Semmais 20 Dezembro 2014

Page 1

16 anos

Distribuído com o

A REGIÃO

SOMOS TODOS

NÓS

edição especial comemorativa do 16º aniversário do semmais

VENDA INTERDITA Sábado | 20 dezembro 2014

Diretor: Raul Tavares semanário — edição n.º 838 • 7.ª série — 0,50 € • região de setúbal

www.semmaisjornal.com

Negócios 16

Atual 4

Caderno

Indústria da Península junta-se para lançar associação e potenciar atração de empresas.

GNR lança campanha até dia 27 deste mês para combater furtos junto do comércio.

A síntese do Plano Estratégico para o Turismo na região de Lisboa. (Nas centrais). Fotos: DR

«Estranhamente estão a ser reduzidos os apoios às nossas crianças»

DR

ENTREVISTA

O Bispo de Setúbal, D. Gilberto Canavarro dos Reis, não consegue entender como é que o Estado continua a reduzir os apoios aos mais carenciados e pede políticas e novos planos para garantir o emprego aos que estão a cair na pobreza extrema. O Prelado sadino afirma que a situação social caiu numa espécie de caos.

PÁGINAS 6 E 7 Pub.

Tudo sobre as festas natalícias da região

S O M A 0 IRO T L A1 E O N V JA DE


2

ESPAÇO PÚBLICO

Sexta • 20 dezembro 2014 • www.semmaisjornal.com

O que se vai tecendo longe dos holofotes é que preocupa EDITORIAL

Raul Tavares

Ano que fecha, ano que abre

E

ntramos agora neste período em que se misturam as festas natalícias e o fecho de mais um ano. É uma altura de remanso, mas também de intenso balanço sobre as perspetivas que não se concretizarem e a esperança do que o ano novo nos trará. Foi um ano de obstáculos, dificuldades, mas também de aprendizagem, face à situação política e económica do país. Um ano de resiliência, de esforços e de muita abnegação. Mas também um ano de lucidez sobre o aparato sempre muito visível da realidade concreta. E estas luzes, que ainda assim, se revelam a cada um de nós, é sempre uma lufada para os caminhos a seguir e o debacle de febres que não podem e se não devem manter. Nestas encruzilhadas, uma espécie de renovação de alento e para os crentes, independentemente da sua posição religiosa, um revigorar de esperança. São estes desejos de consumação concreta de luta, metas e objetivos que desejo como pedras basilares de recomeço. O próximo pode até vir a ser mais ‘horribilis’, mas para já enche-nos de energia.

L

emos ouvimos e lemos, vimos e não percebemos. Poema ou realidade, esta que estamos a viver nesta “era do vazio” bem caracterizada por Gilles Lipovetsky no seu livro “A Era do Vazio”? Vários leitores estranharam o silêncio desta crónica, quando talvez se justificasse mais. Mais agora que a praça pública é o espaço onde se dirimem todas as questões. Sim, o espectador que também sou, acompanhou esta balada da praia do inverosímel e ficou perplexo como os demais: tantas perguntas, tantas verdades, quanto desconhecimento. Nunca pensara ver este espectáculo de bonecreiros onde os manipuladores são guardados por grandes escritórios de advogados, que, usando o palco cedido da Assembleia da República, primem botões, segredam ao ouvido, escrevem guiões, que os seus patrões seguem sem um gesto de protesto ou autonomia. Alice, sempre atenta e perante o meu embaraço, cita-me um excerto de A Arte de Furtar, livro que chegou a ser atribuído ao Padre António Lopes Vieira: “Mais fácil achou um prudente que seria acender dentro do mar uma fogueira que espertar, em um peito vil, fervores da nobreza.” E continuou, enigmática, citando: “Essa é a valentia desta arte (…) de gente vil faz fidalgos, porque onde luz o oiro não há vileza. A fim de não ser cúmplice de uma qualquer estratégia que me anestesie sobre o

Pub.

Este Natal ofereça Ouro!

Arlindo Mota Politólogo quotidiano da governação, desliguei o televisor, pus um disco de música clássica e pensei o que estava, de facto, a acontecer no país. E vi um governo que a menos de um ano das eleições entrou em campanha eleitoral ininterrupta, multiplicando-se em aparições, dando um tom de rosa ao negro da realidade que nos rodeia, como se estivesse parado entretanto. Mas não é evidente que o governo, sob um ar mais manso do que era uso, está a concretizar, intensificando, um programa ideológico de privatizações do pouco que resta, deixando um sulco quase definitivo da sua passagem como herança: privatizadas ou em vias de o ser, entre outras empresas ou sectores, a EDP, a REN, os transportes, os resíduos sólidos, a água, agora a TAP, quem vier a seguir, se essa for a vontade do povo português, que país vai encontrar, que alavancas vai puxar para ajudar a promover o indispensável crescimento sem o qual não se vislumbra futuro decente? No ensino, copia-se sem ponderação, o que de mais negativo o modelo neoliberal ofereceu por esse mundo fora (cheques ensino; municipalização das escolas; precari-

zação dos professores); na segurança social dispensam-se trabalhadores às centenas com o fito de entregar serviços ao privado ou ao designado terceiro sector, com o mesmo objectivo de desagregar o Estado e proletarizar de vez os seus funcionários. E na saúde, o aparecimento de novos hospitais privados não augura nada de bom. Enfim, atente-se bem como tece fino e é larga a malha da nova direita portuguesa… “Mais fácil achou um prudente que seria acender dentro do mar uma fogueira que espertar, em um peito vil, fervores da nobreza. Contudo ninguém me estranhe chamar nobre à arte, cujos professores, por leis divinas e humanas, são tidos por infames. Essa é a valentia desta arte (…) de gente vil faz fidalgos, porque onde luz o oiro não há vileza. E prouvera a Deus não tivera tanto de nobre, pois vemos que e tudo o mais que tem preço; e os sujeitos em que se acha são, por meus pecados, os mais ilustres. E para que não engasgue algum escrupuloso nesta proposição, com a máxima de que não há ladrão que seja nobre, pois o tal ofício traz consigo extinção de todos os foros da nobreza (…) entendo o meu dito segundo o vejo exercitado em homens tidos e havidos pelos melhores do mundo, que no cabo são ladrões, sem que o exercício da arte os deslustre, nem abata um ponto do timbre de sua grandeza.” In ARTE DE FURTAR, Ed. Estampa, Lisboa

CRÓNICA UM CAFÉ E DOIS DEDOS DE CONVERSA “Querido Pai Natal, Tal como o ano passado, dirijo-me a ti, através do “Semmais” e da RDS” pois o ano está a chegar ao fim e, como sempre, escrevo-te a dizer que me portei bem e mereço ser recompensado, mas este ano (continuo) baralhado. Cresci com valores em que se premiavam princípios, instituições, a família, o emprego. Hoje em dia, vejo filhos a abandonarem pais e avós, a despejarem-nos em instituições sem qualquer credibilidade e/ou asseio. Vejo alguns a viverem com eles, a maltratarem-nos e a ficarem com as suas parcas reformas. Vejo a violência doméstica aumentar e as autoridades e sociedade pouco fazerem. Vejo o País a olhar com alguma indiferença para uma família desavinda, talvez a família mais poderosa do país e que mandava a seu bel-prazer e que agora, depois de se zangarem os primos, ruiu como um baralho de cartas, mas que mesmo assim nos goza na cara, em comissões de inquérito para “Inglês ver”, mas curiosamente a continuar com os muitos milhões que estão desaparecidos nos bolsos, o mesmo é dizer, nas suas infinitas e escondidas contas off-shore. Vejo premiar um cobarde “golpe de estado” interno num partido, imediatamente a seguir a uma vitória eleitoral (para as Europeias, depois de já ter ganho as autárquicas) despojando com a conivência dos seus militantes e simpatizantes, o seu Secretário-Geral sem dó nem piedade, como se de uma chiclete descartável se tratasse, depois de ele ter amargado os três primeiros anos na oposição, preparado o caminho para voltar ao Governo e quando o mesmo já se vislumbrava, eis que foi chutado para canto com toda a naturalidade. Aliás, já o ano passado tinha referido que depois ter dito o pior possível do Presidente do seu próprio partido e de ameaçar candidatar-se, acabou em Vice-Presidente desse mesmo partido, antes do tal

Paulo Edson Cunha Vereador PSD/Seixal “golpe de estado interno”, entenda-se. Vejo também um ex-primeiro-ministro, o maior responsável pelo estado de aflição em que todos vivemos, qua, ainda como o ano passado referir que ia destilando ódio e sentenças contra aqueles que estão a emendar os erros que ele cometeu, ainda por cima em horário nobre e na televisão do Estado, mas que agora é a maior atracção turística de Évora, não para visitarem as muralhas de Évora ou a Capela dos Ossos, mas para tirar Selfies à Porta desse mesmo Estabelecimento Prisional. O sucesso é tanto que até recomendo que estabelecimento prisional a Património Imaterial da Humanidade, tal como o Cante Alentejano. Vejo um ex-Presidente da República, com um comportamento deplorável, que depois de em 2013 ter apelado quase à luta armada e que, como prémio foi eleito como a Personalidade Nacional desse, este ano, talvez impulsionado por essa distinção, cada vez que abriu a boca disse um disparate maior do que o anterior e que depois de ter feito declarações lastimáveis quando foi visitar o seu amigo preso preventivamente, termina o ano com o reconhecimento quase unanime, no seu 90.º aniversário e ainda recebeu as Chaves da cidade de Lisboa. Vejo isto tudo e mais alguma coisa e penso, se eu me portar, assim tão mal, for tão ingrato, eventualmente mal-educado, poderei acabar o ano de 2014 como Vice de qualquer coisa, ser criado um cargo principescamente pago no estrangeiro, ver a minha conta bancária recheada com milhões ou ser a Figura Nacional de 2014. Ou não terei essa sorte? Bom Natal e bom ano a todos os leitores do “Semmais” e ouvintes da RDS, a sua rádio da Região de Lisboa.”

Ficha técnica

www.venanciodacostalima.pt

Diretor: Raul Tavares; Editor-Chefe: Roberto Dores; Redação: Anabela Ventura, António Luís, Cristina Martins, Marta David, Rita Perdigão, Roberto Dores; Dep. Comercial: Cristina Almeida (coordenação). Projeto Gráfico: Edgar Melitão/”­e Kitchen Media” – Nova Zelândia. Departamento Gráfico: Natália Mendes. Serviços Administrativos e Financeiros: Mila Oliveira. Distribuição: José Ricardo e Carlos Lóio. Propriedade e Editor: Mediasado, Lda; NIPC 506806537 Concessão Produto: Mediasado, Lda NIPC 506806537. Redação: Largo José Joaquim Cabecinha nº8-D, (traseiras da Av. Bento Jesus Caraça) 2910-564 Setúbal. Tel.: 265 538 819 (geral); Fax.: 265 538 819. E-mail: redaccao.semmais@ mediasado.pt; publicidade.semmais@mediasado.pt. Administração e Comercial: Telem.: 93 53 88 102; Impressão: Empresa Gráfica Funchalense, SA – Rua Capela Nossa Senhora Conceição, 50 – Moralena 2715-029 – Pêro Pinheiro. Tiragem: 45.000 (média semanal). Distribuição: VASP e Mediasado, Lda. Reg. ICS: 123090. Depósito Legal; 123227/98


3

Sábado • 20 dezembro 2014 • www.semmaisjornal.com

ATUAL Plano Estratégico de Turismo de Lisboa acentua importância da frente arrabina

DR

Arrábida representa 6% das dormidas na região de turismo de Lisboa Arrábida e Arco do Tejo são as zonas de referência do turismo do futuro na região, agora ‘bem encaixada’ na centralidade de Lisboa. A ideia é manter os turistas por mais tempo. Roberto Dores

DR

O

s concelhos de Setúbal, Palmela e Sesimbra, abrangidos pela serra da Arrábida, representam 6% do total de dormidas na zona de influência de Entidade Regional de Turismo de Lisboa (ERTL), tendo registado 400 mil estadias em 2012. O turismo de negócios na cidade de Setúbal garante 3% das dormidas neste território, enquanto 2% são detidos por Sesimbra, graças ao turismo de sol e mar. Os dados oficiais foram agora relevados no já aprovado Plano Regional de Turismo de Lisboa, que passa a incluir cinco novas centralidades – Lisboa, Cascais, Sintra, Arrábida e Arco do Tejo – estando definidas as prioridades a promover a nível internacional para a Arrábida, que enquadra ofertas nas áreas do turismo de natureza, enologia e gastronomia.

A majestosa Arrábida faz coabitar Setúbal, Sesimbra e Palmela

Ainda assim, não passa despercebida a carência de camas disponíveis na região, com 3829 unidades em 2012, apesar de se ter registado um aumento de 800 face ao que existia em 2009. Mas o presidente da Câmara e Sesimbra, Augusto Pólvora, um dos autarcas da região que participou em algumas das 22 reuniões do grupo de trabalho, composto por 25 entidades de referência, acredita que esta oportunidade de projeção internacional possa abrir portas a novos investimentos. «Queremos que os turistas que nos visitam possam dormir cá. Há projetos aprovados para

O plano a que o Semmais teve acesso, fala mesmo de «harmonia com natureza» como consequência da área protegida, que permite oferecer uma «experiência natural diversificada» em torno da pesca, peixe, diversidade de desporto náutico, vinho, moscatel, queijo, além do «sol e mar e gastronomia rica». O documento sublinha estarem em causa «mais-valias» habilitadas a atrair mais visitantes até 2019, uma vez que a sua promoção internacional passará a integrar toda a oferta que for feita ao nível e Lisboa. Algo que acontece pela primeira vez.

unidades hoteleiras e há espaço para mais», sublinha o autarca, enquanto o presidente adjunto do Turismo de Lisboa, Mário Machado, justifica a aposta na Arrábida com a necessidade de diversificar a oferta turística da capital recorrendo a um «mosaico de experiências únicas que visa despertar no visitante o desejo de conhecer e regressar à região». Lisboa, Cascais e Sintra são as três centralidades apontadas pelo plano da Roland Berger como marcas internacionais estabelecidas. Lisboa é principal marca da região, “com notoriedade crescente a nível mundial”, mas precisa de ser reforçada na questão dos congressos de grande dimensão. Cascais surge associada ao turismo de saúde e Sintra ao turismo aventura e a oferta cultural. A Arrábida tem o estatuto de “oferta em desenvolvimento” associada ao turismo de natureza. Por desenvolver está o Arco do Tejo (Vila Franca de Xira, Montijo, Alcochete, Seixal, Moita e Barreiro) com potencial associado ao turismo equestre e náutico no Estuário do Tejo. Ainda por desenvolver estão os concelhos limítrofes de Lisboa: Mafra, Almada, Oeiras, Loures Odivelas e Amadora, com oferta cultural e o potencial desenvolvimento do surf como produto de nicho em Almada.

Bombeiros Sapadores de Setúbal despem-se pelo cancro da mama

A AUTORA e jornalista setubalense, Helena de Sousa Freitas, venceu o 1.º prémio na categoria de Literatura no concurso de âmbito nacional ‘Mostra de Autores Desconhecidos’, promovido pela Inspecção-Geral das Actividades Culturais (IGAC) como forma de desafiar as pessoas a residir ou a trabalhar em funções de apoio em bairros desfavorecidos a mostrarem, individualmente ou em grupo, os seus talentos. Apesar de ter já obra editada na área do ensaio, Helena de Sousa Freitas não tem livros individuais de conto ou poesia, apenas participações em obras colectivas, integrando-se assim no âmbito da iniciativa da IGAC.

O NOVO calendário solidário dos bombeiros sapadores de Setúbal já está à venda. Depois do sucesso do ano passado, os profissionais voltaram a despir-se por uma causa. Agora associam-se à luta contra o cancro da mama nos homens. Doze homens com pouca farda e em poses eróticas em doze sítios diferentes dão corpo ao calendário de 2015. As polémicas fotografias do ano passado foram «um sucesso» e, por isso, as formas sensuais e ousadas repetem-se este ano com algumas caras novas. Entre cerca de cem bombeiros profissionais, doze foram escolhidos para as fotografias do calendário do próximo ano. Os cenários escolhidos para as fotografias são a serra, o mar, as habita-

DR

Autora setubalense ganha prémio literário

Sapadores fizeram moda

ções, entre outras paisagens. A família e os amigos apoiam esta iniciativa que tem tido muita procura um pouco por todo o País. «Orgulhamo-nos do nosso

trabalho e desta vez optámos pelo cancro da mama no homem para sensibilizar de que a doença existe e que é preciso ter em conta», refere Tiago Silva, o homem do mês de Agosto, que acrescenta que as receitas revertem ainda para a associação de animais Sobreviver. O calendário de 2015 também está disponível numa aplicação de bombeiros solidária para telemóveis e tablet, com puzzles, vídeos do ‘making-of’ e dicas de segurança e treino dos próprios bombeiros. O calendário custa 5 euros e 4,99 euros na versão digital. Este ano foram vendidos mais de 7 mil exemplares. Os cerca de 30 mil euros conseguidos foram aplicados na construção de um mini-recinto desportivo para as crianças do JI/ATL da LATI, “O Palhacinho”, no Faralhão.

A GNR deitou mão a meliante

Usava charme e amizade para roubar ouro aos idosos BEM vestido e bem-falante. Fazia-se transportar numa viatura de gama média. Tinha grande facilidade em ganhar a confiança de idosos. A alguns, garantia ser amigo, a outros, assegurava ser amigo de alguém conhecido. Conquistada a empatia, passava ao ataque. Apresentava-se como sendo um comerciante em início de carreira no ramo da compra e venda de ouro, mas quando as vítimas lhe colocavam os metais preciosos que possuíam nas mãos, acabava o charme e as alegadas boas intenções. Fugia com o ouro. Até que foi agora surpreendido pela PSP do Seixal em flagrante delito, acabando detido. Há dois meses que o suspeito, de 42 anos, estava a ser investigado pela PSP, estando referenciado em «diversos inquéritos», segundo fonte policial, relativos a burlas dirigidas as vítimas consideradas «mais vulneráveis» pelas autoridades. No dia da detenção terá procurado abordar várias pessoas, recorrendo ao habitual trato fácil e boa argumentação, mas só conseguiu a atenção de uma mulher em Massamá que circulava na via pública. Ainda a convenceu a entregar-lhe duas argolas e duas alianças em ouro, mas, desta vez, não foi longe, tendo a fuga sido interrompida pelos agentes da PSP, que além de deterem o homem, apreenderam a viatura que utilizara nas abordagens às vítimas, bem como o dinheiro e os artigos em ouro. O Comando Distrital da PSP de Setúbal aproveita para alertar, principalmente, os idosos da região, com menos capacidade de reação, para que não cedam facilmente ao contacto com pessoas estranhas que se apresentem, ainda que simpaticamente, interessadas nos seus bens pessoais. A polícia acrescenta que é «ainda mais importante não passar para a mão destas pessoas os seus pertences valiosos, como fios anéis, pulseiras, sob pena de se verem envolvidos num enredo enganador».


4

Sábado • 20 dezembro 2014 • www.semmaisjornal.com

ATUAL O alerta é dado pela GNR no distrito de Setúbal em plena quadra natalícia

“Comércio Seguro” pela região até ao Natal A campanha da GNR vai estar atenta até véspera de Natal, durante um período em que se prevê um aumento da tentativa de furtos. Os aglomerados juntos ao comércio é a maior preocupação.

aconselha ainda os comerciantes dica a comportamentos criminoso a não deixarem grandes quantias por via dos furtos», refere a Guarda, acrescentando que simples disde dinheiro na caixa durante muitrações dos clientes e dos próprios to tempo, nem a terem rotinas para comerciantes podem ser fatais. a realização de depósitos. E o que fazer para prevenir a As lojas deverão abrir à mesação da mão criminosa? Os clienma hora entre os comerciantes vites não deverão perder de vista os zinhos, sendo conveniente que os seus bens pessoais, evitando dislojistas tenham o contacto telefótrações enquanto andam às comnico uns dos outros. Os períodos pras, aconselha a mesma fonte, mais críticos são os horários de enalertando os comerciantes que decerramento, havendo outra recomendação que aponta verão reforçar a vigilânAutoridades para as próprias moncia, «assegurando o núpoliciais tras. Além de estarem mero suficiente de funconhecem cionários para estarem modus operandi bem iluminadas, nunca atentos ao que se passa deverão ter expostos os nas lojas». artigos mais caros, como telemóIsto porque, normalmente, o veis e computadores. Em caso de assalto, adverte a ‘modus operandi’ de quem tencioGNR, o lojista deve manter a calna fazer furtos em lojas passa por juntar um grupo de indivíduos, onde ma, não reagir, memorizar os traum dos elementos procura distrair ços fisionómicos do assaltante e o funcionário, enquanto os outros durante a fuga deste observar qual efetuam o roubo. «Quando há muia direção, a eventual existência de tas pessoas nos estabelecimentos, cúmplices e de viatura em fuga, não devendo mexer em nada na esta é uma situação mais difícil de loja. controlar», sublinha a GNR, que

C

omerciantes e clientes deverão estar mais atentos a fenómenos criminosos nesta época do ano», alerta fonte desta força de segurança, referindo-se, sobretudo, à possibilidade do aumento de tentativas de furtos de quem procura tirar partido de maior afluência de pessoas nas lojas da região. Neste sentido, a GNR já avan-

DR

Roberto Dores

A concentração de consumidores é a grande preocupação das policias

çou no terreno com a campanha “Comércio Seguro”, para onde são destacados os militares que fazem o policiamento de proximidade nas escolas, numa altura em que o ensino entre de férias. A campa-

nha tem lugar até dia 24. «Aproveitamos este período de maior afluência ao comércio para sublinhar que é nos dias de grande atividade que também há uma maior apetência por parte de quem se de-

A mesa redonda da conferência

gens necessárias para manter aberto o canal de acesso ao futuro terminal do Barreiro implica um acréscimo de custo da operação portuária superior a 7 euros por tonelada de carga movimentada, tornando a operação no Porto de Setúbal bastante mais vantajosa. Ou seja, para fazer face ao aumento do movimento de contentores de hinterland nos próximos 20 anos na região Sul de Portugal, não é necessário qualquer investimento adicional, mesmo que se transfiram cargas dos terminais da margem norte de Lisboa. A capacidade atual do terminal de contentores do Porto de Setúbal já responde à procura prevista para os próximos 20 anos na região Lisboa / Setubal, de acordo com o histórico e os estudos de tráfego existentes e não menos importante, sem investimento. Augusto Felício referiu, ainda, que num País de fracos recursos, não esgotar em primeiro lugar a capaci-

dade já existente em Setúbal, «é assumir riscos desnecessários para os contribuintes, numa solução ainda mal configurada». A situação pode vir a criar um potencial novo “Elefante Branco”, para um projecto de 700 milhões, dragagens de primeiro estabelecimento entre 100 e 150 milhões de euros e dragagens de manutenção no novo terminal, que alguns estimam até 50 milhões de euros por ano, em face da imprevisibilidade do comportamento do leito do Tejo, na zona do terminal. Se assim for a Taxa de Uso do Porto cobrada aos navios não conseguirá cobrir esses custos, sendo portanto um risco para o Estado e contribuintes. De destacar que, atualmente, o Porto de Setúbal conta com aquele que é um dos maiores terminais de contentores do país, a trabalhar a cerca de 25% da capacidade neste segmento e a 50% nos segmentos de carga geral e granéis. O terminal movimenta atualmente 70.000 TEU por ano e tem investimentos feitos para uma capacidade de 250.000 TEU/ano e capacidade de expansão para chegar até um ou dois milhões de TEU/ano. Este terminal conta com a vantagem adicional de ter já ligações ferroviárias com ramais dedicados dentro dos principais terminais e com ligação direta à rede nacional, algo de verdadeiramente distintivo.

O SIM de Carmo Jardim recebe ‘benção’ da embaixadora de Moçambique

DR

A CAPACIDADE do Porto de Setúbal para contentores é suficiente para os próximos 20 anos e deverá ser esgotada primeiro, é a posição defendida pela Comunidade Portuária de Setúbal (CPS) e apresentada durante a conferência “Porto de Setúbal – A resposta imediata – Uma estratégia portuária coerente” que decorreu na manhã do dia 4 de dezembro, no Fórum Luísa Todi. A ideia de que Setúbal apresenta todas as condições para complementar a oferta existente e, assim, responder ao desafio do Governo de aumentar o movimento de contentores, em portos nacionais, de 2,2 milhões para 6,5 milhões, até 2020, sem qualquer investimento adicional, foi uma das ideias debatidas durante a sessão. O estudo apresentado pelo Prof. Doutor José Augusto Felício, presidente do Centro de Estudos de Gestão do ISEG, que versou sobre “A análise comparativa de serviços de contentores do Porto de Setúbal com o Porto de Lisboa”, revela que o transporte de carga para a margem norte do Tejo é mais rápido se for feito a partir de Setúbal, do que a partir da Trafaria ou do Barreiro, e que a distância entre Setúbal e Lisboa, por via ferroviária, é mais curta do que a distância entre Barreiro e Lisboa ou Trafaria e Lisboa. Outra das conclusões deste estudo revela que o custo das draga-

DR

A Capacidade do Porto de Setúbal para Contentores é suficiente para 20 anos

A embaixadora, com Carmo Jardim e restantes personalidades

A PRESIDENTE da direção da SIM – Solidariedade Internacional a Moçambique, Carmo Jardim - também responsável das Relações Institucionais da Autoeuropa -, recebeu a semana passada, no stand solidário de vendas de Natal instalado na Praça do Município, em Cascais, a embaixadora de Moçambique em Portugal, Fernanda Lichale. Durante a visita, que contou igualmente com a presença do presidente da Câmara de Cascais, Carlos Carreiras, a diplomata sublinhou a importância do trabalho daquela ONG para o processo de desenvolvimento do seu país e incentivou a SIM a prosseguir as suas iniciativas na província de Inham-

bane. «O SIM dá um bom exemplo do que é o trabalho de uma organização solidária numa das áreas mais importantes para nós, que é a infância e a juventude». Recorde-se que a SIM, que é reconhecida como organização não governamental para o desenvolvimento pelo governo português, tem por missão trabalhar junto de comunidades necessitadas, através de projetos concretos e sustentáveis dimensionados em função de recursos acessíveis e em parceria com atores locais. Segundo os seus promotores, pretende-se estimular a ação educativa, dinamizar a assistência sanitária e intervir ativamente na criação de uma consciência ambiental.



6

NATAL Bispo de Setúbal clama por mais apoios e defende planos de apoio de regresso ao trabalho dos desempregados

«Estranhamente estão a ser reduzidos os abonos de apoio às crianças» D. Gilberto Canavarro dos Reis afirma nesta entrevista que é urgente apressar planos e políticas que permitam o acesso ao trabalho. Não entende porque é que os apoios sociais estão a ser reduzidos e afirma que a dignidade humana está a ser atacada.

Como vê a atual situação da região em termos socais? Nesta região, marcada pelo desemprego e por pensões baixas, a austeridade torna a situação dos pobres mais difícil. Os que estavam mal não terão recebido cortes pois não havia por onde cortar, embora neste contexto, sofram mais. A estes vieram juntar-se os que foram lançados no desemprego e arrastados por isso muitas vezes para a pobreza ou os que foram atingidos por cortes que os colocaram no limiar da pobreza. Além disso, porque há gente a pedir mais vezes, o que se distribui, acaba por diminuir e também diminuíram alguns bens para partilhar. Confirma então que se entrou num ciclo vicioso de Pub.

pobreza… Não tenho informação de que haja um clima de melhorias e até estão a aparecer os desempregados cujo subsídio de desemprego vai acabando e que começam a receber o RSI. Mas nem essas medidas de apoio têm chegado… As ajudas sociais do governo são importantes, mas devem ser reforçadas pois são insuficientes. No entanto, estranhamente, estão a diminuir quer em relação ao abono para as crianças, quer a outros subsídios. Também diminuem por haver critérios mais apertados para a atribuição do RSI, que não pelo facto de haver menos pobreza. Uma coisa é ter critérios justos no RSI que impeçam desperdício de dinheiros públicos e que promovam a integração das pessoas e outra

DR

Raúl Tavares

D. Gilberto Canavarro dos Reis têm-se multiplicado ño apoio às suas paróquias

é estrangular esses critérios de tal modo que alguns pobres; e uma pobreza nunca anda só, o que aumenta as dificuldades, acabem por ficar mais marginalizados. Quais são neste momento as principais dificuldades, cujos ecos têm chegado às instituições ligadas à Diocese? As paróquias e a Caritas diocesana têm feito um trabalho notável que admiro muito,

como admiro o trabalho doutros grupos religiosos ou sem conotação religiosa. Encorajo-os a continuar e a fortalecer este serviço importante quer para minorar a dor alheia quer para educar as pessoas para a atenção ao próximo, a solidariedade, a partilha e o bem comum. Mas, o Estado não pode abandonar a este apoio as pessoas em situação ou no limiar da pobreza. Que comentário se lhe ofe-

rece fazer ao facto de ter havido uma redução significativa de apoios do RSI, quando os sinais de pobreza têm aumentado... Estas ajudas, repito, são importantes mas não dispensam o Estado de planos de assistência com qualidade. Também estes planos de assistência, embora importantes, terão de ser provisórios e de pouca duração: enquanto não se criam soluções integradoras. Por exemplo, uma cantina social subsidiada pelo Estado é importante mas tem de ser vista como resposta provisória, à espera de melhores condições. É urgente apressar planos e políticas que permitam o acesso ao trabalho que dá dignidade. A este propósito, cito o Papa Francisco na car-

ta ‘ A alegria do Evangelho’: “Não podemos contentar-nos em garantir a comida ou um digno ‘sustento’ para todos, mas ‘ prosperidade e civilização nos seus múltiplos aspetos. Isto engloba educação, acesso aos cuidados de saúde e especialmente trabalho, porque no trabalho livre, criativo, participativo e solidário o ser humano exprime e engrandece a dignidade da sua vida”. Em nome da dignidade humana e do bem comum, essenciais à política económica, é preciso que os governantes, os grupos políticos e as mais diversas instituições partindo da sua visão mas ultrapassando-a - busquem soluções dignas e capazes de libertar da pobreza e integrar plenamente os pobres. Uma cidade livre e civilizada não se pode resignar à pobreza estrutural que passa de geração em geração. Também não é digno nem justo o abandono de famílias e pessoas que, ontem viviam de forma sóbria mas digna e que dum momento para o outro tantas vezes sem qualquer culpa caíram na pobreza. É urgente que os políticos se apaixonem por esta causa e que, em diálogo confiante, paciente e sincero e sem perder tempo, encontrem as soluções adequadas. É urgente um plano bem pensado em que todos se comprometam e comprometam a sociedade para integrar os pobres e excluídos, para bem destes e da sociedade em geral.

Roda de mudanças em várias paróquias da Diocese Tal como ocorre em cada ano, o Bispo de Setúbal lançou um conjunto de mudanças em várias paróquias. «Estas mudanças do clero acontecem com regularidade todos os anos, normalmente em Junho e Julho e já foram oportunamente comunicadas no site e jornal da Diocese», explica Di. Gilberto Canavarro dos Reis. São mudanças que acontecem porque, diz o Prelado sadino, «a Diocese é um organismo vivo onde há que atender a um padre que falece, a outro que fica incapacitado pela idade ou doença, a outro que manifesta o desejo de mudar de serviço pastoral ou então à necessidade de apoiar um sector pastoral. São muitas as razões». E acrescenta: «Graças a Deus, tanto o clero como o povo têm acolhido bem estas mudanças. Felicito-os»


Pub.

Sábado • 20 dezembro 2014 • www.semmaisjornal.com

Mensagem de Natal É Natal. Alegremo-nos. Alegremo-nos porque Jesus, nascido de Maria, vem santificar as pessoas, a famílias e fazer da humanidade uma grande família de muitas famílias. Alegremo-nos pela família que nos gerou e educou para a liberdade e para o amor. Alegremo-nos pela Diocese de Setúbal, família da fé e para a fé, que prepara a celebração dos seus primeiros quarenta anos de vida Alegremo-nos porque o Menino do presépio ilumina os sínodos convocados pelo Papa Francisco para dar, à luz de Deus, respostas às situações difíceis de muitas famílias. Alegremo-nos pelos casais que vivem na alegria da fidelidade conjugal, da abertura à vida, da oração na família e na Eucaristia e na alegria de anunciar Jesus aos filhos e aos vizinhos. É Natal, Jesus está connosco. Alegres pelo Seu nascimento, encontremos tempo para O contemplar e para Lhe abrir o coração de par em par nos mil sinais do Natal. Alegres pelo Seu nascimento, levemos esperança aos casais vítimas do desemprego e da pobreza, aos casais com medo de acolher os filhos gerados, aos casais em que há pessoas com deficiência ou prisioneiras da droga ou da violência. Alegres pelo Seu nascimento, apoiemos os movimentos de espiritualidade conjugal e familiar, os casais que cultivam e anunciam o Evangelho da família e aqueles que se esforçam por criar leis favoráveis ao desenvolvimento harmónico das famílias. Então brilhará com intensidade a Luz do Natal em nós e na humanidade, mesmo no meio das maiores dificuldades da vida. Jesus nasceu, é Deus connosco, alegremo-nos. FELIZ e SANTO NATAL neste ano 2014 +Gilberto, Bispo de Setúbal

DESEJOS DE BOAS FESTAS Pub.


LIMPERSADO Mais de vinte anos ao serviço do meio ambiente

A empresa tem filial em Setúbal e está apta para as exigências de um setor cada vez mais exigente. Com larga experiência no mercado, carteira de certificações e pessoal especializado, a Limpersado é garantia de qualidade.

A

través de uma constante atualização dos seus equipamentos, da diversificação de serviços que compõem a sua gama de oferta, e da experiência dos seus técnicos e profissionais, a LIMPERSADO posiciona-se atualmente como uma empresa apta a corresponder às mais elevadas exigências do mercado, tanto profissional, como para

particulares. Trata-se de uma das empresas mais especializados do setor e o seu grau de exigência e competitividade garantem um elevado grau de satisfação do cliente. «Somos uma empresa com larga experiência no mercado, que procura constantemente ir ao encontro das necessidades dos seus clientes, procurando a inovação tecno-

lógica, no que se refere aos equipamentos com que trabalha, e apostando numa relação de proximidade e confiança com os seus clientes», explica Óscar Pereira, da administração da empresa. Com mais de 20 anos ao serviço do meio ambiente na área das Limpezas Industrias e Urbanas, a LIMPERSADO é uma empresa que desenvolve a sua

atividade de acordo com os mais elevados parâmetros de Qualidade, resultante do processo de certificação de Qualidade, Ambiente e Segurança. «São certificações que atestam a qualidade dos nossos serviços e a nossa política de fazer sempre mais e melhor, como provam a fidelização de um conjunto de empresas e particulares que connosco têm trabalhado», afir-

ma o responsável. Reforçando a sua presença no mercado, a LIMPERSADO possui a sua Sede em Lisboa e filiais em Setúbal e no Algarve, de modo a corresponder com maior eficácia às constantes solicitações, um pouco por todo o País. E o processo de internacionalização está neste momento a dar passos muito significativos.

Portflólio de serviços

A LIMPERSADO desenvolve a sua atividade nas seguintes áreas: ●

Limpeza e desassoreamento de coletores

Sucção e limpeza de fossas

Desentupimentos Domésticos – Serviço 24h

Inspeção vídeo de tubagens

Reabilitação pontual em coletores, sem abertura de vala

Aluguer de máquinas e terraplanagens

Limpeza de ETA’s, EE e ETAR’s

Construção civil

Limpeza de caixas separadoras de gordura

Limpezas Urbanas

Limpezas Industriais

Limpeza de separadores de hidrocarbonetos

Limpezas Domésticas


9

Sábado • 20 dezembro 2014 • www.semmaisjornal.com

NATAL A instituição canaliza géneros alimentícios para mais de duzentas instituições que operam na região

Banco Alimentar investe em instalações próprias António Luís

Matar a fome a 40 mil

O

O Banco Alimentar mata a fome a mais de 40 mil pessoas dos treze concelhos do distrito e do concelho de Odemira. A instituição possui dois armazéns, um localizado em Vila Amélia, no concelho de Palmela, que abrange os 9 concelhos da Península, e outro em Santo André, que presta apoio aos concelhos do Litoral Alentejano e que foi cedido pelo município. DR

Banco Contra a Fome da Península de Setúbal vai avançar para a construção de instalações próprias na zona da Brejoeira, em Brejos de Azeitão, no primeiro trimestre de 2015. O projeto, já aprovado, está orçado em cerca de 800 mil euros e será amortizado com a ajuda de várias empresas da região que estão a ser contatadas. Esta aposta do BA permite uma poupança de 3 mil euros em renda mensal das instalações e um melhor acondicionamento dos produtos alimentares. O BA canaliza géneros alimentícios para 160 instituições de solidariedade social, com acordo firmado, e a outras 60 sem acordo. E outras 60 estão em lista de espera há vários anos. «Só apoiamos pessoas dentro no nosso ‘per-capita’, que abrange um rendimento de 165 euros por pessoa e por mês. Não podemos dar alimentos a mais instituições porque não te-

António Alves, o líder do Banco Alimentar em Setúbal

mos mais alimentos», vinca António Alves, presidente do BA. As duas campanhas de recolha de alimentos nas grandes superfícies comerciais decorreram em Maio/Junho e Novembro/Dezembro, com a envolvência de cerca de

3 mil voluntários, voltaram a ser um sucesso. «Os portugueses e as empresas, que desempenham um papel em termos de responsabilidade social, continuam a ser muito generosos. Às vezes vão para além das suas possibilidades, por

causa de tanto peditório». Almada e Seixal, na zona norte, e Grândola e Sines, no sul, são os concelhos com famílias que mais pedem ajuda ao BA. «Temos constatado que existe muita pobreza envergonhada, sobretudo pessoas da classe média que per-

deram os empregos e agora têm de recorrer à nossa instituição», revela António Alves. António Alves mostra-se «muito satisfeito» com o seu trabalho no Banco Alimentar, sublinhando que tem à sua volta uma «equipa excecional», mas, confessa que gostaria de ver melhoradas as condições de vida dos portugueses, com a criação de «mais emprego» e a captação de «mais investimento», para que a instituição reduzisse o seu apoio em cerca de «15 por cento». O líder do Banco Alimentar não deixa de elogiar os parceiros sociais e as empresas que colaboram com a instituição. «São do melhor que há. Estão perto das pessoas. Felizmente, temos recebido muitos alimentos e estar a doar cerca de 90 toneladas de produtos por semana, sendo que este ano, no global, já demos mais de 4 milhões de toneladas», conta, acrescentando que, em comparação com 2013, representa um aumento de 400 mil toneladas.

DR

Liga dos Amigos do Hospital de S. Bernardo promove almoço natalício

Imagens da confraternização proporcionada no almoço de Natal da LAHSB

A LIGA dos Amigos do Hospital «é possível», em prol da pessoa doente, reconhecendo que este de São Bernardo, em Setúbal, ano houve «algumas dificuldapromoveu no passado dia 18, na Escola de Hotelaria e Turismo des» mas que, com o tempo, «vade Setúbal, o seu tradicional almos tentar equilibrar as coisas». moço de Natal, que contou com «Vivemos da boa vontade dos a presença de 57 convidados, ennossos 235 voluntários e dos 700 tre os quais associados, sócios. Cada um faz o 235 voluntários, melhor que sabe, de amigos e parceiros, no700 associados meadamente a presiforma gratuita, a cere apoio a 400 dente da Câmara de Seca de 400 doentes que doentes túbal, Dores Meira, a a estão em ambulatório diretora do Centro de e que necessitam de Emprego de Setúbal, Maria do ajuda técnica, além dos doentes Carmo Guia, e a presidente da com o cancro da mama», revelou o timoneiro da Liga, que Assembleia Municipal do Montijo, Maria Amélia Antunes. acrescentou que, todos os dias, Cândido Teixeira, presidente existe o serviço de café com leida Liga, afirmou que a instituite e o apoio interno a todos os serviços pelos nossos voluntáção, sem apoios oficiais nem subsídios, está a fazer o trabalho que rios, entre outras iniciativas, não

esquecendo o apoio ao reequipamento do Hospital, sendo de destacar, ultimamente, «os três cadeirões de repouso, com os devidos suportes, para o serviço de urgência da Obstetrícia, para as grávidas». Durante o almoço foram recolhidos fundos para a aquisição de um exaustor de gases, avaliado em cerca de 8 mil euros, para ser entregue ao serviço de gastroenterologia do Hospital de São Bernardo. Proporcionar melhores condições aos doentes e melhor capacidade de resposta ao Hospital são os objetivos da Liga ao oferecer os diversos tipos de equipamentos.

Pub.

BOAS FESTAS RESTAURANTE ● SETÚBAL ● PORTUGAL RUA GENERAL GOMES FREIRE, 138

  960 331 167

MARQUE O SEU JANTAR DE NATAL COM AMIGOS E DESFRUTE DAS NOSSAS EMENTAS ESPECIAIS

António Luís


10

Sábado • 20 dezembro 2014 • www.semmaisjornal.com

NATAL

A GRANDVISION ofereceu o espaço de tempos livres no valor de 10 500 euros ao Centro Paroquial da Nossa Senhora da Paz, pertencente à Cáritas Diocesana de Setúbal. A inauguração decorreu no dia 12, com a presença da presidente do município, Dores Meira, do presidente da Cáritas, Eugénio da Fonseca e do CEO da GrandVision Portugal, Rui Borges. A GrandVision Portugal possui um protocolo com a Cáritas, o qual este ano já possibilitou que cerca de uma centena de famílias portuguesas carenciadas tivessem acesso à oferta de óculos graduados completos, num valor total de cerca de 31 mil euros, a que agora acresce o valor deste parque infantil, perfazendo um total de 41 500 euros doados este ano para solidariedade prestada à Caritas Portuguesa. Eugénio da Fonseca disse às crianças que assistiram à cerimónia que «não fomos nós que pedimos,

DR

Cáritas de Setúbal ganha novo parque infantil

Cerimónia de inauguração do parque contou com a presença da criançada

foi a GrandVision que nos visitou e que tomou a iniciativa de renovar o parque antigo, que se estava a estragar. A Multiopticas Pita de Setúbal também tem sido muito generosa connosco, ajudando a cuidar da nossa vista e a melhorar a vossa atenção na escola». Rui Borges agradeceu «às entidades que se juntaram a esta inicia-

tiva e que permitiram que tudo fosse possível. À Artefacto, grande colaboradora na construção das nossas lojas, à Detalhes Favoritos, à Hoya, à nossa fornecedora de lentes, à família Pita, da Multiopticas Pita, personalidades de relevância em Setúbal, que nos dão o orgulho de fazer parte da nossa rede de franchising há 25 anos, e em especial à minha

secretária Ana Portugal, que me faz sempre lembrar destas parcerias que são tão importantes e que deixam as crianças mais felizes». Dores Meira referiu a importância da obra. «As instituições presentes neste lugar comum, como a GrandVision, deixam-nos perante um excelente exemplo de apoio ao futuro. Um ato simbólico para com uma instituição de grande relevância, a Cáritas de Setúbal, pelo qual a cidade e as suas crianças estão profundamente agradecidas».

Centro de acolhimento para mães adolescentes e mulheres violentadas avança Eugénio da Fonseca revelou que a Cáritas, depois do almoço de Natal para cerca de 50 Sem-Abrigo, que decorreu dia 16, na Escola de Hotelaria e Turismo de Setúbal, vai inaugurar, em meados de Janeiro, o Centro de Acolhimento para Mães Adolescentes e Mulheres Violentadas, nos arredores de Setúbal, num edifício cedido pelo município.

António Luís

As estrelas sorriram no Colégio de S. Filipe SOLIDARIEDADE. Foi este o mote da Festa de Natal de 2014 do Colégio S. Filipe, realizada na passada terça-feira no Cineteatro S. João em Palmela. Uma festa com cor, música, animação e convívio e cerca de meio milhar de pessoas. A sala mais emblemática do concelho de Palmela foi palco de uma festa única e mágica que transmitiu da forma mais singela os valores do amor, da amizade, da partilha, da solidariedade e da entreajuda. Princípios estes incutidos na filosofia do Colégio S. Filipe que se baseia, sobretudo, nos valores de natureza familiar. “Uma estrela a sorrir” foi o nome da peça apresentada pelos alunos, do pré-escolar ao 2º ciclo, que contou com a colaboração de professores e auxiliares da instituição. “Uma estrela a sorrir” é uma adaptação da história do principezinho, mundialmente conhecida, e que apela à importância da amizade. Uma peça representada pela família S. Filipe direccionada a todas as famílias. “Queremos que todos voltem a ser crianças e façam o favor de sorrir muito!”. Foram estas as palavras proferidas em palco por Susana Alves do Vale, responsável de imagem e comunicação. A peça “Uma estrela a sorrir” contou com a participação de todos os alunos, com excepção do 3º ciclo, e conjugou três vertes: a música, o teatro e a dança. Marisa Rodrigues, professora de expressão dramática e coordenadora do 1º ciclo, fala da história que encenou com todo o “prazer”. “Adaptámos esta história aos nossos meninos e aos conteúdos que estávamos a trabalhar nas áreas de expressão, na dança, na música. Juntámos estas três áreas e os três

Apoiar quem mais precisa Este ano já foram várias as iniciativas de cariz solidário que contaram com a participação desta instituição Na festa de natal do S. Filipe a solidariedade foi a palavra-chave. Todas as verbas angariadas vão reverter para apoiar associações e projectos de solidariedade social. «Durante todo o ano fazemos isto, mas no natal partilhamos os valores da solidariedade e da partilha de uma forma mais integra», diz Susana Alves do Vale, responsável de imagem e comunicação do Colégio. Os bilhetes para a entrada na festa foram vendidos a um euro e o dinheiro angariado irá reverter para apoiar o projecto “ Há ir e voltar” encabeçado por uma voluntária portuguesa, que visa a construção de uma escola no Kibera, Quénia. Para além da venda de bilhetes, à entrada do Cineteatro S. João os alunos chamaram a atenção para a causa “Um lápis por uma escola” (cada lápis vendido a 1 euro), da ONG °e Big Hand, que tem como principal objectivo a construção de escolas em Moçambique. ciclos de ensino e fomos transmitindo a importância e o valor da amizade através dos vários estilos de dança, do coro e da música, e da representação”. Para Marisa Rodrigues esta época deverá ser “o auge da partilha, da família, da amizade”, por isso, considera a docente, “achámos que seria importante transmitir uma mensagem diferente. Queremos sempre transmitir aos nossos alunos é que devem sempre partilhar uns com os outros, com os que conhecem e com os que não conhecem, mas que precisam de ajuda”. No campo musical, refere a professora Margarida Quítalo, foram interpretadas músicas compostas pelo compositor Português, Vítor Palma. “Fizemos uma adaptação e redução para piano e coro e, no final, uma música de natal da Mariah Carey cantada em português, com letra de uma amiga minha, a Ana Brás, e completada pelos alunos e professores do Colégio S. Filipe”. E a par da representação e da música, também a dança assumiu um pa-

pel de destaque na peça apresentada nesta festa de natal. “Tivemos o 1º ciclo que está a dar o Rock and Roll e o Twist. Depois de conhecerem um pouco do

conta dos familiares dos alunos presentes na festa de natal. Laura Figueiredo, mãe do Diogo, do 8º ano, disse ter adorado a festa e salientou que é importan-

S. Filipe sublinha ainda a importância em apoiar causas solidárias a ajudar o próximo, prática comum desenvolvida pela instituição, e aponta um exem-

que se vivia naquela época, os próprios alunos escolheram as músicas, grandes êxitos na altura, viram filmes e empenharam-se ao máximo”, contou a professora de dança, Sofia Costa. Os mais pequeninos, unicórnios, bonecos de neve e fadas, emocionaram todos os presentes ao interpretarem uma música do filme Frozen. Os alunos do 2ºciclo voltaram aos tempos mais antigos e reviveram os peculiares hippies. “Girámos à volta do Planeta Paz e Amor que tem a ver com os hippies. Como os alunos trabalharam os textos na expressão dramática e corporal e ficaram muito interessados em saber como eles viviam, então resolvemos trabalhar a parte musical e da dança”. Os jovens hippies interpretaram e dançaram “Califórnia Dreaming” e temas do musical Hair-Aquarius. No final da festa, a alegria tomava

te continuar a promover iniciativas desta natureza. “Adorei! Se nós perdermos essas ligações, as crianças depois crescem sem ter noção da tradição, do significado, dos reais valores sobre os quais nós fomos criados e onde tudo assenta. Acho que é uma mais-valia haver este contacto com a tradição”. Para José Augusto, Director Pedagógico da instituição, a celebração do Natal assume uma relevância extrema, e assenta em valores e princípios que fazem parte da filosofia do Colégio. “O Natal é uma das quadras em que esses valores mais se sobressaem, pelo envolvimento que as crianças nas festividades natalícias. Com esta festa o que nós pretendemos é que, para além do divertimento que o Natal possa trazer, importa chamar a atenção para a nossa responsabilidade social”. O Director Pedagógico do Colégio

plo: “As crianças têm a suficiente ingenuidade para abordarem estes temas com muita clareza. Em palco não esteve o 3º ciclo, mas os alunos estiveram na retaguarda a apoiar a realização da festa e, sobretudo, a angariar verbas para apoiar projectos solidários. Para além disso, todo o suporte logístico foi feito por esses meninos que entenderam que a sua colaboração, não sendo cénica, poderia abranger outro âmbito, e fizeram-no com muita nobreza e elevação”. O responsável do Colégio S. Filipe salientou ainda todo o envolvimento por parte dos familiares dos alunos. “Foi notável a participação e envolvimento dos pais. Estiveram presentes em força a apoiar os seus meninos e meninas e isso dá-nos a convicção de o Colégio S. Filipe está no bom caminho. O Colégio não é só um colégio, é a grande família S. Filipe”.


11

Sábado • 20 dezembro 2014 • www.semmaisjornal.com

PLANO ESTRATÉGICO PARA O TURISMO NA REGIÃO DE LISBOA 2015-2019

(Síntese)

1. O Conceito Principal. No horizonte de 2019.

2. Região de Lisboa. Um projeto turístico regional como fator de diversidade e de coesão.

O Plano Estratégico para o Turismo na Região de Lisboa define como missão para a Região de Lisboa “o aprofundar do relacionamento entre a cidade de Lisboa e a Região”, “reforçar a diversidade da oferta turística” e “valorizar os ativos existentes”. Um novo patamar de excelência para a Região de Lisboa é, como corolário desta estratégia, o principal objetivo no horizonte de 2019 e depende, igualmente, de maior diversidade e de maior complementaridade.

O desenvolvimento turístico da Região de Lisboa tem sido o resultado de estratégias diversas e até contrastantes. O resultado é a existência de diferenças e contrastes que vão muito para além da natural diferença de recursos e de ofertas entre os 18 municípios. E temos, ainda, como a situação dominante na Região, um enorme potencial ao nível dos recursos que tem tido uma evidente dificuldade em afirmar os seus conteúdos turísticos e a “ganhar” uma real existência no mer-

A ambição é fazer crescer a Região em simultâneo com o crescimento da cidade. A “chave” para este duplo crescimento é a complementaridade e a diversidade. A cidade de Lisboa promove a Região ao integrar as ofertas regionais nos produtos da cidade, diversificando o seu “perfil” turístico. A Região ganha “escala”, “dimensão” e “atratividade” ao integrar a cidade (e a sua notoriedade e atratividade) nas suas ofertas.

3. O Plano. Primeira Aproximação. O que é e o que vale, hoje, a Região de Lisboa. A Região de Lisboa tem crescido, desde 2009, a um ritmo assinalável: 6% ao ano. Crescimento baseado no turismo internacional e que permitiu quer o aumento da ocupação hoteleira quer um aumento da rentabilidade. Os turistas europeus continuam a predominar na Região, valendo 55% do total de visitantes. Destaques para os mercados francês, holandês e escandinavo. Destaque adicional para o mercado brasileiro que já e o segundo maior na Região. As principais motivações dos turistas que nos visitam são as curtas esta-

dias (city/short break) e o segmento de negócios (reuniões, conferências, congressos). A oferta, ou melhor, as ofertas da Região precisam de criar uma proposta de valor mais rica e mais diversa. O enoturismo, o turismo de natureza, o turismo náutico, o mergulho, o turismo equestre, o birdwatching, o surf podem ter um espaço e um papel mais importante nas ofertas da Região. O desafio que a Região enfrenta passa por aumentar a interação com os potenciais turistas e por aprofundar os conhecimentos sobre os mercados emissores.

A Região de Lisboa tem registado uma boa performance e apresenta potencial de crescimento em mercados / segmentos específicos Principais conclusões da análise realizada – Performance, mercados e segmentos

cado turístico. A existência de uma visão e de um conceito turístico para a Região de Lisboa é a resposta a esta realidade e a este problema. O Plano Estratégico para o Turismo na Região de Lisboa define, pela primeira vez, uma visão comum para a Região de Lisboa. E uma visão comum não é uma visão única. Uma visão comum é uma visão de partilha e de parceria, onde cada território participa com os seus recursos e as suas ofertas e ambiciona a ser parte de uma Região onde o turismo é e será um setor relevante.

O Turismo tem tido um contributo muito relevante para a Região de Lisboa, com um crescimento significativo desde 2009 – 6% / ano Principais conclusões da análise realizada ao Turismo da Região de Lisboa - síntese

A Região de Lisboa pode criar uma proposta de valor mais rica e reforçar o conhecimento dos principais mercados emissores Principais conclusões da análise realizada – Produtos e promoção


12

Sábado • 20 dezembro 2014 • www.semmaisjornal.com

PLANO ESTRATÉGICO PARA O TURISMO NA REGIÃO DE LISBOA 2015-2019 (SÍNTESE)

4. O Plano. Segunda Aproximação. Conceito estratégico. A Região terá de desenvolver um mosaico de experiências. Visitar a Região será percorrer a sua diversidade de ofertas e valores turísticos. Por isso o Plano propõe o conceito de centralidades que corresponde a territórios com identidade, coerência e relevância. A Região de Lisboa tem 5 centralidades. 3 resultam da realidade atual: Lisboa, Cascais e Sintra.

A visão integrada da Região inclui o desenvolvimento de centralidades e de experiências multi-centralidade Visão para a Região de Turismo de Lisboa – centralidades e experiências regionais

2 precisam de se afirmar baseadas em estratégias de desenvolvimento: Arrábida e Arco do Tejo. O Plano preconiza o desenvolvimento de experiências regionais que promovam o desenvolvimento de uma oferta que combine ativos de diferentes centralidades e que permita reforçar uma visão integrada da Região. Importa sublinhar que de entre os atuais visitantes da cidade de Lisboa 51% optam por visitar também a Região.

As centralidades têm um elemento agregador que garante a sua identidade, coerência e relevância Desenvolvimento de centralidades da Região

Adicionalmente, o conceito promove o desenvolvimento de expeCom a implementação do novo conceito pretende-se aumentar riências que ligam produtos chave existentes em várias centralidades o contributo do Turismo para a economia da Região Exemplos de experiências passíveis de desenvolver Objectivos estratégicos do novo conceito


13

Sábado • 20 dezembro 2014 • www.semmaisjornal.com

5. O Plano. Terceira Aproximação. As 5 centralidades. Arrábida e Arco do Tejo. Lisboa deverá ser a âncora da Região, sendo a marca internacional de referência e tendo uma oferta forte e muito desenvolvida. A centralidade Lisboa inclui Lisboa, Almada, Oeiras, Mafra, Amadora, Loures e Odivelas. Cascais terá um contributo para a Região baseado na sua marca internacional e no seu posicionamento como destino de qualidade. Sintra tem como referência maior a sua oferta cultural a que soma o seu prestígio como marca internacional. A Arrábida será uma referência na Região baseada no turismo de natureza, na enologia e na gastronomia. A centralidade Arrábida inclui Setúbal,

Sesimbra e Palmela. A Arrábida tem como base a natureza (Arrábida e Sado), os desportos náuticos, o sol e mar, a gastronomia e a forte oferta de enologia. A centralidade Arco do Tejo terá como referências o turismo de natureza e o turismo equestre. A oferta náutica (enfoque nas embarcações tradicionais e na náutica de recreio), a forte oferta equestre, o shopping (tendo como base o único outlet da Região) e o turismo de natureza (Estuário do Tejo) são as principais ofertas da centralidade. O Arco do Tejo inclui Alcochete, Barreiro, Moita, Montijo, Seixal e Vila Franca de Xira.

As distintas centralidades vão ter um contributo relevante para o desenvolvimento da Região em termos turísticos Centralidades da Região de Lisboa

O contributo da centralidade da Arrábida para a Região terá por base o turismo de natureza, a enologia e a gastronomia Centralidade da Arrábida – detalhe do conceito

O desenvolvimento da centralidade da Arrábida deverá passar pela oferta de turismo de natureza, enologia e gastronomia Desenvolvimento futuro da centralidade da Arrábida (contributo para Região)

O maior contributo para a Região da centralidade do Arco do Tejo passa pelo turismo de natureza e equestre Centralidade do Arco do Tejo – detalhe do conceito

O desenvolvimento da centralidade e contributo para a Região devem ser suportados no turismo náutico, de natureza e equestre Desenvolvimento futuro da centralidade do Arco do Tejo (contributo para Região)


14

Sábado • 20 dezembro 2014 • www.semmaisjornal.com

PLANO ESTRATÉGICO PARA O TURISMO NA REGIÃO DE LISBOA 2015-2019 (SÍNTESE) 6. O Plano. Quarta Aproximação. Plano de Marketing Estratégico. O Plano tem claros objetivos não apenas qualitativos como também quantitativos. O Plano tem a ambição de chegar a 2019 com 10 milhões de dormidas de estrangeiros, 800 milhões de euros de receitas globais na hotelaria e um grau maior de satisfação por parte dos turistas que nos visitam (42% a classificarem a Região acima de 8, numa escala de 0 a 10).

A Região quer aumentar o seu portfolio de produtos afirmando a sua diversidade. Teremos como mercados prioritários a Espanha, a Alemanha e o Brasil. Em termos de promoção a proposta de valor da Região traduz-se na apresentação da Região de Lisboa como um mosaico de experiências.

O Plano Estratégico aponta para o crescimento das receitas de turismo, com a concretização do produto alargado e enfoque da promoção Plano de Marketing Estratégico para a Região de Lisboa - síntese

7. O Plano. Quinta Aproximação. Implementação. O Plano Estratégico para o Turismo na Região de Lisboa será implementado através da execução de um conjunto de programas estratégicos. Consideram-se dois tipos de programas estratégicos: programas transversais à região e programas específicos para cada centralidade. O Plano Estratégico para o Turismo na Região de Lisboa 2015-2019 engloba assim 6 pro-

O principal objectivo é elevar a performance do Turismo a um novo patamar com a concretização da diversificação da oferta de produto

A abordagem promocional deverá ser adequada aos diferentes tipos de mercados emissores, com uma maior customização nos prioritários

gramas transversais e 5 programas das centralidades. Os 5 programas associados às cinco centralidades serão a base do desenvolvimento dos produtos ou recursos que definem o “conteúdo” turístico de cada centralidade. A execução dos 11 programas exigirá um forte investimento que prevê atingir 158 milhões de euros, tendo como limite temporal 2019.

A implementação do Plano Estratégico é assegurada através de Programas transversais à Região e específicos por centralidade Tipos de programas estratégicos

Definiram-se 6 programas estratégicos de caris transversal na Região e 5 para o desenvolvimento específico das centralidades Programas estratégicos para a implementação do Plano


15

Sábado • 20 dezembro 2014 • www.semmaisjornal.com

DESPORTO Equipa de Setúbal vence “Boccia Sénior” Uma equipa de seniores de Setúbal venceu o torneio final da competição “Sempre Jovens 2014 Boccia Sénior”ao conquistar seis vitórias em sete jogos. A iniciativa integra

o “Sempre Jovens”, programa iniciado em 2012, Ano Europeu do Envelhecimento Ativo e da Solidariedade entre Gerações, destinado a pessoas com mais de 65 anos.

Minitrampolins animam domingo no Barreiro A Associação Trampolins Fabriltramp leva a cabo, este domingo, a partir das 9 horas da manhã, no Pavilhão Luís de Carvalho, a 7ª Edição da Taça de Natal Fabriltramp, em

duplo minitrampolim. A prova, com entrada gratuita, conta com a presença de cerca de duas centenas de atletas, em representação de diversos clubes.

Corridas São Silvestre, este sábado, no Montijo e em Setúbal

DR

Corridas de final de ano ganham adeptos no distrito

C

om o aproximar do final do ano as corridas São Silvestre acontecem um pouco por todo o país, sendo que uma das mais antigas e emblemáticas é a São Silvestre da Amadora que vai já na 40ª edição e, ano após ano, consegue reunir alguns dos melhores atletas da especialidade. No distrito de Setúbal realizam-se atualmente duas destas provas. A São Silvestre do Sado que vai já na 17ª edição e a Corrida São Silvestre Cidade do Montijo que se realiza pela segunda vez. Ambas as provas decorrem este sá-

bado à noite e vão envolver centenas de atletas de vários escalões, amadores e federados. Em Setúbal a prova foi ganhando estatuto ao longo dos anos e, de corrida meramente amadora para cumprir calendário, tornou-se numa das provas de referência no panorama do desporto distrital e, este ano, deverá contar com a participação de perto de meio milhar de atletas incluindo alguns nomes bem conhecidos do atletismo nacional, como o benfiquista Ruben Pessoa, que ganhou a prova o ano passado. José da Luz, o atleta setubalen-

se que mais vezes venceu a prova, o sportinguista Hermano Ferreira, um dos melhores atletas da atualidade, e Isabel Maldonado, do GDR Quinta da Lomba, são outros nomes confirmados à partida para cumprir os cerca de nove quilómetros do percurso. Para atrair ainda mais participantes e, simultaneamente animar a noite que será fria – estão previstas temperaturas a rondar os cinco graus – a organização promove uma aula de zumba, uma hora antes do tiro de partida e, e uma caminhada com os mesmos

nove quilómetros. No final, e como já é tradicional na corrida que percorre as ruas das Praias do Sado, há uma ceia na sede da União Praiense, oferecida aos atletas, seguida da cerimónia de entrega de prémios. Na cidade do Montijo, a São Silvestre vai na segunda edição e já ultrapassou as quinhentas inscrições para a prova deste sábado. Para além do fator desportivo, a corrida, com partida e chegada na Praça da República, reveste-se também de carácter solidário e é aberta a toda a família ao incluir

a caminhada de cinco quilómetros no calendário. A organização conta ainda com uma mini São Silvestre com um percurso de um quilómetro. Com o objetivo de promover a prática desportiva e partilhar o espírito natalícia, a corrida do Montijo, organizada pela Escola de Atletismo Francisco Mariana com o apoio das autarquias locais, faz reverter parte do valor da inscrição para o lar de jovens “Abrir caminhos”. Marta David

Apuramento olímpico de Águas Abertas volta a Setúbal O RIO Sado, em Setúbal, frente ao Parque Urbano de Albarquel, volta a receber, em 2016, a prova de apuramento para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro na modalidade de águas abertas, tal como aconteceu em 2012 quan-

do o campeão olímpico, o tunisino Oussama Mellouli, e a vice-campeã, a húngara Eva Rizstov, conquistaram o passaporte para Londres. A decisão de voltar a atribuir a Setúbal uma das duas provas

de apuramento para os Jogos Olímpicos foi tomada pela Federação Internacional de Natação, no início de Dezembro, o que vai permitir que a capital do Sado volte a receber a elite mundial da natação em águas abertas. Para

além do apuramento em Setúbal, os atletas que queiram almejar uma participação nos Jogos a realizar no Brasil têm apenas o Campeonato do Mundo que se realiza já no próximo ano, na Rússia, e de onde sairão os dez pri-

meiros atletas masculinos e femininos. Antes da prova de apuramento olímpico, a capital de distrito volta a receber a “FINA 10 Km Marathon Swimming World Cup”, pela oitava vez, a 27 de Junho.


16

Sábado • 20 dezembro 2014 • www.semmaisjornal.com

NEGÓCIOS Grandes empresas querem tornar península de Setúbal numa zona industrial de excelência

Nova Aiset abre «nova era» e quer atrair novos investimentos É uma iniciativa inédita na região e conta com uma grande parte das grandes empresas instaladas na Península. Potenciar e afirmar condições e competitividade é o horizonte. Anabela Ventura

DR

A

s grandes empresas industriais da região de Setúbal afirmaram, segunda-feira passada, o arranque de «uma nova era» do setor na península, com a criação da Aiset (associação da Industria da Península de Setúbal), que pode representar um salto no associativismo regional neste cluster. A cerimónia da constituição, que decorreu na Biblioteca Municipal de Palmela, contou com a presença do ministro da Economia, Pires de Lima, uma demonstração de peso e importância para o futuro industrial na região. «A constituição desta associação é uma iniciativa de grande mérito e representa a união de esforços de algumas das melhores empresas instaladas no distrito de Setúbal», afirmou o membro do governo. Eleito presidente da Aiset pelo

Representantes das empresas industriais fundadoras da nova associação

grupo de fundadores (ver caixa), reflexão efetuada por algumas das António Melo de Pires, diretor-gemais representativas empresas seral da Autoeuropa, o gigante da deadas na Península, na base da construção automóvel, com sede qual foi identificada “a necessidaem Palmela, lembrou que «a pede de uma estrutura associativa nínsula de Setúbal oferece condique represente o tecido industrial ções únicas para o dee que seja capaz de foAproveitar e senvolvimento da ativimentar o aproveitamenfomentar dade económica», mas to das vantagens comvantagens petitivas que a região afiançou que para serem competitivas oferece”. aproveitadas há que criar As grandes emprecondições para que esta venha a ser «uma zona industrial sas industriais da região lembram de referência». E esse será o maior que as condições naturais da zona, objetivo da Aiset, afirmou. assim como o investimento que A nova associação nasce, setem sido realizado no que toca a gundo os seus promotores, de uma acessibilidades e no ensino supe-

rior, fizeram crescer «um potencial que urge explorar de forma mais afirmativa”. Para a Aiset, Portugal não pode desperdiçar as oportunidades de crescimento económico da península de Setúbal. Outro dos objetivos da associação será “promover e dinamizar a industria da península, de forma a “estimular” a densificação e capacitação do seu tecido industrial para a excelência, tornando-a atrativa para que os futuros investidores encontrem um ecossistema industrial preparado para as suas necessidades.

“Solar do Marquês” alia gastronomia à cultura O RESTAURANTE-marisqueira “Solar do Marquês”, localizado no Largo da Palmeira, em Setúbal, orgulha-se de servir pratos de qualidade à base de marisco e de peixe fresco oriundo da lota de Setúbal. É um espaço que marca pela diferença e onde não faltam os afamados vinhos da região. As caldeiradas, o arroz de marisco, o arroz de tamboril, o choco frito, as mistas de peixe e de carne, os salmonetes e outro peixe fresco da região são as principais especialidades da casa. As sobremesas caseiras, feitas pelo chefe, também são um dos pontos fortes do restaurante. O menu completo fica em 10 euros, com tudo incluído. Quem tomar dez refeições no restaurante, tem direito a uma refeição grátis. Para tal, basta pedir no balcão o cartão de cliente. E o ani-

versariante que trouxer dez pessoas para almoçar/jantar terá a sua refeição de borla. Fernando Cruz, o gerente do “Solar do Marquês” é um homem fortemente ligado ao mundo da hotelaria e possui, também, uma embarcação de pesca. E recorda com um brilhozinho nos olhos que durante o último “Marisco

no Largo”, que decorreu no Largo José Afonso, o “Solar do Marquês” foi um dos restaurantes que mais marisco vendeu ao público. «A nossa “Mariscada” foi um sucesso», sublinha, acrescentando que a partir de Março do próximo ano, o “Solar do Marquês” irá comercializar as apetitosas “Mariscadas”, um prato compos-

to por diversos tipos de marisco. «Este prato, com cerca de 12 tipos de marisco, dá para três pessoas», sublinha. “O Solar do Marquês” pretende ser, também, além de um espaço «diferente e de referência» na gastronomia, um local de tertúlia cultural. «Queremos que os artistas plásticos, poetas, atores, fadistas e cantores, assim como pessoas ligadas a rádio e aos jornais se possam encontrar aqui através de tardes e noites temáticas», refere Luís Filipe Estrela. Fernando Cruz, que também é o chefe de cozinha do “Solar do Marquês”, já geriu uma cafetaria em Setúbal e o restaurante “Celeiro”, em Palmela. Analine Coutinho é também gerente e o pescador Paulo Agostinho é o assador de serviço. Luís Filipe Estrela ocupa-se das Relações Públicas e serve à mesa.

Distrito reduz as insolvências com menos 33 casos que em 2013 OS DADOS oficiais das insolvências na península de Setúbal continuam muito longe de ser «otimistas», mas já revelam alguma evolução positiva da economia regional. Segundo o Centro de Estudo do IIC – Instituto Informador Comercial – o distrito registava esta semana uma queda de processos de insolvências em 2014 face ao ano passado, baixando um total de 33 casos. Isto é, enquanto em 2013 os números do centro de estudos mostravam que entre Janeiro e Dezembro 321 empresas tinham batido com a porta na região, dando sequência à curva ascendente desde 2009 – houve 275 insolvências em 2012 – este ano traduz um sinal de mudança, interrompendo esse crescimento, com um total de 288 empresas insolventes. As estatísticas disponibilizadas pela evolução diária do número de insolvências registadas em território nacional, com segmentação geográfica, por sector de atividade e respetivas comparações com período homólogo, indicam ainda que no distrito de Setúbal os sectores com maior número de insolvências encontram-se no comércio a retalho. Exceção feita aos veículos automóveis e motociclos. Segue-se a promoção imobiliária, o comércio por grosso e a restauração e similares. Confirmaram-se, assim, as expectativas para a região que tinham sido avançadas pelo Semmais em meados do ano, quando o distrito somava 209 insolvências, o que já representava menos 28 unidades do que em igual período de 2013, registando a região uma variação homóloga de menos 11,61%. O comércio a retalho, exceto de veículos automóveis e motociclos, é o sector com mais insolvências. Seguem-se a promoção imobiliária, o comércio por grosso e a restauração e similares. Segundo os economistas, o agravamento das dificuldades das empresas tem-se traduzido na formação de verdadeiros «ciclos viciosos», caracterizados pelo «atraso nos pagamentos a fornecedores, redução do fundo de maneio, incumprimento de obrigações e pressão crescente dos credores com execução de garantias reais.»


Sábado • 20 dezembro 2014 • www.semmaisjornal.com

Comemorações do Porto de Sines lembram ‘pai’ do Terminal XXI Hoje, Sines é o maior porto nacional em volume de carga movimentada, um dos quatro maiores da Península Ibérica, um dos vinte maiores da Europa e encontra-se já entre os cem maiores do mundo.

DR

A ADMINISTRAÇÃO do Porto de Sines e do Algarve (APS) aproveitou as comemorações do seu 37.º aniversário para homenagear o antigo presidente Eugénio Borralho, entre 1993 e 2002, um dos grandes impulsionadores do projeto Terminal XXI. Na ocasião, na cerimónia presidida pelo atual presidente daquela plataforma portuária e na presença do presidente da Câmara de Sines, Nuno Mascarenhas e de outros antigos presidentes da APS, foi descerrada a placa toponímica que atribui o nome de Eugénio Borralho à via portuária de acesso ao Terminal XXI. João Franco realçou a importância do desempenho do antigo presidente da APS, e o seu contributo para que hoje Sines tenha um grande Terminal de Contentores.

Descerramento da toponimia

Porto de Setúbal supera 7 milhões de toneladas O MÊS de novembro marcou um novo recorde no movimento portuário de Setúbal, ultrapassando os 7 milhões de tonelada, que constituía o recorde absoluto anual do porto, cifrando-se num aumento de 18,2%, comparado com igual período no ano transato, e mais 7% relativamente ao anterior recorde absoluto anual, alcançado em 2013. Com este desempenho, o ano de 2014, passa a constituir um marco na história do porto de Setúbal, demonstrando, segundo nota da Administração do Porto de Setúbal e Sesimbra, “a motivação e a preparação da Pub.

Comunidade Portuária de Setúbal e de todos os trabalhadores do porto para rentabilizar a grande capacidade instalada e continuar a cimentar o forte suporte às exportações e às empresas industriais da região”. Com estes valores, a plataforma de Setúbal foi a que mais cresceu no setor em todo o país, ao mesmo tempo que continuar a ser evidenciada a capacidade exportadora, nomeadamente no embarque de carga, traduzindo-se em mais de 5 milhões de toneladas saídas pelos terminais, correspondendo a 67% do total movimentado.

17 Pub.


18

Sábado • 20 dezembro 2014 • www.semmaisjornal.com

A festa de Natal deste ano suplantou todas as expetativas e quase ninguém faltou à chamada. A alegria contagiou.

O

O Natal no Campo de Flores é Solidário, Alegre e Colorido

Natal é para a Nação das Flores a celebração por excelência que une todos os alunos, direção, funcionários e famílias no sentimento renovado de que vale a pena continuar a educar. O musical “Crescer é a maior Aventura”, de grandes proporções, deleitou as famílias e demais amigos que encheram por completo o Complexo Municipal dos Desportos da Cidade de Almada. O Natal, para o Colégio, é a explosão das emoções felizes que irmanou mais de três milhares de pessoas na noite do último dia de aulas antes das férias natalícias.

É preciso ver para crer: o Natal no Campo de Flores é vivido com total intensidade e sinceridade. A festa de Natal é a ponta do iceberg de toda uma atividade muito intencional que faz sentir todos e cada um imprescindível e insubstituível. Todos trabalham com afinco, antecipando, a cada etapa, a alegria que explodirá na noite tão esperada. Os números são impressionantes: atores principais e figurantes somam mais de mil, cada um vestindo a rigor uma personagem da narrativa do musical levada à cena. É de realçar que as crianças dos três e quatro anos já tinham tido a sua festa de Natal com as respetivas famílias. Todos são voluntários, e os seis ensaios realizaram-se durante os intervalos da hora de almoço. A única vez que se sacrificaram os tempos letivos foi mesmo no último dia de aulas para o ensaio geral, mas isso já fez parte da festa. Os figurinos e a caracterização são dignos de qualquer espetáculo profissionalizado: sininhos (alunas dos 1º e 2º anos), crocodilos (alunos dos 1º e 2º anos), índios (alunos dos 3º e 4º anos), araras (alunos dos cinco anos), meninos perdidos (alunos do 5º ano), sombras do Peter Pan

(alunos do 6º ano), rockeiros (alunos do 7º ano), piratas (alunos dos 8º e 9º anos), dançarinos latinos (alunos do secundário), todos vestidos a rigor, todos maquilhados, todos exuberantes. No seu conjunto, o efeito conseguido é a festa da cor e da luz, dinamizada por uma banda sonora absolutamente contagiante. Tudo é movimento, mas todos sabem qual é o seu lugar, qual é o seu movimento e o espaço por onde vão evoluir. Ora, tudo isto dá muito trabalho em termos de conceção, criação e ensaio, o que só é possível, com estes números, porque primeiro está a vontade de todos e de cada um de participar e dar o seu melhor. A festa de Natal é então este magnífico fogo de artifício coreografado de emoções? O que torna o Colégio Campo de Flores um projeto educativo ímpar e decididamente apostado em servir as famílias que acreditam nele é que nada é feito que não tenha uma forte e verdadeira mensagem. A festa de Natal do Campo de Flores, como, aliás, tudo o resto que é feito nesta Escola, é a expressão corajosa, honesta e visionária de um ideal que começou há quase meio século e que aponta com determinação para o futuro. A atual direção do Colégio con-

duz, através do Universo Global do século XXI, o facho da luz e fogo da metáfora Campo de Flores do poeta João de Deus. A questão é enorme e pertinente: como educar no e para o terceiro milénio? É esta a alegoria do Peter Pan, com as suas desventuras e novas aventuras, que nos enternecem, mas que nos obrigam a pensar. Pensar não é fácil assim como, de certeza, crescer não é fácil! “Crescer é a maior aventura”: é este o espetáculo que todos presenciámos. A personagem principal Peter Pan vai dialogando e interagindo com as restantes personagens do conto, numa adaptação dramatúrgica criativa e bastante livre que tem o condão de atualizar a fantasia, pondo-a nos nossos dias, mas, acima de tudo, trazendo-a para a realidade vivida pelos nossos jovens a cada dia. Peter Pan surge, nesta versão, inquieto, insatisfeito, sarcástico para com os outros e crítico em relação a si próprio. Sininho, o Chefe Índio, o Menino Perdido, o Manuel do Ó, a Wendy, a Sombra do Peter Pan, o Pirata vão surgindo em cena para confrontar e animar o nosso Peter Pan que, afinal, está farto de ser apenas uma criança e que, definitivamente, quer crescer. É engraçado reparar que o Pirata


19

Sábado • 20 dezembro 2014 • www.semmaisjornal.com

já não é o Capitão Hook, o tal do terrível gancho, mas sim o famoso Jack Sparrow. Esta ironia cinematográfica não é ingénua, pois é o sinal dos tempos: os piratas, agora, podem ser até belas mulheres como a Penélope Cruz. Enfim, nada é como dantes, e cada jovem tem pela frente um mundo em constante mudança. O que tivemos pela frente, no meio de tanta dança, movimento, música, cor e luz, foi um Peter Pan, metáfora de cada um dos nossos jovens, que desabafa sobre o sentido ou não sentido da sua existência, rezingão, a desabafar mágoas sentidas, mas que acaba a “filosofar”. É de realçar a excelente qualidade deste trabalho de adaptação do texto, bem como o acerto da encenação e das vozes. Tudo para, no fim, o nosso querido Peter Pan decidir, finalmente, crescer. Peter Pan, entusiasmado com este objetivo, exclama: “será que desta vez vou viver um Natal diferente? E vou finalmente crescer?”. No final, caem confetis prateados, qual pó mágico que nos faz ser outra vez crianças, na esperança de que cada um de nós possa crescer mais uma vez. A cena final, com todos a dançar na arena do Complexo Desportivo de Almada, foi a apoteose total, à qual se seguiu a inevitável “invasão de campo”. Perdoa-se, porque é Natal! … Como saldo final, ficou a verba de três mil duzentos e cinquenta euros para o Centro Juvenil Padre Amador Pinto, resultado da coleta de um euro

por pessoa (dado voluntariamente). Acresce que uma jovem aluna do campo de Flores (não se vai dizer nomes) ofereceu para esta ação solidária a totalidade de um prémio, no valor de duzentos euros, que tinha ganho num concurso artístico. A festa terminou com as palavras do Diretor do Colégio, o Doutor João Rafael de Almeida, que agradeceu a presença de tanta gente e, em particular, a disponibilidade e o trabalho de todos os que colaboraram na edificação de mais uma edição da Festa de Natal do Colégio Campo de Flores.



21

Sábado • 20 dezembro 2014 • www.semmaisjornal.com

INICIATIVAS DE NATAL

Espírito de Natal aquece o corpo e o espírito da população Setúbal O Coral Luísa Todi, dirigido por Gisela Sequeira, realiza, este sábado, o tradicional concerto de Natal, pelas 21h30, na Igreja de S. Sebastião. São interpretados temas natalícios de autores e do cancioneiro português. Ao piano o Coral será acompanhado por Raquel Pires. O tenor Marcos Santos participa no concerto. Também este sábado, às 17 horas, na igreja de S. Lourenço, atua o Coro Gospel de Azeitão, no âmbito do programa Espírito de Natal em Azeitão. Às 21h30, no Forum Luísa Todi, realiza-se o concerto de Natal da Juventude, com a Orquestra Académica Metropolitana. No domingo, José Cid canta no Forum Luísa Todi, às 21h30, para apresentar um espetáculo intimista que conta com a participação do fadista João Ferreira Rosa. Até dia 24, na Praça de Bocage continua a decorrer a feira de Natal, com venda de artesanato e animação cultural.

Almada A Orquestra de Câmara Portuguesa realiza o concerto de Natal no Teatro Joaquim Benite, este sábado, às 21h30, intitulado “Espírito Haydn – o Mundo na Palma da Mão”, sob a direcção do maestro Pedro Carneiro. Este sábado, na tenda da rádio Super FM, montada na Praça S. João Baptista, os UHF apresentam o seu mais recente trabalho discográfico, o duplo CD “Duas Noites em Dezembro”. O município promove, a partir da próxima semana, Férias de Natal para crianças e jovens ocuparem os seus tempos livres na Casa da Cerca – Centro de Arte Contemporânea, no Museu da Cidade, no Museu Medieval e no Centro Cultural Juvenil de Santo Amaro – Casa Municipal da Juventude, bem como férias de Natal. Nas bibliotecas municipais há espírito natalício, com leituras subordinadas à época natalícia, assim como “horas do conto” e oficinas.

Sesimbra Até 4 de janeiro, em Quinta do Conde, a população pode divertir-se na pista de gelo artificial, um equipamento ecológico coberto, com 150 metros quadrados. Por 2,5 euros, será possível alugar um par de patins e deslizar durante um período de 20 minutos. Este domingo, às 16 horas, tem lugar na Igreja de N.ª Sr.ª da Esperança, em Quinta do Conde, um concerto de natal com os grupos A Voz do Alentejo, coral da Igreja de N.ª Sr.ª da Esperança, Grupo de Cavaquinhos da Associação Musical e Cultural do Conde e Grupo Coral Arco-Íris.

Montijo A 2.ª edição do Presépio Vivo tem lugar a 20 e 21, na Praça da República. A iniciativa é do Agrupamento 72 do Montijo – CNE. O evento promete recriar um ambiente semelhante ao vivido na época do nascimento de Jesus. A Orquestra Sinfónica do Conservatório Regional de Artes do Montijo oferece Música na Praça, este sábado, a partir das 16 horas. No domingo, às 16 ho-

ras, na igreja do Divino Espírito Santo, atua o Coro Polifónico da Sociedade 1.º de Dezembro. E às 17 horas, a igreja de N.ª Srª. da Oliveira de Canha recebe o grupo Animae Vox, que oferece concerto de música quinhentista. Ainda no sábado, o Grupo Coral do Montijo e a banda de Caneças dão um concerto, às 21h30, no Teatro Joaquim D´Almeida. Na Galeria está a exposição “Arte do Presépio”, até 6 de janeiro. A mostra é o resultado do trabalho dos alunos do pré-escolar e 1.º ciclo de várias escolas.

o programa “Vivam as Férias de Natal” reúne atividades desportivas, cinema, workshops, ateliês e uma visita à Vila Natal em Óbidos. Na rotunda central da vila está montada a árvore natal de 10 metros feita com lâmpadas de baixo consumo; no Largo Catarina Eufémia está patente uma exposição de Pinheiros de Natal. Também o edifício dos paços do concelho, o emblemático coreto e o principal jardim da vila foram iluminados para celebrar a quadra natalícia.

Palmela

O Fórum Cultural promove Oficinas Criativas, para crianças dos 6 aos 10 anos, nos dias 22, 23, 29 e 30 de Dezembro, das 9h30 às 12 horas. Trata-se de uma iniciativa pedagógica do município que pretende desenvolver a tendência natural das crianças para o jogo, a criatividade e o trabalho em grupo.

A Igreja Paroquial de S. Pedro acolhe o concerto de Natal da Sociedade Filarmónica Palmelense “Loureiros”, este domingo, às 17 horas, com a participação da Orquestra de Câmara e do Grupo Coral da S.F.P. Loureiros, sob a direção de António Campos e Filipa Palhares. À semelhança de anos anteriores, decorre no comércio tradicional mais uma campanha “Torne este Natal Especial, compre no Comércio Local”. Através desta iniciativa, os consumidores podem conhecer a oferta das lojas locais e aproveitar promoções especialmente pensadas para a época.

Alcochete

Sines O Centro de Artes de Sines recebe, este domingo, às 16h30 e às 21h30, dois concertos do Coral Atlântico. Designado “Concerto 10”, é o início do ciclo festivo dos 10 anos de Coral Atlântico, que se comemoram em 2015.

Alcácer do Sal

Moita

A Sociedade Filarmónica Progresso Matos Galamba promove, este sábado, o seu concerto de Natal, às 16 horas, no Teatro Pedro Nunes. Também este sábado, a Sociedade 1.º de Janeiro Torranense realiza a sua festa de Natal na sede da coletividade, às 21 horas. Atuam a banda da casa, o Grupo Coral Feminino Cantares do Xarrama, a turma de expressão e movimento da Universidade Sénior do Torrão, entre outros. Já a Sociedade Filarmónica Amizade Visconde de Alcácer leva este domingo a efeito o concerto de Natal, às 17 horas, no auditório da cidade.

A habitual feira de artesanato “Artes e Talentos”, que tem animado o mercado municipal, entre as 9 e as 13 horas deste sábado, vai apresentar uma mostra de artesanato natalício que tem nas bancas presentes originais. No posto de turismo municipal pode encontrar, até 8 de janeiro, várias peças de artesanato, desde utensílios de cozinha, até bijuteria, passando por pequenos e originais presépios, doces, compotas e licores, tudo feito por formandos da CERCIMB.

Seixal A Aldeia Natal promete muita animação a 20 e 21 na sede dos Bombeiros Mistos. Reúne artesanato, doçaria, uma feira do fumeiro, animação diversa e vários ateliês. No dia 20 há ainda a 3.ª Caminhada de Pais Natal da Zentidos, que reúne centenas de participantes. O já habitual Natal do Hospital no Seixal, este sábado, às 15 horas, também se junta a esta iniciativa e este ano conta com a atuação de Toy, António Manuel Ribeiro, Tocá Rufar, David Ventura e Diamantina Rodrigues, entre muitos outros.

Grândola Uma feira de Natal solidária e um presépio vivo, um desfile do Pai Natal, Mãe Natal e Duendes, um passeio do Pai Natal em bicicleta e concertos de Natal pelas freguesias são algumas das atividades programadas para assinalar o “Natal em Grândola”. O tradicional Mercadinho de Natal funciona pela primeira vez na loja de artesanato do município, no espaço exterior do Continente e também aos sábados no jardim 1.º de maio. Dirigido às crianças do concelho

Santiago do Cacém Hoje, até às 20 horas, é o último dia para fazer as suas compras de Natal na feira de Natal montada no mercado municipal de Santiago do Cacém. Um Passeio Solidário de Pais Natal Motard tem lugar este domingo, a favor dos meninos da Cercisiago. Às 9h30 passam por S. André, às 10 horas estão no Jardim de S. Cacém, seguindo-se a Cercisiago de Santiago e de Sines.

Barreiro Até dia 23 há animação nas ruas do concelho com o Pai Natal. Este sábado, das 10 às 13 horas, a criançada pode tirar fotos com o Pai natal, no mercado municipal 1.º de Maio e apreciar as árvores de Natal ecológicas. No auditório Augusto Cabrita, este sábado, às 16 horas, decorre um ateliê de Natal para pais e filhos com a ilustradora Danuta Wojciechowska. Mas também há “Hora do Conto” e um mercado de Natal. O Sporting Clube Lavradiense acolhe, este domingo, às 17 horas, o concerto de Natal do Coro dos Trabalhadores das Autarquias do Barreiro, Coro BVoice, Orquestra dos violinos, Geração Mágica e MiniTAB. Este sábado, às 19 horas, realiza-se o 10.º Noturno BTT “São Silvestre”, no Parque da Cidade, seguido da “Mega Aula de Pais Natais”.

DICIONÁRIO ÍNTIMO Maria Teresa Meireles

Umbigo

U

mbigo, do latim «umbilicus», cicatriz de forma arredondada resultante do corte do cordão umbilical: um exclusivo dos mamíferos. Umbigo: troca, permuta, transferência. Através desse longo cordão são garantidos os nutrientes e a oxigenação permitindo a comunicação entre feto e placenta. Células estaminais: existentes no cordão umbilical e capazes de se transformarem noutras células do corpo. O adagiário português propõe: «Qual é, qual é / o marco do meio mundo / que tanta distância tem / de si para o alto / como de si para o mundo?» a resposta é «o umbigo» e a ideia que fica é a de um ponto médio, intermédio, medida, medição. «Quando a água chega ao umbigo é que se aprende a nadar» - ensina o adagiário popular. Tradicionalmente, e em várias culturas, existe o hábito de enterrar o cordão umbilical, geminando assim criança e árvore - proteger o ser humano através do vegetal? Simbioses. Umbigo. O «omphalos» de Delfos – centro do mundo, centro da terra para os Gregos – pedra branca, hierofania. «Axis mundi», eixo, núcleo. Para Claude Levi-Strauss, «omphalos» e «axis mundi» foram conceitos importantes para a Antropologia – pilar do mundo, símbolo que atravessa as várias culturas, povos, tempos e lugares. Centro criador de correspondências, ponto inicial e crucial. Joseph Campbell e Mircea Eliade revisitaram e ampliaram estas noções. O umbigo do mundo: Eurocentrismo. «Só ver o seu próprio umbigo»: egocentrismo, egoísmo. O umbigo é ambíguo, ubíquo, oblíquo. Relações «umbilicais» – ascendências, descendências e outras dependências. Adão e Eva não o tinham – o umbigo une e relembra a geração anterior, a gestação, a gestão da nossa própria humanidade - o casal primordial não tem ascendência humana. Proximidades, intimidades, ligações perigosas. O umbigo recupera imaginários de fusão, ambientes uterinos e líquidos. Dessa experiência nos fica a procura de um outro corpo onde nos afundarmos e fun-

dirmos. Umbigo: a sua forma espiralada aponta para o interior, indicia aprofundamento. Em criança, acreditava que era pelo umbigo que as crianças nasciam: que este rodava, «desenroscava» deixando assim nascer a criança. A palavra «umbigo» era, para mim, hilariante, espécie de escatologia do som ou de um sentido escondido e entrevisto. Uma outra recordação de infância era o umbigo das bonecas – o cuidado que havia em imitarem o humano a ponto de lhe simularem ascendência. E outra ainda: o umbigo da maçã ou da laranja da Baía («laranjas de umbigo»). Paulo Guinote e «A Educação do meu Umbigo»; «Umbigo Magazine»; «O Umbigo de Deus», de Sofia Amaro. Umbigo e erotismo - piercing, tatuagem, o umbigo como suporte de moda e parte de um todo: a barriga lisa, dourada pelo sol. Calça ou saia descida, t-shirt subida, umbigo como um olho a ver quem passa – monóculo. Carlos Drummond de Andrade escreveu, «Em Louvor da Miniblusa»: «Hoje vai a antiga musa / celebrar a nova blusa / que de Norte a Sul se usa / como graça de Verão. / Graça que mostra o que esconde/ a blusa comum (…) Já nem sei mais o que digo / ao divisar certo umbigo: penso em flor, cereja, figo, / penso em deixar de pensar (…) – o umbigo lembra «flor, cereja, figo»: o umbigo é da ordem do reino vegetal? Pedúnculo. Jorge Amado, outro brasileiro, em «Jubiábá»: «(…) os pés batiam no chão, os umbigos batiam nos umbigos (…) estavam todos embriagados, uns de cachaça, outros de música» - a junção dos centros indicia o êxtase corporal e musical. Somos feitos (e fetos) de umbigos, emoções, afectos e desafectos à medida que vamos criando e/ou cortando cordões e relações. O umbigo é a marca de um corte, de uma germinação, de uma geminação; remete para o momento em que iniciámos a nossa vida como indivíduos, como «um» e de como esse corte nos lançou no mundo disperso, no uni-verso - «um-bigo», «umbígamo»?


22

Sábado • 20 dezembro 2014 • www.semmaisjornal.com

PASSAGEM DE ANO

Passagens de ano na região com gastronomia, música e fogo-de-artifício Ainda só cheira a Natal, mas já se prepara a passagem de ano com todo o gás. Muitos programas e para todos os gostos estão na forja e, mais uma vez, o fogo de artifício vai rebentar entre Tróia e Setúbal, num espetáculo de luz e cor.

PROMOVIDA pelo município, a zona ribeirinha de Cacilhas foi o local escolhido para a festa da passagem de ano para 2015 em Almada. Tendo como cenário a fragata D. Fernando II e Glória e o rio Tejo, a partir das 23 horas do último dia do ano, sobem ao palco os eletrizantes Melech Mechaya. A banda de Almada e de Lisboa é considerada uma dos mais excitantes e eletrizantes do momento, muito por culpa do seu ritmo alucinante e uma sonoridade inspirada nas músicas portuguesa, balcânica e árabe. À meia-noite, as boas-vindas ao novo ano são dadas com um espetáculo de fogo-de-artifício nas margens do Tejo, com acesso livre. Em Setúbal, o programa “Azul” tem epi-

centro na frente ribeirinha, na zona da Doca dos Pescadores, com atividade a partir das 22h30, com animação musical garantida pelo grupo Daniela4teto. Depois do fogo-de-artifício sobre o plano de água do Rio Sado em simultâneo com Troia, à meia-noite, as primeiras horas da noite são animadas pelo DJ Monchique. As «e Angels, vindas de Montecarlo, animam o reveillon do Tróia Design Hotel. 4 vozes, 4 talentos, 4 culturas musicais, as «e Angles criam uma atmosfera única com todo o seu magnetismo e energia. Três mulheres e um homem de quatro destinos (Africa de Sul, Europa, Maurícias e América do Sul) trazem a sua influência cultural para completar um es-

tilo único de música e dança. O jantar de gala, espetáculo e ceia é seguido de festa com DJ, bar aberto e música para dançar até às 5 horas da manhã. O Tróia Design Hotel mantem assim a tradição de «uma das melhores» passagens de ano do País. E porque os mais pequenos não foram esquecidos, será preparada, também, a habitual Festa de Gala Koala Club, para crianças dos 3 aos 12 anos, que decorre entre as 20 horas e as 4 horas. A festa inclui jantar, num espaço privado acompanhado por animadores profissionais e uma equipa de segurança. Sesimbra dá as boas vindas a 2015 com animação musical a cargo da Banda Cuba-

na Unión Salsera, na Fortaleza de Santiago, entre as 22 e as 2 horas. À meia-noite há fogo-de-artifício intitulado “O Mar”, a partir do poema sinfónico Scheherazade, de Rimsky-Korsakov, com temas de Rimsky-korsakov, Fauré, Tchaikovsky e Rossini, na Baía de Sesimbra. Em Palmela, os “Loureiros” realizam a festa de réveillon, com Jantar de Gala e animação musical com a Banda Morango Tango. A festa inicia-se às 20h30 para desfile do Menu de Réveillon, que será composto por cocktails de aperitivos, saladas diversas, entradas, aveludado de cenoura, cubos de carne à Portuguesa com amêijoas da costa, caldo verde, Bolo-Rei, vinhos da região, doces, frutas, entre outras iguarias.

Ermelinda Freitas Moscatel de Coleção privada sempre com vinhos Setúbal 96 da da JMF ideal para de excelência Sivipa aquece Natal refeições festivas

ACP lança espumante Moscatel meio seco

VCL sugere tinto reserva para pratos da época

A Casa Ermelinda Freitas, orgulhosa com o negócio da empresa e com a grande procura dos seus vinhos, não tem dúvida de que os seus vinhos premiados irão estar presentes na mesa dos portugueses. Leonor Freitas, a gerente, revela que este ano a adega arrecadou mais de 100 medalhas, o que, no global, totaliza mais de 500 medalhas. O produto mais medalhado este ano é o D. Ermelinda Reserva, um vinho com uma «boa relação qualidade/preço» e ideal para estar na mesa da Consoada e na passagem de ano, assim como o Leo D´Honor, que foi con-siderado o melhor vi-nho da região pela re-vista Vinhos. 2014 apresenta balanço «positivo» para a empresa, referindo Leonor Freitas que foi ano de «muito trabalho» e de uma «grande eficiência dos nossos colaboradores».

A Adega Cooperativa de Palmela está a lançar o seu Espumante Moscatel Meio Seco. Trata-se de um produto muito refrescante para a quadra natalícia e de Ano Novo. A Casa-Mãe, em Palmela, é palco da apresentação e degustação deste novo produto, este sábado, às 15 horas. A ACP, com mais de 20 medalhas conquistadas em 2014, continua apostar na comercialização dos vinhos a nível internacional, sendo que o produto mais medalhado este ano foi o Vale dos Barris Branco. Com vinhos com um bom preço/qualidade, a ACP faz um balanço «positivo» do ano vinícola que está prestes a terminar, sublinhando Luís Silva, o enólogo que a primeira aventura em terras da China, Brasil e Angola saldou-se como «um sucesso» e que em próximos anos continue a «os seus frutos».

Para este Natal, a Venâncio da Costa Lima, de Quinta do Anjo, sugere o Tinto Reserva para os pratos típicos desta época e, para queijos e sobremesas, o «incontornável» Moscatel de Setúbal. A empresa, segundo Joana Vida, está a «ultimar pormenores da grande transformação que sofreu nos últimos anos», acrescentando que «foi renovada toda a adega para melhorarmos a tecnologia, produzirmos vinhos ao gosto do consumidor e sermos mais competitivos». No início de 2015, a VCL aposta na abertura de «renovada» loja de vinhos, com um espaço «acolhedor que o cliente pode visitar e escolher de entre toda a nossa gama de vinhos afamados». Vai também iniciar um projeto de Enoturismo, onde se poderá visitar a adega e provar vinhos ou fazer eventos.

A novidade de 2014 é o Moscatel de Setúbal 1996, que constitui «ótima prenda de Natal». Com mais de 30 medalhas ganhas em concursos mundiais, o Ameias Syrah 2013, foi o néctar mais medalhado, tendo conquistado ouro a nível internacional, e foi o Melhor Vinho Tinto da Península, no concurso da CVRPS. O balanço de 2014 é «positivo», revela o enólogo Filipe Cardoso, que acrescenta que as vendas «cresceram, tanto internamente, como em exportação, com destaque para as nossas gamas altas, o que prova a grande aposta na melhoria dos nossos produtos e o reconhecimento, por parte do consumidor final, da marca Sivipa como marca de grande qualidade». Para 2015 perspetiva-se «novo crescimento interno e afirmação internacional, fruto dos investimentos».

A José Maria da Fonseca, para este Natal, destaca os Moscatéis da Coleção Privada, Domingos Soares Franco Moscatel de Setúbal 2004 e Moscatel Roxo 2005, que são «ótimas soluções para ofertas ou para complementar as refeições do Natal e Ano Novo», sublinha Sofia Franco. A empresa conquistou este ano várias medalhas nacionais e internacionais, sendo de destacar o José de Sousa 2011, distinguido pela revista norte-americana “Wine Entusiast”, como o terceiro melhor vinho do ano a nível internacional. Além do José de Sousa 2011, também o Moscatel Roxo 20 Anos foi considerado o melhor Moscatel e o melhor vinho do ano pela CVRPS em 2014. A JMF vai reforçar a distribuição dos seus vinhos a nível nacional em 2015, através de distribuidora própria.


Pub.



Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.