Semmais 20 Abril 2019

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Região

semmais 2019

Um grafismo em mudança, a referência de sempre.

Diretor Raul Tavares

Semanário Região de Setúbal

Nuno Lacasta

Nuno Banza

Paulo do Carmo

Francisco Ferreira

Presidente da APA

Inspetor-Geral

Presidente da Quercus

Presidente da ZERO

Edição n.º 1032 9.ª série

Distribuído com o

Sábado 20 abril

2019

Ambiente nas ‘mãos’ de figuras do distrito As duas principais associações ambientalistas, “Quercus” e “Zero”, são lideradas por homens da região. A APA e a Inspeção-Geral do Ambiente também. Dominamos em toda a linha. E tudo começou com o pedido de “socorro” pela Arrábida de Sebastião da Gama págs. 2 e 3

Região celebra 45 anos da Revolução dos Cravos

MG PHOTO

Todos os concelhos terão concertos gratuitos págs. 8 e 9

XIX Concurso de Vinhos CVRPS

desporto

Concurso CVRPS distingue melhores vinhos da região

GD Sesimbra na 2.ª divisão

No ano recorde de participação, a Casa Ermelinda Freitas foi a grande vencedora, levando para Fernando Pó 14 medalhas. Os prémios foram entregues em festa de gala págs. 10, 11 e 12

Equipa sénior de hóquei em patins garantiu a subida a três jornadas do fim do campeonato pág. 7

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enfoque

Os ambientalistas que estão a dar cartas nas principais associações e tutelas do setor

Figuras da região ‘dominam’ em toda a linha defesa e sustentabilidade do ambiente em Portugal A tutela institucional do ambiente em Portugal e as duas principais associações ambientalistas são lideradas por figuras da região. Não é uma mera coincidência, já que foi aqui que nasceram as principais raízes da consciência ambiental do país. texto raul tavares Imagem DR

As associações ambientalistas “Quercus” e “Zero” vão ser lideradas nos próximos anos por dois homens da região, Paulo do Carmo, natural de Grândola, e Francisco Ferreira, setubalense de gema, respetivamente. As eleições ocorreram há duas semanas, e as vitórias destes dois dirigentes ecologistas foram retumbantes. Mas neste momento também as cúpulas institucionais do Ambiente no nosso país estão nas mãos de dirigentes oriundos do distrito, como Nuno Lacasta, de Sesimbra, à frente da ‘toda poderosa’ Agência Portuguesa do Ambiente (APA), ou Nuno Banza, natural do Barreiro, que é o Inspector-Geral do Ambiente. E não há coincidências, uma vez que a região tem sido precursora dos principais movimentos ecologistas portugueses (ver caixa), a começar pela Liga para a Protecção da Natureza (LPN), erguida em 1948, a pedido de um “socorro, socorro, socorro”, lançado pelo grande poeta arrabino, Sebastião da Gama, quando vislumbrou que a Mata do Solitário – hoje reserva natural da Arrábida – estava em perigo e era preciso fazer alguma coisa. A “Zero” de Francisco Ferreira, com um currículo invejável no setor a nível nacional e internacional, tem pouco mais de três anos de vida, e é consequência de lutas intestinas da “Quercus” que levaram à sua ruptura. «Há momentos em que numa organização, as diferenças de estilo e de estratégia de intervenção não permitem manter a unidade, por isso um conjunto alargado de dirigentes, técnicos e colaboradores da “Quercus” decidiu encetar outro caminho», explica ao Semmais o líder sadino da associação ambientalista “Zero”, que chegou a presidir aos destinos da “Quercus”. Hoje, Francisco Ferreira gaba «a cooperação interna, transparência e entendimento», que reina na casa da “Zero”, e afirma que em três anos a sua associação «tem já um lugar de reconhecimento em muitos setores da sociedade». Sobretudo, distingue o dirigente, «estamos a desenvolver uma capacidade de intervenção abrangente para a promoção do desenvolvimento sustentável, com a credibilidade de conhecermos bem a realidade, procurando influenciar as políticas públicas». A “Zero” quer «reforçar a capacidade de acompanhamento» das políticas públicas ao nível nacional e europeu, e apostar em «projetos emblemáticos» que fa-

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se disponível para cooperar com «outras organizações», dando o exemplo de «um trabalho muito profícuo» da “Zero” com alguns movimentos de Setúbal. Por seu turno, Paulo do Carmo, considera «extremamente curioso” o facto das duas principais associações ambientalistas do país terem à sua frente personalidades da região. «Não é certamente mera coincidência», reafirma. E acrescenta: «Seguramente que a nossa região ficará ainda melhor representada na área ambiental». Não deixa de ser verdade que ambos são herdeiros de uma tradição ecológica muito enraizada em Setúbal. Paulo do Carmo enfatiza a história de um punhado de dirigentes ambientalistas, que são hoje referência nacional no setor, colocando o distrito como «uma grande escola ambientalista» no país. E Francisco Ferreira, lembra que, mesmo com altos e baixos, as décadas de 80 e 90 do século passado forjaram «uma equipa de gente jovem que marcou o movimento ambientalista em Portugal». «É verdade que quatro dos presidentes da Quercus surgiram do projeto Setúbal Verde, uma situação da qual não encontro nada do género noutro local do país», finaliza. Os senhores que mandam no Ambiente em Portugal

Francisco Ferreira, da Zero, em acção de rua, e Paulo do Carmo, da Quercus (à esquerda em baixo) na SIC Notícias

rão o seu caminho. Do ponto de vista orgânico, há ainda outra meta maior: reforçar a representatividade institucional da nova associação, nomeadamente pelo aumento de associados. Defesa do ambiente no distrito ficará sempre a ganhar Já Paulo do Carmo, que foi vereador da Câmara de Grândola, entre 2001 e 2013, com o pelouro do Ambiente, chegou à liderança da Quercus depois de ter sido eleito presidente, primeiro do núcleo do Litoral Alentejano e, logo a seguir, do de Setúbal. Uma ascensão quase meteórica para um homem que fez carreira po-

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lítica. «Foi uma vitória esmagadora, com quase 80% dos votos, e confere uma grande legitimidade, mas também uma responsabilidade acrescida», afiança ao Semmais. O novo rosto da Quercus, que foi o primeiro presidente do Conselho Estratégico da Reserva Natural do Estuário do Sado e vice-presidente da Associação de Municípios Alentejanos para a Gestão do Ambiente, prefere colocar a polémica que gerou a cisão da Quercus, e a criação da “Zero”, na mudança do mundo. «O ambiente deve acompanhar essa mudança, as lutas já não são as mesmas de há trinta anos. São desafios novos, com as alterações

climáticas no centro da luta ecológica e ambientalista, sem radicalismos, mas com exigência», afirma, categórico. Para Paulo do Carmo há três princípios fundamentais a cumprir: «Protecção e direitos das pessoas, protecção dos valores naturais e ambientais e a defesa do futuro da humanidade». Apesar das diferenças de estilo e também de estratégia, Francisco Ferreira vê de forma positiva a chegada de Paulo do Carmo à cúpula da Quercus. Mesmo para a região de Setúbal, desde que daí possa resultar «um acompanhamento de proximidade» em relação às questões ambientais que afligem o distrito. E mostra-

Há ainda dois outros nomes incontornáveis à frente do Ambiente em Portugal. São eles que mandam em quase tudo. Encabeçam as equipas que formulam os estudos de impacto, promovem a sustentabilidade, avaliam projetos e fiscalizam a atividade no nosso país. O sesimbrense Nuno Lacasta preside à Associação Portuguesa do Ambiente, organismo por onde quase tudo tem que passar, sob a tutela do Ministério do Ambiente. Há mais de vinte anos que este gestor exerce atividade na área ambiental e do desenvolvimento sustentável, na Europa e nos Estados Unidos. Está à frente da APA desde 2012 e tem-se mantido no cargo desde então, passando pelos governos de Passos Coelho e, agora, de António Costa. Entre as diversas funções exercidas no setor, Nuno Lacasta foi, também, professor universitário. Já Nuno Banza, nascido no Barreiro, concelho onde foi candidato à presidência do município e, nesse mandato, assumiu funções de vereador, tem igual-


Enfoque

O ‘gérmen’ do Projeto Setúbal Verde

Nuno Lacasta, preside à APA e Nuno Banza, é o Inspetor-Geral do Ambiente

mente um longo historial na área. Licenciado em Engenharia do Ambiente, mestre em Ordenamento do Território e Impactes Ambientais, chefia uma equipa de 150 inspetores que vasculham, em todo o país, as más práticas ambientais. Nuno Banza, lembra ao Semmais que a sua ligação ao ambiente vem de tenra idade. «Aos 12 anos iniciei, com uma colega e sob a orientação de uma professora, um programa na rádio Margem Sul, onde se lia textos sobre ambiente, que recolhíamos durante a semana na biblioteca municipal». Aos 15, envolveu-se na campanha “Um Lar Para a Cegonha Branca”, e aos 18 segue-se o curso académico.

Foi técnico de planeamento ambiental do Instituto da Conservação da Natureza, gestor de projetos ambientais da empresa Wdreams, técnico superior e chefe da divisão de sustentabilidade ambiental na Câmara do Barreiro e diretor técnico da agência S-Energia. Em termos associativos não mais parou. Foi sócio e dirigente da Quercus e da Geração Verde e fundador da “Zero”. Acérrimo defensor da região, alinha o seu pensamento da seguinte forma: «Somos um distrito com importantes recursos naturais e, em simultâneo, com elevado desenvolvimento industrial, o que gera um clima ideal para despertar consciências e motivar intervenção e ação cívica».

AF_260x177-5_AdP_Pascoa_SemMais.pdf

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09/04/2019

Em 1986, o Projecto Setúbal Verde, fundado cinco anos antes, debatia-se com um dos momentos mais controversos da sua curta história. José Paulo Martins e Viriato Soromenho Marques lideravam as duas correntes da discórdia sobre a desagregação do movimento sadino com vista à sua integração formal na Quercus. O primeiro grupo defendia a imediata adesão ao ‘projeto conservacionista’ da Quercus, enquanto os segundos pretendiam condicionar essa transição a um debate político sobre os objetivos e métodos de intervenção da associação nacional. Foi um ano de polémicas. O auto-afastamento, devido à intensificação dos estudos, de alguns dos elementos mais renitentes à integração do PSV na Quercus, casos de José Manuel Palma e do próprio Viriato Soromenho Marques, amenizou a polémica, e a adesão à Quercus seria aprovada um ano mais tarde, quase, por unanimidade. Mas a riqueza do PSV ficou marcada definitivamente. Um punhado de jovens estudantes, alguns deles oriundos do espetro partidário do centro esquerda e da esquerda clássica - já descontentes com a experiência política

de então - puseram em marcha um conjunto de campanhas de sensibilização ambiental que deram tom verde à época. O encerramento do trânsito da Praça do Bocage, o encerramento das Pedreiras de S. Luís, e a criação da Reserva Natural do Estuário do Sado, são três exemplos do trabalho desenvolvido pelos militantes ecologistas do PSV. Eduardo Carqueijeiro, que foi diretor do PNA/RNES, Francisco Abreu, Carlos Miguel Frescata, José Paulo Martins, e os irmãos Cabeçadas, todos oriundos do Centro Juvenil de Setúbal da Liga para a Protecção da Natureza, foram os primeiros, a que se juntaram, na formação do PSV, Francisco Ferreira, Raúl Cristóvão, Miguel Maldonado, Viriato Soromenho Marques, Salvador Peres, Manuel Caetano da Silva e José Manuel Palma. Movimento integrava duas correntes ambientalistas Em Outubro de 1994, Eduardo Carqueijeiro, explicava, numa reportagem publicada na revista Semmais, que à época da fundação do movimento “havia uma notória divisão entre os basistas e os elitistas. Os primeiros estiveram sempre mais ligados às

Projeto Setúbal Verde, anos 80

teses do conservacionismo, os segundos com uma perspetiva mais ecológica de luta e defesa do ambiente. Não é, pois, pura coincidência que nas décadas seguintes a estrutura central da Quercus, desde então muito importante na defesa do ambiente em todo o país, fosse formada por alguns destes ecologistas de Setúbal, tendo tido como presidentes figuras da região, como Viriato Soromenho Marques, José Manuel Palma, José Paulo Martins, Francisco Ferreira e, agora, Paulo do Carmo.

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NESTE DOMINGO DE PÁSCOA, TINTO RESERVA PARA O PAI, BOMBONS DE AGUARDENTe PARA A MÃE.

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Seja responsável. Beba com moderação.

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Porque a história repete-se, não há Páscoa sem o tradicional borrego no forno. E nada melhor do que um Adega de Palmela Tinto Reserva, Vale dos Barris Syrah ou Villa Palma Tinto Reserva a acompanhar.

Este ano, a nossa história ganha um novo capítulo, com os Bombons de Aguardente Villa Palma. À venda na Loja da Adega de Palmela, na Casa Mãe da Rota dos Vinhos em Palmela e na Casa da Baía em Setúbal.

Vinhos com História

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atualidade

Massano defende advocacia sem fações

Lisbon South Bay nas bocas do mundo

João Massano é candidato à liderança do Conselho Regional de Lisboa da Ordem dos Advogados. O atual vice-presidente do Conselho garante que prosseguirá o investimento no trabalho de

Os territórios Lisbon South Bay (Almada, Seixal e Barreiro) receberam a visita do embaixador do Qatar em Portugal e de uma comitiva de empresários brasileiros de Guarulhos. Toda a toda a infor-

formação do CRL e de promoção da coesão da classe, criando condições para uma Advocacia sem fações, garantindo o reconhecimento do trabalho dos profissionais.

mação recolhida nas visitas, por ambos os representantes, será difundida nos seus canais próprios e enviada aos grupos e associações empresariais locais de maior expressão.

Bicampeão mundial de fotografia “revela” talentos na torre da marinha

Oficina da Imagem expõe no Seixal Fernando Branquinho, bicampeão mundial de fotografia, abraçou a paixão pelos retratos e assina um percurso discreto, mas glorioso, no Seixal. texto Eloísa silva Imagem DR

Alunos do curso base de Fotografia da Oficina da Imagem

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A Oficina da Imagem, «referência a nível nacional e internacional», foi fundada em Lisboa, em 1978, por Carlos Marques que «me confiou, em 2018, a responsabilidade de dar seguimento ao seu legado, mas, na margem sul», lembra Fernando Branquinho, referindose ao seu mais recente desafio de dirigir a escola de fotografia. O diretor artístico do estúdio «Retratista», na Cruz de Pau, e duas vezes campeão no World Photographic Cup, relembra a história da fundação da escola, enquanto nos mostra um dos seus muitos retratos, estrategicamente colocados na montra da loja. «É para que quem aqui passa, se possa fascinar, como eu, pela arte de retratar emoções, mais do que pessoas». A loja e estúdio de fotografia, que abriu no Seixal, é «para as pessoas e sobre pessoas, com o fim de potenciar o que de melhor elas têm – a sua alma». A paixão no discurso deixa transparecer que Fernando Branquinho agiu

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bem ao dedicar-se exclusivamente à fotografia, passados 26 anos de um percurso ligado à música que o levou a gravar com artistas nacionais bem-conceituados. Em 2012 produziu um trabalho inédito em Portugal, o livro “Profession Artiste -Arte do Transformismo em Portugal” e em 2016 viria a integrar a seleção portuguesa para a World Photographic Cup que decorreu no Texas (EUA), vencendo, pela primeira vez, esta competição. Em 2017, voltou a ser selecionado para competir em Yokoama (Japão), onde os portugueses subiram ao pódio, pelo segundo ano consecutivo, consagrando-se bicampeões mundiais em fotografia. Em 2018 voltou a ser selecionado para integrar a seleção portuguesa no campeonato do mundo. Avesso a “marcas de água”, mas utilizador de programas de edição como o Photoshop, Fernando Branquinho é reconhecido pela particularidade de ser retratista e não um «comum» fo-

tógrafo. «O retrato permite-me conhecer as pessoas no seu íntimo. É um ato de generosidade, já que consigo fazer transparecer características profundas do ser de cada pessoa, quando ela própria as desconhece. É estar mais próximo, é estar mais tempo, é estar mais presente nos detalhes». É na loja do Seixal “Retratista”, que mais que uma loja é uma galeria de arte, que se reúnem os muitos alunos da Oficina da Imagem que o ex-saxofonista dirige desde 2018 e onde são ministrados cursos de Cinematografia e Storytelling, entre outros. Depois das primeiras aulas, e na presença do fundador da escola, os alunos do curso base de fotografia da Oficina da Imagem já expõem os seus trabalhos. A primeira mostra, com trabalhos de Alberto Canário, Davide Teixeira, Rui Ferreira, Rui Louro e Tatiana Gonçalves, pode ser vista até 30 de abril no pavilhão da Torre da Marinha, na galeria do Independente Futebol Clube Torrense.



atualidade

Boia no Espichel melhora o combate à poluição marítima Foi colocada recentemente, pelo navio hidro-oceanográfico “NRP D. Carlos I”, uma boia multiparamétrica “SUBECO”, a vinte milhas do Cabo Espichel, na costa setubalense. De acordo com fonte oficial da Marinha portuguesa, o objetivo da colocação desta ferramenta é a “monitorização ambiental da Zona Económica Exclusiva Portuguesa”, disponibilizando uma grande variedade de informação à comunidade científica e ao público em geral. José Mesquita Nobre, Capitão-de-fragata do Instituto Hidrográfico da Marinha Portuguesa, esclareceu ao Semmais que a colocação desta boia representa inúmeros benefícios entre eles a garantia da capacidade de monitorização ambiental global da região de Setúbal. «É reforçada a capacidade de modelação climática local e melhorada a previsão meteorológica e oceanográfica de acesso ao porto de Setúbal, é melhorado o apoio ambiental à comunidade de utilizadores do mar, é refor-

Aparelho foi colocado pela Marinha a 20 milhas do Cabo Espichel

çada a capacidade de combate à poluição marítima, é melhorada a climatologia de apoio a obras de engenharia costeira e diminuídos os riscos de operação do tráfego portuário e costeiro, e, por último, são criadas capacidades de apoio ambiental às atividades turísticas nas zonas costeiras».

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Conferência Cibersegurança - A importância da qualificação dos recursos humanos

Esta operação foi realizada por uma equipa de técnicos do Instituto Hidrográfico, com o apoio de dois mergulhadores da Marinha. O navio rumou, depois, a Faro para uma operação de recuperação e manutenção de um equipamento semelhante fundeado na costa algarvia. CR publicidade

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A Cibersegurança é um fenómeno global pelo que se torna cada vez mais importante sensibilizar as empresas para os riscos de operações no ciberespaço por forma a promover junto destas uma correta preparação para fazer face às ameaças. É igualmente importante sensibilizar as empresas para a mais-valia de apostar na qualificação dos seus recursos humanos ao nível de competências na área de cibersegurança. Recursos qualificados significam um passo à frente na proteção do negócio contra eventuais ataques cibernéticos. Para a abordar estas temáticas, a ATEC vai organizar em 30 de abril, em parceria com a E-TECH e a AISET, uma conferência sob a temática CIBERSEGURANÇA - A importância da qualificação dos recursos humanos, no Fórum Cultural de Alcochete. Link de inscrição: https://bit. ly/2PhzJwd ou info@atec.pt

Medway investe em Sines A Medway, empresa especializada no transporte de bens como o carvão, cerâmica ou produtos químicos, entre outros, vai investir cerca de um milhão de euros no reforço da sua capacidade logística em Sines, mais concretamente na Zona Industrial e Logística (ZIL). Esta nova infraestrutura, com uma área superior a 30.000 m2, tem o objetivo de servir os serviços petroquímicos, na zona 2 da ZIL de Sines, criando novos postos de trabalho. Carlos Vasconcelos, presidente da Administração da Medway, explica este reforço da presença em Sines com o facto de, apesar de esta já ser “significativa e expressiva, estava a ficar aquém” das suas necessidades. “A perspetiva é de melhoramento da capacidade de resposta e alargamento de serviços”. Por sua vez, o presidente executivo da AICEP Global Parques, Filipe Costa, considera que este novo investimento da Medway “é muito importante” e tem um “impacto no escoamento da produção”. Ou seja, prestando serviços de logística de segunda linha diretamente às produtoras, “vai aumentar a competitividade destas unidades, quer para a indústria portuguesa de manufatura de plásticos, bem como para a exportação”. CR


desporto

Trail Running regressa a Palmela em junho

Grândola distinguida no desporto

A quarta edição da Palmela Run - prova de Trail Running, com partida e meta no Largo de São João, em Palmela, regressa dia 22 de junho, às 20h00. O evento desportivo, organizado pela Arrábida

O Centro Municipal de Marcha e Corrida de Grândola foi distinguido como programa desportivo 2019. O galardão, atribuído pela Cidade Social e Associação Portuguesa de Gestão do Desporto, dis-

Trail Team, com o apoio da câmara municipal, apresenta um percurso diversificado, com passagem pela Serra do Louro, Vale de Barris, Castelo e Centro Histórico de Palmela.

tingue os municípios cumpridores de boas práticas na gestão e desenvolvimento do Desporto. Desde 2017 o Centro, conta com 300 utentes e 400 presenças mensais em provas.

GD Sesimbra recoloca equipa de Hóquei na 2ª divisão

«É o regresso a uma divisão da qual nunca devíamos ter saído» Hóquei do GDS volta à 2.ª divisão nacional. Com 215 golos marcados e 21 jogos sem perder, a equipa de Eduardo Marques continua a luta pelo título de campeã nacional da 3.ª divisão. texto eloísa silva Imagem DR

A equipa sénior de Hóquei em Patins do Grupo Desportivo de Sesimbra garantiu a subida á 2.ª divisão nacional, depois da vitória do seu 21.º jogo. Um regresso a uma divisão «da qual nunca devíamos ter saído», enaltece Sebastião Patrício, presidente do GD de Sesimbra. O Sesimbra garantiu a subida a três jornadas do fim do campeonato, depois de uma vitória expressiva frente ao Estremoz por 8-2 num pavilhão a fazer lembrar outros tempos. «Cheio de massa associativa, atletas de outros escalões, dirigentes e patrocinadores». Sem o apoio dos quais, reconhece Sebastião Patrício, «não era possível acreditar neste prémio, mais que merecido para todos os intervenientes». O clube foi o único da 3.ª divisão nacional a somar só vitórias no percurso competitivo. Foram 21 jogos disputados, 21 vitórias, a obtenção do máximo de pontos possível (63) e 215 golos marcados. Números que refletem as características e a determinação do plantel de 12 jogadores, em que

apenas um não é de Sesimbra, que provêm da formação base do clube. «Na base desta concretização está a grande qualidade individual e coletiva da equipa, muita dedicação, compromisso e empenho». Particularidades que estiveram bem patentes, também, na Taça de Portugal, «prova que deixamos de cabeça erguida, frente ao Campeão Nacional em titulo, o Sporting», lembra o presidente do Sesimbra. Com a subida de divisão garantida o Sesimbra assume que a conquista do título de Campeão Nacional da 3.ª divisão, «fase em que vamos disputar 6 jogos, com os outros 3 vencedores nacionais das Zonas Norte “A” e “B” e Sul “A”, uma vez que o titulo da Zona Sul “B” já ninguém nos tira», é a próxima meta. Eduardo Marques, o “mestre” de um campeonato «exemplar», é perentório em afirmar que a equipa está determinada e focada nos próximos jogos e «ainda nem abordámos a questão da 2ª divisão. Vamos lutar pelo título

GD Sesimbra garantiu o regresso à 2.ª divisão a três jornadas do fim com a melhor pontuação do campeonato

nacional e acabar o campeonato só com vitórias», antecipa. O treinador garante que para esta subida de divisão muito contribuíram «as boas condições de trabalho que a direção nos proporcionou, a boa estrutura criada á volta da equipa, liderada de forma exemplar pelo Carlos Graça e, acima de tudo, pela dedicação e foco dos jogadores». «Depois de 3 anos de insucessos era importante trazer sangue novo á equipa, não só em termos de qualidade, mas também de atitude, compromisso e motivação. Os jogadores foram (são sempre) fator determinante deste sucesso. Conseguimos motivar os que continuaram das épocas anteriores, e trazer reforços que foram isso mesmo... reforços». Assegurando ao Semmais que o plantel sénior de Hóquei

Jogos do Sado recuperam Travessia a Nado e apresentam Swim Challenge Menos eventos, menos meses, mas mais dinâmica e maior abrangência. Assim serão os 16°s Jogos do Sado, iniciativa que decorre até outubro, em Setúbal, numa forte aposta nos recursos naturais que são a Serra da Arrábida e o rio Sado. Na conferência de imprensa de apresentação do programa deste ano, Pedro Pina, vereador do desporto, realçou «as condições ímpares do concelho, no que se refere à prática dos desportos náuticos e da natação de águas abertas,» duas das principais vertentes dos jogos.

«Nós temos por dádiva natural aquilo que dinheiro nenhum compra. É quase uma condição que nos é imposta o tirar partido disso» referiu o autarca quando questionado sobre a forte aposta na natação este ano, com o regresso da Travessia do Sado a Nado e a introdução de uma nova prova, o Arrábida Swim Challenge. Para além destas apostas nos recursos naturais os Jogos do Sado querem, também, chegar a todas as freguesias do concelho. A prova Cinco Milhas, Cinco Freguesias «é uma forma

de descentralização dos jogos. Em cada freguesia realiza-se uma corrida da milha e, no final das cinco corridas, que se desejam abertas a todas as idades, esperamos encontrar uma espécie de vencedor do circuito, alguém que cumpriu as cinco provas e que receberá um prémio da autarquia». Os jogos do Sado, patrocinados pela empresa Águas do Sado, e com a colaboração de dezoito parceiros do movimento associativo e desportivo, contam, este ano, com mais de duas dezenas de provas que vão decorrer até outubro. ES

em Patins do Sesimbra está duplamente motivado para «fazer mais», Eduardo Marques sublinha um mérito que, não tendo a ver com posições classificativas, é igualmente importante. «Não conseguimos “apenas” a subida de divisão, trouxemos

novamente o público ao pavilhão, as pessoas voltaram a estar entusiasmadas com o Hóquei e isso foi, também, uma grande conquista para nós, um grande feito para o clube e um acréscimo promocional para o concelho», concluiu.

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CÂMARA MUNICIPAL DE SETÚBAL ELEIÇÕES EUROPEIAS EDITAL N.º 62/2019 CONSTITUIÇÃO DE BOLSAS DE AGENTES ELEITORAIS MARIA DAS DORES MARQUES BANHEIRO MEIRA, Presidente da Câmara Municipal de Setúbal, faz público que, nos termos do n.º 1 do art.º 4.º da Lei n.º 22/99, de 21 de abril, com alteração introduzida pela Lei n.º 18/2014, de 10 de abril, se encontram abertas inscrições, na Câmara Municipal de Setúbal e nas Juntas de Freguesia, pelo prazo de 15 dias, a contar da data de afixação do presente edital, para recrutamento de agentes eleitorais. O número de agentes eleitorais a recrutar por freguesia é o que abaixo se discrimina (n.º 2 do art.º 4.º): União de Freguesias de Setúbal - 400 Freguesia de Azeitão - 150 Freguesia de São Sebastião – 380 Freguesia de Sado – 60 Freguesia de Gâmbia-Pontes-Alto da Guerra – 50 Os agentes eleitorais exercem funções de membros das mesas nas situações previstas na Lei n.º 22/99, de 21 de abril e têm direito a uma gratificação fixada nos termos da Lei n.º 22/99, de 21 de abril, com a alteração introduzida pela lei n.º 1/2014, de 10 de abril, isenta de tributação. Setúbal, 12 de abril de 2019 A Presidente da Câmara, Maria das Dores Meira

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25 de abril

45 anos de Liberdade festejados na região com música, foguetes e exposições Os municípios, as Juntas de Freguesia e o movimento associativo prepararam, como é tradição, diversos eventos para celebrar a Revolução dos Cravos e o fim da ditadura. Haverá concertos, exposições, provas desportivas, inaugurações, fogo-de-artifício, e muitas outras iniciativas. texto antónio luís Imagem DR

Grândola leva a palco, no dia 24, às 22h30, no parque de feiras e exposições, o concerto dos UHF intitulado “40 anos numa noite”, que celebra quatro décadas da banda rock de António Manuel Ribeiro.

Ana Moura vai atuar na Moita

A seguir à meia-noite, o palco recebe Stereossauro, o apaixonado pela reinvenção da música portuguesa. A festa arranca às 20h15, com animação de rua com a fanfarra da Música Velha, a tradicional Corrida da Liberdade, a arruada

da banda da SMFOG e o fogo-de -artificio piromosical às 0h20. Os Dead Combo abrem o concerto do 25 de abril em Almada, às 22 horas, na Praça da Liberdade, com sonoridades com origens no fado, rock, westerns e música da América do Sul e África. À meia-noite tem lugar o fogo-de-artifício, seguindo-se o concerto dos D.A.M.A. Mas as comemorações começam, a 24, durante todo o dia, com o encontro Resistências Pacíficas: o valor da Liberdade, no auditório Fernando Lopes-Graça, com a participação do ativista angolano Luaty Beirão. Continuam no dia 25, às 21h30, com a Sinfonia da Liberdade, no auditório Fernando Lopes-Graça, e com o espetáculo Cantar Abril, no Joaquim Benite, no dia 30, às 21h30. Um concerto com Jorge Palma, dia 24, às 22 horas, decorre na Praça de Bocage, seguindo-se, à meia-noite, na Doca dos Pesca-

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dores, a partir da meia-noite, o espetáculo pirotécnico que dá as boas-vindas ao dia da Liberdade. No dia 25, realizam-se as cerimónias protocolares comemorativas da Revolução dos Cravos, a partir das 9 horas, nos Paços do Concelho, com o hastear da bandeira, a que se segue, meia hora depois, homenagem aos antifascistas na placa central da Av.ª Luísa Todi.

Os D.A.M.A. animam Almada

O Fórum Luísa Todi, recebe, às 10 horas, a sessão solene da Assembleia Municipal, que inclui publicidade

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homenagem a José Afonso, e, às 11h30, concerto pela banda da Capricho Setubalense. No Barreiro, a festa dos cravos inclui, na noite de 24, o Desfile da Liberdade, às 20h30, com ponto de encontro na Av.ª de Santa Maria, e o concerto com David Fonseca, às 22 horas, no Parque da Cidade. Na manhã de dia 25, irá decorrer o Hastear da Bandeira, nos Paços do Concelho, às 11h30. Os “Sangue Ibérico”, com sonoridades fortemente influenciadas pelo fado e pelo flamenco, irão animar a noite de 24 em Alcácer do Sal, na Praça Pedro Nunes, às 22h30. Após o concerto desta banda criada em 2014 e que nasceu de um concurso televisivo de talentos, segue-se, à meia-noite, o espetáculo de fogo-de-artifício. A este sucede-se a atuação da DJ Solange F, conhecida do grande público do mundo do teatro, bem como de um programa televisivo

na SIC Radical. As festividades continuam no dia 25, pelas 9 horas, com a realização da cerimónia de hastear da bandeira nacional no edifício dos paços do concelho.

David Fonseca canta no Barreiro

Em Palmela destaca-se a sessão solene evocativa promovida pela Assembleia Municipal, que decorre no dia 25, às 11 horas, na biblioteca de Palmela; as Exposições “O 25 de Abril na Imprensa”, patente na biblioteca de Palmela, e “PIDE”, em Pinhal Novo, bem como o espetáculo “Dan-


25 de abril çar Abril”, dia 24, às 22 horas, no Centro Cultural de Poceirão, e os espetáculos com Vitorino, dia 24, às 22 horas, no Jardim José Maria dos Santos, “Abril, Som e Palavra”, dia 25, às 18 horas, na Sociedade de Instrução Musical, em Quinta do Anjo, e com Conceição Silva, dia 25, às 22 horas, no teatro S. João, em Palmela e, por último, a apresentação do filme “Raiva” de Sérgio Trefaut, dia 26, às 21h30, no auditório de Pinhal Novo, e dia 27, às 22 horas, no Centro Cultural de Poceirão. Inaugurações e desporto No Montijo, a festa arranca às 21h30, no dia 24, no Joaquim d’ Almeida, com o espetáculo “As Canções da Minha Vida” que envolve Fernando Tordo e a Banda da Sociedade 1.º de Dezembro.

Fernando Tordo vai ao Montijo

No dia 25, depois do hastear das bandeiras, ao som da fanfarra dos bombeiros, junto à Galeria Municipal, pelas 9 horas, terá lugar a inauguração da nova Praça Pública junto à Praça de Touros

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Amadeu Augusto dos Santos. As comemorações do 25 de Abril incluem, também, no Alto Estanqueiro, a partir das 9h30, o 14.º Passeio de BTT Rota Saloia, e no Montijo, a Corrida e Caminhada da Liberdade, a partir das 10 horas. No dia 25, às 16 horas, na Galeria Municipal terá lugar a sessão solene, com intervenções de vários autarcas e políticos. Joana Amendoeira atua na noite do dia 24, no Parque da Vila, na Quinta do Conde, num espetáculo que pretende evocar Ary dos Santos e a sua obra ímpar. Já Viviana, ex-Entre Aspas, canta a partir das 22h30, na Fortaleza de Santiago, onde evoca também alguns temas emblemáticos que marcaram o 25 de abril. À meia-noite há fogo-de-artifício. Os discursos oficiais das entidades têm lugar no dia 24, das 22 às 22h30, na Fortaleza de Santiago, em Sesimbra, e no Parque da Vila, em Quinta do Conde. No Seixal, terá lugar no dia 24, às 22h30, o espetáculo Pop da Revolução, que vai reunir artistas locais e nacionais, nomeadamente Marisa Liz, Aurea, Carlão, Fernando Ribeiro, Homens da Luta e Tatanka. Na segunda parte, entram em cena Omiri, que têm como convidados Celina da Piedade, Chullage e Russa. O espetáculo conta ainda com a participação da Orquestra Tocá Rufar e dos Karma Drums, e de vários grupos locais. A Moita acolhe no dia 24, às

22 horas, o concerto com Ana Moura, na Av.ª Marginal, e no dia 25, às 10h30, tem lugar o Desfile da Liberdade, com início na rua Alexandre Sequeira e términus na Praça da República, com a habitual intervenção do edil local. “25 Horas a Nadar”, desde as 18 horas do dia 24 até às 19 horas do dia 25, na piscina municipal, em Alhos Vedros, é outras das iniciativas de destaque aberta à população e com entrada grátis. Espetáculos de música, teatro, dança, poesia, torneios de futsal e outras atividades desportivas integram a programação de Alcochete. A sessão solene da Assembleia Municipal de Alcochete do 25 de abril irá decorrer na Galeria Municipal dos Paços do Concelho, às 16 horas, do dia 25.

A cantora Áurea vai celebrar o 25 de abril no concelho do Seixal

O castelo de Sines recebe, no dia 24, a partir de 22h30, o concerto do portuense Miguel Araújo, que se apresentará em palco com 10 músicos. Segue-se fogode-artifício e DJ set com Carolina Torres. O hastear da bandeira tem lugar às 10 horas, nos Paços do Concelho, enquanto a sessão solene da Assembleia Municipal do 25 de Abril acontecerá nos

Paços do Concelho, às 11 horas. Também há provas desportivas e exposições. Na noite de 24 para 25, em Santiago do Cacém, a partir das 22 horas, realiza-se o concerto com Fernando Daniel. Depois da meia-noite atuam os Putzgrilla, e à 1h15 atua o DJ Dadão, na Av.ª de Sines, em Vila Nova de St.º André.

Nuno Costa, Presidente da Junta de Freguesia de S. Sebastião A Junta de Freguesia de S. Sebastião saúda os 45 anos do 25 de Abril de 1974, uma revolução que permitiu a concretização de profundas transformações democráticas – políticas, económicas, sociais e culturais – que abriram o país ao progresso. As comemorações da Revolução de Abril continuam a ser muito pertinentes na atualidade porque foi graças a este

heroico levantamento militar do Movimento das Forças Armadas, logo seguido de um levantamento popular, que foi possível derrotar a ditadura fascista que, durante 48 anos, oprimiu o povo português e, consequentemente, conquistar um conjunto de direitos e liberdades, que hoje tomamos por garantidos. Antes do 25 de Abril proliferava a fome, a miséria, a guerra,

o trabalho infantil e a limitação de direitos fundamentais. Não havia liberdade de expressão, nem direito a voto livre; Não havia livre acesso à saúde, nem à educação; Não havia salário mínimo nacional, nem pensões sociais, nem subsídios... Hoje, mais do que recordar, é importante sabermos olhar em frente, conscientes de que as liberdades conquistadas nunca estão garantidas!

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XIX Concurso de vinhos CVRPS

XIX CONCURSO DE VINHOS DA PENÍNSULA DE SETÚBAL

Casa Ermelinda Freitas arrasa na edição mais participada de sempre No ano recorde de participação, a Casa Ermelinda Freitas foi a grande vencedora, levando para Fernando Pó 14 medalhas. O presidente do IVV elogiou a inovação e o empenho das adegas da região. texto antónio luís imagem dr O presidente da CVRPS, Henrique Soares, mostrou-se satisfeito com os produtores

O XIX Concurso de Vinhos da Comissão Vitivinícola Regional da Península de Setúbal (CVRPS) premiou 60 vinhos, com 40 medalhas de prata e 20 de ouro. A cerimónia de entrega de prémios decorreu no passado dia 15, no pavilhão de exposições da Tapada da Ajuda, em Lisboa. De salientar que este ano registou-se um aumento dos vinhos em prova, o que faz crescer a notoriedade da região e reforçando a importância e a necessidade de continuar a apostar no reforço da mesma. Foram avaliados 201 vinhos de 33 produtores, o que faz com que esta edição tenha tido «a maior participação de sempre». Destinado a promover, valorizar e estimular a produção de vinhos de qualidade, a CVRPS, a entidade responsável pela certificação dos vinhos da região, promove anualmente este concurso para premiar os melhores néctares da terceira região vitivinícola preferida pelos portugueses. Com as vendas em alta, no mercado nacional e estrangeiro, Henrique Soares, líder da CVRPS, realça que 2018, do ponto de vista comercial, foi «mais um ano bom» para a região. E este concurso consagra «mais um forte ciclo de crescimento da região (a dois dígitos em 2017 e 2018), mas também de desenvolvimento e consolidação de novos projetos, saldando-se 2018 como o ano em que o volume de vinhos certificados teve origem em projetos que vão desde o Montijo a Sines». Em matéria de exportação, o Brasil continua a ser, fora da União Europeia, o «nosso mercado em destaque» no ano de 2018, confirmando o crescimento para 2 dígitos e consolidando a 1.ª posição no ranking dos mercados extra-comunitários, onde também se destacam os Estados Unidos, a China, o Canadá e Angola. Na UE o «abrandamento económico» já se faz sentir em 2018, ainda assim, é de salientar «nota positiva» para os crescimentos granjeados pelos vinhos da Península de Setúbal no Reino Unido e na Polónia. Destaque para os mais pontuados: o JMF 20 anos, que recebeu duas distinções Melhor Vinho a Concurso e Melhor Vinho Generoso. A Casa Ermelinda Freitas arrecadou a medalha de Melhor Vinho Tinto com o Merlot Reserva 2016. O Melhor Vinho Branco foi atribuído ao Encostas da Arrábida Reserva 2017, da Adega de Pegões. O prémio de Melhor Vinho Rosado foi para o Bacalhôa Roxo 2017. Já o presidente do Instituto da Vinha e do Vinho (IVV), Bernardo Gouveia, afirmou que os agentes económicos que concorreram ao concurso ganharam «uma alavanca na comunicação e na promoção da qualidade dos seus vinhos, que ano após ano, fazem a região crescer para níveis que há alguns anos atrás era pouco prováveis». Segundo o responsável, o crescimento que se traduziu na última campanha, na certificação de 36 milhões de litros, é «constante» nos mercados de exportação e nacional, devido, sobretudo, ao «empenho e renovação» dos agentes económicos e à aposta «nas novas gerações e na inovação dos seus produtos». Bernardo Gouveia considera que o concurso da CVRPS «reforça a aposta na qualidade» dos produtos nas suas várias vertentes; projeta «o valor aspiracional dos vinhos e da região, através de prémios credíveis e valorizados junto dos consumidores»; promove «o crescimento da região» integrando novos produtores no esforço comercial e produtivo, que é fundamental para o crescimento sustentável da região; e reforça a «diferença e a autenticidade» da região de Setúbal.

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XIX Concurso de vinhos CVRPS

XIX Concurso de Vinhos da Península de Setúbal LISTA DE PREMIADOS

MELHOR VINHO TINTO CASA ERMELINDA FREITAS MERLOT RESERVA - 2016 Vinho Tinto | Regional Península de Setúbal Casa Ermelinda Freitas - Vinhos, Lda.

MELHOR VINHO A CONCURSO

MELHOR VINHO BRANCO

JOSÉ MARIA DA FONSECA

ENCOSTAS DA ARRÁBIDA

20 ANOS

RESERVA - 2017

Vinho Generoso | D.O. Moscatel Roxo de Setúbal

Vinho Branco | Regional Península de Setúbal

José Maria da Fonseca Vinhos, S.A.

Cooperativa Agrícola de Santo Isidro de Pegões, CRL

MELHOR VINHO GENEROSO

MELHOR VINHO ROSADO

JOSÉ MARIA DA FONSECA

BACALHÔA

20 ANOS

ROXO - 2017

Vinho Generoso | D.O. Moscatel Roxo de Setúbal

Vinho Rosado | Regional Península de Setúbal

José Maria da Fonseca Vinhos, S.A.

Bacalhôa Vinhos de Portugal, S.A.

MEDALHAS DE OURO MALO SUPERIOR 2004 Vinho Generoso | D.O. Moscatel de Setúbal Malo Wines, Lda.

LOBO MAU CASTELÃO & TOURIGA NACIONAL RESERVA – 2013 Vinho Tinto | D.O. Palmela Casa Agrícola Assis Lobo, Lda.

CASA ERMELINDA FREITAS SAUVIGNON BLANC - 2017 Vinho Branco | Regional Península de Setúbal Casa Ermelinda Freitas - Vinhos, Lda.

QUINTA BREJINHO DA COSTA SELECTION - 2017 Vinho Branco | Regional Península de Setúbal Resigon - Companhia Agrícola e Gestão, S.A.

BACALHÔA ROXO SUPERIOR 10 ANOS 2004 Vinho Generoso | D.O. Moscatel Roxo de Setúbal Bacalhôa Vinhos de Portugal, S.A.

ADEGA DE PEGÕES COLHEITA SELECCIONADA - 2014 Vinho Tinto | Regional Península de Setúbal Cooperativa Agrícola de Santo Isidro de Pegões, CRL

QUINTA DO MONTE ALEGRE COLHEITA SELECCIONADA - 2016 Vinho Tinto | D.O. Palmela Fernando Santana Pereira Unipessoal, Lda.

QUINTA DA BACALHÔA CABERNET SAUVIGNON - 2015 Vinho Tinto | Regional Península de Setúbal Bacalhôa Vinhos de Portugal, S.A.

MALO PLATINUM VINHAS VELHAS GRANDE RESERVA - 2015 Vinho Tinto | Regional Península de Setúbal Malo Wines, Lda.

ADEGA DE PEGÕES TOURIGA NACIONAL - 2016 Vinho Tinto | Regional Península de Setúbal Cooperativa Agrícola de Santo Isidro de Pegões, CRL

CASA ERMELINDA FREITAS CARMÉNÈRE RESERVA - 2016 Vinho Tinto | Regional Península de Setúbal Casa Ermelinda Freitas - Vinhos, Lda.

QUINTA DA MIMOSA 2016 Vinho Tinto | D.O. Palmela Casa Ermelinda Freitas - Vinhos, Lda.

VINHA DO FAVA TOURIGA NACIONAL - 2017 Vinho Tinto | Regional Península de Setúbal Casa Ermelinda Freitas - Vinhos, Lda.

VILLA PALMA RESERVA - 2015 Vinho Tinto | D.O. Palmela Adega Cooperativa de Palmela, CRL

VALE DA JUDIA RESERVA - 2015 Vinho Tinto | Regional Península de Setúbal Cooperativa Agrícola de Santo Isidro de Pegões, CRL

HERDADE DA ARCEBISPA GRANDE RESERVA - 2016 Vinho Tinto | Regional Península de Setúbal Sociedade Agrícola da Arcebispa, S.A

QUINTA BREJINHO DA COSTA SELECTION - 2014 Vinho Tinto | Regional Península de Setúbal Resigon - Companhia Agrícola e Gestão, S.A. ADEGA DE PEGÕES ALICANTE BOUSCHET - 2015 Vinho Tinto | Regional Península de Setúbal Cooperativa Agrícola de Santo Isidro de Pegões, CRL

Adega Cooperativa de Palmela, CRL

ROVISCO PAIS RESERVA – 2017 Vinho Tinto | Regional Península de Setúbal Cooperativa Agrícola de Santo Isidro de Pegões, CRL

MEDALHAS DE PRATA MALO SUPERIOR 2009 Vinho Generoso | D.O. Moscatel Roxo de Setúbal Malo Wines, Lda. ALAMBRE 20 ANOS Vinho Generoso | D.O. Moscatel de Setúbal José Maria da Fonseca Vinhos, S.A. CASA ERMELINDA FREITAS SUPERIOR 2010 Vinho Generoso | D.O. Moscatel Roxo de Setúbal Casa Ermelinda Freitas - Vinhos, Lda. SIVIPA 10 ANOS Vinho Generoso | D.O. Moscatel Roxo de Setúbal SIVIPA - Sociedade Vinícola de Palmela, S.A. VCL RUBRICA RESERVA 10 ANOS Vinho Generoso | D.O. Moscatel de Setúbal Venâncio da Costa Lima, Sucrs Lda. PEGOS CLAROS GRANDE ESCOLHA - 2015 Vinho Tinto | D.O. Palmela HPC, Lda. ADEGA DE PEGÕES COLHEITA SELECCIONADA - 2017 Vinho Branco | Regional Península de Setúbal Cooperativa Agrícola de Santo Isidro de Pegões, CRL

VALE DA JUDIA 2018 Vinho Branco | Regional Península de Setúbal Cooperativa Agrícola de Santo Isidro de Pegões, CRL CATARINA 2015 Vinho Tinto | Regional Península de Setúbal Bacalhôa Vinhos de Portugal, S.A. VINHA DA VALENTINA PREMIUM – 2018 Vinho Branco | Regional Península de Setúbal Casa Ermelinda Freitas - Vinhos, Lda. CAMOLAS GRANDE ESCOLHA CASTELÃO VINHA VELHA DE 1931 2016 Vinho Tinto | D.O. Palmela Camolas & Matos, Lda.

LOBO MAU MOSCATEL GALEGO ROXO & MOSCATEL GALEGO BRANCO 2017 Vinho Branco | D.O. Palmela Casa Agrícola Assis Lobo, Lda. HERDADE DA ARCEBISPA RESERVA – 2017 Vinho Branco | Regional Península de Setúbal Sociedade Agrícola da Arcebispa, S.A. CASA ERMELINDA FREITAS CABERNET SAUVIGNON RESERVA – 2015 Vinho Tinto | Regional Península de Setúbal Casa Ermelinda Freitas - Vinhos, Lda. DONA ERMELINDA 2018 Vinho Branco | D.O. Palmela Casa Ermelinda Freitas - Vinhos, Lda. VILLA PALMA RESERVA 2016 Vinho Branco | D.O. Palmela Adega Cooperativa de Palmela, CRL HERDADE DE ESPIRRA 2013 Vinho Tinto | D.O. Palmela Sociedade de Vinhos Herdade de Espirra, S.A.

TERRAS DO PÓ 2018 Vinho Rosado | Regional Península de Setúbal Casa Ermelinda Freitas - Vinhos, Lda.

MALO DIAMOND 2015 Vinho Tinto | Regional Península de Setúbal Malo Wines, Lda.

DOMIGOS SOARES FRANCO COLECÇÃO PRIVADA ROXO - 2018 Vinho Rosado | Regional Península de Setúbal José Maria da Fonseca Vinhos, S.A.

VINHA DO TORRÃO RESERVA – 2017 Vinho Tinto | Regional Península de Setúbal Casa Ermelinda Freitas - Vinhos, Lda.

VALOROSO CABERNET SAUVIGNON, T. NACIONAL E SYRAH - 2017 Vinho Tinto | Regional Península de Setúbal Casa Ermelinda Freitas - Vinhos, Lda.

QUINTA DE ALCUBE TRINCADEIRA SYRAH - 2016 Vinho Tinto | Regional Península de Setúbal João Manuel Gomes Serra

QUINTA DA INVEJOSA 2017 Vinho Tinto | D.O. Palmela Filipe Palhoça Vinhos, Lda.

VALE DOS BARRIS COLHEITA SELECIONADA SYRAH – 2017 Vinho Tinto | Regional Península de Setúbal

QUINTA BREJINHO DA COSTA RESERVA – 2015 Vinho Branco | Regional Península de Setúbal Resigon - Companhia Agrícola e Gestão, S.A. JOÃO PIRES 2018 Vinho Branco | Regional Península de Setúbal José Maria da Fonseca Vinhos, S.A.

MALO SIGNATURE 2015 Vinho Tinto | Regional Península de Setúbal Malo Wines, Lda.

VINHA DO TORRÃO 2018 Vinho Rosado | Regional Península de Setúbal Casa Ermelinda Freitas - Vinhos, Lda. BAÍA DE TROIA CASTELÃO – 2017 Vinho Tinto | Regional Península de Setúbal Casa Ermelinda Freitas - Vinhos, Lda. PILOTO COLLECTION ROXO – 2018 Vinho Branco | Regional Península de Setúbal Quinta do Piloto - Vinhos, Lda. QUINTA DA INVEJOSA 2017 Vinho Branco | D.O. Palmela Filipe Palhoça Vinhos, Lda. FONTE DO NICO LIGEIRO 2017 Vinho Rosado | Regional Península de Setúbal Cooperativa Agrícola de Santo Isidro de Pegões, CRL SERRAS DE GRÂNDOLA CEPAS CINQUENTENÁRIAS – 2017 Vinho Branco | Regional Península de Setúbal Maria Jacinta Nunes da Costa Gomes Sobral da Silva CASCALHEIRA SYRAH – 2017 Vinho Tinto | Regional Península de Setúbal ASL - Tomé Sociedade Vinícola, Lda. PILOTO COLLECTION TOURIGA NACIONAL – 2017 Vinho Tinto | Regional Península de Setúbal Quinta do Piloto - Vinhos, Lda. VCL RUBRICA RESERVA – 2015 Vinho Tinto | D.O. Palmela Venâncio da Costa Lima, Sucrs Lda.

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XIX Concurso de vinhos CVRPS

HELDER GALANTE, DA MALO WINES

«Vamos continuar a dar o nosso melhor»

O representante da Malo Wines recebe uma das medalhas dos seus cinco vinhos premiados

LEONOR FREITAS, DA CASA ERMELINDA FREITAS

«Muito trabalho e uma boa equipa»

A Malo Wines, de Vila Nogueira de Azeitão, alcançou este ano o 3.º lugar com a conquista de 5 medalhas, nomeadamente ouro, com os vinhos MALO Platinum vinhas velhas Grande Reserva tinto 2015 e MALO Moscatel de Setúbal superior 2004, e prata, com MALO Moscatel Roxo superior 2009, MALO Signature tinto 2015 e MALO Diamond tinto 2015. «Se a colheita de 2018 foi para nós difícil e com quebras de cerca de 50 por cento em algumas castas, já no início deste ano de 2019, leva-nos a estar com bons motivos para estar contentes. Depois de termos obtido medalhas de ouro e de prata em concurso como Citadelles du Vin e Sakura Japan Wine Awards, agora no XIX Concurso de Vinhos da Península de Setúbal,

a MALO WINES, obteve 5 medalhas, entre os 60 vinhos da nossa região, premiados no concurso, o que é muito bom», realça Helder Galante, diretor da empresa. Na sua opinião, «é, sem dúvida, uma boa colheita de prémios que estamos a fazer neste arranque de 2019, compensando-nos do que aconteceu em 2018». Esta quantidade de prémios, «além de nos deixar muito felizes, motiva-nos a trabalhar ainda mais e melhor para podermos proporcionar aos nossos clientes, experiências vínicas de qualidade». De referir ainda que os vinhos premiados são «bastante abrangentes na gama de preços e características em que se apresenta», sublinha, acrescentando que a empresa vai continuar a dar o seu melhor».

MÁRIO FIGUEIREDO, DA ADEGA DE PEGÕES

«A nossa adega continua a crescer» A Cooperativa Agrícola de Santo Isidro de Pegões alcançou a 2.ª posição com a conquista de 9 medalhas: 5 de prata e 4 de ouro. Além da medalha de ouro, o Encostas da Arrábida, reserva 2017, foi também considerado o melhor vinho branco do concurso da CVRPS. Mário Figueiredo, presidente da Cooperativa Agrícola de Santo Isidro de Pegões, mostra-se «muito satisfeito» com os prémios obtidos, sublinhando que a empresa «continua a crescer e a ser uma adega afamada que tem conquistado muitos prémios em vários concursos, quer no País quer no estrangeiro».

O responsável dedica os seus prémios deste ano aos «vitivinicultores, à equipa de enologia e a todos os nossos colaboradores». Relembrando os escaldões do Verão passado nas vinhas, Mário Figueiredo confirma que a casta mais afetada foi a do Moscatel. Todavia, apesar de tudo, 2018 foi «um ano bom». Para Mário Figueiredo, o segredo dos bons vinhos produzidos pela empresa está «nas mãos do enólogo» mas, também, na «riqueza da nossa região, que apresenta terrenos arenosos e próximos de aquíferos».

Leonor Freitas, gerente da Casa Ermelinda Freitas, arrebatou 14 medalhas e venceu

«Muito trabalho, uma boa região, boas uvas e uma boa equipa» são os segredos das 14 medalhas - ouro e prata - recebidas pela Casa Ermelinda Freitas no XIX Concurso de Vinhos da CVRPS. Leonor Freitas, gerente da empresa de Fernando Pó, mostra-se «muito satisfeita» com os prémios conquistados este ano, não tendo dúvidas de que os resultados obtidos são fruto de «muito amor por aquilo que se faz e de várias gerações da minha família». A empresária sublinhou que «estamos numa boa região que estava um pouco desconhecida mas que agora começa a ser conhecida e falada pelos seus bons vinhos, e não tenho dúvidas que no futuro irá trazer-nos ainda muitas mais alegrias». 2019 está a ser um «bom ano» para a

firma, sublinha, dedicando a vitória neste concurso aos «nossos consumidores que nos vão comprando os vinhos e, só assim, podemos investir na qualidade para os podermos presentear, também, com qualidade». Na sua opinião, é notório que a qualidade dos vinhos, neste concurso, «vai melhorando, porque a exigência é maior e porque cada vez há mais produtores a participar e há mais vinhos para selecionar. Faço uma apreciação muito positiva deste concurso e dou os parabéns à CVRPS, ao nosso painel de provadores e às Câmaras Municipais do distrito, que têm encarado o vinho como um produto essencial para o desenvolvimento económico da região», vinca Leonor Freitas.

Mário Figueiredo, presidente da Adega Cooperativa de Pegões, que ficou em 2º lugar

“Galeria” com a melhor carta de vinhos A CVRPS abraça eventos gastronómicos, com vista à «aproximação» à restauração que promove o bom serviço de vinhos.

O restaurante “Galeria”, da Cova da Piedade, destacou-se na categoria Melhor Carta de Vinhos, Serviço e Harmonização dos Vinhos da Península.

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cultura

Orquestra Juvenil dá concerto em Almada

Queima do Judas é queimado em Palmela

O ciclo de música para crianças e famílias, “As Histórias da Formiga Rabiga”, está de regresso com “O Pequeno Príncipe”, uma estreia absoluta com música original de Sérgio Azevedo, encomen-

A Queima do Judas regressa este sábado às ruas de Palmela, numa iniciativa do município com o movimento associativo. O percurso, com animação a cargo dos Bardoada, arranca às 21h30, no

dada pela Orquestra Metropolitana de Lisboa. Sob a direção do maestro Élio Leal, a OJM apresenta-se na Academia Almadense, a de 4 de maio, às 16 horas. Bilhetes a 8 euros.

Largo dos Loureiros e tem passagem por vários locais onde é realizada “a queima do boneco” e a leitura do testamento. A Queima conta com a envolvência de 15 grupos de animação.

RUI FARIA, presta tributo a ELTON JOHN

«Este projeto é fruto da enorme paixão que sinto pela sua obra fantástica» Apelidado de “Elton John português”, Rui Faria está empenhado em homenagear o seu ídolo de eleição: Elton John. Diz que é o projeto de vida que pretende levar aos quatro cantos do mundo. texto antónio luís Imagem DR Rui Faria é fã incondicional de Elton John desde tenra idade

O músico Rui Faria, vencedor do Chuva de Estrelas de 1996 e a residir em Quinta do Anjo, está envolvido num projeto de homenagem ao cantor Elton John intitulado “Your Song – The Elton John Tribute”. O concerto inaugural aconteceu no Hotel Tivoli Carvoeiro, em junho de 2018, num cenário «magnífico e idílico» mas o projeto, de cariz nacional e internacional, tenciona passar por auditórios, casinos e centros culturais, que retratam «na perfeição a stage performance de Elton John». Em suma, é «um concerto tributo detalhado ao mais ínfimo pormenor como se estivéssemos a assistir a um concerto próprio do Elton John. É o verdadeiro tributo a Elton John, que retrata a formação da banda original e relembra os grandes êxitos de todas dé-

cadas». Desde muito novo que Rui Faria sente «grande paixão» pela obra do cantor britânico, nomeadamente «pela sua forma de compor, a harmonização dos seus temas, as linhas melódicas que constrói, muito também fruto da formação musical que ambos possuímos e que se revela tanto na forma de tocar o piano, mas também na articulação vocal».

tando que pretende levar ao conhecimento de Elton John «este magnífico tributo e poder, um dia, vir a partilhar os palcos com o meu ídolo». Os elementos integrantes do projeto são «músicos de excelência e grandes amigos» de Rui Faria. Além do próprio, ao piano e voz, estão envolvidos Luís Runa (sintetizadores); Luís Moreno (guitarra elétrica); Nuno Correia (baixo); Miguel Sa-

«Obra fantástica»

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mora (bateria); e Sandra Gonçalves, Pedro Cartaxo e Carlos Cordeiro (coros). Sobre o “Chuva de Estrelas”, recorda que quando venceu, Elton John, por intermédio de um amigo, ofereceu-lhe, da sua coleção pessoal, um álbum de platina comemorativo por vendas superiores a mais de 1 milhão de cópias do CD “The One”, que «guardo com enorme estima e carinho».

Rui Faria, licenciado com o curso superior de piano no saudoso Conservatório Nacional de Lisboa, reconhece que este tributo é «fruto desta enorme paixão que sinto pela fantástica obra de Elton John. É um investimento de uma vida», acrescen-

Raio-x_marco alonso

«Quero que todo o Planeta conheça a minha música» Tem 36 anos, é músico, compositor e professor de guitarra.O capricorniano quer conhecer o Japão. Maior sonho profissional? Que o planeta conheça a minha música. E pessoal? Despertar desta Matrix. Cidade preferida? Nova Iorque. Local que gostaria de conhecer? Japão. Um desejo para 2019? O Despertar da Humanidade. Quem convidaria para jantar a dois? A minha Mulher. Quem é a mulher mais sexy do Mundo? Scarlett Johansson. O que não suporta no sexo oposto? Gosto de tudo do sexo oposto. Comida e bebida preferida? Seitan com natas e batatas fritas, e água. Qual o seu maior vício? Deitar tarde.

Último livro que leu? “A viagem astral para principiantes”. Último filme que viu no cinema? “Captain Marvel”. Melhor peça de teatro? “Romeu e Julieta”. Melhor música de sempre? “Frevo Rasgado”. Qual a sua maior virtude? Sede de conhecimento. E defeito? Não saber parar. Nome do seu animal de estimação? Jupi, uma cadelinha. O que levaria para uma ilha deserta? Não sei. O que mais teme na vida? Nada. O maior desgosto da sua vida? Ainda não tive.

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opinião

A gratuitidade e as familias socialistas Espaço aberto e livre zeferino boal Colaborador NO DIA 1 de Abril entrou em vigor uma nova política de passes sociais. É uma medida boa sem dúvida, no entanto, não é inovadora. Há Estados com governos não socialistas que tendem a introduzir esta medida e outros que já a aplicam ao serviço dos cidadãos. A diferença nesses países é que as medidas surgiram com planeamento na melhor prestação de serviço às populações, ou seja, havendo mais transportes os cidadãos largam o conforto da viatura individual para usarem os transportes públicos sem se sentirem defraudados. Se os portugueses passarem a utilizar de imediato os transportes públicos caem no logro da demagogia do atual Governo, pela ausência de autocarros,

comboios, barcos e outros meios a cumprirem horários e com comodidade adequada. Se não houver mais transportes as pessoas começarão a avaliar a opção de uso de transportes públicos e voltarão a usar a viatura em detrimento do passe social, sabemos que o comodismo assim conduzirá os comportamentos dos cidadãos. Mas, esta medida é demagogicamente e eleitoralista, porque o Estado “socialista” cobra aos ricos por imposição da “esquerda caviar” impostos desumanos, mas depois oferece aos mesmos ricos e seus familiares os valores de passes sociais iguais aos cidadãos sem rendimentos. Mas, na saúde e noutros setores há taxas diferenciadoras da riqueza e dos rendimentos.

Deveria aplicar-se passes sociais diferenciados em função dos rendimentos, advindo daí uma ainda maior vantagem fiscal. Aqueles que ainda hoje, não entregam declarações de rendimentos, ao pretenderem recorrer ao passe social seria aplicado um valor de passe social elevado. Poderá questionarse se esta medida a ser aplicada é constitucional, mas então e a conceção de taxas sociais na eletricidade e noutras áreas não resultam de cruzamentos de dados em diferentes bases de dados de informação dos cidadãos? A política socialista que só trata em questões de justiça o que é diferente de forma diferenciada, quando é oportunista vantajoso e eleitoralista para

proteger o bem-estar da família socialista governativa e enganar o povo; como dizíamos, o chefe socialista protege as suas famílias eleitorais, porque sabe que não pode correr riscos em perder eleições. Se assim acontecer, há muitas famílias desempregadas e sem competências na atividade privada. Esta medida transitória a aplicar neste momento nas Áreas Metropolitanas merece toda atenção para daí extrair conclusões, que harmonizem as condições de vida de forma igual em todo o território nacional. Acreditamos que após as eleições o Governo irá alterar as regras e promover outras medidas de incentivo ao uso de transporte coletivo. Não será possível manter um deficit perpétuo nes-

ta atividade económica. Há outra incoerência socialista, apesar de apregoarem que estão sempre mais próximos dos desfavorecidos. Nesta predisposição, faz sentido que o passe social tenha o mesmo valor para todos os cidadãos acima de 65 anos? Os reformados não possuem rendimentos idênticos! Não será mais justo socialmente, que num País ainda em dificuldades económicas deveriam ser aplicados escalões diferenciados para os cidadãos com idade acima dos 65 anos? Um alerta final, não podemos suportar todos os anos valores deficit nas empresas do Estado, sabendo de antemão que mais tarde, vem uma crise que pode ser dramática para a população geral.

A política não passa por aqui atualidades Luís Miguel Franco colaborador NUM ANO em que se realizam dois actos eleitorais com significado e alcance relevantíssimos, importaria porventura descortinar o índice de interesse, conhecimento das matérias essenciais e probabilidades de participação dos cidadãos, porquanto o exercício pleno da cidadania contribui e promove a existência de democracias mais consolidadas. Contudo, as preocupações – sendo estas variáveis no que à respectiva seriedade concerne – inerentes à promoção do incremento qualitativo e quantitativo dos atributos de conhecimento e participação dos cidadãos apresentam-se-nos, somente e lamentavelmente, no final dos ciclos políticos e na perspectiva de início de outros, sendo, assim, efémeras ou eventualmente revestidas de oportunismos e de tentativas de aproveitamentos eleitorais. Conferindo a sensação impressiva de que os mecanismos de representação política e os seus agentes dispensam práticas de proximidade. Despromovendo-se, consequentemente, uma actividade que possui uma natureza indesmentivelmente digna, embora seja crescente e negativamente adjectivada por esses cidadãos que, sendo a substância da soberania, se consideram quase que permanentemente excluídos. Perante este cenário político e social, em que a não participa-

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ção resulta em índices de abstenção não compatíveis com o interesse do País – podendo, no entanto, coincidir com interesses dissimulados e cinicamente não manifestados de alguns –, mostrar-se-ia pertinente a instituição de mecanismos, formais ou informais, que mais intensamente estabelecessem uma relação entre os diversos intervenientes neste processo complexo designado por democracia representativa, mas em que o sentimento de não representação dos interesses individuais e colectivos das populações constitui um fenómeno em expansão. Naturalmente que não podemos deixar de reconhecer a existência de formatos de desconcentração da localização dos agentes políticos, organizados e protagonizados normalmente por grupos parlamentares, que têm por propósito sério subjacente o estabelecimento de uma relação mais saudável e de proximidade com os cidadãos. Padecendo estes paradigmas de patologias associadas à reduzida regularidade e ao incipiente e insípido conhecimento que os representados possuem dos seus representantes, sendo que a essa ausência de conhecimento corresponde as mais das vezes à inexistência de responsabilidade e de instrumentos de responsabilização política. Argumentarse-á que, em democracia, a mais

poderosa e consequente ferramenta de responsabilização é constituída pelo direito ao voto, que, num raciocínio que apenas atenda à pureza dos conceitos, merece integral manifestação de concordância. Todavia, essa análise não considera os factores descritos e outros de semelhante natureza e sentido, que produzem um distanciamento que se aprofunda em relação à actividade política e que se traduzem num significativo desinteresse e desconhecimento relativamente a matérias de política europeia e a assuntos de política interna. A este propósito e não obstante o decurso dos milénios, mantémse como absolutamente válida a máxima concebida por Aristóteles de que o “homem é, por natureza, um animal político”, na medida em que, estando integrado num contexto social, a razão de que se encontra provido confere-lhe a possibilidade de construir mentalmente um modelo de sociedade – desejavelmente mais humanista no que aos seus valores diz respeito – e a vontade de contribuir activamente na respectiva construção, sendo corolário lógico dessa máxima a constatação de que todos somos políticos, sendo assim a participação cidadã, simultaneamente, um direito e um dever.A questão emergente e que se coloca é: estaremos disponíveis para isso?


opinião

O SNS e a União Europeia: o paradoxo português

EDITORIAL

atualidades Raul Tavares diretor

Não esquecer as conquistas de abril A EPOPEIA daquele punhado de militares, conduzidos por um grupo de jovens capitães que destronou o regime salazarista, devolveu a liberdade aos portugueses e promoveu a democracia plena e a justiça social, tem vindo a desgarrar pelo caminho do tempo. Diria que faz parte. Já passaram algumas décadas e outros ciclos têm vindo a sucederse nesta vertigem que compõe o quotidiano de uma nação como a nossa, integrada numa Europa de encruzilhadas e num período incerto, muito à mercê de acontecimentos externos. Não sei se daqui a dez, vinte ou trinta anos, a Revolução de Abril será tão lembrada como hoje, mesmo que, como acontece, seja quase só pelo feriado, pela festa. É inteiramente compreensível que as novas gerações estejam desligadas desse momento crucial da história do país. E cada vez mais divorciados da lição que o país deu ao mundo e os protagonistas da Revolução deram ao mundo, desmantelando uma ditadura quase sem derrame de sangue e, para além da conturbação política e social que se viveu, evitando uma guerra civil. Mas a história é o que fica e as suas consequências. Os historiadores não fazem a história, interpretam-na. Os factos, as memórias de todos os lados, e essas múltiplas interpretações dos especialistas e estudiosos do assunto, devem continuar a constar do roteiro de conhecimentos dos mais jovens. Esse esforço, para além das festas e dos programas culturais, é uma responsabilidade dos líderes políticos, porque o que se conquistou não foi pouco, e trouxe-nos aos dias de hoje, contribuindo para uma sociedade que não é perfeita, mas é, ainda assim, muito diferente da que se vivia à época. É uma meta que não pode ser descurada. Porque os perigos do populismo e a ditadura do mundo financeiro espreitam a cada esquina das nossas vidas e ameaçam as igualdades e a justiça social.

emanual boieiro dirigente do sindicato dos enfermeiros RECENTEMENTE, foi noticiado o honroso 13.º lugar do Serviço Nacional de Saúde na tabela realizada pela Health Consumer Powerhouse que analisa 35 serviços nacionais de saúde europeus, igualando o feito obtido em 2014 pelo governo do PSD/CDS em pleno programa de assistência económica e financeira. Paradoxalmente, se nos resultados obtidos pelo SNS estamos um pouco acima do meio da tabela, nas remunerações dos profissionais de saúde, nomeadamente dos enfermeiros, estamos na cauda dos 26 países analisados pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico. Se atendermos à paridade de poder de compra, considerando o que o salário permite efectivamente comprar em cada país, a posição de Portugal comparativamente com os outros países é ainda pior. Só a Estónia paga aos enfermeiros salários inferiores aos que são pagos em Portugal. Portanto, em Portugal, obtemos resultados de excelência e pagamos remunerações medíocres aos profissionais de saúde, efectivamente é ter o melhor de dois mundos, é como ter sol na eira e chuva no nabal. O que não se percebe mesmo é que ain-

da existam cidadãos que questionam porque é que exigimos melhores condições de trabalho, perspectivas de carreira e remunerações adequadas ao elevado nível de desempenho dos profissionais da área clínica (enfermeiros, médicos, técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica). Tal como temos vindo a alertar, a OCDE e a HCP, coincidem na necessidade de se apostar numa estratégia abrangente para enfrentar os custos do envelhecimento relacionados com a saúde, colocando o foco na área dos cuidados primários e nos enfermeiros para uma mais ampla e qualificada intervenção domiciliária. Portugal é o 2.º pior país europeu no acesso a cuidados primários e a exames dentários, o 4.º pior nas infecções hospitalares e o 7.º pior nos tempos de espera para tratamentos oncológicos. Por outro lado, a cobertura de cuidados de saúde privados ainda é baixa e os preços em Portugal estão entre os mais elevados da OCDE, fazendo com que os cidadãos com menos dinheiro, tenham menos acesso aos cuidados de saúde. No próximo dia 26 de maio de 2019, na área da saúde, o que exigimos aos 21 deputados eleitos por Portugal para o Parlamen-

to Europeu é que coloquem o SNS no topo da tabela não só nos resultados em saúde, mas também nas remunerações dos seus profissionais, acabando com este paradoxo e menosprezo por aqueles que todos os dias elevam o desempenho do nosso serviço de saúde. Exigimos também que se reorganize a gestão do SNS, reforçando o foco no utente e na família, na prevenção e nos cuidados primários, no combate ao desperdício e na maximização dos ganhos em saúde e na eficiência do sistema. Exigimos que cada euro empregue em saúde seja considerado um investimento e não um custo, tendo a noção de que os gastos públicos com a saúde aumentarão rapidamente, podendo superar os 8% do PIB em 2070, segundo a OCDE. Numa União Europeia com 27 estadosmembros (após saída do Reino Unido) e mais de 511 milhões de cidadãos, o que esperamos todos é que se reduzam as desigualdades e injustiças entre os europeus e que o facto de residir, estudar, trabalhar e tratar da saúde em Portugal não seja, reiteradamente, um factor de discriminação negativa relativamente aos demais.

Por uma Europa dos Cidadãos aproveitando o tempo de espera Catarina Tavares dirigente sindical APROXIMAM-SE as eleições europeias, de algum modo os eleitores sentem que estas eleições se passam “lá longe” e que não lhes dizem respeito. Enganam-se redondamente! Estas eleições dizem respeito a cada um de nós. Liberdade, democracia, justiça social são os valores fundamentais da U.E e estes valores exigem a participação dos cidadãos nas campanhas e na escolha dos candidatos. A abstenção é um encolher de ombros que só leva a descontentamentos posteriores. Os partidos todos, sem excepção, emaranhamse em questiúnculas internas e nos faits divers nacionais e, raramente, passam para os seus eleitores o que está verdadeiramente em jogo na política europeia. Num momento em que se verifica uma recomposição política das democracias seria importante relembrar, aos saudosistas de passados soberanistas e nacionalistas, o impacto positivo das instituições europeias na vida dos seus cidadãos começando desde logo pela Paz, uma Paz que já ultrapassou os sessenta anos, a Paz mais durável que o continente europeu já conheceu. As instituições europeias têm promovido a estabilidade através de mecanismos de diálogo ins-

titucionalizado que permitem aos Estados Membros e à sociedade civil participar dos processos de tomada de decisão. A aposta da U.E no diálogo e na participação tornamna vítima fácil de críticas sobre a complexidade, morosidade e custo dos processos de tomada de decisão. Qual seria a opção? Seria uma decisão menos participada e mais barata, seria ela mais eficaz? Não acarretaria a sua implementação problemas e custos acrescidos? O diálogo social tem sido a marca indelével da U.E. O diálogo social pressupõe parceiros sociais capacitados para uma discussão séria e construtiva e, empenhados na resolução dos problemas. A participação dos cidadãos na construção da U.E está longe de se esgotar nas eleições para o Parlamento Europeu. O papel que parceiros sociais, a nível nacional e europeu, desempenham na tomada das decisões, por exemplo, através do Conselho Económico e Social Europeu, é fundamental para fazer ouvir a voz dos cidadãos em Bruxelas e nas outras capitais. É um trabalho que se faz geralmente na sombra, sem holofotes, mas é uma contribuição efectiva

para o aperfeiçoamento dos diplomas e as políticas. O afastamento dos cidadãos relativamente à Europa tem sido promovido a partir do desconhecimento e de um jogo de interesses divergentes que curiosamente convergem na hora de dividir repetindo, à esquerda e à direita, velhos slogans tornados anacrónicos pelo facto de as tecnologias terem aproximados pessoas e lugares. A Europa unida pode ser uma voz a ter em conta no complexo xadrez económico e político do mundo de hoje. Uma Europa fragmentada em soberanias será um mero peão num jogo que se joga à escala global. A Europa perdeu parte do seu poder de atração tendo sido utilizada como bode expiatório para elevar as insatisfações do cidadão comum e promover políticos medíocres em contextos de populismo e demagogia. A Europa terá de continuar a perseguir a coesão económica e territorial de forma a garantir a estabilidade social e política, fortalecendo dessa forma o seu poder de atração dos povos para uma Europa casa comum da Liberdade, da Democracia, da Justiça Social, uma Europa com Futuro.

/ Ficha Técnica Diretor Raul Tavares / Editora-Chefe Eloísa Silva / Redação Anabela Ventura, António Luís, Carlos Ribeiro, Cristina Martins, Marta David / Coordenação Comercial Cristina Almeida / Direção de arte Pedro Frade / Design de comunicação Teresa Fortalezas | EDUGEP Digital Solutions www.edugep.pt / Serviços Administrativos e Financeiros Mila Oliveira / Distribuição José Ricardo e Carlos Lóio / Propriedade e Editor Maiscom, Lda; NIPC 506 806 537 / Concessão Produto Maiscom, Lda; NIPC 506 806 537 / Redação Largo José Joaquim Cabecinha nº8-D, (traseiras da Av. Bento Jesus Caraça) 2910-564 Setúbal. E-mail: publicidade.semmais@mediasado.pt; Semmaisjornal@gmail.com / Telefone: 93 53 88 102 / Impressão Empresa Gráfica Funchalense, SA. Rua Capela Nossa Senhora da Conceição, 50 - Moralena 2715-029 - Pêro Pinheiro / Tiragem 25.000 (média semanal) / Distribuição VASP e Maiscom, Lda. / Reg. ICS: 123090. Depósito Legal; 123227/98

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