semmais
Sábado 16 | Abril | 2016
Diretor Raul Tavares Semanário | Edição 898 | 9ª série Região de Setúbal Distribuído com o Expresso Venda interdita
ALTA VELOCIDADE AVANÇA
MAS SÓ ATÉ BADAJOZ O projeto vai aumentar duas vezes e meia a capacidade dos comboios de mercadorias que partem do porto de Sines para a fronteira. O presidente da Infraestrutura de Portugal, António Ramalho, prevê que o empreendimento esteja concluído em 2020. A obra vai ainda obrigar à melhoria dos acessos tanto da plataforma portuária de Sines como a de Setúbal.
NEGÓCIOS PÁGINA 15
POLÍTICA PÁGINA 10
CADERNO PÁGINA 14
Vítor Proença, presidente da câmara de Alcácer do Sal, vai representar a Associação Nacional dos Municípios Portugueses no Congresso do Conselho dos Municípios e Regiões da Europa. No evento, o autarca vai fazer a única intervenção oficial portuguesa.
A iniciativa, que é uma das maiores a nível nacional na área equestre, é também uma tradição com forte pender religioso. Este ano, vai contar com cerca de 700 romeiros. Nas últimas edições tem crescido a adesão e espera-se a internacionalização.
VÍTOR PROENÇA EM NICÓSIA NO CONGRESSO EUROPEU DOS MUNICÍPIOS
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ROMARIA A CAVALO EM FORÇA UNE MOITA A VIANA DO CASTELO
ESPECIAL PÁGINAS 18 A 20
ARESTAURANTE CASA SETÚBAL DO PEIXE PORTUGAL
RUA GENERAL GOMES FREIRE 138 | 960331167
SEMANA
Biblioteca de Setúbal reabre mais moderna e cómoda
Homem de 65 anos detido em flagrante pela PJ
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Biblioteca Pública Municipal de Setúbal reabriu as portas na sexta-feira de manhã, após um período de encerramento no qual beneficiou de intervenções de requalificação que a transformaram num equipamento cultural mais moderno, cómodo e com nova organização funcional. As obras, com início em novembro, num investimento do município superior a 350 mil euros, resultaram, em larga escala, da intervenção direta da autarquia, o que possibilitou que tivesse de recorrer apenas a pequenas prestações de serviços para trabalhos mais específicos. «Queremos que esta biblioteca esteja sempre assim, cheia como hoje», começou assim a presidente da CMS, Dores Meira, o discurso oficial de reabertura do espaço, proferido no átrio, pequeno para acolher a multidão, entre convidados e curiosos, que fez questão de assistir ao primeiro dia desta nova etapa do edifício público.
A «Quem conheceu esta biblioteca há quarenta anos e quem a conhece hoje terá, com toda a certeza, dificuldade em encontrar semelhanças», sublinhou a autarca. «O velho edifício renovado oferece ainda melhores condições aos seus utentes e aos que nele trabalham».
O público, de resto, é o principal beneficiário desta intervenção nos Serviços Centrais da Biblioteca Pública Municipal de Setúbal. Praticamente todo o mobiliário foi renovado e os espaços de utilização foram alvo de reorganização.
Homem sofre ferimento após ser atingido por tiro de caçadeira
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m homem de 37 anos foi atingido com tiro de caçadeira, na noite da última terça-feira, quando se encontrava dentro do carro acompanhado por uma mulher, numa estrada em Alcochete, sofrendo ferimentos em várias zonas do corpo. A vítima dirigiu-se ao Hospital do Barreiro, tendo sido apenas
neste local que a polícia tomou conhecimento da ocorrência. O homem foi depois trans-
ferido para o Hospital de S. José, em Lisboa, para ser observado por um especialista de oftalmologia, por ter um chumbo de caçadeira alojado perigosamente junto a um dos olhos. A Policia Judiciária interrogou o suspeito a fim de tentar perceber de onde partiram o disparo e o respetivo autor.
Polícia Judiciária deteve um homem de 65 anos de idade, na zona de Grândola, pelos crimes de detenção ilegal de armas e falsificação de veículo automóvel. «Na sequência de uma busca domiciliária realizada na zona de Grândola, verificou-se que o ar-
guido possuía duas viaturas da mesma marca e modelo, com a mesma cor e matrícula, uma das quais alterada nos seus elementos identificativos», esclareceram. Na operação foram ainda apreendidas duas armas de fogo, o silenciador de uma delas e uma centena de munições.
Incêndio numa casa em Setúbal deixa duas pessoas desalojadas e uma intoxicada
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ma casa ardeu na quarta-feira à noite em Setúbal, deixando duas pessoas desalojadas e uma intoxicada por inalação de fumos, informou o Comando Distrital de Operações de Socorro. O incêndio ocorreu numa moradia, na Rua Joaquim José Santana, perto do Hospital São Bernardo. Duas pessoas ficaram desalojadas e uma foi transportada para o hospital, devido a inala-
ção de fumos. No combate às chamas estiveram envolvidos os bombeiros sapadores e voluntários de Setúbal, com 17 elementos, apoiados por seis viaturas.
Mulher detida em Santiago do Cacém por furto e permanência ilegal no país
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ma mulher de 44 anos foi detida na terça-feira, pela GNR de Santiago do Cacém, pelos crimes de furto e permanência ilegal em território nacional, informou fonte policial. A detenção surgiu no seguimento de uma busca domiciliária realizada na casa da suspeita,
tendo sido recuperadas seis peças de ouro furtadas do interior de uma residência, avaliadas em mais de 1 000 euros, e diversas peças de vestuário furtadas. A polícia informou ainda que verificaram que o passaporte da detida se encontrava caducado, tendo contactado o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras que
confirmou que a mulher “se encontrava em situação irregular no Território Nacional, tendo já sido notificada para abandonar voluntariamente o país no início do ano de 2011”. Depois de ser presente a tribunal, foi aplicada à suspeita a medida de coação de termos de identidade e residência.
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SOCIEDADE
Grupo de apoio de Setúbal da Liga Contra o Cancro já tem espaço para acolher doentes oncológicos
Proporcionar convívio, um ombro amigo e a oferta de medicamentos é a principal intenção do novo espaço do grupo de apoio da Liga Contra o Cancro que já está a funcionar no Bairro Salgado, em Setúbal, graças a um protocolo celebrado com a Misericórdia na cedência do alojamento. É uma atividade extremamente importante para Setúbal, complementada com o apoio a doentes carenciados. Mediante um protocolo celebrado com uma farmácia, doentes oncológicos carenciados, devidamente identificados, podem levar para casa medicamentos sem custos. É algo que fazia muita falta em Setúbal e que está a ganhar uma dimensão cada vez maior», sublinhou José Manuel Sousa, o responsável por este grupo de apoio.
TEXTO ANTÓNIO LUÍS IMAGEM SM
S
etúbal já tem a funcionar em pleno, desde janeiro, as novas instalações do grupo de apoio da Liga Portuguesa Contra o Cancro. Localiza-se nos números 6 e 8, na rua Gama Braga, ao Bairro Salgado, onde um corpo de mais de 30 voluntários está disponível para receber toda a população. De segunda a sexta-feira, das 9 às 17h30, as portas do novo espaço estão abertas para apoiar os doentes oncológicos e seus familiares.
Os serviços disponíveis para os doentes oncológicos são reiki, psico-oncologia, chi-kung (tai-chi), costura, grupo de animação, biblioteca, fisioterapia, apoio social, prevenção primária, sorrisos mágicos e apoio jurídico. Além destas valências, vai ser instalado no espaço o movimento “Vencer e Viver”, destinado a apoiar as mulheres que sofrem de cancro da mama. «Seis voluntárias tiveram uma formação específica no IPO para fazer o atendimento deste movimento.
Voluntários são devidamente formados «Queremos que os doentes oncológicos, que necessitam de apoio, venham conhecer e usufruir deste espaço. Aqui podem conviver, ler um livro e falar com as psicólogas», sublinhou, recordando que os voluntários são devidamente preparados, através de formação. «Não é qualquer pessoa que presta apoio a doentes oncológicos. É preciso, terem, acima de tudo, bom senso e modéstia. Têm de saber ouvir e falar o mínimo possível».
A mesma fonte realçou que o novo espaço foi cedido através de protocolo estabelecido com a Santa Casa da Misericórdia de Setúbal por 8 anos renováveis. Já o investimento, em termos de obras estruturais, ficou a cargo da Liga Portuguesa Contra o Cancro. Também ouve ofertas de várias empresas, como o sistema de iluminação e o mobiliário. O projeto de apoio da Liga Portuguesa Contra o Cancro de Setúbal está a funcionar desde junho do ano passado, mas o recrutamento e adesão de voluntários arrancou em 2013. «Temos vindo a fazer vários peditórios em Setúbal, com a colaboração de um crescendo de voluntários. Entrámos agora na área da formação. Vamos fazer apoio não hospitalar e receber nestas instalações apenas os doentes oncológicos», explicou José Manuel Sousa. Quanto ao futuro, além do grupo de Alcácer do Sal, está a ser estudada a hipótese de abrir outros espaços do género em Sines, Azeitão, Barreiro e Montijo.
ELOGIOS AO MENTOR DO GRUPO SETUBALENSE O voluntário Miguel Viegas enalteceu o empenho de José Manuel Sousa na criação de um espaço próprio em Setúbal para acolher os doentes oncológicos. «Ele tem o perfil adequado para a função que está a desempenhar. Sabe coordenar, tem conhecimentos e soube fazer os contatos necessários para que este espaço fosse conquistado», vincou.
ETPM É A ÚNICA ESCOLA PROFISSIONAL DO PAÍS A ASSINAR DOCUMENTO
Escola Técnica Profissional da Moita assina Carta Portuguesa para a Diversidade A conceituada escola da Moita faz parte dos 75 signatários a nível a empreender este projeto da União Europeia no dia-a-dia dos alunos. A cerimónia contou com a presença da secretária de Estado da Cidadania e da Igualdade, Catarina Marcelino.
A
Escola Técnica Profissional da Moita fez parte integrante, numa Cerimónia que decorreu no Palácio Nacional da Ajuda, em Lisboa, da Carta Portuguesa para a Diversidade, constituindo-se como um dos seus 75 signatários a nível nacional. Trata-se, segundo os seus responsáveis, da única escola profissional do país «a assumir este compromisso como um princípio basilar do seu funcionamento e da sua prática pedagógica, que já integrava o seu Projeto Educativo na sua essência, toda a comunidade escolar sente-se orgulhosa de colaborar neste processo» Esta iniciativa da União Europeia pretende promover uma sociedade mais igualitária, diversa e coesa, com práticas inclusivas dos empregadores e ações que potenciem a aprendizagem e desenvolvimento de experiências positivas. A cerimó-
vência constante e também com a responsabilidade de cada um se sentir como mensageiro e percursor. A Carta para a Diversidade, iniciativa da União Europeia, resulta também de uma parceria entre o GRACE - Grupo de Reflexão e Apoio à Cidadania Empresarial, a Fundação Aga Khan e as entidades públicas responsáveis pela igualdade de género e igualdade de oportunidades: Alto Comissariado para as Migrações (ACM), Instituto Nacional para a Reabilitação (INR, nia oficial reuniu representantes de 40 entidades empregadoras e contou com a presença da Secretária de Estado para a Cidadania e Igualdade, Dr.ª Catarina Marcelino e da Secretária de Estado da Inclusão das Pessoas com Deficiência, Dr.ª Ana Sofia Antunes.
I.P.), Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género (CIG) e Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego (CITE). A participação da Escola nesta cerimónia, ficou completa com o serviço de um Coffee Break pelos alunos - futuros Técnicos de Restauração – numa postura muito profissional que, mediante as individualidades presentes, teve uma resposta muito positiva. Uma atividade dotada de enorme importância pela iniciativa em si e pela imponência do próprio espaço.
Valores do projeto educativo lida com alunos Será através dos valores e pilares do Projeto Educativo da Escola que a Carta Portuguesa para a Diversidade se materializará no dia-a-dia dos jovens alunos, na sala de aula, numa vi-
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SOCIEDADE TRÊS SUSPEITOS, COM IDADES ENTRE OS 37 E OS 41 ANOS DE IDADE, COPIARAM 116 CARTÕES E FIZERAM 320 TRANSAÇÕES
Clonagem de cartões em multibancos de Sesimbra rendeu 20 mil euros A colocação de um dispositivo num ATM da vila sesimbrense permitiu que um grupo copiasse cartões multibanco e procedessem a levantamentos em outros concelhos no litoral alentejano. A PJ acabou com a burla numa operação relâmpago. TEXTO ROBERTO DORES IMAGEM SM
O
«modus operandi» consistia em colocar numa caixa multibanco (ATM), em Sesimbra, um dispositivo que permitiu a um grupo de três suspeitos copiarem elementos de segurança de 116 cartões bancários, cujas cópias contrafeitas foram utilizadas num total de 320 transações, de valor que ascende a 43.570,00 euros. Foram concretizadas 153 dessas transações. O grupo ter-se-á apropriado de 20.440,00 euros, através de levantamentos realizados depois em concelhos alentejanos, como Sines ou Santiago Cacém. Foi o que apurou a investigação realizada pela Polícia Judiciária (PJ) de Setúbal, que anunciou ter detido os três homens suspeitos desta burla informática e clonagem de cartões bancário. Ficaram os três em prisão preventiva, a medida de coação mais pesada. A operação teve ca-
rácter transnacional, tendo sido iniciada em agosto de 2015, por suspeita da prática dos crimes de contrafação de títulos equiparados a moeda. Segundo a PJ, os três arguidos, de idades compreendidas entre os 37 e os 41 anos, foram detidos quando tentavam fazer um levantamento numa caixa multibanco no Montijo. No âmbito da operação policial, foi identificado um quarto individuo, que foi constituído arguido. A investigação, com o nome de código «Operação Relâmpago», contou com a colaboração da SIBS/PAYWATCH permitiu «desmantelar uma rede organizada com carácter transnacional dirigida à prática deste tipo de crime» e apreender «diverso material informático e ferramentas, viaturas, centenas de cartões, diversos telemóveis, comprovativos de transferências efetuadas através da Western Union e elementos indiciadores de idênticas práticas no estrangeiro».
Como evitar clonagem de cartões As autoridades alertam a população em geral que os cartões de débito e de crédito podem ser valiosos aliados, já que são mais cómodos e seguros do que andar com muito dinheiro nos bolsos. Mas é preciso muito cuidado na sua utilização de forma a prevenir que seja roubado ou alvo de clonagem. Ou seja, sempre que os usar para efetuar pagamentos não os perca de vista, dizem as autoridades. Caso suspeite que este possa ter sido clonado ou se aperceba de movimentos anormais na conta deverá contactar imediatamente o banco para o cancelar. A legislação determina que fraudes que ocorram após a comunicação do roubo ou extravio do cartão passam a ser imputadas ao banco emissor. Ainda assim, é possível que a próxima geração de cartões de crédito possa ser imune a clonagens, pois está a ser desenvolvida
uma forma de impedir que tal crime aconteça. Segundo explica o Extreme Tech, este sistema é denominado Quantum-Secure Authentication e utiliza partículas individuais de luz para codificar os dados contidos no cartão. Para desenvolver este projeto, os cientistas basearam-se na física quântica. A banda magnética que agora os cartões têm vai ser substituída
por uma tinta que contém milhões de nanopartículas. Depois, as partículas individuais de luz serão projetadas nas nanopartículas com a ajuda de um laser, criando desta forma um padrão que será utilizado para que um cartão seja autenticado. Por outras palavras, este sistema impede que os falsificadores de cartões consigam descobrir a ‘chave-padrão’.
ARGUIDA NÃO ESTEVE PRESENTE NA LEITURA DA SENTENÇA ALEGANDO PROBLEMAS DE SAÚDE
“Burlona do amor” condenada a 12 anos de cadeia por nove burlas Acusada de ter burlado nove homens num valor superior a um milhão de euros, Elisabeth Saraiva viu o tribunal com mão pesada. Os lesados não deverão ser ressarcidos, uma vez que a arguida não detém bens para penhorar. no Algarve e, segundo o MP, há perigo de fuga e o risco de continuar a cometer crimes. Apesar da condenação, tanto os lesados como os advogados das nove vítimas estão resignados ao facto de haver lugar a qualquer ressarcimento dos prejuízos, uma vez que Elisabeth Saraiva «não tem bens suscetíveis de penhora que sejam visíveis». Os queixosos asseguram que a arguida «mantém algum requinte na roupa que veste e no perfume que usa». TEXTO ROBERTO DORES IMAGEM SM
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lisabeth Saraiva, a mulher que ficou conhecida como a ‘burlona do amor’, foi condenada a 12 anos e quatro meses de prisão tendo o Tribunal de Setúbal dado como provado que a
arguida burlou nove homens num total de 1,2 milhões de euros entre 2001 e 2012. O seu pai Angelino Saraiva, julgado por cumplicidade, apanhou três anos e dois meses mas ficou com pena suspensa, depois do Ministério Público (MP) ter pedido a condenação da mulher e a absolvição
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do pai, hoje com 80 anos. O advogado de Elisabeth limitou-se a avançar, após a leitura da sentença, que vai agora analisar o acórdão para avaliar se vai interpor recurso, mas até trânsito em julgado a mulher deverá em prisão domiciliária com pulseira eletrónica. A arguida reside
Aguarda trânsito em julgado com pulseira electrónica A arguida, de 47 anos, chegou ao julgamento indiciada por vários crimes, onde se contam nove burlas, quinze falsificações e ainda dois furtos. Tem estado sem-
pre em liberdade, sendo acusada de ter burlado vários empresários, um gerente bancário e até um agente da Polícia Marítima com a oferta de propostas de bons negócios, garantindo ser a proprietária de terrenos que estaria disponível para vender às suas vítimas a preços bastante aliciantes. Depois falsificava documentos de títulos de propriedade pedindo às vítimas que sinalizassem os negócios com verbas sempre avultadas. Elisabeth dava garantias sobre os supostos 15 milhões de euros que a sua família detinha sobre propriedades e maquinaria na África do Sul onde nasceu e viveu até início da década de 80. Dizia às vítimas que era credora dessa verba relativa a supostas patentes de invenções da autoria do seu pai.
SOCIEDADE Automobilistas de Santo André organizam marcha lenta no dia 30 de abril
34 POR CENTO DOS CORPOS DAS VITIMAS APRESENTAVAM TEORES DE ÁLCOOL IGUAIS OU SUPERIORES A 1,2 G/L
Aumentam os mortos nas estradas do distrito com álcool no sangue Segundo o Instituto Nacional de Medecina Legal e Ciências Forenses, a barreira dos 30 por cento de cadáveres com consumo de álcool tem sido frequentemente superada na região. É uma tendência dos últimos anos. TEXTO ROBERTO DORES IMAGEM SM
O
número de vítimas mortais nas estradas do distrito que tinham álcool no sangue aumentou em 2015. As autópsias realizadas às 45 vítimas de acidentes fatais na região revelaram que mais de 34% dos corpos exibiam consumo de álcool, superando os 32% de 2014, enquanto metade dos cadáveres com álcool registavam já uma taxa equivalente a crime. Ou seja, igual ou acima de 1,2 g/l. Segundo João Pinheiro, vice-presidente do Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses (INMLCF), trata-se, no fundo, de «mais uma subida, apesar de ser ligeira», acarretando por isso maior preocupação,
uma vez que confirma a tendência dos últimos anos. É que os dados disponíveis do INMLCF mostram que a barreira dos 30% de cadáveres com consumo de álcool tem sido frequentemente superada na região, com a agravante da taxa ser elevada em vários casos. O médico legista sublinha que os condutores que bebem fazem-no de forma muito significativa, ingerido bastante álcool, pelo que quando os acidentes ocorrem «acabam por ser de maior gravidade» Condução sob efeito de psicotrópicos Nos testes solicitados pela Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) a sobrevi-
ventes de acidentes e condutores fiscalizados que pedem contraprova, o INMLCF detetou igualmente uma presença significativa de álcool: 65,8% das pessoas que passaram pelos testes, onde metade apresentava uma taxa de álcool igual ao superior a 1,2 g/l. Voltando às vítimas mor-
tais, no seu total, é possível concluir que 10% estavam sob efeito de substâncias psicotrópicas, mas os dados não permitem perceber se os consumos envolviam várias drogas ou eram simultâneos com álcool. A canábis continua a ser a que ganha maior relevância, à semelhança do ano passado.
O
Movimento de Utente de Vila Nova de Santo André está a preparar uma marcha lenta, para o próximo dia 30, entre a localidade e Sines, por forma a exigir do Governo e à empresa Infraestruturas de Portugal e Estradas da Planície a retirada imediata dos pinos das obras da Estrada Regional (ER) 261-5, que liga as duas localidades. Trata-se de um traçado de 13 quilómetros com perfil de auto-estrada, previsto no contrato de concessão do Baixo Alentejo, a par da A26 entre Sines e Beja. A concentração está marcada para a rua em frente ao Hotel Vila Parque, sendo antecedida de uma reunião com a população feita no mesmo local. O Movimento queixa-se de que “diariamente e há quase 6 anos”, os automobilistas são obrigados a fazr gincana entre os pinos, que dividem as faixas de rodagem, arriscando ultrapassagens em zonas proibidas.
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LOCAL ALCOCHETE ASSEMBLEIA MUNICIPAL PROMOVE SESSÃO SOLENE DO 25 DE ABRIL
ALCÁCER DO SAL CÂMARA ADQUIRE NOVA VIATURA PARA A RECOLHA DE LIXO O município adquiriu uma nova viatura para a recolha de resíduos sólidos urbanos no concelho. Esta viatura permite a recolha dos contentores enterrados existentes na zona da marginal da cidade de alcácer, o que até ao momento não era possível apesar da existência destes contentores no âmbito do projeto RUAS. Este investimento de cerca de 190 mil euros permite otimizar o serviço prestado no âmbito da recolha de resíduos indiferenciados. Os motoristas e a equipa de cantoneiros de limpeza encontram-se atualmente a efetuar ensaios para que a curto prazo se inicie a operacionalização efetiva da recolha.
SETÚBAL BIBLIOTECA MUNICIPAL DE CARA LAVADA A biblioteca de Setúbal reabriu ontem ao público com música, literatura, poesia e uma exposição, após obras de requalificação que dotaram o equipamento de melhores condições para os utilizadores. Mais atrativa, moderna e dotada de melhores condições de utilização e conforto para o público, a biblioteca, instalada naquele edifício no centro histórico desde 1992, foi requalificada e beneficiada numa operação impulsionada pela autarquia. As obras incluíram a instalação de climatização e a criação de sanitários para pessoas com mobilidade reduzida, além do embelezamento do exterior e do interior, a redistribuição espacial de vários serviços disponíveis e a colocação de mobiliário novo.
No âmbito do 25 de abril e 1.º de maio, a assembleia municipal promove no dia 25 de abril à noite, com início às 21h00, no salão nobre dos paços do concelho, a sessão solene evocativa desta data histórica para Portugal. Constituindo-se como o momento mais institucional das comemorações, durante esta cerimónia os representantes das quatro bancadas representadas neste órgão municipal discursam refletindo sobre esta data comemorativa e sobre a conjuntura económica, política e social nacional, assim como os presidentes da assembleia e da câmara municipais de Alcochete. A atriz Luísa Ortigoso, acompanhada pelo músico e sonoplasta João Balão apresentam ao público “Uma noite em abril”.
A exposição documental e informativa “Génese da Aviação Militar: 1908-1920” continua patente na biblioteca Manuel Giraldes da Silva. A mostra vai estar patente até 16 de Maio. Inserida nas comemorações 1.º Centenário da Guerra Mundial, a exposição, assinala também, o Dia Nacional do Combatente (9 de Abril). A mostra evidencia os principais marcos do desenvolvimento aeronáutico e a sua consolidação, que remontam aos primórdios da militarização de aeronaves. O comandante da Base Aérea n.º 6, Coronel António Temporão, referiu que a exposição inaugurada é prova dos «laços que unem, a terra do Montijo à força aérea e que nos permitem divulgar a Força Aérea e um pouco da nossa história».
SESIMBRA TERRA DE PEIXE JUNTA‑SE AO PROJETO FLORIR PORTUGAL “Sesimbra é Peixe em Ondas de Flores” é o nome do novo projeto que tem como objetivo embelezar as varandas e janelas da vila com flores. A iniciativa, que decorre no âmbito do projeto “Florir Portugal”, é apresentada dia 22, às 16.30 horas, no Conde de Ferreira, e conta com a presença da atriz Adelaide de Sousa, madrinha da ideia em Sesimbra. O projeto consiste na distribuição de vasos, plantas e terra à população, por parte da Câmara, de forma a envolver os munícipes nesta ação que, numa numa primeira fase, arranca nas ruas da República, 31 de Janeiro, Serpa Pinto e largo José António Pereira. A inscrição é gratuita e pode ser efetuada no Posto de Turismo e na Fortaleza de Santiago.
SINES CÂMARA E REPSOL AJUDAM COLETIVIDADES A Repsol Polímeros, a Câmara e 22 coletividades assinaram, no dia 11, protocolos de colaboração. O montante dos apoios é de 48 mil euros, destinado a apoiar as coletividades e instituições do desporto, cultura e solidariedade social. Na cerimónia, o edil Nuno Mascarenhas agradeceu o apoio da Repsol e salientou o esforço que tem feito para aumentá-lo, quer em montante global, quer em número de coletividades abrangidas. Já o diretor da Repsol Sines, Joaquín García-Estañ, agradeceu ao município o papel que desempenha como via para a empresa chegar aos agentes culturais, desportivos e sociais locais e disse que os apoios são uma «obrigação ética e moral».
BARREIRO ARQUITETOS PARISIENSES VISITARAM A CIDADE
MOITA ADJUDICADA A EXPLORAÇÃO DO RESTAURANTE/BAR DO PARQUE
A equipa de arquitetos parisiense, vencedora do Concurso Internacional de Ideias – Europan para o sítio do Barreiro, esteve, no dia 11, de visita ao concelho. Lucie Weber, Remy Girardin e Arnaud Casemajor-Loustau realizaram uma reunião de trabalho, nos Paços do Concelho, com representantes da CMB e Infraestruturas de Portugal, entidades com responsabilidades no território submetido a concurso. O Barreiro colocou a concurso a área da Antiga Estação Ferro-Fluvial do Sul e Sueste e espaços contíguos. Os elementos sublinharam o potencial de um sítio, já com uma «identidade», onde «podem mesmo acontecer coisas». No seu projeto, tiveram como objetivo tornar o espaço mais atrativo.
Na reunião de 6 de abril, o município aprovou, por unanimidade, no âmbito do “Programa de Hasta Pública” para a cessão de exploração do restaurante e bar do parque da zona ribeirinha da Baixa da Banheira, a adjudicação definitiva da cessão e a autorização da celebração de contrato. Este complexo de piscinas municipais, restaurante e bar de apoio às mesmas, é um equipamento de grande relevância para o município e regista grande procura e afluência por parte dos munícipes durante toda a época balnear. Na reunião foi ainda aprovado, por unanimidade, uma verba de 600 euros, ao Centro de Atletismo da Baixa da Banheira, no âmbito da VII Milha Ribeirinha da Baixa da Banheira.
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MONTIJO AVIÃO MILITAR É TEMA DE EXPOSIÇÃO
SANTIAGO DO CACÉM CAMPANHA CONTRA A OBESIDADE INFANTIL O município leva a cabo, até 7 de maio, a campanha de sensibilização contra a obesidade, com o mote “Vai uma maçã?”, para alertar para a urgência em travar este problema, em particular junto das crianças. Ao longo de um mês, a Câmara disponibiliza, gratuitamente, maçãs para todos os utentes dos serviços de educação e saúde, piscinas, museu municipal, auditório António Chainho, bibliotecas Manuel da Fonseca e Manuel José “do Tojal” e espaço internet – pólo de leitura do Cercal do Alentejo. De acordo com a OMS, em Portugal, 33,3 por cento das crianças, dos 2 aos 12 anos, têm excesso de peso, das quais 16,8 por cento são obesas. A obesidade infantil está associada ao desenvolvimento de doenças cardiovasculares, hipertensão, diabetes, asma, entre outras.
GRÂNDOLA DECLARAÇÃO DE TROIA APROVADA Sob o lema “É o Amor ao Alentejo que nos une e motiva” o congresso Amalentejo reuniu no passado dia 2 de Abril em Troia, concelho de Grândola, mais de 400 congressistas, dos quais apenas dois se abstiveram na votação da Declaração de Troia que foi aprovada por maioria. O congresso manifestou a unidade, a coesão, a vontade, a determinação e o apoio a AMAlentejo e aos seus transparentes objetivos. Uma resposta de grande maturidade democrática de todas e todos os que amam o Alentejo. De acordo com a comissão organizadora o congresso AMAlentejo foi um sucesso. O próximo objetivo é a construção do projeto-lei de iniciativa popular para a criação da comunidade regional do Alentejo o que exige a recolha de pelo menos 35 mil assinaturas.
PALMELA MERCADO CARAMELO EVOCA IDENTIDADE CULTURAL O Mercado Caramelo, que vai decorrer em Pinhal Novo, entre 6 e 8 de maio, é apresentado ao público este sábado, no jardim José Maria dos Santos, junto ao Coreto. Esta apresentação tem início às 19 horas, seguida de oferta de sopa caramela e de animação musical com “Tá o Baile Armado”. Promovido pela Confraria da Sopa Caramela e pela Junta de Freguesia de Pinhal Novo, com o apoio do município, o evento pretende recriar o antigo mercado de Pinhal Novo, com origem no século XIX, aliando animação sociocultural e evocação histórica das raízes culturais da freguesia, bem como a dinamização do comércio tradicional e a promoção dos produtos locais, com destaque para a tradicional Sopa Caramela.
ALMADA HOMENAGEM A DIAMANTINO PARREIRA DA SILVA SEIXAL FEIRA DO LIVRO ANIMA O JARDIM DO FOGUETEIRO O jardim do Fogueteiro, na Amora, volta a ser palco de mais uma edição d’O Livro em Festa, a decorrer de 15 a 30 abril, com várias sugestões de atividades culturais e educativas, entre elas, encontros com escritores, ateliês, iniciativas de animação de leitura e escrita criativa. A abertura oficial do evento decorreu, ontem, sexta-feira, ao som do grupo de percussão Tocá Rufar. Do programa fazem parte teatro, concertos musicais com o Grupo de Cavaquinhos da Unisseixal, Tuna da Unisseixal, não esquecendo o lançamento de diversos livros.
A Câmara e a União de Freguesias do Laranjeiro/Feijó homenageiam Diamantino Silva, primeiro presidente da Junta do Laranjeiro, ao atribuir o seu nome à rua 38, compreendida entre a rua António Elvas e a rua Borges do Rego, no Laranjeiro. É este sábado, às 19 horas, junto à paragem Laranjeiro - do Metro Sul do Tejo. Além da atribuição de topónimo, há distribuição de cravos à população, atuação de vários grupos e leitura de poemas. Nasceu em Odemira, a 10 janeiro de 1941. Mudou-se para Almada em maio de 1970, com 29 anos, tendo com a sua esposa fixado residência no Laranjeiro. Diamantino Silva foi eleito o primeiro presidente da Junta do Laranjeiro, em 1986. Foi reeleito em dezembro de 1989. Foi eleito para a Assembleia Municipal de Almada, em 1993 e em 1997.
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CULTURA
Joana Lança brilha em concursos de fado Grupo Desportivo Canta e encanta mas o fado não é a sua prioridade. Reconhece que o meio artístico não é fácil pelo que não perde de vista os estudos na Faculdade para arranjar emprego. Este é o sonho de Joana Lança, filha da também fadista Carla Lança. TEXTO ANTÓNIO LUIS IMAGEM SM
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oana Lança, de 18 anos, natural de Setúbal, já venceu três concursos de fado. Desta vez, saiu vitoriosa da 1.ª gala de fado da zona Oriental de Lisboa, tendo o júri ficado rendido com o fado “Silêncio, deixem ouvir as guitarras”. De recordar que Joana Lança venceu, em fevereiro do ano passado, um concurso de fado, em Lisboa, organizado pelo Clube Lisboa Amigos do Fado, e em Setúbal alcançou o 2.º lugar num concurso de fado amador organizado
pelo município sadino. No que diz respeito ao concurso de fado mais recente, Joana Lança confessa que «não estava mesmo nada à espera. Foi uma vitória inesperada. Eram todos concorrentes muito bons e fortes e a competição era renhida». A jovem artista, filha da também fadista Carla Lança, admite que aceita bem as cíticas da mãe. «Ela comenta no bom sentido, pois sei que todas as observações que me faz são para a minha evolução enquanto fadista. Se hoje já canto por alguns lados, se ganho concursos e se sou um pouco conhecida pelo povo setubalense, posso agradecer-
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-lhe, mas também a toda a minha família». «Não quero fazer da música a minha profissão» Quanto ao seu grande sonho, Joana Lança diz que «nunca quis fazer da música a minha profissão», uma vez que os estudos estão em primeiro lugar. E confessa: «Tenho os pés assen-
tes na Terra e sei bem que este meio não é fácil, pelo que não crio grandes expetativas. Gosto de dar um passo de cada vez e que tiver de acontecer, acontecerá. Sempre quis tirar um curso superior e arranjar emprego na área e se puder cantar nos tempos livres será maravilhoso, pois é algo que me dá grande prazer». A jovem fadista está a estudar em Beja, na Escola Superior de Saúde, no primeiro ano da licenciatura de Terapia Ocupacional. Ricardo Ribeiro é o seu fadista preferido, uma vez que tem uma voz «estrondosa e única». No feminino, as suas fadistas prediletas são a Raquel Tavares e a Kátia Guerreiro, duas fadistas «bonitas, expressivas e com grande vozeirão».
CANTIGAS E PIANO Nos tempos livres, a Joana gosta de estar com os amigos, ir ao café e sair com eles. Adora passear e estar reunida com a sua família. Passa a vida a cantarolar e gosta de tocar piano. Considera-se uma pessoa humilde, com fácil interação com o público e muito comunicativa.
Independente acolhe teatro de luxo
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Grupo Desportivo Independente, de Setúbal, recebe este sábado, às 21h30, a revista à portuguesa: “É uma Revista À Portuguesa com certeza”, com encenação de Tiago Isaac . Trata-se de uma estreia em Setúbal de um grupo bastante jovem e talentoso de teatro amador com atividade intensa na Sociedade Filarmónica Operária Amorense, Amora, que vai trazer duas horas de muito humor, intervaladas de muita música e dança.
O espetáculo faz uma sátira social, política e religiosa, fala-nos da educação e das escolas do nosso país, tem conversas de casa de banho, freiras pecadoras, vendedeiras, regateiras, garanhões, muita dança, canção e gargalhada. No domingo, no âmbito das comemorações dos 250 anos do nascimento de Bocage, o palco do Independente recebe, às 11 horas, o Grupo de Teatro e Animação Espelho Mágico, com a peça “O mundo Fabuloso de Bocage”, com entrada livre.
AGENDA
CULTURA Comemorações afirmam Museu Sebastião da Gama fecha para obras dança e motivam públicos em Palmela
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SETÚBAL16SÁBADO21H30
“PLAZA SUITE” COM ALEXANDRA LENCASTRE FÓRUM LUÍSA TODI
Alexandra Lencastre, Diogo Infante, Helena Costa e Ricardo Sá trazem a Setúbal as desventuras de dois casais muito diferentes e que enfrentam momentos cruciais nas suas vidas. Trata-se de um espetáculo para maiores de 12 anos, a cargo da Força de Produção.
GRÂNDOLA16SÁBADO22H00
ANA BOLA SEM FILTRO CINE-TEATRO GRANADEIRO
Com 40 de profissão, fez teatro, fez televisão, foi autora de séries de sucesso, apresentadora de programas, jurada de concursos, etc.. Aos 62 anos de idade vê-se confrontada com falta de trabalho, apesar de continuar no ativo, em forma e acarinhada pelo público. Apresenta propostas, tem reuniões com as direções de programas, mas não consegue ver nada aprovado.
SEIXAL16SÁBADO21H30
CAMANÉ APRESENTA ÚLTIMO CD FORUM CULTURAL
O fadista Camané apresenta o seu último CD, “Infinito Presente”, um disco inspirado no poema de David Mourão Ferreira, que sucede a “Do Amor e dos Dias”, de 2010, e que conta com a produção, arranjos e direção musical de José Mário Branco. Contém temas de José Júlio Paiva, bisavô de Camané, um inédito de Alain Oulman, Vitorino Salomé, Manuela de Freitas e José Mário Branco.
ALMADA16SÁBADO16H00
ÓPERA PARA OS MAIS NOVOS TEATRO JOAQUIM BENITE
“Verdi que te quero Verdi”, a partir de Giuseppe Verdi, com encenação de Teresa Gafeira, regressa aos palcos. Estará em cena na sala experimental hoje, às 16 horas, e domingo, às 11 horas. O espetáculo é uma produção da Companhia de Teatro de Almada, com André Alves, João Farraia, Pedro Walter e Vera Santana. Estreado em 2011, “Verdi que te quero Verdi” põe os mais novos em contacto com o mundo da ópera.
SINES16SÁBADO21H30
CANTO CORAL ANIMA SINES CENTRO DE ARTES DE SINES
O Coral Atlântico recebe a Associazione Coro “Antonio de Vecchi”, no âmbito de um intercâmbio musical Itália / Portugal. Este coro, oriundo da comuna de Cinto Caomaggiore, é um dos coros mais importantes da província de Veneza. Criado em 1986, apresenta um repertório onde se fundem as músicas sacra e popular, sob a direção de Luciano Bertuzzo.
O
museu Sebastião da Gama, localizado em Azeitão, vai encerrar a partir de segunda-feira, por três meses, para obras de requalificação. A intenção é tornar o espaço mais acessível aos cidadãos, pelo que o polo da biblioteca é transferido do 1.º andar para o piso térreo. O rés-do-chão, que inclui o wc, é também partilhado pela sala da exposição permanente. Com esta solução, o projeto procura aumentar a luminosidade dos espaços interiores, tornando-os mais confortáveis dentro
de padrões térmicos, acústicos e de acessibilidade. O vão voltado para pátio do edifício vai ser aberto, o que permite a entrada de luz natural do lado sul. Pretende-se que o pátio confira continuidade ao espaço do polo da biblioteca e que possibilite, inclusivamente, a realização de atividades infantis. Também para facilitar a deslocação de pessoas com mobilidade reduzida no edifício de dois andares, está contemplada a instalação de uma plataforma elevatória.
O primeiro romance sobre Eusébio
“E
usébio – O Romance”, da autoria de Sónia Louro, que também escreveu “O Cônsul Desobediente”, é o primeiro romance sobre Eusébio já disponível nas livrarias. Sónia Louro, com a mesma mestria com que nos contou a vida de Aristides de Sousa Mendes ou Fernando Pessoa, relata-nos agora a vida do homem que, durante os anos cinzentos do Estado Novo, conseguiu, com o seu talento, fazer dos portugueses um povo orgulhoso. O livro mostra-nos que a história de Eusébio não é apenas uma história de vitórias e glória. Além dos mais de 800 golos, Botas de Ouro, Bolas de Prata, campeonatos e título de melhor
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companhia de dança residente no teatro S. João, DançArte, e o município de Palmela assinalam o Dia Mundial da Dança 2016 com um programa que pretende continuar a afirmar a dança no concelho, motivar públicos e realçar os benefícios da prática desta forma de expressão artística. As comemorações abrem este sábado, às 21h30, no teatro S. João, com a apresentação do espetáculo “ARCHÉ | no Princípio era eterno”, pela companhia Matridança, com repetição dia 17, às 16h30. Também este domingo, às 16 horas, mas no auditório da biblioteca municipal de Palmela, haverá baile de
danças tradicionais europeias, dinamizado por Leónia de Oliveria e o “B´rbicacho”. Dia 29, às 21h30, o Centro Cultural de Poceirão recebe o espetáculo “ Acordes de Dança”, com João Vitorino, na guitarra e Edite Van-Zeller, na dança. A fechar as comemorações, no dia 30, a companhia “Armazém 13” apresenta o espetáculo “Forgotten Fog”, no teatro S. João, em Palmela, às 21h30, uma recriação com inspiração na obra “Play” de Samuel Beckett e encenação de Diana Niepce. Esta peça traduz-se numa fusão multidisciplinar de sete mulheres – atrizes, acrobatas e bailarinas.
António Chaínho lança livro “Rabiscos, memórias e afetos”
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ntónio Chaínho, professor e ex-presidente da Assembleia Municipal de Grândola apresenta no próximo dia 28, pelas 21 horas, no auditório da biblioteca municipal, a sua 12.ª obra, “Rabiscos, memórias e afetos”, num registo sobre Grândola, sua terra, agora, num quadro a partir da observação atenta de pessoas, lugares e emoções de um Alentejo repleto de nostal-
gias e encantamentos. Segundo o autor, os edifícios, geralmente enormes e vazios, os lugares muitas vezes silenciosos, assumiriam um significado inquietante se não fossem fontes de memórias vividas e de afetos ininterrompíveis. É esse quadro telúrico de um Alentejo que se vive em Grândola, que o autor procura transpor num ambiente de liberdade criativa.
CONVITES DUPLOS PARA O ARTEVIVA, PARQUE MAYER E INDEPENDENTE do mundo, há a história de um menino assustado que apenas queria jogar futebol. E algumas derrotas dolorosas, um joelho destroçado que nem seis cirurgias salvaram e o medo do dia em que irá pisar o relvado pela última vez.
Temos convites duplos para oferecer aos nossos leitores para o espetáculo “Hotel da Bela Vista” às sextas e sábados, às 21h30, que continua em cena no teatro municipal do Barreiro, sob a batuta da companhia ArteViva. No Grupo Desportivo Independente, às 21h30, sobe este sábado ao palco o espetáculo “É uma revista à Portuguesa com certeza”, pelo Grupo de Teatro Tiago Isaac, com textos de Carlos Jorge Español e Tiago Isaac. A atração no fado é Diana Santos. No Teatro Maria Vitória, ao Parque Mayer, está em cena o espetáculo “Revista quer… é Parque Mayer”, com Mariema, Paulo Vasco e Alice Pires. Temos convites para as 5.ª feiras e domingos, às 21h30. Para se habilitarem aos papelinhos mágicos, os nossos leitores terão de ligar para o 918 047 918 ou o 969 431 0 85 e manifestarem interesse em assistir a esta produção de qualidade.
BARREIRO16SÁBADO16H00
OBJETOS DE INDFÂNCIA
AUDITÓRIO AUGUSTO CABRITA “Guarda Mundos”, pelo Teatro Didascália, é um espetáculo construído sobre um objeto muito particular, o guarda- fatos. Este objeto é na infância símbolo de refúgio e de portal para outra dimensão, capaz de atrair a curiosidade das crianças e as catapultar para o universo da imaginação.
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POLITICA PRESIDENTE DA CÂMARA DE ALCÁCER DO SAL INTERVÉM NO CONGRESSO DO CONSELHO DOS MUNICÍPIOS E REGIÕES DA EUROPA
Vítor Proença vai a Nicósia em nome dos municípios portugueses A convite da Associação Nacional dos Municípios Portugueses (ANMP) para participar e intervir, o presidente da Câmara Municipal de Alcácer do Sal vai estar no Congresso do Conselho dos Municípios e Regiões da Europa que se realizará na cidade de Nicósia, capital do Chipre entre os dias 20 e 22 de abril.
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ítor Proença será um dos representantes da ANMP tendo sido convidado a intervir atendendo ao facto de ser presidente da Câmara Municipal de Alcácer do Sal, presidente da Comunidade Intermunicipal do Alentejo Litoral (CIMAL), presidente da Associação de Municípios para a Gestão da Água Pública no Alentejo (AMGAP) e membro do Conselho Diretivo da ANMP. O Congresso, organizado pelo Conselho dos Municípios e Regiões da Europa contará com mais de mil delegados da União Europeia e vai debater o tema “O Amanhã começa Hoje! Uma Visão Local e Regional para a Europa em 2030” Vítor Proença, representante da Associação Nacional dos Municípios Portugueses vai intervir no dia 21 de abril sobre os Serviços Públicos Locais em 2030 – Desafios e Oportunidades. Em declarações ao Semmais, o autarca considera que «é importante dar voz a respostas públicas de serviços locais
PREPARAR A EUROPA A CAMINHO DE 2030 O Conselho dos Municípios e Regiões da Europa é a entidade promotora do Congresso. Trata-se de uma federação de 60 Associações de Municípios e Coletividades Territoriais Europeias que representa cerca de 150.000 governos locais e regionais em 41 países da Europa.
no momento em que a agenda da União Europeia e de muitos Governos tem sido o encerramento de escolas, o encerramento de tribunais, o encerramento de estações de correios e
telecomunicações, extinção de 1.200 freguesias em Portugal e o encerramento de muitos serviços públicos a par da privatização ou concessão a grupos privados de numerosos servi-
PP Almada está preocupado com suspensão fluvial de automóveis entre Trafaria e Belém
O
CDS-PP de Almada esteve reunido recentemente, em Cacilhas, com a comissão de trabalhadores da Transtejo por causa da suspensão do transporte fluvial de automóveis entre a Trafaria e Belém. Segundo a mesma comissão de trabalhadores, a medida é «prejudicial para os utentes e mesmo para operacionalidade da empresa que presta este serviço público» A comissão de trabalhadores informou o PP que em causa está «não só a manutenção do serviço de transporte fluvial entre as duas margens, como a necessidade de otimizar as melhores condições para servir os milhares de utentes que usam os barcos diariamente». A concelhia dos populares irá agendar, em breve, uma reunião com o conselho de administração da Transtejo para que esta possa apresentar os seus
ços públicos». Por isso, o autarca vai defender no Congresso que «é tempo de inverter estas políticas e apostar nos poderes locais e regionais com recursos financeiros adequado».
Subordinado ao tema geral: “O Amanhã começa Hoje! Uma Visão Local e Regional para a Europa em 2030”, o Congresso das Cidades, Municípios e Regiões da Europa está estruturado em torno de sete grandes temas condutores da Europa em 2030: Integração da EU; Governação e liderança; Sociedade e Cultura; Economia e Finanças; Ambiente, Clima e Energia; Negócios, Tecnologia e Inovação e Cooperação e Parcerias.
PCP exige posto de emergência médica nos bombeiros do Sul e Sueste
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considerandos relativamente ao plano de funcionamento da empresa e a prestação de serviço público às populações. De realçar que as instalações da estação fluvial de Cacilhas, são «manifestamente antigas estando desadequadas quer às necessidades para as operações diárias dos seus profissionais,
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quer para utilização daqueles que escolhem o transporte fluvial, como o seu meio de transporte quotidiano». Além disso, o PP sublinha que «O transporte fluvial é muito mais que um meio de transporte, pois, faz ao mesmo tempo, parte da identidade das nossas gentes e da história de Portugal».
Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários do Sul e Sueste, no concelho do Barreiro, assinou um protocolo em 2008 com o INEM para a instalação de um Posto de Reserva (PR) no quadro do Sistema Integrado de Emergência Médica (SIEM), mas ambiciona a constituição de um Posto de Emergência Médica (PEM). A Associação afirma que «tem condições para assumir um Posto de Emergência Médica – têm 30 tripulantes de ambulância de socorro (re)certificados e estão mais duas bombeiras em formação». No ano de 2015, o Posto de Reserva atingiu o rácio de 99,92 por cento de integração de pelo menos um tripulante de ambulância de socorro; teve um acréscimo de 21,3 por cento na resposta aos pedidos do CODU totalizando 2.709 episódios, o que corresponde a uma média de 7,4 por dia, ultrapassando o número mínimo con-
siderado pelo INEM para atribuir um Posto de Emergência Médica em meio urbano. Ao número total de serviços, acrescem ainda mais 203 serviços de emergência pré-hospitalar efetuados fora do âmbito do SIEM, o que totaliza 2.912 serviços. Os deputados do PCP, Paula Santos, Francisco Lopes e Bruno Dias, quiseram saber se o Governo pondera a possibilidade de instalar um Posto de Emergência Médica no Corpo de Bombeiros do Sul e Sueste e, em caso afirmativo, qual a calendarização para a sua concretização.
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XVI ROMARIA A CAVALO: MOITA-VIANA DO ALENTEJO BERNARDINO BENGALINHA, PRESIDENTE DA CÂMARA DE VIANA DO ALENTEJO, EM ENTREVISTA
«O objetivo final é continuar a manter o desenvolvimento sustentado do concelho» bem como dos proprietários e gestores das várias herdades por onde passa a Romaria e, de uma maneira geral, a todos aqueles que contribuem para a sua realização. É, sem dúvida, com a ajuda de todos que este evento com características únicas no país tem vindo a ganhar, cada vez mais, importância na região, e não só. Esperamos que, no futuro, se torne o principal evento equestre do país.
O presidente da Câmara de Viana do Alentejo, Bernardino Bengalinha, alude à importância estratégica para o concelho deste evento que tem galgado um êxito a cada ano que passa. Em jeito de balanço de mandato, fala de um concelho com tradições, de uma terra onde a natureza é pontochave, da força dos apoios sociais e dos projetos que faltam implementar. Com contas equilibradas, Bernardino Bengalinha, tem obra para mostrar.
ENTREVISTA RAUL TAVARES IMAGEM SM
Qual a importância estratégica que o evento tem vindo a ter na economia do concelho? A Romaria a Cavalo Moita – Viana do Alentejo é um dos principais eventos do concelho, tendo, em meu entender, alguma margem para poder crescer. Reveste-se de grande importância para a economia local, dado que traz milhares de visitantes ao concelho, que acabam por tomar as suas refeições e adquirir os nosso produtos locais, como a doçaria, os queijos, o pão, a massa de pimentão e os chás, e ainda o artesanato, com destaque para a olaria de Viana do Alentejo, os chocalhos de Alcáçovas e a joalharia sustentável de Aguiar. Para além da restauração, o alojamento também sai beneficiado devido à grande procura. Em resumo, o que se pretende é potenciar todo o nosso património: tradicional, cultural, natural, imaterial, etc.. e que essas ações tragam benefícios para a economia local, para que o nosso concelho seja um território atrativo, não só para os residentes mas também para quem nos visita. O objetivo final será sempre o desenvolvimento sustentado do concelho com o apoio à economia local, no caso em apreço, através da promoção de eventos de cariz cultural e turístico, de qualidade reconhecida, como é o caso da Romaria a Cavalo.
Face ao crescimento do número de romeiros e tudo o que está a montante destas festividades, quais têm sido os fatores decisivos que o município tem tido em conta? Vários fatores têm contribuído para o crescimento da Romaria a Cavalo, quer em número de visitantes, quer em número de romeiros. A Comissão Organizadora procura, de ano para ano, melhorar o evento através de um investimento criterioso mas cada vez mais eficaz, não só nos aspetos mais técnicos, nomeadamente os referentes ao percurso e logística respetiva, mas também à sua promoção e divulgação. Este ano são esperados mais de 600 cavalos e a participação de cerca de 2000 romeiros de vários pontos do país. Temos indicação que um grupo de romeiros proveniente da vizinha Espanha vai participar nesta edição da romaria. A abertura a romeiros espanhóis era um desejo antigo ou a senda de um caminho para a internacionalização do evento? Penso que é o percurso natural da romaria que tem vindo a ser bem divulgada e promovida pela Comissão Organizadora em conjunto com os nossos patrocinadores e parceiros. No ano passado, por exemplo, tivemos a presença de turistas estrangeiros, nomeadamente belgas, apreciadores de atividades equestres e que tomaram conhecimento da romaria através da internet.
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e que maneira podemos aferir a relação com a Câmarada Moita e a importância dos patrocinadores? A Romaria a Cavalo é organizada por uma Comissão Organizadora da qual fazem parte as Câmaras Municipais da Moita e de Viana do Alentejo, a Associação dos Romeiros da Tradição Moitense e a Associação Equestre de Viana do Alentejo. Evidentemente que, tendo em conta as características das duas associações equestres, é aos municípios que cabe o suporte financeiro do evento, com o apoio dos patrocinadores, os quais têm feito uma conjugação de esforços para que a romaria seja uma realidade, com a dimensão e qualidade a que já nos habituou. De entre os patrocinadores e devido a vários fatores, a Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo (ERTAR) tem uma importância extrema, tendo em conta essencialmente o cariz do evento, enquadrado na estratégia da ERTAR para o Turismo Equestre. No entanto, a Comissão Organizadora agradece muito a todos patrocinadores a sua participação, nomeadamente: Jornal “Diário do Sul”; Caixa de Crédito Agrícola do Guadiana Interior; Hidrauviana, Lda.; Vangflor – Produção e Comércio de Flores, Lda. e Delta Cafés. A Comissão agradece também os apoios das Paróquias da Moita e de Viana do Alentejo, das Juntas de Freguesia de Alcáçovas e de Viana do Alentejo,
Falemos então do concelho. Peço um pequeno balanço da atividade dos seus mandatos. O Município de Viana do Alentejo, à semelhança de todos os outros, tem sentido as enormes restrições que se impõem, nomeadamente em termos financeiros e administrativos. O início dessas restrições coincidiu mais ou menos com o início do nosso 1.º mandato, ou seja, temos gerido o Município num período difícil de crise financeira, económica e social, mas ao longo destes dois mandatos tudo temos feito para que os nossos munícipes sejam afetados o menos possível por todos esses condicionalismos. Apesar desta dura crise, o Município tem mantido a situação financeira equilibrada, o movimento associativo ativo, apoiado, dentro do possível, o tecido empresarial, não esquecendo a divulgação do nosso património. O investimento tocou em todas as áreas com apostas fortes na reabilitação urbana, educação, património, apoio à atividade económica e promoção do concelho, apoio social, organização administrativa, apoio ao desporto, cultura e tempos livres. No nosso 1.º mandato realizámos o maior investimento de sempre no Concelho, num mandato autárquico. Destaco algumas obras importantes para o concelho que foram realizadas até então: construção do novo Centro Escolar
de Viana do Alentejo, criação do Balcão Municipal em Alcáçovas e em Viana do Alentejo, remodelação do Estaleiro Municipal em Viana do Alentejo, requalificação do Centro Histórico de Viana do Alentejo, requalificação do complexo do Paço dos Henriques em Alcáçovas. De referir, ainda, a revisão do Plano Diretor Municipal (PDM) e, no passado ano, a classificação do Fabrico dos Chocalhos como Património Cultural Imaterial com Necessidade de Salvaguarda Urgente pela UNESCO. Quais os constrangimentos que o município ainda enfrenta? Os reflexos da grave crise económica e social que o país atravessa espelham-se nas nossas ações e no nosso concelho, uma vez que estamos inseridos numa região pobre e com um tecido empresarial extremamente frágil. Como em qualquer concelho da região, nomeadamente os do interior, o desemprego e as consequentes repercussões ao nível familiar, social e de saúde são constrangimentos que a população enfrenta. Há também o problema da desertificação do Alentejo, no caso, o concelho também padece deste mal ou nem por isso? Relativamente à desertificação, o concelho de Viana do Alentejo, segundo os Censos de 2011, foi um dos cinco concelhos de todo o Alentejo que viu a sua população aumentar face aos Censos de 2001, porém, o fenómeno de migração acentuou-se com a referida crise, havendo tendência de crescimento negativo de 2011 até então. De qualquer modo, é com atitude positiva e determinação que continuamos a trabalhar com seriedade a pensar no futuro e a acreditar na retoma económica do país, que será positivo para o nosso Concelho e para toda a região do Alentejo.
UM CONCELHO COM AUTENTICIDADE QUE CONVIDA À DESCOBERTA DA NATUREZA O concelho de Viana do Alentejo tem cerca de 5700 habitantes (Censos 2011) distribuídos por três freguesias – Aguiar, Alcáçovas e Viana do Alentejo. Tem uma área aproximada de 393 km2 e está a hora e meia de Lisboa e Espanha, perto da costa alentejana e do grande lago de Alqueva. É um concelho rico em património edificado – Castelo e Igreja Matriz de Viana do Alentejo, Santuário de N.ª Sr.ª D’Aires, Igreja Matriz de Alcáçovas, Palácio dos Henriques, Fonte do Paço e Anta, em Aguiar - e cultural que merece uma atenção especial e visita, sem esquecer também a beleza da paisagem natural que convida à descoberta da natureza.
XVI ROMARIA A CAVALO: MOITA-VIANA DO ALENTEJO
Em termos sociais, que medidas a Câmara tem desenvolvido para os minimizar, sobretudo no quadro da atual crise financeira, que certamente também apoquentou as famílias e as empresas do concelho… Sabendo que o emprego é o grande fator de estabilidade social, procuramos ter ações junto dos empregadores e da população. No que diz respeito aos empregadores, o Município tem prestado aos empresários locais um apoio constante através do Gabinete de Apoio ao Desenvolvimento Económico. Em parceria com outras entidades procuramos auscultar as necessidades dos empresários e, dentro das nossas competências, disponibilizamos alguma informação, nomeadamente sobre novas oportunidades de financiamento comunitário. No que respeita à derrama, o Município tem uma taxa muito reduzida para microempresas com um volume de negócios inferior a 150.000 euros / ano (0,25%). Pretendemos, assim, dar resposta às dificuldades económicas que as empresas atravessam. Quanto ao IMI (Imposto Municipal sobre Imóveis), introduzimos o desconto familiar: desconto de 10% para famílias com um filho, 15% para famílias com dois e 15% para famílias com três ou mais filhos. De referir que a taxa de IMI é a mínima, ou seja, 0,3%. Com estas medidas, pretendemos apoiar as empresas existentes, atrair novas empresas e novos residentes, tendo em conta as várias potencialidades do concelho, e atenuar, na medida do possível, a carga fiscal sobre famílias, sobretudo as mais numerosas. Na área da educação, no âmbito da Ação Social Escolar, o Muni-
cípio presta auxílios económicos aos alunos do pré-escolar e 1º ciclo, de agregados familiares mais desfavorecidos para fazer face aos encargos relacionados com o prosseguimento da escolaridade, o mesmo acontecendo com os alunos que frequentam o ensino superior, com a atribuição de bolsas de estudo por carência económica. Já na área social, os nossos seniores dispõem de descontos através do Cartão Sénior e criámos, ainda, a Loja Social do Concelho de Viana do Alentejo que presta apoio a famílias carenciadas económica e socialmente, bem como o Banco Local de Voluntariado.
O que diria se lhe perguntassem sobre as especificadas turísticas do concelho? Por exemplo, que, tal como em todo o Alentejo, também aqui a gastronomia é um cartaz de visita e convida à descoberta de sabores bem tradicionais. A doçaria, um dos ex-libris do concelho, é motivo para a realização de uma Mostra em Alcáçovas que todos os anos, em dezembro, nos leva por uma viagem à doçaria de cada região do país, com os afamados Bolo Conde de Alcáçovas, Bolo Real, Sardinhas Albardadas e Amores de Viana, a fazerem as honras da casa. O artesanato tradicional, choca-
lhos e olaria, feito por quem há muito guarda o segredo desta arte, é muito apreciado, tendo o chocalho ganhado outra dinâmica através da classificação de Património Cultural Imaterial com Necessidade de Salvaguarda Urgente, pela UNESCO. Que projetos podemos antever a médio e longo prazo? O Município de Viana do Alentejo está a trabalhar em alguns projetos (municipais e intermunicipais), tendo sempre em conta o desenvolvimento integrado do concelho. São exemplos, entre outros: o Centro Social de Aguiar, a requalificação dos Centros Históricos (2.
ªfase, em Viana do Alentejo), a requalificação da envolvente ao Santuário de N.ª Sr.ª D’Aires, o Projeto Cultural do Paço dos Henriques / Fabrico dos Chocalhos, a Candidatura do Montado a Património da Humanidade da UNESCO, a constituição da Associação Portuguesa de Cidades e Vilas Cerâmicas, o alargamento do Perímetro de Rega do Alqueva, os Percursos Pedestres – Grande Rota do Montado e os Centros Interpretativos e de Acolhimento Turístico, entre outros. Evidentemente que para a concretização da sua maioria, será necessária a obtenção de fundos comunitários para o efeito.
O ORGULHO PELO FABRICO DO CHOCALHO TER “VENCIDO” NA UNESCO O presidente da Câmara de Viana do Alentejo considera que «os valores patrimoniais são um fator decisivo para o progresso e para a afirmação de qualquer região». Por isso, orgulha-se da consagração do Fabrico dos Chocalhos ter sido inscrito, no final do ano passado, na Lista da Salvaguarda Urgente do Património Cultural Imaterial da UNESCO. «Pensamos que o processo de preservação e revitalização desta tradição inicia agora uma nova fase, onde os desafios serão maiores, onde a responsabilidade é, igualmente maior, de modo a conseguirmos manter esta atribuição» Foi um processo muito árduo, iniciado em 2010 mas, sublinha, o autarca, «a conquista do selo da Unesco irá permitir a continuidade e salvaguarda desta arte secular, apostando também na inovação e promoção junto de novos mercados turísticos, sabendo nós que a identidade é determinante na diferenciação de um destino ou até mesmo de novos mercados e produtos». E acrescenta: “há uma série de medidas de salvaguarda, que naturalmente apresentarão um carácter dinâmico, entre elas a criação de um centro interpretativo do chocalho, assim como um centro de documentação, o desenvolvimento de uma rede de parcerias institucionais desde logo, o incentivo à transmissão de conhecimentos / técnicas envolvidas nesta arte, a criação de linhas de apoio para a promoção e marketing , entre muitas outras…». SEMMAIS | SÁBADO | 16 DE ABRIL | 2016 | 13
XVI ROMARIA A CAVALO: MOITA-VIANA DO ALENTEJO ROMARIA A CAVALO UNE OS CONCELHOS DA MOITA E DE VIANA DO ALENTEJO, NUMA TRADIÇÃO QUE CONTINUA A CRESCER
A cavalgada que é romaria confunde-se com um western rumo à célebre missa campal, em pleno Santuário de Nossa Senhora d´Aires. O mesmo que exibe uma singular monumentalidade para ser o palco privilegiado da Romaria a Cavalo. Com uma arquitetura sublime, o templo parece desligado do mundo, distante da vila, mas entre as terras agrícolas da região. O local de culto nasceu em 1748, devido a uma epidemia que grassou na região.
São esperados algumas centenas de romeiros e dezenas de charretes. São 150 quilómetros de um colorido especial que mantém uma tradição com grande carga religiosa. A romaria procura agora a internacionalização. TEXTO ROBERTO DORES IMAGEM SM
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ão às centenas os cavalos e os cavaleiros. Dezenas de charretes dão um colorido especial à aventura. Como se de um western se tratasse perfilados por esses campos fora. A romaria que une fés e tradições, entre a Moita e Viana do Alentejo, volta a pisar a
Padroeira Nossa Senhora de Aires antiga Canada Real quarta-feira para cruzar 150 quilómetros (mais ou menos) de caminhos de terra batida e quintas. Sábado, lá para a tarde, os romeiros chegam a Viana do Alentejo, recebidos pela habitual multidão (assim o tempo ajude). Em ambiente de festa mas com o sentimento da missão cumprida. A tradição segue domingo
E eis que por aí está a 16.ª edição da romaria que continua a crescer, depois de Viana do Alentejo e Moita ousarem «desenterrar» uma secular tradição dos agricultores, que anualmente faziam deslocar centenas de romeiros, acompanhados pelos seus animais, até ao concelho alentejano. Por ali benziam o gado durante a procissão em Honra de Nossa Senhora d´ Aires, a padro-
JOSÉ ARTUR ESTRELA, PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DA CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA DO GUADIANA INTERIOR E APOSTA NA INICIATIVA
«Evento tem prestado enorme contributo ao desenvolvimento, tradições e gentes locais»
A Romaria a Cavalo Moita – Viana do Alentejo é uma tradição secular que nos dias de hoje tem uma projecção nacional, envolvendo participantes de todo o país. Assim com o passar dos anos tem delineado um importante contributo para o desenvolvimento socio-económico e turístico do concelho de Viana do Alentejo. Este crescimento sustentado, assente nas nossas tradições e costumes, com o qual nos identificamos, foi desde sempre apoiado pela nossa instituição.
Um dos principais patrocinadores da iniciativa é a Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Guadiana Interior. O presidente do Conselho de Administração, José Artur Estrela, explica o porquê desta aposta e da importância da CCAM no apoio ao mundo rural Qual a importância do evento no contexto da estratégia de expansão da CCAM no concelho e zonas adjacentes? O primeiro objectivo deste apoio tem a ver com a forma de estar e de actuar que distingue o Crédito Agrícola do Guadiana Interior, próximo das pessoas, das associações e clubes locais, escolas, autarquias e com elas desenvolver estratégias de parcerias directas para a viabilização de projectos de interesse local / regional. É sabida da visão da CCAM relativa ao apoio às tradições das gentes ligadas ao mundo rural, é neste contexto que se insere o vosso apoio?
O Crédito Agrícola é um grupo financeiro de âmbito nacional, e motor de desenvolvimento local. Conhecemos a fundo o tecido empresarial das várias regiões onde actuamos, e temos como missão contribuir em diversos níveis – económico, social, cultural e desportivo – para o progresso das comunidades locais em que somos uma instituição de referência. Neste sentido, e numa linha de proximidade, o mundo rural e as suas gentes constituem uma prioridade de actuação. Há quanto tempo a CCAM apoia a iniciativa e como tem acompanhado o crescimento da mesma?
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Quais as novidades que destaca do evento e de que forma a CCAM vai manter a sua presença? Este ano destacamos a referência feita à arte chocalheira e à sua distinção como Património Cultural Imaterial da UNESCO, fundamental para garantir este património no futuro. Esta tradição, passada entre gerações, proporciona um sentimento de identidade e continuidade histórica que permite às comunidades locais perceber essa arte como uma herança cultural colectiva. Em relação à nossa presença, mantemos a dinâmica usada ao longo dos anos, principalmente reforçando a nossa imagem institucional aquando da passagem dos Romeiros no concelho de Viana do Alentejo.
eira dos animais, aproveitando ainda os homens da terra para pedirem boas colheitas. Como nos 15 anos que ficam trás também quarta-feira a concentração se fará à primeiras horas da manhã no Largo da Feira, onde os participantes ultimam os preparativos da viagem, com o respetivo aparelhamento dos animais, atrelagem e aco-
modação de pessoas e bagagens. A partida segue dentro de momentos da Igreja de Nossa Senhora da Boa Viagem, cuja imagem vai acompanhar a comitiva. É no campo que os romeiros comem e pernoitam, bem à maneira antiga, mas quem não se adaptar ao modelo rural é livre de escolher uma alternativa por sua conta e risco.
CRISE NA AGRICULTURA TERMINOU TRADIÇÃO
A romaria entre Moita e Viana do Alentejo funcionou durante largos anos como uma espécie de ritual dos agricultores, que percorriam os 150 quilómetros pela antiga “canada real” – também conhecida como estrada dos espanhóis – para participarem na procissão de Nossa Senhora d’Aires, a quem pediam a bênção dos seus animais. Há 70 anos a tradição era interrompida, para “ressuscitar” em 2001. Foi o crescente abandono da atividade agrícola, que conduziu ao abandono da terra, que levou ao desaparecimento da tradição. Hoje, os romeiros deslocam-se de todo o país para participarem no evento, que termina com festa no Alentejo.
CEIA DA SILVA REALÇA IMPORTÂNCIA DO TURISMO EQUESTRE E GARANTE PLANO PARA O FUTURO DO CLUSTER
«A Romaria prova de que a conjugação de esforços é o melhor caminho»
TEXTO ANABELA VENTURA IMAGEM DR
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ara a Entidade Regional de Turismo do Alentejo/Ribatejo, a Romaria a Cavalo Moita-Viana do Alentejo é, como acontece neste tipo de iniciativas, «um click que leva o turista a sair do sofá para fazer uma visita a um território, ao mesmo tempo que permite aumentar a taxa de permanência média e projetar o território». Quem o afirma é Ceia da Silva, o líder do turismo alentejano, cuja acção tem colocado o Alentejo no mapa nacional e internacional. De forma abrangente, e seguindo o mesmo raciocínio, Ceia da Silva considera que a importância deste tipo de eventos são, pois, «catalisadores na promoção de visitas» e geradores de novas dinâmicas nos diversos territórios.
Eventos não são um custo, mas sim investimento Mas mais importante, afirma, categoricamente o líder do turismo do Alentejo, é pensar que os eventos «não são um custo, mas sim um investimento com retorno». Embora, segundo o próprio, se tenha que distinguir uns dos outros, porque «nem todos apresentam esse papel. «É necessário que sejam diferenciadores, porque a identidade é decisiva», sublinha. Ceia da Silva, referindo-se especificamente à Romaria, reafirma a importância do turismo equestre nas duas regiões. «Temos um plano operacional concluído para este cluster e estamos a pensar avançar com uma candidatura para a sua implementação», disse. E acrescentou: «Esta é a prova de que ninguém faz sozinho, pelo que a conjugação de esforços entre as várias entidades é fundamental».
NEGOCIOS PROJETO ALUDE À MELHORIA DA LIGAÇÃO FÉRREA ENTRE MADRID E LISBOA, MESMO COM PORTUGAL FORA DO TGV
Alta velocidade avança mas só até Badajoz O investimento ronda os 310 milhões de euros e vai ser comparticipado pelo Fundo para o Desenvolvimento Regional Europeu. A intenção do governo é ganhar competitividade. TEXTO ROBERTO DORES IMAGEM SM
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Comissão Europeia aprovou o projeto para o desenvolvimento da linha de alta velocidade que vai ligar Madrid à fronteira portuguesa do Caia, com passagem pela Extremadura espanhola. O investimento ronda os 310 milhões de euros e vai ser comparticipado pelo Fundo para o Desenvolvimento Regional Europeu com 205 milhões. Mas há uma curiosidade: o projeto fala da melhoria da ligação férrea entre «Madrid e Lisboa», apesar de se saber que Portugal está fora do TGV. O assunto é citado no último parágrafo do anúncio publicado no site oficial da Comissão Europeia, onde é assumido que a linha de alta velocidade vai permitir melhorar a ligação entre as duas capitais ibéricas. Isto ape-
sar do Governo português já ter manifestado que não tem a intenção de dar asas ao projeto. De resto, foi o próprio ministro do Planeamento e das infra-estruturas, Pedro Marques, que o garantiu numa recente entrevista ao Jornal de Negócios, deslocando o foco nacional para a qualificação do “transporte ferroviário de mercadorias”, tencionando apostar forte nesta valência, conferindo-lhe «competitividade». Obra de Bruxelas liga Lisboa-Madrid-Lisboa Recorde-se que esta obra aprovada agora por Bruxelas faz parte de um sistema ferroviário de alta velocidade que pretende criar um corredor atlântico, como lhe chama a Comissão Europeia, ligando Lisboa, Madrid, Paris e outras linhas internacionais francesas e alemãs,
mas o projeto português contempla a construção de uma nova linha ferroviária entre Évora e o Caia, com 92 quilómetros, orçada em 626 milhões de euros – 257 milhões cabem ao
esforço nacional – que vai aumentar duas vezes e meia a capacidade dos comboios de mercadorias que partem de Sines para a fronteira, além de melhorar os acessos ferroviários aos
portos de Sines e de Setúbal, segundo foi avançado pelo presidente da Infraestruturas de Portugal, António Ramalho. O executivo prevê que o projeto esteja concluído em 2020.
Colóquio sobre micro, pequenos e médios empresários
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uestões de interesse para o funcionamento das empresas são discutidas num colóquio, de participação gratuita, a realizar no dia 28, à tarde, no Ninho de Novas Iniciativas Empresariais de Setúbal. O encontro, organizado pela CPPME – Confederação Portuguesa das Micro, Pequenas e Médias Empresas, em parceria com a Câmara Municipal e a APERSA – Associação dos Pequenos Empresários da Região de Setúbal e Alentejo, é aberto, às 14h30, com intervenções da presidente da autarquia, Maria das Dores Meira, e do presidente da CPPME, João Vicente. A iniciativa, a decorrer até às 17h30, destina-se a micro, pequenos e médios empresários, que contam com apresentações de especialistas em assuntos económicos e empresariais. Os economistas Eugénio
“Open Day” de Ciências na ESCE do Instituto Politécnico de Setúbal Rosa e Afonso Luz abordam, respetivamente, o “Orçamento do Estado 2016 – Consequências nas Empresas” e a “Fiscalidade e Sustentabilidade das Empresas”. O colóquio, moderado por Emídio Simões, da Mediaction,
empresa instalada no Ninho de Novas Iniciativas Empresariais de Setúbal, prossegue com “Fundos Comunitários – Portugal 2020”, por Nuno Paulo, especialista em estudos do trabalho e organização empresarial, seguindo-se um debate.
Vale dos Barris Branco 2015 conquista medalha de ouro em França
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Vinho Vale dos Barris Branco 2015, da Adega Cooperativa de Palmela, acaba de conquistar mais uma medalha em França, no Concurso Internacional Challenge du Vin. Desta vez foi uma medalha de Ouro. Trata-se de um vinho especial composto a partir da casta mos-
catel que lhe dá um intenso aroma floral com algumas notas de flor de laranjeira e pétalas de rosas. Pode ser servido como aperitivo ou a acompanhar pratos de peixe grelhado ou assado no forno e marisco cozido ou grelhado. No concurso realizado entre os dias 1 e 2 de Abril, mais de 5
mil vinhos originários de 38 países foram provados ao longo de dois dias em Bordeaux, França, por 700 profissionais, consumidores e amantes de vinho. O concurso Challenge du Vin é o maior concurso internacional de vinhos realizado em França, sendo regido por rigorosos padrões de alta qualidade.
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o dia 28 de abril, a Escola Superior de Ciências Empresariais do Instituto Politécnico de Setúbal (ESCE/IPS) abre as suas portas aos alunos do ensino secundário e profissional para participarem no “ESCE/IPS Open Day”, onde por um dia podem desempenhar o papel de gestores e empreendedores. Os alunos vão ter a oportunidade de participar em atividades práticas e de conhecer a dinâmica da escola, a oferta formativa, as saídas profissionais e projetos, num dia que pretende ser de descoberta e conhecimento com a realização de várias iniciativas pedagógicas e lúdicas. Sob o tema “Vive hoje o teu
futuro”, os alunos têm a possibilidade de viver experiências reais através de atividades de simulação em que podem gerir uma organização de sucesso, organizar um evento ou desempenhar o papel de empreendedores. Durante este dia os alunos podem também contactar com o quotidiano de diferentes áreas profissionais como Gestão, Contabilidade e Finanças, Marketing, Recursos Humanos, Sistemas de Informação, Distribuição e Logística, desenvolvendo competências na área do trabalho em equipa, gestão do tempo, resolução de problemas e comunicação. As inscrições decorrem até 20 de abril no portal do IPS, sendo que os alunos podem participar individualmente ou em grupo.
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NEGÓCIOS PLATAFORMA PORTUÁRIA TOTALIZOU NOS PRIMEIROS TRÊS MESES DO ANO 11,3 MILHÕES DE TONELADAS
Porto de Sines aumenta 13,4 por cento na movimentação geral no primeiro trimestre Os movimentos no porto de Sines aumentaram em todos os segmentos, desde os contentores, à carga geral, graneis sólidos e líquidos. O número de entrada de navios também cresceu. A tendência é para continuar a subir. TEXTO ANABELA VENTURA IMAGEM SM
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plataforma portuária de Sines movimentou nos primeiros três meses do ano mais 13,4 por cento de mercadorias comparativamente ao período homólogo do ano passado, totalizando 11,3 milhões de toneladas. Segundo dados fornecidos pela Administração do Porto de Sines e Algarve, nos principais segmentos de carga registou um crescimento de 29,4
por cento nos granéis sólidos, 25,2 por cento na carga geral e 1,7 por cento nos granéis líquidos. No mesmo período, a área da contentorização atingiu um movimento de 309.822 TEU (medida-padrão equivalente a contentores com 20 pés de comprimento), o que representa mais 10,9 por cento face a 2015. Contentores de Sines valem metade do setor Neste segmento importa sublinhar que o porto de Sines, segundo os dados divulgados pela
Autoridade da Mobilidade e dos Transportes, órgão regulador do sector, Sines mantém posição cimeira, valendo mais de metade do sector”, sublinhou a AMT em comunicado. Já no que diz respeito às embarcações foi registado um crescimento de 20,7 por cento nos navios recebidos naquela estrutura portuária, a par do aumento do porte dos mesmos, mais 24,1 por cento no Gross Tonnage, que significa a arqueação bruta dos navios.
Okasa está celebrar 10 anos de atividade
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Okasa, mediação imobiliária, sedeada no shopping Aranguês, em Setúbal, celebrou no passado dia 8, o seu 10.º aniversário. No cocktail, onde não faltou o bolo de aniversário, marcaram presença de diversos representantes de entidades bancárias, notários e clientes. A gerente Vanda Ferreira afirmou que há 10 anos que a empresa «tenta satisfazer os sonhos de muita gente de Setúbal e arredores». Apesar da crise financeira, Vanda Ferreira garante que «a firma conseguiu vender casas e dar a volta por cima. Estamos, novamente, a vender bem». A empresária explica que o negócio, que dá emprego a 5 pessoas, abrange o concelho de Setúbal, nomeadamente no arrendamento e comercialização de imóveis da banca e de particula-
res. «Vendemos produtos em mais em conta, até ao médio alto», sublinha a gerente. Vanda Ferreira reconhece que não foi fácil chegar aos 10 anos de atividade, devido a um «período complicado» devido à crise económica, o que obrigou ao fecho de algumas delegações mas, reconhece que 2015 já foi um «bom ano» e 2016 também está «no mesmo caminho». Questionada sobre a
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prenda que gostaria de receber em dia de festa, Vanda Ferreira revelou que em dia de aniversário a empresa fechou negócio e fez escrituras, o que é «muito positivo». Quanto a perspetivas para o futuro, Vanda Ferreira realça que a empresa faz questão de «continuar a crescer» e, eventualmente, até «abrir mais lojas». Existem várias pessoas interessadas em entrar no projeto, através de «franchising da marca».
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25 Abril de
Municípios celebram liberdade com concertos e fogo-de-artifício Os treze municípios da região prepararam um vasto programa para celebrar, no dia 24, os 42 anos do 25 de Abril de 1974, data importante para a conquista e garantia dos direitos e liberdades fundamentais dos cidadãos portugueses. TEXTO ANTÓNIO LUÍS IMAGEM SM
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s municípios da região convidam a população a sair à rua para festejar, com música, foguetes e outras iniciativas, para recordar e comemorar a data histórica em que a Liberdade foi devolvida ao povo português e iniciado o processo que viria a terminar com a implantação do regime democrático. Em Grândola, a estrela é Sérgio Godinho, um dos nomes
maiores da música portuguesa de intervenção. O cantor atua no palco montado junto ao complexo desportivo José Afonso, às 23 horas. À 0h20 há fogo-de-artifício e às 0h30 o DJ Josef Jordão entra em ação. O destaque em Almada vai para o concerto no dia 24, às 22 horas, dos UHF e dos Diabo na Cruz, na praça S. João Baptista. À meia-noite há fogo-de-artifício. No dia 25, às 9 horas, há desfile da liberdade, entre a praça do MFA e a de S. João Baptis-
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ta, e às 21h30, no auditório Fernando Lopes-Graça, tem lugar um espetáculo a partir das palavras de João Monge, André M. Santos e José Peixoto. Em Alcácer do Sal, o cantor António Zambujo dá um concerto na noite do dia 24, às 22 horas, seguindo-se fogo-de-artifício à meia-noite. Pela noite dentro há animação a cargo da DJ Olga Ryazanova. No Montijo, a Escola de Artes Sinfonias & Eventos e João da Ilha promove o espetáculo co-
memorativo do 25 de Abril, no dia 24, às 21h30, no teatro Joaquim D´Almeida. Após 42 anos, a revolução ganhará vida através da Música, da Dança e da Poesia, numa noite em que as palavras de ordem serão “Memória” e “Liberdade”. O destaque no Seixal vai para os concertos de Carminho, às 22 horas, e dos D.A.M.A, às 0h30, na noite em que se comemoram os 42 anos da Revolução dos Cravos. À meia-noite é lançado o fogo-de-artifício.
Barreiro acolhe o desfile da Liberdade no dia 24, a partir das 21 horas, desde a Av.ª de St.ª Maria até ao parque da cidade. A partir das 22 horas realiza-se o concerto com Jorge Palma e, à meia-noite, sobe ao palco Capicua, no parque da cidade. Celina da Piedade dá um concerto no castelo de Sines, no dia 24, a partir das 21h30. Além do concerto de Celina da Piedade, a noite da liberdade inclui a estreia do documentário “Mar de Sines”, sobre os pescadores
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de Sines, e um espetáculo de fogo-de-artifício. Em Santiago do Cacém, a partir das 22 horas, no dia 24, no parque verde da Quinta do Chafariz, tem lugar o concerto com Carlão e os convidados, Sara Tavares e Sam The Kid. A partir das 24 horas há fogo-de-artifício e animação pela noite dentro com o DJ Dadão. Concertos com cantores de luxo Em Palmela os Virgem Suta atu-
am, dia 24, às 22 horas, nos bombeiros de Pinhal Novo. No dia 25, às 11 horas, a biblioteca de Palmela acolhe a sessão solene da Assembleia Municipal, às 16h30, na SIM de Qt.ª do Anjo há concerto com a banda da SIM, e às 21h30, no teatro S. João, tem lugar o espetáculo “Canto a Canto”, pela Orquestra Palmela Encore. Um concerto com os Corvos, às 22 horas, na Praça de Bocage, é o ponto alto dos festejos, no dia 24, em Setúbal.
Antes do concerto, é projetado um filme alusivo aos 42 anos do 25 de Abril e a distribuição de cravos. Às 23h30, decorre apontamento musical da Capricho Dixie Band e às 0 horas, na Doca dos Pescadores, há fogo-de-artifício. Na Moita, no dia 24, às 22h30, a fadista Raquel Tavares dá um concerto, na Praça da República. No dia 25, às 10h30, a população, o movimento associativo e os representantes das autarquias saem à rua para participar
no Desfile da Liberdade, que começa no Largo do Mercado e culmina na Praça da República, com largada de pombos. Em Sesimbra, no dia 24, a fortaleza de Santiago recebe a Ala dos Namorados, às 22h30. Na Qt.ª do Conde, a noite é animado com “Contos Velhos, Rumos Novos”, um espetáculo com canções de abril. Segue-se fogo-de-artifício às 0 horas. No dia 25, em Sesimbra, às 10.30 horas, há arruada pela banda da Sociedade Musical, a que se seguem
várias atividades na Praça da Califórnia. Uma noite popular, com música, febras, pão e vinho, no Largo de S. João, celebra a liberdade em Alcochete. A partir das 22 horas atua o grupo de percussão Batucando, seguindo-se às 23h30, a distribuição de febras, pão e vinho, música de intervenção pelos Insígnia e a distribuição de cravos ao som das canções/senhas “E Depois do Adeus” e “Grândola Vila Morena”.
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Mensagens de Abril Construir Abril: Implementar as Regiões Administrativas
Continuar a lutar por um tempo novo
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Contudo, Portugal continua a adiar uma solução regional prejudicando deste modo o país, as suas populações e em particular o Alentejo. Continua a faltar a criação das Regiões Administrativas – o pilar intermédio que falta no triângulo do Poder Constitucional e que fará a ligação entre os dois níveis de administração pública já existentes (Administração Central e Administração Municipal).
A Revolução dos Cravos, uma das revoluções mais bonitas da história da humanidade no século XX, faz-nos recuar a um tempo negro da vida dos portugueses, um tempo sem direitos, sem liberdades e garantias, um tempo que selecionava para poucos aquilo a que todos temos direito: à igualdade, ao trabalho, à habitação, à educação, à segurança social, à justiça, à cultura, a um país que funcione sem vetos, que seja decidido por todos nós, na base da legitimidade democrática conquistada com o voto.
omemoramos este mês os 42 anos do 25 de Abril, um dos mais importantes acontecimentos da história do nosso país, que operou profundas transformações, sendo o poder local democrático, que celebra 40 anos, umas das suas maiores conquistas.
ANTÓNIO MENDES PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE GRÂNDOLA
A Declaração de Tróia, aprovada no Congresso AMAlentejo no passado dia 2 de abril, traduz a determinação de todos os que Amam o Alentejo em colocar em prática este importante objetivo, consagrado na Constituição da República Portuguesa. O próximo passo será a construção do Projeto-lei de iniciativa popular para a criação da Comunidade Regional do Alentejo o que exige a recolha de pelo menos 35 mil assinaturas e que será um passo intermédio, que contribuirá para minimizar a situação anómala existente na organização democrática do Estado.
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e todos os meses do ano, Abril tem um brilho especial, expresso nos olhos de quem nos rodeia e que vivencia a Liberdade conquistada há 42 anos.
RUI GARCIA PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DA MOITA
Neste ano em que assinalamos o 40.º aniversário da Constituição da República Portuguesa, cumpre-nos ler, reler e dar a conhecer o texto da nossa Constituição, recordar as lutas travadas ao longo de décadas por milhares de mulheres e homens para que esse texto fosse uma realidade, e lembrar que as sucessivas revisões constitucionais não foram benéficas para os trabalhadores e para o povo, que urge continuar a lutar por um tempo novo! Viva o 25 de Abril!
DESPORTO
Município almadense candidata-se a cidade europeia do desporto 2018
Almada vai estar ao rubro este sábado com o arranque do Troféu Almada, com mais de 30 modalidades desportivas, entre abril e junho, e a apresentação pública da candidatura de Almada a “Cidade Europeia do Desporto 2018”. mento associativo, “promove-se, em Almada, o desporto inclusivo e gratuito, com ofertas diferenciadas para crianças, adultos, idosos e cidadãos portadores de deficiência”. A Associação das Cidades Europeias do Desporto distingue, anualmente, a Capital e as Cidades Europeias do Desporto. O título “Capital Euro-
TEXTO ANTÓNIO LUÍS IMAGEM SM
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presidente do município de Almada, Joaquim Judas, formaliza publicamente, este sábado, às 18 horas, a candidatura de Almada a Cidade Europeia do Desporto 2018. A cerimónia realiza-se na Casa da Cerca – Centro de Arte Contemporânea, em Almada. Na ocasião, será entregue ao presidente da Associação Portuguesa das Cidades Europeias do Desporto, Nuno Pedro Santos, o documento que formaliza a candidatura almadense. Esta é uma candidatura promovida pela edilidade e procura traduzir publicamente “o esforço que tem sido feito no concelho no incentivo ao desporto e à atividade física”. Segundo uma nota de
imprensa da autarquia, Almada “apresenta elevados índices de prática desportiva, cerca de 10 por cento acima dos níveis nacionais, aproximando-se mesmo dos valores de referência europeus”. Para estes índices, sublinha, contribui “uma ampla rede de equipamentos desportivos, à qual se soma uma forte atividade de mais de 120 associações, clubes e coletividades”.
Boa oferta de equipamentos desportivos Entre oferta municipal e associativa, no concelho existem 17 grandes campos de jogos, 117 pequenos campos de jogos, 28 campos de ténis, 28 pavilhões desportivos, 99 salas de desporto, nove complexos de piscinas e uma pista de atletismo. Através dos diversos programas municipais de prática desportiva, assim como no apoio ao movi-
peia do Desporto” é atribuído a uma capital de um país europeu ou cidade com mais de 500 mil habitantes e o de “Cidade Europeia do Desporto” a cidades europeias entre 25 mil e 500 mil habitantes. Além do incentivo à vertente competitiva, esta iniciativa europeia procura promover o desporto informal e os estilos de vida saudáveis.
MAIS DE 30 MODALIDADES NO TROFÉU ALMADA O Complexo Municipal dos Desportos “Cidade de Almada”, no Feijó, recebe este sábado, a partir das 21 horas, a cerimónia de abertura do Troféu Almada, com entrada livre. A sessão terá início com um desfile dos clubes e entidades participantes e inclui demonstrações gímnicas. O Troféu Almada realiza-se de abril a junho, com mais de 30 modalidades desportivas a decorrer em diversos locais do concelho. É um programa que proporciona a prática da atividade física e desportiva através da participação em encontros de modalidades com carácter competitivo, de demonstração e convívio. É promovido pelo município, em parceria com as Juntas de Freguesia do concelho, entre outras entidades e associações.
III Corrida e Caminhada da Liberdade no Montijo
ATLETA DE XADREZ DO INDEPENDENTE FUTEBOL CLUBE TORRENSE
André Ershov sagrou-se vice-campeão nacional em Leiria Palmela recebe Campeonatos Nacionais de Orientação
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desporto vai marcar presença nas comemorações do 42.º aniversário do 25 de Abril no Montijo. No dia 25 de abril, a partir das 9h15, a Praça da República vai receber a III Corrida e Caminhada da Liberdade. As inscrições são gratuitas. O evento é organizado pelo município e pela Junta de Freguesia da União das Freguesias de Montijo/Afonsoeiro e pretende aliar os benefícios relacionados com a atividade física ao convívio de um dia de festa desportiva para
todas as idades. A corrida terá uma extensão de cinco quilómetros e a caminhada será realizada num percurso de três quilómetros. Ambas as atividades terão início na Praça da República, às 10h30. Antes das provas, haverá uma grande aula de zumba, a partir das 9h45. O evento tem o apoio dos Bombeiros Voluntários do Montijo, do Núcleo do Montijo da Cruz Vermelha Portuguesa, da PSP e do Serviço Municipal de Proteção Civil.
concelho de Palmela acolhe, nos dias 14 e 15 de maio, o 1.º Meeting de Orientação de Palmela - Campeonatos Nacionais de Distância Longa e de Sprint, numa organização da Associação de Deficientes das Forças Armadas (ADFA)/Delegação de Évora, Federação Portuguesa de Orientação e Município de Palmela. As provas decorrem em Marateca, no dia 14, e no Centro Histórico de Palmela, a 15, locais que foram palco dos últimos campeonatos europeus, realizados em 2014. É esperada a participação de mais de meio milhar de atletas, com idades compreendidas entre os 10 e os 80 anos, neste Meeting que prevê, também, a reali-
zação de uma prova de Orientação de Precisão, vertente inclusiva da modalidade. Paralelamente à vertente competitiva, a organização preparou percursos abertos para quem quiser iniciar-se na Orientação. No total, serão quatro percursos, com extensões entre os dois e os cinco quilómetros, adaptados a todos os graus de experiência e preparação física. Todos os percursos poderão ser feitos individualmente ou em grupo. As inscrições têm o valor de seis euros (com isenção do pagamento do aluguer do cartão eletrónico) e devem ser realizadas até 9 de maio.
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atleta de xadrez do Independente Futebol Clube Torrense, André Ershov, com 9 anos, sagrou-se vice-campeão nacional de Rápidas, no Campeonato Nacional de Jovens Individuais de Partidas Rápidas, que decorreu em Leiria, no passado dia 9 de abril.
A prova, organizada pela Federação Portuguesa de Xadrez, contou com a participação de 240 atletas de todo o país. O Independente Futebol Clube Torrense foi representado com duas formações no escalão de sub 8,10 e 12 e outra formação no sub14 a 20.
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EDITORIAL
OPINIAO
Vinte Anos Da CPLP: Contributos para o futuro
E Raul Tavares Diretor
Limpeza na banca é urgente
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veículo de resolução do crédito malparado proposto pelo primeiro-ministro para retirar pressão do sistema financeiro deveria ser acarinhado. Não se entende que os responsáveis partidários não se entendem sobre esta questão central e decisiva para acabar, de vez, com o sorvedouro bancário de dinheiros públicos, via contribuinte. Pelo contrário, como se viu esta semana, inclusive no debate no Parlamento, há lugar apenas para gincana política. Na verdade, se bem geridos, um controlo do Estado sobre estes ativos pode ser positivo. Normalmente, fica a sensação de que são perdas irremediáveis, para além dos efeitos que este lixo tóxico detém nos balanços das instituições bancárias e na sua solvabilidade. Por outro lado, e não é despiciendo, talvez Costa tenha razão em relação ao facto de com este instrumento de limpeza a banca possa exercer de uma vez por todas a sua função de apoio constante e linear à economia. Mas, há a questão central da necessária capitalização da Caixa Geral de Depósitos e essa é uma guerra com as instâncias da União Europeia e com as autoridades da concorrência. Parece ridículo que, em defesa do setor financeiro privado, o Estado esteja impedido de injectar dinheiro público no seu banco, quando o pode e é chamado a fazer de forma recorrente na banca privada.
ste ano comemoram-se os vinte anos de uma estrutura internacional única na qual têm assento Estados apesar de se denominar “Comunidade”. Recordemos os objetivos gerais da CPLP: Artigo 3º “a) A concertação político-diplomática entre os seus membros em matérias de relações internacionais, nomeadamente para o reforço da sua presença nos fora internacionais; b) A cooperação em todos os domínios, inclusive os da educação, saúde, ciência e tecnologia, defesa, agricultura, administração pública, comunicações, justiça, segurança pública, cultura, desporto e comunicação social; c) A materialização de projetos de promoção e difusão da Língua Portuguesa, designadamente através do Instituto Internacional de Língua Portuguesa.” Não pretendemos analisar os estatutos mas sim o funcionamento da CPLP mas de forma pragmática e teceremos considerações sobre os objetivos gerais que são de tal modo tão alargados que por vezes pode pressupor que a estrutura da CPLP tem capacidade de intervir em todas as áreas, o que na realidade não acontece porque existe a autonomia dos Estados que compõem a CPLP. È neste emaranhado de contradições e /ou desilusões entre a conceção teórica da CPLP e a sua prática que por vezes é linguagem corrente que a CPLP não serve para nada e torna-se inútil no apoio aos povos. Os portugueses têm como modelo comparativo a estrutura da União Europeia. Será injusto tecer esta comparação ou não? Digamos que em parte o comum do cidadão tem razão.
Entendemos que a CPLP surgiu num momento oportuno após a independência dos países africanos de língua portuguesa e como aglutinador do fecho do ciclo colonial e promover a identidade comum consolidando as convergências, na busca da paz que tanto se desejava e hoje estendida a quase todos os territórios. Também outras organizações internacionais surgiram para consolidar processos de paz entre povos. Na CPLP ao invés de outras estruturas internacionais as decisões são tomadas por unanimidade na maioria das decisões e o peso de voto é igual “interpares”. Mas, tenhamos consciência que o mundo tem mudado ao longo destas duas décadas, países como Angola tem um envolvimento internacional como não ocorria no passado devido a diversos fatores internos e externos. São muitos os cidadãos com dupla nacionalidade no espaço lusófono. E não nos esqueçamos que num futuro próximo, existirão no mundo 400 milhões de falantes em língua portuguesa e dois terços viverão no Brasil e Angola. Como tal, o eixo de relevância é deslocalizado para o hemisfério sul. Em 2016 o centro do mundo industrial e do desenvolvimento não está centrado na Europa, mas sim descentralizado, e como tal urge introduzir dinâmicas unificadoras entre os povos membros da CPLP. Se assim não acontecer, os interesses económicos e financeiros do mundo global que vivemos facilmente destruirão este sonho de irmandade que tanto apregoamos como exemplo para o Mundo, apesar de todos os focos de conflitos que existiram e outros que surgirão. Com muito pragmatismo
ESPAÇO ABERTO E LIVRE ZEFERINO BOAL
CONSULTOR DA SITEL PORTUGAL defendemos a existência de um acordo ortográfico único, seja ele qual for, só assim haverá contributo para que se cumpra o papel da língua portuguesa em diferentes áreas que vão desde o direito internacional ao reconhecimento de patentes, porque há força económica também para isso. Não esqueçamos o espaço marítimo internacional que é controlado ou deve ser controlado pelos Estados lusófonos e subindo no ar, tem implicações no espaço aéreo porque, tenhamos consciência e assumamos infelizmente alguns dos nossos países lusófonos delegaram esta autonomia e responsabilidade em Estados vizinhos; daqui advém a perda recursos financeiros e questões de defesa vulneráveis. Há um longo caminho ainda a percorrer no reconhecimento de competências profissionais e curriculares, entre Estados, quando assistimos a constância de preletores nomeadamente portugueses a deslocarem-se por exemplo a Angola lecionarem matérias que depois não são reconhecidas em Portugal. Há um imenso número de questões do âmbito social, económico, cultural e desportivo, entre outras pelo que há a fazer no âmbito da CPLP. Acreditemos na cidadania lusófona idêntica à livre circulação de pessoas e bens na União Europeia, porque hoje o dinheiro já circula de uma forma fácil e legalmente entre os Estados da CPLP, apesar dos
casos ilegais e nefastos que são públicos. Tal como sempre afirmamos é preferível capital proveniente de Angola e injetado numa empresa portuguesa e o inverso também, ao invés capital vindo de Espanha ou de outras paragens. Para aqueles que pensam o contrário e que respeito, olhem para a História da humanidade e constatem onde está o progresso e desenvolvimento em crescimento. Não esqueçamos de ter uma leitura bíblica para encontrar referências a povos que saíram do agora denominado médio-oriente e estacionaram no planalto angolano, onde por acaso existem as então denominadas “Minas de Salomão”. Acreditamos na CPLP como estrutura de suporte à cidadania lusófona, mas é necessário envolver as comunidades e não apenas as estruturas dos Estados. Vivemos um tempo em que as politicas têm que ser mais exigentes e transparentes e os cidadãos contribuírem para influenciar os decisores políticos. Temos que dar sinais significativos para a plena cidadania lusófona, criando nos curricula do ensino nos diversos Estados conhecimentos sobre a lusofonia. A união faz a força! Apesar das divergências, muitas resultantes das questões pontuais dos interesses a convergência é bem maior, e no caso angolano – português é um exemplo pragmático dos casos de amores e zangas existentes. Está na hora! Estamos juntos!
Draghi falou sobre o que já sabiamos
O
Conselho de Estado é o órgão constitucional de consulta do Presidente da República. Após a tomada de posse do atual Presidente da República, a primeira reunião deste órgão teve a original participação de uma personalidade estrangeira, no caso Mário Draghi, Governador do Banco Central Europeu,. Pese embora o facto da intervenção de Draghi ter sido feita como se tratasse de um ponto prévio aos da ordem de trabalhos sobre os quais os conselheiros deveriam pronunciar-se, a presença desta personalidade no Conselho de Estado suscita várias interrogações de natureza política, de legitimidade e de conteúdo. De natureza política porque revela a essência do mundo dos nossos dias, de sobreposição do domínio financeiro sobre o económico e sobre o político. A
primeira personalidade estrangeira que o Presidente da República convocou para tomar a palavra no Conselho de Estado é, nada mais nada menos, que um técnico que governa o Banco Central Europeu. A circunstância da Constituição da República estabelecer a subordinação do poder económico ao poder político, na alínea a) do artigo 80º, consigna um princípio constitucional que justificaria, a meu ver, que a primeira personalidade a ser convidada para o Conselho de Estado fosse uma personalidade nacional e consensual, pelo simbolismo dessa presença. Quanto à legitimidade do Presidente da República proceder – como procedeu – fazendo participar Draghi, como personalidade estrangeira, no primeiro Conselho de Estado, não se pondo em causa essa
22 | SEMMAIS | SÁBADO | 16 DE ABRIL | 2016
legitimidade, ela não deixa de ser estranha por ocorrer logo na primeira reunião do órgão de consulta do atual Presidente. É que a circunstância de Portugal pertencer a um espaço económico e político supranacional, no caso a UE, como aliás refere o artigo 1º da Constituição, não anula a soberania do país. Assim, parecia adequado que, a ter lugar a presença de alguém na primeira reunião, fora das personalidades que integram o Conselho de Estado, fosse um português que merecesse consenso geral. É que a prioridade no país, como bem se ensina na arte militar, é agora a de mobilizar todas as vontades para o êxito da batalha que temos contra o empobrecimento e com a qual estamos confrontados. Só essa mobilização gerará confiança, reforçando a coesão. Há entre nós historia-
POLÍTICA MESMO VITOR RAMALHO
ADVOGADO
dores de economia politica, personalidades de sobra. Por isso, o conteúdo da intervenção de Draghi não pode deixar de ser analisado sem reparo. Não tendo legitimidade política democrática, o Governador do Banco Central Europeu acabou por se pronunciar sobre a política seguida pelo anterior e pelo atual governo de Portugal. Ao fazê-lo, pôs em causa a vontade soberana do povo português, por mais voltas que se deem, e não contribuiu para uma atitude mobilizadora do país. Não
contribuiu, nem poderia contribuir. É que Draghi coloca como prioridade o domínio do financeiro sobre o económico e sobre o político, não tendo em atenção que os primeiros são meros instrumentos do último. É exatamente a subversão, pela EU, do princípio que as finanças e a economia devem subordinar-se à política que tem conduzido à Europa do empobrecimento. Daí que Draghi não pudesse trazer nada que não soubéssemos, com as consequências conhecidas. Falou sobre o que já sabíamos.
OPINIÃO
Empreendedorismo Social à boa maneira portuguesa
À PARTE LEVI MARTINS
O
modelo atual do ensino secundário, força os alunos aos 16 anos de idade a tomarem uma decisão se querem estudar ciências exatas, humanas ou biológicas. Esta decisão tem subjacente uma perspetiva relacionada com o futuro, associada à velha questão “ o que queres ser quando fores grande”. Chegado ao 12.º ano de escolaridade, o aluno que pretenda continuar os estudos e obter uma Licenciatura – 1º Ciclo, encontra em Portugal uma oferta formativa composta por 10 Áreas de estudo, nas quais existem à escolha 635 cursos superiores. Da oferta de Licenciaturas existem na Área de Ciências (47), Área da Saúde (34), Área das Tecnologias (147), Áreas de Agricultura e Recursos Naturais (25), Áreas de Arquitetura, Artes Plásticas e Design (69), Áreas de Ciências da Educação e Formação de Professores (11), Áreas de Direito, Ciências Sociais e Serviços (110), Áreas de Economia, Gestão e Contabilidade (73), Áreas de Humanidades, Secretariado e Tradução (55) e na Área da Educação Física, Desporto e Artes do Espetáculo (64). Em resumo, temos uma oferta de Licenciaturas, muito criativa, para todos os gostos e feitios.
Perante o vasto número de Licenciaturas existente, não tenho a menor dificuldade em perceber a criatividade de um Licenciado no âmbito da iniciativa “ Se fosse Eu”, para levar na mochila enquanto refugiado, um Smartphone, o Tablet, todas as jóias, um caderno, os lápis e as lãs. Confesso que quando era miúdo nunca pensei ser um refugiado, e aos 53 anos de idade não consigo imaginar-me numa situação idêntica. Penso e acredito que a condição de refugiado tem contornos brutais de violência e desrespeito pelos valores humanos, que não deve ser sujeita a ensaios sociais mediáticos do tipo “ E se fosse Eu”. Acredito que há outras formas de sensibilizar a opinião pública sobre o drama dos Refugiados, sobretudo junto de crianças e jovens adolescentes. Quando se escolhem figuras públicas para vestirem a “ pele do refugiado” corre-se o risco de ridicularizar os protagonistas e fazer cair no descrédito um dos principais problemas sociais do mundo, passando-se uma mensagem da realidade social totalmente inadequada. O século XXI é a época do “vale tudo”, em que a criatividade não tem limites para se chamar à
DIRETOR DA COMPANHIA MASCARENHAS-MARTINS
GATO ESCONDIDO COM O RABO DE FORA
E se fôssemos comer um kebab?
PAULO LOURENÇO
INVESTIGADOR SOCIAL
atenção. O direito à opinião justifica todos os pontos de vista, mesmo aqueles que corrompem valores que deveriam ser intocáveis. Quando os estrategas do Marketing Social embarcam na opção comercial do “chocar a opinião pública”, para obter mais clientes para a campanha, demonstram inequivocamente uma total falta de conhecimento real dos problemas sociais e um desrespeito por todos aqueles que se encontram involuntariamente na condição de desfavorecido socialmente. Chegamos a um ponto sem retorno. Só falta a campanha de brincarmos aos pobres e contratar uma figura pública para ir jantar à “sopa dos pobres”, estacionando à porta um carro topo de gama, debaixo dos holofotes da comunicação social, ou então levar os meninos do Jardim de Infância em fila indiana, para comerem uma sandes nos pontos de distribui-
ção de comida aos Sem Abrigo. Perante estes exemplos do “vale tudo”, do brincar à caridade, em que os modernos empreendedores sociais deveriam dar o exemplo e promovem uma causa social, com a prática de um “candidato a refugiado” que coloca na mochila um Smartphone, o Tablet, todas as jóias, um caderno, os lápis e as lãs, estamos claramente a banalizar, a ridiculizar um problema social gravíssimo que nos vai custar muito caro a curto prazo, o qual vai comprometer ainda mais o “meio milhão de jovens portugueses que têm o futuro suspenso”. Há um ditado português que diz “ quem boa cama fizer nela se há-de deitar”. Por isso, quando os nossos jovens candidatos a licenciados estiverem a escolher uma das 635 Licenciaturas, devem ponderar muito bem qual é o grau de empregabilidade e de credibilidade do curso que vão escolher, ou se preferem pegar na mochila.
Doce Liberdade
A
poucos dias da revolução de abril, nunca é de mais relembrar o valor da liberdade. Nada na vida compensa o preço de ser livre. Como é bom poder fazer o que se quer, escolher o próprio caminho, traçar os próprios planos. Infelizmente muitas vezes deixamo-nos escravizar pelos desejos dos outros, pelos nossos medos, pela não aceitação perante o outro, ou ainda pela possibilidade de não ser amado ou admirado, sem perceber que isso, no final, nos afasta ainda mais da ideia e do valor da liberdade. Outrora com outros afazeres, percorri corredores sombrios, frios, húmidos e desumanizados onde a palavra de ordem era a liberdade. A pergunta que soava era quase sempre a mesma: “Quando é que eu volto a ser livre?…”. Vulgarizar é desvalorizar a liberdade, esse bem extremo, composto por um ideal supremo, isto é o desejo de quer ser livre. Mas o que é ser livre? É a limitação de
poder circular no espaço público sem restrições? É ousar ler entre amigos livros, que para alguns menos letrados, poderão parecer uma ameaça, como se de um ataque bioquímico se tratasse? Como se ganha a liberdade? Ganha-se enfrentado às cegas as ondas do mediterrâneo numa batalha desigual entre o mar e o homem, numa espécie de The Hunger Games, em versão europeia ? A liberdade sempre foi tema e inspiração - ”Liberdade querida e suspirada, que o despotismo acérrimo condena… “ de poetas, pintores ou músicos. Ela tem servido de argumento e legitimação para os diversos cenários políticos, justificando revoltas ou até mesmo atos de violência da humanidade sobre si própria. Esse bem metafórico de valor incalculável que só alguns são detentores é um poderoso agente de mudança. É algo que se multiplica ou que se subtrai, que tem valor mas não preço. Outros há, que se julgam ser
CIDADANIAS ELISABETE CAVALEIRO
COORDENADORA PEDAGÓGICA donos da liberdade, uma espécie de seres superiores aos demais, que servem de modelo ideal para elevar a humanidade. Também existe os Srs. da liberdade dos outros, aqueles que se julgam donos de outro ser: Veja-se o 3.º maior negócio do mundo o tráfico de seres humanos, 90€ é o preço de custo da liberdade de um outro ser. Dispor da vida de alguém por 90€ é no minino ridículo. Quantos de nós já compramos vestuário, comida ou simplesmente qualquer bugiganga por 90€? Parece que o valor da vida, o preço da liberdade pode-se comparar a um par de sapatos ou a um jantar num restaurante qualquer. Aí liberdade, liberdade será que por seres do género
feminino condicionas os teus adeptos? Aí liberdade, que tens o poder de moveres o mundo, aí liberdade que tens a teus pés a democracia, aí liberdade que prendes nas tuas amarras a segurança dos povos e das nações. Sem ela só há tristeza, sem ela só há frustração e conformismo. Sem ela não há luz, há guerra e inveja. Mais do que lembrar abril importa cultivar os seus valores, importa perpetuar as motivações da revolução dos cravos. Importa semear a sua existência, progredir na sua essência e alargar a liberdade. Esta é a condição para que haja solidariedade, amor, respeito, felicidade e prosperidade. Que bom que é viver em liberdade!
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N
o Domingo passado estivemos com alguns amigos na Praça da República, Montijo, a fazer uma leitura encenada da mensagem do Dia Mundial do Teatro, de Anatoli Vassiliev. Embora não tenhamos tido a possibilidade de divulgar esta iniciativa da forma que gostaríamos, apareceram algumas pessoas. Ficámos a conversar no final. Foi bom. A certa altura senti um toque no ombro e, quando olhei, já tinha passado o dono de um pequeno espaço de restauração chamado Döner Time, que partia dali com o seu sempre amigável sorriso. Chegado a casa, reparei que tinha feito um post no Facebook sobre o que tinha visto: “Pessoas especiais com um objetivo comum, são poucas as pessoas que carregam uma mensagem do coração, mas hoje eu tenho experimentado isso, você também?”. O rapaz é turco, vindo da Holanda para o Montijo com a sua mulher, portuguesa e de cá. Pela história que me contaram, ela não queria assim tanto voltar. Ele, farto da Holanda e do tempo cinzento, é que propôs virem para o Montijo. Ainda fala pouco português, mas a sua simpatia é contagiante e o seu inglês muito bom. O Döner Time situa-se muito perto do Cinema-Teatro Joaquim d’Almeida. O Adelino Lourenço, nosso director técnico, cenógrafo, desenhador de luz, etc., foi o primeiro a lá ir. Na preparação do nosso espectáculo, Toda a gente e ninguém, acabámos por ir todos algumas vezes. Conversámos, explicámos o que estávamos a fazer. Ele ficou interessado, fez uma série de perguntas, quis ir ver – mesmo depois de avisarmos que talvez não fosse fácil entender o que era dito. No dia 4 de Março, colocou um aviso na montra: “Amanhã, Sábado, fecho às 21h00”. No final veio dar-nos um abraço – tinha gostado muito, achava importante estarmos a fazer espectáculos aqui, agora. E, pelos vistos, decidiu acompanhar o nosso trabalho a partir desse momento. Depois dos atentados que se têm sucedido um pouco por todo o Mundo, é importante perguntarmo-nos o é que estamos a fazer enquanto representantes de uma espécie capaz do melhor e do pior. Para cada gesto extraordinário, parece existir um contraponto assustador. Sem ser ingénuo ao ponto de achar que se poderá erradicar todos os conflitos da face da terra, a pergunta que penso que temos de nos colocar é: estou a contribuir para alguma coisa mudar para melhor, ou para que tudo fique na mesma, ou pior? Estes encontros entre pessoas vindas de locais muito diferentes ajudam, por vezes, a colocar as coisas em perspectiva. E se, em vez de andarmos armados em parvos uns com os outros, fôssemos comer um kebab?
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