Semmais 27 setembro

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Sexta | 27.Setembro.2013

Director: Raul Tavares

semanário - edição n.º 780 • 6.ª série - 0,50 € • região de setúbal

www.semmaisjornal.com

Distribuído com o

VENDA INTERDITA

QUANDO SE TRATA DE BOAS ESCOLHAS A QUALIDADE IMPORTA

Vinhos de qualidade e exelência produzidos em terras de Fernando Pó, Palmela, por quatro gerações de uma família que sabe o valor da terra.

Mais de 400 prémios conquistados em nome da região em concursos nacionais e internacionais



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GUIA AUTÁRQUICO 2013 Saiba tudo sobre as candidaturas às autárquicas deste Domingo em cada um dos concelhos do distrito. Apresentamos, nesta edição, um guia completo para melhor acompanhar o dia eleitoral e fazer as escolhas mais acertadas naquelas que são as eleições mais importantes dos últimos anos.

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l,co isjorna jornal is emma www.s .com/semma mais em ok facebo r.com/jornals twitte

CDU luta para manter as nove câmaras que detém na região e espreita o regresso à liderança de Alcácer do Sal. PS procura seguras maiorias absolutas em Montijo e Grândola, não perder Alcácer e conquistar pelo menos Sines. PSD aposta tudo no Montijo e quer reforçar votos e mandatos em todos os concelhos. Bloco de Esquerda confia na manutenção dos actuais três vereadores, em Almada, Seixal e Moita. E pisca o olho a Setúbal. CDS-PP aposta no aumento das coligações com o PSD, quer aumentar presença na região e ultrapassar o BE. Movimentos independentes ganham força no distrito, nomeadamente em Sines, Grândola e Sesimbra.


Ausência do BE deve reforçar votação à esquerda

PS e CDU lutam taco-a-taco pelo poder Alcácer do Sal 13.046 habitantes 11.289 eleitores 7 mandatos na C.M. 21 mandatos na A.M. 4 3

1

2 1 União de Freguesias de Alcácer do Sal (Santa Maria do Castelo e Santiago) e Santa Susana 2

Torrão

3

Comporta

4

São Martinho

Eleição em 2009 para a Câmara Municipal PS

45,03%

CDU

43,62%

PSD BE

Brancos Nulos

4 3

17.569 habitantes 13.811 eleitores 7 mandatos na C.M. 21 mandatos na A.M.

Maria Rosário Prates, PPD/PSD

É professora na escola Jorge Peixinho, no Montijo. É mestre em educação.

Teresa Moraes Sarmento, PS

É advogada e docente universitária. Foi deputada do PS na Assembleia da República entre 2005 e 2009.

2

3

1

1

Alcochete

2

São Francisco

3

Samouco

Eleição em 2009 para a Câmara Municipal CDU

52,42%

PS

30,76%

2

9,35%

PSD BE

5

2,33% 1,94%

3,72%

Vasco Pinto, CDS/PP

1,76% 1,08%

PS

Pedro Goucha, PSD

Votantes: 7.424 Inscritos: 12.006

43,71%

CDU

43,64%

PSD

Nulos

Alcochete

CDS/PP

Eleição em 2009 para a Assembleia Municipal

Brancos

Ordem no boletim de voto

Ordem no boletim de voto

4,8%

Votantes 61,84%

BE

O

resultado eleitoral em Alcácer é um dos mais aguardados do próximo dia 29. O actual presidente, Pedro Paredes, não se recandidata, apesar de a lei ainda o permitir, e o PS, que candidata Torres Couto, poderá sofrer um duro golpe caso se confirme que foi um erro retirar a confiança política ao autarca. A situação é ainda mais desfavorável para os socialistas dado que apenas 105 votos arredaram a CDU do poder há 4 anos. O mesmo poderá não suceder agora já que a coligação joga pesado com Vítor Proença. Um quebra-cabeças que vai dar que falar. Pouco deverá sobrar de novo para a repetente Ana Penas, do BE, e para toda a direita.

Franco procura nova melhor maioria absoluta

Fotos: DR

Ruptura com Paredes pode custar câmara

4,92%

Tesoureiro da Junta de Freguesia de Santiago e presidente da concelhia de Alcácer do PSD.

2,01% 1,01% Votantes 61,84%

Votantes: 7.424 Inscritos: 12.006

2,06% 1,14%

Professora voluntária na Univ. Sénior de Alcácer. Eleita deputada municipal nas listas da CDU em dois mandatos.

Teresa Noronha e Castro, CDS/PP

Vítor Proença, CDU

Torres Couto, PS

Professora na escola secundária de Alcácer do Sal. Presidente da concelhia do CDS-PP e dirigente nacional do partido.

Gestor na área da comunicação e presidente da CM de Santiago do Cacém desde 2002.

Sindicalista. Assumiu a função de secretário-geral da UGT em 1979. Foi deputado pelo PS no Parlamento Europeu .

Presidente da CM Alcochete. Acumula funções ao nível da AMRS e é vice-presidente da ANMP.

S

e a tradição ainda for o que era, Luís Franco não deverá ter qualquer problema em segurar a maioria absoluta da CDU na Câmara Municipal de Alcochete nestas autárquicas. A votação massiva no candidato, que se iniciou em 2005 com 46,25% dos votos, atingiu o seu apogeu quatro

Votantes: 7.426 Inscritos: 12.357

48,68%

PS

Luís Franco, CDU Ana Penas, BE

Votantes 60,1%

Eleição em 2009 para a Assembleia Municipal

31,77%

BE CDS/PP Brancos Nulos

12 7

10,44%

PSD

9 1

Nulos

CDU

10 1

4,71%

Desempenha funções no gabinete de relações externas de uma multinacional. É licenciado em Marketing.

Brancos

2

3,43% 2,32% 2,15% 1,21%

anos depois, quando mais de 52 por cento dos votantes decidiram fazer do resultado comunista de Alcochete o melhor em todo o distrito. E a possível repetição deste feito, deixa pouca margem de manobra à socialista Teresa Moraes Sarmento, que terá de se desdobrar para

Votantes 60,1%

Votantes: 7.426 Inscritos: 12.357

manter os dois mandatos conquistados há quatro anos. Por outro lado, a ausência desta vez de um candidato do BE deixa antever uma possível transferência de votos para estes dois partidos, tirando ainda mais força à já anémica direita social-democrata e democrata-cristã.


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Eleições importantes mas igualmente incertas Este domingo, os eleitores do distrito de Setúbal vão eleger os seus representantes numa eleição local de toda a importância. Talvez as mais importantes dos últimos ciclos eleitorais. Em primeiro lugar, porque uma grande parte dos chamados autarcas-dinossauros ficaram impedidos e, a meu ver, bem, de se eternizarem no poder. Depois, porque, por via dessa interdição tácita, se abre uma janela para o refrescamento destes políticos-gestores que estão mais próximos do nosso quotidiano. E finalmente, porque vivemos uma fase atípica, para a qual são necessárias, muita criatividade e uma nova geração de políticas autárquicas. São pois eleições decisivas, mas igualmente incertas. Com a ‘debandada’ de alguns dos actuais presidentes de câmara que, para o bem e para o mal, emprestavam uma inegável experiência política, força no terreno e algum peso no tabuleiro institucional, abrir-se-á um hiato difícil de compaginar. Tenho clamado por um lobbie forte da região no plano nacional e lutado por uma ‘marca’ que demora a ser devida e justamente reconhecida em termos práticos. Já estivemos muito longe e algumas vezes bem perto. Mas o limbo mantem-se. A região cresceu muito, mas manteve os seus estigmas e as suas vulnerabilidades. Há razões de sobra para esses desvios de rota. As primeiras décadas foram marcadas por uma partidarização desconexa das nossas autarquias. Durante o período mais recente, foi possível alguma concertação intermunicipal, mas é pouco. Os próximos dirigentes autárquicos vão ser, apesar de tudo, uns heróis. Com os constrangimentos financeiros, do Governo e da Troika, vai restar pouco para investimento. Daí o paradigma da criatividade. Mas os nossos territórios de hoje - honra seja feita a todos os antecessores -, já não precisam de muita obra. As famílias precisam de desatar alguns nós para melhorar a sua qualidade de vida, as pessoas de emprego, as empresas de condições de atractibilidade e competitividade. E as autarquias podem e devem exercer nesses planos um papel marcante. E devem ser verdadeiros embaixadores fora dos seus territórios. Ao ‘venderam’ as suas marcas estão no caminho certo. E, no seu todo, a região precisa de liderança. De uma, duas vozes, audíveis, determinadas e consistentes, obedecendo a uma estratégia comum. Não sendo assim, para que é preciso a Associação de Municípios? Estes novos autarcas podem fazer a diferença ou empurrar para baixo o que já de positivo foi realizado desde que o poder local foi institucionalizado no país e na região. Precisamos de autarcas que se coloquem à frente de buldózeres quando estão em causa ‘ataques’ ambientais, que apostem na diferenciação dos seus produtos locais, que sejam caixeiros-viajantes em defesa do desenvolvimento dos seus territórios, que conheçam e estejam ao lado dos seus munícipes, que percebam as estratégias das empresas, que entendam as mutações geracionais e fluxos demográficos. E a lista seria gigante. Nestas autárquicas, há muita gente de valor em todos os partidos. Se as escolhas forem certeiras a região vivificar-se-á. Se for para tudo ficar na mesma, e perante os tempos que se anteveem, receio que o marasmo se instale. E um empregozito aqui, um apoio ali, não é solução para o nosso futuro imediato.

Almada 174.030 habitantes 149.382 eleitores 11 mandatos C.M. 33 mandatos A.M. 1 4

2

5

3

1 União de Freguesias de Almada, Cova da Piedade, Pragal e Cacilhas 2

União de Freguesias de Laranjeiro e Feijó

3 União de Freguesias de Charneca de Caparica e Sobreda 4

União de Freguesias de Caparica e Trafaria

5

Costa de Caparica

A saída de Emília de Sousa abre portas a todos os desejos. Mas a diferença de 10 mil votos para o PS continua a ser um caminho longo. Ricardo Vilhena

E

m Almada o jogo começa de novo: a presidente está impedida de se recandidatar e nenhum dos vereadores da oposição se candidata como cabeça-de-lista. Joaquim Judas é a aposta da CDU para manter uma maioria de cinco mandatos. Repetir o resultado de 2009

dará uma maioria «quase» absoluta uma vez que os outros seis mandatos são de partidos com agendas muito diferentes: três para PS, dois para PSD e um para o Bloco de Esquerda. O PS aposta em Joaquim Barbosa para esbater a diferença de 10 mil votos que separaram o partido da liderança em 2009. O mediático vereador socialista Paulo Pedroso saiu de cena. António Neves, pelo PSD, tenta captar eleitores prometendo a extinção da ECALMA. O Bloco de Esquerda, que em 2009 ficou a escassos 106 votos de roubar um mandato ao PS, apresenta Joana Mortágua para, pelo menos, segurar um lugar na vereação. CDS, PCTP, PAN e PTP prometem baralhar as contas na contagem dos votos.

Eleição em 2009 para a Câmara Municipal CDU

38,67%

PS

23,86%

CDS/PP PCTP MMS

5,31% 4,75% 0,47%

Brancos

2,21%

Nulos

1,7%

Votantes: 71.171 Inscritos: 147.308

38,33%

CDU PS

25,59%

Brancos Nulos

Domingos Bulhão já tinha sido candidato em 2009. Na altura ficou a 2213 votos de ser eleito vereador. Pede uma derrota nas urnas dos partidos do Governo.

Joaquim Judas, CDU

António Neves, PSD

O médico de 62 anos iniciou a sua actividade política nos anos 60. Esteve preso pela PIDE. Membro da DORS do PCP, chega a Almada depois de presidir à Ass. Municipal do Seixal.

O engenheiro de 60 anos é professor de Educação Tecnológica e presidente da Comissão Administrativa Provisória no Agrupamento de Escolas Emídio Navarro, em Almada.

Sofia Silva, PAN

Joana Mortágua, BE

A jovem candidata apresenta-se com o objectivo de ajudar os munícipes a abrir um negócio, criar escritórios e centros de investimentos para pequenas empresas.

Éa presidente da União Democrática Popular (UDP), um partido que faz parte da génese do BE. Licenciada em Relações Internacionais, Mortágua é também dirigente do BE.

Joaquim Barbosa, PS

Fernando Sousa de Pena, CDS/PP

É licenciado em Direito, tem 56 anos e é provedor da Santa Casa de Almada. Foi professor teve vários cargos ligados à formação e emprego. Foi membro da Assembleia Municipal de Almada.

O candidato centrista é actualmente deputado municipal do CDS-PP na Assembleia Municipal de Almada. Tem como objectivo ser eleito vereador.

14 5

9,96%

3

6,22%

2

2,32% 1,37%

É mestre em Psicologia Forense e presidente da PsicoJuris, uma associação que visa «promover e contribuir para protecção e apoio dos cidadãos».

9

16,22%

CDS/PP

Domingos Bulhão, PCTP/MRPP

5

Eleição em 2009 para a Assembleia Municipal

BE

Rute Zorrinho, PTP

1

Votantes 48,31%

PSD

Ordem no boletim de voto

2

7,81%

BE

Sonho do PS pode esbater em Judas

3

15,42%

PSD

Nenhuma força repete candidatos

Votantes 48,26%

Votantes: 71.087 Inscritos: 147.308

ficha técnica Director: Raul Tavares; Editor-Chefe: Bruno Cardoso; Redacção: Anabela Ventura, António Luís, Cristina Martins, Marta David, Ricardo Vilhena, Rita Perdigão, Roberto Dores; Dep. Comercial: Cristina Almeida (coordenação). Projecto Gráfico: Edgar Melitão/”The Kitchen Media” – Nova Zelândia. Departamento Gráfico: Dinis Carrilho. Serviços Administrativos e Financeiros: Mila Oliveira. Distribuição: José Ricardo e Carlos Lóio. Propriedade e Editor: Mediasado, Lda; NIPC 506806537 Concessão Produto: Mediasado, Lda NIPC 506806537. Redacção: Largo José Joaquim Cabecinha nº8-D, (traseiras da Av. Bento Jesus Caraça) 2910-564 Setúbal. Tel.: 935 388 102 (geral); Email: redaccao.semmais@mediasado.pt; publicidade.semmais@mediasado.pt. Impressão: Empresa Gráfica Funchalense, SA – Rua Capela Nossa Senhora Conceição, 50 – Moralena 2715-029 – Pêro Pinheiro. Tiragem: 45.000 (média semanal). Distribuição: VASP e Mediasado, Lda. Reg. ICS: 123090. Depósito Legal; 123227/98

Fotos: DR

Editorial // Raul Tavares


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Barreiro 78.764 habitantes 70.481 eleitores 9 mandatos na C.M. 27 mandatos na A.M.

1

2

4 3

1

União de Freguesias de Barreiro e Lavradio

2

União de Freguesias de Alto do Seixalinho, Santo André e Verderena 3

União de Freguesias de Palhais e Coina

4

Santo António da Charneca

Pequenos beliscos na maioria de Carlos Humberto A vitória da CDU no Barreiro deverá estar mais que segura. Mas o PS pode sonhar com pequenos beliscos.

Ordem no boletim de voto

António Luís Carlos Salgueiro, PCTP/MRPP

Luís Ferreira, PS

Carlos Salgueiro, 61 anos, é médico pediatra no Barreiro, cidade onde nasceu. Nas últimas eleições autárquicas foi, também, candidato à presidência da Câmara do Barreiro. Defende a criação de um museu.

Com 39 anos, Luís Ferreira estudou Filosofia na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. É director de Recursos Humanos e Serviços numa empresa do concelho. Foi director do Jornal do Barreiro e investigador na Academia de Ciências de Lisboa.

Paulo Daniel, CDS/PP

Bruno Vitorino, PPD/PSD

Paulo Daniel, tem 35 anos, é natural de Peso da Régua mas vive no Barreiro desde o seu primeiro ano de vida. É funcionário público na Câmara do Barreiro. Aposta na construção da ponte BarreiroSeixal.

Bruno Vitorino é deputado da Assembleia da República, ex-vereador da Câmara Municipal do Barreiro e actual líder de bancada dos sociais- democratas na Assembleia Municipal do Barreiro.

A

s previsões para o concelho do Barreiro deverão apontar para uma nova vitória da Coligação Democrática Unitária. Carlos Humberto, que se candidata ao terceiro e último mandato, deverá estar apenas atento à possibilidade de a sua maioria absoluta ser beliscada pelos socialistas, que ainda não esqueceram a derrota de Emídio Xavier, nas eleições de 2005, após um mandato em que fez obra, mas que foi trucidado por Humberto. O PS candidata Luís Ferreira, um jovem universitário, que exerceu as funções de director

do Jornal do Barreiro, e que chegou a enfrentar a liderança de Vítor Ramalho para a federação distrital do partido da ‘rosa’. É pois um tira-teimas de difícil antevisão, embora a experiência acumulada do actual presidente, o seu carisma e o facto de o Barreiro ser ainda um bastião do PCP, pesem muito. E os socialistas ainda não retomaram a força desse período áureo que os levou à conquista, ainda que efémera, da Câmara Municipal. O peso do actual presidente mede-se também pelo facto de presidir à Junta Metropolitana da Área Metropolitana de Lisboa e continuar a ser um dos dirigentes do PCP mais conceituados da região e do país. Mas a campanha de Luís Ferreira aposta também na atracção de novos eleitores, num concelho em que o nível de abstenção nem foi dos mais altos do conjunto do distrito de Setúbal.

Eleição em 2009 para a Assembleia Municipal CDU

47,68%

PS

29,82%

BE CDS/PP

3

9,02%

PSD

5 1

6,05% 2,65%

PCTP

2,3%

Brancos

1,27%

Nulos

1,21%

Votantes 52,82%

Votantes: 37.933 Inscritos: 71.811

Eleição em 2009 para a Assembleia Municipal Carlos Humberto Ferreira, CDU

Carlos Humberto, actual presidente do município, concorre a um terceiro mandato, referindo que as listas da coligação são constituídas por pessoas que «vestem a camisola de todos os barreirenses».

Humberto Candeias, BE

Humberto Candeias, 53 anos, nasceu em Odemira mas vive desde criança na Baixa da Banheira. Estudou com os livros do Sindicato dos Ferroviários. Seu pai foi militante comunista e esteve ligado aos ferroviários.

44,71%

CDU 30,58%

PS

PCTP

3

7,27%

BE CDS/PP

9

9,73%

PSD

2

2,98% 2,08%

Brancos

1,45%

Nulos

1,19%

13

Votantes 52,77%

Votantes: 37.892 Inscritos: 71.811

Mas os cerca de sete mil votos que separam as duas forças políticas implicaria outras variáveis que não se descortinam à partida. Com uma posição mais cómoda está o candidato do PSD. O deputado Bruno Vitorino foi solução de última hora, em função da ‘desistência’ de Nuno Banza, vereador social-democrata muito instalado no terreno. E isto porque os social-democratas obtiveram pouco mais de 3 000 votos nas últimas eleições. ‘Aguentar’ o mandato é pois a luta de Vitorino. Mais que issoapresenta-se como muito improvável. E o facto de não ter havido condições para uma coligação com o parceiro de governo CDS-PP não ajudou a esta estratégia. Os centristas, por sua vez, valem 2,65 por centos dos votos no concelho e candidatam Paulo Daniel. Com condições de almejar um pouco mais está o Bloco de Esquerda, a quarta força política das últimas eleições. Afinal, nas últimas eleições ultrapassaram a fasquia dos dois mil votos. E o candidato Humberto Candeias tem alguma expressão junto do operariado, uma vez que é ferroviário. É também no Barreiro que o PCTP-MRPP detém um pouco mais de força, tendo alcançado nas eleições de 2009 cerca de 900 votos. Pouco, muito pouco, para o que quer que seja, mas a presença do seu eleitorado indefectível não vai deixar de se manifestar. Sendo a última força política do espectro eleitoral no concelho, o partido revolucionário tem outra luta: a separálo do CDS-PP tem apenas os míseros 37 votos. Caso os conseguisse, ou que os os centristas os perdessem, já seria uma vitória moral.

Fotos: DR

PS acalenta ‘vingar’ derrota de Emídio Xavier em 2005


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Grândola 14.826 habitantes 12.454 eleitores 7 mandatos na C.M. 21 mandatos na A.M.

1 União de Freguesias de Grândola e Santa Margarida da Serra

3

Fotos: DR

CDU espreita confusão do PS para regressar à Câmara

Campaniço ‘segura’ um jardim de rosas dividido A esmagadora maioria do PS pode estar comprometida, mas a oposição pode não cheirar o poder. A CDU confia no ‘jogo’ dos independentes. Anabela Ventura

A

eventual fractura de uma parte do eleitorado que guindou o PS a um ciclo vitorioso, liderado por Carlos Beato, que recolocou Grândola no mapa nacional, é a grande incógnita destas eleições autárquicas. É não é uma questão de somenos importância, tendo em conta que em doze anos os socialistas criaram um bastião forte

naquele centro nevrálgico da Costa Alentejana desalojando o poder CDU de forma esmagadora. A escolha do candidato socialista, após a interdição, por limite de mandato, de Carlos Beato em se recandidatar, constituiu um dos folhetins mais apaixonantes da época pré-eleitoral. A demissão do seu vice-presidente, Aníbal Cordeiro, por sentir que não seria o sucessor, criou a ruptura decisiva. Isolado, Cordeiro abriu uma ‘guerra’ e candidatou-se como independente. E ainda hoje, à beira das urnas, os socialistas de Grândola andam de candeias às avessas, num processo que envolveu as cúpulas distrital e nacional, com intervenção do próprio secretáriogeral do partido, António José Seguro.

PS

55,96% 33,07%

PSD BE

PS

2

CDU PSD BE

2,11% 1,12%

Brancos

1,45%

Nulos

5

5,29%

CDS/PP

1%

Votantes 65,3%

Melides

3

Carvalhal

4

Azinheira dos Barros e São Mamede do Sádão

1 4

A diferença é que os grandolenses estão confrontados com três candidatos da mesma área política, já que Carlos Beato fez quase um pleno entre eleitorado do PS, do PSD e até do CDS-PP. Campaniço, Aníbal Cordeiro e o independente António Candeias (apoiado tacitamente pela coligação socialdemocrata/centrista) gravitam nesse espectro partidário. Em 2009, o PSD e o CDS-PP valeram juntos pouco mais que 500 votos, universo tão residual que quase não contou. Curiosamente estas forças políticas nem vão às urnas, caso único no distrito de Setúbal. E a sua declaração de apoio a Candeias é tão insípida que se confunde entre a desistência de testar as escolhas em Grândola ou ‘cavalgar’ uma muito improvável surpresa do

Eleição em 2009 para a Assembleia Municipal

Eleição em 2009 para a Câmara Municipal CDU

Não fora este episódio, que deixou marcas bem visíveis com reflexos na campanha eleitoral, e bem se podia dizer que o PS estaria muito tranquilo na Vila Morena, já que há quatro anos garantiu a maioria absoluta com o dobro dos votos da segunda força partidária, a CDU, conquistando três mandatos a mais, caso singular no distrito de Setúbal. Ricardo Campaniço, vereador e candidato do partido da ‘rosa’ parte para esta corrida com essa síndrome, embora, apesar do ruído, seja bem provável que mantenha para o seu partido a cadeira do poder. Primeiro pela diferença de votos e depois pela obra e marca deixadas pela gestão dos socialistas reconhecida amplamente nos três últimos actos eleitorais.

2

2

Votantes: 8.283 Inscritos: 12.685

48,08% 36,62%

11 9

7,83%

1

2,83%

CDS/PP

1,45%

Brancos

1,94%

Nulos

1,26%

Votantes 65,26%

Votantes: 8.278 Inscritos: 12.685

candidato independente. Mesmo Aníbal Cordeiro, que tem apoio de uma parte do último executivo da concelhia do PS local, pode fazer mossa à candidatura socialistas, mas está longe de poder chegar-se ao topo. Resta a candidatura da CDU, com o inesperado regresso de Figueira Mendes, que já foi presidente de Câmara, espreitando uma eventual fuga de votos socialistas e, pelo menos a retirada da maioria absoluta. Os dirigentes da Coligação Unitária acreditam que podem recuperar a câmara perante este quadro criado junto da maioria socialista, mas a confiança é serena e pouco audível. O caminho para tal desiderato será gigante, mas a incerteza ainda é maior. Com dois por cento de votos conquistados há quatro anos, o Bloco de Esquerda, que candidata Graça Dias, corre numa zona muito lateral e quase não conta. Resta dizer que nas autárquicas de 2009, o concelho de Grândola registou a menor taxa de abstenção em todo o distrito, com 65,3 por cento de votantes, num universo eleitoral que, este domingo, praticamente se mantêm inalterável.

Ordem no boletim de voto

Manuel Graca Dias, BE

Aníbal Cordeiro, MIG

Ricardo Campaniço, PS

Figueira Mendes, CDU

António Candeias, GM

É Natural de Beja, tem 85 anos de idade e candidata-se como independente. Bancário de carreira, Manuel Graça Dias é também escritor, tendo sido autor do romance “Um amor traído”. Já publicou também crónica e contos.

Foi um dos indefectíveis de Carlos Beato durante o “Novo Ciclo” de Grândola. Renunciou ao mandato quando soube que não seria o candidato PS. Exerce actualmente funções no privado

Vereador do município e autarca experimentado, Ricardo Campaniço é membro do partido socialista. Engenheiro, tecnicamente bem preparado foi sempre uma espécie de todo-oterreno dos últimos mandatos do PS.

Ex-presidente da Câmara, que liderou durante quatro mandatos, é um dos mais reconhecidos membros do PCP na região. Exerceu também um papel preponderante no arranque da Região de Turismo da Costa Azul.

Presidente da Assembleia da Junta de Freguesia de Melides, António Candeias chegou a ser cogitado como candidato socialista, embora muitos o liguem ideologicamente ao PSD. Já presidente de Junta de Melides.


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Moita 66.029 habitantes 59.369 eleitores 9 mandatos na C.M. 27 mandatos na A.M.

4

2

BE quer aumentar a votação de quase 12% de há 4 anos atrás

1 1

Moita

2

Alhos Vedros

Saída de jurássico não deve afectar poder da CDU

3 União de Freguesias da Baixa da Banheira e Vale da Amoreira

Fotos: DR

3

4 União de Freguesias de GaioRosário e Sarilhos Pequenos

A não recandidatura tardia de Lobo não parece ter criado mossa na CDU. Todavia, PS e BE devem aumentar votação.

Ordem no boletim de voto

Bruno Cardoso

A

saída de João Lobo, jurássico da CDU na liderança da Câmara Municipal da Moita, desde 2002, surpreendeu tudo e todos. Mas a decisão de candidatar o seu número dois nem por isso. Rui Garcia era a escolha natural, agora ou em 2017, não andasse o actual vice-presidente da autarquia nestas andanças da política há três décadas. A transição de pasta entre ambos deverá ser, por isso, muito fácil. Até porque João Lobo permanece de fora da autarquia com um pé, mas quer manter-se com o corpo inteiro dentro da presidência da Assembleia Municipal da Moita, substituindo no cargo Joaquim Gonçalves. A parceria de ambos volta agora a tentar repetirse, ainda que ligeiramente em moldes diferentes. A saída de João Lobo faz, porém, o PS acalentar esperanças de roubar para si a liderança da edilidade. E Manuel Borges, actual presidente da concelhia socialista, aparenta ter, teoricamente, mais hipóteses do que Eurídice Pereira ou António Duro, seus antecessores nos actos eleitorais de 2005 e de 2009, respectivamente. Contudo, a repetição da presença do bloquista Joaquim Raminhos no acto eleitoral deve baralhar de novo as contas finais, podendo mesmo impedir o PS, e a CDU, de conseguirem resultados mais expressivos. O candidato do BE espera aumentar a votação de 12% no partido no próximo domingo, segurando pelo menos o mandato que conquistou há quatro anos atrás. A princípio deverá consegui-lo facilmente, porque o histórico indica que foi neste município que o BE atingiu o seu melhor

José Costa, PTP

Manuel Borges, PS

João Sacoto Neves, CDS/PP

Joaquim Raminhos, BE

Tem 54 anos de idade e dois filhos e reside na Moita. É professor há vários anos na Escola Secundária da Moita. Desde 2010 é o líder da comissão política concelhia da Moita do PS.

Tem 51 anos e cinco filhos e reside na Moita. É empresário, encontrando-se actualmente ligado a uma empresa de produtos químicos. Fez voluntariado no Banco Alimentar de Lisboa e na Servita.

Tem 60 anos e é licenciado em Sociologia. É, actualmente, vereador eleito pelo BE na Câmara Municipal da Moita. Foi diretor do Centro de Formação de Escolas dos Concelhos do Barreiro e Moita e dirigente associativo.

Leonel Coelho, PCTP/MRPP

Rui Garcia, CDU

José Carlos Gouveia, PAN

João Paulo Gaspar, PSD

Tem 79 anos, foi militar na Marinha e ingressou na CUF onde foi membro da Comissão Interna. É membro da direcção da Academia 8 de Janeiro e um dos organizadores da Feira do Livro de Alhos Vedros desde 1972.

É autarca na Moita há 30 anos, tendo integrado executivos nas assembleias Municipal e de Freguesia da Baixa da Banheira. É vereador na autarquia desde 1999, tendo assumido as funções de vice-presidente desde 2002.

Tem 46 anos, é angolano e adquiriu a nacionalidade portuguesa há mais de 20 anos. Electricista de profissão, encontra-se actualmente desempregado. Tem um «profundo» respeito pela Terra e pelos animais.

Tem 34 anos e é natural de Alhos Vedros. Licenciado em arquitectura, investigador em história local e genealogia.

Informação indisponível.

Eleição em 2009 para a Câmara Municipal CDU

44,93%

PS

26,64% 11,6%

BE CDS/PP PCTP

5

CDU

3

PS

1

BE

7,92%

PSD

CDS/PP

2,59% 1,69%

Nulos

1,18%

43,55% 26,45%

Votantes 46,88%

resultado distrital em 2009. A façanha, aliás, poderá ser ainda mais facilmente atingível já que Raminhos volta a contar com o líder dos trabalhadores da Autoeuropa, António Chora, a seu lado. E Chora é um nome sonante.

Votantes: 27.646 Inscritos: 58.974

Pouco ou nada deverá sobrar por isso para a direita, nomeadamente PSD e CDS-PP. Os dois partidos apostam em nomes novos nestas andanças e esperam também poder beneficiar da saída de João Lobo de

3

8,18%

2

3,66%

PCTP

2,71%

Brancos

1,68%

Nulos

1,18%

cena. Mesmo sabendo que é na Moita que o PCP obtém uma das suas mais fáceis e previsíveis maiorias absolutas e que o povo anda irritado com a austeridade. Expressão residual deverá conti-

13 8

12,59%

PSD

3,46%

Brancos

Eleição em 2009 para a Assembleia Municipal

1

Votantes 46,87%

Votantes: 27.640 Inscritos: 58.974

nuar a ter, por seu turno, o PCTP/ MRPP e a sua principal cara na Moita: Leonel Coelho. Nas últimas eleições, o partido não foi além de uns meros 716 votos. Igual destino deverão ter o PAN e o PTP.


Sexta // 27 . Set . 2013 // www.semmaisjornal.com 9

Montijo 51.222 habitantes 41.217 eleitores 7 mandatos na C.M. 21 mandatos na A.M.

3

Fotos: DR

PSD e CDU querem aproveitar saída da autarca-modelo

1

A grande aposta do PSD num concelho que há muito ‘Canta’ PS É a grande aposta do PSD no distrito. Mas a ‘herança’ de Amélia Antunes pode continuar a fazer a diferença. Anabela Ventura

O

concelho do Montijo é, por tradição, o menos ‘vermelho’ do distrito de Setúbal. E os três últimos mandatos, com o ‘cavalgar’ de maiorias absolutas sucessivas dos socialistas, lideradas por Amélia Antunes, aprofundou essa teoria. E não é por acaso que o PSD, em coligação com o CDS-PP, é a segunda força política local. Mas a saída da autarca-modelo do partido da ‘rosa’ e a aposta forte do PSD em Mercês Borges, ao ponto de acalentar uma vitória eleitoral, oferecem um quadro mínimo de interesse a seguir este domingo. No plano eleitoral, comparando os resultados de há quatro anos atrás, não é, todavia, espectável uma mudança de cores. Os 48,74 por cento de votos alcançados em 2009 pelo PS, contra 25,65 da coligação de direita, traduzem-se em mais de metade dos votos expressos nestas forças políticas. Os socialistas apostam sem surpresa em Nuno Canta, autarca experimentado, vice de Amélia Antunes nos dois últimos mandatos e com muito peso na estrutura local do PS. E a estratégia, defendida numa campanha dura e muito aguerrida, é a continuidade do programa de desenvolvimento sustentado pelos socialistas. A figura de Canta surge, neste modelo, como a mais natural de todas e foi uma escolha sem mácula. A juntar a estes ingredientes, para além de um eventual cansaço de gestão - que a oposição clama com insistência - há obra feita nos doze anos que o PS leva de gestão no concelho montijense, logo a

tarefa de Mercês Borges, actual deputada do grupo parlamentar do PSD seria hercúlea. Por outro lado, há-que contar com o facto de os dirigentes locais do PSD e do CDS-PP, que candidata Artur Oliveira, não terem alinhado no entendimento ‘quaseperfeito’ das suas estruturas distritais, o que leva à disputa de um centro nevrálgico do mesmo eleitorado. Mesmo com reservas em aceitar a candidatura, Mercês Borges, que já foi governadora civil do distrito de Setúbal, acabou por aceitar a disputa eleitoral e tem-no feito de forma determinada. Se ficar aquém das expectativas, ninguém do seu partido pode colocar em causa o seu esforço e certamente ganhará peso no interior das suas cúpulas. Claro que num concelho em que o nível de abstenção é similar à média do distrito, 48,28 por cento, há que contar com ganhos nessa fasquia do eleitorado. E o PSD apela a essa zona cinzenta. E não é despiciendo o facto de 2009 para 2013 constaram nos cadernos eleitores

2

1 União de Freguesias de Montijo e Afonsoeiro

do concelho cerca de mais três mil potenciais votantes. Outra incógnita é a valia de Carlos Almeida, o candidato da CDU. Considerado um quadro do PCP com inegável futuro, Almeida foi presidente da Junta de Freguesia de S. Sebastião, em Setúbal, uma das maiores em termos demográficos da margem sul. E abandonou as funções para apoiar, como assessor, o grupo parlamentar do PCP. Neste caso, a coligação joga entre-linhas, com os seus 15,85 por cento de votos alcançados há quatro anos. Mas o bairrismo montijense pode representar uma desilusão para as hostes da CDU, já que o seu candidato é pouco popular e partiu relativamente tarde para a corrida eleitoral. Há ainda a candidatura do jovem Tiago Pinheiro, num concelho onde os bloquistas não foram além de 878 votos nas últimas eleições autárquicas, e a da recorrente Maria Manuela Parreira, que concorre pelo PCTPMRPP.

Eleição em 2009 para a Câmara Municipal 48,74%

PS PSD/CDS

25,65%

CDU BE PCTP

Brancos Nulos

4 2 1

15,85%

4

4,78% 1,76%

2

Sarilhos Grandes

3

Canha

5

4 União de Freguesias da Atalaia e Alto Estanqueiro-Jardia 5

União de Freguesias de Pegões

Ordem no boletim de voto

Carlos Almeida, CDU

Artur Oliveira, CDS/PP

Assessor do Grupo Parlamentar do PCP, Carlos Almeida já foi presidente da Junta de Freguesia de São Sebastião, em Setúbal. Foi também dirigente da ANAFRE. É jurista e um quadro de futuro do partido.

Tem 46 anos e é natural do Montijo. É licenciado em Organização e Gestão de Empresas pelo ISCTE. Foi colaborador da Siemens, do banco BBC e da MOCAR, importador nacional da Peugeot. Foi co-fundador do Clube de Ténis do Montijo.

Mercês Borges, PSD

Tiago Pinheiro, BE

Já foi directora do centros de emprego do Montijo e do Barreiro e governador Civil do distrito de Setúbal. Actualmente é deputada do PSD. É licenciada em História e já exerceu inúmeros cargos partidários no PSD e nos TSD.

Nascido em Lisboa, reside no Montijo há 5 anos. É enfermeiro. Integra a coordenação concelhia do BE Montijo e a Coordenação Nacional do Trabalho do BE.

Maria Manuela Parreira, PCTP/MRPP

Nuno Canta, PS

2,04% Votantes 48,28%

1,18%

Votantes: 18.368 Inscritos: 38.046

Eleição em 2009 para a Assembleia Municipal 45,54%

PS PSD/CDS

26,23%

CDU BE PCTP

6 4

16,87%

1

6,14% 1,91%

Brancos

2,1%

Nulos

1,21%

10

Votantes 48,28%

Votantes: 18.367 Inscritos: 38.046

Informação indisponível.

Vice-presidente da Câmara do Montijo, Nuno Canta tem ganho grande peso na concelhia do PS local. É também presidente dos SMAS do Montijo e especialista em questões ambientais. É natural do Montijo e licenciado em agronomia.


Sexta // 27 . Set . 2013 // www.semmaisjornal.com 10

Palmela 62.831 habitantes 51.306 eleitores 9 mandatos na C.M. 27 mandatos na A.M.

4

Em Palmela passa a haver 9 políticos nas reuniões de câmara

1

3

1

Palmela

2

Pinhal Novo

3

Quinta do Anjo

4 União de Freguesias de Poceirão e Marateca

A vitória é quase certa para a CDU na Câmara e na Assembleia. PSD e CDS espreitam a vereação. Ricardo Vilhena

O

vereador Álvaro Amaro é a aposta da CDU para a sucessão da actual presidente da Câmara Municipal de Palmela, Ana Teresa Vicente, impedida de se recandidatar por já ter cumprido três mandados consecutivos. A autarca concorre à presidência da assembleia municipal. Antigo presidente da Junta de Freguesia de Pinhal Novo, a mais populosa urbe do concelho, Álvaro

Amaro terá como principal objectivo manter a maioria absoluta da CDU, que tem cinco vereadores contra apenas dois do PS. A CDU contou com mais do dobro dos votos do PS, em 2009, herança pesada e difícil de desfazer para os socialistas, mesmo sem a carismática Ana Teresa na liderança da lista da coligação unitária. E há a curiosidade de saber quem ficará com os dois lugares extra na câmara: os mandatos passam de sete a nove. Em 2009, os assentos oito e nove, aplicando o método de Hondt, teriam ido respectivamente para CDS e PSD, partidos actualmente sem qualquer representação. Mesmo que isto aconteça agora, a coligação PCP-PEV mantém a maioria absoluta. De resto, em equipa que ganha pouco se mexe e todos os verea-

50,19%

PS

23,03%

CDS PSD BE

5

CDU

2

PS

1,95%

Nulos

1,25%

educação como prioridades. O candidato promete criar uma Escola Profissional Agrícola no concelho. O BE aposta em António Simões como candidato à presidência do município de Palmela. Os bloquistas, no melhor dos cenários, poderão vir a eleger um vereador, o que seria inédito em Palmela. O Partido Trabalhista Português candidata Vítor Fernandes, um ilustre desconhecido com poucas hipóteses de ganhar o que quer que seja. Os candidatos terão de ter muita atenção às especificidades do concelho de Palmela, um dos que cria mais riqueza no país. Palmela é caracterizada por ter grandes áreas rurais, principalmente em Marateca e Poceirão, onde se concentra grande parte

47,15% 24,58%

11 5

9,76%

PSD

9,97%

2

9,01%

CDS BE

8,91% 5,85%

2

4,8%

Brancos

dores eleitos pela CDU se recandidatam nestas eleições. Há quatro anos, a aposta na candidatura de Fonseca Ferreira, revelou-se insuficiente para destronar os comunistas. O PS aposta, desta feita, na candidatura da actual vereadora Natividade Coelho. Entre as medidas âncora contam-se o apoio às famílias do concelho, reduzindo o IMI, e abrindo os refeitórios escolares em períodos não lectivos e concedendo bolsas de estudo para estudantes do concelho, bem como a criação de um Conselho Económico e Social Municipal. A tarefa de derrotar os comunistas é igualmente difícil para o candidato da coligação PSD/CDS, Paulo Ribeiro, não obstante a candidatura conjunta de social-democratas e centristas. O programa eleitoral destaca a agricultura e a

Eleição em 2009 para a Assembleia Municipal

Eleição em 2009 para a Câmara Municipal CDU

Natividade tenta atacar a maioria que Amaro quer segurar

Votantes 48,22%

Votantes: 22.594 Inscritos: 46.859

Brancos

2,25%

Nulos

1,29%

1

Votantes 48,2%

Votantes: 22.587 Inscritos: 46.859

da premiada produção de vinhos do concelho e da região, e outras zonas industriais, com destaque para as empresas ligadas ao sector automóvel, destaque para o Parque Industrial da Autoeuropa, onde trabalham milhares de pessoas. A redução nas encomendas no sector automóvel, fruto da crise mundial que se tem feito sentir, tem contribuído para o aumento do desemprego na região. Da parte da Autoeuropa os despedimentos têm sido evitados, mas o mesmo não se pode dizer dos fornecedores que não têm recorrido aos mesmo mecanismos de flexibilidade. O interesse nestas eleições é redobrado para saber se a CDU volta a ter a hegemonia nas freguesias rurais. A freguesia da Marateca, até agora liderada pela socialista Fernanda Esfola, e a de Poceirão, uma das maiores do país, liderada por José Silvério, vão unirse. Os dois presidentes são recandidatos, depois de o Tribunal Constitucional ter dado o “sim” à candidatura de um deles, o histórico comunista José Silvério. A avaliar pelos resultados eleitorais mais recentes dos partidos da oposição no concelho de Palmela, dificilmente algum partido poderá ambicionar a muito mais de que encurtar distâncias de votos em relação à maioria CDU.

Ordem no boletim de voto

Paulo Ribeiro, PSD

Álvaro Amaro, CDU

Natividade Coelho, PS

António Simões, BE

Vitor Fernnades, PTP

Nasceu em Moçambique, em 1969.O deputado laranja reside em Setúbal, é casado e pai de três filhos. É advogado e foi Vice-Presidente do Vitória de Setúbal. Foi membro da Assembleia Municipal de Setúbal.

O número dois do executivo de Ana Teresa Vicente é vereador do Urbanismo e Ambiente na câmara de Palmela. Já foi presidente da freguesia de Pinhal Novo. É mestre em Relações Interculturais.

Nasceu em Setúbal, em 1962. Entrou na JS com 18 anos. É fundadora da rádio Pal (Palmela) e da Escola Profissional de Setúbal. Dá aulas em Setúbal. Vive em Palmela há 22 anos. É casada e mãe de duas raparigas e de um rapaz.

É tripulante de cabine de voo de uma companhia aérea e aspira a voos mais altos na cimeira vila de Palmela.

O trabalhista promete combater a corrupção, criar postos de trabalho e de bolsas alimentares, acesso gratuito aos cuidados de saúde, uma nova política de mobilidade, salvar o comércio local e habitação para todos.

Fotos: DR

2


Sexta // 27 . Set . 2013 // www.semmaisjornal.com 11

Santiago do Cacém 29.749 habitantes 25.354 eleitores 7 mandatos na C.M. 21 mandatos na A.M. 4

2

5

1

6

8

CDU deve manter último bastião na Costa Alentejana

3

Fotos: DR

1

A maioria relativa de 2001 vai repetir-se agora em 2013? PS e PSD querem acabar com absolutismo da CDU. Avizinha-se um combate político intenso até 2017. Bruno Cardoso

A

inda não é desta vez que o último bastião comunista na Costa Alentejana deve cair. Álvaro Beijinha está de pedra e cal na liderança da corrida à presidência da Câmara Municipal de Santiago do Cacém e muito tem contado com o apoio de Vítor Proença, o ainda presidente da autarquia, que se tem desdobrado em muitos quilómetros entre aquele

município e o de Alcácer do Sal, onde esgrime também ele argumentos para fazer da CDU vitoriosa na localidade. A sucessão de Proença por Beijinha também sempre foi vista com naturalidade pelo exterior, já que o primeiro raras vezes disfarçava o seu apoio incondicional ao segundo. Mas partilhará a população da opinião de Vítor Proença, elegendo Beijinha para a presidência? A ver pelos números dos escrutínios dos anos anteriores tudo indica que sim. Mesmo se tivermos em conta os números de 2001, quando Proença substituiu pela primeira vez Ramiro Beja no mesmo cargo. Resta agora saber se a história em 2013 repetirá a mesma de 2001, ou seja, se Beijinha conquista ou não os quatro mandatos, a maioria absoluta. Há doze anos atrás, Proença não conseguiu.

PS e PSD estão dispostos, por isso mesmo, a lutar com todas as suas forças para que a mesma situação se repita. Mas o socialista Nuno Oliveira e o social-democrata Paulo Gamito são novos nestes actos eleitorais e poderão não merecer a confiança da população. Os candidatos, que jogam, naturalmente, para ganhar, deverão ficar assim satisfeitos se inverterem pelo menos a relação de poderes na autarquia, conquistando para ambos a maioria e forçando a CDU a um combate político fortíssimo nos próximos quatro anos. Já o BE e o CDS-PP não deverão, juntos, fazer tremer qualquer um dos outros partidos. É que os parcos 8,85% conquistados por ambos não foram sequer suficientes para alcançar o PSD. E pouco ou nada indica que algo de muito diferente suceda no próximo dia 29.

União de Freguesias de Santiago do Cacém, Santa Cruz e São Bartolomeu da Serra 2

Santo André

3

Cercal do Alentejo

4

São Francisco da Serra

5

Abela

7

6

Alvalade

7

Ermidas-Sado

8 União de Freguesias de São Domingos e Vale de Água

Eleição em 2009 para a Câmara Municipal CDU

48,98%

PS

27,97%

PSD BE CDS

Brancos Nulos

4 2 1

10,92% 5,99% 2,86%

2,16% Votantes 57,32%

1,12%

Votantes: 15.144 Inscritos: 26.421

Eleição em 2009 para a Assembleia Municipal CDU

46,76%

PS

26,96%

PSD BE CDS

Brancos Nulos

11 6 3

12,12%

1

7,3% 3,08%

2,63% 1,15%

Ordem no boletim de voto

Votantes 57,31%

Votantes: 15.142 Inscritos: 26.421

Mateus Guerreiro, CDS/PP

Paulo Gamito, PSD

Nuno Oliveira, PS

João Madeira, BE

Álvaro Beijinha, CDU

Reside na freguesia de Cercal do Alentejo e foi jornalista durante 30 anos. Esteve ligado à fundação do núcleo do CDS-PP no município de Santiago do Cacém, mas nunca assumiu qualquer cargo dirigente.

Tem 39 anos e está ligado à administração de empresas. Natural de Santiago do Cacém. É o presidente da concelhia de Santiago do Cacém do PSD.

Tem 61 anos, é licenciado em Medicina e vive em Santiago do Cacém há 24 anos. Foi presidente do hospital Conde do Bracial durante 7 anos.

Tem 57 anos e éprofessor de História. É director do Centro de Formação da Associação de Escolas do Alentejo Litoral e membro da Mesa Nacional e da Coordenadora Distrital de Setúbal do Bloco de Esquerda.

Reside em Alvalade. É vereador na Câmara Municipal de Santiago do Cacém desde 2005. É presidente do Conselho Cinegético de Santiago e representante na Associação de Desenvolvimento do Litoral Alentejano.

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Sexta // 27 . Set . 2013 // www.semmaisjornal.com 12

Seixal 184.269 habitantes 133.930 eleitores 11 mandatos na C.M. 33 mandatos na A.M

4 1

2

3

O ‘delfim’ de Monteiro tem a tarefa de manter o poder. Confronto com dois colegas vereadores é motivo de interesse. Anabela Ventura

O

s cerca de catorze mil votos que separam a segunda força política (PS) da coligação (CDU) que gere os destinos do concelho do Seixal desde a instituição do poder

1 União de Freguesias do Seixal, Arrentela e Aldeia de Paio Pires 2

Amora

3

Fernão Ferro

4

Corroios

local constituem a fasquia mais longa para se poder antever mudanças na cadeira de poder. A diferença é gigante, num concelho em que a abstenção regista uma das mais altas taxas do distrito, confirmando um alheamento dos novos residentes da vida política local. Recorde-se , nos últimos trinta anos, o Seixal foi um dos concelhos que mais cresceu demograficamente. A CDU tem gerido este ‘bastião’ comunista com pulso carismático. Primeiro, Eufrázio Filipe, o autarcapoeta e, nos três últimos mandatos, o seu indefectível Alfredo Monteiro, que ganhou vida própria, como

Saída de Monteiro pode não chegar para ‘quebrar’ maioria provam os seus resultados eleitorais sempre acima da valia partidária comparando com os seus ‘camaradas’ candidatos à Assembleia Municipal. É nesta sequência que se apresenta o jovem Joaquim Santos, actual vereador e desde há muito sabedor do seu destino de ‘delfim’. Confortado pela dimensão da diferença eleitoral, a Joaquim Santos restará lutar pela manutenção da maioria absoluta. Conseguirá?

Eleição em 2009 para a Câmara Municipal 47,85%

CDU PS

22,41%

CDS/PP

1

6,91%

BE

6 3

13,82%

PSD

Ordem no boletim de voto

Na corrida, seguem-se dois vereadores que se têm esforçado por ampliar a presença dos seus partidos no concelho. Samuel Cruz (PS) e Paulo Edson Cruz (PSD). Candidatos perdedores há quatro anos, não deixaram de ser dos mais interventivos no panorama das oposições na região de Setúbal. Mesmo partindo com uma herança eleitoral pesada, não se demovem a acreditar em milagres,

1

5,23%

MMS

0,58%

Brancos

1,99%

Nulos

1,21%

Votantes 46,13%

Votantes: 58.409 Inscritos: 126.616

Eleição em 2009 para a Assembleia Municipal 45,53%

CDU

Luís Cordeiro, BE

Helena Sofia Henriques, PTP

PS

23,3%

Independente, de 60 anos . Participou no 25 de Abril como militar, tendo saído após o golpe do 25 de Novembro de 75. É actualmente técnico superior no Centro de Formação Profissional do Seixal. Vive na Cruz de Pau.

Informação indisponível.

5

8,12%

BE CDS/PP

8

14,3%

PSD

2

5,43%

Brancos

2,14%

Nulos

1,18%

16

2

Votantes 46,15%

Votantes: 58.432 Inscritos: 126.616

sendo que Samuel Cruz tem mais razões para acalentar essa aproximação, uma vez que Paulo Edson Cruz pode vir a sofrer do efeito contágio do descontentamento do eleitorado face ao actual Governo. Sem esquecer que o PS parte com um score eleitoral dois terços acima dos sociais-democratas e, continua a manter tradições políticas no concelho. Os dois advogados têm um percurso distinto. Samuel Cruz tem ganho alguma influência no seu partido, enquanto Paulo Edson é uma espécie de ‘não alinhado’ com a actual entourage do PSD, tendo mesmo confrontado algumas políticas do ‘seu’ governo. Está por aferir o peso do BE nestas eleições. Candidata o independente Luís Cordeiro e é muito provável que consiga manter o mandato de 2009. Quanto ao CDS-PP, que esteve a pouco mais de mil votos de conquistar um mandato, estará à coca de um eventual desaire do seu parceiro de coligação governamental e da reconquista de eleitorado abstencionista, o que não é crível. João Noronha, é a aposta centrista para segurar os seus cerca de três mil votos. As restantes forças partidárias partem sem expressão. Há quatro anos, o MMS conseguiu uns míseros 337 votos. Desta vez, é Carlos Gomes do PCTP a procurar amealhar os restos da votação e também o MPT.

Carlos Gomes, PCTP/MRPP

Samuel Cruz, PS

João Noronha, CDS/PP

Joaquim Santos, CDU

Paulo Edson Cunha, PSD

Tem 60 anos e é natural do Barreiro. Possui formação base em engenharia química pelo IST. Foi presidente da Associação de Pais de Educação da Escola Secundária da Moita.

Actual vereador sem pelouro, por decisão do próprio, Samuel Cruz, advogado, é natural da Amora. É dirigente associativo de várias instituições locais e um quadro do PS em ascensão.

Tem sido um dos rostos mais visíveis dos populares no Seixal nos últimos anos e é tido como muito próximo do líder da distrital, Nuno Magalhães. É o actual presidente da concelhia centrista.

Engenheiro Civil, foi preparado nos últimos quatro anos para suceder Monteiro. Um ‘trunfo’ que o fez dominar dossiers e ganhar experiência. Sem o carisma do actual presidente, Santos tem perfil mais técnico.

Considerado um ‘enfant terrible’ do PSD distrital, Paulo Edson, jurista e vereador, aceitou a recandidatura com reservas. E é um todoo-terreno, como provou com o seu ‘Café Com’.

Fotos: DR

Bloco de ‘ataque’ PS e PSD ainda distante da hegemonia da CDU


Sexta // 27 . Set . 2013 // www.semmaisjornal.com 13

Sesimbra 48.506 habitantes 41.205 eleitores 7 mandatos na C.M. 21 mandatos na A.M.

3

Fotos: DR

PS a 200 votos de segundo mandato e a incógnita do MSU

2

Pólvora em ‘pressão mínima’ faz contas à maioria absoluta

1

CDU de Pólvora parece segura, apesar de alguma contestação. A maioria é mais incerta e há ainda os independentes.

Ordem no boletim de voto

Augusto Pólvora, CDU

Tem 44 anos de idade, vive na Quinta do Conde e é um dos maiores especialistas da região no domínio do combate à toxicodependência. Tem ganho peso nas estruturas locais do Partido Socialista e recandidata-se pela segunda vez.

Augusto Pólvora, 53 anos, recandidata-se ao terceiro mandato. É licenciado em arquitectura. Já foi vereador durante três mandatos. e exerceu as funções de Administrador-delegado da Associação de Municípios do Distrito de Setúbal .

Adelino Fortunato, BE

Carlos Sargedas, MSU

Adelino Fortunato, 63 anos, natural do Porto, é licenciado em Economia. Foi um dos fundadores do PSR. Criou o grupo “P’la Arrábida”, no âmbito do qual se envolveu na discussão do Plano de Ordenamento do Parque Natural da Arrábida.

Carlos Sargedas possui um vasto e premiado historial como fotógrafo profissional. É sócio-gerente na empresa Falcão Azul e está por detrás da organização do Finisterra Arrábida Film Art & Tourism Festival.

Santiago

2

Castelo

3

Quinta do Conde

mandato pela ‘crista da onda’. Os socialistas, que obtiveram 19 por cento dos votos em 2009, anseiam, pelo menos, a conquista de um segundo vereador, já que, para isso, terão de conseguir pelo menos mais duas centenas de votos. Caso a abstenção se acentue este objectivo pode mesmo ficar comprometido. Mas os socialistas, que decidiram recandidatar Américo Gegaloto, confiam nessa possibilidade, sobretudo com algum decréscimo de votação dos partidos do Governo, mercê do descontentamento das políticas nacionais. Na campanha, as criticas têm sido dirigidas sobretudo à acumulação de uma «dívida brutal» por parte da maioria, sem esquecer as mais recentes medidas do executivo CDU em colocar parquímetros um pouco por toda a vila sesimbrense. Os sociais-democratas, liderados por Francisco Luís, têm as contas bem mais complicadas. Apesar de terem conquistado

António Luís Américo Gegaloto, PS

1

N

o concelho de Sesimbra, não é de prever grandes alterações eleitorais. Os comunistas deverão continuar ao leme do município e da Assembleia Municipal. Nas últimas eleições autárquicas, em 2009, a Coligação Democrática Unitária (CDU) venceu fácil, com 51 por cento dos votos e cinco mandatos. Este domingo, dia 29, a coligação, de novo liderada por Augusto Pólvora, mesmo com alguma contestação a nível de trabalho autárquico, vai querer manter a maioria absoluta no concelho. É o desejo de Pólvora que desta forma saíria ao terceiro

Eleição em 2009 para a Câmara Municipal CDU

51,81%

PS

19,49%

BE I CDS/PP Brancos Nulos

1

10,37%

PSD

5 1

6,19% 5,17% 3,69% 1,8%

Votantes 50,07%

1,46%

Votantes: 18.790 Inscritos: 37.530

Eleição em 2009 para a Assembleia Municipal António Henriques, PAN

Francisco Luís, PSD/CDS

46,57%

CDU PS

António Henriques, 45 anos, nasceu em Lisboa. Licenciado em Multimédia, acredita que a formação e a educação são a base para a construção de uma nova sociedade.

O actual vereador da Câmara Municipal de Sesimbra, Francisco Luís, volta a recandidatar-se à presidência do município. No actual mandato, detém os pelouros da Protecção, Segurança, Fiscalização Municipal e Ambiente.

21,48%

CDS/PP

2

7,52%

BE I

5

11,84%

PSD

1

4,82%

1

4,03%

Brancos

2,29%

Nulos

1,45%

11

1 Votantes 50,07%

Votantes: 18.790 Inscritos: 37.530

apenas um vereador, pretendem, a todo o custo, ultrapassar o fraco resultado eleitoral de 2009 que rondou os 10 por cento. Agora coligados com o CDS-PP, em nome do movimento “Abraçar Sesimbra”, a direita sesimbrense espera, pelo menos, um aumento do score eleitoral. Mas são contas difíceis de antever. Bloquistas, grupo de independentes e populares/centristas tiveram pouca expressão no concelho de Sesimbra, nas últimas eleições autárquicas. Ainda assim, num concelho liderado pela esquerda, foi o Bloco de Esquerda que levou a melhor sobre os seus dois adversários, ao atingir a meta dos 6 por cento de preferência de voto dos eleitores. O bloquista Adelino Fortunato, que concorreu à distrital do BE, enfrentando nas urnas Mariana Aiveca e que saíu derrotado, é o trunfo para que aquela força partidária continue a crescer na vila ‘pexita’. E a esperança é muita. Apostando em ser a «grande surpresa» da noite eleitoral, o movimento “Sesimbra Unida”, liderado pelo fotógrafo Carlos Sargedas, assume-se como a grande incógnita. O facto de ter conseguido juntar «muitos descontentes» com os partidos políticos e de ter conseguido as cerca de 5700 assinaturas para se apresentar nas urnas, é já de si um feito. Mas as expectativas são ainda assim baixas. Um dos dados que pode ajudar a clarificar uma eventual tendência de voto neste movimento ‘outsider’, para acompanhar nas primeiras contas da votação de domingo, tem a ver com os níveis de abstenção, já que a “Sesimbra Unida” reclama para si a atracção de um eleitorado que por norma não vai votar, nomeadamente os mais jovens.


Sexta // 27 . Set . 2013 // www.semmaisjornal.com 14

Setúbal 121.185 habitantes 103.262 eleitores 11 mandatos na C.M. 33 mandatos na A.M.

4 5

2

1 3

1

Setúbal (São Sebastião)

2

União de Freguesias de Setúbal (São Julião, Nossa Senhora da Anunciada e Santa Maria da Graça) 3

Sado

Há quatro anos a maioria absoluta foi tirada a ferros. Agora a CDU pede sete mandatos, mas os socialistas prometem luta.

4

Gâmbia-Pontes-Alto da Guerra

5

União de Freguesias de Azeitão (São Lourenço e São Simão)

Eleição em 2009 para a Câmara Municipal

D

29,81%

PS

Brancos

5 1

6,09%

BE CDS/PP PCTP

Ordem no boletim de voto 3

14,48%

PSD

Nulos

ia 29 de Setembro, o concelho de Setúbal vai eleger mais dois vereadores, passando de nove para 11, devido ao aumento da população do concelho, que já ultrapassa os 120 mil habitantes. Mais do que uma curiosidade estatística, este facto abriu o apetite eleitoral dos partidos por mais poder e mais representação autárquica na capital de distrito. Este é um acontecimento importante nas contas nacionais dos partidos, pois todos os mandatos contam. À CDU é insuficiente manter os actuais cinco mandatos conquistados em 2009, porque a oposição ficará com os restantes seis, dificultando a gestão da coligação unitária. Recorde-se que esta maioria absoluta foi arrancada a ferros: num universo de 47 mil votantes, o PS ficou a 422 votos de roubar o último mandato aos comunistas e o PSD a 506 cruzes de fazer o mesmo. A actual presidente da Câmara de Setúbal, Maria das Dores Meira (PCP), é a cabeça-de-lista da coligação entre o PCP e o PEV. Quer reforçar a maioria absoluta e pede sete mandatos. Mas também já garantiu que ficará como presidente, mesmo que a maioria seja relativa e até como vereadora, caso a coligação perca as eleições. Os socialistas têm três vereadores no executivo camarário e com o aumento do número de mandatos no concelho podem chegar facilmente aos quatro. Resta saber se a candidatura de João Ribeiro, portavoz do PS, pode almejar um empate técnico com a CDU, atingindo os cinco mandatos, e quiçá uma vitória eleitoral pintando o concelho novamente

38,83%

CDU

MPT

Ricardo Vilhena

Hondt pode trocar as contas dos partidos na capital de distrito

5,81% 1,42% 0,74% 1,77%

Votantes 47,62%

1,06%

Votantes: 47.799 Inscritos: 100.371

Eleição em 2009 para a Assembleia Municipal 36,43%

CDU 29,11%

PS

CDS/PP

Brancos Nulos

4 2

7,93%

BE MPT

8

15,66%

PSD

11

2

7,07%

Mariana Aiveca, BE

Luís Humberto Teixeira, PAN

A deputada à Assembleia da República, 59 anos, é membro do Conselho Nacional da CGTP e membro da Mesa Nacional do Bloco de Esquerda. Trabalho e da Segurança Social têm marcado a sua actividade parlamentar.

Tem 35 anos, é mestre em Política Comparada e edita o jornal do Festroia. Escreveu o livro “Reciclemos o Sistema Eleitoral!”, uma análise das legislativas de 2002 e das soluções para as falhas do sistema eleitoral.

João Ribeiro, PS

Luís Rodrigues, PSD/CDS

O actual porta-voz do PS tem 37 anos. É mestre em Direito e está a doutorar-se estudando o tema da “cunha”. Entre 2009 e 2011 foi director do Gabinete de Relações Internacionais do Ministério da Justiça.

Engenheiro civil e perito avaliador de imóveis, o cabeça-de-lista pela coligação “Por Setúbal, por Si”, 47 anos, já foi deputado por Setúbal e vereador no Seixal. Reside na Amora, é casado e tem dois filhos.

Duarte Jesuíno, PCTP/MRPP

Maria das Dores Meira, CDU

O advogado quer uma cidade virada para o mar e com mais condições para captar mais investimentos nesta área. O partido que representa teve pouco mais de seis centenas de votos há quatro anos.

Natural de Lisboa, é advogada, tem 56 anos e é actual presidente da Câmara Municipal de Setúbal. Foi vereadora entre Janeiro de 2002 e Julho de 2006. Assumiu a presidência depois do PCP ter afastado Carlos de Sousa.

0,83% 1,92% 1,03%

de rosa. Apesar de se tratar de um candidato de grande visibilidade mediática, pelo cargo que ocupa no Partido Socialista, João Ribeiro é praticamente desconhecido da grande maioria dos setubalenses. Por isso, o candidato tem apostado numa campanha de grande proximidade, desdobrando-se em vários encontros e mostrando tudo, passo a passo, no Facebook, onde responde pessoalmente a todos os comentários através do seu Ipad. A coligação PSD/CDS, com Luís Rodrigues como líder, também tem aspirações a aumentar o número de vereadores. Em teoria, a soma dos votos dos dois partidos em 2009 teria sido suficiente para ter dois vereadores, conquistando um à CDU, o que teria desfeito a maioria absoluta aos comunistas. Mas tal não aconteceu e a coligação laranja-centrista terá de lutar contra o voto de penalização por ser composta partidos do Governo, cuja imagem e popularidade anda pela mó de baixo nestas paragens. Para o CDS, sem representação na câmara, esta pode ser

Votantes 47,62%

Votantes: 47.795 Inscritos: 100.371

uma oportunidade. Também sem qualquer vereador no actual executivo camarário, o BE decidiu apostar na candidatura de Mariana Aiveca, deputada eleita por Setúbal. Os bloquistas ficaram com um amargo de boca quando souberam nas últimas autárquicas que tinham ficado a apenas oito centenas de votos de um mandato. Mesmo que o número de mandatos já fosse 11, na altura, teriam ficado a 182 votos do mesmo feito. O PS já fez estas contas e sabe que por pouco se ganha e se perde em Setúbal. Por isso, João Ribeiro pediu ao eleitorado do BE e do PAN que vote na lista do PS, comprometendo-se cumprir promessas destes partidos e a fazer uma coligação mais ampla em 2017. O PAN candidata Luís Humberto Teixeira, mas sem expectativas de ganhar, apenas de dar a conhecer o partido e as suas ideias: a criação de uma moeda local, a transformação do canil municipal num centro de bem-estar animal e o combate ao desperdício.

Fotos: DR

Os onze lugares nas sessões de câmara abrem ‘caça’ ao voto


Sexta // 27 . Set . 2013 // www.semmaisjornal.com 15

Sines 14.238 habitantes 12.001 eleitores 7 mandatos na C.M. 21 mandatos na A.M.

1

Fotos: DR

Sucessora de Manuel Coelho com tarefa difícil

Noite eleitoral de incertezas onde tudo pode acontecer As incertezas na noite eleitoral de Sines são muitas. A saída de Manuel Coelho pode deixar a candidata do SIM mais ou menos desamparada. E os socialistas ficaram apenas a cerca de mil votos da vitória. A CDU espreita mais um mandato. António Luís

O

movimento de independentes “SIM – Sines Interessa Mais”, liderado pela vice-presidente e vereadora do

actual executivo, Marisa Santos, parte esperançado - agora sem o histórico Manuel Coelho, que passou a liderar a lista para a presidência da Assembleia Municipal - para nova conquista do município que já esteve nas mãos dos comunistas no tempo em que era ‘comandado’ por Francisco do Ó Pacheco e pelo próprio Manuel Coelho, que faz parte do lote dos ‘dinossauros’ da região. A candidatura da jovem autarca já era espectável, uma vez que, desde cedo, o ainda presidente da autarquia a apontara como a sua sucessora natural. Sobretudo para defender a maioria absoluta conquistada há quatro anos, que acabaria por ser uma das grandes surpresas da noite eleitoral. Marisa Santos, a primeira

Eleição em 2009 para a Câmara Municipal 43,86%

I PS

30,69%

CDU BE PSD

Brancos Nulos

14,94%

mulher em Sines a ocupar o lugar de presidente, apostou muito nos seus pelouros, sobretudo junto da população mais nova. Mas este domingo nem tudo é seguro para o movimento independente. São mais as incertezas. Em primeiro lugar, porque os socialistas ficaram a cerca de mil votos da votação do SIM e apostam tudo nestas eleições para conquistarem o município. Nuno Mascarenhas, o recandidato do partido da ‘rosa’, pode vir a ser, neste cenário, uma das surpresas da noite eleitoral, e as cúpulas do seu partido sabem disso. Tanto mais que o peso do PS na Costa Alentejana, com as divisões em Alcácer do Sal e em Grândola, está em risco. Sines, será assim um grande prémio

4

I

2

PS

1

CDU BE PSD

3,35%

1,52% Votantes 64,69%

1

Sines

2

Porto Covo

de consolação. Mesmo sem euforias desmedidas, a candidatura está a jogar pelo seguro. Ninguém nas hostes locais dos socialistas quer admitir uma vitória. Outra coisa será a possibilidade de perda da maioria absoluta. Não só pela diferença de votos entre o SIM e o PS, sendo que os socialistas poderiam conseguir o seu terceiro mandato com pouco mais de 160 votos dos que os alcançados em 2009. Mas também porque a CDU almeja igualmente a conquista de mais um mandato e a distância não é assim tão inacessível. Se especularmos com os números registados nas últimas eleições a CDU poderia atingir o seu segundo vereador, retirando-o à actual maioria, caso

Eleição em 2009 para a Assembleia Municipal

4,89%

0,76%

2

Votantes: 7.524 Inscritos: 11.631

41,02% 30,08%

7 3

15,19%

1

6,38%

1

4,59%

Brancos

1,95%

Nulos

0,78%

9

Votantes 64,68%

Votantes: 7.523 Inscritos: 11.631

aumentem a sua votação em mais cerca de 500 votos. Fora desta corrida mais a sério estão Bloco de Esquerda e PSD, cujas votações nas autárquicas de 2009 ficaram muito abaixo das expectativas. Os bloquistas conquistaram apenas 368 votos e os socialdemocratas não foram além dos 252 votos, scores muitos residuais, embora a massa eleitoral do concelho sineense seja a mais pequena no conjunto dos treze concelhos da região de Setúbal. Curiosamente, o Bloco de Esquerda não apresenta candidato em Sines este domingo. O PSD vai à luta com João Custódio, mas as expectativas são muito curtas. Pelo contrário, o CDS-PP, que nas últimas eleições não foi a votos, vai testar o eleitorado este domingo, com a candidatura de Américo Lourenço. Não havendo grau de comparação, anteve-se igualmente uma votação pouco expressiva. Será pois um dos concelhos a acompanhar com mais interesse nas eleições de domingo. As incertezas são muitas e o suspense pode manter-se até à contagem dos últimos bolentis de voto.

Ordem no boletim de voto

Hélder Guerreiro, CDU

Américo Lourenço, CDS/PP

Nuno Mascarenhas, PS

Marisa Santos, SIM

João Custódio, PSD

Licenciado em engenharia química, Helder Guerreiro tem 37 anos de idade. Membro do PCP, é deputado da Assembleia Municipal.

É vice-presidente da concelhia de Sines do CDS/PP, tem 50 anos e nasceu em Lisboa. reside em Sines há mais de duas décadas e trabalha na administração portuária.

Nuno Mascarenhas, 45 anos, natural de Sines é licenciado em Economia. Exerce funções de chefia na Administração do Porto de Sines. É actual vereador. Foi também professor de matemática e economia.

Marisa Santos, natural de Sines, tem 37 anos e é, desde 2009, vice-presidente do município eleita pelo Movimento SIM. É licenciada em Direito pela Universidade de Coimbra e pósgraduada em Gestão Autárquica.

João Custódio é presidente da concelhia de Sines do PSD. Tem 39 anos, é natural de Sines, e empresário no sector das pescas. Candidata-se pela segunda vez consecutiva ao município.



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