semmais
Sábado 16 | Julho | 2016
Diretor Raul Tavares Semanário | Edição 911 | 9ª série Região de Setúbal Distribuído com o Expresso Venda interdita
MOVIMENTO QUER FAZER REGRESSAR OID À PENÍNSULA Fidélio Guerreiro, fundador e ex-presidente da Aerset, Associação Empresarial da Região de Setúbal, já extinguida, lidera um movimento “Pensar Setúbal”, que quer uma nova Operação Integrada de Desenvolvimento para a Península de Setúbal. O diagnóstico é muito idêntico aos rubricados nos anos 80, as soluções apresentadas têm algumas novidades.
NEGÓCIOS PÁGINA 12 SOCIEDADE PÁGINA 3
SOCIEDADE PÁGINA 4
POLÍTICA PÁGINA 10
Os concelhos mais turísticos da península de Setúbal, como Sesimbra, Palmela e Setúbal, na centralidade da “Arrábida”, e Almada, Alcochete e Montijo no “Arco do Tejo”, somam e seguem na captação de turistas. As percentagens vão de 12 a 25 por cento.
O projeto da “Macau Legend”, que vai revolucionar a zona ribeirinha da cidade sadina e, pela primeira vez, apostar na ligação entre as duas margens do Sado, entre Setúbal e Tróia, precisa do governo para avançar. Dores Meira já pediu audiência com o primeiro-ministro.
O primeiro-ministro, António Costa, garantiu que o dossier novo aeroporto low cost no Montijo deverá ficar arrumado ainda este ano. Uma das razões é o facto de o setor turístico estar a crescer e o aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, não poder crescer mais.
PENÍNSULA GANHA TURISTAS NO PRIMEIRO TRIMESTRE
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SETÚBAL QUER GOVERNO ENVOLVIDO NO “MACAU LEGEND”
ANTÓNIO COSTA PROMETE ‘ARRUMAR’ AEROPORTO DO MONTIJO ESTE ANO
ARESTAURANTE CASA SETÚBAL DO PEIXE PORTUGAL
RUA GENERAL GOMES FREIRE 138 | 960331167
SEMANA SETÚBAL QUER PARCERIA COM A UNESCO A PRESIDENTE DO MUNICÍPIO SADINO, DORES MEIRA, VAI PROPOR NA PRÓXIMA SEMANA, EM PARIS, UMA PARCERIA ENTRE O CLUBE DAS MAIS BELAS BAÍAS DO MUNDO E A UNESCO. A AUTARCA DESLOCA-SE A PARIS, DE 18 A 21, NO ÂMBITO DA PRESIDÊNCIA DO CLUBE DAS MAIS BELAS BAÍAS DO MUNDO, ATUALMENTE A CARGO DE SETÚBAL, PARA UMA SEMANA DE TRABALHO QUE INCLUI A AVALIAÇÃO DA ADMISSÃO DE BAÍAS CANDIDATAS E UMA REUNIÃO NA UNESCO COM O DIRETOR DO PROGRAMA DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O MEIO AMBIENTE. A AUTARCA VAI PROPOR PARCERIAS COM A UNESCO, NO ÂMBITO DAQUELE PROGRAMA, POIS CONSIDERA QUE «FAZ TODO O SENTIDO ASSOCIAR O REFERIDO CLUBE A PROJETOS COMO O ONE PLANET, ONE OCEAN E O LEARNING TO LIVE TOGETHER».
Incêndio em fábrica devoluta de Setúbal assustou na baixa
GNR apreende mais de 1 quilo de droga na Quinta de Conde
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s chamas lavraram numa fábrica de conservas devoluta paralela ao Clube Naval Setubalense, ainda em perímetro urbano. Foi na passada quinta-feira, por volta das 16 horas que foi dado o alerta de fogo, junto ao Mercado do Livramento. Este incêndio apresentou como principal dificuldade, a fal-
ta de acesso que os soldados da paz sentiram ao tentar chegar às chamas. Ficou extinto por volta das 20 horas. O local é frequentado habitualmente por pessoas sem-abrigo e toxicodependentes que foram interrogados no local por agentes da autoridade. Segundo o comandante Paulo Lamego, dos Bombeiros Sapadores de Setúbal, não foi deteta-
do ninguém dentro das instalações mas apenas muito lixo. «A estrutura era bastante debilitada. O incêndio decorreu no 1.º piso ao qual não tivemos acesso. Os pilares estão fragilizados. Havia muito lixo lá dentro». Além dos Bombeiros Sapadores de Setúbal e dos Voluntários, estiveram no local a PSP e a Proteção Civil.
Jaime Puna é o novo presidente rotário do concelho de Palmela
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aime Puna é o novo presidente do Rotary Club de Palmela, substituindo no cargo João Santos. A tarefa da transmissão de tarefas e tomada de posse da nova direção teve lugar na passada quinta-feira, no restaurante D. Isilda, em Palmela, durante a habitual reunião/jantar. Na mesma noite foi também celebrado os 19 anos do clube rotário palmelense, onde marcou presença o edil Álvaro Amaro. Para o novo mandato, Jaime
Puna tenciona continuar a olhar para a comunidade local através de iniciativas ligadas às áreas da saúde, ação social e educação. «Vamos continuar a estar envolvidos nas atividades rotárias a nível nacional e internacional, nomeadamente na irradicação da poliomielite e outras doenças, na promoção da paz mundial, e a trabalhar em parceria com outros clubes rotários e com a autarquia local», vincou. Durante a cerimónia foi en-
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tregue um cheque no valor de 1 100 euros à Misericórdia de Palmela destinado «às famílias mais carenciadas». Trata-se do fruto proveniente de um concerto que envolveu a banda dos Loureiros. Álvaro Amaro, presidente do município, elogiou o trabalho do RCP na comunidade, sublinhando que é um grupo com uma grande intervenção «cívica e social». Na sua ótica é fundamental o reforço da divulgação das ações rotárias.
ilitares do Núcleo de Investigação Criminal de Almada detiveram no dia 13 de julho, três homens com idades compreendidas entre os 25 e os 27 anos, por tráfico de estupefacientes, na Quinta do Conde e Fernão Ferro. No âmbito da investigação, foram realizadas cinco buscas domiciliárias e uma não domiciliária, onde foram apreendidos os seguintes artigos: 6 443 doses de haxixe; 18 pés de cannabis; 15 doses de MDMA; um exaustor industrial, dois temporizadores, um extrator/ ventoinha, um termómetro digital,
uma balança de precisão; seis frascos de substâncias anabolizantes, vulgo esteroides; três seringas e 53 agulhas; três telemóveis e 60 euros em numerário. Foram igualmente identificados dois homens, os quais se encontravam igualmente na posse de produtos estupefacientes e substâncias anabolizantes. Dois dos detidos estão, neste momento, a ser presentes para primeiro interrogatório judicial no Departamento de Investigação e Ação Penal de Almada, tendo o outro detido já sido sujeito a termo de identidade e residência.
SOCIEDADE PALMELA, SESIMBRA, SETÚBAL, ALMADA, MONTIJO E ALCOCHETE VALEM OFERTA TOTAL DE 7202 CAMAS TURÍSTICAS
Concelhos da península conquistam dormidas no primeiro trimestre deste ano No total, os concelhos que compõem as centralidades “Arrábida” e “Arco Tejo” valem 7202 camas turísticas e registaram crescimentos entre os 12 e os 25 por cento. O presidente da ERT-RL fala de aposta ganha. TEXTO ANABELA VENTURA IMAGEM SM
ERT-RL quer mais permanência no destino
s concelhos mais turísticos da Península, que a Entidade Regional de Turismo da Região de Lisboa (ERT-RL) designa como “centralidade Arrábida”, e que inclui Palmela, Sesimbra e Setúbal, registaram no primeiro trimestre deste ano mais de 70 mil dormidas. Segundo a ERTL, Sesimbra foi o que mais subiu, com 25 por cento, logo seguido de Palmela, 18 por cento e Setúbal, com 13 por cento. Também os concelhos da “centralidade Arco do Tejo”, registaram importante crescimento durante o mesmo período, com Alcochete a registar um aumento de dormidas na ordem dos 21 por cento, Montijo, com 16 por cento e Almada, com 12 por cento. No total, os municípios de Palmela, Sesimbra, Setúbal, Alcochete, Montijo e Almada, contam com um total de 7.202 camas turísticas.
O presidente da Entidade Regional de Turismo da Região de Lisboa, Vítor Costa, sublinha que «o crescimento nestes municípios é muito significativo e reforça as apostas que a ERT-RL efetuou, essencialmente, nos produtos turismo de natureza e turismo náutico, que pretendem aumentar a permanência no destino». Recorde-se que o Plano Estratégico para o desenvolvimento turístico na região de Lisboa 2015-2019 apresenta a região como um “mosaico de experiências”, integrando mais ofertas e promovendo quer a visita quer o aumento da estada média por parte dos turistas. O objetivo, segundo a ERT-RL, “é aumentar o contributo do turismo na região, melhorando a qualidade de serviço e a satisfação dos visitantes”.
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BARREIRO E MOITA FALAM NUMA CONQUISTA MUITO IMPORTANTE NA ÁREA DA MOBILIDADE
Transportes coletivos do Barreiro estendem-se a freguesias da Moita Os transportes coletivos do Barreiro já operam na Moita, por forma a melhor servir as populações. Município de Palmela também namora extensão ao Bairro Alentejano, Quinta das Marquesas e estação ferroviária de Penalva. TEXTO ANTÓNIO LUIS IMAGEM SM
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s autocarros dos Transportes Coletivos do Barreiro (TCB) estenderam-se, desde o passado dia 4 de julho, às freguesias da Baixa da Banheira, Alhos Vedros e Vale da Amoreira, nomeadamente as carreiras 1 e 2. Trata-se de uma data histórica e importante para as gentes dos concelhos da Moita e do Barreiro. Nesse dia, teve lugar uma primeira viagem inaugural pelos presidentes dos municípios da Moita e do Barreiro, Rui Garcia e Carlos Humberto, os quais foram acompanhados por representantes de várias instituições públicas e privadas. Carlos Humberto, edil barreirense, afirmou que o dia de hoje «é o concretizar de um serviço pelo qual temos lutado
há décadas», acrescentando que se pretende prestar um serviço «cada vez de maior qualidade, respondendo a uma necessidade não só destes dois concelhos, mas também da Área Metropolitana e de todo o País que é o direito das populações à mobilidade». A partir daquela data, Rui Garcia referiu que, «as populações da Baixa da Banheira, Vale da Amoreira e de Alhos Vedros têm acesso a uma oferta de transportes públicos de passageiros mais eficiente, porque são mais frequentes, mais próximos e mais económicos», assumindo este momento como uma «conquista muito importante do ponto de vista da mobilidade». Para assinalar e registar esta importante data, os municípios proporcionaram, também, à imprensa regional uma viagem
simbólica nas novas carreiras e um almoço no moinho de maré de Alhos Vedros. Palmela namora alargamento O edil de Palmela, Álvaro Amaro, que também esteve persente na cerimónia, realçou que também estuda a hipótese de alargamento dos TCB ao concelho de Palmela. «Já andamos a trabalhar neste assunto há cerca de 2 anos. Temos estudos de percursos, sobretudo no Bairro Alentejano, na zona das Marquesas, com expetativa de ligação à estação ferroviária de Penalva, na Quinta do Anjo. Aguardámos este protocolo para conhecer também os mecanismos de comparticipação e as responsabilidades de cada município», argumentou o edil, sublinhando que o «assunto está sobre a mesa e, pacientemente, aguardamos a avaliação desta experiência para experimentar
também no nosso concelho, na zona onde estamos mais próximo do Barreiro. Estamos disponíveis para assumir a nossa con-
traparte de responsabilidades na comparticipação do serviço. Aguardamos com muita expetativa».
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SOCIEDADE RESORT INTEGRADO DA “MACAU LEGEND” PROMETE 250 MILHÕES DE INVESTIMENTO EM SETÚBAL
Dores Meira quer ‘envolver’ Governo no mega projeto que vai revolucionar a beira-rio O projecto macaense, de David Chow, pode ser uma lufada de ar fresco no turismo e desenvolvimento da cidade sadina, nomeadamente na sua zona ribeirinha. O município está a apostar tudo nesta frente e quer envolver o governo de António Costa.
TEXTO RAUL TAVARES IMAGEM SM
O
empreendimento do grupo “Macau Legend”, liderado por David Chow, que prevê um investimento total de 250 mi-
lhões de euros num resort integrado na baia do Sado, entre as margens de Setúbal e península de Tróia, está a ser encarado pelo município setubalense como «um projeto âncora» para o desenvolvimento da zona ribeirinha.
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Pelo menos é esta a convicção da presidente do município, Dores Meira, que a semana passada esteve em Macau, onde assinou um memorando de entendimento que dá algum avanço à concretização do
mega resort, para onde se prevê uma marina, dois hotéis, de cinco e quatro estrelas, vários espaços comerciais, culturais e desportivos e algumas áreas residenciais de luxo. Com tudo a correr bem, o ar-
ranque da construção do empreendimento está previsto para o próximo ano e estima-se o envolvimento de mais de três mil trabalhadores. São fatores a ter em conta por parte do governo, sendo que a presidente da câmara, Maria das Dores Meira, já pediu uma audiência ao primeiro-ministro, António Costa, que o confirmou na noite de quarta-feira, em Setúbal, na iniciativa “Prestar Contas” (ver página 10). Por parte do grupo macaense, segundo noticiou o Público, foi reafirmado o «muito interesse» em investir em Portugal e particularmente em Setúbal. Sobretudo, porque, a “Macau Legend” tem o cluster do jogo como uma das suas parcelas de investimento. E, neste sentido, o grande objetivo é a eventual participação no Casino de Tróia, que é detido, neste momento, em 75 por cento pela Oxi Capital e 25 por cento pela Amorim Turismo, que já confirmou negociações com os empresários macaenses.
SOCIEDADE
Apostar na ligação Setúbal e Tróia Nesta medida, segundo o projeto, o investimento da “Macau Legend” passa pela criação de um terminal de ferries e táxis marítimos, de modo a melhor operacionalizar as ligações entre as duas margens do Sado. Isto é: entre o resort a localizar na zona ribeirinha de Setúbal e o Casino de Tróia. Segundo os pressupostos preliminares do projeto, a primeira fase, orçada em 150 milhões de euros, incluirá a construção da marina, do hotel casino, de blocos de apartamentos e de novas instalações para o Clube Naval Setubalense. Mas há que contar com o ‘agreement’ da autoridade portuária, uma vez que parte dos terrenos onde se prevê a implantação do resort estão sob alçada da agora Administração dos Portos de Lisboa, Setúbal e Sesimbra. A autarca, Dores Meira garantiu não esperar «dificuldades que possam impedir o an-
damento do investimento», mas para isso é necessário garantias tuteladas pelo governo, daí a importância do envolvimento de António Costa. A ideia subjacente às expectativas da presidente da câmara será, segundo explicou ao jornal “Público”, passar estes terrenos de uso portuário para o domínio municipal, situação que não é virgem e até defendida por alguns governantes dos últimos governos. E garantiu: «O governo está a acompanhar as negociações e vai haver cedência de uso com toda a urgência, talvez ainda em Julho ou Agosto». O Semmais contatou a atual administração do Porto de Setúbal, que se escusou a fazer «qualquer comentário», frisando apenas que «está a ser feito o trabalho de casa». Uma declaração que parece confirmar, por esta via, que também a autoridade portuária está, como não podia deixar de ser, a acompanhar o desenvolvimento deste importante dossier.
SOCIALISTAS CAUTELOSOS QUEREM «BONS PROJETOS» E NÃO PROMESSAS Com o PS no governo, a posição da federação socialistas sobre este projeto assume uma grande importância. Por um lado, vê a autarquia sadina, gerida pela CDU, a empreender em final de mandato uma marca de desenvolvimento; e por outro, terá que articular posições políticas com o seu governo. O presidente da federação, António Mendes, disse ao Semmais que «todos os projetos de investimento estrangeiro são bem-vindos», mas é preciso cautelas. «Em concreto neste caso há vários aspetos que ainda não se conhecem e que precisam de mais detalhes», afirmou o líder federativo socialista. António Mendes, diz que «investidor de que se fala tem um histórico que não deverá deixar de pesar na exigência de garantias adicionais à efetiva concretização de todo o projeto e não apenas de uma parte do mesmo». E concretiza a ideia: «Não é ainda claro o grau de dependência de parte do projeto ao setor do jogo. E também não é claro se estamos a falar de implantação do empreendimento em áreas sob a jurisdição portuária e, nesse sentido, como se articulará o investimento com a competitividade do porto de Setúbal, agora que vai ser impulsionado com as obras de acessibilidades marítimas». Colocando algumas «incógnitas» em cima da mesa, o líder do PS no distrito assume que há explicações a detalhar para que se possa ultrapassar, nas suas palavras, «a barreira entre aquilo que se gostaria e aquilo que é a realidade». Mas deixa a garantia de que o PS «estará sempre ao lado dos bons projetos que criem valor e resgatem Setúbal como capital moderna e cosmopolita».
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SOCIEDADE HÁ 13 ANOS CONSECUTIVOS A APOIAR O MOVIMENTO ASSOCIATIVO DA REGIÃO
Secil distribui verbas por 82 associações da comunidade Três novas associações passam a receber apoios financeiros da Secil. Já são oitenta e duas. É um incentivo da empresa cimenteira do Outão ao trabalho do movimento associativo da comunidade.
TEXTO ANTÓNIO LUIS IMAGEM ANTÓNIO LUIS
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ela 13.ª vez consecutiva, a Secil volta a apoiar o movimento associativo setubalense através de apoios financeiros. Os apoios deste ano foram repartidos por 82 associações. A cerimónia de assinatura de protocolos de colaboração entre a cimenteira do Outão e a comunidade asso-
ciativa, bem como a entrega dos cheques, teve lugar no passado dia 5 de julho. Gonçalo Salazar Leite, presidente da comissão executiva da Secil, afirmou que os protocolos «dão visibilidade» ao trabalho das coletividades e associações no serviço que prestam à comunidade. «Não são as entidades governamentais nem municipais que fazem o nosso dia-a-dia mas sim as
pessoas e as suas associações. Durante estes 13 anos, a Secil já distribuiu 2,5 milhões. Este ano damos as boas vindas a mais três instituições, que se juntam a esta família, nomeadamente a CADIN – Crianças com Perturbações de Desenvolvimento, Núcleo de Poesia de Setúbal e S. Domingos Futebol Clube». O responsável admitiu que «o ano de 2016 não está a ser fácil para a Secil
mas, não é por isso que deixámos de dar resposta aos pedidos das três novas associações». Há 86 anos em atividade no Outão, Gonçalo Salazar Leite refere que a fábrica de cimento Secil «é sustentável e que vai continuar a lutar para prosseguir os apoios à comunidade associativa», desejando, de seguida, «um ano de grandes resultados associativos e que as atividades marquem a diferença na vida
dos outros». «Continuamos a fazer um esforço para dinamizar a atividade económica da nossa empresa e, por consequência, também a atividade económica do distrito e da região de Setúbal. Temos exportados cerca de 1,5 milhões de toneladas de cimento a partir do porto de Setúbal. Estamos virados para a exportação a partir da fábrica do Outão. Trabalhamos com mais de 700 em-
CARRINHA DA “FROTA SOLIDÁRIA” DA FUNDAÇÃO MONTEPIO” VAI AJUDAR NAS RESPOSTAS SOCIAIS E À POPULAÇÃO DA FREGUESIA
Centro Social e Paroquial da Comporta recebe carrinha para ampliar apoio social
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Fundação Montepio entregou, esta quinta-feira, uma viatura ao Centro Social e Paroquial S. Pedro da Comporta, ao abrigo do seu programa “Frota Solidária” e com o apoio do Município de Alcácer do Sal. A oferta da viatura à instituição alcacerense inseriu-se num total de 18 outras carrinhas que vão agora melhorar o desempenho social de instituições de norte a sul do país, projeto orçado em 280 mil euros, que a Fundação assume como “devolução à comunidade”, no âmbito da sua ação de responsabilidade social. A cerimónia de entrega do veículo teve lugar no
mercado da vila, em Cascais, tendo o município sido representado pelo vereador com o pelouro da Ação Social, Nuno Pestana, e pelo secretário de vereação, José Balona. Por parte da Associação Mutualista Montepio, marcaram presenças o presidente Tomás Correia e o vogal Carlos Beato, ex-presidente da Câmara de Grândola. “Frota Solidária” foi criada em 2008 Criada em 2008, a “Frota Solidária” consiste numa iniciativa da Fundação Montepio reconhecida como boa prática de responsabilidade social e visa
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a aquisição, transformação e adaptação de viaturas oferecidas a IPSS do país. «O Centro Social e Paroquial da Comporta, com apoio do município, foi selecionado e conta agora com uma carrinha para ajudar na sua resposta social aos habitantes da freguesia», refere a Câmara de Alcácer. Entretanto, a Fundação Montepio reedita este ano o Prémio Voluntariado, uma iniciativa que visa “reconhecer, promover e divulgar o Voluntariado Jovem e as suas atividades”, ao mesmo tempo que promove o desenvolvimento e apresentação de projetos inovadores neste domínio da ação social.
presas do distrito. Estamos muito satisfeitos com o envolvimento e com a dinâmica que temos com o tecido social e com aquilo que temos conseguido fazer nesta altura», argumentou Gonçalo Salazar Leite. Após o discurso do presidente da comissão executiva da Secil, os presentes tiveram a possibilidade de conviver e de saborear os bons vinhos e petiscos da região.
LOCAL ALMADA LEITURAS À BEIRA-MAR PARA OS MAIS NOVOS
ALCÁCER DO SAL NOVO SISTEMA INTERCETOR DESPOLUI O SADO O novo Sistema Intercetor de Alcácer foi inaugurado dia 14, numa cerimónia que contou com Carlos Martins, secretário de estado do Ambiente, e do edil Vítor Proença, entre outros. A obra, da Águas Públicas do Alentejo e executada pela empresa Tomás de Oliveira S.A, vai permitir transportar os efluentes da parte baixa da cidade para a Estação de Tratamento de Águas Residuais, no Pinhal do Concelho, inaugurada em abril deste ano. Para Vítor Proença, o novo sistema é um «investimento fundamental», pois trata-se de «um sistema extraordinariamente complexo e que está concretizado, a par da construção do novo sistema de captação de água da Ameira 2, que aumentou o volume de água captada fornecida às populações», explicou.
BARREIRO POPULAÇÃO DÁ PROPOSTAS PARA O FORUM No centro comercial Forum Barreiro, num dos extremos da Praça da Alimentação, encontra-se o “Painel Post it”, ali instalado no âmbito da iniciativa “Congresso Barreiro 2030 – Estratégia e Desenvolvimento”. Este painel, no qual o município convida a população a escrever, numa das folhas de papel adesivo ali afixadas, uma ideia para o Concelho em 2030, estará no centro comercial até agosto. O painel é feito com mais de 3600 post it. Refira-se que este painel já esteve no mercado 1.º de Maio e no auditório Augusto Cabrita durante o fim de semana de realização do Fórum Participativo, a 2 de julho. Esta é mais uma forma de recolha de contributos no âmbito do Congresso Barreiro 2030.
ALCOCHETE BOTE LEÃO FAZ PASSEIOS GRATUITOS Os passeios no ‘Bote Leão’, um dos botes rápidos utilizados em Alcochete nos séculos 18/19, são gratuitos. O município oferece passeios até à ponte Vasco da Gama e na zona ribeirinha, de 19 a 21 e de 26 a 28, com inscrição no posto de turismo. Os passeios, com percursos e duração distintas, podem ser de curta, média e longa duração. Nos passeios com aquisição de bilhetes, estes devem ser adquiridos até à hora estabelecida para o embarque no posto de turismo. Este barco tradicional, agora fabricado com as técnicas utilizadas na construção das antigas embarcações que navegavam no Tejo, permite realizar novos passeios turísticos no Tejo e dar a conhecer o património natural da região.
Nas praias da Costa, a rede municipal de bibliotecas, em parceria com a Casa do Ambiente, preparou para as manhãs e tardes de julho e agosto divertidas leituras à beira-mar que nos ensinam a respeitar e a preservar estes ecossistemas tão importantes. Também para os mais novos, os ateliês didáticos “Por um Planeta mais sustentável”, dinamizados pela Casa do Ambiente, acontecem nos areais das praias da Caparica. E as bibliotecas municipais sugerem livros de aventura e mistério que empolgam os dias de verão. O festival Sol da Caparica tem para os mais novos um dia especial: a música com Ana Bacalhau, Samuel Úria, Sérgio Godinho e Vitorino ou uma seleção de filmes em parceria com a Monstrinha, no dia 14, no jardim da Costa.
GRÂNDOLA TEATRO E FOLCLORE ANIMAM VILA MORENA A Animação de verão no Jardim 1.º de Maio, promovida pelo município, oferece diversos espetáculos gratuitos até ao final deste mês. Este sábado, às 11 horas, para os mais novos há teatro com “Um Estranho Barulho de Asas - Lenda de Macau”, pela companhia Lua Cheia – Teatro para Todos. Mais ao final da tarde, pelas 18 horas, a sugestão é o Festival de Folclore de Verão e baile popular com Noémia Duarte e António Cardoso. O festival de folclore conta com as atuações do Rancho Folclórico 5 Estrelas de Abril, Rancho Folclórico e Etnográfico da Casa do Povo de Pontével e o Grupo de Danças e Cantares Regionais do Faralhão.
MOITA “ABRA A BAGAGEIRA” REGRESSA À MARGINAL No dia 23 de julho, a marginal da Moita, junto ao pavilhão municipal de exposições, volta a receber, entre as 10 e as 18 horas, a feira “Abra a Bagageira”, onde pode encontrar artigos em segunda mão, peças de artesanato, antiguidades, velharias e muito mais. Para participar com a sua viatura, inscreva-se na Divisão de Desenvolvimento Económico da Câmara da Moita, através do email: pav.mun.exposicoes@mail.cm-moita.pt ou do telefone 210816914. O pagamento, no valor de 4,04 euros, deverá ser efetuado previamente, mediante disponibilidade de lugar. Os lugares deverão ser ocupados entre as 9 e as 10 horas.
SANTIAGO DO CACÉM CIDADE INTEGRA REDE DE SAÚDE MENTAL PARA CRIANÇAS O município, enquanto membro da Comunidade Intermunicipal do Alentejo Litoral (CIMAL), está integrado numa rede que está a promover um Programa de Iniciativas de Saúde Pública, nomeadamente no “Desenvolvimento de Programas em Escolas para a Promoção da Saúde Mental de Crianças e Adolescentes”. Com efeito, a CIMAL celebrou com a Aliança Portuguesa Contra a Depressão em Portugal, um acordo de parceria tendente à apresentação de uma candidatura a este programa. Nesse âmbito, e porque o Alentejo apresenta elevada taxa de suicídios e sendo a saúde mental uma área de intervenção que tem sido descurada, os municípios aceitaram colaborar ativamente, não só no apoio e subscrição da candidatura como convidar as escolas a aderirem ao projeto.
PALMELA FESTIVAL DE SAXOFONE COM PROGRAMA DIVERSIFICADO Em Palmela decorre até este sábado, o FISP – Festival Internacional de Saxofone de Palmela, que já vai na 6.ª edição. É promovido pela Sociedade Filarmónica Humanitária, pelo Conservatório Regional de Palmela e pelo Quarteto Artemsax. O evento decorre em diversos equipamentos, com um programa diversificado, que integra a realização de concertos, masterclasses, workshops temáticos e conferências, bem como o Concurso Internacional de Saxofone “Vítor Santos”. A iniciativa, que tem contribuído, entre outros aspetos, para o desenvolvimento cultural da região e a captação de novos públicos, tem direção artística de João Pedro Silva.
SETÚBAL MEGA CALDEIRADA NO MERCADO DO LIVRAMENTO A caldeirada sentou à mesa, quarta-feira, no Mercado do Livramento, 300 pessoas para celebrar os 140 anos do espaço eleito por uma jornalista norte-americana, presente no evento, como um dos mais famosos do mundo. «Obrigado Marla Cimini por nos visitar e por tudo o que fez por este mercado, que é, tal como noticiado na publicação USA Today, um dos mercados de peixe mais famosos do mundo. Para nós, é o melhor», elogiou a edil, Dores Meira. A jornalista sublinhou: «Já estive em vários mercados no mundo e fiquei muito impressionada com este, a sua dimensão e beleza, mas também a forma como é gerido. As pessoas são muito acolhedoras e dá para perceber que realmente se preocupam com o mercado».
SINES MUNICÍPIO E IEFP ESTREITA LAÇOS COM NOVAS EMPRESAS Representantes do município e do IEFP visitaram, no dia 4, as empresas Gypfor, Oceanic, Litoralfish e Recheio, que se instalaram recentemente na cidade. O objetivo das visitas foi estreitar relações com quatro empresas que, no seu conjunto, criaram 154 novos postos de trabalho no concelho. A autarquia tem como uma das suas missões atrair e facilitar a instalação de empresas geradoras de riqueza e emprego. A autarquia esteve representada nas visitas pelo presidente, Nuno Mascarenhas, e pelo vice-presidente, Fernando Ramos. Arnaldo Frade, delegado regional, Rui Ruas, diretor do Centro de Emprego e Formação Profissional do Alentejo Litoral, e Margarida Marques, diretora-adjunta do Serviço de Emprego de Sines, representaram o IEFP, serviço público de emprego nacional.
MONTIJO UNIÃO MUTUALISTA INAUGURA UNIDADE DE GASTRENTEROLOGIA
SEIXAL BOLSAS DE ESTUDO PARA ALUNOS DO SECUNDÁRIO E SUPERIOR
SESIMBRA FÉRIAS JOVENS PARA 400 CRIANÇAS
Está a decorrer o período de candidaturas às bolsas de estudo para o ano letivo de 2016-2017, destinadas a alunos dos ensinos secundário e superior, que podem ser apresentadas, respetivamente, até 16 e 30 de setembro. O município atribui 15 bolsas para o ensino secundário, no montante de 500 euros cada, e 5 bolsas de estudo para o ensino superior, no montante unitário de 1000 euros, esta atribuída em três prestações. Os interessados podem formalizar a candidatura nos Serviços Centrais da edilidade, através de um formulário específico e acompanhado pelos documentos necessários, de acordo com as Normas de Atribuição de Bolsas de Estudo.
Perto de 400 crianças estão, desde dia 4 de julho, a participar em mais uma edição das Férias Jovem, programa de ocupação de tempos livres do concelho promovido pela Câmara Municipal há 25 anos. Atividades radicais e de campo, ateliês artísticos, canoagem, vela, skimming, futebol, voleibol e ténis são algumas das atividades previstas no programa, que vai decorrer até final de julho. Colmatar a ausência de programas devidamente orientados para a ocupação dos tempos livres das crianças e jovens no concelho de Sesimbra, de forma a criar novos hábitos sociais, culturais e desportivos, é o grande objetivo das Férias Jovem.
A União Mutualista N.ª Sr.ª da Conceição, inaugurou, dia 9, a nova unidade de gastrenterologia, que conta com Isabelle Cremers na sua direção. O diretor clinico, Francisco Prates afirmou que «há pessoas que morrem desnecessariamente jovens se não fizerem um diagnóstico atempado de cancro no colon. Não é por negligência médica, mas porque não têm acesso a esse tipo de exames. Esta será uma unidade de referência na zona». «Vai ser um marco histórico na instituição e vai permitir que se evitem muitas mortes seguramente», disse o diretor que agradeceu ainda a Isabelle Cremers «Uma médica de grande prestígio nacional e internacional». O edil Nuno Canta disse que a unidade «não seria possível sem a determinação, o empenho, o trabalho dos atuais dirigentes da união mutualista e de toda a equipa que se empenha todos os dias mesmo em momentos de grandes dificuldades»
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CULTURA ORELHA NEGRA NO SOL DA CAPARICA
«É uma honra pertencermos a um cartaz assim» mos as nossas imagens sonoras e depois cabe às pessoas pegar nas peças do puzzle e montarem tudo a seu gosto. É a cena que eu gosto de imaginar que as pessoas pensam ou sentem quando ouvem a nossa música: é um bocado as sensações que são nossas mas que também se podem transformar noutras coisas consoante o estado espírito de quem ouve.
Francisco Rebelo é o baixista do ‘super-grupo’ Orelha Negra que integra ainda os talentos de Fred Ferreira, João Gomes, DJ Cruzfader e Sam The Kid. Aqui ele fala sobre o verão intenso que o grupo vai ter e explica o significado do convite para um concerto n’O Sol da Caparica.
TEXTO RUI MIGUEL ABREU IMAGEM SM
Será um verão intenso para Orelha Negra. Que têm preparado? Quem não viu os nossos concertos no CCB e no Porto poderá finalmente ouvir o material do nosso novo álbum que sairá em Setembro. Será por isso um concerto que incluirá muito material do nosso
novo álbum, mas também temas dos outros álbuns e alguma versão ou outra das que fizemos para as mixtapes. E, claro, haverá sempre espaço para alguns novos medleys de homenagem aos nossos gurus. Normalmente chega-se aos grandes palcos com trabalhos que as pessoas já conhecem, mas Orelha Negra inverteu essa lógica... É verdade. É um risco, mas
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isso também nos dá prazer poder experimentar coisas que estão em fase de produção e poder tocá-las em grandes PAs e grandes palcos com muita gente à frente. Isso traz muita adrenalina. Habituamo-nos a trabalhar assim. O Sol da Caparica é um festival diferente porque tem um cartaz composto sobretudo por talento nacional. Como é que vocês se sen-
tem por estar inseridos num festival com estas características? Sentimo-nos bem, claro. É uma honra pertencermos a um cartaz exclusivamente nacional e sentirmos que fazemos parte desse universo e que a produção nos escolheu. Gostamos de tocar com outros grupos e outros colegas. Um festival assim é uma ideia fantástica: há muito tempo que
defendo que devíamos ter cartazes com nomes só portugueses, acho que é uma aposta ganha. A vossa música faz particular sentido ali bem pertinho do mar, não é? Não penso que a nossa música seja uma coisa assim muito marítima ou desportiva, mas por outro lado a nossa música é o que as pessoas quiserem fazer dela. Nós construí-
Enquanto fã de música em geral e música portuguesa em particular, alguma coisa no cartaz que gostasses de aproveitar para ver? Do cartaz deste ano existem muitas coisas que gostava de ver: Rappa, que nunca vi, Mão Morta que não vejo há algum tempo e tem álbum novo, Valete, Marta Ren, Danças Ocultas. No segundo dia Sam the Kid com o Mundo, Jimmy P, Palma com Godinho. E no último dia: X-Wife e Keep Razors Sharp.
AGENDA
Festanima com muita música e petiscos
A ALMADA16SÁBADO22H00
CIMBELINO DE WILLIAM SHAKESPEARE ESCOLA ANTÓNIO DA COSTA
No âmbito do 33.º Festival de Teatro de Almada, sobe ao palco a peça “Cimbelino”, de William Shakespeare, na versão cénica de Luísa Costa Gomes, encenação de António Pires, com Adriano Luz, João Araújo, João Barbosa, Ricardo Aibéo, Rita Loureiro e os alunos da ACT School.
GRÂNDOLA16SÁBADO22H30
COMMEDIA À LA CARTE CASINO DE TROIA
Após um ano de celebração dos 15 anos, com espetáculos nos coliseus e uma temporada esgotada em Lisboa e no Porto, os Commedia à La Carte apresentam “Zapping”, com novos jogos e a certeza de muita interatividade com o público. Com César Mourão, Ricardo Peres e Carlos M. Cunha.
14.ª Festanima, em Setúbal, que foi ontem inaugurada, prolonga-se até dia 24 com tasquinhas, música, bailes e revista à portuguesa. Os cantores Clemente e Adelaide Ferreira abrem e encerram, respetivamente, o certame organizado pela Associação de Festas Populares de S. Sebastião. A festa das associações culturais, desportivas e recreativas de S. Sebastião, a funcionar todos os dias a partir das 18 horas, proporciona 10 dias de animação num dos locais com vista privilegiada para observação do rio Sado e da cidade e em que a gastronomia é um dos principais destaques. Em cerca de uma dezena de tasquinhas, dinamizadas pelo movimento associativo, é possível degustar vários petiscos,
SEIXAL16SÁBADO21H30 FORUM CULTURAL DO SEIXAL
Natalina José, Luís Mascarenhas, Maria Mendes, Paulo Oliveira, Filipa Giovanni, Luís Viegas e Ana Paula Mota prometem muitas gargalhadas, ao longo de 2 horas, na revista popular “Bagunçada à Portuguesa” É a nova produção da C2E, com um elenco de luxo.
MONTIJO16SÁBADO21H30
DANÇAS & RITMOS DO MUNDO JARDIM CASA MORA
PALMELA16SÁBADO21H30
NOITES NA FONTE ÁGUAS DE MOURA
O evento “Noites na Fonte” chega hoje ao fim com a peça de teatro “Pranto de Maria Parda”, pelos grupos ATA e TELA. Segue-se animação musical com João Vitorino e convidados. Há tasquinhas durante a iniciativa para provar vários petiscos.
SETÚBAL22SEXTA22H00
FADOS COM DEOLINDA DE JESUS
entre as habituais carnes grelhadas no carvão e servidas no pão e um leque variado de sabores do mar. O evento inclui ainda música popular e bailes, sempre a partir das 21 horas. Este sábado, sobre ao palco Sara Margarida, numa noite que termina com baile a cargo de Diogo Santos. Este domingo, o certame apresenta a revista à portuguesa de Bruno Frazão “A coisa aqui está preta” e, no dia seguinte, sobe ao palco o conjunto típico Cantares do Sado. Em ambas as noites volta a haver baile animado por Fátima Dias e João Tendeiro, respetivamente. O concurso de karaoke inter-coletividades é o destaque da noite de dia 19, seguido de baile com André Patrão, e, no dia 20, atuam os Massacotes e Francisco José, que anima o baile a partir das 22 horas.
Aniceto de Carvalho lança livro sobre centenário da aviação militar
BAGUNÇADA À PORTUGUESA
Danças & Ritmos do Mundo tem sido um dos grandes sucessos do projeto municipal “Montijo Lugar de Encontros”. Nesta noite, deixe-se levar pela dança oriunda de diferentes países. Desde o Brasil à Espanha, passando por África e Índia são vários os estilos de dança que representam a cultura de cada país. A música tradicional do Grupo Sinfonias e Tradições marcará a nossa portugalidade.
CULTURA
N
a véspera da efeméride que assinala o centenário da aviação militar em Portugal, a biblioteca Manuel Giraldes da Silva acolhe, este sábado, às 17 horas, a apresentação do livro “Réstias da Minha Guerra”, de Aniceto de Carvalho. Nesta obra da Chiado Editora, o autor, veterano da Força Aérea e residente no Montijo, abraça o género biografia/memórias, relatando experiências vividas desde os anos 50 até à 2.ª metade da década de 70, passando pelo Montijo, por três comissões na
Guerra do Ultramar e pela sua atividade profissional em Moçambique no período pós independência. Esta é mais uma iniciativa da biblioteca local que tem vindo a evocar o 1.º centenário da 1.ª Guerra Mundial, através de atividades relativas à comemoração do centenário da aviação militar, nomeadamente a exposição documental e informativa “Génese da Aviação Militar” e a apresentação do livro “Dez Décadas de Força Aérea”, ambos promovidos pela comissão histórico-cultural da força aérea.
No 21, realiza-se a final do concurso de karaoke, seguida de baile com Luís Rosa, e, a 22, o palco pertence a Jorge Nice, seguindo-se baile com
Hélder Cardoso. Bruna Guerreiro e a Banda Cool animam a noite de 23, e no dia seguinte, Adelaide Ferreira fecha a festa.
XIII feira do livro anima vila piscatória de Sesimbra
A
bonita Praça da Califórnia está a receber, até ao dia 21 de agosto, a 13.ª edição da Feira do Livro da Vila de Sesimbra, que promete voltar a atrair leitores de todas as idades. Para além de uma grande diversidade de publicações, o certame apresenta ainda uma programação repleta de encontros com escritores, sessões de autógrafos e animação infantil. Num local privilegiado da vila piscatória de Sesimbra, onde todos os dias cir-
culam milhares de veraneantes rumo à praia ou simplesmente para um passeio à beira-mar, a 13.ª Feira do Livro volta a ser ponto de paragem obrigatória para quem deseja aproveitar os descontos especiais ou conhecer as últimas novidades literárias que estão na berra. O certame, que foi inaugurado ontem, sexta-feira, dia 15 de julho, vai estar aberto todos os dias, no período compreendido entre as 12 e as 24 horas.
CASA DA BAÍA
Os fadistas Deolinda de Jesus e Miguel Camões Pedro, no âmbito das Noites da Baía, cantam o fado num evento que decorre durante o verão e que leva à renovada Casa da Baía grandes clássicos de fado e tributos, todas as sextas-feiras, até ao final de agosto.
GANHE CD´S DE MÚSICA PORTUGUESA “Futura”, de Ana Malhôa, “Money, Money”, de Ruth Marlene, “Believe US”, dos Pretty Boys, “O Melhor de Mim”, de José Malhôa, “Amigos para sempre”, dos Bandalusa, e “Eu faço 69”, de Quim Barreiros, são os CD´s que temos para oferecer aos nossos leitores esta semana. Trata-se de discos gravados e editados pela editora Espacial. Para solicitar os prémios terá de ligar para o 969 431 085 ou para o 918 047 918.
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POLITICA PRIMEIRO-MINISTRO, ANTÓNIO COSTA, VEIO A SETÚBAL PRESTAR CONTAS NUM FORMATO NÃO MUITO HABITUAL
António Costa promete um olhar mais fino para desenvolvimento da região mos ter que tomar uma decisão sobre isso. O crescimento do aeroporto Humberto Delgado tem sido exponencial e aproxima-se da saturação. A construção de um aeroporto de raiz está posta de lado, pelo que esta hipótese tem que ser decidida com celeridade».
Foram muitas e diversas as questões levantadas por uma audiência ávida de ouvir o primeiro-ministro. António Costa respondeu a tudo. Para a região prometeu um governo atento aos desafios do crescimento e das suas potencialidades; resposta célere sobre o aeroporto do Montijo e defendeu a gestão conjunta dos portos de Lisboa e Setúbal.
TEXTO RAUL TAVARES IMAGEM SM
N
uma noite de perguntas e respostas, em jeito de “prestar contas”, que vai correr o país, António Costa exortou a região e os seus agentes para um «desafio coletivo» que possa potenciar mais o desenvolvimento da península de
Setúbal. Elencou até algumas áreas, com a agricultura e agro-indústria à cabeça, como fontes para uma nova regeneração competitiva na margem sul. O primeiro-ministro, que também abordou questões da vida política nacional, admitiu que é urgente «ter capacidade para encontrar respostas» para relançar o desenvolvimento da região e lembrou o projeto ambicioso que fi-
Gestão conjunta dos portos é positiva
cou a meio de requalificação do arco ribeirinho sul. Mas recusou qualquer alteração orgânica no que se refere às NUTs – Nomenclatura para as Unidades Territoriais, como os agentes políticos da região exigem, pelo facto de a região estar agregada à chamada “região rica de Lisboa”, perdendo por essa vida fundos comunitários. «Há regiões de NUT2 que ficaram num certo ma-
rasmo e o contrário também é verdade», considerou António Costa. Mas admitiu que é preciso «encontrar soluções para ampliar o investimento na península e fazê-la crescer». Do mesmo modo, o primeiro-ministro garantiu que a decisão sobre a criação do aeroporto low cost, no Montijo, complementar ao aeroporto de Lisboa, está para breve. «Nos próximos meses va-
Já sobre a gestão conjunta dos portos de Lisboa e Setúbal, cuja decisão foi amplamente discutida na região, António Costa defendeu-a como a melhor forma de «distribuição de serviços e complementaridade de negócios». Para o primeiro-ministro, «há vantagens continuadas», nomeadamente a possibilidade da plataforma portuária de Setúbal poder vir a receber alguns dos serviços que estão atualmente a passar terminais da Santa Apolónia, em processo de desativação. A aposta na requalificação de adultos e uma melhor distribuição e celeridade dos fundos comunitários, foram outras garantias deixadas pelo primeiro-ministro.
PCP exige melhores condições na básica integrada da Quinta do Conde
O
Grupo Parlamentar do PCP acaba de questionar o Governo sobre a necessidade de investimento na Escola Básica Integrada da Quinta do Conde. Os deputados comunistas salientaram que as atuais instalações da escola já necessitam de uma requalificação, pois «há salas de aula sem pavimento, verifica-se a degradação das placas de fibrocimento na cobertura, há infiltrações e o elevador está frequentemente avariado». Além disso, alertam que a escola tem uma sala de ginástica «mas não dispõe das condições adequadas para a prática da disciplina de educação física» e que «há determinadas atividades que não podem ser desenvolvidas nesta sala de ginástica». Perante esta realidade, impõe-se «a necessidade de construção de um pavilhão gimnodesportivo nesta escola, de forma a permitir o adequado desenvolvimento do currículo da disciplina de educação física e ao mesmo tempo o desenvolvimento integral dos indivíduos». Entretanto, o Governo na resposta que deu ao grupo parlamentar não se refere a estes problemas concretos que se
Catarina Marcelino em diálogo com imigrantes
A constatam nas instalações da referia escola, «mas sim a equipamentos escolares de educação pré-escolar e do 1.º ciclo do ensino básico na Quinta do Conde, sobre os quais não fizemos qualquer referência, nem algum questionamento». Os deputados do PCP, Paula Santos, Francisco Lopes e Bruno
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Dias, quiseram saber como avalia o Governo as condições em que funciona esta escola básica e qual a perspetiva para a requalificação da mesma. Também perguntaram se o Governo pondera proceder à construção de um pavilhão gimnodesportivo nesta escola e qual a calendarização prevista.
secretária de estado para a Cidadania e a Igualdade, Catarina Marcelino, visitou, no passado sábado, a associação de solidariedade caboverdiana dos Amigos da Margem Sul do Tejo, no Vale da Amoreira, Moita. Após a visita ao espaço multiserviços da instituição, em que também esteve presente o presidente do município da Moita, Rui Garcia, a secretária de estado teve oportunidade de conversar com os dirigentes da associação e com vários representantes da comunidade imigrante. Catarina Marcelino tomou nota das preocupações, sugestões e problemas colocados, que
são transversais aos imigrantes africanos em Portugal, e assumiu o compromisso de estabelecer uma linha direta de comunicação com a associação, que deverá fazer chegar ao Governo todas as questões que preocupam esta comunidade. «Estas visitas são fundamentais não só para conhecer o trabalho tão meritório que é desenvolvido, no terreno, por instituições como esta, como para escutar os anseios destas comunidades, as dificuldades por que atravessam e as suas sugestões para encontrarmos, em conjunto, respostas adequadas», refere a Secretária de Estado para a Cidadania e a Igualdade.
DESPORTO ULTRA MARATONA ATLÂNTICA MELIDES TROIA
«Promove o concelho, incentiva práticas saudáveis e relança a economia» ano: «O Alentejo está na moda, penso que esta prova tem um potencial enorme e que vai ser um sucesso». Paulo Guerra apelou aos participantes para se protegerem do Sol enquanto correm. «É fundamental protegerem-se com protetor solar, chapéu de abas largas, blusa de manga comprida, de tecido fino e sem ser de algodão».
Orçada em cerca de 35 mil euros, a Ultra Maratona Atlântica Melides Troia, com uma extensão de 43 quilómetros, está a despertar grande interesse por parte dos atletas. As inscrições já quase que duplicaram em comparação com o ano passado.
Emblemática competição TEXTO ANTÓNIO LUIS IMAGEM SM
A
Ultra Maratona Atlântica Melides Troia, que tem lugar no próximo dia 24, num percurso de 43 quilómetros, foi apresentada na quarta-feira, em conferência de imprensa, no cineteatro grandolense, com a presença do edil Figueira Mendes, do presidente da Entidade Regional de Turismo do Alentejo, Ceia da Silva, e do padrinho Paulo Guerra, ex-atleta do Sporting, entre outros. O presidente do município, Figueira Mendes, afirmou que se trata de uma prova com uma «dinâmica muito grande e um grande reconhecimento
das entidades regionais e nacionais», sublinhando que a iniciativa «faz parte do plano estratégico do Litoral Alentejano». Considera que a prova contribui para «o fator dinamizador do turismo» e que tem tido «uma participação de grandes atletas, alguns deles totalistas», e põe à prova a «capacidade física dos atletas». E os seis totalistas na prova são: Fernando Andrade, Analice Silva, Jaime Lamego, Rui Freitas, Sérgio Tomás e Chantal Xhervelle. Ainda as inscrições não fecharam e, segundo Figueira Mendes, as expetativas para este ano são muito boas. «No ano passado tivemos 286 participantes e, neste momento,
já vamos com 500 inscritos. Há a expetativa de chegarmos aos 600 atletas. Já pensámos em fechar as inscrições mas queremos que a prova tenha cada vez mais participantes». E conclui: «Esta prova, única no País, é boa para o concelho. Incentiva a práticas saudáveis e é boa para a economia da região». «Honra o turismo do Alentejo» Já o presidente da Entidade Regional de Turismo do Alentejo, Ceia da Silva, realçou que a Ultra Maratona Atlântica é um «evento que honra o turismo do Alentejo e, também, todos
nós». A seu ver, a Costa Alentejana é «das mais bonitas do Mundo», pelo que esta prova desportiva reforça a aposta no produto estratégico Sol e Mar. O ex-atleta do Sporting, Paulo Guerra, o padrinho da prova deste ano, realçou que se trata de uma prova dura, que «requer algum treino». Apesar de estar afastado deste tipo de provas, por motivos de saúde, Paulo Guerra sublinha que é sempre «importante» marcar presença nos eventos para dar o exemplo. «Quem participar nesta prova pode contemplar as paisagens mais bonitas do Mundo e comprovar a excelente qualidade da água das praias». E acredita no sucesso da prova deste
Em 2005, o município grandolense retomou esta emblemática competição, organizando-a então no sentido Melides-Troia, num percurso de 43 quilómetros. A partir de 2007 surge a denominação de
Ultra Maratona Atlântica Melides – Troia, em vigor até hoje, tendo sido incluído no regulamento em 2006, e até á edição deste ano, um pequeno abastecimento de 1 litro de água, ao quilómetro 28,5. Realizando-se na terceira maior extensão de areia contínua do mundo, a prova de atletismo é vista como única na Europa e no Mundo, recebendo atualmente várias centenas de atletas de vários continentes, que procuram nas características do piso e do cenário envolvente, com o oceano atlântico, a Arrábida e as dunas a marcarem presença em cada passada, uma experiência desportiva singular nas várias corridas de longa distância existentes.
«PROVA ÚNICA E SEMPRE SURPREENDENTE» A atleta belga Chantal Xhervelle, que venceu as edições de 2005, 2007, 2009 e 2010, também esteve presente na conferência de imprensa e confessou que se trata de uma prova «única», que decorre numa praia onde «não existem obstáculos». Na sua opinião, a prova decorre num local com uma paisagem «fantástica». «Existem vários tipos de pisos. Já participei em 11 edições e acho-as sempre diferentes. É sempre uma surpresa cada edição», sublinha.
PROGRAMA DA SEMANA COM VÁRIOS DESTAQUES
Setúbal 2016 espera mais de duas centenas de atletas de vários países Campeonato da Europa de Biatle e Triatle é o principal destaque de julho. Prova conta com atletas de países como Rússia, Espanha ou Suécia
O
Campeonato da Europa Open de Biatle e Triatle que acolhe mais de 200 atletas oriundos de países como Rússia, Espanha, Paquistão e Suécia, decorre até este domingo. Este sábado, às 9 horas, é dedicado à fase de eliminatórias. No domingo, às 10 horas, são disputadas as finais. Organizada pela Federação de Pentatlo Moderno, a prova conta com o apoio do município, decorre no parque de Albarquel. e destina-se a todos os escalões age groups das duas modalidades. Pela primeira vez, o distrito acolhe, ainda, o Campeonato Nacional de Ténis Sub14, que se pro-
longa até este sábado. Esta importante prova do desporto nacional conta com a participação de mais de uma centena de tenistas masculinos e femininos com idades até aos 14 anos, entre eles os melhores jogadores nacionais e alguns com classificação internacional. A iniciativa decorre às 9 horas e decorre no Clube de Ténis. Ainda este sábado e domingo, a fase final do Campeonato Nacional de Atletismo da 1.ª e 2.ª divisão, é outro dos grandes eventos que decorre em Setúbal. A prova reúne as equipas participantes na Taça dos Clubes Campeões Europeus, bem como
as equipas classificadas entre o 1.º e o 7.º lugar pertencentes à I Divisão e entre o 8.º e 15.º lugar integradas na II Divisão. Nesta prova participa também o Benfica e o Sporting, cuja equipa feminina é campeã europeia 2016, e todos os atletas olímpicos como Nélson Évora, Sara Moreira ou Dulce Félix. A prova decorre este sábado, das 13 às 20 horas, e no dia 17, das 10h30 às 19 horas, no complexo de atletismo. Domingo está reservado para o Super Especial Sprint “Cidade de Setúbal” em automobilismo, onde, às 11h15, há desfile de viaturas segurança. A iniciativa conta, ainda, com o
desfile viaturas de marcas e clubes (às 12h30), a prova (às 14 horas) e as demonstrações espetáculo (às 18 horas). Integrada no calendário da Federação de Automobilismo e Kar-
ting e na programação de Setúbal Cidade Europeia do Desporto, a prova de perícia automóvel conta com duas competições especiais, num percurso de 2 quilómetros programado
para a Av.ª da Europa. O trajeto é realizado em piso de asfalto e é composto por uma etapa de 2.190 metros e duas provas especiais com a distância total de 4.380 metros.
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NEGOCIOS MOVIMENTO “PENSAR SETÚBAL” QUER UM NOVO PLANO ESTRATÉGICO PARA A PENÍNSULA AO JEITO DA OID DOS ANOS 90
Uma nova OID para desmascarar queda da economia na região Criar condições para fixar parte dos 180 mil residentes que trabalham na margem norte do Tejo, deixar de fazer parte da região de Lisboa para obtenção de mais fundos comunitários e potenciar as condições singulares do território, com o turismo e o mar na cabeça de fila, são algumas das propostas em cima da mesa.
TEXTO ANABELA VENTURA IMAGEM SM
P
or a nu a crise que está «camuflada» da península de Setúbal, reivindicar uma posição mais adequada à conquista de fundos comunitários e desenvolver melhor as potencialidades endógenas da região, são as principais premissas que leva o “Movimento Pensar Setúbal” a pedir uma nova Operação Integrada de Desenvolvimento, à semelhança da que foi aplicada nos anos 80. A primeira investida foi feita, quarta-feira, de forma simbólica, durante uma conferência de imprensa a bordo de uma embarcação no Sado e, à noite, a segunda, aproveitando a presença de António Costa em Setúbal. «Não faz sentido continuarmos agarrados a uma região como Lisboa, fazendo-nos ricos, quando estamos a
viver uma nova crise sem precedentes», reafirma ao Semmais Fidélio Guerreiro, ex-presidente da Aerset – Associação Empresarial da Região de Setúbal, já extinta, e líder do Movimento. “A inclusão da Península na região da grande Lisboa, no que diz respeito à obtenção de fundos, está a agravar a situação, porque esconde e mascara a queda da nossa economia, apresentando dados oficiais de rendimento per-capita, alavancados pelos altos rendimentos de Lisboa, que impediram e impedem a nossa região dos investimentos necessários ao seu desenvolvimento”, pode ler-se em um dos documentos apresentados à imprensa. O Movimento lembra que durante a vigência da Operação Integrada de Desenvolvimento, que durou cinco anos, e através da qual foram investidos na região verbas superiores a 100 mi-
lhões de contos (hoje equivalentes a mais de mil milhões de euros), o desemprego foi reduzido de 20 para 10 por cento. «Hoje vamos com uma taxa de desemprego superior a 17 por cento, quando a média nacional é de 13 por cento, levando as novas gerações para o estrangeiro ou a trabalhar para a margem norte do Tejo», afirma o Movimento. Aproveitar oportunidades e potenciar território Por essas e outras razões, como seja o facto de desenvolver a península para fixar «parte dos 180 mil profissionais que trabalham em Lisboa», o Movimento propõe uma nova Operação Integrada de Desenvolvimento. «Pode ser isso ou um outro plano que permita canalizar investimento público e privado, e sobretudo maiores majorações no que diz
respeito à obtenção de fundos no quadro comunitário 20-20», explica Fidélio Guerreiro. O Movimento que, segundo o seu líder, está a crescer e é formado por «gente muito capaz», tem um pacote de soluções que vai apresentar ao governo e tem discutido com os atores políticos locais. «Queremos o envolvimento de todos e sabemos que estas mudanças não se fazem de um dia para o outro. Mas a nossa persistência vai ser decisiva», acentua Fidélio Guerreiro. Entre as propostas já ensaiadas num documento preliminar, está o novo projeto para Setúbal que passa pela criação de uma marina, que deve ser complementadas com um estaleiro para construção, reparação e manutenção de barcos de recreio. Trata-se de um projeto determinado, no dizer do Movimento, porque vai gerar centenas de empregos.
Recuperar os mais de mil imóveis abandonados, algumas das quais para colocação de artesãos é outra das ideias em curso. Este projeto deverá ser desenvolvido com apoio do IEFP. O Movimento propõe ainda a instalação de uma incubadora de empresas, apostar no cluster marítimo para potenciar ainda mais o turismo e um plano estratégico para a formação profissional, a desenvolver em conjunto com as associações do setor. Finalmente, a Arrábida como centro nevrálgico, onde o Movimento quer criar uma Parque Temático sobre os Descobrimentos, tornando aquela zona protegida como um dos maiores pólos de atracção turística em Portugal.
Porto de Setúbal e Autoeuropa abraçam parceria
A
pós 20 anos de colaboração entre o porto de Setúbal e a Volkswagen Autoeuropa, a parceria expressa através da concessão do terminal Volkswagen/Autoeuropa foi renovada, com a prorrogação do respetivo contrato por mais cinco anos, renovável. A vinda do novo modelo para a fábrica de Palmela, em 2017, cria a expetativa dum significativo aumento do volume de produção de veículos e também, previsivelmente, da movimentação através do porto de Setúbal. Por consequência, as ligações existentes irão ser reforçadas e poderá haver mais destinos a serem servidos diretamente a partir do porto de Setúbal, o que reforçará a sua importância no movimento roro, nos contextos nacional e internacional.
Os veículos do Grupo Volkswagen fabricados na Autoeuropa exportados pelo porto
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de Setúbal, em 2015, superaram as 80 mil unidades, tendo como principais destinos a Alemanha, porto
de Emden, (principal hub logístico da VW), pela linha da VW Transport; a China, portos de Guan-
gzhou, Shanghai e Xingang, pela linha NYK; o Reino Unido, portos de Grimsby, Sheerness, Tyne, White Hill Point, pela linha EML. A fábrica de Palmela da Volkswagen Autoeuropa foi considerada a melhor unidade de produção de 2015, o que lhe valeu o prémio de melhor fábrica da marca, durante a conferência anual de produção e logística da Volkswagen, realizada na Alemanha. Foi, inclusive, a primeira unidade industrial instalada fora deste país a receber tal distinção. É de realçar ainda que o porto sadino é e continuará a ser o eixo de escoamento mais importante na exportação dos veículos produzidos na Volkswagen Autoeuropa, o que contribui decisivamente para a liderança do porto na movimentação roro de veículos ligeiros em Portugal.
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EDITORIAL
OPINIAO
Raul Tavares Diretor
Os peões e o lodo do “Goldman Sachs”
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esde que eclodiu a crise financeira que a Europa e, porque não dizê-lo, o mundo ocidental não mais encontrou rumo. Há hoje uma incerteza na vida política que desbarata as conquistas civilizacionais que marcaram os tempos da(s) reconstruções, nomeadamente, no velho continente. E a história recente já pode, hoje, denunciar culpados. Os vermes, humanos que, pela ganância ociosa e vil, deitaram tudo a perder. Há rostos, há nomes. E há a “Firma”, um dito banco de investimento chamado “Goldman Sachs”, que teve a habilidade de se infiltrar nos governos e recrutas para os seus quadros de influência políticos sem escrúpulos. A lista é infindável, desde Mário Dragui (atual presidente do Banco Central Europeu), ex-primeiros-ministos, como o italiano Mário Monti ou ainda o ex-diretor da Organização Mundial do Comércio, Peter Sutherland. É uma “empresa global”, especialista na manipulação de deficites, como aconteceu com a Grécia e outros países menos visíveis. Cria, compra, vende e revende lixos financeiros, chamados tóxicos. Foi o pulmão da crise financeira e especulativa de 2008, com a mega fraude das hipotecas do ‘subprime’, que levou vários países à bancarrota, como aconteceu connosco. E vende a torto e a direito – continua a fazê-lo, aliás – os chamados ‘swaps’. O seu jogo sujo quase o faliu, salvo a tempo por outro herói desta guerra conspurcada de seu nome Bush, então presidente da nação que policiava o mundo, os estados-unidos. Neste lodo, há nomes portugueses. Muitos. Deixemo-los. O Sr. Barroso, o peão bacoco dos senhores do dinheiro, é o mais recente. É triste!
Japão
P
orquê o Japão? Ou por outras palavras como é possível o Japão? E não me estou a referir a um qualquer Japão abstrato mas a um Japão concreto. Concreto hoje e concreto agora. Tão atual quanto seria possível. Hoje, agora e aqui. O aqui começa por ser absolutamente extraordinário. Até porque como todos sabemos o Japão fica no Extremo Oriente. Extremo como sinal de longínquo. Distante. Portanto para lá do Oriente que é só Oriente sem ser extremo. E no entanto o Japão, hoje e agora, está tão perto e tão presente. Presente para nós cidadãos comuns. Presente para nós cidadãos de um país também ele extremo. Extremo porque no fim do Ocidente. Talvez por isso tenhamos sido os primeiros – nós os portugueses – a chegar ao extremo do Oriente, ao preciso Japão. A presença do Japão é tão mais notável porque se trata de uma viagem entre extremos. E neste extremo – o nosso, o do Ocidente – basta percorrer as ruas das cidades para reconhecer as influências, as marcas e os sinais do Japão. E quando digo marcas não estou a falar apenas de produtos. Daqueles produtos que aliás estamos sempre a usar. Não é de carros, televisões, sistemas de som, smartphones, playstations, walkmans ou tamagotchis (lembram-se?) a que me estou a referir. Na realidade é de tal forma habitual vermos e ouvirmos através de produtos japoneses. É tão comum os nossos filhos
brincarem, entreterem-se e crescerem junto ao “Made in Japan” que nem nos damos conta de outra profundidade que o Japão tem para nos oferecer. E oferece-nos com gentileza e subtileza. Este Japão, em muitos aspetos extremo, como a geografia do país, está precisamente na cultura. Hoje global. Com tudo o que isso de ser global significa. Muitas vezes até com o que isso representa de simplificações abusivas ou de traduções precipitadas. E também com a ironia muito particular de levar a todo o lado um país que tudo fez para se manter fechado. E o que é e do que trata essa cultura de que estou a falar? Ou mais propriamente esse complexo sistema de valores. Talvez mesmo uma ética. E ainda uma estética. Na verdade falo de uma cultura como se fosse um sabor, um perfume ou um vento das ilhas do Japão. O cinema de Akira Kurosawa (cujos 7 samurais tanto inspiraram os outros e ocidentais 7 magníficos), o “Kill Bill” de Tarantino, a música de Ryuichi Sakamoto (o som fantástico do “Natal do Sr. Lawrence”, do “Último Imperador” ou do “Chá no Deserto” que mais tarde encontrou, de forma o mais feliz possível, a música e o legado de Tom Jobim), o cinema de animação, nada menos do que deslumbrante, de Hayao Miyazaki, o Butô (essa dança que o Japão criou para ser um movimento que procura a dança), Mishima há algum tempo e Haruki Murakami agora, e tanto e mais tanto, e tanto mais ainda…
TURISMO SEMMAIS JORGE HUMBERTO SILVA COLABORADOR
Por exemplo o Zen, esse tanto que é simples e sem palavras. E como talvez não consiga, ou não queira parar, as “atuais” narrativas tradicionais do Teatro Nô, o Aikido e o legado de Morihei Ueshiba, o chá e os seus preceitos e regras; e, porque os sabores também têm beleza, o sushi e o sashimi membros dessa gastronomia que se colou à nossa vida. Todavia, e para além da sua presença e da sua influência, o Japão é também um universo particular de contrastes. Um pequeno país que ocupa 0,3% do território do planeta é responsável, só por si, por 15% da riqueza mundial. Mas no que diz respeito a contrastes não fiquemos por aqui. O mais profundo dos contrastes é entre o moderno e o antigo. Este contraste que faz com que no Japão um certo sabor de Idade Média ande pelas ruas e atravesse os comportamentos das pessoas do século 21. Este encontro de tempos distantes é ele próprio responsável por grande parte do fascínio do país do sol nascente: uma sociedade ultramoderna, onde se cria a tecnologia do amanhã, vive e respira afinal, códigos e comportamentos do mundo medieval. Como se a longa idade média japonesa tivesse sobrevivido. Ou talvez, com outra forma e novos
pressupostos, tenha mesmo sobrevivido. Oficialmente o édito que aboliu formalmente o feudalismo é apenas de 1870. E no entanto os samurais não saíram de cena para o esquecimento. Entraram para a lenda, agora nas suas múltiplas formas: o cinema, a manga, a literatura, as histórias populares, a vida. E mais importante. Muito mais importante. Fizeram do seu código de valores uma marca universal do Japão. Essa influência, essa via do guerreiro, não tem um sentido único, tem diferentes respirações para uma mesma atitude. Tal como três importantes senhores feudais, líderes de exércitos de samurais, Oda Nabunaga (1534-1582), Toyotomi Hideyoshi (1536-1598) e Tokugawa Ieyasu (1542-1616), de quem num famoso ditado japonês se diz: se uma ave cantora não cantasse Nabunaga matá-la-ia, Hideyoshi persuadi-la-ia a cantar e Ieyasu esperaria simplesmente que cantasse. Samurais certamente andam entre nós. Apenas o breve perfume da flor das cerejeiras os pode revelar. Como diz Inazo Nitobé não são esquecimento, antes futuro. Talvez consiga vislumbrar a sua sombra no próximo restaurante de sushi onde jantar.
Um desafio à mediocridade
A
primeira vez que colaborei com a Companhia de Teatro de Almada foi em 2014. Convidaram-me para acompanhar o Festival e escrever um conjunto de editoriais para a Folha Informativa, uma publicação que é distribuída todos os dias nos espaços em que este tem lugar. Nessas duas semanas conheci algumas das pessoas com quem tive o grande privilégio de trabalhar mais tarde. O Festival de Almada é um extraordinário desafio à falta de visão que caracteriza tantos vereadores, secretários de estado ou ministros da cultura. De acordo com alguns políticos, não vale a pena elevar a fasquia no que trata de actividade cultural – a maioria da população prefere o divertimento fútil e revoltar-se-á se lhe forem negados a música pimba ou os
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espectáculos de variedades. Ali tudo foi pensado ao contrário desta lógica que impede um verdadeiro desenvolvimento do nosso país. E, de facto, o estímulo e o desafio constantes contribuem para que os espectadores-cidadãos se tornem cada vez mais exigentes. É claro que nem todos os habitantes de Almada frequentam o Festival. Mas quem não se orgulharia de receber, na sua cidade, artistas vindos de todo o Mundo? É evidente que os custos são elevados, mas não será óbvio que os benefícios, do ponto de vista imaterial, serão sempre maiores do que investir apenas em iniciativas sem qualquer objectivo maior do que entreter? Pouco tempo depois, sem que o pudesse prever, tive a oportunidade de trabalhar para a Companhia de Teatro de Almada a tempo inteiro. Nos
À PARTE LEVI MARTINS
DIRETOR DA COMPANHIA MASCARENHAS-MARTINS primeiros dias, quando deparava com o enorme teatro azul, pensava: se este edifício foi construído, tudo é possível. Pelo meio do sonho da rede de cineteatros, que redundou em dezenas de espaços mal geridos, subaproveitados e só raramente nas mãos de quem ama verdadeiramente arte e cultura, alguém lutou por erguer um espaço que poderia servir o público e aqueles que fazem com que as coisas aconteçam. Actores, encenadores, cenógrafos, técnicos, músicos, bailarinos, pintores, escultores, escritores, todos
têm tido lá o seu lugar. Apesar dos defeitos que tem, continua a ser muito melhor que a maioria dos espaços que as câmaras municipais insistem em dominar pelo poder. Eu, que não cheguei a conhecer o Joaquim Benite, estou-lhe eternamente grato por ter provado que era possível desafiar a mediocridade e cobardia reinantes, em nome de valores que são muito maiores do que qualquer um de nós. Valores que deveriam ajudar a definir aquilo que é serviço público. P.s.: um abraço aos meus amigos de Almada.
A
incerteza sobre o futuro é uma característica deste novo mundo, a que a U.E. não escapa. O referendo no Reino Unido, a vitória em Turim e Roma das candidatas do movimento do comediante Beppe Grillo, o impasse do governo em Espanha, as tergiversações da U.E. sobre sanções a Portugal e Espanha, a regressão política na Hungria e Polónia, a ausência de politicas para os refugiados, o crescimento da extrema-direita num país como a França, são exemplos dessa incerteza. O tempo que vivemos não está fácil. A prevalência das políticas financeiras - à escala global sobre quaisquer outras, adensa ainda mAais a incerteza. A baixa do preço das commodities, vulnerabiliza os orçamentos de vários países, afetando o setor exportador de Portugal. País dependente, Portugal sente neste momento a tenaz,
por um lado, por erros próprios, como se constata na banca, bem como na imprudente venda de setores estratégicos, e por outro, por sérios constrangimentos externos, resultado da situação mundial. É possível e necessário superar-se a navegação à vista em que politicamente se vive, ousando-se recriar uma nova esperança que vá para além do tacticismo político-económico de curto prazo. Para o efeito, há que ter presente que o futuro dos países não deve ignorar a identidade, suportada na memória coletiva. Os resultados do recente referendo do Reino Unido são disso exemplo, com os mais velhos a votarem maioritariamente na saída da U.E. O corte abrupto de gerações a que se assiste nesta envelhecida U.E., que não cuida da coesão intergeracional, e a fraca sageza na procura de políticas que equilibrem a defe-
POLÍTICA MESMO
Campeões
VITOR RAMALHO
ADVOGADO
sa da soberania dos países com a integração na U.E., não são práticas recomendáveis. Até porque o desemprego muito elevado complementa o quadro de desânimo crescente. É preciso saber recriar-se o sentido da marcha, sem que seja necessário reinventar a roda. Neste mundo global, a alternativa às políticas de direita não se pode confinar à aposta tática da defesa do exercício do poder, com mais ingredientes sociais. Importa que o Estado clarifique e reassuma as funções soberanas, com transparência, encorajando positivamente pelo exemplo que dá, respostas mobilizado-
ras dos cidadãos. A psicologia coletiva e a confiança não são questões menores no quadro que se vive. A característica da atual livre circulação, justifica o reforço estratégico da afirmação de Portugal no mundo, no quadro de uma conceção universalista, suportada numa língua que é, ela própria, o português, poderoso instrumento das relações económicas do país no mundo. A U.E. não pode ser encarada, por isso, como uma plataforma supranacional, castradora de uma visão mais ousada a abrangente de um país, Portugal, que tem uma sólida memória identitária.
Consagração e felicidade versus homenagem e tristeza
O
dia 10 e 11 Julho de 2016 são dias marcantes para Portugal e para os portugueses, mas há um contraste para muitos outros se bem que a maioria deveria fazer uma avaliação após a euforia. No domingo, uma trintena de desportistas portugueses atingiram objetivos impensáveis, que vão desde o excelente resultado no campeonato de Europa em atletismo e culmina com o título “galáctico” e europeu em futebol. O País não parou para receber os futebolistas vencedores em momento de euforia extrema, mas reconhecida. Mas, ao invés Lisboa parou, e as televisões levaram as imagens ao país inteiro e ao Mundo. Não questiono se as homenagens foram em excesso ou se há espaço para mais, porque o
que esteve e está em causa através do futebol é muito mais que um título, é a Honra, é a emoção, é o orgulho de um povo, consequentemente a felicidade e a motivação para unir e lutar por mais. Durante a prova tivemos exemplos de bravura e tenacidade no esforço de muitos atletas para conseguirem darem tudo, por isso se diz que no desporto todo o atleta procura sempre superar os seus limites e isto sentiu-se muito. No dia 11, o dia das homenagens alguém também cumpria a sua missão e sabemos bem, que por vezes se vai para além dos limites no cumprimento de algo, não bater record, mas melhor performance para quando necessário estar disponível ao serviço da Pátria. Obviamente, referiu-me à
JORNALISTA
FIO DE PRUMO
Por uma visão mais ousada e abrangente
JORGE SANTOS
OPINIÃO
ESPAÇO ABERTO E LIVRE ZEFERINO BOAL CONSULTOR
tristeza do acidente pela primeira vez de um C130, do qual resultaram o falecimento de militares, que tinham imensos serviços prestados ao país. Nem sempre nos lembramos da importância das Forças Armadas, simbolicamente e nesta ligação ao futebol, podemos dar o exemplo do ocorrido na semana passada, pelo fato de existirem bons e experientes pilotos foi possível um Falcon operar em Bragança e proporcionar ao Presidente da República estar presente no jogo de Portugal e desse modo levar bastante da força que a
todos nos une. Não estou a criticar a ida, pelo contrário! A vida tem estas contradições, felicidades e infelicidades vividas em simultâneo e por vezes ao serviço da Pátria. Termino com uma referência especial e simbólica à mensagem que a todos foi dada conhecimento pelo Presidente da República, remetida pelo Presidente de Moçambique; o conteúdo da mesma e a forma como chegou para ser lida, tem muito mais significado do que aparenta, porque a mesma é um humilde reconhecimento do valor da Lusofonia.
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O
s portugueses há muito tempo que não tinham momentos de tão grande satisfação e contentamento e todos os outros adjectivos que lhe queiramos acrescentar. A selecção nacional de futebol sagrou-se Campeã Europeia, com a particularidade de o feito se ter consumado frente à França, formação que há muitos anos não conseguíamos derrotar. Os jogos tiveram sempre um bom número de compatriotas a assistir, quer os que há décadas ganham o pão de cada dia no país da Liberdade, Igualdade, Fraternidade, quer os que se deslocavam de Portugal, entre os quais estiveram quase sempre os senhores Presidente da República e primeiro-ministro. Os festejos, como é natural, começaram logo que o árbitro fez soar o apito final. A TV mostrou imagens e por todo o País se começaram a ouvir as buzinas dos automóveis que desfilaram até de madrugada e também estalaram foguetes. Além do futebol, no mesmo fim-de-semana, o atletismo conseguiu, em várias modalidades, trazer para Portugal, medalhas de ouro, prata e bronze, galardões que testemunham os lugares de destaque nas competições europeias que se disputaram em Amesterdão.
Os festejos, como é natural, começaram logo que o árbitro fez soar o apito final. Porque estes feitos não se conseguem todos os dias, a Presidência da República apressou-se a atribuir, a todos os atletas destas equipas e respectivos técnicos e dirigentes, a condecoração de «Comendador da Ordem de Mérito». A vida continua e os portugueses, mais animados, poderão enfrentar as dificuldades, que entraram na rotina, agora com a expectativa de eventual multa com que a União Europeia nos ameaça por contas antigas.
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