semmais
Sábado 19 | Dezembro | 2015
Diretor Raul Tavares Semanário | Edição 883 | 9ª série Região de Setúbal Distribuído com o Expresso Venda interdita
PARLAMENTO DÁ LUZ VERDE AO NOVO HOSPITAL DO SEIXAL
A Assembleia da República aprovou, esta sexta-feira, a urgente construção do hospital do Seixal, uma reivindicação do eixo Almada, Seixal e Sesimbra para suprir a sobrelotação do Garcia de Orta. Os parlamentares confirmaram a petição de cerca de 8 mil assinaturas que reclamam a edificação do equipamento de saúde e outras melhorias na área da saúde nesta zona de grande densidade populacional. Os dados oficiais indicam que faltam mais de 1300 camas hospitalares na península.
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São números impressionantes, numa década dramática no contexto do fenómeno da violência doméstica. Os dados foram revelados ao Semmais pelo Observatório de Mulheres Assassinadas e assumem um crescendo. Só em 2004 não houve mortes.
As eleições para os órgãos sociais do Coral Luísa Todi estão ao rubro. Pela primeira vez em quase 40 anos, uma lista opositora quer destronar a gestão de Luís Fernandes, o atual presidente demissionário. E há acusações fortes, numa disputa de grande polémica.
A nova ministra Ana Paula Vitorino expõe em entrevista ao Semmais as principais linhas de orientação para este mandato. A experiente governante, que já tutelou as obras públicas, está decidida a fazer mudanças no que chama de ‘economia azul’ e agitar as empresas tradicionais.
EM 10 ANOS HOUVE 45 MULHERES ASSASSINADAS NA REGIÃO
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ELEIÇÕES DE JANEIRO PROMOVEM DISPUTA NO CORAL LUÍSA TODI
ANA PAULA VITORINO, MINISTRA DO MAR, DIZ QUE VAI CUMPRIR CLUSTER DO MAR
SOCIEDADE AUTORIDADES POLICIAIS AFIRMAM QUE NÃO SE PODE DIZER QUE O FEMECÍDIO ESTEJA EM TENDÊNCIA DECRESCENTE
Em dez anos houve 45 mulheres assassinadas no distrito últimos 11 anos. Pelo contrário, diz aquela organização. «Este tipo de criminalidade contra as mulheres, e em particular nas relações de intimidade presentes ou pretéritas, mantêm uma estabilidade, contrariando a tendência decrescente verificada em Portugal do homicídio praticado noutros contextos».
Em relação a 2014, considerado um ‘ano negro’, este ano marca uma redução de três mortes tipificadas neste contexto de violência doméstica. Na última década, segundo os números a que o Semmais teve acesso, apenas 2004 ficou a zeros. TEXTO ROBERTO DORES IMAGEM SM
O
s dados são revelados pelo Observatório de Mulheres Assassinadas (OMA). Nos últimos dez anos a região lamentou a morte de 45 mulheres num quadro de violência doméstica, surgindo o distrito entre os que se registam mais femicídios, apenas atrás de Lisboa e Porto. A maioria dos crimes foram cometidos com recurso a armas brancas e de fogo, utilizadas pelos maridos ou
A PSP diz que a redução deste ano deve-se a trabalho conjunto
companheiros, segundo revela o OMA, que dá ainda conta de várias tentativas de homicídio ao logo da década. Como o Semmais já tinha avançado, este ano houve quatro homicídios, traduzindo menos três do que no ano passado, já que 2014 foi um dos anos mais negros, com sete mortes, superado apenas por 2010, quando ocorreram oito crimes deste género. Nos últimos dez anos, apenas 2004 se revelou como exemplar, com registo zero, en-
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quanto em 2005 duas mulheres morreram às mãos do maridos ou companheiros, aumentando para três em 2006. 2008 e 2013, com quatro vítimas, e 2011, com cinco, foram também anos em que a violência doméstica disparou na região. Ainda assim, apesar deste ano a região ter registado menos homicídios consumados face ao ano passado, o OMA alerta que não se pode afirmar que «o femicídio está em tendência decrescente», tendo em conta os
Como tinha adiantado ao Semmais Hugo Guinote, da PSP, a diminuição de casos se deve ao trabalho conjunto de várias entidades, desde as forças de segurança até às instituições de apoio à vítima, sendo revelado que a história de violência doméstica na relação foi identificada quer nos homicídios consumados que, refere o relatório, sublinhando que em cerca de um terço destes casos decorria um processo-crime. Já quanto à suposta motivação ou justificação para os crimes, verifica-se, segundo o OMA, que a maioria dos femicídios praticados ocorreu num contexto de
violência doméstica, destacando-se também aqueles em que a motivação identificada foi a separação e a não-aceitação dessa decisão. De seguida surge a atitude possessiva como motivação e os ciúmes. A compaixão pelo sofrimento da vítima é referenciada como o motivo determinante para a prática do femicídio, mas há ainda motivos relacionados com a psicopatologia. Acrescenta ainda o OMA, com base no cruzamento da incidência do crime com a presença de violência doméstica nas relações de intimidade, presente ou passadas, e relações familiares privilegiadas, que as mulheres assassinadas foram vítima de violência nessa relação. Desde o início do Observatório e, dos dados recolhidos, verificou-se que se mantém a tendência de maior vitimização das mulheres às mãos daqueles com quem ainda mantinham uma relação, fosse ela de casamento, união de facto, namoro ou outro tipo relação de intimidade, seguido pelo grupo dos ex-maridos, ex-companheiros e ex-namorados.
SOCIEDADE O ESTUDO DA ASSOCIAÇÃO “TRANSPARÊNCIA E INTEGRIDADE CÍVICA AVALIOU 76 INDICADORES DE INFORMAÇÃO AOS CIDADÃOS
Só três autarquias do distrito estão posicionadas entre as cem mais transparentes Cacém (55.91) alcança os 76.º posto e Grândola (54.94) o 82.º lugar.
Os concelhos do Montijo, Santiago e Grândola são as mais transparentes na forma como lidam com os seus cidadãos, através dos seus Web sites. Os restantes surgem muito atrás. TEXTO ROBERTO DORES IMAGEM SM
A
s câmaras do Montijo, Santiago do Cacém e Grândola – por esta ordem – são as três autarquias mais transparentes da região, segundo o Índice de Transparência Municipal (ITM), situando-se entre o «top 100». Os restantes municípios do distrito
Maior exigência dos cidadãos num poder local carregado
oscilam entre os lugares 101 (Alcácer do Sal) e 213 (Sesimbra). O ITM mede o grau de transparência das câmaras municipais através de uma análise da informação disponibilizada aos cidadãos nos seus web sites, sendo composto por 76 indicadores agrupados em sete dimensões: Informação sobre a Organização, Composição Social e Funcionamento do Muni-
cípio, Planos e Relatórios, Impostos, Taxas, Tarifas, Preços e Regulamentos, Relação com a Sociedade, Contratação Pública, Transparência Económico-Financeira e Transparência na área do Urbanismo. Montijo destaca-se na liderança alentejana, garantindo a 74.ª posição do ranking nacional, tendo obtido um ITM de 56.18, enquanto Santiago do
Quantos aos restantes municípios do distrito, Alcácer do Sal (101º na geral) ocupa o quarto lugar (49.72), seguindo-se Sines (113º lugar e 47.66), enquanto a Moita (133º nacional) é sexta (43.81). A sétima posição distrital cabe ao Seixal (43.40) e a oitava é Almada (43.27). Segue-se Alcochete (40.38), Barreiro (37.77), Palmela (37.64), Setúbal (34.89) e Sesimbra (34.20). A Transparência e Integridade Associação Cívica considera que «o Poder Local constitui uma pedra angular da democracia Portuguesa, pelo papel fundamental que desempenha para o desenvolvimento das comunidades locais e a formação cívica dos cidadãos», sendo unânime o reconhecimento do serviço
CAPOULAS SANTOS DEIXA CLARO AO SEMMAIS QUE CONHECE BEM A REALIDADE RURAL DA REGIÃO
PROPOSTA PREVÊ MAIS ÁREA EXPOSTA À DESERTIFICAÇÃO
Regresso à ruralidade no distrito na agenda do ministro da Agricultura Ministro não esquece regresso ao mundo rural
Novo ministro quer mais desenvolvimento rural para as zonas do Litoral Alentejano e para a franja de campos agrícolas que se estendem entre Alcochete, Montijo e Palmela. Para Capoulas Santos, o desenvolvimento regional tem que plasmar estas realidades. TEXTO ROBERTO DORES IMAGEM SM
O
novo ministro da Agricultura, Capoulas Santos, quer conciliar o chamado «desenvolvimento regional» com «desenvolvimento rural», em zonas como o Litoral Alentejano ou na franja de campos agrícolas que se estendem entre Alcochete, Montijo e Palmela. Considera ser chegada a hora do Governo olhar mais atentamente para a «ruralidade». Justificou ao Semmais ser esta «uma nova
visão que vai muito para além da agricultura e das atividades a ela conexas, que é necessário que estejam plasmadas nas políticas e nas prioridades dos governos». O governante alerta não ser por acaso que o seu ministério se chama da «Agricultura, da Floresta e do Desenvolvimento Rural», justificando a designação com o facto de existir muita atividade em torno do meio rural que vai para lá da agricultura. «Há outras questões que é necessário proteger e estimular
para garantir emprego e vida nas zonas rurais», acrescenta Capoulas Santos. O governante, que há vários anos já esteve à frente da pasta da Agricultura, no Executivo liderado por António Guterres, defende que «a ruralidade representa as nossas mais profundas raízes culturais», acrescentando que, afinal, «todos nós temos ascendência rural, porque o fenómeno da urbanização é relativamente recente. Hoje há outros modos de olhar para a ruralidade», reforça.
prestado pelo Poder Local à «consolidação democrática e ao desenvolvimento do país», salienta a associação. A mesma entidade acrescenta que «nos últimos anos, o Poder Local tem vindo a sofrer inúmeras transformações e desafios que condicionam a qualidade e integridade da governação municipal». Entre outros, cita a europeização do poder local, a globalização e o seu impacto social, económico e institucional, o crescente distanciamento dos eleitores em relação aos partidos e as novas formas de participação política. A estes itens juntam-se a maior exigência de rigor e de ética por parte dos cidadãos em relação aos seus eleitos locais, além do aumento das competências das autarquias e a complexidade crescente do governo local, a par do impacto das novas tecnologias no relacionamento dos cidadãos com a governação local.
Aliás, insiste o ministro, «verificamos hoje que há um retorno ao meio rural de muitas pessoas urbanas, até com elevadas qualificações, que começam a encetar novas experiências», exemplifica Capoulas Santos, para quem estas famílias procuram a qualidade de vida que está associada ao campo. Recorde-se que Alcochete é dos exemplos, tendo aumentado a população em cerca de mais 5 mil habitantes nos últimos anos, precisamente com o argumento da procura de qualidade de vida. «Quando é possível associar à ruralidade fibra ótica e boas acessibilidades há muitas atividades económicas que eram tradicionalmente urbanas, mas que agora podem se desempenhadas em qualquer ponto do território”. A aposta de Capoulas Santos agora anunciada ao Semmais, surge numa altura em que a desertificação dos meios rurais da região soma e segue, colocando-a entre as zonas prioritárias à procura de soluções no Programa de Acção Nacional de Combate à Desertificação.
A proposta do Programa de Ação Nacional de Combate à Desertificação preconiza uma nova avaliação do estado e da tendência de degradação da terra, sendo que há vários anos que a região reclama a implementação de medidas destinadas a travar a degradação dos territórios em risco, entre as quais se incluem as relacionadas com a proteção dos solos. O presidente do Grupo de Estudos de Ordenamento do Território e Ambiente (GEOTA) considera que a desertificação no distrito pode ser ultrapassada se forem tomadas medidas que minimizem o avanço do deserto. «A desertificação ainda não é uma fatalidade», sublinha Joanaz de Melo, apesar dos dados chegarem a ser alarmantes, quando o relatório da Comissão Nacional de Combate à Desertificação indica que a área suscetível de ser desertificada cresceu 75 por cento no território continental português ao longo dos últimos dez anos.
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SOCIEDADE LISTA OPOSITORA AO PRESIDENTE DEMISSIONÁRIO DO CORAL LUÍSA TODI FALA EM «GESTÃO RUINOSA»
Guerras de Coral colocam eleições de Janeiro em ebulição As eleições para a direcção do Coral Luísa Todi, em Setúbal, estão marcadas pela polémica. A gestão do atual presidente demissionário, Luís Fernandes, está a ser posta em causa, com acusações de «autoritarismo» e «truques eleitorais». O auditor Rui Águas quer virar a página. TEXTO ANABELA VENTURA IMAGEM SM
O
s associados do Coral Luís Todi, uma das instituições mais vetustas de Setúbal, fundada em 1961, vão ser chamados, no próximo dia 8, a escolher pela continuidade do atual presidente Luís Fernandes, que se encontra demissionário, e Rui Águas, consultor, que pretende «virar a página» de uma
gestão «ruinosa», que acusa de ser «prepotente, autoritária e unipessoal». A polémica está ao rubro, com Rui Águas a acusar a atual comissão de gestão, ainda liderada por Luís Fernandes, de ter inscrito, em dois momentos um dos quais na véspera da demissão – cerca de setenta novos associados e de ter rejeitado novas propostas logo a seguir. «Houve aqui um truque eleitoral
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revelador da forma como este senhor (Luís Fernandes) gere o Coral. Apressaram-se a inscrever os ‘seus sócios’ e suspenderam a entrada de outros que poderiam ser contra e optarem por uma nova solução», afirma ao Semmais, Rui Águas, que conta na lista como candidato à presidência da Assembleia-geral o conhecido médico Raul Melo. Rui Água, que diz ter sentido a obrigação de avançar, devido
ao estado de «degradação» da instituição, a qual, segundo sublinha, «está a ser gerida há algumas décadas pela mesma pessoa que faz o que quer sem participação dos seus pares», afirma ser a hora de «virar a página e dar um novo rumo ao Coral. «Estamos num beco sem saída e enfeudados pelo senhor Luís Fernandes», critica. No pacote dos seus projetos, constam o rejuvenescimento da instituição, aproximá-la da comunidade e da cidade e a criação de uma academia de voz. «Em termos estratégicos, o Coral tem que se diferenciar das outras instituições congéneres, nomeadamente o Conservatório Regional. A academia de voz pode representar essa componente inovadora», afirma. Luís Fernandes não quer entrar em gincana pessoal O atual presidente da comissão de gestão, por seu turno, está confiante de que os associados vão reconhecer a história, os valores que sempre guindaram a
sua gestão. «É preciso respeitar o passado desta instituição e das pessoas que sempre a geriram de forma abnegada», explica Luís Fernandes. O recandidato, que prefere não comentar as acusações e o «estilo» da candidatura opositora, afirma, categoricamente, que todo o processo eleitoral «decorreu dentro da legalidade e de acordo com os estatutos». E acrescentou: «Sobre o resto nada mais tenho a dizer, a não ser que o Coral tem uma intensa atividade ao longo do ano, em Setúbal, no pais e até no estrangeiro». Para este embate, Luís Fernandes conta com «uma equipa renovada, muito jovem, com fortes ligações a atividades cívicas na cidade e com muita competência». Como linhas de orientação, segundo Luís Fernandes, pretende-se honrar as tradições, respeito pelo passado e a história do Coral, bem como garantir a sustentabilidade para os novos tempos e apostar na inovação.
SOCIEDADE LINHA DO ALENTEJO VAI AVANÇAR E PRIVILEGIAR TROÇO ENTRE OS PORTOS DE SINES, SETÚBAL E LISBOA Parlamento dá luz verde para Linha ferroviária com via verde Hospital do Seixal TEXTO ROBERTO DORES IMAGEM SM
A
É uma vitória da população do Seixal, Almada e Sesimbra que, com as três autarquias reclamam a construção de um hospital para suprir a sobrelotação do Garcia de Orta. Agora é esperar para ver. TEXTO ROBERTO DORES IMAGEM SM
Faltam mais de 1300 camas na península
Assembleia da República aprovou a urgente construção do hospital no Seixal e melhores cuidados de saúde para o concelho. Foi esta sexta-feira, com votos favoráveis da CDU, BE e PS e as abstenções do PSD e CDS. Confirmou-se o que tinha ficado muito claro um dia antes, quando o Parlamento debateu a petição com mais de 8 mil assinaturas, tendo os grupos parlamentares à esquerda admitido a importância da construção daquele equipamento, alertando ainda para as necessidades que as populações dos concelhos do Seixal, Almada e Sesimbra sentem todos os dias, provocadas pela falta de equipamentos de saúde no distrito de Setúbal. Recorde-se que têm sido frequentes as notícias que dão conta das dificuldades no acesso aos cuidados de saúde diferenciados na região, sobretudo porque as condições da prestação de cuidados de saúde pelo Hospital Garcia de Orta se têm vindo a deteriorar, encontrando-se inúmeros serviços em situação de total rutura.
Aliás, os últimos dados oficiais conhecidos apontam para um défice de 1.302 camas hospitalares na Península de Setúbal (49% abaixo da média nacional), e para um défice de 714 médicos hospitalares (47% abaixo da média nacional). Como destaca José Sales, representante da Comissão de Utentes, desde que entrou em funcionamento, que o Garcia de Orta «está subdimensionado para a população que abrange». Foi concebido para responder a cerca de 150 mil habitantes, embora hoje seja o hospital de referência direta para cerca de 400 mil habitantes, para além de ser o hospital de referência em muitas especialidades para todo o sul do País e ter ainda de dar resposta aos milhares de visitantes no período estival. O Hospital no Seixal representa um investimento de 60 milhões de euros. Trata-se de um equipamento de proximidade, vocacionado para os cuidados em ambulatório, com serviço de urgência a funcionar 24 horas, 72 camas, 23 especialidades e unidades de apoio domiciliário e de medicina física e de reabilitação.
A
empresa Infraestruturas de Portugal (IP) deu luz verde ao avanço da execução dos principais projetos de modernização da rede ferroviária nacional, inscritos no PETI- Plano Estratégico de Transportes e Infraestruturas, que contempla, entre outros, o lançamento do procedimento pré-contratual para a modernização da linha do Alentejo.
O projeto tinha sido delineado pelo anterior Governo e classificado como “prioritário” pelo Grupo de Trabalho para as Infraestruturas de Elevado Valor Acrescentado (GTIEVA). Ainda no mês de novembro a empresa que é liderada por António Ramalho publicou em Diário da República o lançamento do procedimento pré-contratual necessário à contratação da prestação de serviços para elaboração do estudo prévio, estudo de impacte am-
biental, projeto de execução e RECAPE para modernização e duplicação do troço entre o Poceirão e Bombel, na linha férrea do Alentejo. Valor estabelecido ascende a 800 mil euros
O valor estabelecido ascende aos 800 mil euros, sem IVA, integrando este troço a ligação ferroviária que privilegia o transporte de mercadorias entre os portos de Sines, Setúbal e Lisboa em direção ao Caia,
junto à fronteira espanhola, contemplando a ligação a Madrid. Recorde-se que este projeto foi considerado como um dos investimentos estratégicos pelo anterior Governo. Também a via, geotecnia e serviços foram fixados com um preço base de 2,9 milhões de euros e com um prazo de execução de 15 meses, enquanto as obras de arte e estruturas especiais surgiram com um preço base de 5,1 milhões de euros e um prazo execução de 15 meses.
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CONVOCATÓRIA Ao abrigo do artigo 21º dos Estatutos da ALCOOJOR – Cooperativa, Jornalística e Radiofónica de Alcochete, convoco a Assembleia-geral a realizar no próximo dia 9 de Janeiro de 2016, às 15h na sede social, com a seguinte Ordem de Trabalhos: 1. Alterações dos Estatutos e recomposição dos cooperantes 2. Eleição dos novos órgãos sociais. A Assembleia-geral reunirá à hora marcada se estiver presente a maioria absoluta dos cooperantes com direito a voto. Se tal não ocorrer a segunda convocatória é feita para uma hora depois, com mesma Ordem de Trabalhos e reunirá com qualquer número de cooperantes. Alcochete, 19 de Dezembro de 2015 O Presidente da Mesa da Assembleia-geral Fernando Tonim
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POLÍTICA MINISTRA DO MAR, ANA PAULA VITORINO, APONTA LINHAS DE ORIENTAÇÃO EM ENTREVISTA AO SEMMAIS
«Muitos têm falado sobre o cluster do Mar, a nossa missão é fazer!» Nesta primeira entrevista ao Semmais, a nova ministra do Mar apresenta as grandes orientações sob a sua tutela. A aposta no «crescimento azul», centrado no cluster do mar, é para pôr em prática. Ana Paula Vitorino, quer mais inovação, exploração e produção de produtos associados ao mar, e isso implica um agitar de águas nas empresas tradicionais.
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ENTREVISTA ANABELA VENTURA IMAGEM SM
Porquê um Ministério do Mar no XXI Governo Constitucional? O ponto primeiro do Programa do Governo é “virar a página da austeridade e relançar a economia e o emprego”. Esta missão exige uma nova visão económica para Portugal. Uma visão inteligente, sustentável, inclusiva, que respeite o território e contribua para o reforço na frente externa. Todos estes objectivos estão sintetizados no crescimento azul, centrado no nosso maior recurso que é o Mar, e que exige uma estratégia transversal e coerente da ação governativa. O Ministério do Mar é a âncora da execução de um conjunto de políticas que, neste virar de página, respondem aos desafios da Economia Azul e simultaneamente à criação de conhecimento, à proteção e preservação e à
afirmação da nossa soberania em meio marinho. A economia azul é um termo muito genérico. Em que medida essas políticas vão ao encontro das pessoas e da revitalização da economia? Portugal tem um dos mais valiosos ativos económicos do Mundo. Os espaços marítimos sob soberania ou jurisdição nacional – o Mar Territorial, a Zona Económica Exclusiva (ZEE) de 200 milhas e a plataforma continental constituem um dos principais ativos para o futuro desenvolvimento do país. A extensão da plataforma continental converterá o território português em cerca de 4.000.000 km². Mas não falamos apenas de territórios, os recursos que estes espaços encerram, biológicos, genéticos, minerais e energéticos, abrem perspetivas de exploração únicas e com grande potencial para garantir um futuro sustentável.
POLÍTICA «O ambiente não é um custo de contexto.» Ana Paula Vitorino As empresas na fase atual do nosso desenvolvimento económico estarão preparadas? O que pensamos é que a economia azul agita as águas nas empresas tradicionais com a introdução de mais conhecimento e inovação tecnológica, mas também na criação de novas empresas ligadas à exploração e produção de produtos associados ao Cluster do Mar. É esse o objetivo. E é, também, uma nova perspetiva para Portugal. Muitos têm falado sobre ela. A nossa missão é fazer. Mas não é fácil transformar de repente atividades tradicionais como as pescas em empresas modernas. Não será excesso de otimismo? Não. É até bastante realista. Não digo que os objetivos são para realizar amanhã. A concretização deste desígnio deve assentar numa estratégia a médio e longo prazos, dirigida à prospeção e exploração dos novos espaços e recursos, sustentada no conhecimento científico e no desenvolvimento tecnológico e visando dar corpo a um tecido empresarial de base tecnológica que tenha como centro da sua atividade o mar. Por outro lado, importa
consolidar as atividades marítimas tradicionais (pesca, transformação do pescado, aquicultura, indústria naval, turismo, náutica de recreio) e valorizar a posição estratégica de Portugal no Atlântico, reforçando e modernizando os portos nacionais e ligando-os à rede transeuropeia de transportes em resposta à intensificação dos transportes marítimos. Por fim, confrontados com as implicações das alterações climáticas (que se manifestam em particular na elevação do nível médio das águas do mar e no aumento do número e intensidade das tempestades e de outros riscos climáticos), há que tomar medidas que atenuem os impactos negativos de que temos já ampla demonstração na nossa zona costeira. Muitas vezes o ambiente é apresentado como custo de contexto da atividade económica. Como compatibiliza esse facto com a economia do mar. O ambiente não é um custo de contexto. Custos de contexto são a burocracia, os vetos de gaveta, a facilidade de por vezes dizer não porque é mais fácil. Enfrentamos o desafio da simplificação sem facilitismo.
A sustentabilidade ambiental é uma forte aliada do sucesso da Economia Azul. Seremos muito vigilantes nessa matéria, na afirmação da sustentabilidade como o justo equilíbrio entre a valorização e preservação do nosso património territorial, na sua diversidade, a melhoria da vida das pessoas e o desenvolvimento das empresas potenciando a criação de emprego. A relação entre Mar e Terra vai ser difícil? Nem sempre é fácil. É por isso que o Ministério do Mar ganha maior relevância. Para harmonizar as relações entre essas duas partes essenciais do nosso território, sobretudo com as atividades nas zonas costeiras. O programa do XXI Governo Constitucional responde com clareza aos desafios da economia azul e da economia verde, ao mesmo tempo que afirma a nossa soberania e reforça a posição de Portugal no Mundo, tirando partido da sua centralidade euro-atlântica. Cruzamos o uso sustentável dos recursos do mar com o reforço da posição geoestratégica nacional, captando mais riqueza na concretização do «Mar Português».
António Mendes assume PS distrital e Bruno Vitorino reeleito no PSD
A
ntónio Mendes, foi nomeado vice-presidente da federação de Setúbal do PS, após Ana Catarina Mendes ter sido convidada a ocupar o lugar de António Costa como secretária-geral Adjunta do partido ‘rosa’. A decisão foi tomada pela Comissão Política da Federação Distrital de Setúbal a semana passada, tendo António Mendes, da concelhia de Almada, obtido 80 por cento dos votos expressos. Segundo os socialistas do distrito, a designação de um vice-presidente federativo, de entre os membros do secretariado,« assegura a continuidade da liderança distrital do partido, no quadro daquilo que está previsto nos Estatutos». Entretanto, Bruno Vitorino foi reeleito como presidente da distrital de Setúbal do PSD, por larga maioria. O líder social-democrata do distrito diz que o partido tem condições para almejar a vitória autárquica no Montijo e defende a convocação de eleições legislativas, «logo
que as regras constitucionais o permitam». Vitorino lembra que depois de nos últimos 4 anos «termos ultrapassado uma situação de emergência nacional, Portugal atravessa agora uma tempestade perfeita». E quer uma forte mobilização do partido em torno da candidatura de Marcelo Rebelo de Sousa. Em relação às autárquicas, Bruno Vitorno pretende mobilizar os militantes e simpatizantes do PSD para as eleições autárquicas de 2017, apresentando candidaturas em todos os concelhos do distrito e reforçando a presença do PSD nos órgãos autárquicos do distrito.
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CULTURA WORKSHOPS ANDAM A PERCORRER OS JARDINS DE INFÂNCIA DE SETÚBAL
Paula Farinhas sensibiliza crianças a tratarem melhor dos seus animais de estimação A autora e contadora de histórias, Paula Farinhas, está de regresso à promoção da leitura junto dos mais novos, desta feita com workshops alusivos à JoaninhaMenina que apelam para todos nós tratarmos os nossos animais de estimação com mais amor e seriedade.
TEXTO ANTÓNIO LUÍS IMAGEM SM
P
aula Farinhas, autora e contadora de histórias, anda em diversos estabelecimentos de ensino de Setúbal, nomea-
damente em salas de Jardim de Infância, a dar workshops dedicados à promoção da leitura junto dos mais novos. Joaninha-Menina é o nome da nova personagem e está a fazer as delícias dos miúdos e
também das educadoras, que poderão dar continuidade à temática. «Trata-se de uma história infantil que alerta as crianças para o respeito a ter em relação aos animais. Esta Joaninha, com
o seu ar doce e delicado, vai prejudicar o seu animal de estimação e no final da história a menina aprende que um animal não é um brinquedo», conta Paula Farinhas. De salientar que esta história é de Maria Emília Veiga, professora primária que, nos anos 50 do Séc. XX, escrevia para o suplemento infantil “Joaninha”, da revista “Modas e Bordados”. «A trama foi-me apresentada e eu quis fazer uma homenagem a autora que já faleceu», sublinha. Este workshop de Leitura e Movimento Expressivo, dinamizado por Paula Farinhas, apresenta imagens «muito coloridas num cenário diferente, com bonecos colados num vestido enorme. Desta forma permite ao público brincar com os personagens», conta. O guarda-roupa de
“Joaninha-Menina” foi confecionado por Célia Santos, artista plástica de Setúbal, que também assina as ilustrações. «Os ‘bichinhos de estimação’ precisam de carinho e de serem levados a sério como animais» «Quem estiver interessado em receber a visita da Joaninha-Menina e do seu amigo Caracol, é só contactar-me por mensagem privada via Facebook», realça Paula Farinhas. A população alvo deste ateliê são as crianças dos 4 aos 9 anos. De referir que os participantes entre os 8 e os 9 anos, têm oportunidade de experimentar um ateliê de Escrita Criativa, com base na história. «Os valores financeiros deste trabalho são “low-cost”, para que todos possam ter acesso», vinca.
Mercadinho com boas “Pelotão Condenado” em cena escolhas para o Natal no Fórum na Baixa da Banheira
E
strategicamente situado no centro tradicional de Grândola, numa das ruas principais do comércio local, o mercadinho de Natal é uma boa escolha para as suas compras de Natal. Promovido pelo município, o evento está a funcionar numa loja gentilmente cedida por Manuel Vilhena e conta com a participação de 13 artesãos e 3 produtores regionais. Ali, poderá encontrar produtos típicos da região e artesanato do concelho, nomeadamente, trabalhos feitos em cortiça, barro, feltro, tecido e macramé, joalha-
A
ria em resina, mel e ervas aromáticas, alcomonias e rebuçados em pinhão. O Mercadinho de Natal situa-se na rua Jacinto Nunes, n.º11, e funciona de 2.ª a sábado, das 9 às 19h30.
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peça “Pelotão Condenado”, com adaptação de Luciano Barata, baseada na obra de Alfonso Saste,“Esquadra para a Morte”, vai ser levada a cena, pelo Grupo de Teatro “Os Zecas”, no auditório do Fórum Cultural José Manuel Figueiredo, na Baixa da Banheira, este sábado, pelas 21h30. A história desenrola-se durante a 2.ª Guerra Mundial, num lugar fronteiriço entre países beligerantes, cujos protagonistas são soldados condenados, de
ambos os sexos, que compõem uma esquadra e que são enviados para um posto avançado, com a finalidade de fazerem explodir um campo minado e assim impedir o avanço das tropas inimigas, pondo, ao mesmo tempo, fim às suas próprias vidas. É esse o seu castigo. Mas com o decorrer dos dias, todos os planos acabam por ser tremendamente alterados. A entrada é gratuita mediante reserva antecipada e levantamento de bilhetes.
E reforça: «Esta personagem 3 D vem servir de veículo para sensibilizar pais e filhos para a urgência de cuidar dos animais e não apenas nos servirmos deles sem respeitar os seus direitos mais básicos, como alimentação e contacto com a natureza. Por vezes, esquecemos que os bichinhos ditos de “estimação”, precisam de carinho e de ser levados a sério como animais». Há seis anos a dedicar-se à atividade de animadora e de promotora da leitura, Paula Farinhas tem um livro editado, diversas atividades de promoção da leitura com ateliês de movimento expressivo mas é primeira vez que apresenta bonecos 3 D. Paula Farinhas promete que em breve será lançado um livro de colorir aliado à Joaninha-Menina.
AGENDA MONTIJO19SÁBADO21H30 ESPÍRITO DE NATAL Cinema-Teatro Joaquim d’Almeida
Na celebração desta quadra natalícia, o Grupo Coral do Montijo convida o Coro do Clube de Campismo e Caravanismo de Almada, o Coro Leal da Câmara do Conservatório de Sintra e do Orfeão de Valadares para, em conjunto, realizar um concerto onde as canções tradicionais vêm realçar o espírito de festividade que enaltece o amor, a fraternidade, a alegria e a esperança.
SANTIAGO19SÁBADO21H30 MELODIAS NATALÍCIAS Auditório António Chaínho
O Coral Harmonia adulto e o Coral Harmonia Juvenil dão um concerto de Natal este sábado intitulado “Show Must Go On”. Não perca e divirta-se com este excelente projeto cultural.
GRÂNDOLA19SÁBADO21H TEMPO DE MELODIAS NATALÍCIAS Igreja matriz
Não perca o concerto com a banda da Música Velha e o Coro da Paróquia. O espetáculo terá a participação especial do Corpo Nacional de Escutas – Agrupamento 670 de Grândola.
SESIMBRA19SÁBADO16H|21H30 TEATRO NATALÍCIA MENTE Teatro João Mota
O Pai Natal foi eliminado dos sonhos da pequena Camila. Na mente da menina só aparecem outras personagens do mundo da fantasia. Será que o Pai Natal não vai voltar aos sonhos da Camila? A magia que envolve a quadra natalícia é o ponto central de NatalíciaMente, a nova produção do grupo de teatro sesimbrense De Vez em Quando, dos Serviços Sociais dos Trabalhadores do município.
ALCÁCER19SÁBADO16H CONCERTO TRADICIONAL DE NATAL Auditório municipal
A Sociedade Filarmónica Amizade Visconde de Alcácer promove o seu tradicional concerto de Natal. O concerto, que vai ter lugar no auditório municipal da cidade, conta com o apoio do município e da União das Freguesias de Alcácer do Sal e Santa Susana.
SEIXAL22TERÇA21H30 DANÇA “QUEBRA-NOZES” Forum Cultural
O espetáculo de dança “Quebra-Nozes”, de P. I. Tchaikovsky por Marius Petipa, adaptada por Ana Bergano, Alexandra Meném e Ana Perdigão, coloca em palco 90 participantes dos 6 aos 45 anos de várias instituições e coletividades. A entrada é gratuita.
CULTURA
Natal setubalense com música clássica
A
Orquestra Metropolitana de Lisboa e o Coro Lisboa Cantat interpretam, este sábado, à noite, no Fórum Municipal Luísa Todi, em Setúbal, a “Oratória de Natal”, de Johann Sebastian Bach, no Grande Concerto de Natal. Das seis cantatas sacras que compõem a oratória com origem em 1734, o maestro argentino Leonardo García Alarcón, que dirige o concerto, elegeu para o público “O Nascimento de Jesus”, “A Adoração dos Pastores” e “A Adoração dos Reis Magos”.
O espetáculo no Fórum Municipal Luísa Todi, no qual participam a soprano Ana Quitans, a mezzossoprano Maria Luísa Freitas, o tenor Marco Alves dos Santos e o baixo João Fernandes, tem entradas a 14 euros para o balcão e 16 para a plateia. No concerto natalício, a Orquestra Metropolitana de Lisboa é conduzida pelo maestro Leonardo García Alarcón, enquanto o Coro Lisboa Cantat é dirigido pelo maestro Jorge Carvalho Alves.
Concerto de Natal no Moinho de Maré de Alhos Vedros
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Grupo Coral Alius Vetus e os alunos que integram o projeto “O Cante também é Meu” vão protagonizar o Concerto de Natal que a Câmara Municipal da Moita vai promover no dia 19 de dezembro, às 16:00h, no Moinho de Maré, em Alhos Vedros. “Avé Maria Cheia de Graça”, “Bendita Sejais”, “Sobre a Palha Loira”, “Canção de Natal”, “Natal de Elvas”, “Nossa Senhora da Rosa”, “Linda Noite”, “Da Serra Veio um Pastor”, são algumas das peças com que o Grupo Coral Alius Vetus,
dirigido pelo Maestro Maurício Vieiras da Silva, vai presentear o público. Os alunos do projeto “O Cante também é Meu” vão apresentar neste concerto algumas modas alentejanas como “Limoeiro”, “As Nuvens”, “Vai Colher a Silva”, “Dá-me uma Gotinha D’Água” e canções de Natal. Este é um projeto fruto de uma parceria entre a Câmara Municipal da Moita, o Agrupamento de Escolas Mouzinho da Silveira e o cantador Henrique Guerreiro, cujo objetivo é divulgar o cante alentejano, ensinar letras das canções
alentejanas, incutir o gosto pelas modas que fazem parte da cultura dos nossos
avós e transmitir a cultura alentejana, tão enraizada no concelho da Moita.
Solange Dias eleita Miss Rádio Azul Setúbal
S
olange Dias, de 20 anos, foi eleita Miss Rádio Azul Setúbal, no passado 20, na escola secundária Lima de Freitas, em Setúbal, entre um lote de 12 candidatas. A beldade nasceu em Almada, tem 1,72 m de altura, olhos
verdes e pesa 62 quilos. Estuda no 12.º ano e trabalha num infantário. O maior sonho de Solange Dias é «concluir o ensino secundário e entrar na faculdade». Ana Ribeiral e Mafalda Marçalo foram eleitas 1.ª e
2.ª Damas de Honor, respetivamente. A grande final do concurso Miss Rádio Azul, que tem como finalidade captar «auditório jovem» para a estação emissora de Setúbal, terá lugar em Março de 2016, em local a definir.
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SEMMAIS | SÁBADO | 19 DE DEZEMBRO | 2015 | 9
EDUCAÇÃO BRILHO E EMOÇÃO NA FESTA DO COLÉGIO DE SÃO FILIPE, NO SÃO JOÃO, EM PALMELA
Alunos abriram o coração dedicando mensagens de Natal aos pais Musica, cor, e animação a rodos fizeram do Natal do São Filipe uma festa de família. E os pais foram presenteados com mensagens de carinho e amor. A surpresa da tarde.
C
om o cine-teatro São João, em Palmela, repleto de alunos, pais, docentes e funcionários, a festa de Natal do colégio São Filipe não podia ter espelhado melhor o ambiente natalício e familiar que marca aquela que é a melhor escola da cidade de Setúbal. Enquanto no ecrã passavam fotos intimistas das famílias, os pequenos alunos, um a um, brindavam os seus pais com mensagens de amor, carinho e outros
recados mais prosaicos. Uma emoção que não se deixou de sentir em cada um dos semblantes de pais embevecidos e mesmo junto dos funcionários do colégio que organizaram a surpresa: «Foi a forma que se encontrou para marcarmos este Natal de forma diferente e julgo que correu muito bem. Conseguimos surpreender os pais e era esse o objectivo», disse à reportagem do Semmais, Susana
Alves, responsável da comunicação do Colégio e que apresentou o espetáculo. A ideia foi apelar aos valores do amor, solidariedade e comunhão, tão presentes na época natalícia, pelo que os testemunhos dos alunos do São Filipe tiveram também o cunho de simbolizar a importância da família no seu crescimento. E todo o espírito de Natal esteve muito presente, numa festa
muito bem conseguida, onde os alunos de vários ciclos de ensino puderam mostrar talentos, no canto e na dança, com momentos de muita diversão que, não raras vezes, contagiou a animada plateia. A iniciativa, que durou hora e meia, com magia, luz, cor e alegria, bem ao jeito das festividades, encerrou também o primeiro período de um ano que se espera em cheio.
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CONQUISTANDO O FUTURO abcdefghijk 10 | SEMMAIS | SÁBADO | 19 DE DEZEMBRO | 2015
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EDUCAÇÃO PROFESSORES, ALUNOS E PAIS JUNTARAM-SE PARA CANTAR MÚSICAS DO MUNDO
Colégio do Vale apresentou DVD de Natal – Sing the World
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Colégio do Vale apresentou o seu DVD “Sing the World”, 2015-2016, juntando professores, pais e alunos para cantar canções de Natal de todo o Mundo, em português, inglês, francês e espanhol. As músicas deste DVD, que inclui o hino do Colégio, foram interpretadas por cerca de 350 alunos, do Jardim de Infância (4 e 5 anos) e dos 1º, 2º e 3º ciclos, por elementos da comunidade escolar (docentes e outros colaboradores) e pelos pais que aderiram ao projeto com todo o entusiasmo. O resultado desta iniciativa foi apresentado num espetáculo único que decorreu no dia 17 de dezembro, no Complexo Municipal dos Desportos “Cidade de Almada”, Feijó. Eduardo Ventura, Diretor Pedagógico e Proprietário do Colégio do Vale, defende que “a identidade de um povo passa pela preservação do seu património cultural e a partilha num projeto comum cria laços que, num espaço alargado como o é a Comunidade Educativa do Colé-
gio do Vale, favorece a aproximação e a união de todos os seus membros, fazendo com que aconteça Colégio, não só na Sala de Aula, nas festas, nas comemorações, mas permitindo o seu registo futuro nas nossas memórias. O projeto «Sing the World» é um projeto em que o Colégio do Vale tem muito orgulho de participar”. Nascido em Portugal em 2000 e já alargado a outros países, o projeto “Sing the World” conta com a adesão de centenas de comunidades escolares em toda a União Europeia, envolvendo alunos, professores e pais na gravação, edição e lançamento de um DVD, com especial relevo para a música tradicional do Velho Continente. Trata-se de um projeto que dá a conhecer a riqueza do património musical existente em todo o Mundo às crianças e jovens da Europa, convidando a comunidade de uma instituição educativa a participar nos ensaios, gravações e edição de um DVD com canções tradicionais
dos quatro cantos do globo. O Colégio do Vale, não podendo passar indiferente a esta iniciativa, procedeu, ao longo do
último período letivo, às gravações do DVD, que se realizaram no Colégio, sob a coordenação dos professores de música Tere-
sa Cláudio e João Novais. Os arranjos são da autoria da Clave de Soft, responsável pelo projeto e pelas gravações áudio e vídeo.
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SEMMAIS | SÁBADO | 19 DE DEZEMBRO | 2015 | 11
NEGÓCIOS
Malo Tojo lança moscatel superior com colheita de 2004
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Malo Tojo, localizada em Azeitão, vai lançar este Natal a nova colheita de 2004 do Malo Moscatel Superior. Trata-se de um vinho que estagiou 10 anos em barricas e que utiliza na sua preparação aguardente de Armagnac. Este ano a empresa já ganhou 7 medalhas (duas de ouro e cinco de prata) e ainda várias nomeações e distinções, através dos vinhos Malo Platinum tinto 2010; Malo Tojo tinto 2012; Lisa tinto 2012; Malo Moscatel e Malo Moscatel Superior 2004. As distinções foram ganhas nos concursos: Vinhos de Portugal 2014; “Nectar diVino”BASF; Mondial de Bruxelles 2015; “Uva d’Ouro” (Continente) e Selezione del Sindaco 2015.
Além destas medalhas, a Malo Tojo obteve duas distinções bastante importantes. A revista The Wine Advocate, do nomeado crítico Robert Parker, provou e classificou três dos vinhos moscatéis desta adega, com pontuações entre 86 e 90 pontos. Já o crítico de vinhos Aníbal Coutinho, nomeou o Malo Moscatel, como um dos 10 melhores vinhos fortificados (diários) a nível nacional, ainda com a perspetiva de poder vir a ser o melhor desses 10. Depois de 2014, ter sido um ano «muito difícil», a Vindima de 2015 foi «o oposto, tendo-nos proporcionado uma vindima tranquila, em que se conseguiu conjugar, boas produções (quantidade) com uvas de grande qualidade, que se irão traduzir certa-
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mente em vinhos de muita qualidade. 2015 vai, portanto, dar-nos vinhos de excelente qualidade e certamente ainda mais prémios e reconhecimento nacional e internacional», sublinha o diretor-geral Hélder Galante. Em 2016, a Malo Tojo prevê que as suas vendas continuem a crescer. «A maior fatia do crescimento espera-se que venha dos mercados externos e do aumento das exportações, sobretudo nos mercados do continente asiático. Prevemos também lançar um espumante e um moscatel roxo, que numa primeira fase, vão-se destinar mais para o mercado nacional e, por isso, vão contribuir, para algum crescimento também a nível nacional», vinca Hélder Galante.
Sivipa reforça lançamento do Ameias Syrah
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Sivipa, localizada em Palmela, lançou recentemente 500 garrafas do Ameias Syrah, que ganhou este ano a medalha de Ouro em Bruxelas, em garrafas de litro e meio, mas, devido ao grande sucesso do produto, «já está esgotado». No entanto, na próxima semana vão sair para o mercado mais garrafas. Além disso, acaba de ser lançada a nova imagem do Moscatel de Setúbal 10 Anos, cuja garrafa passou de «0,75 Cl para meio litro. E vamos lançar ainda antes do Natal, a nova embalagem do moscatel de 1996 com um estojo premium». Na altura do Natal e Ano Novo, Filipe Cardoso destaca o moscatel roxo, que «é sempre um produto ideal para oferecer com uma boa relação qualidade-preço, não esquecendo o Moscatel com Bombons de Chocolate, um presente «sempre original e delicioso». O gerente Filipe Cardoso faz um balanço «positivo» da atividade da empresa neste ano que está prestes a terminar. «As vendas cresceram cerca de 6 por cento e a faturação subiu 12 por cento, em
comparação com 2014», acrescentando que se trata de um dos anos «mais importantes» para a empresa, pois garante a consolidação de um projeto em «fase de crescimento», que deverá estar pronto daqui a 2 ou 3 anos. No global, a empresa conquistou este ano 40 medalhas, sendo que merece destaque a Grande Medalha de Ouro alcançada com «o Syrah de 2014, no concurso Mundial de Bruxelas, em que só houve dessas 12 medalhas para Portugal e nós fomos a única empresa a conquistá-la». Filipe Cardoso destaca ainda, os dois Trophys que ganharam num concurso inglês, para o melhor moscatel português e de Setúbal. E também destaca as medalhas que alcançadas no concurso da CVRPS, para o melhor tinto, o Veritas 2013, e o para melhor rosé. A Sivipa trouxe 9 medalhas de ouro deste concurso, tendo sido a empresa que venceu o maior número de medalhas neste concurso. A loja da adega reabriu ao público, com nova imagem. Visite-a e adquira os seus produtos.
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A Junta de Freguesia de Palmela deseja a toda a População um santo Natal e um ano novo cheio de felicidades. 12 | SEMMAIS | SÁBADO | 19 DE DEZEMBRO | 2015
NEGÓCIOS
JMF completa gama Alambre com novo moscatel roxo
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José Maria da Fonseca aposta este Natal no Alambre Roxo, um novo néctar que completa a gama da marca de moscatéis de Setúbal Alambre. «É um vinho ideal para esta época do ano e que fará companhia a muitas famílias no Natal. É de qualidade excelente e reforça a nossa posição de referência nos moscatéis de Setúbal», realça o gerente António Soares Franco. Para o responsável, 2015 decorreu de forma «positiva», especialmente em Portugal onde as vendas cresceram cerca de 20 por cento, com crescimentos em todas as nossas marcas mais importantes, como são o Periquita, o BSE, o Alambre Moscatel de Setúbal e Lancers. «Este ano marcou a criação da nossa própria empresa de distribuição para o mercado nacional e a inauguração da “By the Wine – JMF” a nossa flagship store em Lisboa e
um winebar único, onde o consumidor pode apreciar todos os nossos vinhos a copo, juntamente com uma excelente seleção de oferta gastronómica, num ambiente único que tem sido um grande sucesso». Os vinhos da JMF mais premiados este ano foram os da gama de Moscatéis de Setúbal, desde o Alambre, ao Alambre 20 anos, Alambre Roxo, Moscatel Roxo 20 anos, Coleções Privada Roxo e Privada Armagnac, que receberam várias medalhas de ouro e excelentes classificações em concursos nacionais, internacionais e revistas da especialidade. A Vindima decorreu de forma «bastante positiva com aumentos de produção e uma qualidade muito boa». No futuro, a JMF quer «consolidar a nossa distribuidora em Portugal, onde numa 2.ª fase temos como objetivo distribuir outras marcas representadas e alargar a oferta no mercado nacional».
Adega de Palmela com nova aguardente
A
Adega Cooperativa de Palmela, que acaba de celebrar 60 anos, tenciona apostar numa aguardente bagaceira velha, que deverá sair para o mercado muito em breve. «É um digestivo de grande qualidade, um grande topo de gama». O novo produto, que poderá ser adquirido na Casa Mãe da Rota de Vinhos e na loja da adega, tem o preço de 15 euros. Para a quadra natalícia, Luís Silva sugere um Palmela Reserva, um vinho «fantástico». Será também
lançado o Syrah 2013, que sairá antes do Natal, não esquecendo a «nossa vasta gama de produtos», realça o enólogo Luís Silva, reconhecendo, porém, que falta no portfólio da adega um produto de «média gama», estando previsto para breve o lançamento de um Villa Palma, branco e tinto, e de um reserva branco. Luís Silva frisa que a atual direção vai continuar a apostar na modernização das instalações. «Vamos melhorar as instalações e modernizar as linhas de
engarrafamento e da área da vinificação», acrescentando que a adega «está cheia de vitalidade, de vontade de crescer, de acompanhar novos mercados, de ganhar quota de mercado no País, de reestruturar as vinhas e a própria adega». Com 330 associados, a ACP produziu 8 milhões de litros de vinho no ano passado, sublinhando que 2015 foi um ano de «excelência». Em comparação com 2014, o balanço da Vindima é «muito positivo», um ano «não com
muita abundância mas com muita qualidade».
Xavier Santana premia apreciadores
A
adega Xavier Santana, localizada em Palmela, este Natal vai premiar os apreciadores de vinho com três novidades.Trata-se dos mono-castas “Alicante Bouschet”, de 2013, e “Syrah”, do mesmo ano, com a marca Quinta do Monte Alegre, e do Moscatel Roxo Reserva 2010 Xavier Santana. A empresa conquistou
este ano 4 medalhas de ouro, com os vinhos Xavier Santana Reserva Tinto Castelão; Xavier Santana Reserva Branco Viosinho e Moscatel; Xavier Santana Moscatel de Setúbal DO 2012”,Top Ten do concurso Muscats du Monde”; e Quinta do Monte Alegre Branco DO Fernão Pires. De acordo com Fernando Santana Pereira, gerente
da firma, o balanço da Vindima 2015 é de grande qualidade. «As Vindimas este ano trouxeram-nos uma boa colheita e uma grande qualidade». Para o ano de 2016, Fernando Pereira antevê «grandes novidades mas ainda não é o momento para as revelarmos, já que o nível de qualidade exigido por nós é muito elevado».
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SEMMAIS | SÁBADO | 19 DE DEZEMBRO | 2015 | 13
OPINIAO
Natal e Ano Novo – Sinal de Esperança
N
a época natalícia exalta-se e apela-se às boas vontades e ideais nobres com desejos de um ano novo muito próspero. Não fugirei à regra sem assumir que alguns dos desejos, colidem com outras vontades de cidadãos. Assim aqui vão alguns votos para que com o nascimento de Cristo a Luz ilumine certas mentes: 1. A Europa, pioneira em princípios orientadores da civilização ocidental, mas que soube acolher os ensinamentos orientais saiba encontrar a unidade que nunca teve para evitar conflitos devastadores e os verdadeiros líderes desapegados dos egoísmos do poder, saibam ser humildes governantes. 2. Portugal, depois de ultrapassar um caminho difícil que permitiu sair de uma encruzilhada na sua História negativa,
saiba em 2016 repor legalidades e assaltos de poder de forma imerecida e crescer para atenuar as assimetrias, sabendo de antemão que é sempre fácil apregoar a demagogia e reinar como Pilatos. Os portugueses merecem melhor e ser felizes durante gerações.
exemplo de fraternidade, irmandade e tolerância ao Mundo.
3. Os Angolanos continuem a acreditar maioritariamente no seu líder que soube conduzir o país em período de guerra e projetar Angola ao crescimento económico, mantendo a Pátria unida; os tempos mais próximos apesar de difíceis sejam o prenúncio da reorganização da Nação para o exemplo de África.
5. O distrito de Setúbal depois de palco de muitos mitos ideológicos soube nos últimos anos contribuir para o crescimento económico, apesar das adversidades em que muitos cidadãos vivem e sobrevivem, que no futuro continue a encontrar a resolução de problemas concretos que vão desde o insucesso escolar, à integração dos jovens, à redução do desemprego e o carinho pelos mais idosos; tudo será viável com todas as instituições sociais sérias e responsáveis.
4. No âmbito da CPLP seria de enorme relevo, encontrar um rumo de crescimento e paz para a totalidade dos países que compõem esta comunidade, porque ao longo da História os seus povos têm dado o
6. Que todos os partidos políticos em especial o que milito saibam aproximar-se das populações, reativando os princípios formadores nas bases e aglutinadores das vontades nos novos contextos
ESPAÇO ABERTO E LIVRE ZEFERINO BOAL
CONSULTOR DA SITEL PORTUGAL sociais que vão desde a malha urbana à rural, incluindo o uso de uma comunicação acessível a todos. 7. Surja um aumento da prática da atividade física e desportiva para que no futuro possamos ter redução de problemas de saúde nas populações, pugnando de igual pelo mérito desportivo na conquista de títulos em especial no que diz respeito ao meu clube, apesar das preocupações quanto ao futuro no que concerne à cúpula diretiva. 8. Que os homens saibam respeitar a divergência com
base na convergência; temos consciência que as guerras não terminaram, mas que pelo menos tenham um fim em vista em cada cenário e que vise a consolidação da Paz nesses territórios. 9. Se prossiga o combate no que mais destrói as sociedades: corrupção, terrorismo, a ganância dos homens, a desigualdade, a pobreza entre outros. Estes são os votos nesta quadra festiva, para os quais tentarei dar o meu humilde contributo e na qualidade de cidadão com dupla-nacionalidade.
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Diretor Raul Tavares | Redação: Anabela Ventura, António Luís, Bernardo Lourenço, Cristina Martins, Marta David, Rita Perdigão, Roberto Dores | Departamento Comercial Cristina Almeida - coordenação | Direção de arte e design de comunicação DDLX – www.ddlx.pt | Serviços Administrativos e Financeiros Mila Oliveira | Distribuição José Ricardo e Carlos Lóio | Propriedade e Editor Mediasado, Lda; NIPC
506 806 537 Concessão Produto Mediasado, Lda NIPC 506 806 537 | Redação: Largo José Joaquim Cabecinha nº8-D, (traseiras da Av. Bento Jesus Caraça) 2910-564 Setúbal. E-mail: redaccao.semmais@ mediasado.pt; publicidade.semmais@mediasado.pt. | Telefone: 93 53 88 102 | Impressão: Empresa Gráfica Funchalense, SA. Rua Capela Nossa Senhora Conceição, 50 – Moralena 2715-029 – Pêro Pinheiro. Tiragem: 45.000 (média semanal). Distribuição: VASP e Maiscom, Lda. Reg. ICS: 123090. Depósito Legal; 123227/98
14 | SEMMAIS | SÁBADO | 19 DE DEZEMBRO | 2015
EDITORIAL
OPINIAO
Na pasta da Cultura
P Raul Tavares Diretor
Nova luz para o novo hospital do Seixal
A
maioria de esquerda ofereceu hoje, de bandeja, ao distrito e à sua população, uma prenda de Natal, relevante. Deu luz verde à construção de uma nova unidade hospitalar no Seixal. Como os autarcas já enfatizaram não se trata de um capricho, mas sim de uma necessidade imperioso face aos constrangimentos que o acesso à saúde tem colocado junto da população daquele eixo populacional do distrito. O processo, que tem gerado múltiplas contestações na rua e que juntou numa petição mais de oito mil assinaturas, tem estado aos avanços e recuos, nomeadamente passando de governo para governo. Agora, parece haver uma luz ao fundo do túnel e renasceu a esperança da sua construção, nem que seja o arranque de uma primeira vez, capaz de colocar estrategicamente no Seixal, uma unidade de retaguarda, minimizando os efeitos nefastos da sobrelotação do hospital Garcia de Orta. A verdade, é que nos últimos anos, temos assistido a muito mais mortes por falta de cuidados de urgência. É um facto. E a falta de camas hospitalares na península assume um número muito preocupante. Para não falar da falta de condições de muitos centros de saúde nesta zona e de outros que continuam a funcionar sem as mínimas condições de operacionalidade. Há situações em que a questão financeira deve ser colocada em segundo plano. É a gestão das prioridades. E esta é, sem dúvida, uma das prioridades para o distrito no futuro próximo.
ermite-se uma pequena adenda - o final de texto - para voltar a dar conta de um contributo a que mais de 150 pessoas dessem corpo à evocação de Michel Giacometti no Museu do Trabalho que porta o seu nome, em Setúbal, na noite da passada sexta-feira, 27 de Novembro, iniciativa promovida pela Associação Conquistas da Revolução em que actuaram o Coro Lopes Graça da Academia de Amadores de Música e os Grupos Corais Alentejanos “Os Amigos do Independente” e “Os Amigos dos Sadinos”, e tomaram a palavra Manuel Begonha, Militar de Abril e Presidente da ACR, Modesto Navarro, escritor e membro de Direcção da mesma, e Carlos Rabaçal, vereador da Câmara Municipal. E pequena adenda agora, porque o essencial percorreu entretanto os vários meios de comunicação inter-activa. Na mensagem de congratulação com que a Casa do Alentejo de Lisboa quis marcar presença, o etnólogo e musicólogo francês corso falecido há 25 anos e sepultado a seu pedido em Peroguarda, no Concelho de
Ferreira do Alentejo, é justamente considerado como precursor da atribuição pela UNESCO ao Cante Alentejano do Estatuto de Património Cultural Imaterial da Humanidade, havia exactamente um ano naquele dia. O texto lido sublinhava a frase de Giacometti: “Povo que canta não morrerá”. No tempo da história falou-se ainda de duas datas. A de há 40 anos atrás, quando os jovens do Serviço Cívico Estudantil, nos chamados tanques da Paz do MFA e sob a égide dos Governos de Vasco Gonçalves, 1º Ministro dos Trabalhadores e do Povo, como era tratado, se deslocaram aos campos para dele trazeram as mãos cheias de ferramentas cujo acervo no Museu do Trabalho sadino é riqueza de Portugal. A do falecimento, num outro 27 de Novembro, o de 1994, de Lopes Graça, o grande compositor português que conjuntamente com Michel Giacometti, a PIDE na peugada, gravou o incomensurável Cancioneiro de vozes sempre ao alto. Ora, talvez em antevéspera, no percurso entre a Palhavã e a União Setubalense, na entrega
POLITICA E CULTURA VALDEMAR SANTOS MILITANTE DO PCP
mão-a-mão dos folhetos de propaganda, e pelo que se vê não se agita só na rua, ainda assim foi na rua em descendente que a um condutor de uma carrinha nos dirigimos, sendo mais rigoroso dizer que ele próprio parara. Perguntamos de imediato se conhecia o homem, retratado: “Então, não fui sindicalista? Não era o do CDOC?” – reagiu, até um pouco zangado. Referia-se espantosamente ao projecto do Centro de Documentação Operário-Camponesa que Giacometti almejava instalar em Setúbal, cidade escolhida por já de si ser acervo de concentração laboral e dessa outra consequência, de lutas. Num artigo de Francisco Lobo, nas épocas em causa Presidente da Câmara Municipal, explica-se que a alteração da correlação de forças política a nível nacional liquidou o desígnio, que não, contudo, o
Museu sobranceiro à Baía do Sado. Na exposição que o PCP dedicou a Michel no Espaço de Setúbal da Festa do Avante! de 2009 - nos 80 anos do seu falecimento -, liminarmente se lia que “sempre o PCP foi informado e auscultado. Um primado do etnógrafo”. No Centro de Trabalho sadino do Partido lá está o documento complementando as traves-mestras do CDOC, endereçado pelo nosso homenageado “aos camaradas da DORS” (Direcção do Organização Regional de Setúbal do PCP). Com três palavras, no cabeçalho, António Santo, comunista da clandestinidade e de tudo o que isso acarretou, responsável por Setúbal após o 25 de Abril, manuscreveu: “Pasta da Cultura”. O sindicalista, pela noite, foi ao Museu. Sabia da poda.
Pensar pequenino? Não, obrigado!
O
mundo é hoje cada vez mais um só. Nenhum país, individualmente considerado, está imune ao que se passa fora de portas. A globalização aboliu fronteiras e acelerou a livre circulação de pessoas e bens e o mundo global faz parte do nosso quotidiano . O que é que ocorre hoje do ponto de vista político, económico e social digno de registo neste novo mundo? No essencial, a gestação para uma nova realidade. O mundo bipolar deu lugar, como se sabe, ao unipolar, vivendo-se hoje uma multipolaridade de contornos indefinidos. A multipolaridade apresenta graves tensões em vários pontos, desde logo em países árabes como o Iraque, a Síria, a Líbia, com reflexos noutros como o Irão, a Jordânia e a Arábia Saudita, por exemplo, conjungando-se interesses hegemónicos com revoltas, por vezes brutais, de raíz religiosa. O chamado Estado Islâmico e a pressão dos refugiados sobre o
espaço da EU estão muito longe de estarem resolvidos e têm graves consequências neste, sendo apenas parte do problema. O reforço recente da extrema direita em França, na primeira volta das regionais, só parado na segunda por efeito da conjugação de esforços dos socialistas e dos republicanos, caso que não é único, está aí a demonstrá-lo, em parte incentivado por este quadro e pela estagnação do crescimento económico com elevados níveis de desemprego. Depois, há a tensão rescente entre a Turquia e a Federação Russa e esta com a Ucrânia em resultado do que se passou na Crimeia. Não é de estranhar que o redesenho que está em curso, acompanhado da significativa queda do preço do petróleo, afete seriamente os países seus produtores ou potenciais produtores, como se vê em Angola e Moçambique. Quanto ao Brasil é o que se sabe, a braços com uma conjuntura político-económica grave.
POLÍTICA MESMO VITOR RAMALHO
ADVOGADO
Este quadro, queiramos ou não, irá marcar sérios constrangimentos nas opções políticas que se nos deparam a curto e médio prazo por todas as razões. E porque marcam, é muito importante que saibamos, todos contribuir para alimentar um rumo estratégico para o país que vá para além dos debates caseiros, seguramente importantes para os cidadãos, mas que estão longe de esgotarem os objetivos pelos quais importa que nos batamos. A circunstância de nos exprimirmos na quarta língua mais falada do mundo, com forte presença em todos os continentes, facto que não é negligenciável para a própria EU, está longe de ser uma questão menor. Isto tem a ver com a afirmação de Portugal no mundo e, de
caminho, com a caracterização clara das funções do Estado, com a credibilização das institutições e com o reforço da confiança e da esperança. O que importa é que deixemos de pensar pequenino, confundindo a árvore com a floresta, como sucedia com o governo anterior. Pessimista? De forma alguma sobretudo nas proximidades do Natal e de um Novo Ano, aproveitando aliás, estas datas para desejar aos leitores as maiores felicidades. A esquerda é confiante e este novo ciclo que agora se inicia só pode reforçá-lo. Neste particular é que não há mesmo alternativa e não se pode falhar. Continuar a pensar pequenino? Não, obrigado! O combate não se ganha por aí.
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SEMMAIS | SÁBADO | 19 DE DEZEMBRO | 2015 | 15