou, a 22 de setembro, a proposta do município para os impostos municipais a aplicar em 2019. A principal novidade dos impostos a cobrar no ano que vem, com base na coleta de 2018, é a redução da taxa de participação no IRS de 4,5 por cento para 4,4 por cento. A taxa do IMI para prédios urbanos mantém-se nos 0,355 por cento, abaixo do máximo fixado por lei (0,45 por cento). Mantêm-se também as reduções de IMI atendendo ao número de dependentes que compõem o agregado familiar: 1 dependente (20 euros), 2 dependentes (40 euros), 3 ou mais dependentes (70 euros). No núcleo diferenciado da ZIL 2, as taxas de IMI são majoradas em 30 por cento para prédios urbanos que
se encontrem devolutos, ou seja, cujas benfeitorias se encontrem inacabadas e ao abandono, e minoradas em 10 por cento para prédios comerciais, industriais ou para serviços. Será também aplicada uma majoração em 30 por cento da taxa de IMI aos prédios urbanos degradados, considerando-se como tais os que, face ao seu estado de conservação, não cumpram satisfatoriamente a sua função ou façam perigar a segurança de pessoas e bens. Na derrama, volta a ser fixada uma taxa de 1,5 por cento sobre o lucro tributável sujeito e não isento de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas, com isenção para os sujeitos passivos cujo volume de negócios no ano anterior não ultrapasse os 150 mil euros. A Taxa Municipal de Direitos de Passagem será de 0,25 por cento.
SANTIAGO DO CACÉM
MONTIJO
A Junta de Freguesia da União de Freguesias de Santiago do Cacém, Santa Cruz e S. Bartolomeu da Serra, com o apoio do município, promovem a 4.ª edição de “A cada passo uma história”, que acontece este sábado, dia 13, a partir das 9 horas. Trata-se de um ‘peddy-paper’ que tem como objetivo dar a conhecer o centro histórico de Santiago do Cacém e a obra do escritor Manuel da Fonseca. São propostas atividades para toda a família no centro histórico de Santiago do Cacém onde o tema versa a poesia dos jogos e brincadeiras na obra de Manuel da Fonseca. Para melhor usufruir desta atividade, os participantes devem levar roupa e calçado confortável, bem como um cantil com água. O ponto de encontro é na biblioteca municipal Manuel da Fonseca. No final do percurso, a Junta de Freguesia oferece o almoço a todos os participantes inscritos. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas na Junta de Freguesia da União de Freguesias de Santiago do Cacém, Santa Cruz e S. Bartolomeu da Serra.
Francisco Santos é o novo reitor da Universidade Sénior, cuja tomada de posse ocorreu dia 8. «Sei, por experiência, que o trabalho e o dever na reitoria tornam ainda mais aliciante a nossa função» afirmou sublinhando que com «o profissionalismo dos professores em regime de voluntariado, o entusiasmo e o querer dos alunos, a participação dos funcionários e o constante apoio da autarquia acredito que estão reunidas as condições para que o ano letivo 2018/19 da universidade sénior alcance o brilho que nos tem habituado nestes quase 12 anos». O edil Nuno Canta agradeceu ao reitor ter aceite o convite e sublinhou que «é com gosto que o temos à frente da nossa universidade sénior», afirmou. «Aproveito para dizer que vamos dar o melhor de nós como sempre demos até aqui e o melhor da nossa atenção a esta universidade que foi pensada para responder às necessidades dos seniores e o seu direito à autonomia, a uma vida digna e respeitada», sublinhou o edil.
‘Peddy-paper’ promove terra de Manuel da Fonseca
Francisco Santos é o novo reitor da Universidade Sénior
2018 | 13 DE OUTUBRO | SÁBADO | SEMMAIS | 11
NEGÓCIOS
“PALÁCIO DO SAL” CONTA COM VERBAS DA UNIÃO EUROPEIA
ANA NÃO GARANTE “LOW COST”
Amigos músicos investem mais 6 milhões de euros em hotel alcacerense com SPA
Aeroporto do Montijo deverá estar operacional em 2022
Para aumentar o número de camas e para receber os turistas com dignidade, dois amigos decidiram abrir os cordões à bolsa e apostar num hotel de 4 estrelas onde o conforto e a animação irão ser as jóias da coroa. A abertura está prevista para 2020. A União Europeia apoia com 50 por cento. TEXTO ANTÓNIO LUÍS IMAGEM DR
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ois velhos amigos músicos, Jaime Batista e José Cabeleira, vão investir mais de 6 milhões de euros no Palácio do Sal, uma nova unidade hoteleira para que Alcácer do Sal aumente a sua capacidade de acolhimento e saia dignificada nesta área. A dupla candidatou-se ao programa Compete 2020, da União Europeia, que comparticipou em metade do custo deste hotel de 4 estrelas dotado de 45 quartos, sendo que grande parte serão suites. Terá uma sala de congressos para 200 pessoas, restaurante, bar e SPA, que aposta nos «tratamentos das vias respiratórias à base de sal» e na decoração com «blocos de sal». O Palácio do Sal irá começar a ser construído, ainda este ano, no local onde funcionou o antigo quartel dos bombeiros de Alcácer do Sal, junto ao rio Sado, na avenida Gago Coutinho e Sacadura Cabral, o que permite aos hóspedes passear de barco, através do cais que irá construído junto ao hotel de três andares, cuja abertura está programada para 2020. «O processo deste hotel demorou três anos, o que é um exagero. Passámos por várias burocracias e os custos foram aumentando constantemente», lamenta o administrador Jaime Batista, que se queixa da «falta de coordenação» entre as várias entidades. «Uma lufada de ar fresco» Jaime Batista não tem dúvidas de que a nova uni-
dade hoteleira alentejana, que permite a criação de 30 postos de trabalho fixos, irá ser «uma lufada de ar fresco», sobretudo no concelho de Alcácer do Sal. «Existe muito pouca oferta de camas neste concelho e o próprio Turismo de Portugal apoia o nosso projeto e quer que ele vá em frente porque o turismo tem tendência a criar 30 por cento no Alentejo nos próximos tempos. O município também tem sido incansável connosco». Por seu lado, José Cabeleira, que já tem experiência no ramo da hotelaria, uma vez que é o proprietário do hotel Lisboa Central Park, em Lisboa, reconhece que o Palácio do Sal irá trazer «ingredientes muito específicos a um novo turismo que procura cultura e arte e nós pensamos que estaremos em condições de potenciar isso. Queremos que este hotel seja um hall de Alcácer do Sal com vários tipos de animação. E a cultura e a arte são muito importantes para o crescimento da economia». Para que a animação esteja garantida no hotel, com regularidade, o hotel irá estabelecer protocolos com diversas entidades e empresas. «Iremos ter passeios de barco e de balão e observação de aves, bem como visitas guiadas a adegas e outros locais interessantes», conta José Cabeleira, que orgulha-se de o turismo estar «em constante crescimento no Alentejo». O Palácio do Sal, com decoração inspirada no povo árabe, terá um espaço onde é possível aos turistas adquirirem vários produtos locais, como artesanato, doçaria e vinhos.
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ANA, empresa adquirida pela VINCI Airports, garantiu recentemente que o novo aeroporto do Montijo «estará operacional em 2022» e que acolherá transportadoras com rotas “ponto a ponto”, num serviço que será de «qualidade fantástica». As declarações foram proferidas por Thierry Ligonnière, líder administrativo (CEO) da ANA aeroportos, durante 6.ª conferência franco-portuguesa, que teve lugar em Lisboa. O novo aeroporto, na Base Aérea do Montijo, disse Thierry Ligonnière, servirá como estrutura complementar ao aeroporto, Humberto Delgado, que «manterá o seu papel de plataforma de ligações aéreas, nomeadamente da TAP», enquanto que esta unidade do Montijo será aberta a companhias e transpor-
tadoras «ponto a ponto» cujo destino final seja, sempre, Lisboa. Justificando a opção pelo Montijo, para a criação do novo aeroporto que «não funcionará num modelo “low cost”», e respondendo particularmente a uma questão sobre as acessibilidades à Base Aérea nr. º 6, o CEO da ANA enalteceu o «peso das distâncias», transmitindo que «muitas companhias aéreas fizeram saber que não queriam um aeroporto afastado da capital». Além disso o presidente da ANA fez saber que «estão previstos dois acessos principais para ligar o Montijo a Lisboa, com a ponte Vasco da Gama a representar uma alternativa «específica e rápida» para o aeroporto a par do Rio Tejo que será outra das alternativas «através de um percurso de 15 minutos de barco». E.S.
Entrega de comida ao domicílio chega a Almada e Seixal com Uber Eats Cantares alentejanos com nova roupagem O administrador do Palácio do Sal, Hotel & SPA, Jaime Batista conta que lançou o repto ao Grupo Coral do Torrão para gravar um CD com cantares alentejanos, para ser lançado na altura de inauguração do hotel. Mas esse disco tem uma particularidade. «Esses cantares irão levar uma nova roupagem, com parte orquestral, violinos, adufes, guitarras, piano. É um olhar diferente para o cantar alentejano. A experiência já foi feita durante um espetáculo na PIMEL deste ano e agradou bastante às pessoas». Jaime Batista toca piano em vários hotéis e cruzeiros é o proprietário da farmácia Alcacerense. Já José Cabeleira, tocou em orquestras em vários casinos e hotéis e nos programas da SIC de Fátima Lopes. Além disso, é atualmente o presidente da Casa do Artista. O diretor-geral do Palácio do Sal irá ser Bruno Cabeleira, filho de José Cabeleira, formado em gestão hoteleira.
Depois de Lisboa, em 2017, e Porto, em maio deste ano, o Uber Eats chegou, este mês, ao concelho de Almada e às freguesias de Corroios, Amora, Seixal e Arrentela. Trata-se de uma aplicação (app) de entrega de comida ao domicílio da Uber, que já existe em 220 cidades do mundo. Na lista de restaurantes de Almada e Seixal estão incluídos, por exemplo, o Mercado da Romeira, Estaminé 1955, Home Sweet Sushi, Pastéis de Al-Madan e Mundet Factory. Dos restaurantes típicos
às marcas mais populares com o Uber Eats qualquer refeição fica apenas a um toque de distância. O utilizador escolhe, de entre a seleção de alternativas que a app apresenta, pede e a entrega deverá ocorrer em menos de 30 minutos. Atualmente, em Portugal já são mais de 800 os restaurantes disponíveis na aplicação que permite encomendar refeições para todos os gostos, ocasiões e locais, sempre sem valor mínimo por encomenda todos os dias das 12h00 às 00h00. E.S.
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PROGRAMA 09h30 | 10h00 – Acreditação
PITCH de Empresas associadas da AISET:
10h00 | 10h45 - Abertura do Fórum Empresarial
Introsys, Volkswagen Autoeuropa
Antoine Velge – Presidente da AISET
e The Navigator Company*
Manuel Caldeira Cabral - Ministro da Economia
Moderador: jornalista Paulo Ferreira
Inês de Medeiros - Presidente da Câmara de Almada
15h15 | 15h30 - Debate/Perguntas e Respostas
10h45 | 11h15 - Coffee break/Networking
15h30 | 15h45 - Coffee break/Networking
11h15 | 11h40 – Keynote Speaker:
15h45 | 16h30 – Capital Humano para a Indústria
Fernando Alexandre – Universidade do Minho
Virgílio Cruz Machado - Fac. Ciências e Tecnologia UNL
“Investimento Empresarial e o crescimento
Pedro Dominguinhos - Instituto Politécnico de Setúbal
da Economia Portuguesa”
João Costa - ATEC
11h40 | 12h20 – Indústria em Portugal:
Moderador: jornalista Paulo Ferreira
Que Presente e Futuro?
16h30 | 17h00 - Debate/ Perguntas e Respostas
Ana Teresa Lehman – Secretária de Estado da Indústria*
17h00 | 17h15 - Apresentação “NUTS Península
António Saraiva – Presidente da CIP
de Setúbal: Caminho para o Desenvolvimento
Pedro Penalva – CEO AON
Carlos Martins – Secretário Executivo AISET
Moderador: jornalista Paulo Ferreira
17h15 | 17h30 - Encerramento
12h20 | 13h00 - Debate/Perguntas e Respostas
João Teixeira – Presidente da CCDR-LVT
13h00 | 14h30 - Almoço
Nuno Maia Silva – Diretor Executivo AISET
14h45 | 15h15 - Região de Setúbal no contexto da industrialização – Boas Práticas em Zona industrial de referência: PATROCINADOR MASTER
PATROCINADOR GOLD
*Convidados, pendentes de confirmação PARCERIA ESPECIAL
PATROCINADORES ASSOCIADOS
APOIO
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OPINIÃO
Seixal premiado no Salão Imobiliário Português 2018
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Município do Seixal foi distinguido no Salão Imobiliário de Portugal, certame que decorreu na Feira Internacional de Lisboa entre de 3 a 7 de Outubro, tendo sido o primeiro concelho a nível nacional a integrar o SIL Cidades, onde ficou patente o resultado da estratégia de planeamento e da política de investimento e regeneração urbana desenvolvida pela autarquia em parceria com os agentes locais. No Concelho do Seixal temos vindo a desenvolver ao longo dos anos, uma política de Reabilitação Urbana tendo como objectivo a consolidação e valorização do património edificado nas mais diversas vertentes, revitalizando os núcleos urbanos existentes, principalmente os núcleos históricos do Município. Nesse sentido, foram aprovadas a delimitação de quatro Áreas de Reabilitação Urbana (ARU) na envolvente dos Núcleos Urbanos Antigos de Seixal, Amora, Arrentela e Aldeia de Paio Pires. Desde que foram criadas as ARU´s, já foram reabilitados cerca 120 edifícios nos diferentes
núcleos urbanos antigos, sendo de destacar o do Seixal com 70 edifícios reabilitados. Esta situação é percetível face à qualificação do espaço público que o Município tem estado a realizar no Núcleo Urbano Antigo do Seixal, onde foram investidos mais de dois milhões de euros na requalificação do mesmo, potenciando o investimento privado, levando à reabilitação de edifícios para habitação, alojamento local, comércio e outros serviços. A estratégia que desenvolvemos no núcleo urbano antigo do Seixal, apesar de alguns constrangimentos iniciais, é manifestamente positiva e iremos replicar a mesma nos espaços públicos dos restantes Núcleos Urbanos Antigos do Concelho, com a vantagem de estarmos hoje em melhores condições de desenvolvermos com maior celeridade este processo de requalificação urbana, tendo em conta a experiência adquirida no núcleo urbano antigo do Seixal. Existe alguma tendência quando se fala de reabilitação urbana, para nos focarmos somente nos
núcleos urbanos antigos, esquecendo uma boa parte da construção urbana que não sendo propriamente antiga, já tem algumas décadas, principalmente a construção que existiu em larga escala no final dos anos 70 após a Revolução de Abril, e que deu resposta habitacional a milhares de famílias que viviam em habitações degradas ou precárias. Nesse sentido e com vista a dar resposta ao envelhecimento, deste parque habitacional a Câmara Municipal do Seixal criou em Maio de 2017 o Programa Reabilite no Seu Prédio, onde o Município financia a reabilitação de fachadas dos edifícios habitacionais, procurando dar resposta a esta situação e que teve uma forte adesão por parte dos proprietários e das administrações de condomínio, que aproveitaram esta oportunidade para recuperar as fachadas dos seus imóveis de habitação multifamiliar. Em pouco mais de um ano de vigência deste programa, a Câmara Municipal do Seixal recebeu mais de 180 candidaturas, tendo comparticipado as mesmas em cerca
SIGA O NOSSO CONCELHO JOAQUIM SANTOS PRESIDENTE DA C.M. DO SEIXAL
160.000,00€, até ao momento Face ao acolhimento e aceitação deste programa a Câmara Municipal do Seixal aprovou recentemente alterações ao regulamento deste programa, aumentando o apoio à reabilitação de fachadas e criando um novo apoio para a recuperação de coberturas. Outra linha que temos seguido no quadro da reabilitação e regeneração urbana tem sido através do estabelecimento de parcerias com o tecido económico local, aproveitando o edificado municipal, promovendo e apoiando a criação de novas atividades comerciais no mesmo. Assim e fruto dessa parceria, temos hoje, alguns estabelecimentos que são uma referência no Concelho e que têm potenciado as zonas urbanas em seu redor, como são o caso da Mundet Factory no Seixal, no Tapas ao Rio em Arrentela
ou no Lost em Amora, estando em desenvolvimento outras parcerias. Embora a esmagadora maioria do parque habitacional e imobiliário do Concelho seja de propriedade privada e o dever de recuperar os edifícios seja dos seus proprietários, o Município do Seixal tem tido como objetivo central desenvolver ações no sentido de estimular e apoiar essa recuperação, seja através do investimento na requalificação do espaço publico ou no apoio direto à recuperação do edificado. É assim atingido o objetivo de dinamizar e valorizar o tecido económico local, captando investimento que potencie o surgimento de novas atividades económicas e projetos inovadores, resultando em criação riqueza, emprego e progresso do Concelho.
Será que mudou a maré dos números no turismo?
A
s marés vão e vêm. Às vezes quando são muito expressivas são chamadas “marés vivas”. Foi assim uma verdadeira “maré viva” o que se passou com os números e com as notícias sobre o turismo nos últimos anos. Sempre a subir. O céu era o limite apesar de não haver notícia de que alguma vez uma maré tenha chegado ao céu. Cada ano era o melhor ano de sempre. Máximos atrás de máximos. Aqui neste jornal sempre fui irónico com esta forma de olhar para o mundo (do turismo). Sempre partilhei outras “visões” e outras “perspetivas” sobre a coisa. Não porque não estivesse satisfeito com o crescimento e a afirmação do turismo em Portugal. Mas, porque qualquer olhar redutor deixa demasiadas realidades de fora. E essas realidades, como uma maré, mais tarde ou mais cedo hão de voltar. Primeiro de mansinho. Depois com o estrondo de sempre. E a corres-
pondente surpresa. Assim estava eu calmamente a trabalhar (porque em agosto todo o trabalho tem em si alguma calma) no dia 22 de agosto quando li a tal notícia. A companhia aérea chinesa Capital Airlines estava a notificar os seus passageiros de que, entre este outubro e o próximo março, o voo direto entre a China e Portugal estava suspenso. Precisamente o voo que em julho, três meses antes, tinha celebrado o seu primeiro aniversário. A notícia não teria prendido a minha atenção se precisos 7 dias antes, no dia 15 de agosto, não tivesse saído o relatório habitual (divulgado todos os dias 15) do INE sobre o turismo. No caso os números do primeiro semestre de 2018. E, surpresa para os desatentos, o mês de junho de 2018 foi pior do que o junho de 2017: menos dormidas de turistas, menos estada média, menos taxa de ocupação. Alguns indicadores (os mais
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importantes) mantêm o crescimento, em particular as receitas associadas ao turismo. O facto novo foi, porem, o arrefecimento do crescimento do turismo. No primeiro semestre de 2018, em relação ao primeiro semestre de 2017, o mercado britânico recuou 8% e o mercado alemão 2,6%. Não são dois mercados quaisquer. São dois mercados muito importantes para Portugal. O que aconteceu era inevitável e até previsível. Nada cresce para sempre. E o turismo não é uma exceção. Antes a regra. Por isso temos apenas de nos adaptar a tempos diferentes. O turismo é e será muito importante mas agora (espero) sem a euforia dos anos passados. E isso não é necessariamente mau. É apenas realista. Depois tem a velha questão do crescimento versus desenvolvimento. De facto com taxas de ocupação que não ultrapassam os 50% na nossa região o que realmente interessa é o “melhor” e não o “mais”. Pensemos nos
TURISMO SEMMAIS JORGE HUMBERTO SILVA COLABORADOR
últimos 5 anos. Quantos novos hotéis abriram em Almada, em Sesimbra ou em Setúbal? Muito poucos, quase nenhum, é a resposta. E isso não é necessariamente uma má notícia. Na minha opinião é até uma boa notícia. Mais importante do que mais oferta é requalificar e modernizar as nossas unidades hoteleiras. As exigências dos turistas mudaram (sim, é um facto, não é um cliché). A oferta também tem de mudar. Até porque está a mudar por todo o lado. No lado de lá do Tejo e no lado de lá do Sado. No norte e no sul. Depois, no que nos diz respeito, a verdadeira grande mudança veio de “outro lado”: o Alojamento Local. Com
9.500 camas na nossa região (Península de Setúbal) deixou de ser uma espécie de “apêndice” da oferta para ser parte essencial do turismo. A parte mais visível e mais dinâmica. Esperemos mais um pouco. Um tudo-nada. E saberemos a nova fase que iremos atravessar no turismo. Talvez menos espetacular. Talvez um tempo para refletir e rearrumar a oferta turística. E, essencialmente, o mesmo de sempre: melhorar e qualificar os recursos. As cidades, os rios, o mundo rural e a serra. Na verdade a razão para alguém fazer turismo. A razão para alguém por um tempo mudar de lugar. E já que muda de lugar que seja para a nossa região.
OPINIÃO
Descentralização a caminho da regionalização?
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om a entrada em funcionamento da Comissão Independente para a descentralização criada pela Lei nº 58/2018 de 21 de agosto, “cuja missão consiste em proceder a uma profunda avaliação independente sobre a organização e função do Estado”, bem como, “avaliar e propor um programa de desconcentração da localização de entidades e serviços públicos, assegurando coerência na presença do Estado no território, somos levados a interrogar-nos se o processo de descentralização em curso previsto na Lei-quadro nº 50/2018 de 16 de agosto, da transferência de competências para as autarquias locais e entidades intermunicipais, não “esconde” o processo de regionalização no futuro próximo. De facto, o reforço de competências para as entidades intermunicipais sendo meritório no plano da proximidade, apresenta uma contradição, que não sendo
insanável, acentua o desajustamento e a desigualdade entre os territórios e concomitantemente entre os cidadãos. Na realidade, enquanto os municípios e as freguesias, são autarquias locais, com legitimidade própria, com assento constitucional, as entidades intermunicipais são associações de municípios, que não consubstanciam um poder, numa esfera de competências supramunicipal, com legitimidade necessária e suficiente, que permita uma governação regional suscetível de promover o desenvolvimento económico, a coesão territorial, com base na estratégia regional e não local. Hoje, os problemas da vida das pessoas, como a mobilidade, o trabalho, o lazer, a família, o saneamento, o abastecimento de água, a energia, o ambiente, só podem ter respostas a nível regional, ou nacional, o mesmo é dizer a uma escala supramunicipal.
Mas essa escala não reside nas entidades intermunicipais mas sim nas regiões administrativas previstas na Constituição da República como autarquias locais. É este o poder supramunicipal, das regiões, que pode vir a acolher competências para o desenvolvimento económico, para a promoção da coesão territorial e social, para a mobilidade e transportes, aproveitando sinergias, conetividades territoriais para o desenvolvimento de uma estratégia regional que vá para além do municipal, do local. Decorridos quase 40 anos em que as Comissões de Planeamento Regional, deram lugar às Comissões de Coordenação Regional CCR (Decreto-Lei nº 494/79, de 21 de dezembro) mais tarde às CCDR ( 2003 ) ,por passarem a acolher novas áreas de intervenção da administração desconcentrada do Estado, o território continental foi-se consolidando em 5 Comissões de Coordenação
Hipocrisia do comportamento social
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ivemos um Mundo mediático onde de forma generalizada tecesse criticas às Redes Sociais e à Comunicação Social, no entanto somos consumidores daqueles produtos. Do mesmo modo, como há uns anos ninguém via telenovelas mas todos comentavam as mesmas. Será que o ser humano mudou muito na sua essência, ou hoje todos somos mais facilmente influenciados pelas pressões e emoções fáceis e sem olhar para algumas consequências? No entanto ainda há estruturas e instituições que na sua organização conservadora e por vezes pouco transparentes permitem a alguns dos seus responsáveis agirem com antigamente e estado de impunidade natural. Naquele grupo engloba-se todo o tipo de instituições desde a política ao desporto ou das mais discretas às mais secretas. A honestidade e os atos anticorrupção não se proclamam praticam-se e de forma transparente e aberta. Acontece que as pessoas por vezes não estão preparadas para ouvir as realidades e deixam-se conduzir num conto de fadas. A racionalidade dos atos de decisão e de julgamento de outros devem ser contidos no que res-
ATUALIDADES MARIA AMÉLIA ANTUNES ADVOGADA
e Desenvolvimento Regional – CCDR – Norte, Centro, Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve. Ao longo destes anos, o processo de descentralização foi fértil em estudos, pareceres, legislação, procedimentos, com muito bons resultados ao nível dos municípios e das freguesias. O poder local democrático, administração autónoma do Estado, tem sido o motor do desenvolvimento local. Mas é necessário mais e melhor para o futuro. Já ao nível regional os avanços com a Lei-quadro das Regiões Administrativas, Lei nº 56/91, de 13 de agosto, e mais tarde o referendo sobre a regionalização (1998), com 20 anos decorridos, ainda não tornou
possível a concretização da Instituição da Autarquia, a Região Administrativa. Revisitando os estudos realizados, as experiências vivenciadas, aprofundando o caminho percorrido, aproveitar o trabalho que o Governo tem vindo a desenvolver com a ANMP e com a ANAFRE transformar agora, as 5 CCDR em regiões, para na integração, num renovado dialogo na Europa das Regiões, uma nova ambição de desenvolvimento e coesão do território. A Comissão independente para a descentralização poderá chegar lá até 31 de julho de 2019, data em que deverá apresentar o produto do seu trabalho.
14 de Outubro: é verdade…
ESPAÇO ABERTO E LIVRE POLITICA E CULTURA
ZEFERINO BOAL CONSULTOR
peita à exteriorização de emoções. Temos sido surpreendidos, porque andamos por aí, com atos de solidariedade na forma com alguns organizam eventos para depois viverem durante um período com as receias angariados, entregando uma percentagem solidariamente a quem precisa. Isto acontece, em pequena escala ou em macro economia. Aqui, não confundamos as necessidades de pagar atos profissionais, referimos ao abuso em aproveitamento dos bens materiais e financeiros do que pertence a uma causa comum. Há aqueles que enquanto lideram escolhem os fornecedores amigos, para produzir todo o tipo de material desde livros, obras, merchandising, viagens e etc. Porque razão não se fazem consultas abertas ao mercado e de forma transparente, seja qual for a instituição e para além dos Regulamento Interno de obediência. Também ficamos admirados
com escândalos como Tancos e o principal responsável político, Ministro da Defesa ignora o que se passa e como sinal de defesa é colocado na comunicação uma eventual vigarice de um militar que atinge toda instituição militar. Qual o papel do CEME nisto tudo, se antes era o Inspetor do Exército. Não pensamos que os socialistas sejam todos iguais a agir deste modo. Mas, estamoshabituados no passado da falta de sentido de Estado e de respeito pelas instituições de boa parte da esquerda. Temos memória das manifestações de militares na reserva e reforma contra as medidas do anterior Governo. Sabemos os encontros “amigáveis” de Generais durante a vigência do anterior Governo. E agora em que estão em causa atos de soberania e defesa do País, nem o Ministro da Defesa se demite, nem o CEME segue o exemplo com guia de marcha.
VALDEMAR SANTOS MILITANTE DO PCP
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á desde 4 de Outubro (véspera da grande manifestação nacional dos professores) que o Avante! anuncia para amanhã, pelas 16h00, no Centro de Trabalho Vitória (Avenida da Liberdade, 170, em Lisboa), com a participação de Jerónimo de Sousa e havendo trecho cultural, mais um momento de assinalar a atribuição do Prémio Nobel da Literatura a José Saramago, ou seja, precisamente lá onde, há vinte anos, se juntou aos seus camaradas de Partido o primeiro escritor de língua portuguesa a receber a distinção. Sem arredar o pé, passados dez anos o motivo do nosso orgulho não podia deixar de nos levar de novo ao Vitória, com o Secretário-Geral do Partido a citar palavras do homenageado na Academia Sueca, ao seu lado: «a voz que leu estas páginas quis ser o
eco das vozes conjuntas das minhas personagens», podendo-se acrescentar: «E essas vozes conjuntas são um eco do povo, dos trabalhadores, dos imperfeitos humanos que constroem a história». Ora amanhã é dia 14: pois nesse dia do mês corrente de 1998 o nascido da Azinhaga do Ribatejo aterra na Portela e remete para segundo lugar o Poder Institucional que no Centro Cultural de Belém o esperava, e, de Nobel na mão, buscou os trabalhadores que na Praça do Comércio, antigo Terreiro do Paço (quiçá desceu de novo o Marquês), se manifestavam em vigília convocada pela CGTP-IN em defesa da Segurança Social e contra as propostas gravosas de alteração à legislação laboral promovidas pelo Governo de então. Busquemos também nós imagem, há-de ter falado (cgtp.pt)
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