Semmais 14 de Julho 2018

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SÁBADO 14 DE JULHO DE 2018 Diretor Raul Tavares Semanário - Edição 1000 - 9ª série Região de Setúbal Distribuído com o Expresso

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SOCIEDADE

ENTIDADES E ASSOCIAÇÕES ANSEIAM POR VIRAGEM ECONÓMICA NA REGIÃO

«A Península tem de ter acesso a fundos em equidade com o resto do País» A Plataforma para o Desenvolvimento da Península de Setúbal, que congrega os setores económico, social e civil, exige que a Península tenha equidade com o resto do País no acesso aos fundos europeus. Para tal, alerta o Governo para uma revisão extraordinária das NUTS, para combater desequilíbrios sociais e económicos na AML. TEXTO ANTÓNIO LUIS IMAGEM DR

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Plataforma para o Desenvolvimento da Península de Setúbal defende, e pretende demonstrar, que «o território da região possui dimensão suficiente para ser uma NUTS (Nomenclatura das Unidades Territoriais para Fins Estatísticos) autónoma, para voltar a ser elegível para os apoios comunitários, uma vez que o seu produto Interno Bruto (PIB) per capita se mantém, em muito, afastado dos números da Área Metropolitana de Lisboa (AML) e em evolução divergente em relação à média europeia». A Península de Setúbal está incluída na NUTS III da AML, e, por isso, perdeu o acesso a fundos comunitários. Contudo, e segundo um estudo da Plataforma, existem duas realidades muito diferentes da NUTS II da AML,

margem norte e Península de Setúbal, contribuindo esta última com 28 por cento da população, mas apenas 9 por cento do VAB das empresas, o que implica que mais de 150 mil pessoas se desloquem diariamente para a margem norte, com os consequentes custos económicos e ambientais. Menos poder económico e menos população Segundo o estudo da Plataforma, entre 2000 e 2016, a Península de Setúbal registou um crescimento económico inferior ao das restantes regiões nacionais e, em 2016, era a quarta região mais pobre em Portugal. Entre 2000 e 2013, a Península de Setúbal perdeu 31 mil habitantes, dos 20 aos 34 anos, e viu agravado o envelhecimento da população. Fazem parte desta Plataforma, a Associação do Comércio, Indústria, Serviços e Turismo do Distrito de Setúbal, a Associação da Indústria

da Península de Setúbal, a Cáritas de Setúbal e o Movimento Pensar Setúbal. Antoine Velge, presidente da AISET, reclama que a Península «merece voltar a ter acesso aos fundos comunitários a que tem direito para a criação de emprego e bem-estar da população, dado que somos uma região em queda de forma assustadora. Não é preciso sair da AML, basta reconhecer o desequilíbrio existente». Já Orlando Santos, vice-presidente do Movimento, afirma que estamos perante uma «batalha longa, que depende do empenhamento das autarquias e de todos nós, porque desde 2000 a esta parte, os fundos comunitários quase não se fizeram sentir na região». A seu ver, a Península «deve ter condições de desenvolvimento semelhante às outras regiões» e «deve ter equidade no acesso aos fundos comunitários europeus, em comparação com o resto do País».

«Revisão extraordinária à NUTS é necessária» O presidente da associação de comércio e indústria do distrito, Francisco Carriço, revela que a Plataforma «vai tentar convencer o Governo a fazer uma revisão extraordinária à NUTS» e a reconhecer as diferenças de riqueza entre a margem norte e a Península de Setúbal da AML, porque «não temos nada a ver com o norte da AML, cuja população tem poder de compra.

Libertem-nos para podermos ter acesso aos fundos comunitários». Domingos Sousa, o líder da Cáritas de Setúbal, confrontado com a realidade, nua e crua dos números deste estudo, reconhece «que há aqui um potencial que temos que trabalhar no sentido de alterar o estado de coisas porque sem desenvolvimento económico não pode haver criação de emprego e melhoria das condições de vida das pessoas».

Os responsáveis da Plataforma reuniram em maio com o secretário de Estado do Planeamento e Infraestruturas, a quem apresentaram os resultados e as soluções encontradas do estudo, e prometem em breve encontrar-se com as autarquias. «O secretário de Estado disse-nos que não se pode alterar a NUTS, mas que é possível uma revisão extraordinária», disse Carlos Martins, autor do estudo da Plataforma.

Sesimbra afirma que desassoreamento da Lagoa de Albufeira é responsabilidade da Agência do Ambiente

A

s denúncias de «seca» na Lagoa de Albufeira, em Sesimbra, começaram a acentuar-se na última semana com vários visitantes a questionar, particularmente nas redes sociais, «como é possível que as entidades competentes, como a câmara municipal, deixem chegar a Lagoa a este estado». A autarquia, pela voz do seu presidente Francisco Jesus, esclarece que «estas denúncias e acusações são compreensíveis, mas devem ser direcionadas a quem de direito». O autarca refere-se à Agência Portuguesa do Ambiente (APA), entidade que a câmara «alerta, há vários anos, para a necessidade

urgente de se proceder a um desassoreamento da boca da lagoa, facilitando o processo de abertura e evitando que as areias obstruam o canal de ligação ao mar pouco tempo depois de ser aberto», explica. «Revoltado» com a situação e sem poder dar resposta imediata, Francisco Jesus revela, em jeito de desabafo, que a «autarquia é a única do país que se substitui à APA, nestes procedimentos, e já gastámos nos últimos dois anos mais de 100 mil euros no processo de abertura da Lagoa ao mar porque cada vez que a abrimos as máquinas trabalham durante vários dias». Apesar da

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candidatura que a câmara de Sesimbra presentou ao Fundo Ambiental «só deveremos ser ressarcidos em 70 mil euros». E, neste momento, afirma, «não temos capacidade financeira para resolver o problema». Francisco Jesus adianta que a APA pediu, recentemente, um estudo a uma entidade externa numa tentativa de encontrar soluções para casos como o da Lagoa de Albufeira. O documento apresenta três alternativas que, agora serão analisadas mediante os custos e eficácia. O presidente da câmara diz-se interessado em avaliar as sugestões apresentadas, que passam por «uma

abertura natural, pela construção de um canal fixo em betão armado ou por uma ligação subterrânea», mas «não sem antes se proceder ao urgente desassoreamento». O canal de ligação da

Lagoa ao mar encontra-se atualmente aberto, não tendo, contudo, as últimas marés promovido um galgamento significativo do cordão dunar e a transferência de um volume de água que aumente a cota

do espelho de água da Lagoa. A autarquia «vai continuar a exigir uma intervenção urgente, que contribua para a preservação deste espaço», garante Francisco Jesus. E.S.


SOCIEDADE

DISPOSITIVO DE COMBATE A INCÊNDIOS JÁ FOI APRESENTADO

Grândola investiu quase 200 mil euros na prevenção dos incêndios Na tentativa de inverter a realidade do ano passado, com Grândola a ser o concelho do distrito com mais área ardida registada, a autarquia apostou forte na prevenção e já colocou várias equipas no terreno. O dispositivo de combate a incêndios vai estar ativo até 30 de setembro. TEXTO ELOÍSA SILVA IMAGEM DR

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á está no terreno o dispositivo de combate a incêndios para o concelho de Grândola e que abrange, também, territórios do sul do distrito de Setúbal e uma parte do distrito de Beja. O cumprimento e apresentação das equipas e meios de intervenção decorreu numa cerimónia presidida pelo edil grandolense, Figueira Mendes, e pelo vereador da Proteção Civil, na qual marcaram presença, igualmente, o

Comandante Distrital das Operações de Socorro (CODIS), o Capitão do Grupo de Intervenção de Proteção e Socorro da GNR, o Presidente da Direção e o Comandante da Associação Humanitária dos Bombeiros Mistos de Grândola. Depois de em 2017 o concelho ter registado a maior área ardida do distrito, «2500ha, sendo que cerca de 2300ha foram registados apenas numa ocorrência», segundo informações do gabinete da proteção civil, a autarquia «apostou significativamente na prevenção, nomeadamente «em operações de silvicultura

preventiva, juntamente com a equipa de Sapadores Florestais, o gabinete técnico florestal, a equipa de intervenção permanente e logística para a ECIN». O gabinete do vereador Ricardo Costa faz saber que o investimento nestas ações «ronda os 165.000 euros aos quais acresce um valor aplicado em maquinaria específica na ordem dos 35.000 euros». O dispositivo agora no ativo inclui um helicóptero de combate a incêndios e uma tripulação de 5 elementos (GIPS), mais 11 elementos (GIPS) que atuarão em prevenção e fiscalização, «o que per-

mitirá dar resposta num raio de 40 Km, abrangendo deste modo o concelho de Grândola e grande parte do sul do distrito de Setúbal e parte do distrito de Beja». Os Bombeiros Mistos de Grândola têm em pron-

tidão os elementos das equipas de ECIN, 24/h por dia, e da EIP, 8/h por dia, apoiadas pelo município de Grândola e pela Autoridade Nacional de Proteção Civil. Em parceria com o Instituto de Conservação

da Natureza e Florestas, a autarquia de Grândola conta, ainda, com uma Equipa de Sapadores Florestais que funciona em prevenção durante 7 horas por dia, durante o período critico de incêndios.

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SOCIEDADE

O MAIOR NÚMERO DE PRODUTORES DE SEMPRE FAZ AUMENTAR AS EXPECTATIVAS

Wine Jazz posiciona Palmela na vanguarda do enoturismo na região De ano para ano o Palmela Wine Jazz tem-se afirmado como um evento dinamizador do enoturismo da região. TEXTO ELOÍSA SILVA IMAGEM DR

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ais do que um festival de música ou uma feira de vinhos, o Palmela Wine Jazz, a decorrer este fim de semana no castelo de Palmela, é, segundo Luís Miguel Calha, vereador do turismo e cultura, um evento «claramente distintivo, que posiciona Palmela na vanguarda do enoturismo na região, depois da conquista pioneira de galardões como Cidade do Vinho 2009 e Cidade Europeia do Vinho 2012 ou de ser, mais uma vez, em

2018, o Município português mais medalhado no concurso internacional La Selezione del Sindaco». As expetativas para a 5.ª edição do Palmela Wine Jazz «são as melhores» já que o evento tem crescido de ano para ano no que concerne «à qualidade do programa, à notoriedade do evento e à excelência dos vinhos da região». Nesta edição, «temos o maior número de produtores de sempre, com a presença de 14 adegas - de grande projeção nacional e internacional - e esperamos registar um aumento no número de visitantes», acredita Luís Calha.

É de sublinhar, também, que a dinamização do setor enoturístico «é um eixo estratégico na política municipal de turismo e economia local, pelo que esta iniciativa encontra, também aqui, toda a pertinência». Além do programa próprio, o vereador explica que existe oferta complementar, trabalhada «com diversos agentes locais, que convida quem nos visita, por exemplo, a deslocar-se aos nossos restaurantes, onde está a decorrer mais uma edição dos Fins de Semana Gastronómicos da Fruta, a participar numa caminhada pelo Castelo e Centro Histórico da vila, ou a co-

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nhecer o artesanato local, que marcará presença no certame». Considerando que este é o Ano Europeu do Património e que Palmela está a preparar uma candidatura a Cidade da Música, no âmbito da Rede de Cidades Criativas da UNESCO, o Palmela Wine Jazz «afirma-se como uma iniciativa com bastante interesse para ambos os objetivos», sublinhando Luís Miguel Calha que o evento é um «casamento feliz entre o mundo da música, a cultura vitivinícola e o Castelo de Palmela, monumento nacional e Farol da Região» A entrada para o Palmela Wine Jazz, que decorre

hoje das 18h às 24h e amanhã, domingo, das 16h às 21h, é gratuita sendo que as provas de vinhos são realizadas mediante a aquisição de um copo, que inclui três provas de vinhos. Participam na 5.ª edição do certame a adega Camolas, a adega de Palmela, Casa Agrícola

Horácio Simões, Casa de Atalaia, Casa Ermelinda Freitas, Cooperativa Agrícola Santo Isidro de Pegões, Fernão Pó Adega, Filipe Palhoça Vinhos, Herdade da Comporta, Malo Wines, Quinta do Monte Alegre, Quinta do Piloto, Venâncio da Costa Lima e Xavier Santana.


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POLÍTICA

VITORINO QUESTIONA SE EXECUTIVO É PORTA VOZ DO GOVERNO OU REPRESENTANTE DA POPULAÇÃO

Vereador do PSD acusa maioria socialista na câmara do Barreiro de passividade Bruno Vitorino acusa a maioria PS na autarquia de não estar a defender os interesses dos barreirenses, nomeadamente em questões que põem o governo em causa. O presidente do município responde a esta tomada de posição, oportuna, com obras no terreno. TEXTO ELOÍSA SILVA IMAGEM DR

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Soflusa, «com atrasos constantes e supressão de carreiras, que prejudicaram a vida a milhares de barreirenses», e o terminal de contentores, do qual «não se conhecem avanços há três anos», são duas das questões levantadas pelo vereador social democrata na câmara do Barreiro cujo executivo, de maioria socialista, acusa de «pas-

sividade na defesa dos interesses do concelho e dos munícipes». Bruno Vitorino acrescenta que «o papel da autarquia não pode, nem deve ser o de confrontação constante com o governo, mas não pode continuar a ficar de braços cruzados enquanto os barreirenses são prejudicados». Outras câmaras, diz, «fizeram ações de protesto, recolha de assinaturas, e a câmara do Barreiro nada fez, apesar dos vários apelos que o PSD tem feito para que se tome uma ação

concertada no sentido de pressionar o governo para a resolução destas situações». O vereador do PSD diz que o executivo PS tem que «definir, de uma vez por todas, se a câmara do Barreiro é representante do governo no município ou se é porta-voz dos barreirenses junto do governo». Uma «tomada de posição» que Frederico Rosa, presidente da câmara, admite «compreender, dado os novos períodos eleitorais que não o autárquico, por quem

tem outras responsabilidades que não, apenas, as locais». O autarca socialista, cujo foco «continua a ser resolver problemas ao Barreiro e aos barreirenses» lembra, em jeito de contraposição, que já conseguiu «desbloquear da situação do Polis, que se arrastava há demasiados anos, ou a substituição da iluminação pública, permitindo reacender focos desligados e dar um maior conforto, qualidade e segurança à nossa população».

No que concerne às questões levantadas pelo vereador, Frederico Rosa realça que «é importante não descurar que neste mandato, entre outros aspetos, passámos a receber report da Soflusa, para verificar o seu nível de serviço e assim moni-

torizar e articular ações com base em dados reais, bem como o processo do terminal de contentores que está a seguir os seus trâmites normais, com a autarquia a ter um papel ativo na procura da melhor solução para o Barreiro».

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Moção do PS contra discriminação e agressão por racismo aprovada em Palmela

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presentada pelo Partido Socialista, foi aprovada por unanimidade, pela câmara de Palmela, uma moção contra a discriminação e agressão por racismo. A proposta teve por base um ato específico ocorrido no Porto, mas a intenção dos socialistas, reforçada em votação pelos restantes membros do executivo, passa por «repudiar veementemente qualquer sinal de discriminação racial». No texto da moção alude-se ao pe6 | SEMMAIS | SÁBADO | 14 DE JULHO | 2018

ríodo «sensível» que a Europa atravessa, «enfrentando pressão migratória causada pela afluência de refugiados, bem como por uma elevada emigração de causas económicas» reforçando os autores que «é essencial um reforço de tomadas de posição inequívocas que contrariam a deriva protecionista irracional e securitária que tende a identificar imigrantes ou grupos étnicos como segmentos sociais indesejados». E.S.


LOCAL

MONTIJO

SINES

SANTIAGO DO CACÉM

De 14 de Julho a 5 de agosto, a Avenida Vasco da Gama, bem no coração de Sines, acolhe mais uma edição do evento Tasquinhas Sines, que promete boa gastronomia até às 2 horas da madrugada. A abertura do evento acontece este sábado às 20 horas, numa organização da Câmara Municipal de Sines. Juntando uma componente gastronómica e uma componente de animação, aliadas à beleza do cenário, com vista para o mar, as Tasquinhas Sines são uma das iniciativas mais populares realizadas no concelho de Sines, com grande adesão da população local e dos turistas que visitam Sines no verão. Este ano, o concurso gastronómico, associado à iniciativa, vai eleger o “Melhor Prato de Feijoada com Produtos do Mar de Sines”. À semelhança dos anos anteriores, a iniciativa contará com boa e variada animação musical diária.

A iniciativa “Biblioteca no Parque Urbano do Rio da Figueira” volta ao terreno, à semelhança de anos anteriores, a qual tem tido bastante sucesso. O projeto de lazer encontra-se a decorrer até ao dia 31 de agosto, no bonito e agradável Parque Urbano do Rio da Figueira, em Santiago do Cacém. Trata-se de uma interessante iniciativa, promovida pela Câmara Municipal de Santiago do Cacém, que consiste na disponibilização de serviços da biblioteca, tais como leitura presencial de jornais e revistas, empréstimo de livros e realização de ateliês e jogos lúdicos. Passe um dia agradável no verdejante parque alentejano, dotado de piscina, não pondo de lado os jogos lúdicos e a leitura para se distrair e estar atualizado do que vai acontecendo um pouco por todo o mundo. Em tempo de férias descanse e atualize-se.

MOITA

ALCOCHETE

O município inaugurou, dia 12, a Fábrica de Artes Visuais e Ofícios, no edifício do antigo mercado municipal de Alhos Vedros. Trata-se de um novo equipamento coletivo destinado a ser utilizado pelo movimento associativo e a acolher residências artísticas, feiras e eventos relacionados com as artes e ofícios. De referir que, no âmbito do Programa Municipal de Reabilitação Urbana PMRU Moita 2025, a Câmara reabilitou todo o edifício do antigo mercado, que se encontrava desativado e obsoleto, e também a zona envolvente, por forma a dinamizar este local, integrado na Área de Reabilitação Urbana de Alhos Vedros Centro. A revitalização daquele espaço é um dos projetos incluídos no Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano e representa investimento de 75 135 euros, cofinanciado pelo FEDER, no âmbito do programa Portugal 2020.

Até ao dia 17 deste mês, as Festas Populares do Samouco, em honra de N.ª Sr.ª do Carmo, continuam a animar esta bonita vila do concelho de Alcochete, com um programa recheado de animação musical, festividades religiosas, noite da sardinha assada (sábado à meia-noite e meia), largadas de toiros, dia do samouqueiro e fogo-de-artifício. Nos vários espaços públicos vão atuar os artistas Coronel Cantiga, Amantes do Alentejo, Al Compás, Sérgio Rossi e Canta Brasil, destacando-se também a participação da banda da Sociedade Filarmónica Progresso e Labor Samouquense nos festejos. A procissão em Honra de N.ª Sr.ª do Carmo, com a participação da banda da Sociedade Filarmónica Progresso e Labor Samouquense e da Fanfarra dos Bombeiros Voluntários de Alcochete, tem lugar no domingo, a partir das 18 horas.

Tasquinhas com bons pitéus

Festas Populares de S. Pedro foram sucesso O edil Nuno Canta diz que as Festas Populares do Montijo foram um sucesso e que houve uma simbiose perfeita entre o Sagrado e o Profano. O edil Nuno Canta faz um balanço positivo das Festas Populares de S. Pedro, que decorreram de 27 de junho a 2 de julho. Além de muitos visitantes nas ruas, o almoço do Pescador contou com um boa moldura humana para saborear a deliciosa e tradicional Caldeirada à Pescador e a massinha de peixe. «Durante as festas decorreu a simbiose perfeita entre o Sagrado e o Profano», declarou o presidente, no dia 4 de julho, em reunião de câmara, onde apresentou o voto de saudação, de balanço das festas. No voto de saudação aprovado, por unanimidade, o presidente sublinhou que todas as «manifestações de cultura e tradição» foram uma demonstração que o Montijo «está viva e vibrante». As festas Populares são o «maior evento cultural no Montijo e têm sido um importante elemento de reforço dos laços afetivos entre os montijenses e com quem nos visita», afirmou. Nuno Canta realça que as festas foram um sucesso devido ao «esforço, competência e trabalho que a Câmara, a União de Freguesias, a comissão de festas, a paróquia, a Sociedade Cooperativa União Piscatória Aldegalense, a Sociedade Filarmónica 1.º de Dezembro, a Tertúlia Tauromáquica Montijense, as coletividades, as tertúlias, os escuteiros e os populares colocaram na organizam das suas festas».

PALMELA

Ciclovia de Quinta do Anjo foi adjudicada A construção da ciclovia da Quinta do Anjo, adjudicada por 296 mil euros, vai desenvolver-se entre as Colinas e os Portais da Arrábida. A ciclovia vai ser implementada, em parte, ao longo da ribeira da Salgueirinha, contribuindo para a valorização e usufruto daquele espaço natural. Pretende-se também valorizar o Br.º da Coopanjo, já que a empreitada vai incluir algumas alterações na circulação e estacionamento no bairro, além de mobiliário urbano, contribuindo para a melhor circulação de pessoas e veículos e para uma maior vivência do espaço público.

Fábrica de Artes Visuais e Ofícios já abriu

Biblioteca vai até ao parque

Festas populares animam o Samouco

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EDIÇÃO Nº1000

Edições recheadas de um jornalismo que sente a região e as suas gentes Com manchetes para todos os gostos, o Semmais, desde o seu arranque, trouxe sempre um novo estado de espírito para ousar e seguir em frente. É uma herança já ganha para a região e para as suas gentes. Seguem-se outros caminhos com a mesma verticalidade. TEXTO ANABELA VENTURA IMAGEM DR

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té chegar às bancas, a primeira edição do Semmais, em Abril de 1998, foram meses de intensa azáfama à procura de um produto que caísse no mercado como uma lufada de ar fresco. O conceito editorial, generalista e enfocado, foi preparado para fazer o leitor percecionar que nas matérias de destaque do jornal toda a informação recolhida e tratada seria esmiuçada até ao limite dos limites, “semmais” a acrescentar. Uma profundidade jornalística assente

num rigor informativo e no profissionalismo de uma equipa dedicada. Esse objetivo foi muito conseguido. «Tratou-se de um projeto inovador, preenchendo uma lacuna que se fazia sentir, afirmou-se em toda a região e resistiu ao tempo que lhe permite continuar, hoje a sua atividade», lembra Maria Amélia Antunes, ex-presidente da Câmara do Montijo. E acrescenta: «inovar e resistir são sinais de vitalidade do Semmais. Sempre ligadas à atualidade da região as manchetes do jornal procuraram trazer para a atualidade temas que definissem preocupações gerais do distrito,

Paulo Arrobe celebra 20 anos a 15 de novembro Os primeiros dias de vida foram passados em Setúbal tendo rumado à Quinta do Conde onde reside desde sempre. Está, neste momento, a concluir o curso de técnico de gestão de equipamentos informáticos, na escola Bento Jesus Caraça, no Seixal, mas divide o seu tempo entre as aulas e o trabalho, numa cadeia internacional de restaurantes. Em 20 anos de vida assinala como um dos momentos mais difíceis de ultrapassar a doença da mãe, mas orgulha-se de, por seu mérito, ter conseguido tirar a carta de condução e ter encontrado trabalho e, desta forma, contribuir para as despesas familiares.

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contribuindo para a sua coesão. «Na altura do arranque do Semmais, portanto há cerca de 1000 números atrás, através da política e do CDS, empreendi, como mandatário político do movimento “Setúbal por uma região: Portugal!” um manifesto defendendo o Não no referendo à Regionalização, o jornal era, na época, uma quase novidade», lembra João Titta Maurício. Para este advogado, nessa altura o relacionamento com o Semmais «nem sempre foi absolutamente agradável, nem tinha que o ser», porque, sustenta, «a dialética exige tensão». Mas elogia o tratamento recebido pelos jornalis-

tas: «Classifico-o de justo e correcto. Nem nunca esperei ou pedi mais». Pluralismo e transversalidade Foi edição a edição, semana a semana, na primeira fase às quintas-feiras, depois, mais tarde, às sextas e, finalmente, aos sábados com o semanário Expresso que o jornal consolidou o seu papel de referência no distrito. Quem o corrobora é Luís Franco, ex-presidente da Câmara de Alcochete: «É um projeto de referência jornalística. Poderia mesmo afirmar que o pluralismo de opinião e de protagonistas e a transversalidade de temas e de território sempre

Daniela da Silva Moreira celebra 20 anos a 5 de agosto Nasceu em Setúbal, mas já passou por Cabanas, em Palmela, e, atualmente, reside na Quinta do Conde. Com um passado ligado ao desporto, nomeadamente futebol, joga futsal e futebol 11 num clube da Amora, escolheu fazer carreira na área da economia e frequenta o Instituto Superior de Economia e Gestão, em Lisboa. A poucas semanas de celebrar o 20.º aniversário lembra como momento mais difícil de lidar o falecimento, recente, do avô. Não apazigua o coração, em relação à perda de alguém que se ama, mas entrar no curso que pretendia foi um dos momentos de maior felicidade até agora.

constantes nas edições do jornal prestaram um contributo inquestionável para a região de Setúbal, quer no que respeita ao seu auto-conhecimento, quer no que diz respeito à sua projeção». Plantado num mercado fértil ideologicamente, as edições do Semmais souberam acompanhar com lisura, gradação e interesse público as diversas forças políticas, assumindo um habitat e uma genética pluralista e amiga da democracia. Diz o ex-presidente da Câmara de Alcochete que o Semmais «contribuiu para um aprofundamento da democracia e isso constitui um verdadeiro e real serviço público».

E mesmo na marca das dificuldades, o leitor e a região nunca foram privados da sua habitual edição semanal. Luís Franco enfatiza esse aspeto ao referir que «não se pode desconsiderar que este projeto - que agora comemora a sua 1000.ª edição – teve de conviver e ultrapassar os constrangimentos inerentes à crise com que o país se confrontou durante vários anos e com a crescente tendência para a utilização das plataformas digitais, sendo que essa superação somente foi possível e continuará a sê-lo, não tenho dúvidas, através do jornalismo de qualidade que caracteriza o Semmais».

Catarina Silva assinalou a 8 de março 20 anos Nascida e criada em Sines passou a infância e a adolescência no Litoral Alentejano de onde só saiu para trabalhar. A escola secundária Poeta Al Berto deu-lhe as bases para se aventurar, ainda antes de atingir a maioridade, pela hotelaria da vila piscatória de Sesimbra, mas, agarrada a uma ambição profissional consciente, passou as margens do Tejo e em Lisboa encontrou o seu caminho numa cadeia mundial de restaurantes. Em 20 anos passou por muitos momentos difíceis, como a perda dos avós, mas outros de felicidade como a promoção a gerente de turno.


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CULTURA

ONZE ESPETÁCULOS EM QUATRO DIAS NO FESTIVAL DA DIVERSIDADE

Sol da Caparica promete ‘boa onda’ O primeiro dia da edição 2018 do festival, que decorre de 16 a 19 de agosto, será marcado pela diversidade, com um cartaz que privilegia o fado e o rock, mas também a quizomba, o r&b, a canção de recorte clássico e o hip hop. TEXTO PEDRO SANTOS IMAGEM DR

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omeçou a contagem decrescente para a edição de 2018 do festival Sol da Caparica. Virgul tem honras de abertura do evento, a 16 de agosto, com um concerto em que o próprio promete um super - show único. Jorge Palma, o homem de “Só” vai, mesmo, estar só em palco, para um concerto íntimo e especial recheado de grandes canções que o público, certamente, acompanhará do início ao fim. Anselmo Ralph traz à Caparica os

maiores êxitos da sua carreira e apresenta os seus mais recentes singles “Uma em 1 Milhão” e “Já Fui”. Os Calema vão deslumbrar o público que ainda não os descobriu e alegrar quem vibra com os seus êxitos. Sem palavras para descrever a canção mais portuguesa de Portugal, o Fado chega ao evento pela voz e presença de Carminho. Além destes, o Sol da Caparica acolhe nos vários palcos as sonoridades de Filipe Catto e Silva, que inauguram o palco Blitz com o que de melhor se passa na nova música po-

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pular brasileira. Paus e os Linda Martini mostram-nos o power do novo rock português. Os Peste & Sida regressam ao Sol para um espetáculo antológico com inúmeros convidados, ou não fossem eles responsáveis pelo nome do nosso Festival. Para terminar o dia, ou a noite, em beleza, nada como deixar-se levar pelas escolhas de Deejay Kamala, um dos embaixadores maiores do hip-hop e sonoridades urbanas nas noites nacionais. Contamos com um primeiro dia de festival a todo o gás com a presença de milhares de pessoas.

Hip-Hop em grande A toada de diversidade que caracteriza todo o festival, com espaço para cantautores, lendas pop rock nacionais, nomes fortes da kizomba internacional e, até, música de dança de recorte disco sound, engloba uma grande embaixada hip hop a representar os gostos da nova geração. Piruka, Jimmy P, Bispo, Deau e Wet Bed Gang são nomes grandes das diferentes sensibilidades

desta cultura das rimas, oriundos de todo o país e a somarem, entre todos, números assombrosos de downloads nas plataformas de streaming. Muito graças aos êxitos que se agigantam nas gargantas de toda uma geração que os acompanha. Também a história elétrica nacional estará muito bem representada em concertos bastante especiais das lendas UHF e GNR, nomes que remetem diretamente para o grande boom do

rock, no arranque dos anos 80. Miguel Araújo é um dos descendentes desse impulso de cantar em português que rendeu êxitos transversais nos últimos anos, transformando-o num verdadeiro fenómeno do presente. Já Djodje e Moullinex prometem muita agitação de corpos, ainda que a velocidades diferentes. Motivos mais que suficientes para afirmar este Sol da Caparica como o festival da diversidade.

278 mil festivaleiros foram ao Rock in Rio

C

erca de 278 mil pessoas passaram este ano no Rock in Rio Lisboa, que teve lugar a 23, 24, 29 e 30 de junho, no parque da Bela Vista, em Lisboa. O melhor dia, que lotou por completo, foi o dia 24, que teve milhares de pessoas a assistir ao super concerto de Bruno Mars. Sob o lema “Por um Mundo Melhor”, o Rock in Rio Lisboa nasceu para «construir um mundo melhor para a juventude, uma cidade melhor, gerando impacto económico e a promover o Rio de

Janeiro a nível internacional, através da música de qualidade», realça Roberta Medina, da organização. O dia mais forte do certame, que regressa a Lisboa

em 2020, em termos de público, foi o dia da atuação de Bruno Mars, tendo o recinto contado com 85 mil festivaleiros. A.L.

LEITURAS GUERRA AO AÇÚCAR EDIÇÃO CHÁ DAS CINCO

10 | SEMMAIS | SÁBADO | 14 DE JULHO | 2018

“Guerra ao Açúcar”, da autoria da nutricionista Sónia Marcelo, apresenta estratégias para eliminar o principal inimigo da sua saúde. O açúcar está presente na maioria dos alimentos e é considerado pela Organização Mundial da Saúde como ‘veneno’ do século XXI, sendo responsável por doenças cardiovasculares, obesidade, diabetes e até cancro. Com “Guerra ao Açúcar”, Sónia Marcelo faz mais do que alertar para os perigos do açúcar. Graças a uma compilação exaustiva de alimentos, ajuda-nos a compreender o açúcar presente e até escondido na maioria dos alimentos da nossa despensa. Mas a dietista não se fica por aqui: para ajudar a reduzir este ‘doce veneno’ nas nossas vidas, oferece-nos um plano alimentar de desintoxicação para 21 dias e receitas práticas e saborosas para fazer em casa.


CULTURA

X

RAIO

SÃO JOSÉ LAPA

MONTIJO14JULHO21H30

MUSICAL SOBRE ALDEIA GALEGA

«Gostava que o Espaço das Aguncheiras tivesse apoios suficientes»

De signo Peixes, São José Lapa, que gere a cooperativa cultural das Aguncheiras, no concelho de Sesimbra, sonha em apoios suficientes do Governo e do município. Traz Lisboa no coração e gostava de conhecer a Rússia.

TEATRO JOAQUIM D´ALMEIDA

Espetáculo musical protagonizado por todos os alunos e professores da Academia Dance Fusion. A peça engloba várias atividades económicas até à atualidade, mostrando o que fez crescer o Montijo.

ALCOCHETE14JULHO20H30

“ENTRE NOTAS – MUSIMUSA” FORUM CULTURAL

“Entre Notas – Musimusa”, é um espetáculo que pretende encontrar sentidos com música à nossa volta. Nunca estamos perdidos. Seguimos sonhando. Percorremos os nossos caminhos e juntos aqui voltamos. Para cumprirmos o destino.

ALMADA14JULHO19H00 “A TECEDURA DO CAOS” TEATRO JOAQUIM BENITE No âmbito do 35.º Festival Internacional de Teatro de Almada, artistas da CNB, com música de Ulrich Estreich e direção e coreografia de Tânia Carvalho, apresentam o bailado “A Tecedura do Caos”.

POR ANTÓNIO LUÍS

Qual o seu maior vício? Hobbies, hobbies e não se pergunta a uma senhora quais os seus vícios. Trabalhar e limpar a terra.

IMAGEM SM

Qual o seu maior sonho profissional? Ter apoio financeiro suficiente da parte do Ministério da Cultura e da Camara de Sesimbra para permitir apresentar espetáculos no Espaço das Aguncheiras e tê-lo sempre cheio de espectadores, como sempre aconteceu. E pessoal? É pessoal. Cidade preferida? Prefiro o campo, mas amo Lisboa. Qual o local que gostaria de conhecer e que ainda não visitou? Rússia: Moscovo, Melichov e outras terras onde Tchekhov passou e viveu. Um desejo para 2018? Já cá estamos, a meio de 2018, bom que o apoio que o Espaço das Aguncheiras merece, lhe fosse atribuído. Quem convidaria para um jantar a dois? Mário Centeno, para dissecar o tema Cativações. Quem é a mulher mais sexy do Mundo? Isso é impensável. Só recorrendo à experiência.

SETÚBAL14JULHO21H00 “A GRANDE FESTA” MERCADO DO LIVRAMENTO

Complete: A minha vida é… Fruto de uma noite de sexo entre os meus queridos progenitores.

Espetáculo musical a cargo do Coro Setúbal Voz. Ingressos a 10 e a 15 euros. O espetáculo apresenta forte ligação da música às artes contemporâneas.

O que não suporta no sexo oposto? Qual sexo oposto? (risos).

MOITA14JULHO22H00

Comida e bebida preferida? Vegetais, queijos, enchido, marisco (cheios de partículas de plástico), boas sopas, bons vinhos tintos, pães de vários cereais e água.

SEMANA DA MODA E DESPORTO PRAÇA DA REPÚBLICA

Não perca o desfile de moda e exibições desportivas, uma iniciativa promovida pelas lojas da vila, em parceria com o município. Há promoções nas lojas aderentes.

Que livro anda a ler ou leu ultimamente? “Romances completos”, de Aquilino Ribeiro. Qual o último filme que viu no cinema? “Manifesto”, com Cate Blanchett. Melhor peça de teatro? Tantas em Portugal, mas lembro “Hysteria”, em Londres, de Terry Johson, com um cenário espantoso que encolhia e se deformava. Melhor música de sempre? Tantas, tantas e “Noturnos”, de Chopin. Qual a sua maior virtude? Não tenho. E defeito? Não tenho. Como se chama o seu animal de estimação? Os gatos Mifi e Milady. O que levaria para uma ilha deserta? Alguém para abraçar e ajudar-me a sobreviver. Dia ou noite? Dia. O que mais teme na vida? As tragédias do dia-a-dia e, por todo lado, mortes, assassinatos, injustiças várias e doenças. A quem ofereceria um presente envenenado? Não sou malévola, procuro o bem. O maior desgosto da sua vida? A morte de seres que amava.

CINEMA

BARREIRO14JULHO22H00 CAMERATA DÁ CONCERTO

JUNTO À PISCINA/MERCADO DO LAVRADIO No âmbito do projeto “Espaços Vivos 2018”, há concerto com a Camerata Musical do Barreiro, com duração aproximada de 60 minutos.

LEVIANO DATA DE LANÇAMENTO 05/07/2018 NACIONALIDADE PORTUGAL GÉNERO CRIME/DRAMA ELENCO ANABELA TEIXEIRA, JOSÉ FIDALGO, VÍTOR SILVA COSTA, PEDRO BARROSO REALIZADOR JUSTIN AMORIM DURAÇÃO 102 MINUTOS

Na entrevista mais esperada do ano, as irmãs Adelaide, Carolina e Júlia Paixão unem-se com a sua mãe Anita para recontar, passo-a-passo, os acontecimentos que deram origem a um violento crime. Um ano antes, a chegada dos três irmãos Silva à cidade, a relação secreta e destrutiva de Adelaide com o seu professor de ténis e o desaparecimento misterioso de Anita durante a sua festa de aniversário de 50 anos irão levar ao acontecimento que mudará as suas vidas para sempre. Não perca esta história sexy e imprevisível em exibição no cómodo e confortável cinema City do Alegro de Setúbal.

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16 - 19 AGOSTO

2018 | 14 DE JULHO | SÁBADO | SEMMAIS | 11


NEGÓCIOS

CAMPANHA JÁ ARRANCOU E PRETENDE AUMENTAR CONSUMO DA ESPÉCIE

Autoridades do setor querem colocar mais carapau na mesa dos portugueses Existe em grande abundância nos nossos mares, mas o seu consumo tem decrescido muito, ao contrário da sardinha e da cavala. Mas vale a pena, porque tem um alto valor nutritivo e grande sustentabilidade económica. Entretanto, o carapau manteiga, que se captura na costa de Setúbal, vai ser “certificado”. TEXTO ANABELA VENTURA IMAGEM DR

A

s autoridades que tutelam o setor das pescas querem que os portugueses voltem a consumir carapau e a Docapesca vai, mesmo, lançar uma campanha pública para cumprir este objetivo. A ideia, segundo os responsáveis da Docapesca, entidade que gere as lotas em todo o país, é valorizar este importante recurso nacional, cuja espécie existe em abundância todo o ano no nosso mar, é saudável e pode aumentar o rendimento dos pescadores. «Esta campanha de promoção do carapau insere-se num objetivo estratégico da Docapesca de contribuir para a valorização do pescado transacionado nas lotas», explicou Teresa Coelho, durante a apresentação da campanha, que decorre até 8 de setembro.

Sérgio Faias, da administração da Docapesca, lembrou ao Semmais que «também nas principais lotas e portos de pesca do distrito (Sesimbra, Setúbal, Sines e Costa da Caparica) as capturas desta espécie apresentam uma importante expressão, mas ainda longe do valor dos recursos existentes». Carapau Manteiga a caminho da certificação Na verdade, segundo uma fonte da Direcção Regional da Agricultura e Pescas de Lisboa e Vale do Tejo (DRAP-LVT), apesar de estar provada a sua sustentabilidade, o consumo de carapau tem vindo a decrescer, ao contrário da sardinha e da cavala que dispararam em todos os rácios. Sérgio Faias corrobora: «Trata-se de uma espécie das mais abundantes nas nossas águas, correspondendo a um importante recurso económico para o setor

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LISBON SOUTH BAY É OFICIALMENTE O BERÇO DA FORMA ATLÂNTICA DE FAZER NEGÓCIOS

das pescas, além de que apresenta um elevado valor nutricional». E acrescenta: «Esta campanha pretende divulgar a importância do consumo de carapau para um estilo de vida saudável e contribuir para o aumento do rendimento dos nossos pescadores». No caso concreto de Setúbal está em curso uma iniciativa, que vai juntar várias entidades, no sentido da qualificação do Carapau Manteiga de Setúbal como “Indicação Geográfica de Origem». Trata-se de uma espécie de carapau muito

apreciada pelos consumidores, devido a determinadas características, nomeadamente o nível de gordura. «Só se captura em determinada altura do ano especificamente na costa sadina», sublinha a fonte da DRAP-LVT. Esta entidade pretende dinamizar o processo envolvendo parcerias com organização de produtores, Docapesca, IPMA, municípios de Setúbal, Sesimbra e Sines, entre outras. Recorde-se que a Câmara de Setúbal promove anualmente a Quinzena do Carapau Manteiga de Setúbal.

Concelhos de Almada, Seixal e Barreiro cativam investidores internacionais

O

projeto Lisbon South Bay nasceu da visão da empresa pública Baía do Tejo, com o envolvimento direto das câmaras de Almada, Barreiro e Seixal, de «transformar a região de Lisboa numa metrópole de dimensão europeia» através da dinamização e promoção internacional dos três territórios. O crescimento na procura de terrenos para construção e o reconhecimento mundial da qualidade, características, acessibilidades aos territórios e de proximidade com Lisboa, fazem antever que «essa realidade está mais próxima do que se possa pensar». A margem sul do Tejo é eleita pelos franceses, logo seguidos dos chineses, norte americanos e brasileiros para grandes investimentos, particularmente nas áreas do imobiliário e da indústria. Neste quadro, o Seixal parece ser o concelho mais atrativo já que, segundo uma análise feita pelo Expresso, «é a cidade mais atraente». Depois de Lisboa, é no Seixal que se concentra o maior número de não residentes (70,6%) que, «pela distância de 22klm da capital, por uma rede de transportes rodo, ferroviários e marítimos, e uma renda média de 340€», ali decidem morar e trabalhar. O crescimento da procura

por estes municípios deve-se «em grande parte», admite a Baía do Tejo, «à partilha de ferramentas de promoção individual através da marca própria Lisbon South Bay, que catapulta para o mundo inteiro as mais-valias de optar por estes territórios». Para além de se promoverem apenas os ativos da Baía do Tejo na região, (os parques empresariais de Barreiro e Seixal e o Projeto Cidade da Água em Almada), o Lisbon South Bay permite «dar a conhecer aos potenciais investidores o contexto em que os mesmos estão inseridos, fator que é relevante para quem quer instalar ou deslocalizar uma empresa e os seus recursos humanos». Além disso esta marca individual assegura «a representação dos municípios ao mais alto nível nas iniciativas externas e nas receções de corpos diplomáticos, câmaras de comércio e comitivas empresariais, que visitam os ativos da Baía do Tejo». Dessa forma, acredita a empresa, é possível «dar um sinal claro aos investidores da sintonia de interesses e disponibilidade efetiva que existe, tanto da parte do gestor dos ativos como das entidades públicas, a nível local ou central, para acolher novos projetos e investimentos». E.S.


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DESPORTO

PROVA INTERNACIONAL DE FUTEBOL 11 REUNIU MAIS DE 50 EQUIPAS

Iniciados de Os Pelezinhos subiram ao pódio do Castelo de Vide CUP Numa prova com mais de 40 equipas os iniciados A e B dos Pelezinhos defrontaram, no torneio internacional de Castelo de Vide, algumas das melhores formações nacionais. O saldo foi bastante positivo com as equipas setubalenses a conquistar o 2.º e o 3º lugares.

Onda Azeitão com 18 lugares de pódio nos absolutos de natação

TEXTO ELOÍSA SILVA IMAGEM DR

P

ela primeira vez o clube desportivo de Setúbal Os Pelezinhos participou na prova internacional de futebol 11, o Castelo de Vide Cup. As equipas de iniciados A e B, sob a coordenação dos treinadores Rui Faria e João Carlos, que militam, respetivamente, na 1.ª e 3.ª divisão distrital, defrontaram equipas que disputam os nacionais, mas, nem por isso, se deixaram intimidar. De entre mais de 40 equipas, nacionais e internacionais, as formações setubalenses chegaram às meias finais (iniciados A) e às finais (iniciados B) onde defrontaram o Olhanense e o norte americano Doral, respetivamente, com o desempenho dos atletas a «superar todas as expectativas» dos treina-

A dores como enaltece Rui Faria ao lembrar que «Os Pelezinhos conseguiram bater-se de igual para igual com equipas que disputam campeonatos nacionais», refere. Também João Carlos, treinador dos iniciados B, reforça «a determinação e empenho dos nossos jogadores que não ficam atrás de outros atletas com que

se defrontaram». O técnico faz um balanço «bastante positivo» da participação do clube neste torneio que «também permite aos adversários conhecerem o trabalho que é feito no âmbito da formação em Setúbal». Atletas, equipa técnica, e muitos encarregados de educação, estiveram em Castelo de Vide durante a

semana em que decorreu o torneio, e a opinião de que foi «uma excelente prova que vai motivar os jovens a aperfeiçoar técnicas e estratégias», é unânime. Agora, é tempo de deixar os atletas descansar e desfrutar das férias de verão, antes de voltar aos treinos para garantir um campeonato de vitórias.

Placard.pt trouxe a emoção da Rússia ao jardim do Monte Belo

O

mundial de futebol, na Rússia, foi a «rampa de lançamento» da nova plataforma de apostas online Placard.pt gerida pela SAS Apostas Sociais, Jogos e Apostas Online, S.A. Um novo jogo de apostas, que possibilita aos jogadores aumentar exponencialmente as suas hipóteses de vitória, já que permite apostar num universo muito vasto de modalidades. Uma plataforma distinta do jogo físico Placard, detido pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa que, ainda assim, também é acionista desta nova sociedade. A divulgação do site de apostas Placard.pt arrancou com uma campanha publicitária «com criatividade da Fuel», mas apostou forte, também, no contacto direto com o público alvo através da iniciativa Placard.pt bancada «que

oferece aos portugueses, de norte a sul do país, a oportunidade de viver as emoções do mundial de futebol com um ambiente criado especificamente para o efeito». A transmissão das meias finais do mundial, que opuseram Bélgica a França, com a segunda seleção a sagrar-se vencedora por 0-1, decorreu «em ambiente de festa e confraternização» em Setúbal, no jardim do Monte Belo, onde foi montado um ecrã gigante e um relvado artificial para albergar quem quis assistir à partida. A poucos dias do fim da prova, e depois de ter passado por Setúbal, Paulo Mateus Calado, administrador da SAS, faz um balanço positivo da iniciativa enaltecendo que “na nossa campanha inaugural não quisemos deixar de vincar a portugalidade, fazendo ativações de norte a sul do

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s piscinas municipais das Manteigadas, em Setúbal, foram palco do campeonato de Absolutos de Lisboa no qual a equipa da Onda Azeitão, orientada por Tiago Venâncio, alcançou 18 lugares de pódio e consagrou vários campeões regionais. André Magalhães, David Lopes, Diogo Mateus, Diogo Marques, Gonçalo Raposo, João Mateus, João Santos, Luís Ferreira, Pedro Santos, Ricardo Ferreira, Rodrigo Benavente, Rafaela Moura e Rodrigo Lopes foram os 13 representantes da equipa de Vila Nogueira de Azeitão que competiram em vários estilos, contra mais de 260 atletas de 27 clubes da associação de natação de Lisboa. Diogo Mateus, o campeão regional nas provas de 100 e 200 metros bruços e 100 metros livres masculinos juvenis, conseguiu a melhor performance dos Campeonatos Absolutos

de Lisboa / Campeonato de Clubes da ANL - Associação de Natação de Lisboa com 535 pontos acumulados na tabela da FINA – Federação Internacional de Natação. Também os atletas João Mateus, na prova de 200 metros mariposa masculinos juvenis, e André Magalhães, em 50 metros bruços masculinos absolutos foram consagrados campeões regionais. Gonçalo Raposo foi vice-campeão regional em 100 metros costas e terceiro classificado na prova de 200 metros costas masculinos juvenis, à semelhança de Ricardo Ferreira e David Lopes que também subiram ao pódio por duas vezes. A única atleta feminina na equipa da Onda Azeitão, Rafaela Moura, sagrou-se Campeã Regional em estafeta absoluta, na prova de 4 x 50 e 4 x 100 metros livres, e vice campeã regional em 4 x 50 metros estilos. E.S.

Clube Escola de Ténis acolhe campeonato nacional de sub 14 Paulo Calado, administrador da SAS Apostas Sociais

país, incluindo em Setúbal, para dar a conhecer a nova oferta de apostas desportivas à cota online em Portugal» A gestão desta plataforma de apostas cabe à SAS Apostas Sociais, Jogos e Apostas Online, S.A., que conta com cinco entidades acionistas. A Santa

Casa da Misericórdia de Lisboa (com 54%) é a acionista maioritária, seguida da União das Misericórdias Portuguesas (com 16%), a Fundação Montepio Geral (detentora de 15%), a Cáritas Portuguesa (com 7,5%) e a ACAPO (com 7,5%). E.S.

N

uma organização do clube escola de ténis decorre em Setúbal, durante a próxima semana, o campeonato nacional individual sub-14. São cerca de 145 os atletas que têm entrada direta nos quadros

principais da prova que inclui as vertentes singular e pares. São esperadas representações de clubes do continente e das ilhas numa competição que opõe os melhores tenistas nacionais. E.S.


OPINIÃO

A caverna da esperança

EDITORIAL RAUL TAVARES DIRETOR

E

, de repente, o mundo, mostrou ao mundo, o que de melhor tem para mostrar – a sua capacidade de superação, de entreajuda, de compaixão, de espírito de sacrifício, de bondade, de estofo, de inteligência, numa palavra de humanidade. O que diferencia o Ser Humano dos restantes animais é a sua capacidade de compreensão do mundo. De pensar. De raciocinar. De se desenvolver. E foi isso que mostrámos ao mundo. Superámo-nos como poucas vezes o fixemos, reinventámo-nos, unimo-nos em prol de um desafio – salvar aquelas crianças e o seu treinador. Enquanto outros ídolos que normalmente admiramos, se passeiam nas nossas televisões, quer sejam no Campeonato do Mundo de Futebol, ainda a decorrer, quer sejam em Wimbledon, no Tour de France, ou num Grande Prémio de Fórmula 1, ou Moto GP, a verdade é que o mun-

do susteve a respiração para ver como terminava a epopeia de uma jovem equipa de futebol e do seu martirizado treinador na Tailândia. E durante alguns dias, os nossos heróis eram os mergulhadores e todos os estudiosos que tudo faziam para retirar com vida, todos os que estavam acantonados na gruta. Durante esses dias, o nosso imaginário, e porque não dizer o nosso egoísmo, levou a que as nossas estúpidas preces deixassem de ser para que fizesse mais sol, que o Sporting ou o Benfica se salvasse ou que nos saísse o Euromilhões. Todos nós percebemos que algo de mais grandioso estava a acontecer. O mundo unia-se em prol de um objectivo. Podem dizer-me, que aceito, que enquanto o mundo salvava estes jovens, centenas de pessoas morriam em naufrágios, enquanto fugiam das miseráveis condições de vida que infelizmente levam, ou da guerra, ou das cheias, mas

Que venham outras 1000…

UM CAFÉ E DOIS DEDOS DE CONVERSA PAULO EDSON CUNHA ADVOGADO

a capacidade do Ser Humano, infinita para amar, mas finita na sua invejosa paciência, leva-o a escolher “as suas batalhas” e para quem direciona as suas preces. Para quem já não há pachorra, mas para quem tem de haver muita atenção, é para Donald Trump, que cada vez mais, se comporta como um elefante numa loja de porcelana. Trump, quer criar uma nova era. Sozinho contra o mundo, com a vantagem de ter o brinquedo maior e mais potente na mão (os destinos da maior potencia militar). Mas se Trump penas que o mundo o tem de seguir, na sua cruzada para desestabilizar a ordem mundial, está muito engando. Tem tido a sorte de ter líderes

fracos ou transitórios a opor-se às suas ideias, mas não tardará unirá os esforços do mundo contra si. Trump tem tudo para criar uma nova ordem mundial e, se no início eu até pensava que poderia agitar algumas águas que tinham caído no marasmo (apesar de nunca ter apoiado Trump), não menos verdade é que Trump consegue sempre superar a pior expectativa que se tenha dele. Pois, tivemos uma semana em que o mundo se uniu por uma causa e se devia unir para retirar um elemento pernicioso e uma ameaça à estabilidade desse mesmo mundo, como o conhecemos hoje.

169 000

E

ste é o número de pessoas no distrito de Setúbal que não têm acesso à equipa de saúde familiar, ou seja, a médico e enfermeiro de família, cerca de um quinto da população residente. Isto significa que nos cuidados de saúde primários da nossa região, faltam 112 médicos especialistas em medicina geral e familiar e 112 enfermeiros, preferencialmente, também eles especialistas, se tivermos em conta o rácio de 1500 utentes por equipa de saúde familiar. Surpreendentemente, ou talvez nem por isso, este é um assunto ignorado pelo governo socialista e pelo PCP e BE que votaram favoravelmente os últimos 3 Orçamentos de Estado (2016/2017/2018). O quadro no distrito de Setúbal é particularmente preocupante e os dados disponibilizados pelo Ministério da Saúde relativos ao mês de julho de 2018 apontam uma tendência crescente no número de pessoas que não têm acesso a este tipo de cuidados personalizados e ajustados a cada utente e família, levando a que se recorra, porventura, de forma indiscriminada aos Serviços de Urgência hospitalares, mesmo em situações não urgentes por ausência de resposta dos cuidados de saúde primários, agravando assim os pro-

blemas que todos conhecemos, sobretudo, no Hospital Garcia de Orta, no Centro Hospitalar Barreiro-Montijo e no Centro Hospitalar de Setúbal. Analisando, em concreto a realidade distrital, constatamos que a diversidade de tipologias e a sua distribuição em cada Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) obedecem a critérios pouco claros, desconhecendo-se se prevalecem critérios estatísticos, geográficos, clínicos ou políticos. Apesar de todo o ruído em torno das Unidades de Saúde Familiar (USF), cuja propaganda governativa define como o alfa e ómega dos cuidados de saúde na comunidade, precisamente no local onde existem em maior número, ou seja, no ACES Almada-Seixal continuam a existir 51 000 pessoas sem médico e enfermeiro de família. Neste Agrupamento, foram criadas 18 USF, 4 de modelo A, fase inicial deste modelo, com contratualização, mas sem incentivos financeiros aos seus profissionais e 14 de modelo B, com níveis de contratualização mais exigentes e atribuição de incentivos financeiros aos seus profissionais de acordo com o nível de desempenho e 4 Unidades de Cuidados de Saúde Personalizados, que têm uma

ATUALIDADES EMANUEL BOIEIRO DIRIGENTE DO SINDICATO DOS ENFERMEIROS

estrutura idêntica à prevista para as USF e que prestam cuidados personalizados aos utentes, garantindo a acessibilidade, a continuidade e a globalidade dos mesmos, sem atribuição de incentivos financeiros. Continuando a análise, verificamos que no ACES Arco Ribeirinho (Alcochete, Barreiro, Montijo, Moita) residem 52 000 pessoas sem equipa de saúde familiar, existindo 6 USF (4 de modelo A e 2 de modelo B) e 7 UCSP. No ACES Arrábida (Palmela, Sesimbra, Setúbal) encontramos mais 59 000 pessoas sem médico e enfermeiro de família, integrando este Agrupamento, 7 USF (3 de modelo A e 4 de modelo B) e 14 UCSP. No ACES Alentejo-Litoral (Alcácer do Sal, Grândola, Santiago do Cacém e Sines) vivem mais 7 000 pessoas nesta condição, distribuídas pelas 5 Unidades de Cuidados de Saúde Personalizados. Os números são assustadores e continuam a aumentar exponencialmente, sabendo nós que,

acordo com os dados disponíveis, no final de 2017 existiam 717 000 pessoas a nível nacional sem acesso a equipa de saúde familiar e em julho de 2018 esse número aumentou vertiginosamente para 808 000, sendo o nosso distrito um dos mais penalizados. Estranhamente, dada a natureza dos cuidados de saúde de proximidade, este crescimento em todos os Agrupamentos de Centros de Saúde, não motivou os responsáveis autárquicos para uma intervenção robusta junto dos organismos da administração central do estado português, exigindo, por um lado a clarificação dos critérios para a opção ministerial pelas diferentes tipologias na sua qualidade, número e distribuição e por outro, a contratação do número de médicos e enfermeiros em número adequado para dar resposta a 169 000 pessoas residentes no distrito de Setúbal e que não serão, com toda a certeza, cidadãos de segunda.

Cumprimos esta semana a 1000.ª Edição. Parece pouco, mas representa, numa escala semanal, vinte anos ininterruptos de atividade jornalística, com altos e baixos, épocas de ouro e períodos de menor fulgor. Passamos por tudo e, pelas nossas mil edições passou o distrito e as suas gentes, com as conquistas, vitórias, esperanças e derrotas, mas também com os anátemas, estigmas e desespero. Estivemos quase sempre na vanguarda da informação, com critério, bom senso e gestão do interesse público. Foram edições para mil gostos, tanto no que diz respeito às opções editoriais como no campo da estética e grafismo, com inovações permanentes, mudanças ousadas e estilos sempre adequados a um produto com identidade. São essas relações que continuamos a consolidar a cada semana com o mercado e com os leitores. E preparados para mais mudanças e mais ciclos, a fim de cumprir, a tempo certo, mais outra e outra e outra milésima edição. É esse o desafio!

Diretor Raul Tavares | Redação Anabela Ventura, António Luís, Bernardo Lourenço, Cristina Martins, Eloísa Silva, Marta David, Rita Perdigão, Roberto Dores | Departamento Comercial Cristina Almeida – coordenação | Direção de arte e design de comunicação DDLX – www.ddlx.pt | Serviços Administrativos e Financeiros Mila Oliveira | Distribuição José Ricardo e Carlos Lóio | Propriedade e Editor Maiscom, Lda; NIPC 506 806 537 | Concessão Produto Maiscom, Lda NIPC 506 806 537 | Redação: Largo José Joaquim Cabecinha nº8-D, (traseiras da Av. Bento Jesus Caraça) 2910-564 Setúbal. E-mail: redaccao.semmais@mediasado.pt; publicidade.semmais@mediasado.pt; Semmaisjornal@gmail.com. | Telefone: 93 53 88 102 | Impressão: Empresa Gráfica Funchalense, SA. Rua Capela Nossa Senhora Conceição, 50 – Moralena 2715-029 – Pêro Pinheiro. Tiragem: 45.000 (média semanal). Distribuição: VASP e Maiscom, Lda. Reg. ICS: 123090. Depósito Legal; 123227/98

2018 | 7 DE JULHO | SÁBADO | SEMMAIS | 15



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