semmais
SÁBADO 20 DE OUTUBRO DE 2018 Diretor Raul Tavares Semanário - Edição 1011 - 9ª série Região de Setúbal Distribuído com o Expresso
NEM TODOS OS SEM-ABRIGO DA REGIÃO QUEREM TETO
Eugénio Fonseca alerta para a necessidade de uma «abordagem sistémica» no combate ao número dos sem-abrigo na região, que já se aproxima das três centenas. Trata-se de um problema de extrema complexidade que urge resolver, apela o presidente da Cáritas Portuguesa. P3 ATUALIDADE
ATUALIDADE
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CIRCULAR NA ÁREA METROPOLITANA DE LISBOA VAI CUSTAR 40 EUROS
CASA CHEIA NO PRIMEIRO ESPETÁCULO DO SEIXAL JAZZ 2018
DADOS INÉDITOS COLOCAM “SARILHOS GRANDES NA EXPANSÃO PORTUGUESA”
A partir de abril de 2019, vai ser possível viajar em toda a rede de transportes públicos – rodoviário, fluvial, ferroviário e metropolitano - dos 18 municípios da Área Metropolitana de Lisboa, com um passe que terá um valor único de 40 euros. Para o efeito a AML decidiu criar uma empresa própria chamada Carris Metropolitana. P4
Foram centenas as pessoas que acorreram ao auditório municipal do Fórum Cultural para o acorde inicial da 19.ª edição do Festival Internacional de Jazz do Seixal. Joaquim Santos, presidente da Câmara, falou ao semmais sobre a substituição das autarquias ao poder central na promoção da cultura. P5
Conferência “Sarilhos Grandes na Expansão Portuguesa” apresenta resultados inéditos da escavação arqueológica na necrópole de Sarilhos que mostram a ligação da região aos Descobrimentos Portugueses. A arqueóloga Paula Pereira, líder da equipa de investigadores, levanta o véu das revelações que vão ser feitas dia 27, no Montijo. P8
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OPINIÃO
EDITORIAL
Depois de um furacão...Vem o Centeno
RAUL TAVARES DIRETOR
A responsabilidade da indústria na região Nas décadas de 80 e 90 alguns dos estudos sobre a região de Setúbal faziam ecoar um certo anátema sobre o alegado excessivo pendor industrial do distrito. E faziam apostar quase tudo no setor terciário, o dos Serviços. Um dos argumentos mais esmagadores tinha a ver com o eclipsar do modelo industrial que vigorou até 1974, com o definhamento da indústria pesada, onde Barreiro e Seixal lideravam a uma escala muito forte. Com a entrada na União Europeia, esse modelo industrial foi ainda mais devassado, neste caso e neste período, por outro tipo de razões que não vêm ao caso. Mas mesmo com estes solavancos, a região tem um grande peso no setor industrial, com a presença de empresas que são as que maior volume de negócios apresentam nos rankings nacionais, como nas exportações e outras variáveis. Os nomes destas unidades industriais, que não deixam de orgulhar a região, são sobejamente conhecidos e têm vindo a manter esta região mais sólida, nomeadamente no que diz respeito ao emprego e às dinâmicas económicas e sociais. Em termos associativos, com o desaparecimento da AERSET – Associação Empresarial da Região de Setúbal gerou-se um hiato que demorou tempo a colmatar e ainda não está totalmente resolvido. Há dois anos, porém, a indústria, e os seus responsáveis na região, deu um passo em frente e mostrou que pode voltar a desempenhar um papel relevante em prol, nomeadamente, do desenvolvimento da península de Setúbal. É essa a função que se espera da AISET – Associação da Indústria da Península de Setúbal, que vai organizar na próxima semana um importante fórum empresarial. A AISET tem à sua frente dirigentes de grande qualidade e com profundo conhecimento da região, falta, agora, os empresários voltarem a acreditar que a floresta é sempre mais importante que a árvore.
E
de repente veio a chuva, o frio, o Natal à porta e o Orçamento de Estado. Não necessariamente por esta ordem, mas a vida é assim, irrompe-nos casa dentro, quase sempre sem aviso prévio, como um Leslie. Perdão, como um furacão. Numas vezes temos o Centeno a pré-avisar que o alerta é amarelo e nós preparamo-nos. Mas o impacto é sempre diferente. Por vezes arrasador, qual Tsunami. Noutras, passa-nos ao lado. Mas a maioria das vezes, somos invadidos por uma onda de marketing informativo de tal forma eficaz que ficamos assoberbados e já não sabemos o que é a realidade com que nos deparamos e a realidade com que nos informam que nos deparamos. Compreendem-me? Se não compreendem eu tentarei explicar em poucas linhas: tivemos o Sócrates, que por acaso tinha como n.º 2 o Costa. Acontece que o Sócrates gastou, gastou e gastou e deixou a factura para o Coelho. O Coelho pagou a factura do Sócrates e pôs-se a inventar. Teve a ousadia de querer que um qualquer novo Sócrates, quiçá um Costa, não tivesse que pagar
uma factura como a que ele estava a pagar e a obrigar os seus compatriotas a sofrer na pele. O homem até estava a fazer bem, mas ia tão longe nesse “jogo” que até parecia que estava a ter prazer em fazer-nos sofrer. Mas mesmo assim foi reconduzido. O povo, num primeiro momento reconheceu-lhe o mérito do esforço que teve de nos levar a bom porto quando o naufrágio já se aproximava. Mas, quando a nau já se encaminhava para porto seguro, houve um motim na nau e os amotinados, de diversas tendências, que não se entendiam entre si, tendo como único denominador comum tirá-lo do poder, formaram uma “geringonça” e conseguiram derrubar o comandante que nos salvou do naufrágio e nos transportou, sãos e salvos, para porto seguro. Eis que, “sem saber ler, nem escrever”, beneficiando de muita astúcia, mas também de muita sorte, apesar dos fortes ventos que se faziam sentir, teve o mérito de aproveitar os ventos favoráveis do Banco Central Europeu, que miraculosamente passou a financiar a economia, com juros negativos (o outro pagava juros elevadíssimos), em-
UM CAFÉ E DOIS DEDOS DE CONVERSA PAULO EDSON CUNHA VEREADOR PSD CÂMARA DO SEIXAL
purrando a nau para porto seguro e acelerando a velocidade da sua nau com o petróleo mais barato dos últimos anos. E, como diz a minha mãe, “todos os cães têm sorte” (não é para levar à letra), teve um “golpe de génio” e resolveu enganar a tripulação, os viajantes e até os seus parceiros de comando: Ora, se todos se queixavam que a viagem estava a ser muito cara, tinha de informar toda a gente que a viagem ia baixar. Leia-se, iam pagar menos impostos. E anunciou com pompa e circunstância. Mas havia um problema: a viagem efectivamente tinha de ser paga e ele não podia fazer como o seu ex-chefe fez – não pagar. Por isso inventou um mecanismo brilhante: continuaria a cobrar a viagem ao preço que o seu antecessor cobrara e até aumentara, mas por um lado mantinha que ela baixara, anunciando isso diariamente, mas punha
os passageiros a pagarem outros serviços, que eles nem reparavam. E assim, por exemplo, beneficiando que o preço do crude era muito mais barato, aumentava o imposto sobre os combustíveis e compensava o que estava a descontar no outro lado, qual ilusionista. Tirava com uma mão o que dava com a outra e os seus tripulantes, na realidade, estavam a pagar a viagem mais cara do que a pagavam antes, mas tinham a ilusão de estarem a pagar menos. De mestre. E assim, mesmo com furacões Leslie, que ele não tinha como controlar, ou incêndios que ele não curou de apagar devidamente, armas roubadas e com recuperações encenadas, prepara-se para largar os seus parceiros de viagem e, desta feita, sozinho, continuar a iludir uma larga maioria de 2019 a 2023, porque “Em terra de cego, quem tem olho é rei.”
Uma conversa no Ateneu
O
Ateneu Popular de Montijo convidou a Companhia Mascarenhas-Martins para uma conversa na sua sede, no dia 27 de Outubro, a partir das 15h30. Honra-nos este convite por vários motivos, entre os quais o facto de reconhecermos o trabalho que, ao longo de muitas décadas, o Ateneu fez em prol do desenvolvimento cultural desta terra. «Cultura e Progresso» é, aliás, o que está inscrito na sua insígnia desde 1939. Ainda que nos últimos tempos se tenha notabilizado sobretudo pelo xadrez, a história deste pólo cultural é muito vasta. Embora não a conheça de forma tão aprofundada como espero vir a conhecer, tenho tido a oportunidade – a partir de um conjunto de conversas com um dos membros da direcção, Manuel Barrona – de ter contacto com um passado riquíssimo do qual destaco três pontos. Um. Em 1972, o Ateneu associou-se à comissão das Festas Popu-
lares de S. Pedro e foi responsável por uma parte da sua programação. Hoje parece quase inacreditável, mas o facto é que para além de uma exposição de pintura na Praça da República, uma exposição de arte infantil na sua sede e um concerto com o Coro da Juventude Musical Portuguesa na Banda Democrática 2 de Janeiro, o Ateneu trouxe o Grupo de Campolide (muito antes de ser Companhia de Teatro de Almada) ao Parque Municipal, com a peça “A Vida de D. Quixote de La Mancha e do Gordo Sancho Pança”, de António José da Silva. Teatro no Parque, integrado na programação das Festas Populares! O que diria a actual Comissão de Festas se lhe propuséssemos a vinda, sei lá, de um espectáculo do Teatro do Eléctrico em 2019? Dois. O Ateneu foi responsável por alguns anos de cineclubismo, com o seu Núcleo de Cinema, tendo projectado inúmeros filmes de relevo e produzido um
À PARTE LEVI MARTINS DIRETOR DA COMPANHIA MASCARENHAS-MARTINS
documentário. As folhas de sala ainda existem, para comprovar que o amor dos seus associados por cinema contribuiu para que em Montijo se pudesse assistir a alguns dos melhores filmes alguma vez feitos. Que bom seria poder-se recuperar o hábito de projectar cinema, a partir de uma escolha criteriosa, e conversar depois de cada sessão. Três. O Ateneu está associado a uma história que importa recuperar: a do ACITEJA (Amigos do Cinema Teatro Joaquim d’Almeida), grupo que se formou com o objectivo de evitar que o Cinema-Teatro Joaquim d’Almeida fosse vendido a privados provavelmente para ser
convertido em igreja. Este grupo conseguiu tornar o assunto visível a nível local, regional e nacional, nomedamente na Assembleia da República e entre personalidades de relevo. Existem, por exemplo, cartas de João Bénard da Costa e de Jorge Peixinho a defender a aquisição do cineteatro por parte da autarquia, tendo em vista a sua utilização enquanto espaço cultural de referência. Alguns dos actuais membros da direcção do Ateneu fizeram parte deste grupo em relação ao qual devemos estar gratos, mesmo que não nos identifiquemos com a actual lógica de programação do Cinema-Teatro Joaquim d’Almeida.
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DIA DA ERRADICAÇÃO DA POBREZA PROPICIA ANÁLISE SOBRE FENÓMENO
Distrito tem 256 sem-abrigo mas nem todos querem casa Eugénio Fonseca, presidente da Cáritas, admite que a situação dos sem‑abrigo extravasa em muito o papel interventivo das estruturas de apoio. O desemprego, a crise e a vontade própria estão na origem dos números que revelam a existência de 256 sem-abrigo no distrito. Porque cada caso é um caso Eugénio Fonseca pede uma estratégia nacional contra o fenómeno.
5ªS DESCENTRALIZADAS
Presidente da Junta do Castelo reúne com populares no café
TEXTO ROBERTO DORES IMAGEM DR
A
junta do Castelo implementou recentemente uma nova forma de auscultar a população daquela freguesia do concelho de Sesimbra. O projeto 5ªs Descentralizadas, destina-se aos habitantes das localidades mais rurais da freguesia e assenta numa «conversa de café» em que os eleitores podem abordar a presidente, Maria Manuel, sobre problemas que sejam da responsabilidade de resolução da junta de freguesia. Uma forma de «aproximar a população, particularmente a mais isolada e distante do centro das decisões», permitindo uma abordagem mais pessoal e informal ao executi-
S
ão vários os motivos que levam o distrito a somar um total de 256 sem-abrigo, segundo os mais recentes dados avançados pela Segurança Social relativos a 2016. É o presidente da Cáritas, Eugénio Fonseca, quem o admite, citando sobretudo questões relacionadas com problemas mentais. «Temos casos de pessoas que vivem na pobreza, mas há quem tenha perdido empregos, acabando por sair de casa, e quem, pura e simplesmente queira viver na rua por questão de liberdade», resume o dirigente. Argumentos que levam Eugénio Fonseca a alertar para a necessidade de se apostar numa «abordagem sistémica» no combate aos sem-abrigo, admitindo que a solução do problema no distrito se tem revelado de «de extrema complexidade», diz o presidente da Cáritas a propósito do Dia da Erradicação da Pobreza, que se assinalou quarta-feira, alertando que, em muitos casos, os sem-abrigo são uma consequência da pobreza, mas nem sempre assim acontece. «Por vezes a exclusão das pessoas começa com situações que se fossem detetadas a tempo, em termos preventivos, nunca chegariam à condição de sem-abrigo», assume, apontando exemplos relacionados com «fortes depressões ou dependência de álcool e droga», havendo quem tenha sido «empurrado» para viver na rua na sequência da crise que Portugal atravessou. «Tivemos pessoas que estavam desempregadas e se consideravam culpadas por causa da situação em que a família se encontrava, vindo a abandonar a
casa», relata, admite que estes casos eram facilmente identificados no Centro Social São Francisco Xavier (Setúbal). «As pessoas que ali pediam ajuda, oriundas de outros pontos do país, geralmente escolhiam comer numa mesa onde pudessem ficar viradas para uma qualquer parede. Era típico», recorda. Eugénio Fonseca pede uma estratégia nacio-
nal contra o fenómeno, alertando que «cada caso é um caso», insistindo no facto do problema estar muito associado à saúde mental da uma percentagem significativa dos sem-abrigo. «Há ainda quem queira viver na rua por sentir a liberdade. Isto é a cultura da rua», diz, acrescentando que mesmo nas mais frias noites de inverno, quando os elementos
da Cáritas convidam as pessoas a dormirem nas suas instalações, a maioria recusa os abrigos. «Uns por terem medo que lhes roubem o lugar onde estão e outros porque são toxicodependentes e quando começam a necessitar do produto querem sair. Claro que, às 3 ou 4 da manhã, não o podem fazer porque estão a incomodar os outros utentes», resume.
Pobreza disparou nos anos da crise Foram os anos de crise que fizeram disparar os números da pobreza em Portugal e só em 2014, os indicadores começaram a melhorar. Nos últimos três anos, a recuperação económica, a diminuição do desemprego e a reposição de rendimentos contribuíram para números mais animadores, mas a região e o resto do«país continuam a apresentar elevados níveis de pobreza e precariedade. A Fundação Francisco Manuel dos Santos juntou dados do Instituto Nacional de Estatísticas e do Eurostat e traçou um retrato da pobreza e da exclusão social no país na página da Internet Portugal Desigual. A tendência é positiva, mas no ano passado cerca de 20% dos residentes na região estavam em risco de pobreza ou exclusão social, com a agravante de pelo menos 10 mil desse total serem menores de 18 anos, que acabaram por constituir a faixa etária da população residente com maior risco de pobreza. Os dados mostram que o rendimento mensal por adulto dos portugueses ronda os 900 euros, cerca de metade da média da União Europeia, que é de 1500 euros. Os números provam ainda que as famílias com crianças são mais pobres e no caso de três ou mais filhos a taxa de pobreza é superior a 40%. Nas famílias monoparentais, chega aos 33%
vo e, ao mesmo tempo, «promover e dinamizar o comércio local já que as 5ªs Descentralizadas decorrem sempre em cafés da freguesia», esclarece a autarquia. «Este projeto está a decorrer de forma experimental até ao final do ano de 2018, por forma a que os munícipes tenham possibilidade de usar este tempo, para expor situações de caráter local ou da área de intervenção da Junta de Freguesia». Com esta forma de gestão, admite o executivo da junta do Castelo, «é possível conhecer mais pormenorizadamente a realidade de cada local e garantir que todos tenham a oportunidade de se fazer ouvir». E.S.
MDM debate “Igualdade na vida – o combate do nosso tempo” O Movimento Democrático de Mulheres – MDM, organização de mulheres de âmbito nacional, sem fins lucrativos, com assento no Conselho Consultivo da CIG – Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género e também no CES – Conselho Económico e Social, vai realizar em Setúbal, no Fórum Luísa Todi, a 27 de outubro, o X Congresso subordinado ao lema “Igualdade na vida – o combate do nosso tempo”. Uma iniciativa com a qual se pretende «aprofundar o conhecimento sobre a situação da mulher portuguesa e analisar em que ponto estamos quanto o
seu estatuto na sociedade, mas também qual a sua participação nas comunidades locais, seja na vida social, desportiva, cultural seja na vida política nacional». O X Congresso do MDM, que contribui para os fundamentos da organização de desenvolvimento de uma ação mobilizadora de vastas camadas de mulheres em prol da igualdade e dos seus direitos como cidadãs, mães e trabalhadoras, vai também eleger uma nova direção e traçar perspetivas para os próximos quatro anos, que é o período entre Congressos de acordo com os seus Estatutos. E.S.
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NOVO SISTEMA DE BILHÉTICA ENTRARÁ EM VIGOR A 1 DE ABRIL DE 2019
Carris Metropolitana vai possibilitar viajar dentro da AML por 40 euros/mês A decisão parece reunir consenso entre os 18 autarcas da Área Metropolitana de Lisboa que aprovaram, «por unanimidade e aclamação», a criação de uma nova empresa de transportes, de uma marca própria e de um passe único de 40€ que abrange todos os títulos e modos de transporte. As crianças até aos 12 anos ficam isentas de pagamento.
TEXTO ELOÍSA SILVA IMAGEM DR
A
apreensão, associada ao dia para o qual está previsto o arranque deste novo projeto (1 de abril de 2019), é superada pelo otimismo com que se encara a medida anunciada no final da reunião do Conselho Metropolitano de Lisboa. Os presidentes de câmara dos 18 concelhos que integram a Área Metropolitana de Lisboa (AML) aprovaram uma «revolução em matéria de mobilidade e coesão territorial», afirma Francisco
Jesus, edil de Sesimbra, com a criação do passe único e da marca Carris Metropolitana. Num dia «marcante» para os concelhos da Península de Setúbal foi aprovada, segundo a autarquia de Almada, por «unanimidade e aclamação», a criação de uma empresa de transportes metropolitanos de Lisboa, a marca Carris Metropolitano e o cofinanciamento que, reforça Francisco de Jesus, «vai permitir o Passe Único a 30 e 40€, válido para todos os títulos e modos de transporte na AML, passes gratuitos para crianças até aos 12 anos
e um máximo de 80€ de custos com passes para os agregados familiares». Este sistema de passe, com preço de 40 euros, e um único mapa de rede, vai permitir que quase três milhões de pessoas possam viajar entre Almada, Alcochete, Amadora, Barreiro, Cascais, Lisboa, Loures, Mafra, Moita, Montijo, Odivelas, Oeiras, Palmela, Seixal, Sesimbra, Setúbal, Sintra e Vila Franca de Xira. Segundo Fernando Medina, presidente da AML, a Carris Metropolitana «vai permitir, por exemplo que uma pessoa faça uma viagem entre Lisboa e Sintra
com um só passe e com um autocarro que terá uma decoração igual ao veículo que os residentes de Almada vão encontrar se quiserem deslocar-se para o Seixal». Durante a conferência de imprensa, em que foi anunciada esta revolução nos transportes públicos, prevista já para 1 de abril de 2019, altura em que começarão a ser implementados os passes únicos, Fernando Medina deixou claro que «os atuais utentes não terão de comprar cartões novos para acomodar este novo título de transportes». O, também, presidente da câmara de Lisboa revelou
que o «Estado irá contribuir com 83 milhões de euros para esta medida», o que não inibe os concelhos abrangidos, mediante a sua área de intervenção e a população residente, de fazer algum investimento para financiar a medida. Sesimbra, por exemplo, vai «comparticipar com 990.000,00€ anuais, para o passe e para o reforço da rede, em circuitos e frequências, bem como para reforçar a qualidade do serviço de transporte rodoviário, cujo concurso vai ser lançado até outubro de 2019», esclarece Francisco Jesus. A autarquia do Seixal, liderada por Joaquim Santos, avança um investimento de «dois milhões de euros anuais, destinado, também, ao reforço e alargamento da rede do transporte público. Ao Município do Montijo cabe uma comparticipação «superior a 800 mil euros, sendo o município com maior esforço financeiro em percentagem do seu orçamento municipal, comparativamente aos restantes 17 concelhos da AML, como reconhece Nuno Canta que garante que com este investimen-
to vai ser possível «melhorar a rede de transportes dentro do município e implementar o novo sistema único de bilhética da Carris Metropolitana». As mudanças começam a ser implementadas a 1 de Abril de 2019, com a entrada em funcionamento do passe único, ainda que a Carris Metropolitana só entre em pleno funcionamento em Janeiro de 2020. Durante o próximo ano será aberto um concurso público internacional, por vários lotes de redes municipais e intermunicipais, ao qual os operadores privados, incluindo aqueles que já operam neste momento, como a Fertagus, por exemplo, poderão concorrer. Os autocarros, deverão ser «mais modernos, amigos do ambiente e com soluções para pessoas com mobilidade reduzida», admite Medina. A nova empresa, também, vai garantir um novo mapa de rede, com ligação aos outros meios de transporte, e dois tipos de percursos: as carreiras que funcionam dentro do município e as rotas entre municípios, que farão ligações pendulares.
Dura Trail Internacional de Setúbal invade a Arrábida dia 27
Hotelaria atinge números históricos em Setúbal
A
S
sexta edição do Dura Trail Internacional de Setúbal, prova de atletismo integrada no circuito nacional de trail da ATRP – Associação de Trail Running Portugal, realiza-se no dia 27, por trilhos do Parque Natural da Arrábida. O evento desportivo, composto por três provas de cariz competitivo nas distâncias de 32 e de 18 quilómetros, com início às 09h00, e de 12 quiló-
metros, às 09h30, que inclui ainda uma caminhada, tem partida e meta instaladas no Parque Urbano de Albarquel. A competição integra o Circuito Nacional de Trail (Série 150) e a Taça de Portugal de Trail da ATRP – Associação de Trail Running Portugal. As cerimónias de entrega dos prémios do VI Dura Trail Internacional de Setúbal, organizado pelo Outdoor Clube de Setúbal,
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com o apoio da Câmara Municipal, decorrem às 11h30, para a prova de 12 quilómetros, às 12h00, para a de 18 quilómetros, e às 13h00, para a de 32.
etúbal registou um histórico de 313.003 dormidas, no ano passado, assinalando «o melhor ano turístico de sempre». Os dados são do Instituto Nacional de Estatística e revelam que o concelho «cresceu 14,4% comparativamente às 273.637 dormidas verificadas em 2016», nas unidades hoteleiras locais, incluindo estabelecimentos de alojamento local e
de turismo de habitação e rural, com um total de 2304 camas em 2017. Com esta subida, Setúbal «ultrapassa as tendências nacional e regional» que aumentaram 10, 6 e 12,8 por cento, respetivamente. Os dados oficiais comprovam o crescimento sustentado dos indicadores turísticos verificados nos últimos anos em Setúbal, fruto de diversos fatores, como a
qualificação do território e a criação de condições para uma maior atratividade de visitantes e investidores. A autarquia sadina admite que «a promoção, interna e externa, de dimensões como a Arrábida e o Sado, as praias, a natureza, a gastronomia e os vinhos também têm contribuído para a captação turística nas unidades hoteleiras locais». E.S.
ATUALIDADE
ARMAZÉM 56 ACOLHE OS MÚSICOS PORTUGUESES QUE ATUAM NO SEIXAL
Festival Internacional de Jazz com casa cheia no Fórum Municipal
DAS COISAS NASCEM COISAS* JOSÉ TEÓFILO DUARTE
DESIGNER | DIRECTOR DE ARTE jtd@ddlx.pt
O que vale a pena
O auditório municipal do Fórum Cultural do Seixal foi pequeno para acomodar todos quantos quiseram assistir ao primeiro espetáculo da 19.ª edição do Seixal Jazz esta quinta feira. O festival internacional, no qual a autarquia investe cerca de cem mil euros, está a decorrer até dia 27.
OUTUBRO 7. Domingo. Casa da Cultura, Setúbal ILUSTRAR OS DIAS| Hélder Oliveira trabalha para o Expresso há 10 anos. Faz ilustração. Os seus desenhos são inconfudíveis, têm uma linguagem pessoal e acompanham com precisão e inteligência os conteúdos jornalisticos. Para a exposição que concordou em fazer na Casa da Cultura escolheu 39 imagens que definem um percurso. Percebe-se o rigor na caricatura e a exigência no desenho. Chamámos “Geringonça” ao empreendimento, para resumo genérico do momento político. Mas os desenhos vão, claro está, muito para além deste histórico entendimento de governo à esquerda. Correm mundo. Estão ao dispôr da nossa curisidade até ao fim do presente mês. Não se esqueçam.
TEXTO ELOÍSA SILVA IMAGEM DR
A
s câmaras municipais continuam a ser os ministérios da cultura deste país». É desta forma que Joaquim Santos, edil do Seixal, justifica que o Festival Internacional de Jazz, pela «abrangência, antiguidade e bases culturais distintas que tem, não tenha qualquer apoio do governo ou do ministério da cultura». A autarquia, que ainda no último ano recebeu da Sociedade Portuguesa de Autores o prémio para a “melhor programação cultural” investe, a solo, cem mil euros neste projeto que começou em 1996 e que junta no Seixal «o melhor do que se faz no jazz em Portugal e no mundo», vinca o autarca. Esta quinta feira arrancou a 19.ª edição do Seixal Jazz, ao som do quarteto Mark Guiliana que atuou perante um auditório lotado, comprovando «que este é um festival que atrai centenas de pessoas do nosso concelho, mas, também, de concelhos limítrofes que não têm acesso a programas culturais/musicais tão ricos, variados e equilibrados como este». Joaquim Santos acredita
Ilustração de Hélder Oliveira
Geringonça | Hélder Oliveira | Ilustração | Outubro, 2018
Casa da Cultura. Espaço Ilustração. Rua Detrás da Guarda. Setúbal
que isso se deva, também, «à qualidade dos projetos apresentados». Carlos Garcia, um dos responsáveis municipais pela escolha das formações que passam anualmente pelo Seixal Jazz, explica que desde 1996 «tem sido mantida a linha condutora do festival, que começou com Paulo Gil, sendo que a evolução própria do tempo e da expressividade do género musical obriga a que sejamos cada vez mais exigentes na procura de novos sons, músicos mais novos e formas de improvisação mais modernas». Quanto aos critérios que estão na base da escolha dos grupos que atuam
no festival, o técnico da câmara do Seixal admite serem exigentes. «Vamos estando atentos a ensaios, revistas, atuações e críticas e, no final, escolhemos os melhores», clarifica. relativamente à introdução do Armazém 56 na rota do festival deste ano, o responsável garante que depois das modificações próprias necessárias «a acústica está excecional e é, sem dúvida, uma mais valia podermos contar com aquele espaço». O Armazém 56 – Arte Sx é um espaço dedicado às artes, criado no âmbito do projeto de requalificação da fábrica corticeira da Mundet e inaugurado em abril deste ano, que fun-
ciona como oficina coletiva de artes e que vai ser aproveitado para o Seixal Jazz Clube. Joaquim Santos fala numa «aposta ganha», porque «trazer o festival para o Armazém 56 permite trazer o Jazz para fora do seu ambiente natural e estimular a dinâmica, fora de horas, de um espaço multifacetado com diversas valências de carácter patrimonial, cultural, educativo, desportivo, ambiental, de turismo e lazer». Este ano o Armazém 56 aumenta o leque de abrangência do Festival Internacional ao receber as atuações de todos os músicos portugueses que passam pela 19.ª edição do Seixal Jazz.
PS de Alcochete celebra primeiro ano de mandato
O
Moinho da Praia-Samouco foi o local escolhido pelo Partido Socialista de Alcochete para a realização do jantar comemorativo do primeiro ano de mandato na autarquia. A iniciativa, agendada para dia 23, às 20h30, contará com a presença do dirigente nacional Vieira da
Silva, da Secretária-geral adjunta Ana Catarina Mendes, do Presidente da Federação Distrital de Setúbal, António Mendonça Mendes, do dirigente nacional Pedro Marques e do Presidente da Comissão Política Concelhia e Presidente da Câmara Municipal de Alcochete, Fernando Pinto.
Lourdes Sendas
Zaia Nascimento Oliveira
13. Sábado. Casa da Avenida, galeria. Setúbal OS PORQUÊS DA ARTE | Lourdes Sendas e Zaia Nascimento Oliveira associaram-se nesta exposição que é uma alegria para o olhar. Uma festa visual. Há ali uma combinação implícita entre as duas artistas que é denunciada pelo escrito de Joseph Conrad adicionado ao acontecimento: “A tarefa é a de mostrar sem quaisquer dúvidas, (...) o fragmento salvo da voracidade do tempo e apresentá-lo perante o olhar de todas as pessoas”. Vá-se lá saber porquê, pois. vamos tentar adivinhar: Lourdes e Zaia olharam e viram tudo o que as rodeou durante muito tempo. O tempo, esse grande escultor (Yourcenar dixit), também se dedica à pintura quando para tal é convocado. O que aqui se revela é um olhar para as fissuras que o tempo impõe aos pedaços de matéria. O que se deu entretanto foi uma interpretação dos olhares para as coisas: para as cores, para a incidência do sol, para o mundo. Uma observação atenta da evolução das matérias. Há aqui um olhar para trás que se ajusta a uma vontade precisa de mostrar o presente, com preocupações de preservação da memória, mas com sede de futuro. É uma muito boa exposição de arte contemporânea, esta que agora envolve a galeria da Casa da Avenida. Para visitar até 11 de novembro. Vá-se lá saber porquê
Lourdes Sendas. Zaia Nascimento Oliveira | Pintura | Escultura | Outubro, 2018 Casa da Avenida, Galeria. Avenida Luisa Todi, 286, Setúbal
*DAS COISAS NASCEM COISAS. FRASE DE BRUNO MUNARI
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ORÇAMENTO DE ESTADO CONFIRMA
Hospital do Seixal para 2019 TEXTO ROBERTO DORES IMAGEM DR
A
construção do hospital do Seixal foi confirmada pelo ministro Mário Centeno no Orçamento de Estado para 2019, justificando o titular da pasta das Finanças que a Saúde é «a maior das prioridades do Governo nas políticas sociais». Aliás, o futuro hospital da região foi, precisamente, a primeira unidade hospitalar a ser confirmada – de um total de cinco para o país – mas em dezembro de 2015 o ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes (que esta semana saiu do Governo) já tinha dado autorização para a construção do hospital, como tinha sido acordado em 2009. Segundo o orçamento apresentado há três anos, e aprovado na Assembleia da República a 18 de dezembro de 2015, o pro-
jeto contempla um investimento na ordem dos 60 milhões de euros, tendo a sua construção somado atrasos que agravaram o mal-estar entre a comissão de utentes. Alegam os utentes que desde a inauguração do Hospital Garcia de Orta (Almada) já se antevia para o distrito de Setúbal a necessidade da construção do Hospital no Seixal. Afinal, o Garcia de Orta estava - e assim continua - apenas dimensionado para servir 150 mil utentes, mas tem servido uma população superior a 450 mil provenientes de Almada, Seixal e Sesimbra. O concurso público para construção da futura unidade teve lugar em julho deste ano, tendo a Administração de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo sido autorizada a pagar 1,2 milhões de euros da construção. A data limite para a entrega de propostas é o final deste mês.
A
O projeto O novo equipamento de saúde caracteriza-se como Hospital de Proximidade, visando aproximar a prestação de cuidados diferenciados à população abrangida e desenvolvendo a sua atividade em ambulatório com consul-
tas externas, cirurgias de ambulatório e meios complementares de diagnóstico e terapêutica diferenciados, estando integrado no Hospital Garcia de Orta, do qual dependem os recursos humanos e materiais necessários para assegurar a atividade.
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Avenida da Praia do Barreiro vai acolher nova zona desportiva
A
avenida Bento Gonçalves vai receber uma zona desportiva aberta à população, de todas as idades, que «permitirá o usufruto, simultâneo, de largas dezenas de pessoas, incluindo, além dos habituais praticantes, famílias e alunos da Escola Secundária Alfredo da Silva, que ali acorrem para aulas de Educação Física». Frederico Rosa, edil do Barreiro deixou essa garantia na conferência de imprensa em que foi apresentado o
projeto, que deverá estar concluído até ao final de outubro e cujo custo associado é de 86 mil euros. Segundo a autarquia, trata-se de um projeto «inovador, que terá um espaço central – denominado Wall4Sports – para múltiplas atividades desportivas, revestido, lateralmente, por um vidro que protegerá os utentes do vento, permitindo-lhes desfrutar da visibilidade para o Rio, ali, paredes-meias». O piso terá especificidades técnicas,
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1º Encontro da Canção de Protesto homenageou José Afonso
que, em caso de chuva, rapidamente, secará, não impedindo a sua utilização. Terá, igualmente, zonas para StreetBasket e StreetWorkout, modalidades de fitness, e comtempla a construção de duas minipistas de sprint. Recorde-se que o polidesportivo existente anteriormente da avenida da praia foi demolido, «por questões de segurança», como evidenciou Gabriela Guerreiro, presidente da União das Freguesias de Barreiro e Lavradio. E.S.
ntónio Manuel Ribeiro, Arturo Reguera, Carlos Martins, Francisco Fanhais, José Mário Branco e Rui Vieira Nery estiveram em Grândola para a apresentação CD- livreto «Grândola, vila morena — Para sempre, José Afonso» no decorrer de um encontro que a autarquia intitulou de 1º Encontro da Canção de Protesto. António Figueira Mendes, presidente da câmara de Grândola, revelou que «há muito que a autarquia queria ter a possibilidade de disponibilizar a versão original do “Grândola, Vila Morena”, que é, de facto, um hino do nosso concelho, e que se tornou
num símbolo mundial de resistência e combate à opressão e à tirania». Com este CD-Livro, edição municipal, «presta-se um novo e justo tributo a José Afonso, figura maior da vida cultural e social do nosso país e a quem Grândola tanto deve», assumiu. O CD-livreto agrega conteúdo documental, de textos e imagens, dedicado à canção «Grândola Vila Morena» e ao seu autor, bem como um CD áudio que, para além das versões originais de José Afonso, em «Cantigas do Maio» e no concerto de 1972 na Galiza, conta com versões de artistas de vários países e de artistas locais. E.S.
ATUALIDADE
MILHARES DE PESSOAS VISITARAM NAVIOS E PASSEARAM DE BARCO
Semana do Mar regressa em 2019 sem o navio-escola Sagres As gentes de Setúbal voltaram a acarinhar a Semana do Mar que regressa em 2019 sem a sua grande atração: o Sagres. O município compromete-se a trazer outras embarcações para suprir essa ausência de peso. TEXTO ANTÓNIO LUIS IMAGEM DR
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V Semana do Mar, que decorreu de 8 a 14 deste mês, em Setúbal, atraiu milhares de pessoas à zona ribeirinha, para participarem, sobretudo, em visitas a navios emblemáticos e passeios de barco. A iniciativa regressa em 2019 mas sem o navio-escola Sagres que vai «ao estaleiro preparar-se para mais uma volta ao Mundo», só devendo regressar à Semana do Mar em 2021, revelou a edil Dores Meira, que garante que o evento «tem sido um enorme sucesso» e foi organizado numa parceria «correta e eficaz», na aproximação das pessoas com o Sado.
Segundo apurámos, o município irá envidar esforços para trazer até Setúbal, nos próximos dois anos, outras embarcações emblemáticas para suprir a ausência do navio Sagres. Dores Meira sublinhou, no jantar de boas-vindas a bordo do Sagres, a importância económica do mar para Setúbal, nas suas diversas vertentes. Dores Meira apontou as transformações ocorridas na zona ribeirinha setubalense, nos últimos anos, em resultado da «séria aposta», que o município tem feito na revitalização e na reabertura da cidade ao mar, sem esquecer «a preservação ambiental», porque «é este mar que faz de nós uma terra procurada pelas suas praias e águas», vincou.
«Evento deve ser acarinhado» Lídia Sequeira, presidente da APSS, não tem dúvidas de que se trata de um evento «extremamente importante» que «deve ser acarinhado» porque é «uma forma de chamar pessoas para a nossa História, desde sempre ligada ao mar». Já João Lúcio, líder da Aporvela, realçou que a Semana do Mar atrai as gentes de Setúbal dando-lhes a conhecer «outros horizontes, além dos contentores, das cargas e descargas». Fez votos para que o evento se mantenha e que se desenvolva noutros portos nacionais para «atrair os portugueses ao mar, o nosso desígnio». Por sua vez, o almirante Antunes Rodrigues, em
substituição do Chefe de Estado-Maior da Armada, António Calado, afirmou que «o mar é o mais importante momento de união entre os portugueses e a nossa melhor oportunidade de futuro. O mar sempre foi uma porta aberta para a nossa liberdade e absolutamente vital para a nossa independência». A Semana do Mar foi organizada em conjunto
pelo município, APSS, Aporvela e Marinha e voltou a atrair atenções da população, de todas as faixas etárias, sobretudo pela oportunidade de visitar embarcações de referência no mundo náutico. O navio-escola Sagres, da Marinha, a caravela Vera Cruz, da Aporvela, e o navio Portugal Mar, do IPMA, foram visitados por alunos e população em geral.
Passeios no Sado a bordo de embarcações tradicionais, veleiros ao luar com street-food e música, batismos de mar numa lancha de fiscalização rápida da Marinha e experiências náuticas integraram ainda o programa do evento que, devido à tempestade Leslie, contou com ações canceladas no dia 13, à noite, como o fogo-de-artifício.
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ATUALIDADE
INVESTIGADORES DISPÕEM DE INFORMAÇÕES INÉDITAS QUE PODEM MUDAR A HISTÓRIA
Descobertas na necrópole colocam “Sarilhos Grandes na Expansão Portuguesa” A Galeria Municipal do Montijo acolhe, dia 27, uma conferência em que serão apresentados os resultados de uma escavação arqueológica realizada na necrópole de Sarilhos Grandes. Ao exumar e analisar 21 esqueletos os investigadores comprovam que o Montijo teve um papel muito mais ativo nos Descobrimentos Portugueses do que aquilo que se pensa. TEXTO ELOÍSA SILVA IMAGEM DR
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Galeria Municipal do Montijo acolhe, no próximo sábado às 15h00, a conferência “Sarilhos Grandes na Expansão Portuguesa” em que serão apresentados os resultados da escavação arqueológica, realizada há dez anos, na necrópole de Sarilhos Grandes, por uma equipa de investigadores que, «a trabalhar Pro Bono e apenas com o apoio dos institutos a que estão diretamente associados», tem desenvolvido uma investigação que pode trazer à luz do dia dados inéditos que acentuam o papel influente do concelho do Montijo na rota dos Descobrimentos Portugueses. Uma sessão em que a equipa de Antropólogos, Arqueólogos, Botânicos e Palio Parasitólogos envolvidos nos trabalhos
de investigação, irá fazer revelações «surpreendentes», reconhece a Arqueóloga Paula Alves Pereira, que liderou os trabalhos, e que revela haver «uma ligação da região à época dos descobrimentos, mas em data anterior à descoberta da América». No âmbito de uma intervenção da SIMARSUL, em 2008, (que financiou as estações de 4 enterramentos) foi realizada uma escavação arqueológica de salvaguarda, no Largo da Igreja de Sarilhos Grandes, que incidiu sobre a necrópole (cemitério) da Igreja de São Jorge, durante a qual «recolhemos o espólio e os enterramentos e demos início a algumas análises que, ainda assim, só tiveram resultados em 2016, mas cujo contributo para estudar aquela população se revelou muito interessante e positivo». Foram, desde essa altura, exumados 21 esqueletos,
sendo que em quatro desses indivíduos foi possível avançar com uma investigação bio arqueológica para analisar os vestígios recuperados e «que nos permite, hoje, ter a dieta dos indivíduos feita, ter identificadas as suas doenças e parasitas e conhecer os alimentos que eram consumidos naquela época» onde surge, surpreendentemente, o amido de batata. Paula Pereira recorda que os dados sobre o consumo humano de batata «são de particular relevo, porque dois destes indivíduos foram datados de 1324-1625 D.C. e a data mais antiga conhecida da introdução da batata em Portugal é de 1643 D.C.». Paula Alves Pereira, Ana Luísa Santos, David Gonçalves, Alice Toso, Álvaro Monge Calleja, António P. Coutinho, Luciana Sianto e Ricardo Godinho são os especialistas que têm feito este trabalho de investigação, catalogação e análise de matérias e que garantem ter dados concretos, ainda que se mantenham cautelosos, «de que a cronologia dos achados bate antes da descoberta do caminho marítimo para a India e da descoberta da América», ressalva a investigadora. Região com papel ativo nos Descobrimentos Paula Alves Pereira adianta que Sarilhos Grandes pode ter tido um papel
muito mais ativo do que se pensa nos Descobrimentos Portugueses e nas viagens para India em 1502. «Há registos da participação direta de sarilhenses e de montijenses na expansão portuguesa para Ocidente (o Novo Mundo, América) e Oriente (Índia). Vemos, através dos parasitas e da dieta que identificamos, que estes indivíduos participaram não só nas viagens marítimas, mas, também, no abastecimento de Lisboa na construção das caravelas e das naus e até em termos de alimentos porque encontrámos amostras de biscoito, farinhas, grão de bico, feijão, peixe e marisco». As descobertas provêm da recolha de amostras feitas «no sacro do abdómen dos esqueletos que conserva a última refeição, e se tiver parasita também fica lá alojado.
Fizemos recolhas no sacro e fizemos no esqueleto, as chamadas amostras de controlo, tendo detetado, além do amido de batata, o amido de arroz, restos de conchas, ervas e restos de insetos». Depois de apresentar, dia 27, os resultados dos trabalhos de investigação da última década, Paula Pereira adianta que a equipa quer centrar-se na Ermida da Nossa Senhora da Piedade. Este «panteão funerário da família Cotrim, construído no século XV, tem sepultados três indivíduos, nobres, guerreiros que estiveram ao serviço da Casa Real, sendo que um deles, Rui Cotrim de Castanheda, capitão da 2.ª armada de Vasco da Gama à Índia, é tido como um dos mais notáveis exemplos dos sarilhenses envolvidos na expansão portuguesa». Para esta nova fase da
investigação a especialista «gostaria de contar com mais apoio», já que a equipa de investigadores, composta por elementos nacionais e internacionais, oriundos dos mais variados pontos do país e do mundo, «continua a trabalhar a título gratuito», apesar do apoio logístico dado pela autarquia do Montijo que entende como «fundamental a divulgação deste projeto científico/histórico de grande relevância, até porque se pretende iniciar uma nova fase de investigação deste contexto rico e com grande potencial para continuar a fornecer dados históricos inéditos», refere a autarquia. A par da conferência de dia 27, na Galeria Municipal do Montijo, está prevista a inauguração da exposição “Sarilhos Grandes entre dois mundos: o Oriente e o Ocidente”.
Gémeas acusadas da morte de recém-nascida
A
s duas irmãs gémeas suspeitas da morte de uma recém-nascida - que era filha de uma delas - em Corroios (Seixal) acabam de ser acusadas pelo Ministério Público, admitindo ter indícios de que a própria progenitora terá desferido golpes
no tórax da menina, com recurso a uma faca, provocando-lhe a morte. A informação é avançada pela Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa (PGDL), avançando que a 9 de abril deste ano uma das arguidas deu à luz no interior da sua residência no Seixal, tendo sido
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auxiliada no parto pela outra arguida, a sua irmã. Terá sido logo após o nascimento da menina que a mãe lhe provocou a morte, tendo as suspeitas vindo a colocar o corpo «dentro de um saco do lixo», segundo avança ainda a PGDL, acrescentando que o
Ministério Público requereu a realização do julgamento em tribunal coletivo, alegando a prática, em coautoria, dos crimes de homicídio qualificado e de profanação de cadáver. Desde o dia 11 de abril, na sequência do primeiro interrogatório judicial,
que ambas as mulheres estão em prisão preventiva, tendo sido encaminhadas para o Estabelecimento Prisional de Sines. A mãe da menina necessitou de cuidados médicos, pelo que viria a ser internada no Hospital Garcia de Orta, acabando por ser detida apenas
quando teve alta hospitalar. Segundo a própria investigação que esteve a cargo da PJ, os factos tiveram lugar cerca das 21.30 horas de 9 de abril na residência das duas mulheres num prédio da avenida Vieira da Silva. R.D.
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LOCAL
SEIXAL
Nova redução do IMI foi aprovada O município acaba de aprovar a diminuição do valor da taxa do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI), o lançamento da derrama, a participação percentual no IRS, para 2019, e a tomada de posição “Seixal na vanguarda do planeamento estratégico e do desenvolvimento económico e social”. Pelo 4.º ano consecutivo, a Câmara irá diminuir do valor da taxa do IMI, que se situará em 2019 nos 0,390 por cento. Para o edil Joaquim Santos, «será promovida uma nova redução da taxa do IMI no município, naquilo que se considera uma medida de desagravamento fiscal com equidade, abrangência e impacto transversais a todos os proprietários de imóveis no concelho, uma opção que assume forma de compromisso com a população para este mandato autárquico». Esta nova redução do IMI implica o não recebimento de quase 4 milhões de euros de receitas, se a opção constituísse a aplicação da taxa máxima, tal como o recurso ao PAEL obrigava, e que o município recusou.
ALCOCHETE
Município promoveu potencialidades a operadores turísticos A câmara promoveu, dia 10, uma FAM Trip com vista a promover, junto de operadores turísticos, as potencialidades turísticas e as experiências que ali se podem vivenciar.
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a receção aos parceiros, que decorreu no Freeport, o edil realçou as potencialidades de Alcochete. «Alcochete tem várias particularidades, temos de olhar para a nossa história, terra de D. Manuel I, o Venturoso, e do Santo Padre Cruz, para a gastronomia de onde se destaca uma boa caldeirada, uma boa doçaria, para uma paisagem natural única com enfoque na RNET», destacou Fernando Pinto. O autarca referiu que o seu executivo está orientado para o desenvolvimento sustentado e apostado no incremento do aumento de receita por esta via: «Senti-
mos que o país está a mudar, não só no aspeto económico, mas na procura de sinergias na área do turismo queremos potencializar as oportunidades temos vindo a encontrar, queremos um crescimento sustentado, para que possamos promover o que de mais belo e genuíno este concelho tem para oferecer, que dista cerca de 20 quilómetros em linha reta da capital portuguesa». Após um tour no mini bus Gray Line pela vila ribeirinha, seguiu-se uma visita às salinas do Samouco e uma prova de vinhos a bordo do Bote Leão, num passeio até à Reserva Natural do Estuário do Tejo.
SETÚBAL
PALMELA
MOITA
ALMADA
No âmbito da campanha “Todos Juntos Por Um Melhor Ambiente”, o município tem vindo a desenvolver ações, em conjunto com as forças policiais, com vista a sensibilizar a população para a colocação correta de monos e resíduos de jardim, junto aos contentores de resíduos urbanos. Quando lançou a 1.ª fase da campanha, dedicada aos Monos e Resíduos de Jardim, a Câmara afixou informação em todos os contentores de resíduos sólidos com o dia e horário em que estes resíduos deveriam ser colocados, para serem rapidamente recolhidos pelos serviços municipais. Em determinadas zonas, há já munícipes a «cumprir estas regras», contribuindo para a melhoria do espaço público, mas noutros locais, isso «ainda não se verifica». Por isso, a fiscalização municipal e as forças policiais têm vindo a visitar alguns locais mais problemáticos e identificaram munícipes a procederem de forma incorreta à deposição de lixos.
O município aderiu ao “Fast Track Cities – Cidades na Via Rápida para acabar com o VIH”. A adesão foi formalizada através da subscrição da Declaração de Paris, numa cerimónia realizada na Assembleia da República, onde a edil Inês de Medeiros assinou a respetiva declaração. Na ocasião, a autarca afirmou que «para o município é uma honra assumir este compromisso e que num trabalho de conjunto com todo o tecido social almadense, com grandes instituições e IPSS, será possível cumprir os objetivos aqui propostos». Segundo os últimos dados do Instituto Ricardo Jorge, sobre a infeção por VIH, Almada apresenta uma incidência média de 21 casos por 100 mil habitantes, ocupando o 11.º lugar, a nível nacional, e a 2.ª posição entre os concelhos do distrito. Almada, Amadora, Cascais, Lisboa, Loures, Odivelas, Oeiras, Portimão, Porto e Sintra são as cidades portuguesas na Via Rápida para acabar com o VIH.
Palmelões querem galardão “Cidade Criativa da Música” O encontro “Palmela é Música”, realizado no dia 12, em Palmela, assinalou o início da Candidatura de Palmela a Cidade Criativa da Música da Unesco, a apresentar em 2019. A Rede das Cidades Criativas da Unesco foi criada em 2004, para promover a cooperação entre as cidades que identificavam a criatividade como um fator estratégico de desenvolvimento sustentável, e integra, atualmente, 180 cidades de 72 países. «Esta não será uma candidatura a uma mera certificação. Mais do que isso, queremos que seja um compromisso», sublinhou o edil Álvaro Amaro, para quem este projeto representa, sobretudo, a «assunção de uma estratégia partilhada com os agentes culturais e artísticos na promoção da música», com a intenção de «dar maior projeção ao património de Palmela, pelo caminho da música». O autarca lembrou que «esta não é uma candidatura a um qualquer financiamento», mas acredita que «o património de reconhecimento que gerará tem valor inestimável». 10 | SEMMAIS | SÁBADO | 20 DE OUTUBRO | 2018
Sensibilização ambiental avança no terreno
Moda Outono/Inverno invade a cidade As coleções de outono/inverno de roupa e acessórios de lojas da baixa desfilam este sábado num evento em que participam modelos não profissionais selecionados em castings. O Setúbal Fashion Weekend Inverno, organizado pela DerivaStatus e pela Câmara, com o apoio de comerciantes da baixa, tem programados desfiles de moda feminina e masculina, a realizar às 21h30, em frente dos Paços do Concelho, com animação musical. Este sábado, os modelos mostram as tendências da estação das lojas Zaida Piteira, Classic Man, SMS, Duoversalles e Due Colori/Casa das Manteigas. No final, o júri elege os 2 melhores modelos femininos e os 2 melhores masculinos de acordo com critérios de fotogenia, medidas, simpatia e forma como desfilam. Este evento contempla, igualmente, um desfile de moda infantil este sábado, às 15h30, no largo da Ribeira Velha, com cerca de 40 pequenos modelos, dos 4 aos 16 anos, a mostrarem as novidades da Puro Mimo, Totinhas, LugdgiKids e Ativo Kids.
Concelho adere à Declaração de Paris para erradicação do VIH
LOCAL
SANTIAGO DO CACÉM
Bairro das Flores vai para obras A 2.ª fase da requalificação do Bairro das Flores, em St.º André, arranca dia 22, tendo os trabalhos a duração prevista de 3 meses. Trata-se de uma das maiores obras realizadas pela Câmara num investimento de 2 milhões de euros, que vai mudar a imagem do maior bairro de St.º André. A intervenção, quer paisagisticamente quer funcionalmente, irá requalificar e valorizar os usos partilhados do espaço público. Aquando da assinatura do contrato da empreitada, em 2017, o edil Álvaro Beijinha sublinhou a ideia de que esta obra é para os moradores, por isso «após recolhermos as sugestões, no decorrer da sessão de apresentação, o projeto inicial foi alterado. Esta obra irá resolver muitos dos problemas que o bairro apresenta e que vêm do início da sua construção». A duração estimada para as 3 fases da obra é de 19 meses.
BARREIRO
Avança demolição do reservatório do antigo lavadouro O reservatório do Antigo Lavadouro, localizado na rua José Augusto Pimenta, na freguesia do Alto do Seixalinho, irá ser demolido pelo município. Este trabalho terá início no final do presente mês de outubro e uma duração prevista de 30 dias. De referir que o reservatório se encontra em risco de colapso e queda iminente de fragmentos de grande dimensão, não oferecendo condições para a permanência e circulação de pessoas e equipamentos. Neste âmbito, por uma questão de prevenção e monitorização do impacto dos trabalhos, existe necessidade de proceder, o «mais urgente possível», a um levantamento prévio das construções vizinhas. Serão, assim, vistoriados cinco prédios e nove moradias pela firma Checkhouse – Diagnóstico Imobiliário Lda.
SESIMBRA
Distribuição de fruta e hortícolas nas escolas O município vai implementar nas escolas do pré-escolar e 1.º ciclo do concelho o projeto Regime Escolar - Distribuição de Fruta e Produtos Hortícolas, que visa incentivar as crianças a consumir mais frutas e legumes. Este projeto resulta de candidatura apresentada pela autarquia ao Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas. Os produtos são distribuídos 2 vezes por semana e abrangem 770 crianças do pré-escolar e 2 200 alunos do 1.º ciclo. A medida tem um custo de 20 mil euros para o 1.º ciclo, e é financiada em 14 mil euros pelo IFAP. Quanto ao pré-escolar, a autarquia assume o valor na totalidade, que ronda os 8 mil euros. De salientar que metade dos produtos distribuídos no âmbito deste projeto é de produção integrada, que privilegia os meios de luta biológica e cultural, em detrimento da aplicação de fitofarmacêuticos.
MONTIJO
Concelho lidera ranking distrital do anuário financeiro O município é o melhor classificado no ranking distrital do anuário financeiro dos municípios portugueses referente a 2017, editado pela Ordem dos Contabilistas Certificados. Na classificação dos municípios do distrito, Montijo é o município com maior eficiência financeira, obtendo o 1.º lugar, com 1337 pontos. No ranking global dos municípios de média dimensão, obteve o 9.º lugar na lista dos 100 melhores, subindo nove posições face a 2016. Ao nível da independência financeira, o município figura no Top 50 no total dos 308 municípios portugueses, ocupando a 29.ª posição. A independência financeira é reforçada pela 23.ª posição no ranking nacional correspondente ao peso de receitas provenientes de impostos e taxas, na receita total cobrada. Montijo é um dos municípios com menor prazo de pagamento do país. Em 2017, o prazo médio de pagamento do município foi de 3 dias, o melhor do distrito de Setúbal.
GRÂNDOLA
Vila morena valoriza produtos locais com abertura de novo espaço turístico A Casa Mostra de Produtos Endógenos, um novo espaço de promoção e valorização dos produtos locais, é inaugurada dia 22, Dia do Concelho, pelas 11h30.
O
espaço vai funcionar na antiga adega de António Inácio da Cruz. O edifício emblemático do concelho e o armazém contíguo, localizados numa das principais entradas da vila, receberam obras de requalificação num valor superior a 230 mil euros, com uma comparticipação financeira de 85 por cento do valor elegível, no âmbito da candidatura apresentada pelo município ao Quadro Comunitário de Apoio – Portugal 2020. A nova Casa Mostra, com assinatura do gabinete de arquitetura de Francisco Aires Mateus, distribui-se por 3 espaços: a antiga adega, cujo edifício foi recupera-
do mantendo as suas características originais, foi adaptada a núcleo museológico dedicado à vinha e ao vinho, valorizando a importante história da vitivinicultura no concelho. O antigo armazém deu lugar a uma sala polivalente. Na zona exterior envolvente foi criada uma nova entrada através da rua Mouzinho de Albuquerque. A intervenção incluiu também a abertura de um pátio entre a adega e a sala polivalente. No restante terreno do lote foram mantidas algumas das oliveiras existentes e foi plantada uma vinha de diferentes castas.
ALCÁCER DO SAL
SINES
O município vai atribuir 20 bolsas de estudo no ano letivo 2018/19 a alunos do ensino superior, residentes no concelho, o que equivale a 50 mil euros de apoio. Em reunião do dia 11, e de acordo com o novo regulamento municipal para a atribuição de bolsas de estudo a estudantes do ensino superior, a edilidade deliberou por unanimidade que, destas 20 bolsas, 9 serão preferencialmente atribuídas a alunos anteriormente beneficiários e que continuem a reunir os requisitos necessários. Das 11 novas bolsas, 1 será destinada a cursos técnicos superiores profissionais, 2 para mestrados e 8 para cursos superiores. As áreas prioritárias são a medicina, enfermagem, engenharia civil, economia e gestão.Recorde-se que a contemplação de cursos técnicos superiores e mestrados, assim como a determinação de áreas prioritárias são algumas das novidades que constam do novo regulamento municipal e irão permitir apoiar mais jovens nos estudos.
A escola Vasco da Gama foi distinguida pelo 2.º ano consecutivo com a Bandeira Verde Eco-Escolas, que premeia o bom trabalho realizado em prol do ambiente. Ao longo do ano letivo 2017/18, a que reporta a distinção, a escola cumpriu os requisitos do programa através da criação de um conselho Eco-Escola, com a participação de todos os agentes educativos, realização de auditorias ambientais nas escolas e desenvolvimento de um plano de ação. A cerimónia de entrega do galardão decorreu no dia, em Pombal, no âmbito do Dia Bandeiras Verdes 2018.Desenvolvido em Portugal pela Associação Bandeira Azul da Europa, o Eco-Escolas é um programa vocacionado para a educação ambiental, para a sustentabilidade e para a cidadania. A Câmara participa no projeto, na qualidade de município-parceiro, custeando a inscrição da candidatura e deslocações, e desenvolvendo, ao longo do ano letivo, atividades de sensibilização.
Município atribui 20 bolsas de estudo
Escola local distinguida pelo trabalho ambiental
2018 | 20 DE OUTUBRO | SÁBADO | SEMMAIS | 11
NEGÓCIOS
ÂNGELO MACHADO É O NOVO PRESIDENTE DA ADEGA DE PALMELA
«Vamos continuar a apostar na inovação e no investimento» O novo líder da adega de Palmela promete muito trabalho para dar continuidade ao percurso de rejuvenescimento traçado pelas anteriores direções nos últimos anos nesta empresa com 63 anos de vida recheados de imensos prémios no país e no estrangeiro. TEXTO ANTÓNIO LUIS IMAGEM DR
O
novo presidente da Adega de Palmela, Ângelo Machado, promete «inovação e investimento» no seu mandato para que a empresa continue a singrar no mercado dos vinhos, a nível nacional e internacional. Ângelo Machado, sócio da adega desde 1996, é neto de um dos fundadores da cooperativa e tem ligações profissionais na área dos recursos humanos e informática. Além de Ângelo Machado, também os sócios Ana Silva e André Caldeira, ligados a famílias do setor vitivinícola, integram o novo conselho de administração da cooperativa.
Ana Silva é licenciada em Direito e exerce advocacia desde 1995. André Caldeira é empresário nas áreas da produção audiovisual, distribuição de conteúdos e hotelaria. A Adega de Palmela recebeu no passado dia 13 os 51 automóveis antigos que participaram na XXIV Viagem Histórica a Santiago do Cacém, organizada pelo Clube de Automóveis Antigos da Costa Azul, no âmbito das comemorações dos 123 anos da chegada do primeiro automóvel a Portugal, o Panhard & Levassor, pelas mãos do conde de Avillez. O novo líder da Adega de Palmela proporcionou um Moscatel de Honra aos participantes e por cada carro foi oferecida uma garrafa de vinho
premiada em concurso internacional. E frisou que este tipo de eventos contribui para «divulgar a adega e os seus produtos, sobretudo o Moscatel, um produto estrela da casa e que tem um reconhecimento nacional e internacional de relevo». «Frutas e vinhos para os participantes» Mas antes, os 51 automóveis antigos estiveram em exposição no Largo de S. João, tendo os seus participantes tomado o pequeno-almoço na Casa Mãe da Rota de Vinhos e levado para casa frutas e vinhos de Palmela, numa oferta da Junta de Freguesia. O presidente da Junta Jorge Mares realçou que «é uma satisfação e uma alegria muito grande recebermos estas relíquias,
que simboliza a primeira viagem de automóvel em Portugal e cujo primeiro acidente foi com um burro aqui em Palmela. Gostaríamos de ter estes carros em Palmela noutras datas para que a população possa usufruir destes carros, que são uma autêntica relíquia do património automóvel». Já Marco Paiva, vice-
-presidente do Clube de Automóveis Antigos da Costa Azul, anunciou que no próximo dia 28 terá lugar na Av.ª da Liberdade, em Lisboa, uma parada de automóveis antigos, «um dos eventos principais» deste clube com cerca de 700 sócios e com sede na Costa de Caparica. A Adega Cooperativa de Palmela, com 63 anos
de atividade, é uma das mais antigas da Península de Setúbal e todos os anos os seus vinhos são distinguidos em várias competições nacionais e internacionais tornando-a numa das referências da região. Os últimos anos têm sido marcados por um rejuvenescimento e por uma intensa ascensão desta cooperativa.
“CA NOTA 20” RECONHECE ESTUDANTES DE MÉRITO HÁ CINCO ANOS
Alunos do distrito premiados pela Caixa Agrícola de Entre Tejo e Sado
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o quinto ano da ação “Nota 20 Toca a estudar para poupar” a Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Entre Tejo e Sado, galardoa dois jovens estudantes da nossa região. Rita Paulino, de Águas de Moura, foi uma das vencedoras da edição deste ano e pousou para a foto de entrega do prémio “CA Nota 20” com os avós e os representantes da Caixa de Crédito Agrícola, José Canelas, Paulo Serafim, Luís Marques e Rita Paulino. Desde que entrou no concurso que a jovem afirma querer ser médica. Com uma média final do ensino secundário
de 19,10 valores este ano conseguiu concretizar a primeira parte do seu sonho já que garantiu a entrada para a Universidade Nova, para o curso de Medicina. Também Hugo Pinto, da Charneca de Caparica, estudante da escola Fernão Mendes Pinto, a concorrer ao “CA NOTA 20” pelo segundo ano, concluiu o 10º ano com a nota final de 18 valores. Está, também ele, na luta pelo objetivo de se formar em engenharia. De 8 de Outubro a 16 de novembro de 2018, todos os estudantes clientes do CA que frequentem entre o 7º e o 12º Ano e queiram participar no “Programa
12 | SEMMAIS | SÁBADO | 20 DE OUTUBRO | 2018
Museu da Música Mecânica nomeado para Pumpkin Awards
O CA Nota 20” o Crédito Agrícola vai premiar os 20 melhores. Para quem quer ver crescer as suas poupanças, o Crédito Agrícola atribui prémios entre 100€ a 1.000€.
Este ano a dar a cara por este projeto da Caixa Agrícola estão três YouTubers de referência: Paulo Sousa, Angie Costa e Inês Guimarães (Mathgurl). E.S.
Museu da Música Mecânica, do concelho de Palmela, está nomeado, na categoria Melhor Museu para Crianças”, nos Pumpkin. pt Awards 2018, site dedicado à divulgação de atividades para crianças, jovens e famílias. Inaugurado em outubro de 2016, o museu promove, todos os fins de semana - sábados e domingos, às 15h30 - uma visita com música, para famílias e já recebeu, desde a sua abertura, centenas de crianças em contexto
educativo. A votação para os Pumpkin Awards 2018 decorre até amanhã, dia 21, em 19 categorias de serviços para famílias. Com uma área de 1.020 m2, o Museu da Música Mecânica proporciona a todos os visitantes, uma oportunidade de viajar no tempo, explorar e ouvir centenas de instrumentos mecânicos, distribuídos por cinco galerias expositivas. Aquele equipamento cultural possui, ainda, um auditório, uma sala documental e uma sala multiusos.
NEGÓCIOS
«QUEREMOS REVITALIZAR O ECOSSISTEMA INDUSTRIAL DA PENÍNSULA DE SETÚBAL»
AISET promove fórum sobre o presente e o futuro da industrialização Um «excelente dia de reflexão sobre o futuro industrial da região» é a expetativa de Nuno Maia, diretor executivo da AISET, para o primeiro fórum empresarial sobre o futuro da industrialização que vai juntar mais de 140 pessoas na Margueira, em Almada, dia 24. Dar protagonismo aos empresários é a prioridade da Associação da Indústria da Península de Setúbal.
TEXTO ELOÍSA SILVA IMAGEM DR
N
uno Maia, diretor executivo da Associação da Indústria da Península de Setúbal (AISET), está convicto de que a região «tem potencial para receber muito mais investimento
e para ter mais e melhores empresas a atuar e a exportar». É com base nesse pressuposto, e com o objetivo de criar «um bom ecossistema industrial, em que as grandes empresas exportadoras promovem o crescimento de outras que estão na sua cadeia de valor», que a AISET promove o pri-
meiro fórum empresarial para debater o futuro da industrialização. O evento está agendado para dia 24, na Margueira, em Almada, já está no limite das 140 inscrições possíveis, e irá permitir, segundo Nuno Maia, «uma excelente reflexão sobre o nosso futuro industrial, com o contributo
essencial de intervenientes conhecedores que nos indicarão, certamente, novos caminhos de desenvolvimento». A sessão inaugural estará a cargo de Antoine Velge, presidente da AISET. O professor Fernando Alexandre, da Universidade do Minho, é um dos oradores convidados do fórum, na sessão dedicada ao investimento empresarial e ao crescimento da economia portuguesa, a par de António Saraiva, presidente da Confederação Empresarial de Portugal que irá debruçar-se sobre o presente e o futuro da indústria em Portugal. A importância do capital humano para a indústria também estará em evidência pela vozes e experiência do professor Virgílio Cruz Machado, na Faculdade de Ciências e Tecnologia da UNL, do presidente do Instituto Politécnico de Setúbal,
Pedro Dominguinhos, e de João Costa da ATEC. Está prevista, também, a presença e intervenção de Paulo Madruga, diretor executivo e sócio da sociedade de consultores Augusto Mateus & Associados, da qual foi cofundador, mestre em Economia e docente do Instituto Superior de Economia e Gestão onde leciona disciplinas na área da Economia do Território, Análise de Dados e Economia Aplicada. Em função da recente remodelação governativa foi, também, reiterado o convite para que o novo ministro da Economia, Siza Vieira, esteja presente no Fórum. A necessidade de a Península de Setúbal «voltar a ser uma região passível de receção de financiamento comunitário, para apoio ao investimento, para que as empresas da região possam competir em pé de igualdade com o resto do território nacional»,
também é um dos temas chave deste primeiro fórum da AISET. A apresentação do estudo “NUTS Península de Setúbal: caminho para o desenvolvimento” estará a cargo de Carlos Martins, secretário executivo da Associação da Indústria da Península de Setúbal. Nuno Maia enaltece que apesar da região ter «uma boa base de partida, um bom histórico e boas infraestruturas, falta «rentabilização, otimização, investimento e modernização. É esse passo que queremos dar em conjunto com o tecido empresarial e formativo. Descobrir os rumos para a industrialização», assume o diretor executivo da AISET que acredita que este seja o primeiro de muitos encontros para discutir, debater e partilhar ideias que coloquem a região de setúbal da rota do desenvolvimento industrial sustentado.
Corrida Montepio alia desporto, solidariedade e sustentabilidade ambiental Ao participar está a ajudar a ACAPO e, em simultâneo, a contribuir para a preservação do planeta. Este ano a Associação Mutualista vai ofertar uma árvore por cada duas inscrições na Corrida Montepio.
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ecorre este domingo a 6.ª Corrida Montepio que, este ano, além do apoio à Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal, com o valor total proveniente das inscrições, irá permitir a entrega ao Parque Florestal de Monsanto de uma árvore por cada duas inscrições. Uma iniciativa inédita da Associação Mutualista Montepio que alia desporto, solidariedade e sustentabilidade ambiental. O Parque Florestal de Monsanto é a entidade
beneficiária e vai acolher, já em novembro, três ações de reflorestação que representam um total de mais de 5 000 árvores que ali serão plantadas, entre zambujeiros, freixos, amieiros, salgueiros, castanheiros e muitas outras. «Apoiar o próximo, envolver a sociedade civil e promover uma cidadania sustentada» são os objetivos da Associação Mutualista Montepio que organiza, há seis anos consecutivos, uma prova
solidária de corrida e caminhada, que integra milhares de pessoas, e já angariou mais de 260 mil euros a favor de instituições de solidariedade social nacionais. António Tomás Correia, presidente do Grupo Montepio, enaltece que «a sustentabilidade e a preocupação com o meio ambiente são, desde sempre, valores intrínsecos à atividade da Associação Mutualista. Acreditamos que o progresso económico deve ser colocado ao
serviço dos nossos mais de 600 mil associados e suas famílias, mas também de toda a comunidade e ambiente que nos rodeia, por isso este ano decidimos compensar a pegada de carbono».
“Juntos pelo ambiente” é mais uma iniciativa promovida por esta entidade e que apela à participação e contribuição de todos. Com informação disponível em montepio.org, todos os participantes
são convidados a inscrever-se numa das 3 ações de reflorestação anunciadas e nas quais poderão plantar a sua árvore, em Lisboa, num gesto de solidariedade para com o ambiente. E.S.
2018 | 20 DE OUTUBRO | SÁBADO | SEMMAIS | 13
CULTURA
DEOLINDA DE JESUS CELEBRA 20 ANOS DE CARREIRA COM NOVO CD “TRAVO DE SAL”:
«Dedico este disco aos pescadores da minha terra» A entregar-se de corpo e alma ao fado, Deolinda de Jesus promete uma festa de apresentação do novo CD com fadistas amigos e algumas surpresas. O disco é dedicado aos pescadores da sua terra. TEXTO ANTÓNIO LUIS IMAGEM DR
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segundo registo discográfico da fadista setubalense Deolinda de Jesus, “Travo de Sal”, com 13 temas, surge passados 20 anos após a saída de “Estilos”, e foi gravado nos estúdios da Casa da Cultura, em Setúbal, de forma graciosa por gentileza do município. Sempre com uma agenda bastante recheada de espetáculos, Deolinda de Jesus realça que o novo CD vem colmatar o desejo do público que tanto a adora ouvir cantar. «Nos espetáculos perguntam-me sempre quando é que
eu tinha um novo CD. E este “Travo de Sal”, onde eu canto de corpo e alma, surge nessa onda e é um passo saudável para me projetar na televisão e relançar a minha carreira». O poema de “Travo de Sal”, o tema de promoção do CD, é uma oferta de Orlando Curto, ex-presidente da Câmara de Setúbal (1976), que costumava ouvir a fadista no restaurante sadino “Ribeirinha do Sado”, enquanto a música é assinada por Carlos Fonseca. O tema retrata a vida amorosa de um pescador e, por isso, sublinha: «Eu dedico este disco aos pescadores porque eu tinha pescadores na minha família», confessa.
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«Nunca parei de cantar» A artista justifica esta ausência tão prolongada devido à falta de apoios e de meios. «É preciso ter uma máquina muito grande por traz e alguém que aposte no artista». Todavia, a fadista não desanimou e deu continuidade à sua carreira, quer a fazer espetáculos quer a cantar em casas de fado alfacinhas. Atualmente canta no “Forcado”, no Bairro Alto, às segundas, quintas e sábados, mas também já atuou durante muitos anos no “Caldo Verde”, também em Lisboa. E confessa que ao longo de 20 anos, em paralelo com a sua atividade de
contabilista num agente de navegação em Setúbal, foi «amadurecendo» para gravar agora um novo disco. Além disso, reconhece que agora está «mais disponível» para se dedicar inteiramente a uma arte que tanto aprecia, dado que já se afastou do seu emprego de contabilista. «De há três anos a esta parte dedico-me inteiramente ao fado. Nunca parei porque não queria dispersar-me daquilo que eu mais gosto de fazer na vida, que era cantar». O CD levou dois meses a preparar e será também lançado em Nantes, França. Contém três temas originais: “Um travo de sal”, “Um aroma de saudade” e “A noite do vadio”, e outros que a fadista aprecia e tem cantado ao longo da carreira. Já o vídeo de promoção do CD foi gravado numa traineira em pleno Rio Sado.
Festa no Forum com muitas surpresas O novo trabalho discográfico Deolinda de Jesus vai ter honras de apresentação pública numa festa que terá lugar no dia 25, pelas 21h30, Forum Luísa Todi, em Setúbal. A fadista promete muitas surpresas na festa e será acompanhada por Múcio Sá (guitarra portuguesa), Carlos Fonseca (viola de fado) e Miguel Silva (baixo). O concerto de apresentação conta com as participações dos fadistas amigos António Pinto Basto, António José Proença, Filipe Duarte, Miguel Camões, Miguel Ramos e Nuno de Aguiar, entre outros. Haverá uma participação em cena dos artistas plásticos Eduardo Carqueijeiro e Nuno David e a cenografia de Amílcar Caetano.
Grande Guerra inspira Albérico Afonso e João Ribeiro em livro
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biblioteca pública municipal de Setúbal recebe no dia 27, a apresentação da obra “João Almeida, o último fuzilado, e outras leituras da Grande Guerra”, da autoria de Albérico Afonso Costa e João Reis Ribeiro. A obra, apoiada pelo Instituto Politécnico de Setúbal, será apresentada por Viriato Soromenho-Marques, em sessão marcada para as 18 horas.
Quase a completar-se o ciclo de memória do centenário da Grande Guerra, este livro é constituído por seis abordagens relacionadas com esse momento histórico: “A receção do antimilitarismo no movimento operário português”, “Os partidos políticos face à Guerra”, “Jaime Cortesão: um intelectual perante a Guerra”, “Aquilino Ribeiro – diário do início da Guerra”, “O
impacto social e político da I Grande Guerra no movimento operário” e “O fuzilamento do soldado João Almeida – Da farsa de um julgamento à tragédia de uma execução”. As fontes principais para a organização desta obra foram «a imprensa da época, os testemunhos memorialísticos sobre esse tempo histórico e documentação preservada em alguns arquivos».
Ganhe convites para a revista “ParqueMania” Temos convites para oferecer aos nossos leitores para irem assistir ao magnífico espetáculo de teatro de revista em cena no Teatro Maria Vitória, no Parque Mayer, em Lisboa. “ParqueMania”, tem textos de Flávio Gil, Renato Pino e Miguel Dias, e no elenco estão Paulo Vasco, Miguel Dias, Rosa Villa e Susana Cacela, entre outros. A luxuosa revista, que tanto bate nos políticos da direita como da esquerda, aposta num grupo de baile jovem e alegre, e em cenários e figurinos maravilhosos. Se tenciona passar uma noite animada, basta ligar 96 943 10 85 ou 918 047 918 e solicitar os seus convites.
14 | SEMMAIS | SÁBADO | 20 DE OUTUBRO | 2018
CULTURA
BÁRBARA SOUSA
«Gostava de ser uma modelo conceituada»
ALMADA20OUTUBRO21H00 “A BOA ALMA DE SÉ-CHUÃO” TEATRO JOAQUIM BENITE Estreou ontem a peça “A Boa alma de Sé-Chuão”, com textos de Bertolt Brecht e encenação do alemão Peter Kleinert, com João Tempera, Beatriz Godinho e Érica Rodrigues, entre outros.
SESIMBRA20OUTUBRO16H00 RECITAL “SALVINI” FORTALEZA DE SANTIAGO O espetáculo “Salvini e os seus Contemporâneos”, leva a palco as sopranos Tânia Valente e Alexandra Bernardo, que são acompanhadas ao piano por Bernardo Marques.
MONTIJO20OUTUBRO21H30 COMÉDIA “RABO DE SAIA” TEATRO JOAQUIM D´ALMEIDA O teatro de comédia está de volta com António Melo, Fernando Ferrão, Joaquim Nicolau e Almeno Gonçalves, que compõe o elenco de “Rabo de Saia”. Conta a história de Manel, que mudou de sexo.
SEIXAL20OUTUBRO22H00 CONCERTOS SEIXALJAZZ FORUM CULTURAL O 19.º SeixalJazz traz o concerto de Aaron ParksTrio. O pianista de Seattle tem estado na linha da frente da exploração das fronteiras do jazz.
MOITA20OUTUBRO21H30 BLUES NIGHT AUDITÓRIO JOSÉ MANUEL FIGUEIREDO Doug Macleod (Estados Unidos) & The Smokestackers (Portugal) atuam este sábado no grande espaço cultural da Baixa da Banheira, no âmbito do projeto Blues Night By BBBF.
PALMELA20OUTUBRO21H30 ÓPERA BARROCA DE MARIONETAS TEATRO S. JOÃO “Guerras do Alecrim e Mangerona” é uma ópera barroca de marionetas que está inserida no 2.º Manobras – Festival Internacional de Marionetas e Formas Animadas.
SINES20OUTUBRO16H30 TEATRO SÉNIOR CENTRO DE ARTES A biblioteca presenteia a população com um espetáculo a cargo do grupo de teatro sénior “Em Cena”, de Almodôvar, para toda a comunidade em geral.
GRÂNDOLA21OUTUBRO21H30 CONCERTO COM MARCO RODRIGUES CINE GRANADEIRO O jovem fadista Marco Rodrigues dá um concerto, com entrada livre, no âmbito das comemorações do Dia do Concelho.
SANTIAGO26OUTUBRO22H00 “AUTO DA ÍNDIA” AUDITÓRIO PADRE MACEDO O programa “EmCena” apresenta a peça “Auto da Índia”, pela Companhia de Teatro GATO, que está a celebrar os seus 30 anos de existência.
A modelo Bárbara Sousa, que se assume dinâmica e amorosa, sonha em brilhar no mundo da moda. A jovem beldade é estudante, tem 17 anos, pertence ao signo Capricórnio e reside em Corroios. POR ANTÓNIO LUIS IMAGEM DR
Qual o seu maior sonho profissional? Gostava de ser uma modelo conceituada e valorizada no mundo da moda e poder desfilar e fazer editoriais para as marcas que mais influenciam o mundo. E pessoal? Quero ter a oportunidade de transmitir mensagens e abordar temas importantes que por vezes os media e a sociedade não transmitem. Cidade preferida? Paris. Qual o local que gostaria de conhecer e que ainda não visitou? Os Estados Unidos da América.
Qual o seu maior vício? Por batom do cieiro. Que livro anda a ler ou leu ultimamente? “A trilogia da neblina”, de Carlos Ruis Zafon. Qual o último filme que viu no cinema? “Ocean’s 8”. Melhor peça de teatro? “O Feio”. Melhor música de sempre? “Say my name”, de Destiny’s Child. Qual a sua maior virtude? Ser honesta. E defeito? Tentar sempre ver o melhor nos outros.
Um desejo para 2018? Conseguir começar a realizar o meu maior sonho.
Como se chama o seu animal de estimação? Não tenho nenhum.
Quem convidaria para um jantar a dois? Qualquer um dos meus irmãos. São sempre uma ótima companhia e adoro passar tempo com eles.
O que levaria para uma ilha deserta? Toda a comida e água que conseguisse, uma máquina fotográfica e umas roupas.
Quem é o homem mais sexy do Mundo? David Beckham.
Dia ou noite? Dia.
Complete: A minha vida é… Colorida, cheia de amor e viva.
O que mais teme na vida? De perder quem mais amo.
O que não suporta no sexo oposto? O machismo.
A quem ofereceria um presente envenenado? A ninguém.
Comida e bebida preferida? Noodles e água.
O maior desgosto da sua vida? Até agora nenhum.
CINEMA
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ASSIM NASCE UMA ESTRELA DATA DE LANÇAMENTO 11/10/2018 NACIONALIDADE ESTADOS UNIDOS GÉNERO DRAMA, MUSICAL ELENCO BRADLEY COOPER, LADY GAGA, SAM ELLIOTT REALIZADOR BRADLEY COOPER DURAÇÃO 135 MINUTOS
Nesta nova versão da trágica história de amor, Jackson Maine, um músico consagrado descobre-se apaixonado por Ally, uma artista em dificuldades. Esta tinha desistido de realizar o sonho de ser cantora até que Jack a ajuda a chegar aos grandes palcos e ao estrelato. Mas enquanto a carreira de Ally descola, o lado pessoal da relação de ambos começa a deteriorar-se, ao mesmo tempo que Jack luta contra os seus próprios fantasmas. Trata-se da terceira refilmagem da versão original de 1937 que estreou no 75.º Festival de Cinema de Veneza em agosto deste ano. Veja esta película com excelentes músicas e interpretações no confortável cinema City do Alegro de Setúbal.
2018 | 20 DE OUTUBRO | SÁBADO | SEMMAIS | 15