semmais
Sábado 28 | Novembro | 2015
Diretor Raul Tavares Semanário | Edição 880 | 9ª série Região de Setúbal Distribuído com o Expresso Venda interdita
SOCIEDADE PÁGINA 2
VIOLÊNCIA DOMÉSTICA SOMA E SEGUE NA REGIÃO COM QUATRO MORTES O fenómeno continua a envergonhar o distrito. Este ano, os registos contam com mais quatro casos mortais, atirando a região para o terceiro lugar da violência doméstica, só atrás dos distritos do Porto e de Lisboa. É um drama que preocupa as autoridades.
SOCIEDADE PÁGINA 2
CARDOSO FERREIRA REELEITO NA LIDERANÇA DA MISERICÓRDIA DE SETÚBAL PRESIDENTE DA CÂMARA DO SEIXAL, JOAQUIM SANTOS, EM ENTREVISTA
«SITUAÇÃO FINANCEIRA ESTÁ RECUPERADA E VAMOS VOLTAR AO CICLO DE INVESTIMENTOS» Joaquim Santos está entusiasmado com o novo ciclo de investimentos do município até ao final do mandato, nomeadamente uma aposta estratégica no cluster turístico. Não esquece a força do concelho na área industrial e vai continuar a lutar pelo novo hospital.
ENTREVISTA PÁGINA 12
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O atual provedor foi reeleito com 117 votos a favor, numa eleição que ficou marcada por um período pré-eleitoral de ataques e tentativas de golpes palacianos, segundo Cardoso Ferreira. Promete limpar todo o passivo e novos investimentos. Os críticos vão ser chamados à liça.
POLÍTICA PÁGINA 10
SOCIALISTAS DA REGIÃO REFORÇAM NOVO GOVERNO E LARGO DO RATO O novo governo liderado por António Costa deu peso aos socialistas do distrito. Ana Catarina Mendes vai tomar conta do partido a nível nacional, Eduardo Cabrita e Pedro Marques são novos ministros e Catarina Marcelino e Ricardo Mourinho Félix secretários de estado.
ARESTAURANTE CASA SETÚBAL DO PEIXE PORTUGAL
RUA GENERAL GOMES FREIRE 138 | 960331167
SOCIEDADE REGIÃO CONTINUA NO TOPO DA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA, SÓ ATRÁS DO PORTO E LISBOA
Quatro mulheres assassinadas em 2015 deixam distrito entre os mais violentos Abril. Tudo porque o casal estaria a passar por graves dificuldades relacionadas com o pagamento de dívidas, tendo até um automóvel penhorado. Essas dificuldades terão motivado o agressor, que estava desempregado. A mulher foi atingida por vários golpes de uma faca de cozinha. Já na Charneca de Caparica um terceira mulher morreu vítima da violência do marido. Tinha 40 anos e foi asfixiada. Estava em processo de divórcio, depois de há uns anos lhe ter sido amputada uma perna no Hospital Garcia de Orta. O marido entregou-se às autoridades e confessou o crime.
Continua a ser um drama que envergonha a região. Este ano já foram registados quatro casos mortais, atribuídos pelas autoridades à violência doméstica. Os números atiram o distrito para o terceiro lugar, atrás dos índices registados no Porto e Lisboa. TEXTO ROBERTO DORES IMAGEM SM
D
ia 22 de janeiro. O amanhecer era atribulado na rua Engenheiro Henri Perron, no Bairro do Liceu. À medida que os moradores iam saindo de casa para o trabalho a notícia passava de boca em boca. Durante a madrugada Maria Pinheiro, de 52 anos, que trabalhava na Câmara de Setúbal, tinha
sido morta pelo marido, entretanto, preso. Foi a primeira vítima mortal num quadro de violência doméstica no distrito. Até hoje seguiram-se mais três homicídios. As quatro vítimas colocam a região num indesejável terceiro lugar à escala nacional, apenas atrás do Porto e Lisboa. As quatro mulheres foram mortas com recurso a armas brancas e de fogo, utilizadas pelos maridos ou companheiros, segundo
revelam os dados do Observatório de Mulheres Assassinadas (OMA), que dá ainda conta de várias tentativas de homicídio entre 1 de janeiro a 20 de novembro. Outro caso mediático ocorrido no distrito teve lugar dia 3 de março, em Santa Marta do Pinhal (Seixal), onde uma mulher, de 29 anos, foi encontrada morta na sua residência com indícios de ter sido esfaqueada. O marido suicidou-se depois na ponte 25 de
Onda de violência e crimes macabros Já na semana passada a tragédia voltou a espreitar, desta vez no Laranjeiro (Almada) quando um homem de 40 anos tentou matar o cunhado por vingança, na praceta Diogo do Couto, no depois de sair da cadeia, onde cumpriu pena por agredir a mulher com um machado. Em casa estava um casal e um bebé de dois anos, mas o suspeito disparou mais do que uma vez com um revólver e
atingiu o cunhado num braço. Quando se apercebeu da presença da polícia, atirou-se do terceiro andar, pelas escadas interiores do prédio. Ainda assim, apesar do número de homicídios consumados ser inferior, quase em 50%, ao ano passado o OMA alerta que não se pode afirmar que «o femicídio está em tendência decrescente», tendo em conta os últimos 11 anos. Pelo contrário, diz aquela organização, «este tipo de criminalidade contra as mulheres, e em particular nas relações de intimidade presentes ou pretéritas, mantêm uma estabilidade, contrariando a tendência decrescente verificada em Portugal do homicídio praticado noutros contextos». Já Hugo Guinote, da PSP, admite que a diminuição de casos se deve ao trabalho conjunto de várias entidades, desde as forças de segurança até às instituições de apoio à vítima, sendo revelado que a história de violência doméstica na relação foi identificada quer nos homicídios consumados que, refere o relatório, sublinhando que em cerca de um terço destes casos decorria um processo-crime.
CANDIDATURA DA ARTE CHOCALHEIRA À LISTA DO PATRIMÓNIO CULTURAL IMATERIAL VAI SER VOTADA NA PRÓXIMA SEMANA NA NAMÍBIA
Alentejo na iminência de conquistar mais um selo da Unesco
Esta expressão cultural abrange três municípios
A comitiva alentejana que parte hoje para a capital da Namíbia, Windoek, está segura de trazer para Portugal mais uma alta distinção da Unesco. O processo é liderado pela Turismo do Alentejo em parceria com a Câmara de Viana do Alentejo e freguesia de Alcáçovas. TEXTO ANABELA VENTURA IMAGEM SM
A Arte Chocalheira está a um passo de conquistar o título de Património Cultural Imaterial com Necessidade de Salvaguar-
da Urgente, depois da comissão internacional de especialistas da Unesco ter já considerado o processo de candidatura “exemplar”. A apreciação e votação final do dossiê - pela Organização das Nações Unidas para a
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Educação, Ciência e Cultura decorrem já na próxima semana, entre 30 de novembro e 4 de dezembro, na Namíbia, durante a 10.ª reunião do Comité Intergovernamental para a Salvaguarda do Património
Cultural Imaterial. A confirmar-se a atribuição do título de Património da Humanidade à Arte Chocalheira, o Alentejo conquista, pelo segundo ano consecutivo, mais um selo da Unesco para a região.
Recorde-se que esta manifestação cultural tem no território alentejano a maior expressão a nível nacional, uma vez que abrange três municípios, ou seja Estremoz, Reguengos de Monsaraz e Viana do Alentejo, mais concretamente a freguesia de Alcáçovas. Refira-se ainda que o processo de candidatura do fabrico de chocalhos é liderado pela Turismo do Alentejo/Ribatejo, em parceria com a Câmara Municipal de Viana do Alentejo e a Junta de Freguesia de Alcáçovas. Paralelamente ao projeto de reconhecimento pela Unesco, as referidas instituições estão a desenvolver um plano de salvaguarda que possa garantir a sustentabilidade e transmissão de uma arte iniciada há mais de dois mil anos no Alentejo.
SOCIEDADE DESGASTADO COM ‘ATAQUES’ DA OPOSIÇÃO, PROVEDOR FOI RECONFIRMADO DE FORMA ESMAGADORA
Cardoso Ferreira vai arrancar com novo ciclo e promete limpeza de passivo O QUE VALE A MISERICÓRDIA DE SETÚBAL
Comparada com eleições de lista única, a de quinta-feira foi a que obteve maior afluência. A lista liderada por Cardoso Ferreira conquistou 117 votos a favor, 20 nulos e 6 brancos. O passivo de 2,5 milhões de euros, que recebeu aquando da sua primeira eleição, está quase sanado. E há projetos na forja.
TEXTO RAUL TAVARES IMAGEM SM
O
provedor da Santa Casa da Misericórdia de Setúbal, Cardoso Ferreira, foi quinta-feira reeleito com 117 votos a favor, vinte nulos e seis brancos, depois de uma pré-campanha eleitoral «muito desgastante» e que, segundo o próprio, atingiu a credibilidade da instituição e prejudicou as suas receitas. Para Cardoso Ferreira, que apresenta para o novo mandato, «uma equipa reconhecida na co-
munidade pelas suas competências pessoais, profissionais e sociais», os associados reconheceram, de forma ampla, «o trabalho desenvolvido, o projeto de futuro e a capacidade de o liderar». Mas também, reafirmou ao Semmais, «demonstraram que os opositores apenas pretenderam um assalto ao poder». Os resultados do ato eleitoral serão submetidos ao novo bispo de Setúbal, D. José Ordelas Carvalho, para homologação e o provedor acredita que o plano de atividades, sujeito a Assembleia-Geral de irmãos esta segunda-
A Santa Casa da Misericórdia de Setúbal gere um orçamento de quase 5 milhões de euros, sendo uma das quatro maiores instituições do género a operar no distrito. Dispõe de 250 funcionários, serve diariamente uma população estimada em 750 utentes e confecciona cerca de 900 refeições diárias.
-feira, deverá começar a ser posto em pratica antes do Natal. Remodelação do Acácio Barradas e pegar no Externado Diocesano Um dos projetos que marcará o próximo mandato, segundo Cardoso Ferreira, será a remodelação do vetusto lar “Acácio Barradas”, um dos imóveis ícones da Misericórdia, construído em 1893. «Pretendemos uma grande reabilitação interior, mantendo a traça do imóvel e eventualmente acrescentando um piso, melhorando, de forma
drástica as suas condições de operacionalidade», explicou o dirigente. Outra das ideias inscritas para o mandato, prende-se com a possibilidade de a Santa Casa da Misericórdia de Setúbal voltar a por a funcionar o Externado Diocesano, propriedade da Diocese sadina. Para Cardoso Ferreira, que diz já ter sinalizado esta intenção junto do prelado sadino, «é uma decisão que se impõe», dada a dimensão que aquela instituição de ensino sempre dispôs na cidade. Do ponto de vista financeiro,
Cardoso Ferreira garante ter saneado todo o passivo da instituição já no início de 2017. «É um ponto de honra, que está prestes a ser consolidado. Quando cheguei à Misericórdia o passivo era superior a 2,5 milhões de euros e está quase saldado», afiança. Um «grande esforço e um trabalho hercúleo», diz o provedor reeleito, uma vez que durante este tempo foi ainda necessário «estabilizar a cada, ir pagando e amortizando a dívida, sem esquecer a atividade constante de gestão e fazer alguns investimentos».
COMPANHIA MASCARENHAS MARTINS VAI ARRANCAR JÁ NO PRÓXIMO ANO E PROMETE MUITA AMBIÇÃO
Levi Martins cria companhia de artes no Montijo com colega de escola É um projeto que está na cabeça dos seus timoneiros há algum tempo. Agora vai tornar-se realidade. Na base está também a criação de novos talentos. TEXTO ANTÓNIO LUÍS IMAGEM SM
A
Companhia Mascarenhas Martins, um projeto ligado às artes criado por Levi Martins (músico) e Maria Mascarenhas (atriz e professora de teatro), dois amigos que frequentaram a Escola Superior de Teatro e Cinema, vai ser uma realidade no Montijo, já no próximo ano. Trata-se de um grupo que aposta na
criação artística e que conta também com o apoio do cenógrafo Adelino Lourenço e do músico André Reis, entre outros, num total de oito elementos. Levi Martins revela que o projeto, formado essencialmente por pessoas ligadas às artes, além do teatro, irá também debruçar-se ao cinema, como a produção de um documentário, em co-produção com a Sociedade Filarmónica 1.º de
Dezembro. O documentário, com realização de Levi Martins, já está a ser produzido e é dedicado a um ciclo de homenagem a personalidades e compositores que marcaram a história do montijo e da própria coletividade. Mas a música, a literatura e as artes plásticas também vão ser apostas da Companhia Mascarenhas Martins. «Estamos aqui a formar um núcleo de artistas em torno de
um projeto comum. Para o ano vamos estrear um espetáculo de teatro no cineteatro Joaquim D´Almeida. Queremos ainda fazer um concerto e vamos estrear este documentário. Estamos a jogar em várias frentes», esclarece Levi Martins, que sente orgulho em avançar com um projeto pioneiro na região. «Nos últimos 30 anos não há registo de companhias profissionais no Montijo. Houve experiências, mas não singraram. Queremos ajudar a dinamizar a área cultural do Montijo, uma vez que não existe aqui produção teatral», vinca. Dupla à procura de um espaço próprio Ainda sem espaço próprio, o mentor confessa que gostaria que os ensaios decorressem numa sala do cineteatro Joaquim D´Almeida. «Isso ainda não está definido». Os apoios poderão vir da União da Junta de Freguesia e
do município, mas está tudo ainda em ‘banho-maria’, bem como de empresas privadas. No que se refere a apoios, Levi Martins diz que ainda não há «uma declaração clara de apoio» à Companhia Mascarenhas Martins por parte do município montijense, pelo que aguardamos uma reunião, há algum tempo, com alguém da Câmara para falarmos na estreia do espetáculo “Toda a gente e ninguém”, com texto de Levi Martins e de Maria Mascarenhas. João Jacinto, um jovem ator do Montijo, vai também fazer parte do elenco, em conjunto com a Maria Mascarenhas. A estreia está apontada para o mês de março de 2016. É intenção de Levi Martins, o encenador, levar a peça “Toda a gente e ninguém” um pouco por todo o País. A apresentação oficial da Companhia está agendada para o dia 16 de janeiro de 2016, às 16 horas, na Casa Mora, no Montijo.
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SOCIEDADE INVESTIGADORA CARLA GOMES PASSOU OITO MESES EM DUAS PROVÍNCIAS MOÇAMBICANAS PARA ESTUDO DE DOUTORAMENTO
Das redações de Setúbal às aldeias de Moçambique Carla Gomes fez jornalismo no Semmais e em outros jornais do mesmo grupo, foi assessora da CCDR-LVT e especializou-se em ambiente. Originária dos Açores, nos últimos oito meses, assentou raízes em Moçambique, percorrendo diversas aldeias de Nampula e Cabo Delgado. Tudo em nome de um doutoramento especial.
TEXTO ANABELA VENTURA IMAGEM SM
A
vida dos camponeses de Moçambique é tema de um estudo que está a ser realizado por Carla Gomes, que se dedicou à investigação académica depois de ter iniciado a carreira como jornalista na imprensa regional de Setúbal. O objetivo é analisar o impacto que os projetos agrícolas de larga escala estão a ter nas comunidades rurais do país. O estudo está a ser realizado no âmbito do doutoramento para as Universidades de Lisboa (Instituto de Ciências Sociais) e de East Anglia, em Ingla-
terra, e os resultados finais são apresentados no próximo ano. O projeto envolveu cerca de oito meses de trabalho de campo em duas províncias do Norte de Moçambique, Nampula e Cabo Delgado, e contou com o apoio da Universidade Lúrio, sedeada nesta região. A investigadora passou por diversas aldeias, onde entrevistou as populações, na sua maioria pequenos agricultores, os líderes das comunidades, os representantes das empresas investidoras e das instituições governamentais, bem como os das organizações não governamentais. A ideia é contribuir para uma melhor compreensão das novas
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dinâmicas criadas pela concessão de terras a empresas multinacionais, naquele que tem sido um dos países mais procurados pelos investidores em toda a África. «Tem-se falado de uma nova “Revolução Verde” no continente, que promova um crescimento sem precedentes no sector da agricultura e na produção de alimentos.», explica a investigadora, «mas importa perceber quais as implicações desta transição a nível local, nomeadamente nos modos de vida, segurança alimentar e níveis de pobreza das populações que vivem essencialmente do cultivo da terra».
Formada em ciências da comunicação na ESE do IPS Carla Gomes fez a licenciatura em Jornalismo na Escola Superior de Educação de Setúbal e iniciou a sua carreira no Semmais Jornal. Acabou por se dedicar à investigação depois de ter defendido a dissertação de Mestrado em Gestão e Políticas Ambientais na Universidade de Aveiro. Na altura analisou o potencial dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) para o aproveitamento das energias renováveis, com um caso de estudo sobre Cabo Verde. Trabalho que acabaria por ser premiado pela Fundação Calouste
Gulbenkian e dar origem ao livro “Alterações Climáticas e Desenvolvimento Limpo”. O projeto em Moçambique segue a mesma linha de interesse, tendo em vista compreender as potencialidades de um desenvolvimento sustentável nos países africanos, em especial os PALOP. A investigação, que se iniciou em 2013, conta com o apoio da Fundação para a Ciência e Tecnologia. A investigadora é a convidada de uma das últimas edições do programa Cientifica Mente da RDP África. A entrevista foi para o ar a 20 de Novembro e está disponível na internet em http://www.rtp.pt/play/ p401/e214632/cientifica-mente.
SOCIEDADE MENTORA E VOLUNTÁRIA DO PROJECTO GARRRBAGE COMEÇOU ATIVIDADE JORNALÍSTICA NO SEMMAIS
Helena de Sousa Freitas distinguida com Prémio “Os Nossos Heróis”
A
jornalista Helena de Sousa Freitas foi distinguida, por unanimidade do júri, com o Prémio “Os Nossos Heróis”, iniciativa nacional da Associação Mutualista Montepio e da revista Visão destinada “a pessoas e empresas que se destaquem na sociedade pela sua veia solidária” e na qual os candidatos são propostos por terceiros. O galardão, um troféu desenhado pelo arquiteto Souto Moura, foi entregue à jornalista esta quinta-feira, ao final da tarde, por Mercedes Balsemão, no auditório do Montepio, em Lisboa, no âmbito da “Grande Conferência Visão Solidária e Montepio”. A iniciativa contou, entre outras, com intervenções do antigo Presidente da República Jorge Sampaio, do coordenador da Plataforma de Apoio aos Refugiados, Rui Marques, e do apresentador televisivo João Manzarra. Com um percurso de volun-
tariado iniciado aos 15 anos e que passou por diversas organizações e projetos de índole ambiental, Helena Freitas foi distinguida pela sua iniciativa mais recente, o GARRRBAGE – Grupo de Acção pela Recolha, Reabilitação e Reutilização de Bens Aproveitáveis – Gerações Ecologistas, que funciona no Bairro da Bela Vista, em Setúbal. Prestes a celebrar um ano de existência, o GARRRBAGE surgiu por proposta da jornalista no âmbito do 2.º Encontro de Moradores “Nosso Bairro, Nossa Cidade”, promovido pela Câmara Municipal de Setúbal, que acolheu e apoiou a iniciativa desde o início. Projeto visa resgatar e recuperar bens descartados O GARRRBAGE tem por objectivo resgatar e recuperar bens de que as pessoas se descartam um
pouco por toda a cidade, nomeadamente junto dos contentores do lixo e ecopontos, mas que ainda podem ter uma “segunda vida”, e dispõe actualmente de uma oficina num dos pátios da Bela Vista e de uma loja no Mercado 2 de Abril, ambas a funcionar em regime de voluntariado. Atribuído anualmente, o prémio “Os Nossos Heróis” possui duas categorias, “Empresa Solidária do Ano” e “Herói do Ano”. Na categoria “Herói do Ano”, foi ainda atribuída uma menção honrosa a Hugo Martins, fundador e presidente da Associação Vox Lisboa, enquanto na categoria “Empresa do Ano” o primeiro prémio coube à Bel Portugal, tendo a We Bankor recebido uma menção honrosa. Para escolher o “Herói do Ano”, o júri avalia “a qualidade das obras ou realizações do candidato, o impacto da sua acção na sociedade portuguesa, a superação dos limites anteriormente al-
cançados por acções semelhantes e o potencial que o projecto do candidato tem de ser replicado”. Helena Freitas descobriu o interesse pelo voluntariado quando frequentava a Escola Secundária do Viso (actual ES 2,3 Lima de Freitas), com a criação do Clube do Ambiente, Saúde e Biologia naquele estabelecimento de ensino. Posteriormente, integrou o núcleo local da Quercus, a Caprosado – Comissão Ambiental
Proteger o Sado, o clube juvenil CultuNatura e participou no programa Jovens Voluntários para a Solidariedade (JVS), do Instituto Português da Juventude. Foi ainda co-fundadora do GISA – Grupo de Acção e Sensibilização Ambiental. Já distinguida nas áreas académica, jornalística, literária e cinematográfica, Helena de Sousa Freitas recebeu agora, pela primeira vez, um prémio pela sua acção cívica.
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LOCAL MOITA ROTEIRO DAS FREGUESIAS PROSSEGUE NO TERRENO PARA APURAR CARÊNCIAS ALCOCHETE CONTAS DO MUNICÍPIO ESPELHAM CONTENÇÃO FINANCEIRA As Grandes Opções do Plano, o Plano Plurianual de Investimentos, as Atividades Mais Relevantes para os Anos de 2016/19, o Orçamento e o Mapa de Pessoal para 2016 estiveram em apreciação na última reunião da Assembleia Municipal e foram aprovados, por maioria, com os votos favoráveis da bancada da CDU, os votos contra das bancadas do CDS-PP e PSD e a abstenção da bancada do PS. Marcados pela continuidade de uma política de contenção, os Documentos Previsionais não são excessivamente ambiciosos do ponto de investimento nem poderiam ser de acordo com o edil, que refere que os mesmos são conservadores por duas razões fundamentais: «O município deverá decidir sobre as prioridades em termos de investimento e que respeitem o propósito de investir e sanear». O PPI considera a requalificação da EM 502 como o investimento mais avultado, condicionado no entanto pela possível aquisição de uma viatura de recolha de resíduos sólidos urbanos. «Existe uma situação que tem de ficar clara e diz respeito à necessidade imperiosa de ter um diagnóstico claro e elucidativo do estado de conservação das nossas viaturas de recolha do resíduos sólidos urbanos, um processo está em curso, porque temos suportado encargos financeiro avultadíssimos em reparações das viaturas», sublinhou o Luís Franco. Alavancados por investimento privado, e com a perspetiva da entrada em funcionamento de um investimento privado na praia dos moinhos em 2017, está também perspetivada a requalificação da envolvente do Fórum Cultural e de mais um segmento da frente ribeirinha. Assim como a requalificação da zona envolvente do Cerrado da Praia, 2.ª fase, e das duas rotundas.
BARREIRO SETE MILHÕES PARA INVESTIR EM OBRAS E PROJETOS O Plano de Atividades e Orçamento para 2016 do município demonstra «uma visão estratégica para o presente e para o futuro do concelho». Foi assim que o edil Carlos Humberto rotulou este documento que aposta, sobretudo, nas áreas da manutenção dos arruamentos, equipamentos, espaços públicos e das redes de águas e saneamento, a recuperação da frente ribeirinha, a construção da via entre a rotunda do Malagatana e a Quimiparque, o arranjo do espaço envolvente ao Forum Barreiro, entre outras apostas. Foi durante um almoço com a imprensa, num restaurante da cidade, no dia 24, que o autarca falou deste documento, aprovado a 28 de outubro, em reunião extraordinária do município, classificando-o de «consolidar a estratégia de equilíbrio das contas do município iniciado em anos anteriores». «Estamos num caminho de equilíbrio das contas que permite intensificar os investimentos e a atividade municipal», referiu. Antevendo a necessidade de alguns ajustes no orçamento municipal, devido à falta de OE para o mesmo período, Carlos Humberto relembrou que a redução das receitas dos municípios, limitou a capacidade de investimento dos mesmos. O orçamento do município ultrapassa os 44 milhões de euros, dos quais 7 milhões destinam-se aos investimentos.
SEIXAL MANTA AVANÇA NO CONCELHO PELA IGUALDADE DE GÉNERO E DIREITOS HUMANOS No âmbito das comemorações do Dia Municipal da Igualdade, que se assinalou no dia 24 de outubro, está lançado o desafio para a elaboração de uma Manta da Igualdade, alusiva à temática da Igualdade de Género e Direitos Humanos. Trata-se de uma manta em retalhos em que cada participante contribui um retalho personalizado de 60x60 cm, utilizando diversos materiais como, por exemplo, tecido, pintura, colagens ou materiais reciclados. O projeto é dirigido a todas as entidades parceiras da autarquia e da Rede Social do Seixal e munícipes que só precisam de imaginação para trabalhar a temática da igualdade. A Manta da Igualdade será exposta no átrio dos Serviços Centrais do município, no âmbito das Comemorações do Dia Internacional dos Direitos Humanos, que se assinala no dia 10 de dezembro. Os interessados em participar no projeto devem efetuar uma inscrição prévia, até ao dia 4 de dezembro, através do email accao.social@cm-seixal.pt ou ana.cruz@cm-seixal.pt. Os trabalhos devem ser entregues até ao dia 7 de dezembro nos Serviços Centrais da edilidade. Para esclarecimentos adicionais, podem ser contactados os elementos da equipa organizadora, através do contato telefónico 212 216 700 ou através dos endereços de email eugenia.monteiro.rodrigues@cm-seixal.pt, soraia.issufo@cm-seixal.pt ou ana.cruz@cm-seixal.pt.
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O edil Rui Garcia e vereação levaram a cabo mais um Roteiro da Freguesia, na Baixa da Banheira e Vale da Amoreira, no âmbito do Programa de Gestão Participada “Reforçar a Democracia, Preparar o Futuro”, entre 17 e 20 de novembro. O roteiro incluiu a realização de visitas que, além do contato direto com a população, permitiram, em estreita colaboração com a junta de freguesia, perspetivar algumas melhorias de requalificação de diferentes espaços públicos e equipamentos. Os eleitos começaram por visitar, no dia 17, diferentes espaços públicos e equipamentos da freguesia do Vale da Amoreira, nomeadamente, os logradouros das Bandas A, B e C, o Centro Comercial da Zona A, as escolas básicas n.º 1 e n.º 2, a biblioteca do Vale da Amoreira, o polidesportivo junto ao Centro Multiusos António Figueiredo, o parque dos Cooperantes e as obras do parque hortícola do Vale da Amoreira. O roteiro prosseguiu a 20, na Baixa da Banheira, e incluiu uma visita ao parque José Afonso, particularmente ao Clube do Rio, a observação da rede viária da Ex. EN 11 e da passagem inferior da REFER, o contacto com comerciantes no mercado da Zona Sul e avaliação das condições do mercado, uma avaliação da obra realizada no parque das Laranjeiras, e do problema de drenagem na básica n.º 6, bem como uma visita ao parque infantil da praceta dos Metalúrgicos. Os trabalhos terminaram com uma reunião de avaliação com o executivo da União de Freguesias de Baixa da Banheira e Vale da Amoreira. Integrada neste roteiro, realizou-se ainda no dia 18, mais uma reunião pública descentralizada, no Vale da Amoreira, e no dia 27 houve atendimentos descentralizados, no Sporting Clube Banheirense, na Baixa da Banheira, com o presidente Rui Garcia e o vereador Miguel Canudo. Na reunião de câmara, foi aprovada a celebração de contratos-programa de desenvolvimento social, cultural e desportivo com a Associação de Moradores e Amigos da Zona Sul e o Círculo de Animação Cultural de Alhos Vedros, no valor total de 2 500 euros.
GRÂNDOLA OBRAS NO PAVILHÃO DESPORTIVO AVALIADAS EM MAIS DE 27 MIL EUROS SINES MAGIA DA QUADRA NATALÍCIA REGRESSA AO CENTRO HISTÓRICO A magia da quadra natalícia está de regresso ao centro histórico de Sines, mais concretamente no largo poeta Bocage, praça Tomás Ribeiro e ruas circundantes, com a iniciativa intitulada “Natal no Largo”, nos dias 5 e 6 de dezembro, entre as 10 e as 19 horas. O “Natal no Largo” inclui o tradicional mercado tradicional, fotografias com o Pai Natal, sessões de contos, Oficina do Chocolate, espetáculo de magia e o concerto de Natal, pelos Shout! (Gospel), os quais são o destaque do programa. Há lançamento de neve e muita animação de rua. A entrada é livre. A organização é da Câmara Municipal de Sines, que conta com os apoios da Junta de Freguesia de Sines, delegação de Sines da Associação do Comércio e Serviços do Distrito de Setúbal, comércio local, Escola das Artes do Alentejo Litoral, Arte Velha - Associação de Artesãos e FabLab Lisboa.
A cobertura do pavilhão desportivo do complexo municipal José Afonso beneficiou de obras de reabilitação no valor superior a 27 mil euros. Este equipamento, que anualmente recebe cerca de 75 mil utentes foi intervencionado com o objetivo de garantir mais e melhores condições para a prática desportiva. Os trabalhos que decorreram em duas fases incidiram fundamentalmente na cobertura do pavilhão gimnodesportivo que, desde a sua construção, em 1998, não tinha sido alvo de qualquer intervenção. As obras incluíram, numa primeira fase, a renovação dos algerozes e a pintura das paredes interiores do pavilhão, e numa segunda fase, recentemente concluída, a remoção das telas existentes nas platibandas e limpeza geral e impermeabilização das platibandas com tela de xisto. Recorde-se que este pavilhão possibilita a prática de cerca de 20 modalidades desportivas, recebendo diariamente, grupos de alunos da Universidade Sénior de Grândola, as turmas dos estabelecimentos de ensino do concelho em aulas de Educação Física, os treinos e competição do Desporto Escolar, bem como, aulas de grupo, treinos e competição oficial das equipas e atletas dos Clubes e Associações Desportivas Desportivos.
LOCAL
SETÚBAL DELEGAÇÃO DA CRUZ VERMELHA TEM NOVA DIREÇÃO
ALCÁCER DO SAL BATATA-DOCE É RAINHA NA FREGUESIA DA COMPORTA Com o apoio da Câmara Municipal de Alcácer do Sal e da Junta de Freguesia da Comporta, a Associação de Agricultores do Distrito de Setúbal organiza na Carrasqueira, nos dias 5 e 6 de dezembro, a festa da batata-doce. A abertura da festa está agendada para as 15h30, seguindo-se, às 16 horas, a atuação da banda filarmónica Amizade Visconde de Alcácer, mais conhecida por Calceteira, e, às 17h30, a autuação do rancho folclórico de Alcácer do Sal. A programação musical termina com um baile popular, com início às 19 horas. Para o dia 6, está agendado um almoço convívio às 12h30, com inscrições em vários locais da terra. Para as 14h30 estão agendadas intervenções sobre “A situação Agrícola, a Região e o País”, seguindo-se às 15h30, a atuação da banda da Sociedade Filarmónica Progresso Matos Galamba, mais conhecida por PAZÔA. Às 16h30 é a vez de atuar o grupo coral do Torrão e, às 17 horas, realiza-se um baile popular. Durante os dois dias, a batata-doce é rainha, com locais de venda e mostra de doçaria feira com batata-doce.
O centenário da delegação de Setúbal da Cruz Vermelha foi assinalado, no dia 20, com um programa comemorativo, que incluiu a tomada de posse da nova direção, uma conferência e um apontamento cénico. O trabalho social desenvolvido pela instituição junto dos mais necessitados e as atividades dinamizadas em áreas como a emergência social, as migrações, a igualdade de género e a prevenção da violência foram elogiados pela presidente do município, Dores Meira. «Valorizamos intensamente o que nos dá a Cruz Vermelha e, em especial, esta delegação. Sabemos que convosco estaremos em boas mãos nos momentos mais complicados», destacou na cerimónia realizada na sexta-feira, no Salão Nobre dos Paços do Concelho. A autarca sublinhou que a CV é constituída por «aqueles homens e mulheres que que nos habituámos a ver onde é mais necessário a ajuda humanitária, aqueles que vão onde mais ninguém pode ir, sempre desinteressadamente, sempre com um espírito de sacrifício incomensurável». A tomada de posse da nova direção, constituída por Duarte Machado, presidente, Carla Tavares, vice-presidente, Isabel Machado, tesoureira, José Rodrigues e Eduardo Correia, vogais, foi um dos momentos da cerimónia. Dores Meira, ao elogiar a nova direção, em especial, para dar «continuidade ao excelente trabalho que tem sido feito», vincou a disponibilidade da autarquia para apoiar iniciativas da instituição que contribuam para o «desenvolvimento da criação de mais oportunidades de trabalho».
MONTIJO EXECUTIVO VISITA AS FREGUESIAS DO MONTIJO E AFONSOEIRO O presidente da Câmara Municipal do Montijo, Nuno Canta, e os vereadores Francisco dos Santos e Maria Clara Silva vão realizar, no próximo dia 30, a terceira e última visita à União das Freguesias do Montijo e Afonsoeiro, no âmbito do períplo que estão a efetuar a todas as freguesias do concelho. Esta visita está direcionada para a zona do Afonsoeiro. Os autarcas da câmara e da junta vão reunir com algumas instituições, tomando diretamente contacto com os problemas que preocupam os autarcas da freguesia e a população. Alguns dos temas em análise serão a situação dos parques infantis, a sinalização vertical, a toponímia, as passadeiras, a higiene urbana, os jardins (sarjetas e sumidouros) e o pré-escolar do Afonsoeiro. Na sede da delegação da União das Freguesias de Montijo e Afonsoeiro (antiga sede da Junta de Freguesia do Afonsoeiro), às 21 horas, o executivo municipal recebe a população com o objetivo de ouvir e responder às questões dos cidadãos sejam elas de interesse público ou particular. O município apela à população para que participe nesta reunião aberta, pois «só com a participação e o envolvimento dos cidadãos na vida do município é possível construir um concelho mais planeado e com visão de futuro».
ALMADA OS 24 MELHORES ALUNOS DO CONCELHO VÃO SER DISTINGUIDOS A autarquia almadense está a galardoar, desde o passado mês de outubro, os melhores estudantes do ensino secundário, profissional e tecnológico do concelho. A entrega dos diplomas culmina a 11 de dezembro com a distinção dos melhores alunos do Agrupamento de Escolas Emídio Navarro. O prémio “Almada Cidade Inteligente” é atribuído pela Câmara Municipal de Almada, em cada ano letivo. Já na sua quarta edição, este galardão pretende valorizar a dedicação e a atitude de desenvolvimento pessoal e profissional dos jovens estudantes. Cada um recebe um prémio no valor de quinhentos euros, sendo ainda entregue a todas as escolas um diploma de participação.
SANTIAGO DO CACÉM NOVO MAPA TURÍSTICO RECEBE NOTA PALMELA OBRAS NO MERCADO DE CABANAS ARRANCAM DIA 10 DE DESTAQUE DOS OPERADORES TURÍSTICOS O município arranca, no dia 10 de dezembro, a uma empreitada de obras de conservação do mercado municipal de Cabanas, na freguesia de Quinta do Anjo. Os trabalhos têm o prazo de execução de trinta dias e o funcionamento está assegurado, com o mínimo incómodo possível para comerciantes e clientes, à exceção do período entre 28 de dezembro e 3 de janeiro, em que o mercado encerra para que a limpeza e a pintura de tetos e paredes interiores decorram com a maior rapidez e em segurança. A empreitada tem o valor de 12 623,37 euros e inclui, também, limpeza e reparações no telhado, nas armaduras de iluminação e nas paredes exteriores, com pintura integral das fachadas, dos gradeamentos e da porta de entrada e substituição de caixilharias, redes mosquiteiras e janelas. Esta intervenção segue-se à realizada em Palmela, no âmbito da aposta do município nestes espaços comerciais de proximidade, e vai dotar o mercado municipal de Cabanas de melhores condições de funcionamento, tornando-o mais atrativo e confortável.
O novo mapa turístico de Santiago do Cacém foi apresentado no passado dia 18 de novembro, no auditório municipal António Chainho, em Santiago do Cacém, durante o 1.º Encontro de Agentes de Turismo do Município, e recebeu nota de destaque por parte dos operadores turísticos locais. «Tínhamos um mapa turístico já com alguns anos, que já não respondia às necessidades atuais dos turistas que nos procuraram. Desenvolvemos um mapa com uma filosofia diferente daquilo que tínhamos. Fizemos um mapa ilustrado, que evidencia os monumentos mais significativos», sublinha Álvaro Beijinha, presidente da CMSC, que destaca «a opinião muito relevante dos operadores turísticos do município, que foi francamente positiva. Deram os parabéns à Câmara Municipal». Esta é, na opinião do edil, «mais uma ferramenta muito interessante e facilitadora para quem nos visita. Quem consulta este mapa percebe facilmente aquilo que tem para visitar no município».
SESIMBRA CÉUS DA VILA PISCATÓRIA ILUMINADOS POR UMA BOA CAUSA Os céus de Sesimbra voltam a iluminar-se, este sábado, com centenas de balões de ar quente. ”Ilumina-me” é o título desta ação, promovida pela Cercizimbra-Cooperativa para Educação e Reabilitação de Cidadãos Inadaptadas de Sesimbra, há três anos, em parceria com o município e outras entidades e associações do concelho, que pretende assinalar o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência e, ao mesmo tempo, recolher donativos a favor do Centro de Atividades Ocupacionais da Cercizimbra. Por três euros, verba essa que reverterá a favor do Centro, os participantes terão oportunidade de adquirir e lançar um pequeno balão biodegradável. Desta forma, estarão a ajudar esta cooperativa de solidariedade social, que há mais de três décadas acolhe, reabilita e trabalha pela integração social e bem-estar de pessoas portadoras de deficiência motora e intelectual. A iniciativa tem início às 21h30, na praia do Ouro, em Sesimbra.
SEMMAIS | SÁBADO | 28 DE NOVEMBRO | 2015 | 7
CULTURA
«TAS não paga aos trabalhadores para manter a atividade, o que é incomportável», admite Célia David Com falta de apoios, cortes nos subsídios e ordenados em atraso, o Teatro Animação de Setúbal continua a lutar por melhores dias. A produzir peças consoante as condições financeiras, a diretora da companhia diz que a melhor prenda é «o garante da continuidade, por mais alguns anos». Só em impostos, o TAS paga uma «barbaridade» às finanças e Segurança Social. TEXTO ANTÓNIO LUÍS IMAGEM SM
O
Teatro Animação de Setúbal, que está a festejar os seus 40 anos de vida, atravessa uma situação financeira «bastante preocupante», revela a diretora e atriz Célia David. «Com os cortes do apoio da DGArtes e a redução do subsídio do município, a situação agravou-se imenso nos últimos quatro anos». A líder da companhia admite que «a herança do TAS é pesada como estrutura. Todos os trabalhadores são fixos, com contratos com 25, 30 ou mais anos. Só em impostos para as Finanças e Segurança Social é uma barbaridade».
O TAS conta com dez funcionários, ou seja, seis atores, um diretor artístico, dois técnicos e uma secretária. «Não é demasiado para a atividade desenvolvida e a regularidade de trabalho. No entanto, são todos do quadro, o que implica um enorme encargo com impostos», conta Célia David, que acrescenta que «os salários, que não são elevados, estão em atraso». E revela que «para manter a atividade e poder produzir, ficamos sem receber. Não faz sentido. Não se pode prolongar muito mais tempo, é incomportável. Não desistimos e estamos a batalhar para reverter a situação. Precisamos de recuperar o apoio perdido».
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«Redução de apoios é uma falta de respeito» O TAS continua a sonhar por melhores dias e Célia David diz que a redução dos apoios à companhia é «uma falta de respeito por todos nós enquanto em Portugal subsistir a mentalidade de que a cultura e a arte são um luxo. Isso tem de mudar». Neste momento, o município apoia com cem mil euros e todos os anos são apresentadas candidaturas à DGArtes, as quais, depois, «não são aprovadas». Pontualmente, o TAS vai tendo apoios mecenáticos, «com valor invariável, o que é manifestamente insuficiente para o trabalho que desenvolvemos».
Questionada sobre a prenda que o TAS gostaria de receber este ano, respondeu que «ter a garantia que a existência da companhia se pode prolongar, por mais alguns anos, já nos trazia muita alegria, alguma estabilidade e paz de espírito para criar e realizar todos os projetos que gostaríamos e temos vontade de concretizar». A produzir peças em função das condições de que dispõe, o TAS reconhece que lhe falta na programação cultural uma grande produção anual. «Esse trabalho está comprometido por falta de financiamento e aos sucessivos cortes. Há quatro anos atrás o apoio era o dobro que é atualmente. Estamos a tentar recuperar apoios para voltarmos a ter grandes produções», diz Célia David. A programação de 2015/16, que pode sofrer alterações, por diversas razões, inclui as peças “Os Piratas”, de Manuel António Pina, “O Quarto”, de Harold Pinter, e “Bocage. Armas ou Letras?”. Esta última produção integra-se nas comemorações do 250º aniversário de Bocage. «É uma produção de grande dimensão, para levar ao Forum Luísa Todi, assim os apoios o permitam», alerta a diretora.
http://www.google.pt/url?sa=i&source=imgres& cd=&ved=0ahUKEwigtJqNxrDJAhULWxoKHVdkC2E DAS COISAS NASCEM COISAS QjRwICTAA&url=http%3A%2F%2Fwww.bloomberg. com%2Fnews%2Farticles%2F2015-03-26%2Fespirito-santo-probe-turns-mariana-mortagua-into-portuJOSÉ TEÓFILO DUARTE guese-star&psig=AFQjCNGfIzak-nbKbNZF5yPz_ DESIGNER | ART DIRECTOR LV9TlQCLA&ust=1448711787877998
Soma agreste Era um redondo vocábulo Uma soma agreste Revelavam-se ondas Em maninhos dedos Polpas seus cabelos Resíduos de lar, Pelos degraus de Laura A tinta caía No móvel vazio, Convocando farpas Chamando o telefone Matando baratas A fúria crescia Clamando vingança, Nos degraus de Laura No quarto das danças Na rua os meninos Brincavam e Laura Na sala de espera Inda o ar educa Manuel San Payo foi mais uma vez ouvir “Era um redondo vocábulo”, do álbum “Venham mais cinco”, de José Afonso, e tirou de lá a frase que dá título à sua mais recente exposição. “Uma soma agreste” foi a frase escolhida. Uma grande canção, de um grande músico, fica assim associada a esta grande exposição de Manuel San Payo em Setúbal. Gestualismo que remete para uma expressividade livre e sem justificações ou rodeios. Como as músicas de José Afonso. Está bem aplicado, o título da exposição: soma agreste. Soma agreste é a frase que se segue a Era um redondo vocábulo, no alinhamento da canção. Manuel San Payo convoca assim, com uma das grandes músicas de sempre, o cantor para o seu trabalho. Percebe-se o envolvimento com o nosso tempo. Percebe-se a autenticidade. Os grandes formatos gritam naquelas paredes da galeria da Casa da Cultura. Chamam-nos. Falam connosco. Esta exposição é das grandes. A mostra, inicialmente programada para ocupar a galeria durante o mês de outubro, foi prolongada até final de novembro. Aguarda-vos até ao próximo domingo. A não perder. Mesmo. SOMA AGRESTE | MANUEL SAN PAYO | PINTURA CASA DA CULTURA | SETÚBAL OUTUBRO | NOVEMBRO | 2015
MUITO CÁ DE CASA | Mariana Mortágua e Jorge Costa vão estar na Casa da Cultura no próximo dia 4, sexta-feira. Falaremos de Privataria, o livro desta dupla de protagonistas directos nas recentes transformações políticas que por cá estão a acontecer. A iniciativa insere-se nos já habituais encontros Muito Cá de Casa. A coisa começa às dez da noite. Imperdível. Convidados.
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AGENDA MOITA28SÁBADO16H MOÇOS D’UMA CANA AO VIVO
Fórum José Manuel Figueiredo - Baixa da Banheira “Moços D´Uma Cana” engloba a construção e o ensino do toque da viola campaniça em âmbito escolar. Uma vez terminado o percurso escolar, os alunos envolvidos decidiram formar-se como associação/ grupo em prol da defesa da construção e do toque da viola campaniça, bem como do cante alentejano.
SESIMBRA28SÁBADO21H30 TRAGÉDIA GREGA DE SÓFOCLES Teatro João Mota
A tragédia grega de Sófocles é trazida pelo Grupo de Teatro da Universidade Católica Portuguesa. Conta-nos a história de uma jovem, Antígona, que quer enterrar de maneira digna, e de acordo com a religião, o seu irmão Polinice. Porém, a sua atitude vai contrariar as ordens do rei Creonte, que havia determinado que o corpo do sobrinho deveria ser exposto às aves do céu e aos cães na terra.
CULTURA
Exposição de brinquedos tradicionais inaugura em Águas de Moura
I
naugura, este sábado, às 16 horas, no Centro Comunitário de Águas de Moura, a Mostra do Brinquedo Português, numa organização conjunta do município e do colecionador Hélder Martins. Trata-se de uma vasta coleção de brinquedos tradicionais portugueses, demonstrativos da evolução dos nossos brinquedos e da forma como as crianças se divertiam e aprendiam,
noutros tempos. A iniciativa contribui para a divulgação de um património muito rico e para sensibilizar para a recuperação e preservação do brinquedo tradicional português. Da vasta coleção de Hélder Martins, serão apresentados os brinquedos que, tradicionalmente, apresentam uma maior ligação com a comunidade local, com destaque para a vida agrícola.
Miguel Guerreiro apresentou novo CD em Setúbal
Centro Cultural e Recreativo do Alto do Moinho
SETÚBAL28SÁBADO21H30 AMIGOS DE COIMBRA DÃO ABRAÇO A ZECA AFONSO Forum Luísa Todi
“Abraço ao Zeca pelos Amigos de Coimbra” reúne vários intérpretes contemporâneos de José Afonso, numa abordagem ao fado de Coimbra e à transição para a balada, géneros que marcaram a primeira fase do percurso artístico do homenageado.
SINES3QUINTA22H STAND-UP COMEDY COM RUI CORDES Centro de Artes
Após esgotar todas as sessões de “Isto era para ser com o Sasseti”, em Lisboa e no Porto, Rui Sinel de Cordes, dá mais um passo em frente, com “Je Suis”, um espetáculo de stand-up comedy que marca o regresso ao estilo de stand-up comedy puro a que o humorista nos habituou em anteriores shows.
O
cantor Miguel Guerreiro apresentou no dia 20, à noite, no Fórum Luísa Todi, em Setúbal, o álbum “Até ao Fim”. Perante uma plateia quase esgotada, o jovem músico voltou a atuar perante o público da terra natal depois de mais uma digressão pelo Japão. Nesta apresentação de “Até ao Fim”, trabalho constituído por dez temas que se enquadram principalmente no género pop/rock, Miguel Guerreiro contou com a participação especial de um convidado nipónico, com
quem interpretou em conjunto uma canção com letra em japonês. O cantor setubalense, que completou 17 anos de idade no sábado, iniciou a carreira ainda em criança, no seguimento da vitória alcançada em 2009 no programa da TVI “Uma Canção para Ti”. Miguel Guerreiro tem crescido no mundo da música entre Portugal e o Japão, país onde já realizou várias digressões e é considerado uma das principais estrelas da música ligeira.
terça-feira a sábado, com visitas gratuitas.
O Bando estreia a peça “Ausência” para a infância e juventude
A
SEIXAL28SÁBADO21H30 REVISTA “AQUI TAMBÉM CHEIRA A LISBOA”
“Aqui também cheira a Lisboa”, pelo Grupo de Teatro CCRArtes e Magias, é uma revista à portuguesa que leva ao palco 14 jovens atores, personagens de várias cenas de cariz cómico, satírico e de crítica política e social, com números musicais e dança.
A exposição pode ser vista até 9 de janeiro, de
usência” é a co-produção internacional com o Dynamo Théâtre(+) de Montreal-Canadá) dirigida à infância e juventude, com texto de João Neca, direção de Nicolas Brites e co-criação de Jacqueline Gosselin, encenadora e diretora artística do grupo canadiano. Esta produção, que estreia no dia 3 de dezembro, às 21 horas, está integrada
no projeto internacional Documents of Poverty and Hope (+), iniciativa que pretende refletir sobre as rotas de emigração entre diferentes países, como Austrália, Canadá, Itália, Portugal e Reino Unido. Vai estar em cena até dia 13 de dezembro, de quinta a sábado, às 21 horas, e aos domingos, às 17 horas, na sede do Bando, em Vale de Barris.
Biblioteca de Pinhal Novo acolhe lançamento de livro de poesia
A
ngelina Braz Carvalho apresenta o seu livro de poesia (Re) Encontros no Tempo (Chiado Editora), este sábado, às 15 horas, na Biblioteca Municipal de Pinhal Novo, uma iniciativa que conta com o apoio do município palmelense.
Nascida no Montijo, em 1961, Angelina Braz Carvalho, cedo se apaixonou pela leitura e pela escrita de poesia. Nutre especial carinho e admiração por Fernando Pessoa, Florbela Espanca, Sophia de Mello Breyner e Camões.
GANHE OS ÚLTIMOS CONVITES PARA “A NOITE DAS MIL ESTRELAS” O musical “A Noite das Mil Estrelas”, de Filipe La Féria, em cena no Casino Estoril, encontra-se em fim de carreira, estando o seu término assinalado para 20 de dezembro. O espetáculo “A Noite das Mil Estrelas” contou, até à data, com mais de 90 mil espectadores em mais de 150 representações. Aclamado pela crítica como “O melhor Musical de La Féria”, “A Noite das Mil Estrelas” alcançou o sucesso prenunciado. Para se habilitar aos convites basta ligar 969 431 085 ou 918 047 918.
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POLÍTICA LÍDER DISTRITAL VAI GERIR O PARTIDO E 4 DEPUTADOS DO DISTRITO CHEGAM AO GOVERNO
Socialistas do distrito reforçam novo governo e tomam conta do Largo do Rato por altos cargos do Estado e do partido. Pedro Marques, da concelhia do Montijo, é outro nome igualmente expectável. Antigo secretário de estado da Segurança Social entre 2005 e 2011, tinha-se afastado das lides políticas, renunciando ao lugar de deputado nas últimas legislativas, para uma curta passagem pelo privado, enquanto consultor. É agora ministro com a importante pasta do Planeamento e Infra-estruturas.
Depois da grande vitória nas últimas eleições legislativas no círculo eleitoral de Setúbal, com eleição de sete deputados, os socialistas do distrito ganham agora peso no partido e no governo. Dois ministros, dois secretários de estado e a líder distrital no ‘lugar’ de Costa. TEXTO RAUL TAVARES IMAGEM SM
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pesar da força que a distrital do PS tem vindo a ganhar, após a vitória de Ana Catarina Mendes para a liderança da federação de Setúbal frente à sua antecessora Madalena Alves Pereira, não era expectável que o novo go-
verno pudesse contar com tantas figuras da região. O mais esperado dos nomes, dada a experiência acumulada e a sua proximidade a António Costa tendo sido secretário de Estado-Adjunto, quando este ocupou a pasta da Justiça no governo de Guterres -, era Eduardo Cabrita, agora Ministro-Adjunto do
novo primeiro-ministro. Cabrita, da concelhia do Barreiro e que havia sido também secretário de Estado Adjunto e da Administração Local, num dos governos de José Sócrates, é um dos pesos-pesados do PS regional e uma das figuras mais proeminentes a nível nacional. Assertivo como deputado, já passou
Catarina Marcelino e Ricardo Mourinho Félix As duas grandes novidades, porém, são Catarina Marcelino, do PS Montijo e Ricardo Mourinho Félix, de Setúbal, este último primo de treinador do Chelsea, José Mourinho. Catarina Marcelino assume a pasta da Cidadania e Igualdade, depois
de ter passado pela presidência da CITE – Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego, de dois mandatos na Assembleia da República e de ter liderado as mulheres socialistas a nível distrital e nacional. A antropóloga tem ainda experiência acumulada na área social e da solidariedade, o que lhe confere competências acrescidas. Já Ricardo Mourinho Félix, uma das novidades da lista de candidatos do PS pelo círculo eleitoral de Setúbal nas últimas eleições, vai tomar conta do Tesouro e das Finanças, áreas ligadas à sua carreira técnica e profissional. Líder distrital toma lugar de António Costa Ana Catarina Mendes, por seu turno, dada como certa num futuro governo socialista no período eleito-
ral, acaba por assumir o lugar de António Costa no partido, como secretário-geral adjunto, o que significa que vai liderar o PS a nível nacional. Uma surpresa, que não deixa de ser também um enorme voto de confiança do líder do partido e agora primeiro-ministro. Catarina Mendes, que chefiou a campanha de Costa contra no António José Seguro nas primárias que guindaram o ex-presidente da Câmara de Lisboa ao atual momento político, vê assim reforçado o seu papel político e partidário. Uma carreira sempre em ascendência. Com estas alterações, nomeadamente as saídas de Eduardo Cabrita, Catarina Marcelino e Ricardo Mourinho Félix da bancada parlamentar, ascendem ao lugar de deputado Ivan Gonçalves, Ana Sofia Araújo e André Pinote Batista.
CDS-PP de Almada diz que plano e orçamento do município é despesista
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CDS-PP absteve-se, aquando da votação realizada em Assembleia Municipal de Almada, no ponto respeitante à apresentação e discussão das Grandes Opções do Plano e Orçamento para 2016 da câmara de Almada. O deputado municipal centrista, António Pedro Maco, deixou claro que o seu partido teria escolhido outras prioridades para o concelho e teria programado um orçamento «mais equilibrado e menos despesista, mais amigo do cidadão e das famílias». Contudo, diz que o executivo CDU anexou às opções para 2016 um «conjunto de propostas que entendemos serem prioritárias e fundamentais para os almandenses». Nomeadamente, adianta António Pedro Maco, «maior investimento para a área social e apoio às famílias, criação de um circuito de transporte para as pessoas idosas e com carências até ao Hospital de
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Almada e Centros de Saúde, as vitimas de violência doméstica terão um maior e adequado acompanhamento, reforço das verbas para o pré-escolar e básico, reforço no investimento para a limpeza urbana e recolha de resíduos, maior aposta para uma cidade integradora e inclusiva nomeadamente para crianças portadoras de deficiência, aposta na revitalização e dinamização do espaço público urbano tendo como finalidade a segurança e a mobilidade do cidadão foram entra outras propostas do CDS-PP que o executivo comple-
mentou à sua proposta». O CDS-PP diz ainda que a abstenção deste ponto não se trata de «um cheque em branco» ao executivo, mas sim a «demonstração do sentido de responsabilidade que o CDS-PP quer transmitir naquilo que tem sido a sua conduta ao longo dos mandatos autárquicos, isto não obstante de realçar que estará atento e vigilante à implementação das medidas do CDS-PP englobadas pela câmara e não hesitará em chamar à responsabilidade se as mesmas não passarem do papel».
DESPORTO PALMELENSE CONCRETIZA SONHO ANTIGO
Novo relvado sintético pretende atrair atletas e revitalizar o clube Um velhinho sonho do Palmelense acaba de estar consolidado. O relvado sintético, que representa um investimento de 150 mil euros, vai ser inaugurado na segunda semana de dezembro. Pretende atrair atletas às equipas do clube e revitalizar um clube muito querido dos palmelões, fundado em 1924. TEXTO ANTÓNIO LUÍS IMAGEM SM
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Palmelense Futebol Clube vai inaugurar o seu novo relvado sintético no próximo dia 12 de dezembro. O investimento neste antigo sonho ronda os 150 mil euros e só foi possível graças ao «apoio fundamental do município palmelense e da Junta de Freguesia de Palmela», sublinha o presidente do clube João Paulo Santos. Segundo o responsável máximo pelo Palmelense, trata-se de um relvado sintético em que o material de enchimento é a cortiça, ao invés da tradicional borracha, o que permite uma prática desportiva mais confortável, mais económica e mais amiga do ambiente».
CAMPANHA PARA VENDA DE CADEIRAS PERSONALIZADAS EM CURSO O Palmelense tem em curso, uma campanha de venda de cadeiras na bancada central do campo Cornélio Palma, cadeiras essas que «podem ser personalizadas com o nome do adquirente ou de qualquer marca comercial indicada pelo mesmo». E esclarece que as cadeiras são adquiridas por duas épocas e estão a ser vendidas a bom ritmo, podendo, no total, ultrapassar as 500 unidades». Esta campanha destina-se não apenas aos sócios mas a todas as pessoas ou entidades em geral que desejem ajudar o Palmelense.
João Paulo Santos refere que este novo relvado se justifica, em pleno, uma vez que ajuda a «revitalizar» o clube. «Nas condições até aqui existentes, de campo pelado e partilha de utilização do complexo relvado municipal, não era possível atrair ao Palmelense atletas para a formação e para a equipa sénior», vinca. Além do relvado, o Palmelense necessita, também, de avançar na melhoria dos balneários e de outras infraestruturas de apoio «condignas». Nova campanha de angariação de sócios vai arrancar O clube, que tenciona em breve arrancar com uma nova campanha de angariação e sócios, vive sobretudo da quotização dos
seus associados e das mensalidades dos atletas das várias equipas de formação. «Nos dias de hoje, a existência de beneméritos é cada vez mais difícil. Ainda assim, vamos conseguindo que algumas empresas da região se associem ao clube através de várias formas, monetário ou em géneros alimentícios, que vão desde a fruta, o pão, as sandes e os materiais de construção», sublinhou. Além disso, o clube dispõe ainda de um protocolo financeiro com a Junta de Freguesia de Palmela e de um contrato programa com a Câmara para a utilização do Complexo Desportivo Municipal. João Paulo Santos mostra-se satisfeito com o comportamento da equipa sénior de futebol, que milita no campeonato da AF Se-
túbal – 2.ª Divisão. «Dentro do objetivo de subida à 1.ª Divisão, assim como as restantes equipas se mantém em busca dos objetivos traçados. De realçar em todas elas, o esforço dos atletas e treinadores apesar das condições de treino reduzidas e condicionadas pelo atraso das obras de instalação do relvado sintético», sublinha. Aposta forte na formação é um dos trunfos No que diz respeito ao futuro, o Palmelense irá continuar a apostar na formação. «Há anos que se diz isso, mas poucos o fazem e, no entanto, todos querem uma equipa sénior vencedora e que projete o clube e a vila de Palmela», argumenta o líder palmelen-
se. E avança com mais críticas: «Durante anos desbaratou-se os apoios que chegavam em pretensas equipas que na prática poucos louros trouxeram e não se investiu nem nas infraestruturas nem na formação. Depois, veio a quase inexistência de apoios e as contas estavam para pagar e era necessário continuar a existir. Esperemos que de futuro se possa usufruir deste esforço económico do município, o qual foi conseguido por esta direção, de modo a trabalhar desde os petizes na construção de uma equipa sénior maioritariamente com jogadores da formação do Palmelense, ainda que muitos atletas, nos vários escalões, venham de outras localidades. Claro que tal será possível apenas com equipas ganhadoras».
“Bandalheiras…”
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ristemente, com sombrios panos de fundo, a celeuma instalou-se e expandiu-se nos domínios do futebol. Formas de corrupção, sortilégios disfarçados, batotas, cifrões basculantes, truques e mentiras. Tudo isso com os meandros das arbitragens em primeira linha de acusações que vêm incendiando as instâncias superiores da modalidade mais “vulcânica”. É a partir de tudo isso que optamos pelo título desta crónica: uma palavra de génese popular, não clássica, de utilização corrente com laivos de censuras. Mais um período de choque entre Benfica e Sporting por mor de um expediente de opção benfiquista, com presumível (não confirmada…)oferta de bonitas caixas, contendo lembranças de uma certa originalidade, para os 4 árbitros de cada jogo, aos 2 delegados oficiais e ao observador nomea-
do, 7 invólucros que têm vindo a constituir o cerne das acusações “leoninas”, falando-se em corrupção. As “caixas mágicas”, ao que consta, continham “vouchers” de jantares para cada qual dos 7 beneficiados, camisolas, pequenos galhardetes e talvez algo mais, ultrapassando em muito o limite máximo que a UEFA e FIFA estabeleceram para tais “recuerdos”. Situações deste tipo, mais ou menos disfarçadas, registam-se desde há muito, com relógios valiosos, meninas simpáticas e componentes para íntimos convívios, envelopes bem lacrados e generosamente preenchidos e outras manigâncias extra-regulamentares. E esse ciclo de “bandalheiras” está a servir de “rastilho” a deploráveis situações de falta de senso, que muito se lamentam. A regulamentação, não há muito estabelecida, decidiu um valor
máximo de cada “gentil” (?!) oferta do tipo que se aponta agora ao Benfica: 85 Euros, não mais. Se é verdade, aquela fantasia de oferta de 4 jantares por circunstante, como se aponta ao clube da Luz, é realmente abusiva e suspeita… Optando por unidades de restaurantes de uma certa qualidade (não esquecendo os vinhos…) em cada fim de semana, com 2 equipas do clube a ofertarem jantares (4x7x2=56 jantares) pode chegar-se à conclusão de um notório desempenho de verba de longos milhares de Euros, o que dá que pensar. Porquê e para quê? Será verdade ou tendenciosa fantasia? E é isso que deve preocupar, a tempo e horas, os responsáveis “top” do nosso futebol. Um pequeno “toque” de humor para amenizar o que de muito sério divagamos sobre hipotéti-
QUATRO LINHAS DAVID SEQUERRA COLABORADOR
cas “bandalheiras”. O expediente de proporcionar aos árbitros visitantes para grandes “match’s” é já de longa data. O terceto visitante era acolhido condignamente nos aeroportos e havia expectativas bem informadas sobre as preferências quanto às gentes acompanhantes, constantes de apuradas listas. Havia quem preferisse novinhas e loiras, “entradotas” e morenas, magrizelas ou rechonchudas, altas ou magras, etc, etc. E o brinde acontecia com um secretismo de bom controlo, como se impunha. Mas contaram-me- não posso comprovar verdade completaque certa vez os promotores de
tais encontros se viam em sérias dificuldades porque veio até cá um ainda jovem árbitro que anunciou, a pedido expresso, que preferia um rapazinho louro, de olhos azuis, ainda adolescente, de boa comunicabilidade e elevados graus de condescendência no cumprimento dessa missão. Tal não estava nos planos dos “fornecedores” e foi um cabo dos trabalhos conseguir o que o árbitro visitante pretendia. Este episódio tão caricato- se é que aconteceu…- leva já muitos anos e dá-nos que pensar. As caixinhas mágicas e os frugais jantares de família não são de agora! “Bandalheiras…” Tristemente.
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NEGÓCIOS PRESIDENTE DA CÂMARA DO SEIXAL, JOAQUIM SANTOS, GARANTE NOVA ONDA DE INVESTIMENTOS E FIM DE CICLO DE APERTO ECONÓMICO
«Temos um objetivo estratégico que passar por dar força ao cluster turístico e apoiar o desenvolvimento endógeno» LUTA PELO NOVO HOSPITAL É PARA CONTINUAR
Após o esforço dos últimos anos para debelar a frágil situação financeira do município, que segundo o presidente Joaquim Santos, justificou «o cumprimento escrupuloso do plano de recuperação», é chegada a hora de investir. O cluster turístico está na primeira linha, mas a carta estratégica vai mais longe. Nesta entrevista, o edil não deixa de lançar algumas farpas, sobre dossier complicados, como o tão desejado hospital do Seixal, mas está ciente do caminho a seguir.
Joaquim Santos diz-se preparado para forçar junto dos novos poderes políticos o dossier do novo hospital do Seixal. «Temos uma petição com 8237 assinaturas para discutir na nova assembleia da república e vamos fazer exposições à nova tutela da saúde», afirma. O presidente da Câmara do Seixal quer clarificar que a ideia de que a construção da nova unidade de saúde não deriva de um «capricho», mas sim de uma «necessidade imperiosa», assente em todos os estudos que reafirmam a insuficiência na região de meios de saúde a todos os níveis. E acrescenta: «Há quem pretenda fazer desta questão uma guerra hospital contra hospital, esquecendo que o Garcia de Orta está a rebentar pelas costuras, como se verificou o inverno passado».
ENTREVISTA RAÚL TAVARES IMAGEM SM
por via da austeridade, a partir de 2009 e prolongou-se.
cutá-lo, com uma redução da dívida de 8 milhões de euros.
Há duas medidas anunciadas pelo município que parecem confirmar um novo ciclo financeiro, as reduções de IMI e da Derrama. O que está a mudar? É verdade, aprovamos a redução desses dois impostos, que foram possíveis no quadro da recuperação económica que temos vindo a fazer. O IMI é um precioso apoio às famílias e a redução de derrama ajuda as empresas instaladas no concelho.
Como foi ultrapassado este constrangimento? Fizemos um plano de recuperação orçamental, que foi cumprido escrupulosamente, com medidas do lado da receita e da despesa. Repare que em três anos reduzimos a dívida em 25 milhões de euros, sem recurso ao PAEL (Programa de Apoio à Economia Local) e com saldos positivos de 1,8 milhões de 2013 para 2014 e de 3,4 milhões, de 2014 para 2015. Para além disso, a disponibilidade de tesouraria aumentou, estamos a pagar aos fornecedores a 90 dias, e até vamos antecipar 1,5 milhões nessa rubrica.
Passava essa fase, parece agora entusiasmado com o regresso ao investimento. De que obras estamos a falar? Temos um objetivo estratégico definido em vários planos, nomeadamente no cluster do turismo. Julgamos que esse setor será, nu futuro próximo, uma importante alavanca do nosso desenvolvimento. O projeto “Seixal Vila Hotel”, orçado em 2 milhões de euros, vai permitir esse grande passo, com a requalificação do núcleo histórico, em grande parte das suas edificações. E permitir que o turista possa desfrutar de uma oferta diferenciadora, distintiva, podendo experienciar o restaurante de rua, a mercearia e a loja local, sem a massificação que se verifica em outras zonas ou cidades.
A Câmara esteve muito constrangida financeiramente, como identifica esse período? Foi um desafio superado, depois de termos feito um profundo diagnóstico da situação económica do município, durante o qual identificámos um forte quebra de receitas, sobretudo nas transferências do Orçamento de Estado e nas principais receitas do IMT, derrama, taxas de urbanismo e venda de bens e serviços. Tudo isto ocorreu também
Posso concluir que não foi surpresa para si, já que era vice-presidente da Câmara? Claro que não. Participei em todas as decisões. Mas posso garantir que o mentor deste plano, em 2012, foi o meu antecessor, o presidente Alfredo Monteiro. No ano seguinte começamos a exe-
NOVO MANDATO DEPENDE DA AVALIAÇÃO E MOTIVAÇÃO JEntusiasmado com os desafios que tem pela frente, o jovem autarca admite um novo mandato, mas a muito custo. «É uma decisão do coletivo do partido e após avaliação do trabalho realizado. Mas, claro, depende da minha vontade e neste momento estou motivado para continuar. Sobre a relação com a oposição, Joaquim Santos afirma que «é excelente». E, acrescenta, «há um trabalho democrático e de respeito bem sucedido», independentemente das convições partidárias. «É uma relação saudável e, da nossa parte, optámos por dar todas as condições de trabalho», afirma.
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Em que fase em que se encontra essa intervenção? Se for à Paiva Coelho já é possível ver como o projeto está a ser aceite e encarado como um desafio pelos comerciantes e proprietários. A intervenção da Câmara, que passa pela reconversão das infra-estruturas, agua e saneamento, obras pluviais e, à superfície, novo mobiliário urbano, pavimentos, extensão da via para peões. Mas também o alargamento do passeio ribeirinho, em cinco metros de largura, que vai da Mundet até ao jardim do Seixal, será para desenvolver no próximo ano. Há outras obras a destacar neste novo ciclo de investimentos?
Em Fevereiro do próximo ano vai arrancar a construção de uma nova escola de jardim-de-infância, em Santa Marta do Pinhal, para cerca de 300m crianças, e já recuperámos, em Setembro, a Escola dos redondos, em Fernão Ferro. Outra obra importante é o novo pontão náutico, de modo a criarmos novas zonas de amarração em vários pontos ao longo da baia do Seixal. De futuro, haverá neste porto de abrigo natural opções para criarmos condições para receber cada vez mais embarcações de turismo e recreio. Deixe perguntar-lhe, já agora, se esta vossa estratégia turística está de acordo com o plano da Entidade Regional de Turismo de Lisboa? É uma estratégia do município. Até a este momento, achamos que tem sido feito pouco pela margem sul. Já lançamos propostas, nomeadamente um destino náutico em redor do arco do Tejo e infelizmente não foi acolhida, as coisas não andam. Parece crítico desta solução… São factos. É por isso que tenho saudades da Costa Azul, porque estamos a esquecer que a nossa região tem uma identidade própria, penso que teríamos a ganhar se tivéssemos uma unidade operativa a partir da margem sul, com maior envolvimento da península. Da nossa parte, estamos a fazer o possível. Vai certamente aproveitar os fundos comunitários plasmados no quadro comunitário 20-20… De forma muito residual. O novo
quadro é um desapontamento, não só na forma como foi concebido, mas também nos resultados. O nosso concelho precisa de intervenções nas áreas sociais, saúde e educação e essas ficaram de fora. Quem decide e toma estas decisões está divorciado da realidade das pessoas. Não acredito que não esteja a espera de alguma comparticipação a este nível… O que posso dizer-lhe é que o Seixal, no máximo, deverá ter direito a cerca de 3,5 milhões de euros. É irrisório, quando só nestas intervenções que estamos a falar a verba prevista é superior a cinco milhões. Para além do turismo, em que outros setores tem vindo a apostar? Estamos a fazer um grande trabalho junto das empresas instaladas, com muitas reuniões e disponibilizando a nossa ajuda em diversas áreas. Somos fortes na industria transformadora e nos serviços, e queremos continuar fortes nesses domínios. Para já temos 500 hectares junto á Siderurgia para onde pretendemos atrair novas empresas. Julgo que o Estado, através da Aicep, não tem vendido bem a nossa bolsa de terrenos. Quem, como nós, dispõe na região de Lisboa, terrenos capazes de acomodar empresas do tipo da Autoeuropa? Com as nossas acessibilidades, linha ferroviária dedicada, linha de alta tensão dedicada, próximo de um futuro porto fluvial, ninguém. O país tem que saber vender este território privilegiado.
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NEGÓCIOS ATÉ SETEMBRO, DE ACORDO COM DADOS DO IEFP ESTAVAM REGISTADAS 40840 PESSOAS
Distrito recuperou 6422 empregos este ano Segundo os números oficiais, fornecidos pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional, a região continua a registar uma queda no desemprego. Atualmente estão 40840 pessoas registadas, em 2012 eram 52419, menos 11579. Números para avaliar. TEXTO ROBERTO DORES IMAGEM SM
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onfirmou-se a tendência de queda do desemprego no distrito de Setúbal. A recuperação foi transversal a todos os concelhos da região que no final de setembro somavam 40840 pessoas desocupadas, traduzin-
do uma descida de 6422 face ao mês homólogo de 2014. Os dados são revelados pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) e afinam pela curva dos últimos anos, onde a tendência foi sempre de decréscimo do desemprego nesta altura do ano. Comparando, por exemplo com 2012, verifica-
Piloto Collection Roxo da Quinta do Piloto repete vitória no concurso Nectar Divino
-se que os cadernos do IEFP chegaram a atingir os 52419 inscritos. Ou seja, mais 11579 pessoas sem trabalho face à realidade atual. É provável que nos próximos meses, sobretudo até fevereiro e seguindo também os exemplos dos anos anteriores, se registe algum aumento da
taxa de desemprego, estimado em cerca de 1% já para outubro, uma vez que a região que a sazonalidade na pesca e na agricultura tem um peso relevante na região, consoante as campanhas em curso, numa altura em que a restauração e hotelaria parecem ganhar maior estatuto no que concerne à oferta de trabalho. Daí que em março as ofertas de trabalho voltem a subir. Aliás, há dados que apontam para restaurantes e hotéis como estando hoje a criar outro tipo de emprego, com mais exigência e qualidade, onde são pedidos mais conhecimentos. Consequências do turismo mais exigente que tem chegado à península. Almada continua a registar maior índice de desemprego Por concelhos, Almada continua a registar o maior número de desempregados, com um to-
tal de 8044 inscritos no Centro de Emprego, quando há uma no chegava aos 9158 desocupados. Segue-se o Seixal, com os atuais 6640 desempregados, contra os 8378 do ano passado. Já Setúbal baixou de 7084 para 6230, Barreiro foi dos 4946 para 4554, Moita de 4759 para 4231 e Montijo de 3121 para 2941. Também em queda, seguiram-se Palmela (2833 -2543), Sesimbra (2235-1830), Santiago do Cacém (15721227), Sines (1198-990), Alcochete (885- 797), Grândola (508-388) e Alcácer do Sal (535-425). Segundo a fonte do IEFP, o maior volume de ofertas de emprego voltou a ter origem nas atividades imobiliárias, administrativas e de serviços de apoio, seguindo-se o comércio por grosso e a retalho, a administração pública, a que se juntou o alojamento e a restauração.
Sopas quentinhas e deliciosas para provar na Casa do Peixe
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s prémios da 5.ª edição da prova Néctar Divino, organizada pela BASF, foram entregues no passado dia 25, no hotel The Yeatman, no Porto. Entre os 12 finalistas de conhecidos produtores, destacou-se o Piloto Collection Roxo 2014, da adega Quinta doo Piloto, mais uma vez vencedor da sua categoria em prova cega. Pela segunda vez, numa edição deste concurso, o Piloto Collection Roxo foi o eleito. Desta feita colheita 2014 foi o melhor em prova cega na categoria de vinhos base brancos. O júri reunido no Hotel The Yeatman no Porto, elegeu assim em prova cega um vinho branco fruto da peculiar casta da Península de Setúbal, moscatel roxo. «Este prémio é tanto mais significativo, quanto vem confirmar o sucesso da marca Quinta do Piloto. A marca própria de uma das mais antigas adegas de Palmela, propriedade da família Cardoso há 4 gerações», realça Filipe Cardoso. Os vinhos Quinta do Piloto
são edições limitadas de lotes excecionais, colhidos nos 200 hectares de vinhas da família nos melhores terroirs da região, onde se destacam 70 hectares de vinhas velhas. Propõem «ser expoentes das castas que representam». Incluem vinhos DOC Palmela, varietais e moscatel.
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ando continuidade à política de fazer diferente, a custos condicionados e de acordo com a nossa gastronomia, o restaurante A Casa do Peixe, em setúbal, volta à carga, depois das semanas gastronómicas, com a semana das sopas. «A sopa é um elemento fundamental na cultura, na gastronomia e na alimentação portuguesa tradicional e mediterrânica. Vamos apostar em sopas em conjugação com o peixe da nossa costa e com alguns valores que nos foram transmitidos pelo Alentejo, Algarve e pela Andaluzia, que tem uma gastronomia muito idêntica à nossa», realça Luís Cruz, o gerente da casa especialista em pratos confecionados com peixe fresco. Como o universo das sopas e tão alargado e tão vasto que a semana das sopas poderá estender-se por mais de uma semana. Assim, vai haver gaspacho, sopa de favas, sopa de feijão-frade com peixe, canja de conquilha algarvia, sopa de cação com queijo de cabra, canja de sapateira, sopa de santola, sopa de espinafres com ameijoas, sopa de cabeça de peixe, sopa de pescada com ameijoas e sopa de corvina. «Isto poderá
criar alguma confusão nas pessoas. A sopa tem uma caraterística diferente da massada. A massada é refogada e leva tomate, enquanto a sopa é uma coisa mais simples, mais light e mais de acordo com a gastronomia mediterrânica», esclarece o patrão da Casa do Peixe, que aguça um pouco o apetite aos nossos leitores. Depois das sopas, a Casa do Peixe tenciona arrancar com outras semanas gastronómicas, de acordo com a nossa cozinha
mediterrânica, com influências andaluzes, algarvias e alentejanas. «Não podemos ficar apenas agarrados ao nosso rio, à costa, ao nosso peixe e à nossa gastronomia. Temos influências francesas, inglesas, do Algarve, do Alentejo e cultura própria, em termos gastronómicos. A nossa ideia é que as pessoas usufruam de um menu completo apenas por dez euros. Comer bem não implica que se gaste muito. Implica, sim, que se saiba escolher».
EDITORIAL
Combatentes”, de Lisboa, que tem estreia marcada para o dia 28 de Novembro, às 21h30. Esta participação marca a estreia do jovem talento setubalense em figurinos para espetáculos teatrais,
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Raul Tavares Diretor
Nova experiência e os bloqueios de Cavaco
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champanhe, ao regresso do teatro aos “Combatentes”, parado há dois anos». A confeção e supervisão dos figurinos estão a cargo da mestra Rosário Balbi. A abertura vai ser em tons de azul e dourado; a apo-
rinos de João Praia, em tons de preto, prata e branco, que é, no fundo, uma «homenagem à calçada lisboeta», enquanto todo o elenco envergará fatos de várias marchas alfacinhas.
OPINIAO
Homenagem a todas as vítimas de violência doméstica
zinho estreouT esgotada
2 u , . a . e a , e 4 s
logo, em Lisboa», o que demonstra que «o Carlos Jorge Español aprecia o meu trabalho e vê que tenho qualidade», embora já tenha também desenhado figurinos para marchas sadinas.
nomeação do novo governo liderado por António Costa, saído do acordo de incidência parlamentar à esquerda, provou que, afinal, a vitória da coligação de direita, em votos, não legitimou o poder de governação. Trata-se de uma mudança radical no nosso sistema político e já nada será como dantes, sendo que os chamados partidos da contestação, PCP, Os Verdes e o Bloco de estão agarrados, veramEsquerda, esgotados, no Foque por via indireta, rum ainda Municipal Luisa às decisões que se vierem Todi. “O Principezinho a“ impor. voa agora para Palmela e Não é legitimo que se façam aterraasno cine-teatro S. comparações sórdidas que se têm feito a este propósito, nem com ‘quedas de muros’, nem com o ’25 de Novembro de 74’, muito menos com papões de um passado que marcou a nossa história política. Os tempos são outros e, esta governação à esquerda, legitima sob o ponto de vista democrático. E, diga-se em abono da verdade, aparentemente mais estável que um governo PSD-CDS/PP minoritário no atual quadro político, tem agora uma oportunidade singular para mostrar o que vale o seu entendimento. Vale a pena esperar e confiar. Vale a pena apostar, tendo em conta o que foram os últimos quatro anos de vergar famílias e empresas aos ditames da austeridade e do enxovalho social. O pior é que a situação do país é frágil, ao contrário do que se foi propalando na campanha eleitoral. Muito pior. E ainda contamos com um presidente da República inútil, que não vai desarmar como força de bloqueio. Dias cinzentos pela mão de Cavaco Silva, que deveria optar por uma posição neutral e conciliadora.
intimamente relacionada com odos os anos, no distrito valores, educação e mentalidade Setúbal, são assassinades. das mulheres pelos seus Segundo a Organização Mundial companheiros. Apesar das alterações à lei e das campanhas de Saúde, quase metade das de sensibilização, ainda estamos mulheres são mortas pelos maridos e namorados. No Brasil longe de ver este flagelo termiuma mulher é espancada a cada nado. 15 segundos. Em Inglaterra, duas É importante mudar mentalidaiagosãoPinto e Ana mulheres assassinadas por des e cada um de nós, em semana. Em Espanha, eme2014, conhecimento de causa, tem de Pereira, de 18 17 71 mulheres foram mortas pelos denunciar este crime. anos, respetivacompanheiros. Temos um Este Ano já morreram 40 mente, venceram o Moda problema de saúde pública a mulheres e 122 crianças ficaram Sado, que teve lugar no nível mundial, só com o trabaórfãs. Este crime desfaz as lho interdisciplinar das várias famílias, quebra os sonhos passado domingo, no esferas da sociedade poderá ser destas mulheres e dos seus mercado do Livramento, combatido. filhos, que vão assistindo a em Setúbal. vão Raro é o dia emAmbos que não ouvisituações violentas e que na Just mos agenciados um caso de agressão deixam marcas invisíveis para ficar noticiado,participar em qualquernuma parte do sempre. Alguns, quando cresce- Models país, cometido por diferentes rem e construírem o seu lar, campanha de comunicatipos de pessoas e as vitimas imitarão o lar onde cresceram. ção município sadino. nãodo têm um estereótipo definido A violência doméstica está
ACTUALIDADES
Tiago Pinto e Ana Pereira ANA SANTOS PRESIDENTE DO DEPARTAMENTO DAS MULHERES SOCIALISTAS DE SETÚBAL Vencem Moda Sado
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Cerca de 500 pessoas assistiram a mais uma edição da Moda Sado, desfile que apresentou as coleções de outono/inverno de lojas de roupa da baixa sadina. Vinte raparigas e rapazes, com idades entre os 15 e os 25 anos, desfilaram na
Afinal vieram ver-nos
João, no dia 7 de novembro, pelas 16h30. Depois, «parte em digressão um pouco por todo o País», vinca Céu Campos.
BOCA DE CENA
de raça, idade ou estrato social. Durante anos a sociedade camuflou a violência domestica, com a dita frase “entre marido e mulher não metas a colher” e várias foram as mulheres que esconderam o que passavam que se fechavam e sofriam em silêncio. Temos de investir mais na prevenção. Temos de alguma forma implementar medidas no terreno que transmitam às vítimas segurança. Temos mais casos onde foram evitados os homicídios, mas também temos
iniciativa organizada pelo município sadino, em cooperação com a ex-miss Portugal e empresária de moda Ana Sobrinho e o apoio da agência Just Models.
Pela passerelle, além das coA Pequena Exortação leções de dez lojas da baixa
MARGARIDA NIETO
DIRETOR DA CTA
N
ver-nos. Mas vieram. No total 6.649 espectadores assistiram ao Hamlet na tradução de Sophia de Mello Breyner. E não é sem algum brio que revelo que, destes, 1.004 espectadores foram alunos e professores de Almada, do Seixal, de Sesimbra, do Barreiro e de Lisboa (só do colégio Campo de Flores, no Lazarim, vieram 503 pessoas). Fomos às salas de aula e conversámos com os alunos – sobre o Hamlet, sobre o Shakespeare, e também sobre eles. Fomos dizendo que não esperassem efeitos especiais nem música aos berros. Que se tratava de uma experiência de contacto com um texto; qualquer coisa que poderia alterar-lhes a percepção daquilo que era para eles o teatro. Mas que não estaria ao alcance de todos – só daqueles que estivessem dispostos a arriscar. À volta de 1.000 arriscaram. Saíram daqui às tantas – muitos deles para se levantarem cedo no dia seguinte. Fizeram uma coisa fora da rotina. Fora do comum. E uma ida ao teatro não deveria ser sempre um pouco assim?
comercial da cidade, desfilaram modelos de Benedita Formosinho, estudante de Design de Moda da Faculdade de Arquitetura de Lisboa.
LETRAS EM PAPEL QUADRICULADO
RODRIGO FRANCISCO o Domingo tivemos a última apresentação do Hamlet, que co-produzimos com o Teatro da Cornucópia. Não bastasse a melancolia que nos fica dos espectáculos que não tornaremos a ver, esta foi também a última vez que Luis Miguel Cintra se apresentou num palco, como actor. Talvez por isso tantos tenham vindo vê-lo. Este Hamlet foi um dos espectáculos que mais espectadores teve, desde que estamos neste teatro. Assim que nos apercebemos de que o espectáculo teria mais de quatro horas de duração que nos colocámos a questão de como reagiria o público a uma proposta tão afastada daquilo em que infelizmente se tem transformado a maioria dos espectáculos de teatro. Nesta urgência em que vivemos, haveria ainda espaço (e tempo) para nos sentarmos quatro horas apreciando um texto em cena? Pela parte que me toca, encorajei o Luis Miguel a fazer o espectáculo que quisesse, sem quaisquer preocupações de forma ou duração. Confesso agora que tinha mais esperança do que certeza de que viessem
de ter zero mulheres assassinadas todos os anos. Uma palavra de apoio a todas as mulheres que estão a viver este drama. Que tenham a coragem de dar um passo em frente para mudarem. Uma palavra a todas as forças de intervenção e a todos os elementos locais que diariamente se deparam com estas situações. Continuamos o nosso trabalho, no apoio, na denúncia e na sensibilização.
ESTUDANTE
É
atributo do ser humano a capacidade mágica de visualizar claramente um conceito abstrato. E eu vejo uma criança a brincar no parque. E uma criança a brincar no parque é o que há de mais puro para ver. Personifica-se a pureza, a liberdade e a felicidade. A inconsciência do mundo reflete a alegria e a honestidade das crianças que existem e das que nos foi, em tempos, concedido ser. E ser criança é um presente que todos recebemos e é-nos
inerente, para sempre, uma certa faísca pueril que oscila entre quem fomos e quem somos, escondendo-se habilmente por trás do rosto que escolhemos usar. Uma criança é uma melodia de amor. Uma criança é um segredo para guardar no coração. Uma criança é uma semente humana meticulosamente conservada num frasco de inocência. As crianças são um hino – escutem-no.
Diretor Raul Tavares | Redação: Anabela Ventura, António Luís, Bernardo Lourenço, Cristina Martins, Marta David, Rita Perdigão, Roberto Dores | Departamento Comercial Cristina Almeida - coordenação | E OUTUBRO | 2015
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