semmais
SÁBADO 28 DE ABRIL DE 2018 Diretor Raul Tavares Semanário - Edição 989 - 9ª série Região de Setúbal Distribuído com o Expresso
SOCIEDADE
CHUVA OBRIGA A REAGENDAR LIMPEZA E ALTEAMENTO DE BARRAGENS DA REGIÃO As barragens do Roxo, Monte da Rocha e Pego do Altar, já deveriam estar a ser limpas e aumentadas, mas a chuva intensa do último mês obrigou ao cancelamento dos trabalhos. O ministério do ambiente admite a suspensão e admite retomar os trabalhos quando houver condições. P4
SOCIEDADE
COMUNIDADE DE SESIMBRA PRESTA HOMENAGEM AO SENHOR JESUS DAS CHAGAS
ALCÁCER DO SAL ESTÁ NA MIRA DOS INVESTIDORES DA INDÚSTRIA AGROALIMENTAR O município soma investimentos nas áreas do turismo e da agricultura. Vítor Proença está convicto de que a autarquia a que preside está na rota do desenvolvimento e admite continuar a apostar na promoção turística de um concelho com condições únicas de atratividade. P2
Homenagem ao padroeiro dos pescadores inclui uma procissão centenária pelas ruas da vila e termina com uma bênção aos barcos de pesca em frente à Fortaleza de Santiago. Populares e turistas acorrem às centenas à vila piscatória pelo 4 de maio, para assistir às celebrações. P5
DESPORTO
TRADIÇÃO DO DIA DO VITORIANO LEVA CENTENAS DE SÓCIOS AO BONFIM A família vitoriana, adeptos, simpatizantes, atletas das várias modalidades e funcionários vão reunir-se hoje no parque do Bonfim em mais um dia do Vitoriano. Às 16h00 todos vão apoiar o clube do coração que defronta o Feirense num jogo com entrada gratuita para sócios. P11
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SOCIEDADE
MUNICÍPIO ESTÁ NA ROTA DO DESENVOLVIMENTO
Alcácer capta mais de 20 investimentos agroalimentares e turísticos Vítor Proença, edil de Alcácer, admite que a aposta da promoção turística da região está a surtir efeito. De entre os investimentos programados conta-se um hotel de quatro estrelas e a ampliação do hotel da Barrosinha. Na indústria agroalimentar a preferência dos investidores vai para plantações de mirtilo, pera abacate e cenoura. TEXTO ELOÍSA SILVA IMAGEM SM
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uma altura em que se comemoram 800 anos do surgimento do município de Alcácer do Sal, Vítor Proença não podia estar «mais satisfeito com o reflexo da aposta que temos feito na promoção turística da nossa região». O presidente da câmara afirma que Alcácer «está na rota do desenvolvimento e não tencionamos parar por aqui». Isto porque, afiança o autarca, «esta é uma terra com condições únicas em termos de desenvolvimento». Desenvolvimento que se acentua não só na industria agroalimentar como na hotelaria e restauração. O edil anuncia mais de 20 investimentos «de milhões de euros, que representam bem a particularidade e especificidade do nosso território, mas, também, das nossas gentes e na
forma como somos acolhedores», enaltece. A promoção da região tem sido feita por inúmeros e distintos canais, sendo o mais significativo o filme de apresentação do município, «e da sua integração
na rota da A2 e do IC1», que conquistou, já este ano, num festival em Viena de Áustria, o 8º lugar de entre mais de 200 filmes. Vítor Proença admite que esta é uma forma de promover «a região e a sua beleza, mas não é a única».
Nesse sentido, realça a «estratégia de promoção interna» que passa pela presença nas redes sociais, na manutenção de um site dinâmico, na apresentação em feiras como a BTL e na «acentuação de uma componente turística diferenciada e objetiva», garante. Até ao final de 2018 estará em marcha a construção, no valor de 6 milhões de euros, de um hotel de quatro estrelas, a que os investidores nacionais decidiram chamar «Palácio do Sal», junto à ponte rodoviária metálica, no antigo quartel dos Bombeiros Voluntários. Também no Hotel Rural da Barrosinha, na Comporta, a resposta em termos de camas vai aumentar, revela Vítor Proença, «com um investimento de mais de 15 milhões de euros. 10 milhões em duas novas unidades hoteleiras e 5 milhões na ampliação do aldeamento que já existe». No âmbito da indústria agroalimentar a procura por terrenos
férteis, para produção de frutas e legumes, também tem sido «privilegiada por grupos internacionais e algumas empresas portuguesas» com investimentos previstos de «10 milhões de euros para um terreno de 450 hectares de plantação de cenoura, por um grupo Francês; outros dois projetos distintos, um luso e outro sul africano no valor de 12 milhões de euros, para cultivo de pera abacate, e um terceiro, a rondar os 8 milhões de euros, destinado à produção de mirtilo», revela o autarca. Vítor Proença cumpre o seu segundo mandato, alcançado com maioria absoluta em outubro do ano passado, com a certeza de que Alcácer, o município do distrito de Setúbal com a mais baixa taxa de IMI, «é uma terra que tem que seguir em frente e ser projetada para o futuro, considerando as suas condições únicas em termos de desenvolvimento», conclui.
35 pessoas pediram interdição Palmela subiu 36 e inabilitação nos primeiros posições no Índice dois meses de 2018 de Transparência Municipal de 2017
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s novas regras de pagamento da Segurança Social estão a levar a corridas aos tribunais do distrito onde os números de pedidos de interdição e inabilitação não param de aumentar. Só nos primeiros dois meses do ano foram 35 os processos que chegaram à justiça na região. A interdição e inabilitação são mecanismos judiciais de proteção de uma pessoa que não consegue gerir a sua própria
vida e finanças por motivos de doença psíquica ou física, o que inclui casos de dependência de álcool ou droga e também o vício no jogo. A inabilitação aplica-se quando estão em causa incapacidades menos graves que passam pela nomeação de um curador que cuida dos interesses do inabilitado. Já a interdição é decretada em caso de incapacidade grave e irreversível, implicando a indicação de um tutor.
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Segundo a juíza Armanda Gonçalves, a tendência do aumento de pedidos de interdição e inabilitação será para aumentar nos próximos tempos em todas as comarcas devido às novas regras de Pagamento da Segurança Social para a Inclusão (PSI), uma vez que além do atual número ações já propostas haverá muitas outras que em breve darão entrada nos serviços. Os dados relativos ao distrito de Setúbal indicam que entre janeiro e fevereiro de 2018 houve um aumento de 3% face ao período homólogo de 2017, mas os meses que se seguem terão uma evolução bem mais significativa. A lei não define prazos, mas por norma um processo de interdição e inabilitação pode demorar cerca de oito meses, em média, segundo avança a Ordem dos Advogados. Ainda assim, a Segurança Social já anunciou que vai emitir o cheque em nome dos candidatos ao tutor ou curador assim que se faça prova do início do processo judicial. *R.D.
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elativamente ao ano transato o município de Palmela melhorou, em 36 lugares, a sua posição no Índice de Transferência Municipal, elaborado pela Associação Cívica Integridade e Transparência em conjunto com a Universidade de Aveiro, ocupando agora o 37º lugar no ranking nacional. Sines, em 25 lugar, é o município do distrito mais bem classificado. Esta avaliação, feita aos 308 municípios portugueses, incide em critérios como informação de interesse público nos sites dos municípios em sete áreas distintas: Organização, Composição Social e Funcionamento do Município (18 indicadores); Plano e Relatórios (13 indicadores); Impostos, Taxas, Tarifas, Preços e Regulamentos (5 indicadores); Relação com a Sociedade (8 indicadores); Transparência na Contratação Pública (10
indicadores); Transparência Económica a Financeira (12 indicadores) e Transparência na área do Urbanismo (10 indicadores). Palmela melhorou globalmente a sua posição numa subida de 36 lugares face ao ano de 2016, tendo melhorado, igualmente, a sua posição na Área Metropolitana de Lisboa e no Distrito de Setúbal, ficando na segunda posição em qualquer destas unidades territoriais, respetivamente atrás dos municípios de Sintra e de Sines. A autarquia de Palmela alega «reconhecimento externo da importância que o município tem vindo a atribuir à dimensão da transparência na governação pública e ao esforço realizado por manter atualizado o Portal Municipal, quer na informação para apuramento deste Índice, quer no que toca a outro tipo de informação». *E.S.
SOCIEDADE
SETÚBAL OCUPA O TERCEIRO LUGAR NA LISTA DE DISTRITOS COM MAIS FALÊNCIAS
Todos os meses 79 famílias assumem ser insolventes O número de insolvências singulares na região registou no ano passado uma quebra de 5% mas o distrito continua a apresentar fragilidades no que concerne à economia familiar. Há quase 80 famílias a declarar insolvência. Em 2013 eram mais de 90 famílias por mês. TEXTO ROBERTO DORES IMAGEM SM
O
s indicadores económicos têm revelado uma recuperação da região no último ano, mas novos dados, vindos agora a público, não estão a refletir «boas contas» nos bolsos das famílias. É que em 2017 foram decretadas no distrito de Setúbal 942 famílias insolventes. Ou seja, uma média mensal de 79 pessoas singulares ficou em situação de impossibilidade de pagamento das suas obrigações vencidas. Ainda assim o valor é mais baixo, comparando ao registo de 2013, em plena crise económica, quando a região assistiu a meses em
que as insolvências chegaram a atingir uma média superior às 90 famílias, dando expressão aos efeitos nefastos da crise. Decorria um período em que o desemprego atingia o pico, quadruplicando a média das insolvências na maioria dos concelhos da região. «Até aí, a generalidade das pessoas, com maior ou menor dificuldade, até tinham as suas contas controladas, relativamente aos encargos assumidos. Mas a situação de austeridade que se abateu deixou as famílias em grandes dificuldades e até hoje está a ser difícil recuperar, porque ficaram muitos encargos para trás e os salários nunca mais foram os mesmos», explica ao
Semmais o economista Paulo Gomes Teixeira. Ainda assim, comparando com 2016, o distrito de Setúbal reduziu o número de insolvências singulares, apresentando no ano passado uma quebra de 5% face ao ano anterior. No mapa nacional a região continua a apresentar elevadas fragilidades a este nível, que a colocam no terceiro lugar entre os distritos com mais insolvências, apenas atrás do Porto e Lisboa, conforme se constata no Observatório Infotrust Insolvências – Ano 2017. O Processo Especial de Revitalização (PER) apresentava-se no ano passado como a tábua de salvação para muitas famílias, mas a verdade é
Rotary Club de Sesimbra celebra Abril com conferência por José Zaluar
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nserida no ciclo de conferências, organizadas mensalmente pelo Rotary Club de Sesimbra, decorre esta tarde, a partir das 15h00, na sala polivalente da Biblioteca Municipal, mais uma sessão de trabalho, desta feita dedicada ao 25 de Abril pelo professor José Zaluar, da Universidade Lusófona. «Celebrar Abril» versará sobre a implantação da liberdade e da democracia em Portugal, que, segundo lembra o rotary de Sesimbra, «teve um elevado preço, que muitos resistentes assumiram com sangue e até com a vida, nas prisões da ditadura fascista, nas atividades clandestinas, na guerra colonial ou no exílio». É deste período e de alguns dos seus atores principais, que tratará a conferência desta tarde. Já no dia 26 de maio decorrerá outra conferência “A Educação Somos Todos Nós” moderada pelo jovem
sesimbrense Simão Amigo. Os convidados da sessão, de várias faixas etárias, irão abordar o estado da educação «dando a sua visão dos métodos que poderão estar ultrapassados e das medidas que deveriam ser implementadas em prol de uma educação mais justa e equitativa». Propõe-se que o público presente participe, conscientemente, neste debate «que conta com uma forte componente audiovisual, dois painéis de oradores competentes, subtemas pertinentes e
que demonstram um teor cívico relevante», esclarece o Rotary. Entretanto o Rotary Clube de Sesimbra terá a sua cerimónia de “Transferência de Tarefas” no dia 7 de Junho, no Hotel do Mar, com a presença do Governador do Distrito 1960 Afonso Malho. Nesta cerimónia irão entrar 5 novos membros no clube rotário, num esforço de rejuvenescimento do clube e de uma maior abertura à comunidade. *E.S.
que poucas pessoas optaram por recorrer ao PER (não terá chegado à meia centena na região) depois de em 2015 a procura ter sido mais intensa. À ordem do dobro. Um dos dados curiosos entre as estatísticas agora reveladas, indica que a este contexto de fraca recuperação económica das famílias soma-se ao aumento dos créditos à habitação e ao consumo. Ou seja, os empréstimos para compra de casa no distrito continuam a cres-
cer, numa altura em que os bancos já demonstram preocupação com os indicadores que podem voltar a comprometer a banca e aumentar o crédito malparado. Quem é insolvente? Uma família pode demostrar estar numa situação económica difícil, quando deixa de cumprir as obrigações vencidas ou se encontra numa situação iminente de deixar de conseguir cumprir os empréstimos contratados. As
consequências de uma família abrir falência, passa pela privação dos poderes de administração dos seus bens penhoráveis, tendo o dever de se apresentar em tribunal e de colaboração com órgãos de insolvência, entregando documentos relevantes para o processo, respeitando ainda a residência fixada na sentença. Os bens pessoais são aprendidos à ordem do administrador de insolvência sendo afetados todos os bens suscetíveis de penhora.
Bombeiros de Sesimbra inauguraram Viatura Tanque Tático Florestal
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urante a cerimónia em que Rafael Bravo foi empossado como 2º comandante da corporação dos bombeiros voluntários de Sesimbra a Real Associação Humanitária (RAHBVS) inaugurou a nova VTTF que, pela sua «imponência e pela importância que tem para a corporação» foi batizada com o nome do ex presidente da câmara municipal, Augusto Pólvora, falecido em julho do ano passado. Fidelino Pereira, presidente da RAHBVS, honrou, lado a lado com a família do autarca, «o grande homem que nos deixou um legado que nunca esqueceremos». A viatura, um Veículo Tanque Tático Florestal, é fruto de uma candidatura apresentada pela autarquia ao POSEUR Portugal 2020, custou 172 mil euros e é comparticipada pelos fundos comunitários em 60 %, pela autarquia de Sesimbra em 20% e pela Associação Humanitária nos restantes 20%. Uma situação que «indignou» o presidente
da RAHBVS que «contava com uma comparticipação comunitária de 80 a 85% o que, no final do processo, acabou por não se verificar», lamentou. A nova viatura, com características específicas que permitem um ataque às chamas mais eficaz e oferece maior segurança para os seus ocupantes, vai ficar ao serviço de todo o distrito de Setúbal que, como lembrou Eduardo Correia, do conselho executivo da Liga dos Bombeiros Portugueses, «tem sido poupado a grandes incêndios, mas tem sido doador de meios
humanos e materiais para todo o país». Ao Semmais, durante a cerimónia de tomada de posse do 2º comandante a quem foram reconhecidos «valores e conhecimento prático para o desempenho do cargo» Eduardo Correia revelou que Sesimbra é «a segunda corporação a dispor de um veículo deste género e isso denota bem a tenacidade desta corporação que zela pela segurança do seu território, mas está sempre pronta a responder a ocorrências em todo o país», elogiou. *E.S.
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SOCIEDADE
CHUVA INTENSA IMPEDIU INTERVENÇÕES NO ROXO, MONTE DA ROCHA E PEGO DO ALTAR
Obras para aumentar 3 barragens da região estão suspensas O Ministério do Ambiente previa para março o início da retirada de nutrientes e matéria orgânica das albufeiras, responsáveis pela degradação natural da qualidade da água, mas a intervenção não só ainda não começou como não há data prevista para o seu arranque. TEXTO ROBERTO DORES IMAGEM SM
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projeto ambiciona «mais e melhor água» para três das maiores barragens que formam a bacia do Sado. Mas as obras de limpeza e alteamento das albufeiras do Roxo, Monte da Rocha e Pego do Altar que deveriam ter arrancado em março para estarem prontas no verão, estão, afinal, suspensas por tempo indeterminado. A intensa chuva de março impediu o avanço da intervenção.
As obras tinham sido lançadas há três meses à boleia de um programa de intervenção nacio-
nal, orçado em mais de 2 milhões de euros, para aumentar a capacidade de armazenamento de oito
barragens no país, três das quais com ação no consumo domésticos e rega dos campos agrícolas do distrito. A barragem do Roxo (Aljustrel) tinha o início das obras agendado para abril e conclusão até agosto, enquanto Monte da Rocha (Ourique) previa ter começado em março para terminar em junho. Já o Pego do Altar (Alcácer do Sal) tinha prevista uma intervenção entre março e agosto. Mas as obras estão todas paradas, porque, segundo explica o Ministério do Ambiente, as chuvas de
GRUPO DE TEATRO DE SÃO SEBASTIÃO PROMOVE ENCONTROS GERACIONAIS
Projeto Sénior Tradições recria dia a dia das mulheres conserveiras de Setúbal
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memória viva de muitos dos participantes na encenação, que trabalharam em fábricas de conserva há mais de 45 anos, validou a dramatização levada ao palco da Casa da Cultura de Setúbal por dez elementos do grupo de teatro do projeto sénior Tradições, promovido pela Junta de Freguesia de São Sebastião. «Mulher Conserveira» é uma peça de teatro de improviso com a qual se pretende «homenagear a mulher conserveira, que não tinham horários definidos, nem direito a pausas; eram obrigadas a levar os filhos, às vezes ainda bebés, para a fábrica, por não haver infantá-
rios na época; muitas iam trabalhar grávidas porque precisavam de sustentar a família e não tinham direito a abono», esclarece a autarquia. Além das condições de trabalho, a fome foi outro aspeto evidenciado pelos atores do grupo de teatro de S. Sebastião. Lembram os participantes que, apesar da trabalharem, «as famílias eram obrigadas a empenhar objetos valiosos como joias, fatos e vestidos de casamento, para poderem comprar comida. A peça «Mulher Conserveira» retrata a dificuldade em «pôr comida na mesa», recordando que «muitas vezes as mulheres colocavam nas algibeiras
peixe da fábrica, à socapa, para poderem alimentar os filhos». Esta peça poderá não voltar ao palco, em breve, mas oportunidades, mas o grupo de teatro sénior da junta de freguesia de São Sebastião já está a percorrer o distrito com a nova revista à portuguesa «A vida a sorrir». Com um conjunto de rábulas satíricas, o espetáculo aborda diversos temas da atualidade em áreas como
a política local, a emigração jovem, os sem abrigo, a violência doméstica, a educação, a saúde, entre outras, tudo apimentado com muito humor, proporcionando ao público uma hora de muita diversão, música e cor. Os seniores apresentam-se ao público infanto-juvenil dia 15 de maio, às 15 horas, no Auditório da Escola EB 2 3 Secundária da Ordem de Santiago. *E.S.
Freguesia atenta às necessidades de mobilidade da população Em resposta aos moradores do Bairro da Trindade, no âmbito do projeto local «Ouvir a população, construir o futuro», a junta de freguesia de S. Sebastião construiu um passeio pedonal na rua Campos Rodrigues. A obra consistiu na colocação de pavê e lancis, desde a interseção com a rua Dona Gertrudes Ligeiro, até ao início da rua Alfredo Lima. Integrado no plano de requalificação do espaço público urbano da Azinhaga dos Espanhóis, a junta colocou, também, calçada na rua Camilo Castelo Branco, permitindo assim a continuidade da passagem pedonal naquela artéria, numa área que liga a rua António José Baptista à av. D. João II. Com esta intervenção é dado mais um passo no sentido de completar o plano de requalificação daquela zona da cidade, delineado no início de 2017. Para a mesma zona estão previstas, ainda, a criação de uma área de estacionamento; a extensão das zonas pedonais, junto aos edifícios; a recuperação das zonas verdes; a demolição de edifícios devolutos contribuindo para a melhoria da qualidade de vida da população.
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março a isso obrigaram, estando por saber quando poderão ser retomadas, já que a entrada no terreno das máquinas está dependente das condições climatéricas. A tutela já fez saber que as operações iniciadas em obra foram «interrompidas após as significativas precipitações que colocaram em causa os métodos técnicos que estavam preconizados», acrescentando a mesma fonte que as operações só poderão ser retomadas em condições particulares e específicas. Ora, sendo dependentes de condições
naturais, não têm data marcada, seguindo-se agora processos de monitorização por parte das autoridades. Este plano foi anunciado pelo ministro do Ambiente, João Matos Fernandes, como sendo da maior importância para a próxima época de estio, tendo definido março como mês mais indicado para o arranque das obras de limpeza e de alteamento. A iniciativa visa retirar das albufeiras nutrientes e matéria orgânica que são responsáveis pela degradação natural da qualidade da água.
Mercado Caramelo, Pinhal Novo, espera de 30 mil pessoas
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liar a animação socio-cultural e a história, preservar a identidade cultural, usos e costumes e promover a Sopa Caramela, pré-finalista das 7 Maravilhas à Mesa, são os objetivos do 3.º Mercado Caramelo, que decorre de 11 a 13 de maio, com orçamento de 60 mil euros. Durante a apresentação, no dia 22, no Pinhal Novo, Luís Fernandes, responsável da Confraria da Sopa Caramela, deposita «boas expetativas» na edição, sublinhando que «as pessoas estão a consumir cada vez mais os produtos caramelos, como a ani-
mação, a gastronomia, o património, o artesanato, a cultura, o que é muito bom, porque é genuíno e português». Já o vereador Luís Calha realçou que o evento reúne programa «muito atrativo, que espelha bem a alma caramela pinhalnovense» e que contribuirá para «afirmar as raízes» da freguesia. Manuel Lagarto, presidente da Junta de Pinhal Novo, destacou algumas novidades, como a “Conversa na Taberna”, os “Contos Caramelos”, bem como muita animação e boa gastronomia. *A.L.
SOCIEDADE
PROCISSÃO EM HONRA DO SENHOR JESUS DAS CHAGAS É O PONTO ALTO DAS CELEBRAÇÕES
USF de Pinhal Novo-Sul abre em maio de 2019
Sesimbra presta homenagem ao padroeiro dos pescadores no dia 4 de maio
F
oi lançada a primeira pedra para a construção da Unidade de Saúde Familiar (USF) de Pinhal Novo-Sul que era ambicionada pela autarquia e pela população desde 2001. O equipamento vai ser construído na rua Manuel Veríssimo da Silva, recordado por Álvaro Amaro, presidente da câmara de Palmela, como «um dos grandes médicos de Pinhal Novo e que chegou, inclusivamente, antes do 25 de Abril, a ser perseguido e preso pela PIDE». A empreitada contará com o apoio financeiro da União Europeia no valor de 550.975 euros, e foi adjudicada pelo valor de 1 milhão e 181 mil euros. Ao município de Palmela caberá a execução dos projetos de arquitetura e especialidades e a fiscalização dos trabalhos. Prevê-se que em maio de 2019 a USF possa abrir portas.
A festividade mais importante para a comunidade marítima de Sesimbra decorre no próximo dia 4 de maio, com as cerimónias de devoção ao Senhor Jesus das Chagas. O culto ao padroeiro dos pescadores termina com a bênção das embarcações de pesca na praia do Ouro. TEXTO ELOÍSA SILVA IMAGEM MÁRIO GOMES
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a próxima sexta feira, feriado municipal, a comunidade sesimbrense presta homenagem ao Senhor Jesus das Chagas, padroeiro da vila e protetor dos pescadores. O culto começou em 1534 e até aos dias de hoje foi-se assumindo como a mais importante festividade para a vila, para os pescadores e, até, para os turistas que já não perdem a oportunidade de assistir e acompanhar a procissão do 4 de maio.
A imagem do santo padroeiro é carregada em ombros por várias artérias da vila, sob um chão coberto de alecrim em contraste com as cores das centenas de mantas penduradas nas janelas e varandas das casas das ruas estreitas por onde passa a multidão. A procissão de dia 4 de maio termina no largo da Marinha perante milhares de pessoas em terra e dezenas de embarcações de pesca no mar, junto à Fortaleza de Santiago, para assistir ao sermão pelo pároco local e receber a bênção para as suas embarcações e
pela abundância do seu sustento. No fim ninguém fica indiferente ao soar das buzinas dos barcos, quase que, num pranto ao padroeiro dos homens do mar no final daquela que é uma das mais antigas do sul do país desde a Igreja Matriz até à Capela da Misericórdia. O programa da Festa das Chagas, organizado pela Irmandade do Senhor Jesus das Chagas, não se esgota com a procissão de dia 4 de maio. A feira da festa já está montada na avenida da Liberdade, com carrocéis e atrações para toda a família até dia 6 de
Presidente da Câmara do Barreiro incentiva população a participar na vida da cidade
maio, e o habitual espetáculo musical, este ano com a participação dos artistas Fernando Correia Marques, Bombocas, Xana
Carvalho e Henrique Matos, decorre no cineteatro municipal João Mota esta segunda feira, dia 30, a partir das 22h00.
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Parque da Cidade do Barreiro foi pequeno para acolher as mais de 3000 pessoas que não quiseram deixar de marcar presença na cerimónia oficial de celebração dos 44 anos do 25 de Abril no concelho. Frederico Rosa, presidente da autarquia, lembrou, durante o discurso inaugural, que a data simboliza «o abrir das portas e o traçar do caminho para as eleições livres, para o acesso à educação e à saúde, para a nossa abertura à Europa e ao Mundo». Assim, faz todo o sentido, reforçou, «que a população participe ativamente na construção da democracia». Numa alusão aos valores de Abril, que «devem ser praticados todos os dias», o autarca socialista pediu aos presentes «que participem na vida da cidade». As comemorações do aniversário do 25 de Abril incluíram inúmeras iniciativas culturais e desportivas, com destaque para o desfile da Liberda-
ENSINO SUPERIOR PÚBLICO
POLITÉCNICO DE SETÚBAL de, promovido pela câmara, juntas de freguesia e movimento associativo com mais de 700 participantes, o concerto com Miguel Araújo, no Parque da Cidade, e o Hastear da Bandeira Nacional nos Paços do Concelho. Foi, precisamente, durante a cerimónia em frente ao edifício da câmara municipal, e ao lado do seu executivo, que o presidente do Barreiro deixou a certeza de que faz parte do grupo de pessoas que «constrói no presente o Barreiro dos nossos filhos». Não des-
curando as vozes críticas que reconhece existirem, Frederico Rosa recordou que «aquele que não luta pelo futuro que quer, aceita o futuro que vier». O autarca, que admite a existência de vários desafios, admitiu durante a celebração da Liberdade, que irá continuar a pugnar por uma cidade «cada vez mais inclusiva, feita com todos, para todos e de todos os barreirenses, garantindo o acesso a oportunidades a homens e mulheres, sem qualquer discriminação», vincou.
Vencer é estar um passo à frente
*E.S.
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*E.S. 2018 | 28 DE ABRIL | SÁBADO | SEMMAIS | 5
LOCAL
GRÂNDOLA
Espetáculo “Viriato” assalta as ruínas romanas de Tróia ALCÁCER DO SAL
Prestação de contas de 2017 foram aprovadas sem votos contra Sem qualquer voto contra, o município alentejano acaba de aprovar o relatório de prestação de contas de 2017. De entre os vários investimentos, o documento destaca o melhoramento de recintos desportivos e de vários arruamentos, bem como a revitalização do museu.
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“Viriato” é o espetáculo que tem lugar este sábado, a partir das 18 horas, naquele edificado de Grândola, pelo Fatias de Cá. Em 147 a.C. os romanos cercam o que resta da hoste lusitana. É mais um episódio da guerra que Roma trava para se apoderar da Península Ibérica. Mas os lusitanos elegem um comandante que, durante sete anos, vai ser o pesadelo de Roma: Viriato. Inicie a sua viagem com uma visita guiada ao maior centro industrial de salgas de peixe do Império Romano pela voz das suas arqueólogas. “Viriato” é uma peça de teatro imersivo, com jantar incluído, de Carlos Carvalheiro e Filomena Oliveira a partir de João Aguiar. O bilhete dos adultos custa 30 euros. As crianças com menos de 5 anos não pagam. E as dos 5 aos 12 anos pagam 20 euros. Da ementa fazem parte sandes de porco assado no espeto e bola vegetariana, entre outros.
ALCOCHETE
S. Francisco vai ter nova caixa de multibanco
relatório de prestação de contas de 2017 da Câmara Municipal de Alcácer do Sal foi aprovado no passado dia 20 de abril, em reunião ordinária de Assembleia Municipal, sem qualquer voto contra, à semelhança do que sucedeu na reunião de Câmara de 13 de abril. O documento destaca fortes investimentos nas refeições e transportes escolares, ação social, desporto, cultura e também para com os Bombeiros de Alcácer do Sal e do Torrão, que receberam cerca de 200 mil euros. Evidencia ainda a diminuição dos custos com combustíveis e a redução encargos com iluminação, na sequência da substituição de luminárias por outras mais eficientes. Relativamente a receitas, o ano transato foi aquele em que o município de Alcácer do Sal teve a maior receita do quinquénio, na ordem dos 18.728.298,67 euros. Segundo o edil Victor Proença, o Governo «continua em
incumprimento» no que diz respeito à Lei de Finanças Locais e aplicação do Fundo de Apoio Municipal, fatores que «retiram cerca de 418 mil euros ao município de Alcácer, que muita falta fazem ao concelho». De acordo com Victor Proença, o ano de 2017 foi «um período de grandes investimentos em obras públicas, de entre os quais se destaca a recuperação integral da estrada de Casebres, a construção do novo circuito de manutenção da Comporta, a iluminação do património, o arrelvamento do Campo Polidesportivo do Parque Desportivo Municipal, a recuperação de azinhagas, dois novos corredores cicláveis, revitalização do Museu Municipal e intervenções em vários arruamentos no concelho de Alcácer do Sal. Destaque ainda para o facto de a Câmara Municipal de Alcácer do Sal não ter pagamentos em atraso e de o prazo médio de pagamento a fornecedores se situar abaixo dos 30 dias.
SINES
BARREIRO
SESIMBRA
Alunos da secundária Poeta Al Berto apresentaram, no dia 25, na sessão solene da Assembleia Municipal do 25 de Abril, propostas para a cidade, no CAS. Inspirados no movimento de participação popular que as comissões de moradores constituíram, os alunos deram desta forma o seu contributo para o desenvolvimento da sua cidade, em várias áreas. Eis as propostas: criar uma semana artística anual para promover o interesse dos jovens pelas artes; criar um festival de tradições; criar uma associação para promover a relação dos jovens com os idosos; promover um dia em que os jovens possam ver, em situação real, como é a vida de um trabalhador que exerça uma profissão com que se identifiquem; promover iniciativas para preservar a cultura cigana; combater a degradação das estações arqueológicas do Monte Chãos.
A Câmara Municipal, no âmbito da empreitada de construção da nova rotunda na avenida do Bocage com a rua Almeida Garrett, é necessário proceder a ligações à rede de abastecimento de água existente, pois a referida empreitada engloba a reabilitação de parte da rede. Os trabalhos irão ser desenvolvidos pelo empreiteiro e implicam a interrupção no abastecimento de água, no dia 3 de maio, no período compreendido entre as 9 e as 15 horas, nas seguintes ruas: av. do Bocage – troço desde a R. Almeida Garrett até à Rua Nuno Tristão, lado sul; rua Almeida Garrett – troço desde a Av. do Bocage até à Rua Nuno Tristão, lado norte; e rua Nuno Tristão – troço da Praceta Frei Luís de Sousa até à Av. do Bocage. Mais informações sobre estes trabalhos poderão ser obtidas junto dos telefones 21 2068068 ou 21 206 8000.
A candidatura apresentada pelo município ao Plano de Ação Integrada para as Comunidades Desfavorecidas, no âmbito do Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano – Programa Operacional Regional de Lisboa 2020, para a requalificação da envolvente de bairros municipais de habitação social no concelho, foi aprovada. A operação engloba espaços de uso coletivo na Almoinha e Zambujal, na freguesia do Castelo, na Boa Água, na Quinta do Conde, e no Bairro Infante D. Henrique, na vila de Sesimbra. O objetivo é promover a fruição destes espaços por parte da população, revitalizar as vivências quotidianas, as relações de vizinhança e o sentimento de pertença, o que contribui para reforçar a vivência urbana e a qualidade de vida das comunidades. As intervenções têm um valor global na ordem dos 220 mil euros.
Alunos propõem iniciativas para a cidade
6 | SEMMAIS | SÁBADO | 28 DE ABRIL | 2018
Rede de abastecimento de água melhorada
O município e a junta de S. Francisco uniram esforços para que seja instalada uma nova caixa automática de multibanco naquela freguesia, uma vez que a existente foi há alguns meses alvo de destruição com recurso a explosão. O edil Fernando Pinto deu conta dos contactos infrutíferos desenvolvidos pela junta de freguesia de S. Francisco junto da instituição financeira proprietária do anterior multibanco e, nessa sequência, dos contactos entretanto desenvolvidos pelo município junto da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo que concordou em colocar uma caixa de multibanco em S. Francisco.«Na sequência dos ataques que as caixas de multibanco têm sofrido em todo o país existe a necessidade da construção de uma estrutura em alvenaria designada por bunker que é um espaço reforçado, seguro e protecionista da máquina de modo a que a sua destruição não volte a acontecer», referiu o presidente.
Espaços públicos ganham ‘fatia’ para requalificação
LOCAL
MOITA
SEIXAL
As pré-inscrições para o programa municipal “Férias Jovens”, arrancaram ontem, dia 27 de abril, no site da câmara municipal da Moita, e prolongam-se até ao dia 1 de maio. Posteriormente, entre 23 e 26 de maio, será o período de inscrição obrigatória para os 360 candidatos selecionados na pré-inscrição, que envolve 120 crianças e jovens por turno. O projeto municipal “Férias Jovens” é dirigido a crianças e jovens, com idades compreendidas entre os 8 e os 13 anos, que residam ou frequentem uma escola do concelho da Moita. O referido programa do município moitense pretende ocupar de forma lúdica e pedagógica as férias escolares e inclui idas à praia, à piscina, passeios e visitas a espaços culturais, cinema, desporto, entre muitas outras iniciativas tão do agrado das crianças e jovens em geral.
O Armazém 56 – Arte Sx, um novo espaço dedicado às artes criado no âmbito do projeto de requalificação da fábrica Mundet, foi inaugurado no dia 25. Trata-se de um espaço multiusos que permitirá que tanto os artistas como as associações culturais do concelho possam aí desenvolver o seu trabalho criativo, disponibilizando todas as condições para o efeito. Está apto a receber artes em olaria, modelação, azulejaria, tecelagem, serigrafia e pintura, carpintaria e serralharia ou street art, bem como cursos de formação e workshops diversos. O equipamento visa apoiar o trabalho e estimular a criatividade dos artistas do concelho, promover iniciativas de carácter inovador que diversifiquem a oferta cultural, formar novos públicos, despertar interesses e aperfeiçoar técnicas e conhecimentos, promover sinergias entre os vários artistas e divulgar o trabalho realizado pelos artistas locais.
PALMELA
MONTIJO
Entre 11 e 13 maio, a aldeia de Fernando Pó acolhe a 23.ª edição da Mostra de Vinhos, que reúne a melhor produção do concelho de Palmela. Em pleno coração vitivinícola da Península de Setúbal, nas renovadas instalações da Associação Cultural e Recreativa de Fernando Pó, o público poderá provar e adquirir uma vasta gama de vinhos das adegas sediadas no concelho, contactar com as empresas produtoras e conhecer os rostos que estão por detrás de cada marca. Será possível, ainda, participar num conjunto de experiências enoturísticas na pitoresca aldeia vinhateira e acompanhar o tradicional Concurso de Vinhos. A animação musical e a gastronomia preenchem o programa. A Câmara Municipal de Palmela apoia a iniciativa, que é da responsabilidade da Comissão Organizadora da Mostra de Vinhos de Fernando Pó.
A Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, o Centro Hospitalar Barreiro/Montijo e a Misericórdia local assinaram no dia 20, na sede da Santa Casa, o acordo de cedência de utilização de uma ala desocupada do Hospital do Montijo para a instalação de um novo Centro de Saúde. Num investimento de meio milhão de euros, este projeto irá abranger cerca de 13 500 pessoas, terá 7 médicos de família e entrará em funcionamento no próximo ano. «Com esta assinatura vamos ter mais um centro de saúde e, com isso, pretende-se resolver o problema do excessivo número de famílias sem médico de família», afirmou Nuno Canta. O autarca deu enfâse, ainda, à integração vertical dos cuidados de saúde que «permite conjugar esforços, servir melhor as pessoas e alargar, substancialmente, o acesso à saúde».
SETÚBAL
ALMADA
As tendências de verão de coleções de roupa e acessórios de lojas da baixa e do criador João Pedro desfilam este sábado, no Setúbal Fashion Weekend Verão. Perto de seis dezenas de modelos, dos 4 aos 30 anos, participam nos dois desfiles, organizado pela DerivaStatus e pelo município, com o apoio de comerciantes da baixa, a realizar em frente à Câmara Municipal. O primeiro desfile, marcado para as 15 horas, é dedicado à moda infantil com as propostas da Activ Kids, Puro Mimo e Totinhas. À partir das 21h30, são mostradas as mais recentes novidades do estilista João Pedro e de várias lojas e haverá apontamentos musicais. O evento visa valorizar novos modelos, novos criadores e novas tendências, além de contribuir para reforçar o programa de revitalização da Baixa da cidade, através de passagens de modelos com roupas e acessórios de lojas locais.
Na freguesia do Laranjeiro, o espaço infantil do parque Luís Sá foi renovado. O investimento ascendeu a mais de 56 600 euros. Está maior e com novos equipamentos de recreio e já pode receber as brincadeiras de crianças, a partir dos 3 anos. Os trabalhos executados permitiram ampliar a área deste espaço, substituir os equipamentos de recreio e a superfície de amortecimento, bem como colocar uma nova vedação e alterar o restante mobiliário urbano de apoio. Este parque infantil conta agora com quatro novos equipamentos: um multifuncional (a partir dos 6 anos); um mini carrossel (a partir dos 3 anos); dois equipamentos de trepar (a partir dos três e dos 6 anos). Os novos equipamentos estão em conformidade com a legislação em vigor, no que diz respeito à segurança, organização e informação.
Já arrancaram as pré-inscrições para “Férias Jovens”
SANTIAGO DO CACÉM
Município sensibiliza crianças e jovens para a leitura
Promover o gosto pela leitura junto do público mais jovem, foi o objetivo do 6.º Concurso Concelhio de Leitura promovido por várias entidades. 30 alunos finalistas deram o seu tempo por bem passado, pois ganharam prémios e aperfeiçoaram a leitura em voz alta.
A
final do 6.º Concurso Concelhio de Leitura “Ler com Prazer”, realizou-se no dia 23, na biblioteca Manuel da Fonseca. A iniciativa resulta de uma parceria entre a Rede de Bibliotecas Escolares, o Plano Nacional de Leitura – “Ler+” e o município. O concurso, alusivo ao ano letivo 2017/18, visou a promoção da leitura no público infantil e o desenvolvimento da expressividade/leitura expressiva em voz alta. O final do concurso contou a presença de alunos dos Agrupamentos de Escolas Professor Arménio Lança (Alvalade), Cercal do Alentejo, Santiago do Cacém e de St.º André, num total de 30 finalistas, entre o 3.º ano e o ensino secundário. Vencedores: 3.º ano: Leonor Teles (Agrupamento de Escolas de Santiago do Cacém); 4.º ano: Rita Cruz (Agrupamento de Escolas Arménio Lança – Alvalade do Sado); 5.º ano: João Roque (Agrupamento de Escolas de Santo André); 6.º ano: Rita Silvano (Agrupamento de Escolas de Santiago do Cacém); 7.º ano: Iara Azevedo (Agrupamento de Escolas de Santo André); 8.º ano: Bruno Messias Pereira (Agrupamento de Escolas de Santiago do Cacém); 9.º ano: Mafalda Silva (Agrupamento de Escolas de Santiago do Cacém); Ensino Secundário: Marisa Nóbrega (Agrupamento de Escolas de Santo André). A vice-presidente do município, Margarida Santos, integrou o júri do concurso acompanhada por Helena Araújo, em representação da Rede de Bibliotecas Escolares, e por Lucinda Simões, em representação do Plano Nacional de Leitura. As vozes de Arantxa Joseph e André Duarte encantaram o público com a história infantil “Mister Corvo”, de Luísa Morandeira. A ocasião contou com a presença do vereador da Educação e da Cultura, Jaime Cáceres, que manifestou o seu agrado com a iniciativa. Os vencedores receberam livros oferecidos pela Câmara e brindes da Rede de Bibliotecas Escolares. Houve diplomas e brindes para todos.
Provar os vinhos em Fernando Pó
Tendências da moda e fila a raça
Novo espaço dedicado às artes já foi inaugurado
Novo centro de saúde vai avançar
Espaço infantil no parque Luís Sá foi renovado
2018 | 28 DE ABRIL | SÁBADO | SEMMAIS | 7
CULTURA
IOLANDA RODRIGUES, NO 30.º ANIVERSÁRIO DA ADCS, PEDE PRENDA:
«Precisamos de novas instalações, mais amplas, num local central e mais adequadas» A Academia de Dança Contemporânea de Setúbal necessita, com a maior urgência, de instalações condignas, num local central e de fácil acesso, bem como de financiamento suficiente que permita o seu funcionamento, com qualidade. Uma carrinha para o transporte dos alunos, funcionários, professores e materiais de cena, também é bem-vinda na ausência de nova sede. TEXTO ANTÓNIO LUIS IMAGEM MARIANA DIAS
A
comemorar os 35 anos de existência, a Academia de Dança Contemporânea de Setúbal, onde estudam 90 alunos, promove este sábado e domingo, dois espetáculos no Forum Luísa Todi, às 21h30 e 16 horas, respetivamente. O espetáculo de hoje conta com a participação da Pequena Companhia da ADCS, com algumas reposições de peças do repertório da mesma, nomeadamente um excerto do bailado “Sonetos”, coreografado por Iolanda Rodrigues, em 2016, com música de António Gonçalves, voz de Dora Fidalgo
e figurinos de Marina Sacramento; a peça do Programa Jovens Coreógrafos 2017, “Retro’Expectativa”, de Catarina Correia; e com o bailado “Broadway”, coreografado pela norte-americana Kathy Jennings, em 1989. No domingo, o espetáculo “Em Busca da Ilha”, conta com a participação de todos os alunos da ADCS, desde as classes de iniciação até ao último ano do curso de formação de bailarinos. É coreografado por Iolanda Rodrigues e tem figurinos e adereços de Marina Sacramento. Iolanda Rodrigues, diretora da companhia, realça que a melhor prenda que a ADCS gostaria de receber neste 30.º aniversário seria umas «novas instalações, mais
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amplas, num local central e mais adequadas a uma instituição de ensino da dança, que tem dado provas de excelência, na formação de bailarinos profissionais». Sobre o balanço dos 35 anos de vida, a responsável reconhece que apesar dos altos e baixos, a estrutura «do ponto de vista do projeto pedagógico e artístico, a Academia tem conseguido realizar, ao longo dos anos, com grande sucesso, os seus principais objetivos». A formar bailarinos de qualidade, reconhecidos por profissionais da dança e aptos a dançar profissionalmente, a ADCS orgulha-se do trabalho que faz. «Infelizmente, dada a escassez de estruturas profissionais no nosso país,
muitos acabam por ingressar em escolas superiores de dança. Outros integram-se ou desenvolvem projetos coreográficos pontuais, e alguns têm coreografado para a Pequena Companhia, como no evento “Jovens Coreógrafos”, que se realiza anualmente», sublinha Iolanda Rodrigues. Na falta de novas instalações, a ADCS necessita de uma carrinha para transporte de alunos, professores e materiais de cena e de financiamento «suficiente que permita um funcionamento, com qualidade». De referir que a Academia de Dança Contemporânea de Setúbal, recebe do Ministério da Educação «um valor por aluno, na verdade, muito inferior ao custo real».
CULTURA
A MORTE DE UM CAIXEIRO VIAJANTE
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RAIO
ALMADA28ABRIL21H30
Continua em cena “Morte de um Caixeiro Viajante”, com texto de Arthur Miller e encenação de Carlos Pimenta. Não perca o drama social e familiar por que passa Willy Loman ao perder o emprego.
Qual o seu maior vício? Boas sobremesas.
POR ANTÓNIO LUÍS IMAGEM SM
ALCÁCER DO SAL 28ABRIL21H00
Que livro anda a ler ou leu ultimamente? “Manual do Guerreiro da Luz”, de Paulo Coelho.
MUSICAL “O PRÍNCIPE NABO” SOCIEDADE 1.º JANEIRO TORRANENSE
Qual o seu maior sonho profissional? É saber que melhoro a qualidade de vida de que quem se cruza comigo.
Criado a partir da obra de Ilse Losa, o musical “O Príncipe Nabo” é apresentado na Sociedade 1.º de Janeiro Torranense, voltando no dia 29, às 17 horas, ao auditório de Alcácer. Tem encenação de Paulo Miguel Ferreira e música original de Miguel Teixeira.
E pessoal? Manter um bom nível de saúde física e emocional. Cidade preferida? Madrid.
SESIMBRA28ABRIL21H30
Qual o local que gostaria de conhecer e que ainda não visitou? Londres.
ORELHA NEGRA DÃO CONCERTO TEATRO JOÃO MOTA Os Orelha Negra, compostos por Sam the Kid, Dj Cruzfader, Francisco Rebelo, João Gomes e Fred, apresentam temas do último CD, sucessos anteriores e alguns medley, recentemente criados.
SEIXAL28ABRIL21H30 BARRIGAS CELEBRA DIA DO JAZZ FORUM CULTURAL
O pianista e compositor Luís Barriga sobe ao palco para celebrar o Dia Internacional do Jazz. Preparou uma viagem por entre os seus dois discos “2:30” e “Songs With and Without Words”, apresentando ainda ao público música nova.
“LIBERDADE MINHA”
FORUM JOSÉ MANUEL FIGUEIREDO “Liberdade, Minha” é um espetáculo multidisciplinar, em que a palavra “Liberdade” é de chave que nos retrata a época do antes, do durante e do pós 25 de abril. Por United Visionary Arts.
PALMELA28ABRIL21H30 “OS LABIRINTOS DO MINOTAURO” TEATRO S. JOÃO
Palmela assinala o Dia Mundial da Dança com um espetáculo de flamenco no Centro Cultural do Poceirão, e o S. João acolhe “Os Labirintos do Minotauro”. No domingo, das 14 às 19 horas, no Largo José Maria dos Santos, tem lugar o “Dança ao Largo”, com aulas diversas.
MONTIJO29ABRIL11/12H30
«Quero melhorar a qualidade de vida de quem se cruza comigo»
O músico/osteopata Rui Terrinha, 46 anos, signo Virgem, reside e nasceu em Palmela. Tem como grande sonho melhorar a qualidade de vida de quem se cruza com ele. Gostava de conhecer Londres e de convidar Jamie Oliver para confecionar o jantar.
TEATRO JOAQUIM BENITE
MOITA28ABRIL21H30
RUI TERRINHA
Qual o último filme que viu no cinema? “Rampage – Fora de Controlo”. Melhor peça de teatro? “Contos em Viagem – Cabo Verde”, do Teatro Meridional. Melhor música de sempre? “Uvas Douradas”, de minha autoria. Qual a sua maior virtude? Aguentar certas situações com paciência. E defeito? Aguentar certas situações com paciência.
Um desejo para 2018? Paz.
Como se chama o seu animal de estimação? A gata Lili.
Quem convidaria para um jantar a dois? Jamie Oliver e convidava-o a cozinhar.
O que levaria para uma ilha deserta? Um piano.
Quem é a mulher mais sexy do Mundo? Mariah Carey
Dia ou noite? Noite.
Complete: A minha vida é… Uma caixinha de surpresas.
O que mais teme na vida? A solidão.
O que não suporta no sexo oposto? Achar que é o centro das atenções.
A quem ofereceria um presente envenenado? Ninguém.
Comida e bebida preferida? Bacalhau e vinho tinto.
O maior desgosto da sua vida? Será sempre perder algum familiar.
Coro Voz de Setúbal apresenta “Ritual Gótico” em Palmela
I
nspirado pela arquitetura gótica da Igreja de Santiago, em Palmela, e assinalando a comemoração dos 44 anos do 25 de Abril’74, o coro Voz de Setúbal, sob a direção do maestro Jorge Salgueiro, irá realizar hoje, a estreia mundial de uma obra que simultaneamente celebra a liberdade de expressão e se enquadra no revivalismo gótico contemporâneo; Ritual Gótico. A atuação do coro, que irá contar com as colaborações de Rui Sidónio (Bizarra Locomotiva) e
do coro Coro Valdeluz de Madrid, que estará em Setúbal até 1 de maio num intercâmbio com a formação local, inclui a interpretação, em estreia mundial pelo coro Voz de Setúbal, da obra «Garganta Herética 666» que é, segundo o autor Miguel Fonseca, «uma sinfonia para coro, percussões industriais, trompas tibetanas, gongo, harpa de vidro e motor a jato». Ao Semmais Miguel Fonseca ressalva que esta peça «Ilustra o momento de entrada num buraco negro. Um ambiente
sinistro, negro e pesado, em crescendo contínuo até ao êxtase final». No que concerne à inspiração, que trouxe o autor até esta composição, Miguel Fonseca esclarece que «veio de uma publicação da idade média, de uma lista proibida de obras e autores, lançada pela inquisição, de modo a censurar a liberdade de expressão e a criatividade segundo as normas da igreja», vinca. Ao longo do concerto desta noite na igreja do Castelo de Palmela, o público «acompanha o
ritual de nascimento de uma crisálida fantástica portadora da vida e da morte, da liberdade e da prisão eterna», adianta Jorge Salgueiro enquanto vai anunciando que, além da obra de Miguel Fonseca, o coro Voz de Setúbal irá interpretar obras de Vítor Rua, Hugo Vasco Reis, Philip Glass, John Tavener, Meredith Monk, Eric Whithacre, Jorge Salgueiro, Luís Carvalho, Lopes Graça, Javier Busto e Rhonda Sandberg. *E.S.
UMA CIDADE COM RITMO PRAÇA DA REPÚBLICA
As associações e escolas do concelho juntam-se para mostrar que há muito ritmo no Montijo. Haverá Hip Hop, Dance Hall, Danças de Salão, Zumba, Ballet, Dança Contemporânea, Danças Orientais e muitas outras animações.
GANHE CONVITES PARA O TEATRO Temos para oferecer aos nossos leitores convites para a revista popular “Portugal em Revista”, em cena no Teatro Maria Vitória, no Parque Mayer, em Lisboa, tendo como principais protagonistas Flávio Gil, Miguel Dias, Paulo Vasco, Susana Cacela e Rosa Villa. Para se habilitar aos convites basta ligar 96 943 10 85 e solicitar os seus convites.
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POLÍTICA
DAS COISAS NASCEM COISAS* JOSÉ TEÓFILO DUARTE DESIGNER | DIRECTOR DE ARTE
ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE SETÚBAL PROMOVE RECONHECIMENTO
Odete Santos foi figura central na sessão solene do 25 de Abril Deputada, vereadora, presidente da Assembleia Municipal, atriz, defensora dos direitos da mulher... Odete Santos foi tudo isto ao longo da vida! A assembleia municipal de Setúbal reconheceu-a nos 44 anos do 25 de Abril. TEXTO ELOÍSA SILVA IMAGEM SM
DIÁRIO DE BORDO
28. Abril. Café da Casa da Avenida. Setúbal CONVERSAS DE CAFÉ NO CAFÉ | É uma conversa descontraída, no Café da Casa, mesmo dentro da Casa da Avenida. Vou conversar com dois amigos, que é para isso que a gente se encontra no café. O motivo é o trabalho de João Limpinho, exposto na galeria da Casa da Cultura e na Casa da Avenida. As mostras terminam domingo. Vamos conversar sobre o que sobra da arte que faz arte das sobras, o Manuel San Payo, o Manuel Augusto Araújo e este vosso semelhante. É hoje, dia 28, sábado, às 17:30 horas. Depois da conversa será projectado o filme A Respigadora e os Respigadores, de Agnès Varda. Bem vindos. 3. Maio. Sala José Afonso. Casa da Cultura, Setúbal A FESTA da ILUSTRAÇÃO vai trazer a Setúbal os principais ilustradores da actualidade. A apresentação do programa da Festa’18 vai ser no próximo dia 3, na Sala José Afonso da Casa da Cultura, às 11 horas. A Festa é em junho. João Fazenda, Prémio Ilustração 2017, é o ilustrador convidado. Tóssan será o ilustrador evocado, em jeito de recordação e homenagem, em exposição concebida pelo designer e director de arte Jorge Silva. VER AO PERTO é a exposição que reúne os principais ilustradores que residem no concelho de Setúbal. GALINHAS DO MATO, é o título do trabalho do ilustrador convidado Alberto Lopes, que é autor da capa do disco Galinhas do Mato, de José Afonso. Desafiámos o artista para desenvolver a ideia desse trabalho. A grande ilustração vai passar pelos espaços expositivos da cidade em mais uma edição de excelência da Festa da Ilustração. É preciso fazer um desenho?
A
pesar de fisicamente debilitada e com fortes dificuldades de locomoção, Odete Santos voltou a conquistar a plateia do Fórum Luísa Todi ao declamar “As portas que Abril abriu”, de Ary dos Santos, durante a cerimónia de reconhecimento que lhe foi feita. O filme apresentado sobre a vida de Odete Santos recordou a advogada que defendeu centenas de mulheres em processos de divórcio ou em processos relacionados com interrupção de gravidez. Uma luta que travou desde que se sentou pela primeira vez no Parlamento, que foi preponderante na descriminalização do aborto e que seria o ponto de partida para, anos mais
CORPO-ARQUIVO é um projeto pictórico e performativo em processo no qual se estabelece um jogo entre a memória das imagens (o corpo, o desenho e o arquivo), enquanto presença materializada do passado, e a possibilidade de purga de um corpo que se encontra e que se reconcilia consigo próprio. Através do registo gráfico do corpo, um registo-primeiro, discute-se uma ideia de marca/vestígio em oposição, à ideia de representação, vinculada ao longo dos tempos à criação artística. Acompanha-se, portanto, o diálogo entre o indivíduo e o coletivo no ato partilhado de criar, de comer a imagem, e de confrontar-se com o objeto refratado na superfície que se dissolve, dilui e integra a digestão. Criação e Interpretação: Ricardo Guerreiro Campos Apoio Dramatúrgico e texto a partir de memórias partilhadas: Cátia Terrinca Duração aproximada: 60 minutos *DAS COISAS NASCEM COISAS. FRASE DE BRUNO MUNARI
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nho Lúcio e Ilda Figueiredo foram algumas das personalidades políticas entrevistadas para o filme de homenagem que antecedeu o discurso de Odete Santos. Sorridente e bem-disposta, agradeceu o reconhecimento adiantando que outros podem ser feitos, «mas não façam já para o ano que isto não pode ser a toda a hora», rematou.
Recordou a altura em que, ainda miúda, chegou a Setúbal, falou das lutas que travou, dos amigos e admiradores que granjeou ao longo dos anos, dentro e fora do seu partido, e dos poetas que sempre a apaixonaram. Citou Jorge de Sena e terminou em grande com o poema de Ary dos Santos e a plateia de pé a aplaudir.
PSD de Setúbal lança campanha pela redução do valor do IMI
O 4. Maio. Sala José Afonso. Casa da Cultura, Setúbal. 22 horas Ricardo Guerreiro Campos é artista um visual com uma intensa vontade de explorar disciplinas artísticas que complementam a sua curiosidade intelectual. Vai daí, pôs-se a pensar no corpo e na memória que tem das imagens. Vai dizer-nos o que tem para revelar sobre essa vontade, em performance a exibir na Casa da Cultura. Segue o texto que alinhavou para justificar a coisa:
tarde, Portugal legislar a sua liberalização. Os seus discursos inflamados na Assembleia da República, recordados todos estes anos mais tarde, voltaram a ser aplaudidos pela plateia da mesma forma que se soltaram as gargalhadas perante as suas “tiradas” mais mordazes e satíricas. Jerónimo de Sousa, Labori-
presidente da distrital de Setúbal do Partido Social Democrata acusa as autarquias da região de «cobrarem o máximo, mas prestarem serviços mínimos» no que se refere ao Imposto Municipal sobre os Imóveis. Bruno Vitorino lidera, por isso, uma campanha para, segundo o próprio, «esclarecer a população de que autarquias da região são aquelas que mais cobram IMI a nível nacional». De todos os distritos do país, Bruno Vitorino enaltece em declarações ao Semmais que «é no distrito de Setúbal que se paga mais Imposto». O social democrata fala em «preconceito ideológico em relação à propriedade privada», por parte dos eleitos do PS e do PCP que, com as suas políticas «penalizadoras» deixam subentendido que «ter casa própria é “crime”,
acusa Vitorino. A distrital de Setúbal lançou, a este propósito, uma campanha com a qual pretende, uma vez mais «pressionar as autarquias socialistas e comunistas a baixarem uma taxa que consideramos ser demasiado penalizadora», ainda para mais quando são câmaras municipais que «falham nos serviços que prestam à população». «Querem cobrar o máximo, mas prestam serviços mínimos, como por exemplo: falhas na reparação de estradas, na limpeza dos espaços públicos e na recolha do lixo, entre outros», aponta o presidente da distrital do PSD enquanto vai lembrando a evolução do imposto. «Desde 2003, quando foi criado o IMI até 2007, o intervalo das taxas variou entre 0,2% e 0,5%. A esmagadora maioria das câmaras do PCP teve sempre a taxa
máxima possível: 0,5%». Entre 2008 e 2011, o intervalo das taxas «variou entre 0,2% e 0,4% com todas as câmaras do distrito (PCP e PS) a optar, mais uma vez, pela taxa máxima possível: 0,4%», refere. Entre 2012 e 2017, o intervalo das taxas variou, entre 0,3% e 0,5%. Novamente «a maior parte das câmaras tiveram taxas muito altas até 2016, ou a máxima (0,5%) ou outro valor muito perto disso». Bruno Vitorino recorda
ao Semmais que o PSD, através das suas secções e respetivos autarcas, tem ao longo dos anos, «apresentado sucessivas propostas para a redução do IMI nos concelhos do distrito. Essa redução, em alguns casos tem acontecido, no entanto está distante daquilo que é a média nacional». Por isso, garante, «é fundamental continuar a pressionar as autarquias para rever os valores deste imposto». *E.S.
DESPORTO
ADEPTOS FESTEJAM DIA DO VITORIANO NO PARQUE DO BONFIM
«O Vitória precisa de todos e todos seremos poucos»
O V. Setúbal pretende encher o estádio do Bonfim, este sábado, às 16 horas, quando os sadinos receberem o Feirense. Em disputa estão três importantes pontos na luta pela permanência do histórico clube no escalão principal de futebol. A grande festa do Dia do Vitoriano, no Parque do Bonfim, foi escolhida para este dia para chamar adeptos ao estádio. Haverá muita animação e comes e bebes.
TEXTO ANTÓNIO LUIS IMAGEM SM
O
Vitória de Setúbal assinala este sábado, no Parque do Bonfim, o Dia do Vitoriano, à semelhança de anos anteriores. A festa, onde não faltará animação e comes e bebes, pretende unir a família vitoriana para apoiar a equipa profissional de futebol que recebe às 16 horas, no estádio do Bonfim, o Clube Desportivo Feirense, em jogo a contar para a 32.ª jornada da I Liga NOS, um jogo de extrema importância para as contas da manutenção do clube no escalão principal de futebol.
A festa começa bem cedo, às 9h30, com a Caminhada “Juntos pelo Vitória”. A abertura do recinto acontece por volta das 10h30, ao som do DJ Monchique. No relvado do Parque do Bonfim estarão montados insufláveis e jogos tradicionais, haverá apresentações das modalidades amadoras do clube. A música ao vivo acontece por volta das 12h15. Eis os cantores e grupos que irão animar a festa vitoriana: Alcorrazes, Deolinda de Jesus, Cantares do Sado, Susana Martins, Amigos Xico da Cana, Hélder Cardoso, Margarida Piedade, Xoto e Cheerleaders VFC.
Pelas 18 horas tem lugar no pavilhão Antoine Velge o jogo de andebol entre o Vitória de Setúbal e o Ginásio C. Sul. Os festejos do Dia do Vitoriano deverão terminar às 19h30. Os convites grátis, que garantem a entrada para o jogo com o Feirense, podem ser levantados na gestão de sócios ou nas bilheteiras do estádio do Bonfim até à hora do jogo. Também foram distribuídos ingressos em várias escolas e instituições do concelho. «Só juntos podemos ajudar o clube» O presidente do V. Setúbal, Vítor Hugo Valente, realça que é importante encher o estádio para que os joga-
dores se sintam apoiados. «O Vitória precisa de todos e todos seremos poucos. Só juntos podemos ajudar o clube. Uma vitória dará um certo descanso para abordar os dois últimos jogos», sublinhando que a permanência do clube no escalão principal do futebol é «vital e de extrema importância», para o futuro do clube que ainda luta por estabilidade financeira. «Esse trabalho de reorganização e estabilização financeira só estará concluído com a permanência no escalão principal de futebol», vincou o líder sadino. Vítor Hugo Valente admite que o defesa Frederico Venâncio, emprestado ao Sheffield Wednesday, até final da época, poderá voltar a Setúbal, uma vez que o clube inglês não exerceu, até 31 de março, a cláusula de opção. Entretanto, o Vitória de Setúbal já decidiu que irá participar no Campeonato de Sub-23, que terá início na próxima época. «Esta nossa participação é fundamental para o futuro do Vitória. A aposta na formação tem de passar a ser prioritária. O futebol do clube ficará ligado da base ao topo e isso promoverá uma sinergia entre os plantéis».
I Gala Alfarim Awards com lotação esgotada e 34 prémios para entregar
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Grupo Desportivo de Alfarim realiza esta noite, no Casal de Santa Filomena, Aldeia do Meco, a I Gala Awards para a qual está confirmada a presença de 380 pessoas. Vítor Cruz, da direção do clube, admite ao Semmais que a expetativa «é enorme com atletas, familiares, amigos patrocinadores e parceiros a marcar presença nesta iniciativa ímpar no concelho de Sesimbra». Durante a cerimónia de hoje, que Vítor Cruz tenciona tornar num evento anual, serão «homenageados atletas no ativo e ex atletas e serão entregues 34 prémios que representam o reconhecimento do clube a quem o ajudou a crescer, a todos os níveis».
No lote de candidatos a receber um galardão, estão atletas, treinadores de futebol, futebol de praia, patinagem, ginástica, zumba, capoeira, karaté e empresários e particulares que patrocinam o Grupo Desportivo. A I Gala Alfarim Awards, que contará com a atuação de um artista internacional, cujo nome Vítor Cruz não revela, será «um momento marcante para o clube que, mais uma vez, promove um momento de troca de ideias, partilha de conhecimento e estabelecimento de contactos entre os representantes das diversas empresas presentes no evento e os atletas que patrocinam», conclui. *E.S.
Em Palmela Maio é mês de caminhadas e hidroginástica
Repescagem valeu o bronze à judoca Telma Monteiro
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elma Monteiro conquistou a medalha de bronze nos Europeus de Judo em Telavive. Em Israel a judoca portuguesa, que cresceu em Almada, garantiu a 12ª medalha numa prova da europa. Na fase de grupos Telma Monteiro venceu dois combates sendo travada, apenas, nas meias-finais frente à kosovar Nora Gjakova. A portuguesa estava destinada a lutar
pela sua permanência até ao fim e nos dois confrontos da repescagem, Telma Monteiro foi superior às suas adversárias, a húngara Hedvig e a francesa Sarah Leonie Cysique. O bronze de Telavive de Telma Monteiro junta-se às cinco medalhas de ouro em Europeus (2006, 2007, 2009, 2012 e 2015), a uma de prata (2011) e a outras cinco de bronze (2004, 2005, 2010, 2013 e 2014). *E.S.
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aminhadas desportivas e uma aula aberta de hidroginástica são as atividades, de participação gratuita, propostas para o mês de maio pelo programa municipal “Mexa-se em Palmela”, convidando a população para a prática de exercício físico e contacto com a Natureza. No dia 5 de maio, às 09h30, realiza-se a “Caminhada Desportiva e BTT com o Desporto Escolar”, com partida junto ao Cemitério de Quinta do Anjo
e com uma distância de 12 quilómetros, destinada a pais, alunos, funcionários e à comunidade local. A atividade “Hidrofamília - Aula aberta de Hidroginástica” é a proposta para dia 12 de maio, às 16h00, na Piscina Municipal de Palmela. O programa deste mês inclui, também, a habitual caminhada desportiva organizada pelo município, desta vez com o percurso “Do Castelo à Serra”, numa distância de 8 quilómetros. *E.S.
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NEGÓCIOS
ADMINISTRAÇÃO PORTUÁRIA DE SETÚBAL E SESIMBRA ESTÁ A ADAPTAR-SE À EVOLUÇÃO DO SETOR
Projetos de investimento no Porto de Setúbal incidem nas acessibilidades APSS está a maximizar a operacionalidade das infraestruturas portuárias, a proceder ao aprofundamento do canal da barra e a aperfeiçoar os sistemas de informação através da Janela Única Logística. Em causa está a evolução, a médio prazo, do setor marítimo português. TEXTO ELOÍSA SILVA IMAGEM SM
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a ótica de concretização da estratégia para o aumento da competitividade Portuária, Horizonte 2026, implementada pelo governo, o porto de Setúbal continua «apostado em consolidar a sua posição e potenciar o seu desenvolvimento como um grande porto na região de lisboa», garantindo a melhoria das acessibilidades marítimas, ferroviárias e dos sistemas de informação. A intervenção de melhoria das acessibilidades marítimas, prevista para 2018, de «aprofundamento do canal da barra e do canal norte para -15m ZH e -13,5 ZH, raespetivamente», contribuindo para a qualidade e segurança das operações, deixa antever, segundo fonte da administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra ao Semmais, «que este será previsivelmente um ano de transição para o Porto de Setúbal, uma vez que quando concluída esta intervenção o porto ficará dotado de condições para receber navios com maior capacidade, sendo expectável um crescimento consistente da carga movimentada, em particular do segmento de contentores».
Está prevista, igualmente, uma melhoria significativa na vertente das acessibilidades ferroviárias, para a qual estão em curso «estudos técnicos de engenharia, e que inclui a eletrificação das vias até ao interior dos terminais, tendo em vista maximizar a operacionalidade das infraestruturas». Em consequência, admite a APSS, haverá um «aumento da capacidade de receção de comboios com redução dos custos de operação, redução de manobras e um reforço da segurança da circulação ferroviária». No âmbito da melhoria dos sistemas de informação, fonte da APSS, avança que «já foi lançado o concurso para o desenvolvimento da Janela Única Logística (JUL), e da respetiva candidatura a cofinanciamento comunitário». Trata-se de um projeto de âmbito nacional, inscrito no Simplex+ 2017 (medida 229), que tem como objetivo atualizar e estender o sistema da Janela Única Portuária (JUP) a toda a cadeia logística, integrando os meios de transportes terrestres e desenvolver ligações aos portos secos e plataformas logísticas, numa lógica intermodal. O projeto é promovido pela Associação dos Portos de Portugal e envolve todas as
administrações portuárias. O cofinanciamento é garantido pelo Portugal 2020, no âmbito do Programa Operacional Competitividade e Internacionalização (COMPETE 2020), através do Fundo de Coesão. A administração dos dois portos regionais assegura que foi, também, recentemente lançado o concurso público internacional da melhoria do sistema de VTS, do Centro de Controlo de Tráfego Marítimo, «representando um investimento para o Porto de Setúbal no valor total de 650.000 euros», que consiste na atualização da infraestrutura informática, a nível de hardware e software, dedicados do Centro de Controlo Marítimo. Para além da instalação de servidores e estações de trabalho, esta melhoria inclui o «software Kongsberg Norcontrol VTS 5060, a migração para a Carta Eletrónica de Navegação Oficial do Instituto Hidrográfico para a Barra e Porto de Setúbal e a atualização de outros equipamentos informáticos e subsistemas do VTS». Assim, admite a APSS, será possível «cumprir a disponibilidade operacional necessária para a prestação do serviço de controlo de tráfego marítimo de âmbito portuário».
Estudantes descobrem potencialidades do Porto de Sines
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Porto de Sines, na pessoa do seu administrador José Luís Cacho, recebeu alunos e professores dos Cursos de Gestão Portuária e Pilotagem da Escola Superior Náutica Infante D. Henrique (ENIDH) e da academia MSC/ENIDH que leciona, deasde 2015, o curso de Especialização em “Shipping and Logistics”. Os estudantes conheceram o funcionamento do «maior porto do país em volume de carga movimentada», lembrou José
Luís Cacho enquanto apresentava aos visitantes os «principais fatores de competitividade e os projetos de expansão previstos para o Porto de Sines». Antes de uma visita aos terminais portuários, o presidente da administração dos Portos de Sines e do Algarve, José Luís Cacho, partilhou com os jovens informação sobre as várias vertentes operacionais do Porto de Sines, com destaque para o Centro de Controlo de Tráfego, Sala de
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Planeamento e Quartel de Bombeiros. Esta visita de alunos da Escola Superior Náutica Infante D. Henrique à unidade marítimo-portuária de Sines insere-se na relação cooperativa que a APS tem com esta «importante entidade de formação superior nos domínios da gestão portuária» por forma a contribuir para um maior «suporte prático aos conceitos académicos apreendidos», diz a APS em comunicado. *E.S.
Edifício do Mercado de 2ª Venda melhorado A APSS, no âmbito do plano de requalificação das infraestruturas do porto, tem em curso a empreitada de Beneficiação exterior do edifício da antiga lota, no Porto de Setúbal. Trata-se de um reforço pontual da estrutura, reparação de rebocos e vãos das fachadas exteriores, realização de nova pintura exterior de todo o edifício, reparação da rede de drenagem pluvial ao nível de coberturas e reformulação da rede elétrica, incluindo a nova iluminação decorativa da torre do relógio. A intervenção deverá estar concluída no final de abril.
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OPINIÃO
EDITORIAL
Revolução
RAUL TAVARES DIRETOR
O bom e o mau turismo…
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avassalador ‘boom’ turístico dos últimos anos, que alavancou a economia nacional e até a guindou à saída da crise, começa hoje a dividir alguns portugueses. As grandes cidades, com Lisboa e Porto à cabeça, ganharam nova vida, os municípios enriqueceram e o comércio revitalizou-se. Mas ganhou o país por inteiro. Veja-se o exemplo da região de Setúbal, que quase atingiu os dois dígitos de crescimento, e o Alentejo que galgou todas as estatísticas. Os problemas começaram a surgir pela massificação. Os centros das cidades têm mais turistas que residentes, o comércio virou-se ainda mais para a estrangeirada, e o chamado alojamento local está a desertificar, em grande medida, o coração urbano de Portugal. Há dias, uma amiga de Sesimbra, queixava-se, nas redes sociais, que tinha ido passar a tarde do feriado de 25 de Abril a Setúbal, e não conseguiu arranjar mesa para almoçar com a família, e só via chineses por todo o lado. É verdade que há alguns atrás era pacífico almoçar tranquilamente na cidade do Sado, mesmo no verão. Mas a partir de Setembro, os restaurantes fechavam portas, porque não havia clientela, ou os seus proprietários preferiam durante uns bons meses não ter os custos das portas-abertas. Era a sazonalidade no seu esplendor. Portanto, não sei se este novo turismo é bom de mais… Mas sei que o outro turismo, o do passado recente, é bem pior. Na verdade, e há sinais evidentes destas preocupações, é preciso com urgência começar a entender os fluxos e a gerir a sustentabilidade deste crescimento rompante do setor nas suas diferentes valências. Esse é, agora, o único caminho para evitar que o turismo passe de ‘bestial a besta’, como acontece em tantas outras aforias ditadas pela nossa forma de ser. Uma incapacidade de criar que leva a esterilidade das ideias, que mata o que mexe, que impede soluções estáveis. O turismo tem sido a alavanca económica do país, não a sua destruição. Dá vida às cidades, gera impostos, emprego e dinâmica social. Ainda precisamos muito disto!
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m Abril comemoramos a Revolução como se a conservação da memória bastasse para impedir um retrocesso. Mas quantos haverá que, como eu, não existiam ainda em 1974 e têm dificuldade em reconhecer neste Portugal contemporâneo um país verdadeiramente livre, em que cada indivíduo pode assumir a sua ideologia, forma de estar, orientação sexual, identidade de género, entre outras, sem temer consequências? Comemoremos, sim, mas na prática. Basta de saudosismo em relação a um tempo que uma parte já muito considerável da população não viveu. E basta de fingir que se é um fervoroso defensor da Revolução quando, no dia a dia, tudo se faz para manter a ordem absolutamente intacta, para manter o poder a todo o custo e forçar a população a uma ignorância comparável
àquela que o Estado Novo promovia. A tecnologia concede-nos a ilusão de liberdade, mas a forma como a sociedade se deixa condicionar mantém-nos numa clausura sem muros ou grades. Prende-nos o pensamento, porque sabemos que se pensarmos de determinada forma – e, sobretudo, se agirmos em conformidade – tornamo-nos párias. Acreditamos verdadeiramente que vivemos numa sociedade livre? Temos a coragem de assumir os nossos pontos de vista no quotidiano, por mais conflitos que esse gesto possa motivar? Defendemos os princípios que nortearam a Revolução na forma como desenhamos as nossas vidas, como delegamos as nossas decisões em representantes que nem sempre (ou quase nunca) nos representam? Ou calamo-nos e deixamos que a indignação fique cá dentro até perder a
À PARTE LEVI MARTINS DIRETOR DA COMPANHIA MASCARENHAS-MARTINS
força enquanto nos consome e destrói? Honrar a memória do 25 de Abril só pode significar estar disposto a assumir a responsabilidade que aqueles que o fizeram assumiram. Não há nada para comemorar se for apenas uma forma de, uma vez por ano, nos regozijarmos por alguém ter tido a coragem (e capacidade de organização) para levar a cabo uma acção arriscada e necessária. Era suposto termos conseguido inventar uma sociedade verdadeiramente diferente, em que a integridade de cada um seria respeitada, em que cada um de
nós teria direito a uma vida digna. Só se fecharmos os olhos ao que nos rodeia é que podemos achar que tudo isso foi conquistado. Tomemos nas nossas mãos o destino das nossas vidas, das nossas cidades, do nosso país. Deixemo-nos ser mais do que aquilo que parece já escolhido para nós. Rompamos as amarras do politicamente correcto e ousemos erguer as nossas vozes para lá das caixas de comentários das redes sociais. Honremos quem lutou por nós praticando, dia a dia, alguma coisa a que valha a pena chamar liberdade.
Seixal em destaque no Salão Imobiliário Português 2018
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Seixal será o primeiro concelho a nível nacional a integrar o SIL Cidades, um novo espaço onde vai ser possível promover os municípios do País no Salão Imobiliário de Portugal de 3 a 7 de Outubro. O Município do Seixal terá lugar de destaque, para apresentar diversos projetos e oportunidades de investimento no âmbito da estratégia de requalificação das frentes ribeirinhas do Seixal, Arrentela e Amora, mas também no âmbito do projeto do Arco Ribeirinho Sul/Lisbon South Bay e nas ações de captação de investimento que temos desenvolvido. A Baía do Seixal, com quase 500 hectares, é o recurso natural mais valioso do concelho e, desde há várias gerações, o polo de desenvolvimento económico, social e ambiental do concelho. Com uma ampla frente ribeirinha, o Seixal tem todas as condições para se assumir como um destino único na náutica de recreio, não só pelas suas características únicas, nomeadamente a configuração de um porto de abrigo natural, como também pela sua excelente localização perto da capital, Lisboa. Um dos eixos de desenvolvimento de maior relevância é a náutica de recreio, consubstanciada pelo projeto “Estação Náutica Baía do Seixal”, enquadrado quer no Plano Estratégico de Desenvolvimento do Turismo do Seixal, como nas ações de valorização da Baía e de promoção do desenvolvimento económico local. Neste âmbito, foi já concluída a 1.ª fase de construção do Núcleo de Náutica de Recreio de Amora, estando também a ser desenvol-
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vido o projeto de execução do Pólo Náutico da Ponta dos Corvos, bem como a ser realizado um estudo de viabilidade para a construção do Porto de Recreio do Seixal. Outra das grandes apostas do Município é a Requalificação do Núcleo Urbano Antigo do Seixal, nomeadamente o prolongamento do passeio ribeirinho, infraestruturas e qualificação do espaço público, que se encontra em fase de conclusão, que irá contribuir para o reforço identitário do concelho e traz já, nesta fase, uma mais-valia ao nível da valorização de espaços coletivos, da criação de novos espaços pedonais, clicáveis e áreas de lazer, para além de novos negócios que estão a surgir a cada dia que passa. A Autarquia pretende assim criar novos produtos turísticos assentes na potenciação da Baía do Seixal, apoiando a instalação de novas unidades hoteleiras e de alojamento local no Município. No âmbito da estratégia de requalificação das frentes ribeirinhas, estamos a desenvolver projetos que permitirão reabilitar toda a zona em torno da Baía, designadamente, o Hotel Mundet, o Hotel da Quinta da Trindade, o Porto de Recreio do Seixal – Hotel Largo dos Restauradores, o Projecto Seixal Vila Hotel, o Eco Resort da Ponta dos Corvos ou o Hotel e Porto de Recreio de Amora. O Hotel Mundet é o primeiro a ser alvo de concurso já nos próximos meses, e será construído num terreno situado na frente ribeirinha, em pleno núcleo urbano antigo do Seixal, e com uma vista privilegiada para a Baía do Seixal e Lisboa, possuindo elevado potencial para insta-
SIGA O NOSSO CONCELHO JOAQUIM SANTOS PRESIDENTE DA C.M. DO SEIXAL
lação de uma unidade hoteleira de 4 estrelas ou superior. Tratando-se da antiga fábrica corticeira Mundet, este hotel terá como particularidade a utilização da cortiça, perpetuando a memória desta fábrica, que também está ser alvo de uma revitalização, transformando-a num espaço cultural multiusos. Outro projecto em destaque é o Eco resort da Ponta dos Corvos. A Câmara Municipal do Seixal está a desenvolver um plano de pormenor com os proprietários da Ponta dos Corvos com o objetivo de concretizar um projeto turístico, numa zona de grande riqueza natural, entre a Baía do Seixal e o Tejo. Trata-se de uma restinga com 2,5 quilómetros de extensão e 90 hectares de área, com uma praia, que possibilitará um projecto de turismo sustentável ligado à natureza e à preservação do ambiente. Seguir-se-ão outros concursos para os restantes empreendimentos turísticos que serão apresentados no SIL 2018. O Concelho do Seixal vive assim uma nova dinâmica em termos sociais e habitacionais. Exemplo é o número de cidadãos estrangeiros que têm vindo a escolher o concelho para residir e que tem vindo a aumentar de ano para ano, por verem no concelho um território com grande qualidade de vida às portas de Lisboa.
O trabalho de promoção que a Câmara Municipal do Seixal tem vindo a desenvolver motivou também o aumento do número de turistas. De 2016 para 2017 o número de visitantes aumentou em 65% e o número de dormidas por parte de cidadãos estrangeiros aumentou 51%. Sob o lema “o Seixal é uma terra com um mar de oportunidades”, a Autarquia tem trabalhado para dar a conhecer as potencialidades do concelho dentro e fora de portas, marcando presença em vários salões imobiliários, como o de Lisboa, Paris ou Cannes, de forma a dar a conhecer os projetos e captar investimentos que trarão benefícios para o concelho e para a população. Foi fruto desse trabalho e no âmbito do projeto Lisbon South Bay, que se estabeleceram os contactos que viabilizarão a instalação no concelho de uma grande empresa da área das ciências da saúde, com um investimento de 100 milhões de euros e criação de mais de 200 postos de trabalho diretos. A aposta na melhoria da qualidade de vida das nossas populações e a progressiva qualificação do nosso território, colocam hoje o Concelho do Seixal e a Margem Esquerda do Tejo como um dos mais interessantes pólos de desenvolvimento do País.
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e novo a Associação Conquistas da Revolução esteve presente nos Estaleiros da Mitrena/Setúbal, na manhã de 20 de Abril, a convite das Comissões de Trabalhadores da Lisnave e da LisnaveYard, em mais uma Assembleia comemorativa do 44º Aniversário do 25 de Abril. No decorrer, como é tradição, do Plenário onde os órgãos representativos dos trabalhadores dão conta da fase de negociação com as Administrações dos Cadernos Reivindicativos, que mantêm como trave-mestra o aumento dos salários e a progressão das carreiras, é ao representane da ACR que é dada a palavra de encerramento. Este ano coube a tarefa a Manuel Carvalho, Capitão-Tenente e membro da Direcção da Associação, que logo à entrada foi recebido pela voz de José Afonso: “seja bem-vindo quem vier por bem”. Primo de Sousa, da Lisnave, dirigiu os trabalhos, mas bastou
que um camarada operário, Carlos Dias, improvisasse uma quadra fadista das grossas para que ele próprio, numa cadência onde se cantaram ainda em colectivo a “Grândola Vila Morena”, o Hino Nacional e o Hino da CGTP-IN, viesse a dar a conhecer a quem porventura ainda não conhecia os seus dotes literários na leitura do seu poema a “Grande Engrenagem”, em cujo primeiro verso diz: “Comparo as classes sociais A uma grande engrenagem Onde as rodas principais Trabalham sempre em desvantagem”, para, passados mais quatro, assim terminar: “Esta norma nunca falha Nem da verdade se afasta A peça que mais trabalha É sempre a que mais se gasta”. Num pavilhão todo ele recheado de panos de fundo de considerável dimensão que percorreram como outros hão-de vir a percorrer as manifestações do 25 de Abril e do 1º de Maio, sempre com a marca da CGTP-IN, Ri-
FIO DE PRUMO
Poesia nas engrenagens da Lisnave/Mitrena marcou a presença da ACR convidada POLITICA E CULTURA
Impostos
VALDEMAR SANTOS MILITANTE DO PCP
cardo Malveiro, da Lisnave, garantiu que luta continuará porque “não serão os bónus por si que substituirão os aumentos salariais que reivindicamos”, enquanto José Fredik, da LisnaveYard, sublinhou a importância da presença de um Militar de Abril porque “aqui estão três gerações de trabalhadores, mas nem todas viveram a Revolução dos Cravos, momento exaltante da História de Portugal”. A Lisnave e a LisnaveYard contam nos seus efetivos cerca de 500 trabalhadores, mas mais de mil outros são contratados como nas praças de jorna do antigamente. Para quê tanta precisão?, suspeite-se. Só para en-
quadramento, eis um bónus. Manuel Carvalho quis, e bem, falar dele próprio, quando lhe passaram a palavra: “Estava na Patrulha Maio atracado no Porto de Ponta Delgada, nos Açores, na noite de 24 de Abri de 1974 e logo aderimos ao MFA, e por volta de 2000 e 2003 não poucas vezes vim à Setenave (ex-Lisnave) por cumprir funções na Capitania do Porto de Setúbal”. Com particular emoção vincou “quanto sentimos húmidos os olhos ao ouvirmos as canções de Abril”, sempre e sempre na evocação do General Vasco Gonçalves, Primeiro-Ministro dos Trabalhadores e do Povo, referência primeira da ACR.
Elogio ao 25 de abril
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li está, à minha frente, a máquina de costura de marca “Oliva”, que meus pais compraram já lá vão cerca de 56 anos. Por alturas de 1962, em que governava este país, António de Oliveira Salazar, homem austero dos lados de Santa Comba Dão. Um país pobre, de grandes dificuldades e exigidos sacrifícios, essencialmente agrícola neste Alentejo que amo. Olho, mansamente, para a máquina “Oliva” que foi uma das maiores conquistas de minha mãe, Maria Isabel, nome que sempre usou sem que o registo lhe o reconheça. Era uma costureira exímia e reconhecida na nossa aldeia, trabalhava na fábrica das samarras e dos capotes e trazia trabalho para casa. Assim se faziam os infindáveis serões, tendo por companheira a sua grande amiga de toda a vida, Ana Leonor, e sempre presente a ambição e o denodo de acrescentar os proventos da família. Principalmente, a pensar em ter uma vida melhor, que oferecesse, ao seu menino querido, as letras do estudo que ela e seu marido nunca tiveram. Faltava-lhe a máquina de costura, própria e sua e o seu António a vontade e o desejo lhe fez, nesse ano ido em que nada tinham. Tinham casa arrendada que pagavam e não era sua, a comida que faziam por não faltar, a rou-
pa que as mãos habilidosas de Maria davam jeito e aprimoravam para regalo dos olhos e elogio dos aldeanos. Assim foi e na terra do patrão, António semeou uma seara de feijão-frade que foi profícua e abundante e bom dinheiro rendeu. Pago pelo Sr. Gregório que, ao mesmo tempo, sendo representante da “Oliva” lhe vendeu a prestações a dita máquina de costura. A ferramenta ambicionada e necessária para o trabalho em casa, ao serão, que era distinção entre as costureiras daquela época. Olho para aquela máquina de costura de marca “Oliva”, que ufanamente exibe as letras douradas do símbolo sobre preto brilhante e vivo (assim continua) e vejo o meu pai com a sua franqueza e bondade, babado no carinho, pensando que todo o esforço foi merecido para agradar à sua Marizabel, tão contente e agradecida, neste gesto de amor leal e infinito. Para além da bicicleta que tinha comprado no ano anterior, triunfo que exibia com muito gosto e vaidade, foi, esta máquina de costura, o sinal que progrediam na vida dois analfabetos que nada tendo, lutavam denodadamente pelo sucesso e que convergentes tinham um objetivo supremo: - O seu menino. Sempre o seu menino!
A VERDADE DAS COISAS SIMPLES JOSÉ ANTÓNIO CONTRADANÇAS ECONOMISTA
Este seu menino, que agora chora ao escrever estas linhas. Chora por tanto lhes querer e lhes ser agradecido pelo seu sacrifício, pela luta sem tréguas que dele fez o homem que sou. Felizmente, humanizado e com memória, que não se envergonha de chorar, glorificando um percurso de vida, que tanto lhes deve e é seu ensinamento, revisitado neste lugar. Este lugar que é uma horta, sítio de oliveiras, de romãzeiras, pereiras, videiras, despontando ao fundo uma majestática figueira por entre outras que lhe engrandecem e adoçam o olhar. Este mesmo lugar que foi sempre uma ideia de agradecimento a seu pai, que tanto desejou ter um pedaço de terra sua para semear. Comprado, já lá vão 27 anos, quando a vida lhe sorriu e ganhou o suficiente para o comprar. Depois de uma açorda feita a preceito, comida a par com o silêncio e a memória, revigorado pelo agradecimento eterno, enquanto na televisão se comemorava o 25 de abril, não resisti a
JORGE SANTOS JORNALISTA
OPINIÃO
entregar-me a este apontamento, que vai além de quem mexe no baú dos sentimentos pessoais, que cresce e se impõe como elogio ao 25 de abril, essa data de grande simbolismo para os portugueses, data da libertação do jugo do fascismo e de surgimento da democracia (a tal, que por todos os defeitos que tenha, continua a ser o melhor regime político que se conhece). Essa mesma, que me permite agora, em que o sol primaveril brilha lá fora num hino à mãe natureza, olhar para a máquina de costura “Oliva” e ver nela o elemento essencial que permitiu a meus pais dar início à concretização do desejo, que o seu menino estudasse e se fizesse homem, fosse diferente nas habilitações e no emprego. E aqui pudesse estar, naquilo que é seu, a verter estas letras sentidas que ganham forma no elogio a uma data ícone da liberdade, da igualdade de oportunidades e da democracia, neste país à beira mar plantado, neste nosso Portugal.
Diretor Raul Tavares | Redação Anabela Ventura, António Luís, Bernardo Lourenço, Cristina Martins, Eloísa Silva, Marta David, Rita Perdigão, Roberto Dores | Departamento Comercial Cristina Almeida – coordenação | Direção de arte e design de comunicação DDLX – www.ddlx.pt | Serviços Administrativos e Financeiros Mila Oliveira | Distribuição José Ricardo e Carlos Lóio | Propriedade e Editor Maiscom, Lda; NIPC 506 806 537 | Concessão Produto Maiscom, Lda NIPC 506 806 537 | Redação: Largo José Joaquim Cabecinha nº8-D, (traseiras da Av. Bento Jesus Caraça) 2910-564 Setúbal. E-mail: redaccao.semmais@mediasado.pt; publicidade.semmais@mediasado.pt. | Telefone: 93 53 88 102 | Impressão: Empresa Gráfica Funchalense, SA. Rua Capela Nossa Senhora Conceição, 50 – Moralena 2715-029 – Pêro Pinheiro. Tiragem: 45.000 (média semanal). Distribuição: VASP e Maiscom, Lda. Reg. ICS: 123090. Depósito Legal; 123227/98
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erei mais parvo do que masoquista – é esta a minha versão – mas fico contente por pagar alguns impostos, pois é sinal de que ao fim do mês ainda sobram uns tostões… Ouvimos frequentemente que “nós é que pagamos isto e aquilo” e aqui estão incluídos o vencimento dos deputados, as obras nas estradas e mil-e-uma outras coisas, e atiramos logo a culpa para quem nos governa – ou deveria governar – esquecendo-nos de que sempre foi assim, tenhamos ou não colocado a cruzinha à frente daquele partido. Vem isto a propósito do «25 de Abril» que “atravessámos” há dias, esquecendo-nos de que há pouco mais de quatro décadas pagávamos e não bufávamos.
Vem isto a propósito do «25 de Abril» que “atravessámos” há dias, esquecendo-nos de que há pouco mais de quatro décadas pagávamos e não bufávamos. Recordamo-nos quando nos anos sessenta do século passado (como convém lembrar) foi instituído o Imposto de Mais-Valia, que alguém – proprietário e deputado na U.N. – protestou afirmando que era o imposto que “mais valia que não tivesse vindo”. Voltando à actualidade ouvimos gente com fraca memória a protestar porque paga – e não entenderíamos se não fossem obrigados a tal – como se quando foram Poder nos tivessem isentado de tal obrigação cívica. Abril deu-nos a liberdade para tudo isto, mas há quem viva tentando retirar-nos essa conquista. Mas, porque Maio é o mês de memória e exaltação de quem vende a sua força de trabalho, não perdemos nada em continuar a apostar que melhores dias virão e a poder sonhar que a sabedoria nos iluminará para um futuro mais forte e alegre. E, porque a época o impõe, deixem-me escrever Viva Abril!
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