Semmais 26 outubro

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Sábado | 26.Outubro.2013

anos

semanário - edição n.º 784 • 6.ª série - 0,50 € • região de setúbal

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VENDA INTERDITA

Desporto Distrito tem dez candidatos a “desportista do ano”

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Local Feira do Chocolate adoça Grândola

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Cultura Janita Salomé no Mês da Música de Sesimbra

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Região tem 275 mil habitantes sem nenhuma ocupação Nascimentos continuam em queda no distrito ACTUAL. PÁG. 4

David Martins fala da sua relação com terras de Setúbal

ACTUAL Mais de um terço da população do distrito de Setúbal caiu numa situação de desespero e de inactividade completa. São números devastadores e que se aproximam dos índices registados em 1981, altura em que a região viveu uma das suas piores crises económicas e sociais. As causas são

conhecidas, mas o impacto promete ser mais gravoso, uma vez que está a atingir uma boa parte da classe média e mais qualificada. Segundo os dados do INE, a que o Semmais teve acesso, o Barreiro é o concelho com a taxa de inactividade mais alta do distrito. PÁG. 6

Fotos: DR

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A REGIÃO SOMOS NÓS!

Director: Raul Tavares

Mais oito novos presidentes tomaram posse esta semana POLÍTICA Vitor Proença, Carlos Humberto, Joaquim Judas, Nuno Canta, Álvaro Beijinha, Figueira Mendes, Luis Franco e Joaquim Santos, já tomaram posse em Alcácer, Barreiro, Almada, Montijo, Santiago, Grândola, Alcochete e Seixal, respectivamente. PÁGS. 10 e 11

Nuno Canta apela ao diálogo com oposição fora de jogo POLÍTICA O novo presidente da Câmara de Montijo, Nuno Canta, não está a conseguir juntar esforços para construir uma maioria para este mandato. As posições estão mesmo extremadas e a situação pode complicar-se. CDU e coligação PSD/PP já mudaram os horários das sessões. PÁG. 11

ABERTURA . PÁG.2

Tróiaresort capta mais turistas estrangeiros ACTUAL O reconhecido oftalmologista, vencedor recente de um prémio internacional na sua especialidade, fala ao Semmais de como o destino o prendeu a Setúbal. O ex-director do hospital S. Bernardo quer continuar a lutar pela excelência médica e dos cuidados de saúde.

Observação de aves - As zonas húmidas do distrito estão a ser cada vez mais procuradas para o chamado Birdwatching. O desafio está a ser lançado aos empresários do sector pelo ICNF.

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NEGÓCIOS A taxa de ocupação de Tróia voltou a crescer este Verão. O Aqualuz esteve a 90 por cento da sua capacidade e a ocupação dos apartamentos do Tróiaresort cresceu 15 por cento. A admnistração fala de um aumento sustentado. PÁG. 14

Opinião Jorge Humberto Fala de um “fado” nacional da incompetência e de «estados de alma». Só a reinvenção nos salva.

Vítor Ramalho Populismo e corrupção são os dois ingredientes do texto de Ramalho, no seio da desvalorização das ideologias.

Catarina Marcelino A deputada do PS pergunta para que tem servido a destruição do Estado Social e lembra as políticas de Sócrates.

David Sequerra Recorre ao passado de Jorge Jesus como atleta para enquadrar o ‘caso’ que o levou agora à justiça desportiva.


ABERTURA Sábado // 26 . Out . 2013 // www.semmaisjornal.com 2

A hora de a região apostar na observação de aves É um cluster turístico de excelência que pode consolidar negócios privados em torno das zonas húmidas do distrito, nomeadamente nos estuários do Tejo e do Sado e nas lagoas de Albufeira, Santo André e Sancha, sem esquecer o Sapal de Coina e Salinas do Samouco.

Roberto Dores

O

desafio é lançado ao sector empresarial do distrito pelo próprio Instituto de Conservação da Natureza e Floresta (ICNF). O biólogo João Carlos Farinha alerta ser chegada a hora das imediações do Sado, Tejo e Lagoa de Santo André começarem a apostar no turismo da observação de aves. «Tem que ser um projecto pensado para clientes muito exigentes, mas que vai ter

futuro garantido nesta zona do país», sustenta. João Carlos Farinha falava ao Semmais à margem da recente realização da Observanatura, que teve lugar na Mourisca (Setúbal), sugerindo que os proprietários dos terrenos em torno das principais zonas húmidas da região comecem a pensar na construção de observatórios de aves «se quiserem tirar partido das, cada vez mais, frequentes visitas dos grupos de turistas que se têm vindo a dedicar a esta modalidade». Actividade está a ganhar muitos adeptos São sobretudo pessoas que «se perdem» pelo registo de uma foto de determinada ave que nunca viram e que na hora lançam nas redes sociais e blogs. «É u m

hábito que ganhou muitos adeptos com os novos equipamentos fotográficos», sublinha João Carlos Farinha, alertando que o empenho destes turistas na melhor imagem e no ângulo mais curioso, é de tal forma grande, «que há quem chegue e fazer ilhas nos próprios rios e a mergulhar só para conseguir algo de novo». Para que a região possa falar a uma só voz nesta nova aposta sugerida pela ICNF, o biólogo aconselha ainda as unidades hoteleiras a aproveitar a deixa. «Temos pessoas que madrugam para ver determinada ave. É preciso preparar pequenosalmoços para muito cedo, mas isto vai trazer retorno ao distrito», sublinha, sendo esta a época mais atractiva para a observação de aves nos estuários do Sado e Tejo, por se tratar da estação de transição. Algumas aves estão de partida e outras de chegada, apelando à prática do designado “birdwatching”. Haverá nesta altura mais de 70 diferentes espécies e perto de 70 mil aves só no estuário sadino para tentar visualizar e fotografar.

Caminhada com quatro anos de turismo. Os principais amantes do “birdwatching” oriundos dos Estados Unidos da América, Grã Bretanha e Escandinávia – continuam a preferir os parques naturais sedeados em Espanha, sobretudo, mas também na Grécia, porque Portugal ainda não é suficientemente conhecido, segundo admitem os empresários que se começaram a dedicar a este ramo de actividade. DR

Não é de hoje que o ICNF tem alertado para o potencial da região em matéria de observação de aves. Há quatro anos que os empresários vêm sendo incentivados a aproveitar o potencial das várias zonas húmidas do país para promover o mercado da observação de aves, numa altura em que no território existem apenas 3 mil pessoas que se dedicam a este tipo

ficha técnica Director: Raul Tavares; Editor-Chefe: Bruno Cardoso; Redacção: Anabela Ventura, António Luís, Cristina Martins, Marta David, Rita Perdigão, Roberto Dores; Dep. Comercial: Cristina Almeida (coordenação). Projecto Gráfico: Edgar Melitão/”The Kitchen Media” – Nova Zelândia. Departamento Gráfico: Dinis Carrilho. Serviços Administrativos e Financeiros: Mila Oliveira. Distribuição: José Ricardo e Carlos Lóio. Propriedade e Editor: Mediasado, Lda; NIPC 506806537 Concessão Produto: Mediasado, Lda NIPC 506806537. Redacção: Largo José Joaquim Cabecinha nº8-D, (traseiras da Av. Bento Jesus Caraça) 2910-564 Setúbal. Tel.: 935 388 102 (geral); Email: redaccao.semmais@mediasado.pt; publicidade.semmais@mediasado.pt. Impressão: Empresa Gráfica Funchalense, SA – Rua Capela Nossa Senhora Conceição, 50 – Moralena 2715-029 – Pêro Pinheiro. Tiragem: 45.000 (média semanal). Distribuição: VASP e Mediasado, Lda. Reg. ICS: 123090. Depósito Legal; 123227/98


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Sábado // 26 . Out . 2013 // www.semmaisjornal.com Espaço Público

Editorial // Raul Tavares

Um fosso social que vai demorar décadas a inverter Nos últimos três anos, cerca de 136 mil beneficiárias deixaram de ter direito ao Rendimento de Social de Inserção (RSI) numa altura em que grassa cada vez no país a pobreza e a carência de famílias inteiras. Esta realidade devia estar no centro da discussão politica porque espelha, de forma contundente, como o Estado está a abandonar quem mais precisa e a fazer regressar os níveis de pobreza extrema a uma fasquia que demorará uma eternidade a galgar os patamares de um país desenvolvido. Na verdade, para além dos abusos que as várias tutelas do programa não conseguiram conter, os mitos criados em torno da medida não têm tradução fiel. Desde logo, que o RSI estava a ser utilizado para manter as famílias no reino dos subsídios. É certo que a integração social, laboral e comunitária, condição primeira para a atribuição do subsídio, não atingiu totalmente os objectivos, mas havia um caminho que foi interrompido com a crise económica e financeira. Alguém acreditará que estes 136 mil beneficiários estão todos na fina-flor do desafogo financeiro? E o número que faz manchete esta semana no Semmais, que alude ao facto de existirem actualmente 275 mil habitantes - mais de um terço da população do distrito - sem ocupação não deve preocupar os responsáveis políticos? Que país é este que só vê números à frente e esquece que, por detrás destes, há vidas a definhar, homens e mulheres, crianças, jovens e idosos absolutamente entregues à sua sorte…

O mais. O melhor. E o assim-assim.

P

ara começar (sim porque ainda não consigo, como gostaria, de começar pelo fim) esclareçamos alguns “estados de alma” que só contribuem para enublar o nosso futuro. O primeiro é o da genética: a existência nos portugueses de um eventual, e fugidio, gene da incompetência. Gene ausente na população alemã, claro. E na chinesa e até na da Papua Nova Guiné. Este gene, só mesmo em Portugal. Na verdade um país de mão estendida (sob resgate) não significa, de todo, dez milhões de portuguesas e portugueses de mão estendida. E muito menos o resultado do tal gene, o da incompetência. Bem pelo contrário. Gene do “destino”, de um qualquer “destino” não tem lugar no código genético. Em nenhum código genético. Diferente é o facto de algumas portuguesas e portugueses, específica e particularmente, terem a incompetência em todos e em cada um dos seus genes. Vocês sabem os seus nomes. Conclusão: não há um “fado” nacional da incompetência. Há uma responsabilidade nacional em confiar nos incompetentes. Segundo estado de alma: neste país só vai para a frente o atraso. Porquê? Já não fizemos coisas relevantes? Não, não estou a falar nos descobrimentos! Falo em coisas bem mais recentes. Como no período

O Populismo e a corrupção

O

populismo, na vertente política, é uma forma de agir que aceitando e indo a reboque de sentimentos primários das reações populares, sem delas fazer qualquer avaliação pedagógica e menos crítica, incorpora-as no discurso como se tratassem de verdades absolutas. Os populistas procuram assim beneficiar, a qualquer preço – pensam – do apoio dos eleitores. A circunstância das reações populares que emergem de sentimentos primários serem, em si mesmas, epidérmicas, e assumidas em regra por impulsos, deve-nos levar à consciência que o populismo em política é muito perigoso. Ele favorece a irracionalidade e afeta a liderança. Ora liderar é dirigir, com rumo, sem seguidismos fáceis, assumindo-se riscos a cada momento e valorizando a política. Neste mundo crescentemente hedonista, em que as atividades profissionais ou mesmo lúdicas são

Vítor Ramalho Advogado

desenvolvidas por recurso a meios individuais, propiciados pelas novas tecnologias, a base de apoio dos populistas parece ter um campo fértil de germinação. A desvalorização das ideologias, a visão pragmática e economicista dos nossos dias e a descrença na política e nos políticos reforça ainda mais esse campo. É por isso que o CDS – Centro Democrático Social, que nasceu sob a matriz democrata-cristã viu a sua denominação ser mudada por Paulo Portas para PP – Partido Popular, deixando claro que passava a ter uma matriz populista, suportada aliás por conceções neoliberais. Ao invés, Sá Carneiro, quando dirigiu o então PPD – Partido Popular

imediatamente a seguir à entrada na (então) CEE. Crescemos. Desenvolvemos. Ficámos mais abertos ao mundo. Olhámos o futuro com essa coisa, hoje tão rara, da esperança. Não se lembram? E, para mais, tínhamos o mesmíssimo mapa genético. Terceiro estado de alma (é o último, não vos chateio mais): na verdade vivemos acima das nossas possibilidades. Vivemos? Quem? Eu, apenas como exemplo, não penso que viva. A maior parte das pessoas que eu conheço têm um carro, uma

casa (na verdade uma meia casa, porque a outra metade é de um banco) e uma televisão. Bom, alguns têm duas televisões. É isto viver acima das nossas possibilidades? Mais uma vez muitos vão ser, estão a ser, “castigados” por algo que muito poucos fizeram. Evidentemente, e mais uma vez, todos sabemos os nomes destes muito poucos. Terminando de vez com os estados de alma, mas sabendo como eles são importantes para “memória futura”, gostaria de me centrar nos muitos. Esquecendo por um momento os poucos. E os muitos somos nós. E nós temos, temos realmente, de nos reinventar. Reinventar talvez seja o grande desafio que enfrentamos como sociedade, neste particular momento, com esta europa e com este mundo. Mas, reinventar é o quê? Começa por ser um novo princípio. Com uma outra forma de pensar e de estar. Na verdade uma mudança de paradigma. Acabou o tempo do “mais”. Começou o tempo do “melhor”. Houve um tempo para construir. E tanto que precisávamos que fosse construído. Cineteatros, piscinas, centros culturais, jardins, parques urbanos, complexos desportivos, museus, núcleos museológicos, bibliotecas. Hoje estão construídos. Foi precisamente o tempo do “mais”. Agora é preciso pô-los a funcionar. E pô-los a funcionar com as pessoas, com a comunidade, com a sociedade civil. E temos de o fazer rapidamente porque o espectro de equipamentos fechados ou subaproveitados assombra, de norte a sul, o país. Se não o fizermos o tempo do “mais” não serviu para nada. Herdaremos

quase ruinas, quase existências. Chegou finalmente, e fará a diferença que importa, o tempo do “melhor”. Melhor gestão, mais aberta e participada. Horários mais próximos das pessoas. Espaço para a intervenção da comunidade. Programação “amiga” do espetador. Informação sobre o custo real do equipamento. O problema, o pequeno grande problema, do “melhor” é que exige outra atitude e outro comportamento. No “mais” interessava abrir (inaugurar com toda a possível pompa qualquer que fosse a circunstância). Aberto, o essencial estava feito. No “melhor” o abrir é apenas o princípio, o início de um projeto. O “melhor” é o tempo da persistência, da continuidade, da noção de que um equipamento nunca está acabado, está apenas a ser continuado. O “melhor” apela a outro nível de paciência (o longo prazo em vez do curto prazo), mais empenho, uma ideia de responsabilidade e uma disponibilidade, permanente, para se ser avaliado. Para não dizerem que não falei em turismo, quando na verdade não parei de falar em turismo, permitamme um exemplo. Temos uma rede invejável de teatros, cinemas, centros culturais, recuperadíssimos. Quantos congressos e seminários aí decorrem? De que receitas poderíamos estar a falar? O que falta para uma gestão mais próxima das empresas e do tecido económico? O que é preciso para termos mais turistas (no caso congressistas) nas nossas cidades? Falta reinventarmo-nos! E nessa reinvenção só espero que não fiquemos pelo assim-assim.

Democrático, passou a designá-lo PSD – Partido Social Democrata, procurando assim afastá-lo do populismo. Mudam-se os tempos, mudamse as vontades e o atual PSD nada tem de social-democrata sendo antes um partido com matriz também populista. Como se vê. De tal sorte assim é que, na onda do populismo e na visão crítica que hoje os eleitores têm dos partidos e da política, os dirigentes do PP e do PSD que não são líderes não se coíbem de ir na onda, não cuidando de exercer uma ação pedagógica transformadora do mundo com sentido de responsabilidade e chegando ao ponto de denegrirem nos políticos em que eles próprios se integram. Sendo certo que há razões de sobra para um certo malestar da sociedade nos políticos e na política, não é menos certo que a saída para a crise só existe se for politica e se esta se credibilizar. Qualquer político que se preze deve ter isso na consciência. É por essa razão que nunca aceitei a sanha persecutória que o PP e o PSD desenvolveram contra

as subvenções dos políticos. Isso não significa que estas não devam ser ponderadas e avaliadas com justeza. Não defendo que nada se faça. Deve, porém, ser dito que as subvenções foram extintas em 2005 pelo governo então presidido pelo Engº José Sócrates e que jamais antes nenhum governo de direita o fez ou manifestou vontade séria em o fazer. Nessa altura, ao extinguirem-se as subvenções para o futuro, houve a preocupação de se salvaguardarem direitos adquiridos para os que já beneficiavam desse estatuto, como deve ser relativamente a quaisquer outros direitos adquiridos. O escasso número de beneficiários, ridículo, quando comparado com o volume de pensionistas e reformados do nosso país e a verba, também ridícula, afeta ao pagamento dessas subvenções, para além dos princípios do direito, são razões bastantes para se compreender a medida tomada pelo governo do Engº Sócrates. Isso não significa que não se deva ir ainda mais longe, insisto. Só que, rendidos ao populismo, os atuais líderes do PP e do PSD resolveram, na atual conjuntura, em que

os políticos andam pelas ruas da amargura, colocar mais um prego no caixão desta, acabando retroativamente com as subvenções dos políticos e denegrindo-os na praça pública. Conheço políticos honrados do CDS e do PSD que dedicaram uma vida à política, sacrificando as famílias e o seu próprio bemestar em prol do interesse coletivo. Não me posso calar. É que esses ao verem cortadas a totalidade das subvenções que recebiam, passarão a viver em condições muito difíceis e mesmo críticas. Sei do que falo, mas ao que observo, os atuais dirigentes do PP e do PSD parece não saberem. É em defesa da política e sem populismos que venho em defesa desses políticos. É que há políticos sérios. Infelizmente, os corruptos, como se vê com o BPN, continuam à solta e nunca ouvi uma palavra dos líderes do PP e do PSD condená-los com veemência, exigindo que respondam judicialmente pelo que fizeram. Será que o populismo anda de mãos dadas com a corrupção?

Turismo Semmais // Jorge Humberto Silva

Houve um tempo para construir. E tanto que precisávamos que fosse construído. Cineteatros, piscinas, centros culturais, jardins, parques urbanos, complexos desportivos, museus, núcleos museológicos, bibliotecas. Hoje estão construídos. Foi precisamente o tempo do “mais”.


ESE abre inscrições para ano

ACTUAL Sábado // 26 . Out . 2013 // www.semmaisjornal.com 4

ATÉ este domingo, decorrem as inscrições para o ano preparatório na Escola Superior de Tecnologia de Setúbal do IPS. O curso destina-se a todos aqueles que pretendam candidatar-se ao ensino

superior, através do concurso nacional de acesso ou dos concursos especiais. As aulas arrancam em Novembro, em regime nocturno, e as candidaturas deverão ser efectuadas no portal da escola.

Bando e a “Jangada de Pedra” 10 de Novembro. Trata-se de um texto de José Saramago, com encenação de João Brites e Rui Francisco, e música de Jorge Salgueiro. De quarta a sábado, às 21 horas, e aos domingos, às 17 horas.

DEPOIS de passagens pelo Festival Imaginarius e pelo Tatro S. Luiz, “Jangada de Pedra”, pelo Bando, apresenta-se agora na sua versão rural em Vale de Barris, em Palmela, de 30 de Outubro a

Nascimentos continuam em queda no distrito durante este ano

Roberto Dores Pub.

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012 tinha sido o ano em que menos bebés nasceram na região, mas os primeiros seis meses de 2013 trouxeram ainda piores notícias. Uma nova quebra de 10% traduz mais um recorde, significando que no distrito nasceram menos 50 crianças, no primeiro semestre de 2013, do que em igual período do ano passado, segundo dados do Programa Nacional de Diagnóstico Precoce (PNDP), responsável pelo teste do pezinho, feito a todos os bebés que nascem em Portugal. A emigração e o regresso a casa de imigrantes em idade fértil ajudam a justificar o preocupante fenómeno, segundo

admitem os investigadores. Redução ‘almofadada’ pelo peso demográfico Apesar da redução de nascimentos no distrito de Setúbal até ser das menores do país, a região representa um peso elevado nos números globais de Portugal, por concentrar muita população, segundo Laura Vilarinho e Paulo Pinho e Costa, que já compararam o número de testes feitos nos primeiros semestres de 2011, 2012, alertando que a natalidade caiu 6% entre 2011 e 2012 e 10% do ano passado para este ano.

Admite Laura Vilarinho que esta queda acentuada em Setúbal não corresponda a uma perda de fertilidade da população, umas das preocupações dos investigadores, sendo antes o reflexo da emigração acentuada, «incluindo o regresso de imigrantes aos países de origem nos últimos anos» . Filomena Mendas, presidente da

Associação Portuguesa de Demografia, admite que a explicação é plausível, já que nesta região, como em Lisboa e Algarve, grande percentagem de bebés tinha, pelo menos, um progenitor de nacionalid a d e estrangeira.

DR

O ano passado já tinha sido o de menor natalidade registada nos hospitais da região, mas os sinais dos primeiros seis meses deste ano são ainda piores. Menos dez por cento do que no período homólogo.

Carmo Jardim Profissional do Ano

Contas feitas até ao primeiro trimestre dão menos 50 nascimentos

CARMO Jardim, Relações Públicas da Volkswagen Autoeuropa, vai ser distinguida no próximo dia 30 deste mês com o título de Profissional do Ano. O galardão vai ser entregue pelo Rotary Club de Palmela, durante um jantar festivo de homenagem que terá lugar na pousada do Castelo de Palmela, a partir das 20 horas. Este título tem vindo a ser atribuído a personalidades de Palmela que se tenham evidenciado nos seus serviços em prol da comunidade.


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Sábado // 26 . Out . 2013 // www.semmaisjornal.com

David Martins ganha na Grécia prémio internacional na área da vitreo-retinal

David Martins é um dos ‘filhos pródigos’ de Setúbal, cidade que pisou por amor aos 16 anos de idade. Em terras do Sado, empreendeu uma metamorfose na Associação de Socorros Mútuos, liderou o Hospital S. Bernardo na ampliação e renovação do edifício velho e ainda esteve no arranque do Hospor. Director do Serviço de Oftalmologia do Centro Hospitalar de Setúbal, vai amealhando, com a sua equipa, galardões científicos a nível nacional e internacional. ORIUNDO das terras quentes de Angola, David Martins, director do Serviço de Oftalmologia do Centro Hospitalar de Setúbal, é um apaixonado em tudo o que faz. Aportou em Setúbal atrás do seu primeiro amor e desde então o destino foi empurrando-o a ficar. O conceituado médico oftalmológico, que, recentemente, foi distinguido pelo Congresso Europeu de cirurgiões da especialidade na sequência da apresentação de uma inovadora técnica cirúrgica às membranas epirretinianas maculares, acabou o curso em 1976, mas só quatro anos após tirou a especialidade. «Com o 25 de Abril todos os clínicos antes da especialidade eram obrigados a fazer o chamado serviço médico à periferia e eu fi-lo em Sines e em Palmela. Acabou por ser um benefício pela experiencia adquirida em clínica geral e não me arrependo», diz ao Semmais. Só dez anos mais tarde segue a sua paixão médica e acaba a especialidade «com um 17», uma das melhores do país. E por isso segue o experiente Ferraz de Oliveira, uma espécie de patrono, no hospital Egas Moniz, que acumula com o cargo de assistente na Universidade Nova de Lisboa, durante sete anos. «Já nessa altura as minhas raízes estavam em Setúbal, onde vivia. E, nesse entretanto, antes da especialização já tinha feito um estágio de um ano no Hospital S. Bernardo», explica.

Fotos: DR

«O destino fixou-me em Setúbal até agora»

O trabalho de David Martins encurta tempo de cirurgia em técnica inovadora

Equipa de excelência composta Na liderança de uma equipa de jovens médicos, David Martins orgulha-se de, a par do serviço de rotina do seu departamento, incutir também uma «cultura de investigação». Não é em vão que no próximo congresso nacional da especialidade, marcado para os primeiros dias de Novembro, o núcleo de oftalmologia do Centro Hospitalar de Setúbal vai apresentar doze trabalhos. «São realizados nas horas vagas e mesmo aos fins-deA obra e o sonho dos Socorros Mútuos Mas a sua ligação à cidade e aos setubalenses é mais antiga. Já no Egas Moniz, abraça o desafio de lançar as bases para a revolução que veio a travar na Associação de Socorros Mútuos de Setúbal. Tinha 33 anos de idade, pleno de sonhos e muita garra. Vivia-se os anos 80 e David Martins numa ida a Londres toma conhecimento de um tipo de mutualismo que estava em crescendo. «Em Portugal, com a força do Serviço Nacional de Saúde, o mutualismo estava a perder força, porque se dedicava em exclusivo ao apoio na doença. E a associação de Setúbal estava em crise. Foi com essa visão de mudança que, como presidente da Associação, lancei a construção do Centro de Dia e uma mudança radical na instituição, com apoio do padre Vitor Melícias», relembra o médico. Foram onze anos como timoneiro dos Socorros Mútuos de Setúbal, numa ligação que ainda não se perdeu por completo, mantendo-se como presidente da Assembleia-Geral e em sintonia completa com as diversas direcções que ajudou a seguir o mesmo rumo.

semana», explica o director de serviço. E a ideia é manter este «estimulo e motivação». Em 2008 a equipa do S. Bernardo ganhou um terceiro lugar no “Rastreio Visual Pediátrico pelo Ortopedista”, num evento organizado pela Associação Promotora do Desenvolvimento Hospitalar. A equipa que, segundo David Martins, deverá estar completa com dez clínicos em Janeiro do próximo ano, conta com dois jovens médicos mestrados. O desafio da mudança no Hospital de S. Bernardo Reeleito sucessivamente em quatro mandatos, o destino de David Martins convoca-o para outro desafio ainda de maior dimensão. Em 1996 é convidado para assumir a direcção do Hospital de Setúbal, sucedendo a Lemos Cabral e com a incumbência de tomar a peito a ampliação daquela unidade. «Lembro-me que o convite foi esboçado em Alcácer do Sal, numa conversa entre o padre Melícias e a então ministra Maria de Belém. O trabalho e a experiência da obra mutualista foram decisivos. O hospital S. Bernardo padecia de uma imagem negativa junto da opinião pública e havia a ampliação a concretizar, mediante apoios da OID (Operação Integrada de desenvolvimento da Península de Setúbal) e do Estado. Foi um trabalho muito árduo, sobretudo no período de ocupação da ampliação, em que tivemos que lidar com um edifício novo e uma parte velha que foi posteriormente renovada não sem alguma tensão», diz David Martins.

O médico foi director do S. Bernardo

Prémios para uma oftalmologia de excelência na região O prémio ganho por David Martins durante o European Vitreo-Retinal Surgeons, que decorreu na Grécia, é um orgulho para o sector em Setúbal. O clinico de Setúbal apresentou um vídeo na área vítreo-retiniana, que encurta o tempo da cirurgia de forma significativa com uma performance técnica inovadora. «Tratam-se de casos muito complexos e muitas vezes gravíssimos, nomeadamente perante situações de diabetes e com deslocamentos de retina. Esta intervenção pode impedir a cegueira ou mesmo a recuperação da visão», explica o médico. No hospital de Setúbal já foram operados cerca de uma vintena de doentes com este tipo de problemas e com sucesso. Nesta subespecialidade, David Martins está no topo dos melhores, mercê da sua intensa busca pela excelência e qualidade de procedimentos. O clínico conta já com outros prémios nacionais e internacionais, incluindo vários mestrados, num reputado instituto médico de Barcelona.

Sobretudo porque, lembra não sem alguma emotividade, havia um grupo de colegas médicos que defendiam que «um novo hospital e não uma remodelação da parte velha». Foi um período complicado, mesmo penoso. «A minha visão é que depois do investimento feito na

ampliação, não fazia sentido exigir uma obra de raiz, sob pena de deixar durante anos a parte velha sem requalificação. Foi preciso decidir e julgo que o fizemos de forma adequada, porque hoje temos um hospital com qualidade e não, como ocorria à época, uma parte nova e outra desadequada naquilo que é o serviço de qualidade aos doentes e aos utentes regulares», afirma, com convicção». Foram sete anos na liderança do hospital, com outros problemas nas mãos, uma vez que parte dos novos médicos apenas queriam exercer actividade nos grandes centros, como Lisboa, Porto e Coimbra. «Havia esse problema, embora este hospital tivesse sempre tido médicos de excelência, embora em número reduzido», o que comprometia, na óptica de David Martins «uma dinâmica mais consentânea com a dimensão e a importância do Hospital de Setúbal». Com a missão cumprida, o médico tem hoje a consciência de que o actual Centro Hospitalar de Setúbal ainda podia ir mais longe. Primeiro o Garcia de Orta, a norte, e recentemente o Hospital do Litoral Alentejano, a sul, retiraramlhe peso. «O Centro Hospitalar de Setúbal devia ser o eixo central da saúde neste território. Não se percebe porque que os doentes de Alcácer, que estão a menos de meia hora de Setúbal tenham sido deslocados para Santiago do Cacém, e na maior parte das vezes, por escassez de meios e de especialidades dessa unidade, tenham que seguir para Évora», questiona. A saída da direção hospitalar é assumida, no entanto, como uma dádiva. David Martins está de regresso ao que verdadeiramente gosta de fazer, trabalho médico puro-e-duro. «Ainda estava no S. Bernardo, quando fui convidado para dirigir o projecto da Hospor (hoje hospital de S’antiago) e por estar ainda ao serviço do S. Bernardo não pude aceitar em tempo útil», lembra. Mas esteve no arranque dessa nova unidade privada e participou «activamente no seu desenvolvimento inicial», tendo sido o primeiro director do serviço de oftalmologia logo que cessou funções na direção do hospital de Setúbal. Hoje, orgulha-se destas missões ao serviço de Setúbal e da saúde no concelho. E há quatro anos como director do serviço de oftalmologia do Centro Hospitalar de Setúbal não desarma em nome da excelência. «Estamos como uma equipa de grande competência e queremos ser uma referência a nível nacional», finaliza.


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Sábado // 26 . Out . 2013 // www.semmaisjornal.com

ACTUAL

Região tem 275 mil habitantes sem ocupação e está a caminho do recorde Quase um terço da população do distrito ficou refém da austeridade e anda ao ‘deus-dará’. Os números revelam que a região está a aproximar-se da taxa de inactividade registada em 1981.

Os Censos mostram outro pormenor preocupante no distrito, segundo o qual na última década aumentou significativamente o números de inactivos face aos activos. Os dados do INE indicam que por cada cem pessoas que trabalham no distrito de Setúbal existem 72,3 sem qualquer ocupação. Em 1981 a relação chegou a ser de 81,4 para cem, mas 2001 era de 65,1 inactivos por cada cem activos. A entrada das mulheres no mercado de trabalho foi decisiva na melhoria das estatísticas.

O desespero começa a ser um caminho penoso para os desempregados

Falta de confiança está a atingir o pleno

Pub. CARTÓRIO NOTARIAL DE SETÚBAL NOTÁRIA MARIA TERESA OLIVEIRA Sito do Cartório na Avenida 22 de Dezembro nº 21-D em Setúbal. Certifico, para efeitos de publicação que no dia vinte e um de Outubro de dois mil e treze, neste Cartório, foi lavrada uma escritura de justificação, a folhas 122 do livro 260 – A, de escrituras diversas, na qual: Leonilde de Nazaré Ferreira Pinho Loureiro, viúva, residente na Rua do Caçarino, CCI 6504, em Palmela, contribuinte número 162900228 e Maria Madalena Pinho Loureiro Jorge, casada sob a comunhão de adquiridos com Luís Miguel Cavaleiro Jorge, residente na Rua do Caçarino, CCI 6504 em Algeruz, Palmela, contribuinte número 211411280, justificaram a posse, em comum e sem determinação de parte ou de direito, invocando a usucapião de um Prédio rústico, com a área de sete mil cento e oitenta e sete virgula cinquenta metros quadrados, composto de terras de semeadura, vinha e árvores de fruto, sito em Algeruz, freguesia e concelho de Palmela, que confronta do norte com Maria de Fátima Loureiro Relvas Serafim, do sul com Domingos da Silva Loureiro, nascente com Rua do Caçarino e do Poente com Rua José Mestre, inscrito na respectiva matriz sob parte do artigo 36 da Secção O, a desanexar do prédio descrito na Conservatória do Registo Predial de Palmela sob o número seis mil quinhentos e oitenta e quatro, da referida freguesia; e Maria de Fátima Loureiro Relvas Serafim, casada sob o regime da comunhão de adquiridos com Lúcio Manuel Bastos Loureiro, residente em Algeruz, CCI 6520, em Palmela, contribuinte número 178913197, justificaram a posse, em comum e sem determinação de parte ou de direito, invocando a usucapião de um Prédio rústico, com a área de sete mil cento e oitenta e sete virgula cinquenta metros quadrados, composto de terras de semeadura, vinha e árvores de fruto, sito em Algeruz, freguesia e concelho de Palmela, que confronta do norte com Saul Pereira, do sul com Herdeiros de Armando da Silva Loureiro, nascente com Rua do Caçarino e do Poente com Rua José Mestre, inscrito na respectiva matriz sob parte do artigo 36 da Secção O, a desanexar do prédio descrito na Conservatória do Registo Predial de Palmela sob o número seis mil quinhentos e oitenta e quatro, da referida freguesia. Está conforme. Cartório Notarial sito na Avenida 22 de Dezembro número 21-D em Setúbal, 21 de Outubro de 2013. A Notária, Maria Teresa Oliveira

Aliás, para Carlos Silvas começa a justificar-se separar o que é um desempregado de uma pessoa sem emprego, alegando que «milhares de homens e mulheres perderam a confiança e não vão conseguir aprender outras actividades. O que tornas as coisas ainda mais preocupantes». Voltando às estatísticas, é preciso regressarmos a 2001 para nos cruzarmos com a maior prosperidade. A taxa de inactividade estava fixada nos 33,4, o que traduzia 238643 pessoas sem ocupação no distrito. Segundo o INE, é o Barreiro

que regista a maior taxa de inactividade do distrito, superando a média regional dos 35,3, chegando aos 39,4. Era 37,2 em 2001. Já Alcochete e Montijo exibem valores abaixo da média, com 29,2 e 32,4 respectivamente. Por sexo, há 31,6% dos homens desocupados, mas eram 27,8 em 2001 e 19,1 em 1981. As mulheres garantiram um percurso inverso. 51,6 era a percentagem de mulheres inactivas em 1981, reduzindo a margem para os 38,7 em 2001, sendo este o valor que se mantém nos dias de hoje.

Manuel Medeiros

O CORPO do livreiro mais antigo de Setúbal, Manuel Medeiros, foi a enterrar na manhã de quinta-feira, no cemitério de Quinta do Conde, para ser cremado, depois de ter estado em câmara ardente no Convento de Jesus. Manuel Medeiros, de 77 anos, faleceu na madrugada de quarta-feira no hospital de S. Bernardo, em Setúbal, vítima de insuficiência respiratória. Nascido a 14 de Janeiro de 1936, em Água Retorta, freguesia do concelho de Povoação, na ilha de S. Miguel (Açores), Manuel Medeiros frequentou o seminário de Angra do Heroísmo, tendo vindo para Lisboa em 1968. Em Ponta Delgada foi professor, e em Lisboa foi jornalista, nomeadamente para uma revista entre 1968 e 1969. Em 1969 fundou a sua primeira livraria em Lisboa, “Nosso Tempo”, juntamente com outros sócios. Em 1971 foi viver para Setúbal e em 1973 fundou a livraria Culsete. Deixou algumas obras escritas. A livraria Culsete comemorou no passado dia 1, 40 anos de actividade.

Roberto Dores

Liga dos Amigos oferece equipamentos ao Hospital de Setúbal A LIGA dos Amigos do Hospital de S. Bernardo, mesmo em tempo de crise, vai oferecer ao Centro Hospitalar de Setúbal, um equipamento de Ecocardiografia, duas cadeiras de terapia e duas camas pediátricas, aos serviços UCI, Imuno-Hemoterapia e Pediatria, respectivamente. Além destas prendas, a Liga está a «desenvolver diligências», junto de potenciais mecenas, para oferecer equipamento aos serviços de Gastro, Urologia e de Ginecologia/Obstetrícia. Cândido Teixeira, líder da referida Liga, com mais de 80 mil horas por ano, ao serviço do doente, gaba a entrega do corpo de voluntariado e dos mecenas da região para a concretização de importantes projectos. Cândido Teixeira destaca, para o futuro, o reforço ao apoio de eventos internos e externos, nomeadamente na formação e na divul-

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grave para as famílias e empresas que se acentuou em 2007», sublinha, destacando o impacto negativo da «recessão global e da crise europeia que tem quase esmagando o mercado de trabalho no mundo desenvolvido». Para o especialista residente no Seixal, «não é de estranhar que a região regresse às preocupações que já tinha tido na década de 80», numa altura em que «além de não haver emprego, temos uma parcela significativa de habitantes que deixou de procurar trabalho».

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72 «parados» por cada cem que trabalham

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A CRISE que atravessa o distrito não dá tréguas às estatísticas, quase reféns da austeridade. O mais recente dado dos tempos de “vacas magras” indica que a região se está aproximar da taxa de inactividade registada em 1981. Há 35,3% da população da península no inactivo, quando há 30 anos esse valor chegou aos 35,6. Ou seja, tomando em linha de conta os actuais 779399 habitantes oficiais da região, significa que 275127 pessoas não têm qualquer ocupação. Em 81, para um total de 584648 residentes, existiam 208134 que estavam inactivos. Os números sobre o aumento da designada Taxa de Inactividade - que permite definir a relação entre a população inactiva em idade activa (com 15 ou mais anos de idade) e a população trabalhadora - são revelados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) e espelham, na opinião do sociólogo Carlos Silva, os efeitos do envelhecimento, mas, sobretudo, da crise financeira. «Está em causa um problema

Dono da Culsete morre aos 77 anos

Cândido Teixeira, à direita, é o presidente da LAHSB

gação do que de melhor se faz no Centro Hospitalar de Setúbal. «Pretendemos aperfeiçoar a articulação com o serviço de Gestão e Formação do Centro Hospitalar de Setúbal, com vista à elaboração do protocolo de formação para voluntários ou outros formandos», afirma Cândido Teixeira. Na demonstração de resultados

por valência de 2012 para 2013, o líder refere que os custos com as actividades do serviço de voluntariado aumentaram «substancialmente», em especial no “Café com Leite”, fornecido pela Liga/Centro Hospitalar e cuja distribuição é gratuita, que é feita pelos voluntários em mais de 20 serviços do Centro Hospitalar de Setúbal.


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Sábado // 26 . Out . 2013 // www.semmaisjornal.com

A Quinta do Piloto, localizada em Palmela, pertencente à família Cardoso, uma das mais antigas famílias de Palmela, com tradição na produção de grandes vinhos, lança-se agora na produção de vinhos engarrafados e na remodelação desta adega histórica.

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Adega Quinta do Piloto estreia-se nos vinhos engarrafados

Filipe Cardoso, da Sivipa, é o impulsionador do novo projecto

provas de vinhos, um espaço museológico e alojamento de turismo rural. «É uma adega com um miradouro esplêndido sobre Lisboa e penso que o espaço reúne todos os atractivos para trazer aqui muitos turistas para apreciarem os bons vinhos e a própria natureza», frisa. Questões de «partilhas familiares» só agora permitiram avançar para um projecto desta envergadura, conta Filipe Cardoso, que está esperançado no sucesso do projecto. «A família uniu-se e decidiu avançar para um projecto de vinhos de qualidade. Queremos entrar no mercado dos nichos, nos brancos e nos tintos. É um projecto diferente e penso que tem todas as pernas para andar». A adega lançou este ano, os primeiros engarrafamentos, nomeadamente uma edição limitada da Quinta do Piloto Collection Roxo, elaborada a partir de uma casta singular, que há alguns anos atrás esteve em vias de extinção, e um vinho branco de «grande qualidade», fermentado em barrica, à base das castas Antão Vaz, Arinto, Fernão Pires e Roupeiro. Os produtos podem ser adquiridos na Casa da Baía, nos hipermercados Jumbo e em restaurantes da região.

A ADEGA Quinta do Piloto, de inícios do século passado, propriedade da família Cardoso, que sempre produziu vinho a granel, estrou-se agora na produção de vinhos engarrafados. Actualmente é a quarta geração que assegura e lidera os destinos da empresa. Localizada na Serra do Louro, em Palmela, esta adega, que já chegou a produzir 4 milhões de litros de vinho por ano, reduziu nos dias de hoje a sua produção para metade. O sócio gerente Filipe Cardoso, que relembra que a adega foi construída pelo seu bisavô Humberto Cardoso, refere que a adega Quinta

do Piloto fornecia as casas da região com o seu «afamado» vinho a granel. «Com este projecto pretendemos que os melhores vinhos desta grande produção sejam lançados com as nossas marcas. Se calhar somos a única empresa da região a ter perto de 20 hectares apenas de vinhas velhas, as quais dão origem a grandes vinhos», sublinha Filipe Cardoso. Além disso, na própria quinta estão plantadas 4 hectares de vinha de Moscatel de Setúbal, que onde têm saído moscatéis «bastante frutados». A Sivipa tem ido buscar às vinhas da Quinta do Piloto os seus moscatéis de excelência. «O moscatel da

PS e PSD/CDS ‘chumbam’ executivo

Chuvas fortes deixam distrito em alerta

Projecto turístico de qualidade A adega, inserida na área do Parque Natural da Arrábida, tem em mãos um processo de remodelação das instalações, que deverá contar com um apoio da Adrepes. As obras, que deverão arrancar em 2014, compreendem a criação de uma loja de vinhos, um espaço para

António Luís

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A OPOSIÇÃO na União de Freguesias de Setúbal chumbou a proposta de executivo apresentada pela CDU após a posse dos eleitos à assembleia de freguesia. PS e a coligação PSD/ CDS recusaram por duas vezes a lista proposta para o executivo, composta com eleitos da força mais votada, por esta «não espelhar» a vontade da população e a ameaça de eleições intercalares é um factor a considerar nesta freguesia da capital de distrito. Os resultados de dia 29, na nova União de Freguesias de Setúbal, que congrega as antigas freguesias de Anunciada, Santa Maria e São Julião, ditaram uma vitória da CDU, encabeçada por Rui Canas, com uma diferença de 82 votos em relação ao PS. Até ao início da próxima semana, o actual presidente deverá estabelecer reuniões na tentativa de chegar a um acordo que permita a governabilidade e que não coloque em causa os interesses da população. Se esse entendimento não acontecer e se não for aprovado um executivo, a lei prevê a realização de eleições num prazo de seis meses.

AS FORTES chuvas que se fizeram sentir na noite de quartafeira e na madrugada seguinte provocaram dezenas de inundações, um deslizamento de terras e várias viaturas imobilizadas no distrito de Setúbal. Apesar de todo o distrito ter sido afectado, as zonas onde se registaram maiores problemas e mais ocorrências foram os concelhos de Setúbal e Almada, com especial destaque para a Costa de Caparica. Segundo fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro «a Costa da Caparica foi uma das zonas mais afetadas pela chuva intensa, que provocou inundações em diversas zonas baixas, causando prejuízos significativos em muitas viaturas estacionadas na via pública e que ficaram parcialmente submersas.» O mau tempo provocou também um deslizamento de terras na zona da Foz do Rego, em Almada, obrigando ao corte de uma estrada, mas não provocando qualquer tipo de vítimas. Segundo a Câmara de Almada, no concelho registaram-

Sivipa era todo oriundo, e continua a ser, da Quinta do Piloto. Todos os anos guardávamos um bocadinho desse moscatel para consumo próprio familiar», relembra o enólogo da Sivipa.

Águas do Sado ganha Selo de Qualidade

Descarrilhamento no Poceirão

se perto de seis dezenas de ocorrências na sequência da chuva e vento fortes. No Seixal, a chuva deixou intransitável a EN-378, perto de Fernão Ferro. Em Setúbal, os sapadores foram chamados a acudir dezenas de inundações, quer em estabelecimentos comerciais quer em casas de habitação, em diversas zonas da cidade. A intensidade da chuva ajudada pela maré ainda a descer provocaram cheias em algumas zonas baixas da cidade

tendo levado, inclusivamente, ao corte do túnel do Quebedo para evitar situações de maior perigo para os automobilistas. A avenida da Portela e o Bairro da Liberdade foram também fortemente afectados pela chuva intensa. Só perto da uma hora da madrugada, altura em que se verificou a baixa-mar começaram a diminuir os pedidos de socorro. Muitas das inundações verificadas em habitações acontecem por descuido dos moradores. Apesar dos avisos constantes da protecção civil, ainda são muitos os populares que não procedem ao desentupimento dos algerozes atempadamente. Em zonas consideradas críticas, a situação tornase ainda mais grave. Ainda no Poceirão em Palmela, um vagão de um comboio descarrilou, levando à queda de uma cisterna com 30 toneladas de amoníaco. Segundo o CDOS, não houve feridos a lamentar, nem fugas a registar daquele produto. Marta David

A ÁGUAS do Sado foi distinguida pela Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos com o Selo de Qualidade Exemplar da Água para Consumo Humano 2013. Este galardão foi atribuído pela primeira vez no corrente ano e pretende evidenciar as entidades prestadoras de serviços de abastecimento público de água que no último ano de avaliação regulatória tenham assegurado uma excelente qualidade da água distribuída. Orgulhosa com a distinção, Ana Oliveira, directora geral da Águas do Sado, refere que «dispor de água potável em casa, todo o ano, em adequadas condições de fiabilidade, continuidade e pressão, constitui um conforto ao qual, felizmente, os setubalenses já se habituaram», acrescentando, «É neste sentido que a nossa equipa de profissionais se empenha diariamente, de forma a garantir a si, à sua família e a toda a população do concelho de Setúbal, os mais elevados níveis de atendimento e de qualidade do serviço que lhe prestamos, promovendo desta forma uma maior qualidade de vida para todos». Durante todos os dias do ano, a Águas do Sado produz cerca de 630 litros de água por segundo, para que a população tenha sempre água fresca e de qualidade em casa. A Estação de Tratamento de Águas Residuais de Setúbal tem uma capacidade para tratamento de águas residuais equivalente a 253 mil habitantes. O Sistema de Abastecimento de Água do concelho de Setúbal é constituído por sete origens principais, cinco em Setúbal e duas em Azeitão, num total de 20 furos, com uma capacidade de produção na ordem dos 673 litros por segundo. O Sistema integra ainda 8 estações elevatórias de água potável, 18 reservatórios, com uma capacidade de armazenamento total de 36 mil metros cúbicos e 708 quilómetros de condutas. A rede de abastecimento assegura uma taxa de atendimento na ordem dos 99 por cento, servindo uma população estimada em cerca de 120 mil habitantes. Toda a água destinada a abastecimento público é de origem subterrânea, sendo captada entre os 80 e os 300 metros de profundidade, no aquífero “Mio-Pliocénico do Tejo e Sado”. um enorme reservatório natural, o maior a nível nacional, com mais de 8 mil quilómetros quadrados de superfície.


CULTURA Sábado // 26 . Out . 2013 // www.semmaisjornal.com 8

A palavra dos poetas em Alcochete O FORUM Cultural de Alcochete recebe este sábado, dia 26, às 21h30, o espectáculo designado de poético de largo espectro “Adversus”, pela Andante Associação Artística, com

encenação de Cristina Paiva e Fernando Ladeira. Cristina Paiva, em palco, irá dar-nos o prazer de dizer o Mundo com as palavras dos poetas. Há bilhetes a 4 e a 5 euros.

Fabi Lima grava disco de estreia autobiográfico António Luís

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VINHOS DA REGIÃO DE SETÚBAL Esta semana a nossa proposta para a descoberta de novos vinhos, sugerimos VENÂNCIO COSTA LIMA - PALMELA DO Esta adega produz algumas referências de vinhos, que vão desde Vinhos de Mesa até aos Vinhos Certificados (com Denominação de Origem) e ainda o famoso Moscatel de Setúbal.( Melhor Moscatel do Mundo ) VENÂNCIO COSTA LIMA - PALMELA DO representa o cruzamento entre o saber tradicional a as modernas técnicas de vinificação. Elaborado a partir da casta mais tradicional da região - Castelão (Periquita) - este é um vinho com aroma intenso com notas de frutos vermelhos e especiarias e com final de prova prolongado. QUEM ESTEVE POR CÁ...

Almoço da D. R. de Setúbal do BES Nota: Informamos os nossos clientes e amigos que a partir de 26 de outubro, iremos dar início ao “Festival de Caldeirada Casa Do Peixe”. Todos os sábados e domingos até ao final do ano Tacho para dois - 15€ / Tacho para três - 20€ / Tacho para quatro 25 €. De terça a sexta continua ao vosso dispor o prato do dia (menu completo:7.50€) Consulte a nossa página de facebook todos os dias.

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Semmais - Quer falar-nos um pouco sobre este seu trabalho de estreia? Fabi Lima – “Amor de Verão” é um disco pop com doze músicas originais, com músicas e letras de minha autoria. É um sonho de infância. Este trabalho fala do amor alegre e positivo. São histórias de amor que eu vivi e outras que oiço no dia-a-dia. Este disco tem muito de mim. Cada música é uma história com sentido. O tema que dá título do álbum fala de um grande amor de Verão que eu vivi nas férias, há algum tempo atrás (risos). Quem é que na vida não viveu já um amor de Verão? Penso que toda a gente já viveu uma vez. Como nasceu a sua paixão pela música? A minha paixão pela música nasce por influência do meu pai que, como eu, tocava guitarra, e isso motivoume a escrever as primeiras histórias de amor que agora canto em “Amor de Verão”. Infelizmente, já perdi o meu pai, há cerca de 4 anos. Ele era português, tocava guitarra como amador e adorava o Roberto Carlos. A música sempre fez parte da minha família. Este disco é uma homenagem ao meu pai. Que conhecimentos tem de música? De há quatro anos a esta parte comecei a ter aulas de guitarra e depois vol-

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abi Lima é a nova sensação da música pop brasileira. “Amor de Verão”, o seu primeiro disco, está recheado de doze canções, de sua autoria, baseadas em histórias de amor que viveu. A residir no concelho de Sesimbra, a artista não esconde que não vai largar mais a música. O disco de estreia, que está a ter boa aceitação do público, pretende ser uma homenagem ao pai que também tocava viola.

Fabi Lima apresentou disco de estreia na FNAC do Vasco da Gama

tei a compor. Eu comecei a compor aos 14 anos. Sempre gostei de dançar e da vida artística. Participava em todos os eventos da escola mas nunca pensei em cantar. E antes da vida artística, a que se dedicava? Estudei enfermagem, nos Estados Unidos. Depois vim para Portugal. Sempre tive vontade de conhecer Portugal, a terra dos meus avós. Estou há seis anos em Portugal. Já residi em Lisboa e, agora, estou a morar na Quinta do Perú, que pertence ao concelho de Sesimbra, há quase três anos. É uma zona muito bonita e calma. Gosto muito. Qual é o seu grande lema? O meu grande lema é ser feliz. E a música é o caminho. Tem tido o apoio da família? São os meus primeiros fãs. A minha mãe, que está no Brasil, está muito contente por eu estar a fazer esta homenagem ao meu pai. Além disso, estou a ter um retorno do público mui-

to bom. Não esperava. Estou mesmo muito feliz. Como foi a experiência de ter actuado este ano ao lado de João Lucas e Marcelo, no pavilhão Atlântico, e de ter participado no Festival Brazilian Day, em Algés? Foi fantástico. Fiquei muito feliz quando recebi esse convite do meu agente. Actuar no pavilhão Atlântico, no começo de carreira, é muito bom. Em Algés, actuei ao lado de muitos artistas internacionais. Foi o máximo, foi muito bom. Em termos de referências musicais… O Bryan Adams é a minha referência musical da música pop. Desde muito nova que sempre gosto de um som muito forte… Quando o ouço fico sempre emocionada. Mas eu gosto musical muito variado, gosto de tudo. E o seu grande sonho, na música, qual é? Quero mostrar o meu trabalho, de norte a sul de Portugal, inclusive em Viseu, na terra dos meus avós. Cada dia é um passo, não tenho pressa. Penso que fiz este meu primeiro disco com muita calma, amor e carinho, sem pensar em grandes retornos. A música é algo que me completa e me faz feliz. Pode dizer-se que jamais se vai divorciar da música? A música completa-me bastante. Realmente, não consigo viver mais sem compor nem deixar de pensar numa letra, numa música. Eu acordo e adormeço a pensar na música (risos).


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Cartaz...

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Sábado // 26 . Out . 2013 // www.semmaisjornal.com

Maestro Rui Serôdio

Vitorino fecha Mês da Música

Homenagem a Rui Serôdio

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Teatro João Mota, Sesimbra | 21h30.

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Teatro, dança e multimédia Em “Regressar Leva Sempre Muito Tempo”, um espectáculo de teatro, dança e multimédia, conta a história de Alguém, um protagonista sem nome destituído da memória de quem é ou terá sido e sem saber como nem porquê encontra-se Algures. Teatro Joaquim D’ Almeida, Montijo | 21h30. Sábado

Recordar incêndio em teatro A peça “Baquet” relembra o trágico incêndio ocorrido num teatro do Porto, em 1888. É uma homenagem às suas vítimas e ao hotel com o seu nome que se situava no local.

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Auditório António Chaínho, S. Cacém | 21h30. Sábado

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Marionetas de Madragôa “Adormecida” é o espectáculo, pela Marionetas da Madragôa, concebido a convite da Companhia Limite Zero para o Kiosque das Marionetas, no âmbito da Guimarães 2012 – Capital Europeia da Cultura. Auditório do Pinhal Novo | 16 horas.

Ganhe convites para “Grande Revista” Temos convites duplos para oferecer aos nossos leitores para assistirem à popular revista “Grande Revista à Portuguesa”, de Filipe La Feria, em cena no Teatro Politeama, em Lisboa, que continua a ser um sucesso de bilheteira. Para se habilitar aos convites duplos, para este espectáculo protagonizado por Marina Mota, João Baião e Maria Vieira, basta ligar para o 918 047 918 e solicitar a sua oferta.

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MOMENTOS da vida e da colaboração artística de Rui Serôdio com vários artistas e instituições culturais de Setúbal são partilhados num espectáculo de homenagem ao maestro, pianista e compositor, este sábado, às 21h30, no Fórum Luísa Todi. A passagem de Rui Serôdio pelas diferentes instituições com as quais colaborou, bem como o papel preponderante que teve na afirmação da cultura setubalense são evocados no espectáculo, com início às 21h30, que inclui apontamentos nas vertentes de música, dança e poesia. Vários agentes culturais do concelho e personalidades artísticas marcam presença em “Setúbal Homenageia Rui Serôdio”, iniciativa organizada pela Câmara Municipal, que assinala a vida e obra do maestro, pianista e compositor, dois anos após o falecimento, a 22 de Outubro de 2011, aos 74 anos. O espectáculo, num cruzamento do trabalho de Rui Serôdio com produções artísticas desenvolvidas por instituições do concelho, inclui vários momentos musicais, centrados em temas trabalhados ou da autoria do músico, nomeadamente os hinos originais da Feira de Sant’Iago e da Universidade Sénior de Setúbal. A leitura de excertos do livro “Je suis le pianiste – A vida e a música de Rui Serôdio”, escrito pelo editor e produtor Jorge Calheiros, é outro dos momentos altos no espectáculo, com a duração de perto de duas horas, que inclui o visionamento de um filme sobre o maestro, pianista e compositor. Participam na iniciativa a Academia de Dança Contemporânea de Setúbal, a Associação Cultural Sebastião da Gama, o Conservatório Regional de Setúbal, o coro municipal “Afina Setúbal”, do qual Rui Serodio foi o primeiro maestro, e o Teatro Estúdio Fontenova e Teatro Animação de Setúbal. A fadista Piedade Fernandes, a artista plástica Pólvora da Cruz e o cantor Cláudio Nunes também marcam presença no espectáculo, com um custo de três euros. Um euro do valor de cada bilhete reverte a favor do Externato Rumo ao Sucesso. Rui Serôdio, natural de Lisboa, participou em projectos sobre Bocage e Sebastião da Gama, bem como na direcção do coro municipal “Afina Setúbal”, produziu álbuns, nomeadamente “O Fado e a Cidade” e compôs músicas para teatro.

Um dos mais importantes cantautores portugueses, com mais de 30 obras discográficas editadas, apresenta “Cantar e Contar Histórias”. Neste espectáculo, Vitorino faz uma retrospectiva de 36 anos de carreira, interpretando os seus maiores êxitos.

Ganhe discos da editora Espacial Esta semana temos para oferecer aos nossos leitores diversos CD´s da editora espacial, nomeadamente de Némanus (“O Melhor de Némanus”), José Malhôa (“O Boguinhas do Zé”), Rute Marlene (“Tu queres é facebook”), Suzana (“Voar”) e Maria Mendes (“Percursos”). Para se

habilitar aos discos apenas tem de nos ligar (918 047 918) ou mandar um email (passatempos.semmais@mediasado. pt) a solicitar o seu disco preferido. Não enviamos discos pelos CTT, pelo que os prémios têm de ser levantados nas nossas instalações em Setúbal.


Sábado // 26 . Out . 2013 // www.semmaisjornal.com 10

Governabilidade assegurada O PRESIDENTE da Câmara de Grândola, Figueira Mendes, chegou a um acordo com o movimento de independentes “Grândola Melhor”, encabeçado por António Candeias, para assegurar a governabili-

dade da autarquia nos próximos quatro anos. Desde que foi eleito presidente da autarquia, sem maioria absoluta, Figueira Mendes sempre disse que falar com todas as forças políticas, propondo pelouros.

PSD questiona Crato OS DEPUTADOS do PSD vão pedir esclarecimentos ao ministro da Educação sobre a paragem das obras na Secundária do Monte da Caparica. Os deputados estão preocupados com o atraso das obras

Vítor Proença toma posse na sua segunda autarquia, Franco e Humberto no último mandato

que se arrastam desde 2011. Nuno Matias considera que apesar das dificuldades orçamentais, é necessário agilizar o processo para que se possa concluir a fase de construção que já está mais adiantada.

Textos de Bruno Cardoso

Semana marcada por 8 tomadas de posse Os presidentes de todas as câmaras e assembleias municipais já foram formalmente empossados. A sexta-feira foi o dia mais agitado, com a tomada de posse de cinco presidentes, três deles à mesma hora. Vítor Proença, em Alcácer do Sal, foi o último a ser empossado. Em comum, dispararam críticas à austeridade e prometeram ajudar as populações nestes tempos de aperto.

Canta quer Montijo mais justo e solidário

O NOVO presidente da Câmara Municipal do Montijo, Nuno Canta, quer transformar o concelho nos próximos quatro anos num município mais «justo e solidário», com mais oportunidades e plenamente integrado na Área Metropolitana de Lisboa. Durante a cerimónia em que tomou posse como presidente, Nuno Canta referiu que o próximo mandato será «pleno de desafios ao nível da reabilitação urbana, do investimento na escola pública, nas creches, nas rwefeições e nos transportes escolares, no conforto para com os mais iodos e, finalmente, da cultura». «É tempo de construir uma estratégia local de desenvolvimento justo e sustentável que promova a competitividade, o crescimento, o emprego, a redução da pobreza e o indispensável equilíbrio das contas municipais», frisou. Essa estratégia, referiu Nuno Canta, terá de ser feita com os parceiros sociais, as universidades, os centros de produção e conhecimento, de criatividade, as empresas inovadoras, os agentes culturais e os cidadãos em geral. Nuno Canta sublinhou ainda a necessidade de ser lançado um processo de parceria com todas as freguesias do município, «corrigindo o absurdo da desprotecção dos territórios e das pessoas, uma consequência da agregação de freguesias, dotando-as de meios para que plenamente desempenham as suas competências». «A cidade e as freguesias são de todos, feitas por todos e com todos e é com todos que continuaremos a transformar o Montijo», referiu.

Beijinha procura desenvolvimento de Santiago

ÁLVARO Beijinha, que tomou posse como presidente da Câmara Municipal de Santiago do Cacem, quer que o município tire proveito futuramente do facto de estar próximo da plataforma industrial e logística de Sines, assumindo-se como principal pólo urbano do Alentejo Litoral. «É essa realidade regional que deve nortear o desenvolvimento do concelho, um desenvolvimento que seja feito através da coesão com os municípios vizinhos e não apenas municipalista», acrescentou. O edil considera que esse desenvolvimento poderá ser alcançado através da qualificação dos parques empresariais do município, do turismo , do empreendedorismo e do aproveitamento dos recursos endógenos que estimulem actividades como a agroindústria, a agricultura, a silvicultura e a pecuária. «O desenvolvimento faz-se a nível ambiental, com a qualificação dos sistemas de recolha e tratamento de águas residuais, e a nível social, através do aprofundamento do trabalho com as IPSS e juntas», referiu. Durante a sua tomada de posse, Álvaro Beijinha fez ainda questão de reforçar que o executivo não vai descurar os cuidados ao nível da saúde, educação, cultura e desporto.

Figueira Mendes quer auditoria às contas de Grândola

O NOVO presidente da Câmara Municipal de Grândola, Figueira Mendes, vai pedir uma auditoria externa às contas da edilidade para entender qual o caminho percorrido pelo anterior executivo até aqui, analisando «profundamente as contas, por forma a verificar qual é a situação de curto prazo e os meios financeiros com que se pode contar nos próximos meses». O anúncio foi feito pelo próprio na cerimónia em que tomou posse como presidente da autarquia. Na mesma ocasião, o autarca abriu à porta à reorganização dos serviços da edilidade, prometendo acudir às situações de pobreza mais prementes no município. O novo edil pretende ainda reparar algumas estradas e caminhos, defender os serviços públicos do município, melhorar os serviços de limpeza e iniciar os processos para a criação das áreas de reabilitação urbana de Grândola e de Melides. Figueira Mendes deixou ainda palavras de confiança, de esperança e de disponibilidade aos empresários e investidores do concelho, prometendo continuar a apoiar os investimentos e projectos em curso e a tudo fazer para conseguir a ampliação dos mesmos futuramente. Figueira Mendes pediu ainda esforços a todas as forças politicas para que sejam colocadas todas as divergências que separam os diferentes partidos, tendo em conta que muitas das propostas apresentadas na campanha eleitoral «até são coincidentes». «A situação complexa que atravessamos exige que nos unamos em torno dos interesses da nossa terra», enfatizou ainda Figueira Mendes.

Franco diz que Governo e crise limitam ambições

LUÍS Franco, que tomou pela terceira vez posse como presidente da Câmara de Alcochete, afirmou que as politicas dos últimos governos, aliadas à crise, vão limitar e as ambições para os próximos quatro anos de mandato. «A quebra nas receitas, a redução das transferências do Orçamento de Estado para 2014, a redução de 2 por cento dos funcionários municipais e a austeridade sobre a função pública colocam-nos perante um novo paradigma na gestão autárquica», lamentou. Apesar de reconhecer que o caminho «não será fácil daqui em diante», Luís Franco sublinhou o desejo de continuar a promover a regeneração do território, potenciando a dinâmica económica do concelho. Desse modo, assumiu o compromisso de desenvolver uma verdadeira agenda de desenvolvimento sustentável para o município, assente na valorização das potencialidades endógenas de Alcochete, e capazes de promover uma actividade turística e económica de qualidade. «É preciso mobilizar os agentes económicos para a requalificação das Áreas de Localização Empresarial do Concelho (Batel/Passil), avançar com o programa de regeneração urbana, promover o património natural, ambiental e paisagístico do concelho e implementar um programa de requalificação», concluiu.

Joaquim Santos quer melhor vida para munícipes

O NOVO presidente da Câmara Municipal do Seixal, Joaquim Santos, prometeu fazer tudo aquilo que estivesse ao seu alcance para melhorar a vida das populações numa altura em que o pais se «encontra destroçado na sua matriz económica». «É um pais encalhado, sem estratégia e sem rumo de desenvolvimento, que não dá esperança aos portuguesas, mas apenas a certeza de um definhamento social», acrescentou. Durante a cerimónia em que tomou posse como presidente da autarquia, Joaquim Santos sublinhou a intenção de o novo executivo ampliar a resposta do concelho às necessidades e anseios da população. Para tal, disse, o município vai continuar a lutar pela revogação das uniões de freguesias, aumentando em complementaridade a eficácia da sua acção, por via do melhoramento das formas de gestão autárquica e através da maximização dos recursos públicos colocados à disposição. Joaquim Santos prometeu ainda investir na criação de mais ciclovias no concelho, prosseguindo uma politica de alargamento da rede municipal de parques e jardins e, também, de hortas urbanas. E há reivindicações que continuarão em cima da mesa, relativamente à expansão do metro sul do Tejo, a concretização do projecto do Arco Ribeirinho Sul, a conclusão das obras da secundária João de Barros, a requalificação da básica Paulo da Gama e à construção das instalações da Divisão Policial do Seixal, do quartel dos bombeiros mistos de Amora e a secção destacada de Fernão Ferro dos bombeiros mistos do concelho do Seixal.

Fotos: DR

POLÍTICA


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Judas promete manter boa gestão autárquica

JOAQUIM Judas, o novo presidente da Câmara Municipal de Almada, quer manter o desenvolvimento harmonioso, solidário e eco eficiente do município, garantia que diz ser necessária para a obtenção de um futuro melhor para os munícipes. Para tal, é preciso que seja mantida a «boa» gestão autárquica deixada pela anterior presidente, Maria Emília de Sousa. «Almada dispõe de uma visão estratégica e de instrumentos de planeamento que lhe permitem encarar os desafios ambientais, urbanísticos e de qualidade de vida que se colocam às populações das grandes urbes do mundo contemporâneo», disse Joaquim Judas, durante a cerimónia em que tomou posse como presidente da autarquia. Na ocasião, o novo edil garantiu ainda que o município estará sempre do lado da liberdade, da cooperação e da solidariedade, «do valor da vida e do trabalho, do respeito pela natureza e do amor pelo próximo, da promoção da cultura e das artes, das memórias, dos patrimónios e das identidades». O presidente da Câmara Municipal de Almada piscou ainda o olho aos empresários, afirmando que o município é uma «terra aberta a todos os que queiram contribuir para a criação de riqueza e postos de trabalho». «Acreditamos na capacidade realizadora e na força transformadora do trabalho, da honestidade e da competência», sublinhou Joaquim Judas.

Humberto vai propor agenda metropolitana

CARLOS Humberto, reempossado pela terceira vez como presidente da Câmara Municipal do Barreiro, vai propor futuramente a construção de uma verdadeira agenda metropolitana, capaz de promover a coesão territorial das duas margens do Tejo, esbatendo as diferenças actualmente existentes, por forma a transformar a zona numa grande região euroatlântica. «Somos uma terra que se preocupa e intervém sobre o presente perspectivando o futuro, de Portugal, a região e de nós próprios», acrescentou. Na ocasião, o edil sublinhou também a necessidade de desencadear processos que aproximem os cidadãos da vida politica e das decisões estruturantes que mexem com o futuro do concelho, deixando em aberto a possibilidade de novas lutas serem encetadas com vista à reposição das 8 freguesias do concelho. Sem esquecer a importância da cultura, da educação, da cultura e da economia, Carlos Humberto frisou a necessidade de o serviço prestado pelo águas e pelos transportes colectivos do Barreiro ser melhorado continuamente. «Este é um período em que, exigentemente, temos que associar a visão estratégica de desenvolvimento para o concelho, com os objectivos de curto, médio e longo prazo e a definição de prioridades», resumiu.

“Toda esta destruição serve exatamente para quê?”

Proença quer dar protagonismo a Alcácer do Sal

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ada vez me custa mais ver o ataque despudorado da direita aos Governos Socialistas e em particular aos que foram liderados por José Sócrates. Eu sou daquelas que me orgulho de um Governo e de um Primeiro-Ministro que, sem preconceitos nem complexos de inferioridade, tinha a ambição de colocar Portugal em igualdade com o nível de vida e de progresso dos outros países da Europa. Sócrates defendia uma Escola Pública de qualidade em que todos e todas tivessem oportunidades iguais independentemente da sua situação económica, porque sabia que parte do desafio competitivo do país estava na formação das pessoas e na oportunidade que lhes era dada. Investiu nas Atividades de Enriquecimento Curricular, no Inglês no 1º Ciclo, nos computadores para todas as crianças, no programa de validação de competências para adultos, apostou no ensino superior, na ciência e na investigação. Priorizou o investimento nas energias renováveis e nas tecnologias de ponta, porque tinha a visão estratégica da necessidade imperiosa de maior autonomia energética e tecnológica para Portugal. Apostou no progresso e na defesa das Instituições, através da reforma da Segurança Social, através do alargamento da rede de equipamentos sociais, pugnou pela defesa dos direitos, liberdades e garantias com legislação como a que permitiu a despenalização do aborto ou o casamento entre pessoas do mesmo sexo. E então veio a crise. A crise que mais do que financeira trouxe associada uma cartilha ideológica escondida atrás de falsas promessas eleitorais, alicerçando-se num país que

VÍTOR Proença quer dar mais protagonismo a Alcácer do Sal apostando naquilo que considera que o concelho tem de melhor para oferecer: o turismo e a sua economia local. Durante a cerimónia em que tomou posse como presidente da autarquia, o edil prometeu valorizar os produtos locais, como o arroz, a batata doce, a pinha ou o pinhão), dar mais atenção à reabilitação da cidade antiga e ser proactivo quando for a altura de captar novos investimentos. «Este é o tempo dos projectos de alojamentos e da restauração, da biodiversidade, das barragens e das paisagens naturais», acrescentou. Vítor Proença agradeceu ainda na ocasião o facto de os alcacerenses terem votado pelo inicio de uma «nova caminhada», um trabalho que terá sempre no centro «o esforço para dar mais felicidade e um futuro melhor para toda a população do concelho». Alem de querer reforçar a aposta nos produtos endógenos, Vítor Proença prometeu valorizar ainda mais as tradições e a historia local, bem como a cultura, a saúde e o bem-estar das populações, especialmente as mais idosas e as mais jovens, que «têm de ter possibilidades de em Alcácer do Sal se fixar». «Vai ser o tempo em que vamos tratar tudo e todos por igual, fazendo deste o município o grande concelho do rio Sado», concluiu, o experiente edil, que nos últimos mandatos esteve à frente da Câmara de Santiago.

Catarina Marcelino Deputada do PS

tem dificuldade em sair da sua postura mentalmente periférica, muitas vezes de estética salazarenta, muito personificada por figuras como Cavaco Silva ou Pedro Passos Coelho, que promovem o Portugal a preto e branco, o Portugal pequenino e sem ambição. E o sonho de um Portugal verdadeiramente europeu, descomplexado e no centro do progresso esvaiu-se e quase que se anulou. Mas convém reafirmar que, mesmo com a crise, podia não ter sido assim, convém reafirmar que o país foi empurrado para a ajuda externa por via do programa de assistência da Troika, porque Passos Coelho quis assim, porque Passos Coelho escolheu não defender Portugal promovendo o chumbo do PEC IV, ajudado pela direita e pela extrema-esquerda, quando todas as entidades europeias estavam disponíveis para que Portugal não pedisse ajuda e fosse fazendo as reformas necessárias sem a ingerência na autonomia e independência do país. Sócrates, tal como aconteceu com Zapatero e Rajoy em Espanha, lutou para que não fosse assim, mas Passos e Cavaco traíram o país, dizendo que nada sabiam, e empurraram a nação para o buraco porque Passos Coelho fraquejou e cedeu de forma mesquinha à chantagem quando lhe disseram ou há eleições no país ou há eleições no PSD. Foi assim que aconteceu. E tudo isto para quê? Para que o desenvolvimento, o progresso e a igualdade entre cidadãos se torne, cada dia que passa, numa miragem e cada vez mais difícil de alcançar, para gáudio de uma minoria que há muito espreitava esta oportunidade.

CONSENSUALIZAÇÃO deve ter sido a palavra mais usada pelo presidente da Câmara Municipal do Montijo, Nuno Canta, durante a primeira reunião camarária do actual mandato. E tanto foi repetida que parece ter tido, para já, resultado: o executivo conseguiu definir os horários e a periodicidade das reuniões até ao final do ano, bem como as competências várias do presidente. Ainda assim, a discussão não foi pêra doce: Nuno Canta teve de ceder na hora das reuniões de câmara (passam das 17:30 para as 19 horas, mas mantêm-se às quartas-feiras) e ficou sem algumas competências

em matérias relacionadas com a urbanização e a edificação. As questões relacionadas com as Áreas Urbanas de Génese Ilegal são disso um bom exemplo. Terão agora de ser trazidas à discussão em todas as reuniões do executivo. «Nunca o Montijo precisou tanto de diálogo e de concertação como agora», sublinhava Nuno Canta, no começo da reunião camarária. Na ocasião, o edil reafirmou a necessidade de o PS, a CDU e o PSD chegarem a consenso em matérias diversas para garantir a governabilidade da autarquia e o desenvolvimento

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Oposição força PS a mudar horários de reuniões de câmara do Montijo

O cabo de trabalhos de Nuno Canta

do Montijo. «É com esse sentido de sabedoria, de prudência e de

justiça que tentarei governar o município», dizia o autarca. A maioria das propostas trazidas para cima da mesa nesta reunião camarária foram aprovadas com as abstenções dos comunistas e dos social-democratas, depois de Nuno Canta recordar que se tratavam de «propostas pacíficas e normais». Ainda não foi nesta reunião que se conheceu a distribuição dos pelouros pelos vereadores, nem o número de autarcas a trabalhar na autarquia a tempo inteiro. Oposição em maioria fica sem pelouros

Apesar disso, o Semmais sabe que apenas os dois vereadores do PS, Francisco Santos (que assume a vice-presidência) e Maria Clara Silva assumirão pelouros. O primeiro deve ficar com as pastas das Finanças, da Cultura e Desporto, do Turismo, dos Mercados e das Obras por Administração Directa. Já Maria Clara Silva ficará com os dossiês da Educação, Recursos Humanos e Acção Social. O Urbanismo e o Ambiente, entre outros, ficarão sob alçada directa de Nuno Canta. Bruno Cardoso


Sábado // 26 . Out . 2013 // www.semmaisjornal.com 12

Centenas de pessoas acorrem à aldeia de Quinta do Anjo para assistirem às iniciativas das festas que prestam homenagem a Nossa Senhora da Redenção que poupou a aldeia do terramoto.

257.ª Festa de Todos os Santos cumpre tradição António Luís

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Associação das Festas de Quinta do Anjo, com o patrocínio do município, promove, entre 1 e 3 de Novembro, a 257.ª Festa de Todos os Santos. De cariz religioso, a festa alargou os seus horizontes e apresenta um programa vasto, onde se destacam os espectáculos, o desporto e a promoção dos produtos tradicionais da freguesia de Quinta do Anjo. Tomé Martins, presidente da direcção das festas, realça que, embora com menos verba em comparação a 2012, as festas continuam a apostar na «qualidade e numa boa gestão das despesas». Sem grandes novidades, em comparação com a

edição anterior, Tomé Martins destaca a «a maior colaboração das colectividades locais S.I.M. e Quintajense Futebol Clube». De acordo com o dirigente associativo, as Festas de Todos os Santos representam «a marca de tradições familiares e locais, pelo que a sua realização é muito importante, pois é tudo o que temos da nossa origem, da nossa região e da nossa gente». Este ano, dado que 1 de Novembro não é feriado nacional, e por razões «logísticas, legais e humanas», a procissão de Todos os Santos só poderá realizar-se no domingo. A homenagem póstuma a António Fortuna - professor e historiador que muito contri-

buiu para o conhecimento e divulgação da história local – constitui mais um dos momentos altos da festa que arranca no dia das comemorações da Restauração do Concelho. Aquela que é a festa mais antiga do concelho de Palmela, surge como agradecimento pela protecção concedida a Quinta do Anjo, aquando do terramoto de 1755. Celebra-se na aldeia de Quinta do Anjo desde 1756 e representa um agradecimento «pela protecção que se achou Divina por esta aldeia ter sido poupada, em vítimas humanas e materiais, que de tão violento terramoto que fez estragos abundantes nas localidades próximas», frisa Tomé Martins.

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FESTA DE TODOS OS SANTOS

A procissão em honra de Nossa Senhora da Redenção pelas ruas da aldeia

Programa Dia 1 de Novembro 18h30 - Recepção às entidades oficiais e convidados – Espaço Lima Fortuna 18h45 – Abertura oficial da 257.ª edição das Festas de Todos os Santos – Espaço Lima Fortuna 20h00 – Procissão – Vinda da Imagem original de N .ª Sr.ª da Redenção da Capela da Quinta do Anjo para a Igreja Paroquial de Quinta do Anjo – Quinta do Anjo, em direcção à Igreja Paroquial de Quinta do Anjo 20h45 – Eucaristia de Solenidade de Todos os Santos – Igreja Paroquial de Quinta do Anjo 21h45 – Animação musical com Ivo Soares Quarteto – Tenda principal 23h30 – Animação musical com Jorge Nice Show – Tenda principal Dia 2 de Novembro 10h00 – Eucaristia de Dia de Finados, seguida de romagem ao cemitério – Igreja Paroquial de Quinta do Anjo 10h30 – Aulas abertas de música para toda a população – Sala de espectáculos da SIM 11h00 – Passeio a cavalo, seguido de almoço de confraternização pelos participantes – Concentração no Largo do antigo Ovil

15h00 – Cavalhadas – Largo do antigo Ovil 16h00 – Demonstração de aulas de Combat e Pump – Tenda principal 16h00 – Mercado de trocas no mercado municipal de Quinta do Anjo 18h00 – Animação musical com Grupo Coral 1.º de Maio do Bairro Alentejano – Tenda principal 19h00 – Eucaristia antecipada de domingo – XXXI Domingo do Tempo Comum – Igreja Paroquial de Quinta do Anjo 21h00 – Escola de flamengo & danças sevilhanas da Sociedade Filarmónica Humanitária – Tenda principal 22h00 – Animação musical com a banda A Preto & Branco – Tenda principal 23h45 – Animação musical com Natural 3 Soul – Tenda principal Dia 3 de Novembro 09h00 – Passeio de BTT “Por Terras da Arrábida” – Concentração junto à tenda principal 09h30 – 1.º Trail Pedestre “Por Terras da Arrábida” – junto à tenda principal 10h30 – Eucaristia dominical – XXXI

Domingo do Tempo Comum – Igreja Paroquial de Quinta do Anjo 10h30 – Futebol – Jogo de Iniciados (IV Divisão) – Quintajense F.C. – AIDC Interdesporto – Campo de Futebol do QFC 15h00 – Procissão em honra de N.ª Sr.ª da Redenção – pelas ruas da aldeia 15h00 – Futebol – Jogo do Campeonato Nacional Feminino (II Divisão): Quintajense F.C. – Sacavenense – Campo de futebol do QFC 17h30 – Homenagem póstuma ao Dr. António de Matos Fortuna, pelo Grupo dos Amigos do Concelho de Palmela – Largo do Poço Novo 18h15 – Encerramento da exposição “Carmita: O sentido de um ideal” – Espaço Lima Fortuna 18h45 – Concerto pela Escola de Música da Sociedade Instrução Musical – Sala de espectáculos da SIM 21h00 – Concerto da banda da Sociedade Filarmónica Palmelense “Os Loureiros” – Sala de espectáculos da SIM 22h00 – Concerto pela Orquestra Ligeira da SIM – Tenda principal 23h50 – Espectáculo pirotécnico

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Valentim Pinto, presidente da Junta de Quinta do Anjo

VALENTIM Pinto, presidente d a Junta de Freguesia de Quinta do Anjo, está esperançado que a Festa de Todos os Santos continue a ser um marco importante de afirmação da identidade das gentes da freguesia. Na sua opinião, o evento reforça os laços afectivos de toda a comunidade e constitui um elemento de coesão social. Quais as perspectivas para a edição deste ano da Festa de Todos os Santos? Valentim Pinto - As perspectivas são de que a 257.ª Edição da Festa de Todos os Santos continue a constituir um marco importante de afirmação da identidade histórica, cultural e religiosa da aldeia de Quinta do Anjo. O que representam estas festas para a freguesia? Para a freguesia de Quinta do Anjo, a Festa de Todos os Santos reveste-se de particular importância até porque ela reforça os laços afectivos de toda a comunidade e é um elemento de coesão social importan-

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«Festas reforçam os laços afectivos da comunidade»

Valentim Pinto, presidente da Junta de Quinta do Anjo

te sobretudo num momento em que essa coesão é tão abalada pelas atuais anti sociais. Que tipo de apoio concede a Junta de Freguesia de Quinta do Anjo ao evento? A Junta de Freguesia de Quinta do Anjo vai continuar a dar apoio financeiro e logístico dentro dos fortes constrangimentos financeiros que são impostos ao poder local e à população em geral. É um evento de grande tradição para a freguesia? A Festa de Todos os Santos é inequivocamente, a festa de cariz religioso e popular com maior tradição na nos-

sa freguesia, não só pela sua antiguidade, cujo testemunho passa de geração em geração, mas por todo o simbolismo de que se reveste. De que forma a Junta de Freguesia se faz representar na festa? A Junta de Freguesia de Quinta do Anjo faz-se representar, como é normal, em termos institucionais. Que apelo deixa à população? Desejo aos munícipes que usufruam da Festa de Todos os Santos em toda a sua plenitude. António Luís


Conferência sobre fome e pobreza

LOCAL

DECORRE este sábado, dia 26, às 16 horas, na Casa da Cultura, em Setúbal, a conferência “Fome e Pobreza na Península de Setúbal”. Eugénio da Fonseca, presidente da Cáritas de Setúbal

Sábado // 26 . Out . 2013 // www.semmaisjornal.com 13

e da Cáritas nacional, é o principal orador desta iniciativa. A iniciativa é organizada pelo Centro de Estudos Bocageanos e conta com o apoio da Câmara Municipal de Setúbal.

Certame aguarda por centenas de pessoas

Feira do Chocolate adoça gentes de Grândola O público vai ter a oportunidade de apreciar ao vivo a feitura de peças de chocolate e de provar doces de se lhe tirar o chapéu. Muitas outras surpresas haverá.

Barreiro cria espaço para bens de grande porte O MUNICÍPIO acaba de celebrar um contrato para a cedência de instalações ao Centro Social Abílio Mendes. O espaço cedido, por três anos, diz respeito a um prédio localizado na cidade. O edil Carlos Humberto, referiu que depois da abertura das lojas comunitárias do Barreiro e da Verderena «foi sentida a necessidade de um espaço para armazenar bens de grande porte. Este prédio pode agora receber esses bens para depois serem entregues a quem mais precisa».

DR

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7.ª edição da Feira do Chocolate está de regresso ao parque de feiras e exposições da vila de Grândola, de 7 a 10 de Novembro. O evento irá apresentar um conjunto de expositores, onde os visitantes são convidados a apreciar a exposição e produção ao vivo de peças artísticas em chocolate, saborear licores, espetadas de frutas com chocolate, bombons, bolos, crepes, chocolates artesanais, e muitas outras tentações doces. O show cook, um espaço equipado e destinado à realização e demonstração de trabalhos ao vivo assim como palestras e degustações, volta a ser um dos espaços

O público terá oportunidade de apreciar o trabalho do mmestre Santos

mais emblemáticos da feira. O Sugar Stylist Filipe Blanquet, o Mestre Chocolatier Paulo Santos, a Chocolatier Céu Carvalho, a Escola de Hotelaria e Turismo do Oeste e os Chefes Manuel Alexandre e Tony Salgado, do Pestana Hotel Cidadela Cascais prometem momentos sensoriais no Show Cook. Destaque ainda para o espaço dedicado ao “Melhor Bolo de

Sines acolhe palestra sobre autismo A ASSOCIAÇÃO “Vencer Autismo” desloca-se a Sines, a 28 de Novembro, para dar uma palestra sobre autismo, Síndroma de Asperger e o programa Son-Rise, criado por pais para outros pais e também para profissionais, já existente há várias décadas nos Estados Unidos.

Chocolate do Mundo”, o Centro Ciência Viva do Lousal e o jovem Sugar Stylist Filipe Blanquet, que mostra a sua arte em açúcar. O mestre chocolatier Paulo Santos volta a demonstrar em Grândola porque é considerado um dos mais respeitados escultores de chocolate. O público poderá observar ao vivo o trabalho do mestre.

Festival de tunas aquece Luísa Todi em Setúbal O 18.º FESTIVAL Internacional de Tunas de Setúbal, realiza-se dia 2, às 21h30, no Fórum Luísa Todi. O certame, organizado pela Tuna de Engenharia da Escola Superior de Tecnologia, do IPS, conta com a participação da Tuna del Colegio Mayor Loyola, de Espanha, enquanto, a nível local, actuam a Tuna Universitária da Madeira, a Tuna do Instituto Superior de Agronomia, de Lisboa, e a Tuna da Egas Moniz, do Monte da Caparica.

Bombeiros de Santiago recebem distinção do Governo OS BOMBEIROS Mistos de Santiago do Cacém comemoraram, no passado dia 20, o seu centésimo aniversário. Durante as celebrações foi inaugurado o monumento de homenagem ao bombeiro, de autoria de Eugénio Macedo, dedicado à causa da vida por vida, e a exposição sobre os cem anos da associação.

O presidente do município, Álvaro Beijinha, presidiu à sessão solene durante a qual foram condecorados bombeiros com medalhas de dedicação e assiduidade. A cerimónia ficou marcada pela entrega, por parte do representante do Ministro da Administração Interna, da Medalha de Mérito de Protecção

e Socorro no Grau Ouro e Distintivo Azul aos Bombeiros de Santiago do Cacém. A Liga dos Bombeiros Portugueses também entregou uma distinção à associação e galardões a instituições e empresas locais que se têm destacado pelo apoio prestado aos bombeiros de Santiago do Cacém.

Montijo recolhe livros escolares ATÉ FINAL do ano pode entregar os livros escolares que já não precisa na biblioteca ou nos polos de Esteval, Afonsoeiro, Alto Estanqueiro, Atalaia, Pegões e Canha. A 3.ª edição do “Dar de Volta”, da Associação de Municípios da Região de Setúbal, visa a recolha de livros ou manuais escolares em bom estado. Os livros serão entregues gratuitamente a quem necessitar. O projecto aceita livros entre os anos lectivos 2010/2011 e 2013/2014.

Cientistas de Almada premiados “CASQUINHAS & minhocas” e “Dafniomania” venceram o 2.º Pequenos Cientistas. Contou com a participação de 22 docentes, 6 agrupamentos de escolas e 23 turmas, num total de mais de 500 alunos. O prémio foi criado pelo Centro de Formação de Escolas de Almada e município.

Palmela reclama projectos

Seixal promove envelhecimento saudável

O MUNICÍPIO exige que o Governo inclua no OE de 2014, os investimentos já comprometidos, como a construção da Variante à EN 252 (ligação Pinhal Novo/Palmela), da extensão de saúde de Pinhal Novo e da regularização da Salgueirinha. Reclama ainda a inclusão de dotações que permitam dar início, em breve, à construção dos pavilhões da Secundária de Palmela e da escola 2/3 de Poceirão/Marateca, da passagem desnivelada do Poceirão e da via alternativa à EN 379.

O SEIXAL promove dia 30, no auditório dos Serviços Centrais do município, o encontro Envelhecimento Saudável. Trata-se de uma iniciativa que tem como objectivo promover o debate sobre questões relacionadas com a saúde do adulto e do idoso e, simultaneamente, comemorar o 3.º aniversário da Unidade de Cuidados Continuados do Seixal. O encontro é organizado pela Unidade de Cuidados Continuados e autarquia do Seixal, em parceria com o ACES Almada Seixal.

Novo edil da Moita contacta forças vivas O NOVO presidente Rui Garcia, acompanhado dos vereadores, iniciou dia 22, nos bombeiros locais, as visitas a associações, instituições, empresas, escolas, forças de segurança e movimento associativo. Apresentar o novo executivo e as áreas de cada vereador, contactar de

perto com as forças vivas e conhecer dificuldades e expectativas são os objectivos destes encontros. Como frisou o edil, «queremos conversar com todos, saber sobre as expectativas em relação à autarquia e disponibilizarmo-nos para tentar resolver problemas».

Músicos partilham Festa ajuda bombeiros peças no Forum de Alcácer de Alcochete O FORUM Cultural de Alcochete é palco, este domingo, pelas 17 horas, do primeiro ensaio do espectáculo da Orquestra de Câmara Portuguesa T(r) oca música com miúdos e graúdos”. O evento integra peças de Mendelssohn, Beethoven e Strauss e partilha experiências com músicos amadores de bandas filarmónicas de vários pontos do País.

O PAVILHÃO da feira recebe este sábado o “Unidos por uma Causa”, cujo valor das entradas reverte a favor dos Bombeiros Mistos de Alcácer. A festa, que decorre entre as 15 e as 17h30, inclui actividades relacionadas com a dança e o combate, para miúdos e graúdos. A inscrição custa 3 euros. Vera Letras é a instrutora de serviço.

Arte de Sesimbra em feira BIJUTERIA, acessórios, pintura, tecidos ou peças de decoração confeccionadas em cortiça, conchas, estanho, madeira, cabedal ou flores secas são uma pequena amostra do que pode ver ou adquirir na Zimbr’Arte,

que decorre até este domingo, das 10 às 18 horas, na Praça da Califórnia. A feira, organizada pelo município e pela Junta de Santiago, realiza-se desde 2004 e reúne dezenas de artesãos que assim promovem a sua arte.


NEGÓCIOS Sábado // 26 . Out . 2013 // www.semmaisjornal.com 14

Terminais públicos do porto de Setúbal em alta OS TERMINAIS do porto de Setúbal registaram, até Setembro passado, um crescimento de 14 por cento na movimentação de carga, comparando com o mesmo período em 2012, com um total movimentado de cerca

de 3 milhões de toneladas. Contribuíram para estes valores os movimentos acumulados do Terminal Multiusos Zona 2, com 1,2 milhões de toneladas, um crescimento de 27 por cento, e do Terminal Multiusos Zona 1,

com 1 milhão de toneladas, um crescimento de 18 por cento. Paralelamente, os terminais de uso privativo cresceram 1,4 por cento, atingindo um movimento total acumulado, até Setembro, de 2,3 milhões de toneladas.

Grupo de 40 alunos na APS

Escola náutica em visita ao porto de Sines NO dia 22, o porto de Sines recebeu a visita de um grupo de 40 alunos da Escola Superior Náutica Infante D. Henrique, pertencentes ao Mestrado em Gestão Portuária e à Licenciatura em Gestão de Transportes e Logística. Os alunos foram recebidos no auditório da APS, pelo presidente do conselho de administração, João Franco, e por representantes da MSC, principal armador do Terminal XXI. Graças às apresentações dos intervenientes, os alunos puderam inteirar-se das melhores práticas da infraestrutura portuária de Sines no que diz respeito à gestão portuária e eficiência das operações, tendo igualmente sido realçado o papel do porto e seus parceiros enquanto importantes nós da cadeia logística.

Taxa de ocupação do Aqualuz rondou os 90 por cento na época alta. Portugueses continuam a ser principais hóspedes do resort, tendo-se mantido estável a procura interna. Bruno Cardoso

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Tróiaresort voltou a crescer sustentadamente no último período de Verão confirmando a afirmação da península de Tróia como um destino de férias em Portugal. A taxa de ocupação do Aqualuz Suite Hotel Apartamentos, a rondar os 90 por cento em Agosto, aliada ao crescimento de 15 por cento do número de noites nos Apartamentos Turísticos Tróiaresort, sustenta o crescimento verificado, que se tem vindo a repetir anualmente desde 2009. «Estes valores são fruto de uma estratégia de comunicação integrada em que temos vindo a apostar, tanto no mercado nacional como internacional», diz João Madeira, Director-geral do Tróiaresort. Mas a abertura de novos espaços

Agora e sempre as PPP’s

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s chamadas PPP’s (Parcerias Público Privadas), fazem parte dos discursos da moda e, recorrentemente, vêm à baila expiando erros dos últimos tempos duma governação socialista. Tornaram-se abomináveis à luz dum discurso que enfatiza os brutais encargos financeiros procurando, a todo o custo, esconder as suas virtudes, que as têm e não são poucas nem despiciendas. E por outro lado, reduzem-nas à construção de estradas, fazendo por esquecer que muitas há, de outra natureza nos mais diferentes setores (hospitais, portos, …), que normalmente obrigam a grandes investimentos, para os quais o Estado se vê incapacitado à falta de recursos, encontrando oportu-

José António Contradanças

Economista

nidade no investimento privado, que norteado pela remuneração dos capitais investidos, negoceia uma rentabilidade e um retorno para os mesmos. Reafirmo que, por conveniência do discurso político e dos sound bites mais eficazes para ficar no ouvido da generalidade das pessoas, é deliberado não se elogiar certas parcerias com privados, e aqui me lembro do contrato celebrado com a PSA – Port Singapore Authority, que tornou possível a construção e a operação do Terminal de Contentores de Sines,

Noruega», explica João Madeira. O responsável considera que a proximidade da península de Setúbal a Lisboa e a existência de uma oferta integrada de serviços e infra-estruturas são factores-chave que pesam nas decisões do turistas. Optimismo também para o último trimestre DR

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Estrangeiros duplicaram no Tróiaresort este Verão

O director-geral, João Madeira

comerciais ao longo do ano, como a Sport Zone, a Worten, a Zippy ou a Lacoste, além do programa de Verão “On Tróia 2013”, que contou com a participação de 26 mil pessoas, também contribuiu para os resultados alcançados. Os portugueses continuam a ser os principais hóspedes do resort, embora esteja a crescer a penetração junto de turistas estrangeiros, principalmente dos mercados francês, espanhol e escandinavo. «A estratégia de promoção do Troiaresort nos mercados internacionais assenta na captação de grandes operações de mercados estrangeiros e na presença assídua em diversas feiras e outros eventos em países como a África do Sul, o Brasil, o Canadá, a Rússia, a China, a Alemanha, a Inglaterra, a França, a Dinamarca, a Holanda, a Suécia, a Finlândia ou a

Além da presença assídua em mercados e diversas feiras internacionais, o Tróiaresort tem contado com o apoio do Turismo do Alentejo e da Agencia de Promoção Turística do Alentejo, parceiros considerados «fundamentais» neste processo de internacionalização. Paralelamente, têm vindo a ser levadas a cabo acções de promoção, preparadas com a Associação Portuguesa de Resorts, através do programa “Living Portugal”, que têm recebido o apoio do Governo português e do Turismo de Portugal. Após a chamada época alta, o Tróiaresort vai agora manter a aposta no segmento do golfe, cuja época se reiniciou no final do mês passado, e no segmento de congressos e eventos. «Estas duas áreas de negócios, aliadas aos restantes segmentos tradicionais, permitem-nos encarar o último trimestre do ano de modo optimista», diz João Madeira.

hoje motivo de orgulho dos portugueses pelo sucesso alcançado, que permitiu trazer novas oportunidades a um porto quase reduzido então a carga cativa de granéis e a uma região carenciada, como era é continua a ser o Alentejo. Contrato que conheço bem e no qual participei e apus a minha assinatura. Mas voltando às tais PPP’s associadas às estradas e estas sendo conhecidas por SCUT’s, hoje não só se demonizam pelos encargos financeiros associados como se faz passar a sua dispensabilidade, uma vez que a maior parte delas “estás às moscas”, não tem trânsito. Remetem-se a uma inutilidade, que é mais consequência de todos os males causados pela política seguida por este governo do PSD/CDS e não pelos objetivos apropriados que estiveram na base do seu surgimento, da sua construção e operacionalização. Eram conhecidos os objetivos que levaram à sua construção,

desde logo o entendimento de se pagar “uma dívida histórica” às regiões do interior, facilitando a circulação de pessoas e bens, ligando-as ao litoral desenvolvido e permitindo a atração de investimentos que pudessem contribuir para um desenvolvimento necessário dessas regiões. E daí derivando não se antever apenas uma rentabilização económico-financeira dessas infraestruturas mas reconhecendo os benefícios sociais associados. Ao denunciar esta atitude política e atacá-la pelos encargos daí decorrentes, não é honesto e prejudica mais uma vez as populações do interior, já por si privadas de tantos equipamentos necessários, de proximidade, nas áreas da saúde, da segurança, dos serviços públicos, etc. (Tem sido este governo que tem acabado com as estações e correio, as juntas de freguesia, os postos da GNR, os centros de saúde, os tribunais e tantos mais que nos ocorrem.)

Volume de negócios da Portucel cresce O GRUPO Portucel atingiu nos primeiros nove meses deste ano um volume de negócios de 1 137,2 milhões de euros, o que traduz um crescimento de 2,5 por cento em relação a 2012. Segundo fonte do grupo, este bom desempenho deve-se, essencialmente, à evolução «favorável» do negócio de pasta, assim como ao «incremento do negócio de energia», possibilitado, pela consolidação integral no início de 2013 da Soporgen, empresa de cogeração de gás natural no complexo industrial da Figueira da Foz, após a aquisição total do seu capital social no início do ano. No negócio do papel de impressão e escrita não revestido, as condições nos principais mercados do grupo permanecem «difíceis, já que a débil situação económica e a manutenção dos elevados índices de desemprego continuam a ter reflexos negativos no consumo de papel». Deste modo, verificou-se um decréscimo de cerca de 1 por cento no volume de vendas de papel, o que, conjugado com um decréscimo de cerca de 3 por cento no preço médio de venda do grupo, resultou numa redução aproximada de 4 por cento no valor das vendas de papel não revestido, nos primeiros nove meses de 2013. A redução no preço médio resultou na deterioração do preço de referência no mercado Europeu e Norte Americano.

Se o que estava em causa era modelo da parceria e o “negócio” com os emprestadores/construtores privados, favorecendo-os com rentabilidades financeiras e outras “benesses” acima das condições normais de mercado, então deviam-se negociar esses contratos de forma firme e decidida, sem tibiezas. Não pôr em causa o modelo de negócio, e pior do que isso tomando as responsabilidades por essas infraestruturas, taxando os utilizadores ao arrepio do contrato inicial com essas populações. E o resultado está à vista. Aquilo que era útil e trazia uma fruição equitativa tornou-se um peso de dita “inutilidade” e um sobre encargo para o Estado, fruto duma péssima e maldosa condução política. O que podia ser remediado e corrigido, com equilíbrio e bom senso, acabou por se manifestar nas suas piores consequências e esvaziar-se na sua utilidade para o país e para os cidadãos.


DESPORTO Sábado // 26 . Out . 2013 // www.semmaisjornal.com 15

Mexa-se em Palmela DURANTE os meses de Novembro e Dezembro, o “Mexa-se em Palmela” propõe um conjunto de iniciativas para os diferentes públicos, de participação gratuita. A exploração dos espaços natu-

Torneio de Badminton

rais do concelho, através de caminhadas desportivas, acessíveis a toda a família, continua a ser um dos principais atractivos deste programa, que aposta na adopção de hábitos de vida mais saudáveis.

O PAVILHÃO do Luso, no Barreiro, recebe este domingo o Torneio de Badminton – Regional Individual de Seniores Categoria D. O evento, com início agendado para as 9 horas. A iniciativa, que conta

Jesus- Um apelido exigente…

Oito atletas e dois treinadores da região nomeados

Distrito tem dez candidatos a “Desportista do Ano”

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Marta David

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ito atletas e dois treinadores do distrito de Setúbal encontram-se entre os desportistas nomeados pelas federações nacionais para o Prémio “Desportistas do Ano” atribuído anualmente pela Confederação do Desporto de Portugal. Álvaro Marinho, na vela, e Luís Sénica, na patinagem, são os dois treinadores apontados para o prémio. O primeiro enveredou pela carreira de treinador este ano após um percurso assinalável enquanto atleta, com dois oitavos lugares nos jogos olímpicos, dois títulos de campeão europeu e um de vice-campeão mundial em vela. Já o treinador de hóquei, natural de Sesimbra, é nomeado não só pelos bons resultados ao serviço do Benfica, onde conquistou o título europeu de clubes, como também por ter levado a selecção nacional de hóquei em patins ao pódio no campeonato do mundo sénior que se realizou recentemente em Angola. Entre os nomeados, na categoria “Jovem Promessa” estão Beatriz Martins e Célio Dias. A atleta de 19 anos é ginasta do Lisboa Ginásio Clube e sagrou-se campeã nacional de trampolim individual, este ano,

O velejador Álvaro Marinho, do Barreiro, é um dos pré-nomeados

tendo sido convocada para a Seleção Nacional presente no Campeonato do Mundo. O judoca Célio Dias, de 20 anos, vê ser-lhe atribuída esta nomeação não só pelos bons resultados nas competições nacionais como também pelas conquistas a nível internacional tendo conquistado primeiros prémios na Taça da Europa. Os restantes atletas nomeados são Telma Monteiro, no judo, Bruno Conceição, em equestre, Hugo Pinheiro, no surf, Luís Tavares, no hóquei, Sérgio Rocha, no xadrez, e Tiago Aires, na orientação. Após terem sido indicados pelas

federações, os atletas e treinadores ficam sujeitos a uma avaliação feita por um júri, composto por diversas personalidades ligadas ao desporto, que escolherá os cinco candidatos finais de cada categoria. No dia 31 de Outubro, numa cerimónia a decorrer no Museu do Desporto, são conhecidos os nomes dos finalistas e a divulgação dos vencedores acontece no dia 14 de Novembro, no decorrer da 18ª Gala Anual da Confederação do Desporto de Portugal, após o apuramento dos resultados da votação online do público em geral e das personalidades presentes no evento.

Caminhada nas encostas de Quinta do Anjo A CAMINHADA “Encostas de Quinta do Anjo” realiza-se este domingo, a partir das 9 horas, com passagem pela Serra do Louro, Moinhos da Sapec e Moinho do Motor. A prova destina-se à população em geral,

com idade superior a 6 anos. O percurso é de dez quilómetros e a duração prevista ronda as três horas. A organização é da Câmara de Palmela e todos os pertences devem ser transportados numa pequena mochila.

com a participação de sete Clubes, muitos apoiantes da modalidade e atletas, tem o apoio, entre outras entidades, do município. O Luso FC está representado por duas dezenas de atletas.

A inscrição é obrigatória e limitada a cem pessoas. Os participantes devem levar equipamento adequado, ou seja, calçado com rasto e apoio forte no calcanhar. Participe nas actividades pela sua saúde.

or complexas e dispensáveis razões o nome de Jesus, fora de ciclos religiosos, tem andado nas “bocas do mundo” , como soe dizer-se. A culpa pode e deve ser atribuída ao actual técnico do Benfica, Jorge Jesus, recente sessentão de inquietante irritabilidade, dando aso a situações lamentáveis como a que ocorreu em Guimarães, no fecho de importante jogo da 5ª jornada do “Nacional”. De cabeça perdida, com sério atropelo aos ideais de calma e paz que o seu apelido de Jesus faria, este técnico de apreciável carreira caiu nas malhas da justiça por graves atropelos à ordem pública- o que muito se lamenta. Há apelidos que exigem muito dos seus utentes e, sem espécie de dúvida, Jesus é um dos mais salientes. Lamentamos o que se passa com o tão enervado treinador benfiquista que conhecemos como promissor adolescente, na Páscoa de 1971, em Cannes (Sul de França), actuando numa boa equipa de juniores do Sporting. Espigadote, calmo, de boa técnica, esse Jorge Jesus de há 42 anos (!!) não fazia antever o que tem agora acontecido no que respeita a controlo emocional. Há apelidos que envolvem um sortilégio de responsabilidades, com curiosos contraditórios reais. Muito ao correr da pena, para justificar melhor este exercício sobre Jesus, o treinador irascível, lembramo-nos de um Beato que nunca foi à Igreja, de um Beirão tipicamente algarvio, de um Branquinho de origens africanas, negro como um tição, de um Coragem sempre receoso, de um Esperto estúpido que nem uma porta, de um Feliz justificadamente desgostoso da vida, de um Generoso de extrema avareza, de um Graça

David Sequerra Colaborador

sem piada nenhuma, de um Honrado engaiolado em Vale de Judeus por descarados roubos e fraudes, de um Janota que é mendigo- pedinte nos corredores do Metropolitano, de um Libertino de vivência exemplar, de um Pacato em permanente bulício, de um Querido a que ninguém quer, de um Rico imensamente pobre, de um Magro notoriamente gordo e de um Gordo esquelético até mais não. E os exemplos podiam ser bastante mais a ilustrarem o que pretendo transmitir: que há apelidos contraditórios e exigentes, como sucede com Jorge Jesus, o homem do futebol que tem vindo a aparecer na “crista da onda”. Como jogador, numa mão cheia de clubes, (entre os quais o Vitória sadino) Jorge Jesus cumpriu uma carreira isenta de facetas negativas como as que estão agora a acontecer. Honra lhe seja feita, sem prejuízo da crítica que lhe endereçamos por mór dos atropelos à mensagem nominal de ser Jesus. Não sabemos- ainda…- quais serão as consequências da “explosão” temperamental do cidadão Jesus mas lamentamos que tudo isso tenha acontecido, em prejuízo do próprio futebol. Por muito fortes que sejam as influências movidas para atenuar o merecido castigo a Jorge Jesus, queremos crer que, a título de exemplo, para adequada reflexão, o técnico de benfiquista vai ser significativamente penalizado. Quem conduz desportistas tem que ter bom comportamento. E se, ainda por cima, se chamar Jesus… E ficamos pelas reticências…

O VITÓRIA de Setúbal e o Cova da Piedade são as duas únicas equipas do distrito que participam nos 1/16 avos de final da Taça de Portugal, cujos jogos têm lugar no fim-de-semana de 9 e 10 de Novembro. Com sorte semelhante à da terceira eliminatória, a equipa de Almada terá de defrontar uma

vez mais um clube da I Liga, desta vez o Gil Vicente, mas com o factor “casa” a seu favor. Na última eliminatória o Cova da Piedade deslocou-se a Portimão e, depois de 120 minutos sem golos, venceu o Portimonense por quatro a três na marcação de grandes penalidades. Já o Vitória de Setúbal volta

a jogar em casa e a receber uma equipa do Campeonato Nacional de Seniores. Despois de ter vencido por três bolas a uma o Alcanenense, os sadinos, que já conquistaram o troféu por duas vezes, defrontam agora o Santa Maria e esperam conseguir novo resultado positivo. O técnico José Couceiro aposta na prova.

DR

Taça já só tem Vitória e Cova da Piedade

Cova da Piedade vai mais uma vez defrontar um clube da primeira Liga



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