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Sábado | 22.Dezembro 2012
Director: Raul Tavares
semanário - edição n.º 744 • 5.ª série - 0,50 € • região de setúbal
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Actual Beato leva EP a tribunal por más obras
Actual Sesimbra é a capital portuguesa do peixe
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Liga do S. Bernardo dá prenda de 50 mil euros ACTUAL A Direcção da Liga dos Amigos do Centro Hospitalar de Setúbal ofertou para os serviços de doenças infecciosas e gastrenterologia da unidade um
Ecógrafo Hitachi HI Vision Avius, no âmbito de um protocolo com a Merck Sharp Dohme. A prenda deste Natal já está a funcionar em pleno. PÁG. 9
O SUL Jornal de debate e cultura
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Líder da Cáritas pede regresso dos valores A abrir a nossa edição de Natal, Eugénio Fonseca diz que enquanto tudo tiver preço em vez de valor «os mais frágeis ficarão de fora». E explica a “bolsa de ideias” para combate ao desemprego. ABERTURA
Págs. 2 e 3
20 mil jovens do distrito já regressaram a casa dos pais
pág. 5
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ACTUAL O município vai pagar já no próximo ano cerca de 5 por cento da dívida. Mas o plano faseado durará até 2018. A presidente Ana Teresa Vicente justifica o acumular da dívida com apertos de tesouraria. PÁG. 8
Voltamos no dia 12 de Janeiro com a próxima edição renovada do Semmais DR
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Palmela acorda dívida à Simarsul de 4,4 milhões
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Abertura
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Eugénio Fonseca, presidente da Cáritas, em entrevista exclusiva
«Enquanto tudo tiver preço em vez de valor, os mais frágeis ficarão sempre de fora» Com um passado de luta contra os mais desfavorecidos, Eugénio Fonseca é o rosto da Cáritas Diocesana e uma das figuras singulares do nosso espectro regional. Amargurado com a crise, diz que «as carências têm superado a generosidade do povo». Semmais - Alguma vez supôs que passados tantos anos de luta pela solidariedade social viesse a assistir a uma crise tão aguda como esta? Eugénio Fonseca - De forma nenhuma, o que prova que as estratégias não têm sido as mais adequadas. Enquanto se alimentarem níveis de desigualdade como os existentes não se conseguirá uma forte coesão social que resista a crises da dimensão da actual. Com uma classe média tão frágil que tem no emprego a única fonte de rendimentos um país fica mais vulnerável à pobreza. É o que acontece agora. A solução está na mudança do modelo económico vigente. Enquanto a ganância pelo lucro
se sobrepuser ao respeito pelo direitos básicos dos seres humanos, e tudo tiver preço em vez de valor, os mais fragilizados ficarão sempre fora das condições dignas de bem estar. Enquanto a mudança não se dá, há correcções a fazer no combate à pobreza. Cito apenas duas: não confundir este combate com luta contra os pobres; intervir mais junto dos não pobres e não só nos que o são. Na base de tudo está a convicção de que é possível erradicar a pobreza absoluta e que ser pobre não é uma fatalidade mas uma injustiça. Mas consegue vislumbrar similitudes com a crise que assolou o distrito na década de 80? O alastramento do desemprego e os salários em atraso são sem dúvida as duas semelhanças mais evidentes. Bem diferente é a escala de incidência e a estratégia de intervenção social. Isso parece uma crítica contundente. Na verdade, parece anacrónica, com esse peso de dificuldades estarem a reduzir as plataformas de apoio, nomeadamente o RSI quem tem decrescido de forma notória… É óbvio que estamos perante um contra-senso. A continuar assim a situação tornar-se-á insustentável. Sei que o Governo sozinho não conseguirá resolver todos os problemas. É indispensável a participação da sociedade, através das suas organizações. Mas não pode deixar-se somente à responsabilidade da solidariedade a superação das necessidades socioeconómicas. O povo tem sido mui-
Depois da Cáritas, o regresso à escola … A nível nacional, Eugénio Fonseca tem mais dois anos como presidente da Cáritas Portuguesa e mais um como presidente da Confederação Portuguesa do Voluntariado. «Depois
será o regresso à escola, onde sou professor efectivo e de onde vêm os meus únicos rendimentos. Mas o futuro a Deus pertence. A Ele e só a Ele confio o meu futuro», afirma.
to generoso, mas as carências estão a superar essa generosidade. Reafirmo o que tenho vindo a dizer há muito: seria melhor levar mais tempo a superar o deficit, mas aliviar a dureza da austeridade imposta aos portugueses. Mas então que balanço faz dos apoios sociais nesta fase da gestão da crise? Relativamente aos apoios sociais do Estado tem havido um paradoxo altamente prejudicial. Por um lado, têmse feito cortes em prestações sociais importantes, como referiu, por outro, as IPSS conseguiram ver melhoradas as suas condições para a prestação de serviços aos seus utentes e a possibilidade de estenderem a sua acção a pessoas em situação de maior carência com a implementação das cantinas sociais. Esse parece-lhe um bom projecto? Era inevitável. Mas os Centros Distritais da Segurança Social continuam sem capacidade de resposta. Os grupos de acção social, sem estatuto de IPSS, não conta com qualquer tipo de apoio do Estado, conseguindo ajudar milhares de pessoas – a grande maioria delas se não fosse esta ajuda viveria na miséria - apenas com os donativos que lhes são confiados pelos portugueses. Há até grupos destes que estão, por sua conta, a suportar os encargos com cantinas sociais e ainda tem que entregar ao Estado 23% das refeições que compra para distribuir. Qual é a verdadeira situação social no distrito de Setúbal? É cada vez mais preocupante. A nossa gente não tem outras formas de subsistência que não seja o salário. Com mais de 54 mil desempregados, a nossa região tem um grande cutelo sobre si. Os problemas são os mesmos de todo o país: insuficiência alimentar; rendas de casa em atraso; dividas de electricidade, água, gás; im-
possibilidade de cuidados de saúde atempados e adequados, etc… E essas dificuldades geram novas ondas de pobreza. Estamos a caminhar para patamares de indigências de que não nos lembraríamos que viesse a ocorrer? Sem dúvida. Como já disse, temos uma classe média muito frágil. O grande desafio é que as pessoas que desta classe não percam a auto estima nem o respeito por si próprias. Se se preservarem estes dois sentimentos tudo farão para não cair na indigência. O desemprego não ajuda a manter o gosto por si próprio, dado que se perde estatuto social que, para muita gente é tão grave como não ter rendimentos. O que me preocupa é que, muitos dos desempregados de hoje, poderão não voltar a ter trabalho por conta de outrem. Urge começar, desde já, a enfrentar esta realidade, se não a pobreza extrema poderá ser a meta do caminho agora iniciado. De que forma a Càritas Diocesana está a fazer face a esta catadupa de solicitações que não param de aumentar? São as paróquias que mais estão a responder a essas solicitações. Porque mais próximas das pessoas, estão em melhores condições de conhecer os verdadeiros problemas. A Cáritas, sempre que solicitada, apoia as paróquias nestas tarefas, canalizando recursos financeiros ou fazendo diligências que não estejam ao alcance das paróquias. Para este efeito, tem contado com recursos financeiros provenientes do peditório público e colecta dos ofertórios das eucaristias realizados na Semana Cáritas; da Operação “Dez Milhões de Estrelas –um gesto pela paz” e de dona-
tivos de particulares e de empresas. Se não houvesse esta rede de solidariedade social seria o caos… Não tenho dúvidas. A protecção social imediata tem sido, praticamente, assegurada pelas instituições de solidariedade social e por milhares de grupos de acção social que, em muitas zonas, ainda asseguram mais a necessária proximidade. Todavia, se houvesse uma maior articulação entre as instituições a rentabilidade das respostas seria maior. A Diocese tem estado preparada para enfrentar este ciclo de crise? Tem feito tudo o que está ao seu alcance. Mas não consegue dar resposta a todos os problemas nem resolver muito por inteiro. Não haverá nenhuma entidade que o consiga sozinha. As situação são cada vez mais e de maior complexidade. Cada vez mais, a solução está no trabalho em rede. Nesta fase quais são os seus maiores receios no eventual agudizar da situação e o que se poderia fazer para o evitar... O meu maior receio é que se acentue o desânimo e se instale a resignação. Para que isso não aconteça é urgente que se passe de uma politica exclusiva de austeridade para outro tipo de medidas que façam suscitar sinais de esperança e que justifiquem os sacrifícios que têm sido impostos. Será também importante que as pessoas não se isolem, mas procurem juntarse a outras para partilhar as suas desilusões e expectativas. A manifestação pública do desagrado é igualmente necessária, mas sem desordem pública, ofensas à integridade moral ou física seja de quem for ou agressões ao património alheio e colectivo.
Criticar os poderes de frente mas sem fazer oposição O PRESIDENTE da Cáritas é um sobrevivente à gestão política. Tem imposto a sua personalidade às diferentes facções políticas que têm governado o país. «Foco a minha acção a minha acção, exclusivamente em dois princípios: a defesa dos pobres e excluídos e a construcção do bem comum. Por isso, sempre procurei colaborar com todos os governos nas medidas de politica que me pareceram favorecer estes dois princípios», afirma, contundente. E adianta: «Mais que os partidos que suportaram os governos, interessam-me as suas acções. Sempre que tem sido necessário discordar, não o tenho deixado de o fazer. Mas sempre e só numa atitude construtiva e não de oposição». E diz nunca ter sentido o bichinho da política. Tenho o maior apreço por esta forma de exercer a cidadania. Lamento até que o povo se esteja a distanciar tanto da vida
politica. Compete aos políticos que a reconciliação aconteça e se evite que este divórcio se acentue ainda mais», sustenta. Eugénio Fonseca é muito claro: «É preciso trazer maior sentido ético para esta missão cívica, afastando as tentações de clientelismo e corrupção, bem como tornando mais credíveis as afirmações e as promessas». E entrega a gestão futura da Cáritas Diocesana ao Bispado de Setúbal. «São muitos anos à frente da Cáritas, sinto que vai ser tempo de passar o testemunho a alguém que traga mais criatividade e outro tipo dinamismo. Tudo isto tenho equacionado com o senhor Bispo. Porque vivemos uma época tão difícil e sempre assumi o cargo como um serviço à Igreja e não a mim próprio, não imporei uma solução. Estou, há muito, disponível para passar o testemunho. Depende só do senhor D. Gilberto. Confio no seu discernimento».
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Como vai ser “Bolsa de Ideias” da Cáritas no combate ao desemprego
E o autoemprego será a saída nesta fase crítica no distrito de Setúbal? Pensamos que pode ser uma solução, numa altura em que já está dito que cerca de 90% destes desempregados correm o risco de não voltarem a ter emprego por conta de outrem. E a verdade é que até já se diz que há pessoas que poderão nunca ter trabalho, nem sequer o primeiro emprego concedido por iniciativa de terceiros. Como é que vai funcionar este projecto? É a alternativa para que as pessoas desempregadas se juntem e criem o seu próprio posto de trabalho. No fundo, é uma hipótese de porem em
Mas isso requer também vocação empresarial… Sem dúvida. Vamos criar grupos de entreajuda social, que estamos a tentar disseminar pelo país. O objectivo é o de que possam partilhar os seus projectos e dificuldades. Também podemos dar apoio à constituição desses grupos, desde que haja sete a dez desempregados que se queiram juntar e alguém que queira assumir a responsabilidade de animar estes grupos. É a partir daí que podemos ajudar as pessoas a encontrarem um caminho. E o financiamento? Precisamos de ideias para estudar a sua viabilidade e se chegarmos à conclusão de que a pessoa tem condições de empreender e da viabilidade da ideia, então, podemos ir com ela às entidades de financiamento. Já há algum estudo sobre a viabilidade desta aposta? Já temos algumas coisas interessantes, partindo de experiências feitas no país, que são essenciais, para não surgimos que algo que esteja desfasado do que já se faz e fez em Portugal. Mas também estudámos alguns casos além-fronteiras. Agora estamos a reunir as experiências que se perfilam mais viáveis. E qual é o passo seguinte? Temos que ir para o terreno para
O líder da Cáritas não pára, entre os afazeres no terreno e as múltiplas iniciativas a que é chamado.
perceber, junto dos actores locais, seja económicos, sociais ou culturais, qual é a sua sensibilidade. Precisamos de saber que ideias já tiveram e porque é que não a concretizaram. No fundo, importa saber o que tem faltado, para conseguirmos fazer uma correcta avaliação dos passos a dar para conseguirmos viabilizar esses projectos e outros que possam surgir. Concluído este estudo, estaremos em condições de avançar com a bolsa de ideias de investimento à sociedade portuguesa, para que as pessoas comecem a pensar em criar o seu próprio posto de trabalho. Tendo em conta que qualquer ramo de negócio é sempre um risco, ainda mais face ao actual estado de coisas… Como em tudo, o sucesso depende sempre de conjunturas internacionais. Numa segunda fase vamos apresentar propostas ao Governo, no sentido de se criarem plataformas regionais de comercialização que assegurem o êxito das empresas. O que queremos evitar é que as pessoas caiam no perigo de se focalizarem apenas em projectos que são mais fáceis de executar, como restaurantes, cafés ou cabeleireiros. Gostaria de deixar claro que não se trata de fornecermos às pessoas qualquer linha de financiamento. Roberto Dores
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Que projecto é este que a Cáritas propõe e que visa que a população desempregada avance para a criação do seu próprio posto de trabalho em tempo de crise? É precisamente por causa da crise. Nós temos razões para auxiliar cada vez mais pessoas a quem está a faltar o essencial para a sua subsistência. Os nossos recursos, materiais e humanos, têm estado canalizados para aquilo que são as respostas imediatas às necessidades das pessoas. Mas isso não nos deixa de desfocar no essencial, porque sabemos que as cada vez mais elevadas situações de carência resultam do desemprego.
prática o empreendedorismo para arranjar um ramo de negócio.
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O presidente da Cáritas, Eugénio da Fonseca está a preparar um projecto dirigido aos desempregados da região, que preconiza a criação do seu próprio posto de trabalho. Numa altura em que uma média de 16 pessoas perde o emprego todos os dias, o dirigente alerta, em entrevista ao Semmais, que é em tempo de «profunda crise» que é preciso tomar medidas para combater o flagelo a falta de trabalho no distrito de Setúbal, pelo que a designada “Bolsa de Ideias” surge entre as prioridades da instituição para reduzir a taxa de desemprego quando as filas de carenciados se avolumam nas várias delegações sadinas da Cáritas.
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Bolsa de Terras: Um novo paradigma Editorial
// Raul Tavares
Entre as profecias e a realidade ... Estamos a chegar a mais um fim de ano. Claro que quando esta edição chegar às bancas já ficou dissipada a ideia que evoca o mais ‘tenro’ misticismo, nomeadamente de que este paraíso do Homem se havia esfumado. Ontem, na verdade, pela ordem das refregas do espírito teria sido o fim do mundo. Mas afinal estamos vivos e bem vivos. Se assim não fosse não estaríamos hoje à mercê das peregrinas aventuras dos seres humanos que detém todos os poderes da nossa ordem terrena. Desses que fazem navegar as nossas vidas no imenso mar agitado e nas turvas águas da realidade. Essas sim, bem palpáveis e bem sentidas. Estamos bem vivos e não sem sofrimento, porque dessa tormenta não nos livraremos tão cedo, enquanto a ganância e a selvajaria ditarem as seres regras e os seus ditâmes. Mas é também tempo de esperança. Não nos outros, mas em nós próprios e nos ensinamento da História,
que, quantas e quantas vezes, nos troca as voltas, para o bem e para mal. E é bom que estejamos vivos e com esperança, porque é o que nos resta para podermos, vivinhos-da-silva trocar as voltas ao malfadado destino que se nos espera nos próximos anos. Afinal, foi sempre o credo nos homens que nos fez avançar. E só por essa via o conseguiremos fazer. Acreditando ser possível e fazendo por isso. E se o destino do mundo não nos quis eclipsar, é sinal de que ainda nos faltam caminhos em frente. E assim faremos, à espera de outros avisos proféticos de que a comporta da vida se vai fechar. N.D. Como sempre no final de cada ano, vamos proceder a uma paragem técnica. Desta feita para alterações gráficas, remodelação da gestão editorial e preparação de novos projectos. Tudo isto honrando as tradições de inovação e empreendedorismo da marca Semmais.
ficha técnica Director: Raul Tavares; Editor-Chefe: Joaquim Guerra; Redacção: Anabela Ventura, Bruno Cardoso, Cristina Martins, Marta David, Rita Perdigão, Roberto Dores; Dep. Comercial: Cristina Almeida (coordenação). Projecto Gráfico: Edgar Melitão/”The Kitchen Media” – Nova Zelândia. Departamento Gráfico: Dinis Carrilho. Serviços Administrativos e Financeiros: Mila Oliveira. Distribuição: José Ricardo e Carlos Lóio. Propriedade e Editor: Mediasado, Lda; NIPC 506806537 Concessão Produto: Mediasado, Lda NIPC 506806537. Redacção: Largo José Joaquim Cabecinha nº8-D, (traseiras da Av. Bento Jesus Caraça) 2910-564 Setúbal. Tel.: 265 538 819 (geral); Fax.: 265 538 819. Email: redaccao. semmais@mediasado.pt; publicidade.semmais@mediasado. pt. Administração e Comercial: Tel.: 265 538 810; Fax.: 265 538 813. Impressão: Empresa Gráfica Funchalense, SA – Rua Capela Nossa Senhora Conceição, 50 – Moralena 2715-029 – Pêro Pinheiro. Tiragem: 45.000 (média semanal). Distribuição: VASP e Mediasado, Lda. Reg. ICS: 123090. Depósito Legal; 123227/98
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erante os actuais desafios colocados à economia portuguesa, exige-se que se equacionem novas procuras de potencialidades do conjunto do território nacional. A multifuncionalidade do território rural constitui um desafio na procura de novas utilizações. O tipo de agricultura que faz sentido estimular, manter ou desenvolver deve ter em conta a dinâmica do espaço rural e a sua dimensão, pois o papel da agricultura prende-se não apenas com a sua contribuição para as várias dimensões, económica, social e ecológica mas também com a capacidade de os vários factores suportarem os diversos tipos de agricultura. Nas últimas décadas tem-se frequentemente referido o abandono agrícola e rural como causa pela fraca produtividade e competitividade da agricultura nacional. Contudo, parece haver uma distorção propositada da realidade numérica do sector, aliada a uma falta de clareza no conceito de abandono. Na realidade, o carácter dinâmico do mundo rural e rumo das políticas agrícolas públicas levou a que se classificasse de abandono o que na realidade não o é. Contudo, julga-se que existem políticas públicas adequadas que podem conduzir a uma intensa dinamização de algumas terras agrícolas. De facto, existem instrumentos de política que podem potenciar os nossos recursos naturais. Desde logo, a disponibilização das terras privadas ou do Estado, de forma voluntária, para arrendamento por terceiros –
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Pedro do Ó Ramos*
através de uma Bolsa de Terras. A Bolsa de Terras constitui uma forma de rentabilização das terras agrícolas cujos proprietários não possam, não queiram ou não tenham capacidade para as utilizar. Para o PSD o seu papel deverá ser, no caso dos privados, essencialmente agregador da oferta, promovendo o conhecimento das terras disponíveis. No caso das terras de natureza pública, a entidade gestora da bolsa de terras deve promover um processo transparente e objetivo na atribuição das terras, cuja finalidade passa pela promoção de um melhor ordenamento do território, através do redimensionamento das unidades produtivas agrícolas e florestais, da instalação de novos agricultores, do rejuvenescimento da população e combate ao êxodo rural, do aumento da viabilidade técnica e económica das explorações e da melhoria dos indicadores económicos do sector agroalimentar e da nossa balança de transacções. Trata-se, pois, de um elemento ao serviço do desenvolvimento da agricultura portuguesa, com capacidade de intervir na estrutura produtiva nacional. É com satisfação que registamos o intenso e alargado debate em sede de comissão parlamentar, na Assembleia da República, que torno deste tema, promovido pela apresentação de diferentes iniciativas, que congregaram num diploma legal, que recentemente foi publicado no Diário da República.
NATAL de JESUS CRISTO Jesus no presépio é o Salvador, prometido por Deus. Celebrar o Natal é acolhê-Lo de coração escancarado e é oferecê-Lo com gestos de esperança aos que vivem sem esperança. Jesus no presépio é Deus feito homem, a ligar Céu, Terra e toda a criação, libertando o homem da solidão do pecado. Celebrar o Natal é acolhê-Lo na oração e é tornar-se instrumento de comunhão na Igreja, na família e no mundo. Jesus no presépio é Deus a fazer-se 'pequenino' para caber em toda a parte sem incomodar. Celebrar o Natal é purificar o coração do egoísmo e fazer-se 'pequenino' para estar junto dos mais pobres, de qualquer pobreza, a fim de encher o seu coração do amor que dá encanto à vida e que eleva ao Céu. Jesus no presépio é Deus connosco: verdadeiro Deus e verdadeiro homem. Celebrar o Natal é reconhecê-Lo, como Deus, na fé, é escutar a Sua mensagem no silêncio do coração e é anunciá-Lo como tesouro único, com novo ardor e com novos métodos. Neste Natal, antes da Ceia da fé, da esperança, do amor e da Festa, vamos recitar o credo da fé da Igreja e convidar Cristo, presente em alguém em solidão, para a nossa mesa e /ou privar-nos de alguma coisa para partilhar com uma instituição particular de solidariedade social ? SANTO NATAL 2012 . +Gilberto, Bispo de Setúbal
Deputado do PSD*
Pub. Câmara Municipal de Sesimbra Hasta Pública de cessão de exploração do snack-bar e minimercado do Parque Municipal de Campismo do Forte do Cavalo – sito no Porto de Abrigo, em Sesimbra A hasta pública de cessão de exploração do snack-bar e minimercado do Parque Municipal de Campismo do Forte do Cavalo realiza-se no dia 24 de janeiro de 2013, às 10.30 horas, no Auditório Conde de Ferreira, em Sesimbra. A base de licitação é de 100,00 € (cem euros). A cessão de exploração tem o prazo de 8 meses. Os interessados deverão apresentar as propostas por correio, sob registo em sobrescrito fechado ou em mão, na Divisão de Gestão de Aprovisionamento e Património da Câmara Municipal de Sesimbra, no edifício Âncora, Avenida 25 de Abril, n.º 9 M, 2970-634 Sesimbra, até às 15 horas, do dia 23 de janeiro de 2013. Podem intervir na praça apenas os interessados que tiverem apresentado propostas, ou os seus representantes, devidamente identificados, e, no caso de pessoas coletivas, habilitados com poderes bastantes para arrematar. Se não tiver havido propostas antes do ato da praça, poderá ser adjudicado provisoriamente ao apresentante da melhor proposta, que surja durante aquela, por preço nunca inferior à base de licitação. No ato público da hasta pública será adjudicada provisoriamente a cessão de exploração do snack-bar e minimercado do Parque Municipal de Campismo do Forte do Cavalo a quem tiver oferecido o preço mais elevado, havendo lugar ao pagamento correspondente ao valor da adjudicação. As despesas e encargos inerentes à redução do contrato a escrito, bem como os impostos legalmente devidos pelo adjudicatário são da responsabilidade deste. Os Elementos do Procedimento encontram-se disponíveis para consulta ou aquisição na Divisão de Gestão de Aprovisionamento e Património, nos dias úteis, das 9 às 12.30 e das 14 às 17.30 horas, até à data e hora limite de entrega de propostas.
Edital CARLOS RABAÇAL, VEREADOR DA CÂMARA MUNICIPAL DO CONCELHO DE SETÚBAL: FAZ PUBLICO QUE, no uso de competência delegada pelo Presidente da Câmara, desconhecendo-se o paradeiro do Sr. António Paulo Rodrigues Pinto e nos termos do artº 70º do CPA, procede-se à notificação edital, nos seguintes termos: O Município de Setúbal na qualidade de senhorio, por despacho do Sr. Vereador do Pelouro datado de 04/12/2012, vem comunicar a V. Ex.ª a resolução do contrato de arrendamento da habitação social sita na Rua do Antigo Olival, nº 8- A 21, em Setúbal, por não uso do locado por um período superior a 1 ano, nos termos do nº 2 alínea d) do artº 1083ºdo NRAU. Mais se informa que nos termos do artº 101º do Código do Procedimento Administrativo concede-se um prazo de 10 dias (úteis) para se pronunciar, querendo, ao abrigo da audiência prévia. Findo o prazo e caso não haja uma resposta da parte de Vª Exª, considera-se que nada tem a opor. Para constar se lavrou o presente edital e outros de idêntico teor que vai ser afixado nos lugares públicos do costume e na última morada da mesma, sita na Rua do Forte da Bela Vista, 2- E 22, em Setúbal. O VEREADOR, Carlos Alberto Mendonça Rabaçal
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Actual Mais de 20 mil residências estão hoje sobrelotadas no distrito numa ‘migração’ forçada que atesta bem a realidade
Crise na região provoca mega regresso à casa dos pais Os dados são arrasadores. Mais de 20 mil jovens ou famílias do distrito regressaram à casa dos pais. Quebra de salários e sobretudo o desemprego ditaram este novo destino. :::::::::::: Roberto Dores ::::::::::::
É
o mais recente «testemunho» da partida que a crise provocou no distrito. Mais de 20 mil residências estão hoje sobrelotadas, porque os jovens casais da região foram obrigados a regressar a casa dos pais ou a alugar apartamentos em conjunto com outras Pub.
pessoas, para continuarem a ter um tecto onde viver. A drástica quebra de salários e, sobretudo, o desemprego, deixou muitas famílias sem alternativa, agravando também o fenómeno das habitações vazias. A região terá hoje mais de 50 mil casas desocupadas, segundo dados de agentes imobiliários do distrito. Miguel Sabrosa é hoje um homem «mais resignado» com o regresso ao bairro da Bela da Vista, onde há 31 anos nasceu. Foi por ali que cresceu, assistindo «às dificuldades dos pais», recorda, mas sempre alimentando a esperança de um dia ter a sua própria casa. «Comecei a trabalhar aos 19 anos na construção, na esperança de juntar dinheiro para ter uma vida melhor e até consegui», admite ao Semmais. Há seis anos arrendou casa na Quinta do Conde, casou e é hoje pai de dois filhos. Mas a
derrapagem chegou ainda em 2011, quando deixou de ter emprego fixo, baixando de um salário acima de mil de euros para menos de 500. «Não tivemos hipóteses. A mulher não trabalha há dois anos e tivemos que aceitar a proposta dos meus pais para regressar à Bela Vista. Eu até gosto do meu bairro e tenho cá bons amigos. O problema é ter sido pelo motivo que foi», lamenta este homem. De 4 assoalhadas para apartamento T2 Miguel, que passou de uma casa de quatro assoalhadas, para um apartamento com dois quartos, onde vivem os pais e uma irmã com um filho, admite estar a equacionar emigrar, mas ainda não sabe para onde. O seu exemplo é apenas mais um entre tantos outros, seja no bairro da Bela Vista, seja no que resta da região, como sucedeu
também ao casal José e Cristina Teixeira, pais de dois meninos, que também admitem ter posto o «orgulho para trás das costas», a partir do momento em que José perdeu o emprego. Decorria o mês de Abril quando este homem, de 34 anos, ficou sem trabalho e sem direito a qualquer subsídio, levando ao limite as dificuldades da casa. Cristina já estava sem trabalhar desde Novembro de 2011. Até têm casa própria, cedida pela avó de Cristina, mas não havia como pagar as despesas. «Cortaram-nos água, luz, gás e televisão e deixámos de ter condições para viver no bairro do Viso», lamenta, cedendo às pressões dos pais para que regressassem à rua do Moinho, no bairro da Bela Vista, onde cresceu, mas não queria voltar. Duas portas ao lado, Luís e Paula Mendes quase repetem a história, com a agravante de terem sido obrigados a entregar a casa ao
banco, quando a construção civil deixou o homem de 29 anos sem qualquer rendimento. Com um filho nos braços, o casal regressou em
Janeiro. «Os meus pais foram espetaculares, mas eu pensava que isto já não era para nós, porque a vida corria bem até há um ano atrás», lamenta.
Pároco alerta para agravamento social O padre Constantino Alves, responsável pela Paróquia de Nossa Senhora da Conceição, que presta apoio a centenas de carenciados, conhece a nova realidade imposta pela crise, com o regresso de jovens casais às casas de familiares, alertando que se trata do mais recente sinal do «agravamento social» na região. «Além dos casais que regressaram às casas dos pais nos últimos tempos, temos tido também muita gente que se apresenta aqui para pedir apoio para pagar rendas de casa, água, luz e gás. São
pessoas desesperadas que aumentam todos os dias», lamenta o pároco, revelando que, hoje em dia, o atendimento social – que decorre duas manhãs por semana – recebe uma média de 20 pessoas por dia sendo que 40% dos utentes recorrem a este apoio pela primeira vez. «São pessoas que quando aqui chegam já vêm atoladas de dívidas e a precisar de apoio de alimentos, seja no restaurante social, seja na recolha de alimentos para confeccionar em casa, porque já temos situações de fome», assevera Constantino Alves.
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Chumbo do orçamento agita universo político sadino toral autárquico que se avizinha. Segundo a edil, o BE decidiu mudar de posição na passada reunião da Assembleia Municipal de Setúbal, votando contra o documento, por considerar que assim estava a mostrar a sua desaprovação face à Lei das Finanças Locais. «Se o problema principal é a questão do empolamento das receitas, como argumentou o PSD, a câmara vai ficar com o orçamento de
132 milhões de euros do ano anterior, ou seja, um completo contra-senso», acrescentou. Maria das Dores Meira disparou igualmente críticas à bancada do PS, lamentando que os socialistas continuem a enveredar «por um caminho de ataque, que vai contra o desenvolvimento do município». «Votaram contra o Alegro, contra o convento de Jesus e nada fizeram pelos mercados, cemitérios, habitação social
e infra-estruturação da cidade enquanto estiveram vários anos no poder», lembrou a autarca. O CDS-PP votou igualmente contra o documento, que mereceu apenas luz verde por parte da bancada comunista e da presidente da Junta de Freguesia de São Lourenço, a independente Celestina Neves. Até ao fecho desta edição do Semmais, a presidente da Câmara Municipal de Setúbal não tinha decidido se iria, uma vez
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Município de Alcácer do Sal
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A Vereadora do Pelouro da Divisão de Planeamento e Gestão Urbanística da Câmara Municipal de Alcácer do Sal, faz saber, pelo presente, que correm éditos de 30 (trinta) dias para que os eventuais interessados que mostrem interesse direto, fundado e legitimo, relativamente à titularidade do lote nº. 11, do Loteamento de Iniciativa Municipal, denominado por “Carrasqueira 6”, Freguesia da Comporta, assinalado em planta anexa, venham por meios adequados e expeditos, dizer o que tiverem por conveniente. Não havendo interessados a reclamar a titularidade do lote, dentro do prazo concedido, a CMAS, após os formalismos legais para o efeito, procederá à alienação do lote mencionado a favor dos Herdeiros de Hermínia Bacalhau Gonçalves. Publique-se a afixe-se nos locais devidos. Paços do Concelho de Alcácer do Sal, 11 de Dezembro de 2012 A Vereadora do Pelouro (Isabel Cristina Soares Vicente)
mais, submeter o documento a discussão, numa última tentativa de o aprovar para 2013. As linhas-mestras do documento Segundo a proposta do orçamento camarário para 2013, a autarquia estimava que o volume de investimento em 2013 ascendesse a 6 milhões de euros, dos quais 2 milhões seriam oriundos do Quadro de Referência Estratégico Nacional, quantia que suportaria, entre outros, o programa de Regeneração Urbana da Bela Vista e Zona Envolvente, o projecto integrado de protecção civil e socorro, a recuperação do convento de Jesus e a construção da
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A OPOSIÇÃO em bloco chumbou na Assembleia Municipal de Setúbal o orçamento da câmara municipal para o ano de 2013, que ascendia a 128,2 milhões de euros, menos 4 milhões do que no ano anterior. Em declarações ao Semmais, a presidente da autarquia, Maria das Dores Meira, lamentou que a oposição «não saiba o que quer» e acusou todos os partidos políticos de estarem já com os olhos postos no ano elei-
Dores com gestão política difícil
escola do bairro Afonso Costa. A despesa global sofreria uma diminuição de 3 por cento, apesar dos aumentos com os juros e a aquisição de bens e serviços. Do lado da receita, previa-se um aumento de 177 mil euros face a 2013, para um total de 31,9 milhões de euros. Bruno Cardoso
Pub. CARTÓRIO NOTARIAL DE SETÚBAL DO NOTÁRIO LICENCIADO JOÃO FARINHA ALVES Certifico narrativamente que, por escritura de vinte de Dezembro do ano de dois mil e doze, lavrada de folhas vinte e nove e seguintes, do livro de notas para escrituras diversas número cento e sessenta e seis-A, deste Cartório CASIMIRA DE JESUS ALVES CALIXTO, natural da freguesia de São Sebastião, concelho de Setúbal, divorciada, com residência habitual na Rua das Salinas, número 16, Mourisca do Sado, Setúbal, contribuinte fiscal número 162028873, rectifica a escritura de vinte e dois de Março de dois mil e dez, lavrada a folhas cento e quarenta e sete e seguintes, do livro número cento e vinte-A, do Cartório Notarial a meu cargo, no sentido de ficar a constar que deveria ter figurado o artigo 106, da freguesia de Gâmbia, Pontes e Alto da Guerra, como artigo usucapido, e não o artigo 685. ESTÁ CONFORME. Cartório Notarial de Setúbal, do Notário Lic. João Farinha Alves, aos vinte de Dezembro do ano de dois mil e doze. O Notário, João Farinha Alves (Lic. João Farinha Alves)
CARTÓRIO NOTARIAL DE SETÚBAL DO NOTÁRIO LICENCIADO JOÃO FARINHA ALVES Certifico narrativamente que, por escritura de vinte de Dezembro do ano de dois mil e doze, lavrada de folhas vinte e seis e seguintes, do livro de notas para escrituras diversas número cento e sessenta e seis-A, deste Cartório IRMANDADE DA ORDEM TERCEIRA DE SÃO FRANCISCO, com sede na Avenida Vinte e Dois de Dezembro, número 19, na freguesia de São Julião, do concelho de Setúbal, com o número de identificação de pessoa colectiva número 501299823, justifica ser dona e legítima possuidora, com exclusão de outrém, de um prédio urbano composto de igreja, loja e primeiro andar para habitação, e suas dependências, com a superfície coberta de cento e noventa e oito vírgula dezassete metros quadrados, e logradouro com a área de setecentos e trinta e três vírgula quarenta e quatro metros quadrados, situado na Avenida Vinte e Dois de Dezembro, número 19, na freguesia de São Julião, do concelho de Setúbal, que se encontra inscrito sob o artigo 749 da freguesia de São Julião, com o valor patrimonial de 2.756,91€, constando como titular do referido artigo matricial a Irmandade da Ordem Terceira de São Francisco de Setúbal, ora justificante. Que, no tocante ao registo predial, não se encontra descrito na Primeira Conservatória do Registo Predial de Setúbal. ESTÁ CONFORME. Cartório Notarial de Setúbal, do Notário Lic. João Farinha Alves, aos vinte de Dezembro do ano de dois mil e doze. O Notário, João Farinha Alves (Lic. João Farinha Alves)
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Sábado | 22.Dez.2012
Governo gaba 30 milhões na Decathlon em Setúbal da economia portuguesa. «Queremos, com este conjunto de reformas que estão a ser feitas a nível dos vários tipos de licenciamento, inclusive do ponto de vista ambiental, ser mais amigos dos investidores, porque Portugal não se pode dar mais ao luxo de perder estes investimentos», sublinhou, em declarações ao Semmais. Maria das Dores Meira, presidente da Câmara Municipal de Setúbal, reafirmou igualmente o compromisso de querer «continuar a reunir condições para atrair novos investidores» para o município, lembrando os 110 milhões que o grupo Immochan se prepara para investir com o novo Alegro Setúbal. A edil lembrou igualmente os 2 milhões de euros de esforço municipal na criação da nova avenida José Saramago, uma via estruturante do polo comercial do Monte Belo Norte, onde a nova unidade
logística da Decathlon está agora localizada. «Não somos uma ilha e este projecto reforça a mensagem de que só com investimento e arrojo se conseguirá ultrapassar as dificuldades impostas pela crise», asseverou. Nova loja deve abrir até Julho de 2013 O centro de aprovisionamento logístico da Decathlon, instalado num terreno de 20 hectares, vai permitir o abastecimento das lojas Koodza e das restantes 21 superfícies Decathlon em Portugal, movimentando 15 milhões de artigos por ano. Criado numa área de expansão comercial de Setúbal, o centro logístico tem três naves para operações distintas e cerca de três dezenas de cais para cargas e descargas. 4 mil metros quadrados dos 30 mil do centro logístico estão reser-
Aniversário do Porto de Sines assinala recordes de carga
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O SECRETÁRIO de Estado-Adjunto da Economia e do Desenvolvimento Regional considera que o investimento de 30 milhões de euros feito pela Decathlon em Setúbal na criação de um centro de aprovisionamento logístico é um «exemplo bem elucidativo daquilo que o Governo quer para o crescimento da economia nacional». Em causa, está o facto de a infra-estrutura ter ficado concluída «apenas um ano e dois meses» depois de o governante ter puxado o dossiê para o topo das suas prioridades, desbloqueando o processo «que andava há anos a ser mastigado». Durante a inauguração da infra-estrutura, António Almeida Henriques gabou assim o investimento feito pela multinacional e salientou os seus efeitos indutores ao nível da criação de emprego, no aumento das exportações nacionais e no crescimento
vados para a loja de venda Decathlon, que deverá abrir ao público de Setúbal no primeiro semestre de 2013. Para já, foram criados 200 postos de trabalhos directos, números que duplicarão em quatro anos quando o centro estiver em plena laboração. José Neves, director regional sul da Decathlon, explicou ao Semmais que a multinacional nunca chegou a desistir de instalar a infraestrutura na actual localização, tendo em conta «as excelentes acessibilidades a nível rodoviário e ferroviário, bem como a proximidade com o porto de Setúbal». «Nem mesmo a provi-
dência cautelar interposta pela Quercus durante o processo nos fez vacilar», garantiu. A empresa plantou seis vezes mais sobreiros do que o inicialmente previsto e abateu 9 sobreiros em povoamento. A Decathlon, da rede Oxylane, está presente em Portugal desde 1993, mas o primeiro espaço comercial em Portugal, na Amadora, só abriu ao público em 2000. A empresa também produz e exporta artigos concebidos no país para cerca 700 outras lojas existentes em todo o mundo. Bruno Cardoso
Palmela e Simarsul acordam dívida de 4,4 milhões A CÂMARA Municipal de Palmela vai pagar até 2018 toda a dívida que tem para com a Simarsul (Sistema Integrado Multimunicipal de Águas Residuais da Península de Setúbal) referente à facturação dos anos 2011 e 2012. A dívida ultrapassa os 4,4 milhões de euros. A autarquia vai pagar 5 por cento deste valor já a partir de 2013, percentagem que deverá aumentar gradualmente até 2017 e 2018, anos em que a edilidade terá de liquidar, no conjunto, metade deste
montante, ou seja, 2,2 milhões de euros. A presidente da autarquia, Ana Teresa Vicente, justifica o acumular da dívida pela «diminuição das disponibilidades financeiras municipais de 54 milhões de euros em 2009 para 41 milhões em 2012», uma consequência directa da quebra superior a 3 por cento no conjunto dos impostos directos e das transferências do Orçamento de Estado. «Em simultâneo, os encargos resultados da facturação anual da Simarsul
aumentaram, nesse mesmo período, cerca de 500 mil euros», lembra a edil. Na última reunião de câmara, onde este plano de pagamentos foi aprovado e submetido ao crivo da Assembleia Municipal de Palmela, Ana Teresa Vicente lembrou que os municípios da península «foram empurrados para este sistema com a promessa vã de que poderiam concorrer aos fundos de coesão, coisa que ainda hoje não aconteceu». «Para agravar a situ-
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O Executivo da Junta de Freguesia de Palmela Deseja a todos os fregueses um Feliz Natal e um Ano de 2013 muito próspero. O Executivo da Junta de Freguesia
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ação, o problema relacionado com a dupla concessão do município de Setúbal não foi resolvido, não influenciando assim positivamente as tarifas», lembrou a autarca. Municípios querem continuar a viabilizar Simarsul A proposta apresentada pelo conselho de administração da Simarsul inclui também um plano de pagamentos de facturas a emitir. «Este plano enquadra-se na
posição unânime dos oito municípios que integram a empresa no qual se menciona a disponibilidade dos municípios de continuar a viabilizar a Simarsul, nos pressupostos políticos e económicos que levaram a Águas de Portugal e todos os municípios a aderirem ao multimunicipal de saneamento e à constituição da empresa», lê-se na proposta da Câmara Municipal de Palmela. Bruno Cardoso
AS COMEMORAÇÕES dos 35 anos do porto de Sines, realizadas no dia 14, foram o mote para o anúncio de um novo recorde de movimentação anual de carga superando, nesse mesmo dia, os 27,2 milhões de toneladas movimentadas até à data. No evento participou ainda, como convidado de honra, Francisco Nunes e Sá, presidente da Comissão Executiva da aicep Global Parques, entidade gestora da ZILS – Zona Industrial e Logística de Sines, onde estão localizadas muitas das empresas clientes do porto, e que no seu discurso assinalou a enorme evolução que esta infraestrutura portuária tem registado nos últimos tempos, tornando-se num porto de referência. Criada pelo DecretoLei 508/77, de 14 de Dezembro, a Administração do Porto de Sines tem hoje como missão assegurar o exercício das competências e atribuições de planeamento, modernização, promoção e regulação do porto de Sines, visando a racionalização e optimização do aproveitamento dos seus recursos e a eficiência económica e operacional, no respeito pelos requisitos de segurança e ambientais, proporcionando satisfação aos clientes e valor acrescentado no mercado ibérico e europeu.
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NR 29
ano: 2012 . nr 29 . mês: Dezembro . director: António Serzedelo . preço: 0,01 €
http://jornalosul.hostzi.com / Saiba mais sobre nós em Prima folia Cooperativa Cultural
Serve o presente texto para comunicar o fim do nosso mandato como dirigentes da Prima Folia. Saímos, após cinco anos de direção, pois acreditamos que devem existir limites à representação que devem ser exercidos com moderação. É importante abrir espaço à renovação, que agora terá início. Como se compreende, o retorno de cada qual à sua vida civil, em nada retira o direito e o dever de intervenção em prol da defesa dos valores que sustentamos e de influenciar o nosso tempo na luta sem tréguas pela justiça social. Estamos de saída tal e qual aqui entrámos, sem um tostão a mais, sem reformas escondidas ou subsídios camuflados. Ao longo destes anos fizemos as mais variadas propostas, realizações e denúncias. A nossa ação foi importante para motivar mudanças nas práticas culturais em Setúbal. Quem connosco esteve lembrar-se-á de algumas. Esperamos que os nossos adversários também se lembrem. Graças a essas intervenções houve mudanças que fizeram Setúbal respirar melhor. Apesar dos tempos conturbados em que vivemos, temos consciência que cumprimos, o melhor que pudemos, o nosso compromisso com essas muitas pessoas que representámos, os associados, os simpatizantes e as mais das vezes, muitas mais. O ativismo cultural, ou contracultural, tornouse um elemento fundamental da garantia de uma democracia real. Continuam a ser tão válidos amanhã, como o eram há cinco anos atrás, a defesa intransigente das liberdades de pensamento, de consciência e de religião, das liberdades de opinião e de expressão e das liberdades de reunião e de associação. Não caducou a afirmação inflexível de que a cultura deve visar o enriquecimento e explanação das potencialidades da personalidade humana, reforçar os direitos e liberdades fundamentais, dignificar os indivíduos, favorecendo a compreensão, a tolerância e a amizade entre todas as nações e todos os grupos raciais, étnicos e religiosos. Não transigimos no direito fundamental de todas as pessoas de estarem ao abrigo da fome do conhecimento, o que implica combater para corrigir as diferenças socioeconómicas desestruturantes de uma verdadeira comunidade. Como dizia o grande Raul Brandão, temos de
crer que: “Nós não somos inutilidades num mundo feito, mas os obreiros de um mundo a fazer.” Lutar pelo alterar de um rumo que outros dizem ser inevitável, unir pessoas e unirmo-nos a elas em torno de objetivos que nos levem a emanciparmo-nos e a criar esperanças no sentido de uma pólis solidária. A cultura que propusemos é a mesma de que Agostinho da Silva falava; abanar mentalidades e romper fronteiras, porque realmente de estômago vazio não há cultura nem identidade alguma que resista. Uns estão entrincheirados em condomínios privados, outros a viver em barracas ou pouco melhor e a tentar sobreviver ao desemprego que campeia livremente. A cultura serve para mostrar a nós próprios que somos melhores do que aquilo que pensamos ser, como afirmava Jorge de Sena. Vivemos hoje numa conjuntura em que uma elite se agarrou aos comandos do Estado desde o 25 de Abril, semeando ilusões e que teima em não o largar. São os mesmos rostos atormentados, soluções velhas a tentar resolver problemas novos. Por aqui, a isto se lhe junta elites locais obsoletas, que deliberam profusamente, obstinadas em se perpetuarem, magicando frequentemente medidas que imaginam de alcance napoleónico. Este é o sistema propriamente dito, em que todos são cúmplices e ninguém tem culpa. Em simultâneo, a geração mais bem preparada de sempre em Portugal, é obrigada a estar desempregada ou precária, mendiga guarida em casa dos pais e é tratada como um incómodo. Por isso emigramos. Somos a Margem Esquerda na diáspora. As pessoas estão fartas de todos os pastores que prometem o céu e hipotecam a nossa terra, as nossas casas e as nossas dispensas. Há urgência para implementar novas soluções, para acabar de vez com esta triste conjuntura, mesquinha e pequenina, que a todos envolve pegajosa, pastosa, pesada. O tempo favorece-nos. Somos mais novos, somos mais instruídos, somos mais universalistas e dentro de poucos anos seremos mais numerosos. E abriremos espaço à vassourada. Não nos vimos despedir, mas antes falar-vos do futuro. A Direção da Prima Folia
Ilustração . www.DinisCarrilho.com
AO AMANHÃ
2112 Setúbal, 11 de Dezembro de 2112 Acordo bem cedo pela manhã. Sinto calor, afinal estão 17 graus. É como se estivesse pelas 10 horas de um belo dia de verão, não fosse o facto de estar em pleno inverno. Esse abraço morno de adocicado que paira no ar transporta-me a evocações passadas que desde sempre me acompanharam. O tempo mudou muito, desde o tempo dos meus avós. O tempo, dentro do tempo, num outro tempo. Abro a janela do meu quarto. Olho, do alto das colinas de S. Francisco, para o que resta da baixa histórica de Setúbal. Está parcialmente debaixo de água, devido aos degelos dos glaciares polares. A água subiu 6 metros, que o tinha desde a sua tenra o que tornou Setúbal, tal e qual juventude. Lembro-me como se Veneza, uma das primeiras cifosse hoje do que ele dades europeias a ficar submersa. (...) o que resta comigo partilhava, com um brilho inMais ao longe olho da baixa histórica tenso nos olhos pepara aquilo que foi o queninos, do quanto Troia Resort, orgu- de Setúbal. Está era a serra verdelho de alguns gover- parcialmente jante, dos milhares nantes democratica- debaixo de água, tons de verde que a mente perversos. Tal devido aos degelos mesma possuía; pocomo eles, também dos glaciares rém isso foi outrora, a península de Tróia polares. pois o que vejo ante submergiu. Tudo o meus olhos é serra que ali hoje resta é cinzenta, na qual nada cresce, um imenso parque de diversões toda ela despida pelos inúmeros para os mergulhadores, cujos incêndios que ali decorreram ao moradores tentam explorar o longo dos anos. Vejo também o melhor que podem e sabem. A que resta de uma antiga grande SONAE, uma das últimas granfábrica de exploração de pedra des empresas em Portugal, faliu de cimento, abandonada. nos anos 20 do século passado, Lembro-me de ali vir brincar por altura da grande inundação. enquanto criança. Nessa altuAgora é uma cidade com pouco ra vivia-se um clima de guerra mais de trinta mil habitantes. civil. A população fugiu para Setúbal falhou em ser a grande os montes. Ali passei um bom cidade industrial que era. par de anos da minha infância. Arranjo-me e, após, decido ir Mesmo no meio de tanta nudez passear pelos montes da Arrábipétrea, guardo algumas boas da, hábito herdado de meu avô,
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FOTOMONTAGEM DE ANDRÉ JOÃO CORDEIRO
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como é que os romanos tinham recordações. Por vezes, quangladiadores, ou os portugueses do tudo à nossa volta é guerra, viviam à base dos derivados do ouvimos melhor também as petróleo. É absurdo e desumano. emoções. Há muito que deixaram de ser Faz já décadas que em esproduzidos. Atualmente andatamos em paz. O país chamado Portugal já não existe, está dimos de bicicletas ou de transvidido em 3 regiões portes públicos. O distintas, cada uma dinheiro deixou de (...) quanto era com o seu governo. ser usado, trabaSetúbal está inte- a serra verdejante, lha-se apenas para grada na região do dos milhares tons evolução pessoal. O Alengarve - integra de verde que a fim do mundo não se as antigas regiões do mesma possuía; deu em 2012, como Alentejo e Algarve. se pensava no tempo porém isso foi Pego na minha do meu avô, o que outrora bicicleta e dirijoacabou foi a menme para o trabalho. talidade vigente até Sou jardineiro, faço essa altura. a manutenção dos jardins veHoje tenho os mesmos 37 lhos e dos novos também, que anos a idade que o meu avô foram criados após a grande teria em 2012, tempos difíceis inundação. No meu percurso dizia ele, mas que conseguiu para o trabalho vejo velhas ultrapassá-los com destreza e relíquias, os então chamados determinação, essa que herdei de automóveis, latas carcomidele. das e abandonadas pelas ruas. Perturbam-me esses achados André João Cordeiro arqueológicos. Não entendo Arquiteto e 3D designer
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Propriedade e editor: Prima Folia - Cooperativa Cultural, CRL Morada: Rua Fran Paxeco nº 178, 2900 Setúbal Telefone: 963 683 791 • 969 791 335 NIF: 508254418 Director: António Serzedelo Subdirector: José Luís Neto • Leonardo da Silva Consultores Especiais: Fernando Dacosta • Raul Tavares Conselho Editorial: Catarina Marcelino • Carlos Tavares da Silva • Daniela Silva • Hugo Silva • José Manuel Palma • Maria Madalena Fialho • Paulo Cardoso Director Artístico: Dinis Carrilho Consultor Artístico: Leonardo Silva Morada da Redacção: Rua Fran Pacheco nº 176 1ª 2900-374 Setúbal Email: Jornalosul@gmail.com Registo ERC: 125830 Deposito Legal: 305788/10 Periocidade: Mensal Tiragem: 45.000 exemplares Impressão: Empresa Gráfica Funchalense, SA - Rua Capela Nossa Senhora Conceição, 50 - Moralena 2715-029 - Pêro Pinheiro
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PRESSÁGIO 03 Como em todas as outras noites, saio e percorro o dito – em tempos -mais belo, amargo e doce, gorduroso e melancólico despojo, que se entranha em tão lúgubre desvairo. Na memória, a saudade da velha Setúbal, cidade das manhas luminosas e viris, das noites misteriosas, tomadas de assalto pela mescla de essências juvenis, pelos profetas laicos e pelos miradouros improvisados que se tornaram referência. A cada passo escorregadio, o escarnio cola-seme às solas dos pés, num verde rastejante enquanto recordação única do asilo – outrora – parque natural.Encaminhado ao que resta de uma investida arqueológica, pelo que parece, do que teriam sido os Paços de Concelho precedentes ao êxodo urbano, surgeme na memória os bons e velhos tempos relatados por meus avós – ainda eles humanos, sobreviventes ao ataque zombie de seres de feienergia. Mas será que o mundo ções amargas, tratados por Senhor sempre fora feito de merda? Dr., conduzidos pela incógnita e Como em todas as outras noiextinta substância, conhecida tes, saio e percorro o dito – em como filha do Antrax, maldita tempos -mais belo, amargo e doce, cocaína. Tempos esses em que gorduroso e melancólico despojo, o zumbido nuclear tinha outras na ausência da marcação territorial formas, dizia-se orgânico, ao qual de adolescentes pelos chamavam música. Ao agora fosseis mictacontrário das próteses (...)na dos, costume que térmicas, usavam maainda hoje me levanteriais maleáveis que memória os bons ta algumas questões, os próprios constru- e velhos tempos visto que os dejetos íam chamados roupa relatados por seriam depositados , dormiam deitados meus avós – ainda dentro de casa. Dizsobre molas vedados eles humanos, se que o mundo nestambém por uma sobreviventes ao sa altura seria bem espécie de roupa e mais cinzento, pois usavam orifícios para ataque zombie de sem matéria orgâniexpelirem e-coli nos seres de feições ca, seria impossível seus próprios espaços. amargas, tratados tingir-se o que fosse. É inconcebível pen- por Senhor Dr. Eles tinham as roupas sar-se em tão retarmas faltava-lhes a cor. dada ideia quando que hoje, numa Segundo um diário digiúnica ida à sargeta comum, são tal – uma autentica relíquia depositadas centenas de kilos de encontrada numa rede de ine-coli imprescindível à construção formação alternativa, foi-me de habitações e gerenciamento de
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ILUSTRAÇÃO DE PAULO GANILHO DA LUZ
Como em todas as outras noites...
possível constatar que os hupopulação terrestre dividiu-se manos desses tempos comuem dois grupos distintos. Um nicavam – imagine-se – por primeiro dedicado à previsão mensagens escritas energética dos oumanipuladas por tros seres e ao seu Os robots de primeira encaminhamento geração chamados tempos eram para um mundo satélites e chegavam ridiculamente sustentável e por a demorar 5 minutos diferentes dos outro lado, um outro para abrir contas de de hoje em dia. grupo contrasustenusuário ao contrario As profissões tabilidade, formado dos dias de hoje em pela nova geração passaram a que, premindo-se a zombi e que se caslot de intercomu- reexistir enquanto raterizava por seres nicação e após três necessidade. O que paravam nas segundos de auten- comercio tornoupassadeiras como se ticação acedo a mais se justo. Os campos estivessem prontos de 3000 comuni- voltaram a ser para se lançar à esdades e-coligicas trada, por nichos de utilizados. pessoas bem apree movo transações sentadas que mal comiam para financeiras e de investimento viajar em carroças motorizadas, em novas substancias para a por crianças já manipuladas e sobrevivência dos escolhidos. encaminhadas para a destruição Após o final do ciclo Maia, dos recursos e ainda, por outros não houve mais espaço a hesiseres que se sentiam ofenditações, contratempos ou indedos por tudo e por nada- até cisões; muito pelo contrário, a
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por um bom dia. Este segundo grupo tudo fez para que a comunicação fosse estanque e ao circularem pela via pública, permanecia de olhos virados para o chão, educavam seus filhos gritando e cuspindo para o chão, os homens acarinhavam mulheres com violência e os velhos bebiam líquidos ricos em álcool, disponíveis em casas de passagem. Os tempos eram ridiculamente diferentes dos de hoje em dia. As profissões passaram a reexistir enquanto necessidade. O comercio tornou-se justo. Os campos voltaram a ser utilizados. E no fim de contas, passado tanto tempo, a cidade mantem-se doce, gordurosa e melancólica, com uma única diferença: Quem a habita, pensa por si próprio. Paulo Ganilho da Luz Animador sociocultural
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100 anos Terça-Feira, 18 de Dezembro de 2112
desde que o aumento do preço dos transportes levaram os mesmos a ficar sem utentes e a entrarem em falência. Ao mesmo tempo os criadores de cavalos começaram a abatê-los, pois não tinham como os alimentar, e o Grande Pedro criou o transporte Low-Cost! Carroças, de acordo com a tradição do nosso Pequeno País. Outrora aqui foi a Av. 5 de Outubro, mas as grandes efemérides de Portugal foram censuradas, primeiro acabando com os feriados e depois mudando os nomes das ruas para os nomes dos estadistas que acabaram com a verdadeira História. Subo depois a Av. Tozé Seguro, ex.
Av. Bento Gonçalves, antigo dirigente comunista. O PCP e o BE foram ilegalizados e o PP juntou-se ao PSD, no seguimento da Lei do 2. “2 mãos, 2 olhos 2 classes, 2 partidos!” À minha direita costumava existir o Hospital de São Bernardo. O aumento das taxas moderadoras levou à procura do sector privado. Com isto o défice na saúde aumentou ainda mais e os nossos Queridos Governantes, sempre iluminados e apoiados no XV programa de resgate da troika, decidiram fechar de vez o hospital. Quando isto aconteceu o sector privado aumentou exponencialmente os preços e as pessoas deixaram de
os carros que já ninguém tem. Assim ter acesso a qualquer sistema de saúninguém corria ou jogava sem pagar de. Voltámos aos partos em casa e e resolveu-se a questão. aos médicos ao domicílio. Ao meu lado direito estão as Contorno o antigo Estádio do ruínas do antigo Liceu Nacional Bonfim, hoje um campo de desade Setúbal. Está tamlojados. As empresas bém quase a fazer 100 que mandavam no fu(...) Bonfim. anos que o governo tebol decidiram acabar decidiu rasgar de vez com a participação nos Vanicelos, Bela campeonatos de equi- Vista, deram assim a constituição e introduzir propinas na pas históricas mas sem lugar a fantásticos Escola Preparatória e poder, tais como o nos- parques de Secundária, bem como so Vitória de Setúbal. estacionamento, aumentar para valores E quanto ao desporto todos com o seu irreais os valores do jovem e amador? O esEnsino Superior. Em tado decidiu que quem parquímetro de 2 anos fecharam 2000 quer fazer desporto tem última geração, escolas. Estudar para de pagar imposto. O preparado para quê? Não há emprego desporto é um luxo e os carros que já bem pago de qualquer tem de ser taxado como ninguém tem. forma e os países amital. Os pais passaram a gos fecharam as fronser notificados quando teiras, tal foi a emigração desconas crianças jogavam à bola no Parque trolada desse famoso ano de 2013. do Bonfim. E como já sem qualquer Chego ao meu destino e antes de recurso, estas se recusavam a pagar, entrar olho de relance para a Pedreira o resultado foi mesmo acabar com da Arrábida. Há quem diga que existiu os parques e jardins. Bonfim. Vanicelos, Bela Vista, deram assim lugar ali a serra mais bonita de Portugal… a fantásticos parques de estacionamento, todos com o seu parquímetro Nuno Vieira de última geração, preparado para Estudante de engenharia física
a crriminalidade semprre a subirr e Táva eu prráqui a pensarr come munte violenta, crrianças na escola é que afinal serrá Setúbal em 2100? com fome, pessoas sem recurrses A prrimêrra cena quê fiz foi olhárr nenhuns pa conseguirr prrá bola de crristal gerrirr as suas vidas, as quê tinha à nha frrente (...) vão abolirr pessoas completamente prra tentarr adivinhárr o asfixiádas num monte futurro e inspirrárr-me. os forruns, e só de estrrume com tanNa verrdáde erra mais vai haverr lojas te tipe de mérrda que um cilindrre de vidrre caninas comá aquáse chega à lua... vêrrde garráfa cheie de minha, serrá uma epá perra lá... mas iste ideias liquidas. A nóssa cidade típica é nos dias de hoje. Prsociedáde nessa alturra e pacata com rontes vames lá serr um vai tárr dum descalábrpouque mai positives e re munta maluque, caté munta coisa prra terr “aquela” visão. 2100 parréce a que vames a mostrrárr Setúbal, acrredito que descerr a descida das vai serr uma grrande cidade com um necessidades num biciclête cas rómerrcáde turristique em que se lhé das códrrádas . Tou même a verr... as aprresentáde a grrande identidáde máquinas a fazerrem o trrabálhe dum setubalensse. Néssa alturra de cerrteza homem, o desemprrégue a montes,
que já aconteceu a grrande revolução Sádina de 2050, alturra em que os Setubalenses derrem um pontapé du cú do pessoal que manda da Trroia agorra e a cidade já tá ligada cuma ponte espetaclárr même. Cá prra mim nã vames serr mai de 250.000 manguelas a viverr em Setúbal, é um palpite empirricó-ciêntifique. Setúbal, em grrande párrte, vai viverr do turrisme e toudes os serrvices quisse acarreta. É malta a fazerr sandes de chouque frrite, coirrátes, turresmes, a fazerr caminhas de laváde nos hoteis, a dárr cúrrses de Charroque prrós
camónes, visitas guiádas ao antigue estádio do Vitórria do Bonfim, etc e t a l bágue d’uva. Um gáje sai à rua, pega duma bcicléte a enerrgia prruveniente da ondulação do Rio Sáde com ligação wairreless eléctrrica, sem prrodução de poluentes prra atmusférra, tá tão limpa qnem um sárrgue descamáde pa cumerr assáde e escaladinhe cumas batat.. prrontes já chega. Antes de irr trrabalhárr dá um saltinhe à Serra da Arrábida prra apanhárr árr frresquinhe pas fuças, molha o pézinhe da água do márr na Prraia
Levanto-me ainda dorido, depois de ter levado com o choque tecnológico ainda na cama. O avanço da ciência é tal que os despertadores dão verdadeiros choques a quem se recusa a acordar. Avanço, só mesmo na ciência, pois o que parece é que avançaram 100 anos e nós regredimos 200. Fui chamado de emergência a casa de um paciente. Lavo a cara na bacia de água fria. A dívida energética portuguesa está tão alta que o resto dos Estados Unidos da Europa se recusa a nos vender energia, criada a preço de saldo com as novas centrais elétricas de Fusão Nuclear de Helio-3. Apenas 1% da população tem dinheiro para comprar energia de forma privada, e como tal, no país de hoje, dividimos a população em apenas 2 classes. Os “energéticos” e os “escorraçados”. Fecho os olhos com esforço e tento adormecer enquanto o cavalo puxa esta carroça Av. Cavaco Silva acima. Quase passaram 100 anos
PINTURA DE HIERONYMUS BOSH
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da Figueirrinha. Chega ao trrabálhe com uma vontáde de prroduzirr quié uma coisa maluca. A grrande mudança que eu acredite même, é que vão abolirr os forruns, e só vai haverr lojas caninas comá minha, serrá uma cidade típica e pacata com munta coisa prra mostrrárr ao munde como porr exemple a estátua do Charroque da Prrofundurra que vai serr colocada no ane de 2025 no local do actual Jumbe, que como já disse vai acabárr um dia tamein. Prra reflecitrr um pouque, pensem em dois mil e sem e em dois mil e com, embórra lá! Charroque da Prrofundurra charroque@gmail.com
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PRESSÁGIO 05 A principal indústria setubalense à beira do colapso! in "O Setubalista", 21 de Dezembro de 2112 Fontes próximas do governo afirmam que o relatório do laboratório de medicina legal, vem confirmar as piores expectativas, para os setubalenses, claro, que sem forma de contribuir para a Grande Dívida, poderão ver-se a braços com um projecto de higienização, ou seja, a substituição da população e consequente incineração da actual. Representantes da PRHA (Protejam a Raça Humana Amorfa) já vieram a terreiro defender as gentes da cidade, “os descendentes não têm culpa que na era das grandes manifestações, há um século atrás, os seus antepassados nada tenham feito”, “temos de tratar os actuais setubalenses como seres sencientes, apesar de incapazes de votar ou escolher” afirmou o defensor dos direitos dos humanos amorfos. O especialista em genética e evolucionismo meta-moderno afirma, que o caso dos habitantes setubalistas ganha contornos estranhos “como é sabido, para fazer melhor estrume, é necessário que o cérebro seja triturado com o corpo,
população nestes géneros culmas no caso setubalista, o atrofio turais. Terão sido as tóxinas da cerebral tem sido de maior rapico-incineração, na Secil (empresa dez em comparação às populações ambientalista que guarda a úninas outras cidades estrumeiras”. ca árvore da outrora Arrábida) a O especialista indicou ainda que haver com o caso?” houve a tentativa de “Não quero entrar impedir esta rápida (...) temos de em mitos”, afirma regressão através de ao O Setubalista, de música, dança, teatro tratar os actuais forma contundente, ou cinema, práticas setubalenses como que obtiveram bons seres sencientes, o especialista em resultados noutras apesar de história das cidades populações, conse- incapazes de votar que poderiam ter guindo nalgumas até sido. E adianta-nos ou escolher parar o atrofio cereainda mais, “o caso bral. Mas para o esque temos em mão pecialista em genética, apenas os afigura-se de uma especial reespecialistas em história podem gressão por uma única razão, a explicar esta clara falha no cérebro regressão do cérebro já tinha codos setubalistas. “Nos setubalistas só existe actividade cerebral com touradas, festas com nome de peixe e formas culturais que não fazem pensar ou questionar nada, apesar de algumas dizerem conter música ou teatro, mas, como é óbvio, só os cérebros em acto de raciocínio podem evoluir, esta é a principal razão”, diz-nos mais: “colegas meus ainda hoje esperam os relatórios que possam confirmar a predilecção da ancestral
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atrás ainda teriam vindo a tempo meçado anteriormente, as práticas de sair à rua e protestar, de fazer dos seus antepassados trilharam o cérebro funcionar e este destino, sabemos exigir políticas cultuque não serão os úni(...) como rais para que os seus cos culpados, mas se é óbvio, só os descendentes não nem para o contrato da derradeira opor- cérebros em acto de ficassem humanos amorfos… Agora é tunidade do FMI ser- raciocínio podem tarde! Hoje o debate vem, não servem para evoluir que se impõe é o funada. Pelo menos que turo: Setúbal, parque servissem para estrude estacionamento ou cidade esme, neste dias nem isso!”. trumeira re-colonizada? O nosso A todo o momento aguarda-se jornal acompanhará de perto este que o gabinete do representante debate. alemão, no território anteriormente conhecido como Portugal, emita Leonardo Silva a ordem de incineração desta poPresidente da pulação que perdeu a utilidade. Prima folia Cooperativa Cultural Poder-se-ia dizer que há 100 anos
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“VISÕES SIMULTÂNES” 1912 PINTURA DE UMBERTO BOCCIONI
Viagem a Setúbal do séc. XXII Setúbal, 5 de Dezembro de 2112
Esfrego cabelos e olhos cheirados pelo tabaco, limpo os óculos embaciados e decido resolver tal mistério. Ao primeiro transeunte interrompo: Acordo, embriagado pelo tem- Desculpe, companheiro! O po, num futuro presente. que é que aconteceu esta noite à Da memória confusa, saltam cidade? e ao tempo? Porque é que fragmentos de noite, regada de esta data está no ecrã e quem tirou uva moscatel a bombar e genéos golfinhos do sítio? ticas companhias do velho ADN. A resposta tardia, em charroco Estalo os ossos, levanto os erudito, não ajudou ao esclarececaniços dos degraus cinzentos e mento: reconheço a moldu- Atã soce? tás ra laranja e salgada no marreado dos cornes? Largo do Zeca. (...) velha vê lá se te endirreitas Olho à minha volpenínsula verde e vais à beirra marre ta, não vejo os golfibanhada a azul arrumarre as ideas... nhos e penso atorPelo menos, o doado no que terá deu lugar a uma malha urbana dialecto ainda está a acontecido. funcionar, pensei com O anfiteatro, dei- quadriculada (...) os meus botões. Sem xado às ventanias do tal metamorfose, perceber ainda ao momento, é agora deveu-se à certo o que aconteceu ecrã gigante de provelha profecia, o ao tempo, apresseipaganda audiovisual, me para sul ao encononde caras estranhas terramoto de 2055, tro do rio. Ao chegar à falam de coisas e luLota, percebi definitivamente que gares e pessoas da nossa cidade. estava num outro tempo e, por Para meu espanto, reparo a data pouco, noutra cidade. Não mais no rodapé da tela gigante e vejo: era um local de venda e desembar21 de Dezembro de 2112. que do peixe, mas um complexo Penso, com os meus botões, edifício de fabrico do peixe. Ouvi que afinal o calendário da Maia uns velhotes comentarem: continuou a rolar e, se não é uma - No mê tempe ainda se apabrincadeira de mau gosto, em nhava pexe aqui do rio, agora vez ter acabado, o mundo girou comemos sarredinha plastificada pelo menos mais uma centena de fabrricada em viverres. anitos.
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pela sapo e espalhados pelas ruas, Olhei à minha volta e vi uma para fazer uma pesquisa mais detaponte lançada sobre o rio que fazia lhada do que aconteceu neste lapso da Tróia um novo bairro de Setútemporal. Abri a página do Setúbal na bal. Olhei para Oeste e, no lugar rede, e lá fui surfando pelo arquivo das encostas onde em tempos virtual das memórias setubalenses. Sebastião se inspirou, havia um Nos inúmeros disparates que fui lenimenso planalto do qual a Fortaledo retive, em especial, za do Filippo Terzi era a década dos anos 40, o ponto mais alto das Graças ao onde o velho Vitória garedondezas. Lá connhou tudo o que havia seguiram melhorar as Deus que, pelo a ganhar, nacional e vistas para o oceano e menos, a Secil tiraram aqueles moninternacionalmente, à conseguiu resistir tes incómodos, gracebolina do grande Mouàs abusivas jei aos ventos: rinho. Não só ganhou -Graças ao Deus reclamações tudo no mundo do desque, pelo menos, a setubalenses. porto como pelos vistos Secil conseguiu redeixou-nos uma dinassistir às abusivas reclamações tia fidalga de vencedores, presidentes setubalenses. e bem feitores deste pequeno reino Aceitando, finalmente, este meu à sombra da capital. - Ahhh! ganda regresso ao futuro, resolvi indagar Mourinho! - desabafei... mais a fundo esta nova Setúbal do Deixando a bola de lado, e passéc. XXII. Dirigi-me a um dos muitos sando ao urbanismo, observei com ecrãs transparentes patrocinados curiosidade a expansão da cidade
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com a mais bela baía, e a velha península verde banhada a azul deu lugar a uma malha urbana quadriculada e bem arejada ao estilo francês, ou melhor, estilo Pombalino (para os mais esquecidos, é o gajo que ensinou o Corbusier). Fiquei triste, por um lado, ao descobrir que a razão de tal metamorfose, deveuse à velha profecia, o terramoto de 2055, mas logo contente, por outro, ao ver que o esforço da Moderna em fabricar tantos arquitectos foi útil ao reflorescimento da nova Setúbal e que, pelo menos, o cimento da Arrábida deu lugar a uma nova reserva “natural”, uma floresta em betão. Dei comigo a divagar: - Era giro escrever um livrito sobre isto e enviar aos meus conterrâneos do século passado. Gonçalo Guerreiro Arquiteto Setubalense na diáspora
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CAFÉ H.R. GIGER - FOTO LEONARDO SILVA
Cronologia sadina rumo ao ano de 2100
Setúbal XXII – Uma cidade com futuro? que seja digna desse nome, uma vez Durante a época natalícia é coque a política local, seguindo a namum surgir no imaginário das pescional, tem sido a de precarização e soas “Um conto de natal” de Charles desvalorização da mesma em nome Dickens, em que o velho Ebenezer de outros interesses. Scrooge é visitado por três espíritos: Outras problemáticas, como são do passado, do presente e do futuro. a questão do emprego e da habitaPegando neste conto, peço ao ção, surgem constantemente e como leitor que por momentos ocupe o se tem verificado, pouco avanço se papel do velho Scrooge e que entem dado nestas matérias. Neste quanto cidadão setubalense se deixe momento assistimos visitar pelo espirito do a uma cidade que se natal futuro que nos leQue se pode acomodou enquanto vará até ao ano de 2112. cidade-dormitório, Como se encontra- esperar a nível preenchida por um rá a cidade de Setúbal cultural daqui número crescente de nesse ano? Será uma a cem anos? As desempregados e que cidade com futuro? expectativas não não tenta criar alterMuitas questões se le- são muito grandes. nativas para os seus vantam quando olhaA grande questão é cidadãos, em particular mos para as políticas para a população mais do presente e tentamos mesmo se daqui a jovem que começa a visualizar o futuro. De- um século Setúbal entrar no mercado de certo não darei respos- terá sequer cultura trabalho e a pensar em tas mas proponho-me a que seja digna ter uma casa. Assim, o levantar algumas ques- desse nome que se pode claramentões que podem colocar te esperar daqui a cem anos é um em causa a cidade de Setúbal. aumento de desemprego (que já De todos os problemas que sose encontra perto dos 9 mil) e desfremos agora, sendo resultado directruição do débil aparelho produtivo to ou não da crise nacional, existem setubalense, assim como a contínua quatro ou cinco problemas que me falta de reabilitação urbana que separecem fundamentais no desenria crucial para dinamizar a cidade volvimento e na sustentabilidade e reerguer o comércio local. de Setúbal. Chegamos então a uma outra A primeira questão prende-se questão que a longo prazo terá com a existência da cultura. Olhando bastantes consequências, a contínua hoje para cidade de Setúbal, vemos destruição da serra da Arrábida. Já uma cultura reduzida a pequenos todos nos questionámos acerca do grupos em que mesmo assim, a grangirassol que é o símbolo d’Os Verdes de maioria se encontra em condições e que compõe a coligação CDU. É precárias. Que se pode esperar a nível que, pelo que se pode constatar, um cultural daqui a cem anos? As exbloco de cimento ou um uma vivenpectativas não são muito grandes. A da de luxo fariam o mesmo efeito grande questão é mesmo se daqui a enquanto símbolo, já que a polítium século Setúbal terá sequer cultura
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ca autárquica tem sido a de deixar destruir o património ambiental em prole do betão. Portanto, bem nos podemos preparar para que daqui a cem anos em vez de uma árvore para cada pessoa, tenhamos uns sacos de cimento para cada um de nós, ou uma qualquer obra megalómana. Por fim, chegamos à questão da especulação imobiliária. E mais uma vez, os sucessivos governos locais têm sido pródigos nesta matéria. O que são uma centena de sobreiros ou uma península como a de Tróia, quando podemos erguer gigantes de betão a torto e a direito? O passeio de domingo no centro comercial chega perfeitamente. Almejar uma praia do povo, ou utilizar o meio ambiente em benefício da comunidade, em vez de interesses dos grupos económicos, são coisas de utópicos idealistas e que não terão lugar daqui a cem anos. Talvez possamos esperar que em 2112 Tróia seja privada (esperemos que o nossos amigos neoliberais e os responsáveis autárquicos não leiam isto, não quero ser responsabilizado por mais uma ideia triste). Com estes cinco apontamentos concluo o meu breve papel de espírito do futuro, esperando que os Scrooges que detêm o poder local, reflitam um pouco, nesta época natalícia e comecem a projectar um futuro que tenha em conta as pessoas e não os interesses financeiros, evitando assim, que num futuro próximo Setúbal se aproxime da Inglaterra vitoriana de Charles Dickens. João Santos Estudante Universitário
2013 • O preço do tabaco aumenta (novamente), para desgraça de todos os escritores mal pagos. 2017 • A Biblioteca Pública Municipal de Setúbal é oficialmente extinta, o seu edifício vendido e transformado numa loja de telemóveis; pela primeira vez na história a sua afluência diária excede aquela dos seus funcionários e das pessoas que lá entravam por mero engano. 2024 • Arranca a implementação do Programa Polis II como forma de dar continuidade à requalificação urbana e valorização ambiental de muitas das cidades do distrito; no concelho de Setúbal o mesmo é usado para polir as pedras da calçada e para remodelar a rotunda da Avenida Luísa Todi, de quadrada para triangular (uma verdadeira inovação mundial), um facto que acaba por impedir toda e qualquer futura circulação automóvel. 2032 • Mais ou menos seguindo a distopia do filme “RoboCop” (1987), é, com grande aparato, inaugurada a primeira parcela daquilo que passa a ser conhecido como a Neo-Setúbal, uma promessa de nova cidade futurista onde todo o crime que caracterizava a Velha Setúbal é abolido; espera-se que o projecto esteja concluído no ano de 2040. 2032 (alguns dias depois) • O projecto da Neo-Setúbal é completamente descartado quando se descobre que as primeiras habitações que haviam custado vários milhões de euros eram feitas de contraplacado e, para desespero de todos, incapazes de permitir a mais pequena forma de insonorização entre casas de vizinhos; a empresa responsável pela construção não só nunca seria levada à justiça, como, numa reviravolta inesperada, acabaria mesmo por ser indemnizada pelas autoridades públicas por flagrante violação do contrato. 2039 • Cristiano Ronaldo, jr, 29 anos, e Thiago Messi, 27 anos (filhos de Cristiano Ronaldo e de Lionel Messi, reconhecidamente, dois dos maiores jogadores da história do futebol), assinam um contrato válido por 4 temporadas com o Vitória FC de Setúbal; ambos haviam sido dispensados do Amora FC. 2041 • A cidade de Setúbal deixa de ser capital de distrito, honra que passa para Almada onde se acaba de construir mais dois colossais centros
A &D
Arte e Decoração José Paulo B. Nobre
Pintura decorativa de interiores e exteriores - Conservação e restauro de Pintura Mural artedecoracao93@gmail.com tm: 963106106 Rua do Pincho nº 10 - 2250-055 Constância
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comerciais, cada qual contendo uma FNAC e uma dúzia de salas de cinema com a mais recente tecnologia 5-D (3 dimensões, mais mau cheiro, mais comentários irritantes de adolescentes durante o filme) – um verdadeiro pináculo civilizacional. 2058 • Devido a um estranho vírus informático, o “Facebook” acaba; milhões de pessoas em todo o mundo ficam sem saber o que fazer durante 16 horas do seu dia. 2070 • Nada de particularmente relevante ocorreu. 2071 • Milhares de “Halobatrachus didactylus” mutantes (vulgarmente conhecidos como charrocos), com dois metros de comprimento e ainda mais feios que o habitual, avançam sobre terra seca com a intenção de escravizar toda a raça humana em retaliação por vários anos de gozo insultuoso; há relatórios de ocorrências deste estranho fenómeno por toda a zona litoral do distrito de Setúbal, ao qual se circunscreve, onde os seus habitantes são chamados como primeira linha de defesa; a ofensiva, no entanto, é rapidamente frustrada, durando apenas 10 minutos, devido ao facto de as estranhas criaturas se demonstrarem incapazes de respirar fora de água – um pormenor que acabaria por servir para alimentar mais uns copiosos anos de reinação. 2072 • É inaugurada uma estátua de Tiago Apolinário Baltazar em Alcácer do Sal (cidade onde este se recolhera nos seus últimos anos de vida), em reconhecimento pela profética advertência da invasão dos “Halobatrachus didactylus” num texto obscuro de 2012. 2086 • É descoberto um novo planeta, Chiron, no sistema solar Alpha Centauri, capaz de suportar vida humana. 2100 • A humanidade abandona o planeta Terra com pretensões de fundar em Chiron uma nova civilização, em todos os sentidos superior e perfeita; todo o distrito de Setúbal é estranhamente convidado a não acompanhar a nova aventura, com a suposta desculpa de que alguém teria que ficar de modo a receber uma encomenda urgente dos correios que estaria para ser entregue. Tiago Apolinário Baltazar t.apolinariobaltazar@gmail.com
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BOREAL 07 Um lugar nunca o é, realmente, até passar a ser amado por nós. No entanto, aquele lugar não me era, de todo, desconhecido. Tivera várias aproximações prévias e sabia que não me deixaria incólume. Havia sonhado anos antes com isso; e os sonhos têm essa mania de serem certeiros premonitores das realidades futuras. Em verdade, havia sonhado que fazia parapente com um grande amigo numa das praias da região. Ele havia-me questionado sobre o que fazer a seguir, ao qual eu havia respondido que não se preocupasse, pois eu sabia o que fazer em seguida, afinal, conhecia a região como as palmas da minha própria mão, o que não era verdade. Há pormenores interessantes no sonho, porquanto nunca fiz parapente, apesar de estar ao alcance da minha vontade, mas menos opcional foi o facto de ir parar a esta região e passar a conhecê-la como às palmas da minha mão (extremamente confusas, diga-se). No entanto, o amigo também poucas vezes veio a esta região e, de facto, a situação principal, em si, nunca fez qualquer sentido. Na altura em que tive o sonho, contudo, o lugar, pouca ou nenhuma importância, assumia. O parapente, em si, nunca fez sentido porquanto esse meu amigo tem
ANDORINHA DE NEVE - FOTO DE LEONARDO SILVA
Parapente
profundas e angustiosas vertigens, que pude verificar em diversas situações, muito menos melindrosas que o voo a céu aberto. Os sonhos são isto mesmo, um conjunto de verdades indecifráveis, que só adquirem sentido pleno na altura em que o têm de fazer. Não posso dizer que não existia simpatia por aquele lugar, pois, na realidade, existia. O mar, mesmo ali, ao alcance da minha mão, conjugado com o pitoresco, faziam com que houvesse, nos dias de intensa bruma, um encanto muito próprio. Apesar de muito ligado ao meu mundo raiz, o espírito quixotesco compelia-me a procurar novas paisagens. É difícil
explicar o que dificilmente encontra uma explicação, mas, mesmo assim, tentarei ser o mais sucinto possível na procura de explicitar o óbvio; e não há nada mais difícil do que o evidente. Fui visitar uma grande herdade junto ao Sado, uma herdade mágica, a Quinta das Corujas. Como todo o espaço que merece ser nominalmente referido, tem características muito específicas. Logo à entrada temos um portal com um nicho em forma de vieira, onde, antigamente, muito antes de ser a Quinta das Corujas, estaria o santo, esse ser pétreo de carácter mágico-telúrico, que daria o nome e a tutela ao lugar, talado em brecha da
a sua nobreza de palácio do povo Arrábida. Os fenícios chamavam-lhes dos tempos idos de quinhentos e Baallim, os romanos Manes, mas nós seiscentos quase não se reconhece, perdemo-los algures. Tratam-se dos está tudo esburacado Senhores do lugar, as e dilacerado por todo forças ambiguamente o tipo de vilipêndios naturais e sobrenatuAos olhos imaginados pelos hurais que exprimem o experientes manos. Aos olhos excarácter de cada local. destas lides já perientes destas lides já Para nós já não exisé impossível é impossível classificátem lugares com alma, la como cidade, apenas para nós já nem existe a classificá-la como uma ruína em razoável alma dos tempos. Para cidade, apenas estado de conservação. nós, nada de nada… uma ruína em Trata-se de um patrisó sabemos medir - o razoável estado de mónio a requerer clasespaço e o tempo já conservação sificação e conservação, não são nada mais que já da especialidade dos números e unidades de arqueólogos, historiadores de arte quantificação. A Quinta das Corujas sofre deste e museólogos, de modo a permitir, mal moderno, o desrespeito puro e quiçá, após um árduo consenso, orduro, incontido e incontrito, de tudo ganizar visitas guiadas às escolas e o que existe. É das Corujas, porque só aos turistas gringos que vêm visitar elas atualmente ali habitam, só elas esta vetusta região, típica nas suas se lembram ainda de como aquele muitas mentiras de criação e enganos sítio foi um espaço propriamente nas prioridades. Ali ainda há vida no dito, com personalidade própria para além da terra erma, gretada e (agora, só lhe resta a personalidade estéril, que observamos à superfície. jurídica), bem vincada e particular. Os Nada é simplesmente o que parece, muros estão decrépitos, aspetos da na impressão rasgada na pele que sua anterior grandeza despontam do é uma deslumbrante e aterradora solo, de quando em vez, amálgama natureza morta. de aterros de 1001 “patos bravos” que para ali atiraram o que os ouJosé Luís Neto tros quiseram esquecer. No entanto, Subdirector do jornal O Sul
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Antes . 2012
INFOGRAFIA DE DINIS CARRILHO
Setubalenses na Diáspora
Depois . 2112
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Boas Festas são no Desassossego! Abrimos na véspera e no Dia de Natal
Liga oferece ao Hospital equipamento médico sofisticado O CHS EPE- Hospital de S. Bernardo já tem a funcionar o Ecógrafo Hitachi HI Vision Avius destinado aos doentes dos serviços de doenças Infecciosas e de Gastrenterologia. Este equipamento, no valor superior a 50 mil euros, foi instalado pela Merck Sharp & Dohme, Lda. (MSD), através da celebração de um protocolo com a Liga dos Amigos do hospital, em resposta ao pedido de aqui-
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sição dirigido pelos directores dos respectivos serviços, José Poças e Ana Paula Oliveira. Cândido Teixeira, presidente da Liga, reconhece que se trata de um equipamento que fazia «muita falta» ao hospital sadino, uma vez que «os nossos doentes estavam a ser encaminhados para outras unidades do SNS e para clínicas privadas. Havia uma lista de espera de cerca
de 5/6 meses para o tipo de exames que este equipamento permite realizar. Além do incómodo para o doente no transporte, havia também os custos que o hospital teria de pagar a terceiros». O anúncio desta oferta foi revelado durante o almoço de Natal da Liga, no passado dia 19, nas instalações da Escola de Hotelaria e Turismo de Setúbal, que contou com a presença de cerca de 40 colaboradores, amigos, profissionais e parceiros da Liga. No encontro, Cândido Teixeira agradeceu a disponibilidade dos voluntários a começar pelos membros dos Órgãos Sociais da Liga, da Cooperação da Administração e dos Profissionais do
CHS e o apoio dos parceiros que celebraram com a Liga diversos protocolos de ajuda para atenuar o sofrimento e melhorar a auto-estima dos doentes, nomeadamente na área da oncologia. «Estamos ao serviço da pessoa doente, apostamos em melhorar a capacidade de resposta nos serviços prestados e aumentar a qualidade de vida da pessoa doente», frisou, acrescentando que todos as parcerias são «importantes» porque envolvem a disponibilidade de «profissionais e de colaboradores externos» para atender as pessoas doentes fora do Hospital. «As 15 unidades de terapia que estão instaladas no serviço de Oncologia são um
Fotos: DR
Sábado | 22.Dez.2012
O presidente da Liga, Cândido Teixeira, ladeado por uma das directoras clínicas do S. Bernardo e responsável da MSD
dos muitos exemplos da boa articulação da actual direcção da Liga em prol do hospital, investindo e trabalhando em prol do doente», vinca Cândido Teixeira, que não esconde que a Liga mantém uma «excelente relação» com o actual conselho de administração, liderado por Lacerda de Cabral. A LAHSB conta com cerca
de 250 voluntários, disponibiliza mais de 4 mil horas por ano de voluntariado sem qualquer pagamento nem apoio oficial. «É tudo feito com a boa vontade das pessoas; que bom seria que esta energia fosse replicada em alguns sectores da sociedade civil, como verdadeira afirmação da cidadania», conclui Cândido Teixeira. Pub.
Sesimbra “capitaliza” peixe fresco
A CÂMARA Municipal de Sesimbra quer cimentar a imagem da vila como capital portuguesa do peixe fresco, promovendo as pescas e a indústria do mar e ajudando a restauração e o turismo local. Para tal, a autarquia registou, junto do Instituto Nacional de Propriedade Industrial, a marca “Sesimbra Capital Portuguesa do Peixe”. O objectivo passa por promover todo o concelho sesimbrense, mas também a região de Setúbal.
Grândola leva EP a tribunal A CÂMARA de Grândola decidiu levar a Estradas de Portugal (EP) a tribunal pelo «estado vergonhoso» em que «deixou o troço entre Azinheira dos Barros e Mosqueirões» da Estrada Municipal 544. O edil Carlos Beato afirma que a via está intransitável e mesmo «sem estrada alcatroada». Outra controvérsia a envolver a EP respeita à A26, cuja construção foi um «equívoco técnico», por considerar que o tráfego previsto era baixo.. Nas obras canceladas de construção dos lanços entre Relvas Verdes e Grândola e entre Sta. Margarida do Sado e Beja «foram gastos cerca de 35 milhões», afirma.
Pub. CARTÓRIO NOTARIAL DE SETÚBAL NOTÁRIO MARIA TERESA OLIVEIRA Sito do Cartório na Avenida 22 de Dezembro nº 21-D em Setúbal Certifico, para efeitos de publicação que no dia treze de Dezembro de dois mil e doze, neste Cartório, foi lavrada uma escritura de justificação, a folhas 80 do livro 249-A, de escrituras diversas, na qual: Joaquim Manuel da Conceição Martins e mulher, Maria Leonor Pereira Alves Martins, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, residentes na Rua D. João VI, nº 5, 1º Esquerdo, na Costa da Caparica, contribuintes números 133875024 e 133875016, justificaram a posse, invocando a usucapião do seguinte: Prédio rústico, denominado Quinta do Avô Quim, sito em Courela do Pinheiro, freguesia e concelho de Grândola, composto de oliveiras, sobreiros e árvores de fruto, com a área de dez mil oitocentos e três metros quadrados, que confronta do norte com Jaime Dias, a sul com caminho público e Cardela, a nascente com Jacinta Maria Pereira e Maria Luísa de Jesus e a poente com Luís Rosa, inscrito na respectiva matriz sob parte do artigo 88 Secção Y, a desanexar do prédio descrito na Conservatória do Registo Predial de Grândola, sob o número mil oitocentos e setenta e sete, da referida freguesia. Está conforme. Cartório Notarial sito na Avenida 22 de Dezembro número 21-D em Setúbal, 13 de Dezembro de 2012. A Notária, Maria Teresa Oliveira
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+ Região Teatro azul de Almada vai Alcochete Rock da pesada no Barreiro descentraliza chamar-se Joaquim Benite BARREIRO O
ALCOCHETE A ATRIBUIÇÃO
buiu, quarta-feira, o nome de Joaquim Benite ao Teatro Municipal, mais conhecido por teatro azul. A decisão foi tomada por unanimidade em reunião pública, 14 dias após a morte deste encenador, director da Companhia de Teatro de Almada (CTA). O referido espaço é propriedade da edilidade e o projecto é da autoria dos arquitectos Graça Dias e Egas Vieira, estando a gestão a cargo da CTA. Inaugurado em 2005, é considerado «um dos melhores» equipamentos culturais do país, recebendo, também, ópera, música clássica, dança e encontros internacionais. Além de uma sala principal, sala experimental e de ensaios, o teatro possui ainda espaços para
de competências e verbas da Câmara nas juntas de Alcochete, de Samouco e de São Francisco para 2013 foi aprovada pela última reunião do executivo. Para a Junta de Alcochete está prevista a transferência de 45.720,00 euros para conservação e limpeza do parque da Fonte da Senhora, actividades escolares, manutenção do areal da Praia dos Moinhos e actividades culturais e desportivas. Para o Samouco vão 78.500,00 euros destinado a manutenção do Centro de Reformados, do mercado, e reparação de calçadas, conservação do coreto, apoio à Biblioteca, limpeza da Praia de Samouco, manutenção dos parques infantis e apoio às iniciativas culturais e desportivas.
Joaquim Benite dá nome a teatro
exposições, cafés-concertos, livraria e até um ATL. O município presta assim homenagem a Benite enquanto «homem de cultura e da cultura que tanto contribuiu para o elevado patamar de desenvolvimento cultural alcançado no concelho». Joaquim Benite faleceu no dia 5, aos 69 anos. Em 2009 recebeu a Medalha de Ouro de Almada.
Moita premeia postal ecológico
decorre o 6.º Fórum para a Cidadania, no Auditório dos Serviços Centrais da Câmara do Seixal, com o tema Cidadania em Saúde: Imigração e Integração. Esta edição aborda a relação entre saúde e imigração, um tema que tem vindo a adquirir uma importância crescente junto dos decisores políticos internacionais, nacionais e locais, bem como dos investigadores da área dos sistemas de integração dos imigrantes nos territórios de acolhimento. Este fórum é uma iniciativa anual aberta à participação de todas as pessoas e instituições e tem como objectivo promover um espaço de reflexão conjunta.
MOITA O TRABALHO dos alunos Ricardo, Hélder, Miguel, Lara, Marta e Cláudia, da Cercimb – Centro 2, foi o vencedor do concurso “Postal de Natal Ecológico”. O trabalho colectivo da Creche, Jardim-de-Infância e CATL “O Charlot” foi o segundo classificado e, em terceiro lugar o trabalho colectivo da Sala das Tartarugas, do Centro Nossa Sr.ª da Paz. Este é o terceiro ano consecutivo em que a Câmara promove este concurso, junto das escolas do concelho para estimular a criatividade e a consciência ambiental. Este ano, o desafio foi lançado às escolas Alhos Vedros, em 2011, às escolas da Baixa da Banheira e, em 2010, o concurso foi dirigido a Vale da Amoreira.
Presépios muito originais em Santiago do Cacém
Grândola realoja antigos mineiros do Lousal
SEIXAL NO DIA 10 de Janeiro,
CRIATIVIDADE e originalidade são duas das palavras de ordem que norteiam a construção de dezenas de presépios elaborados a partir dos materiais mais diversos, em exposição até ao dia 5 de Janeiro no Mercado Municipal de Santiago do Cacém. São presépios de Natal feitos ao longo de meses pelas mãos de dezenas de utentes das Instituições de Apoio a Reformados e Idosos do Concelho de Santiago do Cacém que agora estão reunidos numa exposição única aberta ao público até ao Dia de Reis. SANTIAGO
GRÂNDOLA MAIS de 20 famí-
lias da aldeia mineira do Lousal, em Grândola, começam a ser realojadas no início de 2013, resolvendo um processo que o município tem em mãos há 15 anos. Os antigos mineiros e as viúvas de antigos trabalhadores que residem em bairros pertencentes à Sapec,serão realojados em casas municipais, explica a vice-presidente da Câmara, Graça Nunes. Os moradores serão realojados nos bairros da Direcção, Quartéis, São Jorge, Santiago, Barranquinho e Santa Bárbara.
FESTIVAL Barreiro Rocks está de volta este sábado, na Sociedade de Instrução e Recreio Barreirense S.I.R.B. “Os Penicheiros”. Em ano de crise a Hey, Pachuco! - Associação Cultural, com o apoio da Câmara do Barreiro, apresenta o que, no entender da organizaçãoi, é «o
A PRESIDENTE da Câmara Municipal de Palmela lamenta que a petição do município sobre a manutenção das cinco freguesias não tenha sido discutida de forma isolada na Assembleia da República. O documento foi a plenário no dia PALMELA
Setúbal abre sala polivalente SETÚBAL
A SALA polivalente do Fórum Luísa Todi, para receber eventos intimistas, abriu no dia 14. Funciona de terça-feira a domingo, das 14 às 23 horas, como sala de chá ou café onde, periodicamente, se realizam eventos culturais. A sala, localizada no terraço do Fórum, proporciona uma impressionante vista panorâmica.
O empresário José Santos, gerente do espaço, sublinha que o facto de ser «uma sala diferente, multiusos, com características de café-concerto, juntamente com a vista fabulosa que oferece a quem a visita» resultam num local especial para se assistir a um espectáculo ou, simplesmente, para se beber um café.
Montijo reforça apoio social MONTIJO
A CANDIDATURA do Projecto Tu Kont@s à 5ª geração do Programa Escolhas foi uma das 110 candidaturas seleccionadas, com um financiamento total previsto de 208.621,00 euros para os três anos de intervenção. O projecto aposta na inter-
venção social no Bairro da Caneira para minimizar o ciclo de pobreza e exclusão social junto de crianças, jovens e famílias de contextos socioeconómicos mais vulneráveis, promovendo a igualdade de oportunidades e o reforço da coesão social.
Alcácer do Sal aprova orçamento 2013 A ASSEMBLEIA Municipal de Alcácer do Sal aprovou o Orçamento e as Grandes Opções do Plano para o ano de 2013, com os votos favoráveis do PS e do PSD, a abstenção da CDU e o voto contra do Bloco de Esquerda. Este Orçamento é de 21.3 milhões de euros, menos dois milhões em relação ao ano anterior. As Grandes Opções do Plano, de dotação global de 13.8 milhões euros, são compostas pelo Plano Plurianual de Investimentos, no montante de 5.8 milhões, e pelas Actividades Mais Relevantes, no valor de 8 milhões de euros. O Orçamento Municipal para
melhor do que se faz na Península Ibérica, na área do garagerock». Recorde-se que o Barreiro Rocks já apresentou a Portugal nomes como Andre Williams, King Khan & The Shrines, Howlin Rain, Pierced Arrows, Jack Oblivian, Lost Sounds, Tav Falco, Ty Segall e The Strange Boys.
Palmela na luta das freguesias
ALCÁCER
14, ocasião em que os deputados do PSD e do CDS-PP tornaram a reafirmar o seu apoio à actual reforma. O executivo, as juntas de freguesia e as populações prometem não baixar os braços ainda assim e devem voltar a manifestar-se em breve.
Sesimbra garante refeições a crianças SESIMBRA A
CÂMARA de Sesimbra disponibiliza, desde dia 17 e até 2 de Janeiro, refeições gratuitas aos alunos beneficiários de escalão A da Acção Social Escolar dos estabelecimentos de educação pré-escolar e do 1.º ciclo do ensino básico da rede pública do concelho. Esta medida pretende garantir uma refeição gratuita às crianças provenientes de famílias mais carenciadas. As refeições serão servidas entre as 12 e as 13 horas. As crianças não poderão permanecer na escola para além deste período e as deslocações terão de ser asseguradas pelos encarregados de educação.
Sines tem nova estrutura orgânica A CÂMARA aprovou a proposta de nova estrutura orgânica dos serviços municipais. De acordo com a nova lei, os municípios com a dimensão populacional de Sines deixam de poder ter directores de departamento e apenas podem ter quatro chefes de divisão e um cargo de direcção intermédia de 3.º ou 4.º grau - coordenador. As alterações afectam sobretudo as unidades orgânicas de topo, mantendo-se a estrutura muito próxima da que está em vigor desde 2011 nas unidades, núcleos, serviços e sectores. SINES
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Seixal acolhe Fórum para a Cidadania
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ALMADA O MUNICÍPIO atri-
Orçamento é superior a 21 milhões
o próximo ano é descrito no preâmbulo do documento como de “uma preocupação social, dirigido para a protecção às famílias mais carenciadas, reforçando a política que já vinha sendo implementada nos últimos anos pelo actual executivo municipal».
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Acção Social Ex-prelado sadino diz que a «Igreja está a falhar a sua missão»
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bispo emérito de Setúbal, D. Manuel Martins, criticou o modelo económico-financeiro nacional e avisa que a Igreja Católica está a falhar na sua missão. O sistema predominante no Ocidente «é uma espécie de religião fundamentalista seguida pelos poderosos que passam a vida ajoelhados diante do lucro e do dinheiro, sugados de todas as formas possíveis e imaginárias» a quem «menos pode defender-se» e a quem «cada vez pode menos», declarou à agência Ecclesia. A austeridade causada por Portugal estar «num poço sem fundo e nem sequer ter dinheiro para comprar a corda para se salvar», é uma «imposição sobre os pobres, e agora já sobre os menos pobres», que «estão a ser sacrificados naquilo que é o mais sagrado», ou seja, «o Pub.
direito a uma vida digna», sublinhou. Os portugueses têm «a ilusão de viver num regime democrático», mas que na realidade está dominado «por mil ditaduras», como é o caso do «medo do hoje, do amanhã, de perder o trabalho, de não poder resolver este problema e aquele, de deixar a casa». Para o prelado, o Governo deve comprometer-se a dar «condições minimamente necessárias» para que «as pessoas possam ter a certeza, tanto quanto é possível, que o pão da sua mesa nunca vai faltar». Os políticos «não deixam de comer descansados» Referindo-se à legislação laboral, D. Manuel Martins diz-se «espantado» por ver «como é que
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O ex-prelado sadino
ninguém na Igreja denunciou muitas das medidas do Código Laboral que nada têm a ver com os direitos consignados na Constituição». A Igreja Católica, que devia «apontar outros horizontes», está a «cumprir só metade da sua missão, que é dar de comer a quem tem fome», faltando-lhe a tarefa de «descobrir as causas da pobreza», apontou. O antigo bispo setubalense considera que os polí-
ticos «não deixam de dormir, de comer e de viver descansados e regalados por causa do povo», e deixa um aviso: «Estamos a pagar-lhes, e bem, para nos servirem. Portanto, cautela». «Não digo que mudem os políticos mas que mudem as políticas, pedagogias e modos de estar, não só ao nível de quem ocupa as cadeiras do poder mas sobretudo daqueles que estão com ânsia de as ocupar», aponta, depois de censurar uma «filosofia económica desgraçada» que tem levado a casos de fome. O prelado salienta que Portugal «está muito perto do abismo» e que 2012 «fica marcado pelo cataclismo que se abateu sobre a sociedade portuguesa», que a mantém num clima de «muito desânimo, de muito medo».
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D. Manuel Martins alerta para caminhos de cataclismo social Shalom leva Natal a quase duas mil pessoas 450 CABAZES de Natal, um jantar para centenas de famílias e festa com presentes para os mais pequenos, envolvendo quase duas mil pessoas com carências económicas, no concelho de Setúbal, foram alguns dos contributos da Associação Baptista Shalom para um Natal menos agreste numa das cidades mais fustigadas pela crise. As iniciativas, que envolveram dezenas de voluntários, integraram, ainda, uma recolha de bens alimentares no Jumbo de Setúbal, bem como a realização de quermesses para conseguir as verbas necessárias à realização destas acções solidárias. «Cada vez mais, as instituições de solidariedade social precisam de recorrer ao apoio das entidades privadas e à
população, em geral, para conseguir ajudar os que mais precisam», afirma Marisa Bossa, da Associação Shalom, para quem a escalada da pobreza, que traz às filas de comida e às duas cantinas da instituição, cidadãos da classe média «já sem capacidade» para sustentar a família. Até na festa de Natal dos mais pequenos se notou a escalada da pobreza, pois quando «em outros anos damos cerca de 200 presentes, este ano quase não conseguíamos concretizar porque o número subiu para mais de 400 crianças». Mas o esforço valeu a pena, adianta, tanto mais que a realidade indica que «na maioria dos casos, essas serão as únicas prendas que estas crianças terão no sapatinho este ano».
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“O Conforto dos Avós” promoveu Gala de Natal
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residência de apoio ao idoso “O Conforto dos Avós”, localizada em Brejos de Azeitão, com cinco anos de existência, realizou no passado sábado, a 2.ª Gala de Natal, com jantar e animação, destinada aos seus residentes e suas famílias. Sílvia Carambola, sócia gerente da instituição, realça que ficou «super feliz» com a festa e sublinhou que apareceram mais familiares do que aqueles que estavam inscritos. «No global, estiveram aqui cerca de 200 pessoas. Foi uma noite Pub.
fantástica com um calor humano indiscritível. Vi sorrisos e brilhos nos olhos dos nossos residentes, que são o nosso objectivo real. Queremos que eles estejam felizes e contentes», frisa, acrescentando que este tipo de eventos são «uma maisvalia e deixam-me com todas as minhas energias todas no auge», ou não fosse Sílvia Carambola uma ‘expert’ em organizar eventos de Natal. «Já organizei, há algum tempo, festas de Natal na Quinta do Conde e cheguei a reunir doze lares», revela.
Com 31 utentes a seu cargo, em centro de dia e em residência, a referida festa do lar “O Conforto dos Avós” foi animada com danças de salão, fados e sevilhanas. Pela escola Alma Latina “Dance 2 You”, da Moita, actuaram Cláudio e Vera, e da União Setubalense veio o par Gonçalo e Sónia. A fadista de serviço foi Olga Marta e as danças sevilhanas estiveram a cargo de Joana Batista, neta do residente António Batista. A apresentação e produção da Gala foi da responsabilidade de Bruno Frazão e Flávio Fernandes.
Residências assistidas para breve A residência de apoio ao idoso “O Conforto dos Avós”, com instalações e um serviço de qualidade, acima da média, dá emprego a cerca de 30 pessoas. No Junho do presente ano, a instituição inaugurou a sua quinta pedagógica, com diversas espécies de animais, com vista a «dinamizar os nossos residentes» e «trazer aqui crianças para conviverem com os mais idosos. Já aqui tivemos visitas de alunos de um infantário de Azeitão e correu tudo muito bem». No que concerne ao futuro, Sílvia Carambola gostaria de poder continuar a ter capacidade para «garantir o bem-estar e o melhor possível a todos os residentes» que aqui estão instalados. E está também nos planos da instituição avançar com a construção de pequenas vivendas-assistidas, talvez quatro, numa zona junto à quinta pedagógica. «Muitos casais já nos pediram esse projecto. Os idosos ficam ligados à instituição mas, as pessoas têm a sua casa e ficam independentes», vinca.
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BlueBiz Global Parques
Um localização vocacionada para potenciar investimentos O BLUEBIZ Global Parques, Parque Empresarial da Península de Setúbal, situado no Vale da Rosa, junto ao Instituto Politécnico de Setúbal tem-se vindo a afirmar como uma solução eficiente para a localização de empresas na região. Atualmente sob gestão da aicep Global Parques, empresa detida maioritariamente pela aicep Portugal Global, este Parque, criado na viragem do século, desenvolveu-se a partir das antigas instalações fabris da Renault que encerrou a sua atividade em 1998. Após um período em que se aguardou, sem sucesso, por um fabricante automóvel que ocupasse o espaço, optou-se por converter a localização de 56 hectares num Parque Empresarial. A sua excelente localização contribuiu para esta decisão. O Parque tem
excelentes acessibilidades, fundamentais à atividade empresarial, desde as marítimas – junto ao Porto de Setúbal, às ferroviárias - a 300m de um terminal de carga, e rodoviárias - rápido acesso à rede de autoestradas. O facto de o Instituto Politécnico de Setúbal ser vizinho, favorece, por sua vez, a contratação de mão-de-obra qualificada. Chave na mão e modelo de negócio atrativo A escolha da localização no parque que melhor se adapta a uma determinada atividade, e a preparação para a instalação, é assistida pela equipa de especialistas da aicep Global Parques. Os requisitos do projeto são analisados criteriosamente pela equipa técnica, com o objetivo de encontrar a melhor
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Uma parceria estratégica com o IPS
oferta em termos de tamanho, soluções de construção ou outras especificações. As empresas encontram assim uma oferta completa à medida dos seus requisitos. O arrendamento de instalações em detrimento da aquisição permite a concentração do capital no início da atividade, sendo que a oferta é muito flexível. O custo de modernização das instalações diferente do padrão, muitas vezes devido a características especiais solicitadas pelo cliente, poderá ser compensado ao longo da vida do projeto através do estabelecimento de um determinado período de aluguer e/ou sobretaxas ao preço de tabela standard. Pub.
Lauak é um caso de sucesso Uma das empresas instaladas, a Lauak produtora de equipamento aeronáutico, instalou-se no BlueBiz em Agosto de 2008 ocupando 11.630m2 de área coberta e 112 trabalhadores. Devido à natureza dos seus produtos, a instalação da Lauak no BlueBiz exigiu a construção de áreas específicas no edifício existente, como por exemplo um elevador externo e uma área de clima controlado. Atualmente devido ao crescimento da atividade, a empresa ocupa uma área coberta total de 13.293m2 e emprega já 145 pessoas.
O BlueBiz celebrou um protocolo com a IPS, o Instituto Politécnico de Setúbal, que concede privilégios especiais para empresas instaladas no parque, nomeadamente o acesso a recursos humanos qualificados. O protocolo pretende promover estágios profissionais em empresas instaladas no parque para alunos que terminam os cursos do IPS, nomeadamente de engenharia, gestão de negócios, educacionais, tecnológicos e de ciências da saúde. Neste âmbito, o IPS poderá promover formação especial adaptada às necessidades concretas de uma empresa que se localize no BlueBiz. Paralelamente a parceria prevê a plena utilização de várias instalações de uso comum no IPS nomeadamente, instalações desportivas, refeitório, salas de conferências e de reunião.
14 Sugestões de Natal Venâncio da Horácio Simões Costa Lima quer lança licoroso aumentar volume “Bastardo” de vendas AS NOVIDADES da adega Venâncio da Costa Lima, localizada em Quinta do Anjo, só deverão surgir em 2013. No novo ano, a adega tenciona aumentar o volume de vendas e a notoriedade da marca no mercado, com acções estratégicas e focadas no consumidor, bem como alargar as exportações. A nova adega, que está em fase adiantada de construção, já deverá ter «algumas áreas» a funcionar durante o próximo ano. «Este espaço permite melhorar muito as nossas condições de trabalho, o potencial dos nossos vinhos e oferecer um espaço de venda das nossas marcas, que permita ao nosso consumidor um contacto mais directo com a adega e onde poderá escolher de entre toda a nossa gama», sublinha Joana Vida, responsável pela comunicação e vendas da empresa. Pub.
A CASA Agrícola Horácio Simões, com instalações em Quinta do Anjo, decidiu brindar a quadra natalícia com os seus clientes com o vinho licoroso “Bastardo”, um DO Palmela, que está a registar «bastante aceitação» no mercado. O êxito levou mesmo a firma a apostar no lançamento de colheitas de 2009 e 2010. Com colheita de 2009, já foram lançadas no mercado cerca de 450 litros distribuídos por 900 garrafas do novo néctar “Bastardo”, enquanto a colheita de 2010, a lançar no início de 2013, deu para encher 3 mil garrafas. É um néctar ideal, produzido através de casta tinta, para acompanhar com «uma boa conversa, depois da refeição», e foi produzido através de um método de vinificação idêntico ao dos moscatéis. Este novo produto, comercializado ao preço de 20 euros, pode ser adquirido na Loja Afinidades, na adega, na Casa-Mãe da Rota de Vinhos, na Casa da Baía, em Setúbal, na Casa das Tortas e na Loja do Queijo, em Azeitão.
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Sivipa com facturação a crescer
JMF lança novo Periquita Reserva 2010
Xavier Santana oferece descontos de dez por cento
A SIVIPA, apesar das dificuldades financeiras, registou este ano uma facturação na ordem de um milhão e 400 mil euros, um valor superior em 10 por cento em comparação com o ano anterior. Com o volume de negócios a crescer, A Sivipa reconhece que o galardão “Palmela Cidade Europeia do Vinho” contribuiu para o «crescimento» da facturação, bem como o esforço e a união dos vitivinicultores da região em prol da qualidade. O Moscatel 10 Anos Superior e o Moscatel Bombom, servido em copos de chocolate, considerado já «um ícone de mercado», são as grandes apostas da Sivipa para este Natal. Estes e outros produtos podem ser encontrados na CasaMãe da Rota de Vinhos e nas grandes superfícies com uma boa relação «qualidade preço». Já no que toca a medalhas de Ouro, a empresa conquistou seis em concursos nacionais e internacionais, nomeadamente na Alemanha, França e Portugal.
O MAIS recente vinho da José Maria da Fonseca, de Azeitão, é o novo Periquita Reserva 2010, um dos seus vinhos mais emblemáticos da Península. A nova colheita Periquita Reserva mantém as tradicionais castas Castelão, Touriga Nacional e Touriga Franca. Em 2013 estão previstos lançamentos de novos brancos e rosés. As três castas combinam-se na perfeição para dar ao vinho um perfil frutado, equilibrado e com taninos suaves. O Periquita Reserva 2010 é um vinho de cor rubi intenso, com um aroma a frutos pretos, cassis, mineral, figos, licoroso e pimenta. Este vinho estagiou em madeira nova e usada durante 8 meses. Deverá acompanhar carnes vermelhas, caça ou queijos e ser consumido a uma temperatura de 16 graus. A história do Periquita remonta ao início da própria história da José Maria da Fonseca, quando o fundador da empresa, por volta de 1846, comprou a propriedade Cova da Periquita.
A ADEGA X a v i e r Santana, em Palmela, para a quadra natalícia que atravessamos, renovou a imagem da embalagem da sua linha de produtos fornecidos em caixa de transporte de duas e três garrafas. Na embalagem de três garrafas, a selecionar pelo cliente, a empresa decidiu oferecer um desconto de 10 por cento aos consumidores, até final de Dezembro. Apesar do ano de 2012 não estar a ser favorável à venda de vinhos no geral, o comércio dos produtos da adega Xavier Santana «não saiu muito beliscado», mantendo-se o volume de negócios num patamar «semelhante a anos anteriores», refere André Pereira. Todavia, o aumento da produção face a 2011 dá «novo alento» à empresa para 2013, embora André Pereira reconheça que o «acentuar da crise possa retrair os consumidores do mercado». Fotos: DR
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Construir identidade na Qt. do Conde
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A V I S O N.º 2/DURB/2012 LOTEAMENTO EXPEDIÇÃO DE ALVARÁ ANDRÉ MARTINS, VEREADOR DA CÂMARA MUNICIPAL DE SETÚBAL: No uso da competência conferida pelo artigo 94.º da Lei n.º 169/99, de 18 de setembro, delegada pela Presidente da mesma Câmara, e nos termos do disposto no Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de dezembro, com a redação que lhe foi dada pelo Decreto-Lei n.º 26/2010, de 30 de março (RJUE), expeço o presente alvará de licença, que assino e faço autenticar a favor de UNITER – SOCIEDADE DE CONSTRUÇÃO E IMOBILIÁRIA, LIMITADA, com o número de pessoa coletiva 502841575, com sede na Avenida 5 de Outubro, n.º 35, 3.º andar, letra P, em Setúbal, a quem por deliberação desta Câmara Municipal, em sua reunião ordinária realizada em 18/06/2008, foi concedido o licenciamento do loteamento do prédio rústico situado em Choilo, Brejos de Azeitão, da freguesia de São Lourenço, deste concelho, descrito na 1ª Conservatória do Registo Predial de Setúbal sob o n.º 2273/19930311, inscrito na matriz rústica da referida freguesia sob o artigo 172º da Secção B, confrontando do Norte com herdeiros de Carlos Artur Afonso e José Vicente; do Sul com José Vicente e João Luzio; do Nascente com herdeiros de Carlos Artur Afonso e do Poente com Alberto Jones Gomes de Oliveira, com área total de 9000 m2. O prédio objeto da operação, segundo o Plano Diretor Municipal de Setúbal, encontra-se classificado como Espaço Urbanizável de Baixa Densidade H1, pelo que se lhe aplicam os condicionalismos urbanísticos previstos nos artigos 91º a 96º e 117.º do regulamento do referido plano. Nos termos do disposto no artigo 7º do REUMS, encontra-se a operação de loteamento dispensada de discussão pública.
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A QUINTA do Conde começa a afirmar-se por um conjunto de caraterísticas exclusivas que a diferenciam dos outros aglomerados populacionais e, consequentemente, lhe garantem identidade. Não obstante a adversidade dos tempos, consequência de opções políticas erradas, castradoras e desumanas, assentes no eufemismo “austeridade”, a Quinta do Conde resiste e vence! Com efeito, após épica luta, a Quinta do Conde viu abrir em 2012, finalmente, o seu Centro de Saúde. A abertura confirmou a razão dos quintacondenses, quando o exigiram e quando defenderam o projeto inicial, porque, conforme agora reconhecem as “autoridades” o atual já não respondia a todas as necessidades no dia da abertura. Ciente da razão que lhe assiste, a população da Quinta do Conde vai persistir na exigência de prestação de cuidados de saúde mais humananizados, universais, oportunos e menos mercantilizados. Em matéria de ensino secundário, mau grado as
manobras para camuflar a realidade, o tema já é discutido nas salas da Assembleia da República, incluindo no hemiciclo, ato possível dada a pertinência deste anseio coletivo local. No que ao ambiente concerne, é notório o esforço das autarquias locais, e concretamente da Junta de Freguesia, que se traduz numa muito maior urbanidade da Quinta do Conde e, por inerência, em acréscimo de qualidade de vida. Caraterística distintiva do trabalho que se realiza na Quinta do Conde é o envolvimento da comunidade nas opções e na concretização das ações. Foi assim, e é, em setores como a saúde, a educação, a solidariedade social, a segurança, o ambiente, as atividades lúdico-culturais, a defesa das freguesias e outras. Promovemos a participação popular porque acreditamos que juntos temos mais força. Comprometemo-nos com o Movimento Associativo porque vislumbramos nele o primeiro patamar do Poder Local. Aquele que responde melhor e mais depressa aos legítimos anseios das pessoas.
Consequentemente, reafirmamos o apelo à unidade e à convergência na acção por políticas sérias e honestas, políticas para as pessoas e para as famílias, políticas por Portugal e pelos portugueses, políticas de futuro e de esperança. É este o nosso combate, que enfrentamos com confiança. Os quintacondenses podem contar com a sua Junta de Freguesia. Desejamos e trabalhamos para que todos vivam Festas de Natal felizes e que no novo ano de 2013 se concretizem os anseios pessoais e colectivos da nossa comunidade. O Presidente da Junta, Vítor Antunes
A operação tem as características e prescrições a seguir indicadas: Área total do prédio registado: 9000m2; Área total dos lotes: 5437,15m2; Área total de cedências: 3562,85m2;Número de lotes constituídos: 10; Uso: Habitação unifamiliar; Número máximo de pisos: 2; Número total de fogos: 10; Superfície total de pavimentos (STP): 2255,70m2; Densidade de fogos por Hectare: 11,11 fogos/ha; Indíce de utilização bruto (IUB): 0,25; Número de lugares de parqueamento: 56 (20 lugares de parqueamento no interior dos lotes e 36 lugares de parqueamento no exterior). Cedências: É cedida ao Município, para domínio público, a parcela de terreno a seguir indicada, assinalada na planta de cedências, que passa a constituir o Anexo II a este alvará, devidamente assinada e autenticada:A área de 3.562,85m2, destinada a arruamentos, passeios e estacionamento, assinalada na planta de cedências na cor rosa. A planta-síntese do loteamento aprovada e as demais prescrições do alvará estão patentes no respectivo processo podendo ser consultado no Departamento de Urbanismo todos os dias úteis no horário normal do expediente na Divisão Técnico-Administrativa / Secção de Arquivo Administrativo na Rua Acácio Barradas, em Setúbal.-----------------------------------------------------Para constar se publica o presente aviso num jornal de âmbito local e vai ser afixado edital de idêntico teor nos Paços do Município e na sede da Junta de São Lourenço.O VEREADOR, com competência delegada na Área do Urbanismo, André Martins Este alvará fica registado no sistema informático destes Serviços Municipais Paços do Município de Setúbal, 23 de outubro de 2012 A Chefe de Divisão Teresa Soudo Megre
Sรกbado | 22.Dez.2012 Pub.
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