semmais
SÁBADO 24 DE NOVEMBRO DE 2018 Diretor Raul Tavares Semanário - Edição 1016 - 9ª série Região de Setúbal Distribuído com o Expresso
ADEGA DE PEGÕES CONQUISTA “PORTUGUESE WINE PRODUCER OF THE YEAR 2018” Pelo segundo ano consecutivo a Cooperativa Agrícola de Sto Isidro de Pegões, no Montijo, conquistou o prémio máximo do Internacional ‘Wine and Spirits Competition’. Administradores da Adega antecipam um record absoluto de faturação para este ano e garantem honrar a distinção internacional com a produção de vinhos que continuem a dignificar a região e o país. P3
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FREGUESIA DO TORRÃO DISPONIBILIZA 40 MIL EUROS PARA ASSOCIATIVISMO
MOITA NA REDE NACIONAL DE APOIO ÀS VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA
A Secretária de Estado da Educação, Alexandra Leitão, esteve no Torrão onde garantiu que estará por meses a resolução do problema do amianto na cobertura da escola Bernardim Ribeiro. Entretanto, o executivo da junta de freguesia prepara-se para celebrar protocolos com sete associações, garantindo apoios sociais, culturais e de proteção até 2021. P2
Com o objetivo de intensificar o trabalho de prevenção e proteção às vítimas de violência doméstica, o município da Moita vai passar a integrar a Rede Nacional de Apoio no âmbito da Estratégia Nacional para a Igualdade e Não Discriminação. O protocolo com a secretaria de estado para a Cidadania e Igualdade é assinado dia 29. P5
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CRIMINALIDADE ENTRE JOVENS INSTITUCIONALIZADOS AUMENTOU 50% Só este ano foram colocados à guarda do Estado quase 200 menores da região. Uma das maiores preocupações das autoridades prende-se com o aumento da criminalidade entre jovens institucionalizados que acabam por passar diretamente do sistema de acolhimento para as teias da justiça. P6
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EDITORIAL RAUL TAVARES DIRETOR
O lugar de Trump no(s) universo(s) Porque razão Donald Trump, presidente dos Estados Unidos da América, deveria estar preocupado com as alterações climáticas, quando nem o país aquece e o próprio se chega de um frio arrasador? Nem precisou de muitas letras para ditar a morte ao aquecimento global, vertida no seu lavatório de comunicação, o Twitter. A demanda era a seguinte: com tão prolongada frente fria, “quebrando todos os registos” – ao que parece a mais fria e prolongada de que há memória por bandas americanas – “o que aconteceu ao aquecimento global?”. Na verdade, o ‘brilhante burgesso’ apenas confundiu o mau tempo que se faz sentir de forma pontual no Nordeste do seu país, com o clima, que é representado por padrões que, estes sim, mostram à sociedade que as alterações climáticas estão a ser nefastas para a humanidade. No seu inchaço cerebral, Donald Trump quer, desta forma absurda, desviar as atenções dos americanos face à retirada dos Estados Unidos ao Acordo de Paris sobre alterações climáticas. Mas este é um assunto com o qual não se deve brincar e, muito menos, fazer abrandar os esforços do mundo para reequilibrar a balança dos efeitos e minimizar os estragos que já se fazem sentir um pouco por todo o planeta. Este combate às alterações climáticas - que, ao contrário do que pensa e vê o desbocado presidente dos Estados Unidos, é uma causa-efeito; aquecimento num local, causa arrefecimento noutro – é uma responsabilidade dos políticos desta geração, pois as decisões que têm vindo a ser tomadas (ou não) vão afetar o futuro. E não é só o facto do novo tratado internacional que saiu da cimeira de Paris envolver as nações num esforço coletivo para tentar conter a subida da temperatura do planeta a 1,5 graus, ganhando meio ponto ao que se adivinha se nada se fizer. É muito mais que isso. É a luta contra as energias poluentes, a mudança dos paradigmas de uma indústria sem travão e o renascer de uma mentalidade mais una com a natureza. Se Trump soubesse, pelo menos, alguma coisa do Universo e os seus equilíbrios, para além da existência de estrelas e planetas, saberia que o seu lugar, nesse Plano Superior, seria sempre de entropia, capaz de se situar entre o desenvolvimento das forças e a extinção das mesmas.
NA SEMANA EM QUE RECEBEU A VISITA DA SECRETÁRIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
Junta do Torrão garante apoios sociais, culturais, desportivos e de proteção até 2021 TEXTO ELOÍSA SILVA IMAGEM DR
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junta de freguesia do Torrão, concelho de Alcácer do Sal, assina hoje protocolos de colaboração com sete instituições locais no valor de 40 mil euros anuais, repetidos a cada ano, até ao final do presente mandato autárquico. Hélder Montinho, presidente da junta, esclarece que este acordo visa «o aprofundamento de parcerias nas áreas de proteção civil; cultura e desporto; assistência às famílias, aos cidadãos mais desprotegidos, aos idosos, às crianças e aos jovens». Segundo o autarca, tratam-se de entidades que «no seu dia-a-dia, contribuem para dinamizar as comunidades em que se inserem. Num trabalho transversal e complementar entre si, formando uma rede que, no conjunto, proporciona mais segurança e qualidade de vida às gentes do Torrão». Os acordos a celebrar são, também, «um agradecimento
da Junta, em nome das populações que, no seu quotidiano, sentem a ação destas entidades e beneficiam dela para as suas vivências, algo de especial relevância numa freguesia como esta, com um território muito extenso, longe da sede de concelho e com acessos nem sempre fáceis». As instituições contempladas com este acordo, que hoje é celebrado, são a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários Mistos do Torrão, a Associação para o Desenvolvimento do Torrão, a Associação de Moradores de Rio de Moinhos, o Centro Social de Rio de Moinhos do Sado, a Santa Casa da Misericórdia do Torrão, a Sociedade 1º de Janeiro Torranense e o Centro Social Paroquial do Torrão. Escola do Torrão sem amianto em 2019 Entretanto a secretária de estado da Educação, Alexandra Leitão esteve, esta semana, no Torrão onde foi confrontada com as preocupações da comu-
IV Congresso do Bombo anima Seixal este fim de semana
nidade educativa e dos autarcas sobre o facto de a escola básica 2+3 Bernardim Ribeiro ainda ter amianto na sua cobertura. A governante assegurou que “seriam tomadas medidas para corrigir esta situação já no primeiro trimestre de 2019”. A escola, sede do agrupamento de escolas do Torrão, está em funcionamento desde 1979 e é frequentada por 128 jovens.
A visita surgiu no seguimento de contactos efetuados pela junta do Torrão e pela direção do agrupamento de escolas, «dando conta dos perigos que poderiam advir do facto de os telhados do estabelecimento de ensino ainda terem amianto na sua composição». A convicção da governante de que em 2019 a situação seria resolvida deixou «entusiasmado» o autarca local, Hélder Montinho.
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ADEGA COOPERATIVA DE PALMELA, C.R.L. Assembleia Geral Ordinária
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stá a decorrer até domingo, no Seixal, o IV Congresso do Bombo. Debates, palestras e worshops compõem o programa do evento deste ano, promovido pela autarquia do Seixal e pela Associação de amigos do Tocá Rufar, com o Alto Patrocínio da Presidência da República. Depois de ontem o dia ter sido marcado por um programa cultural, dedicado à prática deste instrumento musical, hoje o debate faz-se em torno das “dimensões educativa e pedagógica, artística, cultural e empreendedora” do bombo. Amanhã, domingo, é o «dia grande» deste IV Congresso que “reúne mais de 500 tocadores”. O objetivo da câmara, e da associação de amigos do Tocá
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Rufar, com a dinamização deste evento cultural é “articular a reflexão e a intervenção concreta em torno da prática do bombo” e envolver a investigação e os cientistas sociais, as câmaras e o governo, os criadores, artistas e tocadores, professores e educadores artísticos e os agentes culturais no debate em torno da necessidade incentivar e promover a prática deste instrumento musical. No núcleo urbano antigo do Seixal acontece amanhã um workshop de percussão ao ar livre, que contará com a participação de 100 tambores dos Tocá Rufar, que a população pode experimentar, e um desfile que juntará mais de 500 tambores. E.S.
Nos termos do Art.º33º dos Estatutos, convoco a Assembleia Geral da Adega Cooperativa de Palmela, C.R.L. a reunir em sessão Ordinária, na sua sede em Palmela-Gare, no próximo dia 15 de Dezembro de 2018 pelas 15 horas, com a seguinte ordem de trabalhos: 1ºPonto – Apresentação, Discussão e Votação do Plano de Atividades e Orçamento para o ano de 2019. 2ºPonto – Assuntos diversos de interesse para a Cooperativa. Se à hora marcada não estiverem presentes mais de metade dos Cooperadores, com direito a voto ou seus representantes devidamente credenciados, a Assembleia reunirá com qualquer número de Cooperadores uma hora depois, em conformidade com o Art.º36º dos Estatutos. Palmela,15 de Novembro de 2018 O Presidente da Assembleia Geral João Manuel Bucho Gama
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“PORTUGUESE WINE PRODUCER OF THE YEAR 2018”
INVESTIMENTO DE 2,5 ME
Adega de Pegões brinda ao melhor ano de sempre
Nova Esquadra da PSP do Seixal avança em 2019
A Cooperativa Agrícola de Sto Isidro de Pegões arrebatou, pelo segundo ano consecutivo, o troféu de melhor produtor do ano, atribuído pelo Internacional Wine and Spirits Competition. Num ano marcado por um record de vendas, os administradores reconhecem a «responsabilidade acrescida» que mais de cem prémios conquistados conferem à sua Adega TEXTO ELOÍSA SILVA IMAGEM SM
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o maior reconhecimento que a Adega de Pegões teve até hoje». A afirmação é de Jaime Quendera, administrador da cooperativa de Sto Isidro de Pegões, no Montijo, numa alusão ao prémio “Portuguese Wine Producer of the Year 2018” que a adega arrecadou, pelo segundo ano consecutivo, num dos certames vinícolas mais conceituados do mundo «e o mais prestigiante de Inglaterra»; o “International Wine and Siprits Competition”(IWSC). O troféu «que para nós é o Óscar dos vinhos», foi entregue a Maria Helena Leite, outra das administradoras da Adega, numa cerimónia que decorreu recentemente em Londres e na qual Jaime Quendera não participou por estar na China, precisamente, a receber outra distinção para a Adega de Pegões. O importador da Adega foi, também pela segunda vez, eleito o importador do ano em Inglaterra no IWSC. Ao Semmais os administradores da Adega de Pegões, Helena Leite, Mário Figueiredo, Carlos Pereira e Jaime Quendera, admitem «a responsabilidade acrescida que este prémio, ganho pelo segundo ano consecutivo, emprega ao nosso trabalho, obrigando-nos a manter a qualidade da nossa produção e a garantir vinhos
que satisfaçam todos os mercados». Nomeadamente, especifica Jaime Quendera, «naquele que é considerado como a montra do mundo dos vinhos, e que é o nosso segundo mercado mais significativo, o Inglês. É um mercado muito exigente, difícil, seletivo e em relevante crescimento», reconhece o administrador enquanto garante que o prémio de melhor produtor português do ano «nos coloca, a nível mundial, num patamar onde apenas figuram os melhores dos melhores do vinho». «Não somos um produtor qualquer» A Adega de Pegões, que já é «a mais premiada a nível nacional, uma das maiores do país e a maior certificadora da Península de Setúbal», soma centenas de prémios nacionais e internacionais num ano que vai terminar «com um record absoluto em vendas», afiança Jaime Quendera. «Estamos num patamar de exigência muito importante. Não somos um produtor qualquer, somos o produtor do ano de Portugal, dois anos consecutivos, e vamos terminar o ano com uma faturação de 20 milhões de euros. Somos uma empresa consciente das suas qualidades e isso ficou demonstrado em Inglaterra onde entre mais de 100 empresas a concurso nós fomos os melhores». Jaime Quendera, como os
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Ministério da Administração Interna (MAI) adjudicou esta semana o contrato de elaboração do projeto de execução da nova divisão da PSP no Seixal. A construção de uma esquadra de raiz, com um custo estimado de 2,5 milhões de euros, está inserida no âmbito da Lei de Programação de Infraestruturas e Equipamentos das Forças e Serviços de restantes administradores da Adega, não consegue (nem quer) esconder o orgulho de «ter trazido para o Montijo o prémio máximo do concurso mais importante de Inglaterra com eco mundial». Pegões continuará a produzir bons vinhos Há mais de dez anos que «todos os anos são o melhor ano de sempre», orgulha-se Jaime Quendera que aponta as características propícias do clima que têm permitido a regularidade das colheitas e a produção de vinhos maduros, cheios e concentrados. «Aqui é difícil fazer maus vinhos. Temos sempre anos bons e regulares. Estes últimos dois anos, particularmente, foram fabulosos, com colheitas extraordinárias com grande consistência e qualidade que, em provas cegas como aconteceu no IWSC, se distinguem dos demais», enaltece o administrador da Adega de Pegões. Quanto à colheita deste ano, apesar de ainda ser «prematuro fazer comparações ou apreciações», Jaime Quendera acredita que a «qualidade faça jus aos reconhecimentos que temos vindo a conquistar, no país e no mundo. Desde que não chova, e saibamos trabalhar, o Sul terá sempre bons vinhos».
Segurança do governo. O projeto de execução da Divisão Policial do Seixal, da Polícia de Segurança Pública, deverá estar concluído até março do próximo ano e faz parte das 210 intervenções que o ministério, tutelado por Eduardo Cabrita, pretende concretizar durante esta legislatura e que corresponde a um investimento global de 107 milhões de euros. E.S.
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ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA CONVOCATÓRIA Nos termos do disposto nos artigos 45º, nr2. E 49º alínea d), do Código Cooperativo, e no artigo 20º, nr 2, dos Estatutos, convoco a Assembleia Geral da COCRABINE – Cooperativa de Camionistas Fornecedores de Materiais de Construção de Responsabilidade Limitada, para reunir, em sessão ordinária, na nova sede sita na Estrada Nacional 10 em Coina, no dia 12 de Dezembro de 2018 (quarta feira), pelas 19 horas com a seguinte. ORDEM DE TRABALHOS 1.º Apreciar, discutir e votar o orçamento e o plano de atividades para o exercício de 2019; 2.º Informações Nota: Se, há hora marcada para a reunião, não estiver presente mais de metade dos cooperadores com direito de voto ou seus representantes devidamente credenciados, a Assembleia reunirá, com qualquer número de cooperadores, às 19h30 do mesmo dia, no mesmo local, em conformidade com o disposto no artigo 22º, nr 3, dos Estatutos. Palhais, 22 de Novembro de 2018 O presidente da Mesa da Assembleia Geral Francisco Simões Mateus
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IEFP Sul Tejo e Setúbal juntam-se à autarquia do Barreiro pelo “Futuro do Trabalho” O “boom” tecnológico está a provocar mudanças profundas e irreversíveis no mundo do trabalho. No sentido de acompanhar essa evolução, empregadores, organismos públicos e privados estiveram reunidos no Barreiro para discutir o futuro do trabalho na região. TEXTO ELOÍSA SILVA IMAGEM DR
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a “Semana do Empregador”, iniciativa promovida em toda a Europa e dinamizada pela Delegação Regional de Lisboa e Vale do Tejo (DRLVT) do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), o Centro de Emprego do Sul Tejo e o Centro de Emprego e Formação Profissional de Setúbal dinamizaram, no Barreiro, um workshop
sobre “O Futuro do Trabalho: que transformações?” que decorreu no espaço Memória do parque empresarial da Baía do Tejo. Dezenas de pessoas participaram na iniciativa que visou o debate, partilha de saberes e experiências, e avaliação sobre as transformações da era tecnológica. A perspetiva académica e empresarial foi deixada por Amélia Marques, professora do Instituto Politécnico de Setúbal, Nuno Maia, diretor executivo da AISET
e Dora Rego, diretora de recursos humanos da Baía Tejo. Na ótica do que poderão as empresas e entidades empregadoras esperar dos organismos públicos, face à evolução tecnológica, tanto o vereador da câmara do Barreiro, Rui Braga, como a diretora do Centro Distrital de Segurança Social de Setúbal (CDSSS), Natividade Coelho, o diretor de unidade do CDSS Setúbal, Paulo Matos e o diretor do CEFP de Setúbal, José Luís, focaram a implementa-
ção de novos modelos e ferramentas e a simplificação de procedimentos por forma a melhorar os serviços prestados ao cidadão No painel “Testemunhos de Boas Práticas” Rui Godinho, presidente da UGT de Setúbal, Rui Marques, administrador da Agro – Cachola, João Costa em representação da direção de recursos humanos da Autoeuropa, Teresa Santos da Nuança-Indústria das Artes, e o ex-formando do IEFP, Rui Simões, que atualmente
trabalha para a Microsoft, partilharam experiências sobre a importância da formação profissional na valorização dos trabalhadores. O melhor desempenho das empresas e organismos, na seleção e recrutamento de trabalhadores e nas medidas de apoio à contratação e ao empreendedorismo também estiveram em apreciação. O presidente da autarquia do Barreiro, Frederico Rosa, a vereadora Sara Ferreira, e os diretores do IEFP, Maria do
Carmo Guia e José Luís asseguraram a gestão dos trabalhos do worshop que se enquadra na missão de IEFP de potenciar sinergias entre entidades empregadoras e entidades públicas. O objetivo, assegura o IEFP, é contribuir para a melhoria da formação dos recursos humanos, com qualificações e competências mais ajustadas à realidade, e responder a novas necessidades e desafios do trabalho, que se apresentam nesta nova era tecnológica.
Nova sede da Junta de S. Sebastião arranca com construção de pavilhão TEXTO ANTÓNIO LUÍS IMAGEM DR
A
Junta de Freguesia de S. Sebastião, em Setúbal, vai ter nova casa, nos 4 Caminhos, no local onde funcionou a escola secundária D. Manuel Martins. A 1.ª fase da obra, que já arrancou no terreno, diz respeito a um pavilhão com 600 metros quadrados. O investimento será realizado em 3 fases, «duas das quais a serem concretizadas no atual mandato», revela o presidente Nuno Costa, que acrescenta que, neste momento, só está orçamentada a 1.ª fase, que diz respeito às instalações do setor operativo, com o valor de «150 mil euros».
O referido pavilhão vai albergar os setores da higiene urbana, espaços verdes, serralharia e mecânica automóvel. As instalações são constituídas por «uma nave central com mezanine. Por debaixo da mezanine vão ser instalados os balneários, a serralharia e a ferramentaria. O pavilhão é ainda constituído por dois escritórios e espaço de arrunos», explica o autarca. Além do serviço operativo, a nova sede da Junta irá albergar todos os outros serviços que a autarquia presta atualmente e terá um auditório com capacidade para 300 pessoas. A 1.ª fase da obra deverá estar pronta em «março de 2019», enquanto a 2.ª fase, referente ao auditório, deverá estar
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concluída «até junho de 2020». De salientar que a 3.ª fase, «ainda sem data para arrancar», diz respeito à construção do edifício sede. Nuno Costa diz que se justifica uma nova sede pelas «fracas condições
em que atualmente albergamos os nossos serviços». As futuras instalações permitem «a prestação de um melhor trabalho em prol da população» e um auditório para «responder melhor às necessidades».
A obra conta com apoio financeiro do município no montante de 50 mil euros. As atuais instalações da Junta de S. Sebastião, no Bairro 1.º de Maio, vão funcionar como uma delegação, onde é
prestado o atendimento ao público, porque S. Sebastião «tem uma área delegada muito grande e isso justifica a existência de dois polos em áreas distintas do território para satisfazer a necessidade dos fregueses».
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NO ÂMBITO DA ESTRATÉGIA NACIONAL PARA A IGUALDADE E NÃO DISCRIMINAÇÃO
Moita integra Rede Nacional de Apoio às Vítimas de Violência Doméstica Apesar de já dispor de uma resposta, ao nível do alojamento temporário, a autarquia da Moita vai intensificar o trabalho de prevenção e proteção às vítimas de violência doméstica, ao integrar a Rede Nacional de Apoio. O protocolo com a secretaria de estado para a Cidadania e Igualdade é assinado dia 29. TEXTO ELOÍSA SILVA
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município da Moita, a par com o do Barreiro, celebra na próxima quinta feira, com a secretaria de estado para a Cidadania e a Igualdade, um protocolo de integração na Rede Nacional de Apoio às Vítimas de Violência Doméstica. Vivina Nunes, vereadora dos Assuntos Sociais na autarquia da Moita, considera de «extrema relevância» a inclusão do município neste projeto, que decorre da Estratégia Nacional para a Igualdade e a Não Discriminação 2018-2030 “Portugal + Igual” (ENIND). Esta resposta de proteção e combate à Violência
Doméstica «conta com a participação de 18 parceiros nas diversas áreas de intervenção e caberá à RUMO, Crl. a responsabilidade de criação de uma equipa técnica que assegure uma resposta em permanência no concelho da Moita», explica a autarca. Recorde-se que desde 2015 que a autarquia já dava resposta a este e a outros flagelos, através de alojamento temporário de vítimas na sequência de um protocolo com a RUMO. «Na prossecução da sua visão de inclusão e bem-estar de todos os munícipes», a autarquia da Moita integra o protocolo «com a finalidade de dotar o concelho de uma
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resposta integrada em matéria de prevenção e proteção a pessoas em situação de vulnerabilidade, no âmbito da violência doméstica, bem como de investir na realização do Plano Municipal para a Cidadania, Igualdade, Não Discriminação e Combate à Violência, uma proposta que já integrava o nosso programa eleitoral», vinca Vivina Nunes. Segundo o enquadramento feito ao Semmais, pela vereadora dos Assuntos Sociais, no concelho da Moita, entre 2009 e 2013, «foram apoiadas e acompanhadas um total de 538 vítimas de violência doméstica, através de resposta especializada nas valências de apoio
psicológico, psicossocial e aconselhamento jurídico». Vivina Nunes ressalva, ainda assim, «não se ter verificado, em termos da distribuição geográfica por concelho, uma significativa prevalência dos/das destinatários/as relativamente ao concelho de residência». A assinatura do protocolo para a Territorialização da Rede Nacional de Apoio às Vítimas de Violência Doméstica será um passo determinante para a concretização do Plano Municipal para a Igualdade e Não Discriminação «que permite um diagnóstico e reflexão participados sobre esta temática no território do município da Moita».
Campanha Ambiental é Marca Nacional O Instituto Nacional da Propriedade Industrial atribuiu a Marca Nacional à campanha de Sensibilização Ambiental “Todos Juntos Por Um Melhor Ambiente”, dinamizada pela câmara da Moita. Numa primeira fase, a campanha centrou-se na deposição correta dos Monos e resíduos de jardins, com a mensagem “No Dia Certo é Que Está Certo”. Com o intuito de sensibilizar a população para o uso correto das papeleiras, dos contentores de resíduos indiferenciados e dos ecopontos foi promovida a segunda fase desta campanha: “Também faz isto em Casa?! Ponha o Lixo no seu Lugar”. A autarquia continua a apostar na sensibilização da população para a importância que os seus gestos diários podem ter para o ambiente e para a melhoria da qualidade de vida no concelho. Agora está prestes a ser divulgada a 3ª fase da campanha, dedicada à recolha de óleos alimentares usados, em breve disponível nos diferentes suportes informativos da autarquia.
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CRIMINALIDADE ENTRE JOVENS INSTITUCIONALIZADOS AUMENTOU 50%
200 jovens do distrito passaram para a guarda do estado este ano TEXTO ROBERTO DORES IMAGEM DR
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s assistentes sociais do distrito estão a receber formação diferenciada para lidar com os novos problemas comportamentais revelados pelos jovens à guarda do Estado, depois de só este ano terem entrado no sistema 198 menores, representando 9% do total nacional, ficando a região apenas atrás de Lisboa e Porto em matéria de processos de acolhimento, segundo o relatório CASA revelado esta semana. Um dos dados referentes às maiores preocupações das autoridades e assistentes sociais no distrito aponta a uma maior tendência para o aumento de criminalidade entre estes jovens - mais 50% face a anos anteriores - o que tem contribuído para que alguns deles tenham passado diretamente do
sistema de acolhimento e proteção para a justiça juvenil. Uma nova realidade que tem levado à diminuição do número de crianças que estão a ser colocadas em famílias de acolhimento no distrito, alertando ainda o relatório que o facto de o sistema receber jovens cada vez mais velhos e com mais problemas de comportamento explica esta subida do número de menores que estão a ser entregues à justiça. Na região mais de 200 rapazes deixaram recentemente o sistema, existindo mais de 20% que apresentavam problemas de comportamento, enquanto uma percentagem menor (perto de (10%) registavam problemas relacionados com o consumo de drogas de forma esporádica. «Quando um jovem já nos chega com 14 ou 15 anos, com problemas comportamentais sérios,
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Bombeiros Voluntários do Barreiro reforçam capacidade operacional
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sinalizado pela educação, autoridades policiais e com acompanhamento psiquiátrico, exige das nossa esquipas uma postura muito diferente», diz Ana Sofia Antunes, secretária de Estado da Inclusão, acrescentando que os recursos humanos da Segurança Social tiveram que receber requalificação
ao nível da formação. Isto porque foi preciso pensar em respostas diferenciadoras para jovens em situação comportamental mais delicada, apostando-se também em respostas de maior autonomização para os casos em que se consegue fazer uma quebra nestes comportamentos.
município do Barreiro vai dispor de uma Equipa de Intervenção Permanente (EIP) em cada uma das duas corporações de Bombeiros Voluntários. Depois da Associação Humanitária dos Bombeiros do Sul e Sueste, em julho de 2017, este mês a Associação Humanitária dos Bombeiros do Barreiro, Corpo de Salvação Pública, recebeu luz verde para a constituição de uma EIP, «após muita luta da comunidade e da autarquia», reconhece o Edil do Barreiro, Frederico Rosa. O anúncio da constituição oficial, viabilizada pela Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), de uma (EIP) no Corpo de Salvação Pública irá aliviar o encargo que a Associação Humanitária tinha, referente ao pagamento, em conjunto com a autarquia, de uma Equipa de Intervenção Permanente de Iniciativa Municipal (EIPIM) criada em janeiro deste ano. Foi «a única forma de garan-
tirmos a mesma qualidade, rapidez e eficácia na prestação de socorro em todo o território», recorda o autarca socialista. No total são 35 mil euros que a associação «poupa» uma vez que, a partir da data da constituição formal da EIP, será a ANPC a entidade que suportará metade dos custos de manutenção da equipa. A câmara municipal, que já financiava 50% do valor da equipa de iniciativa municipal, continuará a assegurar esse compromisso. José Figueiredo, comandante dos BVB Corpo de Salvação Pública, enalteceu ao Semmais «a satisfação por esta conquista que nos permite correr, ainda mais, e reduzir o tempo de resposta na prestação do socorro. Neste momento temos a funcionar três equipas de ABS (Ambulâncias de Socorro) e, com a criação da EIP, vamos poder alargar o horário para ter quatro equipas ao serviço da população». E.S.
Turismo na Região. O quê. O quanto. O onde. Cartório Notarial de Setúbal Notária Maria Teresa Oliveira
Sito na Avenida 22 de Dezembro nº21 em Setúbal. Certifico, para efeitos de publicação que no dia vinte e um de novembro de dois mil e dezoito, neste Cartório, foi lavrada uma escritura de justificação, a folhas 45 do livro 346-A de escrituras diversas, na qual: Maria Amélia da Conceição Monteiro e marido Laurentino Martins Ribeiro, casados sob o regime de comunhão geral de bens, ambos naturais da freguesia de São Sebastião, concelho de Setúbal, residentes Estrada da Morgada, número 139, Faralhão, Setúbal; Contribuintes números 145450724 e 145450732. Justificaram a posse, invocando a usucapião, do seguinte imóvel: Prédio misto, com a área de oito mil setecentos e cinquenta metros quadrados, composta a parte rústica de cultura arvense de regadio, figueiras, cultura arvense, inscrita na respetiva matriz sob o artigo 20 da Secção H, com o valor patrimonial de 50,84€, e a parte urbana composta de edifício de rés-do-chão, destinado a habitação, com a área coberta de quarenta e oito metros quadrados, inscrito na matriz sob o artigon196, com o valor patrimonial de 12.740,00€, sito na Rua Maria Ribeiro, número 12, tornejando para a Rua David Vila Velha, anteriormente Faralhão, junto às salinas, freguesia do Sado, concelho de Setúbal, que confronta a norte com Herdeiros de António Martins Alves, a Sul com Ana Maria David Vila Velha, a nascente com Esteiro do rio e a poente com Rua Maria Ribeiro, ainda por descrever na Segunda Conservatória do Registo Predial de Setúbal. Está conforme. Cartório Notarial sito na Avenida 22 de Dezembro número 21-D em Setúbal, 21 de novembro de 2018. A Notária, Maria Teresa Oliveira
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que é que há a dizer sobre o turismo na nossa região? Agora que saíram os resultados de 2017 por município. Sim eu sei. Quase um ano depois. É o INE que temos. E não o que queríamos ter. Ainda assim olhemos para 2017. Como é que correu o ano turístico nos 9 municípios da Península de Setúbal? É certo que muitos de nós gostamos de responder a esta pergunta com as nossas impressões particulares e com os nossos estados de alma pessoais. E não com as estatísticas (ler realidades, apesar do exagero). Aqui e agora, no entanto, o que conta são os turistas. Se chegam aos nossos territórios ou não. Se nos escolhem ou nem por isso. 2017. O turismo na Região em 2017. Município a município. Comecemos pelos destaques. E são claramente dois: Almada e Setúbal. Almada porque, na Península de Setúbal, é o município com melhores resultados e maior dimensão turística. Com as suas 374.634 dormidas de turistas é o quarto mais impor-
tante município na Área Metropolitana de Lisboa (a seguir a Lisboa, Cascais e Sintra). Também sei que continuamos a olhar para Almada e a não querer ver a sua realidade turística. Reparem que estou a falar de realidade e não de potencial (seja isso o que for). Almada é um caso sério de sucesso turístico. Mesmo que esse facto não seja devidamente reconhecido mesmo em Almada. Esperemos que nasça uma nova ambição. De preferência acompanhada por uma estratégia e uma sensibilidade à altura do que o turismo evoluiu na última década. Almada, Cacilhas e Caparica estão no centro da atividade turística da nossa Região. Agora Setúbal. Pela primeira vez passou a “barreira” das 300.000 dormidas de turistas, chegando a 313.003. Um número e tanto. Foi ainda o município que mais cresceu na Região (+14,4%) e fez mais: cresceu acima de Portugal (+10,6%) e acima da AML (+12,8%). Setúbal juntou o facto de se estar a reinventar como ci-
TURISMO SEMMAIS JORGE HUMBERTO SILVA COLABORADOR
dade à afirmação do turismo. Gastronomia, natureza e enoturismo são uma trilogia em torno da Arrabida, do Sado, de Azeitão e do peixe e onde encontrá-lo (no mercado ou no restaurante). Quando (e está tão próximo) Setúbal for também um destino de cidade então uma outra dimensão turística alargará e dará outra dimensão ao turismo que hoje descobre as ruas, os largos e as igrejas (aquelas que permanecem abertas) do centro histórico. Sesimbra com 197.457 dormidas de turistas tem hoje em construção um conjunto de novas ofertas que nos farão, mais cedo do que tarde, reavaliar a vila, a natureza e as praias de um território exemplar e de uma proposta única no contexto do turismo na Península de Setúbal. O Montijo (120.132 dormidas) e Palmela (103.712 dor-
midas) consolidam uma oferta que ganha espaço no enoturismo, no mundo rural e nas tradições da Região. O Seixal (36.779 dormidas) e Alcochete (21.230 dormidas) olham para o Tejo como um recurso turístico mais do futuro do que do presente. Que esse futuro chegue já. Finalmente o Barreiro e a Moita não aparecem nas estatísticas. Dois casos de falta de comparência do investimento privado. Dois municípios que pelos seus recursos e pelas suas cidades mais do que justificariam a existência de unidades de alojamento turístico (para além do alojamento local). Em cada ano que passa esperamos que estas ofertas apareçam. Quem sabe será agora, em 2019. E assim na nossa Região, no que ao turismo diz respeito, uns vão bem e outros muito bem.
LOCAL
SANTIAGO DO CACÉM
Jornadas arqueológicas mostram património
ALCÁCER DO SAL
Passeios de natal em galeão do sal O programa turístico do município “Alcácer tem Vida”, uniu-se à campanha “O melhor para o seu natal está no comércio local” e, em dezembro, convida à observação da iluminação de natal da cidade a partir do rio, a bordo do galeão Pinto Luísa. Ao longo de 90 minutos, os participantes irão poder desfrutar da bela paisagem ao som de música de Natal e usufruir do enquadramento histórico de Alcácer, saboreando um chocolate quente. Os passeios decorrem a 8, 9, 10, 11, 22, 23, 27, 28, 29 e 30. Inscrições no posto de turismo.
As Jornadas Arqueológicas da Costa Sudoeste culminam este sábado. Do programa fazem parte conferências, que traçam o percurso da aventura humana no Alentejo Litoral. Além da visita guiada aos sítios arqueológicos de Miróbriga e às ruínas romanas de Troia, o evento integra uma exposição sobre a oferta cultural dos museus da região. Os bons resultados obtidos nestas jornadas, incentivaram os organizadores a estender a iniciativa à Costa Sudoeste, uma vez que consideram importante debater o património arqueológico com a comunidade educativa.
Forum Cultural apaga 25 velas O Forum Cultural está a comemorar os 25 anos de atividade e recebe um programa especial nas diferentes valências que possui. Inaugurado em 1993, o equipamento inclui a galeria de exposições Augusto Cabrita, a biblioteca e o auditório. Até dia 26, o equipamento acolhe diversas iniciativas, entre as quais uma exposição sobre os 25 anos de atividade da biblioteca, um serão de contos, recitais de violino e saxofone, declamação de poesia, oferta de livros, diferentes ateliês e atividades, performances de dança e música e atividades de culinária.
Sarilhos Grandes prestou homenagem aos soldados que combateram por Portugal, com a inauguração de um memorial, no dia 10. Numa altura em que se celebra o centenário da Batalha de La Lys, quisemos «cumprir um dever de consciência patriótica, prestando homenagem a todos os combatentes, exaltando e preservando a sua memória para sempre», referiu o presidente da Junta de Sarilhos, Fernando Machado. Já o edil Nuno Canta considerou o momento «um testemunho e o reconhecimento merecido aos combatentes e às Forças Armadas portuguesas». Em frente ao cemitério, foi erguido monumento.
Uma sessão pública de esclarecimento sobre o Terminal de Contentores do Barreiro, no contexto regional e local, está agendada para este sábado, pelas 16 horas, na Casa da Cultura da Baía do Tejo. Esta sessão de esclarecimento surge no âmbito da consulta pública sobre o Estudo de Impacto Ambiental (EIA), referente ao terminal portuário do Barreiro, a decorrer até 7 de dezembro do corrente ano, e visa a melhor condução da opinião pública sobre este projeto. No âmbito do processo de consulta pública, serão consideradas e apreciadas todas as opiniões e sugestões apresentadas por escrito.
Gabinete apoia pessoas com demência
Parque Augusto Pólvora ganha estacionamento A construção do estacionamento do parque Augusto Pólvora, já arrancou. A 1.ª fase da obra consiste na desmatação e nivelamento do terreno entre as bombas de gasolina e o cruzamento com a Av.ª D. Manuel Martins, ao longo do referido parque. Em breve, será criado um passeio com 250 metros ao longo da vedação, um acesso ao novo estacionamento com 169 lugares, dos quais 163 para veículos ligeiros, 4 para mobilidade reduzida e 2 para autocarros, que será uma «mais-valia» para os utentes do espaço. Será, ainda, reformulado o cruzamento junto ao parque, com a construção de uma rotunda.
MONTIJO
Sarilhos Grandes homenageia combatentes
Sessão de esclarecimento sobre terminal de contentores
ALMADA
SESIMBRA SEIXAL
BARREIRO
SINES
Festival Músicas do Mundo dá prémio O município venceu a categoria “Alentejo” do concurso município de 2018, cujos prémios foram entregues no dia 16, em Guimarães. Atribuído pela Universidade do Minho, o prémio reconheceu especificamente a relevância do Festival Músicas do Mundo de Sines – 20 anos para a valorização do território. Desde que foi criado, o FMM tem constituído um fator de dinamização cultural, social e económica de Sines. Gera receitas diretas para a economia local, valoriza os contextos urbanos, reforça a notoriedade do concelho e promove o entendimento intercultural.
As pessoas com demência e os seus cuidadores contam, a partir do próximo dia 26, com o Gabinete Cuidar Melhor Almada, que se junta à linha de atendimento telefónico, já em funcionamento. O referido gabinete dá uma resposta «pluridisciplinar, personalizada e de proximidade», quer às pessoas com demência quer aos seus cuidadores, familiares, amigos e profissionais que lhe prestam cuidados. Este gabinete está sediado no Centro de Apoio Integrado a Idosos, no antigo hospital de Almada, e atende à segunda-feira, das 9h30 às 12h30.
MOITA
Primeira feira de Natal promete animação
A vila vai receber a sua 1.ª Feira de Natal, entre 1 de dezembro e 6 de janeiro. É na Praça da República que vai encontrar a Casa do Pai Natal, os carrosséis infantis, a árvore de Natal, as “banquinhas” de artesanato, doces e outros artigos natalícios, mas as animações vão acontecer também noutras artérias da vila. A chegada do Pai Natal na sua rena está marcada para as 15h30 de 1 de dezembro, e virá acompanhado por soldadinhos, duendes em andas, malabaristas, neve e músicos de Natal. Não falte, esta feira promete muita animação.
PALMELA
Mercado dos Vinhos volta ao Pinhal Novo O mercado de Pinhal Novo volta a acolher, este sábado, das 9 às 13 horas, o Mercado dos Vinhos, proporcionando uma oportunidade para provar e adquirir este produto afamado na região. O evento conta com a presença da Adega ASL Tomé, da Quinta da Serralheira e da Sociedade Agrícola Ti Bento, contando ainda com a participação da Adega de Palmela, no dia 24. Os produtores dinamizam provas de vinhos e proporcionam aos visitantes promoções especiais e oferta de brindes. A iniciativa é complementada com a venda de doçaria e pretende promover os vinhos de qualidade da Península.
ALCOCHETE
Fonte da Senhora ganha conduta elevatória Na última reunião de câmara, realizada no dia 14, o edil Fernando Pinto informou que o município quer avançar com a construção da conduta elevatória, necessária para o funcionamento do furo de captação de água na Fonte da Senhora. Trata-se de uma obra fundamental para as populações de Fonte da Senhora e do Passil, visto que contribui para o aumento do caudal e da qualidade da água. Para a ativação do furo, a autarquia terá agora que equipa-lo com as respetivas bombas e construir a conduta elevatória que permitirá estabelecer a ligação entre o furo e os reservatórios.
GRÂNDOLA
SETÚBAL
Promover a batata-doce da região, reconhecida pela sua qualidade superior, e dar a conhecer diversas formas de confeção e degustação é o objetivo 18.ª Festa da Batata-Doce, que decorre este fim-de-semana, no Carvalhal. Um almoço convívio, a conferência “A Agricultura e o Mundo Rural”, a visita a um campo de batata-doce e os espetáculos com o Grupo Coral as Margaridas de Maio, o Grupo de Dança Típica da Queimada, o Grupo Musical Ventos do Alentejo, o Rancho Folclórico Infantil do Poceirão e bailes com o duo Paulo e Sónia e Jorge Espada completam o programa.
Árvore gigante, pista de gelo, mercado, espetáculos e iluminação por toda a cidade são aliciantes do Setúbal Christmas Fest, que promete ser o festival natalício de referência no país. O evento, organizado pelo município, que decorre de 24 de novembro a 6 de janeiro, foi apresentado na Casa da Baía, no dia 21. «Vai ser um Natal muito diferente do que estamos habituados a fazer», garantiu a edil Dores Meira sobre a iniciativa, que, este ano, abrange mais vias da cidade com iluminação alusiva à quadra e que prolonga as áreas de atividades do certame para mais zonas, como o parque do Bonfim.
Batata doce para comprar e degustar
Festival natalício de referência na cidade
2018 | 24 DE NOVEMBRO | SÁBADO | SEMMAIS | 7
CULTURA
CARLA MARONO ALMADA24NOVEMBRO21H00 ADOLESCENTE MÁRTIR
«Gostava de ser cantora lírica»
TEATRO JOAQUIM BENITE “Mártir” explora o impacto do pensamento fundamentalista na sociedade atual, debruçando-se sobre o percurso, até ao fanatismo religioso, de um adolescente.
BARREIRO24NOVEMBRO16H00 “PINÓQUIO” NO ARTEVIVA TEATRO MUNICIPAL
A fadista Carla Marono, residente nas Paivas, Seixal, ambiciona ser cantora lírica. Enquanto o sonho não se torna realidade, a artista, de 38 anos, do signo Sagitário, vai cantando o fado e desempenhando as tarefas de militar da GNR.
Não perca a estreia da peça “Pinóquio”, de Carlo Collodi, com adaptação e encenação de Paula Magalhães, pela companhia ArteViva.
POR ANTÓNIO LUIS IMAGEM DR
SINES24NOVEMBRO21H30
Qual o seu maior sonho pessoal? Ser cantora lírica.
PAVILHÃO MULTIUSOS
E pessoal? Ter uma casa grande, com quintal, para poder ter os meus pais comigo.
TERESA FESTEJA MUNICÍPIO
Teresa Salgueiro dá um concerto no âmbito das comemorações do Dia do Município. A eterna voz dos Madredeus continua a ser uma figura de ‘proa’ na música.
Que livro anda a ler ou leu ultimamente? Li ultimamente, “SOS Manipuladores”. Qual o último filme que viu no cinema? “Peppermint”. Melhor peça de teatro? “Toma lá Revista”, de 1988.
Cidade preferida? Arcos de Valdevez.
Melhor música de sempre? ”Can’t fight this feeling anymore”, de Reo Speedwagon.
SEIXAL24NOVEMBRO21H30
Qual o local que gostaria de conhecer e que ainda não visitou? Grécia.
Qual a sua maior virtude? A humildade.
FORUM CULTURAL DO SEIXAL
Um desejo para 2018? Saúde para mim e para os meus.
E defeito? A ironia.
João Lara apresenta “Esencia – Flamenco Tradicional”, para transportar para os cenários as suas vivências flamencas.
Quem convidaria para um jantar a dois? Andrea Bocelli.
Como se chama o seu animal de estimação? Já não tenho.
Quem é o homem mais sexy do Mundo? Sérgio Marone.
O que levaria para uma ilha deserta? Protetor solar.
Complete: A minha vida é… Agitada.
Dia ou noite? Dia.
O que não suporta no sexo oposto? A falta de higiene.
O que mais teme na vida? A solidão.
Comida e bebida preferida? Prato cheio e água.
A quem ofereceria um presente envenenado? A ninguém.
Qual o seu maior vício? Não tenho vícios.
O maior desgosto da sua vida? A morte da minha ama, sem me ter despedido dela.
VIVÊNCIAS FLAMENCAS
MONTIJO24NOVEMBRO22H00 MELODIAS DE BETTENCOURT ASSOCIAÇÃO NÁUTICA MONTIJENSE O cantor e compositor açoriano Luís Gil Bettencourt dá um pequeno concerto-convívio, e relembra temas do CD “Empty Space”.
SETÚBAL30NOVEMBRO21H00 GONZO EM CONCERTO ÍNTIMO FORUM LUÍSA TODI O cantor recorda temas intemporais da carreira e da música portuguesa no último espetáculo da V Série de Concertos Íntimos.
Musical “Rapunzel” cativa famílias
O
musical para toda a família “Rapunzel” mantém-se em cena no Teatro Politeama, em Lisboa, com lotações esgotadas. Filipe La Feria inspirou-se num conto famoso dos irmãos Grimm e produziu um espetáculo de qualidade, que envolve teatro, dança e canto. Alguns cenários são apresentados em vídeo em ecrã gigante, os quais têm sido bastante elogiados. Segundo fonte da produção, o espetáculo «está a exceder todas as expetativas» e tem contado
com «sucessivas lotações esgotadas». O musical conta a história de uma menina que os pais, sob ameaça, são obrigados a entregar a uma bruxa que a encerra numa torre muito alta, para que nenhum pretendente lhe chegue. A cantora/atriz Carina Leitão interpreta Rapunzel, e Ricardo Soler e Filipe Albuquerque dividem o papel do príncipe. A cantora Dora estreia-se numa produção para a infância. O musical pode ser visto de sexta a domingo, até final de maio de 2019.
8 | SEMMAIS | SÁBADO | 24 DE NOVEMBRO | 2018
CINEMA
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BOHEMIAN RHAPSODY DATA DE LANÇAMENTO 01/11/2018 NACIONALIDADE GRÃ-BRETANHA, ESTADOS UNIDOS GÉNERO MUSICAL, BIOGRAFIA ELENCO RAMI MALEK, JOSEPH MAZZELLO, MIKE MYERS REALIZADOR BRYAN SINGER DURAÇÃO 134 MINUTOS
Não perca este excelente filme autobiográfico sobre os Queen, uma das maiores bandas de rock de sempre. Apesar de ter Freddie Mercury como foco principal, onde é mostrada a sua extravagância, é mostrada a amizade entre os seus elementos e as circunstâncias que os tornaram verdadeiros ícones musicais da época. A sua atuação no concerto Live Aid, realizado em Londres, em 1985, que esteve quase por não acontecer, é um dos momentos cruciais da banda, onde Mercury recebeu a ovação de quase 80 mil pessoas e vários milhões de espectadores. Mercury viria a falecer com SIDA, aos 45 anos. Para ver no confortável Cinema City, no Alegro de Setúbal.
Terça a Sexta às 11h e às 14h | Sábados e Domingos às 15h M/3
Informações e Reservas: 213 405 700 - 964 409 036 - 1820 (24h)
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O Bode Expiatรณrio
2018 | 24 DE NOVEMBRO | Sร BADO | SEMMAIS | 9
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Manifesto por uma Floresta não Discriminada
Duas páginas de factos sobre a floresta que vale a pena ler
O
s signatários têm vindo a assistir, com grande preocupação, à multiplicação em diferentes meios de alusões pouco rigorosas, ou mesmo manifestamente incorretas, sobre a gestão da Floresta e as causas dos incêndios em Portugal.
Esta preocupação é agravada pelo facto de muitas das afirmações pretenderem, sem qualquer fundamento, imputar ao eucalipto a responsabilidade pelo drama dos incêndios florestais, impedindo desta forma que os esforços se centrem no combate às suas verdadeiras causas. A desinformação que se vem verificando fere a Floresta portuguesa em geral, contribuindo para que não se encontre o caminho adequado para evitar o flagelo dos incêndios, que se agudizou nos anos recentes. I – As verdAdeIrAs cAusAs dos IncêndIos As verdadeiras causas dos incêndios estão essencialmente na excessiva carga de biomassa no terreno, em resultado do reduzidíssimo nível de gestão da floresta e do excesso de matos e de incultos no território português. Vindo de um passado recente eminentemente rural, Portugal é hoje um país urbano, com grande parte do seu território que deixou de ter condições de atratividade para a fixação de população e para a gestão dos respetivos espaços. O País tem atualmente um interior socialmente desertificado, tendo-se assistido a uma redução significativa das atividades agrícolas e da pastorícia, que conviviam em perfeita simbiose com a floresta, contribuindo para a prevenção dos incêndios. Esta transformação social, aliada ao deficiente ordenamento do território, à estrutura fragmentada da propriedade, ao desinvestimento do Estado na gestão dos espaços florestais públicos, às características do clima, condições meteorológicas e fenómenos atmosféricos extremos, propicia o cenário de risco com que hoje nos confrontamos. Um estudo realizado por investigadores da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro e do Instituto Dom Luiz da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa mostrou que cerca de dois terços da variabilidade de ano para ano da área queimada é explicada pela variação das condições meteorológicas . Os factos ajudam bastante e falam por si: 1. Nos últimos quinze anos (2003-2017), segundo os dados do ICNF – Instituto da Conservação da Natureza e Florestas, a área ardida em Portugal distribuiu-se da seguinte forma: - Matos e incultos – 44% - Pinheiro-bravo – 18% - Eucalipto – 17% - Outras ocupações – 21% Como se verifica, mais de 80% da área ardida em Portugal não é eucalipto. 2. O Relatório de 2017 da CTI (Comissão Técnica Independente, criada no âmbito da Assembleia da República, que analisou os incêndios de Pedrógão Grande e de Góis) é claro sobre o contrassenso que é associar uma determinada espécie florestal às causas dos incêndios. Destacamos as seguintes passagens do Relatório: “Normalmente associam-se os grandes incêndios florestais a determinadas espécies florestais, contudo são os combustíveis mais superficiais (herbáceas e matos) o maior fator de propagação do fogo nos nossos ecossistemas. O que efetivamente mais determina a propagação do fogo e a sua expansão são as áreas sem qualquer gestão, com elevadas cargas de combustíveis superficiais.” (págs. 165 e 166); “A mera substituição do eucalipto, e o mesmo seria válido para o pinheiro bravo, por espécies tidas como mais resistentes à propagação do fogo, como o sobreiro, medronheiro e carvalhos, traria resultados modestos de diminuição da área ardida em caso de existência de um estrato arbustivo relevante nos povoamentos.” (pág. 149); “Sem combustível no seu interior, estas florestas [de eucalipto e pinheiro], em vez de um problema sério, podem fazer parte da solução.” (pág. 163). 3. Nos últimos anos temos vindo a assistir à ocorrência de incêndios florestais de grande dimensão em zonas que não têm eucalipto, tanto em Portugal como no estrangeiro. Registaram-se incêndios devastadores na Grécia e na Califórnia (infelizmente, com um número significativo de vítimas mortais), no Canadá, na Escandinávia ou no Sul de França – regiões/países onde o eucalipto não tem expressão. O mesmo sucedeu em Portugal, onde ocorreram incêndios significativos em áreas onde o eucalipto não tem relevância: na Serra de Sintra, no Pinhal de Leiria, no Parque Nacional da Peneda-Gerês, na serra da Gardunha, entre outros. 4. Têm sido divulgados diversos trabalhos sobre a problemática dos incêndios e as suas causas produzidos por reputados centros de conhecimento (por exemplo, o Instituto Superior de Agronomia e a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro), que afastam claramente as verdadeiras causas dos incêndios das espécies florestais em concreto. A este propósito, vale a pena referir o Relatório da World Wide Fund for Nature (WWF) deste ano (“O barril de pólvora do noroeste – Proposta ibérica para a prevenção de incêndios”), onde se afirma: “No sul da Europa, os efeitos cumulativos do aquecimento global, o despovoamento rural e abandono dos usos da terra, a falta de gestão florestal, o modelo de planeamento urbano 1
caótico e uma cultura do fogo errada e profundamente enraizada criaram as condições perfeitas para os grandes incêndios.”; “Estes incêndios têm um comportamento explosivo e extremo e propagam-se a grandes velocidades. O mundo está a enfrentar uma nova geração de incêndios, em parte ligados às alterações climáticas e que causam verdadeiras tempestades de fogo”; “A verdade é que, para que haja um incêndio, têm que dar-se três elementos: alguém inicia um fogo (lembre-se que, em média, apenas 4% dos acidentes ocorridos em Espanha são produzidos por causas naturais, e apenas 2% em Portugal), o território tem de ser inflamável e as condições meteorológicas têm que ser favoráveis”; “A inflamabilidade de uma massa florestal não depende da espécie, mas da sua estrutura, isto é, da quantidade e forma como a biomassa disponível é organizada (…) O debate não pode continuar no eucalipto sim ou não”. (sublinhado nosso) Em suma, o Relatório da WWF, entidade independente e credível, aponta como causa dos incêndios o abandono de partes do território (ou da floresta), os comportamentos de risco (queimadas efetuadas sem prudência nem conhecimentos, por exemplo), as alterações climáticas e a inexistente ou deficiente gestão florestal. Em nenhum momento é referida uma espécie florestal como causa para incêndios. Pronunciando-se expressamente sobre o eucalipto, o Relatório refere que a presença desta espécie no território faz sentido desde que bem gerido e ordenado. II – A questão dA regenerAção nAturAl do eucAlIpto Recentemente tem sido também mediatizada a questão da regeneração natural do eucalipto, tendo até sido aprovada pela Assembleia da República uma Resolução com uma recomendação ao Governo para a criação de um programa de apoio ao arranque do eucalipto de regeneração natural pós-incêndios. Como a grande maioria das plantas, o eucalipto tem a capacidade de se multiplicar pelas sementes que produz. No entanto, pela característica dessas sementes, a sua dispersão é muito localizada e, em geral, sem capacidade de vir a gerar plantações viáveis. Cumpre referir que os signatários entendem que os casos de regeneração natural por via seminal devem ser objeto de ações de controlo e arranque, no âmbito de práticas de gestão florestal há muito praticadas. Diferente, claro, é o crescimento a partir do cepo na sequência de corte em eucaliptais instalados. Como acontece com algumas outras espécies, como o castanheiro, o carvalho, o medronheiro e o sobreiro, por exemplo, o eucalipto consegue voltar a crescer a partir do cepo da árvore depois do seu corte, e a sua correta condução viabiliza a produção sustentável de madeira. Como já foi referido, a capacidade de multiplicação seminal do eucalipto é limitada, condição que o distingue de outras espécies, incluindo algumas classificadas como invasoras, como as acácias. Sublinhe-se que, de acordo com as regras aprovadas em 2017 pela União Europeia e na Convenção de Berna, o eucalipto não é considerado espécie invasora. Assim é, entre outras razões, porque a propagação seminal não permite a colonização relevante de territórios adjacentes a povoamentos desta espécie. Concordando-se com o controlo dos eucaliptos nascidos por regeneração seminal no âmbito das práticas de gestão florestal, não se pode aceitar a desinformação que tem vindo a público a este propósito. O verdadeiro combate deve ser travado contra o que se pode, de facto, considerar uma propagação invasiva, como é o caso, entre outras espécies, da acácia. III – ImportâncIA do eucAlIpto pArA As regIões, pArA As populAções rurAIs e pArA A economIA Reafirma-se que o ataque injustificado que se tem vindo a fazer contra o eucalipto não tem adesão aos factos nem sustentação académica ou científica. O combate a esta espécie florestal poderá ser devido à incapacidade de enfrentar as verdadeiras causas dos problemas que afetam a Floresta Nacional. “Diabolizando-se” a única espécie florestal com retorno para o produtor num prazo de 10-15 anos, contribui-se para a redução do rendimento das várias centenas de milhar de pequenos proprietários, produtores florestais e empresas prestadoras de serviços, concorrendo para o abandono da floresta cuidada e para o aumento descontrolado das áreas de matos e incultos (que representam a maior parte da área ardida em Portugal). A onda de demagogia que se tem vindo a avolumar nos últimos meses ameaça pôr em risco a médio prazo fileiras silvo-industriais com enorme importância para o emprego, para o ambiente e para a economia nacional. As fileiras que utilizam produtos de base florestal como fonte de matéria-prima são responsáveis por 2% do PIB e 9% das exportações do País, asseguram cerca de 100.000 empregos diretos e indiretos e envolvem mais de 400.000 proprietários florestais, numa atividade que contribui para o desenvolvimento de todo o País, de norte a sul, no litoral e no interior. A floresta representa cerca de um terço do território português e é, a par dos oceanos, um dos mais eficazes sumidouros de CO2 de que dispomos. Relembramos que uma floresta saudável e com uma área estável ou crescente é essencial para cumprir o objetivo de atingir a neutralidade carbónica em 2050. Enquanto País, teremos de reduzir as emissões de gases com efeito de estufa de cerca de 70 Mt CO2 para 10Mt CO2 e, por ser esta a
Effects of regional climate change on rural fires in Portugal; Mário G. Pereira, Teresa J. Calado, Carlos C. da Câmara, Tomás Calheiros; Climate Research 57: 187–200, 2013
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capacidade de absorção do nosso ecossistema, proveniente principalmente das florestas de Portugal Continental. Não existe outro sector ou atividade económica em Portugal com este tipo de impacto, nem se vislumbra possível durante as próximas décadas outra ocupação de parte significativa do território nacional que seja tão social e regionalmente inclusiva ou tão rentável para o País. É um sector que produz bens transacionáveis, exportando para mais de 130 países, estando em permanente e intensa concorrência com os mais diversos operadores internacionais. Infelizmente, as penalizações e os custos extraordinários que têm sido impostos à fileira no passado recente (ou venham a ser no futuro) não podem ser passados aos seus clientes internacionais, tendo de ser absorvidos por toda a cadeia de valor, desde os produtores florestais e prestadores de serviços até à indústria e comercialização de papel, cartão e outros produtos finais. Os signatários defendem a certificação da gestão florestal, sob escrutínio de reconhecidas entidades internacionais (FSC e PEFC), no sentido de estender as boas práticas de gestão, sustentáveis, a toda a floresta. A floresta de eucalipto é aliás o maior dinamizador da certificação da gestão florestal em Portugal. O ataque que se tem registado contra o eucalipto promove a desertificação do interior e das zonas rurais do País, colocando em risco grande parte dos postos de trabalho diretos e indiretos existentes na fileira florestal, distribuídos por pequenos produtores, prestadores de serviços, empresas de logística e industriais, etc. Finalmente, atacar o eucalipto é atacar
a espécie florestal que mais contribui, a uma larga distância, para a absorção de CO2 em Portugal, comummente aceite como a batalha essencial para mitigar os nefastos impactos das alterações climáticas. Tal não deixa de ser paradoxal dado que estas constituem uma das causas diretas do aumento da magnitude dos incêndios em Portugal e no resto do mundo. Acresce que o eucalipto é a matéria-prima base para o fabrico de papel, produto natural, renovável, reciclável e biodegradável, absolutamente fundamental na nossa sociedade e que, cada vez mais, está a contribuir para a erradicação da utilização de plásticos não biodegradáveis, em especial os de utilização única, ao desenvolver bioprodutos de origem não fóssil para utilização em embalagens. A floresta industrial ou de produção (de eucalipto ou de outra espécie), tal como a floresta de conservação ou lazer, contribui igualmente para a formação de solo (por enraizamento e retenção de biomassa no terreno), para o combate à erosão (sobretudo em zonas de maior declive), para o aproveitamento útil da água da chuva (prevenindo os efeitos das chuvas torrenciais e promovendo a infiltração), para a purificação e humidificação do ar, para a redução das amplitudes térmicas, para a manutenção de espécies prestadoras de serviços de ecossistema como, por exemplo, os polinizadores, e para a manutenção de áreas de alto valor de conservação. É preocupante saber-se que Portugal é o único país da Europa em que se tem verificado uma redução da área florestal. Trabalhar para reverter esta situação deve-nos preocupar enquanto Sociedade.
Os signatários estão, como sempre têm estado, disponíveis para participar no debate que permita aprofundar o conhecimento de todos os temas que respeitam à Floresta Nacional. Cremos que o esclarecimento é a melhor forma de se contribuir para a valorização da nossa floresta, com pleno respeito pelos valores sociais, económicos e ambientais que lhe estão associados. Queremos acreditar que é este também o interesse dos decisores políticos e de todos os que, com seriedade, se debruçam sobre os temas florestais.
AcAdemiA
Prof. Carlos Alegria Professor Universitário Prof. Carlos Borrego Professor Catedrático Jubilado, Universidade de Aveiro/ Antigo Diretor da European Association for the Science of Air Prollution / Ministro do Ambiente e Recursos Naturais Prof. Carlos da Câmara Professor Associado da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa Prof. Carlos Fiolhais Professor Catedrático, Universidade de Coimbra / Vice-Presidente do Conselho Estratégico Nacional da CIP / VicePresidente do Painel Científico da Estratégia Nacional de Adaptação às Alterações Climáticas Prof. Carlos Fonseca Professor Universitário (Biologia) / Proprietário Rural Prof. Carlos Lobo Prof. da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, Antigo Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais Prof. Clemente Pedro Nunes Professor Catedrático, Instituto Superior Técnico / Universidade de Lisboa / Vice-Presidente do Conselho Estratégico Nacional da CIP / Vice-Presidente do Painel Científico da Estratégia Nacional de Adaptação às Alterações Climáticas Prof. Domingos Manuel Mendes Lopes Professor Auxiliar com Agregação da UTAD / Diretor do Departamento de Ciências Florestais e Arquitetura Paisagista da UTAD Profª. Elvira Fortunato Investigadora, Vice-Reitora da Universidade Nova de Lisboa Prof. Fernando Santana Professor Catedrático da Universidade Nova de Lisboa (FCT) Prof. Filipe Duarte Santos Professor Catedrático, Faculdade de Ciências / Universidade de Lisboa /Presidente do Conselho Nacional do Ambiente e do Desenvolvimento Sustentável (CNADS) Prof. Francisco Avilêz Professor Catedrático Emérito do ISA Prof. Francisco Gírio Investigador, Laboratório Nacional de Energia e Geologia (LNEG) Prof. Francisco Gomes da Silva Professor Auxiliar do Departamento de Ciências e Engenharia dos Biossistemas –Secção de Economia, Sociologia e Gestão (ISA) Profª. Graça Carvalho Professora Universitária (Engenharia Química), Universidade de Coimbra Profª. Helena Pereira Antiga Coordenadora do Centros de Estudos Florestais do ISA Prof. João Coutinho Mendes Professor Catedrático (Fertilidade do Solo) Prof. João Manuel dos Santos Bento Professor Associado (Aposentado) da UTAD Prof. João Moura Bordado Professor Catedrático do Instituto Superior Técnico Prof. João Santos Pereira Professor Catedrático Emérito do Instituto Superior de Agronomia (Secção Florestas e Produtos Florestais do Departamento de Recursos Naturais, Ambiente e Território) Prof. José Aranha Eng. Florestal Prof. José Luis Penetra Cerveira Lousada Investigador Auxiliar com Agregação da UTAD Prof. José Manuel Mendonça Prof. Catedrático da FEUP. Presidente do CA do INESC TEC Prof. José Miguel Cardoso Pereira Professor Universitário Prof. José Pedro Fragoso Almeida Professor Coordenador (Silvicultura e Recursos Naturais) ESA - IPCB Prof. Júlio Pedrosa Professor Catedrático aposentado, Universidade de Aveiro / Antigo Reitor e Vice-Reitor / Ministro da Educação / Presidente do Conselho Nacional de Educação Prof. Luís Filipe Gomes Lopes Professor Auxiliar da UTAD / Diretor da licenciatura em Engenharia Florestal da UTAD Prof. Luís Mira da Silva Professor Universitário - Instituto Superior de Agronomia Prof. Manuel Santos Silva Professor Catedrático, Universidade da Beira Interior / Antigo Reitor Profª Manuela Branco Professora Auxiliar, ISA, Universidade de Lisboa Profª. Margarida Tomé Professora Catedrática do Departamento de Recursos Naturais, Ambiente e Território – Secção Florestas e Produtos Florestais (ISA) / Presidente do Conselho Científico do Instituto Superior de Agronomia Profª. Maria Emília Calvão Moreira da Silva Professora Auxiliar da UTAD /Diretora do Mestrado em Engenharia Florestal da UTAD Profª. Maria Helena Ribeiro Almeida Professora Associada do Departamento de Recursos Naturais, Ambiente e Território – Secção Florestas e Produtos Florestais (ISA) Prof. Mário de Carvalho Professor Universitário - Universidade de Évora Prof. Paulo Alexandre Martins Fernandes Professor Associado da UTAD / Membro das Comissões Técnicas Independentes relativas aos incêndios de 2017 / Membro do Observatório Técnico Independente para os fogos rurais / Membro da direção da International Association of Wildland Fire Prof. Paulo Ferreira Professor Universitário (Engenharia Química), Universidade de Coimbra Prof. Rodrigo Martins Presidente Academia Europeia de Ciências Profª. Simone da Graça Pinto Varandas Professora Auxiliar da UTAD
indústriA
Afocelca Altri APEB - Associação de Produtores de Energia e Biomassa APIGRAF - Associação Portuguesa das Indústrias Gráficas e Transformadoras do Papel Celpa CIP - Confederação Empresarial de Portugal Forum para Competitividade The Navigator Company
Poder LocAL
António Loureiro Presidente da CM de Albergaria-a-Velha CM Aveiro CM Estarreja CM Figueira da Foz CM Mortágua CM Penafiel CM Proença-a-Nova CM Setúbal
CM Vila Velha de Ródão Vasco Estrela Autarca
Antigos governAntes e outrAs PersonALidAdes
Álvaro Barreto Antigo Ministro da Agricultura António Bagão Félix Economista / Antigo Ministro das Finanças e Segurança Social António Gravato Presidente da Fundação Bussaco António Manuel Soares Serrano Antigo Ministro da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas e Professor Catedrático na Universidade de Évora António Sousa Macedo Presidente do Colégio Nacional de Engenharia Florestal da Ordem dos Engenheiros Augusto Carlos Serra Ventura Mateus Antigo Ministro da Economia / Consultor Daniel Bessa Antigo Ministro da Economia / Professor universitário Fernando Ruas Deputado Europeu João Filipe Flores Bugalho Eng. Silvicultor / Antigo Professor Convidado do ISA, com percurso profissional dedicado à conservação da natureza e gestão dos recursos naturais João Proença Antigo Secretário Geral da UGT Júlio Castro Caldas Antigo Bastonário da Ordem dos Advogados Luís Mira Amaral Professor da Universidade Nova de Lisboa /Antigo Ministro da Indústria
Produção FLorestAL
2B Forest Abastena ACFBV - Associação Certificação Florestal do Baixo Vouga ACHAR - Associação de Agricultores de Charneca AFBV - Associação Florestal do Baixo Vouga AFCGóis - Associação Florestal do Concelho de Góis AFEDV - Associação Florestal entre Douro e Vouga AFL - Associação Florestal do Lima AFLOBEI - Associação de Produtores da Beira Interior AFLOSOR - Associação dos Produtores Florestais da Região de Ponte de Sôr Agroges, Sociedade de Estudos e Projectos, Lda. Agroglobal Alfredo Maria de Sousa Cunhal Melero Sendim Produtor Florestal, Ecologista ANSUB - Associacão de Produtores Florestais do Vale do Sado António Ribeiro Prestador de serviços de silvicutura APAS - Associação de Produtores Florestais APAS Floresta - Associação de Produtores Florestais APFC - Assciação de Produtores Florestais do Concelho de Coruche e Limítrofes APFCAN - Associação de Produtores Florestais de Alcobaça e Nazaré APFLOR - Associação de Produtores e Proprietários Florestais do Concelho de Pedrógão Grande ASPAFLOBAL - Associação de Produtores Florestais do Barlavento Algavio Associação dos Agricultores de Abrantes, Constância, Sardoal e Mação Associação de Compartes do Baldio de Linhares - Paredes de Coura Associação Nacional dos Produtores Rurais BIOFLORESTAL S. A. CAP - Confederação dos Agricultores de Portugal CERNA Consulai Fenafloresta Florest - Associação Florestal da Estremadura Forestis Forestor Fórum Florestal João Pedro Torres Empresário Joaquim Pais de Azevedo - Herdade de Sanguinheira de Codes Leitão e Cavaleiro, Lda. Luís Vasconcelos e Sousa Empresário Maditorres Manuel Campilho Empresário PFAPF - Federação Nacional das Associações de Proprietários Florestais RCS Florestal Relíquia Florestal Rui António Dâmaso CorreiaEmpresário Sociedade Agrícola do Freixo do Meio, Lda. UNAC - União da Floresta Mediterrânica Unimadeiras VALMINHO FLORESTAL - Associação de Produtores Florestais do Vale do Minho WildWood
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NEGÓCIOS
ADEGA HERDADE CANAL CAVEIRA INOVA NA CATEGORIA DE VINHOS
Primeiro vinho frisante da região foi certificado em Grândola
De cariz familiar, a Herdade Canal Caveira vai ficar na história por ser a primeira adega a certificar um vinho frisante. Produz vinhos prometedores e com um futuro brilhante. TEXTO ANTÓNIO LUIS IMAGEM DR
O
vinho “Serra Brava”, de Casta Moscatel, produzido e engarrafado pela Herdade Canal Caveira, em Grândola, é o primeiro Vinho Regional Península de Setúbal, na categoria de frisante, a ser certificado pela Comissão Vitivinícola Regional da Península de Setúbal (CVRPS). De acordo com responsáveis da adega, que produz também vinhos tintos, brancos e licor de laranja, o frisante “Serra Brava”
foi lançado no mercado em outubro deste ano e vem comprovar que se trata de uma certificação «difícil de obter», sendo que algumas adegas «acabam por desistir a meio do processo», segundo fonte da empresa. O “Serra Brava” é oriundo de vinhas plantadas no sopé da Serra de Grândola, em solos arenosos, cujo terroir tem a influência marítima da Costa Vicentina, terra de um microclima único e original. Este frisante, com 12 graus de teor alcoólico, obtido a partir das uvas
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da Casta Moscatel, é um vinho jovem e delicado, muito atrativo no nariz com notas de casca e flor de citrinos, mel e especiarias. No paladar é balanceado e frutado, com agradável leveza final. É extremamente fresco, ideal para saladas, pratos de marisco ou apenas para desfrutar num final de tarde junto dos amigos. Henrique Soares, presidente da CVRPS, mostra-se «muito satisfeito» por tal acontecimento uma vez que a região passa a reforçar o seu leque de vinhos que é «mui-
to rico e variado». Na sua opinião, é mais um vinho que circula com a «bandeira da região», o que demonstra que na Península de Setúbal há «inovação» e «empenhamento» dos vitivinicultores. A Herdade Canal Caveira é um projeto muito recente, de cariz familiar, mas com uma organização altamente profissional. A adega está dotada de equipamento de topo. Conta atualmente com 15 colaboradores permanentes. Vanda Paiva, engenheira alimentar e enóloga, é a gerente e
proprietária da herdade. Na enologia, contam com a prestação de Rui Cruz e Rui Reguinga. A Herdade Canal Caveira tem uma área de 45 hectares, dos quais 25 são de vinha e os restantes de oliveiras, laranjeiras, sobreiros, azinheiras e pinheiros. As vinhas, espraiando-se ao sol, quebram-se entre o regaço da ribeira, e a beira da estrada nacional IC1. Antes da paragem para o famoso Cozido à Portuguesa, ergue-se a emblemática casa em forma de Castelo, cumprimentando quem viaja rumo ao Algarve.
Café das Artes com doçaria própria e música relaxante
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epois de 7 anos como colaborador da rádio Amália, Guilherme Santos, através da Derivastatus, dedica-se agora, de corpo e alma, à gerência do Café das Artes, na Casa da Cultura, em Setúbal. Há dois anos e meio que o espaço reúne amigos e gente gira, ao som de música relaxante chill out, soul e jazz. «Temos um público muito eclético, de todas as idades, com perspetivas muito diferentes sobre a cultura, e muitos jovens e estudantes durante o dia. É um espaço ideal para conversar, para festas, para estar com os amigos ou para estar sozinho a ler, para fazer trabalhos ou para consultar a internet», realça o responsável, que acrescenta que o bar/ cafetaria tem na Carta snacks e as queijadas de laranja e moscatel, biscoitos de erva-doce e bolachas de gengibre confecionadas na cozinha do bar. Proporciona também refeições de grupo, com marcação prévia. 12 | SEMMAIS | SÁBADO | 24 DE NOVEMBRO | 2018
«É um espaço muito agradável e tranquilo, com pátio com esplanada, muito ativo no verão, e espero que seja nosso para sempre. Venham conhecer o bar e também a Casa da Cultura, com exposições, uma agenda notável de concertos, associações com atividades constantes e estúdio de gravação», sublinha Guilherme Santos. Apaixonado por Setúbal, Guilherme Santos confessa que as viagens diárias de comboio para Lisboa eram «extremamente cansativas e desgastantes», pelo que optou por fechar a porta da rádio e dedicar-se a um bar simpático e acolhedor. Ligado à associação
Derivastatus, Guilherme Santos tem sido o rosto do Eurovision Live Concert, organiza o Setúbal Fashion Weekend e o Lugar ao Fado e, em breve, gostaria de lançar um projeto de caça de talentos em várias áreas das artes. «Queremos descobrir pessoas desconhecidas de Setúbal com talento para a dança, teatro, música e o stand-up comedy e montar um espetáculo, só com gente que não tem oportunidade de mostrar o seu trabalho». O Café das Artes está aberto de terça a domingo, das 10 à meia-noite, e à quinta, sexta e sábado, até à 1 hora da madrugada. A.L.
NEGÓCIOS
TERMINAL XXI DISPÕE DE NOVOS EQUIPAMENTOS
PSA Sines investe 15 milhões de euros em gruas e Pórtico de cais Melhorar as condições operacionais do Terminal XXI, defendendo uma posição mais competitiva no mercado de movimentação de carga a nível mundial, é o objetivo da PSA Sines que adquiriu novos equipamentos de movimentação de carga. As novas gruas e o Pórtico de Cais estarão totalmente operacionais em 2019. TEXTO ELOÍSA SILVA IMAGEM DR
A
PSA Sines, concessionária do Terminal XXI, o terminal de contentores de Sines, adquiriu recentemente “quatro novas gruas de parque” e está a concluir a construção de um “pórtico de cais” para “melhorar as condições operacionais do porto”. O objetivo, assume a PSA, é garantir a competitividade do Terminal, “no mercado de movimentação dos maiores navios do munSEM_MAIS_VF.pdf
1
do”, enquanto oferece “um serviço de excelência aos clientes” do Porto Alentejano. No total, revelou ao Semmais fonte da empresa, a PSA Sines, «investiu mais de 15 milhões de euros» em “quatro novas gruas de parque que combinam as tecnologias diesel e elétrica, proporcionando uma otimização do consumo de combustível e baixas emissões de dióxido de carbono, enquanto permitem uma movimentação de contentores com até 41 toneladas”. O novo pórtico de cais, 25/10/18
Estratégias de Desenvolvimento Local debatidas em Sesimbra
S
que está a ser edificado dentro do porto, será “o décimo pórtico pertence à última geração de gruas Super Post-Panamax que oferecem um alcance de 72,5 metros, permitindo
movimentar até 24 fiadas de contentores a bordo dos navios”. Tanto as gruas como o pórtico de cais estarão totalmente operacionais no início do próximo ano.
esimbra recebe segunda-feira, entre as 9.30 e as 17 horas, uma sessão de divulgação da execução intercalar das Estratégias de Desenvolvimento Local, apoiadas pelo Fundo Europeu dos Assuntos Marítimos e das Pescas (FEAMP), demonstração de projetos inovadores e reflexão sobre perspetivas de enquadramento do próximo Quadro Comunitário de Apoio. A iniciativa decorre no Cineteatro Municipal e a sessão de abertura conta com a presença do presidente da câmara municipal, Fran-
cisco Jesus. A sessão, cuja organização está a cargo da Autoridade de Gestão do Mar 2020, com apoio da autarquia local, contará com as presenças e intervenções de Teresa Almeida, gestora do Programa Operacional MAR 2020, e Isabel Conceição, presidente da Associação para o Desenvolvimento Rural da Península de Setúbal. A apresentação de projetos GAL-Pesca e dos resultados dos inquéritos dirigidos à Pequena Pesca estará a cargo de Miguel Gaspar, perito da FSU para Portugal.
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Melhoria das Acessibilidades Marítimas ao Porto de Setúbal
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Objetivos:
Projeto:
• Aumentar a segurança para toda a navegação
• Aprofundar o canal da Barra em 2,20 m e o canal Norte, junto à cidade, em 1,70 m
• Acesso de navios ambientalmente mais eficientes • Captar novos investimentos
• Volume de dragagens de 3,5 milhões de m3
• Aumentar a competitividade das empresas da região
• Trabalhos em menos de 4 meses por única draga com dispositivos mitigadores de ruído
• Mais 3.000 postos de trabalho diretos e 10.000 indirectos
• Areias dragadas depositadas para a alimentar o sistema do estuário • Monitorização e acompanhamento dos trabalhos e do comportamento dos golfinhos roazes
ENTIDADE PROMOTORA:
APSS - Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA
INVESTIMENTO TOTAL ELEGÍVEL: APOIO FINANCEIRO DA UNIÃO EUROPEIA APOIO FINANCEIRO PÚBLICO NACIONAL:
Cofinanciado por:
€ 24.980.000,00 :
€ 14.764.539,36 € 10.506.860,64
Fundo de Coesão
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OPINIÃO
Cidadãos Angolanos em Portugal – pós João Lourenço
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esde 2009 que não ocorria uma visita a Portugal por parte do Presidente de Angola. Após a mudança de personalidade governativa e decorrido um ano de ação de Governo os sinais de mudança, são consideráveis. Todos esperam a cada momento um novo cheque-mate à situação que vegetava em torno do anterior Presidente e que foi sempre encontrando justificações para atos de sobrevivência. Hoje o futuro de Angola abre-se esplendoroso para as gerações futuras, com a consciência de que o esforço é enorme. No atual contexto de governação abrem-se perspetivas e análises motivadoras para os cidadãos se envolverem no seu papel de cidadania. Vivemos num espaço global e de facilidade de acesso à informação e relativa liberdade de mobilidade do fluxo migratório de
angolanos, procurando soluções diferenciadas para a sua vida particular, no âmbito profissional, familiar ou em qualquer outro contexto. Sabemos que de antemão durante anos os problemas da comunidade na diáspora, foram-se avolumando, e só recentemente o ciclo de resolução se começou a inverter e há muito trabalho a fazer e espirito de sacrifício em missão de serviço com a magna compreensão pelo menos durante uma geração. Todos juntos podemos trabalhar para que os nossos jovens de agora venham a usufruir mais e melhores condições de cidadania como angolanos em qualquer parte do Mundo e muito em especial em Portugal. Assim, sendo, deverá existir um esforço Governamental para estabelecer acordos governamentais com o Estado Português em áreas diferenciadas e melhoran-
do os que estão em vigor. Esses acordos devem incidir em questões sociais, incluindo a Segurança Social e Solidariedade, tendo em conta as necessidades básicas de sobrevivência de muitas pessoas. Acordos nas atividades laborais e académicas que permitam equiparação de cursos em especial nas áreas de licenciaturas aos diplomados em Portugal. Assumamos que dentro do quadro equiparado dos Países integrantes da C.P.L.P. há cidadãos oriundos de outros países com tratamento diferenciado comparativamente aos angolanos. Na área cultural em franco estágio de desenvolvimento, e sendo Angola um País riquíssimo em diversidade cultural, também há que ter em conta o elevado número de agentes culturais, desde artistas-plásticos, escritores entre outros que muito têm pugnado pela promoção de divulga-
ESPAÇO ABERTO E LIVRE ZEFERINO BOAL CONSULTOR
ção da cultura angolana, fora do território nacional. Neste intuito deve ser uma prioridade o estabelecimento de contratos-programa a estabelecer com agentes culturais de forma individual e/ou coletivos, nesta última situação com ênfase à prioridade do movimento associativo. Tendo consciência da fase de desenvolvimento económico do País, e consequentemente residindo em Portugal um considerável número de jovens talentos desportistas com origem angolana e pelo fato de alguns daqueles não terem outras possibilidades de representação internacional, podem em muito
contribuir para a elevação do nome de Angola se foram motivados em representarem as seleções angolanas nas várias modalidades. Acreditamos que desse modo serão agentes motivadores para muitos outros desportistas. Em todas as áreas e nomeadamente no mundo associativo e social mais e melhor orientação aos representantes do Estado Angolano em Portugal para apostarem no diálogo, na compreensão e tolerância para com os cidadãos que integram a comunidade e assim apostar na unidade pela diversidade respeitando a dignidade do ser humano.
Governo investe no Seixal, a Câmara Municipal do Seixal nem por isso
E
sta semana foi anunciado mais um investimento do Governo do Partido Socialista no concelho do Seixal: a construção de raiz de uma Divisão da Polícia de Segurança Pública (PSP). Foi adjudicado o contrato para elaboração do projeto de execução da nova Divisão Policial do Seixal, da Polícia de Segurança Pública, com investimento global previsto de 2,5 milhões de euros. Este investimento para a construção de raiz da nova Divisão Policial do Seixal insere-se no âmbito da Lei de Programação de Infraestruturas e Equipamentos das Forças e Serviços de Segurança, estando prevista a conclusão do projeto de execução no primeiro trimestre de 2019. Este é, apenas, mais um exemplo de investimento do Governo do
Partido Socialista a que se podem juntar: a Rotunda da EN10 no Bairro da Cucena (565 mil euros); a Remoção dos resíduos do parque empresarial do Seixal (8,7 milhões de euros); o Realojamento das famílias de Vale de Chícharos, mais conhecido por bairro da Jamaica (15 milhões de euros); as obras de requalificação da Escola João de Barros encontram-se já a decorrer, com um investimento de 10 milhões de euros e, claro está, o Hospital do Seixal que será uma realidade com este Governo, num investimento previsto de 70 milhões de euros. No outro lado da moeda do investimento, o presidente comunista da câmara do Seixal tem-se demonstrado, ao longo dos anos, incapaz de concretizar investimento no município.
Até 31/07/2018 o presidente da câmara apenas investiu 2,6 milhões de euros quando no orçamento tem inscrito 19,3 milhões de euros, ou seja, em sete meses do ano de 2018 apenas concretizou 13% do investimento. A estratégia do executivo comunista assenta em protelar todos os investimentos para os concentrar em 2021, ano das próximas eleições autárquicas. Eleitoralismo chocante e bacoco. Veremos se com tanto protelar e incapacidade, nem em 2021 conseguem ter obra. Vamos a um exemplo concreto do executivo comunista: Em sessão da Assembleia Municipal, o presidente, quando confrontado pelo Partido Socialista com as condições miseráveis da escola básica Dom Nuno Álvares Perei-
ATUALIDADES BRUNO RIBEIRO BARATA AUTARCA DO SEIXAL
ra (Quinta do Rouxinol), indignou-se com a questão levantada informando que a obra já tinha sido adjudicada e o PS estava a fazer demagogia política. Acontece, porém, que o presidente comunista faltou à verdade, assumindo-o em sessão de Câmara … porque, imagine-se, foi mal informado pelos serviços. Desde quando uma questão tão sensível e prioritária para aquelas crianças não é acompanhada - pelo cuidado que merece – pelo próprio presidente que
deveria saber, na ponta da língua e de trás para frente, o andamento do processo? Falta de investimento e insensibilidade para questões prioritárias e estratégicas, é o que este executivo comunista tem demonstrado em mais de 40 anos de (des)governo da Câmara Municipal do Seixal. Se os concelhos vizinhos de Almada e Barreiro puderam mudar de rumo político, também o Seixal poderá mudar para muito melhor.
Paulo Guerreiro (1970-2018)
F
oi no dia 15 a enterrar o actor Paulo Guerreiro, que tinha tido tudo — o talento, a voz, a sensibilidade, o humor — para ser um dos melhores actores da sua geração. Morreu aos 48 anos: pagou prematuramente o preço de tanto gostar de viver, de todas as maneiras. O Paulo estreou-se profissionalmente na nossa Companhia em 1987, com Afonso VI, de Fonseca Lobo, encenação de Joaquim Benite. Com o mesmo encenador participaria em Vida do Grande D. Quixote de La Mancha e do gordo Sancho Pança, de António José da Silva (1992); Othello, de Shakespeare (1993); e Molière, de Bulgakov (1994). Entretanto estreara Sopa de pedras (1992), um espectáculo para
a infância com direcção de Teresa Gafeira, e integrara o elenco de O valente soldado Schveik, de Jaroslav Hasek, com encenação de Jorge Listopad (1994). Segue-se um período de afastamento, em que passa pela televisão e pelas dobragens. Já no novo Teatro Municipal de Almada, regressa à CTA em 2010 para participar em A mãe, de Brecht, novamente com encenação de Joaquim Benite. Segue-se Tuning (um texto meu que o Joaquim dirigiu), O luto vai bem com Electra (encenação de Rogério de Carvalho), Do amor (encenação de Solveig Nordlund) e — os dois espectáculos que encenei com ele no elenco — Negócio fechado, de David Mamet, e Em direcção aos céus, de Ödön von Horváth.
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Tanto os encenadores com quem trabalhou como os colegas actores com quem partilhou a cena se espantavam frequentemente, neste seu regresso à Companhia, com o facto de tanto talento ter passado ao lado de uma carreira mais notória. O Paulo sabia isso, mas não se importava, com o desprendimento dos que já nascem com o magnetismo necessário para conquistar o público. Não exibia os seus recursos: utilizava-os naturalmente. Pedia um maço de cigarros no bar do teatro com a mesma voz funda com que no palco derretia a plateia feminina. Quando nos cruzámos pela primeira vez comigo no papel de inexperientíssimo encenador e ele no de actor traquejado (Negócio
BOCA DE CENA RODRIGO FRANCISCO DIRETOR DA CTA
fechado, em 2013), o Paulo entendeu de imediato a nossa nova relação: eu tinha sido assistente de encenação em A mãe e Tuning. Mas o facto de ter de passar a dirigi-lo não criou nenhuma distância entre nós. Pelo contrário: jogávamos à bola no intervalo dos ensaios. Ele, eu, o Ivo Alexandre, o Pedro Lima, o Pedro Walter, o Marques D’Arede, o Alberto Quaresma e o Miguel Sopas. Éramos uma grupeta engraçada. Nesse espectáculo o Paulo tinha
uma cena fulgurante: entrava disparado do gabinete do chefe, insultava do piorio toda a gente, e saía porta fora à Fred Astaire. “Vou para casa. Não: vou para a praia”. E na forma de dizer “vou para a praia” havia tudo o que acima escrevi dele. As experiências que tinha vivido, os vários mundos por que passou, que o distinguiam de imediato dos outros actores. Havia o malandro, o puto e o príncipe. Havia o Paulo Guerreiro, que foi a enterrar no Feijó.
H
á décadas que em Portugal se discute o futuro do Aeroporto Internacional de Lisboa, tendo em conta que o Aeroporto Humberto Delgado está próximo de esgotar a sua capacidade face à crescente procura desta infraestrutura que, em 2017, registou um número de 23 milhões de passageiros. Em 2008, o Governo de então consagrou a solução de construção de um novo Aeroporto Internacional nos terrenos do designado Campo de Tiro de Alcochete, solução esta que resultou de diversos estudos, tendo sido feita uma análise cuidada de todos os fatores essenciais para a tomada de decisão. Foi feita uma análise de risco e uma avaliação ambiental estratégica, obrigatória por lei, e foi emitida uma Declaração de Impacto Ambiental que ainda hoje está válida para a opção Alcochete e tendo merecido um alargado consenso no país. Ao longo dos últimos dez anos, a atuação governativa relativamente ao futuro do Aeroporto de Lisboa pautou-se pelo imobilismo, adiando uma solução que se tornava mais urgente a cada dia.
Prepara-se agora o Governo para confirmar uma outra opção que, tudo o indica, vinha há muito a ser preparada, a utilização da Base Aérea nº 6 no Montijo, como terminal complementar do Aeroporto da Portela. Esta alteração da estratégia decidida em 2008, tem merecido uma ampla contestação dos mais diversos sectores, desde o meio académico, aos profissionais do sector, ainda às autarquias e populações que vão ser directamente afectadas. As razões desta contestação centram-se em várias dimensões, de rentabilidade económica e social, técnica e de segurança, ambiental e de impactos graves sobre as populações. A primeira porque é uma solução sem futuro, extremamente onerosa para o nosso país, mais 1.500 milhões de euros em custos diretos e indiretos para uma opção que daqui por alguns anos estará esgotada, quando a 1ª fase do Novo Aeroporto de Lisboa no Campo de Tiro de Alcochete tem um custo estimado de 800 milhões de euros, ou seja, metade do que se prevê para a opção Montijo. A outra dimensão, refere-se às limitações técnicas e de segurança
FIO DE PRUMO
O País e a Região precisam de um novo Aeroporto de Lisboa, um Terminal no Montijo não é a solução. SIGA O NOSSO CONCELHO
Cunha
JOAQUIM SANTOS PRESIDENTE DA C.M. DO SEIXAL
que têm vindo a ser colocadas, quer relativamente à dimensão da pista, da proximidade aos núcleos urbanos e importantes indústrias, e à abundante avifauna na envolvente da península do Montijo. A última relativa às consequências nefastas para a qualidade de vida das populações do Montijo, Moita, Barreiro, Alcochete e Seixal face aos cones de aproximação ao Terminal Aeroportuário, sendo incalculáveis as consequências do ponto de vista ambiental e que devido à sua localização no meio das populações, terá ainda fatores de risco acrescidos. Esta opção beneficia em primeiro lugar a Vinci, que é assim desobrigada de investir num novo aeroporto, por troca com os encargos incomparavelmente menores de adaptação das pistas e instalações desta Base Aérea. O impacto económico para a Região, resultante da instalação
deste terminal no Montijo é, previsivelmente bastante reduzido, seja ao nível da criação de emprego, seja no que respeita à atração de investimento ou à ligação ao tecido económico local, uma vez que o que é apontado para o Montijo não é mais que um terminal de passageiros, vocacionado preferencialmente para as companhias low cost, com ligações rápidas a Lisboa. Consideramos inaceitável que as decisões sobre um projeto desta importância e de grande impacto sobre a Região estejam a ser preparadas sem o envolvimento e auscultação dos Municípios e das populações, como defendem o PS e o PSD. O País e Região necessitam urgentemente da construção do Novo Aeroporto de Lisboa no Campo de Tiro de Alcochete, a única opção que responde de forma cabal às necessidades atuais e futuras de Portugal.
O Estado reduzido a uma “toirada”
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nadvertidamente, quando se mostrava expectável que a reflexão crítica e a dinâmica e dialéctica partidárias pudessem conferir aos cidadãos um conhecimento esclarecido no que respeita aos contornos da Proposta de Lei de Orçamento de Estado, a inserção nesse contexto de um factor mediático que assumiu o estatuto de “civilizacional” perturbou e coarctou as pretensões que presumivelmente possuímos de consciência acerca de uma matéria que se reveste de primordial importância, porquanto conformadora e indiciadora da evolução ou do seu inverso no que à qualidade da vida dos portugueses(as) concerne. Conhecendo-se as intenções políticas do Governo de cumprir os ditames europeus em termos de redução do défice e equilíbrio das contas do Estado, incontáveis outras matérias relevam para a aferição da evolução da economia e finanças públicas e para o diagnóstico e perspectivas de recuperação em áreas absolutamente sensíveis e fundamentais, designadamente na saúde, educação, justiça, segurança social e tributação. Não obstante ser devido o reco-
nhecimento de que, no decurso da presente legislatura, se verificaram indesmentíveis evoluções – devendo igualmente ser enfatizado que essas medidas políticas resultaram das posições de princípio assumidas por PS, PCP, BE e PEV –, não podemos desconsiderar que o Serviço Nacional de Saúde se encontra, ainda, num estado comatoso, em que as condições de acesso e terapêuticas resvalam, nalgumas circunstâncias, para patamares de indignidade, somente dissimuláveis pela excelência da maioria dos profissionais que o integram; que o sistema educativo requer uma rigorosa e isenta avaliação no sentido de garantir a igualdade e a universalidade de um ensino que seja formativo e atributivo de reais competências académicas e profissionais; que a justiça convive com dilemas estruturalmente complexos, que, em crescente amplitude, não permitem uma sua correcta administração; que a segurança social contém problemas que extravasam os atinentes à respectiva sustentabilidade e que afectam, de forma inadjectivável, cidadãos e cidadãs que são condenados, por invalidez dos próprios ou por fale-
ATUALIDADES LUÍS MIGUEL FRANCO COLABORADOR
cimento dos cônjuges, a aguardar indefinidamente pela atribuição da pensão de invalidez e pela pensão de sobrevivência, havendo, nestes casos, porquanto outros não assumem e cumprem os seus deveres políticos, que indagar acerca da miraculosa fórmula que lhes concede o obséquio da sobrevivência; e que a actual política tributária, condicionada que se encontra pelo equilíbrio obsessivo das finanças públicas e do orçamento do Estado e pelo pagamento de juros despudorados às entidades constitutivas da “troika”, se apresenta insuportavelmente excessiva para os rendimentos auferidos, que, inversamente a outros parâmetros europeus, persistem em não ser objecto de comparação com os nossos parceiros de demanda ou desventura europeia. Suscita, pois, enorme perplexidade que a dissecação mediática da proposta do Governo se te-
JORGE SANTOS JORNALISTA
OPINIÃO
nha reduzido à questão da redução ou não do IVA imputável à actividade tauromáquica, se esta se reveste ou não de um cariz cultural ou civilizacional, tendo-se assistido, ainda, “mise en scéne”, à teatralização de um arrufo político entre António Costa e Carlos César. A tauromaquia e a sua essência, independentemente e sem prejuízo das visões contraditórias existentes – assumindo o autor deste texto a natureza cultural daquela, corroborável pela sua secularidade e integração social e identitária –, tornaram-se, no confuso enredo de comentadores e comentários, uma questão fulcral do Estado, permitindo-se, assim, que, oportunisticamente, outras matérias verdadeiramente relevantes contornassem a análise crítica pública. Se de uma arena se tratasse, ouviríamos um veemente e sentido “olé!” pelo brilhantismo da estratégia.
D
e dia e de noite os nossos noticiários atiram-nos para cima com pormenores sobre o Orçamento de Estado Não vos vou apresentar o dr. Valente Cunha pois a sua modéstia não nos permite andar por aí a falar de pessoa tão influente em todas as áreas e muito menos misturá-lo com adeptos do simples favor porque mais longe não conseguem chegar, se bem que vontade não lhes falte. Mesmo contra a sua vontade sabe-se que o dr. Valente Cunha tem tido influência em grandes iniciativas e são muitos os seus amigos que estão bem na vida e, alguns que não podem dizer o mesmo, mas acabarão por reconhecer que se não fosse ele, andariam hoje pelas ruas da amargura. E por que o senhor não consegue chegar a todo o lado e atender todas as solicitações, há muito boa gente que se faz passar por ele – o que não o incomoda mesmo nada – em actos que os levam por portas e travessas para alcançar o ponto-chave, o que acaba por gastar tanto tempo que quase nem se chega a conhecer qualquer benefício.
Mesmo contra a sua vontade sabe-se que o dr. Valente Cunha tem tido influência em grandes iniciativas e são muitos os seus amigos que estão bem na vida (...) É também verdade que o que muitas vezes se julga ser trabalhinho do dr. Valente Cunha, não é mais do que o resultado de uma simples conversa entre dois amigos para que um deles se chegue a um outro para que aquela coisa que aparentemente está lá bem alta se possa alcançar com um pouco menos de esforço. Mesmo sem querer incomodar o doutor gostaria de deixar aqui um pedido para que quem está nos lugares de decisão que às vezes até pode ser quem tem o dever de nos governar, que faça chegar cá a baixo melhores condições àqueles que vivem da venda da sua força de trabalho para que as suas famílias tenham uma vida um pouco mais bela.
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