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A REGIÃO
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edição especial comemorativa do 16º aniversário do semmais
VENDA INTERDITA Sábado | 21 fevereiro 2015
Diretor: Raul Tavares
semanário — edição n.º 844 • 8.ª série — 0,50 € • região de setúbal
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CULTURA 8
NEGÓCIOS 12 e 13
SOCIEDADE 5
Anabela comemora 30 anos de carreira com CD "Casa Alegre" de música tradicionais.
Mais uma 'chuva' de prémios para vinhos da Península de Setúbal.
Tróia vai receber a 26 e 27 de Março Congresso Nacional dos Municípios Portugueses. Fotos: DR
Arrábida já conta com mais de uma centena de javalis que destroem flora e fauna e ameaçam moradores Ninguém consegue explicar porque é que depois de quase extintos os javalis selvagens da Arrábida começaram a crescer nos últimos cinco anos. Os animais são considerados perigosos, destroem a fauna e flora junto aos seus habitats e ameaçam os moradores que ainda residem na periferia da serra arrabina. No Verão é vê-los em passeio por Setúbal e Azeitão. PÁG. 4
Pub.
Cruz Vermelha comemora 100 anos em Setúbal
Crimes baixam na Avaliadores de água região, com exceção fraudulentos atacam da violência doméstica em força na região
ENFOQUE A Cruz Vermelha em Setúbal comemora 100 anos de atividade, menos 50 em relação à data da fundação da instituição. A sustentabilidade económica é um dos orgulhos dos atuais líderes.
LOCAL Entre 2012 e 2013 registaram-se menos 1449 crimes na região, segundo dados do Ministério da Justiça, em ordem dos registos das várias forças policiais. A violência doméstica aumentou.
LOCAL Falsos funcionários das Águas de Portugal andam a propor contratos fraudulentos aos consumidores do distrito. O alerta é da própria empresa que já recebeu inúmeras queixas.
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ENFOQUE
Trabalho desenvolvido em prol da população orgulha cidade e dificuldades financeiras não desarmam voluntários
Cruz Vermelha há 100 anos em Setúbal Cinquenta anos depois da fundação da instituição a nível nacional, Setúbal ergueu as suas bases da Cruz Vermelha. Um percurso carregado de história, mas também de orgulho. As dificuldades não esmorecem as equipas. Texto Marta David A CRUZ Vermelha de Setúbal assinala este ano o centésimo aniversário, uma data histórica para uma delegação que tem tido, ao longo do século, um papel primordial no que respeita ao seu papel social junto da sociedade. É esse trabalho continuado, desenvolvido em prol da população, que é destacado pela direção numa altura em que se assinalam também os 150 anos da Cruz Vermelha Portuguesa. Para Rita Esteves, da delegação de Setúbal da Cruz Vermelha, mais que pontos altos na história da instituição importa realçar «o trabalho continuado junto da população de Setúbal bem como a proximidade sempre conseguida por todas as equipa diretivas». No entanto não deixa de referir a importância que a Cruz Vermelha teve durante a I Grande Guerra com a prestação de cuidados de saúde e emergência, papel esse que está, inclusive, a ser alvo de uma tese de mestrado. «A nossa Delegação enviou médicos e enfermeiros, militares, que prestaram auxílio aos feridos de guerra. Durante a Pneumónica, em 1918, foi também prestado um grande auxílio à população, auxílio esse que terá sido fundamental para a sobrevivência de muitas pessoas quer pelos cuidados diretos prestados
aos doentes quer pelo controlo do contágio, com a implementação de medidas simples como a criação de espaços próprios para os doentes, e para os mortos.» Longe vão os tempos dos conflitos em Portugal, mas nem por isso é menor a intervenção da Cruz Vermelha. «A instituição tem sabido evoluir e estar atenta às necessidades da população. A criação do Serviço de Apoio Domiciliário, a Linha 144 de emergência social, os rastreios à população, o ensino do socorrismo demonstram isso mesmo e como tal constituem pontos altos da nossa “vida” atual.» Para além do apoio na área da saúde, uma das intervenções prioritárias da Cruz Vermelha, esta atenção ao evoluir da sociedade levou a que se fossem criando outras valências, nomeadamente na área social. «A intervenção na área social, sendo uma grande necessidade hoje em dia, levou ao alargamento da atuação junto dos mais carenciados, com entrega de bens alimentares e outros bens essenciais, como roupa, calçado ou produtos de higiene. Para além disso ministramos formação para grupos mais desfavorecidos, e algumas Delegações dispõem de espaços para crianças – Creches, Jardins-de-infância, ATL´s, espaços de convívio inter-geracionais e Academias Sénior.» A par de todas estas valências, estão também outros projetos, que se destinam a contribuir para a melhoria das condições da comunidade. Neste âmbito enquadram-se os projetos vocacionados para a juventude e infância e aqueles que promovam o desenvolvimento das suas competências em diferentes áreas como os primeiros-socorros ou os comportamentos de risco. Boa imagem e sustentabilidade financeira
A Cruz Vermelha Portuguesa é uma instituição «bem vista aos olhos da sociedade». As populações credibilizam o trabalho prestado e a confiança parece ser a palavra de ordem. Para isso muito tem contribuído o papel desenvolvido pela Cruz Vermelha Internacional, mas também o facto de ter «uma forma de trabalhar que prima acima de tudo pela qualidade do serviço prestado, condição bem reconhecida pela comunidade e que nos orgulha muita», explica Rita Esteves. Apesar disso ainda são muitos os que confundem qualidade com preço alto e, por isso «a sociedade em geral continua a ver a CVP como uma instituição de elite e cara o que não é de todo verdade». A nível local, o trabalho desenvolvido pela delegação tem sido alvo de maior mérito e reconhecimento, como se compro-
va pelos prémios e distinções recebidos. [ver caixa] Financeiramente, tal como a maior parte das organizações deste setor, também a Cruz Vermelha tem tido algumas dificuldades. Rita Esteves realça a dificuldade para a realização de investimentos, quer sejam para capacitação de meios técnicos, como remodelações de espaços ou a aquisição de viaturas ambulância. Uma dificuldade acrescida uma vez que a instituição não pode candidatar-se a fundos comunitários por ser entidade privada e, como tal, tem de financiar, por exemplo, a aquisição de uma ambulância por inteiro ao contrário de outras instituições. Apesar das dificuldades, explica a responsável, «temos conseguido manter a sustentabilidade da delegação com grande
Prémios e distinções que orgulham Ao longo dos anos, a delegação de Setúbal tem recebido distinções que são motivo de orgulho para as várias equipas diretivas. Rita Esteves destaca o Diploma de Mérito Cívico em Saúde, ao Sector da Juventude da Delegação, em 7 de Abril de 1993, atribuído pela Sede Nacional da Cruz Vermelha Portuguesa, e a atribuição da Medalha de Honra da Cidade de Setúbal, na classe de Paz e Liberdade, a 15 de Setembro de 2001, pelo Presidente da Câmara.
disciplina de custos e no investimento nos recursos adequados, assim como no desenvolvimento de ações pontuais de mecenato.»
Qualidade dos voluntários é garante de segurança A delegação de Setúbal da CVP dispõe de cerca de 70 voluntários, 55 deles operacionais da área de emergência, 5 elementos da Direção da Delegação Local e os restantes 10 elementos nas áreas de apoio geral. Grande parte destes voluntários são pessoas com grande formação não só académica, mas também técnica e institucional, condição essencial para manter vivos os princípios da CV e uma linha condutora da sua ação de qualidade.
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SOCIEDADE
Rotary de Sesimbra debate comunicação social
Alcácer desespera por arranjo do IC1
A comunicação social vai estar no centro do debate organizado pelo Rotary Club de Sesimbre, este sábado, na sequência de um conjunto de conferências organizadas por esta instituição. A sessão decorre na sala
O presidente do município de Alcácer, Vítor Proença, acompanhado pela vereadora Ana Soares da rede viária e da Proteção Civil da autarquia já reuniu com a Estradas de Portugal para solicitar a reparação ur-
polivalente da biblioteca da localidade e vai contar com a presença dos jornalistas Daniela Santiago, Francisco Rito, António Marques, Jorge Santos, Félix Rapaz, Eduardo Paulo Cruz e Raul Tavaresa.
gente do troço do IC1 entre Alcácer e Grândola, sob o risco de se continuar a prolongar o já negro quadro de acidentes naquele itinerário complementar. O arranjo está avaliado em 6 milhões de euros.
Relatório do Ministério da Justiça regista menos quase 1500 crimes de 2013 para 2014
Crimes já baixaram no distrito mas violência doméstica aumentou Mesmo com uma redução significativa nos registos policiais, os índices no distrito revela uma região das mais problemáticas do país. A violência doméstica acentuou as preocupações das autoridades
taque vai para o furto em veículo motorizado, isto é, furto de objetos de dentro de viatura. Já a condução de veículos por condutores com taxa de álcool igual ou superior a 1,2 gramas por litro ocupa o terceiro lugar, seguindo-se a violência doméstica contra cônjuge ou análogos. Uma preocupação crescente na região, já que «as denúncias estão a aumentar todos os anos no distrito», segundo avança fonte policial ao Semmais, para quem os dados disponíveis comprovam o que os agentes têm encontrado no terreno Basta ver que de 2011 para 2013 a curva veio sempre a subir, de 1954 registos para 2080. Ou seja, mais 126 casos do que há três. Em 2012 a região já chegava às 1942 ocorrências. Entre os concelhos da região é Setúbal que inverte a tendência crescente, baixando de 298 para 260 casos de violência doméstica. O furto de metais não preciosos, incluindo o cobre, ocupa a oitava posição da lista, enquanto os furtos por carteirista estão na décima primeira posição. Os dados sobre o número total de crimes registados em 2013 foram compilados entre os registos da PJ, PSP, GNR, Autoridade Tributária, Autoridade de Segurança Alimentar e Económica, Polícia Marítima, Polícia Judiciária Militar e Serviços de Estrangeiros e Fronteiras.
O NÚMERO de crimes registados pelos vários órgãos de polícia criminal totalizou 34931 casos na região, em 2013, representando menos 1449 do que os 36380 de 2012, segundo indica um relatório do Ministério da Justiça. Ainda assim, o distrito revela-se um dos mais problemáticos no país, segundo a atualização definitiva agora divulgada e o aumento da violência doméstica é encarada como a maior preocupação junto das forças de segurança, após um novo aumento de episódios, confirmando a tendência dos últimos anos. Os concelhos com mais crimes são também os municípios com mais habitantes. Almada tem 7200 ocorrências, depois de no ano anterior se
DR
Texto Roberto Dores
Ações das polícias têm sido eficaz na prevenção de crimes rodoviários ter fixado nas 7388, Seixal chegou às 5102, conseguindo baixar das anteriores 5845, enquanto Setúbal também registou uma queda, de 5604 para 5005.
Condução por álcool ocupa o terceiro lugar Ainda assim, a redução não é exibida em toda em linha. Houve concelhos que foram contra a corrente, apresentando aumento do número de crimes. Da lista constam Alcochete (588
em 2013 contra 559 em 2012), Barreiro ((3341-3179), Moita (2619-2574), Grândola (735-612) e Odemira (863785). De acordo comos dados atualizados pelo Pordata sobre número de crimes registados pela PJ, PSP e GNR, a maioria das ocorrências foi cometida contra o património, enquanto em segundo lugar surgem os crimes contra as pessoas. Os crimes contra o Estado representaram uma parcela de 13,4 por cento. Quanto aos crimes cometidos com maior frequência, o des-
Os custos da separação A Câmara do Seixal vai assinalar o Dia Internacional da Mulher com uma reflexão sobre a violência doméstica e de género, mas aposta numa ideia original, com recurso à criação de almofadas com mensagens sobre esta temática, que irão integrar uma exposição coletiva. O desafio já foi lançado e todos estão convidados a participar. «O que se propõe é que reflita sobre a temática da violência doméstica e de género e transponha para uma almofada as suas ideias e pensamentos, através de imagens, objetos, desenhos ou palavras», explica o município, sublinhando que não é necessário ser artista. «Basta acreditar e defender o direito a oportunidades iguais», acrescenta, recordando que a violência não atinge só mulheres ou crianças, podendo «estar na porta ao lado». As almofadas devem ter uma dimensão não superior a 50x50 cm e podem ser feitas com materiais à escolha. Os trabalhos devem ser entregues até dia 3 de março. Quem quiser participar sem enviar a almofada pode fotografá-la e enviar a imagem para o email accao.social@cm-seixal.pt até à mesma data.
Montijo cria conselho estratégico para o desenvolvimento económico
O ALERTA é dado pela empresa Águas de Portugal (AP): Os moradores da região de Setúbal estão a ser alvo de «contactos fraudulentos» em nome da própria empresa, em que falsos funcionários vêm tentando agendar visitas aos domicílios, com o argumento de que pretendem avaliar a qualidade da água, embora o objectivo seja a venda produtos. Vários consumidores sadinos já apresentaram queixa a denunciarem os contactos que receberam ao longo das últimas semanas, o que levou a AP a lançar o alerta contra esta alegada «fraude». De acordo com as denúncias feitas por quem já foi abordado em casa, os falsos funcionários têm tentado convencer os clientes a agendar um dia e uma hora
O EXECUTIVO da Câmara do Montijo aprovou, por unanimidade, na reunião do passado dia 18, a realização de um protocolo com a Associação para a Formação Profissional e Desenvolvimento do Montijo para a criação do Conselho Estratégico para o Desenvolvimento Económico Local (CEDEL). O CEDEL pretende unir forças sociais e económicas em torno de um desígnio de desenvolvimento do concelho, numa lógica de intervenção apoiada na cooperação e articulação entre os vários atores sociais, como são exemplo as associações empresariais, as associações sindicais, as instituições públicas que atuam na área local e regional, as instituições particulares de solidariedade social, as universidades e institutos politécnicos.
para uma visita que permita verificar a qualidade da água que sai da torneira. Contudo, as pessoas que acederam a abrir as suas portas, seriam confrontadas com tentativas de venda de aparelhos dotados de filtros para serem colocados nas torneiras, após as alegadas medições. A AP acrescenta ainda que não faz a recolha de amostras de água para análise da qualidade dentro das casas, mas que se isso acontecer será apenas a «título excepcional e previamente comunicado aos consumidores por meios oficiais». De resto, conclui, «os técnicos que desloquem a casa dos consumidores estão sempre devidamente identificados».
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Roberto Dores
DR
Falsos avaliadores de água andam por Setúbal
Nuno Canta quer mais formação
A criação do CEDEL enquadra-se na estratégia municipal de afirmação do Montijo no quadro da NUT II Lisboa enquanto território decisivo na consolidação da região, através de um crescimento económico sustentável, inclusivo e socialmente coeso. O CEDEL, operacionalizado com a criação do gabinete para o Desen-
volvimento, Empreendorismo e Inovação (GDEI) que funcionará na Escola Profissional do Montijo, pretende assim ser um espaço de debate e reflexão sobre o desenvolvimento económico do concelho. No âmbito do protocolo aprovado, o município disponibilizará um apoio mensal de 1 800 euros à associação para a formação profissional e desenvolvimento do Montijo para a instalação e funcionamento do CEDEL e do GDEI. Por sua vez, a Associação para a Formação Profissional e Desenvolvimento do Montijo compromete-se a disponibilizar espaço físico, recursos humanos e materiais para a instalação e funcionamento das duas estruturas, assim como para a instalação de uma incubadora de empresas.
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SOCIEDADE
Animais selvagens destroem natureza e ameaçam moradores desde há cerca de cinco anos
Já há mais de cem javalis na Arrábida
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Ninguém consegue explicar como apareceram os primeiros javallis na serra arrabina
Não davam sinal de vida há décadas e nos últimos cinco anos têm sido uma praga que ninguém consegue explicar. São destruidores e a fauna e a flora as principais vítimas. Os moradores receiam ataques Texto Roberto Dores NINGUÉM SABE explicar ao certo como apareceram os primeiros javalis na serra Arrábida há cerca de cinco anos, onde não davam sinais de vida há décadas. Mas hoje já são mais de cem - segundo admite o próprio Parque Natural - e passaram a ter o estatuto de «praga». Destroem quase tudo o que lhes aparece pela frente. A fauna e a flora são as principais «vítimas». Há um projeto para abater os suínos, mas a primeira tentativa, que teve lugar em Janeiro, falhou. Os moradores receiam ataques. «Basta ver o que eles já fazem. Andam por todo o lado. Vão junto da pessoas pedir comida. É preciso dizer que são selvagens e imprevisíveis. Tememos que um dia ataquem uma criança, por exemplo.
São ferozes”, diz diretora do Departamento de Conservação da Natureza e Floresta de Lisboa e Vale do Tejo, Maria Jesus Fernandes, aconselhando as pessoas «a não darem comida aos javalis, porque correm perigo». Aliás, na porta do Forte de Santa Maria da Arrábida, no Portinho, está afixado um aviso que alerta os turistas para frequentes aparecimentos de javalis na zona e aconselha as pessoas a não alimentarem os animais, nem a colocarem comida à vista. «Lembre-se que estes animais são selvagens e quando ameaçados ou mesmo próximo de pessoas podem tornar-se agressivos e atacar», sublinha o documento. De resto, encontrar javalis à procura de comida junto a um contentor do lixo ou debaixo da mesa da esplanada de um qualquer res-
taurante passou a ser um cenário recorrente em plena serra. A proliferação de suínos disparou, sobretudo, nos últimos dois anos e estará hoje fora de controlo. Estes animais não têm predador natural, podendo as fêmeas ter duas ninhadas de quatro a cinco crias a cada três anos, o que explica o boom. No Verão os animais descem a serra até Setúbal e Azeitão Sobretudo no Verão, os animais chegam a descer a serra para entrarem na cidade de Setúbal ou na vila de Azeitão à procura de água e alimento. Ainda em 2014, a Federação Nacional da Caça (Fencaça) sugeriu promover frequentes montarias na serra, que não seriam autorizadas pelo Instituto de Conservação
da Natureza e Floresta, embora os proprietários dos terrenos agrícolas na Arrábida, com licença de caçador, estejam habilitados a fazer o controlo da espécie. Isto é, o ICNF emite credenciais a autorizar o abate dos animais, embora o Clube da Arrábida (CA), formado por moradores, coloque reservas na exceção introduzida há cerca de um ano, justificando que «é perigosa, porque alguma pessoa pode ser atingida», segundo Pedro Vieira. Já este ano entrou em prática um novo plano de combate à «praga», com 17 caçadores a irem para o terreno, apoiados pela GNR e Parque Natural, tendo a zona de intervenção sido isolada, mas a iniciativa não correu bem, já que as condições climatéricas «empurraram» os animais para outra zona. Está prevista uma nova incursão em data a designar.
Festival Finisterra marca pontos em Porto Seguro Carlos Sargedas, diretor do Finisterra, levou Sesimbra a terras brasileiras
DR
O “FINISTERRA Arrábida Film Art & Tourism Festival”, esteve presente na “7.ª edição do Arraial Cine Fest”, no Porto Seguro, Brasil, com honras de abertura do certame, através do visionamento do documentário sobre o Cabo Espichel, da autoria de Carlos Sargedas, que é também diretor do Finisterra, com sede em Sesimbra. O convite partiu da Prefeita de Porto Seguro, Cláudia Oliveira, que assinou um protocolo de cooperação entre o Finisterra e a Prefeitura de forma a dar continuidade a este intercâmbio. Ainda segundo o protocolo, a vila de Sesimbra, irá receber a edil de Porto Seguro. «A senhora Prefeita e parte da sua equipa, onde também se incluí Laércio Silva, o principal responsável desta ligação de Sesimbra de Porto Seguro, assumiu um reforço da cooperação entre os dois eventos», explicou ao Semmais Carlos Sargedas. A ideia é mesmo promover a ‘piscosa’ e toda a região de Setú-
bal em terras brasileiras, pelo que o diretor do Finisterra foi acompanhado pelo presidente da Câmara de Sesimbra, Augusto Pólvora, que foram recebidos pela Prefeitura de Porto Seguro, ocasião para apresentar «o potencial turístico da região». Carlos Sargedas foi também convidado a fazer um banco de imagens desta região brasileira,
convite que o deixou orgulhoso. «Este foi o primeiro trabalho de reconhecimento da região. Iremos voltar ainda este ano para que pos-
samos desenvolver um trabalho sério e profundo para a promoção turística. É com enorme prazer que vejo o meu trabalho ser reconhecido internacionalmente com este convite institucional. Fazer um banco de imagens de uma região muitas vezes maior que Portugal é fantástico Vai ser com enorme prazer e orgulho que o nosso trabalho vai ser a montra de Porto Seguro em feiras de turismo e toda a informação institucional e empresarial da região», confessou ao Semmais. O diretor do Finisterra foi ainda orador como presidente da Arrábida Film Commission na conferência sobre cinema integrado no “Arraial Cine Fest”, no sentido de, como referiu, «ajudar na criação de uma Film Commission em Porto Seguro». Efoi também homenageado pela direção do certame pelo seu trabalho na ligação cultural entre Porto Seguro e Sesimbra através do cinema e da cultura.
Festival “Trojan Horse Was a Unicorn” pode deixar Tróia ANDRÉ LOURENÇO, o promotor do festival “Trojan Horse Was a Unicorn ”, que este ano vai trazer pela terceira vez a Tróia os maiores especialistas mundiais da indústria do cinema e dos jogos, em especial na área dos efeitos especiais e animação - , afirma ter propostas para levar o evento para outras partes do mundo, nomeadamente Espanha e África do Sul, dada a dimensão que o certame atingiu a nível internacional. Para já, afirma André Lourenço, «não está nada decidido» mas, sublinha, «os fracos apoios obtidos na região e junto das marcas nacionais», poderão levar a organização a zarpar para outro país. «Vamos decidir em breve porque os apoios aqui não nos permitem continuar», explica André Lourenço, desalentado com o facto de para este ano estar a confrontar-se com negativas, nomeadamente o Turismo de Portugal. Os responsáveis do certame, que este ano, para a edição de em Setembro, já confirmou a presença de cerca de setecentos participantes oriundos de todo o mundo, não compreendem porque é que o Turismo de Portugal «diz não poder apoiar o nosso evento e ao mesmo tempo afirmar querer trazer para o país grandes congressos internacionais». O “melhor do mundo” recomendado para visitar Recorde-se que o “Trojan Horse Was a Unicorn Festival” foi recomendado este ano por um dos blogues da especialidade mais conceituados na cena internacional, o “CreativeBloq”, como o evento do género de maior interesse a visitar. Para este ano, o festival que decorre entre 15 a 19 de Setembro, já tem confirmadas as presenças de 16 convidados de topo, entre eles Iain Maccaig, uma lenda dos anos 90, ligado a alguns dos melhores projetos de Hollywood, nomeadamente a saga Star Wars.
Evento é já um ícone internacional
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Municípios portugueses lançam bases em congresso nacional a 26 e 27 de Março, em congresso histórico na região
Mais de dois mil autarcas e convidados preparam ’invasão’ de Tróia
MAIS DE duas mil participantes, entre delegados e convidados vão animar a península de Tróia entre os dias 26 e 27 de Março, durante o congresso extraordinário da Associação Nacional dos Municípios Portugueses (ANMP). A antecipação do congresso foi «uma pressão» dos autarcas da CDU e do PS, que defenderam a ideia de que, com eleições legislativas à porta e perante «um elevado descontentamento das autarquias locais», seria adequado organizar a reunião magna dos municípios. «Do ponto de vista político faz todo o sentido», garantiu ao Semmais Vítor Proença, presidente da Câmara de Alcácer, único autarca do distrito de Setúbal que faz parte do órgão direPub.
tivo da ANMP. Como pano de fundo, explica o autarca alcacerense, estão os cortes nos serviços públicos, a medida que obriga as câmaras mais endividadas a entrar para um fundo municipal e a persistente perda de autonomia do poder local. «O estado deveria apoiar as cerca de 30 câmaras em dificuldades e não o faz da forma mais correta e há também os brutais aumentos de impostos em todos os segmentos que não são proporcionais para os cofres dos municípios», explica Vítor Proença. Mas o congresso vai decorrer em moldes diferentes do habitual, uma vez que este congresso dos autarcas portugueses será organizado, de acordo com o presidente da ANMP, Manuel Ma-
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Tróia vai receber o XXII Congresso da Associação Nacional dos Municípios Portugueses. Entre participantes e convidados estima-se mais de duas mil presenças. É a primeira vez na região de Setúbal
Imagem de um dos congressos nacionais dos municípios portugueses
chado, «num modelo mais aberto, com conferencistas convidados a apresentarem temas que podem contribuir para o desenvolvimento do país». Daí estar previsto a participação, como convidados a intervir, de vários especialistas, tais como Gomes Canotilho, Lobo Xavier, Augusto Mateus e João Salgueiro. Segundo o Semmais apurou foram convidados para marcar presença na fase de
abertura ou encerramento o presidente da República, Cavaco Silva, e o primeiro-ministro, Passos Coelho. «Os convites já seguiram, mas não há ainda nenhuma confirmação. Mas dada a importância do evento, é suposto que as maiores autoridades do país possam marcar presença, até pela importância que o poder local tem na nossa organização social», acrescentou uma fonte da ANMP contactada pelo Semmais.
Para além dos empreendimentos de Tróia receberem, em época baixa, uma comitiva tão larga e a nata dos autarcas nacionais, a Câmara de Grândola também mostra uma enorme satisfação. «“É um momento de grande importância para o nosso concelho e para toda a região», disse Figueira Mendes, o presidente da câmara grandolense. E acrescentou: «É a primeira vez que o Alentejo recebe o con-
gresso dos autarcas portugueses, um momento único para afirmarmos todas as nossas potencialidades». Sobre os trabalhos do congresso o autarca afirma que «O poder local democrático está a sofrer uma ofensiva sem precedentes, pelo que é urgente uma posição forte de todos os autarcas, contra as políticas da administração central. Espero que os valores de Abril, a que o nosso concelho está indissociavelmente ligado, estejam em destaque neste congresso». Figueira Mendes já teve, aliás, disponibilidade de trocar impressões com o secretário-geral da ANMP, durante uma visita que ambos fizeram a Tróia, a semana passada. E, segundo apurou o Semmais de fonte ligada à organização, a realização do XXII Congresso da ANMP já conquistou a parte substantiva dos patrocínios, um valor que não foi divulgado, mas que segundo a mesma fonte «assegura quase toda a despesa».
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LOCAL
Obras de manutenção nos reservatórios de água Os SMAS Montijo estão a executar um plano de intervenção para a manutenção dos 14 reservatórios de água do concelho. A informação foi avançada na reunião de câmara de quarta-feira, pelo presidente Nuno
Canta. O presidente salientou que, até ao momento, foi executada a manutenção e recuperação dos reservatórios de água de Canha e de Sarilhos Grandes. As obras ascendem a mais de 50 mil euros.
Almofadas contra a violência doméstica Para assinalar o Dia da Mulher, o município do Seixal está a promover uma ideia original de reflexão sobre a violência doméstica e de género: a criação de almofadas com mensagens sobre esta temática
que, em março, integrarão uma exposição. As almofadas devem ter uma dimensão não superior a 50x50 cm e podem ser feitas com materiais à escolha. Os trabalhos devem ser entregues até 3 de março.
Sob o lema “Alcácer, Rio de Culturas”, o município mostra que o Alentejo tem enormes potencialidades
Alcácer do Sal promove produtos tradicionais na Bolsa de Turismo de Lisboa NO ÂMBITO da presença do município na Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL), sob o lema “Alcácer, rio de culturas”, a autarquia organiza diversas atividades com a intenção de promover simultaneamente o património edificado e cultural, o artesanato, a riqueza paisagística e também a gastronomia. Alcácer do Sal, integrada no pavilhão da Turismo do Alentejo, pretende dar a conhecer aos visitantes do mais importante certame do setor alguns produtos endógenos do concelho. Nesse sentido, no dia da inauguração da BTL (25 de fevereiro) realiza-se uma prova de vinhos e azeites do concelho de Al-
Domingos em família em Sesimbra NO PROGRAMA deste mês dos “Domingos em Família”, o cineteatro João Mota recebe, este domingo, às 17 horas, um conjunto de filminhos infantis pela Zero em Comportamento – Associação Cultural. Ao todo são nove curta-metragens, para maiores de 4 anos, produzidas por realizadores de diferentes países, que tem como objetivo principal elevar a literacia visual dos diversos públicos. As sessões pretendem «complementar e diversificar os conteúdos das disciplinas escolares, abordando diferentes temáticas, que vão desde a natureza às artes, como a sexualidade, a sociedade, o racismo, a xenofobia, o bullying, a biodiversidade, a sustentabilidade, a conservação, a biologia, a música, a dança, o teatro, entre outras».
cácer e confeção de tiborna, tendo como parceiros a Herdade da Barrosinha, Herdade de Vale de Arca e Padarias Reunidas do Torrão. Nos restantes dias irão ser feitas degustações pontuais de doces e salgados do concelho, com a presença de Casimiro Jerónimo com as suas famosas empadas, que receberam o prémio “As Melhores Empadas de Lisboa”, e mais alguns doces produzidos com produtos endógenos característicos da região. Presente no espaço de Alcácer do Sal, e a convite da Câmara Municipal, vai estar também a doceira Rita Morgado com as pinhoadas de Alcácer; a pastelaria do Tor-
rão “Carapinhas” com os pastéis de tutano (uma receita histórica); o Restaurante “Besugo”, também do Torrão, com um salgado histórico; e a pastelaria “Merendinha”, igualmente localizada na vila do Torrão, com um doce conventual. A restauração do Torrão vai promover o evento que se realiza de 22 a 24 de maio, “Torrão Quinhentista – V Recriação Histórica”, já que os produtos para degustação têm todos por base receitas históricas, e os parceiros estarão trajados à época. Durante a BTL, o município vai ainda fazer a apresentação do pacote turístico “Alcácer com Vida”,
Grândola estuda, protege e valoriza canção de protesto O MUNICÍPIO criou o Observatório da Canção de Protesto, em parceria com a Associação José Afonso, a Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa e a Sociedade Musical Fraternidade Operária Grandolense. A iniciativa, projetada pela CMG e a AJA em 2007, avança agora com os dois novos parceiros, dedicando-se à observação, sistematização e divulgação da informação associada à música de intervenção e protesto, e ao seu estudo, com especial destaque para a forma musical canção. O OCP valoriza a herança cultural de todos os que, através da música, se empenharam e empenham na defesa dos valores da liberdade, da fraternidade e da igualdade. As quatro instituições parceiras vão assinar o acordo de constituição do OCP no dia 2 de março, pelas 15 horas, em Grândola. O acordo promove a implementação de uma estratégia de partilha integrada de recursos materiais, documentais e de conhecimento, com o objetivo de desenvolver a salvaguarda do património da música e da canção de protesto produzido e di-
Cineteatro João Mota
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Prova de vinhos e azeites e degustações de doces, salgados e de pão do Torrão são algumas das ações que irão atrair os turistas ao stand
que pretende a valorização do concelho e do melhor que tem para oferecer em termos turísticos e a aposta em cativar novos públicos. Vão
igualmente ser mostrados aos visitantes da BTL dois vídeos promocionais do concelho, intitulados “Cripta” e “Alcácer com Vida”.
Seixal transfere loja do munícipe
Palmela reclama classificação de freguesias rurais
Loja de Arrentela muda para Torre
Protocolo é assinado a 2 de março
vulgado ao longo dos seculos XX e XXI. Prevê prioritariamente a promoção da sistematização e divulgação dos núcleos patrimoniais existentes, bem como a sua revalorização documental e arquivística, em termos culturais e musicais, incluindo a realização de encontros, colóquios, congressos, publicações, exposições e espetáculos. “Grândola, vila morena”, de José Afonso, símbolo da Revolução do 25 de Abril e dos seus valores, é uma referência mundial no conjunto das canções de protesto, a que o OCP presta tributo, enaltecendo os valores da resistência à ditadura e os combates pela liberdade e pela democracia.
A PARTIR do dia 28, a Loja do Munícipe de Arrentela vai transferir todos os seus serviços para a Loja do Munícipe da Torre da Marinha, no RioSul Shopping. As mudanças devem-se ao facto de a autarquia estar condicionada às políticas do Governo que, nos últimos anos, tem adotado medidas que «dificultam e criam obstáculos à gestão dos municípios e à sua capacidade financeira e tem imposto uma redução no número de trabalhadores, condicionando o alcance da resposta aos problemas das populações». Neste sentido, a autarquia tem vindo a efetuar vários reajustamentos na rede de lojas, procurando novas centralidades sem prejuízo para os utilizadores daqueles postos de atendimento e assegurando a continuação de uma política de proximidade aos munícipes.
O PRESIDENTE Álvaro Amaro considera que a não classificação de Marateca e Poceirão como freguesias rurais, vem prejudicar «estas freguesias, tal como toda a Península, no acesso a fundos comunitários pela sua proximidade à capital, na sequência da aplicação meramente técnica, por parte do Governo, das orientações e metodologias emanadas pela União Europeia, sem qualquer atenção à especificidade dos territórios e às necessidades das populações». O edil, que esteve recentemente reunido com o secretário de estado da Agricultura, recebeu a garantia do governante que estas duas freguesias não ficariam excluídas da área de apoio 6 – Renovação de Aldeias, da Medida 10 do PDR.
Ponte ferroviária do Zambujal
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OS PROJETOS de regeneração do território da Margueira, em Almada, está em vias de ganhar um novo impulso este ano com a Cidade da Água, que vai nascer na área dos desativados estaleiros de construção naval da Lisnave. Já foi dada ‘luz verde’ para o desenvolvimento do masterplan deste projeto, desenhado pelo arquiteto Richard Rodgers, com o apoio da Atkins, e que contempla a regeneração e reconversão total daqueles 54 hectares, dos quais 10 de docas. O plano tem aprovada a construção de 640 mil metros quadrados, dos quais 50 por cento são de uso misto, o que é «uma grande mais-valia, pois significa que poderão ser afetos a vários tipos de utilização», afirma Sérgio Savaiva, administrador da Baía do Tejo.
Montijo vai promover a quinzena da gastronomia de Inverno ENTRE 21 de fevereiro e 8 de março, o município promove a Quinzena Gastronómica do Campo “Comeres de Inverno”. Dedicada ao campo, a iniciativa vai decorrer em seis restaurantes de Pegões e de Canha, e visa promover pratos preferencialmente ligados à gastronomia rural. Os restaurantes aderentes são “O Cantinho”, “Retiro das Taipadas”, “O Candeias”, “O Escadinhas”, “O Forcado” e “O Carlos”. Todos os espaços irão apresentar a concurso um prato com os produtos mais emblemáticos da região, onde os elementos gastronómicos associados ao campo são o ingrediente essencial. Um júri composto por representantes da câmara e especialistas da gastronomia irá apreciar os pratos a concurso e atribuir prémios aos pratos que evidenciarem de melhor forma as características da gastronomia rural, como os legumes ou os produtos liga-
A gastronomia associada ao campo vai estar em destaque no evento
dos à caça. Com mais esta iniciativa, a autarquia pretende continuar a impulsionar e dinamizar a gastronomia como produto turístico de excelência, como aconteceu com a Quinzena Gastronómica “Comeres de Outono” que decorreu com
sucesso na zona urbana do concelho, em 2014. O evento promete ser uma ótima oportunidade para apreciar produtos de qualidade, sabores tradicionais e desfrutar da melhor gastronomia associada ao campo.
Barreiro candidata-se ao prémio para melhor bairro
Sines apresentou Moita anima plano de pequenada proteção a com fitas crianças e jovens O FORUM José Manuel Figueire-
O 229.º aniversário da Companhia de Bombeiros Sapadores de Setúbal comemora-se este sábado, com um conjunto de atividades que incluem a apresentação dos novos equipamentos adquiridos pela instituição. O programa, a realizar no quartel, inclui sessão solene, às 15h15, a que se segue um desfile das forças em parada, às 16 horas. O descerramento de uma placa de agradecimento à recuperação do espólio de um veículo está previsto às 16h20. A cerimónia conta ainda com uma visita ao simulador de combate aos incêndios estruturais e às instalações remodeladas do quartel. Um dos pontos altos é a exposição dos novos meios operacionais, incluindo viaturas e equipamentos, adquiridos recentemente pelos Sapadores.
A IV edição do DIA B, prevista para 5 e 6 de junho, já está em curso. Para angariar verbas para o evento, o município apresentou a candidatura ao prémio “Todos queremos o melhor para o nosso bairro”. Esta iniciativa é organizada pela EDP e “Visão”, com o Alto Patrocínio da Presidência da República. Serão premiadas as 10 melhores ideias através da atribuição de um prémio monetário a ser aplicado integralmente na implementação do projeto.
A COMISSÃO de Proteção de Crianças e Jovens de Sines apresentou dia 4, no Centro de Artes, o Plano Local de Promoção e Proteção dos Direitos da Criança 2015/17, o qual resulta de diagnóstico efetuado em conjunto com as entidades com competência e com base num questionário realizado junto de crianças e jovens em contexto escolar. A nova presidente da Comissão, Ana Sobral, fez a sua apresentação à comunidade e mostrou-se empenhada no início imediato da implementação do plano. Já o presidente Nuno Mascarenhas, valorizou o plano enquanto parte de uma cultura de prevenção e garantiu que a autarquia irá continuar a cooperar com a CPCJ. Clara Birrento, diretora do Centro Distrital de Segurança Social, disse que prevenir antes de intervir é essencial.
Santiago lança livro de Marco Taylor sobre filhos ‘bastardos’ “A ÁRVORE que Paria Meninos” é o título da exposição de ilustração do livro que aborda questões da monoparentalidade, nomeadamente filhos de pais não legitimamente casados. A obra, da autoria de Marco Taylor, de 42 anos, é apresentada este sábado, às 15h30, na biblioteca Manuel da Fonseca, em Santiago. Conta a história da busca de Rodrigo, um menino com
corpo de 7 anos que, um dia, cheio de coragem, perguntou à avó porque não tinha pai. Este é um conto que nos permite ficar sentados debaixo de uma árvore com folhas largas e viçosas: uma árvore que paria meninos. Marco Taylor foi diretor de um festival de animação, dirigente associativo, cresceu em Lisboa mas reside no Litoral Alentejano.
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Aprender numa tarde A biblioteca do Seixal recebe durante março mais um ciclo de quatro sessões gratuitas de “Aprender Numa Tarde”, a decorrer aos sábados, dias 1, 14, 21 e 28, entre as 15 e as 18 horas. A ação é dirigida a todos os interessados, com idade superior a 16 anos, que pretendam adquirir competências básicas em tecnologias da informação. As inscrições são limitadas até ao dia 6 de março, presencialmente no Serviço de Informação.
Bombeiros Sapadores de Setúbal festejam aniversário
Há prémios monetários para dar
INICIATIVAS
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Cidade da Água avança em Almada
do, na Baixa da Banheira, promove este domingo, a partir das 11 horas, a sessão “Filminhos à Solta pelo País”, pela Zero em Comportamento. Trata-se de uma seleção de filmes infantis para crianças a partir dos 4 anos. A entrada é gratuita, mediante o levantamento prévio dos bilhetes.Estes podem ser levantados 1 hora antes do espetáculo ou reservados através do 210 888 900 e levantados até 1 hora antes do início do espetáculo.
Forum José Manuel Figueiredo
Alcochete dá palestra sobre foral manuelino AS COMEMORAÇÕES dos 500 anos do Foral de Alcochete prosseguem este sábado, às 16 horas, com uma palestra sobre “As origens do Concelho e o Foral manuelino de Alcochete” pelo investigador José Vargas, no Núcleo de Arte Sacra do Museu de Alcochete. Com entrada livre, esta iniciativa conta ainda com o lançamento da edição digital do “Foral de Alcochete e Aldeia Galega – 15 de Janeiro de 1515” com o in-
tuito de divulgar o documento manuelino. A edição digital inclui a apresentação, a análise, a transcrição paleográfica, a leitura modernizada, fac-simile integral e o relatório técnico da caracterização dos materiais e técnicas de produção do Foral de Alcochete e Aldeia Galega. A edição digital resulta de um trabalho de parceria entre o Laboratório Hercules da Universidade de Évora e o Museu de Alcochete.
Danças tradicionais na Moita “Casa do Rio” é o espetáculo de dança que a Companhia de Dança de Almada vai apresentar no Fórum José M. Figueiredo, na Baixa da Banheira, dia 28, às 21h30. Inspirado na música portuguesa, este bailado tem por base a diversidade da cultura nacional. Sobre a criação, o coreógrafo Benvindo Fonseca diz: “Precisava dançar também as minhas raízes lusas. E aqui nasce “Casa do Rio”… do desejo de estilizar as danças tradicionais.
Conversas com o público As “Conversas com o Público”, no Teatro Joaquim Benite, em Almada, continuam este sábado, às 18 horas. O motivo desta conversa é “O Pelicano”, de August Strindberg, um espectáculo da Companhia de Teatro de Almada, com encenação de Rogério de Carvalho e que estará em cena entre 20 de Fevereiro e 8 de Março. Estarão presentes Gastão Cruz, Gonçalo Vilas-Boas e José Manuel Castanheira.
STB Urban Market abre inscrições As inscrições para a edição de março do STB Urban Market, certame que comercializa artigos vintage na zona ribeirinha de Setúbal, artesanato de design urbano, vestuário em segunda mão e produtos regionais, estão abertas até dia 28. O evento decorre na praia da Saúde, dia 29 de março, entre as 10 as 19 horas. O certame aposta num conceito direcionado para um tipo de comércio alternativo e no qual é possível encontrar ainda produtos hortofrutícolas e artigos vegetarianos.
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CULTURA
Gala final do concurso de fado amador Sete concorrentes, dos 17 e os 43 anos, disputam, este sábado, às 21h30, a final do 7.º Concurso de Fado Amador de Setúbal, que decorre na Sociedade Musical Capricho Setubalense. Raquel Faria, 17 anos, da Quinta do Anjo; Sofia
Ramos, 24, Almada; Valter Palma, 27, Setúbal; Carla Marono, 35, Paivas; Maria João Rodrigues, 43, Seixal; Mickael Salgado, 23, Tentúgal; e Susana Almeida, 34, Setúbal, são os concorrentes finalistas que disputa, vários prémios em jogo.
Para comemorar os seus 30 anos de carreira artística
DR
Anabela dá nova roupagem a músicas tradicionais
“Casa Alegre”, que dá título ao CD, produzido por Valter Rolo e Diogo Clemente, é uma canção alegre e esperançosa que fala de amor e felicidade. Texto António Luís A CANTORA de Almada, Anabela, está de regresso às lides musicais com o lançamento do seu oitavo CD intitulado “Casa Alegre”, com temas originais, onde visita o fado e outras músicas. Anabela está a comemorar 30 anos de carreira. Tudo começou aos 8 anos nos festivais regionais. O álbum vai ser lançado dia 25 no Bleza, em Lisboa, pelas 22 horas. Em “Casa Alegre”, a cantora apresenta onze histórias, escritas e compostas por autores escolhidos ao seu gosto. Produzido por Valter Rolo e Diogo Clemente, este novo trabalho mostra-nos uma Anabela mais plena de maturidade técnica, ao mesmo tempo, fresca e cheia de energia. Este não é um disco de fado, antes, uma visita pelo fado que ama e respeita, cantado como o sente. Uma mistura de texturas musicais que lhe conferem uma sonoridade ‘world music’, como a cantora refere: «O trabalho para a construção deste ál-
bum foi muito aberto, recebeu muitas influências», afirma Anabela. «Há várias canções que partem da tradição portuguesa mas que, porque trabalhei com músicos com outra formação, e mais mundo, ganharam uma respiração nova e têm padrões mais complexos». Noutros, explica a cantora, «músicas que não eram originalmente fados foram levados para aí pela minha voz, só que, depois, a ‘vestimenta’ não é fado, é mais ‘world music’». “Casa Alegre”, o tema que dá nome ao disco, é uma canção alegre e esperançosa, que fala de amor e de felicidade. “O Pecado mora ao lado”, um tema dançante e divertido, faz-nos viajar ao mundo da rádio nos anos 50, para contar uma história de amor. “Só Hoje” é uma autêntica ‘ousadia’ ao fado tradicional, onde Anabela é acompanhada apenas pela viola de Diogo Clemente, que assina a letra. As baladas “Fiz dos teus olhos os meus”, “Pedi meu bem” e “Viagem” falam de saudade e de de-
sencontros. Em “Oh minhas amigas”, Anabela mostra-nos a influência africana, tema que quis partilhar com Lura, numa letra bem-humorada e numa sonoridade cheia de ritmo, onde, com a cantora cabo-verdiana, dá voz às memórias que tem das suas próprias amigas. A carreira de Anabela iniciou-se em 1985 nos concursos de música infantil, entre os quais o Festival da Canção Infanto-Juvenil da Costa Azul, organizado pelo Coral Infantil de Setúbal. No ano seguinte, gravava o seu primeiro disco – o single “Rock do Amor”, com o qual venceu o certame sadino. Aos 12 anos venceu a Grande Noite do Fado e, quatro anos mais tarde, e com apenas 16 anos, ganhou o Festival da Canção, com o tema “Cidade até ser dia”, com a qual representou Portugal no Festival da Eurovisão, na Irlanda, em 1993. Desde então, tem estado envolvida em vários musicais de Filipe La Feria. Deu concertos, fez teatro e entrou em telenovelas.
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Ganhe convites para “Portugal à Gargalhada” TEMOS CONVITES para oferecer aos nossos leitores para assistirem à nova revista de Filipe La Feria, “Portugal à Gargalhada”, em cena no Teatro Politeama, em Lisboa, com sucessivas lotações esgotadas. Marina Mota, Maria João Abreu, Joaquim Monchi-
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que, José Raposo, Paula Sá e Ricardo Soler são os cabeças de cartaz desta revista que aposta em cenários e figurinos deslumbrantes, e critica e satiriza os principais acontecimentos políticos e sociais do País. Para se inscrever no passatempo ligue 969 431 085.
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A história de família disfuncional
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Regressa ao palco “O Pelicano”, de August Strinberg, com encenação de Rogério de Carvalho, que retrata a vida católica e disfuncional de uma família que se precipita para a tragédia. Uma mãe egoísta e manipuladora é a origem de todas as tensões. Teatro Joaquim Benite, Almada, 21h30
Espetáculo para toda a família
O filme, premiado com o prémio de Melhor Filme Português no Festival Indie Lisboa 2014, “Alentejo, Alentejo!”, uma homenagem ao Cante Alentejano, classificado pela UNESCO enquanto Património Imaterial da Humanidade, passa na tela. Teatro Joaquim D´Almeida, Montijo, 21h30
Dom.
Homenagem ao cante alentejano
O espetáculo de teatro/clown, “Manu ao Sabor do Vento”, por Manuel Amarelo, destina-se a toda a família. É um espetáculo clown contemporâneo, onde a música e o gesto substituem a palavra, numa viagem que explora o universo cómico e poético. Forum José Manuel Figueiredo, Moita, 16 horas
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Baile de danças tradicionais Um baile de danças tradicionais europeias, dinamizado por Leónia de Oliveira, que convida o Duo Corbefin-Marsac. Pierre Corbefin e Philippe Marsac, proporciona uma experiência que mistura dança e música da Gasconha, e toda a animação dos típicos bailes cantados. Biblioteca de Palmela, 16 horas
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Viagem pelos cinco continentes
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A Grand Union Orchestra dá um espetáculo intitulado “Mil e Uma Marés”, que leva o público numa viagem pelos cinco continentes, com a música como fio condutor. O grupo, que integra intérpretes de várias proveniências, é composto por 45 dos melhores jovens instrumentistas e percussionistas de Setúbal. Forum Luísa Todi, Setúbal, 21h30
A artista de Palmela tem como arma forte o acordeão
Celina da Piedade atua no Seixal no Dia da Mulher O AUDITÓRIO municipal do Seixal apresenta um concerto com Celina da Piedade, dia 7 de março, pelas 21h30, no âmbito das Comemorações do Dia Internacional da Mulher. A acordeonista, cantora, e compositora de Palmela tem levado o seu acordeão e a sua voz até aos mais diferentes contextos, em viagens pe-
las memórias da música de raiz portuguesa e um sentir mais moderno e universalista. Quem já a viu em concerto reconhece-lhe o imenso carisma. As entradas têm um custo de 8 euros, com 50 por cento de desconto para jovens até 25 anos, reformados e trabalhadores das autarquias do Seixal. Pub.
Artes de rua estão de regresso ao centro histórico de Palmela gressos custam 5 euros. No domingo, é a vez do antigo quartel da GNR de Palmela, localizado no centro histórico, receber uma sessão do FIAR Abrigo às 20 horas e outra às 22h30. A iniciativa, que conta com a participação da comunidade, inspira-se num excerto do texto de Bertolt Brecht, inserido na ópera “Ascensão e queda da cidade de Mahagonny”, para transformar o espaço num verdadeiro abrigo, onde se partilham histórias e vivências. Com texto e dramaturgia de Miguel Castro Caldas, a produção conta com as interpretações de Alicia Soto, Dolores de Matos, Inês Lago, José Nobre, Lígia Soares, Sara
Gonçalves, Sara Chéu, Teresa Melo, Tiago de Lemos Peixoto, Wagner Borges, Teatro As Avozinhas e Grupo Coral do Bairro Alentejano. A entrada custa 3 euros. Este programa acontece no âmbito do protocolo de cooperação, celebrado entre o município e a FIAR, a 14 de janeiro, que veio abrir novos caminhos para a concretização do festival. O município reconhece a importância do FIAR para as populações de Palmela, que aderem e participam, e para agentes culturais, criadores e públicos que, aqui, têm encontrado novos palcos e novas propostas, que aliam a tradição à contemporaneidade.
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O FIAR – Festival Internacional de Artes de Rua está de regresso às ruas do centro histórico de Palmela no verão de 2016, e para promover o evento e relançar a parceria, o município e a FIAR Associação Cultural apresentam, este sábado e domingo, o programa FIAR Abrigo. No sábado, às 21h30, no teatro S. João, pode ver o espetáculo “Mary Poppins”, a ‘mulher que salvou’ o Mundo. Com texto e encenação de Ricardo Neves-Neves, o espetáculo é protagonizado pelo Teatro do Eléctrico, constituído por Ana Valentim, Custódia Gallego, Patrícia Andrade, Rafael Gomes e Vítor Oliveira. Os in-
FIAR Abrigo pretende lançar evento muito querido pelas gentes de Palmela e não só
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POLÍTICA
PSD descontente com degradação de património
Narrativas sobre Guerra Civil de Espanha
Os autarcas do PSD Montijo afirmam que a contínua degradação do património histórico e cultural do concelho deve-se à “ausência de medidas do presidente Nuno Canta”. Lamentam que dois dos símbolos da
“A Casa de Eulária - Narrativas sobre 5 meses da Guerra Civil de Espanha” tem lugar no próximo dia 25, às 21 horas, no auditório do Edifício Arrábida, sito na Av.ª 5 de Outubro, em Setúbal. O espetáculo
cidade, os moinhos de maré e de vento, estejam a degradar-se. «Não percebemos como é que é possível o presidente ver a degradação contínua do património e nada fazer para resolver o problema», apontam.
conta com a participação de João Pires, Miguel Ramos, Ana Catarina Stoyanof, André Moniz, Filipe Narciso, Isabel Ganilho, Kimberlly Ostrowskij, Odete Santos, Olinda Peixoto e Sofia Crispim.
Iniciativa do partido socialista local negociada para reunir consenso na Assembleia Municipal
Os socialistas de Sesimbra estão preocupados com os efeitos nefastos da interdição da pesca da sardinha na comunidade piscatória
tos dos pescadores, paralisa fábricas e diverge com as políticas de Espanha na captura da sardinha. Acima de tudo, queremos alertar as entidades para esta situação seja revista e para que se façam estudos científicos que suportem a decisão de interdição de captura da sardinha», refere Manuel José Pereira, acrescentando que «os pescadores garantem que existem cardumes e que pode haver pesca». Manuel José Pereira defende, ainda, que os armadores e pescadores sejam recompensados financeiramente, durante o período de interdição de captura da sardinha, «devendo ser revistos os valores em vigor para valores mais adequados». E conclui que a comunidade piscatória de Sesimbra enfrente «mais um período difícil» no que respeita à pesca do cerco à sardinha, depois de ter sido atingida na década de 80, através de imposições e incentivos ao abate vindos da União Europeia, no final da década de 90, com o fim do acordo EU-Reino Unido de Marrocos, e em 2005, com a entrada em vigor do regulamento do Plano de Ordenamento do Parque Natural da Arrábida.
Texto António Luís
O líder concelhio do PS, Manuel José Pereira, foi um dos mentores da moção
bem como de todos os intervenientes que participam na economia desta atividade tão «importante» para 7 embarcações e cerca de 200 pessoas do concelho. «Depois de longas horas de negociação, lá foi aprovado o texto da moção. Esperemos que a moção obtenha a devida atenção por parte dos decisores políticos envolvidos», frisa, acrescentando que o PS teve a preocupação de redigir um documento «equilibrado» para que recolhe opinião favorável de todos os partidos. O político não concorda com a
Catarina Marcelino deteta falta de anestesistas no Hospital do Montijo A DEPUTADA do PS, Catarina Marcelino, e o presidente do município do Montijo, Nuno Canta, entre outros, visitaram as instalações do Hospital do Montijo. Na cirurgia do ambulatório, «uma referência neste tipo de resposta hospitalar ao nível da cirurgia oftalmológica, plástica e pediátrica», existe «escassez de médicos anestesistas, o que poderá dificultar a eficiência daquela resposta». Na urgência básica, que «levanta muitas dúvidas no serviço que presta à população», a Unidade Cirurgia Ambulatório, cuja «referenciação e avaliação conhecidas são extremamente positivas», e a Enfermaria de Retaguarda, com 27 camas, que responde aos casos sociais do centro hos-
pitalar, o que «permite libertar camas no Hospital N.ª S.ª do Rosário no Barreiro e aliviar a pressão dos internamentos a partir das urgências». Quanto à urgência básica, Catarina Marcelino refere que em 2007, quando foi assinado protocolo entre o Ministério da saúde e a Câmara, para a manutenção deste serviço, o hospital tinha, «além dos médicos tarefeiros contratados para este serviço, outros médicos em permanência, em particular internistas e cirurgiões, que em caso de necessidade prestavam apoio à urgência. Hoje, por motivos de rentabilização de recursos humanos o hospital, já não dispõe destes ativos», o que levanta questões de qualidade da resposta.
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prorrogação, por parte do Governo, do período de interdição de captura de sardinha até 28 de fevereiro, nem a definição de um limite de 4 mil toneladas para as descargas de sardinha capturada com arte cerco, entre 1 de março e 31 de maio. Interdição carece de estudos científicos «É incompreensível esta prorrogação, sem se fazerem estudos. Esta medida política do Governo só vem prejudicar os rendimen-
JSD organiza 5.ª Academia de Política com figuras ilustres A JSD Distrital realiza este sábado e domingo, na Costa de Caparica, a 5.ª Academia de Política, considerada por aquela estrutura partidária como “a maior ação de formação política do distrito de Setúbal”. Nesta edição serão dadas a conhecer «várias visões políticas e ideologias através de oradores com credenciais académicas e políticas inquestionáveis para preparar a juventude de hoje para liderarem convictos, o mundo do amanhã». Assim, esta formação contará com o contributo de oradores de vários quadrantes políticos e académicos, como Odete Santos, Ribeiro e Castro, Óscar Gaspar, Paulo Colaço, Miguel Morgado e o António Sousa Lara. Marcelo Rebelo de Sousa será outro dos oradores presentes na iniciativa da JSD Distrital de Setúbal. O antigo líder do PSD estará pre-
sente no jantar de sábado onde irá abordar o tema “A Social-Democracia nos dias de hoje”. O encerramento do evento, que decorrerá no domingo, contará com várias personalidades do panorama distrital e nacional social-democrata entre os quais o presidente da distrital do PSD de Setúbal, Bruno Vitorino, e o vice-presidente coordenador do PSD, Marco António Costa.
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A ASSEMBLEIA Municipal de Sesimbra acaba de aprovar, por unanimidade, uma moção em defesa os postos de trabalho e da pesca da sardinha em Sesimbra. A moção, a enviar às entidades da Administração Central, com responsabilidades no setor das pescas, é uma iniciativa do grupo político do PS que, de imediato, recolheu a unanimidade de todas as forças políticas locais. Manuel José Pereira, presidente da concelhia de Sesimbra do PS, adiantou ao Semmais que a moção tem como finalidade o estudo da política de defeso da pesca à sardinha, por forma a não colocar em causa os rendimentos dos pescadores e armadores diretamente envolvidos,
Marcelo é um dos oradores
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Forças políticas de Sesimbra torcem o nariz à política de pesca da sardinha Sessão organizada pelo BE
Bloco de Esquerda solidário com moradores de Azeitão O BLOCO de Esquerda está solidário com as 41 famílias que correm o risco de perder as suas casas em dois bairros de Pinhal de Negreiros e Vendas de Azeitão. Mariana Aiveca, deputada eleita pelo distrito, realça que «estas famílias não podem ser desapropriadas do que é delas por direito», uma vez que os moradores, com «baixos rendimentos, muitos em situação de desemprego e doença, fizeram um esforço enorme para cumprir com as suas obrigações e pagaram na íntegra suas casas». A confirmar-se o despejo destas 41 famílias, o «Estado não só está a infringir um direito humano, como o direito à habitação que consta na Constituição da República Portuguesa. Este é um caso flagrante de desresponsabilização deste Governo que põe em risco a vida destas pessoas». A deputada falava no final da assembleia de moradores que teve lugar no passado dia 12, às 21 horas, na Junta de Freguesia de Azeitão, em Vendas de Azeitão. A iniciativa foi aberta à população e surge «na sequência das últimas informações que chegaram aos moradores, nomeadamente a certeza de que o leilão das casas, suspenso em Setembro, vai ser retomado em breve». Recorde-se que estas famílias enfrentam uma batalha legal e política pelo direito a manter as suas casas. Ao longo de quase 30 anos estas famílias pagaram as suas prestações até que as casas ficaram pagas na totalidade. No entanto, há poucos anos a cooperativa abriu falência e as escrituras nunca foram feitas. Agora os credores, nos quais se inclui a banca e o IRHU, reclamam as casas destas famílias para pagar as dívidas da cooperativa.
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DESPORTO
Inscrições abertas para o 3º Circuito de BTT/XCO
Atleta barreirense no Europeu de Xadrez
O 3º Circuito de BTT/XCO – D. Paio Peres Correia tem lugar no próximo dia 8 de março, domingo, junto à Siderurgia Nacional, em Aldeia de Paio Pires. A prova conta para a Taça Regio-
Rui Dâmaso, atleta do FC Barreirense, participa a partir de dia 23, no Campeonato Europeu Individual de Xadrez, que decorre em Jerusalém. O atleta, que já foi campeão nacional
nal da Associação de Ciclismo do Distrito de Setúbal, mas também é aberta a praticantes de BTT não federados e tem inscrições abertas até ao dia 5 de março.
Evento começou na cidade do Sado em 2003 e tem ganho expressão
Jogos do Sado arrancam este domingo A edição deste ano vai ficar marcada pela candidatura de Setúbal a Cidade Europeia do Desporto - 2016.
A ENTREGA do certificado de aceitação da candidatura de Setúbal a Cidade Europeia do Desporto 2016 vai ser um dos pontos altos da cerimónia de abertura da 13ª edição dos Jogos do Sado que decorre este domingo, a partir das 17 horas, no Fórum Municipal Luísa Todi. O evento desportivo iniciado pela autarquia em 2003, com o apoio da empresa Águas do Sado e a participação de várias associações e clubes desportivos, vai decorrer em Setúbal até ao mês de outubro e conta com mais de quatro dezenas de atividades desportivas quer de caracter competitivo formal quer de participação plena dos cidadãos. Do calendário dos Jogos do Sado fazem parte eventos desportivos de diferentes naturezas e para vários públicos, incluindo, ano após ano, uma forte componente de desporto adaptado, com o objetivo de promover e incentivar a prática desportiva não só nos espaços específicos para essa prá-
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Texto Marta David
tica, mas também dando especial relevo às provas realizadas na serra da Arrábida e no Rio Sado. Das 42 provas previstas no programa deste ano, 17 terão como cenário o rio e oito vão decorrer na serra. Entre as provas em destaque na edição deste ano as atenções centram-se uma vez mais na etapa da Taça do Mundo de Águas Abertas FINA 2015, a prova de natação que já conquistou o interesse do público e que reúne os melhores atletas do mundo na modalidade. Para além disso, os Jogos do Sado integram ainda o Campeonato da Europa de Biatle/Triatle, a Taça de Portugal de Kayak-Mar, o XV Raide Bicasco, o III Aquatlo Cidade de Setúbal, o III Duatlo Jogos do Sado e etapas
dos campeonatos nacionais de Kayak-Polo e de Master Laser. A cerimónia de abertura, de entrada livre, terá momentos culturais aliados à demonstração de algumas modalidades desportivas indoor, como o Taekondo, Jump, Step, dança contemporânea e ginástica acrobática. A abertura dos Jogos foi o momento escolhido também para a Aces Desporto Portugal entregar à autarquia o certificado que oficializa a aceitação da candidatura de Setúbal a cidade europeia do desporto, no próximo ano. Na corrida está também a cidade de Coimbra, mas os promotores da candidatura setubalense acreditam que «esta é uma aposta vencedora».
por seis vezes~, faz parte do lote de 250 jogadores presentes na competição e ocupa o 129º lugar do ranking. Trata-se de uma das provas mais importantes do calendário internacional.
“Zé” Carlos Camolas: Um caso de rara popularidade MENINO E moço, aos 15 anos de idade, o Camolas começou a distinguir-se nos juvenis do Palmelense, o clube típico da sua terral natal. Vivaço, geniquento, em plena juventude, o adolescente Camolas deu nas vistas e foi “pescado” pelos olheiros do Benfica. E ei-lo, ainda juvenil, a equipar de encarnado, às ordens do “mister” Angelo, como produtivo avançado-centro. Chegou às reservas e, de seguida, abraçou a 100% o profissionalismo rumando ao União de Tomar que militava então na 1ª Divisão, com uma equipa bastante experiente onde pontificavam Nascimento, Calado, Barnabé, Cardoso e até, nos anos 70, o inesquecível Eusébio. Ao longo de nada menos do que 8 anos, já maduro e sempre alegre, o “Zé” Camolas equipou de rubro-negro, às ordens de bons treinadores como Fernando Cabrita e Vieirinha. Em Tomar ninguém o esquece. E por estas bandas também não! Camolas foi internacional junior de boa prestação, passou também pelo Belenenses e “arrumou as botas” no muito seu Palmelense, já para além dos 35 anos de idade. Em Palmela, de ponta a ponta, todos conhecem o bonacheirão Camolas que teve a infelicidade de sofrer um acidente cardio-vascular que o limitou bastante. Tal não impediu o fluxo de amizades que suscita e que ficou bem patente no jantar-convívio de finais de Janeiro p.p. em feliz iniciativa do Clube Palmelense por
David Sequerra Colaborador mór de uma exemplar comissão com destaque para Nicolau da Claudina e seu filho sob o sugestivo lema de incitamento “Por amor à camisola”. Na zona periférica de Palmela tal convívio reuniu 150 pessoas e pode dizer-se, com convicção plena, que o mais visado e aplaudido da alegre noite foi o “Zé” Camolas, imagem viva de um homem feliz, emocionado até às lágrimas. Estivemos lá e gostámos (muito!) de rever Camolas e verificar como funciona bem a sua memória apesar da “partida” que a vida lhe fez. Um dos muitos abraços em que Camolas se viu envolvido foi da “autoria” do bem conhecido Octávio Machado, outro “palmelão” de sucesso futebolístico, de similar popularidade regional. Quando vimos as lágrimas nos olhos de “Zé” Camolas, efusivamente saudado por tantos e tantos amigos, respirando felicidade, alegrou-nos o pensamento testemunhar que o futebol, às vezes apelidado de maldito, proporciona momentos dignos de rasgados elogios. E é bem o “caso Camolas” que acabámos de vos contar.
A MANHÃ de domingo vai ser marcada, na Costa da Caparica, por mais uma edição da Corrida do Atlântico, uma prova de 10 quilómetros, destinada a atletas federados e não federados com mais de 18 anos. A prova que vai já na 15ª edição é organizada pelo Núcleo Sportinguista de Costa de Caparica, em colaboração com a Câmara Municipal de Almada, a Junta de Freguesia da Costa de Caparica e com o apoio técnico da Associação de Atletismo de Setúbal e da Xistarca. Com prémios individuais e coletivos para os primeiros e medalhas para todos os atletas que concluam os dez quilómetros, a prova deve contar com mais de um milhar de atletas à partida. A 15ª Corrida do Atlântico tem
O GRUPO Desportivo de Sesimbra defronta, nos oitavos de final da Taça de Portugal em Hóquei em Patins, o HC Turquel, em jogo agendado para o dia 14 de março. A equipa de Sesimbra conseguiu um lugar nos oitavos de final após vencer o Hóquei Clube de Marco de Canavezes por 5-4, após prolongamento e com golo de ouro. O Sesimbra, a militar na II Divisão do campeonato nacional defronta assim, na próxima eliminatória o primodivisionário Turquel, fazendo assim regressar as emoções fortes do hóquei em patins a um palco com tradição. No pavilhão do Marco de Canavezes, a equipa de Sesimbra mostrou desde cedo que queria ganhar a partida e garantir a passagem
A prova tem 10 quilómetros
como fator de interesse especial a passagem no Pontão junto ao Mar durante o percurso sem grandes índices de dificuldade. A partida é dada às 10 da manhã.
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aos oitavos de final, mas a tarefa não foi facilitada pelos da casa. Ainda assim, uma entrada em força permitiu que os sesimbrenses chegassem a ter uma vantagem de três golos na primeira parte. No tempo complementar, o Marco que já tinha ido para o intervalo a perder apenas por três a dois ainda deu a volta ao resultado, mas no final da partida valia o empate a quatro. Daniel Marques a poucos segundos do fim da partida marcou o golo de ouro que deu a passagem à fase seguinte da Taça. Longe de tempos mais gloriosos já vividos no pavilhão da vila de Sesimbra, o Grupo Desportivo volta a animar os adeptos do hóquei com resultados mais positivos. No caminho da Taça de Por-
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Emoções do hóquei em patins colocam o Grupo Desportivo de Sesimbra nos oitavos da Taça
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15ª Corrida do Atlântico, domingo, na Costa da Caparica
Hóquei de Sesimbra recupera
tugal, os de Sesimbra eliminaram também o Hóquei Clube de Santiago por 7-2, na anterior etapa. No campeonato da II Divisão a equipa ocupa o 9º lugar, com 23 pontos.
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NEGÓCIOS
ACISTDS debate associativismo em Sesimbra
IPS apresenta “INzSet” quarta-feira
A Associação do Comércio, Indústria, Serviços e Turismo do Distrito de Setúbal vai dar continuidade ao ciclo de encontros com os seus associados, sob a forma de Almoço-Debate, cuja segunda
O Instituto Politécnico de Setúbal vai apresentar, quarta-feira, no Auditório dos Serviços Centrais, o projeto “INzSET – Interface Colaborativo para o Desenvolvimento e Inovação da Península de Setúbal”. A ses-
edição irá realizar-se em Sesimbra, esta quarta-feira, pelas 13h00, com a participação das autarquias do concelho e Clube Naval de Sesimbra. O tema em debate é “O reforço do associativismo”.
são será aberta pelo presidente do IPS, Pedro Dominguinhos, e contará com uma palestra sobre “Oportunidades para o desenvolvimento regional de Portugal 2020”, por Demétrio Alves, da C. D. do POR Lisboa.
Câmara de Alcácer do Sal aposta tudo no novo quadro de apoios financeiros até 2020
Vítor Proença convoca empresários para mostrar ‘trunfo’ dos fundos comunitários A Câmara de Alcácer do Sal está a apostar tudo nos fundos comunitários para atrair novas empresas e mais investimento. Esta semana o presidente da Câmara, Vítor Proença, reuniu 70 empresários para acertarem o passo
Vítor Proença, presidenre da Câmara de Alcácer. tem por objetivo atrair mais empresas para o concelho
MAIS DE setenta empresários reuniram, quinta-feira, com Vítor Proença, presidente da Câmara de Alcácer do Sal, para ouvirem da boca do presidente da CCDR-Alentejo, António Costa Dieb, as grandes oportunidades de apostarem no Litoral Alentejano, uma das regiões que mais vai beneficiar dos fundos comunitários do novo quadro de apoio 2014-2020. Praticamente todas as áreas de maior evidência económica do concelho marcaram presença, como as ligadas ao cluster turístico, arroz, vinho. «A ideia foi abordar, de viva voz, o que pode estar em causa com estes fundos para o desenvolvimento económico. Estão em causa para a região do Alentejo mais de mil milhões de
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Texto Anabela Ventura
euros e queremos que as nossas empresas apostem nesta oportunidade, como também atrair outros investimentos«, disse ao Semmais Vítor Proença. O Programa Operacional que vai gerir a tabelar os fundos foi também explicado por Augusto Mateus, consultor especializado nesta área e ex-ministro da Eco-
nomia. «O Alentejo, e nomeadamente a Costa Alentejana, tem entre mãos uma oportunidade de excelência, porque está próximo de Setúbal e de Lisboa, muito limitadas pelos próximos fundos, mas inserida numa região que vai beneficiar ao mais alto nível destes financiamentos», disse o especialista.
Captar investimentos é a palavra de ordem Para já, o presidente da Câmara de Alcácer não parece ter dúvidas de que os empresários «estão muito sensibilizados» para as oportunidades que o novo quadro poderão proporcionar. Vítor Proença quer, no essencial, atrair novas
O PRESIDENTE dos Puertos del Estado, José Ortega, visitou o porto de Sines onde se reuniu com João Franco, presidente da APS, e Vitor Caldeirinha, presidente da APP. Na agenda deste encontro esteve o apoio mútuo entre Portugal e Espanha a candidaturas de ambas as partes a fundos comunitários, com vista ao desenvolvimento de soluções informáticas de suporte ao transporte transfronteiriço de mercadorias, com grande ênfase na intermodalidade e na logística. As candidaturas estão em preparação para serem apresentadas ao Connecting Europe Facility (CEF), no âmbito da Rede Transeuropeia de Transportes, contando o projeto do lado de Portugal com 16 beneficiários e outras tantas entidades de suporte
direto ao projeto. De acordo com o presidente da APP, outro tema em cima da mesa foi a «candidatura a projetos no âmbito dos navios a LNG», considerado como o combustível do futuro no transporte marítimo e alvo de aposta e de fundos importantes a nível europeu. «Falámos sobre projetos conjuntos que vão reforçar a possibilidade dos dois países captarem fundos europeus para aspetos que entendemos que são essenciais para a competitividade dos nossos portos», afirmou José Ortega, no final do encontro. O responsável sublinhou que Portugal e Espanha têm uma «posição periférica no que diz respeito ao transporte para a Europa», mas que, por outro lado, têm «uma posição central em re-
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Revista de Vi
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Porto de Sines com fundos europeus na mira
empresas que, segundo refere, «não dispõem de financiamento desta natureza na zona de Lisboa e Península de Setúbal», porque perderam majorações máximas. É este trunfo que temos que procurar potenciar», disse. O autarca refere que o município está preparado para este embate, sendo que está em preparação um protocolo com os politécnicos de Setúbal e de Beja. «Já se nota um grande interesse por Alcácer do Sal, dispomos de terrenos disponíveis e de um gabinete de apoio, que agiliza este tipo de projetos, nomeadamente no que se refere ao licenciamento urbanístico», saliente Vítor Proença. Em fase de conclusão está, por exemplo, a unidade da Allublister, uma empresa ligada à indústria farmacêutica, que prevê ainda a amplificação das suas instalações para o triplo. «Visitámos a obra e tudo indica que deverá estar concluída em Junho deste ano», afirma o presidente da Câmara. E concluiu: «Estamos com grande capacidade de atracão e também um pouco na moda, com estes apoios disponíveis e estas oportunidades de angariação de fundos, podemos alavancar com sustentabilidade a nossa atividade económica, criando mais riqueza e mais emprego no concelho».
José Ortega com os presidentes dos portos de Sines e de Setúbal
lação ao transporte marítimo internacional». Assim, e tendo em conta que «as possibilidades de captação
de tráfego dos nossos portos são grandes», José Ortega defende que esta união ibérica «é vantajosa para todos».
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Empresa de Palmela distinguida com várias medalhas de ouro, prata e bronze em certames internacionais
“Casa Ermelinda Freitas” brilha em concursos na Rússia e na China e soma medalhas No total a empresa situada em Fernando Pó, concelho de Palmela, já conquistou 163 medalhas de ouro, 228 medalhas de para e 140 medalhas de bronze. curso realizado em Hong-Kong, designado “China Wine & Spirits Awards Best Value 2015”, conquistando, respetivamente, duas duplas de ouro, cinco de ouro, duas de prata e uma de bronze. «São dois mercados em que temos vindo a desenvolver, de forma gradual, a nossa presença e é muito gratificante saber que os resultados de avaliação da qualidade dos nossos vinhos estão a ganhar importância pública internacional e a consolidar-se», afirma Leonor Freitas, sócio-gerente da empresa com sede em Fernando Pó, concelho de Palmela, região vitivinícola da Península de Setúbal. No concurso realizado
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A “CASA Ermelinda Freitas” acaba de ser distinguida com mais treze medalhas, seis de ouro e sete de prata, na 17.ª edição do concurso “Prodexpo”, que se realiza anualmente na Rússia, e cuja cerimónia de entrega de prémios decorreu no Centro de Exposições de Moscovo. Este certame, de nível internacional, contou com a participação de mais 200 produtores russos e estrangeiros e com a presença das maiores empresas importadoras, grossistas e retalhistas daquele mercado de leste, para além de cerca de três centenas de representantes de revistas e jornais. Ainda em Fevereiro, a empresa vitivinícola de Palmela foi brindada com outras dez medalhas no con-
Leonor Freitas, recentemente galardoada com o Prémio Carreira da Máxima - Mulher de Negócios, empreendeu o grande desenvolvimento da empresa
na Rússia, as medalhas de ouro foram atribuídas aos vinhos “Valoroso Reserva 2012”, “Touriga Nacional 2012”, “Alicante Bouschet 2012”, “Syrah – Petit Verdot 2010”, “Terras do Pó – Tinto 2013” e “Vinha do Rosário Reserva 2012”. As de pra-
ta foram atribuídas, respetivamente, aos vinhos “Casa Ermelinda Freitas - Cabernet Sauvignon 2011”, “Casa Ermelinda Freitas – Petit Vedot 2011”, “Casa Ermelin-
da Freitas – Merlot 2011”, “Dona Ermelinda Tinto 2012”, “Terras do Pó Branco 2014”, “Terras do Pó Reserva 2010” e “Vinha do Rosário Tinto 2013”.
No que se refere ao concurso realizado na China, as medalhas de duplo ouro foram atribuídas aos vinhos “Sauvignon Blanc & Verdelho 2013” e “Dona Ermelinda Branco 2013”, sendo que as de ouro distinguiram os vinhos “Touriga Nacional 2012”, Syrah 2012”, “Quinta da Mimosa 2012”, “Valoroso Reserva 2012” e Moscatel de Setúbal – não datado”. Os vinhos “Cabernet Sauvignon 2012” e “Dona Ermelinda Reserva 2012”, ganharam medalhas de prata e finalmente a medalha de bronze foi atribuída ao vinho “Alicante Bouschet 2012”. Recorde-se que no total a “Casa Ermelinda Freitas” já conquistou 163 medalhas de ouro, 228 medalhas de prata e 140 medalhas de bronze, em concursos realizados nos quatro cantos do mundo. Pub.
Uma empresa com história no feminino A empresa, iniciada por Deonilde Freitas e continuada por Germana Freitas, é conhecida pela liderança de uma geração de mulheres empresárias que se dedicaram ao vinho e ao mundo rural. Ermelinda Freitas e, desde 1997, a sua filha Leonor Freitas, deram seguimento à atividade, sendo que a atual sócio-gerente foi responsável por uma profunda alteração na empresa vitivinícola, que a guindou ao atual desenvolvimento e progresso, com a introdução do primeiro vinho engarrafado, o “Terras do Pó Tinto”. Atualmente, a empresa conta com cerca de 315 hectares de vinha, nas quais 60% são ocupadas pela casta Castelão, 30% de variadas tintas, como a Touriga Nacional, Trincadeira, Syrah, Aragonês, Alicante Bouschet, Touriga França, Merlot and Petit Verdot, e as restantes de uvas brancas, como Fernão Pires, Chardonnay, Arinto, Verdelho, Sauvignon Blanc e Moscatel de Setúbal. A sua adega, apetrechada com a mais alta tecnologia, apresenta uma simbiose entre o moderno e o tradicional, sendo que a sua capacidade de fermentação é superior a 8 milhões de litros em cubas de inox com temperaturas controladas.
nhos atribui prémios à região A REVISTA de Vinhos atribuiu os prémios de melhores do ano, no passado dia 14, à Sivipa, tendo a empresa de Palmela conquistado sete diplomas de “Boa Compra”, sendo a segunda empresa da região com maior número destes prémios. Ameias Syrah 2013, Ameias selecção do Enólogo Tinto 2010, os vinhos Terras do Sado e Veritas, de 2013, ambos tintos e brancos, e ainda o Moscatel Superior 10 anos são os néctares premiados. Segundo o enólogo Filipe Cardoso, «este é o culminar de um ano de ouro para a Sivipa que, recentemente festejou o seu 50.º aniversário, e vem cumprir a sua promessa de partilhar o melhor de Palmela a preços acessíveis».
Nos últimos anos, os vinhos da Sivipa «têm sido premiados em todo o mundo». Destaca-se o Ameias Syrah 2013, premiado “Melhor tinto da Península de Setúbal”, no XIV Concurso de Vinhos da Península de Setúbal da Comissão Vitivinícola Regional, no Concours Mondial de Bruxeles, nas Vinalies Internationales, pela AEP Associação dos Escanções de Portugal e no IWC, em Londres, numa «extraordinária» série de prémios. Este é também «um ano brilhante» para os vinhos da Península de Setúbal. Na gala da Revista de Vinhos destacou-se, ainda, a José Maria da Fonseca, com 8 “boas compras”, e a Bacalhoa, eleita “empresa do ano” 2014.
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OPINIÃO
Cedo ao som da Internacional
EDITORIAL Raul Tavares
Cavaco e as suas tiradas infelizes A ÚLTIMA tirada do nosso presidente da República sobre a Grécia, afirmando que a solidariedade com a nação helénica representa «milhões de euros retirados aos portugueses”, para além de infeliz é uma anedota diplomática. O novo governo grego, goste-te ou se não goste, foi eleito de forma categórica e democrática, o pilar primeiro da civilização ocidental prescrito pela modernidade europeia. E está no centro do furacão, sob uma forte pressão e uma amálgama de chantagem política. Mas não está totalmente sozinho. Tem havido vozes importantes, sobretudo de alguns países do sul, como Itália e França, que não querem forçar um retrocesso das promessas eleitorais convictas com que o Siryza ganhou o poder na Grécia. Portugal esteve e ainda está, por mais se diga, numa posição frágil. E a situação portuguesa tem três nuances que diferenciam as duas situações. Em primeiro lugar, as contas públicas e a dívida soberana nacional era grave mas não tão grave como a grega; em segundo lugar, os portugueses foram convencidos de que todo o mal residia na sua malbaratada economia caseira (gastaram sempre acima das suas posses) e por isso foram sensíveis e resilientes; e por último a Europa do euro mudou e mudou muito. E isso foi decisivo. Mas Portugal não está bem e a responsabilidade é da austeridade cega e ideológica. Cavaco Silva, que andou surdo e mudo este tempo todo, deixando que o rega-bofe fosse crescendo em toda a linha, com desmandos, escândalos da alta finança e da política, deixou que o país empobrecesse de forma irreversível, sem uma palavra de conforto. Nesta tirada de mau gosto, Cavaco provou o seu carácter de um político curto, sem meias-culpas nos casos BPN e BES, por exemplo. E esqueceu que a Grécia continua a ser vegetada a juros quase a tocar nos 20 por cento. E não há uma palavra para descrever o terrorismo fiscal que invadiu o país do qual é o maior soberano, nem sobre o lastro deixado por essa Troika já hoje tão criticada por autoridades europeias, como Jean Claude Juncher. Enfim, é o Presidente que temos.
FOI AO som da Internacional, e dos “Partisans” e da “Carmela”, canções da Resistência em França e Espanha, das vozes de Adriano Correia de Oliveira e José Afonso, entre outros, emanados de um carro do SITE-Sul/CGTP-IN, que milhares de trabalhadores da Lisnave, na Mitrena, receberam às 7h00 da manhã do dia 9 deste mês o folheto alusivo à Tocha da Liberdade e da Paz que, ali acesa, durante o dia percorreu Setúbal e Palmela, oriunda do Porto e também, a sul, de Grândola, mais perto de nós da Moita, Barreiro e Seixal, mas rumo a Almada e Lisboa. O documento não deixava de “saudar ainda a luta dos trabalhadores portugueses e das populações que, em 1945, debaixo do jugo fascista, saíram à rua a comemorar a derrota do nazi-fascismo e a reivindicar a liberdade para o povo e eleições livres, pelo fim do racionamento alimentar e melhores condições de vida”. A passagem pelas Escolas Básicas e/ou Secundárias Lima de Freitas, Ordem de Sant’Iago, Luísa Todi, Barbosa do Bocage, e Sebastião da Gama, até à recepção junto à Câmara Munici-
Valdemar Santos Militante do PCP pal, na Praça do Bocage, onde se procedeu a uma largada de pombas, congregou o contacto com muitas e muitas centenas de alunos e professores e pessoal auxiliar com um ritmo, empenhamento, calor e emoção de que resultaria o sentimento de um Roteiro contínuo de solidariedade ininterrupta e transversal, em tão poucas horas. A Tuna do Bocage cantando o “Hino à Alegria” ou o “Va, pensiero” ou a “Ópera Nabucco”, ou talvez “Os Tódicos” assumindo o património vocal de Luísa Todi, a leitura do último discurso do filme “O Grande ditador” de Charlie Chaplin, de 1940, a recordação de Primo Levy, o italiano químico sobrevivente de Auschwitz e do seu livro “Se isto é um homem?”,
“A Guerra” de David Mourão-Ferreira (“Tempestade de Verão”), “O Holocausto” de Vinício de Moraes (“Ah, doces mortos atónitos / Quebrados a torniquete!”), o poema escrito/lido pela aluna Ema, do 9º A, “agora o meu colega Diogo a recriar essa cena...”, “Os Bela Batuke”, eis a incomensurável narrativa de professores e alunos a aplaudirem-se entre si, com a Tocha presente, sempre a chegar nas mãos dos “Lebres do Sado”. Falta aqui dizer que a Secundária de Palmela também foi palco, logo depois da Autoeuropa onde um semana antes “O Faísca”, o boletim da Célula do PCP, se solidarizava com a acção, a qual mereceu a divulgação por parte dos ORT’s e dos meios de informação audiovisual da empresa, assim como, em final de tarde, a Associação de Reformados, Pensionistas e Idosos do Pinhal Novo. Trata-se da comemoração do 70º Aniversário do Fim da Segunda Guerra Mundial, numa iniciativa da FIR, Federação Internacional de Resistentes, num percurso que abrangerá dez países ou estados europeus, em Portugal assumida pela URAP, União de Re-
sistentes Antifascistas Portugueses. No dia em questão juntaram-se as Câmara Municipais de Setúbal e Palmela e a União dos Sindicatos de Setúbal (USS), de cujos responsáveis o testemunho teve eco a repercutir-se em crescendo até 9 de Maio, até Praga, que foi lá que capitularam as hordas do nazi-fascismo uma semana depois do içar da bandeira da União Soviética em Berlim, tudo pelas mãos do Exército Vermelho – rigor que não queimou os lábios a Ana, uma das alunas, ao citá-lo. No encerramento das jornadas em Portugal, a 12 de Fevereiro, no Rossio de Lisboa, Marília Villaverde Cabral, Coordenadora da URAP, afirmou: “não seria justo não lembrar, com indignação, as bombas atómicas lançadas pelos EUA sobre Hiroshima e Nagazaky, a 6 e 9 de Agosto de 1945, contra populações civis, que nenhuma consideração de ordem militar podia justificar, tanto mais quanto a perspectiva da derrota do militarismo japonês estava assegurada”. Fica-nos para então o repto de não fecharmos fábricas e escolas, todo e qualquer local de cada um.
Decoro, dizes, ao menos um pouco de decoro… DECORO, DISSESTE, só um pouco mais de decoro, quando eu, rendido ao hábito e ao espírito da quadra te desejei simplesmente um “Feliz Ano Novo”. Estavas, eu que te conheço bem e há longo tempo, a rebentar de ira e espanto pelas noticias que ias conhecendo dos anos transactos: o clientelismo que vinha sendo objecto de acerbas críticas tuas e que se estendera, qual mancha de óleo, pela sociedade portuguesa através de uma atitude despudorada de quem à vez mandava, de tal modo que duas expressões haviam já entrado no léxico nacional sem por isso fazer arredar as práticas que pareciam serem elas a carne e o sangue da militância dos partidos no poder: refiro-me aos “job´s for the boys” do tempo de Guterres e à desbocada (mas transparente, lá isso é) da “ida ao pote”. E não se creia que a crise que vem destroçando os portugueses alterou a situação elevando o padrão ética de conduta, quando ainda na passada semana se ficou a saber a estatística do preenchimento dos cargos de directores da segurança social e se verificou que, apesar do acesso ser por concurso público, o
Arlindo Mota Politólogo
“ Assim não surpreende que tudo se passe como no premonitório baile mandado de Fausto Bordalo Dias: “assim se faz Portugal, uns vão bem e outros mal”” resultado era como a lã do antigo anúncio( “não engana”): 14 das 18 nomeações já efectuadas para as direcções dos Centros Distritais da Segurança Social são em todos os casos do PSD ou do CDS e quase sempre se mantêm os índividuos escolhi-
dos politicamente antes do concurso, sem com isto querer molestar os que por verdadeiro mérito ascenderam, porque os há. Tenho sobre este tema uma posição há longo tempo formada: quando os governos vêm, em nome da transparência, constituir órgãos “independentes” para a escolha de dirigentes, o resultado tem sido não o de escolher os melhores, mas o de confirmar (agora sem o labéu de ser um “boy”) os seus no poder. Imaculados, ademais, pelo modo redentor escolhido. É uma fórmula perversa, mais dispendiosa e que tem repercussão por largo tempo: 5 anos, mais do que um mandato legislativo! Veja-se ainda o extraordinário processo que a mente do ministro que tutela a Comunicação Social engendrou para escolher os membros do conselho de administração da RTP: designa um Conselho de Homens Doutos e este por sua vez designa a Administração. A quem respondem estes senhores se as suas decisões forem “arbitrárias”, se delas decorrerem encargos ou outro tipo de prejuízos para a moral ou o erário público, isto é para a sociedade e os contribuintes? (E, na ver-
dade, há alguma alma boa que acredite que o partido no poder deixou efectivamente de mandar, de demitir quando lhe apetece?) É este o retrato do país, que nos devia indignar: onde o clientelismo impera, os ricos e poderosos abrem contas impunemente em paraísos fiscais (os países ricos que albergam e os banqueiros sem escrúpulos que explicam para totós “milionários” a melhor formar de se evadirem ao fisco sem deixar rasto, sem que sejam severa e “obviamente” punidos), recusam-se em participar nas contribuições de solidariedade fiscal, como o faz qualquer outro cidadão, e outros ainda, em pleno parlamento, descaradamente troçam dos deputados por terem aprovado leis que eles, os ricos e poderosos (com muito engenho, diga-se, e confessado intuito criminal) aproveitam como se de lei natural se tratasse. Assim não surpreende que tudo se passe como no premonitório baile mandado de Fausto Bordalo Dias: “assim se faz Portugal, uns vão bem e outros mal”, que certa classe política e social tem reiteradamente arvorado em refrão…
Ficha técnica Diretor: Raul Tavares; Editor-Chefe: Roberto Dores; Redação: Anabela Ventura, António Luís, Bernardo Lourenço, Cristina Martins, Marta David, Rita Perdigão, Roberto Dores; Dep. Comercial: Cristina Almeida (coordenação). Departamento Gráfico: Natália Mendes. Serviços Administrativos e Financeiros: Mila Oliveira. Distribuição: José Ricardo e Carlos Lóio. Propriedade e Editor: Mediasado, Lda; NIPC 506806537 Concessão Produto: Mediasado, Lda NIPC 506806537. Redação: Largo José Joaquim Cabecinha nº8-D, (traseiras da Av. Bento Jesus Caraça) 2910-564 Setúbal. E-mail: redaccao.semmais@mediasado.pt; publicidade.semmais@mediasado.pt. Telem.: 93 53 88 102; Impressão: Empresa Gráfica Funchalense, SA – Rua Capela Nossa Senhora Conceição, 50 – Moralena 2715-029 – Pêro Pinheiro. Tiragem: 45.000 (média semanal). Distribuição: VASP e Mediasado, Lda. Reg. ICS: 123090. Depósito Legal; 123227/98
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De doméstica a empresária DESDE SEMPRE, o Ser Humano trabalhou para sua subsistência, contribuindo também para a de cada um dos elementos do seu agregado familiar. Posteriormente à Industrialização, o surgimento de novas profissões fez com que fosse urgente o aumento e aperfeiçoamento de competências técnicas das profissões já existentes. Foi neste momento que a entrada da mulher no mundo do trabalho remunerado e reconhecido, alcançou destaque. Associado à mulher, o trabalho doméstico, embora fundamental à sobrevivência e desenvolvimento familiar, não era reconhecido. A própria estrutura familiar, enquanto instituição, alterou, e o paradigma da diferença de papel de género, evoluiu: o elemento masculino – denominado chefe de família- já não é o único sustento da família e o seu papel no seio familiar tornou-se fundamental na educação dos filhos, e até mesmo nas tarefas domésticas. De igual modo que, a mulher não se centraliza somente na lida doméstica e na edu-
Neuza Boieiro MSD Setúbal cação dos filhos, incorporando-se no mundo do trabalho, em carreiras profissionais e perspectivas de ascensão e ocupação de cargos de chefia. Hoje, ambos pretendem contribuir na educação e satisfação das necessidades básicas, não descurando a progressão profissional. Mas muitas são ainda, as batalhas que a Mulher tem de travar: desde o acesso ao mundo do trabalho propriamente dito, quer na integração profissional após nascimento dos filhos, enfrentando a discriminação sexual no trabalho quanto ao homem - em termos remuneratórios ou na promoção e evolução de carreira, até ao exercício de funções de me-
UM CAFÉ E DOIS DEDOS DE CONVERSA nor responsabilidade comparativamente ao homem. Em Portugal, as taxas de emprego feminino a tempo inteiro ocupam lugares semelhantes às dos países nórdicos, com taxas de 62% - das mais elevadas da União Europeia. Nas famílias com filhos a cargo, dados apontam que a taxa de emprego das mulheres ronda os 62,4% contra 91,4% para os homens, correspondendo a uma diferença, aproximadamente, de 20 pontos percentuais. A desigualdade de género figura também na organização da vida familiar: apesar de a mulher ocupar cada vez mais lugar de destaque no campo profissional, quando existem filhos, é usual que, as mães cuidem dos filhos e da casa, enquanto os pais se demarcam como fonte de rendimento do agregado familiar. É urgente a definição de estratégias para uma melhoria na conciliação da vida familiar e profissional, quer ao nível das políticas Governamentais, quer nas políticas adoptadas pelas entidades empregadoras.
EDUCAÇÃO & CIDADANIA
Descentralizar a educação – – a pressa é inimiga da perfeição FOI PUBLICADO no passado dia 12 de Fevereiro o decreto-lei 30/2015 que prevê a delegação de competências do governo para os municípios. Nesta fase, as transferências previstas centram-se essencialmente nas funções sociais do Estado, com destaque para a educação. Prevê-se que este processo seja progressivo, antecedido de projetos-piloto. Os primeiros envolvem duas comunidades intermunicipais: Alto Minho e Aveiro-Baixo Vouga. Nesta iniciativa os aspetos mais sensíveis são o recrutamento e a avaliação de docentes, a par da definição de componentes curriculares de base local. Apesar deste governo não contar no seu elenco com grandes paladinos da Constituição da República, como atestam as constantes querelas com o Tribunal Constitucional, a descentralização e desconcentração administrativas estão consagradas na Lei Fundamental do Estado. Prevê o artigo 267º que a Administração Pública seja estruturada de modo a aproximar os serviços das populações e a assegurar a participação dos interessados na sua gestão efectiva. Por princípio acredito em medidas que se traduzam na autonomia e na descentralização, geradoras de práticas mais justas e eficazes. No preâmbulo do decreto-lei
João Couvaneiro Professor do Ensino Superior 30/2015 sustenta-se que a organização administrativa mais descentralizada contribuirá para racionalizar os recursos, alcançar ganhos de eficiência, adaptando as respostas às especificidades locais, permitindo uma responsabilização política mais imediata. Estas palavras podem indiciar a intenção autêntica de melhorar o sistema. No entanto, creio que se reduzem a eufemismos, meros expedientes retóricos para suavizar uma política que tem cortado o investimento estatal de forma cega, fazendo com que os serviços públicos fiquem incapazes de responder satisfatoriamente às funções que lhe estão atribuídas. No processo que agora se desencadeia, o governo não parece querer mais do que continuar a cortar, desconcentrar responsabilidades e sacudir para os municípios a implementação difícil de orientações centrais. Outros riscos têm sido sina-
Sábado • 21 fevereiro 2015 • www.semmaisjornal.com
lizados por autores como António Sampaio da Nóvoa, para quem a transferência de competências tem sobretudo três perigos: a politização dos espaços educativos locais; as consequências geradas pelas desigualdades entre as autarquias e a privatização das funções delegadas nos municípios, contribuindo para realizar a aspiração liberal que demanda a privatização da escola pública. A forma apressada e opaca como este processo tem decorrido não pode deixar de ser criticada e vista com desconfiança. É inequívoca a importância do debate em torno da descentralização de competências em educação. Contudo, para que este seja gerador de um desejável consenso, deve alargar-se, envolvendo os agentes educativos, as comunidades e as instituições da administração pública. Para que os processos de descentralização sejam sustentáveis, contribuindo efetivamente para a melhoria do sistema educativo, têm resultar de uma reflexão amadurecida, que tem de fazer o seu caminho. Não devem ser conduzidos de forma atabalhoada, despótica e irresponsável. Como temos vindo a assistir, a pressa de introduzir alterações no sistema, em vez de o melhorar, compromete-o. Em vez de o fazer progredir, só o atrasa.
Os Cachecois, a Húbris e a Sofrósina O MUNDO pode estar virado do avesso. Há até quem defenda que a Terceira Guerra Mundial já começou, mas nas últimas semanas notei uma especial predileção dos media por cachecóis. Não, não se trata de equipamento bélico usado entre Pró-Russos ou pelos defensores de Kiev, num conflito que ameaça a nossa segurança. Não, também não se trata do conflito cada vez mais latente entre Muçulmanos e Cristãos, reavivando na nossa memória, as imemoriais “Cruzadas” ou “Guerras santas” dos nossos antepassados. Claro que hoje, por hoje, não falar sobre o desafio que a Grécia faz ao mundo é quase uma heresia, mais ainda contrapondo à posição Ibérica de alinhamento com a Alemanha. Ora vejamos, na Grécia antiga a expressão Orgulho Grego -A húbris ou hybris (em grego, “h’ bris”) é um conceito grego que pode ser traduzido como “tudo que passa da medida; descomedimento” e que atualmente alude a uma confiança excessiva, um orgulho exagerado, presunção, arrogância ou insolência (originalmente contra os deuses), que com frequência termina sendo punida. Na Antiga Grécia, aludia a um desprezo temerário pelo espaço pessoal alheio, unido à falta de controlo sobre os próprios impulsos, sendo um sentimento violento inspirado pelas paixões exageradas, consideradas doenças pelo seu caráter irracional e desequilibrado, e concretamente por Até (a fúria ou o orgulho). Opõe-se à sofrósina, a virtude da prudência, do bom senso e do comedimento. O engraçado é que fui buscar este conceito à wikipédia, sendo que podemos dizer com toda a propriedade que à húbris da Grécia opõe-se a Sofróssina dos Portugueses e espanhóis. Mas, como disse, talvez pelo frio que tem assolado este cantinho à beira-mar plantado, vou mesmo falar é de cachecóis. Claro que pensei em falar do Cachecol do Benfica, oferecido pelo conhecido Barbas ao não menos conhecido prisioneiro 44, elevado a assunto nacional, No entanto, prefiro falar do cachecol que correu mundo envergado pelo agora elevado a estrela mundial Varoufakis. Ora, o homem limitou-se a apresentar-se ao mundo, numa importante reunião do
Paulo Edson Cunha Ver. PSD/Seixal
“ O engraçado é que fui buscar este conceito à wikipédia, sendo que podemos dizer com toda a propriedade que à húbris da Grécia opõe-se a Sofróssina dos Portugueses e espanhóis.”
Eurogrupo, tanto para a Grécia, como para a própria Europa, com um cachecol (de cachemira?) da Burberry e logo o mundo caiu-lhe em cima com o seu topete de ir pedinchar dinheiro naqueles propósitos. Penso que se tivesse ido todo roto, ou remendado, fazendo jus ao estado das finanças do seu País, o mundo aceitaria de bom grado, agora apresentar-se com um cachecol que segundo o site da Burberry, custa atualmente 435 dólares (cerca de 380 euros) isso é que não podia ser. Ora, foi-se a ver e Varoufakis desiludiu todos aqueles que já estavam prontos para continuar a cruzada contra a sua impertinência e veio esclarecer que afinal, foi uma prenda da mulher... há 12 anos. E assim, este nosso mundo hipócrita, descansou um pouco na sua cruzada, poupando-o a mais comentários, como se o cachecol com que se apresentou tivesse mais importância do que as ideias que o ministro defendeu em nome do Povo Grego. Agora querem saber como fica o braço de ferro entre a Grécia e a Alemanha? Nada disso. O que o mundo quer mesmo saber é se Varoufakis na próxima reunião do Eurogrupo se apresenta com ou sem gravata, de casaco de cabedal, cachecol da Burberry ou com algumas roupas inspiradas nas cinquenta sombras de Grey.
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