Semmais_19_de_janeiro_2013

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Sábado | 19.Janeiro.2013

Director: Raul Tavares

semanário - edição n.º 746 • 6.ª série - 0,50 € • região de setúbal

www.semmaisjornal.com

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VENDA INTERDITA

Cultura Teresa Salgueiro na Baixa da Banheira

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Banco BIC fecha gabinete de empresas NEGÓCIOS O Centro de Empresas do Banco BIC encerrou portas em Dezembro deste ano. E o Gabinete do Barclays vai seguir o mesmo caminho. A capital de distrito fica assim fora dos

grandes centros de decisão do apoio financeiro. É um grande revés para a região e um «erro estratégico», segundo os especialistas ouvidos pelo Semmais. PÁG. 11

ÚLTIMA O serviço de urgência do Hospital Garcia de Orta registou uma enchente na noite de quintafeira, o que lançou um enorme burburinho dentro e fora da unidade hospitalar. A

direcção do hospital fala de um afluxo anormal sobretudo devido a maleitas do foro respiratório. A hora de espera ultrapassou as nove horas e os exames durante o dia inteiro.

Faurécia despede 69 trabalhadores N E G Ó C I O S A empresa de Palmela acabou por despedir 69 dos seus trabalhadores. A luta não foi suficiente para Pub.

travar a sangria. A empresa queixase de quebra de encomendas. Mesmo assim ficaram de fora outros 23. PÁG. 10

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CADERNO

Os Municípios do Distrito de Setúbal Análise Orçamental, Económica e Financeira 2010-2011

Ranking e mapas da execução orçamental. Garcia de Orta entupiu esta quinta-feira

Actual Finisterra convida China

Biodiversida Bicho-Pau ameaçado na região

Receitas próprias e todas as despesas. Passivo e dados sobre as dívidas. Menos 45 milhões nas contas deste ano.

S. Bernardo foi abrigo de mais de 100 doentes ABERTURA Durante o ano de 2012 102 doentes tiveram que ficar retiros na unidade hospitalar de Setúbal após terem alta médica, porque nenhum familiar assegurou o regresso a casa. É uma situação recorrente, mas que começa a preocupar as autoridades de saúde. A maior parte destes pacientes sózinhos acabaram por ser institucionalizados. E espera que a situação para este ano sofra um aumento. PÁG. 2

Teresa Vicente vai pagar 35 mil euros para se aposentar POLÍTICA A presidente da Câmara de Palmela, Ana Teresa Vicente caso accione a reforma já concedida terá que ficar a pagar uma verba de 32 mil euros em cinco anos à Caixa Geral de Aposentações. Esta premissa decorre da lei que a favoreceu na redução do tempo para a reforma.

Autárquicas

Mercês Borges é a candidata do PSD ao Montijo

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Armas do Alfeita apanhadas nas mãos de gang perigoso ACTUAL A polícia judiciária deitou mão esta semana a um perigoso gang que se dedicava a assaltos violentos, com recurso a armas de grande porte. Durante o desmantelamento da rede, a PJ confiscou uma das

metralhadoras que haviam sido roubadas do Alfeite, em 2011. O gang operava em várias zonas do país, em especial na Grande Lisboa. E ainda há armamento militar por encontar PÁG. 4

Sargedas pondera lista independente em Sesimbra

António Neves vai liderar lista do PSD em Almada


ABERTURA Sábado // 19 . Jan . 2013 // www.semmaisjornal.com 2

Hospital de Setúbal foi abrigo para 102 doentes em 2012 Apesar de ter havido uma redução, ainda foram mais de cem os doentes que, após alta médica, tiveram que permanecer aos cuidados do hospital. Os especialistas receiam que este drama se adense este ano. Roberto Dores

O

da mulher e sem filhos por perto, ficou entregue quase a si próprio, acabando por ser ajudado pelos vizinhos, como relata António Santos, que era chamado seis a dez vezes diárias a casa de Vicente. «Às vezes telefonavame à noite só para eu lhe levantar a almofada», recorda. À falta de família entregues a instituições A correria desenfreada durou até ao dia em que os bombeiros foram buscar Vicente a casa para o levar para o hospital, depois de ter caído da cama. Foi em Agosto e nunca mais Vicente regressou à sua residência. Depois de várias semanas entregue ao Hospital de Setúbal, que aguardou sem sucesso que alguém o fosse buscar, o idoso

acabaria por ser entregue a uma instituição. «Mas foi preciso mexer mundos e fundos na Segurança Social, que até foi impecável para nós», ressalva ainda António Santos, enquanto fonte hospitalar de Setúbal garante que «nenhum idoso é mandando embora sem ter quem o vá buscar ou sem ter para onde ir.» Mas há casos piores, diz outra fonte ligada à Segurança Social, sobretudo de quem nem vizinhos tem, havendo registos hospitalares de homens e mulheres sem as mínimas condições para regressar a casa, mesmo depois de lhe ter sido dada alta. Por vezes os internamentos prolongam-se ao longo de meses caso não surja a admissão num lar, levando os hospitais a ser obrigados a accionar os mecanismos legais.

Mais idosos e menos capacidade dos hospitais Perante o agravamento de doentes com problemas sociais, Guadalupe Simões, do Sindicato dos Enfermeiros, recorda que esta estrutura tem vindo a alertar que os cortes na área da Saúde, principalmente num momento de crise económica, «levariam mais pessoas e, sobretudo, idosos, a pedir ajuda. As famílias deixam de poder ajudar e a rede de cuidados não dá resposta», diz sustentando que a Rede de Cuidados Continuados Integrados está «desajustada e não é adequada ao envelhecimento da população. Apesar de em Portugal haver, cada vez mais, mais idosos e menos capacidade para os tratar», resume a dirigente. DR

Centro Hospitalar de Setúbal registou uma redução significativa de doentes, que foram obrigados a ficar internados naquela unidade de saúde, no último ano, porque não tinham para onde ir após a alta médica. Ainda assim, houve necessidade de recorrer a um total de 102 casos de prolongamento de internamento até Novembro de 2012. No ano anterior tinham sido 162 as pessoas que, por motivos sociais, tiveram que permanecer no hospital sadino, segundo dados revelados ao Semmais pela administração. Setúbal segue a tendência nacional, que indica tratar-se de pessoas, sobretudo acima dos

70 anos, que vivem sozinhas, longe dos filhos ou de outros familiares e sem casa para morar. Mas também há quem viva por perto e deixe os seus idosos entregues nas unidades hospitalares da região, como ocorreu recentemente no Barreiro, onde os filhos recusavam levar a mãe para casa, alegando não saber tratar dela. No Centro Hospitalar de Montijo e Barreiro há cerca de meia centena de prolongamento de internamentos, onde estão incluídas situações classificadas como sendo de «ambiente familiar problemático». O caso de Vicente, morador no bairro da Bela Vista (Setúbal), ilustra as dificuldades de quem aos 81 anos mal se consegue movimentar, estando acamando há vários meses. Com a morte

Pub.


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Sábado // 19 . Jan . 2013 // www.semmaisjornal.com Espaço Público

Editorial

// Raul Tavares

Um universo de notícias más A notícia do desinvestimento da banca no distrito é mais uma prova de que os interesses estratégicos do dinheiro não se balizam pelos interesses do desenvolvimento regional. A retirada destes centros de decisão, de forma abrupta, não deixa de ser uma pancada forte. Basta ouvir alguns dos empresários e financeiros contactos esta semana para se perceber a dimensão da gaffe. O país parou, está a regredir, e a região acompanha o passo. O nível de criação de empresas, que nos últimos anos galopou de forma consistente, arrefeceu de forma drástica. A banca, gestora do bom e do mau, com responsabilidades contundentes no dealbar da situação actual, apresta-se para dar mais uma estocada. E continua a ser apoiada pelo Estado e por todos nós. E o que aí vem ainda parece ser pior. Mais desemprego, como se verifica todos os dias e que vai bombear ao sabor de uma restauração quase em finados, e um sufoco de tesouraria que se arrasta até aos limites do razoável. Como se pode ter esperança e dar salvas aos êxitos que o Governo apregoa na chegada mais célere aos mercados… Quando o país estiver de rastos, em escombros, será difícil reerguer alguma coisa que se possa salvar. Mas os rácios que espelham o fosso entre os mais ricos e os mais pobres acentua-se, provando a máxima de que alguém ganha sempre com o mal dos outros.

ficha técnica Director: Raul Tavares; EditorChefe: Joaquim Guerra; Redacção: Anabela Ventura, Bruno Cardoso, Cristina Martins, Marta David, Rita Perdigão, Roberto Dores; Dep. Comercial: Cristina Almeida (coordenação). Projecto Gráfico: Edgar Melitão/”The Kitchen Media” – Nova Zelândia. Departamento Gráfico: Dinis Carrilho. Serviços Administrativos e Financeiros: Mila Oliveira. Distribuição: José Ricardo e Carlos Lóio. Propriedade e Editor: Mediasado, Lda; NIPC 506806537 Concessão Produto: Mediasado, Lda NIPC 506806537. Redacção: Largo José Joaquim Cabecinha nº8-D, (traseiras da Av. Bento Jesus Caraça) 2910-564 Setúbal. Tel.: 935 388 102 (geral); Email: redaccao.semmais@mediasado.pt; publicidade.semmais@mediasado. pt. Administração e Comercial: Tel.: 265 538 810; Fax.: 265 538 813. Impressão: Empresa Gráfica Funchalense, SA – Rua Capela Nossa Senhora Conceição, 50 – Moralena 2715-029 – Pêro Pinheiro. Tiragem: 45.000 (média semanal). Distribuição: VASP e Mediasado, Lda. Reg. ICS: 123090. Depósito Legal; 123227/98

É preciso lembrar…

Portugal e o capitalismo selvagem

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ue os homens que criam a riqueza de um país são aqueles que nas fábricas tomam conta das máquinas e dos fornos que fabricam os tijolos, as telhas e as tijoleiras; que nos campos, no frio do inverno ou no calor do verão, manobram os tractores que abrem os sulcos onde as sementes do trigo e do centeio vão germinar as bagas que darão a farinha do nosso pão de cada dia; que levantam, tijolo a tijolo, depois de já terem moldado e cheio a betão os pilares, as vigas e as lajes das mansões daqueles que dispõem do seu futuro; que detectam e reparam com as suas mãos desnudadas (porque as luvas tiram a sensibilidade) a avaria nos motores dos Mercedes SLK 500 ou nos BMW 750 e lhes afinam os filtros do óleo que as novas tecnologias ainda não conseguiram substituir; que quando nesses palacetes de luxo dos Jardins Gonçalves ou dos Mexias os esgotos entopem vão com a sua sabedoria de experiência feita reparar o que a negligência da fortuna permite; que vão, a qualquer hora do dia ou da noite, numa ambulância dos bombeiros voluntários buscar a filha ou a mãe desses senhores donos do mundo e levá-las ao melhor hospital privado. É, é mesmo preciso lembrar, nos tempos que correm, que a vida duma sociedade também depende destes homens e mulheres que só não são anónimos porque às vezes a televisão lhes dá voz e lhes permitem falar das suas angústias. E é preciso lembrar porque se andarmos distraídos apenas fixamos que o 1º ministro está em desacordo com o presidente da República em relação ao termos ou não direito às mesmas ajudas que a Grécia obteve recentemente; que o deficit de 2012, afinal, vai concerteza ficar muito acima dos 5%; que o banco americano City Group vai despedir 11.000 funcionários em todo o mundo; que as companhias de seguros portuguesas tiveram todas lucros nos primeiros 9 meses do ano; que toda a Europa, talvez apenas com excepção da Alemanha, vai entrar em recessão em 2013 e isso vai

João Marquês Colaborador

É preciso lembrar que apenas uma sociedade mais justa permite que a desigualdade obscena entre as reformas de Jardim Gonçalves e do meu amigo funcionário da CP sejam uma ofensa. levar a mais desemprego – mas sempre dos mesmos, claro, aqueles que com as suas mãos fabricam as peças e objectos que dão a riqueza física dos países, ao contrário da riqueza fictícia e facilmente derrubável conseguida com os jogos de bolsa, o branqueamento de dinheiro sujo ou os depósitos nas famosas offshores. Mas também é preciso lembrar que apenas uma sociedade mais justa permite que a desigualdade obscena entre os 167.000 euros mensais de reforma de Jardim Gonçalves e os 510 euros mensais dum meu amigo que trabalhou 38 anos na CP seja tomada como uma ofensa a todos os que trabalham e fizeram da probidade e da honradez uma conduta de vida. O deus dinheiro não pode ser o mote nem o ómega de uma sociedade pobre por natureza, em que a descendência de berços de ouro perpetue as diferenças entre os que trabalham arduamente e aqueles que manipulam a riqueza assim criada em confortáveis gabinetes de luxo. Uma civilização, como a Ocidental, que assim vai caminhando, vai também ela própria cavando a sua sepultura. Os valores que a deviam sustentar (e não vamos mais longe – lembremonos apenas dos instituídos pela revolução francesa: liberdade, igualdade e fraternidade) estão a ser corroídos nos seus alicerces. É preciso lembrar… ou não?

Semmais com alterações piloto As alterações de ‘layout’ que apresentamos nesta edição são apenas uma fase da operação gráfica e editorial que queremos implementar durante este ano, em que o Semmais comemora 15 anos de actividade ininterrupta. Nesta edição de arranque alguns dos pressupostos de imagem incluídos espelham uma fase piloto, sendo que serão objecto nas próximas edições de novos acertos ou revisões mais adequadas ao que pretendemos e pelo facto pedimos as devidas desculpas aos nossos leitores.

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ento XVI na homilia do Ano Novo disse que estamos a viver num capitalismo selvagem e desregulado. A voragem dos mercados, ganha maior compreensão com as palavras da autoridade máxima da Igreja Católica. Daí, a estranheza que senti para a diminuta repercussão que esta homilia teve, tanto mais que ela nos transporta para o gravíssimo flagelo do desemprego que cresce a cada dia que passa, para a diminuição dos salários e das pensões, para a queda do investimento, em suma para a marcha do nosso empobrecimento. Também estamos sujeitos a este capitalismo selvagem. A lógica que está em curso encoraja de forma desumana o desemprego para que este pressione a baixa dos salários, a pretexto do reforço da nossa competitividade. Isto é inaceitável. Existem mandatários desta lógica desumana que, trasvertidos de analistas, debitam-nos que a salvação do futuro está no recurso à mascarada de uma austeridade acobertada num qualquer memorando da Troika. Este é pródigo em debitar números atrás de números enquanto nos devora a alma, corrói a dignidade e fere seriamente o orgulho na nossa identidade. Entendamo-nos. Quando falamos do memorando de entendimento com a Troika, como se este fosse uma bíblia, o que temos é um quadro integrado no capitalismo selvagem. É necessário não termos medo das palavras. É certo que o País necessita de respostas de rigor, mas não podemos aceitar de forma alguma vender a nossa alma ao diabo. Do que inicialmente constava por exemplo das privatizações no memorando de entendimento, era o objectivo de alcançar receitas de 5 mil milhões de euros. Sucede que só com as privatizações de parte da REN, de parte da EDP e da ANA o Estado obteve já 6,4 mil milhões de euros. Para que insistir então nas privatizações da TAP, dos CTT, de um dos canais da RTP, dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo, da PARPÙBLICA, das Águas de Portugal e do mais que se sabe? É legítimo que se continue a alienar empresas estratégicas e símbolos nacionais que são verdadeiros instrumentos de soberania? Não é certo que as empresas já alienadas eram altamente rentáveis e foram vendidas a empresas públicas estrangeiras pelo menos em dois destes casos? Onde está escrito no memorando que temos que fazer cortes adicionais de 4,4

Vitor Ramalho Economista

Os mandatários desta lógica desumana debitamnos que a salvação do futuro está no recurso à mascarada da austeridade num qualquer memorando da Troika. mil milhões de euros na saúde, na educação, nas prestações sociais, agravando de forma inadmissível a coesão social e afectando seriamente a confiança dos cidadãos no Estado enquanto prestador de serviços? Esta austeridade cega exprime ou pode exprimir algum respeito pelos nossos governantes, subservientes a técnicos estrangeiros e aceitando sem reservas que o País se comporte como um protectorado? Por mim respondo e digo - NÃO! E por dizer não é minha convicção que o Governo deve alterar radicalmente as suas políticas. Aliás, no essencial a prática que vem sendo seguida está em total contradição com o que consta do Programa do Governo. Por isso assinei uma carta ao Primeiro-Ministro de que foi primeiro subscritor o Dr. Mário Soares. É um pedido justo que tem a sustentá-lo o sentimento generalizado da esmagadora maioria do Povo português como todos os estudos de opinião o confirmam. A não ocorrer essa mudança de políticas razões éticas impõem ao Primeiro-Ministro que apresente a sua demissão ao Presidente da República. Daqui não decorre obrigatoriamente que se sigam eleições legislativas. No nosso regime constitucional o Senhor Presidente da República tem outras soluções. Ao invocar a homilia do Papa Bento XVI no Ano Novo em que condenou fortemente o capitalismo selvagem e desregulado tenho presente que o nosso País não é uma ilha isolada do Mundo, impondo-se por isso patrioticamente que tiremos as conclusões que se impõem, olhando para a construção de uma sociedade mais justa e onde o ser humano não seja apenas um número para constar das estatísticas, ainda por cima do desemprego crescente, da fome e de um sério e inadmissível empobrecimento.


ACTUAL Sábado // 19 . Jan . 2013 // www.semmaisjornal.com 4

TCB com passe navegante A PARTIR de Fevereiro, os utilizadores dos Transportes Colectivos do Barreiro (TCB) vão ter um único passe para viajar em todo o concelho e utilizar a Soflusa, o Metro, a

PSP trava tráfico de droga

Carris e a CP na rede urbana de Lisboa. O Navegante vai custar 59,40 euros, menos 7,60 euros do que o combinado pago pelos passageiros que usam o L123.

A PSP de Setúbal, na madrugada de quinta-feira, após buscas a uma residência em Setúbal, por suspeita de tráfico de droga, deteve dois homens e uma mulher que

Polícia desmantelou gang violento com pistola metralhadora

Arma de guerra roubada em 2011 do Alfeite usada em assaltos e carjaking na região

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elo menos uma das seis armas de guerra roubadas em Agosto de 2011 da base naval do Alfeite, em Almada, foi usada nas últimas semanas para assaltos violentos e roubos de viaturas nas regiões da Grande Lisboa e Santarém. A pistola metralhadora, que nas últimas semanas foi usada para assaltos violentos e carjaking, faz parte de um lote de, pelo menos, seis armas de guerra que desapareceram do Alfeite e foi, agora, apreendida pela PSP no culminar de uma operação que logrou

Fotos: DR

As autoridades militares estavam preocupadas, desde 2011, com o rumo dado ao armamento roubado e tinham razões para isso. O gang agora desmantelado é responsável por inúmeros assaltos violentos e operava na Grande Lisboa. Entre o achado estava a metralhadora roubada da unidade do Alfeite

desmantelar o gang de assaltantes. De acordo com fonte policial citada pela agência Lusa, os detidos são suspeitos de terem cometido, nas últimas semanas, pelo menos, três roubos de viaturas com recurso a metralhadora - um em Alverca, concelho de Vila Franca de Xira, outro na zona de Lisboa e um terceiro no distrito de Santarém. Segundo a PSP, este é um dos grupos mais perigosos de assaltos à mão armada a operar na Área Metropolitana de Lisboa.

Um autêntico a r s e n a l militar nas ruas

«Temos a convicção de que desmantelámos o grupo, que actuava de forma violenta, e a certeza de que estas armas não voltarão a ser utilizadas na prática de mais crimes», disse quinta-feira o comandante da divisão da PSP de Loures, Jorge Resende da

Silva, em conferência de imprensa. Os quatro detidos, entre os 25 e 44 anos, foram presos na posse de três armas de guerra: uma metralhadora HKG36 com 30 munições, uma metralhadora tipo UZI com carregador e uma AK47 (também conhecida como Kalashnikov) com o carregador municiado. Recorde-se que as seis armas de guerra roubadas em 2011 na Base de Fuzileiros, no Alfeite, estavam inseridas numa exposição a decorrer na base da Marinha e destinavam-se a mostrar o tipo de armamento usado pelo corpo de fuzileiros. O roubo foi detectado durante uma «ronda de vigilância ao final da tarde», afirmou, na altura, o relações públicas da Marinha, comandante Santos Fernandes.

foram ontem presentes a tribunal. No local foram apreendidas 1 250 doses de heroína, 1 500 doses de cocaína, doze telemóveis, uma balança digital e 1 218 euros.

PSP apanha assaltantes e armamento na margem sul NA MESMA semana em que a PSP de Loures desmantelava o gang das metralhadoras, a Polícia de Segurança Pública de Setúbal desfez um grupo de assaltantes que operava na margem sul, suspeito da prática de furtos e roubos em residências, bem como, tráfico de estupefacientes. A investigação, que decorria há vários meses, pelos operacionais das esquadras de investigação criminal de Almada e Seixal, culminou na detenção de quatro indivíduos do sexo masculino, com idades entre os 18 e os 21 anos. Na sequência das buscas, a polícia apreendeu uma pistola de calibre 6,35 mm, duas reproduções de armas de fogo, uma caçadeira de canos serrado, uma catana com 52,5 cm de lâmina e dezenas de munições; para além de duas bicicletas, vários artigos de ouro, 22 telemóveis, vários relógios, três consolas Play Station, 400 doses de haxixe, 40 doses de cocaína e dois computadores portáteis.

“Admirável mundo novo”

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leitura do texto “Os convidados da mesa de Natal dos portugueses” da autoria do Pacheco Pereira que relata, fria e objetivamente, a doutrina vigente de quem governa e manda em Portugal, intitulando-a de “marxismo vulgar” - “uma espécie de marxismo pobre e rudimentar, que acredita a seu modo que a "infraestrutura" condiciona a "superestrutura", ou seja, que é a "economia" que determina a "política", levou-me a uma reflexão que vai para além da reação quotidiana à situação do país. Comecei por concluir que aqueles que estão convictos de que têm o poder e o país nas mãos, acompanham o novo paradigma com uma encenação para “gente estúpida”, olhando para o povo com soberba e arrogância, e lá vão trilhando o percurso para o desmantelamento do Estado Social e de desregularização do mercado

de trabalho, na esperança de alterar a Constituição e a partir daí, ter o caminho livre para que a doutrina se instale e o “novo futuro” emerja pela mão desta “elite de iluminados”. É muito mau, é muito primário e é sobretudo muito perigoso. Esta nova classe emergente no poder, que mistura estes fundamentalistas do tal “marxismo vulgar” com a arrogância dos herdeiros dos senhores dos tempos da ditadura, que nunca conviveram bem com a melhoria de vida de todos os cidadãos e do direito de todos a adquirirem uma licenciatura, as férias, o carro, a casa, vêm aqui a grande oportunidade de empurrar a classe média que emergiu com a democracia, para aquele que verdadeiramente entendem que é o seu lugar – a pobreza envergonhada dos remediados que comem e calam e que,

como disse o banqueiro Fernando Urlich, membro da casta e emissário da superioridade da elite - ai aguenta, aguenta!. Para esta gente, que não faz ideia do que é viver com os modestos rendimentos da maioria, os pobres são aqueles que não têm casa, que têm de mendigar a comida, que são sem abrigo, aqueles que não têm acesso a bens materiais e que precisam do caridoso assistencialismo, resolvendo a questão com cantinas sociais e quejandos. Para esta gente os direitos de cidadania são “delírios” de uma velha ordem que tem de ser desmantelada. Este caminho que se faz com a “brutal subida de impostos” de Passos e Gaspar, dos cortes dos subsídios de férias, da desvalorização do trabalho à custa do desemprego e da emigração, mina a confiança, mina a esperança, cria desalento e posi-

ciona os portugueses para serem subjugados por quem manda. Mas, por enquanto, há ainda um entrave, um obstáculo que dificulta a plena concretização do novo paradigma. Sem dois terços dos votos da Assembleia da República não são possíveis alterações constitucionais, contudo inicia-se a “grande discussão” da reestruturação do Estado que não significa mais nada que não seja cortar quatro mil milhões de Euros no Estado Social e, fazendo de conta que há um debate, porque há que manter as aparências, até se consegue dar um passo em frente no encalce do “admirável mundo novo”. E em breve, com a desculpa do passado que não nos dá alternativa e com a benesse da troika, mais uma machadada aí vem para aqueles que se atreveram um dia a querer ter alguma coisa de seu,

Catarina Marcelino Pres. do Departamento das Mulheres Socialistas

porque os pobres tradicionais seguirão a sua vidinha com a casa de habitação social e a sopa da cantina, ocupando o lugar que os “verdadeiros pobres” devem ocupar na doutrina do “marxismo vulgar”. Mas é bom que esta elite de “new age” misturada com “aristocracia da treta”, que se julgam acima dos outros, compreenda que o povo, mesmo espartilhado, um dia enche. E nesse dia veremos o que pode acontecer ao “admirável mundo novo”.


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Sábado // 19 . Jan . 2013 // www.semmaisjornal.com

Orçamento Politécnico de Almada orienta ‘paga’ 13.º mês vocações

Já não é a primeira vez que a arbitragem do futebol júnior é alvo de agressões

Gai, tivesse levantado a bandeirola para denunciar ofensas do guarda-redes do Seixal ao árbitro principal, Fernando Oliveira. Até aqui, o jogo tinha sido pacífico, com apenas um cartão amarelo exibido. Mas aos oito minutos do segundo tempo o cenário mudou. O técnico saltou do banco e agrediu o fiscal de linha, vindo a ser preso pelas autoridades, segundo avançou fonte da PSP. O técnico seria identificado e posto em liber-

dade. O Semmais procurou ao longo da semana contactar José Pinho, mas sem sucesso, tendo o treinador já pedido desculpa ao árbitro, que no momento da agressão foi socorrido por várias pessoas, não tendo evitado ferimentos leves e a assistência médica, segundo avançou a Polícia. Ainda assim a cabeçada não impediu Tiago Miguel Gai de voltar a arbitrar outro jogo no domingo.

O ORÇAMENTO do município de Almada para 2013 inclui verbas para pagamento do 13.º mês, para o caso de ser declarada a inconstitucionalidade do corte dos subsídios dos funcionários públicos. A presidente Maria Emília de Sousa explica que depois de um chumbo inicial no passado mês de Dezembro, acabou por ser aprovado com os votos favoráveis da CDU, a abstenção do Bloco de Esquerda e os votos contra do PS e do PSD. Inicialmente o BE também tinha votado contra, o que ditou o chumbo do documento, mas a presidente da Câmara de Almada conseguiu um compromisso com os bloquistas que permitiu viabilizar o orçamento. Com um valor inicial de 117 milhões de euros, o orçamento tem como forte aposta o investimento e o apoio social, sendo que cerca de 40 por cento destina-se a investimento. O orçamento incorpora a totalidade das remunerações dos trabalhadores, incluindo todos os benefícios sociais, bem como o valor do 13.º mês, enquanto se aguarda a decisão do Tribunal Constitucional.

PROMOVER a reflexão e a discussão de ideias em torno da temática da orientação vocacional dos estudantes é o objectivo do encontro de dia 31, entre o Instituto Politécnico de Setúbal (IPS) e orientadores vocacionais, psicólogos e professores. A iniciativa UGUIDE – Pensar o Futuro vai decorrer no Campus de Setúbal do IPS e visa incentivar a partilha de boas práticas, promover a criação de redes e parcerias e desenvolver conhecimentos e competências numa área cada vez mais complexa e exigente. Para além das sessões de debate e visitas às instalações, o programa do encontro integra um workshop subordinado ao tema “O papel das redes e parcerias nas dinâmicas de orientação vocacional dos estudantes” e a Mesa Redonda “O papel do ensino superior politécnico na qualificação dos jovens e na preparação para o mercado de trabalho”.

visa a promoção de uma alimentação saudável, realizada à base de produtos locais com o intuito de alertar para a importância da pegada ecológica associada à nossa alimentação. Para a actividade “Dias de energias 2013”, está prevista a realização de três eventos que são: - Sessão Pública de apresentação do ProjetoRecOil; - Workshop “Gestão Energética – Uma oportunidade para a sua empresa; - Seminário Eólica offshore – Um desafio para ganhar. Durante a semana europeia da mobilidade pretende-se realizar uma mostra de filmes “As curtas da mobilidade”. 2 - Desenvolvimento dos projectos financiados Implementação e desenvolvimento de projectos a nível europeu: - RecOil, optimização dos sistemas de recolha e transformação dos Óleos Alimentares Usados, do qual a ENA é coordenador internacional; - YEACI, divulgação dos custos de utilização dos grandes electrodomésticos, do qual a ENA é parceiro. A nível nacional, o projeto VAGB que visa a implementação de sistemas minimizadores do consumo de energia

em estações elevatórias e de tratamento de água será concluído. 3 – Cimentar as parcerias a nível nacional e internacional A ENA continuará a cimentar as suas parcerias a nível nacional e internacional, promovendo a contínua troca de experiências e conhecimentos com as suas congéneres nacionais e europeias. A ENA continua no seio da RNAE – Rede Nacional de Agências de Energia, que se encontra actualmente instalada em Setúbal, a desenvolver uma intensa actividade, quer como associado, quer como membro da sua direcção. Como dizíamos no início, este é um ano marcado pela grande exigência na resposta aos desafios colocados pelas dificuldades que o país atravessa. Este é também um plano exigente cuja aposta na sua prossecução e dos seus objetivos, representa uma aposta num futuro do qual todos fazemos parte, assim para a sua concretização, apelamos à sua participação para que em conjunto construirmos um mundo mais sustentável.

DR

A DIRECÇÃO do Seixal Futebol Clube afastou o treinador juniores José Pinho, que no passado fim-de-semana agrediu um árbitro de futebol, tendo sido detido pela PSP em pleno campo. A presidente do clube, Teresa Andrade condenou com veemência a atitude do técnico, tendo demitido também a respetiva equipa técnica, alertando que «atitudes como estas não se coadunam com a postura do Seixal e muito menos com as desta direcção.» A cabeçada dada pelo treinador as árbitro auxiliar acabou com o jogo de futebol e com a detenção do técnico, tendo o incidente ocorrido numa partida a contar para o distrital de juniores, entre o Seixal e o Alfarim, apanhando de surpresa as cerca de cem de pessoas que assistiam ao jogo no Campo Albano Narciso Pereira (Seixal). Segundo o relato feito ao Semmais por intervenientes na partida, que o Alfarim vencia por 3-1, o treinador José Pinho, de 56 anos, não terá gostado que o árbitro auxiliar, Tiago Miguel

DR

Treinador que bateu em árbitro foi preso em campo e despedido

Plano de Actividades ENA – 2013

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um ano marcado pela grande exigência na resposta aos desafios colocados pelas dificuldades que o país atravessa, a ENA, apresenta o seu Plano de Actividades para 2013, assente num conjunto de linhas orientadoras cujo principal objectivo, é dar continuação ao seu trabalho de desenvolvimento sustentado na sua área de intervenção, os concelhos de Setúbal, Palmela e Sesimbra. 1 - Apoio aos municípios e associados, na prossecução dos seus objectivos energéticos e ambientais. Junto dos municípios, a ENA, continuará a desenvolver o seu trabalho nos Planos Energéticos Municipais, nos Planos de Manutenção dos edifícios municipais e sua Certificação Energética, em articulação e suporte com os gabinetes e serviços técnicos municipais. A educação energética e ambiental nas escolas; continuará a ter especial relevância através da promoção e divulgação das maletas pedagógicas, que visam disponibilizar às escolas um conjunto de materiais que permite aos professores abordar, no âmbito das suas actividades pedagógicas, temas como: Iluminação, Resíduos e Energias Renováveis.

Em 2013 as ações de formação orientadas para os professores abrangerão as áreas da: Utilização racional de energia, Mobilidade sustentável, Plano de gestão e resíduos e Escola ecológica. A ENA, propõe-se também desenvolver planos de formação orientados para: Técnicos Municipais – ações de formação/sensibilização a definir Técnicos das empresas associadas da ENA – Ações de formação nas áreas: - ISO 50001 – Sistemas de Gestão de Energia; - Qualificação de auditores internos – ISO 14001; - Sistemas de Gestão ambiental; - Gestão de resíduos. Estas ações são extensivas a técnicos de empresas não associadas à ENA, ainda que sob diferentes condições de acesso. A exemplo do sucesso da edição de 2012, dará continuidade ao projeto Edifício ++, que visa valorizar e dar visibilidade aos edifícios que apresentem condições para um desempenho energético excelente. Aindo durante 2013 procurar-se á fomentar a introdução enegias renováveis em edifícios públicos, particularmente ao nível da instalação de

painéis fotovoltaicos e da substituição de caldeiras a diesel ou gás propano por caldeiras a biomassa. No campo da eficiência energética, é apresentado o projecto Ecolux que visa fazer um levantamento exaustivo dos sistemas de iluminação instalados em edifícios públicos, e definir uma estratégia de substituição sistemática destes sistemas Durante o ano de 2013, a ENA assegurará a gestão da rede municipal de recolha e tratamento dos óleos alimentares usados nos municípios de Palmela, Setúbal e Sesimbra. O Observatório Energético permitirá a recolha, análise e disponibilização de informação sobre consumos de energia e emissões de gases com efeito de estufa na área de intervenção da ENA. O projeto “Jardim das Energias” encontra-se em fase de desenvolvimento e será apresentado publicamente durante o ano de 2013 Em 2013 perspectiva-se a realização de dois projectos em parceria com a ADREPES: - Desenvolvimento de um projeto piloto que procura a valorização energética dos sarmentos da videira, sob forma de pellets; - Realização de um projecto que

Junte a sua à nossa energia em www.ena.com.pt


6

Sábado // 19 . Jan . 2013 // www.semmaisjornal.com

ACTUAL REGIÃO

A MAIORIA dos autarcas da região estão neste momento a ponderar interpor diversas providências cautelares para impedir a extinção de freguesias no distrito. A revelação foi feita ao Semmais por alguns presidentes de câmara e de juntas de freguesia e surge na sequência da promulgação pelo Presidente da República, esta semana, da Lei sobre a Reorganização das Freguesias. Tal como Semmais avançou em primeira mão, na edição de dia 10 de Novembro, as propostas da Unidade Técnica para a Reorganização Administrativa do Território limpavam 27 das actuais 82 freguesias do distrito, afectando principalmente municípios como Almada, que de 11 passaria para 5 freguesias, o Barreiro, Montijo e Santiago do Cacém. Todos os concelhos restantes, à excepção de Alcochete, Sesimbra e Sines, também vão sentir na pele a fusão de duas ou de mais freguesias. Em declarações ao Semmais, Vítor Proença, que lidera a autarquia de Santiago do Cacém, diz que a promulgação da lei reflecte uma «intolerante injustiça» e responsabiliza desde já Cavaco Silva por toda a «confusão» que possa surgir com a proximidade de novas eleições autárquicas. «Há um grande sentimento de revolta entre as populações das freguesias de São Bartolomeu, Santa Cruz e Vale de Água, as directamente afectadas, mas também

nas restantes», lembra o autarca. Já Carlos Humberto, presidente da autarquia barreirense, diz que o chefe de Estado tomou a «decisão errada» e promete continuar a bater-se pela manutenção das oito freguesias actuais. Nuno Costa, presidente da Junta de Freguesia de São Sebastião, em Setúbal, tem sido também uma voz activa em todo o processo no município, lamentando agora que Cavaco Silva «tenha prestado um mau serviço ao país, não sendo sensível às posições das populações e dos respectivos autarcas». «Estranho o timing, não a tomada de posição», diz, por seu lado, Mara Figueiredo, presidente da Junta de Freguesia do Laranjeiro, em Almada. Ainda a propósito deste assunto, o município do Seixal vai apresentar uma Comissão Municipal de Acompanhamento do Processo de Defesa da Manutenção das Seis Freguesias do Concelho, constituída pelos líderes dos grupos municipais da Assembleia Municipal, presidentes de Junta e Assembleia de Freguesia, presidentes da Assembleia e da Câmara Municipal, e tem como objectivo preservar a existência das seis freguesias no concelho. Com a lei promulgada esta semana pelo Presidente da República, o Seixal passa a contar com apenas quatro freguesias (Amora, Corroios, Fernão Ferro e a união das Freguesias do Seixal, Arrentela e Aldeia de Paio Pires), em vez das seis atuais.

Semmais

Autarcas do distrito ponderam levantar providências cautelares para travar extinção de freguesias

Cavaco deixa alertas e preocupações Após a promulgação da lei, o presidente da República enviou uma mensagem ao Parlamento sublinhando a necessidade de serem tomadas «todas as medidas políticas, legislativas e administrativas de modo as que as eleições para as autarquias locais decorram em condições de

A ADMINISTRAÇÃO do Fórum Montijo vai continuar a apostar numa política de responsabilidade social, com iniciativas que promovam o talento de crianças e jovens, campanhas de recolha de artigos para famílias carenciadas e promoção de acções em colaboração com os lojistas, disse ao Semmais Ricardo Esteves, administrador da grande superfície montijense. «Estamos a viver uma conjuntura difícil e no que diz respeito à nossa actividade sentimos a necessidade de continuar a nossa política de diversificação e dinâmica de eventos», garante o responsável, antevendo o ano em que o Fórum Montijo se apresta para comemorar o seu 20.º aniversário. A semana passada, com a presença do ex- futebolista Paulo

Inês Tavares

Fórum Montijo vai continuar a apostar na responsabilidade social e no apoio a criança e jovens do concelho

Paulo Futre apadrinhou iniciativa do Fórum Montijo

Futre, os responsáveis do Fórum ofertaram uma bolsa de estudo, no valor de 2.500 euros a Matilde Lima, de 9 anos de idade, vencedora do concurso “A Brincar, a brincar a sua profissão irá encontrar”, no âmbito do lançamento da 6.ª Edição do Livro do GUI, um

projecto da Multi Mall Management, proprietária de 13 fóruns em todo o país. Tanto Ricardo Esteves como Futre sublinharam o facto de Matilde ter revelado «uma forte criatividade e muita vontade de sonhar».

normalidade e transparência democráticas, assegurando quer o exercício do direito de voto e de elegibilidade dos cidadãos nos termos previstos na lei, quer a autenticidade dos resultados eleitorais». Cavaco Silva lembra que o diploma tem implicações em mais de duas centenas de municípios reduzindo em mais de mil o número de freguesias. A lei da reorganização admi-

nistrativa das freguesias foi aprovada na Assembleia da República no passado dia 21 de Dezembro com os votos da maioria parlamentar. O mapa prevê a redução de 1165 freguesias das 4259 existentes, 27 das quais no distrito de Setúbal. O Governo já veio a público congratular-se com a promulgação da lei pelo Presidente da República.

Filho de presidente da Marateca morre aos 36 anos JOSÉ Santos, de 36 anos, filho de Fernanda Esfola, a presidente da Junta de Freguesia de Águas de Moura, foi a sepultar, na passada quarta-feira, no cemitério local. José Santos era funcionário da Junta de Freguesia de Marateca, na delegação de Cajados, desde 1998, suicidouse na sua residência, em Águas de Moura, no dia 14. José Santos, casado, deixa órfão, um filho com 8 meses e muitas saudades em toda a comunidade. Nas cerimónias fúnebres marcaram presença centenas de pessoas que assistiram à missa de corpo presente e ao funeral até ao cemitério da localidade. A igreja esteve replecta

de várias pessoas e a GNR teve mesmo de controlar o trânsito no l o c a l devido ao elevado afluxo de viaturas. Os presidentes das Juntas de Freguesia de Palmela, o presidente da Assembleia Municipal de Palmela, Victor Borrego, a presidente da Federação do Partido Socialista, Madalena Alves da Silva, o deputado ‘rosa’ Eduardo Cabrita, entre outras personalidades, estiveram presentes no ‘adeus’ ao jovem funcionário da Junta de Marateca.


€ Os Municípios do Distrito de Setúbal Análise Orçamental, Económica e Financeira 2010-2011

A

aprovação do Plano Oficial de Contabilidade das Autarquias Locais (POCAL), pelo Decreto-Lei nº 54 – A/99, de 22 de Fevereiro, o qual é de aplicação obrigatória a todas as autarquias locais e entidades equiparadas, implicou uma profunda alteração nos sistemas contabilísticos dessas entidades. A aplicação do POCAL deve permitir, entre outros, a obtenção de indicadores de diversa ordem, nomeadamente, orçamentais, patrimoniais e de custos, decorrentes da obrigatoriedade da implementação destes três sistemas contabilísticos. Segundo a Constituição da República Portuguesa no nº 2 do art. 235 Autarquias Locais são “pessoas colectivas territoriais dotadas de órgãos representativos, que visam a prossecução de interesses próprios das populações respectivas”, ou seja, as freguesias e municípios. A freguesia é a autarquia local que dentro do território municipal, visa a prossecução dos interesses comuns da população residente nas suas delimitações. Relativamente ao município, é a autarquia local que visa a prossecução dos interesses comuns da população residente num território delimitado (concelho), através de órgãos eleitos sendo os seus principais órgãos a Assembleia Municipal, a Câmara Municipal e o Presidente da Câmara. De realçar, que um município pode integrar, com existência autónoma e estrutura própria, empresas mistas e municipais e serviços municipalizados. Em Portugal, de acordo com a Direção Geral das Autarquias Locais em dezembro de 2012, existem 308 municípios, 278 no continente e 30 nas Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira, e 4259 freguesias, 4050 no continente e 209 nas Regiões Autónomas. Um dos estudos de referência sobre o desempenho das Autarquias Locais, efetuado a nível nacional e a partir de indicadores calculados com base na informação

contabilística, é o Anuário Financeiro dos Municípios Portugueses (AFMP). O AFMP apresenta uma análise detalhada do desempenho orçamental e patrimonial dos municípios, sintetizando a avaliação do desempenho dos municípios através de uma análise de diversos indicadores tendo por base a prestação de contas anual de cada município português. A última versão disponível e editada em 2011 diz respeito ao AFMP referente ao exercício económico de 2010. A análise às contas dos municípios feita no AFMP é apresentada numa perspectiva nacional, identificandose através de rankings os maiores/ melhores e menores/piores municípios para os mais diversos indicadores. Por outro lado, e de forma a melhorar a comparabilidade entre municípios, a análise é normalmente enquadrada pela dimensão dos municípios em grandes, médios e pequenos. Contudo, a informação apresentada não permite uma análise global e detalhada de todos os municípios, pelo que, apenas conseguimos identificar o valor por indicador de cada município do distrito de Setúbal, quando estes se inserem nos mais ou menos em cada indicador. Assim, nesta análise aos municípios do distrito de Setúbal iremos apresentar o seu posicionamento num conjunto de indicadores seleccionados, a partir da análise dos documentos da sua prestação de contas. A selecção e cálculo dos indicadores tiveram igualmente por base a metodologia seguida pelo AFMP, embora seja de salientar que este estudo não pretende evidenciar um ranking dos municípios, mas a apresentação ordenada por grandeza de valores, tendo por referência o ano 2011. Tal como no AFMP não apresentamos indicadores resultantes da contabilidade de custos, em virtude da falta ou fraca implementação deste sistema contabilístico. Outro aspecto relevante é que, no presente estudo apenas serão analisados municípios, uma vez

Estudo da autoria da ESCE dá conta da saúde financeira e económica dos nossos municípios

que, apenas estas entidades apresentam contas de acordo com o POCAL. No âmbito dos municípios, excluímos as empresas municipais por estarem sujeitas ao Sistema de Normalização Contabilística e os serviços municipalizados ou outras instituições, por questões de exequibilidade. Para o cálculo e análise dos indicadores, foi necessário a recolha dos principais documentos de prestação de contas dos municípios, nomeadamente, o Balanço, a Demonstração dos Resultados e os Mapas de Execução Orçamental de Receita e Despesa, individuais. Os mapas recolhidos dizem respeito aos anos de 2010 e 2011 e foram obtidos nos respectivos sítios na Internet, onde os municípios devem publicitar os seus documentos de prestação de contas de acordo com o n.º 2 do artigo 49.º da Lei das Finanças Locais. A metodologia deste trabalho assenta numa análise de conteúdo procedendo-se à recolha e tratamento da informação mediante quadros e estatística descritiva. Dessa análise, obtevese em cada indicador o valor individual de cada município. De seguida, apresenta-se uma breve caracterização dos municípios do distrito de Setúbal. Posteriormente, efetua-se a análise dos indicadores por município pela apresentação dos indicadores orçamentais, os quais tiveram por base os mapas de execução orçamental da receita e da despesa. Num terceiro ponto, são apresentados os indicadores patrimoniais (económico-financeiros) tendo por base a análise do Balanço e Demonstração dos Resultados. Sendo que em cada tabela será apresentado a negrito a coluna pela qual são ordenados os municípios e tendo por base os dados de 2011. Contudo, para melhor evidenciar a evolução dos municípios em cada indicador, é apresentado igualmente o ano de 2010, o que permite obter a variação nos anos em análise.


II

Sábado // 19 . Jan . 2013 // www.semmaisjornal.com

Dossier / Todas as Contas dos Municípios da Região de Setúbal

TAB. 3 • COBRADA DOS MUNICÍPIOS E SEU GRAU DE EXECUÇÃO

DR

Breve Caracterização dos Municípios do Distrito de Setúbal OS MUNICÍPIOS portugueses são bastante heterógenos, podendo apresentar dimensões muito distintas, o que tem efeito direto no valor dos indicadores calculados. Desta forma, é importante enquadrar os municípios por grandeza. O AFMP enquadra os municípios em três dimensões: Pequenos: com população menor ou igual a 20.000 habitantes; Médios: com população maior que 20.000 habitantes e menor ou igual a 100.000 habitantes; Grandes: com população superior a 100.000 habitantes. Na tabela 1, identifica-se o

NO DISTRITO de Setúbal existem 13 municípios que no seu conjunto englobam 82 freguesias e uma área de 5.095 Km2. Pela

número de municípios portugueses por dimensão, bem como o seu peso percentual a nível nacional. Podemos observar que os grandes municípios representam apenas 7,5% do universo de municípios, sendo de pequena dimensão, a maioria dos municípios portugueses. TAB. 1 • MUNICÍPIOS PORTUGUESES POR DIMENSÃO Pequenos

Médios

Grandes

179 Municípios

106 Municípios

23 Municípios

58,1%

34,4%

7,5%

tabela 2, podemos verificar que existem 3 municípios de grande dimensão, 6 de média dimensão e 4 de pequena dimensão.

TAB. 2 • CARACTERIZAÇÃO DOS MUNICÍPIOS DO DISTRITO DE SETÚBAL Município

Freguesias

Áreas (Km2)

Nº de Hab.(censos 2011)

Grande Dimensão Almada

11

70

174.030

Seixal

6

96

158.269

Setúbal

8

172

121.185

Média Dimensão Barreiro

8

32

78.764

Moita

6

55

66.029

Palmela

5

463

62.831

Montijo

8

348

51.222

Sesimbra

3

195

49.500

Santiago

11

1.060

29.749

Receita Total 2011

Receita Total 2010

Municípios

Variação 2010 / 2011

Prevista

Cobrada

Grau de Execução

Prevista

Cobrada

Grau de Execução

ReceitaCobrada

Grau de Execução

Almada

92.885.983

88.612.752

95,4%

83.626.364

82.854.306

99,1%

-5.758.446

-6,5%

3,7%

Seixal

131.362.610

81.606.977

62,1%

119.990.000

74.581.783

62,2%

-7.025.194

-8,6%

0,0%

Setúbal

112.588.346

57.809.844

51,3%

113.542.000

61.968.623

54,6%

4.158.779

7,2%

3,2%

Palmela

58.690.914

43.468.950

74,1%

56.911.567

41.316.652

72,6%

-2.152.298

-5,0%

-1,5%

Sesimbra

64.673.743

40.108.239

62,0%

64.890.685

38.772.116

59,7%

-1.336.123

-3,3%

-2,3%

Barreiro

63.802.915

42.149.991

66,1%

60.349.785

36.836.099

61,0%

-5.313.892

-12,6%

-5,0%

Moita

36.375.951

30.586.738

84,1%

37.236.467

30.473.507

81,8%

-113.231

-0,4%

-2,2%

Santiago

39.646.600

24.107.064

60,8%

40.827.400

26.850.970

65,8%

2.743.906

11,4%

5,0%

Montijo

40.930.351

33.536.641

81,9%

37.976.252

25.736.743

67,8%

-7.799.898

-23,3%

-14,2%

Sines

46.910.905

23.685.614

50,5%

52.361.241

22.489.990

43,0%

-1.195.624

-5,0%

-7,5%

Grândola

37.784.301

30.353.798

80,3%

29.801.520

21.338.927

71,6%

-9.014.871

-29,7%

-8,7%

Alcácer

27.270.665

18.853.034

69,1%

27.856.560

18.233.896

65,5%

-619.138

-3,3%

-3,7%

Alcochete

21.382.542

14.322.906

67,0%

20.850.998

13.283.657

63,7%

-1.039.249

-7,3%

-3,3%

Média Distrital

59.561.987

40.707.888

69,6%

57.401.603

38.056.713

66,8%

-2.651.175

-6,6%

-2,8%

Análise à Execução Orçamental Os mapas de controlo orçamental da receita e despesa efectuam uma síntese da realização do orçamento

previsto. As tabelas seguintes identificam os principais resultados referentes à receita cobrada e despesa

paga nos exercícios de 2010 e 2011, bem como o seu grau de execução e nível de evolução.

A TABELA 3 (acima) identifica a receita cobrada pelos municípios do distrito de Setúbal, apresentando-se igualmente o seu grau de execução face à receita que foi inicialmente prevista. A tabela está ordenada pelo valor total de receita cobrada (ou executada) no ano de 2011, onde como expetável, se evidenciam os municípios com maior número de habitantes, nomeadamente Almada com 82.845.306€ de receita, Seixal com 74.581.783€ e Setúbal com 61.968.623€. Com menor valor de receitas encontram-se os municípios com menor número de habitantes ou de zonas de maior interioridade. Face ao ano de 2010, a posição dos municípios

com maior e menor total de receitas manteve-se praticamente inalterada, embora se destaque a subida de posição do município de Santiago do Cacém. A tendência de variação de 2010 para 2011 foi essencialmente negativa, sendo excepção a subida do nível de receitas nos municípios de Setúbal e Santiago do Cacém. As descidas mais acentuadas referem-se aos municípios de Grândola com -29,7% e do Montijo com -23,3% de receitas totais. Pela média distrital de 38.056.713€ de receita cobrada total pode-se observar alguma assimetria no nível de receitas totais dos municípios, sendo que 5 estão acima da média e

8 abaixo. Sendo a receita total, um indicador correlacionado com a dimensão do município, é fundamental numa perspectiva relativa, a análise do grau de cumprimento do orçamento de receita através da comparação entre a receita prevista e a concretizada (cobrada). No ano de 2011, destaca-se o município de Almada com um grau de execução de 99,1%, seguido da Moita com 81,8%. O município de Sines apresenta o menor grau de execução, com 43,0%, sendo que o Montijo apresenta a maior quebra no grau de execução (14,2% que em 2010).

TAB. 4 • RECEITA PRÓPRIA Receita Própria 2010 Municípios

Pequena Dimensão

Receita Própria 2011

Variação 2010 / 2011

Prevista

Cobrada

Grau de Execução

Peso nas Receitas Totais

Prevista

Cobrada

Grau de Execução

Peso nas Receitas Totais

Almada

60.636.048

57.493.522

94,8%

64,9%

54.066.164

57.537.098

106,4%

69,4%

43.576

0,1%

Seixal

108.512.266

63.273.476

58,3%

77,5%

93.757.086

53.789.277

57,4%

72,1%

-9.484.199

-15,0%

Setúbal

88.963.245

41.700.101

46,9%

72,1%

94.513.298

42.885.735

45,4%

69,2%

1.185.634

2,8%

Receita Própria Cobrada

Alcochete

3

129

17.569

Palmela

40.686.367

28.031.100

68,9%

64,5%

43.404.373

30.022.276

69,2%

72,7%

1.991.176

7,1%

Grândola

5

807

14.826

Sesimbra

46.416.080

30.997.982

66,8%

77,3%

44.847.579

27.863.629

62,1%

71,9%

-3.134.353

-10,1%

Sines

2

203

14.238

Barreiro

48.802.635

29.255.895

59,9%

69,4%

47.361.169

25.619.928

54,1%

69,6%

-3.635.967

-12,4%

Alcácer

6

1.465

13.046

Moita

21.172.569

17.647.982

83,4%

57,7%

21.645.326

17.084.728

78,9%

56,1%

-563.254

-3,2%

TOTAL

82

5.095

851.258

Montijo

22.826.237

19.190.083

84,1%

57,2%

22.446.103

15.741.387

70,1%

61,2%

-3.448.696

-18,0%

Sines

36.756.720

17.491.588

47,6%

73,8%

39.230.040

12.950.617

33,0%

57,6%

-4.540.971

-26,0%

Grândola

25.680.134

21.664.170

84,4%

71,4%

15.120.323

10.549.466

69,8%

49,4%

-11.114.704

-51,3%

Santiago

23.822.400

10.109.466

42,4%

41,9%

19.150.200

10.510.893

54,9%

39,1%

401.427

4,0%

Alcochete

13.867.094

10.189.945

73,5%

71,1%

14.035.095

7.561.927

53,9%

56,9%

-2.628.018

-25,8%

Alcácer

13.898.168

7.300.667

52,5%

38,7%

12.907.312

6.549.643

50,7%

35,9%

-751.024

-10,3%

Média Distrital

42.464.613

27.257.398

66,4%

64,4%

40.191.082

24.512.816

62,0%

60,1%

-2.744.567

-12,2%

AO SE comparar a estrutura, por dimensão, dos municípios do distrito de Setúbal com o verificado a nível nacional, constatase que o distrito de Setúbal se carateriza por ter uma maior preponderância dos municípios de média dimensão (46,1%), face ao verificado no país, onde os municípios de pequena dimensão, são numericamente os mais representativos (58,1%).

GRÁF. 1 • COMPARAÇÃO, POR DIMENSÃO, DO DISTRITO COM A REALIDADE NACIONAL Comparação por dimensão 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% Grande

Média

Distrito de Setúbal

Pequena

Nacional

A TABELA 4 evidencia as receitas próprias por município, estando ordenada pela coluna de receita própria cobrada em 2011.

As receitas próprias representam as receitas que o município consegue gerar, retirando-se para o efeito as receitas provenientes

de transferência do Estado (correntes e de capital), bem com, as decorrentes de passivos financeiros (financiamentos contra-


III

Sábado // 19 . Jan . 2013 // www.semmaisjornal.com

TAB. 5 • DESPESA TOTAL PAGA

TAB. 6 • DESPESA CORRENTE E DE CAPITAL Despesa Total 2010

Municípios

Despesa Total 2011

Variação 2010 / 2011

Municípios

Despesa 2010

Despesa 2011

Variação 2010 / 2011

Corrente

Capital

Corrente

Capital

Corrente

Capital

Seixal

47.578.278

32.463.224

45.678.866

28.901.019

-4,0%

-11,0%

6,1%

Almada

57.908.260

18.493.223

54.996.276

18.860.776

-5,0%

2,0%

0,5%

-0,2%

Setúbal

45.716.414

15.234.486

45.642.823

15.605.316

-0,2%

2,4%

-3.150.429

-7,3%

-3,2%

Sesimbra

29.682.713

10.493.307

28.882.746

9.932.837

-2,7%

-5,3%

59,8%

-1.360.437

-3,4%

-2,3%

Sines

17.328.285

5.777.046

14.786.601

8.705.040

-14,7%

50,7%

35.632.416

59,0%

-4.950.576 -12,2%

-4,6%

Santiago

18.848.956

5.152.060

18.971.553

7.761.064

0,7%

50,6%

37.236.467

30.255.491

81,3%

-110.403

-0,4%

-2,2%

Barreiro

29.538.028

11.044.964

27.903.506

7.728.910

-5,5%

-30,0%

60,5%

40.827.400

26.732.618

65,5%

2.731.603

11,4%

4,9%

Moita

24.072.597

6.293.297

22.649.049

7.606.443

-5,9%

20,9%

34.552.348

84,4%

37.976.252

25.990.706

68,4%

-8.561.642 -24,8%

-16,0%

Palmela

33.076.522

10.040.612

33.253.665

6.713.039

0,5%

-33,1%

46.910.905

23.105.331

49,3%

52.361.241

23.491.641

44,9%

-4,4%

Grândola

16.394.906

12.442.647

15.293.882

5.077.298

-6,7%

-59,2%

Grândola

37.784.801

28.837.553

76,3%

29.801.520

20.371.180

68,4%

-8,0%

Alcácer

13.172.994

4.389.359

12.898.212

4.679.344

-2,1%

6,6%

Alcácer

27.270.665

17.562.353

64,4%

27.856.560

17.577.555

63,1%

15.202

0,1%

-1,3%

Montijo

23.867.220

10.685.128

22.104.560

3.886.146

-7,4%

-63,6%

Alcochete

21.382.542

14.031.474

65,6%

20.850.998

12.817.766

61,5%

-1.213.708

-8,6%

-4,1%

Alcochete

11.550.731

2.480.742

9.873.707

2.944.059

-14,5%

18,7%

Média Distrital

59.561.778

39.517.384

67,7%

57.401.603

37.025.903

65,1%

-2.491.482

-6,4%

-2,6%

Média Distrital

28.364.300

11.153.084

27.148.880

9.877.022

-5,2%

-3,9%

Prevista

Paga

Grau de Execução

Prevista

Paga

Grau de Execução

Seixal

131.362.610

80.041.502

60,9%

119.990.000 74.579.885

62,2%

-5.461.617

-6,8%

1,2%

Almada

92.885.983

76.401.482

82,3%

83.626.364

73.857.052

88,3%

-2.544.430

-3,3%

Setúbal

112.588.346

60.950.900

54,1%

113.542.000 61.248.139

53,9%

297.239

Palmela

58.690.914

43.117.133

73,5%

56.911.567

39.966.704

70,2%

Sesimbra

64.673.743

40.176.020

62,1%

64.890.685

38.815.583

Barreiro

63.799.704

40.582.992

63,6%

60.349.785

Moita

36.375.951

30.365.894

83,5%

Santiago

39.646.600

24.001.015

Montijo

40.930.351

Sines

A TABELA 5 evidencia o total de despesa executada, ou seja, a despesa paga no exercício, bem como o seu grau de execução face às previsões. Estando ordenada pelo total de despesa paga em 2011, verifica-se que os municípios com maior valor total de despesa estão associados à sua dimensão, tal como já verificado ao nível das receitas. Contudo, no que toca ao total de despesa, Seixal é o município que apresenta um maior valor, trocando de posição com Almada face ao nível de receitas. Podemos observar que o nível de despesa paga está dependente do nível de receitas cobradas, pelo que não são expetáveis alterações significativas na posição dos municípios. Desta forma, podemos verificar que Alcácer do Sal e Alcochete encerram igualmente a tabela no valor total da despesa paga em 2011. Relativamente a 2010, a maioria dos municípios teve um decréscimo na despesa executada, com destaque para Grândola (-29,4%) e Montijo (-24,8%). No sentido contrário, e à semelhança do que se tinha observado na receita, o município de Santiago do Cacém teve o maior crescimento da despesa com mais 2.731.603€ (+11,4%). Dentro da análise que nos propusemos efetuar com base na despesa, apresentamos de seguida

DR

ídos a instituições financeiras). Breve análise aos dados permite evidenciar que os municípios apresentam uma posição semelhante à verificada no total de receitas. O município de Santiago do Cacém é aquele que mais desce face à sua posição no total de receitas, sendo em 2011 o segundo com menor peso das receitas próprias, com apenas 39,1%. Palmela apresenta o melhor rácio de receitas próprias, situando-se nos 72,7%. Sendo a média de independência financeira do distrito em 2011 de 60,1%, juntamente com Palmela, apenas mais dois municípios apresentam um rácio superior a 70%, nomeadamente Seixal e Sesimbra. O município de Alcácer do Sal encerra a lista com as receitas próprias cobradas a representar 35,9% das receitas totais cobradas. De 2010 para 2011 verifica-se que a maioria dos municípios sofreu um decréscimo no valor das suas receitas próprias, sendo as quebras nos municípios de Grândola, Sines, e Alcochete, as mais acentuadas percentualmente. Por outro lado, o município de Palmela foi o que mais cresceu a este nível. Quanto ao grau de execução das receitas próprias, em 2011, é liderado largamente pelo município de Almada (106,4%), tal como já se verificava no grau de execução total. Já o município de Sines apresenta o menor grau de execução das receitas próprias, com 33%. A análise do grau de execução é extremamente importante, sabendo-se que um orçamento público deve ser equilibrado, isto é, as receitas estimadas devem cobrir as despesas previstas. Desta forma, a baixa concretização das receitas previstas condiciona a realização das despesas orçamentadas, especialmente ao nível do seu pagamento.

Despesa Paga

386.310

1,7%

-8.466.373 -29,4%

Grau de Execução

a tabela relativa às despesas correntes e de capital executadas, nos anos de 2010 e 2011 nos municípios do distrito de Setúbal. Efetuando a ordenação pela despesa de capital de 2011, que corresponde ao somatório dos Investimentos, Locação Financeira e Bens do Domínio Público, verifica-se que os municípios de grande dimensão são os que apresentam maiores valores absolutos embora haja relativamente à ordenação por número de habitantes, uma troca de posição de Almada com o Seixal, que nesta análise se posiciona em primeiro lugar. Se continuarmos a análise da despesa de capital, por dimensão, verificamos as alterações mais significativas ocorrem nos municípios de Sines e do Montijo, dado que, embora o primeiro seja de pequena dimensão, ocupa o 5º lugar nesta ordenação, enquanto que o segundo é de média dimensão e surge em penúltimo lugar, correspondendo o seu valor a cerca de 39% da média do distrito cujo montante ascende a 9.877.002 €. Se analisarmos a variação ocorrida de 2010 para 2011, salientam-se pelo desinvestimento verificado, os municípios do Montijo (-63,6%) e o de Grândola (- 59,2%) e pelo investimento ocorrido, os municípios de Sines (50,7%) e o de Santiago de Cacém (50,6%).

RELATIVAMENTE à despesa corrente executada no período em análise e que se evidencia também na tabela 6, verificamos que os três municípios de grande dimensão, são com esperado, os que apresentam maior nível de execução e ordenam-se de acordo com o número de habitantes, ou seja, Almada surge em primeiro lugar, seguida do Seixal e de Setúbal. No que respeita à

variação dos dois anos analisados, verificamos que há uma redução generalizada de 2010 para 2011 da execução da despesa corrente, sendo as mais significativas em Sines (-14,7%) e em Alcochete (-14,5%). Santiago do Cacém e Palmela contrariam essa tendência por valores inferiores a 1%. Em média, no distrito, a despesa corrente executada, desceu 5,2%.

TAB. 7 • GRAU DE COBERTURA DA DESPESA PELA RECEITA

Municípios

Grau de execução da receita liquidada relativamente às despesas comprometidas

Grau de execução da receita cobrada relativamente à despesa paga

2010

2011

2010

2011

Almada

111,0%

108,4%

116,0%

112,2%

Seixal

80,8%

100,2%

102,0%

100,0%

Moita

93,6%

88,2%

100,7%

100,7%

Montijo

86,7%

82,4%

97,1%

99,0%

Grândola

92,1%

80,6%

105,3%

104,8%

Palmela

88,4%

80,3%

100,8%

103,4%

Alcácer

89,8%

79,6%

107,3%

103,7%

Santiago

76,2%

78,2%

100,4%

100,4%

Alcochete

78,0%

75,8%

102,1%

103,6%

Barreiro

n.d.

68,5%

103,9%

103,4%

Sesimbra

69,9%

66,0%

99,8%

99,9%

Setúbal

62,3%

61,5%

94,8%

101,2%

Sines

74,9%

59,7%

102,5%

95,7%

Média Distrital

77,2%

79,2%

102,5%

102,2%

NA TABELA anterior apresentamse dois indicadores de extrema importância na análise da performance orçamental. O primeiro indicador representa o grau de execução da receita liquidada face às despesas comprometidas, sendo que receita liquidada é toda aquela que foi emitida (reconhecido o direito a receber) e a despesa comprometida no mapa final de controlo orçamental, é a despesa que terá de ser paga pelo município no ano em análise ou nos próximos. Neste sentido, é um rácio de grande importância porque permite aferir da capacidade que o município terá em pagar os seus compromissos com a receita liquidada. Em 2011, podemos verificar que Sines, Setúbal, Sesimbra e Barreiro

apresentam um grau de cobertura da despesa comprometida abaixo dos 70%, o que tem implicações futuras, pois a despesa comprometida não coberta terá de ser paga na sua maioria por receita de exercícios futuros. Os municípios de Almada e Seixal são os únicos, em 2011, a apresentar um grau de cobertura superior a 100%, sendo Almada o único município a apresentar cobertura total da despesa comprometida de 2010. Quanto ao segundo indicador que representa o grau de execução da receita cobrada relativamente à despesa paga é expectável que o rácio ronde os 100%. Esta situação decorre de os pagamentos de despesas estarem dependentes do recebimento das receitas liquidadas.


IV

Sábado // 19 . Jan . 2013 // www.semmaisjornal.com

Dossier - Todas as Contas dos Municípios da Região de Setúbal

Análise Económico-Financeira

TAB. 8 • ANÁLISE DO ATIVO TOTAL

DR

(Patrimonial)

NO QUE diz respeito à estrutura das fontes de financiamento (tabela 9), constata-se que os municípios com maior peso do passivo na atividade são Alcochete (60,9%), Barreiro (60,8%), Seixal (57,7%) e

AO NÍVEL do ativo total que, representa o volume de investimento na atividade dos municípios, verificamos que Almada, Setúbal e Seixal são aqueles que exigem mais fontes de financiamento, conforme expectável, dadas as suas dimensões. Para além disso, observa-se também que foi nos municípios do Seixal (18,7%), de Alcochete (12,8%) e de Grândola (12,2%), onde o volume de investimento aumentou mais em termos percentuais de 2010 para 2011. A média de crescimento do ativo dos municípios do distrito de Setúbal durante os anos analisados foi de 5,5%.

Palmela (23,6%) apresentam valores na ordem dos 20%. Em simultâneo, observa-se também que de 2010 para 2011 onde o endividamento aumentou mais, em termos percentuais, foi nos muni-

Sines (51,8%), com valores superiores a 50%. Por outro lado, embora a média deste indicador se situe em cerca de 40%, os municípios de Alcácer do Sal (21,2%), Almada (20,8%), Moita (20,8%) e

2010

2011

Ativo Total

Ativo Total

Almada

346.405.102

380.182.946

9,8%

Setúbal

309.326.961

319.850.301

3,4%

Seixal

152.981.335

181.639.522

18,7%

Moita

147.824.028

150.733.223

2,0%

Palmela

153.273.558

147.204.734

-4,0%

Sesimbra

144.525.384

143.236.347

-0,9%

Montijo

97.277.683

96.350.698

-1,0%

Sines

85.718.070

94.089.069

9,8%

Barreiro

84.169.087

85.933.158

2,1%

Santiago

63.013.981

68.186.194

8,2%

Grândola

51.924.160

58.253.865

12,2%

Alcácer

56.237.319

57.194.727

1,7%

Alcochete

29.908.619

33.748.304

12,8%

Média Distrital

132.506.561

139.738.699

5,5%

Municípios

Variação 2010 /2011

cípios de Alcochete (40,4%), de Grândola (35,2%) e do Seixal (32,7%). A média do crescimento do passivo dos municípios do distrito de Setúbal durante os anos analisados foi de 13,7%.

TAB. 9 • ANÁLISE DO PASSIVO TOTAL E OS FUNDOS PRÓPRIOS

Municípios

2011

Variação 2010 / 2011

Passivo Total

Peso do Passivo

Fundos Próprios

Peso dos Fundos Próprios

Passivo Total

Peso do Passivo

Fundos Próprios

Peso dos Fundos Próprios

Passivo Total

Fundos Próprios

Setúbal

107.341.778

34,7%

201.985.183

65,3%

118.716.978

37,1%

201.133.323

62,9%

10,6%

-0,4%

Seixal

78.936.063

51,6%

74.045.272

48,4%

104.745.591

57,7%

76.893.931

42,3%

32,7%

3,9%

Almada

65.846.236

19,0%

280.558.866

81,0%

78.923.424

20,8%

301.259.522

79,2%

19,9%

7,4%

Barreiro

49.837.571

59,2%

34.331.516

40,8%

52.227.628

60,9%

33.705.530

39,2%

4,8%

-1,8%

Sines

43.179.397

50,4%

42.538.673

49,6%

48.766.209

51,8%

45.322.860

48,2%

12,9%

6,6%

Sesimbra

41.074.159

28,4%

103.451.225

71,6%

45.628.931

31,9%

97.607.416

68,1%

11,1%

-5,7%

Palmela

35.375.100

23,1%

117.898.458

76,9%

34.730.891

23,6%

112.473.843

76,4%

-1,8%

-4,6%

Santiago

28.695.451

45,5%

34.318.530

54,5%

33.162.350

48,6%

35.023.844

51,4%

15,6%

2,1%

Moita

31.954.909

21,6%

115.869.119

78,4%

31.316.804

20,8%

119.416.419

79,2%

-2,0%

3,1%

Montijo

31.840.267

32,7%

65.437.416

67,3%

31.018.082

32,2%

65.332.616

67,8%

-2,6%

-0,2%

Grândola

19.701.850

37,9%

32.222.310

62,1%

26.644.940

45,7%

31.608.925

54,3%

35,2%

-1,9%

Alcochete

14.642.384

49,0%

15.266.235

51,0%

20.554.725

60,9%

13.193.579

39,2%

40,4%

-13,6%

Alcácer

13.422.004

23,9%

42.815.315

76,1%

12.145.988

21,2%

45.048.739

78,8%

-9,5%

5,2%

Média Distrital

43.219.013

36,7%

89.287.548

63,3%

49.121.734

39,5%

90.616.965

60,5%

13,7%

1,5%

RELATIVAMENTE à análise comparativa do peso percentual dos Bens do Domínio Público (BDP) no Ativo de todos os municípios do distrito de Setúbal, verifica-se que em termos de média, o seu peso ronda, em 2011, os 19%, todavia, não há um comportamento homogéneo ao nível de cada município, sendo visível, por valores extremos, que em 2011, os BDP em Palmela representam 47,3% do Ativo, enquanto que no Barreiro, o seu valor é de 3,0% (tabela 10).

Municípios

TODAVIA, se a comparação dos BDP, por município do distrito, for efetuada com os respetivos Fundos Próprios, verifica-se que, em 2011, o maior peso (64,0%) corresponde ao município de Santiago do Cacém, enquanto que,

Indicadores Patrimoniais 2010

Indicadores Patrimoniais 2011

o que tem um valor mais reduzido (7,7%) é o município do Barreiro. Mais uma vez é patente a heterogeneidade de comportamentos face à média do distrito que se situa em 29,9%, conforme se pode verificar na tabela 11.

TAB. 11 • ANÁLISE COMPARATIVA DOS BENS DE DOMÍNIO PÚBLICO COM OS FUNDOS PRÓPRIOS

TAB. 10 • ANÁLISE COMPARATIVA DOS BENS DE DOMÍNIO PÚBLICO COM O ATIVO TOTAL Indicadores Patrimoniais 2010

DR

2010

% BDP/Ativo Total 2010

% BDP/ Ativo Total 2011

Ativo Total

Bens de Domínio Público

Ativo Total

Bens de Domínio Público

Palmela

153.273.558

73.114.224

147.204.734

69.569.348

47,7%

47,3%

Moita

147.824.028

48.406.428

150.733.223

49.604.604

32,8%

32,9%

Santiago

63.013.981

19.064.038

68.186.194

22.404.822

30,3%

32,9%

Sines

85.718.070

24.938.455

94.089.069

28.060.994

29,1%

29,8%

Alcácer

56.237.319

13.081.214

57.194.727

12.566.583

23,3%

22,0%

Grândola

51.924.160

11.601.650

58.253.865

11.795.687

22,3%

20,3%

Alcochete

29.908.619

5.720.167

33.748.304

5.986.864

19,1%

17,7%

Almada

346.405.102

55.184.010

380.182.946

62.004.997

15,9%

16,3%

Sesimbra

144.525.384

23.642.456

143.236.347

22.686.978

16,4%

15,8%

Setúbal

309.326.961

46.939.615

319.850.301

44.766.734

15,2%

14,0%

Montijo

97.277.683

8.668.431

96.350.698

8.185.433

8,9%

8,5%

Seixal

152.981.335

12.002.642

181.639.522

11.948.667

7,9%

6,6%

Barreiro

84.169.087

2.146.683

85.933.158

2.596.947

2,6%

3,0%

Média Distrital

132.506.561

26.500.770

139.738.699

27.090.666

20,0%

19,4%

Indicadores Patrimoniais 2011

% BDP/ Fundos Próprios 2010

% BDP/ Fundos Próprios 2011

22.404.822

55,6%

64,0%

45.322.860

28.060.994

58,6%

61,9%

73.114.224

112.473.843

69.569.348

62,0%

61,9%

15.266.235

5.720.167

13.193.579

5.986.864

37,5%

45,4%

Moita

115.869.119

48.406.428

119.416.419

49.604.604

41,8%

41,5%

Grândola

32.222.310

11.601.650

31.608.925

11.795.687

36,0%

37,3%

Alcácer

42.815.315

13.081.214

45.048.739

12.566.583

30,6%

27,9%

Sesimbra

103.451.225

23.642.456

97.607.416

22.686.978

22,9%

23,2%

Setúbal

201.985.183

46.939.615

201.133.323

44.766.734

23,2%

22,3%

Almada

280.558.866

55.184.010

301.259.522

62.004.997

19,7%

20,6%

Seixal

74.045.272

12.002.642

76.893.931

11.948.667

16,2%

15,5%

Montijo

65.437.416

8.668.431

65.332.616

8.185.433

13,2%

12,5%

Barreiro

34.331.516

2.146.683

33.705.530

2.596.947

6,3%

7,7%

Média Distrital

89.287.548

26.500.770

90.616.965

27.090.666

29,7%

29,9%

Municípios Fundos Próprios

Bens de Domínio Público

Fundos Próprios

Bens de Domínio Público

Santiago

34.318.530

19.064.038

35.023.844

Sines

42.538.673

24.938.455

Palmela

117.898.458

Alcochete


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Sábado // 19 . Jan . 2013 // www.semmaisjornal.com ACTUAL SOCIEDADE

Pub.

China é país convidado do Finisterra que promete mais força no estrangeiro Marta David

A SEGUNDA edição do Festival de Cinema Finisterra já está em marcha. Carlos Sargedas, o promotor do evento quer assegurar que o êxito conquistado o ano passado não foi obra do acaso e, por isso, já está no terreno a promover a próxima edição que terá como país convidado a China e vai decorrer entre os dias 9 e 12 de Maio. O interesse suscitado na edição anterior do Festival começa a fazerse já sentir no número de filmes inscritos para concurso na edição de 2013. Poucos dias depois da abertura das inscrições, pelo menos uma dezena de filmes já estavam inscritos para a mostra. Satisfeito com os resultados obtidos com o primeiro Finisterra, Carlos Sargedas destaca o facto de ter sido esse o motivo para que a Algarve Film Comition tenha convi-

dado o Finisterra Arrábida Film Art & Tourism Festival a fazer-se representar na próxima edição do Festival de cinema de Cannes. «Para já faltam os apoios para ir até Cannes, mas este convite é a prova de que o trabalho realizado teve os seus frutos», explica o promotor da iniciativa suportando esse sucesso nas muitas notícias feitas pela imprensa nacional e internacional. E o impacto na comunicação

social é também um forte indicativo do êxito alcançado. «Após a primeira edição deste festival, foi possível observar e receber artigos, alguns de página inteira, tanto nacionais como internacionais, com grandes referências ao festival e a alguns dos locais visitados tais como o Portinho e o Convento da Arrábida, o Cabo Espichel e o Enoturismo da Quinta da Bacalhoa», afirma Carlos Sargedas.

Painel de azulejos volta ao Livramento ATÉ FINAL do mês deve estar pronta a reposição do painel de azulejos no Mercado do Livramento, em Setúbal, o qual foi destruído com a derrocada da parede interior do topo sul, há um ano atrás, que provocou a morte a 5 trabalhadores. A Fundação Buehler-Brockhaus está a suportar os encargos financeiros da obra, orçada em mais de 50 mil euros. A intervenção permitiu recuperar a grande maioria das peças originais que compõem aquele património azulejar, em cerca de 85 por cento. O painel neobarroco, azul e branco, com representações de actividades agrícolas e comerciais, e uma vista de Setúbal do início do século XX, contém cerca de 5 700 peças.

DR

A GUARDA Nacional Republicana está a promover até 28 de Fevereiro, a Operação Censos Sénior 2013, uma campanha de segurança direccionada aos idosos que vivem sozinhos ou isolados. A campanha realizou-se pela primeira vez em 2011, tendo, no ano passado, registado cerca de 23 mil idosos a viverem sozinhos ou isolados, na região. A operação tem por objectivos actualizar o registo dos idosos que vivem sozinhos ou isolados e identificar novas situações, informando as entidades competentes das situações de potencial perigo. Durante a operação, serão também levadas a cabo acções de sensibilização para que a população idosa adopte comportamentos de segurança que permitam reduzir o risco de se tornarem vítimas de crimes. Os agentes vão apelar ao preenchimento de uma ficha de residência para a elaboração do mapa da região, de modo a realizar acções de patrulhamento direccionado.

Festival Arrábida Film Art & Tourism regressa este ano em alta

DR

GNR assinala idosos em risco


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Sábado // 19 . Jan . 2013 // www.semmaisjornal.com

ACTUAL ECOLOGIA

Bicho que parece um pau está ameaçado no distrito

DR

É um insectos mais curiosos que povoam o universo da biodiversidade do distrito. Parece um ramo e é quase invisível. os especialistas dizem que está ameaçado de extinção.

Pub. Roberto Dores

P

arecem pequenos pedaços de madeira que fazem parte dos ramos das árvores. Mas não. São mesmo insectos. E dos mais curiosos da floresta do distrito de Setúbal, com uma invejável capacidade de se camuflarem. São quase invisíveis. Mas o bicho-pau é hoje uma espécie ameaçada entre a biodiversidade da região. A devastação das florestas, as alterações climáticas e a excessiva utilização de pesticidas estão a pôr o insecto em perigo. O Litoral Alentejo é, de resto, das regiões do país onde os biólogos encontram mais exemplares de bicho-pau, principalmente no substrato de bosques, em pinhais comuns de pinheiro bravo e até em pequenas vegetações. A região continua a ser a escolhida pela espécie, por causa do seu clima ameno, mas à medida que a temperatura aumenta o bicho-pau tende a deslocar-se para norte. Ainda assim, os biólogos reconhecem que se trata de uma espécie «muito mal estudada», sendo, por essa via, difícil dizer se o número de populações deste insecto tem vindo a diminuir. Porém, sabe-se que os incêndios dos últimos anos terão sido lesivos para estes invertebrados, tal como para outras espécies.

Um dos caminhos para proteger este insecto seria a monitorização das populações de bichos-pau, mas isso implicaria fiscalizar e acompanhar com regularidade, o que iria envolver custos avultados. Recorde-se que no campo de financiamento de estudos, as espécies privilegiadas são aquelas que «envolvem interesses económicos, que são lesivas para as florestas, ou que podem ajudar na cura de doenças». Um insecto que se mexe lentamente e é inofensivo O bicho-pau mexe-se lentamente e é inofensivo, pertencendo à classe dos fasmídeos, cuja origem do nome deriva da palavra «fantasma». Deve o nome, justamente, à sua capacidade de se tornar quase invisível. Os biólogos admitem que o facto da grande maioria das pessoas nunca ter visto um bicho-pau, pode não estar relacionado com a sua capacidade de mimetização, mas sim com as ameaças que enfrenta. O entomólogo da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, José Alberto Quartau, admite que estes insectos podem ficar ameaçados se os incêndios florestais continuarem. Segundo o especialista, o maior problema para a espécie é sempre a «perda de habitat» e, neste

Espécies menos coloridas As espécies de fasmídeos que existem em Portugal não são tão coloridas e exóticas como as dos trópicos. Os bichos-pau avistados na região têm um aspecto de galhos e confundemse com raminhos da vegetação. Ainda que não tenham a mesma capacidade de mudar a cor da pele como os bicho-pau mais tropicais, estes insectos em Portugal também alteram a pigmentação. As alterações no clima têm vindo a provocar o êxodo das espécies para norte à medida que as temperaturas mais quentes vão subindo no hemisfério.

capítulo, os incêndios dos últimos anos têm tido um efeito nefasto na fauna. Por outro lado, o especialista em insectos aponta ainda outros factores que são prejudiciais para os bichospau, onde inclui a agricultura, o uso excessivo de pesticidas, e a construção.


Carlos de Sousa não avança

POLÍTICA

O EX-PRESIDENTE das Câmaras de Palmela e Setúbal, Carlos de Sousa, desmente uma eventual candidatura ao município de Palmela, como independente. «Afastei-me

Sábado // 19 . Jan . 2013 // www.semmaisjornal.com 9

Ribeiro no Parlamento Jovem

da política partidária vai para 7 anos e não penso, para já, regressar à política apesar de lá ter deixado bons amigos», vinca Carlos de Sousa, que esteve 28 anos no Poder Local.

O DEPUTADO do PSD, eleito pelo distrito, Paulo Ribeiro, deslocou-se no passado dia 14 à Secundária de Palmela, no âmbito da iniciativa Parlamento dos Jovens, uma inicia-

tiva da Assembleia da República, com o objectivo de promover a educação para a cidadania e o interesse dos jovens pelo debate de temas de actualidade.

Ana Teresa Vicente vai pagar 35 mil euros à Caixa Geral de Aposentações para auferir reforma de 1800 euros PCP lhe pediu que o fizesse. O gabinete do partido já veio a público, entretanto, demarcar-se da atitude da autarca e fez questão de sublinhar que não concorda com a lei actualmente em vigor, que permite a dobragem do tempo no exercício de cargos políticos para efeitos de reforma. O gabinete de imprensa do PCP diz também tratar-se de «uma decisão pessoal, com as responsabilidades individuais daí decorrentes quanto ao seu esclarecimento, independentemente das prerrogativas que resultem da aplicação de critérios legais em vigor». O Semmais apurou, igualmente, que a autarca terá informado o partido desta intenção há mais de um ano, não tendo na altura recebido críticas das estruturas. A presidente da Câmara de Palmela, que não quis prestar esclarecimentos sobre este assunto ao Semmais, vai

Bruno Cardoso

A

presidente da Câmara Municipal de Palmela, Ana Teresa Vicente, cuja reforma antecipada aos 47 anos de idade gerou uma onda de choque, vai ter de pagar nos próximos cinco anos cerca de 35 mil euros em descontos complementares à Caixa Geral de Aposentações (CGA), caso não assume, entretanto, nenhuma outra função pública. Estes descontos devemse ao facto de sete dos 27 anos de carreira contributiva terem dobrado, passando para 34 anos a contagem de tempo total, ao abrigo de uma lei alterada em 2005, mas que ainda a contemplou parcialmente. Isto significa que do valor bruto de 1859,67 euros que lhe foi atribuído serão desafectados mensalmente entre 400 e 500 euros até 2018, a que acrescem ainda os descontos legais em vigor. A atri-

A presidente da Câmara de Palmela vai levar o mandato até ao fim

buição desta pensão não constituiu factor de desequilíbrio discriminatório no sistema de pensões da CGA. Caso a autarca não tivesse pedido a reforma, poderia chegar ao fim do mandato desempregada e sem direito a subsídio de desemprego.

Mercês Borges avança pelo PSD no Montijo

Ana Teresa Vicente terá sido, inclusive, sondada pelo partido para se candidatar a outra câmara municipal, mas não há nenhuma decisão tomada. A edil já desmentiu, inclusive, que vai renunciar ao mandato pela qual foi eleita à frente da autarquia de Palmela. Nem o

A DEPUTADA da Assembleia da República, Maria das Mercês Borges, eleita pelo distrito de Setúbal, é a cabeça-de-lista do PSD à Câmara Municipal do Montijo, nas próximas eleições autárquicas que terão lugar em Outubro deste ano. Maria das Mercês Borges desempenhou as funções de Governadora Civil do Distrito de Setúbal e é a primeira vez que é escolhida pelo partido como cabeça-de-lista à presidência de uma autarquia. O PSD distrital não esconde que a autarquia do Montijo é a mais apete-

cida da região e a que mais hipótese tem para passar para as mãos dos social-democratas. Mercês Borges foi convidada há algumas semanas pela concelhia do Montijo, embora não tenha aceitado de imediato o cargo. Fonte do PSD confirmou na quinta-feira que Maria das Mercês Borges já aceitou oficialmente o desafio. A decisão vai agora ser comunicada à Distrital de Setúbal do PSD e posteriormente ratificada pela Sede Nacional do partido.

O PS MONTIJO decidiu criar a Plataforma “Montijo Tem Voz”. O projecto será coordenado pelo candidato a presidente da Câmara, Nuno Canta, com o objectivo de ouvir e mobilizar os montijenses para os desafios do futuro. Segundo Nuno Canta, pretendese promover a participação dos montijenses, por forma a «dar voz a todos os actores da nossa comunidade, aos cidadãos, às instituições, ao movimento associativo, recreativo e religioso, às empresas, a todos os que tenham interesse em contri-

+ 1859,67 € Valor bruto de reforma mensal

- 200 € Valor mensal aproximado de descontos legais

- 400 a 500 € Valor mensal de descontos complementares à CGA

reformar-se a partir do próximo mês de Fevereiro, poucos dias depois de completar os 47 anos, mantendo-se à frente dos destinos do município até às próximas autárquicas.

Calado não sondou por Capucho

DR

DR

PS Montijo dá voz a plataforma em nome de Canta

O que vai ganhar e perder

buir com ideias e propostas para o futuro da nossa comunidade». O objectivo do candidato Nuno Canta visa criar um «movimento para ir ao encontro dos montijenses através duma plataforma diversificada, contactos de rua, com instituições e empresas, nas redes sociais, blogues e por email». E conclui: «Estamos disponíveis para ouvir os montijenses, para acolher propostas e ideias que nos queiram endereçar. Acreditamos que o Montijo e os montijenses têm futuro».

A SONDAGEM a António Capucho, ex-presidente da Câmara de Cascais, para uma eventual candidatura à Câmara de Setúbal não partiu do líder da concelhia social-democrata, Paulo Calado, conforme o Semmais noticiou na edição anterior. O ex-autarca terá sido sondado por dirigentes do PSD ligados ao processo autárquico para a disponibilidade para concorrer a câmaras do distrito, entre elas Almada e Setúbal.

Vereador do PSD no Seixal toma as dores do eleitorado e escreve às cúpulas O VEREADOR do PSD, Paulo Edson Cunha, que deverá ser recandidato à Câmara do Seixal, escreveu esta semana uma dura carta às cúpulas do partido, alertando o Governo e dirigentes nacionais para o facto de estes manifestarem «alguma indiferença» sobre «os resultados desastrosos» que se espera às hostes social-democratas

nas próximas eleições autárquicas. Na missiva dirigida ao vicepresidente, Jorge Moreira da Silva, o autarca lembra a infeliz tirada de Passos Coelho “que se lixem as eleições” para reafirmar a «crescente hostilidade e animosidade» com que os autarcas do PSD de debatem no terreno. «O presidente do partido deve ser alertado para

o verdadeiro cenário negro que se nos depara, se não acautelarmos a relação do partido com as suas bases e com a população», afirma Paulo Edson. E lembra, a propósito, o trabalho isolado dos autarcas ‘laranja’ num distrito «com forte penetração ideológica de esquerda», onde se torna «mais

difícil argumentar em defesa do partido e «separar o PSD e as suas responsabilidades da acção governativa». Mas garante que não é dos que renega o partido e, apesar de não defender «cegamente» as medidas governamentais, compreende os constrangimentos trazidos pelos «compromissos internacionais» e a «situação

conjuntural». O vereador, que solicita uma reunião urgente, exorta a um movimento dos presidentes de secção para dar força a esta posição no sentido de o partido «melhorar a sua comunicação» com o eleitorado. E renega qualquer intenção de «criticar o Governo» ou estar «contra alguém».


Sábado // 19 . Jan . 2013 // www.semmaisjornal.com 10

ao Japão e muitos outros prémios. São os cinco embaixadores da Toyota que avaliam a criatividade. Vê no sítio da Toyota e ficarás por dentro da mecânica do passatempo.

A APSS começou em Dezembro a vender à EDP energia eléctrica produzida pelo sistema de painéis fotovoltaicos instalados no edifício da Segurança Marí-

As negociações com a empresa permitiu salvar 23 trabalhadores

também alternativas como o lay-off, a colocação de trabalhadores em outras unidades do grupo ou o acesso ao Plano Profissional de Trabalho, com comparticipação do Governo, mas que se revelaram infrutíferas. «As medidas permitiriam agradar a todos os trabalhadores e manter todos os postos de trabalho nesta conjuntura económica difícil», sublinha. O coordenador da comissão de trabalhadores lembra também que a empresa perdeu o negócio da pintura em 2005 para a SPPM, a quem acusa de praticar uma «concorrência desleal, por praticar preços que não são sustentáveis». E acrescenta: «essa empresa, ao fim de alguns anos de laboração, entrou em situação de falência e teve de ser viabilizada mais tarde». Daniel Bernardino pede ainda que o Governo haja sobre este

Bruno Cardoso

A

Faurecia, fornecedora de componentes automóveis da Autoeuropa, vai rescindir com mais 69 trabalhadores para lidar com a descontinuidade da sua linha de pintura e para se adaptar às quebras de produção dos seus clientes, especialmente da unidade fabril da Volkswagen em Palmela, que prevê produzir a partir de Março 430 carros por dia, menos 195 do que actualmente. Em declarações ao Semmais, Daniel Bernardino, coordenador da comissão de trabalhadores da empresa, lamenta a decisão da empresa, mas recorda que as negociações entre as partes, de 13 a 26 de Dezembro, «permitiram “salvar” ainda 23 colaboradores». Daniel Bernardino recorda que, em cima da mesa, estavam

O que vale a empresa de Palmela A empresa produz vários componentes (partes do tablier e forras da porta) para o modelo VW Eos, saído da Autoeuropa. Em Portugal, o grupo francês tem várias fábricas além de Palmela onde emprega cerca de 3 mil pessoas. A

empresa tem ainda duas ‘joint-ventures’ no parque industrial da Autoeuropa, a Vanpro e a SAS. O grupo de origem francesa, cujo principal cliente nacional é a Autoeuropa, teve um volume de vendas em 2010 de 603 milhões de euros.

O FUNDEADOURO do porto de Setúbal foi palco, no passado dia 10, da descarga de cinco blocos de aço, de bordo do navio “Seago Felixstowe”, de grande calado, agenciado pela Orey Comércio e Navegação. Estes cinco blocos destinamse à modificação de um bolbo (parte saliente da proa, abaixo da linha de flutuação, cuja função é reduzir a resistência ao deslocamento do navio na água), que será realizada no estaleiro da Lisnave, em Setúbal. A descarga realizou-se com o recurso a uma grua flutuante de 100 toneladas, um batelão e dois reboques. O bloco mais pesado rondava as 61 toneladas e o de

DR

Porto sadino recebe peças para bolbo de navio

menor peso as 17 toneladas, que no total dos cinco blocos perfez uma carga cerca de 215 toneladas, destinadas ao navio “Maersk Brownsville”, que se encontra em reparação no estaleiro da Lisnave e futuramente passará a chamarse “ Seago Piraeus”.

DR

Faurecia despede 69 para se adaptar a mais uma quebra de encomendas

Os trabalhadores estiveram em luta mas já se previa este desfecho

alegado caso de concorrência desleal. Despedimento aumenta flagelo do desemprego Segundo informação transmitida pelo coordenador da comissão de trabalhadores, os trabalhadores que vão ser abrangidos por este despedimento colectivo terão direito a 1,5 salários por cada ano de trabalho, estando, neste momento, a comissão de trabalhadores a tentar que estes tenham acesso

Grimaldi carrega no Sado NO TERMINAL multiusos da zona 1 do porto de Setúbal, concessionado à Tersado, foi carregada, no passado dia 9, no ro-ro “Grande Europa”, da agência Grimaldi Portugal e da linha Euromed Service, uma grande quantidade de maquinaria com destino ao mediterrâneo oriental. Os embarques totalizaram cerca de 650 metros lineares, 1 550 toneladas de maquinaria pesada, de diversos carregadores com destino ao mediterrâneo oriental.

ao seguro de saúde, «pelo menos até final de 2013». «É uma situação extremamente preocupante e há pessoas que choram dada a situação que o país atravessa», descreve Daniel Bernardino, que acrescenta que é «urgente a Autoeuropa conseguir um novo modelo e decidir o mais rapidamente possível quais serão os seus fornecedores no futuro». A comissão de trabalhadores e os colaboradores reuniram em dois plenários na quinta-feira, às sete da manhã e às quinze horas da tarde.

Portucel dá prémio a investigadores A UNIVERSIDADE de Coimbra acaba de atribuir o Prémio Grupo Portucel Soporcel ao projecto MedroJelly4Diet, pelo trabalho inovador desenvolvido na área da "Gestão Sustentável da Floresta”. Esta distinção foi entregue no âmbito da 5ª edição do Concurso Arrisca C´2012 de Ideias, Planos de Negócio e Provas de Conceito. O MedroJelly4Diet, desenvolvido por três docentes e dois estudantes da Escola Superior Agrária de Coimbra, visa a produção e comercialização de doces, compotas e geleias de medronho, com baixo valor calórico. A formulação dos produtos inova pela combinação da actividade antioxidante do medronho com o baixo valor calórico potenciado pela introdução de um edulcorante natural. De acordo com a apreciação do grupo, este projecto tem viabilidade económica, uma vez que há disponibilidade de matéria-prima, de mercado e de conhecimentos para desenvolver o produto. A participação do grupo na iniciativa Arrisca C, promovida pela Universidade de Coimbra com o intuito de incentivar boas práticas inovadoras a nível nacional, insere-se na sua política de responsabilidade social na vertente de estímulo à adopção de práticas sustentáveis no domínio da gestão florestal. O Prémio Grupo Portucel visa apoiar um conjunto de iniciativas capazes de promover a transferência de conhecimento e inovação para o domínio da gestão florestal e da energia e sustentabilidade.

Galp de Sines já produz A NOVA unidade da refinaria de Sines começou, este mês, a produzir gasóleo, o que, no entender da empresa Galp Energia, dá por terminado o «maior projecto industrial de sempre», em Portugal. A empresa afirma que o que está em causa é o projecto de conversão das refinarias de Sines e de Matosinhos, que envolveu um investimento total de 1,4 mil milhões de euros, e que teve como principal objectivo o aumento da produção de gasóleo, em detrimento da produção de fuelóleo. Com este investimento, o país passará não só a produzir gasóleo suficiente para satisfazer a totalidade das necessidades do mercado portu-

DR

Até ao dia 15 de Fevereiro, crianças e jovens, com idades compreendidas entre os 10 aos 15 anos, podem desenhar e pintar o seu carro de sonho. Poderás ganhar uma viagem

APSS vende energia à EDP

DR

Toyota dá prémios

NEGÓCIOS

guês, «como a exportar este produto que até agora importava», conclui a empresa. As estimativas apontam para um impacto anual nas exportações nacionais na ordem dos quatro mil milhões de euros, o que representa mais mil milhões do que os valores registados nos últimos exercícios. A Galp estimava chegar ao final de 2012 com vendas para o exterior de produtos refinados na ordem de 3.5 mil milhões de euros, o equivalente a 10 por cento das exportações nacionais.


Sábado // 19 . Jan . 2013 // www.semmaisjornal.com

NA TABELA 12 apresenta-se, para os anos de 2010 e 2011, por um lado, as dívidas a terceiros totais (todo o passivo menos provisões e diferimentos) e por habitante, quer por município, quer a nível distrital e por outro, a variação verificada, em valor percentual, nesses dois anos. Como se pode observar, analisando as dívidas a terceiros em valor absoluto, verificamos que em 2011, a média do distrito se situa nos 36.588.985€ e que o valor mais elevado desse ano é o relativo ao município do Seixal (100.464.374 €) seguido do de Setúbal (85.881.083€). Em 2010 eram também estes dois municípios que apresentavam valores mais elevados no distrito, embora trocando a posição. O município que apresenta um menor nível de dívidas a terceiros é Alcácer do Sal (3.248.391€). Desta análise ainda

RELATIVAMENTE ao Prazo Médio de Pagamentos (PMP), informação disponibilizada no sítio da internet da Direção Geral das Autarquias Locais, os municípios do distrito apresentam um agravamento médio de 75 dias. Constatase que no ano de 2010, existiam 5 municípios com prazos superiores a 90 dias, para pagamento das suas dívidas. Em 2011, o número de municípios que apresentam um prazo médio de pagamentos superior a 90 dias, aumentou para 12 municípios, tendo os municípios do Barreiro e de Alcochete aumentado em 231 dias e 133 dias, respectivamente os seus PMP. Assim, apenas Almada (15 dias) apresenta um prazo inferior a 90 dias.

A TABELA 14 apresenta o passivo financeiro, isto é, os empréstimos contraídos pelos municípios a instituições financeiras. Constata-se que Setúbal é o município com o maior valor em empréstimos, e Alcácer do Sal o que apresenta o menor valor. Relativamente à variação entre 2010 e 2011, o distrito apresenta uma diminuição da média distrital em -1,8%. Constata-se que a maioria dos municípios (nove) diminuíram o passivo financeiro, mas não ocorreu um comportamento homogéneo ao nível de cada município, caso de Alcochete que aumentou o seu passivo financeiro em 29,5% e Alcácer do Sal que diminuiu 19,1%. Conforme esperado, as três primeiras posições correspondem aos municípios de grande dimensão, bem como as três últimas a municípios de pequena dimensão. Segundo o Art. 36º nº 1 da Lei nº 02/2007 da Lei das Finanças Locais, o endividamento líquido consiste na diferença entre o passivo (dividas

se constata que os três municípios de grande dimensão são os que apresentam um maior nível de endividamento face a terceiros. A mesma análise comparativa entre dívidas a terceiro e dimensão do município, mostra que o que apresenta menor endividamento, é o menor dos de pequena dimensão. Por outro lado, quando se analisa percentualmente a variação das dívidas a terceiros nesses dois anos, verifica-se que o maior aumento se verifica no município de Alcochete (62.5%) e que Alcácer do Sal é o município que apresenta uma maior redução de endividamento face a terceiros (-42,9%). O município do Seixal apresenta um agravamento da dívida a terceiros na ordem dos 46,9%. As dívidas a terceiros, entre 2010 e 2011, cresceram 15,7% apresentando em termos absolutos um aumento de 4.974.121€.

TAB. 12 • ANÁLISE COMPARATIVA DAS DÍVIDAS A TERCEIROS 2010 Municípios

2011

Dívidas a terceiros

Dívidas a terceiros p/ habitante

Dívidas a terceiros

Dívidas a terceiros p/ habitante

Variação 2010 / 2011

Seixal

68.399.465

432

100.464.374

635

46,9%

Setúbal

80.012.354

660

85.881.083

709

7,3%

Almada

42.412.674

244

51.136.044

294

20,6%

Barreiro

36.750.344

467

43.933.030

558

19,5%

Sesimbra

32.837.729

663

36.161.482

731

10,1%

Moita

29.921.325

453

30.739.537

466

2,7%

Palmela

28.882.752

460

28.454.076

453

-1,5%

Sines

23.662.055

1.662

26.398.588

1.854

11,6%

Santiago

20.880.786

702

21.138.758

711

1,2%

Montijo

20.994.823

410

19.683.773

384

-6,2%

Grândola

11.818.154

797

14.235.864

960

20,5%

Alcochete

8.730.173

497

14.181.800

807

62,5%

Alcácer

5.690.599

436

3.248.391

249

-42,9%

Média Distrital

31.614.864

606

36.588.985

678

15,7%

TAB. 13 • ANÁLISE DOS PRAZOS MÉDIOS DE PAGAMENTOS 2010 Municípios

V

Dossier / Todas as Contas dos Municípios da Região de Setúbal

UMA PERSPETIVA de análise relativamente ao endividamento dos municípios do distrito de Setúbal face a terceiros é a verificada por habitante. Assim, dessa análise efetuada tendo como referência o número de habitantes em cada município em 2011, constatase que a média distrital se situa em 678€. Em termos absolutos, o município com maior dívida a terceiros por habitante é Sines apresentando um valor de 1.854€ em 2011. No mesmo ano, o município com um endividamento por habitante mais baixo é o de Alcácer do Sal (249€).

TAB. 15 • ANÁLISE DO ENDIVIDAMENTO LÍQUIDO

2011 Variação em dias de 2010 / 2011

Prazo Médio de Pagamentos

Prazo Médio de Pagamentos

Barreiro

160

391

231

Sesimbra

213

281

68

Alcochete

107

240

Setúbal

146

Seixal

2010

2011

Variação 2010 / 2011

Endividamento Líquido

Endividamento Líquido p/habitante

Endividamento Líquido

Endividamento Líquido p/ habitante

Setúbal

62.018.507

512

63.431.844

523

1.413.337

2,3%

133

Seixal

36.625.484

231

43.103.433

272

6.477.949

17,7%

238

92

Barreiro

33.475.632

425

40.816.252

518

7.340.620

21,9%

178

234

56

Sesimbra

28.039.881

566

30.913.550

625

2.873.669

10,2%

Montijo

95

200

105

Moita

28.638.758

434

29.131.711

441

492.953

1,7%

Sines

173

190

17

Palmela

25.221.715

401

23.364.293

372

-1.857.422

-7,4%

Santiago

159

145

-14

Sines

19.786.553

1.390

22.782.654

1.600

2.996.101

15,1%

Palmela

51

126

75

Santiago

19.186.695

645

18.810.308

632

-376.387

-2,0%

Moita

46

121

75

Montijo

19.001.706

371

17.485.681

341

-1.516.025

-8,0%

Alcácer

52

104

52

Almada

16.841.274

97

16.130.067

93

-711.207

-4,2%

Grândola

20

92

72

Alcochete

8.028.761

457

12.300.801

700

4.272.040

53,2%

Almada

9

15

6

Grândola

9.578.331

646

8.928.143

602

-650.188

-6,8%

Média Distrital

108

183

75

Alcácer

1.172.988

90

-502.050

-38

-1.675.038

-142,8%

Média Distrital

23.662.791

482

25.130.514

514

1.467.723

-

Municípios

Endividamento Líquido

TAB. 14 • ANÁLISE DO PASSIVO FINANCEIRO 2010

2011

Passivo Financeiro

Passivo Financeiro

Setúbal

57.392.310

54.643.538

-4,8%

Seixal

43.417.822

45.531.399

4,9%

Almada

38.684.958

41.131.475

6,3%

Moita

25.397.113

23.362.012

-8,0%

Barreiro

22.633.429

19.364.229

-14,4%

Palmela

20.013.072

18.598.259

-7,1%

Sesimbra

12.951.932

14.644.134

13,1%

Sines

15.956.602

14.366.858

-10,0%

Santiago

14.701.608

13.676.733

-7,0%

Montijo

14.361.506

13.611.355

-5,2%

Grândola

9.308.865

9.104.969

-2,2%

Alcochete

4.800.778

6.217.283

29,5%

Alcácer

998.689

808.120

-19,1%

Média Distrital

21.586.053

21.158.490

-1.8%

Municípios

Variação 2010 / 2011

a terceiros) e o ativo (dividas de terceiros, depósitos em instituições financeiras, caixa e aplicações de tesouraria).

ATRAVÉS da tabela 15, constata-se que apenas Alcácer do Sal não possui endividamento líquido. O município com menor endividamento líquido em 2011 foi Grândola com 8.928.143€ e o município com maior endividamento foi Setúbal com 63.431.844€. Entre 2010 e 2011, importa referir que 6 municípios conseguiram baixar a sua dívida líquida, destacando-se Alcácer do Sal com uma diminuição de 142,8%. Já o município de Alcochete registou o maior aumento em 53,2% do endividamento líquido. Ao analisar-se o endividamento líquido por habitante, o município de Sines destaca-se dos restantes municípios com 1.600€ por habitante, valor significativamente superior ao município que surge em segundo lugar, Alcochete com 700€ por habitante. De seguida, apresentam-se as tabelas relativas aos dados económicos, extraídos da Demonstração dos Resultados.


VI

Sábado // 19 . Jan . 2013 // www.semmaisjornal.com

Dossier/ Todas as Contas dos Municípios da Região de Setúbal

TAB. 16 • ANÁLISE DOS RESULTADOS OPERACIONAIS E LÍQUIDOS 2010 Municípios

2011

Variação 2010 / 2011

AO NÍVEL dos resultados, tanto operacionais como líquidos, verifica-se que os municípios do Seixal, Almada e Moita, são os que apresentam os melhores valores no ano de 2011. Por outro lado, verificase que na grande maioria de municípios, houve uma evolução negativa na atividade, tendo existido uma diminuição dos resultados alcançados. Assim, em 2011 constata-se que 9 municípios (69%) apresentaram resultados operacionais e líquidos negativos.

TAB. 19 • ANÁLISE DOS CUSTOS COM PESSOAL 2010

2011

Custos com Pessoal

Custos com Pessoal

Seixal

65.511.812

70.351.338

7,4%

Barreiro

30.007.580

28.022.175

-6,6%

Sesimbra

29.629.378

27.781.971

-6,2%

Setúbal

26.973.241

26.713.285

-1,0%

Almada

29.907.734

26.511.613

-11,4%

Moita

23.691.039

22.478.412

-5,1%

Palmela

18.911.230

17.076.808

-9,7%

Municípios

Variação 2010 / 2011

Resultado Operacional

Resultado Líquido

Resultado Operacional

Resultado Líquido

Resultado Operacional

Resultado Líquido

Seixal

15.701.017

10.754.906

12.588.747

12.598.548

-19,8%

17,1%

Almada

2.894.063

6.014.140

5.278.590

9.227.040

82,4%

53,4%

Moita

2.391.479

1.973.914

3.695.182

2.710.221

54,5%

37,3%

Alcácer

3.774.135

3.991.409

-720.464

183.024

-119,1%

-95,4%

Montijo

2.413.481

2.426.316

-457.799

-104.801

-119,0%

-104,3%

Setúbal

2.679.448

6.072.528

-572.622

-425.463

-121,4%

-107,0%

Barreiro

1.702.486

4.626.012

2.248.931

-579.659

32,1%

-112,5%

Grândola

6.421.071

6.924.370

-877.764

-633.818

-113,7%

-109,2%

Sines

13.910.654

14.059.829

1,1%

Sines

292.154

3.737.827

-1.567.954

-930.916

-636,7%

-124,9%

Montijo

14.350.711

13.396.171

-6,7%

Santiago

-112.777

398.490

-1.471.289

-1.517.623

-1.204,6%

-480,8%

Santiago

11.090.281

12.172.950

9,8%

Alcochete

-1.405.018

-707.913

-2.919.466

-2.072.656

-107,8%

-192,8%

Alcochete

11.011.315

10.974.600

-0,3%

Palmela

-10.458.289

-10.701.458

-5.948.083

-5.424.614

43,1%

49,3%

Alcácer

10.745.908

10.167.309

-5,4%

Sesimbra

-2.450.332

-1.238.581

-5.151.407

-5.604.411

-110,2%

-352,5%

Grândola

8.804.317

8.438.843

-4,2%

Média Distrital

1.834.071

2.636.305

317.277

571.144

-82,7%

-40,8%

Média Distrital

22.657.323

22.165.023

-3,0%

RELATIVAMENTE ao resultado por habitante, pode-se observar que os municípios do Seixal, Moita e Almada continuam a ser os que apresentam um melhor desempenho, salientando-se também neste indicador, o Barreiro. Em sentido oposto, verifica-se que Palmela, Alcochete, Sines e Sesimbra, são os municípios que apresentam os valores de resultados mais negativos por habitante.

TAB. 17• ANÁLISE DO RESULTADO OPERACIONAL POR HABITANTE 2010

2011

Variação 2010 / 2011

Resultado Operacional

Resultado Operacional p/ Habitante

Resultado Operacional

Resultado Operacional p/ Habitante

Resultado Operacional p/ Habitante

Seixal

15.701.017

99

12.588.747

80

-19,8%

Moita

2.391.479

36

3.695.182

56

54,5%

Almada

2.894.063

17

5.278.590

30

82,4%

Barreiro

1.702.486

22

2.248.931

29

32,1%

Setúbal

2.679.448

22

-572.622

-5

-121,4%

Montijo

2.413.481

47

-457.799

-9

-119,0%

Santiago

-112.777

-4

-1.471.289

-49

-1.204,6%

Alcácer

3.774.135

289

-720.464

-55

-119,1%

Grândola

6.421.071

433

-877.764

-59

Palmela

-10.458.289

-166

-5.948.083

Sesimbra

-2.450.332

-50

Sines

292.154

Alcochete Média Distrital

Municípios

Santiago com Cacém (9,8%) e Seixal (7,4%) e Sines (1,1%), aumentaram os seus custos com pessoal. Dos municípios que diminuíram os seus custos com pessoal, destacase Almada (11,4%) e Palmela (9,7%).

TAB. 20 • ANÁLISE DOS CUSTOS COM PESSOAL FACE AOS CUSTOS TOTAIS 2010 Municípios

2011

Custo com Pessoal / Custos Totais 2010

Custos com Pessoal / Custos Totais 2011

Custos com Pessoal

Custos Totais

Custos com Pessoal

Custos Totais

Alcochete

11.011.315

13.480.655

10.974.600

13.029.961

81,7%

84,2%

-113,7%

Moita

23.691.039

29.119.901

22.478.412

27.919.555

81,4%

80,5%

-95

43,1%

Seixal

65.511.812

83.166.710

70.351.338

92.869.482

78,8%

75,8%

-5.151.407

-104

-110,2%

Sines

13.910.654

20.913.591

14.059.829

19.990.971

66,5%

70,3%

21

-1.567.954

-110

-636,7%

Sesimbra

29.629.378

41.679.202

27.781.971

39.508.654

71,1%

70,3%

-1.405.018

-80

-2.919.466

-166

-107,8%

Barreiro

30.007.580

37.491.389

28.022.175

39.857.871

80,0%

70,3%

1.834.071

53

317.277

-35

-82,7%

Alcácer

10.745.908

16.324.428

10.167.309

15.610.233

65,8%

65,1%

Montijo

14.350.711

25.967.757

13.396.171

25.508.792

55,3%

52,5%

Santiago

11.090.281

22.667.289

12.172.950

24.032.669

48,9%

50,7%

Grândola

8.804.317

17.799.584

8.438.843

18.048.376

49,5%

46,8%

Setúbal

26.973.241

59.350.329

26.713.285

59.999.567

45,4%

44,5%

Almada

29.907.734

77.015.193

26.511.613

66.762.519

38,8%

39,7%

Palmela

18.911.230

47.664.048

17.076.808

43.450.071

39,7%

39,3%

Média Distrital

22.657.323

37.895.390

22.165.023

37.429.902

61,8%

60,8%

TAB. 18 • – ANÁLISE DOS CUSTOS TOTAIS 2010

2011

Custos Totais

Custos Totais

Seixal

83.166.710

92.869.482

11,7%

Almada

77.015.193

66.762.519

-13,3%

Setúbal

59.350.329

59.999.567

1,1%

Palmela

47.664.048

43.450.071

-8,8%

Barreiro

37.491.389

39.857.871

6,3%

Sesimbra

41.679.202

39.508.654

-5,2%

Moita

29.119.901

27.919.555

-4,1%

Montijo

25.967.757

25.508.792

-1,8%

Santiago

22.667.289

24.032.669

6,0%

Sines

20.913.591

19.990.971

-4,4%

Grândola

17.799.584

18.048.376

1,4%

Alcácer

16.324.428

15.610.233

-4,4%

Alcochete

13.480.655

13.029.961

-3,3%

Média Distrital

37.895.390

37.429.902

-1,5%

Municípios

DAS COMPONENTES dos custos destaca-se os custos com pessoal, dado serem aqueles que representam maior peso na estrutura de custos dos municípios (tabela 19). Assim, observa-se que de 2010 para 2011, apenas 3 municípios,

Variação 2010 /2011

ATRAVÉS da tabela 18, pode-se concluir que entre 2010 e 2011, os custos totais considerando os 13 municípios, decresceram 6.051.355€ (1,45%), totalizando em 2011, 486.588.721€. Constata-se que, a maioria (8) dos municípios diminuíram os seus custos totais, com destaque para Almada (-13,3%) e Palmela (-8,8%). Os restantes 5 municípios aumentaram os seus custos totais (Seixal (11,7%), Barreiro (6,3%), Santiago do Cacém (6,0%), Grândola (1,4%) e Setúbal (1,1%).

EM RELAÇÃO ao rácio Custos com Pessoal/Custos Totais verificase que o mesmo diminuiu, no global, cerca de 1%. Constata-se que em termos de média, o seu peso ronda os 60,8%, todavia, não há um comportamento homogéneo ao nível de cada município, sendo visível, por valores extremos, que em 2011, Alcochete representa 84,2% dos Custos Totais, enquanto, em Palmela, o seu valor é de 39,3% (tabela 20). Tal como referido inicialmente, com este estudo, não nos propu-

semos efetuar um ranking dos municípios do distrito de Setúbal, apenas se pretendeu evidenciar, face aos indicadores apresentados, a evolução verificada de 2010 para 2011. Os resultados que obtivemos, face às fortes mudanças na conjuntura económica, à qual os municípios não são alheios, serão enriquecidos e mais esclarecedores, logo que seja possível efetuar a sua comparação com os valores obtidos a nível nacional, após a publicação do AFMP referente a 2011.

EQUIPA DA ESCE - O presente estudo é da responsabilidade dos professores da ESCE do IPS, (da esquerda para a direita) Pedro Pardal, Carlos Mata, Ana Bela Teixeira (coordenadora) e Nuno Teixeira.


DR

mento e subversão da lei das finanças locais, algumas medidas do Orçamento de Estado para 2013, como o aumento em 33,3 por cento dos descontos para a Caixa Geral de Aposentações, a redução das transferências do OE 2013, entre outras».

documento a venda de alguns bens e a execução de empreitadas ao abrigo da 2.ª fase de reabilitação da frente ribeirinha. Nos restantes municípios, os documentos continuam a reflectir o esforço das edilidades em sectores como a intervenção social, o desporto e a cultura, o movimento associativo, a educação e acção social escolar, a higiene e limpeza urbana e a protecção civil, mas também não deixam de lado o investimento. Em Sesimbra e em Alcochete, destacamse, respectivamente, a requalificação da frente marítima e ribeirinha das vilas enquanto em Palmela se aguarda pela conclusão das boras do quartel de destacamento da GNR. Já em Alcácer do Sal, o programa de regeneração urbana da cidade deverá chegar ao seu término, sucedendose o mesmo no que diz respeito à empreitada de valorização do convento de Jesus, em Setúbal.

As autarquias prometem, ainda assim, manter o nível de investimento em curso, concretizando múltiplas empreitadas e operações comparticipadas pelo Quadro de Referência Estratégico Nacional. No Seixal, por exemplo, está prevista a continuação do programa de regeneração urbana, com a constituição de área de reabilitação urbana no núcleo urbano antigo do Seixal, bem como a conclusão do museu Manuel Cargaleiro, ainda no primeiro semestre. Em Almada, 40 por cento do orçamento de 117 milhões serão afectados para investimentos como a abertura da biblioteca municipal Maria Lamas, da escola básica da Charneca de Caparica, bibliotecas escolares, do centro de interpretação de Almada Velha e quarteirão das artes, entre outros. Já o orçamento barreirense é animado pelo desenvolvimento dos programas “Repara”, em Alburrica, e “Quinta da Mina – Cidade para Todos”, assim como pela reabertura do Auditório Municipal Augusto Cabrita e a construção da “Rota do Trabalho e da Indústria”. «A prioridade é a educação e a solidariedade, com valores a rondarem os 2 milhões de euros», lê-se na proposta de orçamento para 2013 da Câmara Municipal do Montijo que, face à conjuntura económica, não pôde incluir no

Fonte: Orçamentos municipais / *valor do documento incial não aprovado

Investimentos mantêm-se em ano difícil

Número por cada 1000 hab

Nº Funcionários (2010)

Nº Habitantes (2011)

Almada

8,7

1512

173298

Barreiro

11,1

875

79042

Moita

12,5

827

66311

Montijo

17,2

882

51308

Alcochete

23,7

416

17565

Sesimbra

20,7

1016

49183

Setúbal

11,7

1419

120791

Palmela

16

1001

62549

Seixal

10,9

1725

157981

Alcácer

28,2

366

12980

Grândola

28,8

428

14854

Santiago

20,9

620

29720

Sines

37,9

541

14260

Totais e média distrital

19,1

11628

849842

Média nacional

19,6

Rácio de trabalhadores camarários por milhar de habitantes na região

Orçamentos municipais para 2013 dão menos 45 milhões de euros O CONJUNTO dos orçamentos das treze câmaras municipais do distrito ronda em 2013 quase 730 milhões de euros, menos 45 milhões do que no ano anterior. A redução é o resultado da conjuntura económica adversa e do pacote legislativo em vigor, que a maioria das autarquias considera ser «destruidor do modelo de organização e do funcionamento do poder local, com consequências devastadoras para a vida das populações e para o futuro do país». O orçamento da Câmara Municipal de Setúbal para 2013, que ascendia a 128,2 milhões de euros, não passou na respectiva assembleia municipal, pelo que a autarquia está neste momento a seguir o orçamento do ano anterior, superior em mais 4 milhões de euros. Quer a câmara municipal faça aprovar, numa nova tentativa, um orçamento a rondar o valor previsto para 2013, quer se norteie pelo do ano de 2012, o documento será nos dois casos superior ao do Seixal, cujo valor ascende a 128,1 milhões de euros. Este é o único orçamento a furar a tendência e a crescer de um ano para o outro, aproximadamente 20 milhões de euros. O documento prevê um aumento das receitas de capital e correntes, esta última onde se incluem os impostos directos como o IMI ou a Derrama, as taxas, multas e outras penalidades, transferências correntes, rendimentos de propriedade e a vendas de bens e serviços. As despesas correntes, onde se englobam, a título de exemplo, os gastos com pessoal, também sobem num valor aproximado de 24 milhões de euros. Apesar do orçamento ser superior ao de 2012, o documento reflecte o «incumpri-

VII

Orçamentos Camarários para 2013

2013

2012

Almada

116.672.190

117.648.806

Alcochete

17.956.000

20.700.000

Barreiro

53.036.750

59.990.000

Grândola

23.440.861

25.754.629

Montijo

28.557.571

35.838.978

Palmela

44.359.000

56.648.419

Seixal

128.179.382

109.900.000

Sines

44.294.015

55.503.780

Setúbal

128.200.000*

132.164.000

Moita

31.805.785

33.861.957

Sesimbra

59.000.000

67.900.000

Santiago

32.446.200

36.993.100

Alcácer

21.381.846

23.826.587

TOTAL

729.350.600

775.830.256

AS CÂMARAS municipais do distrito de Setúbal tinham, em 2010, 11 628 funcionários, uma média de 19,1 funcionários por cada milhar de habitantes. Os números são de um estudo do Jornal de Negócios datado de Agosto de 2011 e estão abaixo da média nacional registada em 2009, 19,6 funcionários, por cada milhar de habitantes. Em 2008, a média nacional de funcionários por cada milhar de habitantes era de 18,5. As autarquias de Sines, Grândola e de Alcácer do Sal eram as que apresentavam os maiores rácios de funcionários por cada milhar de habitantes (37,9, 28,8 e 28,2, respectivamente), enquanto as de Almada, Seixal e Barreiro os menores, com médias de 8,7, 10,9 e 11,1. Também no distrito se comprova que a ausência de empresas que promovam a actividade económica justifica o facto de, no Alentejo e interior do país, os municípios empregarem mais pessoas do que no resto do território. Autarquias esforçam-se para reduzir Em declarações ao Semmais, a vereadora na Câmara de Sines, Carmen Francisco, diz que os dados apresentados «não correspondem aos reais», mas recorda que o número de funcionários tem vindo a reduzir de 2008 a esta parte. «Sines tem todo um dinamismo industrial e riqueza natural ao qual se alia o dinamismo cultural e desportivo que não é comparável com municípios de dimensão idêntica ou até superior», enfatiza a autarca. Além disso, lembra, o município «assinou o contrato de gestão com o Ministério da Educação para ser o responsável pelos funcionários não docentes

das escolas, suprindo necessidades que a tutela não supriu». Já a autarquia alcacerense diz que, à data de Novembro de 2012, tinha 343 funcionários, menos 23 do que o número apresentado no estudo em questão em 2008. «Isto quer dizer que tem havido um esforço para reduzir pessoal, processo longo, complexo, penoso e com implicações sociais acrescidas num concelho com um tecido económico empresarial débil, especialmente numa conjuntura económica nacional difícil como a que se regista actualmente», frisa a edilidade. O presidente da Câmara Municipal do Seixal, Alfredo Monteiro, reconhece que os números da autarquia apresentados no estudo são positivos, mas diz que os mesmos já estão desactualizados tendo em conta as imposições da Troika e do Governo e o esforço para reduzir pessoal. «Estamos a cumprir a redução de 2 por cento do número de funcionários previstos para 2012 pelo Orçamento de Estado», afirma. Contactadas, as câmaras de Grândola e de Almada não prestaram declarações sobre o assunto. Maioria abaixo da média nacional Das 13 câmaras do distrito, 6 apresentavam um rácio de funcionários por milhar de habitante acima da média nacional. Além de Sines, Grândola e Alcácer do Sal, também Alcochete, Santiago do Cacém e Sesimbra, por esta ordem, estavam nesse patamar. Já o rácio de funcionários por cada milhar de habitantes estava abaixo da média nacional em municípios como Setúbal, Moita, Palmela ou Montijo.

Fonte: Jornal de Negócios

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NEGÓCIOS BANCA

BIC encerra gabinete de empresas e Barclays vai seguir o mesmo caminho

O ENCERRAMENTO do Gabinete de Empresas do Banco BIC, em Dezembro do ano passado, e o previsto fecho do Centro de Empresas do banco Barclays ainda durante este ano, ambos na capital de distrito, está a ser considerado um forte revés no «apoio directo» às operações financeiras de grande porte ao empresariado sadino. No caso do BIC, que funcionava desde Agosto de 2006, com uma carteira próximo dos 50 milhões de euros, a situação está a ser encarada como «muito preocupante», segundo fontes ligadas a algumas das maiores empresas localizadas em Setúbal. «Este encerramento indica um forte desinvestimento na península de Setúbal o que contraria as necessidades estratégicas do financiamento bancário

DR

Bancos desinvestem no apoio às empresas na região

O Centro de Empresas do BIC/BPN fechou as portas na capital do distrito

a este nível», diz ao Semmais um empresário da região. E lembra um extenso número de operações que estavam curso, «algumas com apoios comunitários».

Eventual abertura no Pragal não mitiga perda de influência Embora se preveja a abertura de um centro de menor dimensão

do BIC-Empresas no Pragal, a verdade é que, segundo a mesma fonte, «as grandes operações serão deslocalizadas para Lisboa», seguindo uma «estratégia errada» das cúpulas da instituição bancária que adquiriu o BPN no final do ano passado. Só o Centro de Empresas do BIC «dava apoio a maior de 150 clientes e empresas», mas a decisão das cúpulas da instituição bancária, tomada em 28 de Dezembro do ano passado, ainda fez uma razia maior, com o encerramento das agências de Santiago do Cacém, Portalegre, Vendas Novas, Borba e Beja, com o despedimento colectivo de cerca de 100 colaboradores. «O distrito de Setúbal e a região do Alentejo ficam mais pobres e perdem importantes

centros de decisão do sector financeiro, vitais para o apoio ao financiamento das suas PME’s», confessou um especialista financeiro contactado pelo Semmais. Recorde-se que no universo BPN/BIC o número de agências instaladas na península de Setúbal valem apenas 2,19 por cento, o que não deixa de indicar um desinvestimento bancário na região, face à dimensão empresarial instalada. A situação do Barclays é ainda relativamente insípida, mas o encerramento da agência especializada no financiamento às empresas é dado como adquirido, desconhecendo-se, para já, quais as alternativas que a administração daquela instituição bancária vai apresentar.

Publireportagem

Nova geração Auris na vanguarda do sector automóvel

OS MODELOS da nova geração Auris - o Auris 1.33 Dual VVT-i (gasolina), Auris 1.4 D-4D (diesel) e o Auris Híbrido -, com design dinâmico e boas sensações de condução, foram apresentados no Porto, no passado dia 12, no Hotel Teatro. Para este evento memorável, a Toyota Caetano Portugal organizou uma festa-convívio onde não faltaram os cinco embaixadores da prestigiada marca nipónica Luís Represas, Cláudia Vieira, Nilton, Ricardo Carriço e Sofia Cerveira. Paula Arriscado, directora de Comunicação e Marketing da Toyota, faz um balanço «muito positivo» do evento que contou com mais de 60 convidados, entre os quais jornalistas de vários pontos do País e clientes do facebook, nomeadamente os premiados Carolina Campelo (Ponte de Lima), Jaura Ricardo (Massamá), Jorge Silva (Porto) e

Pedrinho Gonçalves (Esposende), que escreveram frases alusivas à acção. «Os modelos da nova geração Auris são as nossas viaturas âncora para 2013 porque o segmento C representa mais de 30 por cento das vendas que, em conjunto com o Yaris, o segmento B, representa mais de 50 por cento das vendas da marca em Portugal, o que é muito importante», refere, reconhecendo que a nova geração é «muito competitiva, o que nos dá algum optimismo para enfrentar 2013, um ano difícil».

chegada da nova geração Auris. No que se refere a novos lançamentos, o responsável revelou que a nova versão Station vai regressar no início do Verão. «Quando foi lançado o novo Auris,

esta viatura não teve tanta receptividade e, além disso, existia o Toyota Verso, um monovolume de 7 lugares. Mas agora acabou por ficar mais desportivo com a introdução de uma Station neste

carro», frisa. De referir que a Caetano Auto, de Barreiro e Setúbal, transportaram os jornalistas da região, a bordo do novo Auris, para o evento do Porto.

Condução mais envolvente Por seu lado, António Costa, Relações Públicas da Toyota, deposita «boas expectativas» para as vendas da nova geração Auris no corrente ano, tendo em conta que a receptividade dos veículos junto ao público tem sido «muito boa». Na sua opinião, os novos modelos são mais completos. «Além de mais espaçoso interior, os veículos são mais seguros, mais económicos, menos poluentes, mais dinâmicos e mais leves», vinca. António Costa, apesar de uma conjuntura económica não muito famosa, reconhece que «a qualidade, a durabilidade e a fiabilidade» das viaturas Toyota, que proporcionam uma condução mais envolvente, irão tornar a marca mais procurada com a

DR

O Porto foi a cidade escolhida pela Toyota para a apresentação da nova geração Auris que aposta em veículos mais espaçosos, confortáveis, seguros e ambientalistas

Grupo de embaixadores gostou do que viu Luís Represas, Cláudia Vieira, Ricardo Carriço, Nilton e Sofia Cerveira, os embaixadores em Portugal da marca Toyota, mostraram-se muito agradados com os modelos da nova geração Auris. O cantor Luís Represas apelidou as novas viaturas Auris de «carro de vanguarda», porque apresentam «segurança, conforto, consumo e opções». E opina que a Toyota está em «constante busca de melhores carros, em termos de utilidade e em termos ambientais, sem descurar o conforto e o design».

A apresentadora Cláudia Vieira confessa que encontrou «grandes diferenças» em relação aos modelos anteriores. «O espaço está muito bem concebido, as linhas do carro estão esteticamente muito mais bonitas e a condução está mais agradável». Ser embaixador da Toyota é um prazer «enorme», diz o actor Ricardo Carriço porque as viaturas Toyota são todas «muito confortáveis». A seu ver, são carros «extraordinários, giros e apetecíveis que se identificam bastante comigo».

O humorista Nilton, que vê no cargo de embaixador da Toyota, uma «família de amigos», tirou ao chapéu ao facto de a Toyota continuar a «pensar verde para que o Mundo seja menos poluente». Já a actriz Sofia Cerveira, condutora do Prius há quase 7 anos, ficou «impressionada e satisfeita» com os novos modelos Auris. «Acho que são viaturas que têm a ver com o meu conceito de vida, porque sou defensora do ambiente».


Sábado // 19 . Jan . 2013 // www.semmaisjornal.com 12

O TEATRO do Elefante apresenta o espectáculo vicentino ‘Auto da índia’ na Casa da Cultura de Setúbal, este domingo, às 10h30, para crianças a partir dos 8 anos.

TAS diverte no Charlot

Propõe um paralelismo entre a realidade privada vivida por muitas mulheres e a dimensão pública dos acontecimentos históricos relativos à expansão marítima de Portugal.

O TAS leva à cena, sábado e domingo, “A Estante”, no Charlot, às 11h00. A peça inclui lengalengas, poesia popular infantil e teatro para “robertos”.

DR

‘Auto da Índia’ para crianças

CULTURA

“Homem da Picareta” relembra terramoto devastador de 1755

DR

“O HOMEM da Pocareta” é o título da peça que a ArteViva, companhia teatral do Barreiro, estreou no passado dia 11, no Teatro Municipal do Barreiro. Esta produção, que vai continuar em cena às sextas e aos sábados, às 21h30, até ao dia 2 de Março, está integrada nas comemorações do Mês do Teatro, é da autoria de Miguel Castro Caldas e conta com encenação de Carina Silva. Ana Sofia Samora, Susana Marques, Catarina Serra, Joana Pimpista, Nuno Magalhães e Vítor Nuno são os actores que dão corpo a esta peça que recupera a memória do terramoto que assolou Lisboa em 1755, criando um ambiente cénico fora do tempo e do espaço. Ou seja, a peça aborda duas

Escolhas Sadinas Por Ana Sobrinho

O terramoto de 1755 é relembrado na nova produção do ArteViva , no Barreiro

perspectivas diferentes: na primeira parte a constatação da desgraça e a dúvida da sua origem divina, e na segunda parte, a recuperação e o reacender da espe-

rança num ambiente de comicidade ‘non sense’. Estamos a oferecer alguns convites para que os nossos leitores possam assistir à peça “O Homem

da Picareta”, no Teatro Municipal do Barreiro. Basta ligar 918 047 918 ou enviar email para: passatempos.semmais@mediasado.pt.

+ Cartaz... O mistério de Teresa Salgueiro

O ex.vocalista dos Madredeus, Teresa Salgueiro, pisa o palco para dar a conhecer “Mistério”, o seu primeiro álbum de originais. Vai ser recriado o leque das várias emoções presentes nos diferentes temas. Auditório José M. Figueiredo, B. Banheira | 22 horas.

Sex.

Sáb.

19

Sáb.

25

19

MÚSICA, CINEMA, DEBATE E CONFERÊNCIA NA CASA DA CULTURA/ SALA JOSÉ AFONSO DIA 19 ÀS 21H30 – “LUGAR AO FADO”. Espetáculo com os fadistas António Almeida, Maria do Céu Freitas, Maria Caetano, Joana Lança,e Freud Mamede, acompanhados por Manuel Zorro na guitarra e Carlos Pinto na viola./ Entrada: 5€ DIA 24 ÀS 21H30 – CLUBE DE CINEMA/ CINEMA SURREALISTA. “O Último Capitulo” de Darren Aronnosfsky (2006, 96’) / Entrada: 1€ DIA 25 ÀS 21H30 – QUANTO CUSTA A CULTURA? Debate com a participação de Jorge Silva, João Brites e André Gago. / Entrada Gratuita. DIA 26 ÀS 16H00 NA CASA DA CULTURA/ SALA JOSÉ AFONSO – “LIDERANÇA E GESTÃO DE EQUIPAS – O CASO DE ESTUDO”. Pelo conferencista Luís Lourenço (Universidade Católica Portuguesa)/ Entrada Gratuita. DESPORTO DIA 26 ÀS 08H00 NO GINÁSIO MOVISPORT – “MANHÃS NO GINÁ-

CD estreia de Jorge Roque Jorge Roque, que venceu a “Operação Triunfo 2010”, apresenta o seu primeiro trabalho discográfico a solo, com letras e músicas de sua autoria. Jorge Roque personifica o pop/jazz em português. Entrada livre. Casino de Tróia | 23h30.

Propostas para os mais novos “Pequenas Propostas para Ti #Maior” é um espectáculo dirigido aos mais novos. Dois atores partem pela mão de uma coreógrafa à descoberta daquilo que poderia à partida interessar apenas aos mais crescidos. Teatro Joaquim d´Almeida, Montijo | 16h30.

Ofertas Semmais Convites para “Uma Noite em Casa de Amália” “Uma Noite em Casa de Amália” é o novo musical de Filipe La Feria que continua em cena no Teatro Politeama, em Lisboa. La Feria ficcionou um espectáculo em que a diva Amália Rodrigues recebe na sua casa de S. Bento o genial poeta brasileiro Vinicius de Moraes e tem como convidados figuras incontornáveis da cultura portuguesa, como Natália Correia, David Mourão-Ferreira, José Carlos Ary dos Santos, Maluda e Alain Oulman. Para se habilitar aos convites, ligue 918 047 918 ou envie um email para: passatempos.semmais@mediasado.pt

SIO”. No âmbito do projecto Municipal “Ativo dos 0 aos 100”, atividades variadas de fitness/ Entrada gratuita, mediante marcação./ Informações: 265 109 754 PINTURA PARA CRIANÇAS DIA 26 DAS 14H30 ÀS 17H30 NA CASA DA CULTURA/ ESPAÇO DAS ARTES – “ NA CABEÇA DE VIEIRA DA SILVA”. Inserido na temática artistas portugueses, pretende dar a conhecer a obra e o estilo da artista, valorizando a aproximação da criança com a forma de pensar e trabalhar da artista/ Formadores: Rita Melo e Ricardo Crista Preço: 10€ com material incluído/ Idades: dos 4 aos 13 anos/ Inscrições: 914 337 854/ 919 142 246 ou Casa da Cultura. PASSEIO PEDESTRE DIA 27 ÀS 10H00 PELA SERRA DA ARRÁBIDA – “NOS ARRABALDES DO CÉU”. Inclui visita ao convento./ Informações: 265 227 685/ www. sal.pt

Histórias para adormecer “BOA NOITE – Histórias para Adormecer”, com texto e ilustrações de Gill Guile, ao longo das 64 páginas, com edição da Porto Editora, é uma maravilhosa colectânea de histórias originais para serem lidas em família, perfeitas para a hora de

dormir. O texto simples e as bonitas ilustrações irão certamente encantar todas as crianças.


40 judocas lutam em Palmela

DESPORTO Sábado // 19 . Jan . 2013 // www.semmaisjornal.com 13

O AUDITÓRIO do Forum José Manuel Figueiredo, na Baixa da Banheira, no dia 26, pelas 21 horas, vai acolher a cerimónia de entrega de méritos desportivos e prémios

DR

UM TORNEIO de Judo realiza-se este sábado, na Sociedade União Agrícola de Pinhal Novo, das 15h30 às 17h00, com 40 atletas de vários clubes da região.

Moita dá mérito desportivo

‘Abono de família’ do V. Setúbal vai para Angola Saída do goleador Meyong para os angolanos do Kabuscorp permite ao V. Setúbal importante encaixe financeiro, apoios para a construção do novo estádio e empréstimo de jogadores

O defesa Lunguinha, do Kabuscorp, deverá assinar pelo V. de Setúbal na próxima época. O angolano, de 26 anos, é um dos atletas mais apreciados do campeonato angolano (O Girabola) e chegará por empréstimo. Lunguinha é um dos convocados por Gustavo Ferrín para a Taça das Nações Africanas, na África do Sul, que arranca este sábado. Além da vinda de Lunguinha, o presidente Fernando Oliveira revela que os dois clubes vão avançar para uma parceria que «nos ajudará quanto tivermos os protocolos do estádio, terá um centro comercial, uma clínica, apartamentos e residências assistidas. É um projecto que ansiamos», sublinhou Fernando Oliveira.

DR

O

presidente do V. Setúbal, Fernando Oliveira, confirmou esta semana a saída do avançado camaronês Meyong, que vai representar o Kabuscorp, de Angola, já em Fevereiro. Fernando Oliveira escusa-se a divulgar a verba em jogo. O acordo ficou definido na segundafeira, num hotel de Lisboa, tendo o acordo sido assinado entre os presidentes Fernando Oliveira e Bento Kangamba. Fernando Oliveira revelou mesmo à Antena 1 que o FC Porto esteve interessado nos serviços de Meyong. «Vou fazer uma confidência. O presidente do FC Porto na outra semana, quando lá fomos jogar [para a Taça da Liga], perguntou-me pelo Meyong e queria-o». Todavia, o presidente sadino comunicou que Meyong estava comprometido com um clube angolano. «É muito mais importante o dinheiro que eu vou receber do Kabuscorp. Não teria comparação com aquilo que me poderia oferecer o FC Porto, mas a amizade falou mais alto. Pedi desculpa e disse que por dinheiro nenhum eu mudava a minha opinião», reforçou. O líder dos sadinos, Fernando Oliveira, não tem dúvidas da importância do avançado no plantel vitoriano. «Temos consciência que o Meyong é um jogador transcendente para a nossa formação, ninguém o

Lunguinha e investimentos a caminho

ignora. Estamos no mercado à procura de um substituto, mas não é fácil. Será um recrutamento que nos irá ficar bastante caro, mas estamos cientes de que iremos ultrapassar esse problema. Não estou preocupado, mas estou apreensivo e cheio de saudades de um pontade-lança de gabarito fantástico, que deu muitas alegrias aos sócios», afirmou à Antena 1. Várias propostas do estrangeiro E esclareceu ainda que existia «uma cláusula no contrato do Meyong que permitia a sua saída caso surgissem ofertas em Dezembro». Além do Kabuscorp, surgiram duas propostas de Espanha, uma dos Estados Unidos e outra dos Emirados Árabes Unidos. Face a isso, «o atleta pediu para sair e nós cumprimos o que estava estabelecido», confirmou Fernando Oliveira. Já o líder do emblema de Luanda, Bento Kangamba, realça que o clube fez uma escolha acertada. «Fizemos uma escolha acertada. Os nossos adversários nem sabiam que estávamos a tratar desta contratação,

que considero boa. Os adeptos do Kabuscorp e o futebol angolano estão de parabéns pela aquisição de um jogador desta dimensão», sublinhou. O Rei dos Golos O camaronês chegou no passado domingo ao topo da lista dos melhores marcadores da Liga Zon Sagres, tendo rubricado ‘hat-tricks’ na vitória sobre o Moreirense (5-0), na última jornada do campeonato português, e na derrota do encontro do Bonfim, com o Rio Ave (3-5). Está agora empatado com Óscar Cardozo, do Benfica, na liderança dos melhores marcadores, com 13 golos. Meyong, 32 anos, o verdadeiro abono de família da turma sadina, já marcou este ano 13 dos 18 golos em 14 jogos da I Liga, estando a realizar um excelente início de temporada. Além disso, para a Taça de Portugal marcou dois golos, enquanto para a Taça da Liga, marcou três golos. O atleta vai continuar a ser opção para o treinador José Mota para mais quatro jogos - Braga, FC Porto, Nacional e Benfica - mas início do mês de Fevereiro vai integrar o estágio

da equipa angolana em Rio Maior, Portugal. Meyong, que já passou pelo Belenenses e pelo Sporting de Braga, vai encerrar assim a sua segunda passagem pelos vitorianos. O camaronês, recorde-se, chegou a Portugal na temporada 1999/2000, após uma curta passagem pelo Ravenna de Itália. O avançado teve ainda uma curta passagem pelo Levante de Espanha. Em 2005/06, Meyong conseguiu o título de melhor marcador do campeonato, ao serviço do Belenenses.

Makukula assinou pelo V. Setúbal e já sonha com a selecção Marítimo e Benfica, revelou uma das metas do seu regresso a Portugal, após rescisão com os turcos do Karsyaka. «Tenho o objectivo de voltar à Selecção e antes do Mundial fui o melhor marcador na Turquia. Tenho a certeza que o Vitória vai me ajudar a chegar lá». Fernando Oliveira assim que soube que o atleta tinha rescindido o contrato com os turcos confessa que ficou logo interessado nos seus serviços. «Ele é um jogador portu-

guês, de Selecção, mas nos confins de onde estava dificilmente o seleccionador poderia ver os seus jogadores. Tenho a certeza que ainda vai ajudar a Selecção». Makukula esteve terça-feira reunido com a SAD vitoriana, acompanhado pelo empresário, num encontro que acabou já de madrugada. O avançado já visitou a sala de troféus Josué Monteiro e relembrou o estádio onde deu os primeiros pontapés na bola, ainda como

iniciado, quando o pai, Kuyangana Makukula, jogava no Vitória.

DR

O AVANÇADO Ariza Makukula, de 31 anos, assinou, na quinta-feira, pelo V. Setúbal, por uma época e meia, para substituir o avançado Meyong, de partida para o Kabuscorp, de Angola. «Agradeço ao presidente Fernando Oliveira que contratou o meu pai e agora contratou-me a mim. Conheço o Vitória desde criança e aqui sinto-me em casa», afirmou o internacional português. O avançado, que já passou pelo

do AtletisMoita na época de 2011/2012. Vão estar presentes os atletas que foram campeões e vice-campeões nacionais, em representação do país em provas no estrangeiro.

Arnaldo Abrantes apadrinha corta-mato O ATLETA de alta competição Arnaldo Abrantes é o padrinho da 25.ª edição do corta-mato escolar de Almada. Esta prova anual, que reúne cerca de 1 500 alunos, realiza-se no dia 24, partir das 10 horas, no Parque da Paz. A iniciativa, que abarca os escalões de infantis, iniciados e juvenis, de ambos os sexos, é organizada pelo município, com o apoio das escolas. Serão percorridos mais de 5 mil metros. Quanto a prémios, os três primeiros classificados, por sexo e escalão, recebem uma medalha. A escola vencedora recebe um troféu e todas as escolas vão ter também direito a uma lembrança de participação. Arnaldo Abrantes, natural da Cova da Piedade, 26 anos, é atleta do Benfica e esteve presente nos dois últimos Jogos Olímpicos, nomeadamente em Pequim, em 2008, e em Londres, em 2012. É especialista nos 100 e 200 metros e na estafeta 4 x 100 metros. Arnaldo Abrantes é, atualmente, médico no Centro de Saúde do Dafundo.

11.os Jogos do Sado arrancam a 3 de Fevereiro A CERIMÓNIA de abertura dos “11.ºs Jogos do Sado”, organizado pelo município sadino, com actividades ao longo do ano, realiza-se a 3 de Fevereiro, no pavilhão das Manteigadas. Um desfile e a exibição de algumas das mais de duas dezenas de modalidades do calendário desta edição fazem parte da iniciativa, que dá início a um programa desportivo eclético, com atividades para toda a população. O evento decorre até Outubro em estabelecimentos de ensino, praias, jardins e o estuário do Sado. O programa inclui vários eventos, passeios pedestres ou cicloturistas, e até provas de elevada qualificação técnica e desportiva, como o Raid Bicasco, em vela ligeira, ou o Troféu Kayak-Mar, em canoagem. No Sado, destaque para a realização da II “Regata de Banheiras e Insólitos”, de uma prova de natação em águas abertas Outra das novidades é a integração do Campeonato da Europa de Biatle.


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Juntas sadinas com mais verbas O REFORÇO de mais de 150 mil euros foi destacado na assinatura da delegação de competências entre o município e as juntas. No global, o município atribui 2 milhões,

447 mil e 46 euros às oito juntas de freguesia, mantendo-se as áreas delegadas em 2012, embora com o reforço nas áreas do ensino, limpeza e manutenção de edifícios.

Jovens detidos no Seixal A PSP, após investigação, deteve no Seixal 4 jovens suspeitos de diversos furtos em casas e tráfico de droga. Foram apreendidas diversas armas e artigos roubados.

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Campanha de biodisel no Seixal com recolha de óleo alimentar

O novo edifício contempla dois pisos e estará preparado para dar uma nova dimensão ao ensino mais idosos no concelho almadense

O lançamento da 1.ª pedra ocorreu esta sexta-feira

Almada investe 1 milhão de euros para universidade sénior funcionar melhor

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município almadense realizou, ontem, pelas 11 horas, o lançamento da 1.ª pedra da obra de requalificação do edifício que vai acolher a Universidade Sénior de Almada (USALMA). A reabilitação do espaço, que deverá estar pronto no último trimestre deste ano, está orçada em cerca de um milhão de euros. As novas instalações da

USALMA ficarão localizadas no edifício que vai agora para reabilitação na Rua Serpa Pinto, onde funcionou a Sociedade Cooperativa Almadense, localizado em pleno coração de Almada Velha. A obra conta com uma comparticipação comunitária do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN), no âmbito da candidatura “Almada Velha – De novo centro”. A aquisição da antiga sede da Sociedade Cooperativa Almadense, por parte do município, integra um conjunto de operações de regeneração urbana que pretendem valorizar o centro histórico de Almada-Cacilhas.

Unidade saúde familiar arranca no Barreiro com obras até ao final do ano AS OBRAS de construção da nova unidade de saúde familiar de Santo António da Charneca, no Barreiro, foram já iniciadas, após mais de dez anos de reivindicação da população. «Já temos a obra a decorrer no terreno e já lá estão vários materiais. Parece que é desta que a obra

vai avançar mesmo, tendo um prazo de conclusão previsto para oito meses», afirma o autarca de freguesia Vicente Figueira. Esta é «uma vitória da população», argumenta o autarca que, ainda assim, só vai ficar «descansado» quando a unidade estiver a funcionar.

Salas flexíveis No rés-do-chão da nova sede da USALMA funcionarão o centro de recursos e informática e o espaço movimento e saúde. No 1.º piso ficarão as salas de aulas para as atividades de artes, ciências sociais e humanas, línguas, ciência e música. A obra de reabilitação permitirá que as salas sejam flexíveis, podendo ser alteradas em função das necessidades. Existirão ainda espaços para auditórios, salas de ensaio, cafetaria e esplanada. No 2.º piso ficarão instaladas as salas de reuniões, gabinetes, secretaria e outros serviços administra-

tivos. As obras vão implicar a reconstrução praticamente total do edifício, através da construção de novas paredes, instalações elétricas, águas e esgotos. “Aprender é viver melhor” é o lema da USALMA. Trata-se de um projecto da Associação de Professores do Concelho de Almada que tem como principais objectivos valorizar os saberes e competências das pessoas, estimular uma cidadania ativa e combater a solidão. No ano lectivo de 2012/2013 estão inscritos na instituição cerca de novecentos alunos, acompanhados por mais de uma centena de professores voluntários.

Montijo promove ecologia junto dos funcionários municipais ESTE MÊS, a Câmara do Montijo acolhe o projecto ECO Funcionários, da S.energia – Agência Regional de Energia para Barreiro, Moita, Montijo e Alcochete. A iniciativa, dirigida aos funcionários municipais das quatro autarquias, consiste no envio semanal de uma mensagem com boas práticas

na vertente energética e ambiental. Assim, em 2013, a S.energia propõe-se a enviar 52 mensagens diferentes aos funcionários por correio electrónico. Em alguns casos, serão divulgadas em formato de cartazes nos locais de trabalho dos funcionários, para relembrar as boas práticas ambientais.

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O novo espaço fica onde funcionava a Cooperativa almadense em pleno coração da cidade.

ÓLEO a Reciclar, Biodiesel a Circular é o nome do projecto da câmara seixalense que, este ano, quer reforçar a recolha de óleo alimentar usado para transformação em Biodiesel. Depois da parceria que estabeleceu com diversas instituições sociais, desportivas e escolares, o executivo de Alfredo Monteiro avançou, agora, com a colocação de equipamentos de recolha (oleões) na via pública. O objectivo é sensibilizar a população relativamente ao destino adequado a dar aos óleos alimentares usados, «reduzir os problemas de escoamento e tratamento das águas residuais domésticas» devido à existência de óleos e gorduras provenientes das descargas nos colectores municipais de óleos alimentares usados, «garantir um destino final adequado para os óleos alimentares usados e melhorar o desempenho ambiental do município», explica a autarquia. O biodiesel é um combustível biodegradável, produzido a partir de óleos alimentares virgens ou de óleos alimentares usados. Pode substituir total ou parcialmente o gasóleo de origem petrolífera utilizado nos motores diesel, podendo ser utilizado puro ou misturado com o gasóleo convencional em diversas proporções, embora a mais utilizada seja o B30, composto por uma mistura de 30 por cento de biodiesel. A promoção da produção e da utilização de biocombustíveis é uma medida da Comunidade Europeia, no sentido de reduzir a dependência das importações de energia e no combate às alterações climáticas, de acordo com o pressuposto no Protocolo de Quioto.

Combustível biodegradável


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Sesimbra descentraliza Carnaval para a Quinta do Conde

O IMPOSTO Municipal sobre os Imóveis (IMI) não vai sofrer aumentos este ano, no concelho de Alcochete. A decisão do executivo liderado pelo comunista Luís Miguel Franco, tenta contrariar o peso da crise junto das famílias, pelo que mantém as taxas em vigor, desde 2008, de 0,7 por cento incidente nos prédios urbanos e de 0,4 por cento nos prédios urbanos avaliados nos termos do CIMI, abaixo dos limites máximos de 0,8 por cento e 0,5 por cento respectivamente. «Aguardámos até ser possível uma consolidação no que diz respeito à evolução do processo de avaliação, mas sendo certo que, neste momento, o processo está longe de estar concluído nos serviços de finanças, apresentamos uma proposta que não contempla um aumento do Imposto Municipal sobre

Imóveis», explica o autarca alcochetano. Com base nos imóveis já avaliados é possível perceber uma percentagem média no que diz respeito ao valor patrimonial tributário desses imóveis: «Fizemos um exercício no sentido de extrapolarmos qual o valor expectável de aumento do IMI em função do aumento do valor patrimonial tributário dos imóveis, e apesar de ser um exercício que tem premissas que nós não controlamos, vai no sentido de, depois de concluído todo o processo geral de avaliação de imóveis, mantendo-se as taxas que neste momento estão em vigor, o aumento expectável seja na ordem dos 10 por cento», acrescenta. A Câmara de Alcochete tem em vigor um limite de 0,4 por cento relativamente aos imóveis

OS DESFILES das escolas de samba voltam a ser os grandes destaques do Carnaval de Sesimbra. A festa começa com o desfile dos estabelecimentos de ensino de Sesimbra, na sexta-feira, dia 8, mas este ano na Avenida 1.º de Maio, na Quinta do Conde. Os desfiles principais, que vão voltar a juntar mais de mil participantes, acontecem nos dias 10 e 12, na marginal de Sesimbra. Na tarde de 11, o cortejo de fantasias de palhaço, considerado o maior de Portugal, volta a encher de cor e alegria as ruas da vila de Sesimbra com centenas de foliões.

Palmela debate-se com falta de médicos

Santiago ganha obras na estrada para o hospital

O EXECUTIVO da Junta de Freguesia de Quinta do Anjo, liderado por Valentim Pinto, está preocupado com a falta de médicos em várias extensões de saúde da freguesia, sendo que a situação «mais grave» reside na extensão que serve os utentes dos Bairros dos Marinheiros, Alentejano, Assunção Piedade e Marquesa II. Estas preocupações já foram apresentadas, no passado dia 4, ao director dos Centros de Saúde da Arrábida, Lourenço Braga, que engloba os Centros de Saúde dos Concelhos de Palmela, Sesimbra e Setúbal. Valentim Pinto adiantou ao Semmais que aquele responsável assegurou que a situação irá ser resolvida «muito em breve», com a afectação de mais médicos de família. Na Quinta do Anjo, onde existem dois médicos para 3 500 utentes, a Junta reclama a colocação de mais um médico. Para os Bairros Alentejano/Marinheiros, Valentim Pinto gostaria que o médico voltasse a trabalhar meio dia em todos os dias da semana, tal como acontecia há dois anos atrás. Nos Olhos de Água anseia que os 500 utentes tenham médica duas vezes por semana, ao invés de um dia e meio por semana. Caso a situação não for resolvida, Valentim Pinto tenciona reunir-se com a comissão de utentes de saúde dos Bairros Marinheiros/ Alentejano para estudar formas de envolver as populações em protestos públicos.

A ESTRADAS de Portugal arrancou, este mês, com as obras de repavimentação da Estrada Nacional (EN) 261, entre Santiago do Cacém e Vila Nova de Santo André, no troço que passa em frente ao Hospital do Litoral Alentejano. A autarquia congratula-se com o arranque das obras, cujos atrasos motivaram dezenas de protestos da população perante aquilo que o edil Vítor Proença classifica de «uma tremenda irresponsabilidade do Governo para com o concelho e a região», depois da suspensão das obras no IP8/A26, que o município considera «vitais» para o desenvolvimento económico da região.

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Câmara de Alcochete recusa aumentar imposto sobre os imóveis

A autarquia tem em vigor um límite de 0,4% para imóveis já avaliados

tem subjacente o objectivo de avaliar todo o parque imobiliário do concelho sendo que todo esse parque vai estar submetido à aplicação de um limite de 0,4 por cento.

já avaliados nos termos do Código de Imposto Municipal sobre Imóveis e tem outro limite de 0,7 por cento que incide sobre os imóveis que ainda não tenham sido avaliados. Este processo

Sines abre novo centro escolar em Porto Covo

Comporta voluntários de Alcácer

A EMPREITADA de construção do novo Centro Escolar de Porto Covo deverá estar concluída neste primeiro trimestre de 2013. O novo centro escolar, junto à escola actual, conta com quatro salas de aula para ensino básico e três para jardim-de-infância, com capacidade para 156 alunos, prevendo-se a continuação da utilização do refeitório existente. No exterior serão construídos espaços diferenciados para actividades de recreio do ensino básico e destinados às crianças do jardim-de-infância. A obra representa um investimento de 1 milhão e 112 mil euros, co-financiado em 80 por cento por fundos FEDER.

OS BOMBEIROS de Alcácer receberam um donativo simbólico da Herdade da Comporta. Este contributo vem na sequência do apelo lançado pelo município a várias entidades, com o intuito de sensibilizá-las para a situação vivida pela associação humanitária que, e nas palavras do edil Pedro Paredes, além da «falta de meios financeiros para fazer face às necessidades do diaa-dia, ainda precisa de terminar a obra do futuro quartel».

Moita alerta para bom uso da energia ENCONTROS com Energia é o nome da iniciativa que arranca este mês, em Alhos Vedros, pela mão dos especialistas da Agência Regional de Energia, no âmbito do programa de actividades da ENA. Na segunda-feira arranca o primeiro, ao abrigo do Ciclo Anual de Workshops e Seminários que, mensalmente, apresentam um tema diferente. Fomentar a sensibilização energético-ambiental da população e outros agentes é o objectivo principal destes encontros.

RITA Guerra, Jorge Palma e Ala dos Namorados são os convidados do “Ciclo – Concertos Íntimos”, programa do Fórum Municipal Luísa Todi que, entre Março e Maio, promove espetáculos acústicos e intimistas com grandes nomes da música nacional. O primeiro espectáculo é no dia 8, com Rita Guerra a subir ao palco para apresentar “Ao piano”, concerto em que actua a solo e recorda êxitos da sua carreira. A 5 de Abril, Jorge Palma e o filho Vicente apresentam em Setúbal a digressão “Íntimo”. Os

O EXECUTIVO municipal de Grândola visitou esta semana as obras do novo quartel dos Bombeiros Mistos de Grândola. Em fase de conclusão as novas instalações, orçadas em 1 milhão de euros, ficam no Cerrado da Pernicória, em terreno cedido pela Câmara, serão mais amplas e modernas, incluirão todas as valências e condições essenciais para o bom funcionamento de um quartel de bombeiros e vão contribuir para o aumento da operacionalidade do corpo de bombeiros, já que ficam situadas fora do centro da vila, o que permite uma maior e mais rápida mobilidade dos meios de socorro.

mais de 40 anos de carreira do artista são revisitados por pai e filho num concerto à guitarra e ao piano. A 4 de Maio é a vez de a Ala dos Namorados, após 5 anos de interregno, recordar êxitos e dar a ouvir temas do novo álbum. Um dos objectivos do ciclo, com concertos às 21h30, é a promoção de actuações de nomes reconhecidos do panorama musical português num ambiente intimista e de proximidade com o público. Os ingressos custam 14 euros, mas também há passes a 30 euros para os três concertos.

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Setúbal promove concertos íntimos

Grândola toma o pulso ao novo quartel

Rita Guerra no Fórum Luisa Todi


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Fotógrafo Sargedas pondera avançar como independente em Sesimbra

Neves avança em Almada

O FOTÓGRAFO Carlos Sargedas, que nos últimos dois anos tem empreendido uma campanha em defesa do Cabo Espichel e fundou o Festival de cinema de tourismo Finisterra, baseado na riqueza da Arrábida está a ponderar uma candidatura independente à Câmara de Sesimbra. Sargedas, terá sido sondado pelo PS e pelo PSD para concorrer com

O PRESIDENTE da Junta da Costa de Caparica, António Neves, 59 anos, professor, é o candidato do PSD à presidência da Câmara de Almada. «É mais um desafio que encararei com todo o gosto, força e lealdade para com a população e o partido», disse ao Semmais o autarca. A candidatura já foi aprovada pelas secção e pela distrital do PSD, faltando apenas ser ratificada pela nacional do partido.

siglas partidárias, mas terá declinado os convites, nomeadamente dos socialistas que o queriam ver como candidato à junta de freguesia de Santiago, em Sesimbra. «Tem havido uma onda de contactos que o tem surpreendido (Carlos Sargedas), pelo que está a ponderar a candidatura independente, recorrendo à formação de uma lista fora

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da alçada partidária e com jovens que possam trazer uma nova dinâmica e talento à gestão autárquica», confirmou ao Semmais uma fonte próxima do fotógrafo.

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Sistema da Lagoa/Meco é um dos mais sofisticados da região

Simarsul certifica Lagoa do Meco e Zona Industrial da Autoeuropa trabalho e empenho de toda a equipa da Simarsul, registando a qualidade do desempenho do sistema de gestão da empresa. A Simarsul - Sistema Integrado Multimunicipal de Águas Residuais da Península de Setúbal -constituída em 8 de Novembro de 2003, é uma sociedade anónima que tem como accionistas a Águas de Portugal - SGPS, S.A. e os Municípios de Alcochete, Barreiro, Moita, Montijo, Palmela, Seixal, Sesimbra e Setúbal. Resultado de uma parceria e conjugação de esforços entre o Estado e as autarquias, o modelo permitiu que, apenas no espaço de sete anos, investimentos em despoluição que deram ao estuário do Tejo condições para iniciar a sua regeneração.

Urgência do Garcia de Orta entupiu na quinta-feira A NOITE de quinta-feira foi agitada no hospital Garcia de Orta, onde cerca de duas dezenas de pessoas reclamaram contra os atrasos nas urgências, que chegaram a ser de nove horas, mesmo para pacientes portadores de pulseira amarela. Cá fora, vários familiares

davam largas à indignação, apresentando queixas formais, havendo casos de pacientes que continuavam à espera de exames pela noite dentro. O hospital revelou tratar-se de um aumento de patologias mais complicadas, sobretudo ao nível pulmonar.

“Seija responsável. Beba com moderação.”

A EMPRESA do grupo Águas de Portugal, concessionária da gestão e exploração do Sistema de Saneamento de Águas Residuais da Península de Setúbal, viu certificados os Subsistemas de Lagoa/Meco e da Zona Industrial da Autoeuropa. A certificação de qualidade e segurança destes subsistemas segue-se à renovação da certificação, entretanto obtida, para a sede da empresa e os Subsistemas de Afonsoeiro, Alcochete, Cucena, Fernão Ferro, Lagoínha, Pegões, Pinhal Novo, Santo Isidro de Pegões, Seixalinho, Sesimbra e Taipadas. No final da auditoria, a equipa auditora referiu a conformidade do sistema de gestão com as normas de referência e reconheceu o


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